View
106
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Secretaria do Estado de Saúde do Governo do Distrito Federal
Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
Monografia de Residência Médica
Toxoplasmose Congênita: Relato de um paciente atípico acompanhado no HRAS
Mychelle Barros VieiraOrientadora: Dra. Liú Campello
www.paulomargotto.com.br24-10-2008
Objetivos
Relatar um caso de toxoplasmose congênita com evolução sorológica atípica, acompanhado no Ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS.
Revisão bibliográfica de toxoplasmose congênita.
Relato de caso
PMM, 16 dias de vida,assintomático. Testes sorológicos: IgG:1340 e IgM
negativo; Hemograma com 14.600 leucócitos,
hematócrito de 58,9% e 165.000 plaquetas;
LCR: 43 leucócitos; 565,5 mg/dL de proteínas;
FO e ECO transfontanela: normais
Sorologia no Pré-natal
Primeiro trimestre Segundo trimestre Terceiro trimestre
VDRL NR
Teste Avidez 5,4%
Toxoplasmose (ELISA) IgG
Neg
3390 UI/ml
IgM Neg 1,09 UI/ml
Relato de caso
Acompanhamento bimestral no ambulatório de infectologia;
Trimestral pelo oftalmologista; Testes sorológicos repetidos a cada
dois meses e o HC a cada 20dias.
Sorologias do paciente
Sorol TOXO
2m 3m 8m 10m 13m
IgG(ELISA
207 142 747 453 569
IgM (ELISA
Neg Neg Neg 0,15 0,1
Comentário do caso
Gestante suscetível com soroconversão no terceiro trimestre de gestação;
Criança permaneceu assintomática durante o acompanhamento
Queda de IgG nos dois primeiros meses de vida
Elevação dos anticorpos IgG entre o quinto e oitavo mês de vida
Comentário do caso
A ascensão da curva de anticorpos, após a queda, entre o 5º e o 8º mês é incomum e duas hipóteses podem explicá-la: O tratamento intra-uterino precoce
inibiu a produção de anticorpos. A transmissão materno fetal ocorreu no
final da gestação e a produção de anticorpos foi tardia.
Infecção adquirida no final da gestação resultando em produção de anticorpos tardia
0102030405060708090
100
1° T
rim.
2° T
rim.
3° T
rim.
4° T
rim.
Ac pasAc ativo
Produção de anticorpos dificultada pelo uso de medicação anti-toxoplásmica na gestação
0
20
40
60
80
100
120
140
1° T
rim.
2° T
rim.
3° T
rim.
4° T
rim.
21
1)TRATAMENTO INICIADO ANTES DA PRODUÇÃO DE Ac ESTABELECIDA
2)TRATAMENTO INICIADO APÓS PRODUÇÃO DE Ac ESTABELECIDA
A prevalência varia em diferentes regiões do mundo; 50 a 80% no Brasil; 15,8% nos EUA; 80% na França e África Central e 10% na Austrália.
No Distrito Federal: gestantes suscetíveis 54%; transmissão fetal 40%; sintomáticos 3:1.000 e assintomáticos 14:1.000.
Revisão da LiteraturaEpidemiologia
Revisão da LiteraturaIntrodução
Importância clínica: forma congênita.
Os sinais clínicos da toxoplasmose congênita são: hidrocefalia, coriorretinite e calcificações intracranianas.
acompanhamento ambulatorial obrigatório
Toxoplasmose congênita
taquizoítos
Cisto tecidual Oocisto imaturo
Oocisto maduro
Outras formas de transmissão acontecem por transplantes de órgãos ou tecidos, transfusão sanguínea, acidente de laboratório.
Revisão da LiteraturaTransmissão
A taxa de transmissão materno-fetal :2% nas quatro primeiras semanas a 80% nas três últimas semanas.
Correlação inversa da idade gestacional e forma clínica da doença
A incidência 1:1.000 a 1:12.000 dos nascimentos.
Revisão da LiteraturaTransmissão transplacentária
A forma congênita pode resultar em aborto, crescimento intra-uterino retardado, morte fetal e prematuridade.
Revisão da LiteraturaManifestações clínicas
90% assintomáticos. Linfadenopatia, febre, mal-estar,
cefaléia, astenia, exantema máculo-papular e hepatoesplenomegalia.
Revisão da LiteraturaManifestações clínicas
Os sinais e sintomas costumam se manifestar aos dois meses em RNT e aos três meses em RNPT.
As sequelas são predominantemente oculares e neurológicas.
Revisão da LiteraturaManifestações clínicas
A toxoplasmose manifesta-se sob uma das quatro formas:Doença neonatal;Doença moderada ou severa;Sequela ou reativação de infecção
não diagnosticada durante a infância;
Infecção subclínica.
Revisão da LiteraturaManifestações clínicas
Doença Neonatal (Severa)
Icterícia Hepatoesplenomegalia Petéquias/Púrpuras Micro/Macrocefalia Calcificações cerebrais Convulsões Coriorretinite Sequelas
Revisão da LiteraturaManifestações clínicas
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança
Mello CL. Toxoplasmose congênita.In. Margotto, PR. Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital Anchieta, 2ª Edição, 2006,p.434
O diagnóstico pode ser estabelecido por: Isolamento do parasita ou
demonstração de antígenos nos tecidos ou fluídos do organismo.
Sequências específicas de ácidos nucléicos (PCR).
Testes sorológicos.
Revisão da LiteraturaDiagnóstico
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança- Caso Suspeito
Sorologia para toxoplasmose (IgG e IgM), hemograma completo
Exame de líquor Rx de crânio Fundo de olhoIniciar tratamento segundo o esquema.Acompanhamento: Repetir exames com 1 mês e 2 meses
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança- Caso Confirmado
Manifestações clínicas compatíveis Anticorpos específicos para
toxoplasmose da classe IgM após 1 semana de vida
Títulos de anticorpos da classe IgG persistentemente elevados ou ascendentes
Coriorretinite/calcificações IC Toxoplasma gondii em tecido
placentário
Revisão da LiteraturaDiagnóstico na criança- Caso Descartado
Títulos de IgG decrescentes (compatível com a transferência de anticorpos maternos) e IgM negativo;
Títulos de IgG e IgM negativos.
O tratamento precoce previne sequelas
Avaliação periódica pelo infectologista, oftalmologista e neuropediatra;
Revisão da LiteraturaTratamento
Revisão da LiteraturaConsiderações Finais
É imprescindível o acompanhamento clínico e sorológico de todos os casos suspeitos de toxoplasmose congênita
A exclusão do caso se faz após o desaparecimento de anticorpos da classe IgG e não somente quando é observada a queda dos mesmos.
Obrigada!!!
Recommended