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Por onde anda esta tradicional raça?
Sagrado da Birmânia
Conservação e outrasdicas úteis para consumo
Evite acidentes e saiba como mantê-lo quentinho
Peludinho e sem cauda
Fanáticos por gatosEles se casam com felinos e até usam colar de pelos
Proteja seu gato do frio
Cymric
QUE SIGNIFICAM16 SINAIS
Alimentos úmidos
“eu te amo”
ALLAHIL BOLIVAR VIANNA NETO - MECNPJ: 03.924.346/0001-74
Validade: indeterminada
ISSN 1519-2520
R$ 12,90 • Edição 102 - Junho/ 2016 • www.revistapulodogato.com.br
26 w w w . r e v i s t a p u l o d o g a t o . c o m . b r
OO Cymric é uma autêntica
bolinha de pelos, pois possui, em
seu padrão, corpo, olhos e patinhas
com formato redondo e gracioso,
que lhe conferem charme único e
exclusivo da raça. A característica
mais marcante e impossível de não
ser notada na raça é a falta da cau-
da. Resultado de mutação genéti-
ca natural muito comum em dife-
rentes continentes, principalmente
na Ásia, Cymric está entre as oito
raças sem cauda da gatofi lia. Mas
esse não é o único diferencial de
exemplares da raça. Suas pernas
traseiras são mais longas do que
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pper
as da frente, então sua garupa fi ca
mais elevada. Essa característica
das pernas traseiras alongadas so-
mada à falta de rabo fez com que
o chamassem carinhosamente de
“gato-coelho”.
Mas esse coelhinho da ga-
tofi lia tem orelhas de gato afas-
tadas, sendo largas na base, com
pontas arredondadas e com bas-
tantes pelos em seu interior. Quan-
to ao tamanho, machos pesam de
4 a 5 kg e fêmeas de 3 a 4 kg, o que
faz dele um gato de médio porte.
Andrea Grumet, do Cat-
tery of Dreamwalker, da Áustria,
cria a raça há 10 anos e conta que
foi paixão à primeira vista. “Quan-
do era mais nova, vi uma foto de um
Cymric na internet e me apaixonei.
Anos mais tarde, após a morte do
meu gato, comecei a procurar por
um. Foram dois anos de busca até
conseguir adquirir o meu primeiro
Cymric da Inglaterra. Em seguida,
importei um macho dos Estados
Unidos”, afi rma Andrea. O gatinho
conquistou seu coração e tudo que
ela desejava era espalhar a raça em
seu país para que todos pudessem
ter o que ela chama de “ursinhos
de pelúcia” como companheiros.
Raça possui corpo, cabeça e olhos redondos;
pelos grossos e longos deixam o gato parecido
com uma bolinha de pelos
e sem raboCymric: peludinho
Versão de pelos longos do gato Manx, este felino sem cauda é engraçado e charmoso
• Por Heloíse Santos
raça
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Cymric é considerado mais calmo que a maioria dos gatos de outras raças
A origem desse gato é a
mesma do Manx (veja em Pulo do
Gato edição 86), já que são o mes-
mo gato com pelagens diferentes.
Assim, o Cymric também vivia nas
ruas da chamada “Isle of Man” ou
Ilha de Man, no Reino Unido.
Os primeiros gatos prova-
velmente chegaram de navio na
Inglaterra. Antes era conhecido
apenas como um Manx de pelos
longos, até que em junho de 1979
foi reconhecido pela The Interna-
tional Cat Association (TICA) e re-
cebeu o atual nome.
Apesar de gatos de pela-
gem longa e sem cauda na Ilha de
Man, onde surgiu o Manx, terem
aparecido em relatos, considera-
-se que a raça Cymric surgiu nos
Estados Unidos durante a década
de 1960. Uma criadora canadense
chamada Blair Wright e uma norte-
-americana chamada Leslie Faltei-
sek, decidiram fi xar a pelagem lon-
ga em um gato com características
da raça Manx, obtendo o Cymric.
Na década de 1970 a Cana-
dian Cat Association (CCA) reco-
nheceu essa nova raça e em 1989
foi a vez da Cat Fanciers Associa-
tion (CFA) reconhecê-la com o
nome Manx Longhair.
Uma curiosidade é que
“Cymric” vem da palavra “Cymru”,
um nome nativo para baleias. Con-
tudo esse gato não tem relação al-
guma com esse mamífero. Ele foi
escolhido apenas para dar a ele
um nome Celta devido à sua ori-
gem, já que a “Ilha de Man” era
ocupada pelos povos Celtas.
Esses gatos gentis adoram
uma brincadeira e suas poderosas
pernas traseiras fazem deles exce-
lentes saltadores capazes de alcan-
çar os lugares mais altos das es-
tantes para investigar algo que os
interesse. São inteligentes e apren-
dem com facilidade a usar suas pa-
tas para girar a maçaneta da porta
e entrar na despensa cheia de co-
midas apetitosas. Possuem perfi l
mais calmo e não costumam voca-
lizar muito, apenas usam seu som
único e animador para pedir algo
aos donos. A jovialidade da raça é
explicada pelo fato de só alcançar
a maturidade aos 5 anos de idade.
São afetuosos e formam
fortes laços com a família. Esses
felinos adoram atenção e preferem
não fi car longos períodos sozinhos.
“Eles são um pouco mais calmos,
pacífi cos e centrados do que as
outras raças, mas também podem
ter seus cinco minutos de loucura
em que correm a casa toda e brin-
cam com outros animais, caso o
dono os tenha”, diz Andrea. “Eu
Ao cruzar Cymrics, 90% dos fi lhotes nascem com pelos longos e os que nascem com pelos curtos são registrados como Manxs
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FELINO SEM RABOO Cymric pode ter quatro diferentes comprimentos na cauda. As
diferenças são conhecidas como: rumpy (sem rabo); rumpy riser (apenas a
base da cauda ou um pequeno crescimento do osso onde a cauda come-
çaria); stumpy (um rabo com comprimento de 1 a 3 cm) e longie (rabo nor-
mal). Apesar dessas variedades, nas exposições felinas são apresentados
apenas os Cymrics sem rabo ou apenas com a base da cauda. Contudo,
gatos com rabo podem ser usados na criação. “Essa característica de não
possuir rabo longo como o dos outros gatos não foi desenvolvida na raça
pelos criadores. A Natureza foi generosa ao dar esse diferencial ao gato,
portanto não é resultado de uma anomalia criada pela genética”, afi rma
Andrea Grumet, do Cattery of Dreamwalker, da Áustria.
Um gato de terras distantes
Convívio
raça
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Cor rara: o branco é o mais desejado pelos criadores
O coelho: Essa lenda diz que
os gatos são fruto do cruzamento
entre um coelho e um gato, que
gerou essas características bem
parecidas entre eles.
Os Vikings: Acredita-se que os
Vikings matavam os gatos dessa
raça e cortavam o rabo para usar
como uma joia em seus capace-
tes. E para evitar o sofrimento dos
fi lhotes, as mães de Cymrics reti-
rava o rabo dos fi lhotes com uma
mordida.
A lenda Celta: “Se você pisar
no rabo do gato, será mordido por
uma cobra.” Então, não haverá
mais mordidas, já que o destino se
encarregou de garantir que os ga-
tos viriam sem rabo para o nosso
mundo. Que alívio!
Lenda bíblica: O rabo da raça
teria sido cortado por Noé, ao fe-
char a porta da arca com pressa,
uma vez que a chuva já havia co-
meçado e os animais estavam an-
dando muito lentamente.
diria também que eles conseguem
identifi car suas necessidades em
qualquer momento, ou seja, se
você precisa de tempo para si mes-
mo eles respeitam, mas se sentem
que está triste ou depressivo eles
vêm até você para fazê-lo sorrir”,
acrescenta Anna Tapper do Caa-
leigh Manx & Cymric Cattery, na
Finlândia.
Cymrics aparecem em to-
das as cores e padrões tradicio-
nais e sempre com cores vibran-
tes e incríveis marcações. As mais
comuns são vermelha, preta e
azul, com marcações tabby (lis-
tas) e com algumas sombras ou
com manchas brancas. Também é
permitido o branco puro e todas
as cores citadas nas versões mais
claras. Os olhos podem ser ama-
relos, laranjas, âmbares, verdes,
cobres ou amarelos-esverdeados.
Gatos brancos podem ter um
dos olhos azul e o outro amarelo
ou cobre (odd-eyed) ou ter olhos
azuis. “Minha maior paixão são os
Cymrics brancos, pois são lindos
e bem raros, ainda mais quando
possuem um olho de cada cor”,
diz Anna. Seu pelo grosso cobre
todo o corpo e contribui para sua
aparência de gato redondinho. De
textura sedosa ao toque, seus pe-
los, abundantes na parte traseira,
e fartos no pescoço, arredondam
suas formas. “Apesar de ter pe-
lagem semilonga, o felino requer
apenas escovação semanal para
manter sua pelagem livre de fi os
mortos e com aparência sedosa”,
aponta Anna.
Como dito antes, o Cymric
é um Manx de pelos longos e o
comprimento dos pelos de ambos
é uma condição genética da raça.
Assim, se você cruzar um Cymric
com um Manx haverá 50% de
chances de ter fi lhotes com pelos
longos e a outra metade de pe-
los curtos. Mas se você cruzar um
macho e uma fêmea do Cymric a
probabilidade de uma ninhada
com pelos longos será de 90%. O
mesmo acontece com o Manx cuja
ninhada terá maior porcentagem
de fi lhotes com pelos curtos.
CONTOS E LENDAS
1.
2.
3.
4.
Há diferentes lendas sobre a história do Cymric. Aqui estão
as quatro mais conhecidas:
Embora a falta da cauda
seja a característica mais marcante
dele, é importante ter em mente
que as terminações nervosas ainda
estão presentes e não há prote-
ção, então é preciso muito cuida-
do quando manipular a área onde
o rabo deveria estar, pois a pressão
nessa área pode causar dor. Crian-
ças devem ser instruídas a serem
cuidadosas quando acariciarem o
gato para não tocarem essa parte
delicada. Além disso, ao pegar um
Cymric no colo é importante dar
suporte à região traseira do gato,
sustentando-a para não colocar
pressão demasiada em sua coluna.
Agradecimentos
Andrea Grumet, do gatil Cattery of
Dreamwalker, da Áustria.
dreamwalker2.webnode.at
Anna Tapper, do gatil Caaleigh Manx &
Cymric Cattery, na Finlândia.
www.caaleigh.com
Pelagem sedosa e cores vibrantes
Atenção com esse gatinho
Arq
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de
Ann
a Ta
pper
raça
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