UNIDADE 1 Aula 4 MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS · relativamente mais frio que o oceano. ... catabática...

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AGROMETEOROLOGIA

Profª. Andréa Scaramal Menoncin

UNIDADE 1 – Aula 4

MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS

Movimentos AtmosféricosDiferença de pressão entre

duas regiões

Movimentos AtmosféricosDiferença de pressão entre

duas regiões

Devida à incidência e absorção

da radiação solar de maneira

distinta

Movimentos AtmosféricosDiferença de pressão entre

duas regiões

Devida à incidência e absorção da

radiação solar de maneira distinta

Os raios solares são mais

intensos e mais absorvidos na

região Equatorial do que nos

Pólos

Movimentos AtmosféricosDiferença de pressão entre

duas regiões

Devida à incidência e absorção da

radiação solar de maneira distinta

Os raios solares são mais

intensos e mais absorvidos na

região Equatorial do que nos

Pólos

Isso faz a atmosfera mais

expandida no equador e mais

contraída nos pólos

• Pressão atmosférica:

• Peso que a atmosfera exerce por unidade de área da

superfície da Terra.

• Ar fluído que tende a se movimentar em direção às áreas

de menor pressão atm.

• Assim, o movimento da atm está intimamente

relacionado com a distribuição da pressão atm.

• Variações locais da pressão atmosférica:

• Em geral, a pressão atm muda de ponto para ponto, e

em cada ponto ao longo do tempo.

• Essa contínua variação da pressão decorre da incessante

alteração da massa específica do ar, causada por

alterações na temperatura e/ou vapor d’água, sendo

essa relação inversamente proporcional.

• Circulação Geral da Atmosfera:

• Modelo Teórico proposto por C. G. Roseby em 1941:

A pressão na superfície da Terra se distribui zonalmente,

havendo faixas alternadas de alta e de baixa pressão,

aproximadamente simétricas em relação ao Equador. Haveriam

ainda áreas de alta pressão sobre as regiões polares Norte e Sul.

• Assim, na macroescala, os ventos de superfície estão associados à

circulação geral da atmosfera, sendo função dos gradientes horizontais

de pressão – faixas de altas e baixas pressões.

Os ventos formam-se

de pressão

devido às

entre doisdiferenças

pontos, indo no sentido

para o de menor pressão.

de maior

(a) Modelo teórico da circulação geral da atmosfera

(b) Condição média observada da circulação geral da atmosfera

(a) Modelo teórico da circulação geral da atmosfera

(b) Condição média observada da circulação geral da atmosfera

Os ventos formam-se devido às diferenças de pressão entre dois pontos,

indo no sentido de maior para o de menor pressão.

Força de Coriolis → Ventos predominantes em cada faixa de latitude:

Ventos de Leste

Alísios de NE

Alísios de SE

Ventos de Oeste

Ventos de Oeste Ventos de Leste

ZCIT

ZCET

ZCET

Alísios de NE

Alísios de SE

ZCIT

• A faixa de encontro dos alísios é conhecida como ZCIT:

ZCIT – Zona de convergência inter-tropical – elevação do ar quente e

úmido, formando nuvens e chuvas convectivas

Ventos de Leste

Ventos de Oeste

Alísios de NE

Alísios de SE

Ventos de Oeste

Ventos de Leste

ZCIT

ZCET

ZCET

ZCET – Zona de convergência extra-tropical – encontro do ar frio e seco do Póloscom o ar quente e úmido dos trópicos, formando os sistemas frontais, que

causam perturbações atmosféricas em larga escala

Posição média da ZCIT no mês de Janeiro

ZCITZCIT

A ZCIT desloca-se para o Sul, o que contribui para o aumento das

chuvas nas regiões N, CO e SE do Brasil.

Posição média da ZCIT no mês de Julho

ZCIT

A ZCIT desloca-se para o Norte, o que contribui para a diminuição das

chuvas nas regiões SE e CO, e também parte da região N do Brasil.

Ventos de Oeste e Leste:

• Em torno de 30º a 60º de latitude há centros anticiclônicos semi-

permanentes sobre o oceano que formam um cinturão de altas

pressões.

• Nessa região os ventos são fracos e as calmarias freqüentes.

Ventos de Oeste e Leste:

• Ventos direcionados tanto ao Equador (Leste) quanto aos Pólos

(oeste).

• A faixa de encontro dos ventos Polares de Leste (frio) e Oeste (quente) é

a ZCET:

ZCET – Zona de convergência extra-tropical (Frente Polar) – encontro do ar

frio e seco do Pólos com o ar quente e úmido dos trópicos, formando os

sistemas frontais, que causam perturbações atmosféricas em larga

escala (ciclones extra-tropical).

ZCET

ZCET

• Na ZCET a convergência dos

ventos de O e de L formam as

frentes frias, que posteriormente

se deslocam em direção ao

equador provocando chuvas.

• Já nas latitudes de cavalos (60º)

ocorre a subsidência de ar,

formando as altas pressões que

inibem

convectivos

os movimentos

e desfavorecem a

formação de nuvens e chuvas.

• Características

climáticas das

superfícies sob ação da

circulação geral da

atmosfera.

Ciclones e Anticiclones

• Os ciclones e anticiclones

formados na atmosfera são

responsáveis pela

mudança na direção dos

ventos predominantes

Ciclones AnticiclonesHemisfério Norte

Hemisfério Sul

Sentido anti-horário

Sentido anti-horárioSentido horário

Sentido horário

Gradiente

de pressão

Vento de NE

Vento de SW

Vento de SW

Vento de NE

Vento de SE

Vento de NW

Vento de NW

Vento de SE

• No seu deslocamento, os ciclones e os anticiclones promovem alteração

na direção dos ventos.

Centro de

Baixa PressãoB

Centro de Alta

Pressão

A

Isóbaras ao nível do

mar na Am. do Sul

• Ciclone Catarina (Atlântico Sul)–

observe o seu sentido horário

• Furacão Isabel (Atlântico

Norte) – observe o seu

sentido anti-horário)

Obs – o furacão é um ciclone de maiores

proporções

Circulação Atmosférica na

América do Sul

A circulação geral da atmosfera é modificada por uma série de fatores

ao longo do ano, tendo grande variação temporal e espacial;

Na América do Sul, além dos ciclones e anticiclones, ocorre a

variação da circulação no sentido zonal (leste – oeste), conhecido

como El Niño Oscilação Sul – ENOS

Provoca

atmosfera,

alterações no padrão de

fazendo com que haja mudanças

circulação geral da

também nos

padrões climáticos normalmente observados.

Primeiras observações:

Elevação do nível do mar e da sua temperatura provocava

alterações na quantidade/variedade de peixes na costa do

Pacífico ao norte do Peru e também a produção do guano.

Fenômeno mais intenso na época do Natal – El Niño = menino

Jesus.

El Niño

Clique para editar o

formato do texto da

estrutura de tópicos 2.º Nível da

estrutura de

tópicos

3.º Nível da

estrutura de

tópicos

4.º Nível da

estrutura de

El Niño e La Niña

Condições normais:

As águas do Oceano

Pacífico tem temperatura

no Oeste domais alta

Pacífico (costas da Austrália e

Indonésia)

convectivas

temperatura

com formações

(chuvas), e

mais baixa na

ecosta do

Chile.

Desnível

Peru, Equador

próximo de 0,5m

entre a Austrália e América do

Sul.

LesteOeste

Ventos alíseos

Célula de Walker

Diminuem os ventos e a temperatura do mar aumenta junto a costa do Peru,

e o sistema convectivo se move para o oeste.

Estas condições aumentam a umidade nos sistemas alterando as condições

de precipitações na América do Sul e, emdifCerelinqteusepaprteasrdao Meudnidtoa. r o

2.º Nível da

estrutura de

tópicos

3.º Nível da

estrutura de

tópicos

4.º Nível da

estrutura de

El Niño

A célula de Walker fica bipartida.

LesteOeste

Os tons avermelhados indicam regiões com valores acima da média e os tons azulados

as regiões com valores abaixo da média climatológica.

Pode-se notar a região no Pacífico Central e Oriental com valores positivos, indicando a

presença do El Niño.

Clique para editar

o formato do textoapresenta impactos significativos dnoatemepsoteruclimtuardaeviddoeà La

tópicos

2.º Níve

estrutur

tópicos

3.º Ní

estrut

tópic

l da

a de

vel da

ura de

os

La Niña

Esfriamento anormal nas

Tropical.

águas superficiais do Oceano Pacífico

Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de

El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño

Niña.

Impactos no Brasil na ocorrência de La-Niña e El-Niño

Na condição de La Niña, há um favorecimento ao avanço das frentes frias,

que atingem as regiões N e NE, provocando chuvas acima do normal para

essas regiões. Na região S, no entanto, as chuvas são reduzidas, já que as

frentes passam rapidamente pela região.

Impactos no Brasil na ocorrência de La-Niña e El-Niño

Na condição de La Niña, há um favorecimento ao avanço das frentes frias,

que atingem as regiões N e NE, provocando chuvas acima do normal para

essas regiões. Na região S, no entanto, as chuvas são reduzidas, já que as

frentes passam rapidamente pela região.

Na condição de El Niño,

há uma redução dos

movimentos convectivos

nas regiões N e NE,

gerando um bloqueio ao

avanço das frentes frias,

que ficam semi-

estacionárias no sul do

Brasil, aumentando,

assim, os níveis de chuva,especialmente nos

estados da região Sul.

Nas regiões N e NE as

chuvas ocorrem abaixo

dos índices normais.

Impactos do El Niño de Dezembro a Fevereiro

Impactos do El Niño de Junho a Agosto

Impactos da La Niña de Dezembro a Fevereiro

Impactos do La Niña de Junho a Agosto

Circulação Local da Atmosfera

Circulações e Ventos Locais

• A circulação geral da atmosfera também se modifica acentuadamente na

escala de tempo e espaço, devido ao aquecimento diferenciado entre

continentes e oceanos, configuração de encostas, sistemas orográficos e

topografia, originando circulações e ventos “locais”.

Circulações e Ventos Locais

Brisa Terrestre – ocorre durante a

noite, quando o continente encontra-se

relativamente mais frio que o oceano.

• A circulação geral da atmosfera também se modifica acentuadamente na

escala de tempo e espaço, devido ao aquecimento diferenciado entre

continentes e oceanos, configuração de encostas, sistemas orográficos e

topografia, originando circulações e ventos “locais”.

Brisas Terra-MarDia

Brisa Maritima – ocorre durante o dia,

quando o oceano encontra-se

relativamente mais frio que o continente.

Noite

Brisas de Vale e de Montanha

Brisa de Vale (ou

anabática) - ocorre durante

o dia, devido à diferença de

temperatura entre o vale (>)

e os espigões (<). Auxilia

na formação de nuvens.

Brisa de Montanha (ou

catabática) – ocorre

durante a noite, pois o ar

frio que se forma, sendo

pelamais denso, escoa

encosta indo se depositar

na baixada.

Dia

Noite

Brisas de Vale e de Montanha

Brisa de Vale (ou

anabática) - ocorre durante

o dia, devido à diferença de

temperatura entre o vale (>)

e os espigões (<). Auxilia

na formação de nuvens.

Brisa de Montanha (ou

catabática) – ocorre

durante a noite, pois o ar

frio que se forma,

escoa

sendo

pelamais denso,

encosta indo

na baixada.

Durante

se depositar

Dia

Noite

noite de intenso resfriamento a brisa

catabática pode provocar a “geada de canela”, que

é a queima pelo frio dos vasos condutores das

plantas, fazendo com que a parte aérea morra e

haja rebrota próximo ao solo.

Massas de ar

Massas de ar

• Formação → contato prolongado com uma vasta região da superfície, que

possui características aproximadamente homogêneas.

• As massas de ar são grandes volumes que, ao se deslocarem lentamente

ou estacionarem, sobre uma região adquirem as características térmicas e

de umidade dela.

• Grande porção da atmosfera cobrindo milhares de km da superfície

terrestre e que apresenta uma

uniforme (temperatura e umidade)

distribuição vertical aproximadamente

Massas de ar

• A variação espacial das massas de ar é resultado da disponibilidade de

energia na superfície

• Massas de ar na América do Sul

TIPO ORIGEM CARACTERÍSTICAS

Baixa pressão(mov convectivos devido aos alísios)

QUENTE, ÚMIDA, INSTÁVEL

Baixa pressão(mov convectivos devido aos alísios)

QUENTE, ÚMIDA, INSTÁVEL

Baixa pressão(mov convectivos devido aquecimento continental)

QUENTE, SECA, INSTÁVEL

Alta pressão(ar subsidente quente e seco sobre ar úmido e menos

aquecido da superfície)QUENTE, SECA, ESTÁVEL (Úmida por baixo)

Alta pressão (ar subsidente)

Origem:FRIA, SECA, ESTÁVEL

Deslocamento:FRIA ÚMIDA, INSTÁVEL

Alta pressão(ar subsidente)

FRIA, SECA, ESTÁVEL

Ec Equatorial continenal

Região Amazônica

Em Equatorial marítima

OceanosAtlântico e Pacífico

Tc Tropical

continental

Região do Chaco

Tm Tropical marítima

OceanosAtlântico e Pacífico

-Anticiclones -

Pm Polar

marítima

Subantártica- Anticiclones migratórios -

Ac Antártica

continental

Antártica

Frentes• Quando ocorre o encontro de duas massas de ar, elas não se misturam

imediatamente. A massa mais fria (mais densa) é sobreposta pela massa mais

quente (menos densa), formando uma zona de transição, denominada de

frente.

• Quando ocorre o encontro de duas massas de ar, elas não se misturam

imediatamente. A massa mais fria (mais densa) é sobreposta pela massa mais

quente (menos densa), formando uma zona de transição, denominada de

frente.

Frentes

Frente Fria Frente Quente

Se a massa fria avança em

direção à massa quente, a

frente é denominada FRIA

Se a massa quente avança em

direção à massa fria, a frente é

denominada QUENTE

• Além da frente fria, que provoca a ocorrência de chuvas durante a

passagem do sistema frontal e queda na temperatura, e da frente quente,

que promovem chuvas amenas antes da passagem do sistema frontal e

logo após aumento da temperatura, existem ainda as frentes oclusas e as

frentes estacionárias. Nesses dois últimos casos, as chuvas são intensas e

por períodos prolongados.

• Na frente estacionária, não há predomínio de avanço de uma massa em

direção à outra, fazendo com que o sistema fique estacionário sobre uma

região, provocando chuvas contínuas.

• A frente oclusa ocorre quando as FF e FQ se alternam sucessivamente,

formando chuvas leves e contínuas por vários dias no mesmo local. Nessa

situação atuam 3 massas de ar.

Frente

Fr ia

FriaQuente

Fria

Frente

Estacionária

Frente Oclusa

Fria

Fria

Frente Quente

Frente Fria

Frente Estacionária