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PROJETO PRÊMIO POR INOVAÇÃO E QUALIDADE
1 – Identificação
Título
Um Estímulo a Participação Popular no Controle da Esquistossomose em uma ESF da Zona Rural de Ilhéus.
Área temática
Comunicação, Promoção e Educação em Saúde
Chefia Imediata ou Gestor Municipal
Mychella Goes
2 – Composição da Equipe Executora
3 – Justificativa: Descrição da necessidade (s) e do(s) problema (as) a ser (em) enfrentado(s).
Programas regionais e nacionais têm sido postos em prática em vários países onde as esquistossomoses são endêmicas. Estes programas são caracterizados por medidas específicas de controle e, mais recentemente, tentativas no sentido de integrar estas medidas. Em alguns programas, existe a tentativa de incorporar obras de saneamento básico, contemplando ainda ações educacionais e a participação comunitária, ou mencionando a integração com os serviços locais de saúde. Infelizmente as ações de controle destes programas têm sido, na sua maioria, verticalizadas, não sendo avaliadas em toda a sua extensão. Este assunto é discutido com algum detalhe em publicação recente (Barbosa & Coimbra, 1992). O presente projeto representa uma proposta alternativa e inovadora aos atuais programas de controle e é, antes de tudo, um trabalho de pesquisa controlado e executado em uma área limitada, situada na localidade de Sambaituba, zona rural do município de Ilhéus, BA, para que o mesmo possa ser avaliado em comparação com outras áreas deste município, sujeitas a medidas clássicas de controle (Barbosa, 1991).
Nome Setor/ Município Função no Projeto
Carlos Rodrigues Filho Ilhéus Autor/Executor
Ricardo Toledo Ferraz Ilhéus Autor/Executor
Elenilse Maria de Jesus Ilhéus Autor/Executor
O desafio é tornar esta proposta viável com racionalidade operacional do ponto de vista da prestação de serviços. De fato, o que se observa é a hegemonia clínica nos serviços de saúde em detrimento do desenvolvimento de abordagens preventivistas e, no caso da esquistossomose, de uma abordagem ecológica, visto que sua transmissão é essencialmente definida por uma relação ecológica na sua estrutura epidemiológica de transmissão. A esquistossomose está presente em 271 dos 417 municípios baianos. A Bahia é o estado com a se-gunda maior área endêmica, com registro da doença em todas as regiões do estado. A prevalência média do estado em 2002 foi 5,2% em 276.973 pessoas examinadas. A média anual de internação por esquistossomose, no período 2001-2005, foi de 165,8 (houve redução da taxa de internação por cem mil
habitantes, de 1,38 em 2001 para 1,20 em 2005). O número médio de óbitos, no período 1999-2003, foi de 40,2 (houve redução na taxa de mortalidade por 100 mil hab. de 0,36 em 1999 para 0,26 em 2003). Segundo o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, Relatório de Situação da Bahia, Brasília/DF 2006. Saiu recentemente uma reportagem no jornal A Tarde on line dizendo que o município de Ilhéus, com cerca de 200 mil habitantes, registrou em 2008, 74 casos de esquistossomose, o que representa um índice de 33,6 casos a cada 100 mil pessoas. A ocorrência da doença mostrou-se elevada quando comparada com o índice de 2,34 casos/100 mil habitantes registrados no mesmo período em Salvador, que tem população de 2,9 milhões de pessoas. Sua concentração ocorria em 13 comunidades ribeirinhas, que somariam pouco mais de 60 mil habitantes, sendo que Sambaituba apresentou o maior índice, com 29
casos e Aritaguá com seis casos. A esquistossomose humana é provocada pela contaminação do homem pelo verme Schistosoma mansoni, através do caramujo da espécie Biophalaria glabrata. (Vide Anexo 1) Os caramujos (vetores da doença) têm demonstrado possuir pelo menos dois mecanismos de escape contra moluscicidas (Paraense ET al., 1954; Jubert & Cunha, 1995), conseguindo repovoar o ambiente em apenas três meses (Coura-Filho ET al., 1992a). O controle biológico desses hospedeiros com parasitas, predadores e competidores apesar de apresentar resultados satisfatórios em laboratório tem falhado no campo. CICLO DA ESQUISTOSSOMOSE (Vide Anexo 2)
O ciclo de evolução da esquistossomose começa quando as fezes de algum enfermo entram em contato
com a água - por dia o homem pode liberar até 30 mil ovos. Logo, a água rompe os ovos, e as larvas
(miracídios) saem e entram no caramujo. Após 40 dias, o caramujo libera milhares de larvas chamadas
cercárias, que podem penetrar no homem e retornar ao ciclo através das fezes.
SINTOMAS DA DOENÇA
A esquistossomose em fase aguda pode causar febre, dor de cabeça, calafrios, fraqueza, falta de apetite,
dor muscular, tosse e diarréia. O fígado e o baço podem aumentar devido às inflamações causadas pela
presença do verme e de seus ovos. O doente sente tonturas, coceira no ânus, palpitações, impotência,
emagrecimento e aumento e endurecimento do fígado. Nessa fase, a barriga do doente aumenta de
tamanho, o que dá à esquistossomose o nome popular de barriga d'água.
CAUSAS DA DOENÇA
A precariedade no saneamento básico e a falta de conscientização são as principais causas dos inúmeros casos da patologia na região. Por isso acreditamos que uma das formas de combate é justamente a informação. Segundo Freire, a capacitação técnica é mais do que treinamento, porque é busca de conhecimento, é apropriação de procedimentos. Daí observa-se que o trabalho pautado em bases educativas acarreta em resultados positivos e mais consistentes. Seguindo esta filosofia, nosso projeto pretende trabalhar principalmente com a capacitação da equipe e educação da comunidade, buscando transformar os moradores da região em cidadãos proativos e atuantes no processo de erradicação das doenças contagiosas, pois sabemos que a falta de conhecimento é um dos fatores relacionados à persistência de doenças infecciosas no Brasil.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico é feito mediante a realização do exame parasitológico de fezes, preferencialmente através
do método Kato-Katz. Este método permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes,
fornecendo um indicador seguro para se avaliar a intensidade da infecção e a eficácia do tratamento. O
teste da reação em cadeia da polimerase (e os testes sorológicos possuem sensibilidade ou especificidade
suficiente e seriam úteis principalmente em áreas de baixa prevalência da doença, ou em pacientes com
baixa parasitemia e/ou imunodeprimidos, a exemplo da AIDS, mas não estão disponíveis na rotina. A
ultra-sonografia hepática é de auxílio no diagnóstico da fibrose hepática. A biópsia retal ou hepática,
apesar de não indicada para utilização na rotina, pode ser útil em casos suspeitos, na presença de exame
parasitológico de fezes negativo.
TRATAMENTO
A importância do tratamento reside não só no fato de curar a doença ou diminuir a carga parasitária dos
pacientes, bem como impedir sua evolução para formas graves. Existem duas drogas disponíveis para o
tratamento da esquistossomose mansônica: oxamniquine e praziquantel. Os dois medicamentos se
equivalem quanto à eficácia e segurança. Atualmente, o praziquantel é a droga de escolha, em função do
menor custo/tratamento. A dosagem recomendada para o praziquantel é de 60mg/kg para crianças até
15 anos e 50mg/kg para adultos, ambos em dose única. O medicamento é apresentado em comprimidos
de 600mg, divisível em duas partes iguais, de modo a facilitar a adequação da dose. O oxamniquine é
recomendado na dosagem de 15mg/kg para adultos e 20mg/kg para crianças até 15 anos, ambos em dose
única. Existem duas apresentações: cápsulas de 250mg e suspensão contendo 50mg por cada ml.
4 – Caráter inovador do projeto: (identificar qual é o caráter inovador ou quais as inovações serão
conseguidas a partir da execução do seu projeto):
O modelo proposto se diferencia dos demais ao utilizar a esquistossomose como ponta-de-lança para
envolver todos os aspectos da saúde e bem-estar da comunidade. Neste projeto, o enfrentamento da
esquistossomose é visto numa perspectiva social que privilegia um fator de máxima importância para o
controle da endemia: O saber acumulado pela população local acerca do processo SAÚDE-DOENÇA e sua
compreensão do que seja a esquistossomose, em particular.
O objetivo geral do projeto é a construção de um modelo de controle da esquistossomose desenvolvido
em integração com os serviços locais de saúde e com a participação ativa da comunidade, modelo este
capaz de reduzir substancialmente os indicadores de prevalência e de incidência, bem como a intensidade
da infecção esquistossomótica na área de estudo.
O projeto propõe a integração efetiva da equipe de saúde da família com a comunidade, envolvendo
instituições oficiais e/ou privadas e a sociedade civil, através de suas organizações leigas ou religiosas. Seu
caráter inovador causará um impacto significativo no processo de trabalho da equipe de saúde da família
de Sambaituba, provocando mudanças importantes no modo de promover a saúde da comunidade.
5 – Resultados esperados:
Resultados esperados Meios para alcançar
Integração e capacitação da equipe de saúde. Palestras educativas durante a reunião de
equipe.
Levantamento epidemiológico da doença. Vigilância Epidemiológica.
Promoção e recuperação da saúde. Diagnóstico e tratamento precoce da doença.
Estreitar o vinculo equipe/comunidade. Trabalho conjunto.
6 – Metodologia (atividades propostas; “como” enfrentar o problema e quais os recursos
necessários)
Na fase de pré-controle iniciaremos os primeiros contatos com a população e as instituições locais, organizando
reuniões periódicas com a comunidade onde o projeto será discutido, uma vez que se pretende contar com a
adesão dos grupos locais organizados. Pretendendo com isto, implantar um modelo de saúde integrado,
estimulando a participação da população no desenvolvimento e avaliação dos resultados. Como estratégia de
desenvolvimento deste modelo, optou-se pelas ações de atenção primária à saúde, uma vez que as mesmas
configuram a porta de entrada dos serviços de saúde. A atuação com profissionais de nível médio, e
principalmente a ação dos ACS, é um fator facilitador deste processo, pois os mesmos desempenham um papel
fundamental na organização dos serviços e na articulação com a população, por estarem mais próximos de sua
realidade de vida. Nesta fase, realizaremos também o levantamento populacional da área, onde enfatizaremos
os aspectos demográficos e sócio-econômicos utilizando como fonte dados do SIAB e IBGE.
A fase de intervenção implica na manutenção das medidas de controle em toda a sua extensão e profundidade.
Nesta fase intensificaremos o trabalho de campo realizando busca ativa utilizando as visitas domiciliares que
sempre serão supervisionadas por um profissional de nível superior. Utilizaremos um questionário para avaliar
o grau de conhecimento da comunidade acerca da doença em questão e para conhecer o numero de casos
tratados na comunidade (Vide Anexo 3). O tratamento médico será realizado à medida que o levantamento
coprológico for se revelando positivo. Esperamos realizar exames em todos os casos suspeitos e realizar intenso
trabalho educativo nos casos confirmados. Utilizaremos uma apostila didática para facilitar o processo
educativo da comunidade (Vide Anexo 4).
Avaliação Final
Embora as avaliações sejam contínuas, os três últimos meses do projeto estão reservados para a avaliação final.
A avaliação técnica e a determinação de custos deste projeto são essenciais para a sua produtibilidade.
Dependendo da sua viabilidade, esperamos que o projeto desenvolvido na área de pesquisa possa ser estendido
gradualmente às demais áreas com risco do município, podendo o mesmo se transformar em um modelo
aplicável às demais áreas.
7 – Indicadores de acompanhamento e avaliação
Indicadores de acompanhamento e avaliação (quantitativo
e/ou qualitativo; pré-existente ou criado)
Meta do indicador proposto
(quantitativo e/ou qualitativo)
Levantamento dos casos anteriormente tratados. Atingir 100% das famílias.
Diagnostico dos casos atuais através de exames
coproscópicos.
Realizar exames em 100% dos
casos suspeitos.
Resultados esperados Meios Facilidades Dificuldades Intervenções1
Tratar 100% dos casos diagnosticados.
Exames coproscópicos. Existência de remédios suficientes.
Dificuldade de acesso na zona rural.
Solicitar transporte na SMS.
Promoção da educação em saúde.
Palestras educativas e visitas domiciliares.
Equipe motivada, coesa e integrada.
Área dispersa e de difícil locomoção.
Utilizar a estrutura do colégio para aproximar a comunidade.
8 – Análise de viabilidade
9 – Cronograma de atividades (indique as atividades previstas e o provável mês de sua conclusão).
Atividade Meses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Reuniões com a equipe e comunidade X
Treinamento dos Agentes envolvidos (Equipe e liderança local) X X X
Confecção do material didático e logística do projeto X X
Busca ativa dos casos suspeitos e coleta de material X X X X X X
Levantamento epidemiológico e avaliação do grau de conhecimento da
comunidade sobre a doença.
X X X X X X
Tratamento dos casos confirmados X X X X X X
Avaliação do trabalho X X X
Referências:
BARBOSA, FS et al., 1993.
Modelo alternativo para o controle da esquistossomose: estado atual do projeto no Estado do Espírito
Santo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 9:85-89.
CARMO, E. H. & BARRETO, M. L., 1994.
Esquistossomose mansônica no Estado da Bahia: tendências históricas e medidas de controle.
Cadernos de Saúde Pública, 10:425-439-994.
COURA, J. R., 1995.
Control of schistosomiasis in Brazil: perspectives and proposals.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 90:257-260.
COURA-FILHO, P., 1996.
Abordagens alternativas no controle da esquistossomose: buscando incluir o subjetivo na epidemiologia.
Cadernos de Saúde Pública, 12:95-101.
COURA-FILHO, P.
Participação popular no controle da esquistossomose através do Sistema Único de Saúde (SUS), em
Taquaraçu de Minas, (Minas Gerais, Brasil), entre 1985-1995: construção de um modelo alternativo.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 14(Sup. 2):111-122, 1998
RAMOS M.C. et al.
Educação, saúde e meio ambiente: O caso da esquistossomose no município de Itororó-BA.
Rev.Saúde.Com 2007; 3(2): 70-76
RIBEIRO P.J. et al.
Programa educativo em esquistossomose: modelo de abordagem metodológica
Rev Saúde Pública 2004;38(3):415-21
SANTANA V.S., TEIXEIRA M.G., SANTOS C.P., ANDRADE C.A.R.
Efetividade do programa de comunicação e educação em saúde no controle da infecção por S. mansoni em
algumas áreas do Estado da Bahia.
Rev Soc Bras Med Trop 1997;30:447-56.
Local Data Validação da FESF
Local Data Assinatura do Gestor/ Chefia Imediata
Anexo 1: Biomphalaria glabrata com cercária
Anexo 2: Ciclo Evolutivo da Esquistossomose
Anexo 3: Questionário
Questionário de Avaliação do
Programa de Educação em Esquistossomose
IDENTIFICAÇÃO
Nome: ________________________________________
N°Prontuário: ________Sexo: •Masculino •Feminino Idade: _____ anos
Estado civil: •Solteiro •Casado •Separado •Viúvo •União consensual
Grau de instrução: •Analfabeto (nenhuma)
• Primeiro grau •completo •incompleto (fundamental)
• Segundo grau •completo • incompleto (média)
• Terceiro grau •completo •incompleto (superior)
Profissão: ________________________________________________________
Endereço: ________________________________________________________
Bairro: _______________________________ CEP: ______________________
Sintomas e sinais: _________________________________________________
1. O que é esquistossomose?
a)verminose
b)gripe
c)câncer d) tipo de animal
2. A contaminação ocorre por:
a) picada de inseto
b) transfusão de sangue
c) alimentos mal lavados d) água contaminada com o verme
3. São locais em que você pode se contaminar com o verme da esquistossomose:
a) piscina •
b) praia •
c)rios, represa
d)água de vaso sanitário
4. Escolha a profissão em que a pessoa tem maior risco de se contaminar com o
verme da esquistossomose:
a) pessoas trabalham na lavoura
b) pessoas que lavam roupas em águas doces
c) pessoas que trabalham na praia (ex.: salva-vidas)
d) estão certas as letras a e b
5. O que é necessário para que o verme da esquistossomose se desenvolva para
contaminar as pessoas?
a) Fezes contaminadas, água, caramujo e pessoa em contato com água
b) Fezes contaminadas, caramujo e pessoa próxima ao caramujo
c) Fezes contaminadas e pessoas próximas a essas fezes
d) Todas estão certas
6. Você pode saber se está com esquistossomose através de:
a) exame de fezes •
b) exame de urina •
c) ultra-sonografia, raios-X •
d) biópsia retal •
e)todas anteriores
7. Se você estiver com esquistossomose:
a) No início da doença, você pode não sentir nada
•Sim •Não •Não sei
b) os sintomas aparecerão somente depois de anos
•Sim •Não •Não sei
c) você pode apresentar diarréia ou prisão de ventre, febre, mal estar,
fraqueza, falta de apetite, náuseas
•Sim •Não •Não sei
d) você pode apresentar coceira, vermelhidão no local da pele por onde o
verme penetra •Sim •Não •Não sei
8. Na forma grave da doença, o que você pode apresentar:
a) varizes de esôfago •Sim •Não •Não sei
b) ascite (barriga d’água) •Sim •Não •Não sei
c) perda dos movimentos do corpo •Sim •Não •Não sei
d) hematêmese (sangramento pela boca) •Sim •Não •Não sei e) melena (sangue nas fezes) •Sim •Não •Não sei
9. Quais as principais partes do corpo que a esquistossomose atinge?
a) fígado e intestino
b) somente fígado
c) somente intestino
d) coração, fígado e intestino
10. Quais das situações abaixo podem contribuir para a piora da função do fígado no
portador de esquistossomose?
a) hepatite e alcoolismo
b) fumo
c) gastrite
d) todas as situações acima
11. Você sabe onde e quem deve tratar a esquistossomose?
a) farmácia, onde tenha farmacêutico que conheça o remédio certo
b) é só perguntar para alguém que já tratou qual foi o remédio utilizado,
comprar e tomar
c) serviço de saúde (hospital, posto de saúde, ambulatório)
d) todas as formas citadas acima estão certas
12. Após o tratamento da esquistossomose:
a) somente exame de fezes é suficiente para saber se você está curado
b) não precisa nem fazer exames pois com certeza já estará curado
c) precisa fazer biópsia retal para saber se já está curado d) precisa fazer exame de sangue para saber se está curado
13. Uma vez tratado, você:
a) pode ir novamente nos lugares em que se contaminou pois não pegará
mais a doença
b) deve freqüentar somente represas como a Billings e a Guarapiranga, pois a
água é mais limpa
c) não deve freqüentar lugares de risco de contaminação, pois poderá se
contaminar de novo d) apenas a resposta a esta certa
14. Como você pode evitar a esquistossomose?
a) construir fossas quando não possuir rede de esgoto
b) jamais defecar próximo a rios e lagos
c) beber sempre água tratada d) todas respostas estão certas
15. O que você pode fazer para prevenir a esquistossomose?
a) não usar água contaminada para lavar roupas ou tomar banho
b) não usar banheiros sem rede de esgoto
c) ir à praia em menor freqüência d) a e b estão certas
16. Como você pode colaborar no controle da esquistossomose?
a) ensinando o que você aprendeu sobre a doença para as pessoas que
freqüentam os mesmo lugares em você se contaminou
b) orientando seus familiares e colegas de áreas de risco a procurarem um
serviço de saúde.
c) orientando seus familiares e colegas de áreas de risco a comprarem e
tomarem um bom remédio para matar o verme d) a respostas a e b estão certas
17. Você já teve alguma verminose, qual?
a) sim, mas não sei qual foi.
b) sim, lumbriga e/ou amarelão.
c) sim, ameba
d)sim, esquistossomose
e)não, nunca tive verminose.
Anexo 4: Modelo de Apostila educativa
Modelo de Apostila Educativa sobre Esquistossomose
A ESQUISTOSSOMOSE:
O que é ?
• É doença transmitida por verme chamado
Schistosoma mansoni. Ataca, principalmente o fígado e intestinos
Como Ocorre
a Transmissão
• Pessoas com a doença evacuando próximo a lagoas, rios, represas.
Como Ocorre
a Transmissão
• Fezes contaminando as águas
Como Ocorre
a Transmissão
• Adultos e crianças em contato com água contaminada
Como Ocorre
a Transmissão
• Adultos e crianças se contaminando com
o verme (pegando a doença)
Ciclo de Vida do Verme
(Como ele se desenvolve)
• O doente elimina ovos do verme nas fezes em meio ambiente (chácara,
roça, floresta). Na água, a larva (miracídio), sai do ovo e entra no caramujo.
Cresce, vira cercária (forma que contamina as pessoas) sai do caramujo e entra na pele das que estiverem na água.
Onde você usa o banheiro tem rede de esgoto ?
• Se não tiver, você pode contaminar o meio ambiente.
As pessoas pegam esquistossomose
usando águas de rios riachos, represas ou lagos que estejam com o
verme. Essas águas são contaminadas quando as fezes de
pessoas com esquistossomose são depositadas diretamente ou
carregadas pelas enxurradas.
Como se Manifesta
FORMA LEVE DA DOENÇA (A mais frequente)
• Você pode não sentir nada
Como se Manifesta
• Dermatite Cercariana
(coceira, vermelhidão no local por onde o verme penetra)
Como se Manifesta
• Sensação de estômago cheio
Como se Manifesta
• Náusea, vômito
Como se Manifesta
• Fraqueza, tontura
Como se Manifesta
• Diarréia
Como se Manifesta
• Constipação intestinal
Como se Manifesta
• Emagrecimento
Como se Manifesta
FORMA GRAVE DA DOENÇA
(menos freqüente)
• Aumento do baço e do fígado
Complicações
• Varizes dentro do esôfago
Complicações
• Barriga d'água (ascite)
Complicações
• Vômito com sangue (hematêmese)
Complicações
• Sangue nas fezes (Melena - Fezes pretas)
A T E N Ç Ã O
Qualquer pessoa que apresentar um
desses sintomas deve procurar
imediatamente um Serviço de Saúde.
OUTRAS DOENÇAS TAMBÉM
APRESENTAM ESSES SINTOMAS
Muitas pessoas têm
esquistossomose e não sabem, porque não sentem nada.
A T E N Ç Ã O
Procure o Posto de Saúde quando:
• Têm parentes (pais, irmãos, tios, etc.) ou amigos com esquistossomose;
• Freqüentou ou freqüenta regiões que tem pessoas com esquistossomose;
• Usa águas de rios, lagoas, riachos e represas.
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