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Gesp.007.03
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO E DESPORTO
R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O
MARIA DA CRUZ DIREITO BENTO DOS SANTOS
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
EM TÉCNICAS DE GERONTOLOGIA
Outubro/2011
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Curso de Especialização Tecnológica em Técnicas de Gerontologia
Maria da Cruz Direito Bento Dos Santos
Orientadores:
Prof. Rosário Martins e Prof. Armando Almeida
Instituto Politécnico da Guarda Associação dos Amigos de Nespereira
ÍNDICE
Introdução_____________________________________________________________3
Actividades propostas e desenvolvidas______________________________________ 4
Finalidade e Objectivos_________________________________________________ 12
Agradecimentos_______________________________________________________ 14
Anexos______________________________________________________________ 15
3
INTRODUÇÃO
O curso de especialização tecnológica em técnicas de Gerontologia, apenas ficará
concluído após a apresentação do relatório de estágio, frequentado numa instituição com
a duração de seiscentas horas. Devido à valorização que o mesmo representa para a
complementação do curso, foi elaborado um plano de estágio (em anexo). Este foi
realizado e orientado na Associação dos Amigos de Nespereira no período de
Novembro de 2010 a Maio de 2011.
Esta associação foi fundada em 1994 por um grupo de amigos que se dignou avançar
com o projecto e criar então um centro de dia. Devido ao facto de ter iniciado apenas
como centro de dia, a instituição careça de alguns meios e recursos necessários e
adaptados às dificuldades físicas e psicológicas dos utentes. Actualmente, a instituição
tem ao seu dispor várias valências. Além de centro de dia e apoio domiciliário, dispõe
de um serviço a tempo inteiro com vinte e quatro camas, prestando no total cuidados a
cerca de quarenta idosos. Paralelas a estas valências, funcionam ainda actividades e
tempos livres (ATL) com quinze crianças, que inclui transporte e alimentação. Tem
ainda uma ambulância de transportes para doentes, disponível para servir os utentes da
instituição, assim como toda a comunidade.
Como é uma associação, conta com a colaboração dos associados, dos elementos que
compõe a direcção e assembleia e ainda com o empenho de treze funcionárias,
distribuídas pelas vinte e quatro horas do dia.
A escolha desta instituição para a realização do estágio deve-se ao facto de a mesma ser
o meu local de trabalho. Com o conhecimento e empatia que existe entre mim e os
idosos, garantiu-me um melhor enquadramento e enriquecimento durante todo o
processo de estágio.
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ACTIVIDADES PROPOSTAS E DESENVOLVIDAS
Após ter a devida aprovação e autorização por parte dos responsáveis, para o
prosseguimento das actividades e seguindo o plano elaborado, dei início ao estágio.
O bom relacionamento que mantinha com os idosos da instituição, facilitou-me a tarefa.
Expliquei-lhes o meu objectivo de trabalho e solicitei a sua ajuda, à qual a maioria se
mostrou satisfeita e disponível para o fazer.
Começámos por recordar a sua infância, que para alguns foi muito pouco aproveitada,
visto que eram obrigados a trabalhar devido às necessidades financeiras. A maioria não
frequentou a escola e os que o fizeram, poucos concluíram sequer a instrução primária.
Quando tinham algum tempo para brincar faziam-no sempre em grupos e na rua, visto
que eram famílias muito numerosas e os brinquedos que utilizavam eram elaborados por
eles próprios. A bola e as bonecas feitas de trapos (fig.1), aproveitando os pequenos
restos de tecido das mães que em alguns casos eram costureiras. Os pedacinhos maiores
ainda eram aproveitados para fazer sacos de pano, colchas para a cama, ou ainda tapetes
para decorarem o chão da casa. Tudo era aproveitado.
Os rapazes faziam a fisga, moldando um pau em forma de “V”, onde adaptavam umas
tiras de cabedal que pediam ao sapateiro. O arco era aproveitado dos aros e pneus de
bicicletas velhas e accionado com um pau ou arame que o movimentava ou equilibrava.
O pião era o brinquedo mais cobiçado pelos rapazes, visto que faziam grandes
habilidades e disputas entre eles. Era um orgulho apanhá-lo com a mão, só com um
Fig.1 – Boneca de trapos
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dedo, fazê-lo assobiar ou ainda derrotar os parceiros. Mas para o conseguir, tinham de
amealhar o tostão para o comprar. A baraça que o fazia girar, era tecida por eles
próprios, utilizando um carro de linhas em madeira, onde eram colocados quatro pregos,
com algodão em volta e um quinto prego que servia para rodar o algodão que o tecia. Os
mais habilidosos, faziam lindos brinquedos em madeira, cortiça e cana, como era o caso
da flauta. Tudo isto, em alguns casos, enquanto guardavam os seus abundantes
rebanhos.
Aproveitando a época da colheita dos frutos e com a colaboração de alguns idosos mais
experientes, demos início à confecção das compotas tradicionais (fig.2 e 3). Partilhámos
ideias, demos opiniões sobre a forma e a diferença que existe na alimentação do tempo
deles e os dias de hoje. Talvez pela dificuldade que tinham em possuir as coisas, estas
se tornassem mais apetecíveis e saborosas. O arroz doce feito com leite de ovelha, numa
caldeira de cobre suspensa na fogueira. O feijão cozido na panela de ferro, toda a manhã
ao lume. A carne assada na caçoila de barro em forno de lenha, só em dias de festa!
Fig. 2 – Idosos a confeccionar compotas
Fig. 3 - Compotas
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Posteriormente e durante algumas semanas fomos desenvolvendo vários trabalhos
artesanais, com o objectivo, não só de aplicar as capacidades físicas, mas também
activar as capacidades cognitivas.
Elaborámos a tradicional boneca de trapos, outra mais recente e adaptada como
decoração de lápis (fig.4). Aproveitando o trapilho, ou como elas lhe chamam “as fitas
de trapos”, que no tempo delas teciam as mantas fizemos pequenos suportes, aos quais
acrescentei uma pequena decoração (fig.5). Fizémos também em tecido, flores para
colocar em casacos ou no cabelo, o que lhes trouxe à memória o tempo de juventude em
que tinham de fazer as suas próprias roupas e enfeites (fig.6).
Fig. 4 – Lápis decorado com
boneca de trapos
Fig. 5 – Suportes em trapilho
Fig. 6 – Flores decorativas
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Aproveitando materiais simples como a madeira, pregos e ráfia, que hoje em dia já
adquirimos em diversas cores e aplicando alguma habilidade de pintura, que talvez
algumas delas também possuíssem, mas nunca tiveram a oportunidade de desenvolver.
Elaborámos um trabalho muito interessante, sem grandes dificuldades e adaptado às
suas capacidades, que no final pode ser utilizado como cesto de pão ou fruteira (fig.7).
Fig. 7 – Fases da execução de trabalho em ráfia e madeira
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Como durante todo o curso, também no estágio surgiram algumas barreiras e
dificuldades. De acordo com um membro da direcção, foi planeada uma actividade
lúdica e de animação. A mesma constava que a ceia de Natal iria ser animada pela
tocata do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira, do qual eu sou elemento
activo. No final seriam entregues aos idosos, lembranças que eles próprios ajudaram a
elaborar. Não foi concretizada, por motivo de a ceia ser alterada para um almoço, numa
outra data sem que eu fosse atempadamente informada. As lembranças foram entregues
e o motivo da alteração foi explicado e compreendido, com alguma decepção por parte
dos idosos (fig.8).
As situações agradáveis mais marcantes, são as que prevalecem no subconsciente do ser
humano e no idoso é comum esquecerem o mais recente e recordarem o que está bem
guardado no fundo da sua memória. Para lhes demonstrar que com a idade se adquire
sabedoria, convidei-os a partilhar as suas tradições e a viajar no tempo da sua juventude,
em que não existia riqueza material, mas muita riqueza moral. Ajudavam-se
mutuamente nos trabalhos agrícolas, partilhavam géneros alimentícios e viviam muito a
sua vida em grupos. Durante o dia trabalhavam, a maioria no campo e regressavam a
Fig.8 – Entrega de lembranças
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casa em grupo sempre alegres e cantando. Ao domingo juntavam-se um rancho de
raparigas e rapazes, uns tocavam, outros dançavam e assim organizavam os bailaricos.
Foram recordadas algumas danças, (modas) como lhe chamavam e até descobertos
alguns “namoricos”, que existiu entre eles. Os serões também passados em grupo eram
feitos alternadamente nas casas das vizinhas, para pouparem o azeite da candeia ou o
petróleo do candeeiro. Ensinavam as mais novas a organizar o enxoval e a tricotar as
meias, que para tal eram necessárias cinco agulhas de arame. “Ninguém queria ficar
mal”, confessou uma das idosas, que por não ter dinheiro para comprar algodão, fingiu
ter-se enganado e desfez o que tinha feito para voltar a fazer. Para recordarmos mais
intensamente esses momentos, transformámos a sala de estar numa sala de cinema e foi
projectado o filme “Nespereira, Orgulho de Todos Nós”, todo ele protagonizado pelo
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira (fig.9).
As imagens retratam o quotidiano da época entre mil e novecentos e mil novecentos e
cinquenta, as lides caseiras, do campo, os trajes de trabalho e domingueiros, as
romarias, danças e cantares, lendas e tradições. A alegria que demonstraram, ao recordar
locais que já não viam há muitos anos, como as casas dos senhorios onde alguns deles
passaram a sua infância e juventude como trabalhadores. Quando surgiram as danças,
algumas cantarolavam a acompanhar, como nos velhos tempos.
Fig.9 – Visualização do filme
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Foi recordada que deu o nome à aldeia. Habitou em tempos nas casas do rio (casa
senhorial do tempo romano) uma senhora muito bondosa, que acolhia os pobres e
caminhantes, que passavam na zona. Quando perguntavam onde iriam pernoitar, a
resposta era rápida: “Em casa de Inês Pereira”. Como a primeira letra era pouco
pronunciada, a junção das duas sílabas, deu o nome à aldeia (I) Nes pereira.
A Lenda do Cedro também é muito recordada, pelo facto de narrar uma história de amor
e coragem. Dois homens em disputa pelo amor da mesma mulher, agrediram-se
fisicamente acabando na morte de um. Para fugir às autoridades, o assassino escondeu-
se no topo do cedro durante uma semana.
Prosseguindo as recolhas sobre tradições, abordámos a parte dos tratamentos caseiros, o
mais usual nessa época pois os tratamentos médicos eram raros. Só quem tinha
possibilidades financeiras ou em último recurso.
As ventosas aquecidas, eram um dos métodos utilizados para aliviar a dor. As
massagens feitas pelos curandeiros, com azeite quente era outra forma de consertar
ossos fora do lugar, ou aliviar dores musculares.
O vasto conhecimento que possuíam das plantas, levavam-nos a utilizá-las como
remédio para os seus males. Em chás ou cozinhados em pasta, substituíam os inúmeros
comprimidos que actualmente se consomem. A cidreira, a erva do muro, os pés de
cereja, a barba do milho, a flor do sabugueiro, a flor da carqueja, o hipericão, os poejos,
a tília e muitos outros. As malvas (fig.10), além de chá eram utilizadas para lavagens e
desinfecção, de doenças ginecológicas. Descobri também que as urtigas de folha larga
(fig.11) eram aproveitadas para fazer sopa e as meruges, utilizadas cruas em saladas,
ambas para curar fraquezas e palidez. O que me leva a entender que são duas plantas
ricas em ferro.
Fig.10 – Malvas Fig.11 – Urtigas
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Algumas dificuldades surgiram ao longo do estágio a nível de regras e métodos de
trabalho. Torna-se difícil aplicar na prática, os conhecimentos adquiridos ao longo do
curso, quando existem métodos enraizados completamente opostos, manipuladores e
transmissíveis. Ainda existe o mito, de que os idosos são pessoas diferentes e
dependentes, esquecendo porém, que em parte nós também somos dependentes deles,
como tal devemos-lhe respeito e obediência.
Empenhei-me no processo de mudança, contribuindo activamente na defesa do bem-
estar dos idosos. Compreendendo a dificuldade que alguns idosos demonstravam para
se deslocar à cabeleireira solicitei o material necessário e arrojei-me a cuidar dos
cabelos. Faço os possíveis por mantê-los curtos e limpos, para uma melhor aparência
física (fig.12). Particípio algumas vezes na escolha da roupa que vão usar e incentivo-os
a variar o mais possível para que se sintam bem. Colaboro em alguns cuidados de saúde
básicos e diários, como a avaliação de tensão, glicémia e ministração de medicação e
insulina. Com o intuito de variar um pouco a alimentação, dei o meu contributo na
elaboração de uma ementa semanal (em anexo).
Todas as tarefas diárias e necessárias ao seu bem-estar, são feitas com todo o empenho e
carinho, com o objectivo de criar laços idênticos aos familiares, para minimizar a
ausência dos mesmos.
No decorrer do estágio, tive a oportunidade de conhecer outra instituição, o que me
agradou bastante, para assim analisar as diferenças existentes. Estava em início da sua
função, uma unidade particular moderna, com todos os recursos materiais e humanos
necessários. Possui cento e vinte camas, divididas por diversos graus de dificuldade, no
entanto era notória a organização e distribuição de funções, com selecção prévia de
pessoal especializado e competente. Devido à dimensão da residência, verifica-se
algumas medidas de segurança, o que a torna um pouco formal e com alguma
monotonia aparente, o que não significa que não seja acolhedor. A receptividade e o
acolhimento é uma tarefa, que cabe a profissionais competentes existentes no interior da
instituição.
Fig.12 – Cuidados de higiene
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FINALIDADE E OBJECTIVOS
O trabalho desenvolvido neste estágio, tem como finalidade complementar uma
formação, pondo em prática toda a aprendizagem teórica, dos diversos temas
leccionados. O contacto directo com os idosos leva-nos a um melhor conhecimento dos
seus problemas, o que nos facilita a sua resolução. A conclusão da especialização em
técnicas de gerontologia, dá-nos a possibilidade de desenvolver competências a vários
níveis. Por conseguinte, o estagiário, deve por vontade própria e para enriquecimento
pessoal mostrar interesse participativo, em todas as tarefas e actividades que se
desenvolvem ao redor dos idosos. Independentemente das funções que venha a
desempenhar posteriormente numa instituição, deve ter conhecimento de toda a
actividade, para uma melhor orientação das colaboradoras profissionais. Por outro lado,
o estágio dá-nos uma orientação mais profunda, para testar as nossas capacidades físicas
e psicológicas, para lidar com as mais diversas situações, algumas difíceis de
ultrapassar, como a dor, a solidão e até a morte. Tal como em todas as áreas
profissionais, também nesta, a formação é um pilar de suporte muito importante, mas só
funciona paralelamente, ao empenho, dedicação, respeito e sobretudo muita coragem e
tolerância.
As relações humanas funcionam como uma terapia para eles, que sofrem na maioria, de
carência afectiva e ausência familiar. A nossa função é ser amigo, familiar e
conselheiro, cativar a sua confiança e fazê-lo sentir-se útil. Mantê-lo activo e exercitar-
lhe a memória, para retardar o mais possível a falência das capacidades cognitivas e
mentais.
Além do acompanhamento ao idoso, enquadra-se também nesta área, o
acompanhamento a familiares. O assistente funciona como elo de ligação entre ambos.
Face às mudanças que se têm vindo a verificar ao longo do tempo nas instituições, é
necessário mudar também as mentalidades, acerca dos mitos que ainda rodeiam este
ciclo da vida. Para isso é necessário o empenho e colaboração de toda a equipa, que
trabalha em prol deste objectivo e não um desafio de um contra dez.
Os objectivos desta formação e posteriormente o estágio, são de carácter profissional,
mas acima de tudo pessoal. Aceitei este desafio, pelo facto de ser uma pessoa
empenhada e lutadora pelos meus princípios e objectivos. Realizei um sonho, há muito
desperdiçado, por falta de apoios e meios. Neta fase da vida, as ambições profissionais
já não são uma prioridade, visto que a aposta é na juventude, com ideias
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tecnologicamente mais avançadas. Sinto-me lisonjeada, pelo facto de lutar e trabalhar
com sucesso, ao lado de jovens com capacidades escolares superiores às minhas.
Adquiri e partilhei conhecimentos a nível académico e profissional, que muito serão
úteis para lidar com a fase final da vida dos outros e preparar a minha própria velhice,
com mais naturalidade e confiança. Ao contrário do que foi informado no início do
curso, acerca das saídas profissionais, não estão muito de acordo com a realidade
profissional no mercado de trabalho. Perante tal situação e sem grandes perspectivas de
evolução na carreira profissional, depois de ultrapassadas algumas barreiras, o resultado
é positivo e enriquecedor. Sinto que alcancei os objectivos propostos.
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AGRADECIMENTOS
Ao longo de todo o curso de formação e posteriormente o estágio, até à elaboração deste
relatório, tive a oportunidade de contar com o apoio de diversas pessoas, que directa ou
indirectamente me apoiaram e ajudaram.
Em primeiro lugar, quero agradecer a todas as professoras que me acompanharam, pela
compreensão, dedicação e sabedoria que comigo partilharam.
Aos colegas, que sem eles, esta realização não seria possível.
Devo agradecer em especial à minha orientadora, professora Rosário Martins, pelo
incentivo e confiança que depositou em mim.
O meu agradecimento também, para a Associação dos Amigos de Nespereira, em
especial ao seu director, professor Armando Almeida, pela disponibilidade que me
concedeu para a realização do estágio.
Não posso nem devo esquecer-me, de dedicar um especial agradecimento aos idosos da
instituição, pelo contributo, carinho e paciência com que me acolheram.
Por último, não posso deixar de agradecer à minha família, pelo apoio e compreensão
que me dedicaram, principalmente à minha filha, que sempre me acompanhou e deu
força nas horas mais difíceis.
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ANEXOS
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PLANO DE ESTÁGIO
Aluna: Maria da Cruz Direito Bento Dos Santos
Orientadores: Professora Rosário Martins e Professor Armando Almeida
Instituição: Associação dos Amigos de Nespereira
Data: Novembro de 2010 a Maio de 2011
Tema: "Partilhar e valorizar memórias e sabedorias."
População Alvo: Comunidade do Lar – idosos
De acordo com os conhecimentos adquiridos durante o curso, proponho-me desenvolver
actividades com os idosos residentes nesta instituição, conhecendo antecipadamente as
suas capacidades.
Estas actividades estão relacionadas com o título que atribuí ao plano. O objectivo será
recordar as suas memórias de juventude e a sabedoria que a idade lhes proporcionou e
que podem partilhar.
Confecção de doces, compotas e pratos tradicionais;
Execução de trabalhos artesanais;
Jogos, cantares e tradições;
Lendas e medicina caseira;
Relações interpessoais;
Cuidados a ter com a aparência;
À parte destas, proponho-me colaborar em todas as actividades e tarefas propostas pela
instituição.
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EMENTA SEMANAL DE ESTÁGIO DE MARIA DA CRUZ SANTOS
Dias da
semana Almoço Jantar
Segunda-
feira
Sopa: Nabiças
Prato: Abrótea frita com arroz colorido
Sobremesa: Laranja
Sopa: creme de cenoura
Prato: Macarrão com frango
Sobremesa: Pêra cozida
Terça-
feira
Sopa: creme de alho francês
Prato: fígado de vitela com batata a
vapor e salada de legumes cozidos
Sobremesa: Kiwi
Sopa: Canja
Prato: açorda de marisco
Sobremesa: iogurte com
compota
Quarta-
feira
Sopa: puré de fava
Prato: empadão de bacalhau com salada
de alface, tomate e cenoura ralada
Sobremesa: banana
Sopa: puré de legumes
Prato: panados de peru com
arroz de cenoura
Sobremesa: maçã assada
Quinta-
feira
Sopa: creme de cebola com brócolos
Prato: feijão branco guisado com arroz
branco e esparregado
Sobremesa: Laranja
Sopa: creme de ervilhas
Prato: massada de peixe
Sobremesa: pudim
Sexta-
feira
Sopa: puré de feijão branco com couve-
flor
Prato: arroz malandrinho com lulas
Sobremesa: salada de abacaxi e pêssego
Sopa: espinafres
Prato: jardineira
Sobremesa: maçã cozida
Sábado
Sopa: caldo verde
Prato: tiras de carne estufada com
esparguete branco
Sobremesa: laranja
Sopa: creme de couve-flor
Prato: peixe vermelho de
cebolada com batata cozida
Sobremesa: pêra
Domingo
Sopa: puré de grão de bico apimentada
Prato: cabrito estufado com couve-flor e
batata frita
Sobremesa: gelatina com creme de
morangos e chantilly
Sopa: feijão verde
Prato: batata cozida com
pescada e legumes
Sobremesa: tangerina
18
Associação dos Amigos de Nespereira
Avenida das Casas do Rio, nº5
Nespereira – Gouveia
Telefone: 238494015
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