View
221
Download
2
Category
Preview:
Citation preview
FACULDADE UNIDA DE VITÓRIA
Ângelo Vieira da Silva
A LITERATURA APOCALÍPTICA E O LIVRO DOS
VIGILANTES: O PROBLEMA DO MAL NO LIVRO ETÍOPE DE
ENOQUE
Vitória
2013
ÂNGELO VIEIRA DA SILVA
A LITERATURA APOCALÍPTICA E O LIVRO DOS
VIGILANTES: O PROBLEMA DO MAL NO LIVRO ETÍOPE DE
ENOQUE
Dissertação apresentada à Faculdade Unida
de Vitória em cumprimento às exigências do
Mestrado Profissional em Ciências das
Religiões, na linha de pesquisa em Análise
do Discurso Religioso.
Orientador: Prof. Dr. José Adriano Filho
Vitória
2013
Silva, Ângelo Vieira da A literatura apocalíptica e o Livro dos Vigilantes / O problema do mal no livro etíope de Enoque / Ângelo Vieira da Silva. -- Vitória: UNIDA / Faculdade Unida de Vitória, 2013. xvii, 127 f. ; 31 cm. Orientador: José Adriano Filho Dissertação (mestrado) – UNIDA / Faculdade Unida de Vitória, 2013. Referências bibliográficas: f. 112-125 1. Ciência da religião. 2. Apocalíptica. 3. Enoque. 4. Vigilantes. 5. Mal. 6. Apocalipticismo. 7. Livro dos Vigilantes. 8. Sofrimento. 9. Escatologia. 10. Perseguições. 11. Helenização. - Tese. I. Ângelo Vieira da Silva . II. Faculdade Unida de Vitória, 2013. Ill. Título.
ÂNGELO VIEIRA DA SILVA
A LITERATURA APOCALÍPTICA E O LIVRO DOS
VIGILANTES: O PROBLEMA DO MAL NO LIVRO ETÍOPE DE
ENOQUE
Dissertação apresentada à Faculdade Unida
de Vitória em cumprimento às exigências do
Mestrado Profissional em Ciências das
Religiões, na linha de pesquisa em Análise
do Discurso Religioso.
Aprovada em ____ / ____ / ________
BANCA EXAMINADORA
Dr. José Adriano Filho – Orientador
Dr. Paulo Augusto de Souza Nogueira – UMESP
Dr. Osvaldo Luiz Ribeiro – Faculdade Unida
Dedico essa Dissertação de Mestrado ao
Conselho da Primeira Igreja Presbiteriana de
Resplendor/MG, um conjunto de companhei-
ros que possibilitaram esse essencial perío-
do de estudos, repleto de novos conheci-
mentos e realizações.
Toda gratidão a Deus.
Meu sincero reconhecimento à família: à
amada esposa Keila, ao amado filho Rafael,
à afetuosa Primeira Igreja Presbiteriana de
Resplendor/MG e à dedicada Neide Carrijo,
que muito colaborou na revisão desse texto.
À instigante Faculdade Unida de Vitória e ao
atencioso orientador, Dr. José Adriano Filho,
meus cordiais agradecimentos.
“Os Anjos proporcionaram-me a visão d’Ele,
e deles é que eu aprendi tudo; por meio
deles também me foi dado compreender as
coisas que pude ver, mas não em relação à
geração presente, mas sim em relação a
uma geração futura” (1 Enoque 1.1).
“É bom que as literaturas apocalípticas do
passado estejam sendo redescobertas”
(Paul D. Hanson)
RESUMO
SILVA, Ângelo Vieira. A Literatura Apocalíptica e o Livro dos Vigilantes: o
Problema do Mal no Livro Etíope de Enoque. Dissertação de Mestrado Profissional
em Ciências das Religiões, nos termos da linha de pesquisa em Análise do Discurso
Religioso, Vitória/ES, Faculdade Unida de Vitória, 2013.
Essa dissertação propõe analisar o problema do mal a partir do Livro dos
Vigilantes, obra apocalíptica etíope atribuída ao patriarca bíblico Enoque. Para tanto,
é essencial o desenvolvimento de matérias como a literatura apocalíptica, o primeiro
livro de Enoque e a etiologia do mal. Quanto à apocalíptica, o objetivo é estabelecer
as distinções e harmonia entre os apocalipses, a escatologia e o apocalipticismo,
comprovar que o gênero é resultante de diversas perseguições e fontes e sugerir um
núcleo comum ao gênero. A respeito de 1 Enoque, o objetivo é estabelecer as
noções elementares de toda a obra e imergir no conteúdo do Livro dos Vigilantes,
reconhecendo o valor da figura pseudônima do sétimo depois de Adão e destacando
seu conteúdo em perspectivas temáticas gerais. Quanto ao problema da origem do
mal, a análise do discurso verificará a atividade e inatividade do Deus do
pseudoenoque diante do mal advindo pelos vigias caídos, focando-se no registro
mítico sobre a origem, proliferação e julgamento do mal que, em hipótese, é
resultado textual apocalíptico de crises pontuais profundas vividas pelo povo de
Israel nos tempos da helenização.
Palavras-chave: Apocalíptica, Enoque, Vigilantes, Mal, Apocalipticismo, Livro
dos Vigilantes, Sofrimento, Escatologia, Perseguições, Helenização.
ABSTRACT
SILVA, Angelo Vieira. The Apocalyptic Literature and the Book of Watchers:
the Problem of Evil in the Ethiopian Enoch‟s Book. Professional Dissertation in
Religion Sciences in the terms of research line in Religious Discourse Analysis,
Vitória/ES, United Faculty of Victoria, 2013.
This thesis proposes to analyze the problem of evil from the Book of the
Watchers, a work apocalyptic Ethiopian attributed to biblical patriarch Enoch.
Therefore, it is essential to develop materials as apocalyptic literature, the first book
of Enoch and the etiology of evil. As the apocalyptic, the goal is to establish
distinctions and harmony among the apocalypses, eschatology and apocalypticism,
proving that gender is the result of several persecutions and sources and suggest a
common nucleus gender. Regarding 1 Enoch, the objective is to establish the basic
notions of the whole work and immerse yourself in the content of the Book of the
Watchers, recognizing the value of pseudonymous figure of the seventh from Adam,
and emphasizing its contents in general thematic perspectives. Regarding the
problem of the origin of evil, discourse analysis will verify the activity and inactivity of
the God of pseudo-Enoch before the evil arising by fallen watchers, focusing about
the record mythical origin, proliferation and judgment of evil that, in hypothesis, is the
result textual apocalyptic of crisis punctual profound lived by the people of Israel in
the days of Hellenization.
Key-words: Apocalyptic, Enoch, Watchers, Evil, apocalypticism, Book of
Watchers, Suffering, Eschatology, Persecutions, Hellenization.
INTRODUÇÃO
Apocalíptica... Que confusão semântica!
Inusitadamente, na preparação desse texto não foram poucos teólogos,
estudantes da religião e curiosos que, ao indagarem sobre o tema da dissertação,
descreviam a literatura apocalíptica como o próprio Apocalipse canônico de João ou
como a escatologia, enquanto matéria da teologia sistemática cristã; até mesmo
suporam que fosse alguma das hermenêuticas milenaristas bem mais recentes,
como o dispensacionalismo. A maioria das indagações, entretanto, tinha fulcro no
desconhecimento dos interlocutores sobre esse campo de estudo. Desenvolvido um
espanto inesperado, gerou-se uma suspeita diária que a apocalíptica necessitava
ser mais evidenciada; o que estava obscuro precisava ser esclarecido ou,
literalmente, revelado.
Apesar disso, a temática está em constante ascensão entre os estudiosos
principalmente estrangeiros e as palavras aqui descritas evidenciarão essa
realidade. Como atesta Paul D. Hanson,1 a atualidade do assunto é realmente
notória, já que existe uma “renovação do interesse em movimentos apocalípticos do
passado”,2 de fato, uma epígrafe apropriada para as páginas desse estudo
discursivo.
George W. E. Nickelsburg3 introduz seu novo livro4 destacando a mudança
dramática nas últimas duas décadas quanto à apocalíptica, uma vez que novos
estudos, artigos, ensaios monográficos, cátedras em estudos judaicos em
universidades, cursos, etc., têm demonstrado convincentemente o crescimento
desse tema no mundo acadêmico. Motivação a mais para os estudantes e
justificação ampliada para a elaboração desse material. Logo, a aurora raiou; eis a
aurora da apocalíptica!
Essa dissertação é um ensaio vigoroso de creditar valor a um conteúdo
1 Professor na Faculdade de Teologia da Universidade de Harvard, USA, e considerado um dos maiores especialistas na área de apocalíptica, profecia hebraica, literatura judaica do Segundo Templo e religião das antigas culturas mesopotâmicas e Egito. 2 HANSON, Paul D. The Dawn of Apocalyptic: the Historical and Sociological Roots of Jewish Apocalyptic Eschatology. Revised Edition. Philadelphia: Fortess Press, 1989, p. 2, 3. 3 Especialista em literatura do Segundo Templo e professor emérito na Universidade de Iowa, USA, no Departamento de Estudos da Religião. 4 NICKELSBURG, George W. E. Literatura Judaica, entre a Bíblia e a Mixná: uma Introdução Histórica e Literária. São Paulo: Paulus, 2011, p. 11.
11
desconhecido, outrora esquecido, mal interpretado ou, até mesmo, ignorado. Não
obstante, por onde começar? Entre um patriarca bíblico conhecido por ter andado
com Deus em sua geração e não conhecer a morte e duas centenas de anjos
caídos que blasfemaram contra seu Deus por transmitirem o mal aos homens
há uma singular literatura intitulada “Livro dos Vigilantes”, composta pelos trinta e
seis capítulos iniciais da pseudoepígrafa obra etíope imputada ao patriarca Enoque.
Eis o ponto de partida que alumiará o território obscurecido da apocalíptica.
Reconhecidamente, atribui-se ao sétimo depois de Adão, filho de Jarede
(Gênesis 5.18-24) e progenitor de Matusalém, uma considerável quantidade de
literatura judaica de revelação pseudonímica,5 com destaque comprovado nas
referências bibliográficas examinadas para o “Mito dos Vigilantes” (1 Enoque 6-11),
geralmente aplicado como uma revelação extra-bíblica do texto canônico de Gênesis
6.1-4 (ou Gênesis 6-9)6 e como uma produção extravagante ampliada da história
antediluviana.7
Os estudos preliminares no primeiro livro de Enoque e nas principais obras
literárias de especialistas da área, bem como a consideração e lamentação pessoais
quanto ao escasso material específico sobre o tema no vernáculo,8 isso é,
comparado com a farta literatura estrangeira,9 fomentaram a busca por uma
proposição que atendesse dúvidas quanto à história e conteúdo da literatura
apocalíptica, origem e narrativas do Livro dos Vigilantes e o problema do mal
desenvolvido no contexto da obra pseudoepígrafa.
Naturalmente, há problemas quanto ao significado latente da literatura
5 Literalmente, um “texto composto no nome de outro”, conforme REED, Annette Yoshiko. Fallen Angels and History of Judaism and Christianity: the Reception of Enochic Literature. New York: Cambridge University Press, 2005, p. 2. Os pseudoepígrafos recebiam os nomes de célebres varões piedosos da antiguidade, sob cujo nome um autor de época tardia esperava encontrar audiência. Enoque era um deles. A pseudonímia será esmiuçada dentro do primeiro capítulo dessa dissertação. 6 Para uma proposta de interpretação relacionando o texto canônico (Gênesis) ao pseudoepígrafo (Livro dos Vigilantes) recomendo a leitura da obra de WRIGHT, Archie T. The Origin of Evil Spirits. Tubingen: Mohr Siebeck, 2005. 7 DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1977, p. 188. 8 O que se considera uma das poucas obras específicas sobre a apocalíptica em nosso país desde o início dos estudos em 1970 (já esgotada), foi compilada por NOGUEIRA, Paulo Augusto de S. (Ed.). Apocalíptica e as Origens Cristãs. Revista Estudos da Religião. São Bernardo do Campo: UMESP, Volume XIV, nº 19, 2000. Sobre a lamentação pessoal quanto a escassez de boas pesquisas em língua portuguesa recomendo leitura da resenha crítica sobre a apocalíptica brasileira, p. 227-245. 9 Uma excelente obra propõe informar sobre os melhores livros que englobam a literatura apocalíptica em língua estrangeira. Ver SANDY, D. Brent & O’HARE, Daniel M. Prophecy and Apocalyptic: an Annotated Bibliography. Michigan: Baker Academic, 2007, p. 191-234.
12
apocalíptica, da obra enóquica e da explicação sobre o mal advindo aos homens
pelos Vigilantes caídos. Também há dificuldades preconceituosas em boa parte dos
pesquisadores de textos bíblicos10 (principalmente os protestantes, círculo de onde
proveem as maiores críticas a apócrifos11 e pseudoepígrafos). No entanto, a despeito
desses ficarem “de fora do cânon judaico e cristão, não deixaram por isso de
constituir verdadeiros desenvolvimentos da tradição bíblica anterior, oral ou
escrita”.12 Assim, entre o oculto, o preconceito13 e uma proposta tolerante, a
utilização de um texto pseudoepigrafado seja pelos argumentos da familiarização,
fins de ênfase, simpatia ou validação da profecia, dentre outros não compromete
o teor do texto canônico, tanto para esse como para aquele.
Não é adequado rechaçar quaisquer literaturas não canônicas sem um
minucioso estudo de caso, pelo menos. O pseudoepígrafo livro etíope de Enoque
(composto entre os séculos IV a.E.C e I E.C.14), por exemplo, pode ser fatalmente
excluído de círculos acadêmicos, sua possível contribuição aos escritos judaicos e
sua utilização no cânon bíblico não ser explicada ao cristão15 e seu valor literário
10 Para mais pontos de vista acerca das obras apócrifas e pseudo-epígrafas, consulte, por exemplo, McARTHUR, John. Novo Testamento: Comentário. Chicago: Moody Publishers, 2005, p. 62; e GREEN, Michael. 2 Pedro e Judas: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1983, p. 169; e BOOR, Werner. Cartas de Tiago, Pedro, João e Judas. Curitiba: Esperança, 2008, p. 176; e CALVIN, John. Commentaries on the Epistle of Jude. Michigan: Grand Rapids, 1979, p. 442-443; e BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Vida, 2008, p. 2000; e BARCLAY, Willian. Judas. São Paulo: Vida, 1989, p. 53. 11 Ver o conceito de apócrifo usado por Jerônimo em GABEL, J. B. & WHEELER, Charles B. A Bíblia como Literatura. 2ª Ed. São Paulo: Loyola, 1990, p. 158. 12 BARRERA, Julio Trebolle. A Bíblia Judaica e a Bíblia Cristã: Introdução à História da Bíblia. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 207. Mais especificidade no Anexo “A” da dissertação. 13 COLLINS, John J. A Imaginação Apocalíptica: uma Introdução à Literatura Apocalíptica Judaica. São Paulo: Paulus, 2010, p. 17. Esse preconceito também se dá pelo esoterismo, atribuindo à obra enóquica as origens da Cabala, como sugerido em PUGLIESI, Márcio & LIMA, Norberto de Paula (Trs.). O Livro de Enoch: o Livro das Origens da Cabala. Curitiba: Hemus, 2003. Consulte também Reed, 2005, p. 2; e LAURENCE, Richard. The Book of Enoch, the Prophet. Oxford: S. Collingwood, 1838, p. LV. 14 Procurou-se utilizar uma terminologia cronológica mais neutra, tendo como determinante a existência comum de Judaísmo e Cristianismo: consequentemente, a Era Comum (E.C.) e antes da Era Comum (a.E.C.). Dentre outros, esse é o modelo utilizado por NICKELSBURG, 2011, p. 31. 15 A despeito do tempo atual e do assunto principal da dissertação, inteirar-se que há muitas discussões na história da Igreja cristã sobre a possível utilização de um pseudoepígrafo em textos canônicos é indispensável. Mesmo que não seja o foco aqui, para mais detalhes sugere-se as obras de TERTULIANO; The Apparel of Women. Whitefish: Kessinger Publishing, 2004, p. 6; e SCHAFF, Philip. Nicene and Post-Nicene Fathers – Series II – Volumn 3. Michigan: Christian Classics Ethereal Library, 1892, p. 832; e NICHOLAS Jr., Willian C. I Saw the World End: an Introduction to the Bible‟s Apocalyptic Literature. New Jersey: Paulist Press, 2007, p. 16; e HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. Rio de Janeiro: JUERP, 1983, p. 294; e FABRIS, Rinaldo (Org.). Problemas e Perspectivas das Ciências Bíblicas. São Paulo: Loyola, 1993, p. 48.
13
esquecido. Há esperança, porém; é o alvorecer da apocalíptica!
Para tanto, a natureza geral das fontes será bibliográfica. Para o campo da
literatura apocalíptica e o estudo de caso quanto ao problema do mal, os referenciais
teóricos são os já citados peritos americanos Hanson, John J. Collins,16 Nickelsburg,
Annette Yoshiko Reed,17 dentre outros. A fonte primária do livro enóquico será a
tradução da obra publicada pela Editora Cristã Novo Século,18 bem como os livros
singulares de James H. Charlesworth.19
Metodologicamente, além da introdução e considerações finais, há três
divisões que se constituirão os três capítulos da dissertação. A proposta é
centrípeta, ou seja, considerando o estudo de caso (o problema do mal no Livro dos
Vigilantes) como o centro da pesquisa, o texto se dirigirá para seu propósito de fora
(estudo da literatura apocalíptica) para dentro (exame do Livro dos Vigilantes). O
objetivo é procurar aproximar-se eficazmente do centro, solidificando um bom texto
em português e concluindo a dissertação com êxito.
O primeiro capítulo evidenciará a literatura apocalíptica. A partir do seu
desenvolvimento histórico-literário-social, pretende-se demonstrar o propósito da
apocalíptica e desenvolver um conjunto das principais características que encorpam
o conteúdo desse gênero literário. Naturalmente, as principais obras apócrifas,
deutero-canônicas e pseudoepígrafas de caráter apocalíptico serão citadas e, dentre
elas, a obra etíope atribuída a Enoque.
Identificado o gênero literário que prevalece na obra enóquica em seu
escopo, o segundo capítulo consiste de uma pesquisa no Livro dos Vigilantes, no
qual o seu corpus será estudado em perspectivas temáticas gerais. A proposta é
imergir no contexto literário da obra e emergir suas temáticas principais. Antes,
porém, serão elucidados aspectos importantes e abrangentes do livro etíope de
Enoque para que o Livro dos Vigilantes seja examinado em seu contexto, sem
16 Professor de crítica e interpretação do Antigo Testamento na Faculdade de Divindade de Yale, USA. Pesquisador nas áreas de apocalíptica, sabedoria, judaísmo helenístico, manuscritos do Mar Morto, textos hebraicos e obras do período do Segundo Templo. 17 Doutora pela Universidade de Princeton, USA, especialista em Judaísmo do Segundo Templo e línguas antigas, incluindo o etíope Ge’ez. 18 RODRIGUES, Cláudio J. A. Apócrifos da Bíblia e Pseudo-epígrafos. São Paulo: Editora Cristã Novo Século, 2004, p. 260-275. 19 Especialista em literatura enóquica, livros apócrifos e pseudoepígrafos nas Bíblias hebraica e cristã. Professor de literatura e linguagem do Novo Testamento e Diretor do Projeto “Pergaminhos do Mar Morto”, do Seminário Teológico de Princeton, USA.
14
prejuízos para o estudo dos textos.
Com foco nas Ciências da Religião, o último capítulo da dissertação é o
estudo de caso propriamente dito. É a análise do discurso religioso quanto ao
problema do mal ensinado pelos anjos caídos aos homens, conforme o registro no
Livro dos Vigilantes. Partindo da relação epistemológica da Teodiceia e a etiologia
do mal, entre o problema do mal e o conceito de pecado, a análise verificará a
atividade e inatividade do Deus do pseudoenoque diante do mal advindo pelos
vigilantes caídos, focando-se no registro mítico da origem (rebelião angelical),
proliferação (ensinamentos proibidos e nascimento dos gigantes) e julgamento do
mal (imediata e escatologicamente) como resultado textual apocalíptico de crises
pontuais profundas vividas pelo povo de Israel nos tempos da helenização.
Ao término da pesquisa a expectativa é que a natureza e o conteúdo da
literatura apocalíptica com suas particularidades estejam mais acessíveis ao leitor
em geral. Além disso, respaldar o Livro dos Vigilantes e, consequentemente, o
primeiro livro de Enoque como importantes obras apocalípticas nos círculos
acadêmicos é desejo do autor da dissertação, pois
há uma salutar abertura para o universo cultural e religioso dos primeiros cristãos. E como eles eram, em sua maioria, judeus ou gentios afeitos à cultura judaica do seu tempo, o mergulho na literatura religiosa judaica do seu tempo é imperativo.20
Que essa dissertação possa reintegrar as discussões sobre o valor da
literatura apocalíptica não canônica como escritos humanos de destaque na história.
Que as amplas discussões sobre o problema do mal possam se utilizar desse rico
material, afinal, como destacou o pseudoenoque,
os Anjos proporcionaram-me a visão d’Ele, e deles é que eu aprendi tudo; por meio deles também me foi dado compreender as coisas que pude ver, mas não em relação à geração presente, mas sim em relação a uma geração futura.21
Quiçá a visão enoquita possibilite ao leitor algum primoroso aprendizado e
compreensão da realidade obscura e ascendente no decorrer dos anos.
20 TERRA, Kenner Roger Cazzoto. Os Anjos que Caíram do Céu: o Livro de Enoque e o Demoníaco no Mundo Judaico-Cristão. São Paulo: Fonte Editorial, 2012, p. 9. 21 RODRIGUES, 2004, p. 260.
15
CAPÍTULO I
A LITERATURA APOCALÍPTICA
A literatura por si já é uma arte. Quando acrescida à linguagem apocalíptica
judaica torna-se um rico gênero literário, o que é possível perceber pela história e
conteúdo abundantes de suas composições. Tal riqueza precisa ser garimpada, o
que denota conhecer o conjunto de características que criam e sustentam tal
literatura. Nessa exploração literária o valor intrínseco da apocalíptica precisa vir à
tona, já que os judeus reputavam as obras apocalípticas de tal maneira que, às
vezes, “gozavam do mesmo respeito de alguns dos Escritos que acabaram por se
tornar canônicos [...] o que explica a popularidade desse tipo de literatura”.22
A busca pelos elementos constitutivos da apocalíptica está profundamente
presente nos livros sobre o assunto e é um desafio conhecido dos especialistas da
área. Todo o esforço se concentra na procura ou definição da estrutura e conteúdo
da literatura apocalíptica, como o paradigma-mestre sugerido por John Collins.23 O
procedimento não pode mudar, visto que é fundamental para a compreensão dos
textos desse gênero peculiar aos judeus. Identificar as noções elementares da
história e do conteúdo que formaram a apocalíptica é o que se propõe elaborar nas
páginas adiante.
22 BERGANT, Dianne & KARRIS, Robert J. (Org.). Comentário Bíblico. 3ª Ed. São Paulo: Loyola, 2001, p. 20. Para mais informações sobre a popularidade da literatura apocalíptica ver a obra de RUSSELL, David Syme. Desvelamento Divino. São Paulo: Paulus, 1997, p. 58-59; e COLLINS, John J. Between Athens and Jerusalem: Jewish Identity in the Hellenistic Diaspora. 2nd Ed.. Michigan: Eerdmans Publishing, 2000, p. 111 e 248. 23 COLLINS, John J. (Ed.). Apocalypse: The Morphology of a Genre. Semeia: an Experimental Journal for Biblical Criticism, Atlanta: The Society of Biblical Literature, nº 14, 1979, p. 5-8.
16
CAPÍTULO II
O LIVRO DOS VIGILANTES
A linguagem apocalíptica é fértil e, com efeito, as obras que dela se
utilizaram semearam muitas das características apontadas no capítulo anterior no
corpo de seus escritos, enraizando um gênero literário, produzindo inúmeros
registros apocalípticos e fomentando leitores à busca pelo sentido de seu tempo e
de outro por vir. Assim, surgindo no passado, manifesta-se ascendentemente no
presente, tornando-se um tema atual e digno de consideração. É “o alvorecer de
uma nova era apocalíptica [...] uma renovação do interesse em movimentos
apocalípticos do passado”.24
Uma dessas produções espetaculares é o Livro dos Vigilantes,25 parte
integrante inicial do pseudoepígrafo26 livro de Enoque, o escrito pseudonímico etíope.
Considerando a literatura apocalíptica cultivada nessa primeira porção do livro, o
intuito dos tópicos posteriores será escavar o farto conteúdo literário do Livro dos
Vigilantes para a compreensão exata dos textos que o compõem. Preliminarmente, o
discernimento de algumas noções elementares do Livro de Enoque e do Livro dos
Vigilantes são indispensáveis e serão abordados a seguir.
24 HANSON, 1989, p. 2. Como Russel subscreve, o objetivo é ser uma das sérias tentativas em “resgatar” a apocalíptica da posição precária e desacreditada em que se manteve por muito tempo, mas como um rico veio a ser explorado pra compreender melhor tanto o Judaísmo como o Cristianismo. Para tanto, ele prescreve, pelo menos, três razões para o renascer do interesse na apocalíptica em RUSSELL, 1997, p. 8, 10-17. 25 É preciso esclarecer que a maioria das obras que aparecem nas discussões da literatura apocalíptica judaica não foram designadas como apocalipses na Antiguidade, sendo a primeira o “apokalypsis” canônico de João, de acordo com COLLINS, 2010, p. 20. 26 Nickelsburg esclarece que esse termo era aplicado a qualquer outra literatura judaica não canônica, embora nem toda ela seja escrita sob um nome fictício. Conquanto critique esse conceito no mesmo livro (p. 36), relembra que alguns ignoram o fato de que existem apócrifos e certos escritos canônicos que também sejam pseudonímicos (Tobias e Sabedoria de Salomão, por exemplo), conforme NICKELSBURG, 2011, p. 35.
17
CAPÍTULO III
O PROBLEMA DO MAL NO LIVRO DOS VIGILANTES
Existem muitos textos, canônicos ou não, que podem instigar os leitores na
investigação cuidadosa da origem e desenvolvimento do mal. A pergunta essencial
é: a quê ou a quem se deve creditar a existência do mal no mundo? A resposta para
essa indagação talvez tão antiga como a própria humanidade é, sobretudo,
multifacetada. O lugar, a época, as tradições, a crença religiosa, principalmente das
abraâmicas ou monoteístas,27 e a cosmovisão dos indivíduos mudam os discursos,
as tentativas de fundamentar a origem do mal, que se constitui um problema a ser
solucionado.
27 Considerando o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, “a rigor, a desgraça humana, ou o mal em todas as suas formas, é um problema para aqueles que creem em um Deus único, onipotente e todo amoroso”, segundo o biblista australiano Francis I. Andersen apud SAYÃO, Luiz. Agora Sim! Teologia na Prática, do Começo ao Fim. São Paulo: Hagnos, 2012, p. 35.
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABEGG Jr., Martin; FLINT, Peter; ULRICH, Eugene. The Dead Sea Scrolls Bible.
New York: HarperCollins Publisher, 1999;
ADRIANO FILHO, José (Tr.). Paulo, Teólogo do Apocalipse. Revista Estudos de
Religião. São Bernardo do Campo: UMESP, Volume XIV, nº 19, 2000;
ALFARO, Juan Ignacio. O Apocalipse em Perguntas e Respostas. 2ª Ed. São Paulo:
Loyola, 2002;
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. 2a Ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil & Cultura Cristã, 1999;
AMARAL, André Luiz. Considerações sobre Pesquisa das Origens da Apocalíptica.
Disponível em: <http://www.oracula.com.br/numeros/022007/Amaral.pdf>
Acesso em: 31 jul. 2012;
ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos,
2004;
ARAUJO, Anderson Dias. O Mito dos Anjos Vigilantes: Etnia e Limite no Sagrado e
no Sexo – 1 Enoque 6-16. Disponível em: <http://oracula.com.br/numeros/
012010/Araujo.pdf> Acesso em: 31 jul. 2012;
ARBEL, Dphna V. & ORLOV, Andrei A. (Eds.). With Letters of Light: Studies in the
Dead Sea Scrolls, Early Jewish Apocalyptcism, Magic, and Mysticism. New York:
Ekstasis, 2011;
ARCHER, Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. São Paulo: Vida, 2002;
ARENS, Eduardo. A Bíblia sem Mitos: uma Introdução Crítica. 3ª Ed. São Paulo:
Paulus, 2007;
ARENS, Eduardo & MATEOS, Manuel Díaz. Apocalipse, a Força da Esperança:
Estudo, Leitura e Comentário. São Paulo: Loyola, 2004;
AUFFARTH, Christopher & STUCKENBRUCK, Loren (Eds.). The Fall of the Angels.
Lieden: Brill Academic Pub, 2004;
AUNE, David E. The Westminster Dictionary of New Testament & Early Christian
Literature & Rhetoric. Kentucky: John Knox Press, 2003;
19
BARCLAY, William. Apocalipsis I. Barcelona: Clie, 1999;
BARRERA, Julio Trebolle. A Bíblia Judaica e a Bíblia Cristã: Introdução à História da
Bíblia. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1999;
BAUER, Johannes Baptist. Dicionário Bíblico Teológico. São Paulo: Loyola, 2000;
BAUTCH, Kelley Coblentz. A Study of the Geography of I Enoch 17-19: „No One Has
Seen What I Have Seem‟. Danvers: Brill Academic Pub, 2003;
BEN-SASSON, H. H (Ed.). A History of the Jewish People. Tel Aviv: Dvir Publishing
House, 1976;
BERGANT, Dianne & KARRIS, Robert J. (Orgs.) Comentário Bíblico. 3ª Ed. São
Paulo: Loyola, 2001;
BERGER, Klaus. Formas Literárias do Novo Testamento. São Paulo: Loyola, 1984;
_____________. Hermenêutica do Novo Testamento. 3ª Ed. São Leopoldo: Sinodal,
1999;
BIBLE WINDOWS 2.1.2 P. Mountain Software Silver, Copyright ©, 1993;
BIRNBAUM, David. God and Evil: a Unified Theodicy, Theology, Philosophy. 5th Ed.
Hoboken: Ktav Publishing House, 1998;
BLACK, Matthew & VANDERKAM, James C. The Book of Enoch or 1 Enoch. Leiden:
Brill Academic Pub, 1985;
BLANK, Renold J. Escatologia do Mundo: o Projeto Cósmico de Deus – Escatologia
II. 4ª Ed. São Paulo: Paulus, 2008;
BOCCACCINI, Gabriele. Beyond the Essene Hypothesis: The Parting of the Ways
between Qumran and Enochic Judaism. Michigan: William B. Eerdmans, 1998;
___________________. Enoch and Qumran Origins: New Light on a Forgotten
Connection. Michigan: Grand Rapids, 2005;
___________________. Enoch and the Messiah Son of Man: Revisiting the Book of
Parables. Michigan: Grand Rapids, 2007;
___________________ & COLLINS John J. The Early Enoch Literature. Danvers:
The Brill Academic Pub, 2007;
20
___________________ & IBBA, Giiovanni. Enoch and the Mosaic Torah: the
Evidence of Jubilees. Michigan: Grand Rapids, 2009;
BOER, Martinus de. A Influência da Apocalíptica Judaica sobre as Origens Cristãs:
Gênero, Cosmovisão e Movimento social. Disponível em: <http://editora.
metodista.br/textos_disponiveis/ er19cap1.pdf> Acesso em: 27 ago. 2012;
BOOR, Werner. Cartas de Tiago, Pedro, João e Judas. Curitiba: Esperança, 2008;
BOUSTAN, Ra'anan S. & REED, Annette Yoshiko (Eds.). Heavenly Realms and
Earthly Realities in Late Antique Religions. New York: Cambridge University
Press, 2004;
BRODY, David Eliot & BRODY, Arnold R. As Sete Maiores Descobertas Científicas
da História. São Paulo: Schwarcz, 2006;
BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Vida,
2008;
BROWN, Raymond E.; FITZMYER, Joseph A.; MURPHY, Roland E. Comentario
Biblico San Jeronimo – Antiguo Testamento – Tomo I. Madrid: Ediciones
Cristiandad, 1971;
__________________. Comentario Biblico San Jeronimo – Antiguo Testamento –
Tomo II. Madrid: Ediciones Cristiandad, 1971;
CALVIN, John. Commentaries on the Epistle of Jude. Michigan: Grand Rapids, 1979;
CAREY, Greg. Ultimate Things: an Introduction to Jewish Christian Apocalyptic
Literature. Danvers: Chalice Press, 2005;
CARNEIRO, Marcelo da Silva. O Mal na Bíblia: a Personificação do Mal nos Escritos
do Período Helênico aos Escritos do Cristianismo Primitivo. Disponível em:
<http://www.revistaancora.com.br/revista_8/CARNEIRO% 20OK!.pdf> Acesso
em: 09 jul. 2013;
CARRETERO, Carlos Santos. James Bruce, Tireless Traveler and Revitalizer of
Jewish Apocalyptic. Gaceta de Estudios del Siglo. Salamanca: Editorial Delirio,
XVIII, Vol. 1, 2013;
21
CAVALCANTE FILHO, Jairo Paes. Judas e Enoque. Disponível em: <http://
www.oracula.com.br/numeros/201201/cavalcantefilho.pdf> Acesso em 31 jul.
2012;
CERESKO, Anthony R. Introdução ao Antigo Testamento numa Perspectiva
Libertadora. São Paulo: Paulus, 1996;
CHAMPLIM, Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Volume 1 – A-C.
10ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2011;
_________________. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Volume 6 – S-Z.
10ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2011;
CHARLES, R. H. Book of Enoch: Together with a Reprint of the Greek Fragments.
Montana: Kessinger Publishing, 1995;
CHARLESWORTH, James H. The Old Testament Pseudepigrapha – Volume 1:
Apocalyptic Literature and Testaments. 2ª Ed. Peabody: Hendrickson Publishers
Marketing, 2011;
CHARLES, R. H. The Book of Enoch. Forgotten Books, 1917;
COLLINS, Adela Yarbro. Cosmology and Eschatology in Jewish and Christian
Apocalyptcism. Boston: Brill Academic Pub, 2000;
___________________ & COLLINS, John J. King and Messiah as Son of God:
Divine, Human, and Angelic Figures in Biblical and Related Literatures. Michigan:
Eerdmans Publishing, 2008;
COLLINS, John. J. Apocalypticism in the Dead Sea Scrolls. New York: Routledge,
1997;
______________. A Imaginação Apocalíptica: uma Introdução à Literatura
Apocalíptica Judaica. São Paulo: Paulus, 2010;
______________. Between Athens and Jerusalem: Jewish Identity in the Hellenistic
Diaspora. 2nd. Michigan: Eerdmans Publishing, 2000;
______________. Daniel with Introduction to Apocalyptic Literature. Michigan: FOTL,
Volume XX, 1999;
22
______________ (Ed.). Apocalypse: The Morphology of a Genre. Semeia: an
Experimental Journal for Biblical Criticism, Atlanta: The Society of Biblical
Literature, nº 14, 1979;
______________. Temporalidade e Política na Literatura Apocalíptica Judaica.
Disponível em <http://www.oracula.com.br/numeros/022005/artigos/04collins.
pdf>. Acesso em: 29 jan. 2012;
COLLINS, John Jerome (ou COLLINS, Jack). Worthless Mysteries: Forbidden
Knowledge, Culture Heroes, and Enochic Motif of Angelic Instruction. Michigan:
UMI Dissertation Publishing, 2011;
COSTA, Hermisten Maia Pereira. A Literatura Apocalíptico-Judaica. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1992;
CRIM, Keith (Ed.). The Interpreter‟s Dictionary of the Bible – Supplementary Volume.
Nashville: Abingdon Press, 1976;
CROATTO, José Severino. As Linguagens da Experiência Religiosa. São Paulo:
Paulinas, 2001;
CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento. 11ª Ed. São Leopoldo:
Sinodal, 2001;
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1997;
DAVILA, James R. The Provenance of the Pseudepigrapha: Jewish, Christian, or
Other? Danvers: Brill Academic Pub, 2005;
DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora
Batista, 1977;
DEANE, Willian John. Pseudepigrapha: an Account of Certain Apocryphal Sacred
Writings of the Jews and Early Christians. Michigan: T. & T. Clark, 1891;
DeCONICK, April D. (Ed.). Paradise Now: Essays on Early Jewish and Christian
Mysticism – Symposium Series. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2006;
DIAS, Geraldo J. A. Coelho. As Religiões da nossa Vizinhança: História, Crença e
Espiritualidade. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto,
Departamento de História e de Ciências e Técnicas do Patrimônio, 2006;
DICIONÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO. São Paulo: Loyola, 2000;
23
DITOMMASO, Lorenzo & TURCESCU, Lucian (Ed.). The Reception and
Interpretation of the Bible in Late Antiquity. Danvers: Brill Academic Pub, 2008;
DITOMMASO, Lorenzo. The Dead Sea New Jerusalem Text: Texts and Studies in
Ancient Judaism. Tubingen: Mohr Siebeck, 2005;
DREHER, Martin N. Bíblia: suas Leituras e Interpretações na História do
Cristianismo. São Leopoldo: Sinodal, 2006;
DOBROUKA, Vicente. Autoria Espiritual de Livros Religiosos do Período do Segundo
Templo, Experiência Visionária, Possessão e Apocalíptica. Disponível em:
<http://www.oracula.com.br/numeros/022007/Dobroruka.pdf> Acesso em: 31 jul.
2012;
DUE, Willian J. La. O Guia Trinitário para a Escatologia. São Paulo: Loyola, 2007;
EATON, John. Misteriosos Mensageiros: Curso de Profecia Hebraica. São Paulo:
Loyola, 2000;
ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972;
ENNS, Peter & LONGMAN III, Tremper (Ed.). Dictionary of the Old Testament:
Wisdow, Poetry & Writings. Madison: Inter Varsity Press, 2008;
ERICKSON, Millard J. Escatologia. São Paulo: Vida Nova, 2010;
ESTRADA, Juan Antonio. Imagens de Deus: a Filosofia ante a Linguagem Religiosa.
São Paulo: Paulinas, 2007;
EUSÉBIO DE CESARÉIA. História Eclesiástica. São Paulo: Fonte Editorial, 2005;
EVANS, G. R. Agostinho sobre o Mal. São Paulo: Paulus, 1995;
FABRIS, Rinaldo (Org.). Problemas e Perspectivas das Ciências Bíblicas. São
Paulo: Loyola, 1993;
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Século XXI 3.0. São
Paulo: Nova Fronteira & Lexikon Informática Ltda., 1999;
FITZMYER, Joseph A. 101 Perguntas sobre os Manuscritos do mar Morto. São
Paulo, SP: Loyola, 1997;
FREEDMAN, David Noel (Ed.). Eerdmans Dictionary of the Bible. Michigan:
Eerdmans Publishing, 2000;
24
GABEL, J. B. & WHEELER, Charles B. A Bíblia como Literatura. 2ª Ed. São Paulo:
Loyola, 1990;
GADAMER, Hans-George. Hermenêutica em Retrospectiva – Volume 4. São Paulo:
Vozes, 2007;
GOMES, Geziel. Enoque: o Homem que andou com Deus. Rio de Janeiro: Centro de
Evangelismo Continental, 1986;
GONZALES, Justo L. Uma História do Pensamento Cristão: da Reforma Protestante
ao Século XX, Volume III. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
________________. Uma História do Pensamento Cristão: de Agostinho às
Vésperas da Reforma, Volume II. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
________________. Uma História do Pensamento Cristão: do Início até o Concílio
de Calcedônia, Volume I. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
GOTTWALD, Norman K. Introdução Sócioliterária à Bíblia Hebraica . São Paulo:
Paulinas, 1988;
GRABBE, Lester L. & HAAK, Robert D. Knowing the End from the Beginning: the
Prophetic, the Apocalyptic and their Relationships. London: T & T Clark
International, 2003;
GRADL Felix & Franz Josef Stendebach. Israel e Seu Deus. São Paulo: Loyola,
2001;
GREEN, Michael. 2 Pedro e Judas: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova,
1983;
GUIMARÃES, Filipe de Oliveira. Enoque: nos Bastidores de Crenças Angelológicas
do Cristianismo Primitivo. João Pessoa, PB: Universidade Federal da Paraíba,
Dissertação de Pós-Graduação, 2011;
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. 2ª Ed. São Paulo: Vida Nova,
1998;
GUNNEWEG, Antonius H. Hermenêutica do Antigo Testamento. São Leopoldo:
Sinodal, 2003;
25
GUNNEWEG, Antonius H. J. Teologia Bíblica do Antigo Testamento: uma História da
Religião de Israel na Perspectiva Bíblico-Teológica. São Paulo: Teológica e
Loyola, 2005;
HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
JUERP, 1983;
HALPERN, Baruch & LEVENSON, John D. Traditions in Transformation Turning
Points in Biblical Faith. Winona Lake: Eisenbraus, 1981;
HANSON, Paul D. Apocalypse, Genre; Apocalypticism. In: CRIM, Keith (Ed.). The
Interpreter‟s Dictionary of the Bible – Supplementary Volume. Nashville:
Abingdon Press, 1976;
______________. The Dawn of Apocalyptic: the Historical and Sociological Roots of
Jewish Apocalyptic Eschatology. Revised Edition. Philadelphia: Fortess Press,
1989;
______________. The People Called: the Growth of Community in the Bible – With a
New Introduction. Louisville: Westminster John Knox Press, 2001;
HARLOW, Daniel C.; HOGAN, Karina Martin; GOFF, Matthew; Kaminsky, Joel
(Eds.). The “Other” in Second Temple Judaism: Essays in Honor of John J.
Collins. Michigan: Eerdmans Publishing , 2011;
HELM, David R. An Approach to Apocalyptic Literature: a Primer for Preachers.
Chicago: The Simeon Trust, 2009;
HELM, Robert. Azazel in Early Jewish Tradition. Disponível em: <http://faculty.
gordon.edu/hu/bi/ted_hildebrandt/otesources/03-leviticus/text/articles/helm-
azazel-lev1-auss.pdf> Acesso em: 10 jul. 2013;
HELYER, Larry R. Exploring Jewish Literature in the Second Temple Period: a Guide
for New Testament Students. Madison: Inter Varsity Press, 2002;
HORSTER, Gerhard. Introdução e Síntese do Novo Testamento. Curitiba:
Esperança, 2008;
JENSEN, Irving L. Apocalipse. 2a Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1987;
26
JONGE, Marinus de. Pseudepigrapha of the Old Testament as Part of Christian
Literature: the Case of the Testaments of the Twelve Patriarchs and the Greek
Life of Adam and Eve. Danvers: Brill Academic Pub, 2003;
KÁSERNANN, Ernst. Ensayos Exegéticos. Salamanca: Ediciones Sígueme, 1978;
KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. São Paulo:
Cultura Cristã, 2004;
KNIBB, Michael Anthony. Essays of the Book of Enoch and Other Early Jewish Texts
and Traditions. Danvers: Brill Academic Pub, 2009;
KONINGS, Johan & KRULL, Waltraud. Cartas de Tiago, Pedro, João e Judas – A
Bíblia Passo-a-Passo. São Paulo: Loyola, 1995;
KOCH, Klaus. The Rediscovery of Apocalyptic. Naperville: Alec R. Anderson, 1972;
LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ANTIGA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO. Rio de Janeiro: UFRJ, Revista Phoinix, nº 8, 2002;
LADD, George Eldon. Apocalipse. 7a Ed. São Paulo: Vida Nova, 1999;
_________________. A Commentary on the Revelation of John. Michigan:
Eerdmans Publishing, 1972;
________________. A Theology of New Testament – Revised Edition. Michigan:
Eerdmans Publishing,1974;
LADD, John D. Commentary on the Book of Enoch: Commentary and Paraphrase.
Flórida: Xulon Press, 2008;
LAURENCE, Richard. The Book of Enoch, the Prophet. Oxford: S. Collingwood,
1838;
LEITE, Edgard. A Tradição Apocalíptica e as Origens da Cosmologia Rabínica.
Disponível em: <http://www.oracula.com.br/numeros/022010/01-leite.pdf>
Acesso em: 31 jul. 2012;
LEONEL, João. Aquele que Ouve, Diga: Vem: uma Leitura do Apocalipse. Santo
André: Academia Cristã, 2012;
LEXICON – DICIONÁRIO TEOLÓGICO ENCICLOPÉDICO. São Paulo: Loyola,
2003;
27
LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm. Theodicy: Essays on the Goodness of God, the Freedom
of Man and the Origin of Evil. New York: Cosimo Books, 2009;
LOADER, Willian. Enoch, Levi and Jubilees on Sexuality: Atittudes Towards in the
Early Literature, the Aramaic Levi Document, and the Book of Jubilees. Michigan:
Eerdmans Publishing, 2007;
LUMPKIN, Joseph B. Banned from the Bible: Books Banned, Rejected and
Forbidden. Alabama: Fifth State Publishers, 2008;
MARTINEZ, Florentino Garcia. The Dead Sea Scrolls Translated: The Qumran Texts
in English. 2nd Ed.. Michigan: Brill Academic Pub, 1996;
McGINN, Bernard; COLLINS, John J.; STEIN, Sthepen J. The Continuum History of
Apocalypticism. New York: Continuum, 2003;
METZGER, Bruce M. & COOGAN, Michael D. (Org.). Dicionário da Bíblia – Volume
1: As Pessoas e os Lugares. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 2002;
MILIK, J. T. The Books of Enoch: Aramaic Fragments of Qumram Cave 4. Oxford:
Clarendon Press, 1970;
MOLTMANN, J. Teologia da Esperança: Estudos sobre os Fundamentos e as
Conseqüências de uma Escatologia Cristã. São Paulo: Teológica, 2005;
MORRIS, Leon. Apocalyptic. 2nd Ed.. London: Inter-Varsity Press, 1973;
MOUNCE, Robert H. The Book of Revelation. Michigan: Grand Rapids, 1984;
MURRAY, Edward. Enoch Restitutus. London: J. G. & F. Rivington, 1836;
NETO, Antonio Lazarini. O Mal: Transformações do Conceito na Tradição Judaico-
Cristã. Disponível em: <http://www.revistatheos.com.br/Artigos% 20Anteriores/
Artigo_02_03.pdf> Acesso em: 29 abr. 2013;
NEUSNER, Jacob & AVERY-PECK, Alan J. (Ed.). George W. E. Nickelsburg in
Perspective: An Ongoing Dialogue of Learning – Volume Two. Danvers: Brill
Academic Pub, 2003;
NICHOLAS Jr., Willian C. I Saw the World End: an Introduction to the Bible‟s
Apocalyptic Literature. New Jersey: Paulist Press, 2007;
NICKELSBURG, George W. E. & VANDERKAM, James C. 1 Enoch: the Hermeneia
Translation. Minneapolis: Fortpress Press, 2012;
28
________________________. Literatura Judaica, entre a Bíblia e a Mixná: uma
Introdução histórica e literária. São Paulo: Paulus, 2011;
NOGUEIRA, Paulo Augusto de S.. Apocalipse e Literatura. Revista SócioPoética:
Literatura e Sagrado. Campina Grande: Eduepb, Volume I, nº 08, jul. a dez.,
2011, p. 93-104;
________________________. (Ed.) Apocalíptica e as Origens Cristãs. Revista
Estudos da Religião. São Bernardo do Campo: UMESP, Volume XIV, nº 19,
2000;
________________________. O que é Apocalipse. São Paulo: Brasiliense, 2008;
________________________. (Org.). Religião de Visionários: Apocalíptica e
Misticismo no Cristianismo Primitivo. São Paulo: Loyola, 2005;
NOGUEIRA SILVA, Sebastiana Maria. Viagens Celestiais: da Apocalíptica à
Literatura Hekhalot. Revista Oracula. São Paulo: UMESP, 7.12, 2011;
O LIVRO DE ENOCH: O PROFETA. São Paulo: Madras, 2005;
ORLOV, Andrei A. From Apocalypticism to Merkabah Mysticism: Studies in the
Slavonic Pseudepigrapha. Sanvers: Brill Academic Pub, 2007;
_______________. The Enoch-Metraton Tradition: Texts and Studies in Ancient
Judaism. Tubingen: Mohr Siebeck, 2005.
OTZEN, Benedikt. O Judaísmo na Antiguidade: a História Política e as Correntes
Religiosas de Alexandre Magno até o Imperador Adriano. São Paulo: Paulinas,
2003;
POHL, Adolf. Apocalipse de João II – Comentário Esperança. Curitiba: Esperança,
2001;
__________. O Evangelho de Marcos – Comentário Esperança. Curitiba:
Esperança, 1998;
PROPHET, Elizabeth Clare. Fallen Angels and the Origins of Evil: Why Church
Fathers Supressed the Book of Enoch and its Starling Revelations. Gardiner:
Summer University Press, 2000;
PRIGENT, Pierre. O Apocalipse. 2ª Ed. São Paulo: Loyola, 2002;
29
PUGLIESI, Márcio & LIMA, Norberto de Paula (Trs.). O Livro de Enoch: o Livro das
Origens da Cabala. Curitiba: Hemus, 2003.
QUEIROZ, Antonio Celso. A Leitura Profética da História. São Paulo: Loyola, 1994;
REED, Annette Yoshiko. What the Fallen Angels Taught: the Reception-History of
the “Book of the Watchers” in Judaism and Christianity – Volume One. Michigan:
UMI Dissertation Publishing, 2002;
___________________. Fallen Angels and History of Judaism and Christianity: the
Reception of Enochic Literature. New York: Cambridge University Press, 2005;
REVISTA CONCILIUM. O Mal Hoje as Lutas para ser Humano. Petrópolis: Vozes,
Volume 45, nº 329-2009/1, jan.-mar., 2008;
REVISTA CONCILIUM. Deus, onde estás? O Grito de Miséria Humana. Petrópolis:
Vozes, Volume 28, nº 242-1992/4: Espiritualidade, 1992;
RICHTER, Amy E. The Enochic Watcher‟s Template and the Gospel of Matthew.
Milwaukee: UMI Dissertation Publishing, 2010;
RODRIGUES, Cláudio J. A.. Apócrifos da Bíblia e Pseudoepígrafos. São Paulo:
Cristã Novo Século, 2004;
ROLDAN, Alberto Fernando. Escatología: uma Vision Integral desde América Latina.
Buenos Aires: Kairós, 2002;
______________________. Do Terror à Esperança: Paradigmas para uma
Escatologia Integral. Londrina: Descoberta, 2001;
MARTIN, Rosel. Panorama do Antigo Testamento: História, Contexto e Teologia.
São Leopoldo: Sinodal, 2011;
ROST, L. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudoepígrafos do Antigo Testamento
e aos Manuscritos de Qumran. 2ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1980;
ROWLEY, H. H. Jewish Apocalyptic and the Dead Sea Scrolls. London: The Athlone
Press, 1957;
RUSSELL, David Syme. Apocalyptic: Ancient and Modern. Filadelfia: Fortress Press,
1978;
___________________. Daniel. Philadelphia: Westminster Press, 1981;
30
___________________. Desvelamento Divino. São Paulo, SP: Paulus, 1997;
___________________. The Method and Message of Jewish Apocalyptic.
Philadelphia: Westminster Press, 1964;
SACCHI, Paolo. Jewish Apocalyptic and its History. Sheffield: Sheffield Academic
Press, 1990;
_____________. The History of the Second Temple Period. New York: T & T Clark,
2004;
SANDY, D. Brent & O’HARE, Daniel M. Prophecy and Apocalyptic: an Annotated
Bibliography. Michigan: Baker Academic, 2007;
SAYÃO, Luiz. Agora Sim! Teologia na Prática, do Começo ao Fim. São Paulo:
Hagnos, 2012;
SCHAFF, Philip. Nicene and Post-Nicene Fathers – Series II – Volumn 3. Michigan:
Christian Classics Ethereal Library, 1892;
SCHIFFMAN, Lawrence H. Texts and Traditions: a Source Reader for the Study of
Second Temple and Rabbinic Judaism. Hoboken: KTAV Publishing House, 1998;
SCHMIDT, Werner H. A Fé do Antigo Testamento. São Leopoldo: Sinodal, 2004;
SCHOEDD, George H. The Book of Enoch: Translated of Ethiopic with Introduction
and Notes. Ohio, 1881;
SHANOKSI JR., Getúlio Elias. O Livro de Enoch, o Profeta. São Paulo: Madras,
2005;
SHREINER, J. & DAUTZENBERG, G. Forma e Exigências do Novo Testamento. 2a
Ed. São Paulo: Teológica, 2004;
SOARES, Dionísio Oliveira. A Literatura Apocalíptica: o Gênero como Expressão.
Revista Horizonte. Belo Horizonte: PUC Minas, volume 7, nº 13, 2008;
______________________. As Influências Persas no Chamado Judaísmo Pós-
Exílico. 6ª Ed. Campinas: Revista Theos, Volume V, nº 2, 2009;
SPARKS, H. F. D. (Ed.). The Apocryphal Old Testament. New York: Oxford
University Press, 1984;
31
STEGEMANN, Ekkehard W. & STEGEMANN, Wolfgang. História Social do Proto-
Cristianismo: os Primórdios no Judaísmo e as Comunidades de Crisso no Mundo
Mediterrâneo. São Paulo e São Leopoldo: Paulus e Sinodal, 2004;
STONE, Michael E. Select Studies in Pseudepigrapha & Apocripha with Special
Reference to the Armenian Tradition. Leiden: Brill Academic Pub, 1991;
STRONG, James. Dicionário Bíblico Strong: Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de
Strong. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002;
SZÖNYI, GYÖRGY E.. Promiscuous Angels: Enoch, Blake, and a Curious Case of
Romantic Orientalism. Romanian Journal of English Studies. Timisoara:
Universitatea de Vest, Vol. 8, 2011;
TERRA, Kenner Roger Cazotto. De Guardiões a Demônios: a História do Imaginário
do Pneuma Akatharton e sua Relação com o Mito dos Vigilantes. São Bernardo
do Campo: Universidade Metodista, Dissertação de Mestrado em Ciências da
Religião, 2010;
_________________________. Os Anjos que Caíram do Céu: o Livro de Enoque e
o Demoníaco no Mundo Judaico-Cristão. São Paulo, SP: Fonte Editorial, 2012;
TERTULIANO; The Apparel of Women. Whitefish: Kessinger Publishing, 2004;
VANDERKAM, James C. & ADLER, Willian (Eds.). The Jewish Apocalyptic Heritage
in Early Christianity. Minneapolis: Fortress Press, 1996;
___________________ & FLINT, Peter. The Meaning of the Dead Sea Scrolls. New
York: T&T Clark International, 2002;
VON RAD, Gerhard. Old Testament Theology – Volume 1. Kentucky: Westminster
John Knox Press, 2001;
WILCOOK, Michaell. A Mensagem de Apocalipse. São Paulo: ABU, 1986;
WILKINSON, Bruce & BOA, Kenneth. Descobrindo a Bíblia. 2ª Ed. São Paulo: Arte
Editorial e Candeia, 2007;
WRIGHT, Archie T. The Origin of Evil Spirits. Tubingen: Mohr Siebeck, 2005;
YADIN, Azzan (Tr.). Judaism of the Second Temple Period – Volume 1 – Qumran
and Apocalypticism. Michigan: Eerdmans Publishing, 2007.
32
ANEXO A – CORRENTES DE TRADIÇÃO
NO PERÍODO DO SEGUNDO TEMPLO.28
28 HANSON, Paul D. The People Called: the Growth of Community in the Bible – With a New Introduction. Louisville: Westminster John Knox Press, 2001, p. 252.
Recommended