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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A INFLUÊNCIA DA NATAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO
PSICOMOTOR NA SEGUNDA INFÂNCIA.
Por: Adriana Carneiro Lima
Orientador
Prof. Ms. Celso Sanchez
Rio de Janeiro
2007
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A INFLUÊNCIA DA NATAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO
PSICOMOTOR NA SEGUNDA INFÂNCIA.
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Psicomotricidade por Adriana
Carneiro Lima.
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer a
Deus pelo dom da vida. Aos meus pais
Altamir Ferreira Lima e Maria Inez
Carneiro Lima e ao meu noivo Wollner
Materko, um muitíssimo obrigado por tudo
o que fazem e já fizeram por mim. Embora
gestos e atitude valham mais que milhões
de palavras, gostaria que todos
soubessem o quanto eu amo.
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia ao meu noivo
Wollner Materko, que tanto incentiva e
colabora para o meu aperfeiçoamento
profissional.
5
RESUMO
O desenvolvimento da personalidade da criança, compreendendo as
mudanças ocorridas no organismo durante o processo de crescimento e
desenvolvimento (comportamento motor, percepção, construção da inteligência,
afetividade, aprendizagem) tem merecido recentemente uma atenção cada vez
maior por parte dos pesquisadores.
A natação é um excelente esporte para iniciar a criança no seu
desenvolvimento psicomotor, sua decisiva participação na construção do esquema
corporal e seu papel integrador no processo de maturação. É com esse propósito,
que a natação infantil não se detém somente na aprendizagem do nado, mas sim,
contribuindo para ativar o processo evolutivo psicomorfológico da criança,
auxiliando o desenvolvimento de sua psicomotricidade e reforçando o início de sua
personalidade.
A fase básica no meio aquática é denominada de “adaptação aquática”,
porque está fase antecede o aprendizado das habilidades motoras especificas de
cada atividade aquática, o desenvolvimento das habilidades motoras quer no meio
terrestre, quer no meio aquático, é resultado das contínuas interações entre os
fatores genéticos e as experiências prévias do sujeito com o meio envolvente.
A aquisição de habilidade motoras mais complexas e específicas depende
da prévia aquisição, apropriação e domínio de habilidades mais simples, com isso,
a aquisição das habilidades aquáticas básicas terá como objetivo em promover a
familiarização do sujeito com o meio aquático promover a criação de autonomia no
meio aquático e criar as bases para posteriormente aprender habilidades motoras
aquáticas específicas.
A natação como agente educativo quando aplicada às crianças assumirá
um papel formativo e totalizador, levando as crianças que participaram de um
programa de adaptação ao meio aquático a se desenvolverem melhor e mais
rapidamente, o que fará do posterior processo de educação algo simples e bem
sucedido.
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METODOLOGIA
O manuscrito foi idealizado com o objetivo de realizar uma revisão da
literatura sobre a influência da natação no desenvolvimento motor das crianças na
segunda infância. É extremamente importante o profissional de Educação Física
ter o conhecimento do processo de aprendizagem através do movimento, pois
consiste essencialmente no meio de usar o exercício físico, neste caso, a natação
para contribuir no desenvolvimento motor, afetivo e social do indivíduo, pois utiliza
a mecânica do corpo no meio aquático.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – Desenvolvimento Psicomotor 10
CAPÍTULO II – A Psicomotricidade 22
CAPÍTULO III – A Natação 25
CAPÍTULO IV – A Relação da Psicomotricidade e a Natação 30
CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS 35
8
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da personalidade da criança, compreendendo as
mudanças ocorridas no organismo durante o processo de crescimento e
desenvolvimento (comportamento motor, percepção, construção da inteligência,
afetividade, aprendizagem) tem merecido recentemente uma atenção cada vez
maior por parte dos pesquisadores (SANTOS et al., 2004).
A natação é um excelente esporte para iniciar a criança no seu
desenvolvimento psicomotor, sua decisiva participação na construção do esquema
corporal e seu papel integrador no processo de maturação. É com esse propósito,
que a natação infantil não se detém somente na aprendizagem do nado, mas sim,
contribuindo para ativar o processo evolutivo psicomorfológico da criança,
auxiliando o desenvolvimento de sua psicomotricidade e reforçando o início de sua
personalidade (COLWIN, 2000).
Segundo Bueno (1998), denomina o período da fase básica no meio
aquático de “adaptação aquática”, porque está fase antecede o aprendizado das
habilidades motoras especificas de cada atividade aquática.
Segundo Makarenko (2001), o desenvolvimento das habilidades motoras
quer no meio terrestre, quer no meio aquático, é resultado das contínuas
interações entre os fatores genéticos e as experiências prévias do sujeito com o
meio envolvente.
A aquisição de habilidade motoras mais complexas e específicas depende
da prévia aquisição, apropriação e domínio de habilidades mais simples, com isso,
a aquisição das habilidades aquáticas básicas terá como objetivo em promover a
familiarização do sujeito com o meio aquático promover a criação de autonomia no
meio aquático e criar as bases para posteriormente aprender habilidades motoras
aquáticas específicas (MELLO, 1989).
9
A natação como agente educativo quando aplicada às crianças assumirá
um papel formativo e totalizador, levando as crianças que participaram de um
programa de adaptação ao meio aquático a se desenvolverem melhor e mais
rapidamente, o que fará do posterior processo de educação algo simples e bem
sucedido. Com isso, o objetivo do presente estudo é realizar uma revisão da
literatura sobre a influência da natação no desenvolvimento motor das crianças na
segunda infância.
10
1. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
Este capítulo está organizado em duas partes. À parte I apresenta uma
visão atual dos fundamentos da fisiologia neuromuscular e à parte II comenta o
desenvolvimento psicomotor na segunda infância.
1.1 FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR
Esta primeira parte do capítulo tem como objetivo de informar como o
sistema nervoso desempenha um papel importantíssimo na organização
psicomotora da criança, ou seja, na sua ação. Seu desenvolvimento está
intimamente relacionado com os estímulos ambientais que recebe. Estudar a
psicomotricidade sem a necessária fundamentação do sistema nervoso e sua
interferência no desenvolvimento é reduzir a complexidade desse
desenvolvimento. Em geral, o sistema nervoso controla as atividades rápidas do
organismo, tais como: contrações musculares, os fenômenos viscerais e, até
mesmo, os ritmos de secreção de algumas glândulas endócrinas.
1.1.1 Mecanismo de Excitação
O impulso nervoso é conduzido por neurônios sob a forma de energia
elétrica, os quais consistem em três componentes básicos: dendritos, corpo celular
e axônio. Os dendritos recebem informação através dos impulsos de outros
neurônios. Esta informação é transmitida sob a forma de potencial de ação, ao
corpo celular do neurônio. No corpo da célula esta informação é processada e
algumas vezes modificada ou inibida por outros neurônios. O axônio vai ser
responsável por enviar o potencial de ação através de um neurônio motor numa
fibra muscular esquelética é denominado terminal motor ou junção neuromuscular
e ele pode ser recoberto por uma substância branca, de conteúdo rico em lipídios,
chamada de bainha de mielina. A bainha de mielina tem como função ajudar a
isolar eletricamente o impulso nervoso que se propaga através do axônio, isto
ajuda a evitar que os impulsos sejam transmitidos para os axônios adjacentes. A
bainha é produzida e mantida pelas células da glia mais especificamente pela
11
célula de Schwann que são células de formação da bainha de mielina. A bainha
de mielina acompanha todo o comprimento do axônio, mas é segmentada, com
pequenos intervalos a cada 1 ou 2 mm ao longo da extensão do axônio. Estes
pequenos espaços, medindo cerca de 2 a 3 µm, são chamados de nódulos de
Ranvier (POWERS; HOWLEY, 2000; MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF,
2000; FLECK; KRAEMER, 1999).
As fibras nervosas que contém mielina são denominadas fibras nervosas
mielinizadas e as fibras nervosas que não contém mielina são denominadas fibras
nervosas amielínicas. As fibras mielíticas transmitem os sinais neurais muito
rapidamente, controlando a atividade muscular ou transmitem sinais sensoriais
críticos ao cérebro. Por outro lado, as fibras amielíticas controlam estruturas tais
como os vasos sanguíneos e transmitem sinais sensoriais não críticos ao cérebro
(MACHADO, 2000; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998; GUYTON, 1988).
Um neurônio motor possui dendritos relativamente curtos e um longo
axônio, que leva informação do sistema nervoso central até a junção
neuromuscular. Um neurônio sensorial, ao contrário, tem dendritos relativamente
longos e uns axônios curtos, que trazem informação da periferia para o sistema
nervoso central (POWERS; HOWLEY, 2000; FLECK; KRAEMER, 1999; GUYTON,
1988).
A bomba de sódio-potássio produz alta concentração de sódio no exterior
da membrana e baixa concentração no seu interior, e, para o potássio, ocorrer
oposto. Visto que a membrana em repouso gera um potencial de membrana
negativo, da ordem de – 90 mV no interior da fibra, sendo muito permeável aos
íons potássio, dada a alta concentração desses íons no interior da membrana,
esses íons difundem para o exterior e ocorre a passagem de cargas elétricas
sendo o positivo para fora da fibra, mas deixa muitos íons protéicos em seu
interior iniciando o potencial de ação, esse processo é chamado de
despolarização. A carga positiva que entra na fibra desloca-se ao longo dela. Isso
tem o efeito sobre a membrana adjacente, de também a tornar muito permeável
ao sódio. Por conseguinte, o sódio também penetra na fibra por essa região, e o
12
processo é repetido em toda a extensão da fibra nervosa. Dessa forma o impulso
nervoso se propaga por toda a fibra nervosa. Após a fibra ter se tornado
completamente despolarizada, a membrana, de forma abrupta, torna-se de novo
impermeável ao sódio, embora, permaneça muito permeável ao potássio,
positivamente carregado, voltam a se difundir para o meio externo. A perda
dessas cargas positivas faz com que o interior da fibra volte a ser negativo. Esse é
o processo de repolarização. A bomba de sódio-potássio começa, então, a
funcionar de novo, permanecendo ativa mesmo nos intervalos entre os potenciais
de ação, bombeando os íons sódio para o exterior e os íons de potássio para o
interior da fibra nervosa (FLECK; KRAEMER, 1999; MCARDLE, KATCH; KATCH,
1998; GUYTON, 1988).
A sinapse é a conexão de informação dos neurônios, principalmente
através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios
são denominados sinapse interneuronais. No sistema nervoso periférico, as
terminações axônicas podem estabelecer contatos com as células musculares
(esquelética, cardíacas ou lisas) e células secretoras (em glândulas). Quanto à
morfologia e modo de funcionamento, se divide em dois: sinapses elétricas e
químicas. As sinapses elétricas se dão através dois neurônios, pelos canais
iônicos concentrados em cada uma das membranas em contato e as sinapses
químicas a comunicação entre os elementos em contato depende da liberação de
substância química, denominada neurotransmissor (POWERS; HOWLEY, 2000;
MACHADO, 2000).
As células nervosas estão em contato com as fibras musculares. Essas
células nervosas são denominadas motoneurônio e se estendem para fora a partir
da medula espinhal. O motoneurônio e todas as fibras musculares que ele inerva
formam uma unidade motora. A estimulação de motoneurônio inicia o processo de
contração. O local onde o motoneurõnio e a célula muscular se encontram é
denominado junção neuromuscular. Nessa junção, o sarcolema forma uma bolsa
denominada placa motora (POWERS; HOWLEY, 2000; MAUGHAN; GLEESON;
GREENHAFF, 2000; MACHADO, 2000).
13
A porção terminal do axônio abaixo da bainha de mielina forma vários
ramos axônicos menores, cujas terminações são os terminais pré-sinápticos.
Nessa região, existem aproximadamente 50 a 70 vesículas que contém ACh por
micrometro quadrado. Estas ficam próximas, mas sem entrar em contato com o
sarcolema da fibra muscular. A região invaginada da membrana pós-sináptica
(denominada também goteira sináptica) possui muitos pregueamentos que
ampliam sua área superficial. A fenda sináptica é a região entre a goteira sináptica
e o terminal pré-sináptico do axônio. A transmissão do impulso neural se processa
nessa região (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998; GUYTON, 1988).
O processo de excitação ocorre somente a JNM (junção neuromuscular),
sendo facilitado pela acetilcolina, o neurotransmissor responsável pela
transformação de um impulso elétrico em um impulso químico. Quando o estímulo
alcança a JNM, a acetilcolina é liberada pelas vesículas saculiformes dentro dos
axônios terminais, sendo lançada na fenda sináptica, para combinar com o
complexo transmissor-receptor a membrana pós-sináptica. O potencial de ação
percorrer todo o comprimento da fibra, penetra no sistema túbulo T até as
estruturas internas da fibra muscular e prepara para a sua principal função a
contração (POWERS; HOWLEY, 2000; FLECK; KRAEMER, 1999; GUYTON,
1988).
Os neurotransmissores podem ser excitatórios ou inibitórios. Os excitatórios
aumentam a permeabilidade neuronal ao sódio e produz potenciais excitatórios
pós-sinápticos (PEPS). Existem duas formas de os PEPSs levarem o neurônio
pós-sináptico até o limiar: somação temporal – é a somação de vários PEPSs de
um único neurônio pré-sináptico durante um curto período de tempo e a somação
espacial – os PEPSs concomitantes chegam ao neurônio pós-sináptico por meio
de numerosos estímulos excitatórios diferentes. Os inibitórios fazem com que o
neurônio se torne mais negativo (hiperpolarizado). Essa hiperpolarização da
membrana é denominada potencial inibitório pós-sináptico (PIPS) (MAUGHAN;
GLEESON; GREENHAFF, 2000; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
14
A acetilcolina atua para aumentar a sua permeabilidade sobre a membrana
muscular, com isso, ocorre a passagem instantânea dos íons de sódio para o
interior da fibra muscular, o que acarreta o fluxo de carga positiva para o
sarcoplasma, despolarizado imediatamente essa área da membrana muscular.
Essa despolarização resulta na liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático.
Essa despolarização produz um potencial de ação que se propaga ao longo da
fibra provoca sua contração (POWERS; HOWLEY, 2000; FLECK; KRAEMER,
1999; GUYTON, 1988).
O mecanismo da acetilcolina, a placa motora, representa um sistema de
ampliação que permite que um fraco impulso nervoso estimule uma grande
quantidade de fibra muscular. Isto é, a quantidade de corrente elétrica gerada pela
fibra nervosa não é o suficiente de por si gerar um impulso na fibra muscular. Ao
contrário, a acetilcolina secretada faz com que a fibra muscular gere seu próprio
impulso. Dessa forma, cada impulso nervoso na verdade, para na placa motora e,
em seu lugar, começa um impulso inteiramente novo no músculo (GUYTON,
1988).
A enzima Colinesterase localizada na superfície das pregas da membrana,
a goteira sináptica, fraciona a acetilcolina em ácido acético e em colina em cerca
de 1/500 de segundos. Portanto, a acetilcolina após ter estimulado a fibra
muscular, é destruída. Isso permite a membrana repolarize e fique pronta para um
novo estímulo, conforme o potencial de ação chegue ao terminal axônico
(POWERS; HOWLEY, 2000; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
1.1.2 Sensações Somestésica e Sinais Sensoriais pelo Encéfalo
As sensações somestésicas são aqueles que têm origem na superfície do
corpo ou em suas estruturas profundas. Incluem sensações como o tato, a
pressão, o calor, o frio, a dor e angulação das articulações (POWERS; HOWLEY,
2000).
15
A percepção da sensação começa nos receptores sensoriais. Muitos deles
são terminações nervosas livres de fibras nervosas periféricas de função
sensorial. O mais importante exemplo desse tipo é representado pelas fibras da
dor. Outros receptores sensoriais somestésicos são muito especializados, muitas
vezes sendo formados por uma ramificação nervosa encapsulada, de modo
distinto, por um tecido próprio; essas terminações respondem a tipos específicos
de sensações. Uma dessas terminações, chamada de corpúsculo de meissner, é
extremamente sensível ao contato leve. Grande número desses corpúsculos é
encontrado nas pontas dos dedos; dão aos dedos a capacidade excepcional de
detectar forma, textura e outras características de objeto. Existem dos receptores
sensoriais especiais estes são o fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi que
transmitem informações proprioceptivas, de origem muscular. O fuso muscular é
formado por fibrilas nervosas enroladas em delgadas fibras musculares, onde
detecta o grau de estiramento do músculo, pois essa informação é transmitida
para o sistema nervoso central a fim de facilitar o controle dos movimentos
musculares. O aparelho tendinoso de Glogi detecta a tensão global que é aplicado
ao tendão e, portanto, informa o sistema nervoso central sobre a força efetiva de
contração do músculo (GUYTON, 1988).
Após chegar à medula espinhal, trazidos pelos nervos espinais, os sinais
sensórias são transmitidos ao cérebro por duas vias principais, o sistema dorsal e
o sistema espinotalâmico. No sistema dorsal, os sinais trafegam por fibras
nervosas de grande calibre, localizadas, em sua maior parte, nas colunas dorsais
da medula espinhal, enquanto, no sistema espinotalâmico, os sinais trafegam por
fibras com diâmetro bem menor, situadas nas colunas anterolaterais da medula
espinhal. Essas duas vias terminam no tálamo, onde esses sinais são
retransmitidos por um outro conjunto neural para a área somestésica do córtex
cerebral, chamada de córtex somestésico. Além disso, cada um desses sistemas,
em especial o espinotalâmico tem fibras ramificadas, principalmente ao nível da
medula espinhal e do tronco cerebral. Sinais dessas ramificações produzem
reflexos medulares e reflexos do tronco cerebral, particularmente, reflexos que
16
provocam contrações dos músculos da postura e do equilíbrio (MCARDLE;
KATCH; KATCH, 1998).
O tálamo desempenha um papel especialmente importante na
determinação do tipo de sensação que uma pessoa irá experimentar, como: tato,
pressão, calor, frio e dor (MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF, 2000).
1.1.3 Funções Motoras do Sistema Nervoso Periférico
A medula espinhal é a área integradora para os múltiplos reflexos que
produzem respostas musculares localizadas. Um reflexo nervoso é a reação
motora produzida por um sinal sensorial. Por exemplo, a alfinetada em um dedo,
seguido da passagem do sinal para medula espinhal irá produzir um abalo
muscular, é um reflexo (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
O tronco cerebral controla as contrações musculares posturais
subconscientes do corpo, inclusive as contrações responsáveis pela manutenção
do equilíbrio corporal. Essas funções de controle ficam localizadas,
predominantemente, na formação reticular bulbar, que se estende desde o bulbo
raquiano, ao longo da protuberância, até o mesencéfalo (MAUGHAN; GLEESON;
GREENHAFF, 2000).
O grau de contração dos diferentes músculos, tanto nas pernas como no
tronco, é controlado por sinais que chegam à formação reticular bulbar a partir do
aparelho vestibular, também chamado de aparelho do equilíbrio, com isso, o
aparelho vestibular sinaliza se uma pessoa está em posição de equilíbrio ou não,
e a formação reticular bulbar utiliza essa informação para produzir a contração dos
músculos adequados para manter o equilíbrio (GUYTON, 1988).
17
1.1.4 Função Motora do Sistema Nervoso Central
As atividades motoras mais complexas do corpo são controladas pelo
córtex cerebral, pelos gânglios da base e pelo cerebelo, com essas três áreas
funcionando, quase que sempre, em conjunta e não isoladamente (POWERS;
HOWLEY, 2000; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
A área motora do córtex cerebral fica localizada no lobo frontal,
imediatamente à frente do sulco central. A região posterior dessa área motora,
chamada de córtex motor primário, controla músculos individuais ou grupos de
músculos intimamente associados, em especial os pequenos músculos das mãos,
dos dedos e da boca, permitindo um controle bastante preciso. As regiões mais
anteriores dessa área motora, chamada de córtex pré-motor, controlam a
contração coordenada de grupos musculares múltiplos, permitindo a execução de
inúmeras atividades motoras de precisão (GUYTON, 1988).
O cerebelo funciona em associação com todas as outras áreas motoras do
sistema nervoso, inclusive com o córtex motor, com os gânglios basais e com a
medula espinhal, a fim de coordenar principalmente, as contrações musculares
seqüenciais. O cerebelo possui um tipo especial de circuito neuronal, pois permite
que os sinais sejam retardados por várias frações de segundo. Por conseguinte,
se deseja realizar dois movimentos diferentes, um em seguida ao outro, o
cerebelo produz um retardo apropriado, entre as atividades motoras seqüenciais.
Por exemplo, durante o andar, cada passo consiste em movimento seqüencial de
pernas para frente e para trás, se esse sequenciamento não é perfeito, a pessoa
perde seu equilíbrio, isto acontece quando o cerebelo é gravemente lesado,
condição essa chamada de ataxia (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
Os gânglios da base ficam localizados na extremidade dos hemisférios
cerebrais e são responsáveis pelo controle de movimento semivoluntários como
os de andar, movimentar os braços, no desenvolvimento posturais corporais e
entre outros (MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF, 2000).
18
Controle da palavra falada é um exemplo especialmente interessante de
controle motor de alta complexidade. As palavras que vão ser enunciadas não são
escolhidas pelo córtex motor, mas pelo contrário, na parte do córtex sensorial
chamada de área de Wernicke, localizada nas pessoas destras, na parte póstero-
superior do lobo temporal esquerdo. A área de Wernicke transmite os sinais
apropriados para área de Broca, localizada, nas pessoas destras, no córtex pré-
motor esquerdo. Essa área funciona em associação com o córtex motor primário,
com os gânglios basais e com o cerebelo para controla as seqüências de
contrações dos músculos laríngeos, orais e respiratórios, necessários para a
formação das diferentes palavras (GUYTON, 1988).
1.1.5 Unidade Motora
Constituído por único neurônio motor α e por todas as fibras por ela
inervada, esse grupo é conhecido como unidades motoras. Uma única unidade
motora de mamífero pode conter desde menos de 100 a aproximadamente 2000
fibras, dependendo do tipo de movimento que o músculo executa. Os movimentos
que são controlados com alto grau de precisão, como aquele dos olhos ou dos
dedos, são produzidos por unidades motoras com pequenos números de fibras.
Os movimentos amplos e vigorosos, como aqueles produzidos pelo gastrocnêmio,
representam habitualmente o resultado da atividade de grandes unidades motoras
(COSTA, 2001; HALL, 2000; FLECK; KRAEMER, 1999). Apenas as unidades
motoras recrutadas em um exercício produzem força e, portanto sofrerão os
efeitos das mudanças adaptativas com o treinamento (FLECK; KRAEMER, 1999).
Dessa forma, as fibras musculares esqueléticas do tipo II (contração rápida)
são inervadas por neurônios denominados fásicos, que possui axônios de
diâmetro maior e já as fibras musculares tipo I (contração lenta) são inervadas por
neurônios denominados tônicos, que possui axônios de diâmetro menor. As
unidades motoras são compostas de fibras musculares, do tipo I que são
tipicamente recrutadas antes devido ao seu limiar de excitabilidade ser mais baixo.
As fibras do tipo II são recrutadas após as fibras do tipo I, pois possui um limiar de
19
recrutamento mais alto. Isto se denomina o princípio do tamanho no recrutamento
(POWERS; HOWLEY, 2000; HALL, 2000; MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF,
2000).
O fato de que ativação das fibras musculares numa unidade motora ocorra
envolvendo todas ou nenhuma fibra muscular, é conhecido como “lei do tudo ou
nada”. Embora esta lei seja verdade para cada unidade motora individualmente,
os músculos como um todo, não são governados por ela. Algumas unidades
motoras podem ser ativadas no músculo enquanto outras não o são. Sem este
fenômeno, haveria muito pouco controle da quantidade de força que o pode
produzir e em conseqüência pouco controle do movimento corporal (COSTA,
2001; FLECK; KRAEMER, 1999; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998; GUYTON,
1988).
As primeiras contrações representam um espasmo. Note que, quando a
freqüência dos estímulos aumenta, o músculo não tem tempo para relaxar entre
os estímulos, e a força parece ser aditiva. Essa resposta é denominada somação.
Se a freqüência dos estímulos aumentar ainda mais, as contrações individuais
serão reunidas numa única contração sustentada denominada tetania. Essa
contração continua até que o estímulo seja interrompido ou que o músculo fique
fatigado (POWERS; HOWLEY, 2000; FLECK; KRAEMER, 1999; MCARDLE,
KATCH; KATCH, 1998).
1.1.6 Neuropsicologia
A atividade nervosa superior desenvolve-se por meio de estruturas
conjugadas em três unidades funcionais. Segundo Luria (1988), essas três
unidades orientam o funcionamento dinâmico do cérebro, são dividas em: a)
primária, que recebe o impulso ou manda esse impulso para periferia, está regula
o tono e o estado mental de vigília e alerta; b) segundária, pois a imformação
recebida é processada, isto é, recebe, analisa e armazena as informações; c)
terciária, responsável pela conjugação de várias áreas corticais, através disso, ela
20
é responsável pela programação, regulação e verificação da atividade,
organizando a atividade consciente.
1.2 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA SEGUNDA INFÂNCIA
O movimento é preciso e está presente em todos os momentos da nossa
vida, da inabilidade para habilidade e, novamente, para a inabilidade na idade
avançada, ainda que o significado de ficar em pé pela primeira vez e a dificuldade
em levantar-se no final da vida seja diferente. As mudanças do comportamento
motor e o processo que embasam essas mudanças durante o ciclo de vida são o
foco de estudo da subárea do desenvolvimento motor (GALLAHUE; OZMUN,
2001).
Portanto, hoje, o desenvolvimento motor, já como uma área de estudo, tem
procurado estudar as mudanças que ocorrem no comportamento motor de um
indivíduo, desde a concepção até a morte, relacionando-as com o fator tempo. Em
abordagens mais recentes, procura-se estudar os mecanismos responsáveis por
estas mudanças, ou seja, o desenvolvimento na capacidade de controlar os
movimentos (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004).
O desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela aquisição de um
amplo espectro de habilidades motoras, que possibilita a criança um amplo
domínio do seu corpo em diferentes posturas (estáticas e dinâmicas), locomover-
se pelo meio ambiente de variadas formas (andar, correr, saltar, etc.) e manipular
objetos e instrumentos diversos (receber, arremessar, chutar, escrever, etc.).
Essas habilidades básicas são requeridas para a condução de rotinas diárias em
casa e na escola, como também servem a propósitos lúdicos, tão característicos
na infância. A cultura requer das crianças, já nos primeiros anos de vida e
particularmente no início de seu processo de escolarização, o domínio de várias
habilidades (FONSECA, 2004).
Não raro, essas habilidades denominadas básicas são vistas como o
alicerce para a aquisição de habilidades motoras especializadas na dimensão
artística, esportiva, ocupacional ou industrial (TANI et al., 1988). Essa relação de
21
interdependência e de habilidade especializadas denota a importância das
aquisições motoras iniciais da criança, que atende não só as necessidades
imediatas na 1ª e 2ª infância, como traz profundas implicações para o sucesso
como essas habilidades específicas são adquiridas posteriormente (TANI et al.,
1988).
Em suma, o desenvolvimento motor enfoca o estudo das mudanças
qualitativas e quantitativas de ações motoras do ser humano ao longo de sua vida.
A análise destas investigações envolve predominantemente o estudo de
habilidades motoras com forte componente genético e o resultado da interação
dos fatores endógeno e exógeno no processo de desenvolvimento das habilidades
e capacidades motoras, não apenas com a preocupação de observar e descrever
mudanças no comportamento motor ao longo da vida do ser humano, mas
também buscando hipótese que possam explicar ou predizer tais mudanças
(MELLO, 1989).
Jean Piaget estudou a inteligência na sua gênese, num desenvolvimento
contínuo e progressivo, com isso, classificou-se como pré-operacional as crianças
com idade de 2 a 7 anos, o que corresponde a segunda infância no
desenvolvimento psicomotor. Este período caracteriza-se pelo início da linguagem
expressiva compreensível, da representação e da função simbólica de forma mais
incisiva, pois a criança reflete sobre as suas ações, aliando-se à elaboração da
linguagem e do pensamento, sem precisar necessariamente vivenciá-las naquele
momento, isto é, a criança não consegue associar situações, justapondo as
percepções em vez de associa-las entre si. Além de ser egocêntrica e utilizar
objetos para fantasiar as situações reais, ou seja, é a fase do aparecimento da
função simbólica (FONSECA, 2004).
22
2. A Psicomotricidade
O desenvolvimento psicomotor é de extrema importância para que haja
consciência dos movimentos corporais integrados com sua emoção e expressados
por esses movimentos. A faixa etária importante para trabalhar com todos os
aspectos do desenvolvimento, seja motor, intelectual e sócio-emocional
compreende do nascimento até completar 8 anos aproximadamente. É nesse
período que instalam-se as principais dificuldades em todas as áreas de relação
com o meio ao qual está inserido e, se não forem trabalhadas a tempo,
certamente trarão prejuízos como dificuldades na escrita, na leitura, na fala, na
socialização, entre outros. A psicomotricidade é trabalhada tanto para a prevenção
e tratamento das dificuldades quanto para a exploração do potencial psicomotor
de cada criança (FONSECA, 2004).
A psicomotricidade é a ciência que tem o homem como objeto de estudo
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e
externo, bem como a possibilidade de perceber, atuar, agir com o outro, com os
objetos e consigo mesmo, pois está relacionada ao processo de maturação, onde
o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE, 1999).
As qualidades físicas psicomotora são possíveis de ser percebidas e que
conjuntamente formam a integralização motora do ser humano, num espaço e
num tempo determinado, entre elas temos:
a) Postura e Tônus Muscular – a postura está diretamente relacionada com o
tônus, constituindo uma unidade tônico-postural cujo controle facilita a
possibilidade de canalizar a energia tônica necessária para realizar os gestos,
prolongar uma ação ou levar o corpo a uma posição determinada, isto depende do
nível de maturação, da força muscular e das características psicomotoras do
indivíduo (FONSECA, 2004).
23
b) Respiração – é compreendida por duas fases, a primeira é a inspiração:
importante na admissão de ar para a oxigenação do sangue e para a geração da
energia na realização dos movimentos, já a segunda é expiração: responsável
pela eliminação de dióxido de carbono. A mecânica desse processo ocorre com a
parceria entre músculos envolvidos (diafragma, intercostais externos e internos) e
o sistema neurológico (ALVES, 2005).
c) Coordenação Dinâmica Global – é considerada como a possibilidade de
controle dos movimentos amplos de nosso corpo, com isso, permite a
possibilidade de contrair grupos musculares diferentes de uma forma
independente. Pode ser apresentada sob dois aspectos: coordenação estática, a
qual se realiza em repouso e, resulta do equilíbrio entre a ação dos grupos
musculares antagonista, estabelecendo-se em função do tônus e permite a
conservação voluntária de atitudes, já a coordenação dinâmica, é o resultado da
ação simultânea de grupos musculares diferentes, na implicação de movimentos
voluntários mais ou menos complexos (FONSECA, 2004).
d) Coordenação Motora Fina – é considerada como a capacidade de controlar os
pequenos músculos para exercício refinados tais como: recorte, perfuração,
colagem, encaixe e entre outros, e envolve a coordenação viso-motora ou
oculomotora definida como a capacidade de coordenar os movimentos em relação
ao alvo visual, a coordenção viso-manual ou oculomanual definida como a
coordenção entre a visão e o tato e a coordenção musculofacial refere-se aos
movimentos refinados da face propriamente ditos e é fundamental na aquisição da
fala, da mastigação e da deglutição (ALVES, 2005).
e) Equilíbrio – é à base de toda a coordenação dinâmica global, é a noção de
distribuição do peso em relação a um espaço e há um tempo e sua relação com o
eixo de gravidade. O equilíbrio depende essencialmente do sistema labiríntico e
do sistema plantar (GUYTON, 1988). O equilíbrio pode ser estático, pois seu
controle é importantíssimo para uma futura aprendizagem e sua ação refere-se à
capacidade de sustentar-se em diferentes situações, mesmo as mais difíceis
(olhos fechados, sobre um pé, sobre um plano inclinado, de cócoras) levando o
24
controle da postura. O equilíbrio dinâmico está relacionado com o deslocamento
do corpo em relação ao centro de gravidade e por isso, quando todo o corpo está
em movimento à dificuldade se acentua e as contrações compensadoras de cada
movimento parcial devem combinar-se em uma espécie de equilíbrio fluido e
progressivo, visando atingir o gesto harmonioso (FONSECA, 2004).
f) Esquema corporal – é um elemento básico indispensável para a formação da
personalidade da criança, sendo seu núcleo central, pois reflete o equilíbrio entre
as funções psicomotoras e sua maturidade. A consciência do corpo é alcançada
pela percepção do mundo exterior, na mesma forma que a consciência do mundo
exterior acontece por meio do corpo, ou seja, é o conhecimento intelectual das
partes do corpo e de suas funções (ALVES, 2005).
g) Lateralidade – é a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do
corpo, o direito e o esquerdo. É o elemento fundamental de relação e orientação
com o mundo exterior. A lateralidade liga-se ao desenvolvimento do esquema
corporal e sua predominância de um dos lados do corpo se faz em função do
hemisfério cerebral, com isso, o indivíduo pode ser caracterizado como destro
(direita) e sinistro (esquerda) (FONSECA, 2004).
h) Estruturação espaço-temporal – é a capacidade de avaliar tempo-espaço,
interagindo de forma progressiva em um determinado espaço. Ela permite ao
indivíduo não só se movimentar e se reconhecer no espaço, mas também
relacionar e dar seqüência aos seus gestos, localizar as partes do corpo e situá-
las no espaço, coordenar sua atividade e organizar sua vida cotidiana. Dentro da
organização espaço-temporal estão incluídas o tempo, o espaço e o ritmo
(ALVES, 2005).
25
3. A NATAÇÃO
A natação é um exercício físico que engloba várias finalidades, como
terapia, competição, lazer, utilizando deslocamento na água. A água é o maior
brinquedo existente na terra, considerando o esporte mais completo, pois
desenvolvem tanto as capacidades físicas, como flexibilidade, força e resistência,
quanto à capacidade cardiorrespiratória (VELASCO, 1994). Nadar não é somente
realizar deslocamentos e movimentos com o nosso corpo, é antes disso, organizar
as sensações recebidas pelo meio líquido, em nosso cérebro, transferindo-os
psicomotoramente na água (VELASCO, 1994).
3.1 Histórico
A natação é um esporte popular desde a época da Grécia e Roma, onde
utilizava para treinar os seus soldados. Platão relacionava a natação com a
educação, ou seja, o homem que não sabia nadar não era educado. Durante
muitos séculos, entretanto, a natação teve seu desenvolvimento prejudicado pela
idéia de que ajudava a disseminar epidemias (CATTEAU; GAROFF, 1990).
Somente na primeira metade do século XIX, iniciou-se a progredir como
desporto, realizando-se as primeiras provas em Londres, em 1837, onde existiam
seis piscinas. Várias competições foram organizadas nos anos subseqüentes e
em 1844 alguns nadadores norte-americanos atuaram em Londres, vencendo
todas as provas. Até então, o estilo empregado era uma braçada de peito,
executada de lado, mais tarde, para diminuir a resistência na água, passou-se a
levar um dos braços à frente pela superfície, num estilo que recebeu o nome de
single overarm stroke. Nova modificação deu lugar ao double overarm, pois os
braços eram levados para frente, alternadamente, esse estilo foi nomeado em
1893 por um inglês, J. Arthur Trudgen, ao observar os nativos da América do Sul.
O movimento de pernas, porém continuava a ser um golpe de tesoura, que mais
tarde evoluiu quando outro inglês, Frederick Cavill, emigrando para a Austrália,
observou-se que os indígenas nadavam com as pernas agitadas em plano vertical
à superfície da água, com isso, foi denominado de crawl australiano, no qual seu
26
filho Richard, em 1900, bateu o recorde mundial dos 100 metros. Outro filho de
Cavill levou o nado Crawl para os Estados Unidos, onde Daniele o aperfeiçoou,
criando o crawl americano (MAKARENKO, 2001).
Atualmente, a natação é praticada em quatro estilos: crawl ou nado livre,
costas, peito e borboleta. O nado crawl é o mais rápido, pois o nadador se
movimenta com o abdômen voltado para a água, a pernada é curta e alternada e a
braçada também é alternada, com a recuperação de cada braço realizada fora da
água. No nado de costa, o nadador mantém durante todo o percurso em decúbito
ventral, com o abdômen para cima e a pernada e a braçada é idêntica a do crawl,
só que em sentido inverso, em virtude da situação do corpo. Houve uma
modificação em relação à pernada, onde inicialmente, era realizada em “tesoura”,
mas em 1912, o norte-americano, Harry Habner venceu os 100 metros nos jogos
Olímpicos com a “batida de pés crawlada”, executada até hoje nesse nado. No
nado de peito, os movimentos dos braços para frente e para trás são realizados
sob a água, a cabeça fica ora dentro da água, ora fora da água e a pernada é
trazida ao mesmo tempo para junto do corpo, com os joelhos dobrados e abertos,
continuando o movimento por uma extensão lateral e giratória das pernas. O nado
de borboleta foi separado do nado peito pela Federação Internacional de Natação
Amadora (FINA), em 1952, determinou provas isoladas para cada estilo. Até
aquele ano, constituía uma variação do estilo clássico, com a diferença de que os
braços eram levados à frente por fora da água, este estilo foi idealizado pelo
nadador norte-americano Henry Myers, em 1935 e, posteriormente, a Maria Lenk
foi a primeira mulher a realizar este nado. No congresso paralelo aos Jogos
Olímpicos de 1952 (Helsinki), a FINA permitiu um movimento simultâneo e
sincronizado dos pés no plano vertical, dando origem ao nado “golfinho”, isto é, o
nado borboleta (butterfly), com batida simultânea de pés, o que faz progredir com
maior rapidez (COLWIN, 2000).
No âmbito mundial, a natação é controlada pela FINA, fundada em 1908,
responsável também pelo pólo aquático, pelos saltos ornamentais e pelo nado
sincronizado. Este órgão é responsável nas organizações dos campeonatos,
27
torneios nacionais e internacionais, sendo os Jogos Olímpicos a sua principal
competição. Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna (1896) apresentaram
apenas uma prova de natação, os 100 metros nado livre, vencida pelo húngaro
Alfred Hajos com o tempo de 1´2’’2. Em 1900 foi incluída a prova de 400 metros
nado livre, acrescentando-se em 1908 as de 1500 metros e revezamento de
4x400 metros, ambas em estilo livre, a de 100 metros de nado de costas e a 200
metros de nado peito. Com esse programa, os Jogos foram disputados até 1952,
já em 1956, apareceu a prova de 200 metros de nado borboleta e, em 1960, o
revezamento 4x100 metros nos quatros estilos. A competição feminina nas
Olimpíadas em 1924 (400 metros nado livre, 100 metros de costas e 200 metros
de peito) em 1956 (100 metros borboleta) e 1960 (revezamento 4x100 metros nos
quatros estilos) (MAKARENKO, 2001).
A natação foi introduzida oficialmente no Brasil a 31 de Julho de 1897,
quando os clubes Botafogo, Grogoatá, Icaraí e Flamengo fundaram, no Rio de
Janeiro, a União de Regatas Fluminense, mais em 1898, o Clube de Natação e
Regatas promoveu o I Campeonato Brasileiro, na distância aproximada de 1500
metros, entre a Fortaleza de Villegalgnon e a Praia de Santa Luzia. Essa prova
repetiu-se até 1912 (CATTEAU; GAROFF, 1990).
Atualmente, o órgão superior e responsável pelo esporte chama-se
Confederação Brasileira de Desporto Aquática – CBDA, responsável por mais de
quinze federações filiadas, com mais de 3000 atletas inscritos.
3.2 Pedagogia da Natação
A aprendizagem da natação no ser humano não é inata como em algumas
outras espécies, o ser humano apresenta reações de insegurança e medo ao
vivenciar o meio aquático, através disso, o indivíduo necessita de um determinado
tempo para aprender a nadar e adquirir maturação neurológica e emocional para
dominar o meio líquido, o qual é diferente do seu habitual, sendo a
psicomotricidade aquática uma ligação extremamente indicada para está condição
(VELASCO, 1994).
28
Nas etapas da aprendizagem da natação, envolvem o ambiente, a
aprendizagem das técnicas de natação e posteriormente o aperfeiçoamento, e o
treinamento dos estilos. Na ambientação, o objetivo geral dessa etapa é fazer com
que o indivíduo se torne o mais seguro possível dentro da água, dentre os
objetivos funcionais temos:
a) Adaptação – é o primeiro contato ao meio aquático, influenciado pela
resistência oferecida pela água devido à densidade, à pressão exercida sobre o
nosso corpo quando nela ocupamos um espaço, ao empuxo, à presença da água
nas aberturas da cabeça (nariz, boca, olhos e ouvidos) e à excitação promovida
pela água (frio e quente) (BUENO, 1998; MAKARENKO, 2001).
b) Domínio – está relacionada basicamente a dois reflexos, o reflexo do
fechamento das pálpebras ao mergulhar o rosto na água e o reflexo da mudança
de posição da cabeça ao modificarmos a posição do corpo na água. Precisa-se
aprender nesta fase o contato da água em relação ao nosso corpo e restabelecer
o equilíbrio no meio líquido (BUENO, 1998; MAKARENKO, 2001).
c) Superação – está etapa visa proporcionar um melhor deslocamento através dos
meios propulsores que disponhamos em nosso corpo. Perder e recuperar o
equilíbrio em todas as direções e posições, com a ajuda de ações propulsoras ou
de sustentação dos braços e pernas após giros, saltos, mergulhos ou qualquer
outro movimento, pois a psicomotricidade aquática é um meio extremamente
eficaz (BUENO, 1998; MAKARENKO, 2001).
O aspecto segurança é importantíssimo, fazendo com que o indivíduo se
sinta à vontade no meio líquido e desenvolvendo sua autoconfiança para enfrentar
qualquer outra dificuldade nesse meio, em diferentes ambientes aquático (piscina,
mar, rio, lagoa e etc), explorar a segurança no meio aquático independe da idade
e do trabalho desenvolvido. Se o indivíduo adquire segurança nesse meio,
libertando-se de materiais de apoio e de pessoas, sua autonomia e autoconfiança
são valorizadas (CATTEAU; GAROFF, 1990).
29
A natação é um esporte sendo administrando pelo Profissional de
Educação Física. A Educação Física é um processo de aprendizagem e consiste
essencialmente no meio de usar a atividade física para contribuir na experiência
educacional das pessoas, pois utiliza o mais precioso recurso humano, que é o
próprio corpo. É importante que os professores de Educação Física tenham o
conhecimento da prática de exercício físico como indicador no processo
educacional e no desenvolvimento humano e social, uma vez que a presença do
sedentarismo contribui para o aumento da delinqüência juvenil e da violência,
assim como a incidência nos gastos médicos e sociais.
30
4. A RELAÇÃO DA NATAÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE
A motricidade terrestre é diferente da aquática, e aprender as atividades
propostas é organizar as sensações recebidas no meio líquido, a nível neurológico
e transferindo-as no desenvolvimento psicomotor aquático (VELASCO, 1997).
Considerando a psicomotricidade aquática como estimulação das
potencialidades do indivíduo utilizando a água como meio de ação mais global por
meio do movimento e da sua relação com o espaço, com o material, com o outro e
consigo mesmo (MELLO, 1989).
A evolução da atividade aquática e a conquista de novos movimentos
passam por um processo bem específico no meio líquido (DAMASCENO, 1992).
Em primeiro lugar, a criança recebe sensações mais ou menos conscientes, com a
repetição se tornarão mais precisas, levando à tomada de consciência da ação do
movimento propriamente dito (DAMASCENO, 1992). Em seguida, esses
referenciais sensoriais começam a se torna inconscientes ao darem vez às
referências sensitivas proprioceptivas provocadas pelo movimento.
Posteriormente, com o ajuste do movimento, chega-se à consciência global do
mesmo, numa ação mais ritmada e harmoniosa (MELLO, 1989).
Em relação às qualidades físicas psicomotoras, na coordenação dinâmica
global percebe-se que a locomoção na água traz algumas diferenças e os
movimentos globais são executados de forma intensa neste meio, com possíveis
desafios e dificuldades (entradas e saídas da piscina, deslocamento em pé, de
gato, rastejando, saltos diversos, deslizes, imersões, flutuações) por meio de uma
proposta lúdica, com objetivo de atingir o prazer e a segurança própria (BUENO,
1998).
Em relação ao tônus e à postura observa-se a ação do empuxo associada à
ação da gravidade, ocorre uma modificação importante na regulação tônica de
qualquer ato motor coordenado na posição estático, além da atuação da
densidade no corpo nos movimentos, com fases aéreas e submerso. Atividades
nos colchonetes dentro da água propiciam a estimulação do sistema vestibular,
31
com respostas neurolabirínticas ao ser inclinada, e visam à manutenção da
postura corporal em situações de desequilíbrio (VELASCO, 1997).
Relacionados ao equilíbrio, pois devido à diminuição do empuxo e,
conseqüentemente, da ação da gravidade, o indivíduo precisa adaptar-se aos
seus sistemas labiríntico e plantar, incluindo o tempo todo sobre o controle tônico
e sobre as sensações cinestésica e proprioceptiva, atuam no sistema piramidal,
extrapiramidal, cerebelar e límbico. O sistema vestibular é responsável pelo
desenvolvimento das destrezas motoras, combinando as posturas reflexas,
estabelecendo movimentos coordenados de visão, regulando o nível de
movimento. O domínio do equilíbrio nas posições estática ou dinâmica completa o
esquema corporal, atingindo o controle da postura e das quedas. O equilíbrio
aquático pode, subjetivamente, imprimir no indivíduo as emoções do abandono
das relações com o mundo sólido, com a perda dos apoios plantares e com a
marcha modificada devido à liberação da ação gravitacional, além da influência do
sistema límbico, responsável pelas emoções em situações de desafio,
insegurança, irritação e desmotivação, comprometendo o equilíbrio na água. As
atividades podem ser saltos para cima e para baixo segurando as mãos do colega
ou saltar individualmente com os braços e os pés ligeiramente afastados para
auxiliar na estabilidade do equilíbrio (DAMASCENO, 1992).
No esquema corporal, a percepção do corpo ocorre uma redução da massa
corporal sobre as articulações, as quais acabam incidindo nos apoios plantares e
por conseqüência no equilíbrio dinâmico. Quando o corpo assume a
horizontalidade, além dos conteúdos de equilibração ocorre uma readaptação da
imagem corporal por meio de diferentes percepções táteis, cinestésicas e
proprioceptivas. Aliada à mudança de plano ocorre também uma sobreposição
imaginada da água e do corpo, onde formam um movimento só até que o
indivíduo se adapte neste meio, percebendo posições que trazem a sensação de
liberdade no meio líquido. Atividades de queda do corpo na água e posterior
recuperação do equilíbrio vertical e rotações nos planos transverso e longitudinal
propiciam um maior controle global do corpo (VELASCO, 1997).
32
Noções espaço-temporais visam estruturar o movimento no espaço em
relação à sua distância, velocidade, grandeza e intensidade, adquire-se estas
noções com a exploração do espaço aquático nos diversos níveis como:
submerso, na superfície, ascedentes e descedentes, nos deslocamentos lineares,
curvos, sinuosos e mistos, nas noções de distantes e do aproximado, do próximo
e do longínquo, propiciando a concretização de condutas espaciais universais
como para fim, início, dentro/fora, cima/baixo, frente/trás, antes/depois, junto,
igual, contrário, diferente, direita/esquerda, horizontal/vertical, grande/pequeno,
longe/perto, alto/baixo, largo/estreito, grosso/fino, dentre outros (GUTIERRES,
2003).
A respiração no meio aéreo de domínio nasal é solicitada de forma
consciente e ativa, com o predomínio oral na inspiração e nasal e oral na
expiração, está deve ser feita dentro da água, constituindo a fase mais longa.
Inicialmente, deve-se aprender a respiração isoladamente, sendo a forma frontal a
mais indicada, e só depois do domínio dos movimentos e do mergulho associados
orienta-se para forma lateral, associada ao domínio dos estilos, entre os
exercícios, temos fazer bolinhas na água, de contestes utilizando bolas, bexigas,
bolinha de isopor e assopra-las até o outro lado da piscina (DAMASCENO, 1992).
Inicialmente é importante ter consciência do meio aquático, para depois
trabalhar a técnica dos quatros estilos de natação (crawl, costas, peito e
borboleta), com isso, o ideal é que o profissional de Educação Física,
especialmente o professor de natação siga a escolha do aluno por um
determinado estilo, acelerando com isso seu progresso na água. É importante que
o professor tenha uma visão integrada da psicomotricidade com a pedagogia, com
isso, adaptar-se às descobertas aquáticas e propulsivas do aluno, trazendo
consigo algumas situações-problema, a prática de variações propulsivas e
espaciais na água, variando os estilos conforme as descobertas propulsivas se
estabelecem (GUTIERRES, 2003).
O nado borboleta é um estilo que utiliza grandes números de mergulhos e,
portanto, aperfeiçoa a ambientação, permitindo ao aprendiz soltar-se bastante na
33
água e adquirir uma sensibilidade cinestésica muito grande, estimulando a
coordenação dos movimentos simultâneos. Umas das características mais
importantes é o movimento ondulatório do corpo no sentido antero-posterior, a
respiração é frontal e a exigência de força e coordenação (BUENO, 1998;
GUTIERRES, 2003).
O nado peito os movimentos são simultâneos e a respiração é frontal,
tornando-se o nado mais lento e o que apresenta maior possibilidade visual.
Propicia a alternância de ritmo de braços e pernas, com muita coordenação de
movimentos simultâneos (BUENO, 1998; GUTIERRES, 2003).
O nado de crawl atenta-se para sua velocidade, seus movimentos são
simples e assemelha-se à motricidade cotidiana. Na braçada seus movimentos
são circulares e alternados, mas contínuos, por isso, é considerado um nado que
amplia a percepção do ritmo corporal e coordenação do movimento (BUENO,
1998; GUTIERRES, 2003).
O nado de costas o movimento é simples, e alternados também, com
exceção da tração dos braços e é mais fácil quando comparados aos outros
estilos porque não apresenta limitações na respiração, já que a posição na água é
em decúbito dorsal. Também é o nado que apresenta maior percepção espacial,
sensação cinestésica e de equilibração na água (BUENO, 1998; GUTIERRES,
2003).
34
5. CONCLUSÃO
Com este conjunto de evidências é possível identificar importância da
Educação Física em oferecer experiências motoras adequadas para a criança. Ao
partir do ponto de vista de que o movimento é o objeto de estudo e aplicação da
Educação Física, o propósito de uma atuação mais significativa e objetiva sobre o
movimento pode levar o profissional de Educação Física a estabelecer, como
objetivo básico, o que se costuma denominar aprendizagem do movimento. Pois o
ser humano apresenta uma série de mudanças na sua capacidade de ser mover,
e tais mudanças são de natureza progressiva, organizada e interdependente,
resultando em uma seqüência de desenvolvimento, traz justificativa de uma
aprendizagem do movimento.
Sendo assim, a natação é um esporte administrado por profissionais de
Educação Física e é de extrema importância para o desenvolvimento psicomotor
da criança, podendo ser praticada mesmo por bebês, a partir dos seis meses de
idade. É de fundamental importância a relação deste esporte na formação da
conduta e personalidade. Portanto, a psicomotricidade estará presente a partir do
momento da organização das sensações recebidas pelo meio líquido na qual está
imerso e à transposição organizada deste movimento neste espaço e tempo.
35
6. REFERÊNCIAS
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LURIA, A; VIGOTSKY, L.S; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, Ed. Da USP, 1988.
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36
MAKARENKO, L. P. Natação: seleção de talentos e iniciação desportiva. 1.ed. Porto Alegre: Aritmed, 217 p, 2001.
MAUGHAN, R; GLEESON, M; GREENHAFF, P.L. Bioquímica do Exercício e do Treinamento: fisiologia e a bioquímica do músculo esquelético e do exercício. 1.ed. São Paulo: Manole, 2000.
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37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
1. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 10
1.1 Fisiologia Neuromuscular 10
1.1.1 Mecanismo de Excitação 10
1.1.2 Sensações Somestésica e Sinais Sensoriais pelo Encéfalo 14
1.1.3 Funções Motoras do Sistema Nervoso Periférico 16
1.1.4 Função Motora do Sistema Nervoso Central 17
1.1.5 Unidade Motora 18
1.1.6 Neuropsicologia 19
1.2 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA SEGUNDA INFÂNCIA 20
2. A PSICOMOTRICIDADE 22
3. A NATAÇÃO 25
3.1 Histórico 25
3.2 Pedagogia da Natação 27
4. A RELAÇÃO DA NATAÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE 30
38
5. CONCLUSÃO 34
6. REFERÊNCIAS 35
ÍNDICE 37
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
40
EVENTOS CULTURAIS
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