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Prosodic Varia+on in EP: phrasing, intona+on and rhythm in
central-‐southern varie+es
Dissertação de Doutoramento, 2013 Orientadora: Professora Doutora Sónia Frota
Marisa Cruz Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL)
Universidade de Lisboa
15º Quid Novi? 2014 Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 16 de Junho de 2014
Introdução
v Enquadramento
v Principais objec+vos v Materiais
v Fraseamento -‐ Estrutura prosódica -‐ Semelhanças entre
variedades do PE -‐ Diferenças entre as
variedades centro-‐meridionais
v Entoação -‐ Enquadramento teórico -‐ Semelhanças entre
variedades do PE
-‐ SEP vs. Ale/Alg -‐ Diferenças entre as
variedades centro-‐meridionais v Ritmo -‐ Semelhanças entre
variedades do PE -‐ Diferenças entre as
variedades centro-‐meridionais
v Conclusão -‐ Distribuição geográfica das
propriedades prosódicas e da variação segmental
v Agradecimentos
v Referências
v Enquadramento v Principais
objec+vos
• Contribuição para o Atlas Interac,vo da Prosódia do Português (Projecto InAPoP – PTDC/CLE-‐LIN/119787/2010, IR: Sónia Frota). Plataforma online (Frota & Cruz, coords., 2012-‐2014), disponível em hUp://www.fl.ul.pt/LaboratorioFoneXca/InAPoP/.
• Principais objecXvos (enquadrados nos objecXvos gerais do Projecto InAPoP): (i) observar semelhanças e diferenças nos padrões prosódicos, na variedade centro-‐meridional, em ≠s esXlos discursivos; (ii) contribuir para o conhecimento das propriedades e limites da variação dentro de e entre línguas.
-‐ fraseamento prosódico (sandhi e outros
fenómenos segmentais como pistas); -‐ entoação (contornos nucleares por Xpo frásico,
inventário tonal, distribuição de acentos tonais no Sintagma Entoacional -‐ IP)
-‐ propriedades rítmicas.
3
4
• Variação fonológica segmental (Cintra 1971, Segura & Saramago 2001):
• Amostra: -‐ 2 regiões urbanas (Beja – Ale – e Faro – Alg); -‐ 6 informantes por região); -‐ 2 faixas etárias: 20-‐45 anos (3) e 60 ou + (3).
Variedades setentrionais -‐ Trás-‐os-‐Montes e Alto Minho -‐ Baixo Minho (Braga já analisado –
cf. dados e resultados do NEP), Douro e Beiras
Variedades centro-‐meridionais -‐ Centro Litoral -‐ Centro Interior e Sul Áreas com traços peculiares
hUp://cvc.insXtuto-‐camoes.pt/conhecer/bases-‐temaXcas/historia-‐da-‐lingua-‐portuguesa.html
v Enquadramento v Principais
objec+vos v Materiais -‐ Amostra
• Corpora usados: desenvolvidos no âmbito do InAPoP e recolhidos em todas as regiões consideradas no projecto.
• Principais tarefas: Leitura: Set global (364 frases):
-‐ contornos nucleares (Frota 2000, 2002, 2003, 2014) -‐ sandhi (Frota 2000) -‐ fraseamento (Elordieta et al. 2003, D’Imperio et al.
2005, Frota et al. 2007) -‐ ritmo (Ramus et al. 1999; Frota & Vigário 2001). Set para o Sul (140 frases):
-‐ testar a epêntese vocálica em posição final de palavra (paragoge) de uma perspecXva prosódica.
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v Enquadramento v Principais
objec+vos v Materiais -‐ Amostra -‐ Tarefas
Map Task (Prieto & colegas – outros Atlas): obter diversidade de padrões interrogaXvos.
Discourse CompleXon Task (Blum-‐Kulka et al. 1989, Billmyer & Varghese 2000, Félix-‐Brasdefer 2010):
-‐ conj. de situações apresentadas oralmente para obter dados semi-‐espontâneos (Xpos frásicos e significados pragmáXcos específicos). Entrevista:
-‐ infância/juventude, trabalho, família…
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v Enquadramento v Principais
objec+vos v Materiais -‐ Amostra -‐ Tarefas
Giver
Follower
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
-‐ Estrutura prosódica
• ConsXtuintes prosódicos: -‐ hierarquicamente organizados -‐ condições de boa formação (SLH) (Selkirk 1984,
1986, 1996; Nespor & Vogel 1986/2007; Vigário 2003; Vogel 2009).
• ≠ Xpos de fenómenos fonológicos fornecem
evidência para o fraseamento prosódico: -‐ processos segmentais; -‐ fenómenos duracionais; -‐ fenómenos segmentais condicionados pela
proeminência; -‐ propriedades rítmicas; -‐ fenómenos entoacionais.
U
IP
PhP
PW Pé
Sílaba
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
-‐ Estrutura prosódica
• Processos segmentais que fornecem pistas para o fraseamento prosódico:
-‐ Vozeamento da fricaXva (VF) no SEP: evidência para o domínio do IP – ocorre apenas entre PWs dentro do IP (Frota 1995, 2000).
-‐ Paragoge: não estudada de uma perspecXva prosódica no PE.
• Fenómenos entoacionais que fornecem pistas
para o fraseamento prosódico:
-‐ presença de fronteira entoacional depois do SN Sujeito (S), desencadeada por: extensão (nº sílabas) no SEP, ramificação sintácXca/prosódica no NEP (Elordieta et al. 2003; D’Imperio et al. 2005; Frota et al. 2007).
U
IP
PhP
PW Pé
Sílaba
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento -‐ Estrutura
prosódica -‐ Semelhanças
entre variedades
• Fenómenos segmentais e suprassegmentais analisados na variedade centro-‐meridional apresentam resultados semelhantes:
-‐ VF (fenómeno “domain span”): ocorre entre PWs dentro do domínio de IP
-‐ VF fornece evidência para o IP Composto: as parentéXcas podem ser fraseadas num só IP, ou juntamente com o sintagma precedente ou seguinte num IPmax
-‐ VF no Ale e no Alg apenas difere do SEP na realização fonéXca: além de [z], [Z] também ocorre
-‐ ausência de evidências segmentais para o PhP -‐ complexidade sintácXca/prosódica e extensão (nº
sílabas) condicionam o fraseamento entoacional
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Alg: pistas entoacionais e segmentais(VF) para o fraseamento.
• Fraseamento: diferenças entre as variedades centro-‐meridionais
-‐ paragoge (fenómeno “domain limit”) ocorre apenas no Ale (sobretudo na faixa etária 60+)
-‐ como o VF, assinala a periferia direita do domínio de IP
-‐ fenómeno opcional condicionado por factores métricos (oxítonas), contexto segmental (palavras terminadas em [r] e [@]) e condições prosódicas (fronteira de IP)
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Sujeito SN fraseado como um IP. Ausência de Paragoge.
DeclaraXva com elemento topicalizado à direita.
• Fenómeno reflecte-‐se em diferentes propriedades rítmicas nas variedades centro-‐meridionais?
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento -‐ Estrutura
prosódica -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ Diferenças entre as variedades centro-‐meridionais
-‐ padrão de fraseamento dominante (corpus RLD): Vigário & Frota 2003; Frota & Vigário 2007)
-‐ (S)(VO) é favorecido por: Ale: extensão (+ ramificação prosódica) é o factor relevante ≈ NEP (> relevância da ramificação)
-‐ Alg: ramificação é o factor relevante
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(SVO)
(S)(VO)
SEP
NEP Ale
Alg
≠SEP
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento -‐ Estrutura
prosódica -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ Diferenças entre as variedades centro-‐meridionais
• Impacto na distribuição de acentos tonais (AT)? Poucos ATs no Alg como no SEP, e mais ATs no Ale como no NEP? (Frota & Vigário 2007) Ou dimensões independentes do sistema prosódico, como no Árabe do Cairo (menos sintagmas, mais ATs) (Hellmuth 2004, 2007).
• Diferentes propriedades de fraseamento nas variedades centro-‐meridionais reflectem a existência de sistemas prosódicos disXntos?
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico
• Entoação pode variar entre línguas/variedades em 4 dimensões (Ladd 1996/2008):
(i) semânXca: a mesma melodia pode estar
associada a ≠s significados; (ii) sistémica: diferenças no inventário tonal,
independentemente das diferenças semânXcas;
(iii) realizacional: a mesma melodia pode ter ≠s
realizações fonéXcas; (iv) distribucional: restrições fonotácXcas
(diferenças na associação da fiada entoacional à fiada segmental).
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico
• Modelo Métrico Autossegmental (Pierrehumbert 1980; Beckman & Pierrehumbert 1986):
-‐ a entoação é captada através de 2 Xpos de unidades :
acentos tonais (associados a sílabas proeminentes)
tons de fronteira (alinhados com as fronteiras dos consXtuintes).
• Sistema de anotação (fonológica) entoacional ToBI:
-‐ suficientemente flexível para descrever a prosódia de cada língua/variedade, mas sem descurar o propósito de permiXr comparar línguas/variedades (Jun 2005; Ladd 1996/2008).
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
• Mesma estrutura entoacional de base: -‐ AT nuclear na úlXma PW do IP -‐ melodias semelhantes para cada Xpo frásico,
independentemente do esXlo discursivo
-‐ ausência de truncação ou de compressão (Frota
2000, 2002a, 2014) acomodação da fiada segmental à tonal (e não o inverso), com as seguintes melodias complexas: H+L* LH%, L*+H H% (int. sim-‐não); (L+)H* !H%/L% (vocaXvos).
14
SEP NEP Ale Alg
DeclaraXvas H+L* L% L* L% (H+)L* L% H+L* L%
Int. sim-‐não H+L* LH% L* HL% L* H% L*+H H%
Int. Qu-‐ H+L* L% L* L% (H+)L* L% H+L* L%
Pedido L* L% n/a L* L% L* L%
Ordem não final
H*+L L% H*+L/L*+H
n/a H*+L L% H*+L/L*+H
H*+L L% H*+L/L*+H
1º chamamento (L+)H* !H% n/a (L+)H* !H% (L+)H* !H%
Cham. insistente (L+)H* L% n/a (L+)H* L% (L+)H* L% Sumário dos contornos nucleares. Dados do SEP e do NEP extraídos de Vigário & Frota (2003) e Frota (2014).
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
• Estratégias de acomodação da fiada segmental à fiada tonal (SEP, Ale e Alg):
-‐ Epêntese: em vários esXlos discursivos e Xpos frásicos
-‐ Alongamento vocálico: apenas nos chamamentos (1º chamamento e insistente)
-‐ Split vocálico: maioritariamente em chamamentos, mas encontrado também em interrogaXvas, produzidas por informantes do Ale, na leitura (8%).
15 Ale – chamamento insistente produzido na leitura.
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ nem todos os consXtuintes prosódicos têm um tom de fronteira associado
-‐ foco prosódico: veiculado pela proeminência e pela entoação, e não afecta o fraseamento prosódico (Frota 1993, 2000, 2014; Frota et al. in press)
-‐ subordinação pós-‐nuclear dos ATs (compressão da gama de variação do H+L* pós-‐nuclear)
-‐ ausência de desacentuação
Alg – declaraXva focalizada (foco não final), produzida na leitura. Subordinação do acento tonal pós-‐nuclear.
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v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ SEP vs. Ale/Alg
-‐ mesma estratégia para veicular foco nas declaraXvas, entre variedades e esXlos discursivos: AT específico (H*+L)
-‐ interrogaXvas: densidade tonal menor do que nas declaraXvas
SEP versus Ale/Alg
-‐ Ale e Alg apresentam uma distribuição de ATs densa (=NEP, ≠SEP – Vigário & Frota 2003)
Leitura DCT
Tipo frásico Ale Alg Ale Alg
DeclaraXva 83% 67% 56% 46%
Int. sim-‐não 34% 9% 54% 50%
Int. Qu-‐ 34% 3% 25% 14% Distribuição de ATs (excluindo ATs nucleares e picos iniciais), por Xpo frásico, na leitura e na DCT.
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• Ale apenas: periferia esquerda do úlXmo PhP do IP (interno ou não no U) é opcionalmente assinalada por um tom de fronteira baixo (pL), entre Xpos frásicos (apenas neutros) e esXlos discursivos.
-‐ pL assinala um PhP específico >> pista para o
domínio de IP (≠s propriedades fonotácXcas do L-‐ usado na variedade de PB falada em S. Paulo para assinalar a periferia direita do PhP que contém o elemento focalizado – Fernandes 2007).
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ SEP vs. Ale/Alg -‐ Diferenças
entre as variedades centro-‐meridionais
DeclaraXva produzida na leitura. InterrogaXva Qu-‐ produzida na DCT.
• Domínio de PhP: relevante para a distribuição de ATs no Ale e no Alg? Será esta relevância reforçada no Ale pela marcação tonal da periferia deste domínio?
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-‐ ≠s estratégias nas interrogaXvas sim-‐não focalizadas:
Ale >>> o AT nuclear e o tom de fronteira mudam (como no SEP – Frota 2002a, 2014) Alg >>> ≠ implementação fonéXca da mesma melodia
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ SEP vs. Ale/Alg -‐ Diferenças
entre as variedades centro-‐meridionais
Leitura DCT Ale Alg Ale Alg
DeclaraXva foc. H*+L H*+L H*+L H*+L Int. sim-‐não foc.
não final
L*+H HL% LH%
L*+H H% H+L* HL% L*+H H%
Foco nas declaraXvas e nas interrogaXvas sim-‐não produzidas na leitura e na DCT.
• Alg: ≠ estratégia para veicular foco nas interrogaXvas (inédito no PE).
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-‐ Correlação entre a distribuição de ATs e o padrão de fraseamento dominante no Ale (como no SEP e NEP – Frota & Vigário 2007), mas não no Alg (como no Árabe do Cairo – Hellmuth 2004, 2007).
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ SEP vs. Ale/Alg -‐ Diferenças
entre as variedades centro-‐meridionais
Variedade Fraseamento dominante Densidade tonal Ale (S)(VO) Elevada (>66%) Alg (SVO) Elevada (>66%)
Fraseamento entoacional e densidade tonal no Ale e no Alg.
• Distribuição de ATs e fraseamento no Ale e Alg >> impacto nas propriedades rítmicas destas variedades?
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo -‐ Enquadramento
teórico
• DisXnção rítmica das línguas: consequência de ≠s propriedades fonéXcas e fonológicas (estr. silábica, redução voc., correlatos do acento (Dasher & Bolinger 1982, Dauer 1983).
• Debate sobre organização rítmica das línguas: em classes ou num con�nuo? (Dauer 1987, Nespor 1990)
-‐ con�nuo rítmico: não explica resultados obXdos em estudos de percepção com adultos (Ramus & Mehler 1999; Ramus, Dupoux & Mehler 2003) e recém-‐nascidos (Mehler et al. 1996; Nazzi, Bertoncini & Mehler 1998).
• Natureza mista do Português (Frota & Vigário 2001): SEP – ritmo acentual (ΔC) e silábico (%V) PB – ritmo silábico (ΔC) e moraico (%V)
• SEP e PB: discriminados apenas quando F0 é preservado (Frota, Vigário & MarXns 2002)
-‐ inclusão do Holandês nos estudos de percepção (SEP e PB ≠ Holandês) >> não disXnção SEP-‐PB (Frota et al. 2002).
21
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ Diferenças entre as variedades centro-‐meridionais
• Não há diferenças significaXvas entre as variedades centro-‐meridionais (%V, Δ%V, Δ%C, Varco V e Varco C) >> não há diferenças duracionais (MANOVA).
• Variedades do PE não integram a mesma classe rítmica (comparação com as 8 línguas de Ramus et al. 1999): Ale – natureza mista, como no SEP (Frota & Vigário 2001) – ritmo acentual na dimensão de ΔC, ritmo silábico na dimensão de %V Alg – ritmo acentual Mas, testes percepXvos mostram que...
• Discriminação (%) SEP-‐Ale não difere da de SEP-‐Alg, mesmo quando F0 é preservado.
• Tempos de reacção (RT) não diferem de forma significaXva entre SEP-‐Ale e SEP-‐Alg, mesmo quando F0 é preservado >> entoação não é uma pista para a discriminação, logo não há impacto da distribuição de ATs no ritmo.
•
• •
•
22
• Outras pistas acúsXcas captadas pelos parXcip.? >>> velocidade discursiva? (recentemente discuXdo por ArvaniX 2013, White, MaUys & Wiget 2012).
• Velocidade discursiva explicaria a discriminação entre variedades com propriedades rítmicas semelhantes, apenas (SEP e Ale).
•
• •
•
23
Gama de variação da duração das frases seleccionadas, com 15 e 17 sílabas, entre variedades.
• ParXcipantes do SEP usam ≠ pistas para disXnguir a sua variedade do Ale e do Alg? >> ≠s gramáXcas percepXvas?
• Correlatos do ritmo por explorar: velocidade discursiva, marcação duracional das periferias e das cabeças prosódicas (na linha de Prieto et al. 2012).
• Base acúsXca da discriminação SEP-‐Alg está ainda por explorar.
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo -‐ Enquadramento
teórico -‐ Semelhanças
entre variedades
-‐ Diferenças entre as variedades centro-‐meridionais
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo
v Conclusão
24
• As mesmas dimensões prosódicas de variação são relevantes para caracterizar as variedades do PE em causa (Ale/Alg e SEP), embora desempenhando diferentes papéis em cada variedade.
• Variedades do PE podem diferir entoacionalmente em 4 dimensões (Ladd 1996/2008):
-‐ semânXca: L*+H como marcador de foco das int. sim-‐não produzidas no SEP, mas também como AT nuclear das int. sim-‐não neutras no Alg
-‐ sistémica: no Ale, um consXtuinte prosódico específico pode apresentar marcação tonal
-‐ realizacional: a mesma melodia no Alg (L*+H H%) é usada nas int. sim-‐não neutras e focalizadas com uma gama de variação de F0 superior nas produções focalizadas
-‐ distribucional: distribuição de ATs densa no Ale e no Alg (como no NEP), mas esparsa no SEP.
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo
v Conclusão -‐ Distribuição
geográfica das dimensões de variação mais importantes
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• Distribuição geográfica do fraseamento e da densidade tonal:
Variação segmental (Cintra 1971, adaptado por Segura & Saramago 2001).
(S)(VO)
(SVO) Fraseamento dominante no PE (4 regiões urbanas – pontos vermelhos). Dados para SEP (Lisboa) e NEP (Braga) de Frota et al. (2007).
Densidade tonal no PE (4 regiões urbanas – pontos vermelhos). Dados para o Porto e SEP de Frota et al. (2011, 2014).
-‐ Domínio relevante para distribuição de ATs no Ale e Alg: PhP?
-‐ Paragoge: fronteira direita do IP
-‐ pL: fronteira esquerda do úlXmo PhP do IP
-‐ SEP: misto -‐ Ale: misto -‐ Alg: acentual
Não con+guidade (variação prosódica)
≠ variação segmental?
Ritmo
• Agradecimentos: -‐ todos os parXcipantes nas tarefas de produção
e percepção desenvolvidas no âmbito desta invesXgação;
-‐ Municípios de Albufeira e Castro Verde; -‐ todos os membros do Laboratório de FonéXca
& Lisbon BabyLab (FLUL/CLUL); -‐ minha orientadora, Sónia Frota; -‐ todos os membros do júri da defesa pública.
Doutoramento financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia -‐ BD/61463/2009.
InvesXgação desenvolvida no âmbito do Projecto InAPoP – Interac,ve Atlas of the Prosody of Portuguese, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia -‐ PTDC/CLE-‐LIN/119787/2010.
26
v Enquadramento
v Principais objec+vos
v Materiais
v Fraseamento
v Entoação
v Ritmo
v Conclusão
Referências Seleccionadas Beckman, M. & J. Pierrehumbert. 1986. Japanese prosodic phrasing and intonaXon synthesis.
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Chen, S., B. Wang & Y. Xu. 2009. Closely related languages, different ways of realizing focus. Proceedings of Interspeech, Brighton,1007-‐1010.
Cintra, L. 1971. Nova proposta de classificação dos dialectos galego-‐portugueses. Bole,m de Filologia 22. Lisboa: Centro de Estudos Filológicos, 81-‐116.
Cruz, M. & S. Frota. 2012c. Prosodic variaXon in European Portuguese: issues in prosodic annotaXon across varieXes and speech styles. Talk given at the Workshop on Prosodic Annota,on, 13th April. Ohio State Univerity, USA.
Cruz, M. & S. Frota. 2013a. On the relaXon between intonaXonal phrasing and pitch accent distribuXon. Evidence from European Portuguese varieXes. Proceedings of the 14th Annual Conference of the Interna,onal Speech Communica,on Associa,on (ISCA) -‐ Interspeech 2013, 300-‐304.
D’Imperio, M., G. Elordieta, S. Frota, P. Prieto & M. Vigário. 2005. IntonaXonal phrasing and consXtuent length in Romance. In Frota, Vigário & Freitas (eds.), Prosodies. Berlin: Mouton de Gruyter, 59-‐97.
Elordieta, G., S. Frota & M. Vigário. 2005. Subjects, objects and intonaXonal phrasing in Spanish and Portuguese. Studia Linguis,ca 59 (2/3), 110-‐143.
Frota, S. 2000. Prosody and focus in European Portuguese. Phonological phrasing and intona,on. New York: Garland Publishing.
Frota, S. 2014. The intonaXonal phonology of European Portuguese. In S.-‐A. Jun (ed.), Prosodic Typology II, 6-‐42. Oxford: Oxford University Press.
27
Frota, S. & M. Cruz. (coord.). 2012-‐2014. InAPoP – Interac,ve Atlas of the Prosody of Portuguese. [hUp://www.fl.ul.pt/LaboratorioFoneXca/InAPoP/].
Frota, S. & M. Vigário. 2001. On the correlates of rhythmic disXncXons: the European/Brazilian Portuguese case. Probus 13, 247-‐273.
Frota, S. & M. Vigário. 2007. IntonaXonal phrasing in two varieXes of European Portuguese. In T. Riad & C. Gussenhoven (eds.) Tones and Tunes, Vol. 1. Berlin: Mouton de Gruyter, 263-‐289.
Frota, S., M. Vigário & F. MarXns. 2002. Language DiscriminaXon and Rhythm Classes: Evidence from Portuguese. In Speech Prosody Proceedings. Aix-‐en-‐Provence, 315-‐318.
Frota, S., M. Cruz, F. Fernandes-‐Svartman, M. Vigário, G. Collischonn, A. Fonseca, C. Serra & P. Oliveira. In press. IntonaXonal variaXon in Portuguese: European and Brazilian varieXes. In S. Frota & P. Prieto (eds.), Intona,on in Romance. Oxford: Oxford University Press.
Hellmuth, S. 2004. Prosodic weight and phonological phrasing in Cairene Arabic. Proceedings of Annual Mee,ng of Chicago Linguis,c Society (Main Session,) vol. 40(1), 97-‐111.
Hellmuth, S. 2007. The relaXonship between prosodic structure and pitch accent distribuXon: evidence from EgypXan Arabic. The Linguis,c Review 24(2/3), 291–316.
Jun, S.-‐A. (ed.). 2005. Prosodic Typology: The Phonology of Intona,on and Phrasing. Oxord University Press.
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Cogni,on 73(3), 265-‐292. Vigário, M. 2003. The Prosodic Word in European Portuguese. Berlin/New York: Mouton de
Gruyter.
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Prosodic Varia+on in EP: phrasing, intona+on and rhythm in
central-‐southern varie+es
Dissertação de Doutoramento, 2013 Orientadora: Professora Doutora Sónia Frota
Marisa Cruz Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL)
Universidade de Lisboa
15º Quid Novi? 2014 Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 16 de Junho de 2014
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