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08 Relacionamento Químico
— DOM 00h03min – Asa Sul (Bairro de Brasília – DF) —
Após repousar a minha cabeça sobre o travesseiro, é impossível continuar mantendo a
realidade afastada. Meu corpo encontra-se pesado, minhas pernas doloridas por ter caminhado o
dia todo. Normalmente, todo esse cansaço deveria trazer o sono rapidamente, porém, por alguma
razão, não consigo dormir.
Hum... Pensando melhor, acho que sei qual é o motivo.
Meu apartamento é bem pequeno, com apenas cinco cômodos, o que torna possível ouvir o
barulho do chuveiro vindo do banheiro no corredor. Ao fechar os olhos, consigo imaginar Alice
tomando banho. Posso visualizar até mesmo as gotas de água deslizando pelo corpo dela. Por causa
disso, estou me sentindo estranha, envergonhada e um pouco culpada. Mas o pior de tudo é que
não sei como explicar ou expressar todo esse emaranhado de sentimentos e excitação, afinal, tudo
isso ainda é novidade para mim.
Uaa... Era só o que me faltava... Estou virando uma pervertida...
Me debati e rolei freneticamente pela cama por vários segundos, tentando afugentar esse
formigamento que revirava o meu estômago.
Ah, fala sério! Por que sou incapaz de controlar o meu próprio corpo?!
Em certos momentos, penso que estou sendo muito fria, mas, em outros, fico incomodada por
estar sentindo demais. A única certeza que tenho é que Alice é o epicentro de toda essa mudança.
Quando estamos juntas, sou uma espécie de animal domado, frágil, indefeso. Entretanto, assim que
nos separamos, me torno uma pessoa livre dessas limitações, desequilibrada e impiedosa. Não sou
abalada por qualquer palavra ou situação. Fico psicologicamente invulnerável, perigosa.
Neste exato momento, tenho total consciência de que não posso me separar dela, pois sei que
se o fizer, inevitavelmente acabarei cometendo os mesmos erros terríveis do passado. Serei excluída
novamente, odiada novamente, abandonada novamente...
Bem, mudanças me assustam, isso é fato. No entanto, não consigo deixar de lado esse desejo
de finalmente ser aceita pelas pessoas à minha volta.
Nesse momento, sinto alguém tocar a minha testa. Ao abrir os olhos, encontro o rosto de Alice
há poucos centímetros do meu. Ela usa um vestido de seda roxo absurdamente curto que deixa muita
pele exposta. Seus cabelos ainda estão úmidos, algumas gotas de água escorrendo pelo seu rosto,
percorrendo as curvas das suas bochechas até desaparecerem após tocarem o lençol.
— Cai fora. — Sussurro.
Bem, essa é uma situação tão corriqueira que sequer fui pega de surpresa. Minha companheira
de apartamento é uma mulher sorrateira que adora provocar os outros, então é apenas natural que
eu reaja assim em resposta as travessuras dela.
— Ah, qual é? Deixa eu dormir aqui hoje? — Fez biquinho. — Prometo que ficarei quietinha.
Entretanto, tal argumento e seus dedos brincando com os fios da minha franja se contradizem
completamente.
— Não mesmo. Volte agora para a sua cama.
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— Uuh... Por que você é tão má comigo? Deixa, vai? Por favorzinho? — Recebi três cutucões na
minha bochecha.
— Talvez, mas apenas se você começar a ser verdadeira comigo. O que realmente está fazendo
aqui? Tenho certeza de que não é só para ficar torrando a minha paciência.
Demonstrando surpresa, Alice se afastou.
— Não há nada de errado...
É mentira. Sei que por detrás desta feição alegre, encontra-se alguém em pedaços. Apesar de
veemente tentar mostrar que está bem, seus verdadeiros sentimentos transparecem.
— Você é péssima quando se trata de fingir.
— Eu... estou bem. É verdade.
Suponho que Alice esteja apenas com medo de passar a noite sozinha, temendo ser atacada
durante os sonhos pelos pesadelos que vivenciou enquanto estava acordada. Não quer ser pega
gritando novamente, chorando novamente.
Ao me dar conta disso, é impossível que eu não sinta um pouco de amargura. Saber que sou
apenas um objeto para curar a solidão de alguém não proporciona bons sentimentos.
— Não vou discutir. — Digo, sentindo-me um repentinamente emburrada.
Fecho os olhos e tento dormir mais uma vez, entretanto, a presença da mulher de cabelos
pretos não permite que o sono se aproxime. O dedo dela roçando a minha pele relaxa o meu corpo
como se fosse uma espécie de remédio calmante, relaxante. A fadiga que eu sentia poucos segundos
atrás desapareceu completamente.
Mantendo certa cautela, ela começou a tocar outras partes do meu rosto, vendo até onde eu
permitiria a sua aproximação. Como não esbocei reação negativa, prosseguiu até o meu pescoço,
provocando uma súbita onda de arrepios.
— Não tentará resistir, Lilian...? — Repetiu a pergunta de mais cedo. E, assim como daquela
vez, nenhuma palavra escapou pela minha boca. — Não me diga que está gostando...?
O barulho dos nossos corações batendo forte ecoam pelo quarto, unindo-se numa insana
melodia fora de ritmo. Mesmo sem enxergar, sei que Alice está hesitando, quem sabe até tremendo,
porém, igualmente curiosa. Acredito que nesse momento não passo de um ratinho de laboratório
para ela.
“Quais expressões conseguirei arrancar de você?”, “Por quanto tempo manterá essa máscara
calma e fria?”, “Até onde conseguirá se controlar?”. Tenho certeza de que perguntas como essas
estão passando pela cabeça dela.
— Você é tão linda...
O dedo da minha companheira de apartamento subiu novamente e desenhou as curvas dos
meus lábios. Novamente, meu corpo estremeceu, dessa vez de maneira mais explícita. Depois,
quatro dedos me tocaram e, gentilmente, caminharam até a minha nuca. Logo depois, desceram
rumo ao meu ombro desnudo. Após uma pequena pausa, passearam pela minha camiseta até o meu
estômago, onde, sem esperarem por permissão, puxaram a camada de pano um pouco para cima.
Sinto que é o fim, eu perdi. Estou totalmente à mercê dela.
— Mm... Nn...
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Um som abafado escapou pelos meus lábios assim que tive o meu umbigo tocado. Após ouvir
a minha voz, Alice, tomada por uma onda de excitação, retirou minha camisa de uma só vez,
deixando-me desprotegida. A única e fútil reação que tive foi tentar esconder os meus seios com os
braços, barreira que desmoronou logo em seguida, quando meu pulso direito foi agarrado e movido
até a cabeceira da cama.
— Ah...
Os cabelos de Alice roçavam constantemente a minha pele.
Podia sentir o leve odor de uísque do hálito dela.
Conseguia ouvir o som da sua respiração acelerando mais e mais.
Eu ainda mantinha os olhos fechados, pois não conseguia reunir a coragem necessária para
abri-los. A intensa vergonha e medo que sentia não permitia.
— Uug...
Me arrepiei novamente assim que a boca da mulher de cabelos pretos tocou o meu pescoço e
desceu vagarosamente até o meu seio esquerdo.
— Aah, ah... Nnn... Ah...
Espasmos sacudiam os meus joelhos sempre que a língua dela se movia. Parecia estar sugando
toda a energia que restava em meu corpo.
— Espere... um pouco...
Dominada por uma súbita onda de pânico, tentei me afastar. Porém, os dedos dela
entrelaçaram-se aos meus e prenderam minha mão contra o colchão. A outra alcançou meu seio
direito, estimulando o mamilo.
— Olhe para mim.
Como sempre, não consegui recusar o pedido dela, e, lentamente, reabri os olhos. A claridade
que o abajur espalhava pelo quarto era mínima, mas ainda assim, pude enxergá-la perfeitamente.
Suas íris pretas e brilhante feito pérolas, seus lábios volumosos e avermelhados, sua expressão
travessa, todos os pequenos detalhes que faziam o interior do meu corpo ferver. Alice exercia sobre
mim o mesmo efeito que uma droga poderosa tinha sobre um viciado.
— Boa garota. Agora está na hora de receber a sua recompensa...
A mão dela tornou a dançar, descendo pelo meu estômago até encontrar o meu short.
Desabotoou um dos seus botões e desceu um pouco mais, fazendo transbordar por todo o meu
corpo um calor que eu nunca havia sentido antes.
Porém...
— Já chega. Pare com isso.
Tomada por um breve momento de racionalidade, consegui me livrar das garras da minha
chefe. Havia lembrado dos motivos para ela ter vindo me procurar, e o porquê dessa situação ser
totalmente errada.
Alice estava me usando para fugir da realidade, tratando-me como uma espécie de muralha
para protegê-la dos demônios que a perseguiam, aproveitando-se da minha incapacidade de dizer
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‘não’. Ao me dar conta disso, os sentimentos de paixão e excitação que eu vinha sentindo foram logo
substituídos por amargura e depressão. Quem sabe até um pouco de raiva.
Sinceramente, já estou farta. Mas farta de quê, exatamente? Não sei qual é a resposta... Não
sei se algum dia vou encontrar a resposta.
— Ei, por que até mesmo em um momento íntimo como esse, você continua mantendo essa
fachada? — Pela primeira vez, tomei a iniciativa. Levei uma das minhas mãos até a parte de trás do
pescoço dela e a puxei para perto, fazendo nossas testas se tocarem. — Por que o seu sorriso parece
forçado? Por que a sua voz soa como a de alguém prestes a chorar? Por que... você ainda não me
beijou?
Na minha concepção de sexo, essa era a parte primordial, o início de toda a relação. Entretanto,
ela simplesmente havia pulado a introdução e corrido direto até o clímax. Uma ação que só consigo
julgar como “puramente egoísta” por parte dela.
Alice permaneceu em silêncio por alguns segundos, provavelmente pensando em uma resposta
capaz de me ludibriar. Mas ao notar que não havia uma, apenas suspirou profundamente e abaixou
a cabeça.
— Fuaa... Eu realmente não gosto desse lado seu... — o sorriso dela desapareceu. — Parece
que sou um livro aberto para você.
Finalmente, uma verdade.
— Você sabe muito bem que tipo de pessoa eu sou, então pare de me tratar com ingenuidade!
Chega de insistir em mentiras que não funcionam comigo! Não diga que está se sentindo bem
quando não está! — olhei no fundo dos olhos dela, sem piscar, impedindo-a de escapar. — Você não
está mais sozinha, idiota... Eu sou sua amiga, não sou?! Alguém que está sempre disposta a te ouvir
quando precisar desabafar!
Aha, então esse é o meu limite?
Já fui usada como objeto incontáveis outras vezes, mas essa é a primeira vez que fico irritada
ao ponto de gritar com alguém. Acho que finalmente entendo o significado da frase “nada dói mais
que um coração partido”.
Alice pode ter vindo até mim, mas poderia ser qualquer outra pessoa, não exatamente eu.
Precisava apenas ser alguém com a capacidade de preencher o vazio em seu coração.
— Você sabe quem é a pessoa que atirou em Marta, não sabe? Posso saber o motivo para não
me contar quem é?
Minha voz soou de forma fria e imparcial como sempre. Entretanto, dentro de mim crescia uma
vontade incontrolável de me vingar. Fazê-la pagar por estar me machucando com a sua falta de
confiança.
Estou decidida a arrancar toda a verdade que ela esconde com tanta veemência. Mesmo que
seja necessário reabrir suas feridas... Mesmo que eu acabe destruindo a mim mesma no processo.
“É assim que você funciona, Lilian. Quando machucada, de uma maneira ou de outra,
conscientemente ou inconscientemente, acaba deixando cicatrizes em todos ao seu redor.”
Acho que também entendi o que a minha mãe queria dizer com essa frase.
— Por um acaso não confia em mim? A única pessoa em todo este planeta que ainda liga se
você está respirando ou não?
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A expressão de Alice desmoronou nesse momento, trazendo à tona apenas choque, medo e
pânico.
Meu Deus, eu terminei de quebrar ela...
— Não, não, não... Não é nada disso! Essa não era a minha intenção! Eu valorizo a nossa relação
mais do que qualquer outra coisa! Você precisa acreditar!
— Então me prove! Faça com que eu acredite! Diga o que realmente quer de mim!
Nesse momento, fui pega de surpresa. Alice me abraçou com toda a sua força e escondeu o
rosto entre os meus seios.
— Ahn?
Eu esperava que ela fosse se afastar de mim, levantar da cama e fugir para bem longe afim de
evitar uma briga. Porém, acabou fazendo o completo oposto, ficando mais perto, transferindo ainda
mais do seu calor.
Apenas agora notei que estava entendendo tudo errado.
Talvez, só talvez, Alice estivesse escondendo o seu sofrimento para me poupar. Não por que
desprovia de confiança, tampouco por que a minha companhia era sem importância. Mas sim por
que ela não queria me incomodar com o seu sofrimento.
Assim como eu, minha companheira de apartamento tentava ao máximo não envolver os
outros nos seus problemas.
Quando as lágrimas dela tocaram a minha pele, comecei a me sentir a pior pessoa do mundo.
Minha garganta estava impregnada com o gosto amargo de ter sido cruel com alguém que ainda
encontrava-se em estado de choque.
Agora pude ter certeza que o incidente de hoje cedo não havia sido o primeiro que ela tinha
presenciado. Alice provavelmente perdeu outra pessoa em alguma tragédia semelhante, alguém
realmente importante, uma que a traumatizou profundamente. O que minha chefe viu naquela rua,
não passou de um gatilho para memórias ainda mais dolorosas.
Por conta disso, ela veio atrás de mim para tentar aliviar essa dor, mas a minha atitude
ignorante provocou o efeito oposto.
— Desculpe-me, Lilian... No momento, não posso responder a sua pergunta. Isso não se trata
de confiança ou algo do tipo. É apenas por que envolvem problemas do passado que não consigo
compartilhar facilmente. Entendo que esteja preocupada comigo, mas dessa vez não estou sofrendo
tanto, pois sei que esse trauma será bem mais fácil de superar. Tudo por que você está aqui comigo.
— Não... Sou eu quem deve se desculpar. Foi errado gritar com você.
— Quanto a questão do beijo... Bem, uma vez, quando eu era apenas uma criança boba,
prometi para mim mesma que só beijaria alguém que amasse profundamente. Apenas a pessoa com
a qual eu passaria o resto da minha vida. — Deu um sorriso torto. — É um juramento bem idiota,
não é? Mesmo que estivéssemos prestes a fazer coisas bem piores, he he...
— Não acho que seja idiota. Na verdade, tenho inveja de você por se esforçar para proteger
algo tão nobre quanto uma promessa de infância.
Eu não tenho nada assim. Nenhum juramento importante, nenhum plano para o futuro. Sou
uma grande casca vazia.
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— Acho que o clima foi completamente arruinado, não é? — Pressionou o rosto ainda mais
forte contra o meu corpo. Suas lágrimas não paravam de cair. — Presumo que não conseguiremos
continuar de onde paramos...
— Não tem problema. Você começou a se abrir um pouco para mim, o que já me deixa feliz o
suficiente. Fora que... não era o momento certo para isso.
Menti.
— He he... Você é tão boa comigo. — Isso... não é verdade. Eu não sou uma boa pessoa. —
Obrigada por ouvir o meu desabafo idiota. Para compensar, prometo te pagar um milk-shake de
morango mais tarde.
Por favor, não diga mais nada.
— Pode ter certeza que irei cobrar.
— Você não está planejando me expulsar daqui agora, não é? Posso ficar mais um tempo?
Cale-se. Pare de me machucar ainda mais.
— Fique pelo tempo que precisar.
— Obrigada.
— Alice, agora fiquei curiosa. Você alguma vez já beijou alguém?
Ela ergueu o rosto, sua pele um pouco corada. No início mantinha um olhar cauteloso, mas ao
notar a minha feição indiferente, abriu um largo sorriso. Aparentemente, ficou feliz por todas as suas
revelações não terem me “afetado”.
— Isso é segredinho. — Deu uma piscadela.
Mal sabe ela que o meu interior está gritando.
Bem diferente do livro aberto que Alice é, eu sou como pinche, obscuro e impenetrável. Um
pântano extremamente poluído o qual é impossível enxergar seu interior.
Como posso estar cobrando a verdade dela quando na verdade sou aquela que mais está
mentindo? Por que não consigo demonstrar o que sinto, mesmo que seja só um pouco, assim como
ela fez?
Ah, talvez eu não tenha mudado tanto quanto pensava. Continuo sendo a mesma pessoa fria e
sem consideração de antigamente.
Após se acalmar, Alice fechou os olhos e respirou profundamente, como se tivesse procurando
absorver o máximo que pudesse do meu cheiro. Sem saber como reagir, apenas dei um sorriso torto
e comecei a acariciar a cabeça dela.
Jesus Cristo... Eu realmente sou uma pessoa horrível e uma ótima mentirosa.
Foram necessários poucos minutos para que a mulher de cabelos pretos caísse em um sono
profundo. Já eu, passei mais de uma hora fitando o teto, pensando em nada relevante, sentindo
nenhuma emoção em especial. Minha mente estava estática, parada no tempo. E quando o sono
finalmente me alcançou, não sonhei com nada, não tive pesadelos. Existiu apenas o profundo vazio
no meu cérebro. Talvez estivesse apenas cansada demais para continuar pensando na complexidade
de estar viva e no quanto é doloroso ter sentimentos.
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Ao acordar na manhã seguinte, não fiquei surpresa após encontrar o espaço vazio ao meu lado,
pois já sabia que ela não passaria a noite toda comigo. Suas palavras e expressões na madrugada
passada apenas explicitaram que o nosso envolvimento com o atentado à Marta não tinha acabado.
Uma forte tempestade estava à caminho.
— Para onde será que você foi?
Esse sentimento de perda impregnando todo o meu ser crescia continuamente, e não
desapareceria até ter Alice novamente, segura e protegida, ao meu lado. Estava na hora de também
me levantar e avançar na direção do desastre que estava para acontecer.
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FICHA TÉCNICA
Roteiro │ ANDERSON WILLIAM
Ilustrações │ ANDERSON WILLIAM
Revisão │ RENATA ALENCAR
Upload │ NOVELAND
@NoveLandOficial
Facebook.com/novelandBR
noveland.com.br
CONFIRA OUTRO DOS NOSSOS TÍTULOS
Renata
Alencar
Ootsuka Keiko é a aluna modelo de sua escola:
Presidente do Grêmio Estudantil e do Clube de
Literatura e Poesia e Representante de Classe. Além de
sempre ocupar o primeiro lugar no ranking de notas, é
uma das garotas mais belas e cobiçadas entre os outros
estudantes. No entanto, sua personalidade exigente e
paixão por personagens de otomes games faz com que
ela não tenha nenhum namorado. Watanabe Hiiro, em
contrapartida, é o aluno com as piores notas da sala.
Sem amigos, passa todo seu tempo livre lendo mangás
ecchi e colecionando actions figures de suas ditas
“waifus”. Um dia, os dois estudantes se encontram em
uma cena constrangedora e desastrosa, que terá como
consequência o início de uma estranha amizade.
Autor(a): Renata Alencar
Ilustração: Ysis dos Santos Cobra
Gêneros: Slice of Life, Comédia Romântica,
Drama
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