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Dr. Bruce Fogle
Tradução: Bianca Bold
Revisão técnica: Verônica Barreto Novais
Médica veterinária
CãesGUIA ILUSTRADO ZAHAR
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“QUANDO ESTAMOS COM NOSSOS CÃES,
NÃO HÁ ESPAÇO PARA A SOLIDÃO DE
ESPÍRITO. TEMOS UMA RELAÇÃO.”
Ditado inuíte da ilha de Baffin
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LONDON, NEW YORK,MUNICH, MELBOURNE, DELHI
Um livro Dorling Kindersleywww.dk.com
Editora de Arte de Projeto: Maxine Lea * Editor de Projeto:Rob Houston * Assistente Editorial: Miezan van Zyl * Editora-
Executiva: Liz Wheeler * Editor-Executivo de Arte: PhilipOrmerod * Diretor Editorial: Jonathan Metcalf * Diretor de
Arte: Bryn Walls * Designer de Composição Eletrônica: JohnGoldsmid * Gerente de Produção: Linda Dare
Produzido para DK porLOGO STUDIO CACTUS
Editor-Chefe: Aaron Brown * Designers: Dawn Terrey, LauraWatson, Sharon Cluett, Sharon Rudd * Assistente Editorial:
Jennifer Close * Diretora de Criação: Amanda Lunn * DiretorEditorial: Damien Moore
Título original: Eyewitness Companions: DogsCopyright © 2006, Dorling Kindersley Limited
Copyright do texto © 2006, Bruce Fogle
Copyright da edição brasileira © 2009:Jorge Zahar Editor Ltda.rua México 31 sobreloja
20031-144 Rio de Janeiro, RJtel.: (21) 2108-0808 / fax: (21) 2108-0800
e-mail: jze@zahar.com.brsite: www.zahar.com.br
Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todoou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei
9.610/98)
Copidesque: Lúcia Prado e Gabriela DelgadoComposição eletrônica: Futura
Reprodução em cores: GRB, ItáliaImpresso e encadernado na China por Leo Paper Products
(entra ficha catalográfica)
Introdução 10
A HISTÓRIA DO CÃO
AS ORIGENS DOS CÃES 14Conheça os ancestrais 16A domesticação do lobo 18Conquistando o mundo
20Uma relação genética 22
O lobo interior 24Cães de rua 26
O CÃO DOMESTICADO 28Design canino 30
Os sentidos 34Comportamento instintivo 36Os primeiros
trabalhos caninos 38Mudança de papéis 42 Os cães nas culturas
modernas 46
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DIVERSIDADE DAS RAÇASConheça as raças 52
CÃES PEQUENOS 54
CÃES MÉDIOS 102
CÃES GRANDES 156
CÃES EXTRAGRANDES 240
TER UM CÃO
CUIDAR DE UM CÃO 268A importância de morar
com cães 270Encontrar um cão 272Escolher um cão 274
Alimentar um cão 278
A alimentação do seu cão 282
Acessórios básicos para cães 284
Equipamentos adicionaispara cães 286
Preparação do lar 288Saúde e segurança 290Cuidados e banhos 292Exames de rotina 294
Medicina preventiva 296Alergias 298
O cão idoso 300Verificar lesões 304
Tratamento emergencial 306
Ferimentos e sangramentos 308
ADESTRAR UM CÃO 310Pense como um cão 312
A importância de brincar 314
Adestramento doméstico 316
Obediência básica 318“Fica” 320
Passeios com o cão 322Comportamento destrutivo 324
Excesso de entusiasmo326
Agressão 328Adestramento avançado
330
Glossário 332Contatos úteis 335
Índice 336Agradecimentos 343
SUMÁRIO
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I N T R O D U Ç Ã O10
POR MILÊNIOS, OS CÃES SÃO OS ANIMAIS DECOMPANHIA EM QUE MAIS CONFIAMOS. ELESPODEM EXISTIR EM UMA SÉRIE SURPREENDEN-TEMENTE VARIADA DE TAMANHOS E APARÊNCIAS,MAS SÃO TODOS PARECIDOS QUANDO SE TRATADE ENTENDER BEM AS NOSSAS INTENÇÕES. ESSAQUALIDADE INIGUALÁVEL EXPLICA O SUCESSODA NOSSA RELAÇÃO COM OS CÃES.
ORIGENS ANTIGASTradicionalmente, diz-seque nossa relação com oscães começou há cerca de15 mil anos, quando, como desenvolvimento daagricultura, nossos ances-trais tornaram-se maissedentários. Evidênciasantropológicas da evolu-ção do lobo ao cão – redução do tamanho docérebro, dentes mais pró-ximos – remontam àquelaépoca. Dados genéticosrecentes sugerem umadata ainda mais antiga(p.22-3). Apesar da data
incerta, testes genéticosconfirmam que o cão evo-luiu do lobo asiático. Umalinhagem de lobos que sesentia à vontade perto doshomens sobreviveu e pro-criou. Essa adaptação foium sucesso para ambas aspartes e alguns descen-dentes que moravam emcolônias humanas nãocruzavam mais porinstinto : o acasalamentoera controlado pelohomem. Ocorreu assim oprimeiro cruzamento sele-tivo de cães para perpe-tuar atributos que ohomem considerava vantajosos.
AS RAÇAS E SEUS USOSOs valores originais dos cães são funda-mentais ainda hoje. Eles passaram acoordenar suas atividades com as nossasporque são tão sociáveis quanto nós e,quando criados em ambientes comhumanos, se consideram parte da famí-lia. Protegiam naturalmente o territórioonde moravam, latindo para avisar dachegada de estranhos, e defendiam osassentamentos quando necessário.Acompanhavam os homens nas caçadase contribuíam para o seu êxito, com sua
alta velocidade e excelente faro, alémda facilidade inigualável de saber o
que queremos deles, ao ler nossosgestos ou mesmo nosso olhar.
Importante era também a posi-ção social do cão na família
humana. Os filhotes erambrinquedos, uma diver-
Diversdas raO cruzarealça caractetentes genéticcorpo epêlo vatodos ouma pade coreindo domarrom
Cuidados com seu cãoOs cuidados são bonspara a pele, o pêlo ea circulação sangüí-nea do cão, mas tam-bém satisfazemnossa necessidade decuidar de alguém..
Cães como animais de estimaçãoNa América do Norte, Europa, Japão,Austrália e Nova Zelândia, há mais de100 milhões de cães de companhia –um em cada três lares tem um cão..
são. Fas cambém menttes dipara há 5
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11I N T R O D U Ç Ã O
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Cães de trabalhoHá tempos, auxiliar na caça é umtrabalho de cães e muitas raçasatuais descendem de cães de caça.Este schiller sabujo de schiller sto-vare é raro, pois ainda é capaz decumprir seu papel em caçadas.
Diversidade das raçasO cruzamento seletivorealça ou diminuicaracterísticas exis-tentes no potencialgenético do cão. Ocorpo e a textura dopêlo variam, mastodos os cães têmuma paleta parecidade cores potenciais,indo do branco aomarrom e preto.
matos e tamanhos dos cães de hoje –anões, miniaturas, gigantes e braquice-fálicos (de cara chata). Foi só nos últimos200 anos, porém, que o cruzamentoseletivo por tamanho, forma e habilida-des se tornou uma verdadeira indústria,com padrões de kennel clubs para cen-tenas de raças.
CUIDAR DE UM CÃOPessoas que escolhem racionalmente otipo de cão que melhor se adapta ao seumodo de vida, e que investem um tempoadestrando o novo companheiro, rece-bem em troca as benesses de dividir o larcom um cão – conforto, honestidade,
constância, diversão, amizade e carinhosincero. Infelizmente, há o outro ladoda moeda. Uma escolha malfeita,adestramento e cuidados fortuitoslevam a ansiedade, angústia e fracas-so. As páginas seguintes descrevemcomo é fácil construir um relacio-namento feliz e gratificante comum companheiro canino.
são. Filhotes e cães pequenos aqueciamas camas em noites frias. Os cães tam-bém eram uma fonte confiável de ali-mentação quando não havia outras fon-tes disponíveis. O cruzamento seletivopara realçar características aumentou e,há 5 mil anos, já existiam todos os for-
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A HISTÓRIA DOS CÃES
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PER
CaçXX. somInfeapeloboComa ra
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Lobo canadense pretoA variação nas cores da pelagemvista em cães não é nada novo gene-ticamente: os lobos também têmessa diversidade.
Lobo cinzento com filhoteOs lobos mantêm a exuberância portoda a vida – uma alegria contínuaem brincar, especialmente com osmais novos.
16 A S O R I G E N S D O S C Ã E S
Conheça os ancestraisA afirmação “seu cão é um lobo disfarçado” é tão repetida quea tomamos por fato imutável. Sob a bela pelagem do cão há,como dizem, um lobo primitivo, esperando para escapar e vol-tar à natureza. A verdade, entretanto, não é bem assim.
QUAL LOBO É O ANCESTRAL?Quando pensamos em lobos, geral-mente imaginamos o majestoso lobocinzento americano ou o cinzento
europeu, mais independente, o“lobo mau” de Chapeuzinho
Vermelho. É fácil esque-cermos que essas são só
duas das várias raças delobos que existiram ou exis-
tem ainda hoje. Afinal, o cão é um lobo cinzento americano ou um lobo cinzento disfarçado?Não é apenas uma perguntaretórica porque, enquantoessas são as subespécies quemelhor conhecemos, cadauma tem padrões de compor-tamento diferenciados. O loboamericano é um verdadeirocaçador em alcatéia, coordenaa caça e a dormida com os
outros membros, enquanto oeuropeu é mais autoconfiante, caça
sozinho ou apenas com os familiaresde primeiro grau.
FORA DA ÁSIADe fato, o cão de hoje pouco tem emcomum com o lobo americano ou oeuropeu. Dados recentes indicam queo cão surgiu no leste da Ásia. Por todaa Ásia, e estendendo-se ao oeste até a
Rei dos caninosOs lobos são os mais bem-sucedidos membros da famíliados canídeos, nome que se inspirou nos dentes caninosdo animal, por serem grandes e fortes. Até pouco tempoatrás, acreditava-se que o lobo cinzento europeu (acima) –grande e forte predador – é o ancestral direto de todas asraças de cães.
penraçanos,aspeos loseuse o aespesas gpêlomais
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17
LEPTOCYON
A evolução do loboOs lobos são membros da família dos canídeos, assim como os chacais,as raposas e os mabecos. O ancestral direto dos canídeos, o leptocyon,viveu há 7 milhões de anos. Acredita-se que todas as raças de cãesdomésticos descendem de um lobo asiático, como o lobo árabe (abaixo).
CHACAIS
PERSEGUIDO E EXTINTO
Caçadores dizimaram populações de lobos nos séc.XIX eXX. Há apenas 100 anos, havia mais de 2 milhões de lobos somente na América do Norte. Hoje, apenas 1% sobrevive. Infelizmente, somos exímios exterminadores de raças isoladas e, apenas no último século, desapareceram pelo menos sete raças de lobos, dentre estas, o japonês, o menor lobo do mundo. Com apenas 39cm de altura e menos de 84cm de comprimento, a raça desapareceu em 1905.
LOBOS
RAPOSAS
MABECOS
Lobos uivantesTodos os lobos são sociáveis.Comunicam-se com os outrosmembros da família através docheiro ou, como estes lobos ame-ricanos, pela voz.
LOBOJAPONÊS
ção. Entretanto, apesar de haver claras semelhanças físicas entre o loboasiático e o atual cão pária asiático, aexata origem do cão ainda é polêmica.Talvez o lobo asiático seja o ancestraldireto do cão, mas é igualmente possí-vel que um tipo extinto de lobo tenha
sido a base da espécie.
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moqueodaé a
península Arábica, havia e ainda háraças de lobos relativamente peque-nos, sociáveis e adaptáveis. Tanto noaspecto físico como comportamental,os lobos asiáticos diferem bastante dosseus parentes maiores, o lobo europeue o americano. Os lobos maiores sãoespecialistas em capturar e matar pre-sas grandes. Seus parentes asiáticos depêlo curto sobrevivem da caça de ani-mais menores e de carne em putrefa-
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Cães de estimação são lobos “domesticados”, isto é, são lobosque conseguiram se adaptar com sucesso a nossas regras e gestão. Mas por que essa propensão dos lobos à adaptação? Epor que achamos o seu comportamento tão atrativo?
A domesticação do lobo
UM NOVO NICHO ECOLÓGICOA história do lobo é diferente da de quase todos os outros animais domes-ticados porque nós, na verdade, não odomesticamos. Foi o lobo que escolheuviver próximo a nós, escolheu a domesti-cação. Os lobos viram a área ao redordos assentamentos humanos como umhabitat próspero – de fato, um novonicho ecológico. Catavam lixo despejadopelo homem, alimentavam-se de roedo-res atraídos pela comida e estavam segu-ros contra predadores maiores, pois oshumanos já haviam se encarregado dematá-los. Os nativos semdúvida capturavamfilhotes de lobos: eramtão atrativos aos huma-nos quanto hoje.Alguns eram criadosaté a adolescência edepois comidos.Outros, provavel-mente os maissociáveis, sobre-
Parceria primitivaEsta pintura rupestre pré-histórica das montanhas de
Ennedi, no Chade, revela o papel primitivo do cão entreos humanos: auxiliar na caça a grandes animais. Os
cães lobos que ajudavam e protegiam a tribo sobreviviam e procriavam, estabelecendo-se comoos primeiros cães de estimação.
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19A D O M E S T I C A Ç Ã O D O L O B O
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viviam até a vida adulta e procriavam.Era um tipo de “sobrevivência do maisamigável”: sobreviviam os de carátermais jovial e divertido. O instinto dematilha do cão lobo permitiu-lhe seencaixar na família humana, com a hie-rarquia de membros dominantes e sub-missos. Seu olfato apurado e excelenteaudição tornaram-no ótimas sentinelas,alertando os humanos sobre perigosexternos.
LUTA, FUGA OU AMIZADEUm equivalente ao lobo nos dias dehoje, no quesito adaptação à vidahumana, seria a raposa. Nos últimos20 anos, esse reservado animal rural enoturno vem mudando drasticamenteos hábitos, integrando-se em ambien-tes humanos e surgindo durante o dia,como um confiante caçador e catadorde lixo. Assim como o ancestral lobohá milhares de anos, a “distância defuga” – dentro da qual o animal per-
mite, sem fugir, que o “inimigo”se aproxime – vem diminuin-
do consideravelmente.
Uma relação de trabalhoO homem não demorou a descobrir que, assim como prote-gem a família humana, os cães fazem o mesmo com gadosse forem criados desde cedo com esses animais. Hoje naNamíbia, os cães pastores da Anatólia ainda protegemcabras das chitas, dando continuidade ao seu antigo papel.
A DOMESTICAÇÃO DA RAPOSA
O fascinante trabalho do geneticista russo DmitryBelyaev, iniciado nos anos 50, mostrou como é simplese rápido modificar comportamentos animais. Belyaevescolheu indivíduos de ninhadas da indústria de pele naRússia que mostravam menos medo quando tocados eque viriam mais provavelmente, por vontade própria,lambê-lo ou se aproximar. Em outras palavras, escolheuraposas que mantinham características juvenis. Emmenos de dez gerações, muitos dos descendentes comportavam-se como indivíduos “domesticados”, dispostos a interagir com estranhos, lamber o dono echoramingar quando sozinhos. Selecionadas por causada docilidade, as raposas de Belyaev também desenvol-veram outras características, incluindo olhos azuis epelagem malhada (preta e branca). Nunca deixaram de abanar o corpo inteiro, como fazem os filhotes, nem delevantar a pata para estranhos em submissão. Belyaevcriou, de fato, eternos filhotes. E os cães são exatamenteisso.
Parte da famíliaAnimais de estimação são comuns não ape-nas nas culturas ocidentais. Aqui, umafamília de índios ianomâmi da florestaAmazônica, na América do Sul, é vista nacompanhia de um cão doméstico.
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Em rotas de comércio, conquista e migração, o cão deixou a Ásiacom o homem. Dirigiram-se ao norte, ao Ártico; ao sul, ao sudesteasiático, Papua Nova Guiné e Austrália; a oeste, pela Índia até aÁfrica e Europa; e a leste, às ilhas do Pacífico e Américas.
Conquistando o mundo
PISTAS ARQUEOLÓGICASOs primeiros cães, queeram fisicamente idênti-cos aos lobos, se associa-ram aos antigos huma-nos e alimentavam-se deseu lixo. Tudo isso é ape-nas uma dedução, poisos fósseis não podem serdiferenciados dos fósseisde lobos. Certamente háossos de lobos junto afósseis humanos queremontam a dezenas demilhares de anos, mas não se sabe aocerto se os lobos eram presas ou com-panheiros. Em partes da Ásia e até naEuropa, porém, há dados arqueológi-cos que sugerem que homens e cães
escaesquseu quade q
O CÃHá pquantraistaçõmititais menmudceremaisnamdo cçõesdiveluir.
lobos tenham criadouma relação mais próxi-ma bem antes de nossosancestrais se estabelece-rem em áreas rurais.Estudiosos do MuseuBritânico confirmam queuma mandíbula achadanuma caverna no Iraquehabitada por homens há14 mil anos era de umcão domesticado damesma época. Arqueó-logos israelenses desco-
briram um túmulo de 12 mil e 500anos onde uma mulher abraça umfilhote de cão de forma aparentemen-te afetuosa. Na Espanha, uma covaainda mais antiga foi
CCÃÃOO DDAA CCAARROOLLIINNAA
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SUDESTE DOS EUA
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MÉXICO
DILUIÇÃO DOS CÃES PRIMITIVOS
Quando os europeus colonizaram as Américas, aÁfrica e a Austrália, seus cães se misturaram comraças primitivas indígenas. Na África, p.ex., os co-lonos europeus cruzaram seus cães com os shenzidos basutos, resultando no rodesiano. E derrubandoo rótulo de “geneticamente puro” do dingo austra-liano, análises de DNA revelam que mais de 3/4 daraça descendem da hibridização com cães euro-peus.
A distribuição dos cãesDados genéticos confirmam que os pri-meiros cães lobos surgiram na Ásia entre40 mil e 100 mil anos atrás, antes de seespalharem rapidamente pelo mundo.Uma ponte terrestre na antiga regiãoda Beríngia permitia a migração depessoas e cães da Ásia à América doNorte há cerca de 20 mil anos. Aindahoje há descendentes dos primeiroscães lobos asiáticos em todos os conti-nentes, exceto na Antártica.
ROTAS DE COMÉRCIO, CONQUISTA E MIGRAÇÃO
PONTE TERRESTRE
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CCÃÃOO PPEELLAADDOO
PERU
Uma parceria antigaEsta mulher e seu cão foram enterra-dos juntos há cerca de 12 mil e 500anos, em Ein Mallaha, norte de Israel.
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21C O N Q U I S T A N D O O M U N D O
e
Cães como caçadoresO desenho desta jarra grega de cercade 550 a.C. mostra uma antiga ilus-
tração de como os homens usavam oscães para ajudar na caça. O obedientecão permanece ao lado do dono.
que sabujos, ancestraisdos atuais afghan,saluki e greyhound,existiam naMesopotâmia há 6-7mil anos. Há mais de5 mil anos, havia no
Tibete cães de guarda,ancestrais dos rottwei-lers e bulldogs. Maisrecentemente na Itália,
há 1.700 anos, foram encontradoslébreis, ancestrais dos atuais bassethound e dachshund. Spaniels de águae retrievers apareceram na Europa há1.300 anos; os terriers, só 100 anosmais tarde. Assim como antes, a evolu-
ção do cão por todo o mundocontinua com toda a força.
escavada, revelando o esqueleto de uma garota. Aoseu redor, apontando emquatro direções, havia restosde quatro cães.
O CÃO SE DESENVOLVE...Há pelo menos 12 mil anos,quando nossos distantes ances-trais passaram a viver em habi-tações permanentes, o cão pri-mitivo sofreu pressões ambien-tais naturais. Conseqüente-mente, sua forma começou amudar. O corpo e a cavidadecerebral menores, e dentesmais compactos, p.ex., nos proporcio-nam a primeira grande evidência fóssildo cão moderno. Após muitas gera-ções de cruzamento seletivo, umadiversidade de raças começou a evo-luir. Dados arqueológicos mostram
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