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Projecto de Mobilidade Sustentável
RELATÓRIO DE PROPOSTAS
(Parte 2)
Agênc ia Portugue sa do Am biente Uni ve r s id ad e d e Ave ir o
Câmara Munic ipa l da M urtosa
Julho 2008
MURTOSA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
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EQUIPA CONSTITUINTE DO ESTUDO
EQUIPA COORDENADORA DO ESTUDO
Artur da Rosa Pires, Professor Catedrático, Universidade de Aveiro (Coordenação Científica)
Gonçalo Santinha, Assistente Convidado, Universidade de Aveiro
José Carlos Mota, Assistente, Universidade de Aveiro
Paulo Silva, Assistente, Universidade de Aveiro
EQUIPA TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE RELATÓRIO *
Artur da Rosa Pires, Professor Catedrático, Universidade de Aveiro (Coordenação Científica)
José Carlos Mota, Assistente, Universidade de Aveiro (Gestor de Projecto)
Gonçalo Santinha, Assistente Convidado, Universidade de Aveiro
Paulo Silva, Assistente, Universidade de Aveiro
Tiago Picão, Bolseiro de Investigação, Lic. em Planeamento Regional e Urbano
Sara Marques, Bolseira de Investigação, Lic. em Planeamento Regional e Urbano
Paulo Dias, Bolseiro de Investigação, Lic. em Planeamento Regional e Urbano
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
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ÍNDICE 3 QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA ............................................... 7
3.1. DIMENSÃO 1 – DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE APOIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À MOBILIDADE CICLÁVEL ........................................................... 9
3.1.1. INFRAESTRUTURAS CICLÁVEIS ................................................................ 10 3.1.2. ESTACIONAMENTO .............................................................................. 13 3.1.3. EQUIPAMENTOS DE APOIO .................................................................... 15 3.1.4. SERVIÇOS DE APOIO ............................................................................ 16
3.2. DIMENSÃO 2 – DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE DINAMIZAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL ....................................................................... 18
3.2.1. PÚBLICO-ALVO - JOVENS ...................................................................... 19 3.2.2. PÚBLICO_ALVO – POPULAÇÃO ACTIVA E ENTIDADES EMPREGADORAS ................. 22 3.2.3. PÚBLICO-ALVO – VÁRIOS PÚBLICOS-ALVO .................................................. 24
3.3. DIMENSÃO 3 - DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL ....................................................................... 25
3.3.1. ANIMAÇÃO ....................................................................................... 26 3.3.2. SERVIÇOS DE APOIO ............................................................................ 29 3.3.3. PROMOÇÃO E INFORMAÇÃO ................................................................... 31 3.3.4. ESTRUTURA ORGANIZATIVA .................................................................. 33
3.4. DIMENSÃO 4 - DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE I&D LIGADO À MOBILIDADE CICLÁVEL ....................................................................... 35 3.5. DIMENSÃO TRANSVERSAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÁVEL ...................................................................................... 36
3.5.1. NÍVEL NACIONAL ................................................................................ 37 3.5.2. NÍVEL REGIONAL ................................................................................ 39 3.5.3. NÍVEL MUNICIPAL ............................................................................... 41
4 OBJECTIVOS E PROPOSTAS ...................................................... 43
4.1. OBJECTIVO 1 - QUALIFICAR A MOBILIDADE URBANA EM MODOS SUAVES ...... 45 4.1.1. REDE PEDONAL DOS CENTROS URBANOS DA MURTOSA E TORREIRA ................... 47 4.1.2. CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRIO E DE ACESSIBILIDADE AO CENTRO DA
MURTOSA ........................................................................................ 51 4.1.3. INTERMODALIDADE ENTRE A BICICLETA E O TRANSPORTE PÚBLICO ................... 57 4.1.4. MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA.................. 59
4.2. OBJECTIVO 2 – VALORIZAR A MOBILIDADE CICLÁVEL LIGADA AO TURISMO E AO LAZER ....................................................................................... 66 4.2.1. CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRIO TURÍSTICO ....................................... 67 4.2.2. PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE
CICLÁVEL ........................................................................................ 72 4.2.3. LOGÍSTICA DE SUPORTE DAS ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL .
................................................................................................ 77 4.3. OBJECTIVO 3 – REDES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE MOBILIDADE CICLÁVEL 81
4.3.1. REDE CICLÁVEL REGIONAL DA RIA DE AVEIRO ............................................. 82 4.3.2. PLATAFORMA NACIONAL DE MOBILIDADE CICLÁVEL ...................................... 85 4.3.3. INTEGRAÇÃO EM REDES INTERNACIONAIS DE MOBILIDADE CICLÁVEL .................. 88
4.4. OBJECTIVO 4 – ADEQUAR A OFERTA TURÍSTICA DA REGIÃO PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL ...................................................................................... 91
4.4.1. MOBILIZAR OS AGENTES TURÍSTICOS DA REGIÃO PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL ... 92
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Relatório de Propostas
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4.4.2. PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL ........................................................................................ 97
4.5. OBJECTIVO 5 – NOVO QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÁVEL ..................................................................................... 103
4.5.1. ORGANIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO PARA APOIAR A MOBILIDADE CICLÁVEL ............... 104 4.5.2. FÓRUM MURTOSA CICLÁVEL ................................................................. 106
5 QUADRO SÍNTESE DE INVESTIMENTOS ........................................ 110
6 CONCLUSÕES ................................................................... 111
PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA MURTOSA ............. 118
PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA TORREIRA ............ 133
PROPOSTA DE ESQUEMA DIRECTOR DO SISTEMA CICLOVIÁRIO DA MURTOSA . 140
PROPOSTA DE REDE DE VIAS CICLÁVEIS URBANAS ................................ 146
PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE
UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS ............................................... 154
PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE
UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – POPULAÇÃO ACTIVA ................................ 165
PROPOSTA DE REDE CICLÁVEL TURÍSTICA ......................................... 170
PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL ........ 178
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA AUTARQUIA PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL 188
7 BIBLIOGRAFIA ................................................................... 193
8 WEBGRAFIA ..................................................................... 195
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES FIGURAS FIGURA 1 – Dimensões de Orientação que constituem o Quadro Teórico de Referência ........... 7 FIGURA 2 – National Cycling Strategy (Reino Unido) .................................................................... 9 FIGURA 4 – Circulação em banda ................................................................................................ 10 FIGURA 5 – Circulação segregada ............................................................................................... 10 FIGURA 3 – Collection of Cycling Concepts (Dinamarca) ............................................................ 10 FIGURA 6 - “Liveable Copenhagen: The Design of a Bicycle City” (Dinamarca) .......................... 10 FIGURA 7 – Linha de STOP avançada .......................................................................................... 11 FIGURA 9 – Estacionamento de Longo Prazo .............................................................................. 13 FIGURA 8 – Bicycle Parking Guidelines........................................................................................ 13 FIGURA 10 - End-of-trip facilities for bicycle Riders Cycle Note .................................................. 13 FIGURA 11 - Surrey Footway and Cycle Route Life Management Plan ....................................... 16 FIGURA 12 – Educação para a mobilidade ciclável ..................................................................... 19 FIGURA 13 – Guia para a organização de eventos de sensibilização para a mobilidade ciclável no espaço escolar ........................................................................................................................ 19 FIGURA 14 – Guias para curso de condução segura de bicicleta (Reino Unido) ......................... 20 FIGURA 15 – Good Practice Guide for Bicycle Safety Education (USA) ....................................... 20 FIGURA 16 – Projecto Herning employee Bikes .......................................................................... 22 FIGURA 17 – Cartaz do Liverpool Cycle Show ............................................................................. 24 FIGURA 18 – The European Greenways Good Practice Guide .................................................... 26 FIGURA 19 – Sports Tourism, an animation perspective ............................................................ 26 FIGURA 20 – DETOURS in France, empresa que promove programas integrados de cicloturismo em frança .................................................................................................................................... 29 FIGURA 21 – Imagem de marca associada ao cicloturismo em duas regiões da Irlanda e Irlanda do Norte ...................................................................................................................................... 31 FIGURA 22 – Imagem de marca que promove ecoturismo em espanha .................................... 31 FIGURA 23 – Estrutura centralizada ............................................................................................ 33 FIGURA 24 – Estrutura organizativa de tipo associativo que promove o ciclotourismo na região, com o mesmo nome, na Irlanda, ................................................................................................ 33 FIGURA 25 – Estrutura Associativa/Institucional ........................................................................ 34 FIGURA 26 – Marca Institucional que promove a mobilidade ciclável em inglaterra ................ 37 FIGURA 27 – Rede de Vilas Cicláveis de França........................................................................... 37 FIGURA 28 – Rede de Cidades Cicláveis da Noruega ................................................................. 37 FIGURA 29 – A região de Greater Wellington, na Nova Zelândia, conta com um orgão exclusivo para a Mobilidade Ciclável, GREATER WELLINGTON REGIONAL CYCLING FÓRUM .................... 39 FIGURA 30 – O munícipio da Toronto, no Canadá tem uma estrutura dedicada à Mobilidade ciclável, o Toronto Cycling Comitee ............................................................................................. 41 FIGURA 31 – Quadro de Objectivos ............................................................................................ 44 FIGURA 32 – Abordagem metodológica .................................................................................... 112 FIGURA 33 – Quadro Teórico de Referência ............................................................................. 113 FIGURA 34 – Objectivo 1 ........................................................................................................... 114 FIGURA 35 – Objectivo 2 ........................................................................................................... 115 FIGURA 36 – Objectivo 3 ........................................................................................................... 115 FIGURA 37 – Objectivo 4 ........................................................................................................... 115 FIGURA 38 – Objectivo Transversal ........................................................................................... 116 FIGURA 39 – Dimensão dos Passeios no Centro da Murtosa .................................................... 119
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FIGURA 40 – Passadeiras sem rebaixamento do passeio no Centro da Murtosa ..................... 120 FIGURA 41 – Sentidos de trânsito no Centro da Murtosa......................................................... 120 FIGURA 42 – Dimensão dos Passeios no Centro da Murtosa após intervenção ....................... 131 FIGURA 43 – Sentidos de Trânsito no Centro da Murtosa após intervenção ........................... 132 FIGURA 44 – Passeios com obstáculos à mobilidade pedonal na Torreira ............................... 134 FIGURA 45 – Dimensão dos passeios na Torreira ..................................................................... 135 FIGURA 46 – Vias cicláveis existentes no concelho da Murtosa ............................................... 141 FIGURA 47 – Estacionamento para bicicletas existente na Murtosa ........................................ 142 FIGURA 48 – Exemplo de equipamento de apoio ..................................................................... 143 FIGURA 49 – Exemplo de Sinalização/Mapa de Orientação ..................................................... 144 FIGURA 50 – Direcionamento do ciclista para o passeio .......................................................... 147 FIGURA 51 – Exemplo de Sinalização Horizontal a alertar para a partilha da via ..................... 148 FIGURA 52 – Esquema de implantação de Betume Modificado com Borracha........................ 149 Figura 53 – Esquema de implantação de Blocos de Betão ....................................................... 149 FIGURA 54 – Perfil de pistas cicláveis separadas pelo espaço de circulação automóvel .......... 150 FIGURA 55 – Perfil de Pista Ciclável em caso de existência de estacionamento automóvel longitudinal ............................................................................................................................... 151 FIGURA 56 – Perfil de Pista Ciclável de Duplo Sentido.............................................................. 151 Figura 57 – Esquema de Implantação de Betão Betuminoso Frio Colorido .............................. 152 FIGURA 58 – Perfil proposto para via pedonal e ciclável segregada......................................... 172 FIGURA 59 – Esquema de implantação de pavimentação em lajes de betão........................... 173 FIGURA 61 – Esquema de implantação de Solo Estabilizado .................................................... 175
QUADROS QUADRO 1 – ELEMENTOS QUE COMPÕEM UM SISTEMA DE MOBILIDADE CICLÁVEL ................. 9 QUADRO 2 –EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – INFRA-ESTRUTURAS CICLÁVEIS ......................... 12 QUADRO 3 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS - ESTACIONAMENTO ............................................ 14 QUADRO 4 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – EQUIPAMENTOS DE APOIO ............................. 15 QUADRO 5 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – SERVIÇOS DE APOIO ......................................... 17 QUADRO 6 – ACTIVIDADES DE DINAMIZAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL ............................... 18 QUADRO 7 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO JOVEM ................ 21 QUADRO 8 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO ACTIVA ............... 23 QUADRO 9 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO ............................ 24 QUADRO 10 – ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL .................................. 25 QUADRO 11 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – ANIMAÇÃO .................................................... 28 QUADRO 12 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – SERVIÇOS DE APOIO - ANIMAÇÃO ................. 30 QUADRO 13 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – PROMOÇÃO E INFORMAÇÃO- ANIMAÇÃO .... 32 QUADRO 14 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – ESTRUTURA ORGANIZATIVA - ANIMAÇÃO .... 34 QUADRO 15 – DIMENSÕES DAS ACTIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ....... 35 QUADRO 16 – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÁVEL .......................... 36 QUADRO 17 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL NACIONAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÀVEL ............................................................................................ 38 QUADRO 18 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL REGIONAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÀVEL ............................................................................................ 40 QUADRO 19 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL MUNICIPAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÀVEL ............................................................................................ 42 QUADRO 20 – QUADRO SÍNTESE DOS INVESTIMENTOS PROPOSTOS PARA A CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA ......................................................................................................... 110
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3 QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA
O Quadro Teórico de Referência de apoio à elaboração do Projecto de Mobilidade Sustentável
da Murtosa procurou reunir e clarificar um conjunto de princípios conceptuais e
metodológicos para o desenvolvimento de uma abordagem de planeamento da mobilidade
ciclável, indo ao encontro das expectativas do executivo municipal, devidamente comprovadas
e validadas através da elaboração do Diagnóstico.
O Quadro Teórico de Referência foi produzido com base em três conjuntos de elementos: por
um lado a leitura da documentação teórica existente sobre a matéria, por outro a avaliação
de boas práticas sobre documentos de orientação estratégica para a mobilidade ciclável a
nível nacional e municipal, e finalmente a análise e sistematização de um conjunto de
iniciativas e projectos sobre diferentes dimensões da mobilidade ciclável. Esta metodologia
deu origem à formulação de um conjunto de Dimensões de Orientação Teóricas, que
constituem o Quadro Teórico de Referência:
FIGURA 1 – DIMENSÕES DE ORIENTAÇÃO QUE CONSTITUEM O
QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA
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Estas dimensões de orientação constituem um ensaio de uma nova abordagem ao tema da
mobilidade ciclável que vai para além da abordagem clássica, baseada sobretudo no
planeamento da infra-estrutura ciclável, introduzindo um conjunto de novas preocupações
ligadas à necessidade de equacionar os equipamentos e os serviços de apoio adequados ao
funcionamento do sistema ciclável. Para além disso, pretende-se desenhar uma política de
dinamização da utilização regular da bicicleta (junto dos principais público-alvo – crianças,
jovens, activos e idosos) e de valorização e animação dos territórios cicláveis, articulando os
seus diversos recursos e atractivos (ambientais, culturais, patrimoniais e científicos).
Finalmente, a concretização deste conjunto de actividades exige a mobilização dos vários
actores com influência no território, a articulação com redes internacionais de aprendizagem e
troca de experiências e uma reflexão final sobre estruturas organizativas e institucionais de
apoio.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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3.1. DIMENSÃO 1 – DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE APOIO E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À MOBILIDADE
CICLÁVEL
A primeira dimensão procura definir um “Sistema de
Mobilidade Ciclável” que integre um conjunto de elementos
físicos (infra-estrutura, estacionamento) articulados com um
conjunto de equipamentos (cacifos, casas de banho, entre
outros) e serviços de apoio (na vertente de manutenção e
gestão do sistema, e dirigidos também aos utilizadores
(oficinas e assistência em viagem)), que assegurem e reforcem
os sentimentos de segurança e conforto dos utentes.
Este sistema deverá efectuar a ligação entre os principais
geradores de tráfego, através de percursos adequados ao
público-alvo (nomeadamente a ligação às escolas, onde os
percursos deverão atravessar locais onde a circulação
automóvel é reduzida, minimizando possíveis situações de conflito) com os equipamentos e
serviços de apoio a serem disponibilizando nestes, em locais centrais, ou em qualquer local/on
demand (caso da assistência em viagem).
Para cada um destes elementos existe um leque de pistas de solução que serão descritas nas
páginas seguintes.
Sub-dimensões Actividades
(3.1.1.) Infra-estruturas cicláveis
� Tipologias e standards de dimensionamento � Segurança rodoviária e pessoal � Coerência, continuidade, flexibilidade e conforto
(3.1.2) Estacionamento
� Localização � Segurança � Dimensionamento
(3.1.3) Equipamentos de apoio
� Balneários � Cacifos � Kit Ferramentas � Pequenas unidades comerciais
(3.1.4) Serviços de Apoio
� Gestão/Manutenção das Vias Cicláveis � Gestão dos Equipamentos de Apoio � Serviços SOS de reparações
QUADRO 1 – ELEMENTOS QUE COMPÕEM UM SISTEMA DE MOBILIDADE CICLÁVEL
FIGURA 2 – NATIONAL
CYCLING STRATEGY (REINO
UNIDO)
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3.1.1. INFRAESTRUTURAS CICLÁVEIS
Relativamente ao planeamento da infra-estrutura ciclável
identificaram-se três tipos de situações distintas. A primeira
consiste na definição de um sistema de circulação mista,
ocorrendo simultaneamente na mesma via que o tráfego
automóvel. As duas seguintes consistem na circulação em
espaço dedicado, nomeadamente, em faixa junto ao trânsito
automóvel, e numa pista dedicada exclusivamente à
deslocação em bicicleta.
De acordo com a literatura consultada, a circulação mista,
ocorrendo no mesmo espaço que o automóvel, deverá ser
utilizada apenas em locais onde a velocidade a que estes
circulam não exceda os 30 km/h. Recomenda-se no entanto, a
utilização de sinalização a alertar para a partilha da via.
Contudo, esta solução apresenta também vantagens,
nomeadamente o custo reduzido, a economia de espaço, e a
promoção de uma maior percepção da co-existência por parte
dos automobilistas.
A circulação em banda aplica-se a vias onde o tráfego circula a
velocidades mais elevadas, mas inferiores a 60 km/h. Consiste
numa faixa dedicada, no extremo exterior da faixa de rodagem
para os veículos motorizados, com uma largura mínima de 1,5
metros. No entanto, se por um lado aumenta as condições de
segurança, por outro pode diminuir a percepção dos
automobilistas da existência dos ciclistas, o que pode dar
origem a conflitos em intersecções, sendo recomendadas
algumas medidas de prevenção a este nível. Nomeadamente,
o avanço da linha de stop nas intersecções, de modo a
promover uma maior percepção dos automobilistas, e baias de
estacionamento com largura suficiente para a abertura das
portas, para evitar acidentes. Esta solução exige também um maior espaço e incorre em custos
mais elevados.
FIGURA 4 – CIRCULAÇÃO EM
BANDA
FIGURA 5 – CIRCULAÇÃO
SEGREGADA
FIGURA 3 – COLLECTION OF
CYCLING CONCEPTS (DINAMARCA)
FIGURA 6 - “LIVEABLE
COPENHAGEN: THE DESIGN OF A
BICYCLE CITY” (DINAMARCA)
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A circulação segregada em pista própria é indicada sobretudo para percursos onde os
automóveis circulem a velocidade superior a 60
km/h. Este constituirá o único motivo para a sua
existência, dado que esta solução prejudica a
percepção do automobilista da circulação em
bicicleta, o que se torna problemático a nível das
intersecções, onde se aconselha a utilização de
medidas de acalmia de tráfego. Para além disto, é a
solução que representa maiores custos. Esta
solução pode assumir duas variantes,
correspondentes à circulação num (largura mínima
de 1,5 metros) ou nos dois sentidos (largura mínima
de 2,25 metros).
Para além destas três soluções, existe ainda uma quarta, no âmbito do desenho urbano, não
direccionada especificamente para a mobilidade ciclável, mas para os modos suaves em geral,
posicionando-os no topo da hierarquia, com os veículos motorizados na base. Tem como
principal espaço de aplicação as vias urbanas com perfis reduzidos, inferiores a 10 metros, e
onde as condições para a circulação pedonal não são ideais. Consiste na eliminação dos
passeios, nivelando o pavimento e utilizando materiais adaptados à envolvente, reforçando a
urbanidade do espaço, promovendo o encontro, a paragem e o descanso em segurança. O
desenho do espaço pode obedecer no entanto, a duas soluções distintas. A primeira consiste
na utilização dos materiais de forma uniforme, e a segunda no desenho de divisões para os
diferentes tipos de utentes, através de diferentes materiais. Contudo, em ambas as soluções,
deverão constar marcações para o estacionamento automóvel. Nestas vias será admissível
apenas a circulação automóvel num sentido, autorizando-se contudo a circulação em bicicleta
em ambos.
No desenho e implementação de qualquer uma destas soluções, importa assegurar que a rede
proporcione condições de segurança, coerência e continuidade nos traçados e sinalização, e
flexibilidade e conforto na circulação.
Para assegurar condições de segurança, não deverá ser descurada a necessidade de
redesenhar intersecções e/ou ligações, como um sinal da prioridade atribuida à bicicleta,
aproveitando também a oportunidade para introduzir melhorias para os outros utilizadores
FIGURA 7 – LINHA DE STOP AVANÇADA FONTE: “LIVEABLE COPENHAGEN: THE DESIGN OF
A BICYCLE CITY”
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não motorizados. Para além disto, a segurança não é entendida apenas do ponto de vista
rodoviário, mas também pessoal, assegurada através da passagem por locais com uma
vivência elevada, um campo de visão abrangente, e iluminação adequada, contribuindo para
a prevenção de eventuais situações de criminalidade. A coerência é referente ao desenho das
vias e da sinalização, através de situações tipo estandardizadas, de modo a assegurar a
inteligibilidade e o “automatismo” na resolução de problemas de orientação. A coerência da
rede deverá encontrar-se também associada a uma lógica de continuidade, possibilitando a
ligação com a rede de transportes públicos.
A flexibilidade pode ser proporcionada através do desenho integrado da rede, nomeadamente,
atalhos através de locais sem condições para o tráfego motorizado, medidas de acalmia de
tráfego que tornem as deslocações em veiculos motorizados mais morosas, e prioridade da
rede ciclável sobre estradas secundárias. As condições de conforto dependem da utilização de
pavimentos com pouco atrito à bicicleta, durável e resistente (não necessitando de constante
manutenção) e com bom sistema de drenagem. Para além disto, o desenho da rede deverá
ainda evitar a proximidade com estradas principais, com forte intensidade e velocidade de
tráfego, devido a impactos visuais, sonoros e gasosos, e prever a segregação funcional em
secções com declives elevados.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Solução de Desenho Urbano para vias de perfil reduzido em Copenhaga
Eliminação dos passeios, passando os peões, automobilistas e ciclistas a circularem no mesmo espaço.
- Município de Copenhaga
Linha de STOP avançada em cruzamentos
Linha de STOP da faixa ciclável avançada em relação à faixa automóvel. Melhora a visibilidade do ciclista, evitando conflitos em mudanças de direcção à direita.
- -
Collection of Cycling Concepts www.cities-for-cyclists.org/dokumenter/cyccon.pdf
Guia de conceitos sobre a mobilidade ciclável, incluindo soluções para a resolução de conflitos e medidas que visão o aumento da segurança do ciclista.
-
Denmark Road Directorate
Sinalização Share the Road
Sensibilização para a circulação de automóveis e bicicletas no mesmo espaço.
- -
QUADRO 2 –EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – INFRA-ESTRUTURAS CICLÁVEIS
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3.1.2. ESTACIONAMENTO
O estacionamento constitui uma importante componente do
sistema, devendo ser assegurado nos principais geradores de
tráfego, e acompanhado por campanhas a alertar para o
facto do utente e/ou cliente se poder deslocar de bicicleta. A
ausência de espaço para o efeito poderá ser resolvida
através da reconversão de estacionamento automóvel. O
estacionamento deve assumir diferentes tipologias, de
acordo com a situação específica, nomeadamente, se a
paragem do utente é de curto ou longo prazo.
No primeiro caso, deverão ser disponibilizadas armações de
apoio ao estacionamento (dado que o utente deverá possuir
a corrente e o cadeado) que possibilite o bloqueio das rodas
e do guiador.
No segundo caso, deverá ser disponibilizado estacionamento
fechado, de modo a proteger a bicicleta, de forma mais
eficaz, contra roubo. Para além disto, protege a bicicleta contra
as intempéries.
Em ambos os casos a localização do estacionamento deverá
garantir satisfação dos seguintes critérios:
� Visibilidade e acessibilidade: O estacionamento deve ser
facilmente identificável e encontrar-se na frente dos
edifícios que servem;
� Segurança: O estacionamento deve ser localizado num
local animado pela circulação e/ou permanência de
cidadãos, de modo a que estes constituam uma forma de
vigilância involuntária;
� Ausência de conflitos com os peões: O estacionamento
deve ser localizado de modo a que o acto de estacionar não
perturbe a circulação dos pões. Para além disto, a solução a adoptar não deverá oferecer
perigo à circulação pedonal (ex: arestas salientes);
FIGURA 9 – ESTACIONAMENTO DE
LONGO PRAZO
FIGURA 8 – BICYCLE PARKING
GUIDELINES
FIGURA 10 - END-OF-TRIP
FACILITIES FOR BICYCLE RIDERS
CYCLE NOTE
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� Ausência de conflitos com os veículos motorizados: O estacionamento deve encontrar-se
segregado do estacionamento automóvel, através de uma barreira, ou de algum espaço
livre, de modo a evitar possíveis danos às bicicletas parqueadas.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Odense www.cities-for-cyclists.org/dokumenter/cyccon.pdf
Reconversão de estacionamento automóvel em estacionamento ciclável, aproveitando a oportunidade para realizar uma intervenção urbana
- Câmara Municipal de Odense
Bicycle Parking Guidelines http://www.sccrtc.org/bikes/APBP_bikepark.pdf
Guia técnico para a instalação de estacionamento seguro.
Realização de testes à
segurança dos vários modelos
de estacionamento
existentes
Association of Pedestrian and Bicycle Professionals (UK)
QUADRO 3 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS - ESTACIONAMENTO
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3.1.3. EQUIPAMENTOS DE APOIO
Os equipamentos de apoio são elementos complementares ao estacionamento, de acordo
com a função deste, nomeadamente, dirigido a funcionários, a utentes, ou a paragens em
deslocações de médio/longo curso.
O estacionamento dirigido a funcionários deverá ser complementado com cacifos, balneários e
ferramentas para a bicicleta (bomba de ar e kit de remendos). Estes equipamentos deverão
localizar-se nas proximidades do estacionamento, sem acesso para indivíduos não afectos à
entidade empregadora.
O estacionamento para os utentes de um dado equipamento, comércio ou serviço, deverá ser
acompanhado com cacifos e balneários, nas proximidades do estacionamento.
No estacionamento como local de repouso para utilizadores da bicicleta em deslocações de
longo curso (ex: regionais), os equipamentos de apoio (cacifos e balneários) deverão
encontrar-se integrados numa estrutura que inclua também pequenas unidades comerciais.
Nestas unidades comerciais, os ciclistas poderão encontrar bens alimentícios, e bens e serviços
destinados às bicicletas (ex: bombas de ar).
Os cacifos e chuveiros, presentes em todas as funções, têm o objectivo de minimizar o
desconforto que a viagem pode proporcionar. Os cacifos deverão ser seguros e desenhados de
forma a permitir a utilização de cabides, sendo alvo de manutenção periódica de modo a
manter condições ideais de utilização e segurança.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
End-of-trip facilities for bicycle Riders Cycle Note http://www.transport.qld.gov.au/resources/file/eb690544340f2a2/C4_End_of_trip_facilities_for_bicycle_riders.pdf
Guia para a instalação de estacionamento e equipamentos de apoio, direccionado para empresas e funcionários.
Identificação dos equipamentos de apoio a instalar e definição de critérios de qualidade e localização
Queensland Government
A guide to being a cycle friendly employer http://www.celebratingcycling.org/images/CFE%20newsletter100.pdf
Guia para a promoção da bicicleta por parte das entidades empregadoras.
- Lancaster City Council
QUADRO 4 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – EQUIPAMENTOS DE APOIO
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3.1.4. SERVIÇOS DE APOIO
Quanto aos serviços de apoio, a gestão/manutenção das vias
cicláveis deverá ter a sua base num inventário das vias
existentes, incluindo as suas características, condições e
problemas já ocorridos, associada a uma hierarquização da
mesma (se tal se justificar). As condições deverão ser avaliadas
em termos de segurança (problemas a nível da manutenção e
defeitos de desenho), qualidade do serviço (adaptação à
função, integração com a rede) e sustentabilidade
(localização, relação com os principais geradores de tráfego,
que asseguram a sua utilização).
O objectivo consiste em dar prioridade a intervenções e
inspecções (de acordo com a intensidade do seu uso), optimizando recursos. No entanto,
deverá ser assumida uma postura pró-activa, através da calendarização regular de inspecções
e de actividades, como por exemplo a pintura de faixas ou o tratamento/eliminação de
vegetação a obstruir a via. A participação da população não deve ser ignorada, nomeadamente
quanto a sugestões e eventuais reclamações. A sua participação poderá ser organizada através
da promoção de criação de grupos locais, representantes de cada bairro e/ou freguesia.
Para além dos serviços de apoio destinados à gestão/manutenção da infra-estrutura e
equipamentos de apoio, o sistema deverá incluir também serviços de apoio dirigidos aos
utentes, nomeadamente uma oficina, ou rede de oficinas, para serviços de reparação. Para
tornar este serviço eficaz e flexível, deverá ser disponibilizado um serviço móvel, semelhante à
Assistência em Viagem existente para os automobilistas. Para isto deverá encontrar-se
disponível um número de telefone, para o qual os utentes podem pedir ajuda no local onde se
encontram, sendo a resposta assegurada através de uma oficina móvel.
No entanto, não será suficiente, num primeiro momento, criar um “Sistema de Mobilidade
Ciclável” como o descrito até ao momento. É necessário sustentar a evolução do mesmo nos
desenvolvimentos futuros, através, por exemplo, dos Planos Municipais de Ordenamento do
Território (PMOT’s). Estes deverão englobar parâmetros obrigatórios a cumprir nos novos
desenvolvimentos urbanos, de modo a manter o equilíbrio do sistema. O Quadro seguinte
apresenta alguns exemplos de parâmetros (que também poderão ser utilizados no
planeamento actual).
FIGURA 11 - SURREY FOOTWAY
AND CYCLE ROUTE LIFE
MANAGEMENT PLAN
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Contudo, estas medidas, se são suficientes para pequenos desenvolvimentos, numa óptica de
optimização de recursos, não serão ideais no caso de desenvolvimentos com maior impacto
sobre o território, não apenas físico, mas também social. Assim, estes desenvolvimentos
deverão ser acompanhados com maior atenção, e interacção, entre a administração local e/ou
grupos locais e os promotores destes, não limitando o seu papel ao cumprimento da lei,
sensibilizando-os para a influência que irão ter no “Sistema de Mobilidade Ciclável”, e qual o
papel (activo) que poderão desempenhar para a sustentabilidade do mesmo.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Surrey Footway and Cycle Route Life Management Plan http://www.surreycc.gov.uk/
Estratégia para manter a qualidade de serviço das vias cicláveis, relativamente às condições de circulação, conforto e segurança.
Manutenção de um inventário detalhado das vias existentes, incluindo as suas características e condições. Hierarquização das vias existentes segundo a sua utilização efectiva e/ou esperada, de modo a prioritizar intervenções e inspecções, optimizando a utilização de recursos. Registo das observações/reclamações dos utentes.
Surrey County Council
Toronto Cycling Committee http://www.toronto.ca/cycling/committee/
Comité com o objectivo de prestar apoio e suporte ao município no desenho e desenvolvimento de políticas e programas, de modo a tornar a cidade segura e atractiva para a utilização da bicicleta.
O Comité promove a criação de grupos em cada “sub-secção” (bairro, freguesia) de modo a conhecer as necessidades e problemas existentes, servindo este de ponte com o município.
Toronto City Council
The Bicycle Doctor (Seattle) http://www.bicycledoctor.com/
Oficina móvel que efectua serviços de reparação no local onde o cliente se encontra.
Disponibilização de um número de telefone, para o qual os clientes solicitam o serviço.
Iniciativa privada
Cycling Interests in Planning Schemes http://www.transport.qld.gov.au/Home/Projects_and_initiatives/Plans/Queensland_transports_interests_in_planning_schemes/Cycling_interests_in_planning_schemes/#top
Conjunto de Orientações para a inclusão da mobilidade ciclável nos Instrumentos de Gestão Territorial
- Queensland Government
QUADRO 5 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – SERVIÇOS DE APOIO
Tipo de Parâmetro Parâmetro
Estacionamento Um lugar de estacionamento por n m2 de Área Bruta de Construção
(nota: diferenciado no caso de comércio, para trabalhadores e visitantes)
Equipamentos de Apoio Um cacifo por n lugares de estacionamento
Um chuveiro por n lugares de estacionamento
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3.2. DIMENSÃO 2 – DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE
DINAMIZAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
A dimensão anterior debruçou-se sobre um “Sistema de Mobilidade Ciclável” definido como
um conjunto de elementos e estruturas de apoio. No entanto, a sua existência não se traduzirá
directamente numa maior utilização da bicicleta. Assim, torna-se evidente a necessidade de
sensibilizar e motivar os cidadãos para o uso da mesma, numa lógica pendular, e não apenas
recreativa. Este processo poderá passar pelo desenvolvimento de actividades de dinamização
da mobilidade ciclável.
Contudo, considera-se necessário ter em conta os diferentes públicos-alvo, nomeadamente, a
população jovem, orientando as actividades para uma lógica de educação, e a população em
idade activa, numa lógica de sensibilização.
Sub-dimensões Actividades
(3.2.1) PUBLICO ALVO – CRIANÇAS E JOVENS
� Aulas de condução segura � Concursos de corrida de bicicleta � Promoção com imagem e/ou mascote apelativa � Eventos nas escolas
(3.2.2) PUBLICO ALVO – POPULAÇÃO ACTIVA / ENTIDADES EMPREGADORAS
� Planos de Mobilidade Família / Bairro � Campanhas de sensibilização � Bicicletas nas empresas para serviços externos � Bicicletas de empréstimo pelas entidades empregadora
(3.2.3) VÁRIOS PUBLICOS ALVO
� Exposições/Feiras � Concursos e/ou demonstrações de BTT/BMX � Apoio personalizado às opções de mobilidade (por família/bairro) � Bicicletadas/Massa Crítica
QUADRO 6 – ACTIVIDADES DE DINAMIZAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
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3.2.1. PÚBLICO-ALVO - JOVENS
O local privilegiado para a educação dos jovens é o espaço
escolar, através de actividades nas quais se deverá sensibilizar
e criar o gosto pela utilização da bicicleta, nomeadamente:
� Concursos de corridas de bicicleta, com a possibilidade do
envolvimento de várias escolas, quer a nível local,
regional, ou até nacional);
� Campanha de marketing com recurso a uma imagem e
mascote apelativas;
� Eventos anuais, como uma semana subordinada à
temática “Eu vou de bicicleta para a escola”, organizando
várias actividades de promoção da bicicleta.
Nomeadamente, passeios (incluindo a participação de pais
e professores, e ainda figuras conhecidas e admiradas
pelos jovens, como por exemplo, campeões desportivos),
rifas com prémios associados à bicicleta, ou mesmo
bicicletas, aulas de mecânica básica e manutenção da
bicicleta (com o apoio de lojas/oficinas locais), concursos
de decoração de bicicletas e incluindo um ou mais
momentos de refeição ligeira (de modo a manter
audiência). Adicionalmente, os alunos deverão colaborar
na promoção do evento, através de concursos de desenho
de cartazes, de modo a sentirem-se mais integrados neste.
� Contagem e soma de quilometragem percorrida pelos
alunos, associada a uma tabela com distâncias da escola, ou
concelho, a vários locais do globo, consistindo num incentivo psicológico para pedalar até
ao destino (virtual).
FIGURA 12 – EDUCAÇÃO PARA
A MOBILIDADE CICLÁVEL FONTE: WWW.PEDNET.ORG
FIGURA 13 – GUIA PARA A
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DE
SENSIBILIZAÇÃO PARA A
MOBILIDADE CICLÁVEL NO ESPAÇO
ESCOLAR
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Para além de sensibilizar, é indispensável educar para o uso,
ensinando a circular de uma forma mais segura e responsável,
criando uma maior auto-segurança e eliminando o receio de
utilizar a bicicleta junto aos automóveis, uma das principais
razões para não utilizar a bicicleta. Assim, deverão ser
facultadas aulas de bicicleta nas escolas para que os alunos
adquiram não só competências para conduzir uma bicicleta,
mas também para o fazer de forma segura, adoptando uma
postura de “condução defensiva”. Contudo, a abordagem
deverá ser efectuada de uma forma modular, com
cumprimento de objectivos:
� No fim de uma primeira fase, o aluno deverá ter
competência para:
� Identificar problemas na bicicleta;
� Montar a bicicleta e pedalar distâncias curtas
evitando obstáculos e travando sem auxílio;
� Controlar as mudanças;
� Assinalar mudanças de direcção sem se
desequilibrar.
� A segunda fase deverá atribuir ao aluno competências para:
� Iniciar e finalizar uma viagem na rua, ultrapassando veículos parqueados ou a
circularem lentamente, atravessando cruzamentos, efectuando mudanças de
direcção à esquerda e à direita;
� Estar consciente da envolvente e do espaço que deve ocupar;
� Assinalar as manobras para os outros utilizadores;
� Explicar decisões tomadas durante o percurso, demonstrando conhecimento das
directrizes de uma condução segura;
� Conhecer sinalização rodoviária;
� A formação deverá encontrar-se concluída na terceira fase, com o aluno a sentir-se à
vontade e em segurança em condições normais de circulação, reconhecendo possíveis
perigos e soluções. Para além disto deverá deter ainda capacidade para escolher os
percursos a efectuar nas viagens a realizar no futuro.
FIGURA 14 – GUIAS PARA CURSO
DE CONDUÇÃO SEGURA DE BICICLETA
(REINO UNIDO)
FIGURA 15 – GOOD PRACTICE
GUIDE FOR BICYCLE SAFETY
EDUCATION (USA)
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BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Bike It
http://www.sustrans.org.uk/
Conjunto de actividades de promoção de utilização da bicicleta na escola: � Aulas de bicicleta � Eventos � Introdução da bicicleta
em programas escolares
Parcerias com as escolas
Bike Hub (indústria) – Financiamento
Sustrans – Gestão da iniciativa
Bikeability
www.bikeability.org.uk
Aulas de condução segura de bicicletas para todas as
idades
Parceria entre a Cycling England e as autoridades locais
Cycling England – Forma formadores
Autoridades locais –
Oferecem aulas
Bike to School Week
http://www.bikeforall.net/bike_to_school_week_2006.p
hp
Semana anual de promoção da bicicleta, através da realização de actividades lúdicas, educativas e sensibilizadoras para a mobilidade ciclável
Promoção da realização do evento, através de um guião, junto das escolas e pais
Sustrans
Con Bici Al Cole (Espanha)
Programa de promoção da utilização da bicicleta nas escolas espanholas, para alunos entre 6 e os 12 anos.
Criação de fichas de actividades, com instruções e material necessário.
ConBici – Grupo advocatório da
bicicleta Apoio do Ministério
do Ambiente de Espanha
QUADRO 7 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO JOVEM
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3.2.2. PÚBLICO_ALVO – POPULAÇÃO ACTIVA E ENTIDADES EMPREGADORAS
A população em idade activa deverá também poder participar
nestas aulas, não obstante a necessidade de actividades de
sensibilização, para as quais o local de emprego consistirá o
espaço mais apropriado. Para isto, é indispensável contar com
a participação das entidades empregadoras. Um incentivo
base consistirá na disponibilização de equipamentos de apoio
à utilização da bicicleta, descritos no ponto anterior dedicado
ao Sistema Ciclável. Nomeadamente, estacionamento seguro,
cacifos, chuveiros e ferramentas para a bicicleta. Asseguradas estas condições, existem ainda
outras formas de sensibilização:
� Disponibilização de bicicletas para serviços externos, representando mais-valias para o
empregado (por exemplo, a nível da saúde), e para a própria entidade empregadora,
através de publicidade, e reduzindo os custos (apenas aquisição e manutenção), por
comparação com um veículo motorizado.
� Disponibilização de bicicletas para as deslocações casa-trabalho, a empregados que
utilizam o automóvel para as realizar. A bicicleta deverá poder ser adquirida a um preço
reduzido pelo empregado, se este a utilizar, de forma regular, durante o período de um
ano. Este incentivo atribuirá, à entidade empregadora, uma imagem de responsabilidade
social e de uma empresa “verde”, com preocupações ambientais, devendo para o efeito,
ser assegurada cobertura mediática.
FIGURA 16 – PROJECTO HERNING
EMPLOYEE BIKES FONTE: “COLLECT ION OF CYCLING
CONCEPTS”, ROAD DIRECTORATE,
DINAMARCA
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BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Herning Employee Bikes www.cities-for-cyclists.org/dokumenter/cyccon.pdf
Projecto de oferta de bicicletas por parte das entidades empregadoras aos seus empregados
Motivação das entidades empregadoras através da publicidade às mesmas nas bicicletas e da cobertura mediática
Município de Herning e Herning Central Hospital – divulgação e mobilização para o projecto e co-financiamento
Darwins Deli work bikes
Empresa de fabrico e distribuição de sandwiches, em Londres que adoptou a bicicleta como meio de distribuição
Aquisição das bicicletas e personalização com a imagem da empresa. Contrato com uma oficina local para os serviços de reparação.
Darwins Deli
WBM Pty Ltd – Emprego “amigo da bicicleta”
Empresa de consultoria em engenharia, que oferece parqueamento para bicicletas, cacifos e chuveiros para utilização pelos colaboradores
- WBM Pty Ltd
QUADRO 8 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO ACTIVA
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3.2.3. PÚBLICO-ALVO – VÁRIOS PÚBLICOS-ALVO
As actividades de dinamização da mobilidade ciclável deverão
consistir ainda em iniciativas dirigidas a ambos os públicos-alvo, com
por exemplo:
� Exposições e Feiras temáticas, com novos modelos e designs;
� Concursos e/ou demonstrações de BMX e BTT;
Uma das medidas relevantes passa pelo apoio e informação
personalizada ao domicílio (dirigida a famílias) sobre as opções de
mobilidade disponíveis, realizando uma comparação entre a bicicleta
e os outros modos de transporte. Esta comparação deverá recair
sobre uma diversidade de parâmetros, como o tempo e o valor
dispendido. Estes exercícios podem ser feitos à escala do Bairro/freguesia, desenvolvendo
planos para famílias/grupos de famílias/amigos.
Finalmente, regista-se a importância de mobilizar o desenvolvimento de movimentos sociais
urbanos ligados à dinamização do uso da bicicleta, por exemplo as Bicicletadas/Massa Crítica
(http://www.massacriticapt.net/ ).
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Liverpool Cycle Show
Evento que promove a visibilidade da bicicleta com acrobacias, exposição de história e inovação de bicicletas
Parceria entre o município e uma empresa de realização de eventos
Promoção: Liverpool City Council Organização: HealthStart – Gestão de eventos comerciais
Travel Smart http://www.sustrans.org.uk
Informação e apoio personalizado às famílias na decisão, entre as várias alternativas de mobilidade, com destaque para a bicicleta
Consulta ao domicílio, beneficiando a empresa privada (Socialdata) com a informação estatística obtida, e os utentes com a melhoria nas suas opções de mobilidade.
Sustrans – promove a iniciativa Socialdata – Realiza as consultas e presta apoio
QUADRO 9 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – DINAMIZAÇÃO POPULAÇÃO
FIGURA 17 – CARTAZ DO
LIVERPOOL CYCLE SHOW FONTE: WWW.CTC.ORG.UK
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3.3. DIMENSÃO 3 - DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO
DA MOBILIDADE CICLÁVEL
Na actualidade, a bicicleta é considerada um modo de deslocação associado ao lazer e ao
desporto. Embora o objectivo do presente projecto seja o de tornar e demonstrar o potencial
da bicicleta como um meio atractivo, seguro e confortável para as deslocações do dia-a-dia,
não é desejável ignorar a oportunidade que esta realidade oferece, para a promoção da
bicicleta como veículo de fruição dos recursos e atractivos do território, e consequentemente,
para o seu desenvolvimento socio-económico.
As iniciativas no âmbito desta temática deverão ser desenhadas de forma integrada,
articulando actividades de Animação, de Promoção e Informação, complementadas por
Logística de Apoio. A articulação deverá encontrar-se a cargo de uma estrutura organizativa
sustentável, que integre as visões dos agentes associados a estas actividades.
Dimensões Actividades
(3.3.1) Animação
� Pontos de interesse � Plano de Animação � Programa de Animação � Animadores
(3.3.2) Serviços de Apoio
� Alojamento � Restauração � Programas Integrados � Serviço de Emergência
(3.3.3) Promoção e Informação
� Agentes de Turismo � Guias de percursos e atracções � Página de internet � Imagem de marca � Merchandising
(3.3.4) Estrutura Organizativa
� Agentes � Funcionamento � Financiamento � Comunicação
QUADRO 10 – ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
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3.3.1. ANIMAÇÃO
As actividades de Animação da mobilidade ciclável consistem
na criação e animação de percursos cicláveis associados a
pontos de interesse e/ou eventos temporários/periódicos,
valorizando recursos locais e/ou regionais, nomeadamente:
� Arquitectura – Percursos de ligação entre ex-líbris;
� Ambiente – Percursos articulando vários locais de valor
paisagístico ou de biodiversidade;
� História – Percursos de ligação entre locais de interesse
histórico;
� Cultura – Percurso de ligação entre locais onde se
desenvolvem actividades de cariz cultural.
A estes recursos poderá ser associada ainda uma componente
cientifica, através da produção e divulgação de conhecimento
cientifico sobre os mesmos.
Os elementos de atracção podem constituir também
elementos não pré-existentes, criados para o efeito (embora
possam derivar, ou assumir relações com recursos locais,
como por exemplo, materiais) como peças de arte ou
actividades de cariz científico (circuitos com pequenas
experiências e/ou observação nocturna), ou ainda de cariz desportivo (programas nos quais se
pratica uma diversidade de desportos em vários locais ligados por bicicleta).
No entanto, não se revela suficiente a criação dos percursos para que a utilização dos mesmos
entre os pontos de interesse se concretize. Para o sucesso da iniciativa de animação, é
necessária a existência de um Plano de Animação e de um Programa de Animação decorrente
do anterior.
O Plano de Animação consiste no planeamento metódico das actividades através da
identificação dos recursos existentes no território para a promoção de animação; e do seu
estudo, procurando definir e optimizar um ou mais padrões, de acordo com variáveis como
tempo, custo e orçamento estimado. Como resultado, o Plano de Animação deverá
FIGURA 18 – THE EUROPEAN
GREENWAYS GOOD PRACTICE
GUIDE
FIGURA 19 – SPORTS TOURISM,
AN ANIMATION PERSPECTIVE FONTE: JOURNAL OF SPORT & TOURISM,
9:4, 317 - 322
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apresentar a estratégia a seguir, com os recursos a utilizar e/ou valorizar, através de um
Programa de Animação.
O Programa de Animação consiste na organização periódica das actividades, através da
definição dos locais onde ocorrem, o horário e a sua duração. Esta definição tem em conta a
articulação entre as várias actividades, prevendo o meio de transporte utilizado para a
deslocação dos visitantes entre as mesmas. O programa de animação procura ainda conciliar a
organização das actividades com os estabelecimentos hoteleiros existentes, a duração de
estadia do visitante, a sua faixa etária e necessidades específicas (ex: deficientes motores).
Contudo, o processo de animação necessita ainda de outro recurso, nomeadamente humano,
o “animador”. O “animador” consiste no indivíduo que guia os visitantes através do programa
e da realização das actividades. Assume os papéis de “(…) líder, educador, instrutor,
organizador e activador” das actividades (Tekin, A. 2004). Assim, a formação de animadores é
também parte integrante do processo de planeamento da animação. Contudo, a sua formação
não se deve limitar à aquisição de conhecimento no âmbito das actividades, incluindo
formação ao nível dos recursos humanos, de modo a responder às necessidades dos visitantes
e promover a sensação de bem-estar na realização das mesmas.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
The KingFisher Cycle Trail
Conjunto de rotas cicláveis associadas ao património natural e cultural da região.
Concretizada através da Plataforma Greenbox, que reúne os operadores de serviços turísticos (hotelaria, restauração, artesanato, entre outros).
Greenbox – Plataforma de promoção do eco-turismo em duas regiões da Irlanda e Irlanda do Norte
Vias Verdes www.viasverdes-ffe.com
Rede de vias pedonais e cicláveis com uma imagem e logótipos próprios, associados a uma componente de merchandising.
Reconversão de linhas de caminho-de-ferro inutilizadas em ecovias, e respectivo equipamento (estações, apeadeiros) em estruturas de apoio (pousadas, pequenos espaços comerciais).
Fundácion de los Ferrocarriles Españoles
Ciclovia de Ligação York-Selby in” The European Greenways Good Practice Guide”, European Greenways Association
Reaproveitamento de um troço da antiga linha de comboio, integrando obras de arte, com a função de elementos marcantes, que conferem identidade a estas vias, promovendo o turismo na região
Mobilização da comunidade local, através da colaboração da população com os artistas e da doação de materiais para a elaboração das obras por parte das empresas locais
Sustrans, ONG’s e administrações locais e regionais – Financiamento Escolas de Arte – Elaboração das obras de arte
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Ciclovia de Ligação Eghezée-Namur in” The European Greenways Good Practice Guide”, European Greenways Association
O uso de estudos de impacte ambiental para um percurso ciclável regional mais atractivo, seguro e ecológico.
Avaliação de parâmetros, com o objectivo de identificar pontos de atracção (observação de aves, paisagem) e de repulsão (perigo para o utente, impactos negativos sobre as espécies).
Land Use, Housing and Real Estate General Directorate
QUADRO 11 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – ANIMAÇÃO
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3.3.2. SERVIÇOS DE APOIO
A animação, constituindo uma actividade dirigida para os
visitantes de um território, necessita de um conjunto de
serviços de apoio que possibilitem a sua permanência, e
consequentemente, actividades de longa duração. Para além
disto, o tempo dispendido pelos visitantes reflecte-se no
desenvolvimento socio-económico do território.
Os serviços de apoio constituem a oferta de alojamento e de
restauração, sendo conveniente a existência de continuidade
entre as actividades de animação e estes serviços. Ilustrando, à promoção de actividades
fortemente associadas à cultura e à identidade do território, deverá encontrar-se associada
uma componente de alojamento, em construções típicas (de preferência
reutilizações/reconstruções, evitando a “disneyficação”), e de restauração, através da
gastronomia daquele território.
A permanência dos visitantes, e a continuidade entre as actividades e os serviços de apoio, é
assegurada através da oferta de programas integrados. Estes programas consistem na
organização, num período de tempo específico (por exemplo, 3 ou 7 dias), de um conjunto de
actividades para o visitante, articulado com o alojamento e a restauração em unidades que
respeitem os princípios descritos acima. Para além disto, o programa inclui também o aluguer
de bicicletas, se estas forem requisitadas pelos visitantes.
Para além destes serviços, quando o programa não inclui a existência de um guia/animador,
afigura-se importante a existência de um serviço de emergência dedicado ao visitante, por
intermédio de um número de telefone.
FIGURA 20 – DETOURS IN FRANCE,
EMPRESA QUE PROMOVE PROGRAMAS
INTEGRADOS DE CICLOTURISMO EM
FRANÇA FONTE: WWW.DETOURS-IN-FRANCE.COM
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BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
The KingFisher Cycle Trail
Guia de alojamentos associados a conjunto de rotas cicláveis turísticas
Concretizada através da Plataforma Greenbox, que reúne os operadores de serviços turísticos (hotelaria, restauração, artesanato, entre outros).
Greenbox – Plataforma de
promoção do eco-turismo em duas
regiões da Irlanda e Irlanda do Norte
Programa integrado
Oferta de programas integrados, incluindo bicicleta, alojamento e restauração
DETOURS in France
Contacto de emergência
Disponibilização de um número de telefone associado a um serviço de assistência/emergência
- DETOURS in France
QUADRO 12 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – SERVIÇOS DE APOIO - ANIMAÇÃO
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3.3.3. PROMOÇÃO E INFORMAÇÃO
Os programas de animação, e os programas integrados, após a sua definição e organização
necessitam de ser promovidos, de modo a garantir a sua fruição por parte dos visitantes. Uma
forma de promoção dos programas integrados, consiste na sua oferta através de Agentes de
Turismo. A promoção por este meio deve ser apoiada pela disponibilização de guias dos
percursos e das actividades oferecidas.
Contudo, a oferta através dos Agentes de Turismo é algo restritiva e pouco passível, ou de
elevado custo, de actualização da informação, dada a dinâmica assumida pelas actividades de
animação. Assim, o veículo privilegiado para a promoção e informação sobre as actividades de
animação consiste na internet, através da disponibilização de uma site. Este veículo de
promoção permite disponibilizar os seguintes conteúdos:
� Mapa dos percursos e descrição das principais atracções/animações disponíveis,
incluindo imagens;
� Informações sobre alojamento e restauração;
� Programação de Eventos;
� Testemunhos de visitantes;
� Roteiros para viajar para o local;
� Promoção de programas integrados
� Subscrição de uma newsletter com principais novidades/eventos;
Para além disto, um importante veículo de promoção consiste na
criação de uma imagem de marca, associada aos programas de
animação e aos programas integrados. É importante que esta
imagem esteja associada a padrões de qualidade assegurados pela
certificação de continuidade entre os programas de animação e os
serviços de apoio.
A utilização da imagem de marca em produtos de merchandising
(associados ao território) contribui também para a promoção e
publicitação dos programas.
FIGURA 21 – IMAGEM DE MARCA
ASSOCIADA AO CICLOTURISMO EM DUAS
REGIÕES DA IRLANDA E IRLANDA DO
NORTE FONTE: WWW.GREENBOX.IE
FIGURA 22 – IMAGEM DE MARCA QUE
PROMOVE ECOTURISMO EM ESPANHA FONTE: WWW.VIASVERDES.COM
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BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Special Offer Allerts (newsletter)
Newsletter com oferta de programas
Subscrição através da página internet do serviço. Envio para os subscritores de noticias e ofertas de programas
Greenbox Network
Site “King Fisher Cycle Trail”
Página de internet de promoção dos percursos cicláveis da King Fisher Cycle Trail
Espaço de promoção da King Fisher Cycle Trail, através de: � Mapa dos
percursos � Descrição das
principais atracções disponíveis, incluindo imagens;
� Informações sobre alojamento e restauração;
� Testemunhos de visitantes
Greenbox Network
Greenbox Blogue Blogue da rede de ecoturismo Greenbox
Espaço de divulgação de noticias gerais sobre ecoturismo e desenvolvimento sustentável, novidades dos membros da rede, eventos e acções de formação
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QUADRO 13 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – PROMOÇÃO E INFORMAÇÃO- ANIMAÇÃO
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Relatório de Propostas
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3.3.4. ESTRUTURA ORGANIZATIVA
O desenvolvimento da oferta de programas integrados de animação, tal como definido nas
páginas anteriores (organização periódica das actividades, através da definição dos locais onde
ocorrem, o horário e a sua duração, em articulação com com os estabelecimentos hoteleiros
existentes, a duração de estadia do visitante, a sua faixa etária e necessidades específicas)
exige naturalmente a coordenação entre as actividades realizadas nos pontos de interesse e a
logística de apoio. A coordenação pode ser realizada de duas formas distintas, nomeadamente
através de uma estrutura centralizada, ou de uma estrutura associativa/institucional.
Na estrutura centralizada, a coordenação
encontra-se a cargo de uma entidade que
desenha e promove, individualmente, um ou
mais programas de animação, e constitui o
intermediário entre o visitante e os
estabelecimentos hoteleiros. Esta estrutura
apresenta a vantagem de uma maior rapidez no
desenho e implementação de programas, ao não
existir um elevado grau de interacção entre esta
entidade e os agentes responsáveis pelos pontos
de interesse e/ou logística de apoio,
minimizando possíveis conflitos. Contudo, esta
estrutura ignora as potencialidades decorrentes
da existência de sinergias entre os diversos
agentes, dado que apenas tem a sua base na
realidade do momento, e cada um dos pontos de
interesse de forma isolada.
A estrutura associativa/institucional
compreende a existência de uma plataforma suportada pelos seus membros, nomeadamente,
os agentes responsáveis pelos pontos de interesse, pela logística de apoio e outros
fornecedores de serviços associados. A plataforma, para além do desenho e organização dos
programas integrados de animação, pode contribuir para a criação de sinergias entre os seus
membros, se assumida também como espaço de diálogo, troca de experiências e geração de
projectos, iniciativas e eventos. Complementarmente, a promoção através de uma imagem de
FIGURA 23 – ESTRUTURA CENTRALIZAD A
Ponto de Interesse
Logística de Apoio
FIGURA 24 – ESTRUTURA ORGANIZATIVA DE TIPO
ASSOCIATIVO QUE PROMOVE O CICLOTOURISMO NA
REGIÃO, COM O MESMO NOME, NA IRLANDA,FONTE: WWW.GREENBOX.IE
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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marca, como referido na página
anterior, associada não apenas
aos programas, mas também aos
membros da plataforma,
constituirá uma vantagem
adicional para os mesmos.
Contudo, a conservação e
associação da imagem de marca
a uma experiência/produto de
qualidade, exige um processo de
certificação das actividades dos
membros. A certificação consiste
simultaneamente numa vantagem da estrutura associativa/institucional, em relação à
estrutura centralizada.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Detours in France Empresa que promove programas integrados de turismo ciclável
A empresa realiza acordos com unidades hoteleiras, para a estadia dos clientes, fornece as bicicletas e sugere actividades a desenvolver pelos clientes de forma individual
Iniciativa privada
Greenbox
Plataforma de promoção do ecoturismo numa região rural do Noroeste da Irlanda conhecida como Greenbox. Realiza a promoção e o marketing da região, das actividades que aí se podem realizar e dos seus membros. Como objectivo final, a Greenbox pretende contribuir para a geração de investimento e emprego
Auxilio para que os agentes de turismo regionais se tornem amigos do ambiente, através de acções de formação e aprendizagem. No entanto, a interacção é de carácter bilateral, constituindo uma rede onde se pretende, para além de aprender, gerar conhecimento.
Projecto co-financiado pela União Europeia através do INTERREG III-A, e apoiado por entidades públicas e privadas de apoio ao desenvolvimento e solidariedade.
QUADRO 14 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – ESTRUTURA ORGANIZATIVA - ANIMAÇÃO
FIGURA 25 – ESTRUTURA ASSOCIATIVA/INSTITUCIONAL
Ponto de Interesse
Logística de Apoio
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3.4. DIMENSÃO 4 - DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE I&D LIGADO À
MOBILIDADE CICLÁVEL
As três dimensões anteriores focam componentes essenciais para uma cultura de mobilidade
ciclável. Uma componente de tipo material, relacionada com a infra-estrutura, uma
componente imaterial, de educação e sensibilização dos cidadãos, e uma componente de
animação e valorização dos recursos territoriais, e sua fruição através da mobilidade ciclável. O
presente eixo complementa essas três dimensões, introduzindo a temática da Investigação e
Desenvolvimento (I&D), em três dimensões distintas.
A primeira dimensão perspectiva o melhoramento dos produtos existentes, aproximando-os
das necessidades sentidas pelos cidadãos, desde o nível funcional, resolvendo e/ou
minimizando problemas, até ao nível estético e de marketing, aumentando a sua atractividade,
valor acrescentado, e diferenciando o produto dos concorrentes.
A segunda dimensão reflecte sobre o incremento da eficiência no fabrico, contribuindo para
uma maior produtividade a menor custo, e consequentemente, um preço mais acessível ao
consumidor. Com este objectivo, a I&D deverá centrar-se no desenvolvimento de novos
métodos/esquemas de produção, não ignorando contudo, os recursos humanos através de
novas técnicas de formação.
A terceira, e última dimensão defende que os produtos deverão se encontrar associados a um
sistema de certificação, num esforço para lhes atribuir visibilidade, atractividade e confiança
por parte dos consumidores, elevando o estatuto social do ciclista. Os “produtos” assumem
um sentido lato, quer significando a bicicleta e acessórios relacionados, quer o próprio
“Sistema de Mobilidade Ciclável”.
Dimensões Actividades
Inovação do produto � Incremento da eficiência no fabrico
� Resposta a necessidades dos clientes/consumidores
Certificação
� Certificação de bicicletas
� Certificação de acessórios
� Certificação de pistas cicláveis
QUADRO 15 – DIMENSÕES DAS ACTIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
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3.5. DIMENSÃO TRANSVERSAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÁVEL
As dimensões anteriores descreveram um conjunto de questões e actividades, que se
consideram fulcrais para um desenvolvimento bem sucedido da mobilidade ciclável. No
entanto, este novo paradigma de abordagem da mobilidade ciclável implica que se desenvolva
uma avaliação das capacidades institucionais, isto é, a consideração de um quadro de
articulação de um vasto conjunto de agentes na definição e implementação de políticas,
procurando criar as sinergias necessárias à concretização de projectos de desenvolvimento
com um forte componente consensual.
A execução, com sucesso, de uma política de promoção da mobilidade ciclável, que fomente a
mudança de paradigma, através da transferência de utilizadores do automóvel para
utilizadores de bicicleta, depende em larga escala da importância atribuída pelos vários órgãos
hierárquicos do sector público. A articulação e entendimento entre eles são essenciais para a
criação de um “clima” favorável à adopção do novo paradigma. Ilustrando, a adopção de
diferentes políticas, em benefício de meios de transporte díspares, por diferentes órgãos e/ou
níveis hierárquicos, tornará “turbulenta” a passagem da mensagem aos cidadãos.
Dimensões Actividades
(3.5.1) Nivel Nacional
� Legislação rodoviária e urbanística
� Política nacional para a Mobilidade Ciclável
� Plataforma Nacional de Mobilidade Ciclável
(3.5.2) Nivel Regional
� Estratégia regional para a mobilidade ciclável
� Política de dinamização da mobilidade ciclável
� Monitorização da implementação da estratégia e políticas
� Política de animação da mobilidade ciclável
(3.5.3) Nivel Municipal � Reorganização dos serviços municipais
� Fórum Comunidade
QUADRO 16 – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À MOBILIDADE CICLÁVEL
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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3.5.1. NÍVEL NACIONAL
A pertinência da existência de um nível nacional de política de
mobilidade ciclável, prende-se com a necessidade de coordenação
das actividades desenvolvidas pelos vários órgãos públicos, e da
colocação desta temática na agenda nacional. É também, a este
nível, que decisões com impacto na mobilidade ciclável, e na
mobilidade em geral, são tomadas, através de instrumentos
legislativos, como o Código da Estrada, ou a regulamentação dos
Instrumentos de Gestão Territorial.
Contudo a importância deste nível para a mobilidade ciclável não
se esgota no impacto destas decisões, com políticas em áreas
paralelas e complementares, como a educação, a saúde e o
desporto, a constituírem importantes veículos de passagem da
mensagem. Assim, a promoção da mobilidade ciclável exige o
desenho de políticas horizontais, que integrem e articulem estas
áreas de actuação. Para além de entidades e órgãos
públicos, o nível nacional deverá também incluir a participação da
indústria e de associações de utilizadores da bicicleta, enquanto
parceiros de projectos, e para validar as políticas adoptadas.
A ausência de uma política pró activa por parte da administração
central, em prol da mobilidade ciclável, não deverá significar a
inexistência de esforços neste sentido. A iniciativa pode decorrer
de órgãos hierárquicos de nível inferior, nomeadamente, os
municípios e as regiões, através da criação de uma plataforma
nacional de mobilidade ciclável. Sublinhe-se no entanto, que estas soluções não são
mutuamente exclusivas, sendo possível e desejável a sua complementaridade.
Este “órgão”, para além da criação conjunta e coordenação de actividades de apoio e
dinamização da mobilidade ciclável desenvolvidas pelos seus membros, possibilita a criação de
“massa critica”. Esta contribui por um lado, para a geração de um “efeito lóbi” sobre a
administração central, e por outro, para o incremento da competências dos municípios,
através da aprendizagem e troca de experiências em conferências e/ou workshops com a
participação de entidades internacionais relevantes.
FIGURA 26 – MARCA
INSTITUCIONAL QUE PROMOVE A
MOBILIDADE CICLÁVEL EM
INGLATERRA FONTE: WWW.CYCLINGENGLAND.CO.UK
FIGURA 27 – REDE DE VILAS
CICLÁVEIS DE FRANÇA FONTE:
WWW.VILLES-CYCLABLES .ORG
FIGURA 28 – REDE DE CIDADES
CICLÁVEIS DA NORUEGA FONTE: WWW.SYKKELBY.NO/2282
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Para além disto, a rede pode também contribuir para a dimensão infraestrutural, através da
consensualização de padrões da mesma que transmitam a sensação de continuidade e
articulação da rede de infra-estruturas. Esta imagem de continuidade deverá ser reforçada
através de uma política de comunicação da rede, apoiada numa imagem própria, intuitiva, e
presente em vários meios de comunicação, nomeadamente, a internet, e
publicações/magazines/newsletters regulares.
Por último, a rede pode ser financiada através do pagamento de quotas por parte dos
membros e/ou remunerações por serviços prestados (publicações, apoio a projectos de
entidades privadas, entre outros).
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Cycling England
Instituição governamental que tem o objectivo de desenvolver programas e iniciativas que promovam a utilização da bicicleta.
Promoção de parcerias com instituições de educação, saúde, indústria da bicicleta.
Instituição formada por especialistas na área dos transportes, da engenharia, da saúde, desporto e educação.
Club des Villes Cyclables
O “Club des Villes Cyclables” constitui uma associação que pretende de fomentar uma mudança de paradigma, elevando o estatuto da bicicleta perante os outros modos de transporte, em particular o automóvel.
Congressos anuais e workshops Encontros temáticos Organização do Evento Anual “Tous a Velo” Elaboração de estudos e fichas técnicas Fóruns de debate locais Criação e promoção de comissões dedicadas a necessidades comuns a vários municípios
O “Club des Villes Cyclables” foi criado em 1989 por 10 municípios franceses. Conta na actualidade com 902 municípios e o envolvimento de 2 regiões e 30 Associações e Organizações
Sykkelby – Rede de cidades cicláveis da noruega
A Sykkelby tem o objectivo de incrementar a competência dos municípios no âmbito da mobilidade ciclável.
Criação e disponibilização de instrumentos para a gestão da mobilidade ciclável Organização de conferências e workshops Organização de Visitas de Estudo a projectos-piloto realizadas noutros municípios Recolha, organização e distribuição/disponibilização de informação sobre Boas Práticas.
A “Sykkelby – The Norwegian Network of Cycling Cities” é uma iniciativa do Governo Norueguês, a cargo da Administração de Estradas Públicas da Noruega em parceria com a Associação Norueguesa de Ciclistas.
QUADRO 17 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL NACIONAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÀVEL
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3.5.2. NÍVEL REGIONAL
O nível regional de política de mobilidade ciclável deve
encontrar-se integrado nos órgãos de administração
regional, definida como nível intermédio entre a
administração central e os municípios, ou enquanto
associação dos últimos. Este nível assume como função
prestar apoio e suporte aos municípios, no desenho e
desenvolvimento de políticas e programas para a promoção
da mobilidade ciclável.
No desenvolvimento destas funções, a administração regional procura coordenar e conciliar as
opções e/ou visões assumidas por cada município, delineando uma estratégia conjunta. O
desenho da estratégia conta contudo, também com a participação de entidades para além dos
municípios, nomeadamente, as direcções regionais dos serviços de educação, saúde e
desporto, e a indústria e associações de utilizadores de bicicletas da região.
A estratégia regional de promoção da mobilidade ciclável deverá assumir como objectivos
específicos a definição de políticas adequadas ao território que:
� Assegurem que as necessidades dos ciclistas são consideradas na criação de novas vias
e/ou troços, e na gestão de tráfego;
� Promovam a educação para a partilha do espaço e circulação em segurança;
� Sensibilizem e eduquem para a mobilidade ciclável;
A estratégia deverá concluir-se com a definição de uma estrutura de monitorização da
implementação da estratégia (ex: objectivos/métricas a atingir), com a administração regional
a assumir a função de monitorização.
Para além disto, o desenvolvimento de uma estratégia de mobilidade ciclável a nível regional,
pode contribuir para a identificação de valores patrimoniais comuns aos vários municípios,
passíveis de valorização através deste meio de transporte.
FIGURA 29 – A REGIÃO DE GREATER
WELLINGTON, NA NOVA ZELÂNDIA,
CONTA COM UM ORGÃO EXCLUSIVO
PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL,
GREATER WELLINGTON
REGIONAL CYCLING FÓRUM FONTE: WWW.GW.GOVT.NZ/STORY17504.CFM
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BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Greater Wellington Regional Cycling Fórum hwww.gw.govt.nz/story17504.cfm
Órgão existente no seio da administração regional de transportes da região de Greater Wellington, com o objectivo de: � Prestar apoio e
suporte aos municípios no desenho e desenvolvimento de políticas e programas,
� Comunicar aos engenheiros de tráfego responsáveis as necessidades dos ciclistas.
� Definir uma estratégia regional para a promoção da bicicleta
Convite de representantes dos municípios da região, associações independentes de ciclistas, órgãos regionais de outras áreas como a saúde e outras organizações interessadas.
Greater Wellington Region
QUADRO 18 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL REGIONAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÀVEL
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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3.5.3. NÍVEL MUNICIPAL
O nível municipal de política de mobilidade ciclável assume
um carácter operativo, onde a política e estratégia
definidas no nível regional são implementadas. São assim,
funções deste nível, o planeamento, desenho,
implementação e manutenção de infra-estruturas, e o
desenvolvimento de actividades de educação,
sensibilização e dinamização do uso da bicicleta.
A adequação deste nível a estas tarefas, é reforçada pelo facto de este consistir no nível mais
próximo dos cidadãos, duplo objecto da estratégia, enquanto utilizadores actuais e futuros da
bicicleta. Para os primeiros, é importante a sua participação nos processos de planeamento e
manutenção das infra-estruturas de modo a colmatar as suas necessidades e/ou problemas.
Para os segundos, é essencial a sua participação em actividades de educação e sensibilização
para o uso da bicicleta. Estas actividades exigem ainda o envolvimento de várias entidades
associadas aos seus públicos-alvo.
Assim, este nível é formado por uma estrutura institucional que, para além do município, que
assume o papel de dinamização e mobilização da estrutura, inclui como parceiros:
� Representantes dos cidadãos, de cada unidade territorial, ao nível da freguesia e/ou
do bairro, em função da dimensão da mesma;
� Entidades empregadoras, enquanto espaços de sensibilização da população activa;
� Instituições de educação e formação dos cidadãos, com um papel relevante ao nível da
transferência de conhecimento (benefícios, circulação em segurança) e sensibilização
da população jovem;
� Instituições de saúde, enquanto entidades onde se constituem relações de confiança
com os utentes (ex: médico de família), no âmbito de um dos principais benefícios da
mobilidade ciclável;
� Indústria da bicicleta (em sentido lato, compreendendo a produção, comercialização e
assistência técnica), enquanto parceiro/patrocinador das várias actividades.
Esta estrutura institucional deverá constituir um espaço de diálogo que concretize os
objectivos deste nível, através da consensualização entre os vários parceiros, do desenho e
FIGURA 30 – O MUNÍCIPIO DA
TORONTO, NO CANADÁ TEM UMA
ESTRUTURA DEDICADA À MOBILIDADE
CICLÁVEL, O TORONTO CYCLING
COMITEE FONTE:
WWW.TORONTO.CA/CYCLING/COMMITTEE
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planeamento da infra-estrutura ciclável, e da avaliação à posteriori da mesma. Em segundo
lugar, mas não com menor importância, o diálogo deverá conduzir também ao desenho e
implementação conjunta de actividades de educação e sensibilização para o uso da bicicleta.
BOA PRÁTICA DESCRIÇÃO METODOLOGIA ENTIDADE IMAGEM
Toronto Cycling Committe
Comité com o objectivo de prestar apoio e suporte ao munícipio no desenho e desenvolvimento de políticas e programas, de modo a tornar a cidade segura e atractiva para a utilização da bicicleta.
O Comité promove a criação de grupos em cada “sub-secção” (bairro, freguesia) de modo a conhecer as necessidades e problemas existentes, servindo este de ponte com o município.
Comité integrado no município
QUADRO 19 – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS – NIVEL MUNICIPAL – QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÀVEL
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4 OBJECTIVOS E PROPOSTAS
O Projecto de Mobilidade Sustentável promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente, onde
o presente documento se insere, sugeriu a aplicação genérica de uma abordagem e caderno
de encargos a todos os municípios envolvidos. Contudo, os problemas e potencialidades
existentes no município da Murtosa e as suas dinâmicas e sistema de mobilidade, justificaram
uma abordagem distinta.
Assim, o caderno de encargos assumido pela equipa da Universidade de Aveiro que
desenvolveu o Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa focou-se nos modos suaves de
mobilidade, com particular incidência na mobilidade ciclável, com uma abordagem integrada
que reflecte a componente infra-estrutural, associada a componentes de educação e
sensibilização e de carácter turismo. Estas três componentes são articuladas através de uma
última de carácter institucional.
Os objectivos formulados para o projecto de mobilidade sustentável da Murtosa são
consequência directa do processo de consensualização resultante da interacção entre as
expectativas do município, o diagnóstico realizado e o Quadro Teórico de Referência
construído. Assim, estes reflectem a visão do executivo municipal e da equipa de trabalho da
Universidade de Aveiro de criação de uma imagem de marca “Murtosa Ciclável”.
As propostas apresentadas procuram concretizar estes objectivos através de duas tipologias de
intervenção, nomeadamente:
� Um conjunto de acções a realizar, de âmbito material (infra-estruturas) e imaterial
(iniciativas de educação e sensibilização e promoção turística);
� Um conjunto de estruturas institucionais de suporte a estas acções, que envolvem a
Câmara Municipal da Murtosa e agentes locais/regionais.
As propostas são acompanhadas de um conjunto de documentos orientadores que procuram
auxiliar o executivo municipal na sua implementação.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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FIGURA 31 – QUADRO DE OBJECTIVOS
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4.1. OBJECTIVO 1 - QUALIFICAR A MOBILIDADE URBANA EM MODOS SUAVES
O Objectivo 1 compreende a Qualificação da mobilidade dos modos suaves urbanos
no concelho da Murtosa, nomeadamente as deslocações realizadas a pé e de bicicleta.
Assim, este objectivo procura melhorar as condições existentes para estes modos,
atendendo ao seu uso quotidiano, de carácter pendular e com destino aos principais
equipamentos.
Para as deslocações realizadas a pé, são equacionadas soluções para deficiências e/ou
insuficiências identificadas, procurando simultaneamente desenhar uma rede contínua
e acessível, nos dois centros urbanos existentes, Murtosa/Monte e Torreira. Estas
questões são desenvolvidas no objectivo específico “REDE PEDONAL DOS CENTROS
URBANOS”.
O planeamento das deslocações cicláveis é assumido como algo mais do que o
planeamento das vias e estacionamento, envolvendo outras peças relevantes,
nomeadamente estruturas de apoio, como chuveiros e cacifos nos principais geradores
de tráfego, e ainda uma rede de oficinas. Adicionalmente, a rede deverá beneficiar de
uma estrutura de gestão e manutenção da mesma. Estas preocupações encontram eco
no objectivo específico “CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRIO E DE ACESSIBILIDADE
AO CENTRO DA MURTOSA ”. Para além disto, a mobilidade ciclável deverá encontrar-
se associada aos outros modos de transporte, particularmente nas deslocações entre a
zona poente e nascente do concelho, originando o objectivo específico
“INTERMODALIDADE ENTRE A BICICLETA E O TRANSPORTE PÚBLICO”.
QUALIFICAÇÃO DA MOBILIDADE DOS MODOS SUAVES
URBANOS
Rede Pedonal dos Centros Urbanos
Criação de um Sistema
Cicloviário e de Acessibilidade ao Centro da Murtosa
Intermodalidade
entre a bicicleta e o transporte
público
Mobilizar e sustentar a cultura de
utilização da bicicleta
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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Contudo, a vertente material não se revelará suficiente para assegurar a cultura de
utilização da bicicleta ao longo do tempo, pois o facto desta existir pode não garantir,
por si só, a sua utilização. Considera-se assim necessária, uma vertente de educação e
sensibilização da população, abordada no objectivo específico “MOBILIZAR E
SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA”.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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4.1.1. REDE PEDONAL DOS CENTROS URBANOS DA MURTOSA E TORREIRA
a) Contexto
O Centro da Murtosa e o aglomerado da Torreira constituem as únicas áreas
do concelho onde se encontram concentrados um leque de actividades, a nível
de administração pública, equipamentos e comércio e serviços. Estas
actividades conferem uma urbanidade a estes dois espaços, que não existe no
restante território do munícipio. Assim, constituem locais onde a circulação
pedonal é, e deverá continuar a sê-lo, dominante.
O Centro da Murtosa é constituido por duas áreas com características distintas,
nomeadamente a zona nascente e a zona poente. Na primeira, devido à sua
urbanização recente, os problemas encontrados consistem em situações
específicas e localizadas, pontuais (ex: passadeira sem rebaixamento do
passeio). A segunda zona, a poente, é mais antiga, reflectindo por isso,
problemáticas que derivam do reduzido perfil viário, nomeadamente, passeios
reduzidos, ou mesmo inexistentes. Contudo, é possível encontrar situações
comuns a ambas as zonas, como passeios com largura útil reduzida pela
presença de mobiliário urbano.
O aglomerado da Torreira dispõe de condições mais adequadas para a
circulação do que o Centro da Murtosa, com a existência de perfis que
contemplam, de forma geral, passeios com dimensão satisfatória. Contudo,
este cenário é prejudicado por duas situações recorrentes, nomeadamente, a
ocupação dos passeios por mobiliário urbano, e a quase constante ausência de
passadeiras.
b) Objectivos
Este objectivo pretende a criação de uma rede pedonal em ambos os espaços,
que efectue as ligações entre os principais geradores de tráfego
(equipamentos, comércio e serviços, entre outros), assegurando a comodidade
e segurança do utente.
Isto exige a adopção de soluções, que do ponto de vista físico, deverão
assegurar dimensões e pavimentos adequados, mas que não devem ignorar o
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nível psicológico/perceptivo, pois a um espaço não basta ser seguro, é
necessário que transmita essa segurança ao utente.
c) Princípios de Intervenção
Decorre das diferentes características apresentadas pelos dois centros
urbanos, a necessidade de aplicação de princípios de intervenção distintos,
embora seja assumido o mesmo objectivo.
Assim, no Centro da Murtosa, os princípios de intervenção consistem no
redesenhar do espaço existente, alterando não apenas perfis, mas também a
sua funcionalidade nos casos em que tal se justifique. Estes princípios são
especialmente direccionados para a sua zona poente, pois na zona nascente as
intervenções serão pontuais, para a resolução de problemas identificados.
No caso do aglomerado da Torreira, as intervenções não são centradas no
redesenhar do espaço existente, que se considera satisfatório, focando-se na
eliminação de barreiras existentes no mesmo, nomeadamente o mobiliário
urbano, quando este prejudicar a mobilidade pedonal. A eliminação do
mobiliário urbano enquanto barreira, não consiste necessariamente na
remoção do mesmo, sendo também possíveis soluções de alargamento do
passeio, com consequente relocalização deste. Para além disto, as propostas
de intervenção incluirão ainda a localização de novas passadeiras.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 1. REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA MURTOSA
Descrição da acção Proposta de uma rede pedonal para o centro urbano da Murtosa, que permita a circulação de forma cómoda, contínua e segura
Observações Consultar PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA MURTOSA (página 117)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
192.000€
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 2. REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA TORREIRA
Descrição da acção Proposta de melhoramento da rede pedonal existente
Observações Consultar PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA TORREIRA (página 132)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
5000€
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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4.1.2. CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRIO E DE ACESSIBILIDADE AO CENTRO DA MURTOSA
a) Contexto
Na freguesia da Torreira, periférica devido à barreira que constitui o braço da
Ria de Aveiro, a população jovem assume maior relevância. Os principais
equipamentos direccionados para esta camada etária localizam-se no Centro
da Murtosa. Este constitui-se pelas freguesias da Murtosa e do Monte,
consiste numa centralidade de nível superior, onde se localizam equipamentos
com importância a nível municipal.
A rede ciclável existente caracteriza-se por situações pontuais, que não se
encontram integradas e articuladas entre si. Contudo, existe uma proposta de
uma futura rede ciclável municipal, que culmatará estas insuficiências.
Alguns equipamentos importantes não dispõem de oferta de estacionamento
para bicicletas.
b) Objectivos
Este objectivo pretende desenvolver uma rede ciclável adequada à realidade
da Murtosa, efectuando a ligação, de forma contínua e directa, entre os
principais locais de origem e destino, nomeadamente os centros urbanos, as
escolas e a zona industrial.
As ligações deverão oferecer não só condições de segurança, mas também
fomentar o sentimento de segurança nos utentes, através do reforço da
atractividade do espaço, possibilitando o encontro, a paragem, a conversa e o
descanso, conduzindo a uma melhoria da vivência urbana.
Como última recomendação, o conforto consiste também numa variável
importante, a nível dos pavimentos, que devem ser resistentes e não causar
atrito à circulação da bicicleta. O conforto deverá ser assegurado
continuamente, através de uma estrutura de gestão e manuntenção eficaz,
que assegure boas condições de circulação. Para além disto, o conforto e a
sensação de segurança podem ainda ser reforçados através da disponibilização
de equipamentos e serviços de apoio.
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c) Princípios de Intervenção
A concretização destes objectivos deverá assentar na criação de um “sistema
cicloviário”, constituído por um conjunto de elementos, nomeadamente:
o Uma rede de pistas e vias cicláveis (de acordo com a solução a adoptar
caso-a-caso) que efectue a ligação, de forma rápida e segura, entre os
locais de residência e os principais equipamentos e locais de emprego, e
com especial enfâse nas ligações entre as freguesias da Torreira e do
Bunheiro e as da Murtosa e do Monte. Para além disto, as ligações deverão:
� Ser adequadas ao público-alvo de cada um dos troços, como por
exemplo, na ligação às escolas, onde os percursos deverão atravessar
locais onde a circulação automóvel é reduzida, assegurando a segurança
dos utentes;
� Oferecer segurança através de medidas de acalmia de tráfego que não
se limitem a reduzir a velocidade do trânsito automóvel, mas que
tornem também o espaço atractivo para os modos suaves. Neste
contexto, é também indispensável assegurar a segurança dos peões
relativamente aos que utilizam a bicicleta;
� Atentar à harmonia do conjunto e integração dos pavimentos com a
envolvente;
o Estacionamento seguro e estruturas de apoio, nomeadamente cacifos e
chuveiros nos, ou próximo dos principais geradores de tráfego e locais de
emprego.
o Uma estrutura de Gestão e Manuntenção que assegure uma constante
adaptação da rede às necessidades da população, e eventuais correcções
de deficiências não previstas no seu desenho. Com este objectivo, deve
ser mantido um inventário detalhado das vias existentes, relativamente
às suas condições, reclamações dos utentes e sinistralidade.
o Uma oficina de apoio que comercialize bicicletas e acessórios, e forneça
serviços de reparação e assistência em viagem.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 3. ESQUEMA DIRECTOR DO SISTEMA CICLOVIÁRIO DA MURTOSA
Descrição da acção
Esquema Director do Sistema Ciclável da Murtosa que articule: � Rede de vias cicláveis � Estacionamento � Equipamentos de Apoio
Observações Consultar PROPOSTA DE ESQUEMA DIRECTOR DO SISTEMA CICLOVIÁRIO DA MURTOSA (página 139)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 4. PROJECTO DE REDE DE VIAS CICLÁVEIS URBANAS
Descrição da acção
Projecto de rede de vias cicláveis urbanas, com desenho adaptado a:
� Perfis existentes � Tráfego automóvel � Potenciais utilizadores
Observações Consultar PROPOSTA DE REDE DE VIAS CICLÁVEIS URBANAS (página 145)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
1.350.000€
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 5. ESTACIONAMENTO NOS EQUIPAMENTOS
Descrição da acção
Instalação de estacionamento para bicicletas: � Escola EB23 C/ Secundário Padre António Morais da
Fonseca (ampliação do existente): 400 lugares � Escolas 1º Ciclo Murtosa: 180 lugares (distribuídos
pelas escolas) � EBI da Torreira: 160 lugares � Centro de Saúde da Murtosa: 30 lugares � Extensões de Saúde (Bunheiro e Torreira): 10 lugares
Observações É recomendada a utilização do modelo de estacionamento para bicicletas em forma de “U” invertido.
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Equipamentos Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
81.900€ (790 lugares)
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/DREC/ARS Centro
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ACÇÃO 6. REDE DE ASSISTENCIA TÉCNICA
Fonte: www.cycologymbr.com
Descrição da acção
Criação de uma rede de assistência técnica aos utilizadores da bicicleta na Murtosa, que ofereça:
� Serviços de reparação móveis � Serviços de pronto-socorro
Observações Recomenda-se a criação da rede com base nas oficinas locais já existentes
Agentes Oficinas existentes na Murtosa / ABIMOTA / Centro de Saúde / Bombeiros
Prazo -
Recursos/Estimativa Orçamental
1 Veículo automóvel com equipamento básico de reparação de bicicletas – 15.000€ 1 Linha de telefone exclusiva – 8,40€ p/ mês 1 Veículo automóvel com serviço de socorro (bombeiros) 1 Técnico qualificado para a assistência
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/Oficinas existentes na Murtosa
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4.1.3. INTERMODALIDADE ENTRE A BICICLETA E O TRANSPORTE PÚBLICO
a) Contexto
O concelho da Murtosa, apesar dos seus limites definirem uma área reduzida,
que representaria à partida menores distâncias a percorrer nas deslocações
efectuadas, é atravessado por um braço da Ria de Aveiro, o Canal de Ovar.
Este acidente natural tem influência na mobilidade, ao duplicar a distância
(cerca de 10 km) a percorrer entre o aglomerado da Torreira e o Centro da
Murtosa, ligação tornada possível pela Ponte da Varela a norte dos mesmos.
O centro da Murtosa concentra as principais funções e equipamentos,
nomeadamente de saúde, educação e desporto. Os dois últimos são de
importância elevada para a população jovem, que se encontra com maior
concentração no aglomerado da Torreira.
b) Objectivos
Este objectivo compreende a possibilidade de transporte da bicicleta nas
carreiras que efectuam a ligação entre o aglomerado da Torreira e o Centro da
Murtosa. Esta realidade contribuíria para auxiliar a manter a cultura existente
de utilização da bicicleta, ao proporcionar maior flexibilidade nas deslocações,
evitando a necessidade de utilizar o transporte automóvel.
c) Princípios de intervenção
A concretização deste objectivo passará pela capacidade e motivação do
operador de transportes públicos locais para oferecer este serviço, que se
deverá ser tendencialmente gratuito.
Contudo, apesar das diversas soluções de design existentes, estas deverão ser
adaptadas ao(s) modelo(s) de veículos em uso pelo operador, de modo a
proporcionar condições de segurança no transporte e rapidez na carga e na
descarga da bicicleta.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 7. TRANSPORTE DE BICICLETA NAS CARREIRAS
TORREIRA - PARDELHAS
Fonte: www.ridetta.org www.townofchapelhill.org outdoors.mainetoday.com
Descrição da acção Possibilidade de transporte da bicicleta nas carreiras que efectuam a ligação entre o aglomerado da Torreira e o Centro da Murtosa (Pardelhas).
Observações Utilização de suporte para três bicicletas em cada veículo Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Auto Viação da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
500€ por veículo
Financiamento AutoViação da Murtosa
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4.1.4. MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA
a) Contexto
A utilização da bicicleta no dia-a-dia é um hábito que encontra raízes
profundas na população do concelho da Murtosa, principalmente nas camadas
mais jovens e mais idosas da população. Contudo, a população que se
encontra em idade activa realizou a transição para o automóvel, em
detrimento da bicicleta.
b) Objectivos
A manutenção da cultura de utilização da bicicleta existente na Murtosa, dada
a ameaça representada pelo automóvel, dependerá em larga medida da
educação e sensibilização da população. Assim, este objectivo especifico
consiste no desenvolvimento de acções de educação e sensibilização, em
especial para os jovens, no sentido de manter a actual dinâmica, e para os
cidadãos em idade activa, de modo a os sensibilizar para a utilização da
bicicleta.
No entanto, sustentar a dinâmica actual no futuro não passa apenas por
manter ou incrementar o nível da utilização da bicicleta, sendo igualmente
importante assegurar condições ao nível infra-estrutural. Importa aqui o
desenvolvimento e inclusão de normas urbanisticas especificas nos
Instrumentos de Gestão Territorial para assegurar a continuidade da política
actual nos futuros desenvolvimentos urbanos.
c) Princípios de Intervenção
Realização de actividades de educação e sensibilização direccionadas para os
jovens, no meio escolar:
� Realização de Eventos promocionais:
� Competições de corridas de bicicleta;
� Semana “Eu vou de bicicleta para a escola”, com a organização
de um conjunto de actividades promotoras da bicicleta,
nomeadamente, passeios, aulas de mecânica básica, sorteios
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de prémios associados à bicicleta. Os alunos deverão ser
responsáveis pela elaboração de cartazes de promoção, de
modo a sentirem-se mais integrados no evento;
� Aulas de condução da bicicleta nas quais, para além de aprender
a controlar a bicicleta, o aluno deverá assumir competência
para circular em segurança junto dos restantes meios de
locomoção. Pretende-se, por um lado, eliminar a insegurança
sentida pelo aluno, e, por outro, assegurar um comportamento
defensivo prevenindo eventuais conflitos.
Realização de actividades de sensibilização para a população em idade activa,
no local de trabalho:
� Disponibilização, pelas entidades empregadoras. de bicicletas para
serviços externos, com benefícios não só para o empregado (saúde),
mas também para a própria, através da redução de custos e de
publicidade na bicicleta;
� Oferta de bicicletas pela entidade empregadora, em parceria com uma
ou mais indústrias produtoras. As bicicletas deverão ter como destino
empregados que utilizem regularmente o automóvel, de modo a
promover a alteração modal. Se se verificar a utilização regular da
bicicleta, num prazo de um ano, o empregado deverá ter a opção de a
adquirir a um preço reduzido. O retorno do investimento consiste na
divulgação de uma imagem de responsabilidade social e de empresa
“amiga do ambiente”.
Desenvolvimento de normas urbanisticas referentes a:
� Preocupações com a mobilidade ciclável nos perfis;
� Estacionamento nos, ou próximo dos equipamentos e espaços comerciais;
� Equipamentos de apoio em locais de emprego.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 8. PROGRAMA ESCOLA CICLÁVEL
Descrição da acção
Escolas da Murtosa como projectos-piloto de um Programa de estímulo de uso da bicicleta com as seguintes componentes:
� Infra-estruturas � Segurança � Educação e sensibilização
Observações Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS (página 151)
Agentes Ministério da Educação / Ministério da Saúde / Secretaria de Estado dos Transportes / Associação Nacional de Municípios
Prazo Inicio Ano Lectivo 2008/2009
Recursos/Estimativa Orçamental
Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS (página 151)
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/DREC
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ACÇÃO 9. PASSEIO DE CICLOTURISMO DA EB23 C/ SECUNDÁRIO
Fonte: murtosaciclavel.blogspot.com
Descrição da acção
Evolução do passeio anual de cicloturismo realizado pela EB23 C/ Secundário, para um formato onde são realizadas actividades de:
� Educação e sensibilização ambiental � Descobrimento / Exploração de locais pouco
conhecidos do concelho As actividades terão como base a “Acção 16 – Animação Cientifica – Bioria III”
Observações Consultar “Acção 16 – Animação Cientifica – Bioria III” Articulação com “Acção 10 – Acções de Formação Oficina de Bicicletas”
Agentes EB23S / BIORIA Prazo Realização Anual - Maio/Junho Recursos/Estimativa Orçamental
Bicicletas dos alunos
Financiamento -
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ACÇÃO 10. ACÇÕES DE FORMAÇÃO OFICINA DE BICICLETAS
Fonte: www.bbc.co.uk
Descrição da acção
Acção de formação para jovens sobre a mecânica da bicicleta, com os objectivos de:
� Proporcionar-lhes autonomia na manutenção do seu equipamento
� Tomarem conhecimento de saberes práticos e específicos de mecânica, fomentando o gosto por mais uma área temática, alargando o seu leque de opções para o futuro
Observações -
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / EB23S /EB23 Torreira / ABIMOTA
Prazo Realização de duas oficinas por ano lectivo, por turma. Custo - Financiamento -
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ACÇÃO 11. ÁREA DE PROJECTO – BICICLETA/MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
Fonte: www.dinamoto.it
Descrição da acção
Desenvolvimento da disciplina área projecto, em conjunto com as restantes disciplina, sob o tema da bicicleta, o qual reúne um conjunto de conhecimentos das áreas:
� Educação Cívica � Matemática � Motricidade � Educação Visual e Design � Línguas, Discurso e Reflexão Crítica � Ciências Naturais
Observações Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS (página 151)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / EB23S /EB23 Torreira Prazo Inicio no Ano Lectivo 2008/2009
Recursos Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS (página 151)
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/DREC
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ACÇÃO 12. ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA
Fonte: www.momentumplanet.com
Descrição da acção
Instalação de equipamentos de apoio à utilização da bicicleta nas deslocações casa/emprego:
� Estacionamento � Balneários � Cacifos
Dinamização de um conjunto de acções de sensibilização da população activa, no seu local de emprego:
� Acções de promoção � Oferta de bicicleta para serviços externos � Oferta de bicicletas para deslocações casa/emprego � Outros incentivos
Observações Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – POPULAÇÃO ACTIVA (página 162)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / SEMA / ABIMOTA / Principais entidades empregadoras da Murtosa
Prazo -
Recursos Consultar PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – POPULAÇÃO ACTIVA (página 162)
Financiamento ABIMOTA / SEMA / Principais entidades empregadoras da Murtosa
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4.2. OBJECTIVO 2 – VALORIZAR A MOBILIDADE CICLÁVEL LIGADA AO
TURISMO E AO LAZER
O Objectivo 2 aborda a Valorização da mobilidade ciclável associada ao turismo e ao
lazer, pretendendo explorar as condições favoráveis que o município apresenta para o
desenvolvimento turístico de domínio ambiental e desportivo. A bicicleta assume aqui
um papel de destaque como o meio de transporte privilegiado devido à ausência de
agressividade ao meio ambiente, e à sua fácil adaptabilidade ao desporto. Estas
questões, e os passos necessários para lhes dar resposta são abordados nos objectivos
específicos “CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRIO TURÍSTICO”, “PROMOÇÃO E
DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL” e
“LOGÍSTICA DE SUPORTE DAS ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE
CICLÁVEL”.
VALORIZAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
ASSOCIADA AO TURISMO E LAZER
Criação de um
Sistema Cicloviário Turístico
Promoção e dinamização de actividades de animação da
mobilidade ciclável
Logística de suporte das actividades de
animação da mobilidade ciclável
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4.2.1. CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CICLOVIÁRI O TURÍSTICO
a) Contexto
O munícipio da Murtosa encontra-se inserido num território que se caracteriza
por uma elevada sensibilidade ambiental, com 80% da sua área classificada
como Reserva Ecológica Nacional.
A elevada sensibilidade territorial do território é visionada pelo executivo
municipal, não como um obstáculo, mas como uma oportunidade para o
desenvolvimento do concelho. O resultado é o projecto do Ecomuseu da Ria
de Aveiro, enquanto espaço de valorização, preservação, conservação e
divulgação da Ria de Aveiro.
Para além do rico património natural que a Ria de Aveiro oferece, as condições
para a prática de desportos, principalmente de âmbito náutico, são muito
favoráveis, o que justifica a presença de entidades dedicadas a este ramo. A
abertura recente de um Parque de Aventura que se dedica não só a este tipo
de actividades, mas a outras em terra, incluindo a prática de B.T.T., demonstra
o potencial existente no território da Murtosa a este nível.
b) Objectivos
Criação de percursos que permitam não só a fruição do espaço da Ria de
Aveiro e da sua envolvente, mas contribuir para a educação e sensibilização
ambiental da população, com especial relevância para as camadas mais jovens.
Articulação das várias actividades desportivas oferecidas através da
mobilidade ciclável, proporcionando condições para a utilização da bicicleta na,
ou entre a realização das actividades (nas deslocações entre os locais onde
estas se praticam, como por exemplo os vários cais da Murtosa).
c) Princípios de Intervenção
o Criação e/ou reabilitação de trilhos cicláveis e pedonais complementados com
estruturas de apoio à observação e contemplação da paisagem e,
particularmente, à observação de aves e restante fauna, e aprendizagem e
divulgação da flora local. Por outro lado, os percursos não deverão representar
um meio de perturbação das espécies existente.
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o Assim, pretende-se que o desenho da rede, e das infras-estruturas de apoio,
seja realizada em parceria entre a Câmara Municipal da Murtosa, a equipa
responsável pelo Projecto Bioria e o Departamento de Biologia da Universidade
de Aveiro, de modo a capitalizar o conhecimento que estas entidades já detêm.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 13. PROJECTO DE REDE CICLÁVEL TURÍSTICA
Descrição da acção
Desenvolvimento de uma rede ciclável de âmbito turístico, que articule as actividades de animação da mobilidade ciclável (ver ponto 4.2.2 ), com soluções adequadas ao espaço envolvvente:
� Enquadramento Paisagístico � Impactos Ambientais
Observações Consultar PROPOSTA DE REDE CICLÁVEL TURÍSTICA (página 167)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
2.230.000€
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 14. PROJECTO PORTA DA RIA/SISTEMA ALUGUER BICICLETAS
Fonte: Câmara Municipal da Murtosa
Descrição da acção
Estrutura de entrada no concelho: � Promoção e informação sobre as actividades turísticas
disponíveis � Serviço Rent-a-Bike � Promoção de produtos regionais
Observações - Agentes Câmara Municipal da Murtosa/ ABIMOTA Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
250.000€
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 15. PROJECTO DE ENTRADA NA VILA DA MURTOSA
Fonte: Câmara Municipal da Murtosa
Descrição da acção Projecto de ciclovia de entrada na vila, em saída de rotunda na EN 109-5. Pretende ser elemento marcante que demonstra a bicicleta como “bandeira do munícipio”
Observações Articulação com Projecto Porta da Ria e Rede de Vias Cicláveis Urbanas
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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4.2.2. PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
O munícipio da Murtosa encontra-se inserido num território que se caracteriza
por uma elevada sensibilidade ambiental, com 80% da sua área classificada
como Reserva Ecológica Nacional.
A elevada sensibilidade ambiental do território é visionada pelo executivo
municipal, não como um obstáculo, mas como uma oportunidade para o
desenvolvimento do concelho. O resultado é o projecto do Ecomuseu da Ria
de Aveiro, enquanto espaço de valorização, preservação, conservação e
divulgação da Ria de Aveiro.
Para além do rico património natural que a Ria de Aveiro oferece, as condições
para a prática de desportos, principalmente de âmbito náutico, são muito
favoráveis, o que justifica a presença de entidades dedicadas a este ramo. A
abertura recente de um Parque de Aventura que se dedica não só a este tipo
de actividades, mas a outras em terra, incluindo a prática de B.T.T., demonstra
o potencial existente no território da Murtosa a este nível.
b) Objectivos
Este objectivo pretende a criação de circuitos/programas de animação da
mobilidade ciclável, reiterando a importância deste meio no munícipio, de
modo a manter e fortalecer a sua ligação com a cultura e desenvolvimento
local.
Estes circuitos/programas consistem na articulação, através da bicicleta, de
vários pontos de interesse turístico de âmbito ambiental e desportivo, já
existentes (entidades que oferecem actividades culturais e desportivas) ou a
serem criados num futuro próximo (ex: Ecomuseu da Ria).
c) Princípios de Intervenção
A criação dos programas deverá ter por base actividades e experiências já
existentes no território da Murtosa, e/ou em territórios com caracteríscticas
semelhantes, de modo a auxiliar o seu sucesso.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 16. ANIMAÇÃO CIENTÍFICA - PROJECTO BIORIA III
Descrição da acção
Criação de trilhos (com posterior ligação ao Projecto Bioria no concelho vizinho de Estarreja) equipados com estruturas de interpretação ambiental:
� Informações sobre ecossistemas, � Informação sobre espécies animais e vegetais � Informação sobre hábitos das espécies � Informação sobre a melhor de observar as espécies
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / BIORIA / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo 6 meses (já em fase implementação/inauguração) Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/QREN
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ACÇÃO 17. ANIMAÇÃO CIENTÍFICA - PROJECTO ECOMUSEU DA RIA
Fonte: murtosaemfotos.blogspot.com
Descrição da acção
O projecto do Eco-Museu da Ria, de iniciativa da Câmara Municipal da Murtosa, tem como objectivos a preservação, conservação e divulgação da Ria de Aveiro. Recentemente o projecto registou algumas evoluções na sua génese, com a introdução de uma componente de investigação e formação de quadros associados ao turismo ambiental. Propõe-se a integração da bicicleta nas actividades do eco-museu, enquanto elemento característico da região da Ria de Aveiro e, particularmente, da Murtosa.
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes CMM / Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/POLIS DA RIA
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ACÇÃO 18. ANIMAÇÃO LAZER/DESPORTO - DESPORTO DE NATUREZA
Fonte: www.nortada-spot.com
Descrição da acção
Integração de actividades de desporto de natureza em programas/circuitos, com a bicicleta a assumir o modo de deslocação utilizado entre os locais de realização das mesmas, ou como objecto da actividade. Consistem desporto de natureza no território da Murtosa:
� Percursos pedestres � BTT � Canoagem � Várias modalidades de surf � Mergulho
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Associação Náutica da Torreira/ NORTADA Spot / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa / Associação Náutica da Torreira/ NORTADA Spot
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ACÇÃO 19. ANIMAÇÃO CULTURAL - SABORES E SABERES DA RIA
Fonte: rianet.ondavideo.com
Descrição da acção
Realização de actividades de animação nas unidades de restauração que reflectem o território e as tradições locais:
� Brochuras sobre produtos locais utilizados na gastronomia tradicional
� Concertos de grupos tradicionais locais /regionais
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Confraria Gastronómica “O Moliceiro” / Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa / Confraria Gastronómica “O Moliceiro”
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4.2.3. LOGÍSTICA DE SUPORTE DAS ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
A oferta hoteleira existente no munícipio da Murtosa poderá revelar-se
insuficiente para a procura gerada pelas actividades de animação da
mobilidade ciclável. Para além disto, esta encontra-se concentrada na
freguesia da Torreira, em função do turismo balnear.
O público-alvo previsto para as actividades de animação da mobilidade ciclável
não se esgota na população residente na Murtosa.
As actividades de animação da mobilidade ciclável identificadas durante o
processo de construção do Quadro Teórico de Referência, são
complementadas com um serviço de assistência técnica.
b) Objectivos
As actividades de animação da mobilidade ciclável deverão encontrar-se
sustentadas numa estrutura de logística comum, que proporcione condições
ideiais de usufruto pelos seus utentes.
São consideradas condições ideais de usufruto das actividades, a possibilidade
de as extender no tempo, através da permanência no munícipio, o acesso ao
material necessário para as realizar e, finalmente, assegurar assistência rápida
em caso de necessidade.
c) Princípios de Intervenção
A necessidade de expansão da oferta hoteleira, resultante da permanência no
munícipio dos utentes das actividades de animação da mobilidade ciclável,
deverá ser assegurada recorrendo à reabilitação de construções tradicionais,
em parceria com agentes locais, fomentando o empreendedorismo e o
desenvolvimento endógeno.
O principal recurso para a realização das actividades de animação da
mobilidade ciclável pelos utentes consiste na bicicleta. Contudo, se é prevísivel
que os utentes locais e/ou regionais destas actividades as realizem com
recurso à sua própria bicicleta, o mesmo não será expectável em utentes
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provenientes de outras escalas. Assim, é proposto que nas unidades hoteleiras,
na porta da ria, e nos principais pontos de partida/chegada ou realização das
actividades seja facultado uma base de um serviço de aluguer de bicicletas.
Aos utentes das actividades de animação da mobilidade ciclável deverá ser
assegurado um serviço de assistência em caso de necessidade.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 20. ALOJAMENTO TURÍSTICO – ECO E CICLOTURISMO
Fonte: santaterrinha.blogspot.com
Descrição da acção Novas unidades de alojamento com base na reabilitação de construções tradicionais
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Associação de Amigos da Ria e do Barco Moliceiro / Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira Ria” / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa/Operadores de alojamento
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ACÇÃO 21. SISTEMA DE ALUGUER DE BICICLETAS / PORTA ENTRADA
Fonte: www.moveaveiro.pt
Descrição da acção
Sistema de aluguer de bicicletas com pontos de recolha e depósito:
� Unidades de alojamento � Porta da Ria � Principais locais de realização das actividades de
animação
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / ABIMOTA / Estabelecimentos Hoteleiros / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
Bicicletas
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa / Estabelecimentos Hoteleiros
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4.3. OBJECTIVO 3 – REDES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE MOBILIDADE
CICLÁVEL
O terceiro objectivo pretende a criação e/ou inclusão do munícipio da Murtosa em
redes, materiais e imateriais de mobilidade ciclável, desde o nível regional até ao nível
internacional. A nível regional, a criação de uma REDE CICLÁVEL REGIONAL DA RIA DE
AVEIRO (projecto previsto no Unir@Ria – Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria
de Aveiro, mas em cuja implantação o munícipio da Murtosa poderá assumir um papel
determinante), e a nível nacional a criação de uma PLATAFORMA NACIONAL DE
MOBILIDADE CICLÁVEL, com base no projecto da Murtosa, atribuíria destaque ao
município, concretizando a visão de tornar a bicicleta uma bandeira do mesmo. Por
outro lado, a INTEGRAÇÃO NUMA REDE INTERNACIONAL DE MOBILIDADE CICLÁVEL,
promovendo a troca de experiências, contribuíria, não só para o fortalecimento da
bicicleta como bandeira do município, mas também para melhorar e manter constante
o know-how do município no âmbito da mobilidade ciclável.
REDES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE
MOBILIDADE CICLÁVEL
Rede Ciclável da Ria de Aveiro
Plataforma Nacional de Mobilidade Ciclável
Integração numa rede internacional de
mobilidade ciclável
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4.3.1. REDE CICLÁVEL REGIONAL DA RIA DE AVEIRO
a) Contexto
As potencialidades do concelho da Murtosa não são exclusivas, dado que estas
características derivam da sua localização na Região da Ria de Aveiro.
Nomeadamente o património ambiental (o concelho da Murtosa representa
apenas cerca de 11% da Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro), que
exerceu também a sua influência durante gerações no contexto social e
cultural da região. Assim, a Região da Ria de Aveiro beneficia também de um
património cultural valioso, a nível da gastronomia e dos hábitos locais, como
a utilização do Moliceiro e a Arte Xávega.
O Unir@Ria, Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro, sugere a
criação de VEC’S, Vias Ecológicas Cicláveis, proporcionando o contacto com
natureza na ligação entre vários locais de âmbito turístico.
b) Objectivos
Este objectivo pretende a criação de uma rede ciclável na região da Ria de
Aveiro, que permita a deslocação de bicicleta entre os vários munícipios e/ou
pontos de interesse, assegurando condições de segurança, coerência e
continuidade nos traçados e na sinalização, rapidez de circulação,
conveniência e conforto.
A rede deverá beneficiar também de uma estrutura de locais de paragem e
repouso equipados com estacionamento, casas de banho e pequenas unidade
comerciais, onde tal seja económicamente viável e seguro.
c) Princípios de Intervenção
A segurança da rede ciclável da Ria de Aveiro dependerá da ponderação das
soluções adoptadas para a resolução da intensidade e velocidade do tráfego
registada em algumas vias, como possíveis factores de insegurança. Na
resolução destes factores não deverá ser descurada a possibilidade de
redesenhar intersecções e/ou ligações, incluindo medidas de acalmia de
tráfego, como um sinal da prioridade atribuida à bicicleta.
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No entanto, a segurança não é entendida apenas do ponto de vista rodoviário,
mas também pessoal, devendo ser assegurada através de um campo de visão
abrangente e de iluminação (contribuindo para a prevenção de eventuais
situações de criminalidade).
Para se atingir uma rede ciclável regional coerente, o desenho das vias e da
sinalização, e a resolução de situações tipo, deverá ser estandardizado, de
modo a assegurar a inteligibilidade e o “automatismo” na resolução de
problemas de orientação. A coerência da rede deverá encontrar-se também
associada a uma lógica de continuidade, possibilitando a ligação com as redes
cicláveis de âmbito local, e com a rede de transportes públicos,
particularmente com o comboio.
A rede ciclável da Ria de Aveiro deverá ainda assegurar a rapidez das
deslocações através de atalhos em locais sem condições para o tráfego
motorizado e prioridade sobre estradas secundárias. Para além disto, a rede
deverá ser directa, relegando os acessos a geradores de tráfego para as rede
locais, à excepção de locais de interesse regional e/ou turístico.
A rede ciclável deverá assegurar condições de conforto ao ciclista através de
pavimentos com pouco atrito à bicicleta, durável e resistente (não
necessitando de constante manutenção) e com bom sistema de drenagem. O
desenho da rede deverá ainda evitar a proximidade com estradas principais,
com forte intensidade e velocidade de tráfego, devido a impactos visuais,
sonoros e gasosos, e prever a segregação funcional em secções com declives
elevados.
Para uma utilização regular da rede ciclável da Ria de Aveiro, esta deverá ser
atractiva, recomendando-se que o seu traçado acompanhe as linha de água, e
que passe por pontos atractivos existentes no território. A possibilidade de
utilização da rede ciclável por dois utilizadores em paralelo contribuirá
também para a sua atractividade enquanto espaço de actividade social.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 22. PROJECTO UNIR@RIA – REDE CICLÁVEL DA RIA DE AVEIRO
Fonte: Unir@Ria – Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro
Descrição da acção
Criação de uma rede ciclável na região da Ria de Aveiro que efectue a ligação entre os municípios que se encontram nesta inseridos, e aos principais locais de interesse turístico localizados fora do espaço urbano. Para além disto, a rede beneficiará ainda de pontos de paragem e descanso, com lavabos e pequenas unidades comerciais.
Observações - Agentes AMRIA Prazo - Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento QREN/POLIS DA RIA
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4.3.2. PLATAFORMA NACIONAL DE MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
A Comissão Europeia tem vindo a publicar uma sequência de documentos de
suporte ao desenvolvimento da mobilidade ciclável nos países membros.
Nos últimos anos o desenvolvimento de estratégias e estruturas institucionais
de apoio à mobilidade ciclável tem prosseguido a bom ritmo no espaço
europeu e fora deste.
O munícipio da Murtosa consiste um caso de estudo de referência nacional,
devido à cultura de utilização da bicicleta, raramente encontrada noutros
locais do país. A dinâmica encontrada neste munícipio, e a sua aposta neste
meio de transporte como fonte de desenvolvimento futuro constitui uma boa
prática reprodutível em munícipios com características semelhantes.
b) Objectivos
Este objectivo pretende constituir a “primeira pedra” para a criação de uma
Plataforma Nacional de Mobilidade Ciclável, que reflicta sobre esta temáticas,
articulando as suas várias dimensões:
� Infra-estrutura e serviços de apoio
� Intermodalidade
� Sensibilização para o uso da bicicleta
� Animação associada a recursos locais/regionais
� Redes Internacionais
A plataforma tem o objectivo de promover a mobilidade ciclável através da
realização de acções, eventos e iniciativas:
� Workshops e Seminários Internacionais
� Acções de Formação de Técnicos Autárquicos
� Estratégia Nacional de Mobilidade Ciclável
� Estratégia Nacional de Escola Ciclável
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c) Princípios de Intervenção
A Plataforma Nacional de Mobilidade Ciclável deverá ser sustentada por uma
rede de parceiros, em continuidade com o Projecto de Mobilidade Sustentável,
nomeadamente, centros de investigação, munícipios e entidades
governamentais. Contudo, deverão ser também convidadas outras entidades,
da área da indústria da bicicleta, do tecido empresarial e da sociedade civil.
Para além disto, a plataforma deverá assumir também relações com
homónimas internacionais, de modo a aprender e partilhas experiências e
conhecimento.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 23. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE UMA PLATAFORMA
NACIONAL DE MOBILIDADE CICLÁVEL
Descrição da acção
Apoio ao desenvolvimento da Plataforma Nacional de Mobilidade Ciclável com o objectivo de definir:
• Estrutura organizativa • Estatutos • Documento estratégico de suporte
Observações Primeira reunião organizada no dia 7 de Abril de 2008; Blogue : plataformaciclavel.blogs.sapo.pt
Agentes Parceiros do Projecto de Mobilidade Sustentável Prazo Inicio das Actividades em 2009 Recursos/Estimativa Orçamental
-
Financiamento -
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4.3.3. INTEGRAÇÃO EM REDES INTERNACIONAIS DE MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
O processo que deu origem às estruturas de mobilidade ciclável actuais, revela
a relativa inexperiência do munícipio no âmbito do planeamento e
dinamização da mobilidade ciclável.
O Quadro Teórico de Referência elaborado na primeira fase deste trabalho
revelou a elevada experiência neste âmbito existente fora de portas,
nomeadamente no contexto da União Europeia e seus membros.
b) Objectivos
A integração do munícipio da Murtosa numa rede internacional de mobilidade
ciclável, contribuirá, através da troca de experiências com outros munícipios
e/ou regiões europeias, para o incremento e actualização da competência do
munícipio no domínio da mobilidade ciclável. Para além disto, o contacto e o
relacionamento com estas entidades, proporcionará oportunidades para a
participação do munícipio em futuros projectos, constituindo
simultaneamente num modo de promoção do munícipio fora de portas.
c) Princípios de Intervenção
A integração do muncipio da Murtosa numa rede internacional de mobilidade
ciclável pode ser concretizada de duas formas. Nomeadamente, a adesão a
redes existentes que aceitam na actualidade novos membros, ou a
candidatura a projectos europeus de criação de redes de parceiros em
temáticas diversas (ex: INTERREG, URBACT, ESPON, entre outros).
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 24. BICARE – CYCLING IN RURAL AREAS – INTERREG IVC
Descrição da acção
Candidatura ao INTERREG IVC para criação da rede Bicare – Cycling in Rural Areas, com 19 membros 9 de países:
• Alemanha • Espanha • Estónia • Grécia • Itália • Letónia • Lituânia • Portugal • Rússia
As actividades da rede consistem na realização de eventos locais e internacionais, nomeadamente workshops, seminários e visitas de estudo a locais com boas práticas.
Observações Resultado da candidatura em Setembro
Agentes Câmara Municipal da Murtosa / Universidade de Aveiro / parceiros internacionais
Prazo 07/2008 – 06/2011
Recursos CMM (199.500,00€, incluindo 169.575,00€ ERDF) UA (198.820,00€, incluindo 168.997,00€ ERDF)
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa / Universidade de Aveiro / INTERREG (ERDF)
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ACÇÃO 25. ADESÃO À REDE INTERNACIONAL VELO MONDIAL
Fonte: www.velomondial.net
Descrição da acção
Adesão à rede Velo Mondial, que pretende auxiliar as cidades aderentes a melhorar o seu planeamento da mobilidade ciclável. Após a avaliação da estratégia e actividades da câmara neste domínio, a rede:
� Atribui uma nota presente num mapa na internet onde estão presentes os municípios participantes;
� Publica as características do município com possibilidade de comparação com outros municípios;
Para além disto, a rede organiza workshops e seminários, e produz uma newsletter.
Observações Adesão em desenvolvimento Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos - Financiamento -
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4.4. OBJECTIVO 4 – ADEQUAR A OFERTA TURÍSTICA DA REGIÃO PARA A
MOBILIDADE CICLÁVEL
O Objectivo 4 procura Complementar a oferta turística da região com condições para
a mobilidade ciclável, promovendo a utilização da bicicleta na deslocação e na prática
destas actividades. Isto compreende a criação de estruturas e serviços de apoio nos
principais agentes turísticos da região e operadores de transporte público, finalidade
reflectida no objectivo específico “MOBILIZAR OS AGENTES TURÍSTÍCOS DA REGIÃO
PARA A MOBILIDADE CICLÁVELERRO! FONTE DE REFERÊNCIA NÃO ENCONTRADA.”. As
potencialidades identificadas no território da Murtosa não lhe são exclusivas,
encontrando-se de forma geral na região da Ria de Aveiro, embora com conteúdos
específicos diferentes. Esta realidade originou o objectivo específico “PROMOÇÃO E
DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL”.
COMPLEMENTAR A OFERTA TURÍSTICA DA
REGIÃO COM CONDIÇÕES PARA A
MOBILIDADE CICLÁVEL
Mobilizar os agentes turísticos da região para a mobilidade
ciclável
Promoção e dinamização de actividades de animação da
mobilidade ciclável
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4.4.1. MOBILIZAR OS AGENTES TURÍSTICOS DA REGIÃO PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
O Unir@Ria – Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro –
identifica, como uma das áreas em que os munícipios da Região da Ria de
Aveiro deveriam apostar, a dinamização do turismo. Com este objectivo em
mente, o Unir@Ria desenha uma série de propostas estruturantes nesta área,
introduzindo a bicicleta como modo de deslocação previligiado no contacto
com a natureza.
A Região de Turismo Rota da Luz e a Associação da Hotelaria Regional do
Distrito de Aveiro deram ínicio em Agosto de 2007, a uma parceria para a
oferta gratuita de aluguer de bicicletas em unidades hoteleiras da região,
apelidada de Rodas da Luz. Contudo, a actual indefinição quanto à
continuação da existência da primeira entidade poderá pôr em risco a
continuação da iniciativa, dado que constitui o fornecedor dos equipamentos.
Na linha de caminho-de-ferro do Norte, no serviço urbano que liga a cidade de
Aveiro ao Porto, atravessando vários munícipios integrados na região da Ria de
Aveiro, é possível transportar a bicicleta de forma gratuita ao fim de semana.
b) Objectivos
Este objectivo pretende que os agentes turísticos que operam na região da Ria
de Aveiro, ofereçam condições homogéneas para que os seus clientes
usufruam do território e das actividades que este oferece, através da utilização
da bicicleta como meio de transporte priveligiado.
Contudo, esta oferta deverá ser complementada com a de outros agentes da
região, nomeadamente os operadores de transporte público, de modo a
possibilitar a utilização da bicicleta em trajectos de longa distância.
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c) Princípios de Intervenção
A concretização deste objectivo dependerá da continuação da iniciativa
encetada pela Rota da Luz, que tal como foi referido no ponto anterior, poderá
encontrar-se em risco. Assim, sendo necessário encontrar uma alternativa,
esta poderá passar pela participação da indústria da bicicleta, enquanto
fornecedor do equipamento.
A oferta de estacionamento associadas aos principais locais / unidades de
restauração da região será concretizável através de parcerias entre estas e os
munícipios, para a colocação do mesmo, quando localizada em espaço público.
O transporte da bicicleta nos vários operadores e modos de transporte público
existentes necessitará de ser adaptado aos veículos utilizados, de modo a
assegurar condições de segurança e rapidez na sua carga e descarga. Este
objectivo poderá ser concretizado através de parcerias entre os operadores e a
indústria da bicicleta.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 26. DINAMIZAÇÃO DA INICIATIVA RODAS DA LUZ /HOTELARIA
Fonte: massacritica-aveiro.blogspot.com
Descrição da acção Continuação e Expansão da rede de unidades hoteleiras com oferta de serviço gratuito de aluguer de bicicletas aos clientes
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (página 175)
Agentes Associação de Hotelaria Regional do Distrito de Aveiro / ABIMOTA / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos Bicicletas (150€ cada) Financiamento -
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ACÇÃO 27.
SENSIBILIZAÇÃO PARA COLOCAÇÃO DE ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS NOS ESPAÇOS COMERCIAIS/ RESTAURAÇÃO
Fonte: praguebike.blogspot.com
Descrição da acção Oferta de estacionamento nos espaços e/ou unidades de restauração na região da Ria de Aveiro
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
Agentes Associação de Municípios da Ria de Aveiro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável / Espaços/Unidades de restauração
Prazo - Recursos 105€ por unidades de estacionamento (2 bicicletas cada) Financiamento Espaços/Unidades de restauração
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ACÇÃO 28. INTERMODALIDADE ENTRE A BICICLETA/TC NA REGIÃO DA
RIA DE AVEIRO
Fonte: www.footprintpress.com
Descrição da acção Oferta de transporte da bicicleta nos transportes públicos da região da Ria de Aveiro, de forma integrada e contínua, permitindo o seu transporte entre os vários modos.
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 175)
Agentes MOVEAVEIRO / CP / AVA / Auto Viação da Murtosa / Outros operadores de transporte público / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos - Financiamento -
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4.4.2. PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
As potencialidades do concelho da Murtosa não são exclusivas, dado que estas
caracteríscticas derivam da sua localização na Região da Ria de Aveiro,
nomeadamente o património ambiental (o concelho da Murtosa representa
apenas cerca de 11% da Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro) e
cultural.
O património cultural resulta da influência da envolvente ambiental, durante
gerações, no contexto social e cultural da região. Assim, a Região da Ria de
Aveiro beneficia de um património cultural valioso, a nível da gastronomia e
dos hábitos locais, como a utilização do Moliceiro e a Arte Xávega.
O património natural e cultural é complementado com o potencial também
existente na área dos desportos de contacto com a natureza
b) Objectivos
Este objectivo pretende a criação de circuitos/programas de animação da
mobilidade ciclável na região da Ria de Aveiro. Estes circuitos/programas
consistem na articulação, através da bicicleta, de vários pontos de interesse
turístico de âmbito ambiental, cultural e desportivo.
c) Princípios de Intervenção
A criação dos programas deverá ter por base dois instrumentos,
nomeadamente um Plano de Animação e um Programa de Animação. O Plano
de Animação procurará definir e optimizar circuitos com os recursos existentes,
através do estudo de diferentes combinações entre os recursos disponíveis,
em função do tempo, custo e benefício esperado.
Após a definição dos circuitos tem lugar a elaboração do Programa de
Animação, que estipula a oferta ao público, nomeadamente a organização no
tempo das actividades (locais, horários, durações). Para além disto, o
programa deverá encontrar-se articulado com os estabelecimentos hoteleiros
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e de restauração de modo a promover o desenvolvimento integrado do
munícipio.
A promoção dos Programas de Animação deverá ser efectuada de dois modos
distintos, nomeadamente junto dos Agentes de Turismo, e através da internet.
Os agentes de turismo deverão dispôr de instrumentos de promoção,
nomeadamente brochuras com os programas propostos e as atracções que os
compõem. Na página de internet, consistindo num meio mais dinâmico e de
fácil actualização, deverão constar ainda outros conteúdos, nomeadamente:
� Mapas dos percursos com identificação dos locais de observação da
paisagem e/ou fauna ou com flora especifica, ou onde se pode praticar
desporto;
� Actividades e eventos programados;
� Testemunhos de visitantes (opcional);
� Roteiros para chegar à Murtosa;
� Informação sobre alojamento e restauração;
� Sugestão de programas;
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 29. PÁGINA INTERNET DE PROMOÇÃO “RIA CICLÁVEL”
Fonte: www.greenbox.ie
Descrição da acção Página de internet de promoção das actividades de animação da mobilidade ciclável na região da Ria de Aveiro
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 175)
Agentes Aveiro Digital / Região de Turismo do Centro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo -
Recursos 1 Elemento com conhecimentos na área da informática e webdesign
Financiamento -
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ACÇÃO 30. PROGRAMAS DE ANIMAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA
RIA DE AVEIRO
Fonte: www3.bio.ua.pt
Descrição da acção Desenvolvimento de programas de animação ambiental na região da Ria de Aveiro, que articulem várias locais de interesse, com recurso à utilização da bicicleta.
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 175)
Agentes
Ecomuseu da Troncalhada / Bioria / Ecomuseu da Ria de Aveiro / Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto / Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro / SPEA / AMRIA / Futura Região de Turismo do Centro / ABIMOTA / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos Bicicletas Financiamento -
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ACÇÃO 31. PROGRAMAS DE ANIMAÇÃO DESPORTIVA REGIONAL
Fonte: www.riactiva.com
Descrição da acção Desenvolvimento de programas de animação desportiva na região da Ria de Aveiro, que articulem várias actividades em vários locais, com recurso à utilização da bicicleta.
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 175)
Agentes NORTADA Spot / RIACTIVA / Associação Náutica da Torreira / Alquimia do Mar/ AMRIA / Futura Região de Turismo do Centro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos Bicicletas Financiamento -
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ACÇÃO 32. PROGRAMAS DE ANIMAÇÃO CULTURAL REGIONAL
Fonte: www.visitportugal.com
Descrição da acção Desenvolvimento de programas de animação cultural na região da Ria de Aveiro, que articulem vários locais de interesse, com recurso à utilização da bicicleta.
Observações Consultar PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 175)
Agentes
Ecomuseu da Troncalhada / Museu de Aveiro / Casa Museu Custódio Prato / Casa Museu Egas Moniz / Museu Marítimo de Ilhavo / Museu de Ovar / Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro /AMRIA / Futura Região de Turismo do Centro / Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
Prazo - Recursos Bicicletas Financiamento -
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4.5. OBJECTIVO 5 – NOVO QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÁVEL
O quinto objectivo é de carácter transversal e aponta para a necessidade de Desenhar
um novo quadro institucional de apoio à mobilidade ciclável, o que pressupõe o
envolvimento de um conjunto de entidades dos mais variados sectores da sociedade
na promoção da mobilidade ciclável no concelho da Murtosa. A dinamização deste
quadro deverá ficar a cargo da Câmara Municipal da Murtosa, que necessitará de uma
estrutura interna direccionada para esta temática, preocupação reflectida no objectivo
específico “ORGANIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO PARA APOIAR A MOBILIDADE CICLÁVEL”.
O envolvimento das várias entidades na promoção da mobilidade ciclável deverá
acontecer no contexto de uma estrutura delineada no objectivo específico “FORÚM
MURTOSA CICLÁVEL”.
DESENHAR UM NOVO QUADRO INSTITUCIONAL DE APOIO À
MOBILIDADE CICLÁVEL
Organização do município para a apoiar a mobilidade ciclável
Fórum Murtosa Ciclável
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4.5.1. ORGANIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO PARA APOIAR A MOBILIDADE CICLÁVEL
a) Contexto
O processo que deu origem às condições existentes actualmente para a
mobilidade ciclável centrou-se no desenho e implementação de infra-
estruturas. Contudo, a dimensão que se pretende que o projecto assuma no
futuro, através da abordagem integrada descrita nas páginas anteriores, exige
uma nova organização do munícipio que reflicta estas novas preocupações.
b) Objectivos
Este objectivo pretende o desenho de uma nova estrutura organizacional no
seio da autarquia que englobe e relacione as novas preocupações. Isto
significa que os departamentos e/ou divisões das áreas de obras públicas,
trânsito, educação, turismo, ambiente, cultura e relações públicas deverão
integrar um estrutura comum direccionada para a mobilidade ciclável.
c) Princípios de Intervenção
A estrutura municipal para a mobilidade ciclável deverá constituir um espaço
de debate, onde para além da discussão dos problemas encontrados e busca
de soluções, se gerem ideias e iniciativas.
Contudo, a opinião dos intervenientes deverá ser qualificada, através de
acções de formação contínuas e pró-activas, nomeadamente através da busca
individual de boas práticas e posterior divulgação e debate em sessões
regulares. Se económicamente viável, considera-se também profícua a
realização de visitas a locais com boas práticas.
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d) Propostas de Acção
ACÇÃO 33. ESTRUTURA ORGANIZATIVA MUNICIPAL PARA A MURTOSA
CICLÁVEL
Fonte: Câmara Municipal da Murtosa
Descrição da acção
Proposta de organização de um estrutura interna do município de suporte à mobilidade ciclável que integre os departamentos/secções de:
� Obras públicas; � Trânsito; � Educação; � Turismo; � Ambiente; � Cultura; � Relações públicas.
Observações Consultar PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA AUTARQUIA PARA A MOBILIDADE CICLÁVEL (Página 185)
Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo - Recursos - Financiamento Câmara Municipal da Murtosa
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4.5.2. FÓRUM MURTOSA CICLÁVEL
a) Contexto
O processo que deu origem às estruturas de mobilidade ciclável actuais não
contou com a participação de entidades externas à Câmara Municipal da
Murtosa. Não existe assim uma estrutura institucional de acompanhamento
do projecto que lhe dê o suporte, a sustentabilidade e a validade, que apenas
o envolvimento dos agentes com influência na mobilidade do concelho, e na
mobilidade ciclável em particular, pode atribuir.
b) Objectivos
Este objectivo especifico pretende a criação de uma estrutura institucional,
orientada para a mobilidade ciclável, denominada de “Fórum Murtosa
Ciclável”. Esta estrutura deverá contribuir para uma reflexão e sensibilização
das entidades que influênciam a mobilidade no concelho.
Pretende-se, como resultados esperados, que estas entidades assumam uma
atitude pro-activa, particularmente a nível da mobilidade ciclável. Desde a
disponibilização de estacionamento e estruturas de apoio, passando pela
organização e/ou participação em actividades de dinamização do uso da
bicicleta até à colaboração na recolha e/ou gestão de informação relativa aos
hábitos de mobilidade da população, de modo a assegurar a satisfação das
suas necessidades.
c) Princípios de Intervenção
O “Fórum Murtosa Ciclável”, consistindo num espaço de reflexão sobre a
mobilidade ciclável no concelho, deverá envolver todo um conjunto de
entidades que influenciam a mobilidade, em sentido lato. Propõe-se assim, o
convite à participação das seguintes:
� Autarquia da Murtosa, enquanto líder e moderador do Fórum;
� Escolas do concelho, enquanto espaço de educação e formação dos
cidadãos;
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
107
� Principais entidades empregadoras, incluindo instituições públicas,
enquanto principais geradores de tráfego, e ambiente propício à
sensibilização da população activa;
� Principais equipamentos, enquanto geradores de tráfego do concelho;
� Representantes da população de cada freguesia com o objectivo de
estabelecer a “ponte” entre a população e o Fórum Murtosa Ciclável,
transmitindo as suas necessidades e reivindicações da primeira, e as
propostas do segundo. No entanto, isto não significa que a
participação voluntária de cidadãos não seja aceite.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
108
d) Propostas de Acção
ACÇÃO 34. FÓRUM MURTOSA CICLÁVEL
Fonte: Câmara Municipal da Murtosa
Descrição da acção
Realização de sessões de acompanhamento do projecto, abertas à comunidade. O objectivo passa pelo desenvolvimento do sentimento de pertença do projecto pelos cidadãos da Murtosa, bem como pela geração de críticas e sugestões. Pretende-se assim, que o projecto responda às necessidades da população.
Observações O primeiro Fórum Murtosa Ciclável realizou-se no dia 29 de Fevereiro de 2008, com a participação de cerca de 100 pessoas.
Agentes Câmara Municipal da Murtosa
Prazo O Fórum Murtosa Ciclável deverá realizar-se duas vezes por ano, em data oportuna.
Recursos - Financiamento Câmara Municipal da Murtosa
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109
ACÇÃO 35. PÁGINA INTERNET MURTOSA CICLÁVEL
Fonte: www.cm-murtosa.pt/bicicleta
Descrição da acção
Página de internet do projecto, como o seu espaço de referência na comunicação com os cidadãos da Murtosa e outros interessados:
� Acompanhamento da sua evolução � Apresentação das suas iniciativas e projectos � Opinião da população através de sondagens e fórum
associado Observações - Agentes Câmara Municipal da Murtosa Prazo -
Recursos 1 Elemento com conhecimentos na área da informática e webdesign
Financiamento Câmara Municipal da Murtosa
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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110
5 QUADRO SÍNTESE DE INVESTIMENTOS
As acções propostas, apesar do seu
elevado número, configuram um
Quadro de Investimentos, que lhes não
é proporcional. Isto é, os investimentos
propostos encontram-se concentrados
em apenas algumas acções propostas.
Este facto justifica-se pelo elevado
número de acções de carácter imaterial
proposto, que apesar de merecerem
um esforço por parte da autarquia e
dos restantes stackeholders (ex:
escolas), não representam, à partida,
custos para esta.
Existem ainda acções que deverão ser
concretizadas apenas por intervenção
dos stakeholders (apesar de a câmara
municipal da Murtosa assumir um
papel fundamental, quanto à sua
mobilização), cujo seu custo não se
encontra neste quadro de
investimentos, estando contudo
presentes em valores unitários nas
respectivas fichas no capítulo anterior
(ex: estacionamento nos locais de
emprego).
QUADRO 20 – QUADRO SÍNTESE DOS INVESTIMENTOS
PROPOSTOS PARA A CÂMARA MUNICIPAL DA
MURTOSA
Acção 1 192.000€ Acção 2 5.000€ Acção 3 - Acção 4 1.350.000€ Acção 5 81.900€ Acção 6 - Acção 7 - Acção 8 - Acção 9 -
Acção 10 - Acção 11 - Acção 12 - Acção 13 2.230.000€ Acção 14 250.000€ Acção 15 - Acção 16 - Acção 17 - Acção 18 - Acção 19 - Acção 20 - Acção 21 - Acção 22 - Acção 23 - Acção 24 29.925€ Acção 25 - Acção 26 - Acção 27 - Acção 28 - Acção 29 - Acção 30 - Acção 31 - Acção 32 - Acção 33 - Acção 34 - Acção 35 -
Total 4.138.825€
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111
6 CONCLUSÕES
O trabalho desenvolvido pela equipa da Universidade de Aveiro procurou ajudar a construir
uma estratégia municipal para a mobilidade sustentável no município da Murtosa. Esta
estratégia reflecte as mudanças que este conceito ainda recente exige, não só a nível das
atitudes e opções estratégicas tomadas pelas autoridades públicas no âmbito da mobilidade,
mas também e fundamentalmente, pelos cidadãos e entidades privadas.
Estas mudanças são o reflexo da necessidade de atender aos desafios que hoje a mobilidade
enfrenta, nomeadamente as alterações climáticas (modelo actual centrado no automóvel com
os impactos ambientais que produz) e a equidade económica (poder de compra que permite o
acesso aos transportes) e social (conceito de “acessibilidade para todos”, reflectindo as
dificuldades sentidas pelos indivíduos com mobilidade reduzida).
A necessidade de mudança existe em complemento ao conceito tradicional de mobilidade,
onde a solução para os problemas de mobilidade “clássicos” (ex: congestionamento,
sinistralidade, nível e qualidade de serviço insuficiente) é encontrada com base em iniciativas
de carácter infra-estrutural (ex: redesenho de intersecções, medidas de acalmia de tráfego).
Salienta-se ainda que a Murtosa não sofre do tipo de problemas tradicionais de mobilidade
(congestionamento, …), tendo indicadores que demonstram a aptidão para o desenvolvimento
de formas de mobilidade baseadas nos modos suaves (bicicleta e pedonal).
Estas mudanças exigem portanto, o complemento da componente infra-estrutural com
medidas e iniciativas de carácter imaterial, incidindo não só sobre as atitudes e hábitos de
mobilidade dos cidadãos, mas também sobre os factores que os condicionam (ex: limitações
económicas). Esta abordagem exige portanto a busca de soluções de longo prazo, em clara
contradição com as soluções “tradicionais”.
Este conceito esteve subjacente no trabalho realizado pela equipa da Universidade de Aveiro
em todo o processo, dando origem à formulação dos objectivos e à apresentação das
propostas finais. Processo que teve início com a identificação das expectativas do executivo
municipal, posteriormente comprovadas e validadas através do Diagnóstico efectuado, e
reinterpretadas/complementadas à luz do conhecimento reunido através da construção de um
Quadro Teórico de Referência. Esta fase conduziu à definição conjunta das linhas de
orientação específicas para o projecto de mobilidade sustentável para o município da Murtosa,
onde a mobilidade ciclável assume o papel central.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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112
O Diagnóstico realizado sobre a mobilidade no concelho da Murtosa foi orientado de acordo
com este conceito, complementando o estudo das condicionantes infra-estruturais. Assim,
foram analisadas a composição e distribuição geográfica da população e dos principais
geradores de tráfego, estudados os hábitos de mobilidade da população, e identificados os
principais factores que os condicionam, de âmbito físico, social e económico.
O concelho da Murtosa é constituído por dois territórios distintos separados por um braço da
Ria de Aveiro. Na zona nascente localiza-se, a sul, o centro do concelho, onde se concentram
as principais funções e equipamentos com importância municipal. Simultaneamente, consiste
no espaço onde a população se encontra mais envelhecida, existindo problemas de mobilidade
devido à reduzida dimensão dos passeios. A zona poente é dominada pelo aglomerado da
Torreira, que se caracteriza pela elevada representação de população jovem, no contexto do
concelho. Os principais equipamentos para este grupo etário (escola secundário e área
desportiva) localizam-se na zona nascente, no centro do concelho, o que torna problemático
devido à distância a percorrer (cerca de 10 kms).
A estrutura económica do município encontra ainda raízes no sector primário, que assume
uma relevância única no contexto do Baixo Vouga. Consiste num concelho com necessidades
de desenvolvimento, decorrente da sua localização periférica no contexto da região. Este facto
justifica o reduzido poder de compra da população da Murtosa, com o nível nacional e regional
FIGURA 32 – ABORDAGEM METODOLÓGICA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
113
como termo de comparação, traduzindo-se em necessidades e motivações de mobilidade
diferentes das dos municípios vizinhos. Este quadro teve como efeito a manutenção dos
modos suaves como os principais modos de transporte no concelho, com particular
importância para a bicicleta. A bicicleta é utilizada por todos os grupos etários, com
particularidade pelos jovens e pelas camadas mais idosas. Quanto à população em idade
activa, esta começou a realizar a transição para o automóvel, embora ainda a utilize.
De entre os vários modos de transporte disponíveis no concelho estudado, estes modos
assumiram maior importância devido á sua utilização de forma regular, que não encontra
contudo, eco nas condições existentes para os mesmos. Foram identificadas condicionantes à
mobilidade pedonal, nos dois centros urbanos do concelho (Torreira e Murtosa/Monte), e, no
caso da mobilidade ciclável, a principal lacuna prende-se com a ausência de uma rede
integrada de vias com condições para a utilização da bicicleta. Quanto aos restantes modos
(transporte público e automóvel), o inquérito realizado concluiu que estes não se apresentam
como muito problemáticos, indo as condições existentes ao encontro das necessidades da
maioria da população.
O Diagnóstico foi ainda complementado, dadas as necessidades de desenvolvimento
identificadas (que contribuem para a desigualdade no acesso ao transporte), com um capítulo
que procurou estudar a bicicleta enquanto
possível meio de integração e valorização de
vários recursos existentes no território.
O Quadro Teórico de Referência elaborado
sobre a mobilidade ciclável reflecte o conceito
de mobilidade sustentável subjacente, ao ser
constituído por 4 dimensões com uma adicional
e transversal, que vão de encontro às questões
formuladas neste.
A sua primeira dimensão, Actividades de Apoio
e Prestação de Serviços à Mobilidade Ciclável é relativa à componente infra-estrutural, típica
da abordagem clássica, mas introduzindo-lhe novas questões como equipamentos e serviços
de apoio. A segunda dimensão, Actividades de Dinamização da Mobilidade Ciclável introduz a
componente imaterial, incidindo sobre actividades com o objectivo de influenciar as atitudes e
hábitos de mobilidade dos cidadãos, em diferentes grupos-alvo.
FIGURA 33 – QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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114
A terceira dimensão, Actividades de Animação da Mobilidade Ciclável, considera a mobilidade
ciclável enquanto oportunidade de desenvolvimento em territórios com necessidades neste
domínio (incluindo-se o município da Murtosa nesta situação). A quarta dimensão, Actividades
de R&D ligados à Mobilidade Ciclável reflecte também a vertente económica do conceito,
reduzindo o preço ao consumidor através de um aumento na eficiência na produção.
Finalmente, a dimensão transversal Quadro Institucional de Apoio à Mobilidade Ciclável
procura identificar e definir formas de assegurar a prossecução e continuidade da estratégia
definida, após a concretização das propostas.
A segunda fase, que constituiu o objecto do segundo documento, consistiu na definição de
objectivos, a partir das linhas de orientação definidas no fim da primeira fase. Os objectivos
reflectem, à semelhança do Quadro Teórico de Referência, o conceito de mobilidade
sustentável que acompanhou os trabalhos.
O primeiro objectivo, que pretende Qualificar a
mobilidade dos modos suaves urbanos, reflecte o
complemento da componente infra-estrutural com
iniciativas imateriais que incidem sobre os hábitos
de mobilidade dos seus cidadãos. A componente
infra-estrutural é representada pelos objectivos
específicos Rede pedonal dos Centros Urbanos,
Criação de um Sistema Cicloviário e de
acessibilidade ao Centro da Murtosa e
Intermodalidade entre a bicicleta e o transporte
público. As iniciativas imateriais sobre os hábitos
de mobilidade são desenhadas no objectivo
específico Mobilizar e sustentar a cultura de
utilização da bicicleta.
FIGURA 34 – OBJECTIVO 1
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
115
O segundo objectivo, Valorizar a mobilidade ciclável
ligada ao turismo e ao lazer, introduz a necessidade
de abordar um dos factores condicionantes da
mobilidade no concelho da Murtosa, o reduzido
poder de compra dos seus cidadãos, associado às
necessidades de desenvolvimento presentes. Este
objectivo complementa a componente infra-
estrutural associada à mobilidade (Criação de um
Sistema Cicloviário Turístico) com o
desenvolvimento de actividades imateriais
associadas ao património ambiental e cultural do
concelho, procurando contribuir para o
desenvolvimento do concelho (Promoção e
Dinamização de Actividades de Animação da
Mobilidade Ciclável e Logística de suporte das
actividades de animação da mobilidade ciclável).
O terceiro objectivo reflecte a necessidade de
encontrar a sustentabilidade, a longo prazo, das
soluções adoptadas.
A sustentabilidade da mobilidade ciclável no
município da Murtosa, encontra-se dependente do
contexto onde este se encontra. Assim, os
objectivos específicos Rede Ciclável da Ria de Aveiro
e Rede Nacional de Mobilidade Ciclável, procuram
contribuir para a criação de um contexto favorável.
Por outro lado, a sustentabilidade também
depende da constante actualização do
conhecimento sobre este tema, de modo a
antecipar desafios e/ou potencialidades futuras. A
solução adoptada para esta questão consiste na
Integração em Redes Internacionais de Mobilidade
Ciclável.
FIGURA 35 – OBJECTIVO 2
FIGURA 36 – OBJECTIVO 3
FIGURA 37 – OBJECTIVO 4
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
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O quarto objectivo é também referente à
necessidade de um contexto favorável, mas no
âmbito da sustentabilidade das actividades
descritas no segundo objectivo. Assim, pretende-se
Complementar a oferta turística regional com
condições para a mobilidade ciclável, sendo
necessário mobilizar os agentes turísticos da região
no sentido da Promoção e dinamização de
actividades de animação da mobilidade ciclável.
O último objectivo, Desenhar um novo Quadro
Institucional de Apoio à Mobilidade Ciclável, de
carácter transversal, reflecte sobre a exigência de
mudança ao nível da acção das autoridades públicas. A esta acção encontra-se associada a
organização do município para apoiar a mobilidade ciclável. Por outro lado, a sustentabilidade
da acção do município, isto é, a garantia de que as opções tomadas constituem valor
acrescentado na óptica dos seus cidadãos, assegurando a sua utilidade, dependerá da sua
validação por estes. No entanto, mais do que validação/aprovação, deverá ser procurada a sua
participação activa numa estrutura própria e criada para o efeito. Esta estrutura teve já o seu
início na apresentação pública do Projecto Murtosa Ciclável, ocorrida no dia 29 de Fevereiro de
2008.
A terceira e última fase, objecto principal do presente documento, consiste no desenho final
de um conjunto de 35 propostas de acção, decorrentes dos objectivos delineados. Para além
disto, as propostas são acompanhadas de documentos orientadores, localizados no final deste
documento, que procuram conduzir o seu desenvolvimento. Este conjunto de documentos
orientadores constitui o reflexo final e transposição do conceito de mobilidade sustentável
presente ao longo dos trabalhos para a acção:
FIGURA 38 – OBJECTIVO TRANSVERSAL
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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Enquadramento dos Documentos Orientadores no Conceito de Mobilidade Sustentável
Documento Orientador Enquadramento
Proposta de Rede Pedonal do Centro Urbana da Murtosa
- Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves de mobilidade
Proposta de Rede Pedonal do Centro Urbana da Torreira
- Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves de mobilidade
Proposta de Esquema Director do Sistema Cicloviário da Murtosa
- Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves de mobilidade - Complemento da componente infraestrutural tradicional (vias, estacionamento) com novas estruturas (equipamentos de apoio)
Proposta de Rede de Vias Cicláveis Urbanas - Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves de mobilidade
Proposta de Actividades - Mobilizar e Sustentar a Cultura de Utilização da Bicicleta – Jovens
- Medidas de carácter imaterial que visam influenciar as atitudes e hábitos de mobilidade dos cidadãos
Proposta de Actividades - Mobilizar e Sustentar a Cultura de Utilização da Bicicleta – População Activa
- Medidas de carácter imaterial que visam influenciar as atitudes e hábitos de mobilidade dos cidadãos
Proposta de Rede Ciclável Turística
- Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves de mobilidade urbana - Infra-estruturas de apoio à utilização dos modos suaves enquanto instrumento de promoção de dinâmicas de desenvolvimento económico-social
Proposta de Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável
- Medidas de carácter imaterial que visam contribuir para a promoção de dinâmicas de desenvolvimento sócio-económico
Proposta de organização da Autarquia para a Mobilidade Ciclável
- Medidas de carácter imaterial que visam influenciar as atitudes e opções estratégicas das autoridades públicas
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA
MURTOSA
DOCUMENTO ORIENTADOR
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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119
O presente documento orientador tem como objectivo apresentar as propostas para a rede
pedonal do centro urbano da Murtosa. Insere-se na “Acção 1 – Rede Pedonal do Centro
urbano da Murtosa”, integrada no objectivo específico “Rede Pedonal dos Centros Urbanos da
Murtosa e Torreira”, do objectivo geral “Qualificar a mobilidade urbana em modos suaves”, do
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa.
SÍNTESE DA SITUAÇÃO ACTUAL
O centro da Murtosa apresenta alguma heterogeneidade nas condições existentes para a
circulação pedonal, nomeadamente a zona nascente, onde se localizam os paços do concelho e
o novo parque/área desportiva municipal, e a zona a poente desta, onde se localiza a Praça
Jaime Afreixo e a Capela de S. Lourenço. A primeira, provavelmente por consistir numa zona
mais recente, apresenta constrangimentos pouco graves à circulação pedonal, com passeios
contínuos e de largura superior a 1,5 m e com máximos de 2,5 m, e com vias/áreas pedonais
circundantes à câmara municipal. A zona poente, consistindo num tecido mais antigo,
caracteriza-se por vias que oferecem poucas condições para a circulação pedonal, com
ausência de passeios, ou com dimensões insuficientes (não superiores a 1m). Na maioria dos
casos este facto deve-se à reduzida dimensão assumida pelo perfil viário, onde foram
acomodados dois sentidos de circulação automóvel, em prejuízo da circulação pedonal.
FIGURA 39 – DIMENSÃO DOS PASSEIOS NO CENTRO DA MURTOSA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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Contudo, em ambas as zonas, é possível constatar alguma irregularidade na dimensão dos
passeios, e encontrar situações específicas que condicionam, pela negativa, a circulação
pedonal, nomeadamente ausência de rebaixamento do passeio em algumas passadeiras.
FIGURA 40 – PASSADEIRAS SEM REBAIXAMENTO DO PASSEIO NO CENTRO DA MURTOSA
FIGURA 41 – SENTIDOS DE TRÂNSITO NO CENTRO DA MURTOSA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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121
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção que a seguir se apresenta para o Centro Urbano da Murtosa
procura resolver os problemas identificados no diagnóstico realizado. Assim, a intervenção
incide apenas sobre as vias onde estes problemas foram detectados, sem prejuízo da
necessária articulação com as restantes.
A proposta de intervenção, ao procurar melhorar as condições existentes para a circulação
pedonal neste espaço, incide sobre a alteração dos perfis viários, nomeadamente a
distribuição deste espaço entre os diferentes modos de transporte. Em alguns casos, estas
soluções incluem a eliminação e/ou alteração de sentidos de trânsito, de modo a criar espaço
para a circulação pedonal. Contudo, existem situações para as quais não foi elaborada
proposta, mantendo-se no estado actual, apesar de não oferecem condições satisfatórias para
a mobilidade pedonal. Esta opção é justificada pelo facto de constituírem vias periféricas ao
centro, e cuja intervenção introduziria uma complexidade pouco sustentável num território
vincadamente rural, nomeadamente o exterior aquele espaço. Para além disto, existem ainda
situações onde o tecido existente ainda não se encontra consolidado devido a construções ou
reabilitações recentes e/ou em curso.
As páginas seguintes apresentam as propostas de intervenção para cada arruamento.
Para além disto, existem ainda situações menos complexas, nomeadamente a existência de
passadeiras sem rebaixamento do passeio, que a proposta de intervenção sugere que sejam
resolvidas através da introdução do mesmo. Estas situações foram identificadas na síntese
realizada sobre a situação actual.
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Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
131
RESULTADO FINAL DA INTERVENÇÃO
O resultado final da intervenção proposta para o Centro Urbano da Murtosa consiste numa melhoria
das condições para a mobilidade pedonal, através do aumento da dimensão dos passeios existentes
e/ou introdução dos mesmos onde actualmente não existem, sempre com dimensões iguais ou
superiores a 1,5 m.
Como sub-produto da intervenção proposta resultam alterações a nível dos sentidos de trânsito no
Centro da Murtosa. Contudo, estas alterações não tiveram apenas em mente a preocupação com as
condições oferecidas à mobilidade pedonal, apesar de ser este o mote da intervenção. Quer isto
dizer que a elaboração da proposta de alterações referida procurou sempre racionalizar os percursos
a efectuar pelos automobilistas após a intervenção, de modo a garantir uma boa funcionalidade da
rede rodoviária do Centro da Murtosa e da sua ligação ao resto do concelho.
FIGURA 42 – DIMENSÃO DOS PASSEIOS NO CENTRO DA MURTOSA APÓS INTERVENÇÃO
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
132
FIGURA 43 – SENTIDOS DE TRÂNSITO NO CENTRO DA MURTOSA APÓS INTERVENÇÃO
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
133
PROPOSTA DE REDE PEDONAL DO CENTRO URBANO DA
TORREIRA
DOCUMENTO ORIENTADOR
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
134
O presente documento orientador tem como objectivo apresentar as propostas para a rede
pedonal do centro urbano da Torreira. Insere-se na “Acção 2 – Rede Pedonal do Centro urbano
da Torreira”, integrada no objectivo específico “Rede Pedonal dos Centros Urbanos da
Murtosa e Torreira”, do objectivo geral “Qualificar a mobilidade urbana em modos suaves”, do
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa.
SÍNTESE DA SITUAÇÃO ACTUAL
O aglomerado da Torreira apresenta alguma homogeneidade quanto às condições existentes
para a circulação pedonal. Esta situação será reflexo do facto deste aglomerado ser, na sua
maioria, de construção recente, com um traçado que revela também a sua evolução através de
loteamentos, dado que se observam áreas contínuas com perfis viários idênticos. Estes perfis
apresentam uma dimensão elevada, acomodando na sua maioria a circulação pedonal (com
largura superior a 1,5 m), o estacionamento e a circulação automóvel.
Este facto favoreceu a existência, na sua generalidade, de percursos pedonais contínuos
(incluindo entre loteamentos), à excepção de algumas situações. Contudo, esta continuidade
dos passeios é prejudicada por duas situações que constituem uma constante neste espaço.
Em primeiro lugar, os passeios, salvo raras excepções, encontram-se ocupados por mobiliário
urbano, e, em segundo lugar, as passadeiras constituem uma raridade.
FIGURA 44 – PASSEIOS COM OBSTÁCULOS À MOBILIDADE PEDONAL NA TORREIRA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
135
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção para a Rede Pedonal do Centro Urbano da Torreira procurou
resolver os principais problemas identificados no diagnóstico realizado. Assim, a proposta
focou-se na eliminação de barreiras/obstáculos à mobilidade pedonal, dado que a grande
maioria dos arruamentos apresenta passeios com dimensão aceitável. Contudo, existem dois
tipos de situações onde os obstáculos não causam grandes constrangimentos. A primeira dá-se
quando os passeios assumem dimensões que compensam o espaço ocupado por estes. A
segunda, onde os arruamentos são de acesso residencial, o tráfego automóvel é virtualmente
inexistente, e os peões se apropriam de todo o espaço. Nestes casos não existe proposta de
intervenção.
Para além disto, os poucos arruamentos onde os passeios não oferecem boas condições para a
mobilidade pedonal, não consistem ainda em espaços consolidados. Este facto justifica a não
apresentação de proposta de intervenção para estes espaços.Em último lugar, propõe-se a
localização de passadeiras em todos os cruzamentos
FIGURA 45 – DIMENSÃO DOS PASSEIOS NA TORREIRA
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
136
RUA DA CERTELA
Situação actual
A Rua da Certela apresenta boas condições para a circulação pedonal, apenas perturbadas pela existência de mobiliário urbano, nomeadamente um contentor do lixo, a ocupar o passeio.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção sugere a alteração de localização do contentor do lixo. À semelhança de outro contentor existente na mesma via, recomenda-se a sua localização, junto ao passeio, no espaço dedicado à circulação rodoviária, não perturbando este modo de transporte, dada a dimensão e funcionalidade assumidas pelo mesmo.
RUA DA BRANQUEIRA
Situação actual
No cruzamento da Rua da Branqueria com o Largo do Chinchorro existe uma interrupção do passeio, exigindo que o transeunte caminhe por cima de espaço verde, ou pelo espaço dedicado ao tráfego automóvel.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção pretende a implantação de um passeio no espaço referido com 2 metros de largura.
Custo: 4275€
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
137
RUA DOS MARINHEIROS
Situação actual
A Rua dos Marinheiros apresenta passeios com dimensão aceitável para a mobilidade pedonal. Contudo estes são ocupados com árvores o que reduzem a sua funcionalidade.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção consiste na remoção das árvores presentes no passeios deste arruamento.
TRAVESSA RAUL BRANDÃO
Situação actual
A Travessa Raul Brandão apresenta passeios com cerca de 1 metro de largura. Contudo estes são ocupados com árvores, retirando-lhes a sua funcionalidade.
Proposta de Intervenção
Apesar dos passeios apresentarem uma dimensão reduzida, existem alternativas para realizar o mesmo trajecto, em melhores condições. Assim, a proposta de intervenção consiste apenas na remoção das árvores presentes nos passeios deste arruamento.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
138
RUA PROFESSOR FIRMINO ARESTA
Situação actual
Na Rua Professor Firmino Aresta existe uma entrada de garagem cuja cota se encontra muito acima do passeio. A solução para este problema criou constrangimentos à mobilidade pedonal, através da criação de uma rampa que atravessa o passeio.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção consiste na consensualização com o proprietário da garagem da substituição da rampa no passeio, por uma no interior da sua propriedade, a partir do seu limite.
RUA 10 DE JUNHO
Situação actual
A Rua 10 de Junho apresenta boas condições para a circulação pedonal, perturbadas por um facto pontual. A existência de um poste de electricidade a obstruir o acesso a uma passadeira.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção consiste na relocalização do poste de electricidade, a norte do local actual, após o término da passadeira.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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RUA DOS BACALHOEIROS
Situação actual
A Rua dos Bacalhoeiros apresenta boas condições para a mobilidade pedonal, com passeios cuja largura atinge os 3 metros. Contudo existem duas situações que podem causar constrangimentos. 1 – Intersecção entre passadeira e ciclovia sem clara indicação da prioridade. 2 – Obstrução do passeio com construção.
Proposta de Intervenção
A proposta de intervenção consiste: 1 – Prioridade ao peão, através se sinalização horizontal na ciclovia. 2 – Eliminação da construção
1
2
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PROPOSTA DE ESQUEMA DIRECTOR DO SISTEMA
CICLOVIÁRIO DA MURTOSA
DOCUMENTO ORIENTADOR
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O presente documento orientador tem como objectivo apresentar a proposta de Esquema
Director do Sistema Cicloviário da Murtosa. Insere-se na “Acção 3 – Esquema Director do
Sistema Cicloviário da Murtosa”, integrada no objectivo específico “Criação de um Sistema
Cicloviário e de Acessibilidade ao Centro da Murtosa”, do objectivo geral “Qualificar a
mobilidade urbana em modos suaves”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa.
SÍNTESE DA SITUAÇÃO ACTUAL
As vias de cariz ciclável existentes no concelho da Murtosa encontram-se limitadas a uma zona
da freguesia do Monte, e à Circular Norte e Poente da freguesia da Torreira. A primeira
encontra-se associada a uma zona desportiva, e à Escola dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico
com Secundário Padre António Morais da Fonseca. A flexibilidade oferecida nas deslocações é
reduzida devido à ausência de enquadramento numa verdadeira rede ciclável. A única ligação
possível entre si será através da utilização das vias automóveis, que não oferecem as
condições de circulação desejadas, nomeadamente a nível da segurança. Este problema é
particularmente importante dado que a ligação possível entre estas duas zonas consiste nas
Estradas Nacionais 109-5 e 327, cuja circulação automóvel assume velocidades demasiado
elevadas para a circulação mista.
FIGURA 46 – VIAS CICLÁVEIS EXISTENTES NO CONCELHO DA MURTOSA FONTE: ELABORAÇÃO DA EQUIPA COM BASE EM INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA P ELA CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA
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O estacionamento para bicicletas existente no concelho encontra-se localizado junto a alguns
equipamentos, principalmente na freguesia sede de concelho, onde se concentram as
actividades de foro administrativo, como a Câmara Municipal e a Repartição de Finanças, e de
serviços, como os C.T.T.. Alguns equipamentos oferecem estacionamento no seu interior,
nomeadamente o Lar da Santa Casa da Misericórdia, a Escola dos 2º e 3º Ciclos do Ensino
Básico com Secundário Padre António Morais da Fonseca e a Escola Básica Nº 1 do Monte. No
entanto, verifica-se que nos dois últimos casos, a oferta é reduzida face às necessidades.
Observa-se ainda a existência de estacionamento junto aos Cais da Béstida, do Bico, e à Ribeira
de Pardelhas, e ainda na freguesia da Torreira. Este encontra-se associado a uma perspectiva
turística não servindo de apoio a equipamentos. No futuro, o município pretende introduzir
estacionamento na Zona Industrial, concentrando-o numa zona para actividades de apoio.
A gestão e manutenção das estruturas de apoio ao uso da bicicleta são efectuadas pelo
município, à semelhança das infra-estruturas públicas rodoviárias, não existindo assim,
nenhuma estrutura orientada especificamente para estas.
FIGURA 47 – ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS EXISTENTE NA MURTOSA FONTE: ELABORAÇÃO DA EQUIPA COM BASE EM INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA P ELA CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA
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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Esta proposta de intervenção pretende a criar um “Esquema Director do Sistema Cicloviário da
Murtosa” constituido por um conjunto de elementos, nomeadamente uma rede de vias
cicláveis, estacionamento para bicicletas, equipamentos de apoio e sinalização/mapas de
orientação.
O desenho da rede de vias cicláveis procurou efectuar a ligação aos principais equipamentos e
serviços (escolas, administração local, equipamentos de saúde), à zona industrial e aos
municipios vizinhos. O estacionamento para bicicletas foi proposto também para os principais
equipamentos e locais de paragem (Praça Jaime Afreixo, Zona Industrial, Cais do Bico, Cais da
Béstida, Cais da Mamaparda, Cais da Ribeira).
Os equipamentos de apoio consistem numa estrutura
de disponibilização de cacifos e balneários aos
utilizadores da bicicleta, contribuindo para minimizar o
desconforto provocado pela viagem. A rede de
equipamentos de apoio proposta procura, por um
lado, utilizar estrutura existentes, e por outro inserir
estas em projectos já programados pela autarquia.
Alguns dos equipamentos de apoio, nomeadamente os situados nos cais, na entrada na vila a
partir da Avenida do Emigrante, e na praia da Torreira deverão ser complementados com
pequenas unidades comerciais e espaço de descanso e/ou merenda.
PROPOSTA DE EQUIPAMENTOS DE APOIO Em estruturas existentes Em projectos programados
Pavilhão Gimno-desportivo da Murtosa Pavilhão Gimno-Desportivo do Monte Apoios de praia na freguesia da Torreira
Nova Biblioteca Municipal Projecto de Reabilitação do Cais da Béstida Projecto de Reabilitação do Cais da Mamaparda Projecto de Reabilitação do Cais da Ribeira Apois de Praia programados no POOC Ovar Marinha Grande
FIGURA 48 – EXEMPLO DE EQUIPAMENTO DE
APOIO FONTE: WWW.BIKEREPUBLIC.ORG
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A sinalização/mapas de orientação propostos deverão informar sobre o “Sistema Cicloviário da
Murtosa”, contendo informação sobre a rede de vias cicláveis, os locais de estacionamento
públicos (estacionamento não situado no interior de edificios e/ou equipamentos) e os
equipamentos de apoio existentes. Complementarmente aos mapas, propõe-se a localização
de sinalização a informar da proximidade de estacionamento e/ou equipamentos de apoio.
A proposta de “Esquema Director do Sistema Cicloviário da Murtosa” inclui ainda uma
estrutura de manuntenção/gestão, de modo a assegurar uma constante adaptação da rede às
necessidades da população, e eventuais correcções de deficiências não previstas no seu
desenho. Propõe-se que esta estrutura tenha base num inventário detalhado das vias
existentes, composto pela sua intensidade de utilização, sinistralidade, condições de utilização
iniciais, reclamações e/ou observações dos utentes. Este inventário permite prioritizar
intervenções e inspecções, optimizando recursos (ex: permite seleccionar com maior rigor a
intervenção prioritária, quando necessário).
Contudo, isto não significa que a postura assumir pelo município seja apenas reactiva,
propondo-se a existência em paralelo de um plano de manutenção regular, básico, dedicado a
actividades como a eliminação de vegetação que se encontre a obstruir as vias e pintura da
sinalização horizontal.
A página seguinte apresenta a distribuição espacial do “Sistema Cicloviário da Murtosa”
proposto.
FIGURA 49 – EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO/MAPA DE ORIENTAÇÃO FONTE: HTTP://WWW.CT.GOV/DOT/CWP/VIEW.ASP?A=1390&Q=292876&PM=1
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PROPOSTA DE REDE DE VIAS CICLÁVEIS URBANAS
DOCUMENTO ORIENTADOR
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O presente documento orientador tem como objectivo apresentar a proposta para a rede de
vias cicláveis urbanas. Insere-se na “Acção 4 – Rede de Vias Cicláveis Urbanas”, integrada no
objectivo específico “Criação de um Sistema Cicloviário e de Acessibilidade ao Centro da
Murtosa”, do objectivo geral “Qualificar a mobilidade urbana em modos suaves”, do Projecto
de Mobilidade Sustentável da Murtosa.
SÍNTESE DA SITUAÇÃO ACTUAL
As vias de cariz ciclável existentes no concelho da Murtosa são
de tipo segregado (pistas cicláveis), ou seja, os seus utilizadores
circulam numa via reservada à utilização da bicicleta. Estas vias
oferecem, de forma geral, condições de segurança satisfatórias
(à excepção das situações identificadas na análise da
mobilidade pedonal), encontrando-se sinalizadas, quer através
de sinalização horizontal, quer vertical. Os cruzamentos com
vias automóveis são resolvidos através da adopção de medidas de acalmia de tráfego que
conferem simultaneamente prioridade à bicicleta, nomeadamente a sobre-elevação da via
automóvel nos cruzamentos com a via ciclável. No entanto, estas vias não representam um
circuito fechado, terminando abruptamente em situações pouco claras e seguras. Na freguesia
da Torreira, a ciclovia termina junto a cruzamentos sem existirem indicações quanto à postura
a adoptar, e na freguesia do Monte, direcciona o ciclista para um passeio estreito, o que
poderá originar conflitos com o peão.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção para a criação de uma Rede de Vias Cicláveis Urbanas consiste
numa proposta que procura adequar-se ao perfil das vias existentes, através da adopção de
diferentes soluções. A partilha do espaço com os automóveis (denominado misto) é a solução
adoptada para vias com dimensão inferior a 12 metros de largura, e a segregação destes (pista
ciclável) em vias com dimensão igual ou superior àquela dimensão.
Nas vias cicláveis de tipo misto, é proposta a aplicação de sinalização horizontal (excluindo-se a
vertical, para não perturbar a mobilidade pedonal) que informe os utilizadores da via deste
facto. Esta sinalização deverá encontrar-se em todos os cruzamentos e entroncamentos
ocorridos nas vias cicláveis, quer entre estas e vias não integradas na rede, quer entre si.
FIGURA 50 – DIRECIONAMENTO DO
CICLISTA PARA O PASSEIO
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Para este tipo de vias são propostas duas alternativas de pavimentos. O primeiro consiste em
Betum Modificado com Borracha e o segundo em Blocos de Betão.
O Betume Modificado com Borracha para além de contribuir para a preservação do meio
ambiente, através da reutilização de pneus usados, apresenta vantagens para as vias onde é
utilizado. Evita o “envelhecimento que as misturas betuminosas convencionais estão sujeitas,
tanto devido à acção dos raios ultra violetas (…), que necessariamente provocam fissuras e
que, consequentemente, irão permitir que a água se infiltre no pavimento com a consequente
lavagem dos finos e respectivos assentamentos sempre indesejáveis”1. Assim, em condições de
circulação normais, sem uma elevada intensidade de tráfego automóvel (onde a generalidade
das vias do município da Murtosa se insere), este pavimento não necessita de elevados gastos
de manutenção, podendo conservar-se em bom estado durante um período até 30 anos, sem
intervenções significativas.
1 Ciclovia Chaves Vila Real, Centro de Estudos de Arquitectura Paisagística “Prof. Francisco Caldeira Cabral”, 2003
FIGURA 51 – EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL A ALERTAR PARA A PARTILHA DA VIA FONTE: WWW.THEWASHCYCLE.COM
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A maior desvantagem apresentada por este tipo de pavimento, consiste na possível percepção
transmitida aos automobilistas de que este constitui o seu espaço, se não for acompanhado de
um ambiente envolvente que traduza acalmia. No caso da Murtosa, esta não constituirá
grande preocupação dadas as características apresentadas pela sua malha viária,
nomeadamente vias estreitas e sinuosas.
Os Blocos de Betão apresentam como principal vantagem, através da sua irregularidade,
transmitir ao condutor automóvel a necessidade de reduzir a sua velocidade de circulação.
Contudo, este pavimento apesar de incrementar a segurança do ciclista, relativamente ao
automóvel, diminui o seu conforto de circulação.
FIGURA 52 – ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO DE BETUME MODIFICADO COM BORRACHA FONTE: HTTP://WWW.ISA.UTL.PT/CEAP/CICLOVIAS/NEW_PAGE_153.HTM
FIGURA 53 – ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO DE BLOCOS DE BETÃO FONTE: HTTP://WWW.ISA.UTL.PT/CEAP/CICLOVIAS/NEW_PAGE_153.HTM
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Quadro Resumo dos Pavimentos Propostos para as Vias Mistas
Betume Modificado com Borracha
Vantagens: Contribui para a preservação do meio ambiente através da reutilização de pneus usados; Evita o envelhecimento que as misturas betuminosas convencionais estão sujeitas devido à acção dos raios ultra violetas; Em condições de circulação normais, conserva-se em bom estado por um período até 30 anos.
Custo: Entre 7,5 e 9€/m2
Desvantagens: Se não for inserido correctamente num projecto cuja imagem traduza acalmia e defenda o espaço ciclável, pode conduzir a uma invasão por parte dos automobilistas.
Blocos de Betão
Vantagens: Utilizado em espaço de coexistência do tráfego automóvel e ciclável, diminui a velocidade dos automóveis.
Custo: Entre 17,50 e 20€/m2
Desvantagens: Este pavimento de módulos cria uma superfície muito irregular pouco apropriada à estabilidade e comodidade do ciclista.
Fonte: : http://www.isa.utl.pt/ceap/ciclovias/new_page_153.htm
Nos troços onde se propõe consiste a implantação de Pistas Cicláveis, as vias assumem perfis
distintos de acordo com as preexistências, relação com o resto da rede viária e a existência ou
não de estacionamento automóvel. Os primeiros dois perfis consistem em soluções, onde não
existe estacionamento automóvel, e cuja única variação consiste nas direcções de circulação
em bicicleta presentes. No primeiro caso esta é dividida pelo espaço de circulação automóvel;
No segundo caso, esta é efectuada em ambos os sentidos na mesma pista ciclável.
FIGURA 54 – PERFIL DE PISTAS CICLÁVEIS SEPARADAS PELO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL
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Quando o perfil viário acomoda estacionamento automóvel, de tipo longitudinal, deverá ser
mantida livre uma distância de pelos 0,5 metros entre a extremidade interior do lugar de
estacionamento e a pista ciclável, prevenindo colisões com ciclistas, quando o condutor e/ou
passageiros do veículo automóvel saem deste.
Para além disto, é proposta a utilização de medidas de acalmia de tráfego, à semelhança das
utilizadas nos troços já existentes, nomeadamente a sobre-elevação da via auto móvel. Nos
cruzamentos com espaços destinados à circulação pedonal (ex: passadeiras), deverá ser
localizada sinalização horizontal de cedência de prioridade, de modo a conferir esta ao peão.
O pavimento proposto para as Pistas Cicláveis consiste na aplicação de Betão Betuminoso frio
colorido devido à reduzida necessidade de manutenção apresentada por este material, que em
condições de utilização normais, preserva-se em boas condições durante um período até 20
anos. Ao contrário das soluções betuminosas tradicionais, a coloração mantém-se uniforme ao
longo do tempo. O custo desta solução situa-se entre 9 e 20€/m2.
FIGURA 56 – PERFIL DE PISTA CICLÁVEL DE DUPLO SENTIDO
FIGURA 55 – PERFIL DE PISTA CICLÁVEL EM CASO DE EXISTÊNCIA DE ESTACIONAMENTO AUTOMÓVEL LONGITUDINAL
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FIGURA 57 – ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO DE BETÃO BETUMINOSO FRIO COLORIDO FONTE: HTTP://WWW.ISA.UTL.PT/CEAP/CICLOVIAS/NEW_PAGE_153.HTM
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PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR
A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – JOVENS
DOCUMENTO ORIENTADOR
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O presente documento orientador pretende constituir a base para o desenvolvimento da
Acção 8. – Programa Escola Ciclável e da Acção 11. – Área de Projecto, integradas no objectivo
específico “Mobilizar e Sustentar a Cultura de Utilização da Bicicleta”, do objectivo geral
“Qualificar a mobilidade urbana em modos suaves”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da
Murtosa.
Como documento orientador, apresenta sugestões de actividades a realizar nas escolas do
concelho, desde o ensino básico até ao ensino secundário. As actividades sugeridas são
integradas nos currículos das disciplinas leccionadas e acompanhadas pelo tipo de material a
utilizar. A calendarização das actividades deverá estar a cargo do professor, de modo a
conciliar com a evolução da aprendizagem dos alunos e com outros conteúdos do programa.
De igual modo, dado que este constitui um documento de carácter apenas orientador, sugere-
se que o professor imagine outras actividades com os mesmos fins.
PROGRAMA DE ACTIVIDADES
1º Ciclo do Ensino Básico – 1º Ano
ACTIVIDADE 1. - MOBILIDADE DO QUOTIDIANO
Fonte: www.diariodeodivelas.com
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Trabalhos manuais Estudo do meio Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos
Percepção por parte do aluno da complexidade e importância que a mobilidade assume no quotidiano dos espaços onde vive (estudo do meio), aliada à reflexão sobre o contributo da sua família (desenvolvimento da língua)
Descrição da Actividade
Elaboração de desenhos/colagens (trabalhos manuais) entre outros, sobre a mobilidade do quotidiano, focando-se nas deslocações dos elementos da família (escola, emprego, compras, passeios, etc…). Realização de sessões individuais para cada destino.
Recursos Papel, Tesoura, Lápis de Côr, Papel de Lustro, Cola e outros.
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ACTIVIDADE 2. – MODOS DE TRANSPORTE
Fonte: eb1torrinhamariadelurdes.blogspot.com
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Trabalhos manuais Estudo do meio Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção por parte do aluno dos vários modos de transporte (a pé, bicicleta, automóvel, autocarro, comboio, etc…) (estudo do meio).
Descrição da Actividade
Elaboração de desenhos/colagens (trabalhos manuais) entre outros, sobre os vários modos de transporte acompanhados dos seus nomes (desenvolvimento da língua). Realização de sessões individuais para cada modo de transporte.
Recursos Papel, Tesoura, Lápis de Côr, Papel de Lustro, Cola e outros. ACTIVIDADE 3. – SINAIS DE TRÂNSITO
Fonte: educaresonhar.blogspot.com
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Trabalhos manuais Estudo do meio Educação cívica Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção por parte do aluno dos sinais de trânsito (estudo do meio/educação cívica) e da sua funcionalidade/significado (desenvolvimento da língua).
Descrição da Actividade Elaboração de desenhos/colagens (trabalhos manuais) entre outros, de sinais de trânsito, e debate sobre o seu significado. Realização de várias sessões dedicadas a alguns sinais.
Recursos Papel, Tesoura, Lápis de Côr, Papel de Lustro, Cola e outros.
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1º Ciclo do Ensino Básico – 2º Ano
ACTIVIDADE 1. – TRANSPORTES E POLUIÇÃO 1
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática Estudo do meio
Objectivos Percepção por parte do aluno de que os transportes contribuem para a poluição do planeta (estudo do meio).
Descrição da Actividade
Exercícios simples de matemática sobre a poluição emitida pelos vários modos de transporte.
Exemplo: Um carro emite X de poluição; Cálculo 1: Quanto emitem n carros?
Cálculo 2: Se a estes subtrairmos m carros quanta poluição fica?
Recursos Recursos tradicionais de uma aula de matemática ACTIVIDADE 2. – RODA DA POLUIÇÃO
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Trabalhos manuais Estudo do meio
Objectivos Percepção inicial por parte do aluno da contribuição de cada meio de transporte para a poluição do planeta, em função do número de passageiros (Estudo do meio)
Descrição da Actividade Elaboração de uma roda da poluição de acordo com instruções do professor. Referência à mobilidade pedonal e ciclável que não entram na roda.
Recursos Papel, Tesoura, Lápis de Côr, Papel de Lustro, Cola e outros. ACTIVIDADE 3. – TRANSPORTES E POLUIÇÃO 2
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática Estudo do meio Educação Cívica Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos
Percepção mais fundamentada por parte do aluno da contribuição de cada meio de transporte para a poluição do planeta, em função do número de passageiros (Estudo do meio)
Descrição da Actividade
Exercícios simples de matemática comparando a poluição produzida pelos vários modos de transporte.
Exemplo: Um carro emite X de poluição; Um autocarro emite Y Cálculo 1: Quanto emitem n carros? (resultado igual ao total de um autocarro) Cálculo 2: Quantas pessoas levam n carros? Comparação do resultado com a quantidade que leva um autocarro.
Debate sobre os resultados. Recursos Recursos tradicionais de uma aula de matemática
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1º Ciclo do Ensino Básico – 3º Ano
ACTIVIDADE 1. – TRANSPORTES E A BICICLETA
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática Estudo do meio Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção por parte do aluno da contribuição das vantagens e desvantagens de cada modo de transporte (Estudo do meio)
Descrição da Actividade
Exercícios de matemática sobre tempos de deslocação, com utilização de dados reais.
Exemplo: Um carro circula a uma velocidade média de X km/h. Um ciclista circula a uma velocidade média de Y km/h.
Cálculo 1: Quanto tempo demora um carro a percorrer n km?
Cálculo 2: Quanto tempo demora o condutor a chegar ao seu destino se utiliza M minutos a encontrar estacionamento.
Cálculo 3: Quanto tempo demora a bicicleta a chegar a percorrer os mesmos n km? Quanto tempo demora o seu condutor a chegar ao destino se gasta N minutos a estacionar.
Conclusões: Qual é mais rápido? – Debate (desenvolvimento da língua)
(Nota: Este exercício baseia-se no facto de uma bicicleta ser mais rápida em deslocações até 5 km.)
Recursos Recursos tradicionais de uma aula de matemática ACTIVIDADE 2. – SINAIS DE TRÂNSITO 2
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Trabalhos manuais Estudo do meio Educação cívica Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção por parte do aluno dos sinais de trânsito (estudo do meio/educação cívica) e da sua funcionalidade/significado (desenvolvimento da língua).
Descrição da Actividade Construção de sinais de trânsito e revisão dos respectivos significados (abordagem interactiva solicitando opinião) – várias sessões, dedicadas a alguns sinais.
Recursos Cartão, Lápis de côr, Papel de Lustro, Cola, Madeira e outros ACTIVIDADE 3. – AULAS DE BICICLETA 1
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Aprender a identificar problemas básicos na bicicleta, manter equilíbrio, conduzir a bicicleta sozinho, não se desequilibrar ao olhar para os lados e para trás
Descrição da Actividade Aulas de mecânica básica da bicicleta (ex: mudar pneu) Aulas de condução da bicicleta (referência: Bikeability (UK))
Recursos Bicicletas
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1º Ciclo do Ensino Básico – 4º Ano
ACTIVIDADE 1. – ANÁLISE DO CAMINHO PARA A ESCOLA
Fonte: www.eb1-varzea-s-pedro-sul.rcts.pt
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Estudo do meio Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Desenvolvimento do espírito crítico do aluno sobre as condições existentes para a utilização dos modos suaves, nomeadamente a pé e bicicleta (Estudo do meio)
Descrição da Actividade
Redacção de um texto sobre o caminho efectuado para a escola e os obstáculos/perigos com que se depara (desenvolvimento da língua); Posterior localização dos mesmos num mapa.
Recursos Recursos tradicionais de uma aula de português/Mapas da cidade
ACTIVIDADE 2. – CIRCUITOS DE TRÂNSITO
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Estudo do meio Educação cívica Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção por parte do aluno dos comportamentos adoptar em várias situações de âmbito rodoviário (ex: reacção a um sinal de STOP).
Descrição da Actividade Utilização dos sinais de trânsito elaborados no ano anterior em circuitos a pé, e simulando também a bicicleta, com identificação e explicação de atitudes e/ou erros pelos colegas
Recursos Sinais de trânsito elaborados no ano lectivo anterior ACTIVIDADE 3. – AULAS DE BICICLETA 2
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Adquirir maior mestria na condução, evitando obstáculos e não se desequilibrando ao assinalar manobras de mudança de direcção.
Descrição da Actividade Aulas de condução da bicicleta, com utilização de obstáculos, como por exemplo, pinos (referência: Bikeability (UK))
Recursos Bicicletas, Pinos, outros
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2º Ciclo do Ensino Básico – 5º Ano
ACTIVIDADE 4. – SAIDA DE CAMPO 1
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Estudo do meio Educação Física
Objectivos Fomentar a utilização da bicicleta como forma de explorar e conhecer o meio onde o aluno se insere à escala municipal
Descrição da Actividade
Saída de campo de bicicleta, para visitar locais de interesse pedagógico ambiental (educação ambiental), e cultural/patrimonial (actividades tradicionais, locais de importância histórica)
Recursos Bicicletas
ACTIVIDADE 1. – SAÍDA DE CAMPO 2
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Desenvolvimento do espírito crítico do aluno sobre as condições existentes para a utilização da bicicleta (Desenvolvimento da língua)
Descrição da Actividade Saída de campo de bicicleta para locais sem tráfego automóvel (ex: parques); Identificação das dificuldades encontradas e debate sobre possíveis soluções
Recursos Bicicletas/Mapas da cidade ACTIVIDADE 2. – ÁREAS OCUPADAS PELOS TRANSPORTES
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática
Objectivos Percepção do aluno do impacto de que os transportes assumem da ocupação e distribuição do espaço na cidade
Descrição da Actividade
Exercícios de matemática com o cálculo das áreas ocupadas pelos vários modos de transporte. Sensibilização para questões como espaços ocupados por automóveis que apenas transportam um passageiro versus bicicleta.
Recursos Recursos tradicionais de uma aula de matemática ACTIVIDADE 3. – AULAS DE BICICLETA 3
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Habituar o aluno a conduzir em espaços abertos/situações reais
Descrição da Actividade
Aulas em ambiente urbano, contudo com pouco tráfego automóvel, com identificação e explicação de atitudes e/ou erros, e com viragens à esquerda e à direita (referência: Bikeability (UK))
Recursos Bicicletas
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2º Ciclo do Ensino Básico – 6º Ano
ACTIVIDADE 1. – PRODUÇÃO DE MULTAS
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Artística e Tecnológica Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Percepção do aluno das consequências resultantes de comportamentos incorrectos no âmbito da mobilidade
Descrição da Actividade
Identificação dos vários tipos de infracções existentes, com reflexão e colaboração dos alunos. Produção, através do computador, de multas virtuais, para aplicar em actividade seguinte.
Recursos Computador ACTIVIDADE 2. – SAÍDA DE CAMPO 3
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Desenvolvimento do espírito crítico do aluno sobre o comportamento dos cidadãos.
Descrição da Actividade Passeio de bicicletas em espaço urbano com identificação de situações irregulares (ex: estacionamento em cima do passeio, ciclovia) e correspondente aplicação de “multas virtuais”
Recursos Bicicletas, Multas produzidas em actividade anterior ACTIVIDADE 3. – VISITA A LOCAIS DE INTERESSE HISTÓRICO
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física História e Geografia de Portugal
Objectivos Apresentação da bicicleta enquanto meio de descoberta do território e de lazer .
Descrição da Actividade Passeios em núcleos de interesse histórico no âmbito do programa da disciplina de História e Geografia de Portugal. Utilização da bicicleta entre os vários pontos de interesse.
Recursos Bicicletas ACTIVIDADE 4. – AULAS DE BICICLETA 4
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Habituar o aluno a conduzir em espaços abertos/situações reais
Descrição da Actividade Aulas em ambiente urbano com pouco tráfego automóvel, mas com situações mais complexas (semáforos, várias faixas de rodagem, rotundas) (referência: Bikeability (UK))
Recursos Bicicletas
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
Agência Portuguesa do Ambiente / Câmara Municipal da Murtosa Julho 2008
162
3º Ciclo do Ensino Básico – 7º Ano
ACTIVIDADE 1. – FILME
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Português (desenvolvimento da língua)
Objectivos Desenvolvimento do espírito critico do aluno sobre os problemas de mobilidade da sua cidade
Descrição da Actividade
Visionamento de um filme (produzido por colegas de anos mais avançados) sobre os problemas existentes na cidade no âmbito da mobilidade (ex: obstáculos/descontinuidades/passeios reduzidos). Debate sobre o que foi exibido.
Recursos Televisão e/ou Computador ACTIVIDADE 2. – RELATÓRIO SOBRE A BICICLETA
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Português (desenvolvimento da língua) Ciências Naturais (corpo humano e saúde) Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação
Objectivos Percepção do “mundo da bicicleta”, nomeadamente os vários tipos e modos de utilização (infra-estrutura), as consequências a nível da saúde, entre outros.
Descrição da Actividade Pesquisa na Internet sobre a bicicleta (ex: modelos, diferentes utilizações, noticias, benefícios para a saúde, obstáculos) com posterior redacção de textos e publicação em jornal da escola.
Recursos Computador com ligação à internet ACTIVIDADE 3. – AULAS DE BICICLETA 5
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Habituar o aluno a conduzir em espaços abertos/situações reais
Descrição da Actividade Aulas em ambiente urbano em situações normais de tráfego automóvel – Percepção do risco e adopção de postura defensiva (referência: Bikeability (UK))
Recursos Bicicletas
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3º Ciclo do Ensino Básico – 8º Ano
3º Ciclo do Ensino Básico – 9º Ano
ACTIVIDADE 1. – INQUÉRITO À MOBILIDADE
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática Português Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação
Objectivos Percepção do aluno da utilização dos vários modos de transporte pelo público-alvo, com particularidade para a bicicleta e para os principais motivos para a sua não utilização.
Descrição da Actividade
Elaboração de um inquérito sobre os hábitos de mobilidade (diferentes público por ano) e sobre a utilização (ou não) da bicicleta, com posterior tratamento estatístico no computador e publicação em jornal da escola.
Recursos Computador ACTIVIDADE 2. – CONCURSOS DE DESTREZA
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Promover uma utilização segura, consciente e concentrada da bicicleta
Descrição da Actividade Concursos de destreza: desvio de obstáculos, equilíbrio Recursos Bicicletas, pinos
ACTIVIDADE 1. – A BICICLETA E A RODA
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Matemática
Objectivos Percepção do aluno da utilização dos vários modos de transporte pelo público-alvo, com particularidade para a bicicleta e para os principais motivos para a sua não utilização.
Descrição da Actividade Exercícios tendo como base o design da bicicleta (referência: Projecto PENCIL – “Vem para a escola de bicicleta”)
Recursos Computador ACTIVIDADE 2. – VÍDEO SOBRE BICICLETA NA CIDADE
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação
Objectivos Desenvolvimento do espírito critico do aluno sobre os problemas de mobilidade da sua cidade
Descrição da Actividade Produção de um vídeo sobre a bicicleta na cidade (ex: principais problemas, entrevistas utilizadores)
Recursos Computador, câmara de filmar
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164
Ensino Secundário O ensino secundário português é composto por uma diversidade de temáticas e abordagens
das mesmas, nomeadamente:
“a) Cursos científico-humanísticos, vocacionados para o prosseguimento de estudos
de nível superior;
b) Cursos tecnológicos, orientados na dupla perspectiva do mercado do trabalho e
do prosseguimento de estudos de nível superior, especialmente através da frequência
de cursos pós-secundários de especialização tecnológica e de cursos do ensino
superior;
c) Cursos artísticos especializados, vocacionados, consoante a área artística, para o
prosseguimento de estudos ou orientados na dupla perspectiva da inserção no
mercado de trabalho e do prosseguimento de estudos;
d) Cursos profissionais, vocacionados para a qualificação inicial dos alunos,
privilegiando a sua inserção no mundo do trabalho e permitindo o prosseguimento de
estudos.”2
Perante esta realidade foi impossível no tempo útil do projecto, onde este documento
orientador se enquadra, produzir recomendações/sugestões para a realização de actividades
no Ensino Secundário, à semelhança do efectuado para o Ensino Básico, nas páginas
anteriores. Assim, é apenas possível fazer duas recomendações:
� Estimular as escolas para a integração da temática da mobilidade sustentável, e da
bicicleta em particular, com base nos objectivos das actividades propostas para o
Ensino Básico.
� Promover o desenvolvimento de trabalhos no âmbito da Área-Projecto na temática da
mobilidade sustentável e da bicicleta, à semelhança do realizado na área do
desenvolvimento das cidades pelo Concurso Cidades Criativas. Mais informações em
cidadescriativas.blogs.sapo.pt .
2 http://sitio.dgidc.min-edu.pt/secundario/Paginas/Curriculo_ES.aspx
ACTIVIDADE 3. – CONCURSOS DE DESTREZA
Disciplina(s) e/ou Área(s) Temática(s) envolvida(s)
Educação Física
Objectivos Promover uma utilização segura, consciente e concentrada da bicicleta
Descrição da Actividade Concursos de destreza: desvio de obstáculos, equilíbrio Recursos Bicicletas, pinos
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PROPOSTA DE ACTIVIDADES - MOBILIZAR E SUSTENTAR
A CULTURA DE UTILIZAÇÃO DA BICICLETA – POPULAÇÃO
ACTIVA
DOCUMENTO ORIENTADOR
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166
O presente documento orientador pretende constituir a base para o desenvolvimento da
Acção 12. – Acções de Sensibilização da População Activa, integrada no objectivo específico
“Mobilizar e Sustentar a Cultura de Utilização da Bicicleta”, do objectivo geral “Qualificar a
mobilidade urbana em modos suaves”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa.
Como documento orientador, apresenta sugestões de actividades a realizar no local onde este
público-alvo despende a maior parte do seu tempo: o local de trabalho. Para isto é essencial
contar com o apoio das entidades empregadoras, sendo a primeira parte deste documento
dedicada aos argumentos que o município poderá utilizar para as mobilizar. A segunda parte
sugere um conjunto de actividades que poderão ser realizadas no local de trabalho para
promover a utilização da bicicleta (adequadas à realidade da Murtosa; existem outras cuja
dimensão das empresas do município não as justificam).
MOBILIZAÇÃO DAS ENTIDADES EMPREGADORAS
A mobilização das entidades empregadoras para o apoio à mobilidade ciclável pode ser
realizada através da apresentação de um conjunto de argumentos (aplicados à realidade da
Murtosa; existem argumentos que neste caso especifico não se justificam).
� A utilização da bicicleta para o local de emprego promove a realização regular de
exercício físico, e consequentemente, um melhor estado de saúde, contribuindo para
uma menor frequência de faltas por doença. Para além disto, ajuda a reduzir o stress e
a ansiedade, com impactos positivos no estado de espírito do trabalhador,
melhorando a sua produtividade.
� O apoio da empresa à utilização da bicicleta atribui-lhe uma imagem de
responsabilidade social e simultaneamente de consciência ambiental, ao promover a
utilização de um modo de transporte acessível e sem necessidade de recorrer aos
combustíveis fósseis, minimizando os impactos sócio-económicos (dependência
energética versus aumento dos preços) e ambientais (aquecimento global) que destes
decorrem.
� A transferência modal dos trabalhadores automobilistas para ciclistas contribui para
uma redução do espaço necessário para estacionamento automóvel. Este espaço pode
ser reutilizado para outras necessidades da empresa, constituindo assim uma solução,
em principio mais barata, do que a aquisição de novos terrenos para estas.
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SUGESTÃO DE ACTIVIDADES
ACTIVIDADE 1. – INSTALAÇÃO DE ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS
Fonte: www.manutan.pt
Descrição da Actividade
Instalação de estacionamento para empregados. Por razões de segurança recomenda-se a utilização do modelo em “U” invertido. O estacionamento deverá encontrar-se próximo da entrada e com boas condições de iluminação.
Agentes Entidade empregadora Recursos 105€ por unidade de estacionamento (2 bicicletas cada)
ACTIVIDADE 2. – INSTALAÇÃO DE CACIFOS E CHUVEIROS
Fonte: www.manutan
Descrição da Actividade
Instalação de cacifos. Recomenda-se que estes possibilitem a utilização de cabides. Instalação de chuveiros, oferecendo a possibilidade de os empregados tomarem banho após a viagem para o trabalho. Estes equipamentos deverão encontrar-se próximo do estacionamento.
Agentes Entidade empregadora
Recursos Cacifos – 150€ por unidade (3 cacifos cada) Chuveiros – Valores dependentes do tipo das características do edifício
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ACTIVIDADE 3. – CARTÃO DE DESCONTOS
Fonte: “The Essencial Guide to Travel Planning”, Department for Transport, UK
Descrição da Actividade Criação de um cartão de empregado utilizador da bicicleta que confere descontos nas oficinais e lojas de bicicletas locais.
Agentes Entidade empregadora e oficina de bicicletas Recursos Parceria entre entidade empregadora e oficinas de bicicletas
ACTIVIDADE 4. – GRUPOS DE EMPREGADOS UTILIZADORES DA BICICLETA
Fonte: Workplace BUG Guide, http://www.bv.com.au/bikes-and-riding/10705/
Descrição da Actividade
Promover e dinamizar um grupo de empregados utilizadores da bicicleta. A dinamização do grupo, para além da utilização da bicicleta, através da realização de encontros lúdicos (ex: jantares, participação em eventos de bicicleta), pode contribuir para a atracção/motivação de outros empregados para a utilização da bicicleta. Fases: 1 – Divulgar a ideia e apurar os empregados interessados 2 – Marcar uma reunião e divulgá-la 3 – Primeiro dia “Para o emprego de bicicleta” 4 - Criar um calendário de eventos anual, com base em eventos próprios (convívios) ou participação em eventos de terceiros (ex: Bike Tour) 5 – Criar ligações com outros grupos na região.
Agentes Entidade empregadora e empregados
Recursos Adesão de um ou mais elementos da administração ao grupo Co-financiamento da realização/participação de eventos (incluindo publicidade à entidade empregadora)
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ACTIVIDADE 5. – EMPRÉSTIMO DE BICICLETAS
Fonte: Collection of Cycling Concepts, http://www.vejdirektoratet.dk/pdf/cykelrapport/999Complete.pdf
Descrição da Actividade
A entidade empregadora empresta bicicletas (vendidas a um preço especial, ao abrigo de uma parceria com a entidade fornecedora) aos empregados interessados. Se o empregado utilizar a bicicleta de forma regular durante um período de um ano, pode adquiri-la mediante o pagamento de um valor simbólico.
Agentes Entidade empregadora e lojas/oficinas/fabricantes/ABIMOTA
Recursos Valor a pagar por cada bicicleta ao abrigo da parceria estabelecida.
ACTIVIDADE 6. – DISPONIBILIZAÇÃO DE BIBICLETAS PARA HORA DE ALMOÇO
Descrição da Actividade Oferta de bicicletas pela entidade empregadora aos empregados, para deslocações durante a hora de almoço.
Agentes Entidade empregadora
Recursos Valor a pagar por cada bicicleta ao abrigo da parceria estabelecida.
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PROPOSTA DE REDE CICLÁVEL TURÍSTICA
DOCUMENTO ORIENTADOR
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O presente documento orientador tem como objectivo apresentar a proposta para a rede
ciclável turística. Insere-se na “Acção 13 – Rede Ciclável Turística”, integrada no objectivo
específico “Criação de um Sistema Cicloviário Turístico”, do objectivo geral “Valorizar a
mobilidade ciclável associada ao turismo e ao lazer”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da
Murtosa.
A proposta de intervenção para a Rede Ciclável Turística consiste numa rede de vias que
efectua a articulação entre vários núcleos de animação/informação/serviços de âmbito
turístico, nomeadamente:
� Animação Cientifica – Bioria (consultar Acção 16 – Animação Científica – Projecto
Bioria III, do mesmo projecto);
� Animação Científica – Ecomuseu da Ria (consultar Acção 17 – Animação Científica –
Projecto Ecomuseu da Ria, do mesmo projecto);
� Animação Desportiva (consultar Acção 18 – Animação Desportiva, do mesmo
projecto);
� Animação Cultural (consultar Acção 19 – Animação Cultural – Sabores e Saberes da Ria,
do mesmo projecto)
� Porta da Ria (consultar Acção 14 – Animação Científica – Projecto de Porta da Ria, do
mesmo projecto);
� Sistemas Rent-a-Bilke (consultar Acção 21 – Sistema de Aluguer de Bicicletas, do
mesmo projecto).
Contudo, em algumas situações, a articulação entre dois ou mais troços da rede ciclável
turística proposta recorre à Rede de Vias Cicláveis Urbanas (consultar PROPOSTA DE REDE
CICLÁVEIS URBANAS), de modo a, por um lado, ultrapassar constrangimentos (ex: lençol
freático obriga a obra mais complexa; contudo a complexidade da obra induz efeitos numa
área sensível), e por outro, optimizar o investimento (não construindo ciclovias onde existem
alternativas próximas).
A rede ciclável turística, ao contrário da Rede de Vias Cicláveis Urbanas, que se desenvolve ao
longo de arruamentos, tem a sua base em caminhos existentes junto às margens da ria e
terrenos agrícolas. Estes caminhos não se encontram restringidos lateralmente por construção
(à excepção de muros ocasionais), facilitando a adopção de uma solução conjunta para a
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172
circulação a pé e utilização da bicicleta, em segregação com o automóvel, que circula
actualmente nestes espaços. O principal obstáculo a esta solução consistirá no reduzido
espaço existente entre alguns caminhos e as margens da ria, ultrapassável através da utilização
de passadiços suspensos.
Nos troços propostos, que não têm a sua base em caminhos já existentes, ou existentes mas
com fraca capacidade de circulação, recomenda-se a permissão de passagem de tráfego
automóvel apenas quando esta se justifique. Quando tal se verifica, a sua velocidade deverá
ser limitada a 30 km/h, e acompanhada de medidas de acalmia, nomeadamente a sobre-
elevação da via automóvel, em cruzamentos com o espaço destinado aos modos suaves.
Neste contexto, são apresentadas duas propostas para a rede ciclável turística (últimas duas
páginas deste documento orientador), diferenciadas através das soluções a adoptar em alguns
troços, nomeadamente, de tipo misto, circulando o automóvel e a bicicleta no mesmo espaço,
ou segregado, com a bicicleta e o peão a circularem num espaço diferenciado do primeiro.
Os pavimentos propostos para as vias de tipo misto consistem em Lajes de Betão armadas com
malha-sol ou Slurry sintético de inertes (com a particularidade deste também ser proposto no
caso da segregação).
A pavimentação em Lajes de Betão armadas com malha-sol apresenta como vantagens a sua
elevada capacidade de resistência, com particular importância, dadas as condições
apresentadas pelo território da Murtosa, em condições submersas, e a sua integração na
envolvente. Contudo, apresenta como desvantagens a necessidade de selagem das juntas
entre as lajes e de juntas de fissuração para a superfície não fissurar e partir no caso de
regularização da superfície. Para além disto, em caso de necessidade de destruição, a
reposição do pavimento é de difícil realização.
FIGURA 58 – PERFIL PROPOSTO PARA VIA PEDONAL E CICLÁVEL SEGREGADA
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173
A pavimentação em Slurry sintético de inertes cria as condições físicas mais favoráveis à
utilização da bicicleta, dada a sua superfície fina. Para além disto, “permite a utilização de
inertes da região o que pode criar o efeito de “terra batida” mas sem as consequências
de arrastamento de partículas pela acção hídrica, comuns aos pavimentos friáveis”3,
beneficiando a integração na paisagem, e apresenta uma baixa necessidade de
manutenção.
Como desvantagens, o Slurry sintético de inertes exige drenagem lateral, devido à sua
impermeabilidade. Para além disto, os rodados podem deixar marcas temporárias na
superfície, possibilitando a perca de tonalidade ao longo do tempo. Contudo, “este
efeito pode ser minimizado com a introdução de inertes com coloração aproximada da
cor final pretendida do pavimento”4.
3 http://www.isa.utl.pt/ceap/ciclovias/new_page_153.htm 4 Idem
FIGURA 59 – Esquema de implantação de pavimentação em lajes de betão FONTE: HTTP://WWW.ISA.UTL.PT/CEAP/CICLOVIAS/NEW_PAGE_153.HTM
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174
Quadro Resumo dos Pavimentos Propostos para as Vias Mistas
Lajes de Betão armadas com malha-sol
Vantagens: Boas condições de resistência, inclusive em situações de submersão pelas águas (quando as lajes forem reforçadas e possivelmente ancoradas); Baixa degradação do material; Boa capacidade de integração na envolvente; Custo:
Entre 35 e 40€/m2
Desvantagens: Necessita de selagem das juntas entre as lajes e de juntas de fissuração para a superfície não fissurar e partir no caso de regularização da superfície; Em caso de necessidade de destruição, é difícil a reposição do pavimento.
Slurry sintético de inertes
Vantagens: É o pavimento mais confortável para a circulação de bicicleta, uma vez que é constituído por inertes muito finos, o que representa uma superfície lisa; Permite a utilização de inertes da região o que pode criar o efeito de “terra batida” mas sem as consequências de arrastamento de partículas pela acção hídrica, comuns aos pavimentos friáveis; Integração no meio ambiente; Baixa necessidade de manutenção. Custo:
Entre 25 e 27,5€/m2
Desvantagens: Os rodados podem deixar marcas temporárias na superfície, dependendo da cor escolhida; As características impermeáveis do pavimento exigem drenagem lateral. Possibilidade de alteração da cor durante o período de vida. Este efeito pode ser minimizado com a introdução de inertes com coloração aproximada da cor final pretendida do pavimento. Dificuldade em repor o pavimento em caso de necessidade de retirar faixas para reparação.
Fonte: : http://www.isa.utl.pt/ceap/ciclovias/new_page_153.htm
Os pavimentos propostos para a circulação segregada são o Solo Estabilizado e, mais uma vez,
o Slurry sintético de inertes. O Solo Estabilizado usa materiais naturais, conferindo-lhes
contudo uma durabilidade superior ao solo natural, aliada a uma superfície suave e regular, e
ao seu reduzido custo de implantação. Para além disto, ao usar materiais naturais realiza uma
boa integração na paisagem natural.
Contudo, não é um material de implantação fácil nas condições ideais dado que é difícil obter
uma mistura correcta do solo estabilizado. Outra desvantagem consiste no seu desgaste pouco
uniforme, ao ser susceptível à erosão.
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Quadro Resumo dos Pavimentos Propostos para as soluções segragadas
Slurry sintético de inertes
Vantagens: É o pavimento mais confortável para a circulação de bicicleta, uma vez que é constituído por inertes muito finos, o que representa uma superfície lisa; Permite a utilização de inertes da região o que pode criar o efeito de “terra batida” mas sem as consequências de arrastamento de partículas pela acção hídrica, comuns aos pavimentos friáveis; Integração no meio ambiente; Baixa necessidade de manutenção. Custo:
Entre 25 e 27,5€/m2
Desvantagens: Os rodados podem deixar marcas temporárias na superfície, dependendo da cor escolhida; As características impermeáveis do pavimento exigem drenagem lateral. Possibilidade de alteração da cor durante o período de vida. Este efeito pode ser minimizado com a introdução de inertes com coloração aproximada da cor final pretendida do pavimento. Dificuldade em repor o pavimento em caso de necessidade de retirar faixas para reparação.
Solo Estabilizado
Vantagens: Usa materiais naturais mas confere-lhes uma durabilidade superior ao solo natural; Cria uma superfície suave e regular (dependendo do solo natural) a custos baixos; Integra-se muito bem na paisagem natural.
Custo: Entre 2,5 e 3,5€/m2 Desvantagens:
A superfície não tem um desgaste uniforme apresentando susceptibilidade à erosão. A mistura correcta do solo estabilizado é difícil de se adquirir.
Fonte: : http://www.isa.utl.pt/ceap/ciclovias/new_page_153.htm
FIGURA 60 – Esquema de implantação de Solo Estabilizado FONTE: HTTP://WWW.ISA.UTL.PT/CEAP/CICLOVIAS/NEW_PAGE_153.HTM
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PROPOSTA DE PLATAFORMA DE ANIMAÇÃO DA
MOBILIDADE CICLÁVEL
DOCUMENTO ORIENTADOR
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179
O presente documento orientador tem como objectivo apresentar a proposta para a criação
de uma plataforma de animação da mobilidade ciclável. Esta proposta visa enquadrar a
realização das seguintes propostas de Acção, do Projecto de Mobilidade Sustentável da
Murtosa:
� Acção 16 – Animação Científica – Projecto Bioria III
� Acção 17 – Animação Científica – Projecto Ecomuseu da Ria
� Acção 18 – Animação Desportiva
� Acção 19 – Animação Cultural – Saberes e sabores da Ria
� Acção 20 – Alojamento Turístico – Eco e Cicloturismo
� Acção 21 – Sistema de Aluguer de Bicicletas
� Acção 26 – Dinamização da Iniciativa Rodas da Luz
� Acção 27 – Estacionamento de bicicletas nos estabelecimentos comerciais/restauração
� Acção 28 – Intermodalidade bicicleta/transporte público na Região de Aveiro
� Acção 29 – Programas de Animação e Divulgação Cientifica na Ria de Aveiro
� Acção 30 – Programas de Animação Desportiva Regional
� Acção 31 – Programas de Animação Cultural Regional
� Acção 32 – Página Internet de promoção “Ria Ciclável”
CONCEITO E SUAS APLICAÇÕES
O conceito subjacente à proposta de criação de uma Plataforma de Animação da Mobilidade
Ciclável assume duas formas distintas, correspondentes a dois estágios de evolução distintos.
� 1º Estágio – Fase de inicio da iniciativa, através de uma parceria de carácter informal;
� 2º Estágio – Dependente do sucesso do 1º Estágio; Assume a forma de uma associação
(ou outra entidade jurídica).
Em ambos os casos, a actividade principal da Plataforma consiste na promoção das actividades
de animação da mobilidade ciclável (assumindo contudo outros contornos no 2º estágio). A
plataforma possui um nome e imagem próprios presentes nos materiais e veículos de
promoção as actividades, e eventuais produtos de merchandising associados.
Como conceito, a Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável poderá ser aplicada à
generalidade dos municípios da região de Aveiro (consultar “Objectivo 4 – Adequar a oferta
turística da região para a Mobilidade Ciclável” do Projecto de Mobilidade Sustentável da
Murtosa), apesar de as páginas seguintes apresentarem o seu desenvolvimento para o
município da Murtosa. O 2º Estágio beneficiaria da sua concretização à escala regional.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
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DESENVOLVIMENTO DO 1º ESTÁGIO
A proposta para o primeiro estágio da Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável consiste
no desenvolvimento de uma parceria de carácter informal entre a Câmara Municipal da
Murtosa e:
� Entidades responsáveis pelas actividades de animação
o Ambiental
o Desportiva (propondo-se o envolvimento da Associação Náutica da Torreira e
do Centro Náutico Nortada Spot);
o Cultural (propondo-se o envolvimento da Associação dos Amigos da Ria e do
Barco Moliceiro e do Rancho Folclórico “Os camponeses da Beira Ria”).
� Entidades responsáveis por actividades de logística
o Hotelaria (propondo-se o envolvimento da Pousada da Ria, da Estalagem
Riabela e do empreendimento Jardins da Ria)
o Restaurantes com ementas baseadas em pratos tradicionais/típicos da região
(ex: Enguia)
� Operadores de Turismo locais
Esta parceria deverá ser estimulada/dinamizada pela Câmara Municipal da Murtosa, através
do convite destas entidades para reuniões de carácter informal, onde procurará:
� Mobilizar estas entidades para a articulação das actividades que realizam com a
mobilidade ciclável.
� Mobilizar estas entidades para a articulação entre si no sentido de oferecerem
circuitos e programas/pacotes integrados.
� Mobilizar estas entidades para a criação de uma imagem de marca, promotora do
conjunto de actividades e programas oferecidos. A criação da imagem poderá passar
pela realização de um concurso no município, aberto à população em geral, ou apenas
às escolas, com prémios patrocinados por si.
Uma segunda competência da Câmara Municipal da Murtosa, no âmbito da plataforma,
consistiria na criação e manutenção de uma página de Internet dedicada à promoção dos
circuitos e programas de animação realizados. Sugere-se que a página inclua os seguintes
conteúdos:
� Mapa dos percursos e descrição das animações disponíveis;
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Relatório de Propostas
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181
� Promoção dos programas integrados; � Informações sobre alojamento e restauração; � Testemunhos de visitantes; � Roteiros para viajar para o local;
A página deverá disponibilizar ainda a subscrição de uma newsletter, também a cargo da
Câmara Municipal da Murtosa, com novidades, nomeadamente oferta de novos
serviços/actividades/programas.
Propõe-se ainda, como última competência da Câmara Municipal da Murtosa, a criação e
gestão de um Sistema de Aluguer de Bicicletas (cuja localização dos pontos de aluguer é
proposta no Anexo VII – Rede Ciclável Turística) de modo a possibilitar o uso deste modo de
transporte pelos visitantes/participantes nas actividades e programas de animação
promovidos pelas entidades acima referenciadas.
Às entidades responsáveis pelas actividades de animação e logística seria proposto, pela
Câmara Municipal da Murtosa, o seguinte conjunto de competências/acções individuais:
� Criação de estacionamento para bicicletas nas suas instalações;
� Incorporação da imagem de marca nas suas actividades/materiais de promoção.
Adicionalmente, e em exclusivo às entidades responsáveis pelas actividades de animação, seria
proposta a criação de circuitos com utilização da bicicleta, baseadas nas actividades por si
desenvolvidas na actualidade (ex: circuitos desportivos com actividades dispersas pelo
território da Murtosa e ligadas através da bicicleta);
Às entidades responsáveis pelas actividades de logística associadas ao alojamento, seria
proposto ainda que disponibilizassem um serviço de aluguer de bicicletas aos seus clientes
(serviço que algumas destas entidades já oferecem).
Para além das competências/acções individuais, seriam sugeridas pela Câmara Municipal da
Murtosa um conjunto de acções a desenvolver através de parcerias entre as várias entidades,
nomeadamente:
� Elaboração e oferta de programas/pacotes integrados, que incluam as actividades de
animação em conjunto com as actividades de logística, nomeadamente o alojamento e
a restauração tradicional.
� Apoio dos operadores turísticos locais para a promoção e divulgação das actividades e
respectivos programas integrados junto de parceiros com maior projecção mediática.
Os dois quadros seguintes sintetizam as competências/acções de cada uma das entidades. Um
último quadro sugere o faseamento das iniciativas para construção da plataforma.
Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa
Relatório de Propostas
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Quadro Resumo das Competências/Acções Individuais Liderança e Actividades de Animação Ambiental
Câmara Municipal da Murtosa
� Dinamização da Plataforma
� Criação e Gestão de Espaço Internet
� Criação e Gestão de um Sistema de Aluguer de Bicicletas
Actividades de Animação Desportiva
Associação Náutica da Torreira Centro Náutico Nortada Spot
� Criação de estacionamento para bicicletas nas instalações
� Incorporação da imagem de marca nas actividades/materiais de promoção
� Criação de circuitos com utilização da bicicleta, baseadas nas actividades por si desenvolvidas na actualidade
Actividade de Animação Cultural
Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro Rancho Folclórico os “Camponeses da Beira Ria”
� Criação de estacionamento para bicicletas nas instalações
� Incorporação da imagem de marca nas actividades/materiais de promoção
� Criação de circuitos com utilização da bicicleta, baseadas nas actividades por si desenvolvidas na actualidade
Actividades de Logística – Hotelaria
Pousada da Ria Estalagem Riabela
Empreendimento Jardins da Ria
� Criação de estacionamento para bicicletas nas instalações
� Incorporação da imagem de marca nas actividades/materiais de promoção
� Oferta de serviço de aluguer de bicicletas aos clientes
Actividades de Logística – Restaurantes
Restaurantes com ementa tradicional
� Criação de estacionamento para bicicletas nas instalações
� Incorporação da imagem de marca nas actividades/materiais de promoção
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Quadro Resumo do Faseamento do 1º Estágio da Plataforma Fase Descrição Resultados Esperados
Primeira Reunião
Convite das entidades responsáveis pelas actividades de animação e logística para um primeira reunião onde lhes será apresentado o projecto da plataforma.
No fim da reunião as entidades convidadas deverão ter uma ideia minimamente clara sobre quais as intenções e objectivos da plataforma.
Segunda Reunião Partilha de opiniões das entidades sobre o projecto que lhes foi proposto.
No fim da reunião as entidades deverão ter manifestado as suas intenções e/ou condições para a participação no projecto.
Terceira Reunião As entidades deverão apresentar na reunião as suas ideias para as actividades que poderão realizar com a utilização da bicicleta.
Definição dos circuitos e/ou outras actividades que cada entidade irá promover.
Quarta Reunião
Após a definição das actividades na reunião anterior, deverão ser debatidos os programas integrados a oferecer em conjunto com as entidades responsáveis pela logística.
Definição preliminar dos programas a oferecer.
Quinta Reunião
Convite de operadores de turismo locais e eventualmente de outra escala para reunião (com participação também das entidades de animação e logística) para lhes apresentar o projecto e debater os programas preliminares.
Definição final dos programas a oferecer e da participação dos operadores turísticos
Inicio das Actividades Criação da página de Internet Inicio e desenvolvimento das acções das entidades Preparação da promoção pelos operadores turísticos
Quadro Resumo das Competências/Acções Partilhadas
Câmara
Municipal Murtosa
Entidades Animação Desportiva
Entidades Animação Cultural
Entidades Logística Hotelaria
Entidades Logística
Restaurante
Operadores Turismo
Câmara Municipal Murtosa
- Concurso Imagem de Marca
- Concurso Imagem de Marca
- Concurso Imagem de Marca
- Concurso Imagem de Marca
Entidades Animação Desportiva
- Criação de programas integrados
- Criação de programas integrados
- Promoção actividades e programas integrados
Entidades Animação Cultural
- Criação de programas integrados
- Criação de programas integrados
- Promoção actividades e programas integrados
Entidades Logística Hotelaria
Entidade Logística
Restaurante
Operadores Turismo
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DESENVOLVIMENTO DO 2º ESTÁGIO
O segundo estágio da Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável deverá ter início após a
obtenção de sucesso no primeiro. Considera-se que o primeiro estágio teve sucesso se:
� Se registou um aumento da actividade das entidades envolvidas, fruto do aumento da
visitação do município;
� Foram desenvolvidas relações de confiança entre as entidades envolvidas, suscitando a
necessidade e vontade de evolução das parcerias.
Para além disto, este estágio só poderá ter inicio se as entidades envolvidas mostrarem
disponibilidade para realizar investimentos, dada a maior complexidade assumida com
passagem de uma parceria informal, para a criação de uma associação (ou outra entidade
jurídica).
Reunidas estas condições, propõe-se a criação de uma nova Plataforma de Animação da
Mobilidade Ciclável, enquanto entidade com estatuto jurídico, exterior ao município e com
autonomia financeira. Este novo formato exigirá a abertura do leque de entidades
participativas de modo a lhe atribuir sustentabilidade financeira e legitimidade enquanto
marca promotora do turismo municipal/regional.
FUNÇÕES E ACÇÕES
As funções a desempenhar pela nova Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável, são
análogas às do formato anterior, assumindo contudo maior complexidade no seu
desempenho. Assim, a nova plataforma tem como funções:
� Constituir um espaço de articulação dos diversos agentes envolvidos nas várias
temáticas de animação e na logística de apoio, no município e/ou na região,
procurando concertar a sua actuação de uma forma pró-activa (versus moderadora no
anterior modelo):
o Através da investigando e divulgação de boas práticas junto dos membros em
newsletter, blogue e workshops;
o Através da participação em redes internacionais de troca de experiências e
conhecimentos (ex: INTERREG) no âmbito das actividades desenvolvidas pelos
seus membros e posterior disseminação de resultados pelos membros
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� Promover e divulgar as actividades e programas de animação, através de métodos
semelhantes ao modelo anterior (ex: página de internet), complementando-os com
novas abordagens:
o Divulgação através de outros meios de comunicação (ex: televisão, revistas da
especialidade);
o Associação a entidades internacionais com objectivos semelhantes (ex:
Associação Europeia de Vias Verdes) beneficiando de maior projecção
MEMBROS
A nova Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável estaria aberta à entrada de novos
membros, desde que estes se integrem no seu âmbito e objectivos, ou seja, se constituírem
um fornecedor de serviços e/ou actividades no âmbito do turismo na região, não devendo ser
um critério de admissão a sua dimensão económica, mas sem esquecer as condições
oferecidas.
Salvaguarde-se contudo, que a admissão de uma entidade representativa de um dado sector
(ex: Associação de Hotelaria Regional do Distrito de Aveiro) não deverá ser suficiente para a
integração dos seus membros na plataforma. Isto é, é exigível que cada entidade (no caso de
exemplo, cada unidade hoteleira) se constitua membro da plataforma para poder obter os
benefícios que esta lhe atribui. O objectivo desta regra é evitar a utilização dos benefícios de
forma abusiva, pondo em causa a sustentabilidade financeira da plataforma.
Especificando, a nova Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável deveria propor e/ou
aceitar como membros, para além dos municípios, entidades com as seguintes áreas de
actividade:
� Ambiente – Centros de Interpretação Ambiental
� Desporto – Centros de actividades desportivas de âmbito turístico (ex: Parques de Aventura);
� Cultura – Museus, Associações culturais;
� Ciência – Museus, Centros de Ciência Viva;
� Hotelaria – Hóteis, Pensões, Residenciais;
� Restaurantes;
� Lojas de artesanato;
� Outros que se integrem nos objectivos da plataforma;
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ESTRUTURA
Para a nova Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável propõe-se uma estrutura
constituída por uma Direcção, uma equipa de Secretariado e pela Assembleia-geral.
Propõe-se que a Direcção, eleita periodicamente, por todos os membros da Plataforma, seja
obrigatoriamente constituída por representantes dos vários sectores (animação ambiental,
desportiva, cultural e cientifica, hotelaria e restauração, outros serviços) e dos municípios.
Assumiria como funções a definição da proposta de plano de actividades anual e respectivo
orçamento, a apresentar à Assembleia-geral, a convocatória de Assembleias-gerais, bem como
outras funções que se revelem necessárias.
A equipa de Secretariado seria responsável pela gestão da página de Internet, do blogue e
newsletter, bem como da base de dados de membros e projectos da plataforma. Para além
disto, seria responsável também pelas actividades de pesquisa e disseminação de boas práticas
e pela comunicação com entidades externas à plataforma. Para tal, a equipa de Secretariado
deverá ser constituída por recursos humanos devidamente qualificados para as tarefas a
desempenhar.
A Assembleia-geral, constituída por todos os membros da plataforma, seria convocada
anualmente, para aprovação do plano de actividades e do orçamento da plataforma, bem
como noutras situações em que tal se justifique.
FINANCIAMENTO
As fontes de financiamento propostas para a nova Plataforma de Animação da Mobilidade são
as seguintes:
� Na fase inicial, a Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável, enquanto projecto
com iniciativa municipal, poderá beneficiar de apoios da futura entidade regional de
turismo, ao abrigo do ponto 4 do Artigo 5º do DL 67/2008 de 10 de Abril.
� Quotas dos membros, com vários escalões, de acordo com a dimensão do membro,
evitando a exclusão de pequenas empresas;
� Co-Financiamento europeu em projectos a candidatar e desenvolver (ex: INTERREG);
� Produção e venda de guias de turismo do município/região sobre os membros da
plataforma;
� Produção e venda de Manuais de Boas Práticas fruto das actividades da plataforma;
� Outros que se tornem possíveis durante o desenrolar das actividades.
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FASEAMENTO
Quadro Resumo do Faseamento do 2º Estágio da Plataforma Fase Descrição Resultados Esperados
Identificação de Entidades
Identificação das entidades e posterior contacto por carta/e-mail, com apresentação da plataforma actual (1º Estágio) e convite para sessão a realizar em data oportuna.
Geração de interesse das entidades contactadas e correspondente aceitação do convite dirigido.
Primeira Sessão
Apresentação completa da plataforma actual, nomeadamente as origens, o conceito, e os resultados atingidos. Apresentação inicial da evolução que se pretende que a plataforma assuma. Recolha de opiniões. Convite para uma segunda sessão.
Geração de interesse das entidades presentes. Geração de debate sobre o futuro da plataforma.
Debate interno sobre as opiniões recolhidas
Debate no seio da actual plataforma sobre as opiniões e ideias recolhidas.
Integração de opiniões e ideias recolhidas na proposta final a apresentar.
Segunda Sessão Apresentação final da proposta da nova Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável.
Comunicação informal das entidades convidadas da intenção de aderir à plataforma.
Terceira Sessão
Assinatura de protocolos (ou outra documentação que se entenda adequada) e debate sobre uma comissão instaladora.
Definição da comissão instaladora.
Criação da plataforma
Candidatura a apoios Criação da plataforma enquanto associação (ou outra entidade jurídica) Definição dos estatutos da plataforma Definição das quotas Formação da equipa de Secretariado
Inicio das Actividades Criação da página de Internet Definição das actividades a desenvolver pelos membros, à semelhança das desenvolvidas no 1º Estágio.
Desenvolvimento da Plataforma
Actividades desenvolvidas pelos membros Investigação e disseminação de Boas Práticas Adesão a projectos de redes internacionais Publicidade
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PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA AUTARQUIA PARA A
MOBILIDADE CICLÁVEL
DOCUMENTO ORIENTADOR
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O presente documento orientador tem como objectivo apresentar a proposta de um modelo
de Organização da Autarquia para a Mobilidade Ciclável. Esta iniciativa insere-se na “Acção 33
– Estrutura Organizativa Municipal para a Mobilidade Ciclável”, integrada no objectivo
específico “Organização do Município para Apoiar a Mobilidade Ciclável”, do objectivo geral
“Novo Quadro Institucional de Apoio à Mobilidade Ciclável”, do Projecto de Mobilidade
Sustentável da Murtosa.
A importância que o Projecto Murtosa Ciclável assume para o município, tal como defendido
pelo executivo municipal, justifica novas abordagens de modo a mobilizar a autarquia na sua
quase totalidade. O modelo proposto pretende que a intervenção da autarquia, para além de
um departamento, secção ou outra nomenclatura destinada a este projecto e/ou modo de
transporte, tenha origem numa estrutura multidisciplinar, análoga à multiplicidade de áreas
temáticas com as quais a mobilidade ciclável se relaciona.
Assim, a proposta é constituída por dois estruturas, nomeadamente um núcleo dedicado
exclusivamente ao Projecto Murtosa Ciclável e uma estrutura de carácter informal constituída
pelos vários departamentos/sectores da Câmara Municipal da Murtosa enquadrados nas
temáticas associadas ao projecto (Educação, Trânsito, Turismo, Obras Públicas, Desporto,
Cultura, Ambiente).
A primeira estrutura proposta, o núcleo, sob a alçada de uma vereação, é constituído por um
técnico superior com experiência comprovada na área. As competências deste técnico
consistem em:
� Incrementar e manter actualizado o conhecimento do município sobre a temática da
mobilidade ciclável através da pesquisa, associação a grupos de interesse/redes
nacionais e internacionais, entre outros;
� Prestar apoio à articulação entre as várias componentes do projecto (ex: educação,
turismo);
� Representar o ponto de contacto do município com/para os vários agentes a envolver
(ex: escolas, entidades da área do turismo);
� Representar o município em eventos e/ou parcerias/projectos com terceiros (ex: redes
internacionais);
� Mobilizar/Coordenar/Moderar a acção da segunda estrutura.
Contudo, a evolução do projecto poderá justificar a entrada de novos técnicos neste núcleo.
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A segunda estrutura, de carácter informal e tendo como membros representantes dos vários
departamentos/sectores das temáticas associadas ao projecto, tem como objectivos motiva-
los e estimular uma atitude pró-activa, promovendo a sua iniciativa para realização de
actividades e outras intervenções, no âmbito da mobilidade ciclável, e manter actualizado o
conhecimento das actividades por si realizadas neste âmbito, entre si. As actividades desta
estrutura, dadas as agendas próprias de departamento/sector, consistem em encontros
regulares.
Estes encontros são mobilizados/coordenados/moderados pelo núcleo que constitui a
primeira estrutura, sendo da sua responsabilidade a sugestão de actividades integradas nas
diversas temáticas dos sectores, enquanto demonstradora do potencial e oportunidade que
têm em mãos. Refere-se a título de exemplo:
� Educação (Integração da bicicleta nos programas escolares de várias disciplinas (ex:
matemática, educação física, português) – Consultar “Proposta de Actividades –
Mobilizar e Sustentar a Cultura de utilização da Bicicleta – Jovens”, do Projecto de
Mobilidade Sustentável da Murtosa);
� Trânsito (Estrutura de Gestão e Manutenção das Vias Cicláveis – Consultar “Proposta
de Esquema Director do Sistema Cicloviário da Murtosa”, do Projecto de Mobilidade
Sustentável da Murtosa);
� Turismo (Mobilização dos agentes de turismo locais para o cicloturismo – Consultar
“Proposta de Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável”, do Projecto de
Mobilidade Sustentável da Murtosa);
� Obras Públicas (Desenho e instalação de sinalização a informar da partilha da via nas
vistas cicláveis mistas – Consultar “Proposta de Esquema Director do Sistema
Cicloviário da Murtosa”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da Murtosa);
� Desporto (Desenvolvimento de circuitos de turismo de desporto – Consultar “Proposta
de Plataforma de Animação da Mobilidade Ciclável”, do Projecto de Mobilidade
Sustentável da Murtosa);
� Cultura (Desenvolvimento de circuitos de turismo cultural - “Proposta de Plataforma
de Animação da Mobilidade Ciclável”, do Projecto de Mobilidade Sustentável da
Murtosa);
� Ambiente (Acções de educação ambiental associadas ao Passeio Anual de Cicloturismo
da Escola Padre António Morais da Fonseca).
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Estes encontros assumem maior frequência no início (1 encontro por mês), sendo esta
reduzida ao longo do tempo (ex: 2 encontros por ano), proporcionalmente à evolução da
integração da mobilidade ciclável nas agendas e iniciativas/projectos de cada
departamento/sector (ex: não subestimar a bicicleta na agenda do departamento de trânsito).
O Quadro abaixo esquematiza a evolução deste processo.
Para além disto, os membros da estrutura devem também, se oportuno e possível, participar
em eventos (ex: workshops e seminários) no âmbito de relações entre a sua temática
específica e a mobilidade ciclável. Além de constituir uma forma mais directa para o
conhecimento de boas práticas (contribuindo para o enriquecimento da estrutura) consiste
também numa oportunidade de criação de relações com outras entidades, e
consequentemente de desenvolvimento de projectos conjuntos.
Quadro Resumo da Evolução da Estrutura constituída pelos vários departamentos/sectores Fase Descrição Resultados Esperados
Primeiro Encontro
Introdução aos objectivos do Projecto Murtosa Ciclável. Introdução aos objectivos da estrutura Debate inicial sobre o contributo de cada departamento/secção para o projecto e para a mobilidade ciclável (qualificado pela disseminação de conhecimento por parte do núcleo). Pedido, aos representantes dos departamentos/secções, para pesquisa de boas práticas sobre a sua área temática e a bicicleta (incluindo o núcleo).
Primeiro despertar dos representantes dos departamentos/secções para o seu contributo para o projecto. Disseminação da noção de que o sucesso do projecto depende de todos e não apenas do núcleo dedicado.
Segundo Encontro
Apresentação e explicação dos resultados das pesquisas efectuadas. Debate sobre os resultados. Debate sobre a possível aplicação dos resultados na Murtosa. Pedido de continuação de pesquisa de boas práticas (incluindo o núcleo).
Continuar do despertar dos representantes dos departamentos/secções para o seu contributo para o projecto. Início da definição de possíveis projectos a desenvolver/não desenvolver na Murtosa.
n Encontro
Apresentação e explicação dos resultados das pesquisas efectuadas. Debate sobre os resultados. Debate sobre a possível aplicação dos resultados na Murtosa. Pedido de continuação de pesquisa de boas práticas (incluindo o núcleo).
Continuar do despertar dos representantes dos departamentos/secções para o seu contributo para o projecto. Continuação da definição de possíveis projectos a desenvolver/não desenvolver na Murtosa.
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Após n Encontros
Esta fase ocorre pós a estrutura obter um nível elevado de “maturidade”, ou seja, quando for gerada iniciativa por parte dos representantes dos departamentos/secções para desenvolverem acções e/ou projectos na sua temática em articulação com a mobilidade ciclável. Encontro(s) para desenhar e programas as actividades a realizar por cada departamento/secção ou em conjunto.
Desenvolvimento das actividades de cada departamento/secção ou em conjunto.
Conclusões
Debate sobre os primeiros resultados da estrutura:
� Motivação resultante
� Projectos derivados
� Principais problemas/obstáculos
Sugestão de alterações ao modelo
Definição da utilidade da estrutura e da sua continuidade e alterações ao modelo.
Continuidade Após definição da continuação da estrutura, esta evolui, repetindo-se os passos anteriores (excepto o inicial) e incorporando as sugestões de alterações e/ou adições efectuadas.
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Recommended