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HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXA|OTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELES|GORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDOSUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTE|BAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVO|TOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTABADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHO|RECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO|TOTÓ|ATADO|NABO|BURRO|TOINO|TRENGO|CONFIANÇA|ASNO|RANHOSO|RANHOCA|MONGO|MONSTRENGO|MONSTRO|FEIO|ESTAFERMO|FEIOSO|APOIO|HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXA|OTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELESGORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDO|SUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTE|BAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVOTOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTA|BADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHO|RECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO|TOTÓ|ATADO|NABO|BURRO|TOINO|TRENGO|CONFIANÇA|ASNO|RANHOSO|RANHOCA|MONGO|MONSTRENGO|MONSTRO|FEIO|ESTAFERMO|FEIOSO|APOIO|HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXAOTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELES|GORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDO|SUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTEBAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVO|TOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTA|BADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHO|RECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO|TOTÓATADO|NABO|BURRO|TOINO|TRENGO|CONFIANÇA|ASNO|RANHOSO|RANHOCA|MONGO|MONSTRENGO|MONSTRO|FEIO|ESTAFERMO|FEIOSO|APOIO|HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXA|OTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELES|GORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDO|SUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTE|BAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVO|TOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTA|BADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHO|RECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO|TOTÓ|ATADO|NABO|BURRO|TOINO|TRENGO|CONFIANÇA|ASNO|RANHOSO|RANHOCA|MONGO|MONSTRENGO|MONSTRO|FEIO|ESTAFERMO|FEIOSO|APOIO|HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXA|OTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELESGORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDO|SUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTE|BAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVOTOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTA|BADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHO|RECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO|TOTÓ|ATADO|NABO|BURRO|TOINO|TRENGO|CONFIANÇA|ASNO|RANHOSO|RANHOCA|MONGO|MONSTRENGO|MONSTRO|FEIO|ESTAFERMO|FEIOSO|APOIO|HORROROSO|MEDONHO|FORÇA|HORRÍVEL|TROUXA|OTÁRIO|LAMBÃO|COXO|NÓDOA|CHUNGA|RELES|GORDO|SEBENTO|CORAGEM|BALOFO|IMUNDO|SUJO|PORCO|ASQUEROSO|NOJENTO|REPUGNANTEBAIXO|TORPE|DENUNCIAR|BAIXINHO|DESPREZÍVEL|INDIGNO|IGNÓBIL|ACANHADO|ENFEZADO|ESTÚPIDO|IMBECIL|ABORRECIDO|CHATO|QUEROTEMUITO.ORG|ENFADONHO|TEDIOSO|ESTUPOR|PARVO|TOLO|ALARVE|AMIZADE|DESAGRADÁVEL|IDIOTA|BADOCHA|MOLE|DEFESA|ANAFADO|ANAFADINHORECHONCHUDO|BOLACHUDO|CAIXA-DE-ÓCULOS|ZAROLHO|PATETA|IGNORANTE|PALERMA|LERDO|PROTECÇÃO|PAPALVO|TONTO|TATIBITATE|GAGO 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bULLYING_
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QUERO-TEMUITO.ORG
MANUAL PEDAGoGICO´
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QUERO-TEMUITO.ORG
Manual resultante da intervenção pedagógica para Educadoras Operacionais intitulada “Gestão de conflitos em contexto escolar e estratégias de identificação e intervenção em situações de Bullying”, promovida pela FAP-Sintra e pela Câmara Municipal de Sintra, ministrada por Cristina Nogueira da Fonseca, da Associação QUERO-TE MUITO. A formação decorreu no Cacém, ao dia 19 de julho de 2014, com a carga horária de 7 horas presenciais.
MANUAL PEDAGoGICO´
Compilação: Cristina Nogueira da FonsecaEdição e grafismo: Quero-te Muito!
novembro de 2014
3MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
“A Joana de 14 anos recusou-se a ir à escola, acabou por faltar durante um longo período. Era uma boa aluna e gostava de estudar. Chegar à entrada da escola
passou a ser um pesadelo. O medo impedia-a de entrar (…) A Joana foi vítima de BULLYING“
“O BULLYING está presente em todas as idades, contextos culturais e sociais”(Picado, 2009)
4 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
ÍNDICEMas afinal o que é o bullying? 6Conflito Normal vs Bullying 6Categorização 7Quem são os bullies? 9Quem é vítima de bullying? 9O bullying é visto como um processo de grupo 10O ciclo do bullying*, segundo Dan Olweus 11Consequências do bullying 13O papel da escola e dos diferentes intervenientes 14Como evitar que o meu filho seja vítima de bullying? 17E se o meu filho for acusado de ser bullie? 17O que fazer? 17O cyberbullying 20Estratégias para prevenir o cyberbullying 20Máximas para uma Parentalidade Positiva 21Bibliografia e sugestões literárias 24
5MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
MAS AFINAL O QUE É O BULLYING?
Segundo Olweus1 (1993) é “toda a relação entre pares onde permanece UM DESIQUILÍBRIO DE PODER, no qual um individuo ou grupo VITIMIZA INTENCIONALMENTE outro individuo ou grupo REPETIDAMENTE, através de AÇÕES NEGATIVAS”
O facto de acontecer REPETIDAMENTE distingue bullying de violência ou conflito/discussões ocasionais entre crianças e jovens. (Olweus, 1993)
As ações negativas são todas aquelas onde alguém, intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra pessoa. (Olweus, 1994)
CONFLITO NORMAL VS BULLYING
CONFLITO NORMAL BULLYING- Os intervenientes explicam porque não estão de acordo, manifestando as suas razões.
- Intenção de fazer mal e falta de compaixão. - O agressor encontra prazer em insultar, maltratar e dominar a sua vítima constantemente.
- A disputa é momentânea, não perdura no tempo.
- Intensidade e duração.- A agressão não é pontual, prolonga-se por um longo período de tempo, até afetar gravemente a autoestima do agredido.
- Desculpam-se e procuram soluções equilibradas, acordam um “empate”.
- A vulnerabilidade da vítima. - É mais sensível a provocações do que os restantes colegas, não sabe defender-se adequadamente e tem características físicas e psicológicas que predispõem à vitimação.
- Negoceiam para satisfazer as suas próprias necessidades.- São capazes de ultrapassar a questão e esquecer o assunto.
- Falta de apoio. - A criança sente-se só, abandonada e tem medo de contar o seu problema, pois teme represálias.
1 Dan Olweus. Professor de Psicologia, de nacionalidade sueca, pioneiro na pesquisa da temática do Bullying.
6 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
CATEGORIZAÇÃO
BULLYING
Tipos Visibilidade do AGRESSOR
FÍSICOBater, agredir, dar pontapés, empurrar, dar encontrões, puxões, entre outros;
Visível
VERBALAmeaçar, arreliar, iniciar rumores, fazer comentários agressivos, entre outros;
Visível
EMOCIONAL/PSICOLÓGICO
Excluir das atividades, pressionar, ameaçar, atribuir alcunhas maldosas, gozar, humilhar, entre outros;
Menos visível
CYBERBULLYING
Todas as formas de agressão verbais ou psicológicas recorrendo às novas tecnologias, Internet e telemóveis. Criação de HI5’s difamatórios, envio de MMS tirados no balneário, criação de rumores online, divulgação de números de telefone em sites para adultos, entre outros;
Invisível
Segundo Olweus (1997) “as crianças e pré-adolescentes agressivos e/ou que exibem condutas de bullying são os que correm maiores riscos de, mais tarde, se envolverem em condutas criminosas e de abuso de drogas legais e ilegais”.
7MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
8 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
QUEM SÃO OS BULLIES?
Apelidamos de Bullies as crianças ou jovens que agridem intencionalmente e ao longo do tempo os seus pares.
São crianças ou jovens tendencialmente impulsivos, com pouca capacidade de resistir à frustração, têm imensa dificuldade em seguir as regras, vêm a violência como algo positivo e como uma forma de alcançar os seus objetivos, e têm normalmente capacidade para dominar os seus grupos, em suma, são líderes, pela negativa.
Os estudos dizem-nos que estas crianças crescem em ambientes familiares pouco afetuosos, em que não existe comunicação entre os seus membros, os pais destas crianças são profícuos em atenção negativa e ausentes, não supervisionando ou acompanhando os seus filhos tendendo a ser fisicamente punitivos.
QUEM É VÍTIMA DE BULLYING?
É importante começar por referir que qualquer criança ou jovem pode ser vítima de bullying.Há no entanto algumas crianças que devido a características físicas ou emocionais correm o risco de serem vítimas preferências.
As crianças vítimas são normalmente crianças mais inseguras, mais sensíveis, com dificuldade em desenvolver e manter amigos.
No que diz respeito ao ambiente familiar, os estudos dizem-nos que as vítimas tendem a crescer em seios familiares em que abunda o protecionismo maternal.
9MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
O BULLYING É VISTO COMO UM PROCESSO DE GRUPO
Em “Bullying at school”, Olweus confirma que o processo de Bullying afeta não só os bullies e as vítimas, mas também outros, que estando presentes na situação, acabam por desempenhar papéis importantes.
Há portanto mecanismos de grupo que favorecem ao processo de bullying:
• O CONTÁGIO SOCIALQuando há indivíduos inseguros, sem status no grupo, que querem evidenciar-se na situação de bullying;
• A DIVISÃO DE RESPONSABILIDADESA responsabilidade individual diminui numa ação negativa quando há vários indivíduos a participarem;
• A INIBIÇÃO CONTRA AÇÕES NEGATIVASAs testemunhas que estiveram inibidas ou que sentiram medo de represálias podem contribuir para a participação no bullying;
• A PERCEÇÃO DA VÍTIMAA vítima, com o tempo, é percecionada pelos pares com merecedora de ser agredida;
Podemos agora falar da TESTEMUNHA (bystander) e do papel crucial que desempenha neste processo de grupo que é o bullying.
Segundo Hazler, os bystanders falham em ajudar a vítima porque:
• não sabem o que fazer;
• tem medo de ser o alvo seguinte dos bullies e;
• tem medo que a situação piore e de poderem causar mais problemas.
10 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
O CICLO DO BULLYING*, SEGUNDO DAN OLWEUS
A
B
CD
E
F
G
V
O BULLY: Planeia e inicia a prática de bullying;
O SEGUIDOR: Tem uma atitude activa mas não planeia nem inicia a prática;
APOIANTES ACTIVOS: Aplaudem e incentivam o bully;
APOIANTES PASSIVOS: Gostam de ver mas não aplaudem nem incentivam o bully;
OS INDIFERENTES: Praticantes da política “não é comigo, não me interessa”;
POTÊNCIAIS TESTEMUNHAS: São contra o bullying, mas não agem contra ele;
DEFENSORES: Resistentes e testemunhas, defendem os colegas e apoiam-nos;
A VÍTIMA: O alvo do bully, “target”;
ABCDEFG
* Adaptação “The Bullying Circle”, by Dan Olweus, PhD
V
11MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
12 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING
Tanto a vítima como o bullie sofrem consequências a curto e longo prazo.
As práticas de bullying estão associadas nos agressores a outras formas de comportamento desviantes no futuro, tais como vandalismo, absentismo e abandono escolar, e consumo de substâncias lícitas e ilícitas.
As vítimas debatem-se a curto e longo prazo com sentimentos de solidão, humilhação, insegurança, perda de autoestima e experienciam pensamentos de suicídio.Uma criança que é vítima de Bullying, passa demasiado tempo na sala de aula a pensar como evitar a vitimização nos recreios e intervalos e tem muito pouco tempo para aprender.
13MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
O PAPEL DA ESCOLA E DOS DIFERENTES INTERVENIENTES
É urgente quebrar este “código do silêncio”
Palavras como PREVENÇÃO, IDENTIFICAÇÃO e INTERVENÇÃO assumem assim o papel de destaque.
É importante:• Conhecer o fenómeno do bullying;• Elucidar sobre o fenómeno do bullying;• Ajudar a restabelecer e incentivar a confiança nas vítimas de bullying;• Encaminhar às entidades responsáveis as situações mais graves.
A empatia, a escuta activa e a valorização do outro são importantes para quem está envolvido neste processo e sente a vontade de quebrar o “código do silêncio”.
Compete aos corpos docentes e outros técnicos agir de imediato quando:• Testemunham uma agressão;• Tomam conhecimento da agressão.
É fundamental para a escola assumir uma POLÍTICA ANTI-BULLYING, para tal é necessário:• Reconhecer que o problema existe;• Discutir esse mesmo problema;• Envolvimento, recíproco, da tríade aluno - família - escola;• Responsabilizar de forma clara e justa;
INTERVIR é então a palavra que se segue:
• Intervir directamente com os agressores e as vitimas;• Intervir com os professores e as instituições escolares;• Intervir com as famílias;• Intervir de forma curricular, com programas e avaliações escolares;• Intervir junto dos decisores políticos.
14 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
Nunca esquecer de sinalizar para futuro aconselhamento psicológico: • os bullies;• as vitimas;• as testemunhas;• ...e as suas famílias.
É decisivo agir de forma a promover a proteção e o diálogo dentro da escola e consequentemente em sociedade. (Picado, 2009)
15MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
16 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
COMO EVITAR QUE O MEU FILHO SEJA VÍTIMA DE BULLYING?
• Sempre que tiver oportunidade, converse com o seu filho sobre a vida dele, os amigos e a escola. Isto ajudá-lo-á a identificar possíveis problemas;
• Dê o bom exemplo. • As crianças aprendem através do nosso exemplo, por isso mostre-lhe que tipo
de comportamento é aceitável e não.;• As crianças que vivem num lar em que o bullying acontece poderão tornar-se
bullies ou pensar que é normal que sejam tratados dessa forma;• Para algumas crianças, mudar de escola pode ser difícil, pois têm de fazer novos
amigos e habituar-se a um ambiente diferente. Se em qualquer altura estiver preocupado, fale com o professor do seu filho, para tentar evitar problemas antes que eles surjam;
• As crianças e os jovens têm de aprender acerca de relações e os desentendimentos fazem parte dessa aprendizagem;
• Nos grupos também se verificam lutas pelo poder e estas podem, por vezes, ser desagradáveis. No entanto, existe uma diferença entre os altos e baixos normais das relações e o bullying.
E SE O MEU FILHO FOR ACUSADO DE SER BULLIE?
As crianças e jovens podem sujeitar outros a bullying por uma série de razões, eis algumas delas:
• por eles próprios estarem a ser vítimas de bullying; • por se sentirem pouco importantes; • por quererem ser aceites por um determinado grupo;• por quererem levar a sua avante; • por não saberem que este tipo de comportamento está errado; • por quererem imitar pessoas que admiram;
O QUE FAZER?
• converse calmamente com ele sobre o assunto e tente descobrir o que é que se está a passar;
• se o seu filho estiver a vitimar alguém de bullying, confronte-o com a situação, ele precisa de saber que esse comportamento não é aceitável;
17MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
• tente ajudá-lo a compreender por que motivo está a vitimizar alguém e explique-lhe que pode ajudá-lo a melhorar a situação;
• ajude-o a pensar em formas de mudar a atuação dele, sem sentir que fica desprestigiado;
• peça ajuda profissional (p. ex. na escola, numa associação, etc.).
18 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
19MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
O CYBERBULLYING
O Ciberbullying consiste no uso das tecnologias da informação e comunicação, especialmente telemóveis e a Internet, para incomodar alguém deliberadamente.
Nomeadamente:
• enviar mensagens de texto desagradáveis ou ameaçadoras; • enviar fotografias ou videoclipes horríveis de alguém a outras pessoas; • fazer telefonemas silenciosos ou ameaçadores; • enviar emails indesejados a alguém, emails ofensivos acerca de alguém ou emails
utilizando o endereço de outra pessoa; • enviar mensagens ameaçadoras ou perturbadoras a alguém numa sala de
conversação (chat room) ou através de um programa de mensagens instantâneas; • colocar fotografias, blogues, páginas ou mensagens acerca de alguém em sites de
convívio social ou outros.
ESTRATÉGIAS PARA PREVENIR O CYBERBULLYING
Assegure-se de que o seu filho sabe os riscos de “navegar” na Internet, de ter a sua página pessoal no Facebook, no HI5 e nas mais diversas redes sociais.
Explique-lhe que a partir do momento em que coloca uma fotografia na internet, essa fotografia passa a ser de todos.
Informe-se sobre a tecnologia e as precauções de segurança disponíveis. Se puder, faça-o juntamente com o seu filho, que provavelmente sabe mais sobre o assunto do que os pais, pelo que será uma boa oportunidade para falarem sobre o assunto. Eis algumas das coisas que precisa de aprender:
• como regular especificações para “privado”; • como “bloquear” pessoas; • como reportar problemas; • como manter registos de conversas online; • quais os sites que o seu filho gosta de usar.
Mantenha o computador de família na sala, num local visível para todos. Pense bem, existe alguma vantagem em o seu filho ter o computador no quarto?
20 MANUAL PEDAGÓGICObULLYING
MÁXIMAS PARA UMA PARENTALIDADE POSITIVA
Os pais são os primeiros professores dos filhos, é sua missão ensinar-lhes algumas lições importantíssimas:
A MÁXIMA PRIMORDIAL DA VIDATrata os outros como gostarias de ser tratado.Tolerância zero no que diz respeito a maltratar os outros;
AMAR INCONDICIONALMENTEO seu amor por ele irá ajudá-lo a ter amor-próprio e a aceitar-se como é;
SEJA UM EXEMPLOMostre auto-controlo, bondade, empatia, sensibilidade.Viva de acordo com a máxima primordial da vida;
PROVIDENCIAR MOMENTOS DE DESCANSOA ligação entre o comportamento, a aprendizagem e o sono é clara.As crianças que dormem pouco sentem dificuldade em controlar os seus impulsos.
COMUNIQUEMConversas a dois, reuniões de família, o importante é dialogar. Faço-o sentir que em casa todos se preocupam com o bem-estar comum.
REGRAS Crie regras familiares consistentes e consequências para quem as quebrar.As regras são concebidas para o libertar de conflitos, de raiva, de mágoa e da infelicidade.Exemplo :• Não fazemos troça de ninguém, não chamamos nomes nem rebaixamos ninguém;• Tratamo-nos uns aos outros com carinho e respeito;• Respeitamos o que é dos outros;• Ouvimos as opiniões uns dos outros.
GARANTIR SUPERVISÃOAs crianças que não são supervisionadas apresentam mais problemas comportamentais.Não pode ensinar nem repreender o seu filho se não estiver presente.
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DISCIPLINE COM AFETONão seja o bully do seu filho.Use as palavras para o encorajar, incentivar e não para o rebaixar.Você é a peça-chave do desenvolvimento de comportamentos aceitáveis do seu filho.
INCENTIVAR AMIZADES DE QUALIDADE Incentive o seu filho a fazer amizades com crianças que sejam amáveis e que aceitem os outros, e incentive-o a evitar amizades com crianças que maltratam os outros.
INCENTIVAR A EXPRESSÃO DE SENTIMENTOSIncentive o seu filho a contar-lhe tudo o que se passa e como se sente.Ajude o seu filho a desenvolver um vocabulário emocional além do tradicional “ estou bem” ou “estou mal”.
INCENTIVAR PASSATEMPOS E ACTIVIDADESAjude o seu filho a descobrir uma atividade ou uma aptidão que o façam sentir-se bem e estimule-o a continuar. Estará também a promover a sua autoestima.
EVITAR A EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIAControle o que o seu filho vê na televisão e no computador.Mais de mil estudos confirmam a relação entre exposição excessiva à televisão e comportamentos agressivos, crimes e outras formas de violência social.O seu filho pode perder sensibilidade face à violência.
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BIBLIOGRAFIA E SUGESTÕES LITERÁRIAS
• Beane, A. L. (2006). A Sala de Aula sem Bullying. Porto: Porto Editora.• Beane, A. L. (2011). Proteja o seu filho do Bullying. Porto: Porto Editora.• Barros. N. (2010). Bullying- Violência na escola. Lisboa : Editora Bertrand• Haber, J. (2008). Bullying : Manual Anti-agressão. Lisboa : Casa das Letras.• Matos, M. (1997). Comunicação e Gestão de Conflitos na Escola. Cruz Quebrada:
Edições FMH • Matos, M. G. (2009). Violência, bullying e delinquência. Lisboa: Coisas de Ler.
Edições Unipessoal.• Olweus, D. (1993). Bullying at School: What we know and what we can do.
Oxford: Blackwell.• Rodríguez, N. E. (2007). Bullying - Guerra na Escola. Lisboa: Sinais de Fogo
Publicações.• Serrate, R. (2009). Lidar com o Bullying. Lisboa: K Editora, Lda.• Fernandes, L (2012). Plano Bullying – Como apagar o bullying da escola, Lisboa,
Plátano Editora.
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