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Gui
Sandra SerraGui e a Descoberta da M
agia do Faz- de- conta Espiral Inversa
Um projec to Mult i Mall Management
Este é um livro CarbonoZero.As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção do papel que o compõe e à respectiva impressão foram quantificadas e compensadas, através do sequestro de uma quantidade equivalente de dióxido de carbono proveniente de um projecto agroflorestal sediado na comunidade rural carenciada de Nhambita, na zona limítrofe do Parque Nacional da Gorongosa, na província de Sofala - Moçambique, anulando assim o respectivo efeito no clima.
da Magia do Faz-de-conta
e a DescobertaDist
ribu
ição
grat
uita
Gui e a Descoberta da Magia do Faz-de-conta
História . Sandra SerraIlustração . Sandra Serra
Design . Espiral InversaPré-impressão . Espiral InversaEditora . Espiral Inversawww.espiralinversa.pt
Um Projecto de:Multi Mall Management
Outubro 2008ISBN . 978-989-95566-2-1 Dep. Legal . 280 963 / 08
Por entre a fresta da janela, um fio de
luz atrevido entrou pelo quarto do Gui,
tocou-lhe suavemente na cara e acabou
por o despertar.
Com a pressa de quem não pode desperdiçar um dia de férias ensolarado, o Gui saltou da cama sem hesitar. Nem o frio de Dezembro o desencorajou a trocar o quentinho dos cobertores pelas brincadeiras na rua.
Num instante, o Gui estava vestido,
lavado e sentado à mesa, pronto para
tomar o pequeno-almoço especial da avó:
leitinho da velha vaca do sr. Manel, pão quentinho e bolo de manteiga que a avó
acabara de fazer, sumo das laranjas da tia Zeca, frutos sumarentos colhidos no
quintal e uma geleia deliciosa de amoras apanhadas no campo.
— É tudo fresquinho e saudável! — dizia, muitas vezes, a avó.
— Se comeres tudo, vais ter energia para brincar todo o dia!
Já com a barriguinha cheia, dentes lavados e casaco vestido, o Gui pôde ir
brincar na rua.
Como acordou tão cedo, encontrou a rua ainda deserta, sem meninos para
brincar. Foi caminhando pela aldeia, na esperança de encontrar algum amigo,
e parou em frente ao portão da sua escola.
— Está tudo tão sossegado... — disse, baixinho, para si próprio.
De repente, olhou para as janelas e reparou que uma delas
estava aberta.
— É a janela da biblioteca! Por que estará aberta?
Nunca ninguém lá vai... Deve ter sido uma rajada de vento que
a abriu! — sussurrou ele.
Sempre muito curioso, e sem nada para fazer, resolveu dar uma
espreitadela à velha biblioteca. A janela era baixa e,
com pouco esforço, saltou lá para dentro.
Nunca tinha ali entrado. Estava tudo
empoeirado e amontoado.
— Isto… a-a-atchim!… mais parece
o sótão lá de casa, cheio de…
a-a-a-atchim!... coisas velhas! —
exclamou o Gui, aflito com tanto pó.
ATCHI M!
Sentou-se numa velha poltrona e aproveitou o sol que entrava pelas duas
grandes janelas de vidro. Resolveu abrir um dos velhos livros que se encontravam
adormecidos nas prateleiras.
— “Em busca da Magia do Faz-de-conta”... O título é engraçado... – murmurou o Gui.
Era uma história de aventura. A história de um menino que viaja pelo mundo para
encontrar o Guardião da Magia do Faz-de-conta. O Gui já não conseguiu tirar
os olhos do livro. Capítulo após capítulo, foi descobrindo lugares e personagens
que não imaginava existirem. Desde os grandes lagos dos Alpes, até às planícies
brancas da Escandinávia, foi vivendo a aventura como se fosse ele próprio a viajar
por aqueles lugares tão distantes...
“... a avalancha aproximava-se a grande velocidade. — Depressa, Mica! Não há tempo a perder! – gritou o rapaz, em pânico.Entrando na canoa, remou com todas as suas forças, sem olhar para trás, enquanto o Mica escondia o focinho entre as patas.O perigo dissipou-se nas águas geladas do rio.— Desta vez, conseguimos escapar — disse o rapaz, aliviado, abrindo novamente o mapa que os levaria à casa do Guardião da Magia do Faz-de-conta.Tinha uma grande missão a cumprir: na sua aldeia, as crianças já não se lembravam da “Magia do Faz-de-conta”. Os dias eram passados entre jogos de consola e computador, ou, então, pasmados à frente da televisão; já não brincavam
ao “faz-de-conta-que-sou-um-dragão”,ou “faz-de-conta-que-sou-uma-fada”, ou “faz-de-conta-que-sou… qualquer-coisa”! A Magia tinha-se perdido naquela aldeia e ele partira nesta aventura decidido a encontrar ajuda para recuperá-la.Remou o mais rápido que conseguiu até chegar à margem coberta de neve e correu para uma pequena cabana de madeira, com uma grande chaminé em pedra, por onde saía fumo de todas as cores. Aquela devia ser a casa do Guardião!Determinado, aproximou-se da porta, mas o vacilar das suas pernas não deixava esconder o nervosismo que sentia. Ao preparar-se para bater à porta, ouviu passos atrás de si. Virou-se, devagarinho, e quase caiu de costas ao ver aquela figura robusta, de casacão vermelho e barbas brancas.
— Pai Natal! — exclamou, pasmado — O que fazes aqui?! Eu venho à procura do Guardião da Magia do Faz-de-conta!— E encontraste-o! Eu sou o Guardião. Quem mais poderia sê-lo?! HO! HO! HO! Não sou eu quem, todos os anos, leva aos meninos e meninas de todo o mundo os brinquedos para “fazerem-de-conta” que são pilotos de avião, princesas, bombeiros, cientistas e tudo mais o que imaginam?— Sim! Mas estava à espera de encontrar um bruxo velho e não o Pai Natal! — respondeu o rapaz, ainda pasmado.— E tu?! O que fazes aqui tão longe de casa?!— É uma longa história! Preciso urgentemente da tua ajuda!E apressou-se a explicar tudo o que se passava na sua aldeia. De rosto carregado, com a expressão de quem recebeu uma notícia alarmante, o Pai Natal ficou
alguns minutos em silêncio. De repente, sorriu e gritou:— Já tenho a solução! Precisamos de um brinquedo especial, que faça a Magia voltar ao coração dos meninos da tua aldeia.— E que brinquedo é esse?— É um livro!— Um livro? Mas qual livro? — exclamou o rapaz, sem compreender como poderia um simples livro ter tal poder.— Um livro de histórias! É o brinquedo mais poderoso que existe. Com um livro podes “fazer-de-conta” que és o que quiseres e que estás em qualquer lugar. Quando lês uma história, vives uma aventura única. Podes ainda “fazer-de-conta” que és o herói da história, e vivê-la de verdade, continuando a brincadeira mesmo depois de terminares a leitura. É um brinquedo fantástico! Não achas?! ”
PUM! Um estrondo na janela fez o Gui distrair-se da leitura, como
se acordasse, de repente, de um sonho. Os seus amigos já estavam todos
a brincar na rua e, desastrados, acertaram com a bola na janela da biblioteca.
O Gui estava eufórico! Tinha acabado de viver uma grande aventura e, para isso,
bastou abrir aquele livro velho e poeirento.
— Miguel, João, Ritinha! Venham cá todos! — gritou da janela. — Descobri
a melhor brincadeira de sempre!
Entusiasmados com a ideia, passaram o dia
na biblioteca a ler livro atrás de livro.
Na manhã seguinte, outros meninos chegaram
e juntaram-se ao grupo e, no dia seguinte, apareceram
ainda mais. Nunca aquela biblioteca tinha recebido
tantas crianças. Liam as histórias e depois contavam-nas
uns aos outros. Brincavam a “fazer-de-conta” que eram
os heróis dos livros e até inventavam novas histórias.
Eu sou u
mPirata!
Os adultos da aldeia depressa se aperceberam de que algo diferente estava
a acontecer. Tudo estava tão calmo... A avó do Gui foi a primeira a investigar
o que se passava. Chamou a tia Zeca, que também estava intrigada com o silêncio
na aldeia e, depois de muito procurarem, desvendaram o mistério...
As crianças estavam tão distraídas que nem deram pela presença das duas
senhoras, a espreitar pela janela da biblioteca.
— Que confusão vem a ser esta?! — gritou a avó do Gui.
— A escola está fechada! Pediram autorização a alguém para estar aqui durante
as férias?! — perguntou, de seguida, a tia Zeca.
Que grande susto! As crianças apressaram-se a contar o que se passava, pois não
estavam a fazer nada de mal. Não tinham estragado nada, antes pelo contrário,
até já tinham algumas prateleiras limpas e a maior parte dos livros arrumados.
Eles queriam transformar aquela velha biblioteca no seu espaço de aventuras.
A avó do Gui ficou tão feliz e comovida com a atitude das crianças que resolveu
ajudá-las.
— A biblioteca precisa de umas boas obras ! — disse, com entusiasmo. — Vou
falar com o Xico carpinteiro, com o Zé pintor, com a Rosa da mercearia e até
com o Dr. Justino. Todos juntos vamos conseguir fazer um bom trabalho: limpar,
pintar e deixar como nova esta sala abandonada. E não vamos ficar por aí!
— Temos de rechear a biblioteca com novas aventuras e histórias de encantar
— disse a avó, feliz com toda aquela movimentação. — As crianças já leram todos
os livros, que, na verdade, não são muitos.
Então, a avó lembrou-se também de pedir a todos os meninos que trouxessem
de casa livros, velhos ou novos, e que espalhassem o pedido pela aldeia. Todos
se dispuseram a ajudar. Remexeram sótãos e baús, e conseguiram recolher logo
uma boa quantidade de novas histórias. O pedido correu pelas aldeias vizinhas e
cidades; receberam mesmo livros de todo o país. Chegaram tantos livros que já
não cabiam na biblioteca...
O Gui era um menino especial, e disso ninguém duvidava. Estava sempre pronto
a ajudar os outros, e, sabendo como é importante partilhar, teve uma ideia:
— Se temos tantos livros que não cabem nestas prateleiras, por que razão não os
oferecemos a outros meninos de outras aldeias? Deve haver muitas aldeias, como
a nossa, que têm a biblioteca quase vazia e abandonada, ou que nem sequer têm
biblioteca. Assim, mais meninos poderão descobrir como é divertido ler, como
aconteceu comigo e com os meus amigos.
A ideia agradou a todos. E, como era Natal, altura em que todos se lembram
como é importante dar e partilhar, todos ajudaram na distribuição dos livros,
certos de que muitas crianças adorariam poder viver a Magia do Faz-de-conta.
Certa manhã, ao abrir o jornal, o avô do Gui reparou numa notícia extraordinária:
Boa ideia!
Ao saber da notícia, o Gui nem conseguia acreditar como a sua ideia tinha
acabado por envolver tanta gente. Ficou tão entusiasmado! Ele sentiu-se como o
menino da primeira história que leu na biblioteca. Não só tinha descoberto como
era divertido ler e “fazer-de-conta” que estamos em outros lugares, que somos
outra pessoa, como também tinha conseguido despertar a “Magia do Faz-de-
Conta” em muitas outras crianças.
— Este é o verdadeiro espírito de Natal, em que, todos unidos, levamos alegria
e magia ao coração de outros meninos — pensou o Gui, enchendo o peito de
felicidade.
Já sabes que ler histórias é uma brincadeira mágica, mas inventá-lasé ainda mais divertido. Escreve ou desenha a tua história de Natal.
Actividades
Actividades
Experimenta esta receita especial da Avó do Gui:
Bolachinhas de NatalI ngredientes:
2 copos de açúcar2 copos de farinha
2 ovos125g de manteiga
1 colher de chá de canela
• Dentro de um recipiente grande, amassa todos os ingredientes com a mão até conseguires fazer uma grande bola bem lisinha.• Coloca essa bola numa mesa salpicada com farinha e estica bem com o rolo da massa, até ficar uma folha gigante, com a espessura de uma bolacha.• Com um palito, desenha na folha de massa as formas que queres dar às bolachinhas.• Pede ajuda a um adulto para cortar com uma faca os desenhos que fizeste na massa, e colocá-los num tabuleiro já barrado com manteiga e salpicado de farinha.• Com a massa que sobrar podes fazer bolinhas e colocar também no tabuleiro.• Pede outra vez ajuda para pôr o tabuleiro no forno bem quente.• Passados 15 minutos, o tabuleiro já pode sair do forno. Deixa arrefecer durante outros 15 minutos e….
As tuas bolachinhas estão prontas!Usa a tua criatividade para as decorar!
ActividadesO Gui é amigo do ambiente e aproveita qualquer oportunidade para fazer reciclagem. Aprende com ele como podes decorar a tua árvore de Natal.
Material necessário: • Jornais antigos • Balões • Cola branca de madeira • Água • Tinta plástica • Arame • Pincel • Alicate
2 • Coloca num recipiente 1 medida de cola branca de madeira + 2 medidas de água.
3 • Enche um balão até ao tamanho que queres fazer a tua bola e dá um nó.
4 • Pincela uma parte do balão com a mistura da cola com água, coloca em cima um pedaço de papel cortado e volta a pincelar a mistura da cola por cima do papel.
5 • Repete o passo anterior até cobrir todo o balão com várias camadas de papel.
7 • Pede ajuda a um adulto para cortar um bocado de arame com 3 cm., moldá-lo com um alicate no formato que está no desenho, e prender as duas pontas soltas dentro do orifício da bola, por onde saiu o balão. Será este arame que vai prender a bola à árvore.
8 • Usa a tua criatividade para pintar a bola, e repete estas instruções para fazeres quantas bolas couberem na tua árvore de natal.
1 • Corta folhas de jornais antigos em bocados pequenos.
6 • Deixa secar e quando estiver bem endurecido corta o nó do balão. Terás a tua bola formada.
Actividades
Centros Comerciais geridos pela Multi Mall Management
Forum Algarve
Forum Madeira
Forum Viseu
Liga a Biblioteca Mágica aos Centros Comerciais.
Espacio Leon
Actividades
Ar
mazéns do Chiado
Forum Montijo
Forum Algarve
Almada Forum
Forum Coimbra
Forum Castelo Branco
Forum Madeira
Forum Viseu
W Shopping
Parque Mondego
Forum Barreiro
I Petali di ReggioEspai Girones
Espacio Torrelodones
Espacio Buenavista
Galeria Comercial FN - Sintra
GuiSandra Serra
Gui e a Descoberta da M
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Um projec to Mult i Mall Management
Este é um livro CarbonoZero.As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção do papel que o compõe e à respectiva impressão foram quantificadas e compensadas, através do sequestro de uma quantidade equivalente de dióxido de carbono proveniente de um projecto agroflorestal sediado na comunidade rural carenciada de Nhambita, na zona limítrofe do Parque Nacional da Gorongosa, na província de Sofala - Moçambique, anulando assim o respectivo efeito no clima.
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