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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
Responsável: M.Sc. Eng.Juliana Tieme Yagushi Contato: julianatieme@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4034
MILHO PARANENSE - SAFRA 2013/14 Novembro de 2013
A estimativa para a 1ª safra de milho,
temporada 2013/14, aponta uma redução de
aproximadamente 180 mil hectares, que
representa um decréscimo de 23% em
relação à safra passada. O Paraná terá a sua
menor área cultivada com milho na estação
do verão, superando a safra 2010/11 com
784 mil hectares.
Da área total prevista para a 1ª safra
2013/14 no Estado mais de 80% será
destinada à cultura da soja (Tabela 1). O
milho ocupará 11% da área cultivada na
estação. Na temporada 2012/13 o cereal foi
responsável por 15% do total.
A maior parte do crescimento da área
da soja e do feijão é sobre a área de milho.
Entretanto, a soja também tem ocupado
espaço de culturas como cana de açúcar,
pastagem, arroz, entre outras.
Tabela 1 - Área em hectares das principais
culturas cultivadas no Paraná na 1ª safra.
Fonte: SEAB/DERAL
Esse cenário de redução pode ser
justificado pelos preços praticados no Estado
nos últimos meses, de março a novembro de
2013 a redução no valor recebido pelos
produtores foi de 21%. O Brasil tem sofrido
as consequências de uma safra grandiosa de
milho, com produção estimada em mais de
80 milhões de toneladas, o que tem
pressionado negativamente as cotações.
Além disso, os Estados Unidos esperam
colher 355 milhões de toneladas,
recuperando os estoques do país.
Figura 1 – Preço do milho no mercado
disponível (R$ nominais por saca).
Fonte: SEAB/DERAL
A redução na área de milho é
verificada em todos os Regionais do Paraná
(Figura 1), mas deve ser dado destaque à
região Sul/Sudoeste do Estado que deverá
ter uma redução em torno de 19%. Mais de
100 mil hectares foram perdidos para a
cultura da soja e do feijão. A desvalorização
do preço do cereal e a falta de perspectiva
positiva em médio prazo motivaram a
redução em regiões consideradas
tradicionais e que não tem a opção de plantio
na 2ª Safra.
Cultura 2011/12 2012/13 2013/14
Soja 4.392.795 4.679.389 4.887.754
Milho 975.789 875.970 673.055
Feijão 247.555 214.213 235.322
Total 5.655.866 5.805.165 5.831.008
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Figura 2 – Evolução da área (mil hectares) de
milho 1ª safra nas regiões do Paraná.
Fonte: SEAB/DERAL
O período de plantio para a 1ª safra
começou no final de agosto e se estende até
final de dezembro. O cenário climático foi
favorável para implantação da cultura.
Atualmente, 100% da área estimada foram
semeadas e, desse total, 1% encontram-se
em germinação, 74% na fase de
desenvolvimento, 22% em floração e 3% em
frutificação.
Caso não ocorra algum fator climático
que interfira no desempenho da cultura, a
produção paranaense será de 5,65 milhões
de toneladas, um decréscimo de 21% em
relação à safra 2012/13.
De acordo com a CONAB, a 1ª safra de
milho do Brasil deverá ter uma área 5%
inferior à temporada 2012/13, totalizando 6,5
milhões de hectares. Da região Sul do país, o
Paraná é o Estado que apresenta maior
diminuição da área de milho.
Em relação à 2ª Safra, a divulgação da
primeira estimativa do DERAL será no dia 19
de dezembro de 2013. A nova temporada
deve vir na contramão do que ocorreu nos
últimos anos e espera-se uma redução na
área a ser semeada no Estado.
A PRODUÇÃO DO CEREAL NO MUNDO
O milho é o cereal mais produzido no
mundo. De acordo com o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a
produção média do cereal nos últimos cinco
anos foi de 837,8 milhões de toneladas. Para
a atual temporada 2013/14 a produção
esperada é de 962,8 milhões de toneladas,
11,6% maior que a safra anterior (Tabela 2).
Tabela 2 – Quadro de oferta e demanda mundial de milho de cinco safras agrícolas.
Oferta e Demanda 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
(1)
(milhão de tonelada)
Estoque Inicial 148,2 146,3 129,1 132,5 134,9
Área 158,8 164,3 171,5 176,2 177,1
Produção 819,4 829,1 876,7 862,7 962,8
Consumo 823,5 848,9 864,7 853,3 933,4
Exportação 92,7 91,7 103,8 99,7 109,2
Estoque Final 146,3 129,1 132,5 134,9 164,3 Fonte: USDA
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Os Estados Unidos são os maiores
produtores e consumidores de milho,
respondendo por 37% da produção e 31% do
consumo mundial nos últimos cinco anos. De
maneira semelhante ao Brasil, a maior parte
do milho é destinada ao uso animal, porém, o
cereal também é utilizado para produção do
combustível etanol. A estimativa é que a
demanda norte-americana de milho para o
etanol situe-se em 1/3 da sua produção. O
crescimento acentuado da produção de
etanol tem como responsável a legislação
federal, principalmente a Lei de
Independência Energética e Segurança de
2007.
Nos últimos anos, o consumo de
combustível pelos norte-americanos tem
caído e, pela primeira vez, a Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos
(EPA) propôs a redução da mistura do
bicombustível à gasolina para o próximo ano.
A proposta da EPA é que sejam utilizados
15,2 bilhões de galões de etanol, volume
16% abaixo do previsto pela lei de 2007. A
aprovação da proposta causaria uma queda
significativa no consumo do cereal nos EUA.
Na 2a posição da produção mundial
de milho está a China, responsável em média
nos últimos cinco anos por 22% da produção
mundial. O Brasil é o 3° maior produtor, com
7%.
Após dois anos consecutivos de
crescimento na produção do cereal do Brasil,
para a safra 2013/14 o USDA estima uma
redução em torno de 14% em relação à safra
anterior. O país deverá consumir cerca de
80% do total produzido na nova temporada.
A Ucrânia respondeu na média das
últimas cinco safras por apenas 2% da
produção mundial, contudo, deve ser dado
destaque à evolução de produção do país.
Em 2010 o total colhido do cereal foi de 10,5
milhões de toneladas e, para a nova
temporada, segundo o USDA, a estimativa é
de 29 milhões de toneladas, aumento de
177% no período. A Rússia também tem
aumentado sua produção ao longo dos anos,
com crescimento de 190% da safra
2009/2010 até a 2013/14, o que representa.
7,6 milhões de toneladas em valores
absolutos.
Entre o final dos anos 80 e os dias
atuais, a demanda mundial passou de 462,0
milhões de toneladas para 933,4 milhões de
toneladas, o que representa um incremento
de 100% no período. Além de grandes
produtores, os EUA e a China consomem
juntos em média 54% do milho produzido no
mundo.
De acordo com o USDA, o consumo
de milho pela China, safra 2013/14, está
estimado em 216 milhões de toneladas;
aumento de 7% em relação à safra anterior.
Mesmo produzindo uma grande quantidade,
praticamente todo o volume é destinado a
atender a demanda interna.
A expectativa internacional é que a
China passe a importar volumes significativos
do cereal. Nesse ano foram efetivados
alguns contratos com os Estados Unidos de
importação e, recentemente, o Brasil fechou
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um acordo com o país asiático, possibilitando
a venda do equivalente a R$ 4 bilhões do
grão.
Para esta temporada (2013/14), os
estoques mundiais estão estimados em
164,3 milhões de toneladas de milho, maior
valor dos últimos tempos. A exportação
mundial também deve ser maior, podendo
superar o valor recorde de comercialização
obtido na safra 2011/12 (Tabela 2).
Os Estados Unidos em 2012
perderam a posição de maiores
exportadores, devido a menor oferta do país.
Entretanto, para a temporada 2013/14 devem
reassumir a liderança, com aumento de 97%
no volume a ser escoado, totalizando 17,7
milhões de toneladas a mais em relação à
safra anterior. O Brasil assume a segunda
colocação como maior exportador do cereal,
seguido pela Argentina.
Os países que mais importam milho
do mundo, em ordem decrescente, são:
Japão, México, Coreia do Sul e União
Europeia.
A PRODUÇÃO DO CEREAL NO BRASIL
De acordo com a Companhia
Nacional de Abastecimento (CONAB), a
produção total do cereal no Brasil na safra
2012/13 foi de 81,3 milhões de toneladas,
com destaque para 2ª safra, em que houve
acréscimo em torno de 18% na área
semeada no país. Essa foi a maior produção
nacional de milho, superando o recorde
obtido no ano anterior. (Tabela 3).
A produção de milho tem sido
crescente no país, em dez anos dobrou-se a
quantidade colhida no Brasil. Com destaque
para a segunda safra de milho.
Tabela 3 - Área e produção de milho no Brasil de cinco safras agrícolas.
Fonte: CONAB (1)
Estimativa
No cultivo de verão os estados que
mais se destacam são: Paraná, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Santa
Catarina, responsáveis por 71% da produção
nacional (Figura 3).
Em relação à 2ª safra, o Paraná e o
Mato Grosso são os estados mais
importantes na produção do cereal, com
aumento significativo na área plantada nos
últimos anos. Juntos esses estados
Safra 1
a Safra 2
a Safra Total
(milhão ha) (milhões t) (milhão ha) (milhões t) (milhão ha) (milhões t)
2008/2009 9,27 33,65 4,90 17,35 14,17 51,00
2009/2010 7,72 34,08 5,27 21,94 12,99 56,02
2010/2011 7,64 35,93 5,89 21,48 13,81 57,41
2011/2012 7,56 34,95 7,60 38,70 15,16 72,57
2012/2013(1)
6,82 34,83 8,99 46,18 15,82 81,34
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respondem por 65% da produção de milho
segunda safra do Brasil (Figura 4).
Figura 3 – Principais Estados produtores de
milho 1a Safra na média dos últimos 5 anos no
Brasil.
Fonte: CONAB
Atualmente o Mato Grosso é o líder
na produção brasileira de milho, tendo sua
produção concentrada quase que
exclusivamente na 2a safra, respondendo por
25% da produção total. O Paraná vem na
sequência como o segundo maior produtor
nacional, participando com 22% do total
produzido em 2012/13. Na terceira colocação
estão os Estados de Minas Gerais e Goiás,
respondendo, por 9,0% da produção
brasileira.
Observa-se, durante as safras, uma
tendência de decréscimo na área cultivada
de milho no verão, atribuída principalmente à
opção dos produtores pelo plantio da soja.
Em contrapartida a essa redução, ocorre à
expansão no plantio do milho 2a safra
(Tabela 3). Em apenas cinco anos a área
cultivada no verão reduziu 26%, enquanto
houve um aumento de 83% na área plantada
com milho no outono/inverno no país. Faz
dois anos que a produção do cereal na 2ª
Safra é maior que o volume obtido no verão.
De 2009 a 2013 a produção brasileira
aumentou 60%, isso representa quase 30
milhões de toneladas do cereal. Contudo, o
consumo interno cresceu apenas 16%
durante o mesmo período (Tabela 4). Mesmo
com um bom ritmo de exportação, os
estoques de 2013 deverão ter o maior
volume dos últimos tempos (Tabela 4). Esse
atenderá o consumo por um período de até
95 dias. (Figura 5).
Figura 4 – Principais Estados produtores de
milho 2a Safra na média dos últimos 5 anos no
Brasil.
Fonte: CONAB
Com um cenário favorável em 2012,
maior disponibilidade do cereal no país e
uma menor oferta mundial decorrente da
quebra da safra nos Estados Unidos, o Brasil
aumentou seu market share e exportou a
maior quantidade já registrada.
Em 2013 a conjuntura internacional
está menos favorável, contudo parte do
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mercado mundial conquistado foi mantido e,
até o momento, foram escoados 19,6 milhões
de toneladas (Tabela 5).
O Mato Grosso é o maior exportador,
mas vale ressaltar a importância das políticas
do governo, que tem auxiliado a
comercialização do produto. Sem essas
políticas, um grande volume de milho estaria
disponível no mercado, comprometendo cada
vez mais o preço do cereal.
Tabela 4 – Quadro de oferta e demanda de milho no Brasil de cinco safras agrícolas.
Oferta e Demanda 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
(milhão de tonelada)
Estoque Inicial 7,68 7,11 5,59 5,96 5,51
Produção 51,00 56,02 57,41 72,98 81,34
Importação 1,18 0,39 0,76 0,77 0,60
Suprimento 59,86 63,52 63,76 79,72 87,46
Consumo 45,41 46,97 48,49 51,89 52,76
Exportação (1)
7,33 10,97 9,31 22,31 21,00
Estoque Final 7,11 5,59 5,96 5,51 13,70 Fonte: CONAB (1)
Período de fevereiro a janeiro.
Figura 5 – Estoque de milho no Brasil em dias
de consumo em cinco safras agrícolas.
Fonte: CONAB
Em 2013 os países que mais
importaram milho brasileiro foram em ordem
decrescente: Coréia do Sul (16%); Japão
(15%); Taiwan (8%), Irã (7%) e o Egito. (6%).
Vale destacar a participação dos Estados
Unidos como comprador de milho brasileiro,
segundo a Secretaria do Comércio Exterior
(SECEX), no acumulado do ano de 2013 foi
escoado do Brasil cerca de 1,04 milhão de
toneladas do cereal, 43% superior ao
exportado no ano anterior.
O maior volume do cereal é escoado
pelo porto de Santos que responde por 44%
do total. Em seguida destacam-se os portos
de Paranaguá (18%), São Francisco do Sul
(12%) e Vitória (10%).
Tabela 5 – Exportação brasileira de milho
(em grão).
ANO Volume (t) Receita (US$ FOB) US$/t
2009 7.764.970 1.258.599.893 162,09
2010 10.736.778 2.122.167.536 197,65
2011 9.459.144 2.624.194.064 277,42
2012 19.772.337 4.726.908.833 287,40
2013(1)
19.609.996 5.635.920.360 239,07 Fonte: MDIC/SECEX (1)
janeiro a outubro
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A PRODUÇÃO DO CEREAL NO PARANÁ
O milho é uma cultura de grande
importância para a economia paranaense.
Em 2012, o VBP do cereal situou-se em R$
6,45 bilhões anuais, o que representou 12%
da renda bruta da agropecuária do Paraná.
Em comparação com outros grãos, o milho
tem se mantido na 2ª colocação, ficando
atrás apenas da soja, que lidera o ranking
(Tabela 6).
Tabela 6 - Valor da produção das culturas
selecionadas em 2011 e 2012.
Cultura VBP (R$ bilhões)
2011 2012
Feijão 0,94 1,34
Milho 4,8 6,45
Soja 10,96 9,15
Trigo 0,99 1,26
Outros 32,8 35,81
Total 50,49 54,01 Fonte: SEAB/DERAL (1)
Valores Nominais
Em relação à produção total de grãos,
o milho respondeu, na média das últimas
cinco safras, por 47% da produção
paranaense e 9% da safra brasileira de
grãos. O Paraná destaca-se como o segundo
maior produtor de milho do país.
A produção obtida do cereal em 2013
foi de 17,45 milhões de toneladas, volume
recorde, superando a safra 2011/12, quando
foi produzido 16,59 milhões de toneladas
(Tabela 7).
Da mesma maneira que o cenário
nacional, a produção de milho na 1ª Safra
tem perdido o seu espaço a cada ano (Figura
6). Em 2003 a área semeada no Estado foi
1,48 milhão de hectares, dez anos depois, na
safra 2012/13, cultivou-se 40% a menos.
Do total produzido no verão, a maior
parte está concentrada na região
Sul/Sudoeste. Em 2013, essa região foi
responsável por 70% da área e da produção
do Paraná.
Tabela 7 - Área e produção de milho no estado do Paraná de cinco safras agrícolas.
Fonte: SEAB/DERAL (1)
Estimativa
Na 2a safra as regiões que mais
produzem são aquelas que tradicionalmente
cultivam soja no verão. Destacam-se as
regiões Norte/Noroeste e Oeste/Centro-Oeste,
Safra 1
a Safra 2
a Safra Total
(milhão ha) (milhões t) (milhão ha) (milhões t) (milhão ha) (milhões t)
2008/2009 1,27 6,52 1,51 4,58 2,78 11,10
2009/2010 0,89 6,87 1,36 6,58 2,25 13,44
2010/2011 0,77 6,11 1,69 6,36 2,46 12,47
2011/2012 0,98 6,59 2,03 10,00 3,01 16,59
2012/2013(1)
0,88 7,14 2,16 10,25 3,04 17,40
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responsáveis por mais de 90% da área
cultivada no período (Figura 7). Em dez anos, o
crescimento no Estado foi cerca de 60%, isso
representa um total de 792 mil hectares a mais.
Figura 6 – Evolução da área (milhão de hectares)
de milho da 1ª Safra nas Regiões do Paraná.
Fonte: SEAB/DERAL
Figura 7 – Evolução da área (milhão de hectares)
de milho da 2ª Safra nas Regiões do Paraná.
Fonte: SEAB/DERAL
A produtividade também tem sido
destaque nesse segmento. Em 2013, as
duas safras obtiveram valores recordes para
o Estado (Figura 8). A adoção de tecnologia
e a assistência técnica capacitada têm sido
determinantes para os atuais níveis de
produtividades. Em vinte anos a quantidade
produzida pela área (kg/ha) teve um
incremento de mais de 100% para as duas
safras no Paraná.
Figura 8 – Evolução da produtividade do milho no
Paraná de 1993 a 2013.
Fonte: SEAB/DERAL
Do milho produzido no Paraná, a
maior parte é consumida no próprio Estado.
A CONAB estima um consumo em torno de
10 milhões de toneladas anuais. Deste total,
quase 80%, é destinada às atividades
pecuárias, mais especificamente para a
avicultura e suinocultura.
Do restante produzido, parte é
destinado a outros estados e parte é
exportado. Nos últimos anos, tanto o Brasil,
como o Paraná, conquistaram um importante
papel no mercado internacional como
exportadores de milho.
Em média 20% da produção do
Paraná são destinadas ao mercado externo.
No período de janeiro a outubro de 2013, o
Paraná exportou aproximadamente 3,02
milhões de toneladas. Esse valor representa
15% do volume total exportado pelo Brasil no
ano de 2013.
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O mês de outubro teve o maior
volume escoado do ano, totalizando 637 mil
toneladas, isso representa 80% a mais que a
média dos últimos cinco anos. Contudo,
ainda não supera as 927 mil toneladas
exportadas no mesmo período de 2012.
Os países que mais compraram milho
em 2013 do Paraná, em ordem decrescente,
foram: Japão (17%), Coréia do Sul (12%),
Espanha (8%), Irã (7,0%), Colômbia (6%) e
Marrocos (6%).
O porto de Paranaguá responde por
66% do volume total exportado pelo Estado,
totalizando cerca de 2,0 milhões de
toneladas de milho. Em seguida destaca-se
São Francisco do Sul, responsável por
escoar 29% do volume total.
Tabela 8 – Exportação paranaense de milho
(em grão).
ANO Volume (t) Receita (US$ FOB) US$/t
2009 1.843.807 294.491.957 159,72
2010 1.952.834 394.145.671 201,83
2011 1.527.061 426.517.006 279,31
2012 4.217.721 1.073.423.846 254,50
2013(1) 3.022.917 764.460.767 252,89 Fonte: MDIC/SECEX (1)
janeiro a outubro
O preço é um fator determinante para
manutenção ou não do produtor no segmento
do cereal, desde março de 2013 o valor pago
ao produtor tem caído em todas as regionais
e, no mês de novembro, fechou em R$
17,81/saca. Segundo a pesquisa do DERAL,
o custo operacional para a produção de milho
1a e 2a safra está em torno de R$ 20,19/saca
e R$ 22,72/saca, respectivamente. Os atuais
valores pagos aos produtores não tem
remunerado o alto investimento desprendido,
principalmente nas duas últimas safras, o
que tem desestimulado o segmento.
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DERAL - Departamento de Economia Rural
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MILHO (1ª e 2ª safra)
Brasil Paraná Comparativo
ANOS Área Produção Rendimento Área Produção Rendimento % Colocação
(ha) (t) (kg/ha) (ha) (t) (kg/ha) PR/BR PR/BR
1980 11.451.297 20.372.072 1.779 2.156.580 5.466.967 2.535 26,84 1ª
1981 11.520.336 21.116.908 1.833 2.161.999 5.363.109 2.481 25,40 1ª
1982 12.619.531 21.842.477 1.731 2.276.700 5.430.000 2.385 24,86 1ª
1983 10.705.979 18.731.216 1.750 2.361.800 5.018.870 2.125 26,79 1ª
1984 12.018.446 21.164.138 1.761 2.447.000 5.400.000 2.207 25,51 1ª
1985 11.798.349 22.018.180 1.866 2.332.840 5.803.713 2.488 26,36 1ª
1986 12.465.836 20.530.960 1.647 2.294.931 4.331.546 1.887 21,10 1ª
1987 13.499.445 26.786.647 1.984 2.846.000 7.641.800 2.685 28,53 1ª
1988 13.181.987 24.749.550 1.878 2.269.862 5.557.805 2.449 22,46 1ª
1989 12.918.975 26.589.867 2.058 2.137.234 5.296.080 2.478 19,92 1ª
1990 11.390.652 21.341.195 1.874 2.079.784 5.160.823 2.481 24,18 1ª
1991 13.109.843 23.739.001 1.811 2.358.797 4.827.112 2.046 20,33 1ª
1992 13.363.609 30.506.127 2.283 2.560.811 7.279.575 2.843 23,86 1ª
1993 11.869.663 30.055.633 2.532 2.728.367 8.228.711 3.016 27,38 1ª
1994 13.748.813 32.487.625 2.363 2.512.859 8.162.472 3.248 25,12 1ª
1995 13.946.320 36.266.951 2.600 2.699.273 8.988.176 3.330 24,78 1ª
1996 11.933.811 29.589.791 2.479 2.449.510 7.934.320 3.239 26,81 1ª
1997 12.562.130 32.948.044 2.623 2.414.543 7.752.217 3.211 23,53 1ª
1998 10.585.498 29.601.753 2.796 2.229.524 7.935.376 3.559 26,81 1ª
1999 11.611.483 32.239.479 2.777 2.520.818 8.777.465 3.482 27,23 1ª
2000 11.890.376 32.321.000 2.718 2.233.858 7.367.262 3.298 22,79 1ª
2001 12.330.275 41.955.265 3.403 2.820.597 12.689.549 4.499 30,25 1ª
2002 11.750.889 35.932.962 3.058 2.461.816 9.857.504 4.004 27,43 1ª
2003 12.965.678 48.327.323 3.727 2.843.784 14.403.495 5.065 29,80 1ª
2004 12.410.677 41.787.558 3.367 2.470.151 10.934.582 4.427 26,17 1ª
2005 11.549.425 35.113.312 3.040 2.004.080 8.548.411 4.266 24,35 1ª
2006 12.613.094 42.661.677 3.382 2.507.903 11.697.442 4.664 27,42 1ª
2007 13.767.431 52.112.217 3.785 2.749.702 14.335.222 5.213 27,51 1ª
2008 14.444.582 58.933.347 4.080 2.923.187 15.602.597 5.338 26,47 1ª
2009 13.654.715 50.719.822 3.714 2.697.841 11.190.620 4.148 22,06 1ª
2010 12.683.415 55.394.801 4.367 2.264.754 13.662.056 6.032 24,66 1ª
2011 13.250.880 56.272.440 4.247 2.418.123 12.614.788 5.217 22,42 1ª
2012 14.225.998 71.296.478 5.012 2.998.246 16.571.751 5.527 23,24 1ª
2013 15.821.900 81.007.200 5.120 3.032.545 17.395.115 5.736 21,47 2ª
Fonte: IBGE (Prod. Agrícola Municipal); SEAB/DERAL
SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
Responsável: M.Sc. Eng.Juliana Tieme Yagushi Contato: julianatieme@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4034
EXPORTAÇÃO MENSAL DE MILHO DO PARANÁ EM CINCO ANOS
Mês
2009 2010 2011 2012 2013
Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$
Jan 335.496 56.476.959 15.196 4.346.156 117.341 26.463.888 191.451 49.816.055 312.410 88.750.626 Fev 241.970 39.409.587 72.914 14.807.135 146.037 36.371.317 103.119 26.668.334 269.281 75.151.143 Mar 66.932 11.915.756 158.490 27.447.786 81.588 22.646.646 190.362 49.442.084 386.406 111.797.105 Abr 249.349 29.591.045 3.819 678.143 24.233 5.262.844 68.978 18.811.947 301.602 87.189.122 Mai 200.904 31.773.388 72.879 14.000.631 592 191.242 81.873 20.967.467 192.270 55.342.208 Jun 148.797 23.415.280 14 11.288 10.861 3.175.812 68.451 16.744.521 119.567 33.179.973 Jul 83.063 15.657.567 10.357 1.800.031 17.126 5.284.827 262.611 63.749.111 99.011 24.848.733 Ago 119.785 20.479.675 218.754 39.408.440 61.430 18.507.777 524.044 132.128.967 308.462 71.346.097 Set 106.470 17.596.622 443.789 85.372.317 273.001 82.369.144 630.665 167.203.466 396.762 86.298.273 Out 77.568 12.368.194 394.902 81.260.835 343.748 101.982.530 926.788 244.740.847 637.144 130.557.487 Nov 121.327 19.632.211 411.865 90.855.384 220.853 64.103.656 817.895 222.993.724 - -
Dez 92.145 16.175.673 149.854 34.157.525 230.252 60.157.323 351.484 94.446.732 - -
Total 1.843.807 294.491.957 1.952.834 394.145.671 1.527.061 426.517.006 4.217.721 1.107.713.255 3.022.915 764.460.767
Fonte: MDIC/SECEX
EXPORTAÇÃO PARANAENSE POR VIA
Descrição do Porto 2009 2010 2011 2012 2013
US$ t US$ t US$ t US$ t US$ t
Porto de Paranaguá – PR 206.524.738 1.285.226 378.439.418 1.869.353 347.111.799 1.251.473 757.558.211 2.892.884 521.772.835 1.991.080
São Francisco do sul – SC 87.874.282 558.482 15.630.041 83.402 79.148.345 274.452 349.508.667 1.322.889 206.185.720 868.774
Porto de Rio Grande – RS 0 0 0 0 0 0 0 0 28.943.048 135.023
Vitoria - Porto – ES 0 0 0 0 0 0 0 0 3.933.150 13.000
Santos – SP 529 3 1.471 1 0 0 528.049 1.846 3.447.649 14.711
Outros 92.408 96 74.741 78 256.862 1.136 118.328 103 178.365 329
TOTAL 294.491.957 1.843.807 394.145.671 1.952.834 426.517.006 1.527.061 1.107.713.255 4.217.721 764.460.767 3.022.915 Fonte: MDIC/SECEX
SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
Responsável: M.Sc. Eng.Juliana Tieme Yagushi Contato: julianatieme@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4034
DESTINO DA EXPORTAÇÃO PARANAENSE
Mês
2009 2010 2011 2012 2013
Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$ Quantidade (t) US$
Japão 116.713 20.787.855 139.829 26.792.289 173.330 52.746.060 850.072 220.399.435 512.710 136.894.798
Coreia do sul 218.857 37.947.394 82.498 18.457.977 30.105 8.544.912 259.624 68.649.999 350.482 94.310.925
Espanha 78.479 14.054.365 84.620 15.838.933 52.337 12.992.542 9.603 2.590.985 232.374 57.366.052
Ira 173.112 28.364.022 132.198 23.668.567 159.261 44.318.068 692.012 189.031.027 209.990 55.582.296
Colômbia 211.350 30.369.024 275.744 55.961.947 103.519 28.975.072 84.706 21.148.232 187.441 40.640.771
Marrocos 135.728 15.766.164 289.255 57.342.383 155.595 43.872.801 320.186 82.260.371 167.039 38.598.642
Outros 909.569 147.203.133 948.691 196.083.575 852.914 235.067.551 2.001.519 523.633.206 1.362.880 341.067.283
Total 1.843.807 294.491.957 1.952.834 394.145.671 1.527.061 426.517.006 4.217.721 1.107.713.255 3.022.915 764.460.767
Fonte: MDIC/SECEX
PREÇO RECEBIDO PELO PRODUTOR PARANAENSE PELA SACA DE MILHO
ANO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
R$/saca de 60 kg
Jan 19,76 14,91 13,02 11,87 16,56 22,20 17,56 14,58 20,62 22,50 25,84
Fev 19,95 14,81 13,38 12,67 16,33 20,71 17,27 14,09 22,34 23,07 25,06
Mar 17,68 15,67 15,78 10,95 16,25 19,86 16,13 13,84 22,90 22,57 22,56
Abr 16,83 18,20 16,26 10,44 14,83 20,02 16,48 13,68 23,67 21,39 19,50
Mai 15,37 18,96 15,97 11,69 14,54 20,13 17,40 13,73 23,22 20,56 19,12
Jun 14,65 17,37 15,95 12,45 14,60 20,17 17,23 13,92 23,52 19,96 19,98
Jul 12,92 15,97 15,87 12,12 14,14 21,31 15,44 13,07 23,78 23,17 18,76
Ago 13,02 14,97 15,02 11,81 16,34 18,44 14,70 14,14 22,23 26,60 17,42
Set 14,35 15,03 14,55 12,03 19,58 17,72 14,50 16,60 23,03 24,78 17,77
Out 14,19 14,23 13,08 13,26 19,39 16,98 15,20 17,79 21,65 24,33 17,26
Nov 14,83 13,49 11,79 15,40 22,82 15,72 15,51 19,87 21,66 26,35 17,81
Dez 15,25 12,71 11,52 16,44 24,94 15,22 14,83 19,5 20,3 26,92 - Fonte: SEAB/DERAL
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