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Primeiros socorros
Primeiros Socorros
São os cuidados imediatos prestados
a uma pessoa cujo estado físico
coloca em perigo a sua vida ou a sua
saúde, com o fim de manter as suas
funções vitais e evitar o agravamento
de suas condições, até que receba
assistência médica especializada.
O primeiro socorro consiste, conforme a situação, na
proteção de feridas, imobilização de fraturas, controlo
de hemorragias externas, desobstrução das vias
respiratórias e realização de manobras de Suporte
Básico de Vida.
Qualquer pessoa pode e deve ter formação em
primeiros socorros.
A sua implementação não substitui nem deve atrasar a
ativação dos serviços de emergência médica, mas sim
impedir ações intempestivas, alertar e ajudar, evitando
o agravamento do acidente.
Armário de primeiros socorros
Devem estar disponíveis os seguintes materiais:
• Luvas de látex descartáveis.
• Tesoura.
• Pinça.
• Compressas esterilizadas.
• Rolos de adesivos de 1 cm e 5 cm.
• Sabão (líquido de preferência).
• Antisépticos para desinfeção de pele e mucosas (Betadine ou similar e
Clorhexidina).
• Embalagem grande de esponjas de “Spongostan”.
• Gase vaselinada.
• Película aderente.
• Termómetro digital.
• Solução de glicose e pacotes de açúcar.
• Ligaduras.
• Pensos rápidos.
Produtos de desinfeção e limpeza
• Clorhexidina 4%.
• Lixívia comercial – hipoclorito de sódio a 5-10%
(atenção à validade).
• Toalhetes descartáveis para as mãos.
• Balde com tampa e pedal.
e ainda:
• Aventais descartáveis.
• Sacos de plástico apropriados para produtos
eventualmente contaminados, se possível de parede
dupla.
Kit de emergência transportável
• Luvas de látex descartáveis (2 pares).
• Compressas esterilizadas (5 pacotes).
• Ligaduras (3 unidades).
• Adesivos (1 rolo).
• Pensos rápidos (1 caixa).
• Solução de iodopovidona dérmica (Betadine) (unidades individuais).
• Soro fisiológico (1 frasco pequeno ou unidades individuais).
• Termómetro digital (1).
• Paracetamol 500 mg (1 caixa).
• 4 pacotes de açúcar ou solução de glicose.
• Esfigmomanometro (aparelho para avaliação de tensão arterial) (1).
• Gase vaselinada (5 pacotes).
• Tesoura (1).
• Pinça pequena (1).
• “Spongostan” (esponjas de coagulação).
• Película aderente.
OBJETIVOS DO PRIMEIRO
SOCORRO
• Prevenir
• Alertar
• Socorrer
PLANO DE ACÇÃO:
• P – prevenir “Afastar o perigo da vítima e/ou a vítima do perigo”
• A – alertar
• S – socorrer
Observar o local do acidente
Efectuar o exame do acidentado
Cadeia de Sobrevivência Para que um indivíduo possa sobreviver:
Alerta
Ligar 112
Primeiros socorros/SBV
Socorrista
Desfibrilhação
Paramédicos
Tratamento
especializado/SAV
Hospital
SIEM - Sistema Integrado
Emergência Médica
Intervenientes:
Qualidades do socorrista:
• Autocontrolo e sentido de responsabilidade.
• Capacidade de organização e liderança.
• Capacidade de comunicação.
• Capacidade para tomar decisões.
• Compreensão e respeito pelo outro.
• Consciência das suas limitações.
Perante uma doença súbita ou um
acidente grave, como ativar os
serviços de emergência médica?
LIGAR PARA O 112
Número Europeu de Socorro
• Informar claramente o local onde se encontra a vítima.
• Relatar de forma simples como se deu o acidente.
• Dar indicações precisas sobre o estado da vítima.
• Pedir a quem atendeu a chamada para repetir a
mensagem,
a fim de verificar se esta foi devidamente entendida.
• Promover um ambiente calmo, afastando eventuais
curiosos e evitando comentários.
• Acalmar e, se possível, pedir informações à vítima
sobre o sucedido.
• Executar os primeiros socorros de acordo com o
estado da vítima e as lesões sofridas.
Segurança do local
Antes de iniciar o socorro verificar as condições de segurança do local.
1. Perigos elétricos
2. Perigos químicos
3. Gases tóxicos ou irritantes
4. Perigos do local físico : buracos
no solo, solo pantanoso, perigo de
derrocada…
5. Fogo
6. Equipamentos instáveis
EXAME DA(S) VÍTIMA(S):
É através dela que vamos identificar as
condições da vítima e poder eliminar ou
minimizar os fatores causadores de risco
de vida.
Avaliação Primária A avaliação primária deve ser cuidadosa e
respeitar uma rotina, como podemos ver abaixo:
1- Verificar estado consciência: abane suavemente;
chame em voz alta
2- Verificar se ventila
3- Verificar se tem pulso
4- Verificar hemorragias graves
5- Despistar estado de choque
Avaliação Secundária
Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a secundária, onde deve-se fazer a inspeção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença de alterações:
Fraturas
Objetos encravados
Deslocamento de articulações, etc
Exame secundário Recolha de informação (vítima e/ou “mirones”)
Observação/palpação pormenorizada da vítima
◦ 1- cabeça e face
◦ 2- pescoço
◦ 3- omoplata e ombros
◦ 4- clavícula
◦ 5 – tórax
◦ 6 – esterno
◦ 7 – abdómen
◦ 8 – coluna lombar
◦ 9 – cintura pélvica
◦ 10 –coxas
◦ 11- pernas e pés
◦ 12- membros superiores e mãos
Sinais Vitais
Refletem o estado atual dos sistemas
respiratório e circulatório.
AVALIAR SINAIS VITAIS: A pulsação
O que se chama comumente "pulso" está
associado às pulsações ou às batidas do
coração, impulsionando o sangue pelas
artérias, e que podem ser sentidas ao
posicionarmos as pontas dos dedos em
locais estratégicos
do corpo.
As pulsações devem ser contadas durante
30 segundos, e o resultado multiplicado
por 2, para se determinar o número de
batidas por minuto. Ou, contam-se os
batimentos durante 15 segundos e
multiplica-se por 4.
AVALIAR SINAIS VITAIS: A pulsação
Como regra geral, sempre que os batimentos
cardíacos forem menores que 50 ou maiores
que 120 por minuto, algo seriamente errado
está acontecendo com o paciente.
AVALIAR SINAIS VITAIS: A pulsação
FREQUÊNCIAS NORMAIS DO PULSO EM REPOUSO
AVALIAR SINAIS VITAIS: A Respiração
AVALIAR SINAIS VITAIS: A Respiração
A respiração, na prática, é o conjunto de 2
movimentos normais dos pulmões e
músculos do peito:
1 - inspiração (entrada de ar pela
boca/nariz);
2 - expiração (saída de ar, pelas
mesmas vias respiratórias).
Nota-se a respiração pelo arfar
(movimento de subida e descida do
peito) ritmado do indivíduo.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA NORMAIS, EM REPOUSO
COMO AVALIAR?
Ver - inspecção do tórax
Ouvir - ruídos de saído ou entrada de ar
Sentir - saída de ar (pavilhão auricular)
Durante 10 segundos
Temperatura
A temperatura corporal é medida
em termómetros colocados, durante
alguns minutos, com a extremidade
nas axilas ou na boca do paciente.
A temperatura corporal normal é
36,8ºC.
A partir de 37,5ºC já se considera
estado febril.
Normalmente, as temperaturas
elevadas, indicam algum tipo de
infecção no organismo.
PLS - Posição Lateral de Segurança
Três grandes finalidades:
• Prevenção da asfixia por queda da língua;
• Prevenção da asfixia por deglutição de vómito;
• Estabilizar a vítima de forma anatómica, não
permitindo movimentação.
Emergências médicas
Acidentes domésticos
Os acidentes domésticos são muito comuns.
Mesmo com todo o cuidado, há objetos e situações
que representam risco e podem provocar
acidentes. Para as crianças e para os idosos, em
especial, todas as divisões da casa podem
representar um enorme risco.
Um tapete que não está devidamente assente com
proteção antiderrapante, uma gaveta da cómoda
aberta, a porta de um armário, um fio do telefone
solto, podem provocar quedas e traumatismos com
consequências muito graves. Por vezes, esses
acidentes são tão graves que podem levar à morte.
A prevenção é essencial para evitar este
tipo de acidentes.
Quando acontecem devemos estar
preparados para agir e prestar os primeiros
socorros à vítima.
Acidentes domésticos
Afogamento
O termo afogamento significa paragem
cardiorrespiratória num fluído, geralmente a água. A
primeira consequência é a paragem ventilatória,
seguindo-se a paragem cardíaca.
Convém lembrar que uma criança
pequena se pode afogar em poucos
centímetros de água, num tanque, balde
ou alguidar quase vazio, ou até mesmo
na banheira, durante o banho.
Atenção!
Afogamento
O QUE DEVE FAZER
• Retirar imediatamente a vítima de dentro de água.
• Verificar se está consciente, se respira e se o coração
bate.
• Colocar a vítima de barriga para baixo e com a
cabeça virada para um dos lados.
• Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer
sair a água
Afogamento
O QUE NÃO DEVE FAZER
Se o afogamento se deu no mar ou num rio, o
socorrista não deve:
• Lançar-se à água se não souber nadar muito bem.
• Procurar salvar um afogado que está muito longe de
terra.
• Deixar-se agarrar pela pessoa que quer salvar.
Deve atirar-lhe uma corda ou uma bóia.
Asfixia
Dificuldade respiratória que leva à falta de oxigénio no
organismo.
As causas podem ser variadas, sendo a mais vulgar a
obstrução das vias respiratórias por corpos estranhos
(objetos de pequenas dimensões, alimentos mal
mastigados, etc.).
Outras causas possíveis de asfixia são: ingestão de
bebidas ferventes ou cáusticas, pesos em cima do
peito ou costas, intoxicações diversas, paragem dos
músculos respiratórios.
Causas de Asfixia
Obstáculo mecânico (corpo estranho como
balas, alimentos , etc.)
Espaços confinados com deficiência de
ventilação (tubulações, etc.)
Asfixia SINAIS E SINTOMAS
Conforme a gravidade da asfixia, podem ir desde um
estado de agitação, lividez, dilatação das pupilas
(olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estado de
inconsciência, com paragem respiratória e cianose
(tonalidade azulada) da face e extremidades.
A situação é grave e requer intervenção imediata!
Sintomas de Asfixia
Incapacidade de falar.
Respiração difícil e ruidosa.
Tosse fraca.
Primeiros Socorros à Vítimas de
Asfixia Tente inicialmente :
bater nas costas da vítima
Asfixia O QUE DEVE FAZER (criança pequena)
Abra-lhe a boca e tente extrair o corpo estranho, se
este ainda estiver visível, usando o seu dedo
indicador em gancho ou uma pinça, mas sempre com
muito cuidado para não o empurrar!
Caso não esteja visível, coloque a criança de cabeça
para baixo e dê-lhe algumas pancadas a meio das
costas, entre as omoplatas, com a mão aberta
Asfixia O QUE DEVE FAZER (jovem/adulto)
• Coloque-se por trás da vítima e passe-lhe o braço
em volta da cintura.
• Feche a mão em punho e coloque-o logo acima do
umbigo.
• Cubra o punho com a outra mão e carregue para
dentro e para cima, até 5 movimentos.
• Repita a operação as vezes que forem necessárias
até à saída do corpo estranho
Logo que a respiração estiver
restabelecida, ative o Serviço de
Emergência Médica para o transporte da
vítima para o Hospital.
Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar...
coloque-a gentilmente no chão
estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar.
abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a obstrução. Se possível retire-o.
se não for possível retirá-lo, tente aplicar
a manobra com a vítima deitada :
Neste caso:
coloque-se de joelhos sobre a vítima ,
junte suas mãos no mesmo ponto, sobre o estômago,
faça a mesma compressão no sentido do abdômen para o tórax.
Tendo conseguido a desobstrução, monitore os sinais vitais.
Se necessário aplique a RCP.
Asfixia O QUE NÃO DEVE FAZER
• Abandonar o asfixiado para pedir auxílio.
CORPOS ESTRANHOS
• Um “corpo estranho” é qualquer material que entra no
corpo quer através de um ferimento na pele (por
penetração) quer através dos orifícios naturais do corpo
(por inserção ou deglutição).
• Raramente são limpos com um elevado risco de
infecção (tétano)
1.NOS OLHOS
1º Socorro:
- Aconselhar a vítima a não esfregar o olho (o que ela
certamente fará, se não for avisado);
- Não tentar remover o corpo estranho com lenços, papel,
algodão ou outro objecto;
- Abrir com muito cuidado a pálpebra do olho lesionado e se
conseguir ver o corpo estranho, faça correr água sobre o olho e
do lado de dentro para fora (do lacrimal para o temporal)
- Repetir a operação duas ou três vezes. Se não se obtiverem
bons resultados, fazer o penso oclusivo e enviar ao hospital.
Situação muito grave…
Tapar o olho afectado como na figura
Tapar o olho contrário: CUIDADO com movimentação
coordenada de ambos olhos
2.NOS OUVIDOS
Sinais e sintomas
- Dor no ouvido;
- Zumbidos (no caso de o insecto e este estar vivo);
- Perturbações na audição do lado afectado.
2.NOS OUVIDOS 1º Socorro:
- Acalmar a vítima;
- Se suspeita de um corpo estranho, não tente retirá-lo,
pois pode furar o tímpano- hospital;
- Se se tratar de um insecto, sente a vítima com o ouvido
afectado virado para cima e verta cuidadosamente água
tépida dentro do ouvido ou azeite…
- Transportar a vítima ao hospital
3.NO NARIZ
Sinais e sintomas:
- A vítima tem dificuldade em respirar pelo nariz;
- Nariz pode parecer inchado;
- Mucosidade (por vezes ensanguentada) proveniente
de uma ou ambas as narinas.
- Cheiro fétido proveniente da narina ou mesmo boca.
3.NO NARIZ
1º Socorro:
- Mantenha a vítima calma e aconselhe-a a respirar pela
boca;
- Se for fácil podemos retirá-lo com uma pinça;
- Se não for possível a sua extracção, não deixe assoar
(inspiração profunda precede a expiração forçada pelo
nariz…);
- Transportar a vítima ao hospital
PERDAS DE CONHECIMENTO
• Causas da perda de conhecimento:
• Lipotimia
• AVC;
• Consuma excessivo de álcool/drogas
• Hiperglicemia/hipoglicemia.
• Convulsões
• Dor pré-cordial
1- LIPOTÍMIA
«Redução temporária do fluxo sanguíneo que irriga o
cérebro»
-Perda de conhecimento momentânea
- O restabelecimento rápido e completo
-Resultado de uma perturbação emocional, de exaustão ou
carência alimentar.
-Mais comum depois de longos períodos de inactividade
física.
Sinais e sintomas:
• Pele suada e fria;
• Falta total de forças;
• Pulsação lenta e fraca;
• A vítima pode estar muito pálida.
1º Socorro:
• Deitar a vítima com as pernas levantadas e, se não
recuperar rapidamente deite-a em PLS.
• Desapertar peças de roupa justas;
• Coloque-a à sombra.
• Quando recuperar, sossegue-a e levante-a gradualmente
até a sentar;
• Verifique se a queda provocou alguma lesão;
• Verifique os sinais vitais de 10 em 10 min.
2- AVC
Situação em que a irrigação sanguínea de uma parte de
cérebro diminui súbita e gravemente devido a:
• Isquemia :
• AIT (acidente isquémico transitório)
• Trombose
• Embolia
• Hemorragia: hemorragia cerebral
Sinais e sintomas dos AVCs: • Cefaleias súbitas;
• Palidez e sudorese;
• Confusão e agitação psicomotora;
• Falta de equilíbrio com enfraquecimento e perda de
sensibilidade num ou ambos os membros e num dos
lados do corpo;
• Paralisia da face (desvio da comissura labial);
• Pupilas desigualmente dilatadas-Anisocoria;
• Incontinência urinária e fecal;
1º Socorro nos AVCs: • Reduzir tensão emocional: acalme-a, fale pausadamente
com contacto visual…
• Se a vítima estiver consciente, deite-a com a cabeça e os
ombros ligeiramente levantados e apoiados. Coloque a
cabeça da lado para que a saliva possa sair da boca;
• Se a vítima ficar inconsciente: abra-lhe a via aérea e
verifique se ventila (se necessário, execute o ABC e
coloque-a em PLS;
• Vigie funções vitais
• Envie ao hospital
3-COMA ETÍLICO Provocado pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
•Sinais e sintomas:
• A vítima apresenta-se alegre e exuberante;
• Conflituosa (numa 1ª fase);
• Apresenta contracção muscular;
• Respiração irregular e acelerada;
• Congestão da face;
• Pupilas dilatadas;
• Apresenta intenso cheiro a álcool;
• A pele fria e muito suada
• Perda de conhecimento.
1º Socorro:
» Se vítima consciência:
- deve provocar-se o vómito (colher na úvula)
- dar bebidas com açúcar (queimar álcool); não ao café
- vigiar funções vitais
» Se vítima inconsciente:
- PLS
- Vigiar SV
- transportar ao hospital….
4- HIPERGLICEMIA
Provocada por excesso de açúcar no sangue.
Sinais e sintomas: • Fadiga crescente/estupor progressivo/desatenção;
• Pulso rápido e cheio;
• Respiração irregular e acelerada;
• Hálito a acetona ou banana;
• Face rosada e aspeto congestionado;
• Inconsciência (por vezes);
• Coma…
1º Socorro:
- Obter história clínica (IMPORTANTE)
- O doente é insulino-dependente?
- Já administrou a dose diária de insulina?
- Faz antidiabéticos orais?
- Vigiar funções vitais
- transporte imediato ao hospital
4.1.HIPOGLICEMIA Provocado por baixa da quantidade de açúcar no sangue.
Sinais e sintomas: • Palidez, tonturas e suor abundante;
• Pele pegajosa;
• Desatenção, Irritabilidade, Confusão e desorientação,
agressividade;
• Pulso rápido e fraco;
• Dores de cabeça;
• Tremuras nos membros;
• O nível de consciência pode piorar rapidamente;
• Em casos muito graves, a vítima poderá vir a fazer
convulsões.
1º socorro:
Se a vítima estiver consciente dar papa
de açúcar.
Se a vítima estiver inconsciente, mas ventilar
normalmente, coloque-a em PLS. Administrar um
pouco de açúcar debaixo da língua e deixar derreter;
Transportar imediatamente para o hospital.
5-CONVULSÕES
São contrações involuntárias dos músculos esqueléticos,
provocadas por:
• Lesões do cérebro (TCE);
• Epilepsia (grande mal epiléptico);
• Tumores no cérebro;
• Dose exagerada de insulina nos diabéticos;
• Hipertermia mais frequentes nas crianças;
Sinais e sintomas:
O doente pode dar um grito inicial antes das contrações
violentas, grande agitação dos membros (epilepsia);
Pode ser afetado todo o corpo ou só uma parte;
Pode acontecer que urine involuntariamente;
Durante a inconsciência a respiração é profunda/ruidosa
e espumosa;
Pode pestanejar e revirar os olhos;
Rigidez generalizada e coluna arqueada;
A convulsão é seguida de sonolência ou sono profundo.
1º Socorro: Deve afastar objetos e
pessoas da vítima para evitar lesões
• Não utilize a força para impedir os
movimentos da vítima. Um tratamento
brusco pode desencadear outra
convulsão;
• Quando terminar, limpe a boca de
quaisquer vestígios de sangue, secreções
ou vomitado- exame primário (PLS) e
levar hospital.
6. DOR PRÉ-CORDIAL
Angina de Peito Enfarte do Miocárdio
Sinais e sintomas
• Pode haver formigueiro nos dedos da mão esquerda.
• Dor forte no peito, que pode irradiar para o ombro,
braço, mão esquerda e epigastro;
• Pode haver náuseas e vómitos;
• Pode haver paragem cardíaca.
6. DOR PRÉ-CORDIAL
Angina de Peito Enfarte do Miocárdio
Primeiros Socorros
-Acalmar a vítima;
-Deitar a vítima com cabeça e tronco elevados;
-Verificar toma de medicação em SOS e administrar de
forma sublingual
-Transportar ao Hospital
Desmaio
É a diminuição da força muscular com perda de consciência
repentina fazendo com que a vítima caia ao chão.
Perda de consciência, em termos médicos chamada de
síncope, acontece quando a quantidade de sangue rico em
oxigénio (arterial) que alcança o seu cérebro não é suficiente.
Sem oxigenação adequada, o metabolismo do cérebro reduz-
se o que causa perda breve e transitória da consciência até
que o fluxo de sangue se restabeleça, normalmente porque
quando o doente está deitado, o retorno do sangue que está
nas pernas ao coração está facilitado.
Causas do Desmaio
Falta de alimentação (jejum).
Psicoemocionais.
Problemas cardíacos
Hipotensão postural
Medicamentos
Tumores cerebrais.
Sintomas
Geralmente antes do desmaio a
vítima queixa-se de fraqueza, falta de
ar e "escurecimento da visão".
Primeiros Socorros à Vítimas de
Desmaio
a) Deitar a vitima com a cabeça de lado e mais
baixa do que as pernas.
b) Tente acordá-la,chamando-a ou batendo palmas
próximo ao seu rosto.
c) Afrouxe roupas, gravatas, etc.Verifique as vias
aéreas.
d) Mantenha-a aquecida.
e) Certifique-se que a vítima respira verificando o
movimento do peito, ou aproximando a sua face
da sua boca.
O que fazer:
Quando ela acordar:
Acalme-a.
Promova o seu exame por um
médico.
O que não fazer:
Não dê nada à vitima, líquido ou sólido, até que
recupere TOTALMENTE a consciência. Caso
contrário poderá asfixiar-se.
Deixar uma pessoa inconsciente deitada de
barriga para cima. A língua, pode enrolar-se para o
fundo da garganta, ou a inalação do próprio vómito
podem provocar uma obstrução das vias
respiratórias.
Não bata no rosto da vítima.
SOS
SBV- RCP/R
Suporte Básico de Vida Reanimação
Cardio-Pulmonar/Respiratória
Paragem Cardiorespiratória
É a cessação dos batimentos cardíacos e
da respiração.
Sinais de PCR
Ausência de movimentos respiratórios (não há
expansão pulmonar)
Ausência de pulso (pulsação carotídea, femural, e
outras artérias)
Palidez, pele fria e húmida, presença de cianose
de extremidades (pele arroxeada)
Dilatação de pupilas (pela falta de oxigenação
cerebral)
Sinais de PCR
Ausência de movimentos respiratórios (não há expansão
pulmonar)
Ausência de pulso (pulsação carotídea, femural, e outras
artérias)
Palidez, pele fria e úmida, presença de cianose de
extremidades (pele arroxeada)
Dilatação de pupilas (pela falta de oxigenação cerebral)
Face a uma paragem cardio-respiratória são necessárias
três atitudes para levar sangue e oxigénio ao cérebro e
outros órgãos nobres:
◦ A (Airway)> Abrir a via aérea para que o ar chegue aos pulmões;
◦ B (Breathing)> Substituir a respiração ausente com a manobra
de respiração boca a boca ou utilizando meios auxiliares
apropriados;
◦ C (Circulation)> Manter a circulação sanguínea efetuando
compressões da parede torácica, para bombear o sangue para
todo o corpo;
Paragem Cardiorespiratória
1. O socorrista nunca se deve expor a riscos
maiores do que aqueles que ameaçam a vítima,
pois podem morrer os dois.
◦ Se possível estes movimentos devem ser feitos com a
vítima na posição de deitada de costas, mas caso não seja
possível move-la, deve fazer-se na posição em que foi
encontrada
Paragem Cardiorespiratória
2.Avaliar estado de consciência
◦ – Se consciente - exame secundário – PLS
◦ – Se inconsciente – Grite por ajuda
Paragem Cardiorespiratória
A- via aérea • Para permeabilizar as vias aéreas deve inspecionar-se a cavidade
oral procurando corpos estranhos que impeçam a entrada de ar na
via aérea :
- desaperte a roupa e exponha o tórax
- verifique corpos estranhos
• Se necessário aplicar Heimlish…
- abrir vias aéreas
• Extensão cabeça
• Elevação mandíbula - se TRAUMA - queda de altura elevada mergulho
em águas pouco profundas
B - Ventilação
• Ver
• Ouvir Durante 10 seg
• Sentir
ventila normalmente - PLS
Se Não ventila - pedir ajuda 112…
Se não ventila….
Pedir ajuda especializada (nos adultos a principal causa de
morte súbita é a paragem cardíaca que pode tratar-se com
um choque dado por um desfibrilhador)
- se acompanhado, peça para ir…
- se está sozinho, desloque-se…
Excepções :
- Crianças menos de 8 anos
- Afogamentos
- Intoxicações
- Traumatizados Inicie SBV durante 1 min
depois peça ajuda
Se não ventila….
Fazer 2 insuflações
Observar a expansão torácica
– Se o ar não entrar
– Reavaliar obstrução
– Reavaliar posição da cabeça e queixo
– Tente insuflar até 5 tentativas
C - Circulação
• Pesquisar presença de sinais circulatórios
• Pesquisar movimentos deglutição
Se tem Pulsação: 10 insuflações min
(contar 1,2,3,4 e insuflar)- reavaliar ao fim de 1 min
Se não tem pulsação: Iniciar compressões torácicas
30 X 2 (4 xs depois reavaliar)
Se estão duas pessoas…
• Uma faz a ventilação - 2 insuflações
• Outra as compressões - 15 compressões
Quando parar…
• A vítima apresentar respiração e/ou circulação
• Ser substituído por alguém que saiba executar as
manobras
• Apoio INEM, VMER
• Exaustão
CHOQUE
Diminuição aguda da circulação sanguínea ao nível
dos tecidos, traduzida em incapacidade de remoção
de produtos tóxicos resultantes do metabolismo.
Causas de choque
Psíquicas Emoção forte, quer por uma boa ou má notícia
Físicas Asfixia, hemorragia, envenenamento, fracturas,
queimaduras, dores violentas, etc.
Tipos de choque
Hemorrágico ou hipovolémico (perda de sangue ou
existência de feridas, queimaduras)
Neurogénico (dor, perturbação emocional, medo)
Cardiorespiratório (anormal funcionamento do coração e
dos pulmões)
Anafilático (picadas de abelhas, drogas, etc)
Séptico (infeção bacteriana)
Metabólico (perda de líquidos)
Choque
Sinais e sintomas
-Suores frios e viscosos (o mais característico);
- Agitação e ansiedade;
- Pulso fraco;
- Palidez ou cianose;
- Olhos sem brilho ou com pupilas dilatadas;
- Náuseas e vómitos
- Possível inconsciência
Choque
O que deve fazer
- Combater a causa de choque
-Deitar a vítima em local seco e arejado sem nada sob a cabeça;
- Desapertar as roupas, não esquecendo as gravatas, cintos e
soutiens;
-Tentar manter a temperatura normal do corpo (por baixo e por cima);
- Retirar todas as roupas húmidas;
Se consciente: levantar as pernas, no mínimo a 30º;
Se Inconsciente: aplicar a PLS.
Controlar todas as hemorragias;
Cobrir todas as feridas
Imobilizar todas as fracturas;…
Hemorragia
A hemorragia é a saída de sangue devido a
ruptura de vasos sanguíneos.
A hemorragia pode ser interna ou externa,
implicando atitudes diferentes por parte do
socorrista.
Tipos de Hemorragia (quanto á origem)
INTERNA
◦ - Visível (se o sangue sai por um orifício natural do corpo)
◦ - Invisível
HEMORRAGIA EXTERNA: arteriais, venosas,
capilares
◦ Sempre visível
Tipos de Hemorragia (quanto ao vaso):
• Hemorragia arterial
O sangue apresenta-se saindo em golfadas (correspondentes às
pulsações do coração) e a sua cor é vermelho vivo, por vir
carregado de oxigénio.
• Hemorragia venosa
O sangue sai em jacto contínuo e a sua cor, é vermelho escuro,
por vir carregado de dióxido de carbono.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue ou fluidos
corpóreos).
1. Por compressão manual direta:
• Usar um penso improvisado, colocá-lo sobre o local da hemorragia e
comprimir fortemente sobre a mesma.
• Se o primeiro penso já está cheio de sangue, coloque-lhe outro por
cima, mas não retire o primeiro. Se o segundo também ficou saturado de
sangue, tire-o e coloque o terceiro, mas continue a não mexer no
primeiro, para que o coágulo formado não seja destruído.
Não fazer compressão manual directa em locais onde existem
fracturas, articulações, e onde houver corpos estranhos
encravados.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
2.Por compressão manual indirecta:
• Apertar fortemente a nossa mão sobre a artéria que sangra, contra
o osso, e num local entre o ferimento e o coração.
• Este método deve ser praticado sempre que a compressão manual
directa seja insuficiente ou não se possa fazer
• Deve-se manter a compressão até que a hemorragia pare.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
3. Por garrote Em desuso, muitos riscos……
Apenas deve ser utilizada quando o socorrista tem várias
vítimas sendo a forma de socorrer o maior número
Método de recurso…
• Aplicado o garrote, este terá de ser aliviado de 15 em 15
minutos, durante 30 segundos a 2 minutos, conforme a
intensidade da hemorragia (quanto maior é a hemorragia,
menor é o tempo que o garrote está aliviado).
• Anotar sempre a hora a que o garrote começou a fazer
compressão para informar posteriormente os tripulantes
do Serviço de Emergência Médica (pode colocar essa
informação num letreiro ao pescoço do ferido).
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Para se obter resultados mais rápidos podem associar-se às técnicas
referidas anteriormente os seguintes procedimentos:
Elevação do membro
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Epistaxis
- Manter a cabeça direita ou ligeiramente
inclinada para baixo;
-Colocar o polegar na narina que sangra;
-Aplicar tamponamento se a hemorragia
for abundante (Spongostan®);
-Derreter um cubo de gelo na narina que sangra,
envolvendo-o num pano para não queimar a pele;
-Levar a vítima ao hospital se ao fim de 15 minutos
a hemorragia não tiver estancado.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Hemoptise
Para a hemorragia pela boca hemoptise (sangue vindo dos
pulmões):
- Dizer à vítima que não tussa e que reprima o vómito se tem
necessidade de vomitar;
- Aconselhar a vítima a uma respiração superficial;
- Colocar e transportar a vítima na posição de semisentado.
Neste tipo de hemorragia, o sangue
apresenta-se vermelho vivo e bolhoso.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Hematemese
Neste tipo de hemorragia, o sangue
aparece vermelho acastanhado e
acompanhado de restos de alimentos.
• Para a hemorragia pela boca – hematemese
(sangue proveniente do estômago) :
- Dizer à vítima que não vomite.
- Colocar gelo na zona externa do estômago.
COMO CONTROLAR AS HEMORRAGIAS
Otorragia
Saída de sangue pelo ouvido
- Nunca tamponar (se origem em TCE há compressão
cerebral), apenas colocar compressas no pavilhão
auricular;
- Inclinar a cabeça para o lado lesionado
- Situação que necessita de ida imediata para o hospital
Fraturas
É toda e qualquer alteração que ocorre na
continuidade óssea (estalado ou partido)
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS:
Simples ou fechada – A pele junto ao osso lesionado fica ilesa. Os
músculos e vasos sanguíneos podem ficar lesados, provocando edema
da zona, devido a hemorragia interna.
Expostas ou abertas – Quando há uma ferida desde a superfície da pele
até ao foco de fractura, ou quando a extremidade do osso fracturado
penetra (rompe) a superfície da pele.
Como se manifesta
A vítima pode ter ouvido o osso a estalar;
Dor agravada pelos movimentos;
Mobilidade anormal
Edema
Equimose
Deformação (encurtamento, desvio, depressão)
Crepitação
Sinais e sintomas de choque
A RETER…
O 1º socorro deve ser prestado inicialmente no local do acidente.
• As vítimas devem ficar quietas e não serem movidas até que a
região afectada esteja completamente imobilizada.
Excepção:
» Casos de perigo de vida;
» Incêndios;
» Queda de edifícios.
• - Apoiar-se o membro / zona corporal afectada;
• - Movimentar o mais suavemente possível para minimizar as dores,
e lesões secundárias;
A RETER…
1.As talas mais naturais são o próprio corpo da vítima – aproveite a sua
disponibilidade…
2 Colocar a vítima na posição mais confortável possível (apoiar com
cobertores ou outros)
3.As ligaduras devem estar apertadas o suficiente para evitar movimentos,
mas não a ponto de interferirem com a circulação ou provocarem dor.
4.Verificar a circulação regularmente (preenchimento capilar) e lembre-se
que o edema aparece rapidamente.
5.Se for possível, elevar a zona lesionada, depois de imobilizada para
minimizar:
- O desconforto;
- A hemorragia
- O edema;
- O choque.
PRIMEIRO SOCORRO- geral
• 1º Expor o foco de fractura
• 2º Fixar e apoiar o membro fracturado segurando-o
acima e abaixo do local da fractura (1ª pessoa)
Manter fixo até que fique efectivamente imobilizado
(2ª pessoa).
• 3º Imobilizar com talas
IMOBILIZAÇÃO DO BRAÇO
IMOBILIZAÇÃO DO PÉ
(FRATURA)
FRATURAS DE CRÂNIO
Ocorrem em cerca de dois terços das
vítimas de acidentes de viação.
Nota:
Quando se viaja num veículo motorizado, o corpo do condutor ou
passageiro está animado de um movimento proporcional à velocidade do
veículo. Se este desacelerar de repente, o corpo continua e deslocar-se à
velocidade anterior, provocando um violento esforço no pescoço.
Sinais e sintomas
» Dor
» Alterações da consciência: sonolências; perda
» Alterações do equilíbrio
» Sinais evidentes de lesão na cabeça com depressão;
» Saída de LCR e/ou sangue do nariz e/ou do ouvido;
» Um dos olhos pode ficar raiado de sangue, e mais tarde
equimose;
» Pupilas de diferentes dilatações– Anisocoria;
As fraturas do crânio só se diagnosticam por Rx.
1º SOCORRO
• SE VÍTIMA CONSCIENTE :
- PLS e Hospital
- Virar a vítima suavemente e com cuidado
- Se houver corrimento do ouvido, proceder como
- na otorragia
• SE A VÍTIMA INCONSCIENTE:
- Abrir a via aérea;
- Verificar se ventila;
- Se necessário executar o ABC
- Vigiar…
- Enviar hospital
É importante vigiar o quê?
• Respiração ruidosa;
• Possível subida de temperatura corporal (face ruborizada).
• Pulso cheio, mas lento;
• Pupilas anisocóricas:
• Perda de força ou paralisia de um dos lados do corpo (por
aumento de PIC (pressão intra-craniana);
• Nível de consciência : EGlasgow(que se vai deteriorando à
medida que a compressão );
TRAUMATISMOS DA COLUNA
Uma fratura da coluna é
sempre considerada lesão
grave, que exige os maiores
cuidados na movimentação
da vítima, pois pode
complicar-se com lesão da
espinal medula.
Podem resultar de força
directa ou indirecta.
Suspeita de TVM
• Impacto de colisão de veículos;
• Queda de objectos pesados sobre as costas;
• Choque violento devido a queda de pé, de nádegas ou
de cabeça.
• “Golpe de chicote” num automóvel
• TCE com inconsciência
• Traumatismos acima da clavícula
• Soterramento
• Choque eléctrico
Sinais e sintomas:
» Dor forte nas costas (sensação de estar “cortado ao
meio”);
» À palpação pode verificar-se irregularidades
» Perda de sensibilidade (pesquisar sensibilidade dos
membros);
» Perda do controle dos membros (mandar a vítima
mexer mãos e pés);
» Incontinência de esfíncteres
» Priapismo
SOCORRO: Objectivo principal
• Imobilizar a coluna para evitar lesões adicionais;
• Não deslocar a vítima para só em caso de risco vida
• Providenciar transporte para o hospital (ambulância
especializada) o mais rápido possível.
SOCORRO GERAL:
1. Exame primário: se inconsciente - ABC
2. Imobilizar cabeça e pescoço colocando as suas mãos
sobre os ouvidos da vítima (sem usar tracção).
Manter apoio até chegar ajuda,
na maca e durante o transporte
até ao hospital;
Entorses
Entorses ocorrem quando uma
articulação entre dois ossos são forçadas
além de seus limites causando muitas
vezes hematomas e inchaço na região.
O que fazer:
Pode ser difícil distinguir uma entorse de uma
fratura dependendo do grau do edema (inchaço).
Assim sendo, trate-o como uma fratura até que
um médico examine e de o diagnóstico final.
Mesmo não havendo fratura, em alguns entorses o
médico poderá proceder a colocação de
imobilização com gesso até a recuperação final.
IMOBILIZAÇÃO DO PÉ
(entorse)
Luxações
Chama-se luxação ao fato de 2 ossos se
desarticularem.
Popularmente diz-se que eles "saíram do lugar".
• A vítima queixa-se de dores fortes (mesmo
insuportáveis)
• A vítima é incapaz de mover a zona afectada. A
articulação fica “presa”;
• A articulação lesionada fica deformada.
• Edema e, mais tarde, equimose, no local da lesão.
SINAIS e SINTOMAS:
O que fazer:
Apoie a zona lesionada, na posição mais confortável
para a vítima, usando almofadas e Imobilize-a
A vítima pode ser capaz de apoiar, por si própria, a
parte lesionada;
Hospital.
O que não fazer:
NÃO tente reduzir a luxação, pois pode provocar lesões
adicionais nos tecidos vizinhos, vasos e nervos.
Se tiver dúvidas sobre a lesão, proceda como em caso
de fractura.
Envenenamentos
• Envenenamento – É o efeito
produzido no organismo
por um veneno.
• Veneno – É toda a substância
que, introduzida no organismo,
faz perigar a saúde, provocando
por vezes, a morte.
VIAS DE ENTRADA NO
ORGANISMO
• Já vimos que, para que exista o envenenamento, é
necessário que o veneno entre no organismo.
a)Via digestiva (gastrointestinal):
b)Via respiratória (inalatória):
c)Via cutânea
d)Via ocular
e)Por injecção (circulatória directa)
f)Por picada animal
Precauções gerais:
Precauções gerais (cont.):
• As crianças gostam de imitar os adultos, por isso,
não tome medicamentos à frente deles.
• Nunca identifique um medicamento dizendo que
“é aquele que sabe a laranja”, ou que “é aquele que
é doce” – quando falar deles, indique-os pelos
nomes de cada um.
(a alteração dos sabores agradáveis de alguns medicamentos foi
devida à grande quantidade de acidentes…)
COMO SUSPEITAR DE UM ENVENENAMENTO/COMO
SOCORRER
• 1º - Pelos sinais e sintomas de cada caso, se os conhecemos;
• 2º - Se notarmos cheiro a gás ou amêndoas amargas no
local e se soubermos que a vítima lá esteve a algum tempo
• 3º - Pela presença junto de uma vítima, de uma embalagem
de um tóxico ou de uma seringa, que tenha sido utilizada;
• 4º - Quando, depois de uma refeição, vários pessoas
apareçam com perturbações gástricas.
Em caso de intoxicação ou
suspeita:
Em caso de intoxicação ou
suspeita:
SOCORRO ESPECÍFICO
I- VIA DIGESTIVA
Identificar o produto ingerido
Telefone ao CIAV seguir indicações
Transporte ao hospital.
SE HOUVER INDICAÇÃO PARA INDUZIR O
VÓMITO
• Como se pode provocar o vómito?
Como provocar o vómito???
1.Beber um a dois copos de água, e com os dedos ou cabo de uma
colher, tocar a úvula (campainha) ou a garganta;
2.Beber um copo de água com sal;
3.Se tiver xarope de ipecacuanha , deverá bebê-lo com água (um
copo pelo menos);
NOTA (agir em prevenção da asfixia):
Aguarde o efeito do vómito sentado (nunca deitado) e quando
ele acontecer incline-se para a frente.
Se é uma criança, então deite-a no colo, de barriga para baixo,
para não haver possibilidade de asfixia ao aspirar o vómito.
NOTA importante!
• O leite não serve de antídoto para venenos, excepto no caso
de envenenamentos com produtos que na sua composição
tenham hipoclorito de sódio, como por exemplo os
detergentes. Neste caso, o primeiro socorro será:
Dar dois copos de leite.
MAS CERTIFIQUE-SE QUE É ESSE O PRODUTO
CAUSADOR DE VENENO….(POIS PODE AUMENTAR
ABSORÇÃO)
II. VIA RESPIRATÓRIA
1.Levar a vítima para um local bastante arejado;
2.Deitá-la e desapertar as roupas, tirá-las se estiverem
contaminadas;
3.Manter-lhe a temperatura do corpo;
4.Executar ventilação assistida (RCP), se necessário.
SOCORRO ESPECÍFICO
II. VIA RESPIRATÓRIA
SOCORRO ESPECÍFICO
Atenção:
• Execute um método que não seja o boca a boca ou suas
variantes pois poderá também ficar intoxicado.
• O ideal é fornecer-lhe oxigénio puro (caso exista, e o
socorrista esteja para isso habituado).
• Nunca evacuar a vítima sem que lhe seja assegurado
uma ventilação pulmonar assistida, e continue antes e
durante o transporte. Por isso, esta deverá ser sempre
transportada numa ambulância (que possua equipamento
de oxigénio).
SOCORRO ESPECÍFICO
III . VIA CUTÂNEA
• A maioria destas lesões são do tipo queimadura
química/cáustica, na qual deve proceder como se se
tratasse de uma queimadura.
SOCORRO ESPECÍFICO
IV. VIA OCULAR
• Determinados produtos químicos podem provocar
lesões graves, e até cegueira.
• Nestes casos, deverá lavar com água corrente
no sentido do lacrimal para o temporal, durante o
mínimo de 15 minutos
– mantenha as pálpebras bem separadas
SOCORRO ESPECÍFICO
V. POR INJECÇÃO
- Guardar a seringa
- Verificar sinais vitais
- Levar de imediato para o hospital
Picadas e mordeduras
Perigos:
- Reacção alérgica (anafilática)
- as picadas múltiplas por um enxame,
- segundo ou terceiro contactos com uma alforreca,
podem ter efeitos cumulativos
- as picadas na boca e na garganta, podem também
causar edemas que levem à asfixia.
1.Picadas de abelhas • Retirar o ferrão com uma pinça, ou raspar com uma
faca – nunca com os dedos;
• Desinfectar o local com um germicida, ou lavar com
água e sabão;
• Se a picada foi na boca ou na garganta, transportar ao
hospital.
• Gelo- mas só 10 min
2.Picadas de peixes venenosos,
ouriços, alforrecas
Muitíssima dolorosas que podem desencadear o estado
de choque, sensação de queimadura intensa, rubor da
pele, cãibras musculares, náuseas e vómitos.
1º Socorro • Envolver as mãos num pano e remover os tentáculos que tenham
ficado colados à pele;
• Precaver e combater o estado de choque;
• Aplicar no local lesionado água quente, água do mar, álcool ou
vinagre;
• Se não obtivermos bons resultados, transportar para o hospital.
3. Picadas de escorpiões A ferrada de escorpião produz:
• edema,
• dor forte tipo queimadura,
• por vezes descoloração da pele,
• dores de estômago,
• náuseas e vómitos,
• possível espasmo dos músculos da mandíbula,
• choque,
• convulsões
• por vezes coma.
SOCORRO:
-Manter a área da picada abaixo do coração;
-Colocar gelo sobre o local lesionado, mas só durante o transporte;
-Transportar ao hospital;
-Vigiar sinais vitais
4.Picadas de aranhas -A vítima pode não sentir a picada.
- poderão aparecer dois pontos vermelhos
pequenos.
1º Socorro:
• Manter imobilizada a zona da picada;
• Vigiar sinais vitais;
• Arrefecer a zona com gelo/compressa fria;
• Transportar ao hospital.
5.Mordeduras de cão, gatos, ratos,
porcos, equídeos
Perigos:
• Infecção;
• Tétano;
• Transmissão de raiva.
1º Socorro:
• Lavar bem a ferida com água e sabão
durante cinco min.
• Seque e cubra com penso esterilizado;
• Transportar para o hospital.
6.Mordedura de humano/humano
• Atenção:
são as mais perigosas pela transmissão de bactérias e
vírus muito parecidos com os próprios mas
ligeiramente diferentes, para os quais o nosso
organismo não está desperto para se defender…
7.Mordeduras de víbora (ou outra
cobra venenosa)
Cobras venenosas
têm os olhos em
fenda, as não
venenosas têm
os olhos redondos.
7.Mordeduras de víbora (ou outra
cobra venenosa)
Sinais e sintomas:
• A vítima pode sentir perturbações na visão;
• Pode sentir náuseas ou mesmo vomitar;
• Dor e edema local;
• A ventilação pode tornar-se difícil ou até parar;
• Sintomas e sinais de choque;
• A salivação e o suor podem aparecer em estados
adiantados de reacção ao veneno.
7.Mordeduras de víbora (ou outra
cobra venenosa)
1º Socorro
• Deite a vítima e aconselhe-a a não se mexer.
• Coloque imediatamente um garrote venoso acima do
local da lesão;
• Imobilize a zona afectada e mantenha-a abaixo do nível
do coração bem arrefecida;
• Lave bem a ferida com água e sabão;
• Se a vítima ficar inconsciente, verifique Sinais Vitais
• Transportar de imediato ao hospital.
11.TRAUMATOLOGIA
“Traumatismo” : designa uma
pancada forte que provoca uma
lesão nos tecidos moles, ossos e/ou
órgãos internos.
1.FERIDAS
• Ferida – É uma solução de continuidade da pele (ruptura
mais ou menos profunda da pele).
As feridas podem ser maiores ou menores, não deixando
por isso, de ser todas importantes.
Complicações das feridas:
• há ainda o perigo de lesões graves nos orgãos internos – os
traumatismos.
• A hemorragia;
• O estado de choque;
• As lesões dos nervos, músculos e tendões;
• A infecção – tétano ..
COMO SOCORRER???
• 1º Socorro:
• Luvas
• Expor a ferida;
• Lavar a ferida (de dentro para fora) com água e sabão,
ou um germicida incolor
- Cobrir a ferida com um penso (improvisado, rápido ou
individual).
- Devemos ter o cuidado de não falar, tossir ou espirrar
sobre a ferida, bem como também não devemos aplicar
álcool…
2.QUEIMADURAS
• Incluem-se várias lesões produzidas, quer pelo meio
ambiente, quer por agentes químicos:
- queimaduras térmicas,
- queimaduras eléctricas,
- queimaduras químicas,
- queimaduras resultantes de energia radioactiva,
- reacções sistémicas ao calor.
A gravidade da queimadura, obedece a vários factores:
- Extensão da pele queimada;
- Profundidade da queimadura;
- Local atingido.
2.QUEIMADURAS
• 1º Grau – São as que
apresentam a pele vermelha com
dor e calor.
• 2º Grau – As que , além dos
sinais e sintomas das primeiras,
apresentam a formação de
flictenas – bolhas – que nunca se
rebentam.
• 3º Grau – As que , além dos
sinais e sintomas já descritos,
apresentam a destruição de
tecidos.
Como actuar?
Cuidados gerais
- Lavar com água corrente um mínimo de 10 minutos;
- Fazer a cobertura do local (cuidado com os tecidos
sintéticos) e mantê-lo sempre húmido até à chegada ao
hospital.
- Colocar substância gorda
- Estimular hidratação
Como actuar? 1º Grau
Lavar Hidratar
Dependendo da extensão ir ao hospital
2º Grau
Lavar com antisséptico Hidratar
Não rebentar possíveis bolhas
Colocar gase/substância gorda e compressa esterilizada
Manter tapado 48 h depois destapar e deixar secar
Levar ao hospital consoante extensão
3º grau
Lavar com antisséptico Hidratar
Não rebentar possíveis bolhas
Proteger com algo húmido e ir sempre ao hospital (infecção)
LEVANTE E TRANSPORTE
DE VÍTIMAS
VÍTIMAS SEM SUSPEITAS DE TVM
À Bombeiro: uma pessoa
Arrastar: uma pessoa
Usar cobertor: uma pessoa
NOTA : a pessoa é colocada no cobertor fazendo-a
rolar sob o mesmo previamente estendido no chão
Muito utilizado em caso de incêndio
Usar cobertor: mais que uma pessoa
Com suspeita de TVM: usar prancha
Com suspeita de TVM: usar prancha
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