View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 0
Pág
ina 0
2016
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável– (PDITS) – Embu das Artes/SP
Produto 04 – Prognóstico de Infraestrutura
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 1
Pág
ina 1
Pág
ina 1
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Dilma Vana Rousseff – Presidente
Michel Miguel Elias Temer – Vice-Presidente
MINISTÉRIO DO TURISMO
Henrique Eduardo Alves – Ministro
SECRETARIA NACIONAL DE ESTRUTURAÇÃO DO TURISMO
Edson José Trentin Tibério – Secretário
SECRETARIA NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO E PROMOÇÃO DO TURISMO
Hercy Ayres Rodrigues Filho – Secretário
DEPARTAMENTO DE FORMALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO NO TURISMO
Aparecida Borges Bezerra - Diretora
DEPARTAMENTO DE MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
Márcio Nascimento - Diretor
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 2
Pág
ina 2
Pág
ina 2
PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU DAS ARTES - SP
Francisco Nascimento de Brito (Chico Brito) – Prefeito Municipal
Nataniel da Silva Carvalho – Vice Prefeito
Francisco Iderval Teixeira Júnior – Chefe De Gabinete
Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) – Secretário Interino de Turismo
Roberta Santos – Secretária de Assistência Social, Trabalho e Qualificação
Profissional
Valdir Luis Barbosa – Secretário de Assuntos Estratégicos
Alcinei Miranda Feliciano– Secretário de Assuntos Jurídicos
João Honório da Silva – Secretário da Companhia Pública Pró-Habitação
Cristina Santos – Secretária de Comunicação Social
Maria Emília dos Santos – Secretária de Controladoria Geral Do Municipio
Alan Ricardo Martins Leão – Secretário de Cultura
Paulo Vicente dos Reis – Secretário de Educação
Paulo Oliveira da Silva – Secretário de Esportes E Lazer
Marcos Rosatti – Secretário De Gestão de Pessoas E Modernização Administrativa
Edson Bezerra Ferreira – Secretário de Gestão Democrática
José Roberto Jorge – Secretário de Gestão Financeira
Paulo Giannini – Secretário De Governo
José Ovídio Peres Ramos – Secretário De Meio Ambiente E Desenvolvimento
Urbano
Nelson José Pedroso – Secretário de Obras, Edificações E Orientação Urbana
Sandra Magali Fihlie – Secretária de Saúde
Clóvis Cabral – Secretário de Serviços Públicos E Limpeza Urbana
Francisco Carlos Pereira – Secretário de Trânsito E Transporte
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
Pág
ina 3
Pág
ina 3
COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS
Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) - Secretário Interino de Turismo
COLABORADORES
Ana Ferreira Vieira – Agente Municipal
Fábio Penteado Silva Leite – Comissionado
Fábio Luiz Caldeira – Analista de Turismo
Luana Janaina de Andrade – Coord. de Comunicação da Sec. de Turismo
Sheila Trentini de Jesus – Assistente Técnico Administrativo
Moacyr A. Calil Júnior – Coordenador da Feira de Artes
Conselho Municipal de Turismo – Comtur
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADU
Secretaria de Comunicação Social
EQUIPE JK TURISMO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO
Thiago Ferrarezi – Administrador da Empresa JK Turismo C. P.
Eduardo Neri – Engenheiro Civil
Caroline Brandão – Turismóloga
Jherlfry Silva – Estatístico
Luiz Fernando Pena – Psicólogo e Agente Cultural
Pâmela Santos – Jornalista
Thiago B. Araujo – Engenheiro Ambiental
Beatriz Francisco – Arquiteta e Urbanista
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 4
Pág
ina 4
Pág
ina 4
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................................ 6
LISTA DE GRÁFICOS .......................................................................................................................................... 7
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................................ 8
LISTA DE MAPAS .............................................................................................................................................. 9
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................10
2. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA ..................................................................................................12
3. PLANEJAMENTO DO TURISMO ...............................................................................................................15
4. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO .......................................................................................................18
4.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO ................................................................................................. 18 4.2. GASTOS NO EXTERIOR ......................................................................................................................... 22 4.3. OS DESAFIOS DO BRASIL ...................................................................................................................... 26
5. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ....................................................................................................30
5.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................. 34 5.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................. 35 5.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO .................................................................................... 39
6. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE EMBU DAS ARTES ........................................................................41
6.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO .................................................................................................................. 41 6.2. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................................................... 42 6.3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS ....................................................................................................................... 43
6.3.1. Brasão ......................................................................................................................................... 43
7. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .......................................................................................................................45
8. METODOLOGIA .......................................................................................................................................49
8.1. PROGRAMA: ACESSOS ......................................................................................................................... 51 3.1.1. [A.1.] Pavimentação da Estrada Taji Takahashi ............................................................................... 52 3.1.2. [A.2.] Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico ............................................ 55 3.1.3. [A.3.] Reestruturação do Transporte Público .................................................................................... 58 3.1.4. [A.4.] Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos .................................................................... 60 3.1.5. [A.5.] Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt ....................................................... 62
8.2. PROGRAMA: REFORMA ......................................................................................................................65
8.2.1. [A.6.] Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril ............................................... 66 8.2.2. [A.7.] Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo ......................................................... 70 8.2.3. [A.8.] Readequação dos Portais da Cidade ................................................................................ 72 8.2.4. [A.9.] Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira ............................................................ 74
8.3. PROGRAMA: EDIFICAÇÃO ...................................................................................................................76
8.3.1. [A.10.] Estacionamento próximo ao circuito turístico principal ................................................ 77 8.3.2. [A.11.] Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira ............................................................... 78 8.3.3. [A.12.] Centro de Integração Esportiva ...................................................................................... 80 8.3.4. [A.13.] Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Várzea do Rio Embu-Mirim ............... 81 8.3.5. [A.14.] Parque Linear Centro Histórico ...................................................................................... 84
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 5
Pág
ina 5
Pág
ina 5
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................................85
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................86
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 6
Pág
ina 6
Pág
ina 6
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - BRASÃO DE EMBU. .................................................................................................................. 43
FIGURA 2 - ESTRADA TAJI TAKAHASHI, ALTURA DO Nº 450 ......................................................................... 53
FIGURA 3 - ACESSO INSTITUTO PORTUCALE DE CERÂMICA LUSO BRASILEIRA ............................................. 53
FIGURA 4 - INSTITUTO PORTUCALE DE CERÂMICA LUSO BRASILEIRA .......................................................... 54
FIGURA 5 - RUA BELO HORIZONTE, SENTIDO LARGO 21 DE ABRIL .............................................................. 56
FIGURA 6 - RUA DA MATRIZ ...................................................................................................................... 56
FIGURA 7 - ABRIGO DE ESPERA DE ÔNIBUS; REGIÃO CENTRAL. ................................................................. 59
FIGURA 8 - PONTO DE ONIBUS SEM ABRIGO; RUA LUIS ALMEIDA DE CARVALHO .......................................... 59
FIGURA 9 - ESTRADA DOS ORQUIDÓFILOS, TRECHO RURAL. ....................................................................... 62
FIGURA 10 - CORETO, LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................. 67
FIGURA 11 - LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................................. 68
FIGURA 12 - LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................................. 69
FIGURA 13 - PARQUE DO LAGO FRANCISCO RIZZO .................................................................................... 71
FIGURA 14 - PARQUE LAGO FRANCISCO RIZZO ......................................................................................... 71
FIGURA 15 - PORTAL CAPUAVA ................................................................................................................ 73
FIGURA 16 - PRAÇA ELÍZIA CACHOEIRA .................................................................................................... 75
FIGURA 17 - VISTA DO MIRANTE ............................................................................................................... 79
FIGURA 18 - PRAÇA PROFª DEISE ZANARO NOGUEIRA ............................................................................... 79
FIGURA 19 - PROJETO DO PARQUE VAZER DO RIO EMBU MIRIM ................................................................. 82
FIGURA 20 - DECK DO PARQUE VARZEA DO RIO EMBU MIRIM, 1ª FASE....................................................... 82
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 7
Pág
ina 7
Pág
ina 7
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – FLUXO TURÍSTICO NAS AMÉRICAS. ....................................................................................... 20
GRÁFICO 2 - CHEGADAS AO BRASIL 2006 – 2013 ..................................................................................... 22
GRÁFICO 3 - AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA .......................................................................................... 27
GRÁFICO 4 - AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS ................................................................................ 27
GRÁFICO 5 - AVALIAÇÃO GERAL. .............................................................................................................. 28
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 8
Pág
ina 8
Pág
ina 8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – FLUXO TURÍSTICO NO MUNDO. ............................................................................................... 19
TABELA 2 – FLUXO TURÍSTICO DE CHEGA NO BRASIL. ............................................................................... 24
TABELA 3 – GASTO MÉDIO DE TURISTAS ESTRANGEIROS DURANTE A COPA DO MUNDO2014. ..................... 28
TABELA 4 – ESTIMATIVA DO MOVIMENTO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO EM
2014. .............................................................................................................................................. 31
TABELA 5 - QUADRO GERAL DE AÇÕES ..................................................................................................... 50
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 9
Pág
ina 9
Pág
ina 9
LISTA DE MAPAS
MAPA 1 – REGIÕES TURÍSTICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. .................................................................... 37
MAPA 2 – CIRCUITOS TURÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. ................................................................. 38
MAPA 3 – ZOOM DO MAPA 2, COM DESTAQUE PARA MRT CAPITAL EXPANDIDA E O MUNICÍPIO DE EMBU DAS
ARTES. ............................................................................................................................................ 40
MAPA 4 - LOCALIZAÇÃO DE EMBU. ............................................................................................................ 45
MAPA 5 – MUNICÍPIOS LIMÍTROFES A EMBU. .............................................................................................. 48
MAPA 6 - PERÍMETRO CENTRO HISTÓRICO................................................................................................ 57
MAPA 7 - ESTRADA DOS ORQUIDÓFILOS ................................................................................................... 61
MAPA 8 - LOCALIZAÇÃO DE EMBU DAS ARTES ........................................................................................... 63
MAPA 9 - BR 116: RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT .................................................................................... 64
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
0
Pág
ina 1
0
1. APRESENTAÇÃO
O Prognóstico de Infraestrutura Turística é um instrumento que propõe
mensurar e estruturar a oferta turística do município de Embu das Artes. Conforme o
Plano Nacional de Turismo proveniente da Política Nacional do Turismo – Lei
11.771/08, fomentar a infraestrutura turística permite a expansão da atividade assim
como qualifica a experiência do turista e da população da região. Baseando-se nos
objetivos do PDITS e nos principais pontos diagnosticados nas etapas anteriores, as
ações discorridas nesta fase prenunciam o desenvolvimento da infraestrutura
turística da cidade.
Para a elaboração do prognóstico, é necessário definir os objetivos que se
pretende alcançar no futuro, estabelecer as metas que se pretende atingir, pontuar
as estratégias para atingir esses objetivos, estudar a viabilidade de cada estratégia e
por fim avaliar e escolher a melhor maneira de realizar a estratégia proposta. Dessa
forma, têm-se como resultado final as projeções futuras de intervenção, visando
minimizar riscos e promover oportunidades.
Cada ação constante neste prognóstico tem por objetivo qualificar a
infraestrutura turística do município, adequando-a para a expansão da atividade e
melhoria dos produtos e serviços ofertados. Através dos processos deste
planejamento as ações devem ser implantadas por meio de intervenções públicas
integradas, de forma que o turismo venha a constituir uma ferramenta eficaz de
desenvolvimento sustentável na cidade.
As vantagens do prognóstico turístico podem incluir benefícios importantes,
além da definição dos objetivos e como alcançá-los, desenvolver e manter os
recursos naturais e culturais, esforços para o desenvolvimento coordenado, provisão
de uma estrutura física que oriente o desenvolvimento da atividade, implementação
efetiva da política de desenvolvimento do turismo, entre outros.
Apesar de possuir uma infraestrutura turística consolidada o município de
Embu das Artes deve pautar a orientação de seu desenvolvimento de maneira
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
1
Pág
ina 1
1
Pág
ina 1
1
conjunta, para que o desenvolvimento urbano populacional esteja em consonância
com a atividade turística. Para Lynch (2007, p.111) “a qualidade de um local se deve
ao efeito conjunto do local e da sociedade que o ocupa. ” A infraestrutura urbana,
deve fazer parte de todo o planejamento para o desenvolvimento da atividade
turística, sendo uma das principais etapas no processo. Portanto, fomentar o
desenvolvimento turístico está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento urbano.
Ignarra (2003,p.21) identifica a importância da infraestrutura geral como parte
do produto turístico, que somados aos atrativos turísticos, serviços turísticos e os
serviços urbanos de apoio ao turismo compõem os atrativos que motivam a
atividade turística. Segundo Ignarra, a infraestrutura geral pode ser definida como:
“(...) são elementos essenciais à qualidade de vida das comunidades e que
beneficiam completamente os turistas ou os empreendimentos turísticos.
Embora não sejam implantados para beneficiar exclusivamente os turistas,
podem contribuir para a qualidade do produto turístico. Fazem parte desta
infraestrutura básica os seguintes elementos: vias de acesso, saneamento
básico, rede de energia elétrica, comunicações, sinalização turística e
iluminação pública, entre outros.”
As ações que compõe o prognóstico de infraestrutura turística servirão de
instrumento orientador para atuação dos responsáveis visando primordialmente o
desenvolvimento turístico da região. Destaca-se a importância de que não são
desenvolvidos aqui projetos para as propriedades particulares, e sim a infraestrutura
pública necessária para fomento da atividade turística. Estas diretrizes devem servir
como um mapa do planejamento estratégico para implantação dos projetos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
2
Pág
ina 1
2
Pág
ina 1
2
2. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA
Desde as mais antigas civilizações, muitos foram os estímulos que levaram o
homem a ir além de suas fronteiras. Pode-se perceber que o turismo, por meio de
seu desenvolvimento histórico, se iniciou quando o homem passou a se locomover
para lugares até então desconhecidos. Inúmeras foram às motivações que levaram
as pessoas a explorarem outros territórios, como: motivação econômica – viajavam
em busca de novas terras, que lhes possibilitassem ocupar, utilizar e comercializar
seus produtos com outros povos; motivação religiosa – para visitarem novos
templos, conquistar novos discípulos e até mesmo alcançarem a cura de uma
doença.
Entretanto, foi no Império Romano que se acharam alguns Registros das
primeiras viagens com intuito de lazer, nos quais os indivíduos viajavam quilômetros,
por dias, apenas para visitar grandes templos ou para relaxar tomando banhos
medicinais. Já na Idade Média, período entre o século V ao XV, o principal
deslocamento resumia-se às peregrinações. Muitos monastérios foram erguidos
para servirem de abrigo aos peregrinos („turistas‟). Os principais destinos: Terra
Santa de Jerusalém, Roma e o início das peregrinações ao túmulo de Tiago (um dos
discípulos de Jesus Cristo) – que se transformaria futuramente no caminho de
Santiago de Compostela, na Espanha.
Os séculos XV e XVI foram marcados pelas grandes navegações. Estas não
encontraram limites, sendo intensas explorações em alto mar. O Brasil, por exemplo,
iniciou sua história no turismo, com o seu próprio descobrimento. Foram muitos os
países que enviaram seus navegadores para explorar as costas brasileiras.
O turismo neoclássico (Grand Tour) também tem início no século XVI, período
onde os jovens (homens) da classe privilegiada, acompanhados de seus professores
particulares, realizavam viagens pela Europa, com o objetivo de conhecer novas
culturas, línguas e obter novos conhecimentos. Normalmente viajavam de navio, a
cavalo, em lombo de burro e a pé. De acordo com BARRETO (2001), a ideia era que
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
3
Pág
ina 1
3
Pág
ina 1
3
esses jovens “adquirissem experiência de vida, firmeza de caráter e preparação para
a guerra”, pois, muitos “viriam a exercer cargos na classe dirigente, civil ou militar”.
Nos séculos XVIII e XIX, período da Revolução Industrial, o avanço nos meios
de transportes se desenvolveu aceleradamente e novas fontes de energia
começaram a surgir. No início, o barco a vapor passou a ser o meio de transporte
mais seguro, rápido e com maior capacidade de carga e passageiros que existia.
Deste modo iniciou-se um grande intercâmbio turístico, principalmente entre a
Europa e os demais continentes. As ferrovias também foram as que mais
proporcionaram deslocamentos a grandes distâncias.
Em 1841, Thomas Cook, organizou uma viagem de trem para 570
passageiros na Inglaterra. Na história do turismo sua empresa é considerada a
primeira agência de viagens do mundo, a “Thomas Cook and Son” (IGNARRA,
2002).
Neste mesmo período os trabalhadores passavam cerca de 80 horas
semanais nas indústrias têxteis em pleno trabalho. Com a indignação dos mesmos e
a união da classe, os operários iniciaram uma série de movimentos em reivindicação
aos seus direitos, conquistando a regulamentação trabalhista, assegurada por leis.
A primeira constituição do mundo que dispõe sobre o direito do trabalho é a
do México de 1917, que garantia jornada diária de 8 horas, descanso semanal,
igualdade salarial, regulamentação do trabalho feminino, extinção do trabalho infantil
e salário mínimo. Após esse acontecimento, outros países seguiram o exemplo,
como: Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Brasil e outros. O direito do trabalho se
consolidou como uma necessidade social e as leis trabalhistas surgiram como uma
forma de regulamentar as relações de trabalho que se desenvolveram nos meios
econômicos de produção de bens e prestação de serviços. (MASCARO, 2001)
Estes direitos trouxeram às pessoas a disponibilização de tempo livre e
recursos financeiros para viajar. Inicia-se, então, uma nova fase para o turismo,
onde as pessoas têm como direito garantido o tempo livre.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
4
Pág
ina 1
4
Pág
ina 1
4
Diante deste panorama histórico percebe-se que o turismo é um fenômeno
social, totalmente ligado às ações do ser humano, uma vez que estes são os
principais consumidores e fortalecedores de todos os mecanismos com que a
atividade está ligada. Por meio dele, pode-se ter acesso às mais diferentes
paisagens, culturas e infraestruturas.
Segundo Trigo (2000, p.12), o turismo é “uma atividade humana intencional
que serve como meio de comunicação e como elo de interação entre os povos, tanto
dentro como fora de um país”. Por isso, todas as pessoas precisam ter acesso
garantido a esta atividade, que tanto tem a acrescentar ao ser humano.
Na Conferência de Manila, em 1980, o turismo ficou reconhecido como um
instrumento de desenvolvimento da personalidade humana, deixando como dever
aos países criarem para seus cidadãos condições a práticas de acesso efetivo e
sem discriminação a este tipo de atividade (DIAS, 2003).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
5
Pág
ina 1
5
Pág
ina 1
5
3. PLANEJAMENTO DO TURISMO
O planejamento está presente no cotidiano das pessoas, seja em casa ou no
trabalho; sempre se está articulando alguma ideia e/ou ação a fim de organizar o
futuro, sendo sobre essa ótica que a maioria dos autores define o planejamento.
No turismo o planejamento se torna um instrumento de ação imprescindível,
considerando que se consolidou como uma das atividades socioeconômicas mais
importantes do século XXI. Nota-se que ainda existe uma grande carência de
planejamento no turismo, uma vez que a maioria das destinações, principalmente no
Brasil, surgiu de forma espontânea, ou seja, sem um planejamento adequado,
gerando como consequência muitos problemas às localidades receptoras.
Para Ignarra (1990 apud SANTOS, 2003, p. 2):
[...] o planejamento é um processo contínuo de tomada de decisões, onde
se prevê o curso dos acontecimentos e a situação futura desejada. Assim,
deve ser sistemático e flexível para que se atinjam os objetivos
determinados, tornando um processo lógico de pensamento, onde se
aborda racionalmente e cientificamente os problemas identificados ao se
analisar a realidade.
Algo importante a se destacar é que o planejamento necessita ser um
processo em constante revisão, pois é por meio desta que ações lógicas e
sustentáveis podem ser traçadas. Quando se opta em agir desta forma, todos os
envolvidos neste grande fenômeno, que é o turismo, acabam se fortalecendo.
Para Ruchsmann (1999, p. 9) “a finalidade do planejamento turístico consiste
em ordenar as ações do homem sobre o território e ocupa-se em direcionar a
construção de equipamentos e facilidades de forma adequada”.
O espaço turístico é um tema que não pode deixar de ser discorrido quando o
assunto é planejamento aplicado ao turismo.
A atividade turística utiliza obrigatoriamente o espaço físico, ou seja,
aproveita-se dos espaços existentes sobre a superfície terrestre. Um dos aspectos
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
6
Pág
ina 1
6
Pág
ina 1
6
mais importantes do planejamento é como organizar as ações do homem sobre
esses espaços.
Boullón (2002, p. 75) afirma que “o planejamento maneja sete tipos diferentes
de espaço físico: o real, potencial, cultural, natural adaptado (rural), artificial, natural
virgem e vital”. Reduzindo as possibilidades de aplicação do planejamento físico às
mais gerais, pode-se dizer que são duas: planejamento do espaço natural e
planejamento do espaço urbano.
O espaço natural é aquele onde podem ser encontrados vestígios da natureza
virgem, ou seja, todos os ecossistemas preservados e conservados. Já o espaço
urbano é aquele em que o homem construiu suas cidades, sendo possível encontrar
uma infraestrutura comercial, industrial, financeira e cultural simples ou complexa.
Boullón (2002, p. 66 e 67) acrescenta ainda que:
[...] o patrimônio turístico de um país é determinado a partir da integração de
quatro componentes: os atrativos turísticos (matéria-prima), o
empreendimento turístico (equipamentos e instalações), a infraestrutura
(recursos de apoio e aparato produtivo) e a superestrutura (subsistema
organizacional e recursos humanos disponíveis para operar o sistema).
O espaço turístico é consequência da presença e distribuição territorial dos
atrativos turísticos, ou seja, ele é detectado pelo agrupamento e concentrações de
atrativos e empreendimentos turísticos que saltam à vista. Podem ser relacionados
devido ao seu tamanho e distribuição na superfície, como: zonas, áreas, complexos,
unidades, núcleos, conjuntos e corredores turísticos (BOULLÓN, 2002).
Somente por meio de um planejamento bem elaborado e a participação ativa
da comunidade é que o turismo se desenvolve com sucesso dentro de um
determinado local ou área, portanto:
O turismo é um consumidor intensivo de território e, portanto deve-se planejar
seu desenvolvimento numa ótica que aponte claramente quais objetivos econômicos
se deseja alcançar, quais espaços devem ser protegidos e qual a identidade que
será adquirida ou fortalecida (DIAS, 2003, p.37).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
7
Pág
ina 1
7
Pág
ina 1
7
Independentemente do lugar, o turista será o interpretador do espaço, é ele
que captará a beleza de onde está visitando e é por isso que estes ambientes
necessitam ser planejados para recebê-los, uma vez que garantirá “uma
permanência mais longa do visitante e uma maior satisfação em sua estada” (ROSE,
2002, p. 41).
Dentro das esferas governamentais, sejam elas em nível nacional, estadual
e/ou local, o planejamento do uso dos espaços básicos para o desenvolvimento do
turismo, deve ser uma premissa essencial, para que os recursos naturais e artificiais
sejam ofertados de forma sustentável.
Segundo Rose (2002, p. 25):
[...] a falta de planejamento adequado na utilização dos recursos [...] de uma
destinação turística poderá acarretar, a médio prazo, no esgotamento
destes recursos, que, na maioria dos casos, são irrecuperáveis,
inviabilizando a comercialização e, consequentemente, acarretando o
abandono do local por parte da demanda.
Para que o turismo se desenvolva sustentavelmente, ou seja, em harmonia
com os ambientes sociais, econômicos, culturais e naturais de uma localidade, o
planejamento necessita ser uma ferramenta em constante uso e revisão, para que
fortaleça o turismo e diminua os impactos negativos dentro da comunidade onde foi
ou será inserido.
Uma ação mal planejada em um determinado lugar pode afetar outro em
consequência, por isso, “o planejamento turístico deve abranger não apenas um
recurso (ou localidade), mas também o seu entorno, baseando seus estudos e
propostas além de limites políticos ou administrativos” (RUCHSMANN, 1999, p. 87).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
8
Pág
ina 1
8
Pág
ina 1
8
4. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO
4.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO
O Turismo vem ganhando importância crescente em todo o mundo, em
virtude do seu papel relevante no desenvolvimento econômico e social, gerando
renda e empregos diretos e indiretos. É uma atividade de demanda, associada ao
consumo, sendo seu desempenho fortemente influenciado pelo crescimento no nível
de renda dos consumidores efetivos dos demandantes potenciais.
São milhares de pessoas indo de um lugar para outro do mundo, utilizando-se
dos mais variados meios de transportes, ou seja, carro, ônibus, trem, navio e,
principalmente, avião. Turismo de lazer, negócios e eventos, assim como visita a
amigos e parentes são os principais motivos que levam ao desenvolvimento da
atividade turística nos mais variados países, estados ou cidades.
No mundo, o turismo movimenta em receitas cambiais algo em torno de
US$919bilhões, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Como
aquecimento da economia mundial nos últimos anos, verificou-se que o fluxo
internacional de turistas vem crescendo significativamente.
Segundo a OMT o turismo mundial em 2013 teve um aumento significante de
pessoas viajando para o exterior. A chegada de turistas internacionais aumentou 5%
em todo o mundo, alcançando um novo recorde de 1,087 bilhão de pessoas.
Viajaram 52 milhões de turistas internacionais a mais do que no ano anterior.
Considerando fatores econômicos, humanos, tecnológicos e culturais, o
turismo abrange um volume financeiro mundial superior a US$7 trilhões, um
crescimento médio de 4% ao ano e um fluxo de 880 milhões de viagens (WTTC,
OMT,2009). Estudos preveem um fluxo de 1,3bilhão de turistas internacionais para
2020. O setor turístico demonstrou uma notável capacidade de adaptação às
condições instáveis dos mercados, assim como para impulsionar o crescimento e a
criação de emprego em todo o mundo, apesar dos desafios econômicos e
geopolíticos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 1
9
Pág
ina 1
9
Pág
ina 1
9
Tabela 1 – Fluxo Turístico no Mundo.
Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT.
Pelo mundo, observa-se uma recuperação dos dados relacionados ao
desempenho da atividade turística dos países. Em 2013 observou um crescimento
acompanhado por uma tendência de descentralização do fluxo turístico.
No turismo mundial o destaque vai para a Europa que liderou o crescimento
em valores absolutos, acolhendo mais de 29 milhões de turistas internacionais, para
um total de 563 milhões, tendo-se verificando um crescimento de 5% e o dobro da
média da região para o período entre 2005 e 2012. Em termos relativos, o
crescimento foi mais forte na Ásia e no Pacífico (6%), onde o número de turistas
internacionais cresceu 14 milhões, para chegara 248 milhões. As Américas (4%)
Regiões e sub-regiões Turistas (milhões de chegadas)
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Mundo 916,6 882,1 950,1 996,0 1.035,5 1.086,9
Europa 485,2 461,6 486,6 516,8 534,4 563,5
Europa do Norte 60,8 56,0 63,8 64,8 65,1 68,9
Europa Ocidental 153,2 148,5 154,3 161,1 166,5 174,3
Europa Central/Oriental 100,0 92,6 95,0 103,9 111,6 118,9
Europa Meridional/Mediterrâneo 171,2 164,5 173,5 187,0 191,2 201,4
Ásia e Pacífico 184,1 181,1 205,1 218,3 233,6 248,1
Ásia Nordeste 100,9 98,0 111,5 115,8 122,8 127,0
Ásia Sudeste 61,8 62,1 70,0 77,3 84,6 93,1
Oceania 11,1 10,9 11,6 11,7 12,1 12,5
Ásia Meridional 10,3 10,1 12,0 13,5 14,1 15,5
Américas 147,8 140,7 150,3 156,5 163,0 167,9
América do Norte 97,7 92,1 99,3 102,1 105,9 110,1
Caribe 20,1 19,6 19,5 20,1 21,0 21,2
América Central 8,2 7,6 7,9 8,3 8,9 9,2
América do Sul 21,8 21,4 23,6 26,0 27,2 27,4
África 44,3 45,9 49,9 49,5 52,5 55,8
África do Norte 17,1 17,6 18,8 17,1 18,5 19,6
África Subsaariana 27,2 28,3 31,1 32,4 34,0 36,2
Oriente Médio 55,2 52,8 58,2 54,9 52,0 51,6
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
0
Pág
ina 2
0
Pág
ina 2
0
tiveram um aumento de seis milhões de chegada, para um total de 169 milhões,
enquanto a África também Registrou um crescimento de 6%, com mais 3 milhões de
chegadas, para um número recorde de 56 milhões.
De acordo com os dados do Barômetro Mundial de Turismo, entre os10
mercados emissores mais importantes do mundo, destacou-se a China, com os
chineses a gastarem 102 mil milhões de euros, o que se traduziu em mais 28%,e a
Rússia, onde os gastos aumentaram 26%.
O desempenho do turismo na América Latina em 2013 foi menor do que em
2012, embora tenha apresentado leve crescimento. Nos primeiros nove meses de
2013 o crescimento da América do Sul foi de 2% e da América Central de 3%.
Gráfico 1 – Fluxo Turístico nas Américas.
Os indicadores mostram que o cenário econômico mundial está beneficiando
os mercados avançados, sobretudo a Europa, que cresceu 6% no período, enquanto
que a América Latina passou a figurar entre os emissores mundiais de turistas e
também entre os mercados que mais gastam em viagens (Brasil +15%).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
1
Pág
ina 2
1
Pág
ina 2
1
Na área de eventos, Brasil, Argentina e México se destacam no ranking da
ICCA, assim como as cidades de Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo. A
realização do Mundial de Futebol da FIFA em 2014 aumentou a visibilidade
internacional não somente para o Brasil, mas para muitos países da região.
O desempenho da indústria de viagens e turismo na América Latina mostra a
importância desse negócio para a economia dos países, contribuindo com 3,2% do
PIB e gerando cerca de 3% dos postos de trabalho da região (WTTC, 2013). A
melhoria do ambiente de negócios e do desempenho do setor passa pelas
condições econômicas e a realização de políticas que possam dinamizar o turismo,
e ao mesmo tempo pela evolução e dinamização das redes de negócios que as
empresas criam em torno do setor.
No Brasil, houve um crescimento ainda maior na chegada de turistas do que a
média mundial. No entanto, o gasto de estrangeiros no Brasil medido em dólares
cresceu pouco, já que com a forte desvalorização do real ao longo de 2013 os
estrangeiros precisaram de menos dólares para atender as mesmas necessidades.
O Brasil em 2013 recebeu aproximadamente 6 milhões de turistas, um
aumento de 5,6% no número de chegadas de estrangeiros em relação a 2012. Esse
índice também é superior ao de toda região das Américas – que recebeu 3,6%
turistas a mais em 2013, na comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento
de no mínimo 5,6% no número de chegadas de pessoas ao país, o gasto dos
turistas medido em dólares subiu apenas 0,8% no ano. A forte valorização do dólar e
do euro frente ao real é um dos motivos. O dólar começou 2013 cotado a R$ 2,04, e
fechou cotado a R$ 2,35. A moeda americana se fortaleceu 16% ao longo do ano. A
mudança cambial faz com que os turistas possam consumir os mesmos bens e
serviços em reais com menos dólares.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
2
Pág
ina 2
2
Pág
ina 2
2
Gráfico 2 - Chegadas ao Brasil 2006 – 2013
Fonte: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.
4.2. GASTOS NO EXTERIOR
Os brasileiros que fizeram turismo no exterior passaram a gastar 14,2% a
mais. Isso fez com que os brasileiros ganhassem uma posição no ranking da OMT
de turistas que mais gastam dinheiro.
O país ultrapassou Cingapura e ocupa agora a 11ª posição – atrás de China,
Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia, França, Canadá, Japão, Austrália
e Itália. O relatório da OMT destaca o forte crescimento de gastos de chineses e
russos com turismo no exterior. Pelo quarto ano consecutivo, o consumo de
chineses no exterior cresceu mais que 25%. A previsão da OMT é que esse
percentual fique acima de 30% em 2013. Os chineses lideram com folga os gastos
de turistas no mundo – foram US$ 102 bilhões em 2012. Naquele ano, os
americanos – que ocupam o segundo lugar no ranking – gastaram US$ 83,5
milhões. Em três anos, os turistas russos pularam da 10ª para a 5ª posição no
ranking, sempre gastando mais que 20% em relação ao ano anterior.
A Europa segue sendo o destino favorito dos turistas – 51,8% das pessoas
(ou 563 milhões de pessoas) que viajaram em 2013 foram para o continente
-
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Chegadas ao Brasil 2006 - 2013
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
3
Pág
ina 2
3
Pág
ina 2
3
europeu. Mas a região que Registra o maior crescimento nos últimos anos é o
Sudeste Asiático. Em 2013, mantendo a média dos últimos anos, países como a
Tailândia, Indonésia e Malásia atraíram 10% a mais de estrangeiros do que no ano
anterior. A OMT prevê que em 2014 o número de pessoas viajando para o exterior
continuará crescendo – mas em um ritmo mais lento do que o de 2013, entre 4 e
4,5%.
As tendências de mercado destacam a importância da tecnologia para
impulsionar vendas e melhorar a experiência dos turistas nos destinos; a
diversificação de produtos e sua adaptação à demanda como um dos fatores de
atratividade de visitantes; as promoções e o custo das viagens como determinantes
na hora da compra de viagens; a clareza cada vez mais destacada da importância
dos comentários dos turistas sobre suas experiências como influenciador de fluxos;
e a utilização de telefones e tablets, como verdadeiros guias de todas as horas em
todos os lugares.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
4
Tabela 2 – Fluxo Turístico de Chega no Brasil.
Principais países
emissores
Chegadas de turistas
2009 2010 2011 2012 2013
Total Participação %
Posição Total Participaç
ão % Posiçã
o Total
Participação %
Posição
Total Participação %
Posição
Total Participação %
Posição
Total 4.802.217 100,00
5.161.379 100,00
5.433.354 100,00
5.676.843 100,00
5.813.342 100,00
Argentina 1.211.159 25,22 1º 1.399.592 27,12 1º 1.593.775 29,33 1º 1.671.604 29,45 1º 1.711.491 29,44 1º
Estados Unidos
603.674 12,57 2º 641.377 12,43 2º 594.947 10,95 2º 586.463 10,33 2º 592.827 10,20 2º
Alemanha 180.373 3,76 8º 194.340 3,77 8º 192.730 3,55 8º 246.401 4,34 6º 268.932 4,63 3º
Uruguai 170.491 3,55 11º 200.724 3,89 6º 217.200 4,00 6º 250.586 4,41 5º 268.203 4,61 4º
Chile 189.412 3,94 6º 228.545 4,43 4º 261.204 4,81 3º 253.864 4,47 4º 262.512 4,52 5º
Paraguai 215.595 4,49 4º 226.630 4,39 5º 241.739 4,45 4º 258.437 4,55 3º 236.505 4,07 6º
Itália 253.545 5,28 3º 245.491 4,76 3º 229.484 4,22 5º 230.114 4,05 7º 233.243 4,01 7º
França 205.860 4,29 5º 199.719 3,87 7º 207.890 3,83 7º 218.626 3,85 8º 224.078 3,85 8º
Espanha 174.526 3,63 9º 179.340 3,47 10º 190.392 3,50 9º 180.406 3,18 9º 169.751 2,92 9º
Portugal 172.643 3,60 10º 167.355 3,24 11º 149.564 2,75 11º 155.548 2,74 11º 169.732 2,92 10º
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 2
5
Inglaterra 183.697 3,83 7º 189.065 3,66 9º 183.728 3,38 10º 168.649 2,97 10º 168.250 2,89 11º
Bolívia 78.010 1,62 14º 85.567 1,66 13º 91.345 1,68 12º 100.324 1,77 13º 116.461 2,00 12º
Colômbia 78.975 1,64 13º 81.020 1,57 14º 86.795 1,60 13º 91.996 1,62 14º 98.602 1,70 13º
Peru 83.454 1,74 12º 99.359 1,93 12º 85.429 1,57 14º 112.639 1,98 12º 95.028 1,63 14º
Holanda 66.655 1,39 18º 59.742 1,16 19º 63.247 1,16 19º 73.102 1,29 16º 87.225 1,50 15º
Japão 68.028 1,42 17º 67.616 1,31 17º 64.451 1,19 18º 61.658 1,09 20º 76.738 1,32 16º
Suíça 75.518 1,57 15º 76.411 1,48 15º 72.162 1,33 15º 73.133 1,29 15º 69.187 1,19 17º
Canadá 72.736 1,51 16º 69.995 1,36 16º 65.951 1,21 17º 69.571 1,23 17º 68.390 1,18 18º
China 53.886 1,12 20º 51.186 0,99 20º 57.261 1,05 20º 51.106 0,90 23º 68.309 1,18 19º
México 63.296 1,32 19º 64.188 1,24 18º 70.358 1,29 16º 68.462 1,21 18º 67.610 1,16 20º
Outros países
600.684 12,51 - 634.117 12,29 - 713.702 13,14 - 754.154 13,28 - 760.268 13,08 -
Fontes: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – INVENTÁRIO TURÍSTICO
Pág
ina 2
6
Pág
ina 2
6
4.3. OS DESAFIOS DO BRASIL
Nos próximos anos, o Brasil terá oportunidade de entrar no mapa dos grandes
destinos turísticos do mundo, não apenas porque foi sede da Copa do Mundo em
2014 e porque sediará os Jogos Olímpicos em 2016, mas porque, pela primeira vez,
o Brasil se mobiliza pelos meios corretos para chegar a esse objetivo.
Os desafios para o Brasil são ambiciosos, o Ministério do Turismo tem como
objetivo sair da sexta para a terceira economia turística do planeta, ficando atrás
apenas dos gigantes: China e Estados Unidos, exigindo um crescimento anual
médio de mais de 8% do turismo do Brasil, sendo uma taxa superior ao crescimento
médio da atividade turística no mundo e ao próprio crescimento do nosso PIB. É um
desafio que o Mtur e o governo brasileiro assumem com satisfação, cientes que o
turismo repousa uma forte solução para o crescimento sustentado e sustentável do
país, com redução de desigualdades regionais, inclusão social e geração de
emprego e renda. Prova disso foi o crescimento em 18,5% somente entre 2007 e
2011, e com a geração de quase 3 milhões de empregos diretos entre 2003 e 2012,
pode-se crescer no mínimo o dobro no futuro, conforme a implementação das ações
do Plano Nacional de Turismo (PNT).
Para que este crescimento aconteça, se faz necessário aproveitar os grandes
eventos. Primeiro, o legado de infraestrutura aeroportuária e de mobilidade urbana,
dois fatores-chave para alavancar a competitividade do Brasil enquanto destino
turístico internacional e doméstico. A Copa do Mundo FIFA realizada somada a
Olimpíada darão um salto na capacitação dos brasileiros em receber turistas.
Pensando nos megaeventos como oportunidades pode-se observar através
dos dados coletados e divulgados acerca do resultado da Copa do Mundo FIFA de
Futebol realizada no Brasil entre Junho e Julho de 2014, que 90,2% dos turistas
entrevistados tiveram a Copa do Mundo como a principal motivação da viagem
(BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b) e 95% dos turistas estrangeiros querem
retornar ao país sendo que 98% dos turistas teve suas expectativas plenamente
atendidas ou superadas (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 2
7
Pág
ina 2
7
Pág
ina 2
7
Ainda que os dados estatísticos anuais de 2014 não tenham sido divulgados
os dados da Copa do Mundo já mostram a percepção do mundo em relação ao
produto turístico brasileiro, incluindo as avaliações positivas por parte dos turistas
em significativas áreas. Como pode-se observar a seguir, esses dados demonstram
um forte potencial de desenvolvimento para o produto turístico nacional.
Gráfico 3 - Avaliação da infraestrutura
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
Gráfico 4 - Avaliação dos Serviços Turísticos
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
91,9
90,4
90,0
89,5
83,8
81,2
79,8
75,6
69,6
69,0
61,6
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Segurança Pública
Serviço de Taxi
Transporte Público
Infraestrutura do Aeroporto
Limpeza Pública
Sinalização Turística
Aeroporto de Modo Geral
Rodovias Brasileiras
Serviços de Cambio ou Bancários no Aeroporto
Lojas e Serviços de Aeroporto
Telecomunicações / Internet
97,4
93,4
93,2
92,8
90,2
90,1
88,4
67,8
60,9
58,9
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Hospitalidade do Povo
Diversão Noturna
Gastronomia
Restaurantes
Informações Turísticas
Guias de Turismo
Alojamento
Serviços de Cambio/Bancários
Preços
Atendimentos no seu Idioma
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 2
8
Pág
ina 2
8
Pág
ina 2
8
Gráfico 5 - Avaliação Geral.
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
Além das boas avaliações em relação a estrutura e serviços, houve um
aumento em relação a demanda habitual de alguns tipos de meios de hospedagem,
apresentando 16,1% das opções dos turistas por imóveis alugados 10,6% por
albergues e campings durante o período da Copa do Mundo, quando a opção por
esses meios de hospedagem habitualmente é de 11,9% e 4,9% respectivamente. O
crescimento considerável para alternativas em hospedagem também se deve ao
grande número de turistas que viajaram acompanhados de amigos ou sozinhos, o
que ocasiona uma possível influência no perfil da demanda (BRASIL. Ministério do
Turismo, 2014c).
Tabela 3 – Gasto Médio de Turistas Estrangeiros durante a Copa do Mundo2014.
Gastos na viagem U$$
Gasto médio per capita no Brasil 2.099
Gasto médio per capita diário no Brasil 134
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014c.
98,3
97,3
95,8
92,6
90,8
88,6
86,7
74,8
68,1
62,6
60,9
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Estadios
Conforto nos Estádios
Atendentes e Funcionários do Estádio
Sinalização nos Estádios
Organização Geral
Banheiros nos Estádios
Transporte para os Estádios
Serviços de Alimentos e Bebidas nos Estádios
Preço de Ingressos
Proc. De Compra de Ingressos
Preço de Alimentação nos Estádios
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 2
9
Pág
ina 2
9
Pág
ina 2
9
Entre as informações coletadas pode-se observar conforme tabela anterior
que o gasto médio per capita no Brasil durante a viagem foi de US$ 2.099,00, o que
segundo o Mtur é quase o dobro em relação ao gasto habitual dos turistas
estrangeiros (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014c).
Um grande desafio é incluir plenamente essa parcela da população, e o
turismo é uma ferramenta importante para fazê-lo rapidamente, modificando nosso
cenário social. Ao mesmo tempo, uma parcela expressiva da população que só nos
últimos anos passou a ter acesso ao consumo, bem como o número cada vez maior
de idosos existente no país, deseja viajar e quer conhecer o Brasil. Políticas que
conduzam à realização desse desejo, como os programas de incentivo a viagens em
baixa temporada, são um passo importante para a consolidação do Brasil enquanto
destino turístico preferencial dos próprios brasileiros.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
0
Pág
ina 3
0
Pág
ina 3
0
5. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Composto por uma série de atividades produtivas, o turismo brasileiro
apresenta hoje uma contribuição total – que inclui as atividades diretas, indiretas e
induzidas do turismo – de 9,2% do PIB, o equivalente a US$ 205,6 bilhões (ou R$
443,7 bilhões de reais) gerados de acordo com o estudo elaborado pelo Conselho
Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) em 2013, promovendo impactos
significativos creditados a uma movimentação de mais de 52 setores na economia
do país. Quanto a sua participação direta, o turismo representa 3,7% do PIB
brasileiro, gerando em torno de US$ 76,1 bilhões e cerca de 2,9 milhões de
empregos, segundo o IBGE (Mtur/Embratur, 2014).
Restringindo a análise para São Paulo, este Estado, com uma população que
ultrapassa 44 milhões de habitantes e detém 32,6% do PIB nacional, segundo
estudos do IBGE de 2013, desponta como um dos Estados brasileiros mais
visitados. Sua capital se destaca como o principal destino de negócios do país –
chegando a receber 13 milhões de pessoas por ano – porém o estado como um todo
possui a maior infraestrutura do país, com uma gama de serviços de saúde,
alimentação, hospedagem, entretenimento e educação, e abriga uma grande
variedade cultural e artística promovida pela diversidade de nacionalidades, além
disso, apresenta uma diversidade de paisagens naturais. Nesse contexto, o turismo
tem grande participação na economia do Estado devido aos vários setores de
atuação e a grande variedade de atrações nos diversos segmentos de mercado
como de ecoturismo, religioso, histórico, de sol e praia, de eventos, compras, entre
outros.
O estudo mais recente elaborado pela TUR.SP (Companhia Paulista de
Eventos e Turismo) em 20111 apresenta que em 2009, o Estado recebeu cerca de
44,4 milhões de turistas, sendo 42,6 milhões de turistas domésticos e 1,8 milhões de
turistas internacionais.
1 Disponível em:<http://www.turismoemsaopaulo.com/images/pdf/turismohighlights%201.pdf>.Acesso em: 16
de jan. de2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
1
Pág
ina 3
1
Pág
ina 3
1
No setor aéreo também se revela um desempenho favorável, particularmente
pelas 37 empresas que operam voos diretos entre São Paulo e destinos
internacionais que, a partir de 2006, obtiveram aumento acima de 30% de suas
frequências regulares.
Em 2010, entre os meses de janeiro e outubro, os aeroportos administrados
pela Infraero no Estado de São Paulo Registraram movimento de 39.423.918
passageiros, o que representa, aproximadamente, 20% a mais em relação ao
mesmo período do ano anterior.
Já em relação ao DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo)
que envolve 31 aeroportos, o movimento de passageiros chegou a 1,2 milhão
durante o ano.
Com esses fluxos, o turismo em São Paulo gerou 360 mil postos de trabalho
em 2010 e uma receita turística total da ordem de R$ 56,5 bilhões advinda de gastos
diversos em hospedagem, alimentação, compras e lazer.
Os dados oficiais de 2014 ainda não foram divulgados, porém, baseado nas
estatísticas disponíveis nos sites da INFRAERO, DAESP e GRU Airport, apresenta-
se os seguintes dados aproximados:
Tabela 4 – Estimativa do movimento de passageiros nos aeroportos do Estado de São Paulo em 2014.
DAESP2 INFRAERO3 GRUAirport4 TOTAL
2.685.936 16.636.731 35.975.000 55.297.667
Fonte: Elaboração pelos autores através de dados colhidos, 2015.
2 Movimento de passageiros em 2014 nos aeroportos administrados pelo DAESP.
Disponívelem:<http://www.daesp.sp.gov.br/estatistica-consulta/#!prettyPhoto/1/>. Acesso em: 16 jan.2015. 3 Movimento de passageiros até novembro de 2014 nos aeroportos administrados pela INFRAERO no Estado de
São Paulo. Disponívelem:<http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatistica-dos-aeroportos.html>. Acesso em: 16jan.2015. 4 Movimento de passageiros até novembro de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Disponível em:
<http://gru.com.br/pt-br/Estatisticas>. Acesso em: 16 jan.2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
2
Pág
ina 3
2
Pág
ina 3
2
Além de ser a principal porta de entrada via transporte aéreo do país, o
Estado de São Paulo conta ainda com as melhores rodovias do país e o maior porto
da América Latina, utilizado também para cruzeiros marítimos.
Atualmente, o Estado conta com mais de 8.000 meios de hospedagem,
distribuídos entre 645 municípios, sendo que 70 deles recebem o título de estância
turística – são 15 balneárias, 12 climáticas, 11 hidrominerais e 32 turísticas – 335
são considerados municípios de interesse turístico, além de outros 140 que
apresentam grande potencial turístico a ser explorado. Hoje já são mais de 40
roteiros turísticos estabelecidos. A vocação natural do Estado é o turismo de
negócios, em suas diversas possibilidades (congressos, convenções, seminários,
feiras industriais, viagens de representação, compras, etc.), não só na capital, mas
em vários municípios do interior como Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio
Preto. Cerca de 80% dos grandes eventos que acontecem no Brasil ocorrem no
Estado de São Paulo.
O turismo no Estado de São Paulo não se restringe ao segmento de turismo
de negócios. Vários eventos culturais e esportivos atraem milhões de turistas para o
Estado, como por exemplo, o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a Festa do Peão
Boiadeiro de Barretos, o Festival de Inverno de Campos do Jordão e a Festa de
Flores e Morangos de Atibaia.
O turismo de sol e praia é outro importante segmento na atração dos fluxos
turísticos, visto que Praia Grande, Ubatuba, Caraguatatuba e Santos são os
municípios do Estado que mais recebem visitantes por ano. Porém, o turismo de sol
e praia não se restringe apenas ao litoral do Estado; ao longo da Hidrovia Tietê-
Paraná há centenas de praias lacustres e fluviais que atraem milhões de turistas de
sol e praia e também de pesca esportiva.
O turismo de aventuras se desenvolve em dezenas de municípios paulistas,
sendo que dois dos destinos mais procurados no Brasil situam-se no Estado de São
Paulo – Brotas e Socorro, cidade reconhecida internacionalmente pelo trabalho de
acessibilidade realizado em seus equipamentos. O turismo religioso é outro
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
3
Pág
ina 3
3
Pág
ina 3
3
segmento de forte atração de turistas, principalmente nas cidades de Aparecida,
Guaratinguetá e Cruzeiro.
O turismo baseado em patrimônio histórico tem como Cunha, São Luís do
Paraitinga, Iguape e Cananeia alguns de seus exemplos, além das cidades do Vale
Paraíba que ainda preservam importantes construções da época do café. O turismo
de saúde, além de contar com suas dezenas de estâncias balneárias, climáticas e
hidrominerais, conta com centros médicos de excelência, não só na capital, mas
também em cidades como Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto,
Barretos, etc. O Estado conta ainda com dezenas de Spa‟s de renome internacional.
Por tal grandiosidade e diversidade de opções nas distintas áreas, o Estado
de São Paulo vem promovendo estratégias e implantando ações que objetivam
facilitar seu desenvolvimento, promover riqueza, gerar emprego, estimular renda,
divulgar a cultura e proporcionar benefícios à sua população, aos turistas e a toda
cadeia de bens, serviços e talentos que integra.
Unir a vocação natural para o turismo de negócios à infraestrutura de lazer,
serviços e cultura é um caminho natural5.
5 Texto disponível nos seguintes endereços:<http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/05/sao-paulo-capital-da-
cultura-gastronomia-e-entretenimento>e<http://www.turismoemsaopaulo.com/visitantes/sobre-o-estado/turismo-no-estado.html>.Acesso em: 16 de janeiro de 2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
4
Pág
ina 3
4
Pág
ina 3
4
5.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Em relação ao transporte rodoviário de turistas internacionais, Paraguai,
Argentina e Uruguai são os principais emissores;
São Paulo responde por 43,8% do faturamento com turismo no Brasil;
Cerca de 80% das grandes feiras e eventos do Brasil acontecem no Estado;
De todo o remanescente de Mata Atlântica no Brasil, 18% está no Estado;
Recebe 29% dos turistas domésticos brasileiros e emite 41,3% dos turistas às
demais unidades da federação;
O turista que visitou o Estado de São Paulo em 2008 gastou, em média, R$
1.244,50, com hospedagem em casa de amigos e parentes (55%) e com
meios de hospedagem pagos (28%);
A grande maioria visita o Estado em carros próprios (49,4%), além de ônibus
de linha regular (19,9%) e transporte aéreo (14,9%);
Cerca de 46,4% dos turistas de outros Estados vieram do Sudeste,
demonstrando a força do turismo inter-regional;
Área (em km²) - 248.209,43;
População em 2009 - 41.633.802;
Grau de Urbanização (em %) 2009 - 93,76;
Densidade Demográfica. (habitantes/km²) 2009 - 167,74;
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2000/2009 (em %
a.a.) - 1,33;
Número de municípios: 645;
PIB: 31% da produção econômica do país;
Imigrantes: cerca de três milhões entre 70 nacionalidades;
Em 2014, a cidade de São Paulo foi sede de 6 jogos da Copa do Mundo FIFA
Brasil 2014 e chegou a receber 540 mil turistas no período de 1 mês, sendo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
5
Pág
ina 3
5
Pág
ina 3
5
que 200 mil eram estrangeiros6. Porém outras 12 cidades paulistas – São
Paulo, Santos, Campinas, Águas de Lindóia, Guarujá, Mogi das Cruzes, Porto
Feliz, Ribeirão Preto, Sorocaba, Guarujá e Itu - foram selecionadas para
funcionar como centro de treinamento de 15 seleções mundiais, dentre elas
México, França e Estados Unidos.
Além disso, segundo o Ministério do Turismo, São Paulo foi o Estado que
mais recebeu turistas durante o período de realização do megaevento. Segundo
pesquisas, os turistas estiveram em 66 municípios de todas as regiões paulistas,
com destaque para o litoral Estado7.
5.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Em 2003, com a criação do Ministério do Turismo (MTur), o Governo Federal
reconheceu o Turismo como atividade de grande relevância para o desenvolvimento
nacional, considerando o setor como uma das dez prioridades da sua gestão. O
propósito maior é o de enfrentar, na área do Turismo, o desafio de conceber um
novo modelo de gestão pública, descentralizada e participativa, de modo a gerar
divisas para o País, criar empregos, contribuir para a redução das desigualdades
regionais e possibilitar a inclusão dos mais variados agentes sociais.
Logo após sua criação, o MTur construiu, de forma participativa o Plano
Nacional de Turismo, para o período 2003-2007. Nesse Plano foram definidas as
diretrizes, as metas e os programas, que se constituíram como política pública
indutora do desenvolvimento socioeconômico do País. A regionalização é então
assumida como política pública de Turismo, materializada no “Programa de
Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil (PRT)”.
6 Dado disponível em: <http://www.portal2014.org.br/noticias/13520/SPTURIS+DIVULGA+
RESULTADO+FINAL+DA+PESQUISA+SOBRE+A+COPA+EM+SAO+PAULO.html> Acesso em: 16 de janeiro de 2015. 7 Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,na-copa-sp-foi-o-estado-com-mais-cidades-
visitadas,1529675>. Acesso em: 16 jan. 2015
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA P
ágin
a 3
6
Pág
ina 3
6
Pág
ina 3
6
A Regionalização do Turismo busca um olhar além do município para fins de
planejamento, gestão, promoção e comercialização integrada e compartilhada.
Propõe-se olhar a região, e não mais o município isoladamente. O foco na região
prioriza o crescimento dos municípios de forma integrada e harmônica, propiciando
que auxiliem uns aos outros na implantação das políticas públicas e dos produtos
turísticos. A prioridade regional não diminui a importância do município, mas sim, o
impulsiona, uma vez que promove o seu próprio desenvolvimento, bem como o de
seu entorno. Essa visão se alinha às tendências internacionais que buscam
aperfeiçoar os recursos financeiros, técnicos e humanos a fim de que possam criar
condições e oportunidades para revelar e estruturar novos destinos turísticos,
qualificados e competitivos.
Diante desta proposta de regionalização, o órgão gestor de turismo de São
Paulo, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, a fim de facilitar a aplicação
e o desenvolvimento de programas e projetos relacionados ao turismo, subdividiu o
estado em 15 Macrorregiões Turísticas, cada uma delas constituídas de uma a
quatro Regiões Turísticas, totalizando 34 RT no estado.
Tal divisão foi feita por dirigentes municipais (conselhos, prefeituras,
coordenadorias e secretarias) que levaram em consideração a proximidade
geográfica e a afinidade entre os produtos turísticos de cada localidade, tais como a
história, a cultura e o meio ambiente que são a base para a oferta de produtos e a
consolidação de atrativos. O mapa a seguir mostra a divisão adotada pelo Governo
do Estado.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – INVENTÁRIO TURÍSTICO
Pág
ina 3
7
Pág
ina 3
7
Mapa 1 – Regiões Turísticas do Estado de São Paulo.
Fonte: Secretária de Turismo de São Paulo, 2015.
Posteriormente, entre 2002 e 2004, o Governo do Estado adotou uma nova
divisão do turismo a fim de promover e vender o turismo local em feiras, eventos,
etc., a dos “Circuitos Turísticos”. São 27 grupos de municípios – compostos apenas
pelas cidades que tem a promoção turística em evidência – que têm características
em comum, que servem de base para a formação de e produtos, roteiros e circuitos.
Essa formação possibilita ainda o desenvolvimento de políticas públicas e ações que
garantem a estruturação do turismo na região, tais como cursos de capacitação,
sinalização padronizada, organização de eventos, marketing conjunto, entre outras.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – INVENTÁRIO TURÍSTICO
Pág
ina 3
8
Mapa 2 – Circuitos Turísticos do Estado de São Paulo.
Fonte : Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – INVENTÁRIO TURÍSTICO
Pág
ina 3
9
Pág
ina 3
9
5.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO
O município de Embu das Artes está inserido no Circuito Taipa e Pilão. O
Circuito Turístico Taipa de Pilão reúne bens históricos nacionais, tombados pelo
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em visitas guiadas
que podem ser realizadas em cada cidade componente: Aldeia de Carapicuiba,
Barueri, Cotia, Embu das Artes, Santana de Parnaíba e São Roque.
Os primeiros trezentos anos iniciais da colonização do planalto paulista foram
caracterizados pela presença de grandes fazendas, bem como de aldeamentos
geridos por religiosos jesuítas, no entorno da Vila. O cotidiano brasileiro dessa época
acontecia no sertão, sendo que a Vila de Piratininga era frequentada em época de
festas religiosas e breves negócios na cidade dos poderosos à época.
Ambas as estruturas eram autossuficientes, e muito pouco do que produziam
revertia para a Metrópole Portuguesa. Muitas vezes os interesses de jesuítas e
fazendeiros foram conflitantes, principalmente em função da tutela sobre os índios.
As construções do período eram realizadas sob uma técnica construtiva conhecida
como Taipa de Pilão. As necessidades domésticas exigiam que as instalações
dessas edificações fossem nas proximidades de uma aguarda, à meia encosta,
porém as grossas paredes de barro socado deveriam ser levantadas em terrenos
planos; isso explica porque, em toda a região do Circuito Taipa de Pilão, de
topografia mais acidentada, os seus construtores eram obrigados e situá-las no alto
dos morros, onde os aclives são mais suaves.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
0
Pág
ina 4
0
Pág
ina 4
0
Mapa 3 – Zoom do Mapa 2, com destaque para MRT Capital Expandida e o município de Embu das Artes.
Fonte: Adaptado de Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
1
Pág
ina 4
1
Pág
ina 4
1
6. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE EMBU DAS ARTES
6.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Em 1624, Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes proprietários
da região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção da Capela de
Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1628, pelo Padre Belchior de Pontes que
transferiu, para suas proximidades, a aldeia de M'Boy.
M'boy que tupi significa cobra, originou a corruptela Embu das Artes, assim
denominado a aldeia que, segundo versão popular, surgiu quantidade de cobras
existentes.
A construção do convento, anexo à capela foi iniciada em 1740 pelo Padre
Domingos Machado. Na época, foram reunidos no aldeamento vários padres artistas
que elaboraram os trabalhos de decoração da mesma. As verbas necessárias às
douraduras dos entalhes das paredes de madeiras e grande número de imagens,
foram possibilitadas pela venda do algodão que cultivavam em grande escala.
A dificuldade de comunicação não permitiu o rápido desenvolvimento do
povoado. Somente no final do século XIX, a Cúria Diocesana de São Paulo
contratou o engenheiro Henrique Bocolini para demarcação do patrimônio; o qual,
reconhecendo os valores artísticos da capela e do convento, realizou as primeiras
obras de apoio à conservação das construções.
Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, que era a
principal atividade econômica da época. Assim, Embu das Artes entrou noutro
período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e
convento foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A
partir disso, a comunidade local, liderada por Annis Neme Bassith, começou a
desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda do
Município, criado em 1959.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
2
Pág
ina 4
2
Pág
ina 4
2
6.2. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de M'Boy, por Lei nº 93, de 21 de abril de
1880, no Município de Itapecerica. Antigo Distrito de M'Boy, do Município de Itapecerica,
e que pelo Decreto Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, passou a denominar-
se Embu das Artes. Em 1939-1943, o Distrito de Embu das Artes figura no Município de
Itapecerica.
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que
fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Embu permanece no
Município de Itapecerica, o qual passou a ter nova denominação de Itapecerica da Serra.
Aparece na mesma situação, porém grafado Embu no quadro fixado pela Lei nº 2456, de
30-XII1953 para vigorar em 1954-1958.
Elevado à categoria de Município com a denominação de Embu, por Lei Estadual
no 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado do Município de Itapecerica da
Serra e parte dos Distritos das Sedes dos Municípios de Itapecerica da Serra e Cotia,
com Sede no antigo Distrito de Embu. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação
verificou-se no dia 01 de janeiro de 1960.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o Município é constituído do Distrito
Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1997.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
3
Pág
ina 4
3
Pág
ina 4
3
Figura 1 - Brasão de Embu.
6.3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS
6.3.1. Brasão
Instituído em 19 de novembro de 1962 pela lei Nº 130, de 19/11/1962
elucidando e justificando (Descrição conforme lei):
Fonte: Câmara Municipal de Embu, 2016.
Segue abaixo explicações detalhadas sobre o Brasão:
Escudo português - que é redondo na ponta, formato já consagrado pela nossa
heráldica de domínio, celebra os primitivos colonos portugueses do Embu das
Artes.
Gibão Bandeirante de Ouro - com o qual Embu das Artes partiram paulistas para
o ataque aos Jesuítas, no Sul, e, depois, para a homérica investida contra a corda
arbitrária de Tordesilhas, e encimado pelo emblema da Companhia de Jesus, que
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
4
Pág
ina 4
4
Pág
ina 4
4
é IHS com a sua cruz e seus três cravos; posto no terço superior do escudo
porque é esse, chamado “chefe”, o correspondente à cabeça e, pois, ao
pensamento: sede espiritual, que bem merecem os santos da catequese.
Tudo de prata - metal que simboliza, em heráldica, a pureza.
Coroa mural de ouro de quatro torres ameadas e sua porta cada uma - distintivo
de armas municipais, no metal, e feitio já fixados pela heráldica brasileira.
Timbre - o ponto de honra de um escudo de armas; o que, no tempo, acima de
tudo, da própria coroa, representa aquilo que de preferência se timbra em
ostentar, isto é, no caso...
Cocar indígena de penas variegadas ao natural - alusão ao primitivo aldeamento
de silvícola: nobre semente do Embu das Artes.
Cartela colonial do século XVIII – elemento arquitetônico inspirado na magnífica
obra de talhe da preciosa Igreja de Nossa Senhora do Rosário, servindo para
fixar simbolicamente a data da fundação do Embu, pois a cartela, ou tarja, como
ornato exterior é predicado característico de brasões do século XVIII
Divisa: GENVINVM GENVS – isto é, “estirpe legitima” que tal é o clã mameluco
forjado sob o signo da Fé Cristã (o IHS da Companhia de Jesus) é temperado ao
voo das “bandeiras” na guerra contra os horizontes.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
5
Pág
ina 4
5
Pág
ina 4
5
7. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
O município de Embu das Artes está situado na região sudoeste do Brasil no
estado de São Paulo. Situado a 776 metros de altitude, as coordenadas geográficas
do município são: Latitude: 23° 38' 57'' Sul e Longitude: 46° 51' 9'' Oeste.
Pertencente à Região Metropolitana da capital e à microrregião de Itapecerica da
Serra. A população estimada para 2014 era de 259.053 habitantes, e a área é de
70,398 km² (densidade demográfica: 3.412,89 hab/km²)8.
Localizado a apenas 27 quilômetros da capital paulista, Embu das Artes
possui fácil acesso pelo Rodoanel e pelas rodovias Regis Bittencourt e Raposo
Tavares, o que possibilita um deslocamento rápido e seguro para o Porto de Santos,
para o interior do Estado de São Paulo e para o sul do país. Em 2013, a cidade
inaugurou a primeira rodoviária da região - um moderno empreendimento que
oferece conforto e segurança a seus usuários, além de viagens para mais de 70
destinos.
Mapa 4 - Localização de Embu.
8 Disponível em: <http://www.cidade-brasil.com.br/municipio-embu-das-artes.html" title="Município de Embu
das Artes">Município de Embu das Artes>. Acessado em 12/07/2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
6
Pág
ina 4
6
Pág
ina 4
6
Fonte: GoogleMaps, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
7
Pág
ina 4
7
Pág
ina 4
7
A integração com municípios vizinhos é outro fator essencial para o desenvolvimento
da região. Através do CONISUD – Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da
Grande São Paulo – Embu das Artes e mais 7 cidades trabalham em conjunto para
realizar um planejamento estratégico e construir soluções regionais.
O município de Embu das Artes é servido de redes rodoviárias. A malha prevê
as ligações da cidade com a capital e demais municípios da sub-região. Composta
por rodovias, vias arteriais urbanas e estradas (municipais/estaduais), tem a principal
dentre essas vias a BR116 - Rodovia Regis Bittencourt, cruzando o território
municipal de nordeste a sudoeste por uma extensão de 9,2 km.
De carro
Rodovia Regis Bittencourt BR116, Km 279 e km 282, Rodovia Raposo
Tavares SP 270, e Rodoanel Mário Covas.
De metrô ou ônibus
Na estação Campo Limpo, da linha 5 - Lilás (Capão redondo – Santo Amaro)
do metrô, sai o ônibus intermunicipal com o letreiro Embu/Eng. Velho que vai até o
centro de Embu das Artes.
De Pinheiros, no Largo da Batata, passam os ônibus da empresa Miracatiba
(EMTU/SP) com o letreiro EMBU / Engenho velho que também leva você ao ponto
mais próximo da Feira de Artes.
Distâncias
São Paulo: 27 Km, Santos: 93 km, Campinas: 106 km, Curitiba: 376 km, e Rio
de Janeiro: 475 Km.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
8
Pág
ina 4
8
Pág
ina 4
8
Aeroportos
Aeroporto de Congonhas 20.3 km, Aeroporto Campo de Marte 26.9 km, e
Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos 46 km.
Divisas
O Município de Embu das Artes tem como municípios vizinhos: Cotia,
Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e São Paulo.
Mapa 5 – Municípios limítrofes a Embu.
.
Fonte: Wikimedia, 2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 4
9
Pág
ina 4
9
Pág
ina 4
9
8. METODOLOGIA
Cidades como Embu das Artes, que já possuem uma política de estruturação
do turismo como pilar de desenvolvimento, que buscam no turismo um crescimento
econômico e social precisam estruturar-se sob vários aspectos, desde o
planejamento para o sucesso da atividade turística até o seu suporte, através de
uma infraestrutura compatível com a atividade e a sua população. A infraestrutura
não deve ser avaliada simplesmente de modo quantitativo, devendo estar
comprometida com o espaço urbano de forma a atender a população e a demanda
turística e sobretudo não se sobrepor as questões culturais e ambientais.
Os princípios do planejamento urbano propõem que o mesmo deve ser
pautado de acordo com as particularidades de cada região de aplicação. Apesar de
conceitos comuns quanto ao adequado ordenamento das cidades é necessária uma
análise focada nas particularidades do município, sua população, demanda e oferta
de serviços e infraestrutura básica. Através de uma análise de todos os agentes, os
resultados esperados são um conjunto de ações, cujo o planejamento estruturado
seja pertinente às demandas do desenvolvimento urbano e turístico do município.
Individualmente as ações descritas neste prognóstico foram justificadas,
descritas quanto aos seus objetivos, características, resultados e efeitos esperados
e precificadas em um custo estimado, permitindo assim dimensionar o investimento
total necessário para implantação das ações. O panorama geral é fundamental
devido a proposta do PDITS e da avaliação de impacto a longo prazo, efeito este de
suma importância para alcançar a expansão e desenvolvimento sustentável da
atividade turística.
As propostas de intervenção advêm dos levantamentos precedentes, desde o
inventário turístico. Os projetos são identificados a partir de três programas sendo
eles: Acesso, para todos os projetos que estão ligados ao acesso do turista ao
atrativo; Reforma, para os projetos que propõem reparos e manutenções em
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
0
Pág
ina 5
0
Pág
ina 5
0
estruturas já existentes; Edificação, para todas as novas construções que foram
propostas.
As estimativas de custos são apresentadas de acordo com os valores
praticados no mercado, entretanto, são estimativas de preços considerando que os
projetos possuem diretrizes gerais. As propostas apresentadas são premissas para
que os projetos básicos sejam elaborados. Ressalta-se ainda, que não houve
participação da Prefeitura de Embu das Artes e nem de seu corpo técnico no
levantamento, e elaboração dos orçamentos apresentados.
Considerando um panorama geral a cidade carece de atenção na
manutenção dos atrativos existentes e valorização do entorno da área turística
principal: o Centro Histórico. Há potencialidades para os atrativos ambientais e os
que possuem a história de origem da cidade. A seguir o quadro de ações propostas,
ordenadas de acordo com o programa de intervenção:
Tabela 5 - Quadro Geral de Ações
PROGRAMA AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
AC
ES
SO
A.1. Pavimentação da Estrada Taji Takahashi
A.2. Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico
A.3. Reestruturação do Transporte Público
A.4. Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos
A.5. Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt
RE
FO
RM
A
A.6. Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril
A.7. Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo
A.8. Readequação dos Portais da Cidade
A.9. Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira
ED
IFIC
AÇ
ÃO
A.10. Estacionamento próximo ao circuito turístico principal
A.11. Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira
A.12 Centro de Integração Esportiva
A.13 Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Linear do Rio Embu-Mirim
A.14 Parque Linear Centro Histórico
Fonte: JK Turismo, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
1
Pág
ina 5
1
Pág
ina 5
1
PROJETOS
8.1. PROGRAMA: ACESSOS
Considerar os acessos aos atrativos turísticos que compõe o programa de
planejamento de infraestrutura deste prognóstico é importante devido ao caráter
universal que abrange este tipo de intervenção. Além de qualificar o atendimento da
demanda turística, propõe beneficiar a circulação urbana de seus moradores. O
preciso diagnóstico do entorno permite mapear as fragilidades e potencialidades dos
acessos aos atrativos turísticos.
A relação entre edifício e espaço público se inicia através dos acessos ao
mesmo, portanto, o levantamento realizado considerou a experiência do turista que
procura os principais atrativos turísticos. Além disso atrações com potencial turístico
também foram consideradas, uma vez que este prognóstico visa interpretar o
desenvolvimento turístico sustentável da cidade.
O conjunto atrativo, serviços e entorno caracterizam a vivência completa da
integração do turista com o local. Com entorno e acessos bem estruturados o
conjunto é valorado nos aspectos qualidade, acolhimento e propagação de
experiências positivas. A proposta geral é facilitar o deslocamento, melhorando as
condições de trânsito e, principalmente, a qualidade do transporte público. Analisar
estes aspectos resultou nas propostas sugeridas neste prognóstico:
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
2
Pág
ina 5
2
Pág
ina 5
2
3.1.1. [A.1.] Pavimentação da Estrada Taji Takahashi
Objetivo: Qualificar o acesso perimetral do centro histórico, dotando a via de
pavimentação asfáltica e revisão da iluminação pública. Visando melhorar o acesso
de inúmeros atrativos turísticos, e proporcionar maior segurança e conforto da
população e dos turistas.
Justificativa: Melhorar os acessos de Embu das Artes, e dos atrativos do
município, visando aumentar o número de turistas, atrás da oferta de infraestrutura
básica. A estrada municipal Taji Takahashi é uma via coletora, localizada entre a
Estrada Kaiko e a Estrada dos Orquidófilos, sendo acesso aos seguintes atrativos
turísticos: Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira um museu no qual o
acervo é composto por mais de 500 peças de cerâmica artística produzidas em sua
maioria por fábricas portuguesas da região do Porto, abrigando também exemplares
fabricados no Brasil. Também dá acesso ao Centro de Lazer Ziu Enomoto, um
complexo de lazer com lago, piscinas, espaços para lazer e divertimento para todas
as idades.
Descrição da Ação: Elaboração e realização de projeto para a pavimentação
asfáltica da Estrada Taji Takahashi, aproximadamente 1,5km.
Custo Estimado: R$ 1.500.000,00
Abrangência: Regional
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
3
Pág
ina 5
3
Pág
ina 5
3
Figura 2 - Estrada Taji Takahashi, altura do nº 450
Fonte: JK Turismo, 2016
Figura 3 - Acesso Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira
Fonte: JK Turismo, 2016
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
4
Pág
ina 5
4
Pág
ina 5
4
Figura 4 - Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira
Fonte: Régis Pires, 2015
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
5
Pág
ina 5
5
Pág
ina 5
5
3.1.2. [A.2.] Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico
Objetivo: Reestruturar o calçamento do perímetro do Centro Histórico,
alargando as vias de pedestres, impedindo estacionamento na via e adequando à
acessibilidade.
Justificativa: O turismo baseado nos recursos culturais e no patrimônio
focaliza, principalmente, a experiência, contemplação e o aprendizado sobre a
cultura e, no Centro Histórico de Embu das Artes, deve ser feito de forma harmônica
para ter baixo impacto e contribuir para a conservação do mesmo. A revitalização
deve propor a priorização do pedestre no principal quadrilátero do centro histórico
entre as seguintes vias: Rua Belo Horizonte, Travessa Marechal Isidóro Lopes, Rua
Boa Vista e Rua da Matriz. Tais intervenções visam qualificar a circulação dos
turistas, trabalhadores e moradores da região. O aumento descontrolado do fluxo já
traz consequências negativas à área, como o estacionamento de veículos sobre
passeios, causando danos ao calçamento; o tráfego de veículos pesados e a falta de
local apropriado para a parada de ônibus de excursões. Portanto, a priorização do
pedestre deve ser a diretriz principal da intervenção.
Descrição da Ação: Elaborar um Plano de Uso e Conservação do Centro
Histórico contendo intervenções efetivas que priorizem a circulação de pedestres no
perímetro principal. Deve envolver a manutenção, a preservação, a reabilitação, a
restauração, a reconstrução, adaptação ou qualquer combinação destas; com
indução à ocupação dos espaços vazios e subutilizados que já são servidos de
infraestrutura. Projeto que ampliação do calçamento, coibindo o estacionamento na
via, possibilitando maior conforto e acessibilidade ao passeio público. A limitação de
estacionamento de veículos na via proporcionará maior conforto aos transeuntes e
irá aliviar o transito local, principalmente aos finais de semana e temporadas de
grandes eventos na cidade, no qual o Centro Histórico fica intransitável.
Custo Estimado: R$464.000,00
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
6
Pág
ina 5
6
Pág
ina 5
6
Abrangência: Regional
Figura 5 - Rua Belo Horizonte, sentido Largo 21 de Abril
Fonte: Google Street View, 2015
Figura 6 - Rua da Matriz
Fonte: Google Street View, 2015
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
7
Pág
ina 5
7
Pág
ina 5
7
Mapa 6 - Perímetro Centro Histórico
Fonte: JK Turismo – ARQGIS, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
8
Pág
ina 5
8
Pág
ina 5
8
3.1.3. [A.3.] Reestruturação do Transporte Público
Objetivo: Fomentar a melhoria da infraestrutura turística e dos serviços
básicos do município de Embu das Artes. Através da reordenação dos pontos de
espera de ônibus, e reestruturação das linhas em todo município.
Justificativa: Reestruturar o transporte público principalmente no perímetro
central, pois o mesmo tem agravantes em períodos de visitação intensa, como finais
de semana e grandes eventos. A proposta deve estruturar de maneira adequada os
fluxos e qualificar o acesso via transporte público, para tanto é necessário um estudo
operacional da circulação e demanda, visando otimizar o transporte público, e
também uma repaginação do mobiliário como abrigos de espera, recuos e
sinalização. O processo deve ser realizado em conjunto com a população através de
consultas públicas, estudos técnicos e consultorias especializadas. Reordenar o
transporte público significa fomentar a infraestrutura matriz que irradia benefícios
para o trade turístico e todo conjunto.
Descrição da Ação: Através de um Plano Municipal de Mobilidade Urbana
deve-se estruturar principais eixos e todas as condicionantes que interferem
diretamente na qualidade do conjunto dos meios de transporte público. Desde a
reestruturação a manutenção do sistema, o plano deve integrar ações que
promovam uma qualificação da circulação, priorizando o pedestre. Considerar
corredores de ônibus, limitação de estacionamento nas vias, realocação de abrigos
de espera, reforma e/ou plano de reestruturação e padronização dos abrigos de
espera. Consideração sobre os ônibus de linhas intermunicipais e excursões.
Proteger os espaços destinados às ciclovias e ciclo faixas, deixando-os integrados
ao sistema de transportes. Priorização dos meios de transporte sustentáveis.
Custo Estimado: R$ 700.000,00
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 5
9
Pág
ina 5
9
Pág
ina 5
9
Abrangência: Regional
Figura 7 - Abrigo de Espera de Ônibus; Região Central.
Fonte: divulgação
Figura 8 - Ponto de Onibus sem abrigo; Rua Luis Almeida de Carvalho
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
0
Pág
ina 6
0
Pág
ina 6
0
Fonte: Google Street View, 2016
3.1.4. [A.4.] Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos
Objetivo: Qualificar a infraestrutura urbana da Estrada dos Orquidófilos,
importante via de conexão entre os bairros da região sul e oeste do munício e o
centro histórico. Revisar os fluxos direcionais, recapeamento asfáltico, calçadas, e
todo o mobiliário urbano, considerando a iluminação, abrigos de ônibus e lixeiras.
Justificativa: A Estrada dos Orquidófilos é um importante eixo viário do
município de Embu das Artes. Possui um trecho rural e um trecho urbano mais
adensado, é prioritariamente utilizada pelos moradores da cidade e região lindeira,
com cerca de 2,7km de extensão qualifica-se como importante via de conexão e
acesso a atrações turísticas do município. A qualidade urbana e ambiental na região
periférica a Área Turística Prioritária é bastante inadequada tanto para a
comunidade como para o turista. Portanto, a atenção a esta via pretende induzir
maior qualidade na infraestrutura urbana, principalmente ao cidadão embuense.
Descrição da Ação: Revisão de pontos críticos do asfalto, mobiliário e
estudo relativo aos fluxos prioritários de circulação da via. De modo que a mesma
seja elevada a sua importância como eixo de conexão e acessos dos moradores da
região. Obras de recuperação paisagística e da iluminação local. Buscar melhoria
substancial da qualidade urbana, recuperação de espaços públicos com
acessibilidade universal, destinação de uso prioritário para equipamentos sociais e
comunitários. Ao longo da via existem áreas não ocupadas, nos quais o potencial
transformador em áreas e equipamentos de lazer para a comunidade deve ser
estimulado e incluído no plano de intervenção.
Custo Estimado: R$ 1.170.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
1
Pág
ina 6
1
Pág
ina 6
1
Mapa 7 - Estrada dos Orquidófilos
Fonte: JK Turismo – ARQGIS, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
2
Pág
ina 6
2
Pág
ina 6
2
Figura 9 - Estrada dos Orquidófilos, trecho rural.
Fonte: JK Turismo, 2016.
3.1.5. [A.5.] Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt
Objetivo: Otimizar os acessos ao município através de sua principal via de
conexão com o estado de São Paulo. A Rodovia Régis Bittencourt liga São Paulo ao
sul do país chegando a cidade de Curitiba-Paraná. O objetivo principal é facilitar o
acesso através da construção de vias marginais, pistas locais e alça de acesso no
Km 276.
Justificativa: A Rodovia Régis Bittencourt é um trecho da BR-116,
considerada a principal rodovia do Brasil. Em períodos de grandes eventos,
temporadas de férias, e feriados prolongados a Rodovia tem a circulação de veículos
aumentada. Consequentemente o acesso ao município de Embu das Artes, trecho
da rota turística da Rodovia Régis Bittencourt chega a congestionar, devido a
limitação viária de acesso. Entre os quilômetros 276 e 282 estão localizados muitos
atrativos do trade turístico do munícipio, assim como acesso a principais vias da
cidade. A proposta visa qualificar o acesso de turistas, através da melhoria de
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
3
Pág
ina 6
3
Pág
ina 6
3
infraestrutura básica. Garantir o fácil acesso ao município de Embu das Artes
propões melhorar a acessibilidade e aumentar o fluxo de turistas, proporcionando a
integração do turismo entre os municípios vizinhos e a macrorregião que o abrange.
Descrição da Ação: Elaboração do projeto de construção da alça de acesso
na altura do km 276 em pavimentação asfáltica e extensão das vias locais, trecho de
aproximadamente 3km.
Custo Estimado: R$15.000.000,00
Abrangência: Interestadual
Mapa 8 - Localização de Embu das Artes
Fonte: Google Maps, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
4
Pág
ina 6
4
Pág
ina 6
4
Mapa 9 - BR 116: Rodovia Régis Bittencourt
Fonte: Google Maps, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
5
Pág
ina 6
5
Pág
ina 6
5
8.2. PROGRAMA: REFORMA
As reformas propostas neste prognóstico seguem orientações técnicas
necessárias para a qualificação funcional e estética, além de melhorias construtivas.
Reformar os atrativos turísticos perpassa a manutenção do mesmo. São
consideradas requalificações devido a intenção de fomentar o desenvolvimento do
atrativo e reformular os usos do mesmo, estimulando sua apropriação por parte da
população.
Trata-se de uma perspectiva de melhorar a forma com que a atividade
funciona para disponibilizar estruturas básicas em regiões potenciais, reaproveitar
espaços subutilizados, ampliar a circulação e consequentemente a atratividade. Vale
ressaltar que são priorizadas os acessos e circulação universal, portanto, os projetos
de reforma devem estar de acordo com as normas de acessibilidade NBR
9050/2015.
As reformas indicadas neste prognóstico são propostas de intervenção física
em edificação, mobiliário ou equipamento urbano, que implique a modificação de
suas características estruturais e funcionais. Deve haver a priorização do bem-estar
e segurança coletiva, portanto projetos de segurança contra incêndio e preservação
patrimonial são considerados nas propostas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
6
Pág
ina 6
6
Pág
ina 6
6
8.2.1. [A.6.] Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril
Objetivo: Reformar a Praça do Coreto no Largo 21 de Abril para sua
revitalização.
Justificativa: Atualmente em situação regular, encontra-se degradada com
pichações nas muretas do Coreto, pavimentação irregular em alguns trechos da
Praça e alguns canteiros depredados. A Praça do Coreto no Largo 21 de Abril é um
importante atrativo turístico do Centro Histórico, caracteriza-se como um ponto de
encontro e concentra em seu entorno grande parte da atividade econômica e
atratividade da região.
Descrição da Ação: Obras de recuperação paisagística, e iluminação local,
reparos na pavimentação, e mobiliário como bancos e lixeiras. Reforma do Coreto
sendo necessário identificar os agravantes e apresentar projetos que otimizem a
manutenção do mesmo.
Custo Estimado: R$632.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
7
Pág
ina 6
7
Pág
ina 6
7
Figura 10 - Coreto, Largo 21 de Abril
Fonte: Régis Pires, 2015.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
8
Pág
ina 6
8
Pág
ina 6
8
Figura 11 - Largo 21 de Abril
Fonte: JK Turismo, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 6
9
Pág
ina 6
9
Pág
ina 6
9
Figura 12 - Largo 21 de Abril
Fonte: JK Turismo, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
0
Pág
ina 7
0
Pág
ina 7
0
8.2.2. [A.7.] Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo
Objetivo: Reformar o principal parque municipal, dotando de infraestrutura de
qualidade para atividades de esportes e lazer.
Justificativa: É o principal atrativo dos moradores de Embu das artes que
com o tempo recebe também um volume de turistas, principalmente em grandes
festividades do município. O parque é bem estruturado, entretanto, devido ao uso
intensivo carece de manutenção adequada e otimização dos espaços de descanso e
lazer. O Parque Francisco Rizzo necessita de uma revitalização do espaço geral e
da recuperação dos equipamentos existentes, além da implantação de
equipamentos de lazer novos; garantindo o uso do local.
Descrição da Ação: Projeto de reforma que abranja, reparos na pista de
caminhada e no gramado das áreas de recreação infantil. Construir um campo
sintético no local do campo de areia, implantar novo playground, impulsionar a
concessão para implantação de quiosque de alimentação no parque, padronização
de mobiliários urbanos, revisão na iluminação e paisagismo.
Custo Estimado: R$ 800.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
1
Pág
ina 7
1
Pág
ina 7
1
Figura 13 - Parque do Lago Francisco Rizzo
Fonte: divulgação.
Figura 14 - Parque Lago Francisco Rizzo
Fonte: JK Turismo, 2016.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – INVENTÁRIO TURÍSTICO
Pág
ina 7
2
Pág
ina 7
2
8.2.3. [A.8.] Readequação dos Portais da Cidade
Objetivo: Preservar e revitalizar os Portais existentes no município de Embu
das Artes, de forma a torna-los mais atrativos, e pontos de visitação dos turistas.
Considera-los como uma rota memorial da principal atividade do município: o
artesanato. Promover o avanço da consciência cultural e patrimonial, no processo de
desenvolvimento sustentável local e territorial do município de Embu das Artes.
Justificativa: Os portais da cidade devem refletir além da principal
atratividade turística, a vida e história da cidade. São ao todo 13 portais de entrada,
em locais em que o município faz divisa com São Paulo, Taboão da Serra, Cotia e
Itapecerica da Serra, somando 11 acessos, mais as duas entradas da cidade pela
Rodovia Régis Bittencourt (BR 116) e representam o acolhimento e identificação
para moradores e visitantes. Alguns portais como o Portal da Ressaca e o Portal
Itatuba estão desconexos do contexto local e não possuem infraestrutura básica de
compreensão, contemplação e manutenção. Ou o Portal Capuava que apesar de
representar o Artesanato da região não é compreendido como um Portal de Entrada
da cidade Embu das Artes.
Descrição da Ação: Elaborar um plano de revisão de implantação dos
portais, considerando o entorno, o atendimento da função que é sinalizar e
referência a história e entrada do munícipio. Revitalizar os portais monumentos
respeitando suas particularidades qualificando o entorno e sua infraestrutura.
Custo Estimado: R$ 410.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
3
Pág
ina 7
3
Pág
ina 7
3
Figura 15 - Portal Capuava
Fonte: JK Turismo, 2016
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
4
Pág
ina 7
4
Pág
ina 7
4
8.2.4. [A.9.] Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira
Objetivo: Recuperar a paisagem e a urbanização da Praça Elízia Cachoeira e
a adjacente Praça da Bíblia.
Justificativa: Localizadas na Av. Elias Yazbek, Jd. Embuema. Região de
importância dentro do município de Embu das Artes, principalmente para os
moradores. As praças não possuem equipamentos suficientes e os que existem são
precários. Não há áreas de repouso e lazer. São potenciais pontos de lazer e
turismo para os munícipes e turistas, portanto visando o crescimento da atividade
turística a região tem potencial de crescimento e desenvolvimento se o mesmo for
coordenado de forma sustentável e conivente com as demandas.
Descrição da Ação: Execução do projeto de requalificação urbanística da
Praça Elízia Cachoeira.
Custo Estimado: R$ 527.000,00
Abrangência: Municipal.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
5
Pág
ina 7
5
Pág
ina 7
5
Figura 16 - Praça Elízia Cachoeira
Fonte: JK Turismo, 2016
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
6
Pág
ina 7
6
Pág
ina 7
6
8.3. PROGRAMA: EDIFICAÇÃO
As análises das propostas para a construção de equipamento novo advêm do
levantamento das potencialidades turísticas do município, além de suas atrações
tradicionais. As novas atrações buscam estimular diferentes vertentes do turismo
regional como sua potencialidade socioambiental. Esta vertente vem de encontro
com o desenvolvimento do turismo sustentável que valorize e preserve o
ecossistema.
A partir das principais necessidades do município os projetos estão em
consonâncias com as atividades existentes e se alinham de forma a complementar
ou suprir a demanda de alguns atrativos. O objetivo comum é fortalecer e consolidar
o segmento histórico-cultural do município de Embu das Artes.
Além da necessidade de atendimento a possíveis deficiências na estrutura
existente as propostas consideram a irradiação e descentralização do turismo do
munícipio hoje concentrado no Centro Histórico. Os principais objetivos são;
Valorização do patrimônio arquitetônico e da paisagem do “núcleo central” da
cidade. Melhoria do produto turístico; Aumento do gasto médio e permanência do
turista; Estimulo do turismo por parte do cidadão embuense e fomento da oferta de
atrativo turístico cultural e socioambiental.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
7
Pág
ina 7
7
Pág
ina 7
7
8.3.1. [A.10.] Estacionamento próximo ao circuito turístico principal
Objetivo: Destinar uma área de estacionamento público, considerando o
volume de veículos médios que acessa a região aos finais de semana e ônibus de
excursão.
Justificativa: O principal entrave do Centro Histórico, principal atrativo
turístico da cidade é a mobilidade. O turista que visita a cidade pela primeira vez,
tem dificuldade de identificar locais que sejam de fácil acesso e seguros para
deixarem seus veículos. Em geral o turista chega a região de carro, mas não circula
com o mesmo. A destinação de um local apropriado para o estacionamento de
veículos deve considerar a estadia diária do mesmo em vista das atividades que
ocupam o visitante o dia inteiro. Para a diminuição do acesso de veículos no Centro
Histórico de Embu das Artes é necessário criar bolsões de estacionamento em seu
entorno. Como esta área do centro da cidade é região de grande ocupação e
adensamento, é necessário trabalhar com alternativas que sejam amplas e próximas
aos principais atrativos.
Descrição da Ação: Contratação e execução da obra de construção do
estacionamento.
Custo Estimado: R$ 800.000,00
Abrangência: Regional
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
8
Pág
ina 7
8
Pág
ina 7
8
8.3.2. [A.11.] Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira
Objetivo: Construir uma infraestrutura de mirante na Praça Profª Deise
Zenaro Nogueira, visto que, o local possui grande potencial turístico, pois está acima
do Parque do Lago Francisco Rizzo, e pela possibilidade de avista-lo de cima.
Justificativa: Potencializar o turismo na Praça Profª Deize Zenaro Nogueira,
localizada na Estrada dos Orquidófilos altura do número 600. Local que atualmente
não possui qualquer tipo de infraestrutura para receber visitantes, porém pode ser
um importante atrativo em Embu das Artes. Dá área definida para a construção do
mirante, tem-se uma vista panorâmica do Parque do Lago Francisco Rizzo, com
suas copas de árvore no entorno do lago. No local já existiu a Feira do Mirante que
reúnia artesanato e alimentação em um espaço privilegiado e com uma das vistas
mais bonitas de Embu das Artes.
Descrição da Ação: Projeto para construção de uma infraestrutura de
mirante, contando com mobiliário urbano, iluminação pública e projeto de
paisagismo.
Custo Estimado: R$ 350.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 7
9
Pág
ina 7
9
Pág
ina 7
9
Figura 17 - Vista do Mirante
Fonte: divulgação.
Figura 18 - Praça Profª Deise Zanaro Nogueira
Fonte: JK Turismo, 2016
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
0
Pág
ina 8
0
Pág
ina 8
0
8.3.3. [A.12.] Centro de Integração Esportiva
Objetivo: Criar um espaço voltado para a realização de eventos, focando os
esportes, cultura e o lazer. Um espaço de convivência da comunidade, que
influencie e também seja referência no município. A implantação deste equipamento
deve impulsionar o setor público e privado a trazer eventos, palestras e shows para
o município. Construir uma estrutura que possa atender a demanda de
equipamentos voltados ao esporte no município, local que promova a convivência,
preserve a história e incentive a prática de atividade física.
Justificativa: O município de Embu das Artes não possui qualquer tipo de
estrutura semelhantes que possa atender eventos esportivos, e atrações de grande
porte; A construção desta estrutura impulsiona o desenvolvimento, assim como
captação de eventos no município. Dessa forma, com o Parque Várzea do Rio
Embu-Mirim, será possível reunir interessados no aprendizado e na difusão de
informações e do esporte em suas diversas expressões. Existe uma crescente
demanda no município de um espaço que atenda a carência de equipamentos
urbanos que visem promover a integração de múltiplas atividades, áreas de
convivência para a população e visitantes e áreas para realização de eventos.
Descrição da Ação: Desenvolvimento do projeto e execução da obra de um
Centro de Integração Esportiva, que contemple: ginásio coberto, com tamanho e
piso oficiais, além de área para todas as modalidades esportivas. Quadras
poliesportivas e pista de atletismo. Arquibancada coberta com capacidade para 700
pessoas, salas de apoio, sanitários e vestiários.
Custo Estimado: R$ 2.000.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
1
Pág
ina 8
1
Pág
ina 8
1
8.3.4. [A.13.] Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Linear do Rio
Embu-Mirim
Objetivo: Desenvolver um plano de intervenção urbanística que contenha as
cheias do Rio Embu Mirim, estruturando-o como via paisagística. E estruturação da
infraestrutura urbana para a implantação do Centro de Integração Esportiva.
Justificativa: A primeira fase do projeto já foi entregue, entretanto para
qualifica-lo como um importante equipamento de atratividade turística o projeto deve
ser orientado para que a infraestrutura de toda sua implantação atenda a demanda
de crescimento que proverá a região de um importante eixo de circulação de turistas
e moradores.
Descrição da Ação: Desenvolver um plano de ação para implantação da
segunda fase do projeto existente. A 2ª fase inclui além da construção do Centro de
Integração Esportiva, toda a infraestrutura suporte, como caminhos, acessos,
bolsões de estacionamento, paisagismo, pavimentação, iluminação e mobiliário
urbano.
Custo Estimado: R$1.500.000,00
Abrangência: Regional
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
2
Pág
ina 8
2
Pág
ina 8
2
Figura 19 - Projeto do Parque Linear do Rio Embu Mirim
Fonte: divulgação.
Figura 20 - Deck do Parque Linear do Rio Embu Mirim, 1ª Fase
Fonte: divulagação.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
3
Pág
ina 8
3
Pág
ina 8
3
Figura 21 - 1ª Fase Parque Linear do Rio Embu Mirim
Fonte: divulgação.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
4
Pág
ina 8
4
Pág
ina 8
4
8.3.5. [A.14.] Parque Linear Centro Histórico
Objetivo: Ampliação do eixo de visitação da rota do artesanato do Centro
Histórico
Justificativa: O artesanato embuense é uma atividade cada vez mais
crescente e principal elemento da atratividade turística do município. O projeto que
compreende as vias Elias Yazbek, Pe. Belchior de Pontes, Paulo do Vale, Andronico
dos Prazeres Gonçalves, Av. São Paulo. Deve considerar não somente a
pavimentação como a implantação de equipamento urbanos que o qualifiquem como
área de lazer, circulação e contemplação da paisagem. Os eventos de artesanato se
irradiam e a infraestrutura precisa acompanhar para o estimulo e qualificação da
atividade. A tradicional Feira de Artes de Embu conta com uma grande variedade de
produtos artesanais, obras de arte, e também o chamado “industrianato”. A Feira do
Verde, que antigamente ocupava a Praça da Lagoa e agora está localizada na Rua
Siqueira Campos, incrementa junto com as barracas de alimentos e bebidas, a
diversidade de produtos oferecidos. Feiras como esta demandam de espaço pois se
torna cada vez mais frequentadas.
Descrição da Ação: Reestruturar o projeto existente, implantando mobiliário
adequado. Requalificar áreas verdes, paisagismo e iluminação.
Custo Estimado: R$ 1.200.000,00
Abrangência: Municipal
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
5
Pág
ina 8
5
Pág
ina 8
5
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A infraestrutura turística de Embu das Artes consolidada, encontra-se
saturada e desponta diretrizes referentes aos caminhos e problemáticas que devem
ser perseguidos para que a atividade possa se desenvolver de maneira sustentável
e ordenada. Este deve ser compreendido como desenvolvimento sustentável como
base para a preservação da identidade cultural, respeitando as especificidades
políticas, econômicas, sociais e ambientais da região.
A busca pela inovação, definida como a capacidade da cadeia produtiva do
turismo, deve compreender que a estruturação dos destinos turísticos dependende
de uma visão integradora do desenvolvimento produtivo e da competitividade, o que:
requer a articulação em redes; demanda investimentos em tecnologias; busca a
oferta de produtos e serviços segmentados que agreguem valores do patrimônio
sociocultural e ambiental e que gerem, como resultado, a ampliação da capacidade
de produção, de postos de ocupação, de difusão e de distribuição de produtos e
serviços, além da circulação da renda no território.
As propostas deste plano se inserem neste movimento, no qual apesar de
destacar a principal atividade turística do município, segue a demanda estimular
novas áreas e principalmente qualificar o produto turístico do morador da região. A
política de desenvolvimento dessas áreas caminha em consonância com as
necessidades da população embuense.
No geral estimular o produto turístico qualificando sua infraestrutura urbana
com serviços de qualidade, conforto ambiental. Promoção da integração e
fortalecimento do produtor, artesão e comerciantes. Estimulando estratégias de
infraestrutura turística, conjunto formado por obras e instalações de estrutura física e
de serviços indispensáveis ao desenvolvimento do turismo e existentes em função
da atividade.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA
Pág
ina 8
6
Pág
ina 8
6
Pág
ina 8
6
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos:
3.ed. apresentação. Rio de Janeiro, 2015.
BRASIL, Ministério do Turismo. Economia do turismo cresce no Brasil.
Porta do Ministério do Turismo, 2014. Disponível
em:<http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20140417-1.html>
Acesso em: 02 jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Economia Brasileira em Perspectiva.
Brasília, 2012. Disponível em: <http://www1.fazenda.gov.br/portugues/
docs/perspectiva-economia-brasileira/edicoes/Economia-Brasileira-Em-Perpectiva-
Mar-Abr12- alterado.pdf>. Acesso em: 19 de janeiro de 2015
BRASIL. Ministério do Turismo. 2014b. Turismo na Copa - Números da
Copa. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério do Turismo. 2014c. Estudo da Demanda Turística
Internacional durante a Copa do Mundo da FIFA 2014. Brasília, agosto de
2014.
BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo.
Brasília, 2013.
CIDADE BRASIL. Dados Econômicos de Embu das Artes, 2015.
IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do Turismo. 2.ed. São Paulo: Editora
Thompson, 2003.
LYNCH, Kevin. A boa forma da cidade. Lisboa, Portugal : Edições 70 ltda,
2007.
Recommended