Krugman - Cap 14

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cap. 14 krugman

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Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio

Capítulo

14

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Introdução

• As taxas de câmbio entre as moedas dependem de dois fatores: os juros que podem ser ganhos sobre os depósitos e a taxa de câmbio futura esperada.

• Precisamos saber como se determinam as taxas de juros e como se formam expectativas das taxas de câmbio futuras.

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Definição de moeda:Uma breve revisão

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Funções da moeda

• A função mais importante da moeda é servir como meio de troca.• Elimina os custos de busca ligados ao sistema de

escambo.

• Segunda função da moeda é servir como unidade de conta, ou seja, uma medida de valor amplamente reconhecida.

• Moeda como reserva de valor• Transferir poder de compra presente pra o futuro.

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A demanda individual por moeda

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A demanda individual por moeda

• Os indivíduos baseiam sua demanda por um ativo em três características:

• O retorno esperado em comparação a outros ativos.

• O risco do retorno esperado.

• A liquidez do ativo.

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Retorno esperado

• O papel-moeda não paga juros.

• Os depósitos à vista pagam algum juro, mas oferecem uma taxa de retorno menor que ativos não líquidos.

• Quando se retém dinheiro, deixa-se de ganhar a taxa de juros mais elevada que se poderia obter com outros ativos.• Ex: títulos do governo ou depósito a prazo em outro

ativo não-líquido.

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Retorno esperado

• A moeda não paga juros.

• As taxas de juros dos depósitos à vista tendem a ser relativamente constantes.

• A diferença entre as taxas de retorno da moeda em geral e o retorno dos ativos menos líquidos é a taxa refletida pelo mercado:• Quanto mais elevada a taxa de juros, mais se deixa de

reter riqueza na forma de moeda.

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Retorno esperado

• Exemplo:

• Taxa de juros do Tesouro norte-americano: 10%.

• Ao utilizar $ 10.000 da riqueza para comprar uma letra do Tesouro, terá, ao final do período, $11.000.

• Mas, ao entesourar o dinheiro em espécie (cofre), se estará abrindo mão de $ 1.000.

• Segundo a teoria:

• Permanecendo tudo o mais constante, as pessoas preferem ativos que ofereçam retornos esperados mais elevados.

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Retorno esperado

• Um aumento na taxa de juros é uma elevação na taxa de retorno dos ativos menos líquidos em relação à taxa de retorno da moeda.

• Caso a taxa de juros aumente, os indivíduos vão preferir mais os ativos menos líquidos.

• Esse ativos vão pagar:

• A diferença entre a taxa de juros dos ativos menos líquidos e a riqueza retida em forma de moeda.

• Mantendo tudo o mais constante, um aumento na taxa de juros causa uma queda na demanda por moeda.

• Está relacionado ao conceito de custo de oportunidade.

• Logo, a taxa de juros mede o custo de oportunidade em reter moeda em vez de títulos que rendem mais juros.

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Risco

• O risco não é um fator importante na demanda por moeda.

• Há risco em reter moeda porque um aumento inesperado nos preços de bens e serviços pode reduzir o poder de compra da moeda.

• No entanto, o mesmo aumento inesperado dos preços reduziria o valor real dos ativos e porcentagem.• Já que estes têm valor de face fixados em moeda.

• Assim, uma mudança no risco em reter moeda causa igual mudança no risco em reter títulos.

• Logo, um aumento no risco da moeda não aumenta necessariamente a demanda por ativos que pagam juros.

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Liquidez

• A principal vantagem da moeda é a liquidez.

• Famílias e empresas retêm moeda porque ela constitui a forma mais fácil de liquidar as compras cotidianas.

• A necessidade de liquidez aumenta à medida que o valor diário das transações aumenta.

• Logo, aumenta a demanda por moeda.

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Demanda agregada por moeda

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Demanda agregada por moeda

• A demanda agregada por moeda é a soma de todas as demanda individuais.• Indivíduos, famílias, empresas

• Três fatores determinam a demanda agregada por moeda.

• 1) Taxa de juros: a demanda agregada por moeda diminui com o aumento na taxa de juros.

• 2) Nível de preços: o aumento no nível de preços aumenta a demanda agregada por moeda.

• 3) Renda real nacional: o aumento na renda real por moeda eleva a demanda agregada por moeda.

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Demanda agregada por moeda

• Sendo:

• P: o nível de preços.

• R: a taxa de juros.

• Y: o PNB real.

• Md: demanda agregada por moeda.

• A demanda agregada por moeda pode ser expressa por:

• 𝑀𝑑 = 𝑃 × 𝐿 𝑅, 𝑌 .

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Demanda agregada por moeda

• 𝑀𝑑 = 𝑃 × 𝐿 𝑅, 𝑌

• 𝐿 𝑅, 𝑌 diminui quando R aumenta e aumenta quando Y aumenta.

• A demanda por moeda é proporcional ao nível de preços.

• Se o preço de todos os produtos dobrar, mas a taxa de juros e a renda real permanecer inalterada, o valor das transações médias de cada indivíduo simplesmente dobraria, assim como o montante de moeda que ele deseja reter.

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Demanda agregada por moeda

• Normalmente a demanda agregada de moeda é descrita por:

•𝑀𝑑

𝑃= 𝐿 𝑅, 𝑌

• 𝐿 𝑅, 𝑌 : demanda agregada por moeda real.

• A demanda agregada por liquidez, 𝐿 𝑅, 𝑌 , não é uma demanda por um certo número de unidades monetárias, mas sim uma demanda pela manutenção de um certo poder de compra em forma líquida.

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Demanda agregada por moeda

•𝑀𝑑

𝑃reflete os saldo desejados em moeda.

• É igual ao poder de compra que as pessoas gostariam de reter em forma líquida.

• Exemplo:

• Se as pessoas desejassem reter $ 1.000 em espécie a um nível de preços de $ 100 por cesta de mercadoria.

• O saldo em moeda real seria igual a $1.000/$100 = 10 cestas de mercadorias.

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Demanda agregada por moeda

• Exemplo:

• Se as pessoas desejassem reter $ 1.000 em espécie a um nível de preços de $ 100 por cesta de mercadoria.

• O saldo em moeda real seria igual a $1.000/$100 = 10 cestas de mercadorias.

• Se o nível de preços dobrar para $ 200 por cesta.

• O poder de compra cairia pela metade, pois valeria 5 cestas.

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Taxa de juros, R

Demanda agregada por moeda

L (R, Y)

Fig. 14.1, p. 271Demanda agregada por moeda real e taxa de juros

Uma queda na taxa de juros aumenta os saldos em moeda real que cada família e empresa na economia desejam

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Taxa de juros, R

Demanda agregada por moeda

L (R, Y1)

Fig. 14.2, p. 272Efeito de um aumento da renda real sobre a curva de demanda agregada por moeda real

L (R, Y2)

Aumento da renda real

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Taxa de juros de equilíbrioA interação entre a oferta de moeda e a demanda por moeda

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Taxa de juros de equilíbrio

• O mercado monetário está em equilíbrio quando a oferta de moeda fixada pelo banco central equivale à demanda agregada por moeda.

• A taxa de juros é determinada pelo equilíbrio do mercado monetário, dados o nível de preços e a produção.

• Suposição provisória: nem o nível de preços, e nem a produção são afetados por variações monetárias.

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Equilíbrio no mercado monetário

• Seja MO a oferta de moeda, a condição de equilíbrio no mercado monetário é:

• MO = Md

• Dividindo a igualdade pelo nível de preços, podemos expressar o equilíbrio no mercado monetário por:

•𝑀𝑂

𝑃= 𝐿 𝑅, 𝑌

• Dados o nível de preços (P) e a produção (Y), a taxa de juros de equilíbrio é aquela em que a demanda agregada por moeda real equivale à oferta de moeda real.

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Taxa de juros, R

Saldos reais de moeda

Demanda real agregada por moeda, L (R, Y)

Fig. 14.3, p. 272Determinação da taxa de juros de equilíbrio

𝑀𝑂

𝑃= Q1

Oferta real de moeda

1R1

R2

Q2

2

3R3

Q3

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Taxa de juros, R

Saldos reais de moeda

Demanda real agregada por moeda, L (R, Y)

Fig. 14.4, p. 273Efeito de um aumento da oferta de moeda sobre a taxa de juros

𝑀2

𝑃

2R2

R1 1

𝑀1

𝑃

Oferta real de moeda

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Taxa de juros, R

Saldos reais de moeda

Demanda real agregada por moeda, L (R, Y)

Fig. 14.5, p. 273Efeito de um aumento da oferta de moeda sobre a taxa de juros

𝑀2

𝑃

Oferta real de moeda

2R2

R1 1

𝑀1

𝑃

Oferta real de moeda

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Taxa de juros, R

Saldos reais de moeda

L (R, Y1)

Fig. 14.5, p. 273Efeito de um aumento real da renda sobre a taxa de juros

𝑀𝑂

𝑃= 𝑄¹

Oferta real de moeda

1R1

R2 2

L (R, Y2)

1’

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A oferta de moeda e a taxa de câmbio no curto prazo

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A oferta de moeda e a taxa de câmbio no curto prazo

• Condição da paridade de juros: prevê como os movimentos da taxa de juros influenciam a taxa de câmbio, dadas as expectativas sobre o nível futuro da taxa de câmbio.

• A demanda e a oferta de moeda estrangeira se estabilizam quando, o retorno esperado do investimento em moeda nacional e moeda estrangeira é o mesmo.• O retorno depende de:

• Taxa de câmbio hoje.• Taxa de câmbio esperada.• Taxas de juros dos ativos nas moedas.

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... Do capítulo 13...

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... Da aula passada...

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𝑅$1

L (R$, YEUA)

Oferta real de moeda nos EUA

Retorno esperado sobre depósitos em Euro

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴0

𝑃𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Mercado de câmbio

Mercado monetário

Taxa de câmbio dólar/euro

Fig. 14.6 – p. 274

1’

1

Retorno sobre depósitos em dólar

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𝑀𝐸𝑈𝐴2

𝑃𝐸𝑈𝐴

𝑅$1

L (R$, YEUA)

Aumento na base monetária americana

Retorno esperado sobre depósitos em Euro

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴1

𝑃𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Mercado de câmbio

Mercado monetário

Taxa de câmbio dólar/euro

Fig. 14.6 – p. 274

1’

1

2

Retorno sobre depósitos em dólar

2’

𝑅$2

𝐸$2

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𝑅$1

L (R$, YEUA)

Aumento na base monetária americana

Retorno esperado sobre depósitos em Euro

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴1

𝑃𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Mercado de câmbio

Mercado monetário

Taxa de câmbio dólar/euro

Fig. 14.8 – p. 276

1’

1

1

𝑀𝐸𝑈𝐴2

𝑃𝐸𝑈𝐴

Retorno sobre depósitos em dólar

2’2’𝐸$2

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𝑅$1

L (R$, YEUA)

Oferta real de moeda nos EUA

Aumento na oferta real de euros (redução da taxa de juros do euro)

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴0

𝑃𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Mercado de câmbio

Mercado monetário

Taxa de câmbio dólar/euro

Fig. 14.6 – p. 274

1’

1

Retorno sobre depósitos em dólar

2’𝐸$2

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𝑅$1

L (R$, YEUA)

Oferta real de moeda nos EUA

Aumento na oferta real de euros (redução da taxa de juros do euro)

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴0

𝑃𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Mercado de câmbio

Mercado monetário

Taxa de câmbio dólar/euro

Fig. 14.6 – p. 274

1’

1

Retorno sobre depósitos em dólar

2’𝐸$2

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Moeda, nível de preços e taxa de câmbio no longo prazo

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Equilíbrio no longo prazo

• A análise do curto prazo se apoia em uma hipótese simplificadora.• Tomamos os níveis de preços e as expectativas de

câmbio como dados.

• O equilíbrio de longo prazo de uma economia é a posição que ela acabaria atingindo se nenhum choque econômico novo acontecesse durante o ajuste ao pleno emprego.

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Equilíbrio no longo prazo

• Duas maneiras de compreender o longo prazo:• Aquele que seria alcançado após todos os salários e

preços terem tido tempo suficiente para se ajustar aos níveis de equilíbrio.

• Como o equilíbrio ocorreria se os preços fossem perfeitamente flexíveis e sempre se ajustassem de imediato para preservar o pleno emprego.

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Moeda e preços monetários

• Se os preços e a produção são fixos no curto prazo, a condição de equilíbrio no mercado monetário determina a taxa de juros doméstica.

•𝑀𝑂

𝑃= 𝐿 𝑅, 𝑌

• Mesmo se abandonarmos a hipótese de curto prazo, e se pensarmos em períodos ao longo dos quais P, Y e R podem variar, o mercado monetário se move para o equilíbrio.

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Moeda e preços monetários

• Rearranjando a condição de equilíbrio, temos:

• 𝑃 =𝑀𝑂

𝐿(𝑅,𝑌)

• O nível de preços depende da taxa de juros, da produção real da oferta de moeda doméstica.

• O nível de preços de equilíbrio de longo prazo é o valor de P que satisfaz a equação quando a taxa de juros e a produção estão em seus níveis de longo prazo.• Níveis de produção e juros consistentes com o pleno

emprego.

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Moeda e preços monetários

• Quando o mercado monetário está em equilíbrio e todos os fatores de produção estão plenamente empregados, o nível de preços permanece constante se a oferta de moeda, a função de demanda agregada por moeda e os valores no longo prazo de R e Y permanecem constantes.

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Moeda e preços monetários

• 𝑃 =𝑀𝑂

𝐿(𝑅,𝑌)

• Relação entre o nível de preços (P) de um país e sua oferta de moeda, MO.

• Permanecendo tudo o mais constante, um aumento na oferta de moeda de um país causa um aumento proporcional em seu nível de preços.

• Se o nível de preços dobra, mas a produção e a taxa de juros permanecem constantes, o nível de preços também deve mudar para manter o equilíbrio no mercado monetário.

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Moeda e preços monetários

• A demanda por moeda é uma demanda por saldos em moeda real.• Não é afetada por um aumento de MO que mantém R e

Y inalterados.

• No entanto, se a demanda agregada por moeda real não mudar, o mercado monetário só permanecerá em equilíbrio se a oferta de moeda real também permanecer igual.

• Para que a oferta de moeda real MO/P se mantenha constante, P deve aumentar proporcionalmente a MO.

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Efeitos de longo prazo das mudanças na oferta de moeda

• Compreende-se os efeitos de longo prazo pensando em uma reforma monetária, no qual o governo de um país redefine a unidade monetária nacional.• Ex: Reforma monetária na Turquia em 2005.

• 1 lira turca nova = 1 milhão de liras turcas.

• Uma reforma desse tipo diminui o número de unidades monetárias em circulação.

• Mas a redefinição da unidade monetária não teve nenhum efeito sobre a produção real, a taxa de juros ou preços relativos dos bens.

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Efeitos de longo prazo das mudanças na oferta de moeda

• Um aumento na oferta de moeda de um país tem o mesmo efeito no longo prazo que uma reforma monetária.• Exemplo: se a oferta de moeda for dobrada, o efeito no longo

prazo será o mesmo de uma reforma monetária na qual cada unidade de moeda seja substituída por duas unidades da “nova” moeda.

• Se a economia está em pleno emprego, todos os preços monetários dessa economia acabam dobrando, mas o PNB, a taxa real de juros e todos os preços relativos retornam a seus níveis de longo prazo ou pleno emprego.

• Mudanças na oferta de moeda não modificam a alocação de recursos no longo prazo. Apenas o nível absoluto de preços é alterado.

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Constatações empíricas sobre oferta de moeda e nível de preços

• Dados empíricos mostram que não há uma relação proporcional exata entre moeda e preços.

• A produção, a taxa de juros e a função de demanda agregada por moeda real podem se alterar por motivos que não têm nada a ver com a oferta de moeda.

• Exemplo: • A produção pode mudar como resultado da acumulação de

capital e avanço tecnológico.• A demanda por moeda pode mudar como resultado das

tendências demográficas ou das inovações financeiras, como as facilidades de transferência eletrônica de dinheiro.

• No entanto, os dados mostram uma associação positiva bem definida entre ofertas de moeda e níveis de preços.

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Aumento percentual no nível de preços

Aumento percentual na oferta de moeda

Fig. 14.10, p. 280

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Moeda e taxa de câmbio no longo prazo

• O preço em moeda doméstica da moeda estrangeira é um dos muitos preços na economia que aumentam no longo prazo após um aumento permanente na oferta de moeda.

• Suponha que o governo norte-americano substitua cada dois dólares por um ‘dólar novo’.

• Então, se a taxa de câmbio era 1,2 dólar velho por euro, depois da reforma passará para 0,6 dólar novo por euro.

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Moeda e taxa de câmbio no longo prazo

• Da mesma fora, uma redução para a metade da oferta monetária nos EUA levaria o dólar a se apreciar, passando de uma taxa de câmbio de 1,20 dólar por euro para 0,60 dólar por euro.

• Como os preços de todos os bens e serviços dos EUA também cairiam pela metade, essa apreciação deixaria inalterados todos os preços relativos.

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Permanecendo tudo o mais constante, um aumento permanente na oferta de moeda de um país causa uma depreciação de longo prazo proporcional de sua moeda em relação às moedas estrangeiras.

Permanecendo tudo o mais constante, uma diminuição permanente na oferta de moeda de um país causa uma apreciação de longo prazo proporcional de sua moeda em relação às moedas estrangeiras.

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Inflação e dinâmica da taxa de câmbio

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Rigidez de preços no curto prazo versusflexibilidade de preços no longo prazo

• No curto prazo, o nível de preços deum país, diferentemente da taxa de câmbio, não dá saltos repentinos.

• Muitos preços são fixados em contratos de longo prazo (Ex. salários).

• O comportamento do nível geral de preços é influenciado pela rigidez de salários.

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Mudança no nível de preços

Alteração na taxa de câmbio

Alterações nas razões de taxas de câmbio e nível de preços – EUA/Japão (% mensal)

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Rigidez de preços no curto prazo versusflexibilidade de preços no longo prazo

• A taxa de câmbio é muito mais variável do que os preços relativos.

• Os preços são relativamente rígidos no curto prazo.

• Essa situação não foi presente em muitos países, que chegaram a indexar fortemente os salários aos preços.

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Rigidez de preços no curto prazo versusflexibilidade de preços no longo prazo

• Mesmo que os preços pareçam mostrar rigidez de curto prazo em muitos países, uma mudança na oferta de moeda cria pressões imediatas de demanda e custos, as quais acabam levando a aumentos futuros nos níveis de preços.

• São três as principais fontes dessas pressões:

• 1) Excesso de demanda por produção e trabalho.

• 2) Expectativas inflacionárias.

• 3) Preços das matérias-primas.

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Excesso de demanda por produção e trabalho

• Excesso de moeda leva a um aumento da demanda agregada.

• Pressão sobre a produção.

• No curto prazo, para satisfazer essa pressão, são pagas horas-extras.

• Mesmo que os salários sejam rígidos, a demanda adicional por trabalho pode fazer com que os trabalhadores exijam salários mais altos nos períodos seguintes.

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Expectativas inflacionárias

• Se todos esperam que o nível de preços aumente, essa expectativa pode acelerar o ritmo da inflação.

• Os trabalhadores podem negociar maiores aumentos salariais para contrabalançar aumentos futuros nos preços.

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Preços das matérias-primas

• Muitas matérias-primas, como petróleo e metais, são vendidas em mercados nos quais os preços se ajustam rapidamente.

• Ao fazer os preços desses materiais disparar, um aumento na oferta de moeda eleva os custos de produção.

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Mudanças permanentes na oferta de moeda e a taxa de câmbio

𝑅$1

L (R$, YEUA)

Retorno esperado em Euro

Taxas de retorno em dólar

𝐸$1

𝑀𝐸𝑈𝐴1

𝑃1𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Taxa de câmbio dólar/euro

1’

1

2

𝑀𝐸𝑈𝐴2

𝑃1𝐸𝑈𝐴

Retorno em dólar

𝑅$2

Efeitos de curto prazo

𝑅$1

L (R$, YEUA)

Retorno esperado em Euro

𝑀𝐸𝑈𝐴2

𝑃2𝐸𝑈𝐴

Saldos reais de moeda nos EUA

Taxa de câmbio dólar/euro

4

2

𝑀𝐸𝑈𝐴2

𝑃1𝐸𝑈𝐴

Retorno em dólar

𝑅$2

Efeitos de longo prazo

2’𝐸$2

3’ 𝐸$3

2’

4’

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Trajetórias intertemporais

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Ultrapassagem da taxa de câmbio

• Uma taxa de câmbio ‘ultrapassa’ quando a sua resposta imediata a uma perturbação é maior que sua resposta de longo prazo.

• O fenômeno da ultrapassagem da taxa de câmbio explica porque as taxas de câmbio variam tão abruptamente de um dia para outro.

• A explicação está na condição da paridade de juros.

• Um aumento permanente na oferta da moeda local não afeta a taxa de juros da moeda estrangeira, mas faz cair a taxa de juros da moeda local.

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Ultrapassagem da taxa de câmbio

• Há, então, um aumento na demanda pela moeda estrangeira, elevando a taxa de câmbio, dada a elevação da taxa de retorno esperada pela moeda estrangeira.

• Com o aumento de preços, aumenta a demanda pela moeda local.

• Logo, a taxa de juros da moeda local aumenta.• A taxa de câmbio volta a um patamar inferior à

elevação inicial.• A ultrapassagem é consequência da rigidez de preços.• Se todos os preços se ajustassem automaticamente,

não haveria ultrapassagem.