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Rodrigo Pires Bernis Abdo
Médico-legista II PC-MG
robernis@ig.com.br
Perícia: Finalidade
Produzir a prova que se materializa pelo laudo
Prova demonstra o fato
O Juiz não está adstrito ao laudo
Principio do livre convencimento
PERÍCIAS E PERITOS
PERCIPIENDI X DEDUCENDI
COMPLEXA
“VISUM ET REPERTUM”
CORPO DE DELITO X CORPO DA VÍTIMA
EXAMES DIRETOS E INDIRETOS
PERÍCIAS
CPC: Art. 431-B Tratando-se de perícia complexa,
que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico.
CPP: Art. 180 Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
PERÍCIA COMPLEXA E CONTRADITÓRIA
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
CORPO DE DELITO
Delegados de polícia
Juízes de direito
Promotores de Justiça
Militares desde que presidindo IPM
REQUISIÇÃO DO ECD
Peritos criminais:
Aprovados em concurso público de provas e títulos (médico-legista, perito criminal e odonto-legistas)
PERÍCIAS E PERITOS
Peritos ad hoc
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
PERÍCIAS E PERITOS
Notificações
Comunicações compulsórias de fatos profissionais
Doenças infectocontagiosas
Morte encefálica
Atestados
Administrativo, judiciário, oficioso
Preenchimento do CID
Hermes Rodrigues de Alcântara: idôneo, gracioso, imprudente e falso
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
NOTIFICAÇÃO
Prontuário (dossiê)
Relatório (pericia percipiendi) Laudo
Auto
Preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão
Parecer (pericia deducendi) Não há a descrição; discussão e conclusão são mais
importantes
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
1º. Houve ofensa à integridade corporal ou à saúde do
paciente? 2º. Qual o instrumento ou meio que produziu a ofensa? 3º. A ofensa foi produzida com emprego de veneno, fogo,
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum?
4º. Da ofensa, resultou perigo de vida? 5º. Da ofensa resultou incapacidade para as ocupações habituais
por mais de 30 (trinta) dias? 6º. Da ofensa resultou debilidade permanente de membro,
sentido ou função; incapacidade permanente para o trabalho; enfermidade incurável; perda ou inutilização de membro sentido ou função?; ou deformidade permanente?
QUESITOS OFICIAIS
lesões corporais, determinação da idade, de sexo e de
grupo racial; diagnóstico de gravidez, parto e puerpério; diagnóstico de conjunção carnal ou atos libidinosos nos casos de crimes sexuais; determinação de paternidade e da maternidade; comprovação de doenças profissionais e acidentes de trabalho; evidências de contaminação de doenças venéreas ou de moléstias graves; diagnóstico de doenças ou perturbações graves que interessam ao estudo do casamento, da separação e do divórcio; determinação do aborto
PERÍCIAS MÉDICAS
Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias
serão feitos por dois peritos oficiais.
Lei 11.690 de 2008:
Art.159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
EXAME DE CORPO DE DELITO
Art. 160 O laudo pericial será elaborado no prazo
máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
LEGISLAÇÃO
Art. 147 - O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
CRIME DE FALSA PERÍCIA
O crime de falsa perícia ocorre quando:
A) O perito entrega seu laudo fora do prazo estabelecido.
B)O perito mesmo suspeito realiza a perícia.
C)O perito mesmo impedido realiza a perícia.
D) O perito intencionalmente não revela a verdade no seu laudo.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Sobre o corpo de delito podemos afirmar que se trata
de:
A) O corpo da vítima periciada.
B)O conjunto de vestígios relacionados ao fato criminoso.
C)O corpo de vítimas mortas.
D)O corpo de uma pessoa.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Quando em uma comunidade, ausente o perito
oficial, duas pessoas idôneas são convocadas por autoridade para procederem a perícia, preferencialmente com conhecimentos na área, estes são chamados peritos:
A) Eventuais.
B) Transitórios.
C) Ad Hoc
D) Peritos do Juízo.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Identidade é o conjunto de caracteres que torna uma
pessoa ou coisa única, distinta das demais, igual apenas a si.
Identificação é o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa ou coisa.
Em qualquer perícia de identificação é necessário um primeiro registro em que se dispõe de certos caracteres imutáveis do indivíduo e um segundo registro para comparação.
ANTROPOLOGIA MÉDICO-LEGAL
(Médico-legista-2006) O termo identidade significa:
a) O conjunto de caracteres que individualiza uma pessoa ou coisa.
b) Método de comparação por dactiloscopia.
c) Processo de identificação de pessoa ou coisa.
d) Reconhecimento técnico de pessoa ou coisa.
e) Espécie de documento médico-legal.
QUESTÃO DE REVISÃO:
Unicidade: ou individualidade; os elementos devem
ser específicos do indivíduo e diferentes dos demais;
Imutabilidade: as características não devem mudar com o tempo;
Perenidade: capacidade das características permanecerem inalteradas. Exemplo: os ossos;
Praticabilidade: o processo não deve ser complexo;
Classificabilidade: necessidade de metodologia no arquivamento dos dados.
ANTROPOLOGIA
Reconhecimento é o ato leigo de conhecer de novo, de afirmar conhecer alguém.
Identificação é um ato científico e técnico de afirmar que um indivíduo é ele mesmo e não outro. Pode ser médico-legal e judiciária ou policial.
ANTROPOLOGIA
FRAGMENTOS ÓSSEOS
HUMANOS?
ANIMAIS?
NECESSÁRIA ANÁLISE MICROSCÓPICA:
CANAIS DE HAVERS:
Homens: menores, mais largos, elípticos e irregulares com até 8 por mm2
Animais: mais estreitos, numerosos, mais circulares e chegam a 40 por mm2
IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL
OSSOS DOS HOMENS SÃO MAIS ESPESSOS
COM TRAÇOS MAIS PRONUNCIADOS
OSSOS DAS MULHERES SÃO MENOS PRONUNCIADOS E MENOS ROBUSTOS
PELVE MASCULINA: DIMENSÕES VERTICAIS
PELVE FEMININA: DIMENSÕES TRANSVERSAIS
SEXO MASCULINO: COMPRIMENTO E LARGURA DA MANDÍBULA SÃO 0,5 CM SUPERIORES AO SEXO FEMININO
IDENTIFICAÇÃO
PELVE MASCULINA
FERRETE: MARCAR CRIMINOSOS COM
FERRO EM BRASA
MUTILAÇÃO
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
DELTA: TRIÂNGULO FORMADO PELO ENCONTRO DOS TRÊS SISTEMAS DE LINHAS
QUATRO TIPOS FUNDAMENTAIS
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA
DELTA
DELTA NÚCLEO
VERTICILO: DOIS DELTAS E UM NÚCLEO
CENTRAL. LETRA V, NÚMERO 4
PRESILHA EXTERNA: DELTA À ESQUERDA E NÚCLEO VOLTADO PARA A DIREITA. LETRA E NÚMERO 3
PRESILHA INTERNA: DELTA À DIREITA E NÚCLEO VOLTADO PARA A ESQUERDA. LETRA I, NÚMERO 2
ARCO: AUSÊNCIA DE DELTAS E NÚCLEO. LETRA A NÚMERO 1
SISTEMA DE VUCETICH
VERTICILO V 4
PRESILHA EXTERNA E 3
PRESILHA INTERNA I 2
ARCO A 1
LETRA X --- CICATRIZES E DEFEITOS
NÚMERO 0 --- AMPUTAÇÕES
SISTEMA DE VUCETICH
NUMERADOR-------------MÃO DIREITA
DENOMINADOR--------- MÃO ESQUERDA
FÓRMULA DACTILOSCÓPICA
VERTICILO-V-4
PRESILHA EXTERNA-E-3
PRESILHA INTERNA-I-2
ARCO-A-1
FÓRMULA DACTILOSCÓPICA
MÃO DIREITA
MÃO ESQUERDA
Sobre um indivíduo com fórmula dactiloscópica A 3224/E 1332, podemos afirmar que, exceto:
a) Apresenta presilha externa no polegar esquerdo
b) Não possui delta no polegar direito
c) Apresenta presilha interna no quarto dedo da mão direita
d) Apresenta dois deltas no indicador esquerdo
e) Apresenta tipo verticilo no quinto dedo da mão direita
QUESTÃO DE REVISÃO:
Ou lesonologia estuda as lesões produzidas por
violência sobre o corpo humano.
Um dos capítulos mais amplos que responde por cerca de metade das perícias médico-legais.
Avalia o diagnóstico, prognóstico e impacto sócio-econômico das lesões.
TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL
Energias de ordem mecânica
Energias de ordem física
Energias de ordem química
Energias de ordem físico-química Energias de ordem bioquímica
Energias de ordem biodinâmica
Energias de ordem Mista
TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL
São aquelas capazes de modificar o estado de
repouso ou de movimento do corpo
Punhais, faca, navalhas, foice, facão, machado, punho, pé dente, revólver, veículos
Ativo, passivo, misto
Pressão, percussão, tração, torção, contrachoque, explosão
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
MEIOS:
Perfurante
Cortante
Contundente
Pérfuro-cortante
Pérfuro-contundente
Corto-contundente
FERIDAS:
Punctória, puntiforme
Cortante
Contusa
Pérfuro-cortante
Pérfuro-contusa
Corto-contusa
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
MEIO PERFURANTE
abertura estreita;
pequeno sangramento;
geralmente causam menor dano superficial e maior dano nos planos profundos;
menor diâmetro que o instrumento causador;
orifício de saída quando existe é mais irregular e de menor diâmetro.
(Leis de Filhos e de Langer)
Exemplos: agulhas, furador de gelo e estilete.
MEIO PERFURANTE FERIDA PUNCTÓRIA
Lei de Filhos:
1ª. Lei de Filhos: casa de botão
2ª. Lei de Filhos: Área aonde as linhas de força tenham um só sentido, o maior eixo tem a mesma direção.
Lei de Langer:
Na confluência de áreas de linhas de força diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta.
Instrumentos de médio calibre
MEIO PERFURANTE FERIDA PUNCTÓRIA
Agem através de um gume afiado por deslizamento
sobre os tecidos, em sentido linear. Ex: Navalha, lâmina de barbear, bisturi.
Feridas cortantes as extremidades são superficiais e o centro profundo (fusiformes)
Feridas incisas começam e terminam a pique
MEIO CORTANTE
forma linear; regularidade das bordas; regularidade do fundo da lesão; não há trauma nas bordas (equimoses ou escoriações); hemorragia abundante; maior comprimento e menor profundidade; bordas afastadas; cauda de escoriação; vertentes oblíquoas; paredes lisas. Sinal de Chavigny Conjunto de lesões produzidas por ação cortante: o esquartejamento,
castração e o esgorjamento (ferida transversal na face anterior do pescoço). Exemplos : bisturi e navalha.
MEIO CORTANTE FERIDA CORTANTE
Esquartejamento: ato de dividir o corpo em partes
(quartos). Forma do autor se livrar do corpo ou dificultar sua identificação.
Castração: vingança
Decapitação: rara; separação da cabeça do corpo. Mais comuns após a morte.
Esgorjamento:
Suicídio (término da ação voltado para baixo)
Homicídio (término da ação voltado para cima)
MEIO CORTANTE FERIDA CORTANTE
São características das feridas puntiformes, exceto:
A) Raro sangramento.
B) Maior diâmetro que o instrumento causador.
C) Maior gravidade profundamente que superficialmente.
D) Abertura estreita.
QUESTÃO DE REVISÃO:
São características das feridas cortantes, exceto:
A) Hemorragia quase sempre abundante.
B) Centro da ferida mais profundo que as extremidades.
C) Cauda de escoriação aonde se inicia a ação cortante.
D) Ausência de vestígios traumáicos na borda.
QUESTÃO DE REVISÃO:
Considerando as energias de ordem mecânica é
incorreto afirmar que:
A) Os meios contundentes produzem feridas contusas.
B) As leis de Filhos e Langer aplicam-se ao meio cortante.
C) Esgorjamento é uma ferida cortante na porção anterior do pescoço.
D) Degola é uma ferida posterior no pescoço.
QUESTÃO DE REVISÃO:
São os maiores causadores de danos
Ação produzida por um corpo de superfície
Lesões são mais comuns na superfície
Agem por pressão, percussão, contragolpe e etc.
Contusão
MEIO CONTUNDENTE
RUBEFAÇÃO
Mancha avermelhada na pele (congestão), efêmera e fugaz que desaparece em alguns minutos. Ex:
Bofetada nas nádegas ou na face de uma criança
ESCORIAÇÃO
Provocada pela ação tangencial dos meios contundentes
Pouco significado clínico mas grande interesse pericial
Arrancamento da epiderme (abrasão)
MEIO CONTUNDENTE
ESCORIAÇÕES
A escoriação não cicatriza. “Escoriação que deixa
cicatriz não é escoriação.” (FRANÇA, 2011)
O único vestígio é uma mancha rósea
A forma das escoriações é importante. Ex: as unhas deixam marcas bem características
A sede da escoriação também é importante. Ex: no pescoço (homicídio) e nas coxas e nádegas (estupro)
Escoriações post mortem não há formação de crosta, a derme é branca sem sangramento
ESCORIAÇÕES
ESCORIAÇÃO POST-MORTEM
EQUIMOSE
Infiltração do sangue nas malhas dos tecidos
SUGILAÇÃO
Quando na forma de pequenos grãos
PETÉQUIAS
Pontilhado hemorrágico agrupado
EQUIMOSE
VÍBICES
Equimoses quando produzidas por objetos cilíndricos
como cassetetes, bastões e bengalas deixam duas linhas
longas e paralelas (víbices)
Equimoses figuradas:
Fivelas de cinto, saltos de sapato, beijo (sucção) e as
ESTRIAS PNEUMÁTICAS DE SIMONIN
EQUIMOSES
Tonalidade tem grande importância médico-legal:
1º dia: vermelha
2º ao 3º dia: violácea
4º ao 6º dia: azul
7º ao 10º dia: esverdeada
12º dia: amarelada
15º ao 20º dia: desaparecimento
Valor cronológico é relativo
Exceção: equimose da conjuntiva ocular
Espectro equimótico de Legrand du Saulle
EQUIMOSE DA CONJUNTIVA
HEMATOMA:
Extravazamento de sangue e sua não difusão pelas malhas dos tecidos
Cavidade de sangue
Faz relevo na pele
Absorção mais demorada que a equimose
BOSSA SANGUÍNEA:
Sempre sobre um plano ósseo. Comum no couro cabeludo. “Galo”
FERIDAS CONTUSAS
FERIDA CONTUSA
As feridas contusas são produzidas por instrumentos
de superfície e não de gume, apresentando as seguintes características:
forma estrelada, bordas, fundo e vertentes irregulares;
presença de pontes de tecido íntegro;
pouco sangramento;
retração das bordas;
ângulos obtusos nas vertentes;
vasos e nervos íntegros no fundo da ferida.
MEIO CONTUNDENTE FERIDA CONTUSA
FRATURAS Quando reduzida a vários fragmentos (cominutivas)
Fratura em galho verde (crianças)
Fratura de base de crânio
Embolia gordurosa
LUXAÇÕES Quando dois ossos deixam de manter contato. Ex:
ombro
ENTORSE Lesão ligamentar
FERIDAS CONTUSAS
ROTURAS DE VÍSCERAS INTERNAS Útero gravídico, bexiga repleta, baço aumentado
PROLAPSO DE VÍSCERAS INTERNAS Prolapso retal
“BLAST INJURY”: Conjunto de manifestações violentas produzidas por
explosão acompanhada por uma onda de pressão que se desloca rapidamente.
Ex: rotura do tímpano. O órgão mais imune é o coração
FERIDAS CONTUSAS
ENCRAVAMENTO:
Penetração de um objeto afiado em qualquer parte do corpo, quando o corpo do indivíduo se desloca em direção ao objeto. Acidental.
EMPALAMENTO:
Penetração de um objeto de grande eixo longitudinal, consistente e delgado no ânus ou região perineal.
Diferenciar com a introdução voluntária de corpos estranhos no ânus
FERIDA CONTUSA
LESÕES POR ATROPELAMENTO NÁUTICO
Traumatismo, projeção no meio líquido e ação vulnerante das hélices
Ferimentos das hélices: cauda inicial e cauda terminal
Vasos cortados em bico de gaita
Amputações
LESÕES POR ATROPELAMENTO FERROVIÁRIO
Espostejamento
LESÕES POR ACIDENTE AÉREO
FERIDAS CONTUSAS
Pele intacta ou pouco afetada, roturas internas e
graves das vísceras maciças e fraturas ósseas
Queda de edifícios e paraquedismo
Desproporção entre as lesões cutâneas e as gravíssimas lesões viscerais
Choque da cabeça ao solo: “Saco de noz”
LESÕES POR PRECIPITAÇÃO
São produzidas por instrumento de ponta e gume
que agem perfurando e cortando. Podem ser produzidas por objetos de um só gume ou de dois gumes sendo as feridas neste caso uma fenda de bordas iguais e ângulos agudos.
Exemplos: canivete e espada
MEIO PÉRFURO-CORTANTE
FERIDA PÉRFURO-CORTANTE
Indivíduo do sexo masculino, da área médica,
comete suicídio após injetar medicamento em veia do próprio antebraço. A ferida encontrada pelo legista, no local da injeção é do tipo:
a) Cortante.
b) Punctória.
c) Contundente.
d) Nenhuma das anteriores.
QUESTÕES DE REVISÃO
Constituem características de feridas contusas,
exceto:
a) Pouco sangramento.
b) Fundo irregular.
c) Cauda de escoriação.
d) Bordas irregulares.
QUESTÕES DE REVISÃO
Sobre traumatologia forense, todas as afirmativas
abaixo são verdadeiras, exceto:
a) As bordas de uma ferida cortante são regulares.
b) O esgorjamento é uma ferida cortante na face posterior do pescoço.
c) As lesões por esmagamento são produzidas por ação contundente.
d) Pontes de tecido íntegro podem estar presentes em feridas contusas.
QUESTÕES DE REVISÃO
MEIO PÉRFURO CONTUNDENTE
DISPAROS POR ARMA DE FOGO
FERIMENTO DE ENTRADA
FERIMENTO DE SAÍDA
TRAJETO
MEIO PÉRFURO-CONTUNDENTE
FERIDA PÉRFURO-CONTUSA
FERIMENTO DE ENTRADA
TIRO ENCOSTADO
A CURTA DISTÂNCIA
A DISTÂNCIA
MEIO PÉRFURO-CONTUNDENTE FERIDA PÉRFURO-CONTUSA
Ferimento de entrada: irregular e denteado. Quando
há um plano ósseo subjacente, os gases do disparo dilaceram os tecidos e refluem. Forma-se assim ferida semelhante à cratera de mina (sinal de Hoffmann) e não há zona de tatuagem ou de esfumaçamento pois todos os elementos gasosos penetram na pele. Dois sinais ainda podem ser observados: o de Benassi (fuligem na lâmina externa do osso) e o de Werkgaertner (tatuagem do cano na pele).
TIROS ENCOSTADOS
Os vestígios que podem ser encontradas, são:
orla de escoriação: arranchamento da epiderme pelo projétil;
halo de enxugo ou orla de Chavigny: passagem do projétil que enxuga suas impurezas sob a pele;
zona de tatuagem: impregnação da pele por grânulos de pólvora incombustos.
zona de esfumaçamento: depósito da fuligem sobre a ferida que desaparece quando lavada.
zona de queimadura: provocada por gazes aquecidos;
aréola equimótica e zona de compressão de gases
TIROS A CURTA DISTÂNCIA
Feridas com diâmetro menor que o do projétil,
elípticas, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro. Não são observados os efeitos secundários do tiro. Na calota craniana pode ser verificado o sinal de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold, sendo o orifício da lâmina interna mais amplo que da externa.
Nos casos de munição com projéteis múltiplos, estes são lançados juntos e depois separam-se dando uma área de projeção maior chamada de “rosa do tiro”.
TIROS A DISTÂNCIA
As feridas de saída produzidas por projéteis de arma
de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento, sem orla de escoriação, halo de enxugo ou a presença de elementos resultantes da combustão da pólvora. Nas feridas já cicatrizadas o composto rodizonato de sódio pode evidenciar a presença de fragmento do projétil.
FERIDAS DE SAÍDA
O halo fuliginoso na lâmina externa óssea em disparos encostados é conhecido por sinal de:
a) Strassmann.
b) Chavigny.
c) Benassi.
d) Bonnet.
QUESTÕES DE REVISÃO:
São características das feridas de entrada em disparos de arma de fogo encostados, exceto:
a) Câmara de mina de Hoffmann.
b) Sinal de Werkgaertner.
c) Zona de esfumaçamento evidente.
d) Crepitação gasosa.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Nas feridas de entrada provocadas por disparos de armas de fogo a curta distância, podem estar presentes, exceto:
a) Desenho da boca e da massa de mira do cano.
b) Zona de tatuagem.
c) Crestação de pelos.
d) Halo de enxugo.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Nas feridas de entrada provocadas por disparos de armas de fogo a distância, podem estar presentes, exceto:
a) Bordas reviradas para dentro.
b) Orla de escoriação.
c) Aréola equimótica.
d) Zona de queimadura.
QUESTÕES DE REVISÃO:
As feridas de saída provocadas por disparos de armas de fogo tem as seguintes características, exceto:
a) Maior sangramento que as de entrada.
b) Forma irregular.
c) Bordas reviradas para fora.
d) Orla de esfumaçamento.
QUESTÕES DE REVISÃO:
O anel de Fisch ou orla desepitelizada de França é
sinônimo de:
a) Orla de enxugo
b) Orla de escoriação
c) Orla equimótica
d) Halo fuliginoso
QUESTÕES DE REVISÃO:
O composto usado para o diagnóstico de fragmento de projetil de arma de fogo em feridas já cicatrizadas é o:
a) Cloreto de sódio
b) Rodizonato de sódio
c) Ácido acético
d) Sulfeto de amônio
QUESTÕES DE REVISÃO:
“Todas as substâncias que por ação física, química ou biológica são capazes de entrando em contato com os tecidos vivos causar danos à vida ou à saúde. Podem agir externamente (cáusticos) ou internamente (venenos) FRANÇA, 2011”:
ENERGIAS QUÍMICAS
CÁUSTICOS:
Substâncias que causam lesões tegumentares, mais ou menos graves com efeitos coagulantes ou liquefaciantes.
Efeito coagulante: desidratam os tecidos e produzem cicatrizes (escaras) endurecidas. Ex: nitrato de prata
Efeito liquefaciante: escaras úmidas, moles. Ex: soda.
A distinção entre lesões in vitam e post mortem não é fácil, pois alguns ácidos atuam com a mesma intensidade no vivo e no morto.
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
ÁCIDOS:
CICATRIZES SECAS E DE COR VARIÁVEL:
Ácido sulfúrico e ác. fênico esbranquiçadas, ác. Nítrico, amareladas e ác. Clorídrico cinza-escuras.
ÁLCALIS:
ÚMIDAS, MOLES E UNTUOSAS
SAIS:
BRANCAS E SECAS
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
Quando criminosa a sede mais comum das lesões é a
face e o tórax pela evidente intenção do agressor em enfeiar a vítima.
VITRIOLAGEM (óleo de vitríolo-ácido sulfúrico)
VENENOS:
“QUALQUER SUBSTÂNCIA QUE INTRODUZIDA PELAS MAIS DIVERSAS VIAS NO ORGANISMO, MESMO HOMEOPATICAMENTE, DANIFICA A VIDA OU A SAÚDE”.
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
Percurso de veneno:
Absorção: processo pelo qual o veneno chega aos tecidos (mucosas, gastrointestinal e pulmonar)
Fixação: substância se localiza em certos órgãos de acordo com sua afinidade. (digitalina)
Transformação: processo pelo qual o organismo se defende da ação tóxica facilitando sua eliminação (cianeto de potássio em contato com o ácido clorídrico do estômago produz o cloreto de potássio e ácido cianídrico)
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
Distribuição: o veneno penetrando na circulação
estende-se pelos mais diversos tecidos
Eliminação: o veneno é expelido, seguindo as vias naturais. Ex: sistema urinário
MITRIDATIZAÇÃO: resistência orgânica aos efeitos tóxicos através da ingestão repetida e progressiva de substâncias de alto teor venenoso
TOXICIDADE: propriedade de causar dano a um organismo vivo
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
INTOLERÂNCIA: exaltada sensibilidade a
pequenas doses de veneno
SINERGISMO: ação potencializadora dos efeitos tóxicos decorrentes da ingestão simultânea de várias substâncias venenosas
EQUIVALENTE TÓXICO: quantidade mínima de veneno capaz de por via intravenosa matar 1 Kg do animal considerado
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA
Marque a alternativa incorreta no que concerne às energias químicas:
a) O ácido sulfúrico produz escaras negras
b) A ação de uma substância cáustica ocorre após sua absorção e metabolismo
c) As substâncias cáusticas básicas são liquefaciantes e produzem escaras úmidas e moles.
d) As substâncias cáusticas ácidas são coagulantes e produzem escaras secas
e) A vitriolagem é a ação corrosiva e desfigurante de um ácido sobre a pele humana.
QUESTÕES DE REVISÃO:
Maconha
Também conhecida como marijuana e baseado é a droga mais utilizada no mundo.
Seu consumo pode trazer ao usuário: memória afetada, falta de orientação, fuga da realidade, indiferença e desligamento. Geralmente não causa dependência ou crises de abstinência.
Morfina
Droga de elevada nocividade que causa dependência e crises de abstinência, traz no início do uso sensação de euforia (lua de mel da morfina”) e posteriormente emagrecimento, perda do sono e do apetite, predispondo o paciente à infecções secundárias.
Heroína
Cinco vezes mais potente que a morfina, esta droga confere ao intoxicado, um aspecto semelhante ao conferido pela morfina. Tem o aspecto de pó branco, que diluído é injetado.
Cocaína
Na intoxicação aguda, o usuário apresenta excitação, tremores, agitação, confusão mental e loquacidade. O indivíduo pode apresentar ainda aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e dor precordial. Na fase crônica pode ocorrer a morte por problemas cardíacos. Causa dependência e não se verificam crises de abstinência.
TOXICOMANIAS
LSD
É a droga de maior poder alucinógeno conhecido. Seus efeitos podem ser explicados em quatro estágios: 1-reação megalomaníaca (“todo poderoso”); 2-depressão e angústia; 3-paranóia (perseguição) e 4-confusão geral. Apesar de seu alto poder nocivo não causa dependência ou crise de abstinência. Ópio
Consumido sob a forma de cigarros, é pouco usado no Brasil. Causa uma fase inicial de excitação e outra de prostração. Causa dependência e crises de abstinência. Anfetaminas
Conhecida com “bolinha” é usada por viciados que não dispõem de seu tóxico habitual. Muito usada para evitar a sonolência. Crack
Subproduto da pasta base da cocaína, usado por viciados de baixo poder aquisitivo. Causa: dilatação das pupilas, irritabilidade, agressividade, delírios e alucinações.
TOXICOMANIAS
Cogumelo São alucinógenos que podem ser ingeridos até acidentalmente. Podem causar delírios e manifestações sistêmicas como diarreia, vômitos, icterícia e hematúria (sangramento na urina). Cola Usada por inalação provoca efeitos rápidos sobre o sistema nervoso podendo após uso crônico ser lesiva aos rins, medula, fígado e nervos periféricos. Merla Opção mais barata que o crack, porém de efeitos mais destrutivos que aquele. Seus efeitos duram cerca de quinze minutos, causando inicialmente bem estar e depois inquietação. A pele do usuário tem cheiro desagradável devido às substâncias adicionadas à droga. Pode alterar o funcionamento cardíaco, cerebral, pulmonar e hepático.
TOXICOMANIAS
EMBRIAGUEZ :
Congestão das conjuntivas, hálito etílico, marcha cambaleante, disartria
FASES DA EMBRIAGUEZ
Fase da excitação
Fase de confusão (fase médico-legal)
Fase de sono
EMBRIAGUEZ
FASE DE EXCITAÇÃO
FASE DE CONFUSÃO
FASE DE SONO
CURVA DE CALABUIG
TEMPERATURA
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
ELETRICIDADE
RADIOATIVIDADE
LUZ
SOM
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA
FRIO
CALOR
OSCILAÇÃO DE TEMPERATURA
TEMPERATURA
PODE ATUAR DE MANEIRA INDIVIDUAL OU
COLETIVA
MAIS HABITUAL COMO ACIDENTE
ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO
NA AÇÃO GENERALIZADA NÃO EXISTE UMA LESÃO TÍPICA ALTERAÇÃO DO SNC COM SONOLÊNCIA,
CONVULSÕES, ANESTESIAS, MORTE
DIAGNÓSTICO DIFÍCIL: RIGIDEZ PRECOCE E DEMORADA
FRIO
PRIMEIRO GRAU: VERMELHIDÃO LOCAL
SEGUNDO GRAU: BOLHAS
TERCEIRO GRAU: NECROSE DOS TECIDOS
QUARTO GRAU: DESARTICULAÇÃO
FRIO: AÇÃO LOCALIZADA
FORMA DIFUSA OU DIRETA
CALOR DIFUSO
INSOLAÇÃO: CALOR AMBIENTAL EM LOCAIS ABERTOS, RARAMENTE EM LOCAIS CONFINADOS, CONCORRENDO PARA ISTO A AUSÊNCIA DE RENOVAÇÃO DO AR.
A INTERFERÊNCIA DO SOL NÃO DESEMPENHA MAIOR SIGNIFICAÇÃO NESTA SÍNDROME
CALOR
FORMA DIFUSA:
INTERMAÇÃO: EXCESSO DE CALOR AMBIENTAL EM LUGARES MAL AREJADOS, QUASE SEMPRE CONFINADOS OU POUCO ABERTOS E SEM A NECESSÁRIA VENTILAÇÃO, PODENDO OCORRER DE FORMA ACIDENTAL.
CALOR
QUEIMADURAS
MAIOR OU MENOR EXTENSÃO
GERALMENTE ACIDENTAIS
MAIS RARA A AÇÃO CRIMINOSA
CLASSIFICAÇÃO PELA PROFUNDIDADE DAS LESÕES
CRITÉRIO CLÍNICO: ÁREA CORPORAL ATINGIDA
REGRA DOS NOVES DE PULASKI E TENNISON
CALOR DIRETO
REGRA DOS “NOVES”
1º. GRAU VERMELHIDÃO, EDEMA E DOR (QUEIMADURA
DO SOL)
2º. GRAU BOLHAS COM LÍQUIDO CLARO EM SEU
INTERIOR
3º. GRAU PLANOS MUSCULARES (MENOS DOLOROSAS)
4º. GRAU CARBONIZAÇÃO
QUEIMADURAS
REDUÇÃO DO VOLUME DO CORPO (100-120CM)
POSIÇÃO DE LUTADOR OU “BOXER”
CABELOS QUEBRADIÇOS
COURO CABELUDO COM EXTENSAS FENDAS
CÍLIOS TOSTADOS
BOCA ABERTA E DENTES SALIENTES
FORNO CREMATÓRIO: ADULTOS-1H30-2H;
FETO 70-90 MINUTOS
CARBONIZAÇÃO
IDENTIFICAR O MORTO
BOLHAS NO CADÁVER NÃO TEM LÍQUIDO EM SEU INTERIOR
A MORTE OCORREU DURANTE O FOGO OU O INDIVÍDUO JÁ SE ACHAVA MORTO ANTES DO INÍCIO DAS CHAMAS ?
CARBONIZAÇÃO
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA:
MAL DAS MONTANHAS
“HIPERGLOBULIA COMPENSATÓRIA OU POLIGLOBULIA DAS ALTURAS”
AUMENTO DOS GLÓBULOS VERMELHOS DO SANGUE; ACIMA DE 2.500 METROS
AGRAVADO COM ESFORÇO FÍSICO, DOR DE CABEÇA, TONTURAS E VÔMITOS
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
AUMENTO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA:
MAL DOS CAIXÕES
MERGULHADORES, ESCAFANDRISTAS
COMPRESSÃO DOS GASES
DESCOMPRESSÃO SÚBITA DOS GASES DISSOLVIDOS NO SANGUE LEVANDO A EMBOLIA (ACIDENTE DE TRABALHO)
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
ELETRICIDADE NATURAL OU CÓSMICA FULMINAÇÃO (MORTE)
FULGURAÇÃO (LESÕES CORPORAIS)
SINAL DE LICHTENBERG
ELETRICIDADE INDUSTRIAL ELETROPLESSÃO MARCA DE JELLINEK (LESÃO DE PELE
ENDURECIDA, BORDAS ALTAS, LEITO DEPRIMIDO E INDOLOR DE FÁCIL CICATRIZAÇÃO)
ELETRICIDADE
LESÕES LOCAIS: RADIODERMITES
QUANDO DO TERCEIRO GRAU COM ÁREAS DE NECROSE, SÃO CHAMADAS DE ÚLCERA DE RÖENTGEN (MÃOS DE RÖENTGEN)
GÔNADAS: HIROSHIMA E NAGASAKI, NO RAIO DE 1 KM TODAS AS MULHERES ABORTARAM
RAIO-X
LUZ:
CEGUEIRA
SOM:
RUÍDO: FENÔMENO FÍSICO VIBRATÓRIO, AUDÍVEL DE CARACTERÍSTICAS INDEFINIDAS
BARULHO: QUALQUER TIPO DE SOM INDESEJÁVEL E INÚTIL
P.A.I.R.: PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO. BILATERAL, PERMANENTE, LENTA E PROGRESSIVA
ACIMA DE 85 DECIBÉIS POR 40 H SEMANAIS
LUZ E SOM
À ação localizada do frio chama-se:
a) Queimadura.
b) Geladura.
c) Congelamento.
d) Flictena.
QUESTÕES DE REVISÃO
O excesso, nocivo à saúde, de calor em ambientes confinados é chamado de:
a) Insolação.
b) Intermação.
c) Carbonização.
d) Queimadura.
QUESTÕES DE REVISÃO
Sobre os efeitos da eletricidade, assinale a afirmativa correta:
a) A marca de Jellinek ocorre quando atua a eletricidade natural.
b) Fulguração é lesão letal provocada pela eletricidade natural.
c) Fulminação é lesão letal provocada pela eletricidade industrial.
d) Eletroplessão é termo usado para a atuação da eletricidade industrial.
QUESTÕES DE REVISÃO
A presença de fuligem na traqueia de vítima de carbonização é conhecida como sinal de:
a) Jellinek
b) França
c) Montalti
d) Strassmann
QUESTÕES DE REVISÃO:
Síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência ou
baixíssima concentração do oxigênio no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa em circunstâncias as mais variadas.
Ou a perturbação oriunda da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna do oxigênio. Na Asfixia, consome-se oxigênio e acumula-se gás carbônico.
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA
Respiração normal
Oxigênio a 21%(morte quando em torno de 3%)
Orifícios e vias respiratórias permeáveis
Elasticidade do tórax
Expansão pulmonar
Circulação normal
Volume circulatório normal
Pressão atmosférica normal
ASFIXIA
Manchas de hipóstase precoces, abundantes e escuras; Congestão da face: também chamada de máscara equimótica; Equimoses da pele e mucosas; Esfriamento lento, rigidez lenta mas intensa e prolongada; Putrefação mais acelerada; Gogumelo de espuma (mais comum no afogado); Projeção dos olhos e da língua (diagnóstico diferencial com
cadáver em putrefação); Manchas de Tardieu (equimoses pequenas na superfície do
pulmão e coração, mais comuns nos jovens e rara em idosos); Sangue escuro e líquido, sem coágulos cardíacos; Fígado e mesentério congestos; baço contraído;
ASFIXIAS EM GERAL
Asfixia tissular
Rigidez cadavérica mais tardia, pouco intensa e de menor duração
Tonalidade rósea da face
Manchas de hipostase claras
Pulmões e demais orgãos de tom carmim
Putrefação Tardia
Recolher sangue do coração. Prova de Katayama sulfeto de amônio e ácido acético (vermelho-clara)
ASFIXIA POR MONÓXIDO DE CARBONO
Oclusão com as mãos (marcas de unhas), travesseiros
ou sacos plásticos a boca e fossas nasais da vítima.
Obstrução do conduto aéreo por corpo estranho como alimentos (chicletes, pedaçõs de carne)
SUFOCAÇÃO DIRETA
Compressão do tórax impedindo os movimentos
respiratórios
Bodas de Luiz XVI e Maria Antonieta morreram 40 pessoas na multidão
Na coroação do Tzar Nicolau II morreram 3000 pessoas asfixiadas em São Petesburgo
RN que dormem com os pais
“Exortador”
Máscara equimótica de MORESTIN
SUFOCAÇÃO INDIRETA
Temperatura baixa da pele;
Pele anserina “pele de galinha”;
Retração do mamilo, bolsa testicular e pênis;
Maceração da epiderme;
Livores cadavéricos mais claros;
Cogumelo de espuma;
Corpos estranho sub ungueais;
Mancha verde no esterno ou pescoço (pela posição do corpo na água);
Lesões post-mortem provocadas por animais aquáticos;
AFOGAMENTO
MANCHAS DE TARDIEU (raras no afogamento):
Descritas pelo autor em 1847. Equimoses puntiformes no pulmão e coração
MANCHAS DE PALTAUF:
Dimensões maiores, 2 cm ou mais, tonalidade vermelho-clara
AFOGAMENTO
OBLÍQUO
ASCENDENTE
ÚNICO
INTERROMPIDO NO NÓ
APERGAMINHADO
ACIMA DA CARTILAGEM TIREÓIDEA
PROFUNDIDADE DESIGUAL
SULCO DO ENFORCADO
SINAL DE AMUSSAT
Secção da parte interna da carótida comum
SINAL DE ÉTIENNE-MARTIN
Desgarramento da camada externa da carótida comum
SINAL DE FRIEDBERG
Hemorragia da camada externa da carótida comum
SINAL DE DOTTO
Rotura do nervo vago
SINAIS CERVICAIS
Corpo da vítima atua passivamente. Laço atua
ativamente
Sulco Horizontal
Uniforme
Contínuo
Múltiplo
Por baixo da cartilagem tireóidea
Excepcionalmente apergaminhado. Profundidade uniforme
ESTRANGULAMENTO
SOTERRAMENTO
Obstrução das vias aéreas por terra ou substâncias pulverulentas
Lesões traumáticas pelo desabamento e desmoronamento
CONFINAMENTO
Permanência de um ou mais indivíduos em ambientes fechados sem condição de renovação de ar
SOTERRAMENTO E CONFINAMENTO
Parada das funções cerebral, respiratória e
circulatória
Não cessam todas de uma vez
Não há um sinal de certeza até surgirem os fenômenos transformativos do cadáver
A morte não é um momento é um processo gradativo
Quanto mais tempo se passa mais fácil diagnósticá-la
TANATOGNOSE E CRONOTANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS
NEGATIVOS IMEDIATOS Perda da consciência; Perda da sensibilidade (sinal de Josat, pinçamento do
mamelão); Alteração da motilidade (sinal de Rebouillat, prova do éter); Face hipocrática x máscara da morte; Relaxamento muscular: dilatação pupilar, abertura das
pálpebras, dilatação do ânus, presença de esperma no canal uretral;
Prova de Winslow (Sinal da vela acesa), prova de Ott; Prova de Magnus (laço na extremidade de um dedo);
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Perda de peso por desidratação mais acentuada em fetos e recém-nascidos; Pergaminhamento da pele: a pele torna-se endurecida, ressecada e com
aspecto de pergaminho; Dessecamento da mucosa dos lábios; Sinal de Sommer e Larcher (mancha escura no olho); Esfriamento cadavérico (temperatura de 20º é incompatível com a vida; algor
mortis); H=N-C/1,5 Manchas de hipóstase cutâneas (livor mortis): pela ação da gravidade,
cessada a atividade circulatória, o sangue acumula-se nas porções mais inferiores do cadáver. Estas manchas permanecem até o início dos fenômenos putrefativos. Começam a surgir duas a três horas após a morte, nas primeiras doze horas podem mudar de posição e a partir de doze horas de morte, fixam-se. Dentes rosados (“pink teeth”);
Rigidez cadavérica: sentido crânio caudal (lei de Nysten). Desaparece com o início da puterfação (depois de 24h); se inicia uma a duas horas após a morte chegando ao máximo em oito horas;
Espasmo cadavérico (abrupto).
TANATOGNOSE
Lei de Nysten
Começa entre 1h e 2h após a morte
Chega ao máximo em 8h
Desaparece com o início da putrefação (24H)
RIGIDEZ CADAVÉRICA RIGOR MORTIS
RESFRIAMENTO DO CADÁVER
Nas primeiras três horas de morte: 0,5 C° / hora;
Quarta hora em diante 1,0 C° até 12h pós morte
H= N (37,2) - C/1,5
A aplicação desta fórmula só teria valor nas primeiras 12-15h após a morte
CRONOTAGNOSE
SE DUAS OU MAIS PESSOAS MORREM NA
MESMA OCASIÃO, NÃO SE PODENDO PROVAR QUEM FALECEU PRIMEIRO, PRESUME-SE PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, QUE ELAS TIVERAM MORTES SIMULTÂNEAS. A ISSO CHAMA-SE COMORIÊNCIA.
HAVENDO CONDIÇOES DE PROVAR QUE UMA DELAS FALECEU ANTES, DÁ-SE O NOME DE PREMORIÊNCIA.
COMORIÊNCIA E PREMORIÊNCIA
LIVORES DE HIPÓSTASE
Surgem 2h-3h após a morte e fixam-se definitivamente em torno das 12h
Na experiência de França: mais precoces. Surgem na primeira hora após a morte e fixam-se após 8h
CRONOTAGNOSE
RIGIDEZ CADAVÉRICA
Surge na mandíbula e nuca 1 a 2h após a morte;
Membros superiores 2 a 4h após a morte
Músculos torácicos 4 a 6h
Membros inferiores 6 a 8h
Flacidez muscular: 36 a 48 após a morte
CRONOTAGNOSE
Gases da putrefação
1º. Dia: gases não inflamáveis
2º. Ao 4º. Dia: gases inflamáveis
5º. Dia em diante: gases não inflamáveis
Perda de peso em RN e crianças: 8g/kg nas primeiras 24 h post mortem
CRONOTAGNOSE
MANCHA VERDE ABDOMINAL
Fossa ilíaca direita. Hidrogênio sulfurado que se
combina a hemoglobina surgindo a sulfometemoglobina
20h-24h após a morte
Se estende por todo o corpo depois do 3º. a 5º. dia
Circulação póstuma de Brouardel
MANCHA VERDE ABDOMINAL
Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde Formações que surgem no sangue putrefeito depois do
3º. Dia de morte e podem perdurar por até 35 dias (Martinho da Rocha e Belmiro Valverde)
Conteúdo estomacal Alimentos plenamente reconhecíveis em seus diversos
tipos específicos, ou seja, numa fase inicial de digestão, pode-se afirmar que a pessoa faleceu 1-2h depois da sua última refeição
Fase final: 4 a 7h. Estômago vazio: 7h
Bexiga: vazia (2h), cheia (4 a8h), repleta: coma
CRONOTAGNOSE
DESTRUTIVOS
AUTÓLISE
PUTREFAÇÃO
MACERAÇÃO
CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
SAPONIFICAÇÃO
CALCIFICAÇÃO
CORIFICAÇÃO
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS
RN: a putrefação invade as cavidades principalmente
pelas vias respiratórias
Obesidade
Vítimas de infecção
Arsênio e antibióticos retardam o processo
Período cromático (mancha verde abdominal)
Período gasoso ou enfisematoso: gases que dão ao cadáver aspecto gigantesco, principalmente na face, órgãos genitais e abdome
PUTREFAÇÃO
A epiderme se destaca da derme e o corpo fica
reduzido a uma massa pútrida recoberta por grande número de larvas de insetos; dura de um a vários meses
Os gases se evolam
Permanecem ainda alguns sinais de morte violenta
PERÍODO COLIQUATIVO OU DE LIQUEFAÇÃO
Os ossos ficam livres, presos apenas por alguns
elementos ligamentares; dura de 3 a 5 anos
A Cabeça se destaca do tronco; a mandíbula se destaca dos ossos da face, as costelas se desarticulam e ossos dos membros inferiores e superiores se soltam, perdem peso e ficam frágeis
MACERAÇÃO: processo especial de transformação que sofre o cadáver do feto no útero materno com destacamento da pele, achatamento do ventre e desprendimento ósseo
PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO
PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO
Mumificação
Pode ser produzida por meio natural, artificial ou misto
ocorre quando o cadáver em ambiente quente e seco perde água rapidamente, sofrendo acentuado dessecamento. O cadáver apresenta peso reduzido, pele dura e seca e enrugada e tonalidade enegrecida, dentes e unhas bem conservados
Conserva-se vagamente os traços fisionômicos
FENÔMENOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
Fenômeno pode surgir espontaneamente em geral
após a 6ª. Semana de morte. O solo argiloso, úmido e de difícil acesso facilita tal processo
transformação do cadáver em substância untuosa, mole com aparência de cera ou sabão; inicia-se pela parte do corpo que tem mais gordura. É raro em magros e caquéticos. É possível estudar as lesões mesmo algum tempo após a morte.
SAPONIFICAÇÃO OU ADIPOCERA
Calcificação: Petrificação ou calcificação do corpo
Fetos mortos e retidos na cavidade uterina
Rara em adultos. Ossos assimilam sais calcários
Corificação: Pele semelhante a couro. Muito rara. Presente em
cadáveres que foram acondicionados em urnas metálicas hermeticamente fechadas, ficando assim preservados da putrefação
Congelação, fossilização e cabeça reduzida
CALCIFICAÇÃO E CORIFICAÇÃO
CORIFICAÇÃO
Sinonímia: autópsia, necroscopia, exame
necroscópico. “Perícia das perícias” (Oscar de Castro)
Obrigatória e justificada em todos os casos de morte violenta e suspeita Morte violenta: resultante de uma ação exógena e
lesiva. “Mortes vindas de fora”. Participação de alguém de forma ativa ou passiva. Podem não ter influência humana como nas inundações, soterramento, ofidismo.
NECROPSIA E NECROSCOPIA
Morte natural: Decorre de processos móbidos
preexistentes, congênitos ou adquiridos, desde que não tenham sido agravados por fator exógeno
Morte suspeita: surge de forma inesperada e sem causa evidente. ( Mors in tabula)
SVO (Serviço de verificação de óbito). Registrar e estimar estatisticamente os óbitos de causa natural.
Pessoas que faleceram sem assistência médica
NECROPSIA
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis)
horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
NECROPSIA
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito
em qualquer dia e a qualquer hora.
“RECOMENDA-SE QUE AS NECROPSIAS MÉDICO-LEGAIS SEJAM FEITAS, SEMPRE QUE POSSÍVEL À LUZ DO DIA, POIS A LUZ ARTIFICIAL ALÉM DE CRIAR SOMBRAS EM DIVERSOS ÂNGULOS DE INCIDÊNCIA, PRINCIPALMENTE NO INTERIOR DO CORPO, JAMAIS SUBSTITUI A LUZ NATURAL. PODENDO COM ISSO, DESVIRTUAR A BOA OBSERVAÇÃO DO PERITO.” França, 2011
NECROPSIA
Guia de R.E.C.D.
Identificação
Exame das vestes
Abertura das cavidades:
Craniana
Torácica
abdominal
NECROPSIA
NECROPSIA
“A mais terrível, a mais ingrata e a mais repugnante
de todas as perícias.”
“Entende-se também por morte violenta aquela em que não existe violência no sentido físico da palavra, mas cujo descaso foi motivo da causa da morte, como por exemplo na omissão de socorro.” França, 2011.
EXUMAÇÃO
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a
autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
EXUMAÇÃO
EXUMAÇÃO
EXUMAÇÃO