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ESTADO DO PARANÁ
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E
ADULTOS
R. Faria Sobrinho, 346-Centro – Paranaguá – PR – CEP 83203-000
Tel 34234289 Fax34255248
Email pngceebjaparanagua@seed.pr.gov.br.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Setembro
2010
6
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Introdução e Justificativa 801 Marco Situacional 91.1. Histórico do Estabelecimento 91.2. Fundamentação Legal 111.3. Estrutura Organizacional do Estabelecimento 111.4. Conselho Escolar 161.4.1. Ações do Conselho Escolar 161.5. Condições Materiais e Recursos Tecnológicos 171.5.1. Recursos Físicos 171.6. Organização Escolar 181.7. Recursos Pedagógicos 201.7.1. Material Didático 201.7.2. Acervo Bibliográfico 201.7.3. Equipamentos de Laboratório de Física, Química e
Biologia20
1.7.4. Relação de Recursos Audiovisuais e Tecnológicos 211.7.4.1. Utilização dos Recursos Audiovisuais e Tecnológicos 211.8. Recursos Financeiros 221.9. Organização e Caracterização dos Cursos 231.9.1. Regime Escolar 251.9.2. Organização Curricular 261.9.3. Formas de Organização 261.10. Perfil da Comunidade 281.11. Níveis de Ensino 291.11.1. Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs) 301.11.2. Exames Supletivos 301.11.3. Conteúdos Curriculares – História e Cultura Afro Brasileira
e Indígena31
1.11.4. Conteúdos Curriculares – História do Paraná 321 11 5 Conteúdos Curriculares – Saúde, Drogas e Sexualidade
Humana33
1 11 6 Conteúdos Curriculares - Educação Ambiental 331 12 Programa Projovem Campo – Saberes da Terra 341 12 1 Organização Curricular do Programa 341 13 Recursos Humanos 38 0.2 Marco Conceitual 382.1. Fundamentação Teórica 382.2. Metas Estabelecidas 392.3. Princípios Norteadores 402.4. Objetivos da EJA como modalidade da Educação Básica 412.5. Filosofia e princípios didático-pedagógicos 422.6. Inclusão 432.7 Avaliação 44
7
2.8 Processo de Avaliação, Classificação e Promoção 4403. Marco Operacional 453.1. Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas 453.2. Recuperação de Estudos 473.3. Aproveitamento de Estudos 473.4. Classificação de Estudos 483.4.1 Classificação por transferência 483.4.2. Processo de Classificação 483.4.3. Total da Carga Horária 493.5. Reclassificação de Estudos 493.5.1. Critérios para Reclassificação 493 5 2 Formas de Atendimento 503 6 Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs) 503 7 Freqüência 503 8 Matrícula 503 9 Plano de Avaliação Institucional do Curso 523 10 Formação continuada dos professores e funcionários 543 11 Oficinas 553 12 Projetos 553 13 Transferência do Ceebja 564 Bibliografia 57
8
INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um documento de suma importância porque
retrata a identidade escolar detalhando objetivos à serem atingidos, diretrizes e
ações ao longo do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando
assim as exigências legais do sistema educacional, bem como as necessidades,
propósitos e expectativas de toda comunidade escolar, sendo também um
instrumento e processo de organização da escola.
Este P.P.P. expressa as diretrizes do processo ensino aprendizagem, tendo
como referencial a realidade escolar, a de seus alunos que de acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei nº 9394/96), destina-se àqueles
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria e as possibilidades concretas, acreditando nesta escola como
vínculo de educação e sua educação e sua integração na comunidade visando
sempre a preparação do jovem ou adulto, por meio de metodologia adequada ao
desenvolvimento cultural e formação da vida cidadã.
O Projeto Político Pedagógico não tem a preocupação de apresentar
soluções definitivas, mas sim expressar o comprometimento do grupo que através
de discussões, trocas e buscas comuns visa participar da construção da
comunidade em que está inserida.
JUSTIFICATIVA
O Projeto Político Pedagógico é de tal importância que pode ser comparado
de forma análoga a uma árvore. Para mantê-la viva, não basta regá-la, adubá-la e
podá-la apenas uma vez, ela precisa de cuidados constantes senão para de dar
frutos, sombra, enfim pode acabar até morrendo.
O objetivo da construção do P.P.P. é termos um instrumento teórico-
metodológico que visa o enfrentamento dos desafios cotidianos da escola de uma
forma sistematizada, consciente e participativa.É o caminho mais adequado para
reinventar a escola, resignificando suas finalidades e objetivos, pois é ele que
legitima as ações, decisões e o planejamento da escola.
9
01. MARCO SITUACIONAL
1.1. Histórico do estabelecimento:
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA
(Código 4772), está situado na Rua Faria Sobrinho, nº 346, fone - (041) 3425-5248,
na cidade de Paranaguá (Código nº 47772), Estado do Paraná, CEP: 83203-000.
O CEEBJA ocupa prédio alugado o qual se situa no Centro Histórico de
Paranaguá – PR. O estabelecimento está conectado à Internet através do site:
• www.pngceebjaparanagua.seed.pr.gov.br
• pngceebjaparanagua@seed.pr.gov.
O estabelecimento de ensino, que tem como Entidade Mantenedora o
Governo do Estado do Paraná, foi criado com a denominação de “Núcleo Avançado
de Estudos Supletivos” – NAES, pela Resolução Secretarial nº 5128/86 de 28/11/86,
com oferta da 5ª. a 8ª. Série do Ensino Fundamental e de Exames de Equivalência.
Sua sede na época era na Rua Barão do Rio Branco nº 1180, no município de
Paranaguá. Em 22/04/98, a Resolução nº 998/98 – SEED de 22/04/98 (retroativa ao
início do ano letivo de 1996), autorizou a mudança de endereço do NAES para a
Rua Baronesa do Cerro Azul, nº 1074.
Posteriormente, pelo Parecer Técnico nº 045034/84 – DESU/SEED e Parecer nº
091/90 – CEE, teve aprovado o seu Projeto de Implantação de Estudos
correspondente às quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. Devido à
implantação, os Exames de Equivalência passaram a ser autorizados pela
Resolução nº 2090/97.
Através da Resolução nº 3921/97 de 19/11/1997 e do Parecer nº 2167797 –
CEE, o NAES teve a nomenclatura alterada para Centro de Estudos Supletivos –
CES. No ano de 1998, o estabelecimento solicitou novamente mudança de
endereço, estabelecendo – se na Rua Faria Sobrinho nº 346, Centro Histórico,
Paranaguá – Paraná.
10
Em 12/06/1998, o CES implantou o Ensino Médio, o qual foi autorizado pela
Resolução nº 2016/98, publicada no Diário Oficial nº 5286/98 de 07/07/98.
Em 15/12/1999, pela Resolução nº 4822/99 foi reconhecido o
estabelecimento de ensino juntamente com o Curso Supletivo de Ensino Médio,
publicada no Diário Oficial nº 5658/00 de 12/01/2000.
Em 31/08/1998, o CES teve a nomenclatura alterada para Centro de
Educação Aberta, Continuada, à Distância - CEAD, conforme Resolução Secretarial
nº 3120/98 – CEE. Posteriormente, na data de 15/12/1999, o CEAD passa a chamar
– se Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA, de
acordo com a Resolução Secretaria nº 4561/99, publicada no Diário Oficial nº
5653/00, de 05/01/2000.
A Resolução Secretarial nº 644/00 de 25/02/2000 autorizou o
Reconhecimento do Curso Supletivo de Ensino Fundamental do CEEBJA.
A Resolução Secretarial nº 003/2001 juntamente com Parecer nº 372/2001 -
CEE de 19/10/2001, autorizou o funcionamento do Ensino Fundamental – Fases I e
II e Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Semi
Presencial, nos termos da Deliberação nº 08/2000 – CEE, a partir do 1º. Semestre
de 2002. Na data de 30/01/2002, a Resolução nº 2973/02 – SEED reconheceu o
Curso Supletivo de Ensino Médio, modalidade Educação de Jovens e Adultos.
O Regimento Escolar foi aprovado pelo Ato Administrativo nº 22/09 de
06/03/09.
O CEEBJA foi criado com a finalidade de oportunizar a todos os cidadãos que
trazem consigo o conhecimento adquirido na prática das relações sociais, e
que não tiveram acesso ao ensino-aprendizagem na idade certa em que deveriam
ter concluído, devido a dificuldades diferenciadas.
Atualmente esta instituição conta com aproximadamente 1500 alunos
matriculados, atendendo uma clientela diversificada tanto étnica, sócio-econômica e
alunos portadores de necessidades educacionais especiais nas áreas de deficiência
auditiva, mental, física e visual.
11
1.2. Fundamentação Legal:
O Centro de Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos, oferta os
cursos de Ensino Fundamental- (Fase II) e Ensino Médio com base na Constituição
Federal Brasileira, promulgada em 1998, na Lei nº 9394/96 - LDB, nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (instituídas pelo
Parecer 11/2000 – CEB- CNE), Deliberações nº 08/2000, 07/2001 e 09/2001 e
demais resoluções, pareceres, instruções normativas emanadas da Secretaria de
Estado de Educação.
1.3. Estrutura Organizacional do Estabelecimento:
Conselho Escolar
Fernando José Vicchiett Weiss Presidente QPM
Ana Cláudia N. P. da Costa Kato Repr. Equipe Pedagógica QPM
José Carlos Batista Suplente Equipe Pedagóg. QPM
Abel de Pinho Nogueira Repr. Técnico Administrativo QPPE
Solange Cunha Varela Repr. Prof. Ensino Médio SCO2
Naemi Rosana Habermann Prof. Ens. Fundam. SCO2
Derlein Rodrigues Ferreira Pereira Repr. Serviços Gerais READ
Irene Lopes Suplente Serv. Gerais QFEB
Demair Cordeiro dos Santos Repres.Alunos Ens. Fundam
Rosemary Mendes B. dos Santos Suplente Alunos Ens.Fund.
José Gilberto Marques de Souza Alunos Ens. Médio
Merenciana Martins Bittencourt Repres. da Comunidade
Diretor
Fernando José Vicchiett Weiss História/ Adm. Empresas QPM
Diretor Auxiliar
Ana Claudia Nascimento Pereira da Costa Kato Letras Anglo-Portuguesas QPM
Pedagogos
12
Rosangela Valência Balas Pedagogia QPM
Suzana Nemeth Gonçalves Pereira Pedagogia QPM
Técnicos Pedagógicos
Coordenador Geral das APEDS
Shirley Matiazi Rosa Letras Português - Inglês QPM
Coordenadores Itinerantes das APEDS
Ana Claudia Nascimento Pereira da Costa Kato
Letras Anglo-portuguesas QPM
José Carlos Batista História QPM
Susana Maria da Silva Ramalho Português/Francês QPM
Coordenadora de Exames Supletivos
Ivete França Frizzo Matemática QPM
Funcionários Técnicos Administrativos
Secretário Geral
Enoair Batistel Pedagogia QFEB
Agentes Educacionais II
Abel de Pinho Nogueira Ensino Médio QFEB
Célia Margarete Fava Pinto Ensino Médio QFEB
Elton dos Santos Lee Letras (em curso) QFEB
José Rodolpho Franco Pinheiro História QFEB
Renata Monteiro San Martins Português/Inglês QFEB
Elisângela Christina P. Morato Batista Pedagogia QFEB
Suellen Barbosa Mohr Adm. Gestão Portuária QFEB
Agentes Educacionais I
Derlein Rodrigues Pereira Ferreira Ensino Médio READ
13
Irene Lopes Ensino Médio QFEB
Sissi Cristina Farias de Oliveira Ensino Médio READ
Ivo Viana Ensino Fundamental QFEB
Corpo Docente
Português
Cristiane Darlene da Silveira Letras - Port./Inglês PSS
Dirce da Cruz Armstrong Português e Literatura QPM- SCO2
Leonor de Oliveira Ardigo Letras Português/Literat. SCO2
Luciana Cecília Basso Letras Português PSS
Solange Cunha Varella Letras Português/Literat. SCOMatemática
Angelo Pedro Voi Matemática - Ciências QPM - SCO2
Christiany Comunello Matemática - Ciências QPM
Ivete França Frizzo Matemática - Física QPM - SCO2
Renato Mattar França Matemática QPM
História
Christian Barbosa Gonçalves História QPM
Gilson Correira Miranda História - Geografia QPM
José Carlos Batista História SCO2
Lunalva Ferreira História - Geografia QPM - SCO2
Geografia
Gilson Correira Miranda História - Geografia QPM
José Carlos Batista História SCO2
Lunalva Ferreira História - Geografia QPM - SCO2
Mauro Sérgio Ap. Mancini Geografia PSS
Inglês
Cristina Mara Ribeiro Inglês PSS
Helen Voi do Nascimento Letras Anglo QPM
Naemi Rosana Habermann Letras Anglo Portuguesas QPM/SCO2
Paula Correia Carleton Letras Anglo Portuguesas SCO2
14
Ciências
Carlos Eduardo Weirich Ciências Biológicas PSS
Cleide Maria Dolinsk
(afastada PDE)
Biologia QPM
Joy Ribeiro Nunes Ciências Biológicas PSS
Biologia
Mílvia Souza Almeida dos Santos Ciências PSS
Química
Fernanda A Maceno PSS
Ana Paula Santos Pinto Física PSS
Física
Angelo Pedro Voi Matemática QPM/SCO2
Ivete França Frizzo Matemática QPM/SCO2
Educação Física.
Elaine do Rocio Bassler Educação Física QPM/SCO2
Liliana Kffuri Educação Física QPM/SCO2
Educação Artística
Maria Aparecida Vasconcellos Música e Artes Plást QPM - SCO2
Rose Mary Araújo Picanço Educação Musical PSS
Filosofia
Josias dos Santos Ventura Filosofia REPR
Maria da Glória Mariano Souza História SCO2
Sociologia
15
Josias dos Santos Ventura Filosofia REPR
Maria da Glória Mariano Souza História SCO2
Professor de Apoio Especializado (sala de recursos)
Educação Especial
Midiã de Oliveira Feltz Letras Português QPM
Intérprete de Libras
Karina Cristina dos Santos Libras PSS
Maria Eunice Christino Celestino Pedagogia/Prolibras PSS
Professores APED
Adélia Rodrigues de Araújo Dias Língua Portuguesa/História PSS
Ageu Cunha França Letras Português PSS
Alair Borges Agostinho Normal Superior PSS
Alair de Fátima Dorigon Gouveia Letras Port. e Literaturas PSS
Ana Laura Avila Queiroz Português/Espanhol PSS
Andriele Chagas das Dores Pedagogia PSS
Bruna de Pizzol Silveira Português/Inglês PSS
Cíntia Kambek Rosa Pedagogia PSS
Claudete Araujo Gonçalves Pedagogia – em curso PSS
Claudete dos Santos Barcelos Lopes História PSS
Eliane do Carmo Nascimento Letras Português PSS
Eliane Fernandes do Rosário Matemática PSS
Eunice Reded Geografia PSS
Graziela Agostinho da Costa Inglês PSS
Guilherme José Silvério Ciências Biológicas PSS
Kelly Cristina Brombatti de Araujo Ciências Biológicas PSS
Lúcia Pinheiro Francisco Normal Superior PSS
Lucicreia Castanho Correa Pedagogia PSS
Luciene Ferreira da Silva Pedagogia PSS
Maria Olinda Cordeiro Pires História PSS
Mariza Tavares Barbosa Pedagogia SCO2
Monse Laine Ferraro Geografia PSS
16
Neide Cuthma História PSS
Odair Cordeiro Luciani Ciências PSS
Rosangela dos Santos Pelegrini Neves Pedagogia PSS
Rosilene David Belas Artes QPM
Taberson Pitta Geografia PSS
Thomas Victor Pinto Lorenzo Pedagogia PSS
Veridiane Grigoletti Gonçalves História PSS
1.4 Conselho Escolar:
O Conselho Escolar é composto por:
• Presidente do Conselho (Diretor).
• 01 Professor do Ensino Médio.
• 01 professor do Ensino Fundamental.
• 01 Professor - Pedagogo.
• 01 Professor - Coordenador.
• 01 Funcionários Administrativos.
• 02 Alunos do Ensino Fundamental.
• 01 Alunos do Ensino Médio.
• 01 Representante da Comunidade.
1.4.1 Ações do Conselho Escolar:
• Estabelecer calendário de reuniões.
• Discutir, avaliar e aprovar o PPP.
• Debater sobre os principais problemas da escola e suas possíveis soluções.
• Aprovar o Plano administrativo anual,elaborado pela direção da escola,sobre
a programação e aplicação de recursos financeiros, promovendo alterações
se for o caso.
• Fiscalizar a gestão administrativa,pedagógica e financeira da unidade
escolar.
17
1.5. Condições Materiais e Recursos Tecnológicos:
O prédio onde está situado o CEEBJA possui:
• Uma (01) sala para a Direção;
• Uma (01) sala para a Direção Auxiliar e Apoio Pedagógico;
• Uma (01) sala para a Coordenação e Acervo Bibliográfico;
• Duas (02) salas para a Secretaria;
• Uma (01) sala para o Laboratório de Informática;
• Sete (07) salas de aula com capacidade para 17 alunos;
• Duas (02) salas de aula com capacidade para 20 alunos;
• Uma (01) sala de aula com capacidade para 25 alunos;
• Uma (01) sala de aula com capacidade para 35 alunos;
• Uma (01) sala para os Professores;
• Uma (01) despensa para armazenagem da Merenda Escolar;
• Uma (01) Cozinha;
• Um (01) Refeitório.
• Duas (02) Passarelas cobertas
Dentre as salas de aula existentes, 10 possuem banheiros próprios,
bem como as salas da Direção, dos Professores, Secretaria (que possui 02) e
mais 02 que são utilizados pelos Alunos.
Devido ao grande número de alunos matriculados, o CEEBJA/Paranaguá
utiliza, no período noturno, quatro salas de aula da Escola Municipal Manoel Viana,
próxima ao estabelecimento de ensino.
1.5.1. Recursos Físicos:
Relação de Recursos Físicos Ocupação do Espaço Físico
Ambientes pedagógicos
- Direção: 01
- Direção-Auxiliar – 01
- Equipe Pedagógica: 01
Área destinada aos ambientes pedagógicos:
237,03 m²
18
- Salas de aula: 11
Número de ambientesadministrativos
Sala da Secretária – 01
Atendimento ao Público: 01
Área destinada a ambientes administrativos:
142,55 m²
Relação dos ambientes administrativosAmbientes
Secretaria
Direção
Direção-auxiliar
Equipe Pedagógica
Coordenações
Cozinha
Área (m²)
58,27m2
19,25m2
19,25m2
19,25m2
19,25m2
30,03m2
Utilização compartilhadade recursos físicos:
- Biblioteca e Equipe Pedagógica.
- Sala de Professores e Sala de hora –
atividade.
As salas de aula são pequenas e comportam no máximo 20 ( vinte ) alunos.
A sala da Direção muitas vezes é usada para reuniões da equipe pedagógica.
A Direção Auxiliar ocupa uma sala onde fica a máquina de xerox, e o
material didático e pedagógico.
A Coordenação faz uso de uma sala onde encontra-se o acervo bibliográfico
e a máquina copiadora. Nesse local é dado o suporte pedagógico aos professores.
Na sala dos professores são realizadas as reuniões pedagógicas previstas no
calendároio escolar ou quando se faz necessário, em horário de intervalo para que
não haja dispensa das aulas. Nesta sala também é cumprida a hora atividade e
servido o lanche no período da tarde e noite, para os professores.
Alguns repasses e informações recebidas do NRE são transmitidas para os
professores em sala de aula individualmente pela equipe pedagógica ou no horário
de intervalo.
1.6. Organização Escolar:
O CEEBJA / Paranaguá oferta o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino
Médio, na modalidade EJA, de forma presencial. Na realização da matrícula, o aluno
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é informado, pelos funcionários do quadro administrativo e também pelas
pedagogas e coordenadoras, sobre a organização e funcionamento dos cursos, os
quais são organizados de forma individual e coletiva. Futuramente a escola
pretende elaborar um “guia de estudos”com o objetivo de orientar os alunos da
melhor forma.
O CEEBJA/Paranaguá funciona nos turnos vespertino e noturno com os cursos de
Ensino Fundamental – Fase II, carga horária de 1440horas/1452 horas-aula e Ensino Médio 1440 horas/1452 horas-aula.
Cronograma de Funcionamento
Período Vespertino: 13:30h às 17:45h
Período Noturno: 18:30h às 22:45h
O número de matrículas por disciplina sofre uma rotatividade muito grande por
serem abertas diariamente.
O período noturno é o que tem um maior fluxo de alunos devido a maioria
estar inserida no mercado de trabalho. A hora-atividade é organizada pelo
estabelecimento por disciplina,de acordo com o Gráfico abaixo:
QUADRO DE HORA ATIVIDADE – 2010
TARDE
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Física Inglês Química Física Português
História Português Física Ciências História
Biologia ---------------------- Maremática Geografia Artes
----------------- ---------------------- ------------------- Inglês Química
----------------- ---------------------- ------------------- Português --------------------
NOITE
História Química Geografia Geografia Sociologia
Matemática Filosofia Matemática Ed.Física Artes
Português Português Filosofia Matemática Português
----------------- Matemática Português Português --------------------
----------------- ---------------------- ------------------- ----------------- --------------------
20
Aprovado pelo NRE/SEED, o Calendário Escolar é divulgado amplamente
para a comunidade escolar, através de edital fixado em um mural na entrada da
escola, na sala dos professores e na coordenação para que todos tenham acesso.
Para os professores e demais funcionários são distribuída uma cópia em mãos para
que possam consultá-lo sempre que se fizer necessário (calendário escolar em
anexo).
1.7. Recursos Pedagógicos:
1.7.1. Material Didático:
O material didático indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos
recursos pedagógicos do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do
Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
1.7.2. Acervo Bibliográfico:
O CEEBJA não possui um ambiente específico para biblioteca, o espaço
utilizado para o acervo bibliográfico é o mesmo onde se encontra o atendimento
pedagógico.
O acervo bibliográfico é composto de 266 livros didáticos, paradidáticos e
literatura. O acervo existente foi complementado com 58 títulos decorrentes do
Programa “Venha Ler” – Biblioteca Aluno (Ensino Médio), Coleção “Palavra da
Gente” - EJA, a qual é composta por 18 Volumes; Coleção “Cadernos da EJA”, com
6900 volumes .
A utilização do acervo bibliográfico pelos alunos se faz através de
empréstimos de livros e pesquisas em sala de aula sob a supervisão dos
professores.
1.7.3. Equipamentos de Laboratório de Física, Química e Biologia:
21
Existe o espaço físico para o laboratório. O CEEBJA/Paranaguá está
aguardando a liberação de recursos para a compra de material. As aulas práticas
tem sido realizadas através de “oficinas” de Física, Química, Biologia e Matemática .
1.7.4. Relação de Recursos Audiovisuais e Tecnológicos
Descrição do Bem Quantidade Estado de FuncionamentoTelevisor 15 15 em funcionamentoDVD 01 Em funcionamentoVídeo-cassete 01 Em funcionamentoRetroprojetores 02 02 em funcionamentoAparelhos de som 01 Em funcionamentoMáquina copiadora 01 01 em funcionamentoMáquina xerox 01 Em funcionamentoMicro-computadores 01 Em funcionamentoImpressoras 07 01 em funcionamentoLabor. de Informática:micro-computadores
impressoras
24
03
Em funcionamento
02 em funcionamento
1.7.4.1. Utilização dos recursos audiovisuais e tecnológicos
O CEEBJA/Paranaguá tem procurado inserir práticas pedagógicas que
possibilitem aos alunos interagir com as tecnologias e, a partir delas compreender a
sua importância como instrumento de inserção e aprimoramento social, cultural,
profissional e curricular
Em todas as salas foram instaladas tevês, enviadas pela SEED e cada
professor possui o seu pendrive, utilizando-o sempre que desejar.
Já outros aparelhos como: DVD, vídeo cassete, retro-projetores e aparelhos
de som, para a utilização, são agendados antecipadamente pelos professores
através das coordenadoras e pedagogas.
A máquina copiadora é utilizada somente para cópias em grande quantidade,
por ser menos dispendiosa. (Ex: Exame de classificação).
22
A máquina de xerox é muita utilizada, através dela os professores recebem
todas as cópias que necessitam para montarem seu próprio material que será
trabalhado com seus alunos.
Os computadores e as impressoras que não se encontram no laboratório de
informática são utilizados pela direção, coordenação e pelos funcionáriosl
administrativos.
O espaço do laboratório de informática é usado constantemente pelos
professores, principalmente na hora atividade, para preparo de suas aulas, pela
equipe pedagógica, funcionários e alunos devidamente cadastrados e
acompanhados pelos professores.
Quando o professor deseja utilizar o laboratório com os alunos faz um
planejamento, apresenta à equipe pedagógica, agendando posteriormente a data e
horário com o ADM local.
Os demais funcionários o utilizam sempre que o mesmo estiver disponível.
Já, os docentes que atuam nas APED's de Paranaguá, fazem uso do
laboratório de informática durante o período de sua hora/atividade, cuja
permanência é feita às sextas-feiras, na sede do CEEBJA. Para as turmas das
APED's o acesso ao laboratório de informática torna-se mais restrito, pois as aulas
são ministradas em salas de aula de escolas municipais, no período noturno.
1.8. Recursos Financeiros:
Por ofertar apenas a Educação Básica, na modalidade de Educação de
Jovens e Adultos, o CEEBJA não recebe ajuda do Governo Federal. As únicas
verbas que o estabelecimento recebe são provenientes do “Fundo Rotativo” e
“Escola Cidadã”.
O Fundo Rotativo possibilita o repasse de recursos aos estabelecimentos de
ensino estaduais para a conservação dos prédios escolares e despesas com a
merenda escolar e materiais não permanentes. As verbas recebidas devem ser
utilizadas através de um Plano de Aplicação, o qual deve ser elaborado pela Direção
juntamente com o Conselho Escolar.
23
1.9. Organização e Caracterização dos Cursos:
De acordo com a Deliberação nº 006/05 - CEE, o ingresso na EJA pode se
dar a partir dos 18 anos, tanto para o ensino Fundamental quanto para o Ensino
Médio.
A Lei nº 9394/96 (artigo 38), determina a idade de 15 e 18 anos
respectivamente, para a conclusão do Ensino Fundamental e Médio por meio de
Exames Supletivos.
* Conforme autorizado pelo Parecer nº 626/08-CEE, alunos que ingressarem
após 16/09/2008 nos Centros de Socioeducação, ou seja, com 15 anos completos
para o Ensino Fundamental-Fase II, e com 18 anos completos para o Ensino Médio,
poderão ser matriculados normalmente.
A oferta dos cursos de Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio será
de forma presencial, organizada individual e coletivamente dependendo da condição
e disponibilidade de tempo do educando.
Para tal, é necessário compreender o perfil do educando da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o
como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento
afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais.
Entre esses fatores, destaca-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a
evasão e a repetência escolar.
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a
que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações
sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Para a concretização de uma prática de gestão administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os
levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
24
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos
– cultura, trabalho e tempo.
Nessa perspectiva a EJA deve contemplar ações pedagógicas especiais que
levem em consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não
obtiveram escolarização ou não deram continuidade aos seus estudos por fatores
muitas vezes, alheios a sua vontade.
Os jovens e adultos que procuram a EJA têm a necessidade da escolarização
formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mercado de
trabalho. A dinâmica desenvolvida nesta modalidade de ensino deve possibilitar a
flexibilização de horários e a organização do tempo escolar destes educandos,
viabilizando a conclusão dos seus estudos.
Há na EJA uma grande presença da mulher, que durante anos sofreu e ainda
sofre as conseqüências de uma sociedade desigual com predomínio da tradição
patriarcal, que a impediu das práticas educativas em algum momento de sua história
de vida. Também faz parte da proposta de atendimento educacional da EJA o
atendimento ao deficiente.
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio - cultural de seu público, que é composta,
dentre outros, pelas populações: do campo, em privação de liberdade, deficientes,
indígenas, que demandam uma educação que considere o tempo/espaço e a cultura
desses grupos.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais que fundamentados na
Base Nacional Comum dos currículos de Ensino Fundamental e de Ensino Médio
determinados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96) e que
são desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
25
Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento será estabelecido o “Plano de
Estudos e Atividades”. No momento da matrícula os educandos recebem
orientações sobre todas as disciplinas, que são organizadas de forma coletiva e
individual, ficando a seu critério escolher a maneira que melhor se adapte às suas
condições e necessidades ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar
algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente. Os
horários das disciplinas são fornecidos pela Secretaria e colocados em edital no
mural dos alunos.
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%
(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental - Fase II e no Ensino Médio,
sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco
por cento) e na organização individual é de100% (cem por cento), em sala de aula.
1.9.1. Regime Escolar
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, nos períodos
vespertino e noturno, podendo atender no período matutino, de acordo com a
demanda de alunos do estabelecimento de ensino e com a expressa autorização do
Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da
Educação.
O CEEBJA / Paranaguá ofertará a Educação de Jovens e Adultos – Presencial
contemplando o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis
do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, com avaliação no processo.
Ofertará também as APED’S - Ações Pedagógicas Descentralizadas para
atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento
26
de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação – em
locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação
especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional,
em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em
comunidades de difícil acesso, nos bairros distantes do centro da cidade, bem como
nos municípios do litoral do Paraná. A carga horária prevista para os cursos de EJA
serão:
• Ensino Fundamental – Fase II: 1400 horas/1452 horas-aula.
• Ensino Médio: 1440 horas-aula.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação
do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na
matriz curricular.
1.9.2. Organização Curricular
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas
referentes ao Ensino Fundamental – Fase I e Fase II e Ensino Médio, estão
dispostas nas Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais, contidas nos Pareceres n. º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino
Fundamental e Resolução n. º 03/98 e Parecer n. º 15/98 - CEB/CNE, para o Ensino
Médio.
1.9.3. Formas de Organização:
O Projeto Político - Pedagógico / CEEBJA prevê a organização dos cursos
da EJA de duas formas: coletiva e individual.
27
Atualmente, o horário de atendimento do CEEBJA / Paranaguá, obedece ao
seguinte cronograma, com 5 horas/aula por período:
Cronograma de atendimento
Turno HorárioVespertino 13:30 às 17:45 horas.Noturno 18:30 às 22:45 horas.
O aluno do CEEBJA terá o direito de matricular-se no máximo em até
4 (quatro) disciplinas tanto no Ensino Fundamental fase II, como no Ensino
Médio.
Ele é quem decide quantas aulas assistirá no dia, podendo assistir
até 10 (dez) aulas. Quando não comparecer às aulas não receberá falta,
mas a carga horária só será computada nos dias de seu comparecimento
na escola.
O aluno é livre também para escolher o horário que deseja estudar
podendo ser Tarde ou Noite ou Tarde e Noite de acordo com o horário
disponibilizado pela escola das disciplinas pelas quais ele fez opção.
Cada aula tem a duração de 50 (cincoenta) minutos, sendo
ministradas
5 (cinco) no Período Vespertino e 5 (cinco) no Período Noturno.
a) Organização Coletiva:
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos
conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os
saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
O estabelecimento também faz atendimento “coletivo” na APED (Ação
Pedagógica Descentralizada), que são turmas montadas em postos avançados para
atendimento de alunos de outras localidades. Autorizadas pela Coordenação de
Educação de Jovens e Adultos – DEJA/SEED, as APED’s suprem a oferta
28
educacional da EJA em comunidades rurais, comunidades de difícil acesso, dentre
outros.
b) Organização Individual:
Programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contempla mais
intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando,
nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
A grande maioria dos alunos não tem disponibilidade de tempo devido a sua
escala de trabalho que obedece a turnos que variam semanalmente. Essa é uma
realidade atípica oriunda das necessidades da comunidade local, cuja mão–de–obra
gira em torno das atividades portuárias. Sendo assim, por ser mais produtiva e
adequada à realidade, a procura é pela organização individual.
1.10. Perfil da Comunidade:
O Projeto Político – Pedagógico do CEEBJA articula – se em torno de três
eixos principais: cultura, trabalho e tempo. É direcionado para o atendimento de uma
clientela formada por jovens e adultos trabalhadores, cujo tempo disponível para
estudar é reduzido. Isso se dá devido ao fato do município de Paranaguá ter sua
economia voltada quase que totalmente para as atividades portuárias e/ou
terceirizadas destas, o que influi no perfil da comunidade escolar.
Tendo em vista que a escola não é o único espaço de produção e
socialização dos saberes, o Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos de Paranaguá, tomando como ponto de partida a bagagem de
conhecimentos adquiridos pelo educando através das experiências de vida em
outras instâncias sociais tem procurado assegurar - lhes oportunidades apropriadas,
mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Essas vivências de características próprias e configuradas como formas
diferenciadas de ensino – aprendizagem, devem ser consideradas para a
elaboração do currículo escolar. Para tal deve-se dispensar atenção especial ao
29
planejamento curricular e à metodologia educacional voltada para a clientela da
EJA.
A Equipe Pedagógica e docente do CEEBJA buscando a integração da
comunidade escolar, tem realizado atividades extra-classe como a “Cantata de
Natal”, o “Festival de Talentos”, a comemoração de datas importantes como:”Dia
dos Pais”, ”Dia Internacional da Mulher”, ” Dia do Folclore”, ”Dia da Consciência
Negra”, etc., além de eventos promovidos pelo SESC/PGUÁ, como o “Dia do
Desafio” e visita ao “Laboratório Prático de Química”, quando participaram alunos,
professores, familiares e membros da comunidade.
O CEEBJA atende também educandos com deficiência nas áreas: auditiva,
intelectual, visual, motora e distúrbios de aprendizagem.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado .
Considerando a situação em que se encontram individualmente estes
educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas também,
de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando
o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo
igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
1.11. Níveis de Ensino:
Ensino Fundamental – Fase II
30
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos como meios para que os educandos
possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº 02 de
07 de abril de 1998/CNE e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos.
1.11.1 Ações Pedagógicas Descentralizadas (APED.s):
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o
regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
O CEEBJA de Paranaguá não oferta atendimento a alunos em Privação de
Liberdade.
1.11.2. Exames Supletivos:
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei nº 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação e Trabalho.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação
do Paraná.
31
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na
matriz curricular.
1.11.3. Conteúdos Curriculares - História e Cultura Afro - Brasileira e Indígena
O CEEBJA / Paranaguá contemplará obrigatoriamente, o ensino sobre História
e Cultura Afro – Brasileira e Indígena nos currículos de Ensino Fundamental – Fase
II e do Ensino Médio inserindo em seu Calendário Escolar a data de 20 de
novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.
No sentido de conduzir a ação pedagógica em relação ao ensino da História
e Cultura Afro – Brasileira e Indígena, a equipe pedagógica e os professores do
estabelecimento de ensino terão como ponto de referência, os seguintes princípios:
• igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direito;
• compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a
grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias,
igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua
história;
• o conhecimento e a valorização da história dos povos africanos e da cultura
afro – brasileira e Indígena na construção histórica e cultural brasileira;
• a superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os
povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no
geral, pertencem, são comumente tratados;
• a desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas,
objetivando eliminar conceitos, idéias, comportamentos veiculados pela
ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal
fazem a negros e brancos;
• a busca, da parte de pessoas, em particular, de professores não
familiarizados com a análise das relações étnico – raciais e sociais com o
estudo de história e cultura afro – brasileira e indígena, de informações e
32
subsídios que lhes permitam formular concepções não baseadas em
preconceitos e construir ações respeitosas;
• o diálogo, via fundamental para o entendimento entre diferentes, com a
finalidade de negociações, tendo em vista objetivos comuns, visando a uma
sociedade justa.
Os conteúdos programáticos a serem abordados no ensino da História e
Cultura Afro – Brasileira e Indígena incluirão:
• o estudo da história da África e dos africanos;
• a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil;
• a cultura negra e indígena brasileira;
• o negro e o índio na formação da sociedade nacional;
• a contribuição do povo negro e indígena nas áreas social,econômica e
política, pertinentes à história do Brasil.
As disciplinas de História, Geografia, Sociologia, Ciências, Biologia, Artes,
Língua Portuguesa e Educação Física incluirão em seus conteúdos curriculares
temas pertinentes da História e Cultura Afro – Brasileira e Indígena, História do
Paraná e Educação Ambiental conforme suas especificidades.
1.11.4. Conteúdos Curriculares – História do Paraná
O CEEBJA incorporará nos conteúdos do Ensino Fundamental-Fase II e
Ensino Médio conteúdos sobre a História do Paraná estabelecido pela Lei Nº
13.381/01, utilizando assim a história do nosso estado como uma proposta
metodológica critico-reflexiva fazendo com que o conhecimento histórico seja
construído de forma contextualizada tomando como base os temas abaixo descritos:
. Os primeiros donos da terra.
. Paraná – Berço do ouro no Brasil.
. Imigração no Paraná.
. Questões Agrárias.
33
. Industrialização.
. Medidas de urbanização do Paraná.
. Diversidade histórico-cultural paranaense.
1.11.5. Conteúdos Curriculares – Saúde, Drogas e Sexualidade Humana:
Os currículos da EJA para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
contemplarão ainda os conteúdos temáticos referentes ao “Estudo e Prevenção do
Uso Indevido de Drogas”; “Sexualidade Humana” e “Estudo e Prevenção de
Doenças Sexualmente Transmissíveis”.
Os conteúdos curriculares serão trabalhados nas disciplinas de Ciências
Naturais, Educação Física, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Biologia,
conforme as suas especificidades, com base nas Leis nº 12.338 de 24/09/1998, Lei
nº. 14.072 de 04/07/2003 e nas Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação
Básica do Estado do Paraná. A abordagem dos temas será pautada nos seguintes
conteúdos:
a) Prevenção e uso indevido de drogas:
• O uso de drogas e suas consequências para a saúde;
• Drogas permitidas e drogas proibidas;
• Dependência química: causas e tratamento;
• A importância da família, da igreja e da sociedade na prevenção e tratamento
da dependência química.
b) Doenças sexualmente transmissíveis:
• DST’s: tipos, contaminação, sintomas, tratamento e prevenção.
• AIDS: contaminação, sintomas, tratamento e prevenção.
c) Sexualidade humana:
• Glândulas e Sistema reprodutor.
• Tipos de relacionamento amoroso.
• Diversidade sexual e direito à cidadania
1.11.6. Conteúdos Curriculares – Educação Ambiental
Os currículos da EJA para o Ensino Fundamental – Fase ll e Ensino Médio
contemplará em caráter interdisciplinar a Educação Ambiental segundo a Lei Nº
34
9.795/99 de modo a formar cidadãos com conhecimentos, valores e habilidades com
vistas ao manejo sustentável do Meio Ambiente.
A abordagem dos temas será baseada nos conteúdos abaixo relacionados:
. O perigo do lixo para os seres e o planeta.
. Que tal produzir menos lixo? ( Reciclagem ).
. Aquecimento Global ( Mudança no nível do mar e a vida na terra ).
. Riqueza da biodiversidade.
. Desenvolvimento sustentável.
. O futuro da água depende de todos.
1.12. Programa Pro Jovem Campo-Saberes da Terra
O CEEBJA passou a ofertar e certificar a partir de 2010 o Programa “Saberes
da Terra” que é um programa de escolarização de jovens agricultores/as familiares
em nível fundamental na modalidade de Educação Jovens e adultos (EJA),
integrada à qualificação social e profissional.
Este programa foi instituído pela medida provisória Nº 411/07 e tem por
objetivo promover a reintegração de jovens camponeses de 18 à 29 anos ao
processo educacional, sua qualificação profissional e seu desenvolvimento humano.
1.12.1. Organização curricular do programa
A organização curricular do Pro Jovem – Saberes da Terra está
fundamentada no eixo articulador Agricultura familiar e Sustentabilidade.
Este eixo amplia suas dimensões de atuação na formação do jovem
agricultor por meio dos seguintes eixos temáticos:
a) Agricultura familiar: identidade, cultura, gênero e etnia.
b) Sistemas de produção e processos de trabalho no campo.
c) Cidadania, organização e políticas públicas.
d) Economia solidária.
e) Desenvolvimento sustentável e solidário com enfoque territorial.
35
Os eixos temáticos agregam conhecimentos da formação profissional e das
áreas de estudo para elevação da escolaridade.
Dessa forma a escolarização fundamental dos jovens agricultores/as familiares
integrada à qualificação social e profissional torna-se uma estratégia político-
pedagógica para garantir os direitos educacionais dos povos do campo por meio da
criação de políticas nos sistemas de ensino que sejam estimuladoras da agricultura
familiar e do desenvolvimento sustentável como possibilidades de vida, trabalho e
constituição dos sujeitos cidadãos do campo.
Projetos Desenvolvidos:
Os projetos desenvolvidos pelo CEEBJA de Paranaguá são : Semana do
Meio Ambiente, Sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis, Semana
Cultural, Cultura Afro-Brasileira e Indígena, Show de Talentos e Cantata de Natal,
sendo todos interdisciplinares. (Anexo III)
• Matrizes Curriculares da EJA – Educação Básica:
As matrizes curriculares do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens
e Adultos de Paranaguá, implantadas no início do ano letivo de 2006 foram
alteradas devido à obrigatoriedade da inclusão da disciplina de Ensino Religioso no
Ensino Fundamental – Fase II e das disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino
Médio. A reformulação seguiu às orientações emanadas pela Instrução Normativa
nº. 002/2006 – DEJA/SEED.
Não houve modificações na carga horária total das matrizes curriculares
referentes ao Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio. As alterações foram
efetuadas na carga horária de algumas disciplinas de maneira a incluir Ensino
Religioso, Filosofia e Sociologia na carga horária anteriormente prevista na Proposta
Curricular / CEEBJA e aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.
As novas matrizes curriculares foram implantadas a partir do 1º. Semestre de
2007, para matrículas novas no Ensino Fundamental – Fase II e para matrículas
36
novas no Ensino Médio, bem como para alunos em curso em 2006 e alunos
desistentes que retomarem seus estudos.
Matriz Curricular do Ensino Fundamental – Fase II:
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Paranaguá. NRE: Paranaguá.ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º. Semestre/2007. FORMA: Simultânea.
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 horas/aula ou 1200 horas/relógio.
DISCIPLINAS TOTAL DE HORASTOTAL DE HORAS/AULA
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 54 64LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192ENSINO RELIGIOSO 10 12TOTAL
1200/1210 1440/1452
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/aula.*Ensino Religioso: disciplina obrigatória a oferta pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o aluno.
37
Matriz Curricular do Ensino Médio:
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná.MUNICÍPIO: Paranaguá. NRE: Paranaguá.ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º. Semestre / 2006. Forma: Simultânea.CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 horas/aula ou 1200 horas/relógio.
DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS/AULA
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LEM - ESPANHOL 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
Total de Carga Horária do Curso: 1200/1306 horas ou 1440/1568 horas/aula.
* LEM – ESPANHOL (Oferta da Disciplina obrigatória e matrícula optativa).
38
1.13. Recursos Humanos:
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos,
exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e
da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e
suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens
e Adultos.
02. MARCO CONCEITUAL
2.1. Fundamentação Teórica:
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos fundamentou
o seu Projeto Político – Pedagógico em uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, visando fazer com que o processo
ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná, a EJA deve:
I - constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de
aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os
mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos
processos educativos formais;
39
II – considerar que o tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
III – observar os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados
à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV – entender que a escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos
de transformação de sua realidade social.
O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,
que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares,
mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos
culturais relevantes estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,
viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição
das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
2.2. Metas Estabelecidas:
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso
ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso
aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular,
as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
40
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho,
face à diversidade de suas características.
2.3. Princípios Norteadores:
A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria.
Este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de 1400/1452 horas-aula para o Ensino
Fundamental – Fase II e 1440 horas-aula para o Ensino Médio, carga horária
estabelecida na legislação vigente para os dois primeiros níveis da Educação
Básica, com avaliação no processo.
O estabelecimento de ensino oferta a Educação Básica – modalidade EJA,
com base no artigo 206 da Constituição Federal Brasileira, obedecendo aos
princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais.
A oferta da Educação de Jovens e Adultos está fundamentada ainda na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (artigo 37) e na Deliberação nº. 006 / 05 –
CEE/Paraná.
Os cursos de Ensino Fundamental e Médio – EJA, são caracterizados por
estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais
como:
• pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
• desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
41
• registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
• vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos
de estudos e atividades. Tanto no atendimento individual como no coletivo, os
educandos receberão atividades de estudos.
Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de
forma coletiva e individual ficando a critério do educando escolher a maneira que
melhor se adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas
formas, ou seja, cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras
individualmente.
2.4. Objetivos da EJA como modalidade da Educação Básica:
Ensino Fundamental:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Ensino Médio:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
42
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética
e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
2.5. Filosofia e Princípios Didático – Pedagógicos
A Educação de Jovens e Adultos não só está diretamente ligada ao
desenvolvimento material do mundo e interesses de classe, mas também tem um
papel político transformador social, uma práxis libertadora capaz de uma mudança
de mentalidade.
O educando desta modalidade de ensino carece de uma visão da
realidade social que somente a educação crítica, reflexiva capaz de promover a
desmistificação do eu no mundo para o mundo através de um processo educacional,
político e ético destinado a tornar o cidadão cada vez mais apto a ter a própria
opinião, a expressá-la e a fazê-la de uma maneira condizente com o bem comum.
Esse tipo de educação possibilita a compreensão da realidade histórica-
social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma
realidade, onde há uma valorização da escola como espaço social responsável pela
apropriação do saber universal;
A socialização do saber elaborado às camadas populares, entendendo a
apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de
compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a
transformação desta realidade.
Segundo as diretrizes curriculares estaduais da EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora e a compreensão de
que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste
busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo
43
homem, significa também contemplar na organização curricular, as reflexões sobre
a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização
dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando
os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho,
face à diversidade das sua características.
2.6. Inclusão:
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com deficiência.
Considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos,
deve-se priorizar ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a
permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam alguma deficiência.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover
barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO,
2001.).
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também,
de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando
o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo
igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
44
2.7. Avaliação:
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A organização e elaboração do plano de trabalho docente, planejamento
curricular, plano de trabalho interdisciplinar e critérios de avaliação adotados pelo
CEEBJA/Pguá. seguem as diretrizes curriculares estaduais da EJA, cuja
construção da concepção, execução e avaliação estão contempladas na Proposta-
Pedagógica Curricular do CEEBJA de Pguá, a qual foi elaborada com a participação
de todos os segmentos da comunidade escolar.
2.8. Processos de Avaliação, Classificação e Promoção:
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola
do educando;
45
permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
03 - MARCO OPERACIONAL
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina conforme a matriz
curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-
aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações
que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação
formal, como durante o atual processo de escolarização poderá ser encaminhado
para uma Avaliação por Disciplina.
3.1. Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas:
As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa.
Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas
e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de
ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do
professor, conforme descrito no regimento escolar.
A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero);
Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), de acordo com a Resolução n. º 3794/04 – SEED. O educando deverá atingir,
pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual.
Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais alunos a
46
recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos
conhecimentos.
Para a participação na Avaliação por Disciplina, o educando, deverá ter
cursado no mínimo 60% da carga horária total da disciplina, com 75% de freqüência
ou mais; e ainda, ter 50% (cinqüenta por cento) dos registros de nota das
Avaliações Processuais da disciplina e média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero) do total de registros, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
Na Avaliação o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula
zero).
Pra os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a
média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais,
devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero).
Para os educandos que participarem da Avaliação por Disciplina e
obtiverem êxito, a média final corresponderá à média aritmética entre as
avaliações processuais e a nota da Avaliação por Disciplina.
O resultado da Avaliação por Disciplina do educando deverá ser registrado
em ata, assinada pelo diretor, pela equipe pedagógica, pelo professor da disciplina e
pelo educando, devendo ser arquivada na pasta individual do mesmo, juntamente
com a prova correspondente a esta Avaliação.
Para o educando que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) na avaliação
por disciplina, à nota obtida nessa avaliação não será considerada para fins de
composição da média final. Este educando deverá cursar a carga horária restante
da disciplina e efetuar as avaliações processuais restantes, até completar 100%,
não tendo direito a uma segunda participação na Avaliação por Disciplina.
Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando.
O educando com deficiência será avaliado não por seus limites, mas
pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.
47
3.2. Recuperação de Estudos:
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. Os alunos
precisam atingir no mínimo a média 6.0 por disciplina, quando são avaliados.
Quando tal resultado não é alcançado são recuperados nos conteúdos em que se
encontram defasados tantas vezes quantas se fizerem necessárias até que em uma
nova avaliação atinjam a média obrigatória, pois nessa modalidade de ensino não
ocorre a reprovação.
3.3. Aproveitamento de Estudos:
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito
equivalente às disciplinas ofertadas neste Estabelecimento Escolar, amparado pela
legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
Só poderá ser requerido o aproveitamento integral de estudos de disciplinas
concluídas com êxito por meio de Cursos Organizados por disciplina (mediante
documentos comprobatórios de conclusão das mesmas), ou por eliminação de
disciplinas através dos Exames Supletivos.
48
Para o Ensino Fundamental Fase-II e Ensino Médio, o aproveitamento de
estudos de série e de período (s), etapa (s), semestre (s) concluídos com êxito,
equivalente (s) a conclusão de uma série do Ensino Regular, será de 25% da carga
horária total de cada disciplina.
A última série, período, etapa, semestre, de cada nível de ensino, não será
aproveitada.
O aluno recebido por transferência deverá cursar a carga horária restante de
todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter a quantidade de
registros de nota conforme regulamentado no Regimento Escolar.
3.4. Classificação de Estudos:
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará
o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
3.4.1. Classificação por transferência:
Para os educandos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior,
com os estudos organizados por disciplinas, sempre levando em conta sua
experiência e nível de aprendizagem.
3.4.2. Processo de Classificação:
O Processo de Classificação iniciará com uma avaliação diagnóstica
realizada pelo professor da disciplina e posteriormente pela Equipe Pedagógica.
Sendo o aluno considerado apto é comunicado pela Equipe Pedagógica a
respeito do processo a ser iniciado.
A Direção da escola nomeará então uma “Comissão” de 03 (três) professores
e/ou especialistas, que procederão à análise e darão parecer conclusivo.
Na finalização do processo serão arquivados atas, provas, trabalhos ou
outros instrumentos utilizados e os resultados são registrados no histórico escolar
do aluno.
49
O processo de classificação poderá posicionar o educando para matrícula na
disciplina, da seguinte forma:
Ensino Fundamental – Fase II: 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária
total de cada disciplina.
Ensino Médio: 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina,
conforme as tabelas elaboradas de acordo com as Matrizes Curriculares
implantadas em 2007 (em anexo).
3.4.3. Total da carga horária – do total da carga horária restante da disciplina na
qual o educando foi classificado, é OBRIGATÓRIA a freqüência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento) na organização coletiva e de 100% (cem por cento) na
organização individual.
Classificação com êxito de 100% - na classificação com êxito de 100% do total
da carga horária, em TODAS as disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o
educando está apto a REALIZAR MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO MÉDIO, NO
MESMO ESTABELECIMENTO. Em caso de transferência, esta só poderá ser
expedida após o educando ter concluído, no mínimo, 02 (duas) disciplinas do
Ensino Médio e obtido, no mínimo, 01 (um) registro de nota e freqüência nas
demais disciplinas matriculadas.
3.5. Reclassificação de Estudos - o educando que tiver cursado, no mínimo, 25%
(vinte e cinco por cento) do total da carga horária estipulada para cada disciplina,
exceto para o Ensino Fundamental – Fase I.
3.5.1. Critérios para reclassificação:
• Após ser submetido ao processo de reclassificação, o educando deverá
cursar ainda 50% (cinqüenta por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento) da
carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II ou do
50
Ensino Médio, conforme as tabelas elaboradas de acordo com as Matrizes
Curriculares implantadas em 2007 (em anexo).
Não é permitida a reclassificação para a disciplina de Ensino Religioso.
3.5.2. Formas de Atendimento:
O regime escolar neste estabelecimento de ensino será oferecido de forma
presencial coletiva e individual, conforme as condições e disponibilidade de tempo
do educando.
3.6. AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS (APED.S):
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o
regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
3.7. Freqüência:
A freqüência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária
prevista para cada disciplina, na organização coletiva e 100% na organização
individual, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Tanto no Ensino Fundamental – Fase II como no Ensino Médio, considerar-se-
á 100% da carga horária total estabelecida, conforme determinação do DET / SEED.
3.8. Matrícula:
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos o educando deverá apresentar:
51
a) A idade para ingresso, de acordo com a legislação vigente;
b) comprovação de escolaridade anterior;
O estabelecimento de ensino respeitará a instrução própria de matrícula
expedida pela mantenedora.
Cabe ao estabelecimento de ensino assegurar a matrícula para pessoas com
deficiência.
O educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente.
No ato da matrícula para o Ensino Fundamental – Fase II o educando deverá
auto-declarar seu pertencimento étnico-racial e pela freqüência ou não da disciplina
de Ensino Religioso.
Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por
meio de cursos organizados por disciplina ou de exames supletivos, apresentando
comprovação de conclusão da mesma.
O educando, oriundo de formas de organização de ensino diferentes da
ofertada neste Estabelecimento, que não comprovar conclusão de disciplina(s),
poderá: ser matriculado para cursar 100% (cem por cento) da carga horária total da
disciplina ou participar do processo de classificação ou ainda, de reclassificação
após ter cumprido 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total da disciplina.
Os conhecimentos adquiridos por meios informais pelos jovens, adultos e
idosos, que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; que está
há muitos anos sem participar dos processos de escolarização formal/escolar, ou
que não possuírem comprovante de escolaridade, poderão ser aferidos por
procedimentos de classificação, definidos neste regimento escolar.
Os educandos inseridos no processo de escolarização formal/escolar,
recebidos por transferência, deverão realizar matrícula inicial em até quatro
disciplinas, podendo participar dos processos de reclassificação – depois de
cursado 25% da carga horária total de cada disciplina.
Será considerado desistente, o educando que se ausentar por 02 (dois)
meses ou mais, devendo, para continuidade de seus estudos, efetuar nova
matrícula.
52
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo e/ou pelos Agentes Educacionais
II, sobre: a organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários,
calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens:
• a organização dos cursos;
• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;
• a dinâmica de atendimento ao educando;
• a duração e a carga horária das disciplinas;
• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• o material de apoio didático;
• as sugestões bibliográficas para consulta;
• a avaliação;
• outras informações necessárias.
3.9. Plano de Avaliação Institucional do Curso:
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que
esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as
qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas
educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da
gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004,
p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a
todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o
acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o
compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
53
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da
educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a
reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e
impactos positivos à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular,
abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos,
ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores
dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os
sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores,
educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e
demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a
equipe do Departamento do Trabalho e dos respectivos NRE’s.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente
aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem
como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão
e as mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares
Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis
pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,
considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da
cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação
institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a
reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de
colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as
diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como
as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da
modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma
semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do
Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de
54
conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico-
curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”, “Cada escola
deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica,
única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço
de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar
conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence”. (SEED,
2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da
Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens,
adultos e idosos.
No ano de 2008 foi realizado em todos os cursos de EJA existentes no
Estado do Paraná a Avaliação Institucional enviada pela SEED para ser efetivada a
renovação de autorização e reconhecimento dessa modalidade de ensino.
Participaram do processo da Avaliação Institucional os professores, alunos e
demais funcionários discutindo e respondendo posteriormente os questionários
recebidos. Após o término os trabalhos foram enviados à SEED .
3.10. Formação Continuada dos professores e funcionários:
A Proposta de Formação Continuada dos professores e funcionários do
CEEBJA será organizada de acordo com o calendário de cursos e eventos
elaborado pela Secretaria de Estado da Educação para o ano letivo de 2010,
conforme já vinha ocorrendo no ano letivo de 2009.
Os cursos de Formação Continuada para professores e funcionários
observam em seu conteúdo:
• uma reflexão crítica da prática pedagógica realizada na escola, bem como
das ações desenvolvidas por todos os integrantes do contexto escolar;
55
• os saberes necessários à prática educativa;
• enfoque à diversidade cultural e às desigualdades sociais;
• leitura e acompanhamento dos marcos situacional, conceitual e operacional
do Projeto Político – Pedagógico como forma de acompanhamento de sua
implementação no dia-a-dia escolar através da prática pedagógica diária da
comunidade escolar;
• grupos de estudo;
• palestras.
• Participação do GTR – Grupo de Trabalho em Rede.
Todos os cursos de formação continuada são amplamente divulgados no
CEEBJA e os professores são sempre estimulados a participar, para que possam
inovar suas práticas educativas e enriquecê-las com o novo conhecimento
adquirido. O CEEBJA se faz representar nos Grupos de Trabalho Docente do PDE e
nos Grupos de Estudo na modalidade ED e GTR.
3.11. Oficinas
As oficinas de Física, Química, Biologia e Matemática são realizadas através de exposições (Feira do Conhecimento) na Semana Cultural com os trabalhos realizados pelos alunos através de um tema selecionado pelo professor durante o 1º semestre. Os alunos participam ativamente junto com os professores das referidas disciplinas na preparação, seleção dos trabalhos, organização das oficinas e também na exposição oral dos temas escolhidos. 3.12. Projetos O CEEBJA é uma instituição aberta, acolhedora, democrática, comprometida com as questões comunitárias e por isso os Projetos que são realizados vão de encontro a realidade e necessidades dos nossos alunos e a comunidade na qual estão inseridos, sendo assim de muita importância. Outro aspecto relevante de trabalharmos com esses projetos é a questão da interdisciplinaridade, integrando todas as disciplinas. A troca de experiências e a possibilidade de articular teoria e prática nos leva a conclusão que trabalhar com Projetos é muito enriquecedor para todos os envolvidos.
56
3.13. Transferência do CEEBJA
O Diretor do CEEBJA Prof. Fernando Weiss não tem medido esforços na
tentativa de tentar solucionar o problema de espaço físico da escola,que por esse
motivo utiliza no período noturno algumas salas da Escola Municipal Manoel Viana.
Tem buscado auxílio junto ao NRE de Paranaguá, realizado inúmeras ligações para a SUDE em Curitiba para verificar a possibilidade de transferência do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos para um prédio maior pertencente ao Governo do Estado situado a Rua Marechal Deodoro nº 162, mas que atualmente está ocupado pelas Secretarias Municipais do Emprego e Trabalho e de Assistência Social. Vários documentos que estão arquivados na escola comprovam o empenho e a dedicação da Direção nas inúmeras tentativas para solucionar este problema, inclusive o Processo que está protocolado sob o Nº 10.00011-3, mas até o momento a expectativa permanece.
57
04. Bibliografia:
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 005/98 –CEE.
- Deliberação 008/00 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
- Constituição Brasileira – Artigo 205.
-Parecer Nº626/08-CEE
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. Mimeog
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.
58
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.
LDBEN nº 9394/96.
- Decreto 2494/98 da Presidência da República.
- Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Parâmetros Curriculares Nacionais: 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
59
ANEXOS
ANEXO I – Calendário Escolar
ANEXO II – Ata do Conselho Escolar
ANEXO III – Projetos
ANEXO IV – Plano de Ação
60
61
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS - PARANAGUÁ
Calendário Escolar – 2010.
JANEIRO: Férias. FEVEREIRO: 15 dias letivos. MARÇO: 23 dias.
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 7 8 9 10 11 12 1310 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 14 15 16 17 18 19 2017 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131
1: Dia Internacional da Paz 16: Carnaval / 15 e 17: Recesso
ABRIL: 20 dias letivos. MAIO: 21 dias letivos. JUNHO: 21
dias letivos.
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 1 1 2 3 4 5
4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 1211 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 1918 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2623 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 302: Paixão de Cristo21: Tiradentes
1: Dia do Trabalho7: Reunião Pedagógica
3: Corpus Christi8: OBMEP -2ª fase
JULHO: 12 dias letivos. AGOSTO: 15 dias. SETEMBRO: 21 dias letivos.D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 1111 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 1818 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30
23: Replanejamento
7: Independência do Brasil11 obmep – 2ª fase24: Reunião Pedagógica
OUTUBRO: 19 dias. NOVEMBRO: 20 dias. DEZEMBRO: 16 dias.D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10 1110 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 22 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2523 24 25 26 27 28 29 28 29 30 16 27 28 29 30 317: Dia de N. S. Rosário11: Dia do Professor12: Dia N.Sª.Aparecida
2: Finados15: Proclamação da República16: Reunião Pedagógica20: Dia Nac. da Consciência Negra
Início e Término
Planejamento Replanejamento
Reunião Pedagógica
Férias
Feriados
Recesso Forma
ção
Continuada
Dia Nacional daConsciência Negra
(Dia letivo)
Semana Cultural
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Dias letivos Férias discentes Férias / Recessos / Docente1º. Semestre 112 dias Janeiro / Férias 31 dias Janeiro / Férias 31 dias2º. Semestre 90 dias Fevereiro 07 dias Jan/Fev/Recessos 2 diasSubtotal 202 dias Julho/Agosto 30 dias Julho/agosto 27 diasReuniões Pedagógicas O3 dias Dezembro 09 dias Dezembro/Recessos 09 diasNRE Itinerante 02 dias Total 77 dias Outros recessos
Total 197 dias Total: 69 dias
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ANEXO IIIPROJETO: CULTURA AFRO-BRASILEIRA e INDÍGENA
Tema: Cultura Afro-Brasileira e Indígena
Duração do Projeto: ano de 2010
Abrangência: Alunos do Ensino Fundamental e Médio
Justificativa: Resgate e valorização da cultura afro-brasileira e indígena, rompendo com o modelo vigente na sociedade brasileira, garantindo a cidadania e a igualdade racial. A lei em si não basta, é preciso que modificamos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessas culturas e fazendo acontecer mudanças.
Objetivo Geral:Despertar o interesse dos alunos pela História e Cultura dos povos Africanos e Indígenas buscando reparar danos à sua identidade e a seus direitos e levá-los a construção de uma sociedade mais justa, sem distorções sobre a História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena educando-os enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriética, capazes de construir uma nação democrática.
Objetivos Específicos:Respeitar e compreender os diferentes modo de ser, viver, conviver e pensar;Discutir as relações étnicas no Brasil, e analisar a perversidade da chamada “democracia racial”Situar histórica e socialmente as produções de origem e/ou influência africaname indígena, no Brasil, e propor instrumentos para que sejam analisadas e criticamente valorizadas.Identificar as regiões de procedência dos povos africanos que vieram para o Brasil como mão-de-obra escrava;Identificar a influência desses povos na nossa cultura através das danças (expressão corporal), expressões idiomáticas, religião (sincretismo) e culinária;Compreender o papel fundamental do conhecimento técnico trazido pelos africanos e indígenas para o desenvolvimento da economia colonial brasileira;
Metodologia:Através de pesquisas bibliográficas, on-line(internet), projeção de filmes, pesquisa e análise de letras de músicas relacionados à temática africana e indígena, orientadas por professores, exposição de cartazes, artesanato, maquetes, montar gráficos com resultados de pesquisas, trabalhos de arte sobre a influência da cultura africanae indígena: máscaras, colagem, folclore, danças, culinárias e costumes, uso de revista, jornais, livros paradidáticos,elaboração de textos, teatro...
AvaliaçãoA avaliação será continua mediante a realização de trabalhos e apresentações em sala de aula
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PROJETO: SEMANA DO MEIO-AMBIENTE
Tema: Preservação do Meio-Ambiente
Duração do Projeto: Semana – 01/06 a 05/06
Justificativa: Incentivar a busca do conhecimento através de ações sobre educação ambiental.
Objetivos: Promover com o aluno um maior conhecimento sobre a preservação e conservação ambiental a fim de torná-los multiplicadores na comunidade, alertando-a sobre a importância de preservação do meio ambiente, através de atividades culturais com conteúdo voltado para a educação ambiental.Sensibilizar os alunos para debater as contribuições e soluções para os problemas relacionados.Pesquisar os problemas ambientais de sua cidade.Alertar os alunos sobre a importância de preservar o meio-ambiente.
Objetivos Específicos:• Ampliar a consciência ambiental, quanto à reponsabilidade de preservação dos
recursos naturais de nosso meio.• Propiciar informações educativas.• Fomentar iniciativas para a preservação do meio ambiente.
Metodologia:• O processo de seleção natural está aumentando cada vez mais devido a
fatores praticados pelo homem como desmatamento, urbanização, poluição da natureza... As pessoas precisam dar valor para o ecossistema do qual fazem parte e valorizar sua própria qualidade de vida e de seus futuros filhos e netos. Se nada for feito no futuro faltará água potável; terras livres de poluentes para a agricultura serão difíceis de encontrar, os animais pertencentes à cadeia alimentar humana se extinguirão e a vida na terra estará ameaçada. Esse projeto visa incentivar iniciativas para a preservação do meio-ambiente, levar informações a cerca das responsabilidades de cada um diante da natureza e cada um pode pode cumprir com o seu papel de cidadão, não jogando lixo nas ruas , separando o lixo, usando menos produtos descartáveis e evitando sair de carro todos os dias. Se cada um fizer a sua parte o mundo será transformado e as gerações futuras viverão sem riscos. Inicialmente será desenvolvida a pesquisa e os estudos teóricos sobre o assunto; planejamento das atividades, levantamento bibliográficos, debates, troca de experiências, troca de ideias, registros de problemas que possam ser estudados, relatos de experiências, elaboração de textos, exposição de cartazes, dramatizações, mural, maquetes...
• Avaliação: Os alunos foram avaliados durante todo o processo. A metodologia aqui descrita foi desenvolvida em todas as materias, culminando com o dia mundial do meio-ambiente.
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PROJETO: SEMANA CULTURAL
A Semana Cultural está inserida como um dos eventos mais expressivos do calendário escolar. Tem como marco a integração entre alunos, professores e comunidade. A Semana Cultural difunde a cultura, a integração entre alunos e o estímulo à criatividade.
Duração do Projeto: A Semana Cultural é um evento que acontece no final de setembro.
OBJETIVO:Valorizar e manter viva a diversidade cultural conscientizando os alunos sobre a importância de valorizar as manifestações socioculturais, além de promover momentos de integração na escola, enriquecendo o conhecimento dos alunos.
Objetivos Específicos:- Participar de várias situações de comunicação oral, para interagir e
expressar-se através da linguagem oral. (Português)- Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando
gestos e ritmo corporal através da dança e demais situações de interação. (Artes) - (dança/teatro)
- Conhecer a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferentes culturas, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais. (História)
- Incentivar o respeito ao corpo e aos sentimentos. (Ciências)- Oportunizar aos alunos o conhecimento e a vivência de diferentes formas de
movimento. (Ed. Física)- Conscientizar pais, alunos, professores e a comunidade em geral quanto a
importância da inclusão com o fim de promover humanização e efetiva interação junto a sociedade. (Libras)
- Capacitar o aluno, através de suas atividades, a adquirir e desenvolver os conhecimentos atualizados que lhe permitam interagir no mundo que o cerca. (Matemática)
- Conscientizar quanto as consequências que a Dependência Química causa na família, no trabalho e na vida social.(Química)
- Capacitar para a compreensão crítico-reflexiva dos valores, visando o exercício do agir ético. (Filosofia)
- Fornecer uma introdução geral à Sociologia, mostrando como as abordagens científicas e humanistas da realidade contrapõem-se ao senso comum. (Sociologia)
- Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de informação de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens. (Geografia)
- Tratar das propriedades das substâncias e questões ambientais (reciclagem do lixo/saneamento básico...) de uma forma construtiva, utilizando elementos
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e conhecimentos científicos e tecnólogicos para diagnosticar questões sociais e ambientais. (Biologia)
- Investigar as possibilidades e os limites de uma experiência de ensino-aprendizagem.(Física)
- Usar o vocabulário aprendido, ler textos, cantar músicas em Inglês.
Justificativa:Esse projeto permite, que o conteúdo desenvolva-se como uma unidade de conhecimento através da diversidade cultural de várias sociedades. Os trabalhos serão relacionados a outros povos e culturas e trazem atividades de trabalhos manuais, organização de murais pesquisa e exposição das atividades confeccionadas.
Metodologiad) Leitura e criação de haicais;e) elaboração de um livro com haicais;f) oficina de máscaras;g) aula de aeróbica, yoga, alongamente e automassagem;h) exposição de trabalhos;i) exposição de cartazes;j) teatro;k) oficina de artesanato;l) trabalhos em mosaico;m) histórias em quadrinhos;n) poesias;o) oficina de reciclagem;
Avaliação:Serão atribuídas notas diferenciadas de acordo com a avaliação do professor responsável considerando o desempenho da equipe e do aluno na preparação dos trabalhos e no dia da apresentação.
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PROJETO: SHOW DE TALENTOS
Tema: Show de Talentos
Série a que se destina: Ensinos fundamentais e médios.
Duração: Dois meses, entre a divulgação do evento até a noite da apresentação.
Justificativa: O professor, como agente transformador, tem participação efetiva e decisiva na formação de seus alunos, nesse caso, no resgate de sua auto-estima, justificando assim uma intervenção no desenvolvimento de uma visão mais positiva dos aspectos cognitivos, afetivos e sociais.O Show de Talentos oportuniza aos alunos momentos de descontração, superação, desenvoltura e reconhecimento de suas potencialidades; por isso ele é tão importante e contribui de forma significativa no desenvolvimento humano.
Objetivo:O principal objetivo da educação é o desenvolvimento pleno da pessoa e, para sua satisfação, é fundamental trabalhar sua auto-imagem e a valorização que tem de si mesmo.A proposta desse trabalho é de contribuir através da expressão corporal, seja na forma de dança, canto, poesia, teatro, para a formação de um cidadão consciente de suas capacidades, auto-confiante, criativo e feliz.
Metodologia:Inicialmente os alunos são informados sobre a realização de um show de talentos através de alguns cartazes espalhados pela escola. Esses cartazes são motivadores e desafiadores, despertando no aluno o desejo de participar. No momento seguinte eles são convidados a participar e mostrar, perante e seus familiares, seus talentos como: elaboração de desenhos, de poesias, canto, dança, representação teatral, execução de instrumentos musicais.Após as inscrições, ensaios são organizados e dentro das possibilidades, os alunos são ajudados, orientados e apoiados pelos professores.Definida a data da apresentação, toda a comunidade escolar é convidada.Na noite da apresentação, o local do evento é preparado com som, luzes, decoração especial e organização dos lugares.A apresentação segue um cronograma previamente definido.Os professores também são convidados a participar.
Avaliação:Por se tratar de uma atividade extra classe, serão avaliados aspectos como participação, disciplina, solidariedade, autonomia, organização e responsabilidade, onde o maior prêmio é a alegria, a descontração e a vivência harmoniosa em sociedade.
PROJETO: CANTATA DE NATAL
Tema: Cantata de Natal
Duração do Projeto: Um mês e quinze dias - novembro e dezembro.
Justificativa: O Natal vem aí, de novo. Todos o celebram. É preciso celebrá-lo, para que ele venha alentar a nossa esperança, garantir-nos dias melhores e mais felizes. Milhões e milhões de votos de Feliz Natal começam a ecoar e se espalhar por toda a parte. Mas, é preciso entender o sentido profundo do natal. Natal é a festa do amor de Deus para conosco. Amor que desce, se humilha, se aniquila, para elevar, enobrecer e salvar a humanidade. É preciso adentrar neste mistério imenso de amor. Não ficar apenas na superfície. Para que se torne realidade a felicidade que o Natal, vem oferecendo a todos. Imbuídos deste espírito o CEEBJA, todos os anos, oportuniza a comunidade com a Cantata de Natal.
Objetivo Geral:Despertar o espírito natalino e promover a socialização e integração entre os participantes com a sociedade.
MetodologiaDepois de informados da realização da Cantata, alunos e professores inscrevem-se para participar, escolhidos os componentes do coral seleciona-se o repertório, começam os ensaios a todo vapor e a maioria dos alunos mesmo enfrentando a rotina diária de trabalho durante o dia, no período da noite esquece até mesmo o cansaço físico e as lutas do dia a dia e se envolvem por inteiro neste evento. A decoração do prédio fica a cargo dos professores com a colaboração dos alunos, que a cada ano tem a oportunidade de criarem uma decoração cada vez mais bonita. Também participam do coral os alunos deficientes auditivos e interpretes de nossa escola, mostrando que a inclusão faz parte do processo de construção de uma nova sociedade, onde todas as pessoas possam viver e participar ativamente das atividades sociais.Num ritmo afinado e contagiante os participantes do coral cantam oito músicas que ressaltam o espírito de Natal.A apresentação do coral dura em torno de uma hora, levando aos presentes uma reflexão e remetendo a todos momentos mágicos, que terão continuidade neste ano. A culminância do espetáculo se dá com show pirotécnico.
Avaliação:Uma atividade extra-classe, onde será avaliada a participação, o espírito de grupo, responsabilidade nos ensaios, solidariedade e disciplina.
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SEXUALIDADE E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Sexualidade não é só sexo. A sexualidade se desenvolve ao longo da vida. Encontra-se marcada pela cultura, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se com singularidade em cada sujeito. Falar de sexualidade é, ao mesmo tempo, falar do individual e do cultural: crenças, valores, emoções. Sexualidade tem a ver com desejo, busca de prazer inerente a todo ser humano.
É uma forma de expressão, comunicação e afeto. Sexualidade se expressa a todo momento, em cada gesto, atitude e comportamento. Essas experiências nos fazem amadurecer e nos enriquecem, preparando-nos para o encontro com o outro, para a intimidade e o vínculo afetivo.
As mudanças comportamentais dos jovens no contexto social atual e o desconhecimento que eles apresentam em assuntos relacionados à sexualidade; a idéia de que as DSTs/AIDS estão associadas apenas aos homossexuais masculinos, usuários de drogas e prostitutas; a gravidez precoce, mostram a necessidade de se trabalhar junto à comunidade escolar à fim de que ela tenha acesso a informação, educação e promoção da saúde, principalmente porque o jovem acredita que as coisas acontecem com os outros mas não com ele.
Podemos observar que o comportamento sexual hoje é diferente do passado e segundo vários autores estudados, a transformação dos padrões de relacionamento sexual ocorrerá se essa educação for uma prática de autonomia entendida como desenvolvimento de atitudes e valores próprios e da consciência de que cada um pode e deve fazer escolhas pessoais e responder por elas. Dessa forma, a orientação sexual deve ser um momento de instrumentalização para a vida sexual e não apenas discorrer sobre itens de comportamentos preventivos.
OBJETIVO GERAL
Conscientização dos alunos quanto à sexualidade, à importância dos cuidados que se deve ter com relação a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez na adolescência.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Que os alunos possam:
- Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à sexualidade, reconhecendo e respeitando as diferentes formas de atração sexual e o seu direito à expressão, garantida a dignidade do ser humano;
- Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir prazer sexual;
- Identificar e repensar tabus e preconceitos referente à sexualidade, evitando comportamentos discriminatórios e intolerantes e analisando criticamente os estereótipos;
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- Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimento e desejos do outro;
- Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
- Agir de modo solidário aos portadores do HIV e de modo propositivo em ações públicas voltadas para prevenção e tratamento das DSTs/AIDS;
- Reconhecer as conseqüências enfrentadas pelas adolescentes com uma gravidez não desejada e do plano médico, psicológico, social e econômico;
- Reconhecer a eficácia da camisinha, tabelinha, anovulatório e a necessidade do sexo seguro;
TEMAS DESENVOLVIDOS
Fatores que interferem na sexualidade humana: - Discussão sobre os estereótipos; mudanças físicas; mudanças psicossociais como o amadurecimento emocional, social, o desenvolvimento intelectual e moral e o contexto social atual.
Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino: (a reprodução, fecundação, menstruação, a gravidez).
METODOLOGIA
▪ Exposição dialogada▪ Relatos de experiências▪ Vídeos▪ Bibliografias▪ Dinâmicas de grupo▪ Leitura de textos específicos▪ Mensagens▪ Debates▪ Reflexão▪ Folders sobre violência sexual infanto-juvenil e violência domestica intra-familiar.
AVALIAÇÃO
Escrita, individual e em grupo; Em grupo através das discussões e colocações sobre cada tema; Participação geral, através da observação e participação dos alunos envolvidos e diálogos integrados entre a equipe escolar e sua influência no cotidiano.
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