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Revista U Nº 20 do jornal A Uniao
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www.auniao.com
A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO
HÁ FÓSSEISNOS AÇORES
GAIOLA DE PENSAMENTO
E DISPARATES
SEM LIMITES
PÁG. 05
edição 34.809 · U 20 · 30 de julho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)
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E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919
Área Clínica Médicos
Análises Clinicas
Anestesiologia
Laboratório Dr. Adelino Noronha
Dr. Pedro Carreiro
Cardiologia Dr. Vergílio Schneider
Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt
Cirurgia Vascular
Podologia
Dr. Fernando Oliveira
Drª Patrícia Gomes
Cirurgia Plástica Dr. António Nunes
Clínica Geral Dr. Domingos Cunha
Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho
Dermatologia Dr. Rui Soares
Endocrinologia Dr.ª Lurdes MatosDr.ª Isabel Sousa
Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves
Ginecologia/Obstetícia
Drª Paula BettencourtDrª Helena LimaDrªAna FonsecaDr. Lúcio Borges
Medicina Interna Dr. Miguel Santos
Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto
Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco
Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz
Neurologia Dr. Rui Mota
Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes
Nutricionismo Dr.ª Andreia Aguiar
Otorrinolaringologia Dr. João MartinsDr. Rocha Lourenço
Pediatria
Doenças de Crianças
Dr.ª Paula Gonçalves
Dr.ª Patrícia Galo
Pneumologia Dr. Carlos Pavão
PsicologiaDr.ª Susana AlvesDr.ª Teresa VazDr.ª Dora Dias
Psiquiatria Dr.ª Fernanda Rosa
Imagiologia(TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética)
Dr.ª Ana RibeiroDr. Miguel LimaDr. Jorge Brito
Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz
Reumatologia Dr. Luis Mauricio
Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires
Urologia Dr. Fragoso Rebimbas
30 julho 2012 / 03
MOVIMENTO (OU A FALTA DELE)TEXTO / Sónia Bettencourt | sonia@auniao.com
Havia um ponto alto e um ponto baixo. Mas não havia escadas. A cidade e as mentes daquele lugar queriam-se desniveladas com elevado grau de equilíbrio.Na praça, mais velha do que quadrada, os homens pareciam olhar para o esboço do dia, afectivamente, ruminando os sonhos e as palavras, felizes por terem a vida que é vivida. Sabiam quase tudo sobre todas as eras e os reveses do existir e, por isso, o peso da vonta-de de Deus lhes cabia tão bem.Durante os doze meses, funcionários e galochas, alheios à própria identidade, teciam histórias de queixume e infortúnio, ávidos por mais uma festa de vedetas folcló-ricas ou uma obrazinha do diabo.O azedume de séculos parecia não ter oferecido mais do que a paródia, agora ou antes, sendo certa a vontade de alguns em progredir para além do que se mostrava semelhante a um ninho de almas enfermiças – muitas bestas e milhares de abutres. Reinavam e temiam, em simultâneo.E, como que contaminados pelo mesmo vírus, guarda-vam, incrédulos, o presente para a manhã seguinte.Mas, se as ruas permaneciam moribundas, no tempo e na história, esperando os transeuntes e a abertura de portas pouco dinâmicas, não seria por falta de outra ideia, mais urgente, mais amada, menos grave, menos tardia. Ela existia, sem dúvida, no seu halo, junto ao mar, a três mil quilómetros para dentro.Sabiam que o mar já não pode nada mais definir?Ainda assim, tímidas ou ciumentas, as oportunidades pareciam morrer abafadas nos seus medos. Por uma questão de movimento também. Eis o problema daque-le espaço urbano: a ilusão de movimento.
SUMÁRIO
HÁ FÓSSEIS NOS AÇORES / pág. 16
NA CAPA...
São estudos de longa duração elaborados por uma comunidade científica muito própria. A Paleontologia investe na dimensão tempo, e, nos Açores, o campo de actividade situa-se na ilha de Santa Maria. Ali, anual mente, tem lugar um workshop acerca de fós-seis realizado à escala mundial, cujo trabalho de pro-moção está a cargo do MPB/ Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos – CIBIO-Açores/INBIO, Laboratório Associado, do departa-mento de Biologia da Universidade dos Açores.
“velhos do restelo” 06
o meu humor é como o mar 08ordem dos frades menores nos açores 10sport peter restaurante 11no banco de trás II 14
cais das poças 29festas da praia 31
fé e turismo 21sob o desporto 23o que é isso, longo ou breve? 25
gaiola de pensamento 05
EDITORIAL / SUMÁRIO
vintage moderno 07
lojas para ir à praia 20
vulcão verde 26
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BEZERROS E MENORES DE SEIS ANOS
Foram várias as fotografias que acompanham a carta que o Movi-mento Cívico Abolicionista da Tau-romaquia nos Açores encaminhou ao director regional da Cultura, a exigir a sua intervenção para a regulação e punição do que consideram ser “ile-galidades em touradas”.“Tal como aconteceu no início do ano, em que num fórum taurino, com subsídios públicos, realizou-se uma sorte de varas ilegal, mais uma vez ocorreram ilegalidades na realiza-ção de touradas, desta vez durante as Sanjoaninas, que violando a lei permitiram que menos de seis anos estivessem presentes nos recintos” – assim lê-se em nota enviada à re-dacção que acresce: “solicitamos que V. Exa. e a sua Direcção Regional que tomem as devidas medidas para apu-rar as responsabilidades de todos os factos relatados, punir os culpados e impedir que a legalidade volte a ser posta em causa no futuro”.“Pede-se assim que o Governo Regio-nal desta vez não lave as mãos e tome as providências que lhe compete”, reforça o movimento anti-taurino.O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores refere serem “numerosas as informações existentes de que crianças de menos de 6 anos assistem frequentemen-te a espectáculos tauromáquicos na Praça de Touros da Ilha Terceira”,
CarTa aO dIrECTOr da CulTura
“Dessa mesma «bezerrada» do dia 27 de Junho existem imagens de crian-ças a participar activamente no espec-táculo”.
reportando o caso mais recente de-corrido no âmbito da Feira de São João das Sanjoaninas 2012: “foram publicadas numerosas imagens onde é notória a presença de crianças me-nores de seis anos nas três corridas de touros realizadas nos dias 24, 25 e 26 de Junho na Praça de Touros da Ilha Terceira”Ainda no cartaz festivo tauromáquico das Sanjoaninas, o movimento refere a realização de uma bezerrada: “no âmbito das referidas festas Sanjoani-nas de 2012 foi realizada no dia 27 de Junho uma «bezerrada» anunciada como «Espectáculo para crianças e idosos» na mesma Praça de Touros da Ilha Terceira, onde foi evidente a presença de crianças menores de 6 anos, sendo ainda este espectácu-lo de características semelhantes àquelas de qualquer espectáculo
REVISÃO
BEzErrada EM Causa
GOVErNO “NãO POdE laVar as MãOs”
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O MOVIMENTO CÍVICO aBOlICIONIsTa da TaurOMaQuIa NOs aÇOrEs rEFErE sErEM “NuMErOsas as INFOrMaÇÕEs EXIsTENTEs dE QuE CrIaNÇas dE MENOs dE 6 aNOs assIsTEM FrEQuENTEMENTE a EsPECTÁCulOs TaurOMÁQuICOs Na PraÇa dE TOurOs da IlHa TErCEIra”.
tauromáquico habitual, com animais a serem sujeitos a práticas violentas e derramamento de sangue”, adjec-tiva a carta.“Dessa mesma «bezerrada» do dia 27 de Junho existem imagens de crianças a participar activamente no espectáculo, aparentemente na qua-lidade de «toureiros» amadores ou profissionais, e em contacto directo com os touros”, acresce o movimen-to.
AS PUNIÇÕES
O documento refere que em causa está a infracção dos dispostos legais sobre a matéria: “a idade mínima para assistir aos espectáculos tauro-máquicos é de 6 anos nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do DL n.º 386/82, de 21 de Setembro, na al-teração que lhe foi conferida pelo DL n.º 116/83, de 24 Fevereiro. E sendo que nos termos da alínea a) do artigo 3.º do mesmo diploma, os menores de 3 anos não podem assistir a quais-quer divertimentos ou espectáculos públicos”.“A violação de tal norma é punível como contra-ordenação nos termos do artigo 27.º (sendo a responsabi-lidade imputada ao promotor do es-pectáculo), com coima de 50,00 eu-ros a 125,00 euros por cada menor, sendo que no caso de reincidências os valores são elevados ao dobro, e 2.ª e ulteriores reincidências ao triplo (cfr artigo 29.º)”.
GAIOLA DE PENSAMENTOE DISPARATES SEM LIMITES
TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com
A interpretação do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Aço-res em relação à participação de crianças numa bezerrada nas Sanjoaninas é, no mínimo, hilariante e revela total desco-nhecimento da realidade.Para já, do Movimento Abolicionista pou-co ou nada se conhece a não ser o irritan-te hábito de encher as caixas dos correios electrónicos alheias com disparates.Depois, muito provavelmente nenhum dos seus membros sabe o que é uma bezerrada e, por via disso, coloca vacas, bezerros e toiros na mesma gaiola de pensamento.Se querem sanções pela presença das crianças numa bezerrada, o que dizer das touradas à corda realizadas em locais, como devem imaginar, onde também ha-bitam menores de seis anos?Que solução para os pais? Vedar os olhos dos filhos e escondê-los debaixo da cama enquanto os toiros percorrem os arraiais?Com o avanço das tecnologias de infor-mação é possível opinar (sobretudo em redes sociais como o facebook) sobre tudo e mais alguma coisa, sendo que o mundo virtual absorve e propagandeia disparates sem limites.Acabar com as touradas é uma das pala-vras de ordem. Porém, até ao momento, a argumentação utilizada só liga os defen-sores da abolição aos toiros por via das paredes altas…
ACABAR COM AS TOURADAS É UMA DAS PALAVRAS DE
ORDEM
REVISÃO
rEalIdadE POr CONHECEr
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“vELhOS
DO RESTE-
LO” EM vEz
DE “hO-
MENS DOS
PORTOS DE
PORTUGAL”
TEXTO / Tomaz Dentinho
Com a mobilidade crescente torna-se mais difícil dizer que há um mundo desenvolvido e outro subdesenvolvido, regiões centrais e regiões remotas. O que parece haver são redes de pessoas que interagem a vá-rias escalas assumindo diferen-tes atitudes face à realidade. O drama é quando não somos ca-pazes de integrar essas várias escalas e criamos uma reali-dade virtual que confundimos com a nossa rede de comuni-cação.Esse fenómeno está generali-zado alterando o conceito da unidade espaço-pessoa a que vínhamos estando habituados considerando-o como estável
e indiscutível. Até agora havia europeus na Europa, portu-gueses em Portugal, açorianos nos Açores, terceirenses na Ter-ceira, angrenses em Angra e serretenses na Serreta. Agora, parece tudo diferente: temos algumas pessoas da Serreta que são do Mundo, uns tantos Angrenses que querem ser de Madrid, outros tantos Terceiren-ses que apostam por Boston, se houver açorianos vão mudando de bandeira entre a Europa e a América, e os portugueses querem ser todos lusófonos.A questão é que um mundo nomádico tende a criar tribos em vez de países, castas em vez de sociedades, sistemas de circulação em vez de ór-gãos de funcionamento. Neste novo sistema os portugueses têm uma vantagem acrescida porque soubemos fazer um pa-íses de nómadas sem tribos e sem castas. O problema é que quando circulamos muito o po-der é ocupado por “velhos do restelo” em vez de “homens dos portos de Portugal”.
É a CrIsE, NãO DESANIMESTEXTO / Carmo Rodeia
Há 24 anos que sou jornalista e possuo carteira profissional. Aprendi as regras com grandes referências do jornalismo português, como Mário Mesquita ou Mário Bettencourt Resendes, Adelino Gomes, Francisco Sena Santos, Fernando Alves, Carlos Andrade, só para citar al-guns.Trabalhei em imprensa, na rádio e em televisão. Hoje estou desempre-gada e faço parte daquele grupo que o primeiro ministro garante que foi confrontado com uma oportunidade!Tenho uma licenciatura (de cinco anos como era na altura, sem equiva-lências e na melhor faculdade do país na área- a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), frequência de mes-trado e uma pós graduação na Columbia University de Nova Iorque (a quinta melhor do mundo segundo a revista Exame deste mês).Ainda não tive “aquela oportunidade”, apesar de todos os dias lutar por ela. Dizem-me que é por causa da crise. Mas, neste caso como noutros, a crise tem outros contornos. Portugal e, os Açores são o exemplo mais cabal disso, têm hoje uma pe-queníssima elite que consome cultura. Os órgãos de informação, refletem apenas o somatório dos comunica-dos de imprensa em forma de “notícia”, enviados pelo Governo, Câmaras Municipais e partidos políticos. Na falta destes, há sempre uma notícia mais sensacionalista, uma história trágica para contar ou um mexerico para desvendar.Os jornais, as rádios e a televisão já não discutem ideias nem propõem sequer a sua discussão. Os processos de produção jornalística carate-rizam-se por uma fragilidade endémica, que resulta de um conjunto de constrangimentos e limitações provenientes de condicionalismos sociais, económicos e políticos. Mas a crise e uma maioria absoluta de um partido que governa há 16 anos não justifica tudo. Onde estão os jornalistas que juraram proporcionar, em qualquer cir-cunstância, apenas a mais fiel versão da verdade? Infelizmente, o valor da notícia é calculado em função do que vende, do que faz progredir os índices de audiência e, sobretudo, da conta bancária que garante o pagamento dos ordenados aqueles que ainda não foram apanhados pela crise e não foram bafejados pela sorte de terem uma oportunidade!
OPINIÃO
GADGETS DA SEMANA
VINTaGE MOdErNOTEXTO / Paulo Brasil Pereira
O “vintage” está há algum tempo na moda. Desde as roupas até às fotogra-fias, a década de cinquenta e sessenta voltou a estar presente em pleno sécu-lo XXI.Em 1968 surgia a primeira máquina fo-tográfica instantânea Polaroid. Com um click, a fotografia saia impressa como por magia!Já na era digital a marca passou por dias difíceis até à sua falência em 2008, sendo que dois anos depois reaparece no mercado com uma gama de produ-tos analógicos e digitais. Agora surge a Polaroid Z2300.A Polaroid não quer cometer os erros do passado e tenta actualizar-se ao máximo mas mantendo a magia do passado.Com os 10mpx, o ecrã de 3 polegadas, possibilidade de gravação de vídeo e
áudio, a impressão em papel de 5 X 7,6 cm, e a faculdade de edição da fotogra-fia como enquadramentos antes da im-pressão, que dura cerca de 1 minuto, a Z2300 é um novo produto que permite a personalização da fotografia instan-tânea, sem esquecer a possibilidade de partilha nas redes sociais.O preço desta relíquia moderna ronda 150.00 euros, com o papel fotográfico a custar cerca de 25.00 euros, por 50 folhas.O lançamento da Polaroid Z2300 está marcado para o próximo mês de Agosto, e os modelos estão disponíveis ainda a branco e preto.Com equipamentos como este a Pola-roid não quer fazer apenas parte do passado da fotografia, mas também escrever um capítulo na história digi-tal.
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FERRAMENTAS
a FOTOGraFIa VOlTa a sEr INsTaNTâNEa COM a z2300
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O mEu HumOré COMO O MAR
Umas vezes revolto e alteroso, outras, calmo e sem força. As alterações de humor são, antes de mais, uma forma de adaptação ao mundo, à sociedade, uma característica de individualidade. Em cada momento da vida usamos di-ferentes ferramentas expressivas para contactar e vertermos as emoções. Por muito subtis que sejam, é impossível não estar constantemente sob uma capa de estímulos geradores de reacções emo-cionais. Imaginemos alguém no duche matinal em que repentinamente a água esfria. Tentemos elencar a miríade de emoções indesejadas daí advindas. No entanto será essa mudança de humor, induzida por um contacto físico (da água fria), que vai espoletar e incentivar a pro-cura de uma solução se possível a longo prazo, precavendo semelhante aborre-cimento. Imagine-se que depois desse percalço a pessoa imaginada recebe um carinho inesperado de alguém significa-tivo (mulher, marido, filhos). As emoções decorrentes deste gesto vão activar uma série de emoções desejadas e reparado-ras. Esta mudança de humor vai permitir a serenidade para as escolhas que o dia ainda reserva. Não se vislumbra nada de preocupante nesta história banal. Ela serve para definir a mudança de humor como integrante es-sencial da vivência de qualquer indivíduo. A atenção deve surgir quando as mudan-ças de humor são inexplicáveis, súbitas e geradoras de um sofrimento prolongado no tempo. Isto implica reconhecer hábi-tos e perceber comportamentos lesivos para o próprio e para os outros. Se o meu humor é como o mar, incontrolável,
é possível que isso me cause sofrimento e aos que me rodeiam. Seja de forma sa-zonal, ou em momentos aparentemente sem sentido, as mudanças de humor pre-judiciais são uma pista cognitiva/emo-cional para algo a necessitar de suporte, atenção, tempo e trabalho. A angústia de sentir-se sem controlo sobre o próprio corpo ou comportamento pode levar a que essas mudanças de humor se apro-fundem num movimento de desespero, cravando-se na rotina emocional da pes-soa criando um abismo cada vez maior entre a fruição real da vida e a simples gestão de momentos incontroláveis, se-jam aparentemente bons, ou maus.Porque no final é de fruição que se trata. Assumir como desejáveis a surpresa, o êxtase, o repente, não significa deixar de lado a individualidade, entregando-nos a verdadeiros bombardeamentos de sen-sações. Ou não significa deixar a mente vogar por entre inexplicáveis vagas de al-tos e baixos sem possibilidade de escolha de reacção, perdendo autonomia até nos relacionamentos.A fruição implica coragem de perceber os entraves a um equilíbrio emocional dese-jável e gerador de momentos exultantes, capaz de integrar situações indesejadas. Um equilíbrio que permita chamar o se-nhor do gás, sem grandes dramas, quan-do o chuveiro esfria.Aguardamos os vossos comentários e su-gestões para correiodoleitor@cipp-ter-ceira.com, bem como uma visita a www.cipp-terceira.com. Até à próxima!
* Equipa do Centro de IntervençãoPsicológica e Pedagógica
Anseio o dia em que as pessoas serão julgadas pelos seus actos e não pela ideia que temos delas ou das suas op-ções.Estou farta!, simplesmente farta, de ouvir muito boa gente que se faz prezar pela luta pela igualdade, que defende os marginais, os animais, que defende o direito à escolha, virem cheios de razão, falar dos políticos. E não me en-tendam mal quando digo falar, o que quero mesmo dizer, é desrespeitar quem tomou a opção de fazer da polí-tica uma parte importante da sua vida, serem preconceituosos contra toda uma classe!
DIz NÃO AO PRECONCEITO
TEXTO / Luana Bettencourt
CIÊNCIA / OPINIÃO
A ATENçÃO DEVE SURgIR qUANDO AS MUDANçAS DE hUMOR SÃO INExPLICÁVEIS,
SúBITAS E gERADORAS DE UM SOFRIMENTO PROLONgADO NO TEMPO.
TEXTO / CIPP *
30 julho 2012 / 09
É verdade que há maus políticos! Mas isso não legitima ninguém vir dizer que todos os políticos são corruptos! Todos os dias vemos escândalos com políticos nas televisões e nos jornais! Mas tam-bém isso, não dá o direito a ninguém, de pôr em causa a seriedade de uma pessoa só porque ela está filiada ou é simpatizante de um partido político.Está na altura de percebermos uma coi-sa, que este preconceito, só nos dá me-nos hipóteses de termos gente séria e honesta na política. Devemos incentivar os jovens e os menos jovens, todos os que tem ideias, os que querem fazer algo pela sua sociedade. Devemos, todos, sentir que o podemos fazer, fazer mais pela nossa “casa”, que não vamos ser julga-dos e que o preconceito “todo o politico é corrupto” não vai cair sobre nós.
MONTRA
MONTRA / OPINIÃO
21 janeiro 2012 / 09
MONTRA / OPINIÃO
im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat
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PATRIMóNIOEDIFIcADOpELA OrDEmDOS FrADESmEnOrESnOS AçOrESTEXTO / Duarte Nuno Chaves *
Os frades da primeira ordem de S. Francisco marcaram presença efetiva no arquipélago dos Açores, aproxima-damente trezentos e noventa anos, deixan-do-nos um legado de bens móveis e imóveis de incalculável de valor histórico e cultural. Fru-to dessa herança, chega até ao século XXI, um conjunto de imóveis, que fazem parte integrante do património cultu-ral desta região, e que devido à extinção das Ordens Religiosas em 1834, foram alvo de um processo de nacionali-zação. Como resultado desse procedimento, os dezoito conventos fun-dados durante a pre-sença franciscana nas ilhas açorianas, foram ao longo dos séculos XIX e XX, convertidos em edifícios públicos de diversa índole.Na ilha Terceira, o con-vento de Angra consti-tui o actual Museu desta cidade, os conventos de S. António dos Capuchos (Angra) e de Nª Srª da Conceição (Praia) estão ambos em ruínas. Em S. Miguel, o convento de S. Francisco de Ponta Del-gada pertence à Santa Casa de Misericórdia e a igreja foi incorporada na paróquia de S. José; o convento de Nª Srª de Guadalupe (Ribeira Grande), alberga des-de o século XIX, uma unidade de Serviços de Saúde, enquanto a igre-ja com a mesma evo-cação é administrada pela Câmara Municipal,
estando a sofrer obras de restauro para aco-lher um futuro museu dedicado à temática franciscana; o de Vila Franca do Campo é ac-tualmente uma Pousada turística, o de Lagoa foi transformado em Bi-blioteca Municipal; e os do Nordeste e Fenais foram desmantelados. Em S. Maria, o imóvel conventual está ocupa-do por instalações da Câmara Municipal de vila do Porto. No Faial, o convento de Nª Sr.ª do Rosário é um Centro de Idosos e o de S. António desapareceu. No Pico, o convento das Lajes é actualmente a sede do poder municipal e o de S. Roque funciona como Pousada de Juventude. Em S. Jorge, o convento de Nª Srª da Conceição nas Velas acolhe o Cen-tro de Saúde e o do Topo faz parte da estrutura arquitectónica da Esco-la Básica Integrada. Na Graciosa, o convento foi demolido em meados do século XX, Finalmente, o convento das Flores é espaço integrante do Museu desta ilha.* Centro de História de Além-
Mar duartechaves@uac.pt
OS DEzOITO
CONVENTOS
FUNDADOS
DURANTE A
PRESENçA
FRANCISCANA
NAS ILhAS AçO-
RIANAS, FORAM
AO LONgO DOS
SéCULOS xIx E
xx, CONVERTI-
DOS EM EDIFí-
CIOS PúBLICOS.
CIÊNCIA
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Sport
peter
reStaurante
Café
e toStaS
TEXTO / Joaquim Neves
“O que é isto, pão espalma-do?” O ajudan-te sem pingo de sangue: “É o meu jantar, ainda não comi nada hoje.”
Nenhuma história reza que na noite avançada de 1 de Novembro de 1755, numa ruela bem abaixo da constru-ção da Igreja do Convento de Nª. Sra. do Carmo, se houvera encontrado das mais fantásticas descobertas culinárias: Tostas.O ajudante de cozinha, já exausto depois do susto, medo, até pânico do tremor de terra da manhã e con-sequentes ondas vindas de sul que causaram danos por toda a baixa da cidade, olhou para duas fatias de pão que guardara, depois de um dia que ficaria na história, colocou-as numa das chapas do fogão a lenha apro-veitando as últimas brasas. Do bolso retirou uma fatia de queijo, que havia surripiado a um dos muitos fregueses e necessitados que haviam passado pela taberna, quando alguém abria a porta, da taberna já ás escuras, atraído pela tépida luz de uma can-deia de azeite na cozinha, chamou por quem da casa. O ajudante ficou calado, atirou a fatia de queijo para cima do pão, tapou com a outra fatia, ouvindo passos a aproximarem-se, com umas pegas, segurou na outra
MESA
BEM… É O PETEr, TEM-sE QuE Ir lÁ.
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chapa de ferro do fogão e pôs em cima do pão. Nisto uma figura “pira-tesca” com tudo, barba, perna de pau e papagaio entrou na cozinha. “Não há nada que se coma?” O rapaz re-tirou uma panela do lume, colocou-a em cima da chapa, e respondeu: “Um resto de sopa, meio aguada.” Servido, mesmo ali na cozinha deu-lhe o chei-ro a pão torrado, seguindo o olhar do rapaz, meio babado de fome, topou-o e descobriu o pão entre as chapas. “Que é isto, pão espalmado?” O aju-dante sem pingo de sangue: “É o meu jantar, não comi nada hoje ainda.” Comovido, quem diria, o personagem dividiu, rasgou o pão e surpreendi-do pelo recheio do queijo derreti-do, sorriu. “Que bela ideia” disse ao ajudante, que sorriu entre tristeza e felicidade de comer pelo menos meio daquele pão com queijo. “Que nome dás a isto? Pão espalmado?” E deu uma gargalhada, ou o papagaio estava meio escuro e não dava para perceber. “Vou chamar-lhe: pão em tosta.” “Não tens uns orégãos?” per-guntou ainda. “Isto ia bem era com um gim!” disse o ajudante de cozinha, após algum silêncio vindo do nada. Não sei o que inspirou a família Azeve-do a fazer tostas, mas que o Café Peter Sport tem das melhores do Atlântico, tem. Como diz a frase: “Se velejares até à Horta e não visitares o “Peter”, não viste a Horta na realidade”. Sugiro que se introduza “ …o Peter e comeres uma tosta com um gim não…”Sobre o Peter está muito dito, con-tado e falado. Sem dúvida um lugar único, ambiente único, história, até a decoração é história, marinheiros, velejadores mar, actualmente tam-bém franchising. Comida restauran-te, mas tostas que satisfazem. O ser-viço: bem… é o Peter, tem-se que ir lá, com o tempo e insistir. Como disse alguém que não me lembro: “Empa-tia vem com insistência.” Penso que se confunde demasiado empatia com simpatia.
Receita
UMA TOSTA POR fAVOR!
“O que vai desejar?”“Uma tosta !”“Tosta de quê?”“Só uma tosta mista.”“Mais alguma coisa?”Sim! Gosto que os lados de den-tro do pão, e prefiro o caseiro de centeio se tiver, sejam previamen-te torrados, se por acaso tiver à mão um azeite com tempero, por exemplo de alho, alecrim ou de pimentas para pincelar as fatias, até ficarem loirinhas, ficaria muito agradecido. Assim fica levemente crocante para depois forrar com as fatias de queijo. O fiambre, e por favor, peço que seja previa-mente grelhado na chapa, frigi-deira, ou no que tiver. Talvez, se se lembrar em passar um alho aberto pela fatia de fiambre an-tes de o grelhar? Ou, se por acaso, tiver um azeite temperado com louro? Não?... Deixe lá. Coloque apenas o fiambre grelhado entre as fatias do pão com o respectivo queijo, um pouco de pimenta pre-ta moída, se fizer favor. Se não ti-ver azeite temperado, pelo menos e insisto que pincele o pão com azeite comum antes de o pôr a tostar. Tostadeira de prensa, não é?... E quando estiver tostado num bom louro, e não quero muito es-palmado, polvilhe com orégãos.E um café abatanado. Obrigado!”
MESA
PENsO QuE sE CONFuNdE dEMasIa-dO EMPaTIa COM sIMPaTIa.
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aO dIaBO a FUTILIDADE ADULTA
TEXTO / Rui Duarte Rodrigues *
Era bom
Viver essa paixão
Não abro os olhos
Pra dizer
Era bom
Esse Verão que ardia
Até ao fim
Os dias os campos
Era bom
Esse fruto imaginado
Tão apetecido
Os sabores
Destapados
* Poeta açoriano ( 1951- 2004)
PALAVRAS
No BaNcoDe Trás II
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TEXTO / ACRA * / Angra do
heroísmo
Se a criança a trans-portar na viatura tiver menos de 135cm pode-rá utilizar-se apenas o cinto de segurança. No entanto, se a precinta diagonal ficar sobre o pescoço da criança é preferível, apesar de baixar o nível de protec-ção, colocar essa pre-cinta atrás das costas e nunca por debaixo do
braço, u t i l i -zando a p e -nas a p r e -c i n t a suba-b d o -minal.Ao adquirir uma cadeira de segurança para transporte de crianças em automóvel, ve-rifique se o modelo está adequado à idade, tamanho e peso da criança, se tem o selo de homologação da Direcção-Geral de Viação e se adapta-se a qualquer tipo de automóvel. Verifique também se o seu fecho de cinto tem força suficiente para segurar a criança mas, por outro lado, permite, também, aos pais libertá-la com facilidade em caso de emer-gência.Transporte sempre a sua criança na cadeira de se-gurança seja qual for a viagem que tenha de fazer. Mesmo que a distância lhe pareça demasiado cur-ta para ter esse trabalho.Ter em atenção que, na condução sob condi-ções atmosféricas adversas, deve-se evitar a realização de manobras desnecessárias, so-bretudo da manobra da ultrapassagem e re-forçar a adopção de uma condução defensiva, adaptando a sua condução, particularmente, à redução da visibilidade e da aderência ao piso.
* Associação de Consumidores da Região Açores
CONSUMO/OPINIÃO
VIaGENs aO CErNE das COIsas XIII
O MaraNHãO
Estávamos em S. Luís (uma embaixada cultural dos Açores para a Universidade do Maranhão), nessa ci-dade do Norte do Brasil beirando a floresta Amazónica e a linha do Equador, debaixo de um calor e humidade sufocantes, quando nos ofereceram um passeio. Atra-vessando o emaranhado dos nove rios que desaguam na Baía de S. Marcos, levaram-nos rio acima, para den-tro da floresta, em direcção a Alcântara, uma antiga cidade portuguesa, de exportação de mercadorias. Pouco depois de termos saído, encalhámos num bai-xio. O barco balançava perigosamente enquanto luta-vam para o fazer sair, empurrando-o com varapaus e nós olhávamos as distantes margens bordejadas de mangais, que não ofereciam grandes possibilidades de chegar a terra firme, se para lá nadássemos, caso acontecesse o pior – Já o S. Macaio tinha dado à costa nos baixios do Maranhão… e diz-se que com portugue-ses. Mas nada disso aconteceu. Alcântara, uma cidade fantasma, parada no tempo, calcetada em lajeado já todo desconjuntado, evoca um passado bem diferen-te do que são as memórias das populações indígenas que lá viviam e dos africanos depois para lá enviados. Passados múltiplos, ainda bem presentes (convida-ram-nos para uma noitada de música africana ritual, num Quilombo). Mas o evento mais importante (e sur-preendente neste local) é o do da realização do Culto do Espírito Santo, organizado pelas Caixeiras do Divi-no, foliões femininos, africanas!
* historiadora
ALCâNTARA: UMA CIDADE FANTASMA
TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com
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Vamos começar pelo bom: «O ca-valo de Turim» tem uma premissa original e despretensiosa, leve e até magnânima e que é tornada explíci-ta no seu início: Nietzsche protege com o corpo um cavalo que era fus-tigado pelo seu dono, irado pela sua recusa a avançar... dois dias depois começa a sua demência, anuncia-da à mãe pelas palavras: -”Ich bin dumm.»O famoso filósofo viveria mais dez anos em demência; do cavalo, nada se sabe. O filme é a história desse animal, em austero registo preto e branco, documental, lento. A vero-similhança do retrato é soberba, re-nasce no espetador tudo o que tem em comum com aquela vida pobre e enxuta do campo. Um momento, em particular, é inesquecível: quando a câmara regista, dentro do palheiro, a imagem do cavalo sobre o qual des-ce a sombra quando se fecha a por-ta (é capaz de fazer ressuscitar a fé do cinema no ateísmo estético mais acre...).É, portanto, um filme contra a cor-rente, uma obra radical que assume as rugas da existência e se torna um objeto como nunca nenhum outro, se bem que falar assim é temerário... apenas porque ninguém viu todos os filmes do mundo, porque há muita claustrofobia associada a um filme que só conhece 3 ou três cenários. Ora, dependendo de como se olhe, é aí que reside a sua força ou a fra-queza: o quotidiano do camponês, da filha e do animal são tudo o que se tem, tudo o que existe, tudo o que interessa.Esse microcosmos é retratado, ob-servado, reproduzido e respeitado durante toda a longa metragem e a experiência é forte, violenta na sua cadência ultra lenta, repetitiva e ines-capável. Tivesse a música ficado de fora e o cérebro registaria uma via-gem no tempo até 1889, sem tiques de forma, sem planos estudados que
tragam um sabor de não documentá-rio.O que parecerá justo dizer é que a maioria das pessoas não suporta um filme destes. A tentação do cinéfilo devoto é a de perguntar se isso inte-ressa para a discussão e responder que não, mas a pergunta pode ter o valor de iluminar algo que pertence ao cinema e de que não se fala muito, que são os diferentes tipos de espe-tador. Desde logo o casual, distraído e pouco organizado, necessitado de estímulos fortes que lhe desliguem a sensibilidade saturada com uma nova fonte de saturação.Os amantes dos efeitos especiais e das explosões são muitas vezes cri-ticados por pertencerem a este nú-mero mas o que dizer de tantas co-médias românticas e de outras obras que cruzam vários géneros? Um fil-me como «Os agentes do destino», por exemplo, tem tudo o que se as-socia a um bom filme; um amor im-possível, atores famosos, reviravoltas na história, personagens misteriosos enviados por Deus (aqui promovido a «Chairman», pasme-se), muita ação... é um filme péssimo, as personagens têm a densidade de uma folha de pa-pel, as premissas são débeis, o resul-tado é demasiado previsível e tudo se resume a uma epopeia de mau gosto que nunca mais acaba.Estamos já no segundo nível, o do es-petador que procura o cinema que o conforta, que ilumina o seu interior e o seu coração e encontramos aí tam-bém muita coisa medíocre que satis-faz sem muita profundidade e repete fórmulas atrás de fórmulas. Valerá a pena ficar-se por aqui? Saltemos algumas etapas, esque-çamos muitos fenómenos com mais valor e mesmo assim famosos e con-sensuais e apontemos ao topo, ao cimo da cadeia. Temos aí «O cava-lo de Turim», amado pelos críticos, desprezado pelas audiências.Valerá a pena chegar tão longe?
O qUEé ISSO, LONgOOU BREVE?
OPINIÃO
TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros
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INVesTIr Na DIMeNsÃo TeMPoraL
DESTAqUE
INVesTIr Na DIMeNsÃo TeMPoraL
O resultado mais evidente do nosso tra-balho de investigação, diz Sérgio Ávi-la, do MPB/ Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos – CIBIO-Açores/INBIO, Laboratório As-sociado/departamento de Biologia da Universidade dos Açores, talvez seja o que os passageiros dos voos inter-ilhas testemunham quando, a bordo dos avi-ões da SATA, aterram em Santa Maria e ouvem o comissário de bordo anunciar: “Bem-vindos à Ilha de Santa Maria, onde os fósseis são testemunho do nosso pa-trimónio natural”.As palavras do mestre e doutor em Biolo-gia surgem a propósito do 9º workshop internacional “Paleontologia em Ilhas Atlânticas”, um encontro que teve a sua primeira edição em 2002 e que tem de-corrido na ilha de Santa Maria, com pe-riodicidade anual desde os últimos sete anos.Esse workshop, que terminou no pas-sado fim-de-semana, é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia - FCT, pelo Governo Regional dos Açores - direcção da Ciência e Tecnologia, pelo DFG-The German Research Foundation e por outras entidades. O professor e cientista, natural da ilha do Pico, diz que há dez anos, poucos eram os que conheciam os fósseis de Santa Maria, mas hoje em dia, milhares de pes-soas já terão ouvido falar neles. A U foi saber mais.
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TEXTO / sónia Bettencourtsonia@auniao.com
FOTOs / MPB Copyright
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MARCAMOS CONSULTASDE OFTALMOLOGIA
Revista U (U) – O que se pretende com
este 9º workshop internacional “Paleon-
tologia em Ilhas Atlânticas”, que esteve a
decorrer em Santa Maria?
Sérgio Ávila (SA) – Em 1998, ainda como
aluno do curso de Biologia na Universi-
dade dos Açores (UAç), percebi que só
conseguiria entender a história evolutiva
dos Açores se incorporasse a dimensão
tempo. Ora, tal só é possível analisando o
registo fóssil e, como nas ilhas dos Açores
só existem fósseis (marinhos e terres-
tres) na ilha de Santa Maria, a mais antiga
dos Açores, com uma idade estimada de
cerca de 8-10 Ma (milhões de anos), deci-
di que, assim que possível, teria de orga-
nizar uma reunião científica para atingir
tal desiderato.
Um aspecto muito importante destes
workshops é o papel desempenhado pe-
los OCS’s. Temos tido em todas as edições
repórteres de imagem e fotógrafos, e o
resultado do trabalho destes profissio-
nais tem divulgado o património fossilífe-
ro da ilha de Santa Maria a nível regional,
nacional e mesmo além-fronteiras.
U – Que tipo de fósseis existem nos Aço-
res?
SA – A ilha de Santa Maria tem-se reve-
lado uma autêntica caixa de surpresas...
Todos os anos temos descoberto jazidas
ainda desconhecidas e que nunca terão
sido estudadas. Isto deve-se ao estudo
sistemático e continuado que temos fei-
to e à metodologia particular que temos
utilizado. No continente, os paleontólo-
gos deslocam-se para as jazidas a pé, de
jeep, às vezes até mesmo de helicóptero;
nos Açores, o nosso meio de transporte
usual é o semi-rígido! É muito engraçado
quando investigadores que pela primeira
vez estão connosco em trabalho de cam-
po são confrontados com este peculiar
meio de transporte até às jazidas; no iní-
cio estranham, mas no final dos 10 dias de
trabalho já estão habituados e percebem
que nem podia ser de outra forma, tal a
dificuldade e o perigo do acesso por ter-
ra.
O registo fóssil de Santa Maria é muito
rico e variado, se tivermos em linha de
conta que estamos a falar de uma ilha
que actualmente possui somente cerca
de 98 km2 de superfície. A maioria são
fósseis de animais e plantas marinhos,
mas também existem fósseis terrestres,
estes ainda por estudar. Nos grupos ma-
rinhos, são conhecidos cetáceos fósseis,
peixes, diversos grupos de invertebrados
e ainda algas fósseis.
A acumulação do conhecimento científi-
co resultante de todo este trabalho, tem
permitido a publicação de variados tra-
balhos, desde simples listas comentadas
de espécies, a artigos testando hipóteses
de biogeografia geral, ou ainda hipóteses
globais, aplicáveis a todas as ilhas oceâ-
nicas.
U – As equipas que realizam as diversas
saídas de campo são multidisciplinares. O
que se pretende com esta mescla de co-
nhecimentos?
SA – Este ano participaram 24 investiga-
dores e alunos, provenientes de Portugal,
Inglaterra, Áustria e Alemanha. A UAç
(CIBIO-Açores / INBIO-Laboratório Asso-
ciado) é a entidade organizadora, sendo
participantes a FCUL, o IPMA, a Universi-
dade de Münster, a Universidade de Bris-
tol, o Staatliches Museum für Naturkunde
Stuttgart e o Oberösterreichisches Lan-
desmuseum. Esta mistura heterogénea
de professores, investigadores, curado-
res de museus, alunos de doutoramento e
até de final de licenciatura, provenientes
de diferentes áreas (biologia, geologia e
paleontologia), todos eles com grande
conhecimento e experiência de mar bem
como de organismos marinhos, permite
uma abordagem holística aos diversos
problemas com que somos confrontados,
DESTAqUE
30 julho 2012 / 18
DESTAqUE
NOs aÇOrEs, O NOssO MEIO dE TraNsPOrTE usual É O sEMI-rÍGIdO.
ParTICIParaM INVEsTIGadOrEs dE POrTu-Gal, INGlaTErra, ÁusTrIa E alEMaNHa.
daqui resultando uma visão muito abran-
gente, com predomínio da pesquisa de
respostas aos processos e padrões, em
detrimento de abordagens de interesse
local. Esta estratégia tem-nos permitido
publicar nas melhores revistas da espe-
cialidade.
U – Os Açores têm uma contribuição a
dar à paleontologia mundial, ou a sua re-
levância é mais local?
SA – Mercê da sua localização privilegia-
da no meio do Atlântico Norte, a ilha de
Santa Maria está a desempenhar um pa-
pel fulcral como laboratório para testar
algumas das mais recentes teorias bio-
geográficas e geológicas. Nesta pequena
ilha conjugam-se uma série de factores
(existência de elevada quantidade e di-
versidade de fósseis e de icnofósseis de
diversas idades, existência de vários ter-
raços submarinos a diversas altitudes,
existência de depósitos de tempestade,
lumachelas de consideráveis dimensões)
que normalmente não se encontram em
ilhas oceânicas. Pode mesmo dizer-se
que a ilha de Santa Maria está a caminhar
a passos largos para ser uma das mais
bem conhecidas ilhas de todo o mundo na
sua fauna e flora recente e passada.
U – Participaram neste encontro alunos
do ensino básico de escolas da região, no
âmbito do Prémio “Frias Martins”. Qual
a importância do contacto das camadas
mais jovens com o trabalho da academia
açoriana?
SA – O Prémio “Frias Martins” realiza-se
a cada dois anos. Instituído pelo Conselho
Regional dos Açores da Ordem dos Bió-
logos, pretende premiar o mérito e servir
como incentivo ao ensino e à aprendiza-
gem da Biologia nos Açores, tendo como
público-alvo os alunos entre o 5º e o 9º
anos de escolaridade.
O aspecto mais interessante deste pré-
mio é a possibilidade que é facultada a
estes jovens de acompanharem os tra-
balhos de campo de uma equipa inter-
nacional multidisciplinar, observando in
loco as metodologias de recolha, ouvindo
as discussões e interpretações científicas
efectuadas pelos cientistas, e, fundamen-
talmente, colocando a estes investigado-
res perguntas… muitas perguntas.
U – Há falta de novos interessados em
enveredar pelos caminhos dessa área de
estudo e investigação nos Açores?
SA – De 3 em 3 anos, os alunos do cur-
so de Biologia da UAç recebem uma vi-
sita da minha parte, logo no início do
ano. Nessa altura, faço-lhes uma breve
descrição do trabalho que fazemos, das
condições de trabalho que lhes podemos
dar e da possibilidade de, caso se jun-
tem à equipa, serem ainda na condição
de alunos, co-autores de publicações
científicas e de livros. Já consegui des-
ta forma cativar alunos. Penso que não
tem havido falta de alunos interessados
em trabalhar connosco. Este ano haverá
nova apresentação à turma do 1º ano de
Biologia. Vamos lá a ver quem agarrará a
oportunidade…
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DirectorMarco Bettencourt Gomes
EditoraHumberta Augusto
RedacçãoJoão Rocha, Humberta Augusto,
Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt
Design gráficoFrederica Lourenço
PaginaçãoIldeberto Brito
Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, Antonieta Costa, Bruno Ázera, Carlos Al-berto Fernandes, Carmo Rodeia, Duarte Nuno Chaves, Frederica Lourenço, João Paulo Pacheco, Joaquim Ne-ves, José Júlio Rocha, Luana Bettencourt, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado, Rui Duarte Rodrigues, Sandra Fernandes, Teodoro Medeiros e Tomaz Dentinho.
Contribuintenº 512 066 981nº registo 100438
Assinatura mensal: 9,00€Preço avulso: 1€ (IVA incluído)
Tiragem desta edição 1600 exemplaresMédia referente ao mês anterior: 1600 exemplares
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FéETuRiSMO
DESCOBRIR ESPIRITUALIDADE E NA-TUREZA à VOLTA DOS SANTUÁRIOSOs santuários de Cristo Rei, Avessa-das, Balsamão, Brotas, Lapa, Loulé e São Mateus do Pico constituem o tema de capa da mais recente edição da revista “Itinerante”, dedicada aos passeios a pé.«Oxalá que esta revista convença mais reitores para que pelo menos uma vez por ano saia uma edição de-dicada a outros santuários. Hoje em dia temos de recorrer ao marketing e gastar dinheiro com isso mas há alguns responsáveis que não estão para aí virados», acrescentou.«Este é sem dúvida um tema intem-poral, que atravessa séculos e cren-ças, por vezes de origem pagã, mas bem presente nos dias de hoje. Con-tinua a mover e motivar multidões! É de facto impressionante o movimen-to diário à volta da maioria dos San-tuários que visitámos, assim como as multidões que aí se concentram nos dias de festa», escreve Nuno Gama Nunes no editorial do número sete da “Itinerante”, que se apresenta como «a primeira revista nacional de pe-destrianismo».
REVISTA ITINERANTEO texto de apresentação assinado pelo director da publicação salienta que «os Santuários são também um ponto de referência nas regiões onde se encontram e à sua volta há muitos caminhos a percorrer, por objectivos religiosos e de fé, culturais, de con-tacto com a natureza e com o patri-mónio das regiões, ou simplesmente para exercício físico».Os roteiros incluem o Convento de Avessadas, na região de Marco de Canaveses, o caminho em redor do Convento de Balsamão, no nordes-te transmontano, o trajecto entre o Fluviário de Mora e o Santuário de Brotas, no Alentejo, e a descoberta da rota entre o Santuário de Cristo Rei até Cacilhas, junto rio Tejo e com vistas para Lisboa.A revista, que já dedicou um número aos caminhos que se dirigem a San-tiago de Compostela, em Espanha, abrange também o Santuário da Lapa, no concelho de Sernancelhe, o percurso entre Querença e o Santuá-
rio da Mãe Soberana, em Loulé, e o trilho que une a Igreja de Santa Maria Madalena ao Santuário do Bom Jesus Milagroso do Pico, em São Mateus, nos Açores.
DA MADALENA AO SANTUÁRIODO BOM JESUSSituada à entrada da vila da Mada-lena, junto ao mar, a igreja de Santa Maria Madalena é o maior templo da ilha do Pico. Com origem provável no século XVI, sofreu importantes al-terações na sua fachada no final do século XIX, mas conserva a sua primi-tiva traça no interior, onde se destaca a talha dourada da capela-mor e dos altares laterais, os azulejos historia-dos e o seu conjunto de imagens. A frontaria é composta por corpo prin-cipal ladeado por torres sineiras que
TEXTO / Revista “Itinerante” | SNPC
ENSAIO
TurIsMO rElIGIOsO EM alTa
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correspondem à largura das naves laterais.Por seu lado a igreja de Nossa Senho-ra das Candeias, situada na povoação de Candelária, na ilha do Pico, foi fun-dada em 1803.É na Igreja de São Mateus que se en-contra o Santuário do Bom Jesus Mi-lagroso do Pico. Esta igreja é uma das mais ricas e majestosas da ilha. A actual igreja, sob a invocação de São Mateus, foi construída entre 1838 e 1842.Com 33 metros de comprimento, pos-sui três naves sustentadas por pesa-das pilastras. No teto da capela-mor encontra-se pintada a fresco uma pormenorizada cena do Ecce Homo (‘Eis aqui o homem’ foi como Pilatos apresentou Jesus Cristo, preso e fla-gelado, antes de ser decidida a sua condenação à morte). Numa das ca-pelas laterais, destaca-se a imagem do Senhor Bom Jesus Milagroso, pre-ciosa pelo seu diadema e pelas ricas capas que lhe têm sido oferecidas.Foi em 1962 que este templo foi ele-vado à categoria de Santuário. A sua grande festa tem lugar a 6 de Agosto, com romeiros vindos das mais diver-sas origens e os picarotos a chega-rem na sua maioria a pé.Este percurso leva-nos da Igreja de Santa Maria Madalena ao Santuário do Bom Jesus Milagroso do Pico, em São Mateus. Para além de constituir um percurso pedestre muito inte-ressante do ponto de vista turístico, pode também ser utilizado pelos muitos romeiros que partem a pé da Madalena para o Santuário, nos pri-meiros dias de Agosto.
IGREJA DE SãO MATEUSA primeira metade do percurso acom-panha sempre o mar, com passagem pela espectacular Paisagem da Cultu-ra da Vinha da Ilha do Pico, classifica-da Património Mundial desde 2004. Essa parte do percurso é sempre plana, com bom piso excepto na zona perto do lugar de Fogos. O caminho faz-se sempre entre o mar – com forte actividade pesqueira e de observação de baleias e com a bela ilha do Faial do outro lado do “canal” – e a vinha, abrigada nos currais de pedra negra e
quente. Ao longe pode ainda avistar-se (quando não está “protegida” por nuvens) a imponente montanha do Pico, com os seus 2.351m de altitude, medidos no alto do Piquinho. A partir da Candelária, o percurso sobe um pouco, para seguir a meia encosta, por zonas rurais e de flores-ta, passando por alguns lugares ha-bitados, até São Mateus. Nesta parte do trilho podem-se observar muitos exemplares da flora nativa açoriana, bem como paisagens dos mares do sul do Pico, onde ocorreu a maior parte da caça à baleia.É um percurso um pouco longo, qua-se todo em bom piso e bastante plano no início, ganhando altitude apenas na segunda parte, até ao Santuário situado em São Mateus.Dificuldade: 8/10; distância: 18.8km; duração: 5h30; ascensão total: 570m
ENSAIO
a PrIMEIra rEVIsTa NaCIONal
TrIlHOs a PÉ lEVaM aOs saNTuÁrIOs
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SOB ODESERTO
Estamos na his-tória;CansadosComo pássaros nostálgicosÀ esperaDe Outonos (próprios) para exportação
Sob o deserto (nasce) a palavra Cacto.Avaro pensamentoDe estarmos sósComo cavalos febrisNa viagem do corpo.
Apodrecendo em OutubroEstamos na história;CansadosComo pássaros nostálgicosà esperaDe Outonos (próprios) paraexportaçãoAssim a luzFosse laranja. Madeira secoPunho rubro no cimento do corpo: Ontem.
* Poeta madeirense (n.1954)
TEXTO / Carlos Alberto Fernandes *
FOTO / Bruno Ázera
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O MuNDO nÃO PASSA DISTO
Em Madrid há uma estrada que não tem fim. Está cheia de edifícios “art nouveau”, “art deco” e de outras artes absolutamente anónimas. E há inumeráveis pessoas que se passeiam por aquela rua sem fim. E porque não tem fim, essas pessoas não sabem para onde vão. Mas essas pes-soas também não sabem de onde vêm, porque a rua também não tem princípio. Isto em Madrid e em qualquer outro lado do mundo. As pes-soas não têm princípio, não têm fim. Não têm passado e, o que é muito doloroso, não têm futuro. Há, em Madrid, uma manifestação demolidora: Plaza Neptuno, Cibeles, Gran Via, Puerta del Sol. Violência e poder. Poder e violência.Poder contra a violência, violência contra o poder. Em Espanha nunca se soube dialogar. Na política, onde uma guerra civil destruiu quase tudo. No futebol, onde a rivalidade Real Madrid/Barcelona faz da nossa rivalidadeBenfica/Porto um brinquedo de crianças. Na religião. Onde não há meio-termo: Ou muito conservadores ou ateus convictos. Ódio é uma realidade comum por essas bandas.Há mais de 60 anos Ghandi dizia que «olho por olho, dente por dente, e o mundo ficará cego». É verdade. E é tarde. Acho que o mundo já está quase cego.A cegueira do mundo é como o verão de Madrid: 45 graus à sombra. Festa, gritos, risos, risos, risos. Inúmeros seres humanos a fingir que são felizes, a esconder uma quase insuportável vontade de chorar, chorar imenso. Há certas formas de alegria que não passam de uma refinada forma de desespero. Numa cidade grande percebe-se como quase ninguém ama quase ninguém. As pessoas vão-se cumprimentando, conhecendo, con-versando, comendo, devorando, destruindo umas às outras.No meio de tudo isto percebo que os seres humanos têm cada vez mais amor para receber e menos amor para dar. Jesus percebeu tudo isto.
OPINIÃO
TEXTO / Pe. José Júlio Rocha
VuL-cÃoVer-DeA necessidade de con-tactar com a natureza, sorver dela todas as energias positivas que ela nos emana, era tanta que saímos apressados carregando às costas uma mochila com um leve e delicioso farnel para alimentar o estô-mago quando este re-clamasse alimento. Para alimentar a vontade de sossego e de repouso levávamos expectativas e desejos de encon-trar ar puro, pássaros chilreando, silêncios renovadores e uma pai-sagem, tão carregada de energias positivas e conforto, que só a von-tade de a respirar já nos transformava por den-tro o estado de espíri-to, eliminando deste as amarguras e as preocu-pações do dia-a-dia.Do alto tínhamos a sen-
sação que abraçávamos com os olhos todo aque-le verde e toda aquela água pacífica e aveluda-da. Quando demos con-ta já tínhamos feito um pacto de confiança e lá fomos nós à descober-ta de outra perspectiva. Demos início à aventura que há muito havíamos combinado experimen-tar. Começamos a des-cer e a adrenalina sabia cada vez mais acompa-nhada por gargalhadas e comentários de deleite…Era tudo tão novo numa paisagem, tantas e tan-tas vezes fotografada e comentada. Nada era como diziam, pois só é possível saber a que sabe o sossego quando este toma conta de nós e nos purifica a lava que nos percorre as artérias.Fomos conquistando cada metro de trilho com pegadas de satis-fação e curiosidade e sentíamos que penetrar aos poucos no íntimo da natureza era como se também fossemos uma porção de água ou uma rocha vulcânica das imensas que compõem tão maravilhoso projec-to da mãe natureza. Não vimos fogo mas sa-bíamos que estava lá, en-coberto pelo persistente verde que se deitava no nosso olhar incendiado de beleza e bem-estar. Sabíamos que tal como o ar que nos rodeava e nos purificava, sob nos-sos pés, um vulcão rugia breves soluços marcan-do em nossas mentes a lembrança da sua exis-tência.
PARTIDAS
TEXTO / Sandra Fernandes
FOTO / João Pedro Pacheco
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F E V E R E I R OS — 7 14 21 28 —T 1 8 15 22 — —Q 2 9 16 23 — —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —
M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —
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M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —
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A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —
S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —
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DE
Chegados à beira de água, e para aliviar o cansaço da descida descalçamos os sapatos e sentamo-nos a olhar tamanha beleza e a contemplar toda aquela calma, que nos era ser-vida em tons de verde azul. Realmente mag-nífica Lagoa do Fogo que se ajoelhava à nos-sa frente, adorada por gaivotas dançantes que exibiam coreografias inéditas entre os raios de sol e pinceladas de nevoeiro, onde os pen-samentos corriam de-senfreados dando lugar a relaxantes sensações…Que paz… Que sossego.
NADA ERA COMO DI-zIAM, POIS Só é POSSí-VEL SABER A qUE SABE O SOSSE-gO qUANDO ESTE TOMA CONTA DE NóS E NOS PURIFICA A LAVA qUE NOS PERCOR-RE AS ARTé-RIAS.
PARTIDAS
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TOTAL . . . .
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Importância
IVA em regime de isenção
Viatura nº __________
Local de Carga ______________________________________
Local descarga ______________________________________
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Hora ________ h ________
Recebido por ______________________________
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U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo • Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008 Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data
AGUENTA V E R D O S
FAYAL SPORTFactos e Figuras
Armando Amaral
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M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —
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S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —
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30 julho 2012 / 28
“O sábio procura a sabedoria,o tolo encontrou-a.”
georg Lichtenberg
CARTOON
óCIOS / OPINIÃO
AS MAiS vISTASONLINE
quer Movimento Abolicionista da Tauromaquia SANçÕES PARA EVENTOS TAURINOS COM MENORES DE SEIS ANOS
Rendimento Social de Inserção NOVAS REgRAS VÃO AUMENTAR NúMERO DE POBRES NOS AçORES
F. S.
QUESTIONÁRIO
OS AçORES SÃO UM PA-RAíSO EM TERMOS TU-RíSTICOS?sIM 111 (79,86%)
NãO 28 (20,14%)
TOTal: 139 (100%)
ENTRETENIMENTO / OPINIÃO
07 maio 2012 / 28
“Citação e/ou frase aqui.”
AS MAIS VISTASONLINE
A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?
QUESTIONÁRIO
SIM
NÃO
CARTOON
Título Aqui
Título Aqui
ESPLANA-
DAS
À BEIRA MAR...
TEXTO / Frederica Lourenço
Imagine-se numa, assim ao final do dia, a ver o pôr-do-sol, estendido numa chaise longue, e a tomar uma cerveja com os amigos. Para muitos como eu esplanadas seriam coisas que acontecem naturalmente em locais onde existe praia, porque faz parte do significado de férias e de relaxe, certo? Errado. Pelo menos no que à ilha Terceira diz respeito. Não sei bem ainda qual o fenómeno: quando temos coisas ligeiramente parecidas com esplanadas, os seus proprietários tratam de as fechar, assim com coisas semelhantes a lo-
I am a fan of
nas, preferencialmente em tons bem escuros e opacos, numa tentativa de criarem micro-climas parecidos com estufas no deserto. Ou, talvez , o objectivo seja altruísta e queiram apenas proteger os clientes de ex-posições excessivas aos raios UV, numa tentativa de diminuir a taxa de incidência de cancro de pele. Mas a verdade é que há qualquer coisa que impede os comerciantes locais de acharem que esplanadas viradas para o mar, e sem nada que impeça a vista, possam ser negócios que va-lham a pena, numa terra aparente-mente turística. Aparentemente.
Quase nas Festas da Praia.
Já reserveimesa.
30 julho 2012 / 29
CAiS DAS POÇASA festa “Cais das Poças” decorre de 3 a 5 de Agosto nas Flores com os Ronda da Madruga-da, João Pedro Pais e Full Kords com cabeças
3 A 5 DE AGOSTO
de cartaz.Para além da diver-são nocturna é uma festa direccionada para as actividades e desportos náuti-cos, destacando-se
FLORES
a realização de um Torneio de Pesca Des-portiva, assim como a distribuição gratuita de um Caldo de Peixe a todos os que pre-tendem degustar a saborosa gastronomia da ilha.No recinto da Festa existirão as tradicionais tascas e restaurantes.
LACERDA onlineO portal “Cultura Açores”, da Direcção Regional da Cultura, passou a disponibilizar no Centro de Conhecimento dos Açores o “Espólio Francisco de Lacerda”.Este conteúdo divulga o acervo de Francisco de Lacerda existente no Museu de Angra do Heroís-mo, que contém inúmeras peças e documentação com uma grande riqueza de informação e permite ter um conhecimento mais aprofundado da reali-dade social da época em que viveu.O espólio de Francisco de Lacerda integra docu-mentação muito variada, sendo constituído por composições originais, correspondência, canções populares, cartazes e panfletos e fotografias.O conteúdo divide-se em três partes: “Projecto”; “Vida e Obra” e “Espólio”. Neste último campo po-dem ser efectuadas pesquisas pelas seguintes ca-tegorias: “Álbum de fotografias”; “Correspondên-cia”; “Documentação Biográfica”; “Documentação Diversa”; “Memorabilia”; “Partituras” e “Progra-mação/Divulgação”.
a associação Cultu-ral Burra de Milho foi fundada em 2007 por um grupo de amigos com um interesse co-mum: contribuir para o panorama cultural e artístico dos aço-res, promovendo e apoiando jovens cria-dores como motor de desenvolvimento social, com especial incidência na criação de novos públicos e no apoio e produção de actividades cultu-rais alternativas.desde a sua funda-ção, a Burra de Milho realizou 6 extensões na ilha Terceira do INdIElIsBOa, com parcerias na Gra-ciosa, Faial e são Miguel; tem sido responsável pela or-ganização do laB-JOVEM – Concurso de Jovens Criadores dos açores, promo-vido pelo Governo regional dos aço-res; tem promovido formações diversas como: Iniciação à Fo to grafia, Fotogra-fia digital, Hip-Hop, Pintura urbana, dan-ça Contemporânea, Teatro, Vídeo, entre outras. apresentou mostras de cinema da Gulbenkian – pro-jecto de novos reali-zadores; mostras de dança contemporâ-nea da Vo’arte; mos-tras de cinema em parceria com o 9500 Cineclube (Ponta delgada) como se-jam a de agnés Var-da ou o dOCEurOPa – 27 países, 27 docu-mentários; e mostras como o Inshadow – festival internacional de vídeo, performan-ce e tecnologias, e, mais recentemente, o amostra-me Cine-ma Português, uma mostra anual de ci-nema contemporâ-neo.Presentemente en-contra-se na fase de produção de dois do-cumentários e de pu-blicação de um livro.
CULTURA
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MOuNT KIMbIETEXTO / Adriana Ávila
Mount Kimbie são uma dupla inglesa forma-da em 2008, tem como elementos integran-tes Dominik Maker e Kai Campos. Até à data, apenas lançaram um álbum em 2010 denomi-nado Crooks & Lovers, integrando 11 temas com o selo da Hot Flush Records. O género musical deste grupo percorre o Downtempo, Dubstep e o Experimental, trabalho que foi alvo de boas críticas por revistas específicas da área, nomeadamente a Pichfork e Revista Vice.
CARbONATED
No ano transato, apresentaram o EP Carbonated, dis-co que conta também com a participação e remistu-ras de outros músicos. De momento, os Mount Kimbie encontram-se a preparar o seu novo álbum que será lançado pela Warp Records numa data a definir.
ANTIGUIDADESEsta patente no Centro Cultural de Vila Franca do Campo, uma exposição intitulada “História de um povo através das antiguidades”, na qual está expos-to um vasto leque de artigos antigos coleccionados pelo professor José Cabral, ao longo dos seus 80 anos de vida.
FOLCLORE NA RELvAA freguesia da Relva, em S. Miguel, recebe, a 4 de Agosto, a vigésima edição do Grande Festival de Folclore da Relva – Mostra Folclórica do Atlântico.Este ano participam no evento os grupos folclóricos da Grujola – Lagoa; Fajã de Baixo;Folk dance group “SAIME” da Letónia; Grupo Fol-clórico Nossa Senhora da Graça - Porto Formoso; Rancho Folclórico Rosas do Lena,Batalha; Rancho Folclórico Casa do Povo do Livramento; Folk Dance Group “Mali Gorzowiacy” da Polónia e Grupo Fol-clórico Cantares e Balhados da Relva.
NOITEs, de prestígioPonta Delgada volta a receber este ano a iniciativa Noites de Prestígio, promovida pela Câmara Muni-cipal.Na Praça do Município vão passar, 1 de Agosto, Pau-lo Linhares e Bárbara Moniz (fado); a Filarmónica Nossa Senhora das Neves, da Relva, a 8 de Agosto; Vânia Dilac e Banda Negra, a 15 de Agosto; o Grupo de Música Popular Mar à Vista, a 22 de Agosto; e Luís Alberto Bettencourt, a 29 de Agosto.
CULTURA
30 julho 2012 / 31
FESTAS DA PRAIAComeça esta sexta-feira mais uma edição das Fes-tas da Praia da Vitória que decorrem até ao dia 11 de Agosto. Como é da praxe, as festividades tem início
OS CARNAVAIS
com a inauguração da Feira de Gastronomia do Atlântico, que este ano assinala a sua 13ª edição.No primeiro dia, des-taque ainda para o desfile de filarmónicas entre o Largo da Luz e a Avenida Álvaro Mar-
tins Homem, e para o concerto dos Mazelab no Pal-co Marina.Sábado tem lugar a abertura oficial das Festas com o cortejo dedicado ao Carnaval. Na Music Resort tocam os terceirenses October Flight.Domingo é a vez do desfile etnográfico pelas ruas da Praia e concertos de Hands on Approach e Avô Cantigas.
Tem lugar de 5 a 12 de agosto, na Hor-ta, mais uma edi-ção da semana do Mar, o maior festi-val náutico do País.a edição deste ano conta com a rea-lização de provas de vela de cruzei-ro, de canoagem, de botes baleeiros, de natação e de polo aquático, para além do VII Encon-tro Internacional de Vela ligeira, en-volvendo regatas nas categorias de Optimist, l’Equipe, 420, laser radial e access.Para além do cariz marítimo tem lu-gar inúmeros con-certos e actuações de filarmónicas e grupos folclóricos de várias naciona-lidades.
3 A 11 DE AgOSTO
OPINIÃO / AgENDA
OPINIÃO / AGENDA
07 maio 2012 / 31
CLOUD
HOUSETEXTO / Rildo Calado
HEADLINE HERELores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosse-quam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia
TITLE HERE
dolorestibus conse-quate int entus quo doluptiatus dolo earum rem arum volora vita arum reictissi utatae. Et aborero cone etur, cuptatem que com-moluptas quiae et, ve-liqui accusam facculp
TITLE HERE
ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpo-riate invellaut expediciis quias mos sam alite quid quas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe
Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia si-tias millupis et om-nim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con cor-ectatiam dolorese pratiant quam que volo molorro ex et vit qui ditessun-di unte ella nate nobitatem quis quossimodia quis delisci psapedi beritem ilit quis in-venis consequ un-dignam aut most, cum fugition eium eratur res ipsamus eatum etur sapitat iaecaep udaera-tiatur aditatis no-bitib usante qui as rersperae latis ex exerae. Ipicipitium que et, quatur res
Foi projecta-da pelo atelier de arquitectura McBride Char-les Ryan www.
mc-br idech ar-
lesryan.com.au,
e fica em Mel-boure, na Aus-trália. Construída
para ser uma ampliação de uma casa antiga em estilo “Edwardian”, este anexo em forma de nuvem tem a sua fachada principal voltada para tardoz, enquanto que a fachada antiga, que dá para a rua, foi preserva-da de forma a perpetuar a coerência formal da leitura da rua. Funciona como área de estar e lazer da casa, e permite uma contemplação perfeita da piscina e área verde do logradouro, através da sua imensa cortina de vidro. No interior, a forma de “nuvem” dá-nos um ambiente quase cénico e dramático, criando uma lin-guagem muito própria, onde os limites das paredes, tecto e pavimento, se diluem numa relação dinâmica de concavidades sucessivas.
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