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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
GRADUAO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
RAQUEL SANTOS DE QUEIROZ
PERSPECTIVAS DA EDUCAO EM SADE AOS CUIDADORES DE IDOSOS
COM DEMNCIA: Reviso Integrativa
NITERI
2016
RAQUEL SANTOS DE QUEIROZ
PERSPECTIVAS DA EDUCAO EM SADE AOS CUIDADORES DE IDOSOS
COM DEMNCIA: Reviso Integrativa
Trabalho de Concluso de Curso apresentado na Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obteno do ttulo de Bacharel e Licenciado em Enfermagem.
Orientadora:
Prof. Dra. ALESSANDRA CONCEIO LEITE FUNCHAL CAMACHO
Niteri
2016
Q 003 Queiroz, Raquel Santos de. Perspectivas da educao em sade aos cuidadores de
idosos com demncia: reviso integrativa. / Raquel Santos
de Queiroz. Niteri: [s.n.], 2016.
60 f.
Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em
Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016.
Orientador: Prof. Alessandra Conceio Leite Funchal
Camacho
1. Enfermagem. 2. Educao em sade. 3. Demncia.
4. Idoso. I. Ttulo.
CDD 610.73
RAQUEL SANTOS DE QUEIROZ
PERSPECTIVAS DA EDUCAO EM SADE AOS CUIDADORES DE IDOSOS
COM DEMNCIA: Reviso Integrativa
Trabalho de Concluso de Curso apresentado na Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aprovao do curso e obteno do ttulo de Bacharel e Licenciado em Enfermagem.
.
Aprovada em 03 de fevereiro de 2016.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________________
Prof. Dr. Alessandra Conceio Leite Funchal Camacho (Orientadora)
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Geilsa Soraia Cavalcante Valente (1 Examinador)
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
_____________________________________________________________________
Prof. Ms. Fabiana Lopes Joaquim. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
Niteri
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente Deus, por me ter me dado fora e determinao para seguir
o caminho da minha vida. Ele toda honra e toda glria. Santa Rita de Cssia, minha
protetora.
Aos meus pais, Ivoneide e Francisco, que so a razo da minha vida. Obrigada pela
criao, pelo amor, suporte e apoio que sempre me deram, nunca me deixando desanimar.
minha irm Nvia e meu cunhado Diego, pela compreenso, pelo apoio e incentivo
ao longo da minha graduao.
Ao meu sobrinho, Juan Carlos, to pequeno, mas que tem um amor imenso e
verdadeiro. Obrigada por me ensinar a cada dia como ser tia.
Ao meu namorado, Jhonny, pela pacincia pra aturar minhas crises de desespero na
trajetria acadmica, pelo carinho e pelos votos de incentivo.
Aos tios, tias, primos e primas, por torcerem pela minha felicidade.
s amizades que a UFF me proporcionou. quelas desde o incio da faculdade:
Jssica Carvalho, Monique Pitzer e Talita Marchiro. s que o tempo nos tornou amigas:
Clariana Rosa, Daniela Chaves, Juliana Condeixa e Mariana Valiango. Obrigada pelo
companheirismo nas provas, nos estgios, nos congressos e na vida. Aos demais amigos e
colegas de turma e aos amigos fora da UFF, meu obrigado pelas palavras de incentivo.
minha orientadora, professora Dra. Alessandra Camacho, pela confiana e crdito
que em mim foram depositados. Obrigada pelo profissionalismo e incentivo na minha
trajetria.
Aos demais professores, pelo conhecimento e por me fazerem amar a enfermagem.
todos os enfermeiros e preceptores dos campos de estgio que me ajudaram a
compreender a essncia da minha profisso.
Agradeo tambm todos os pacientes/usurios, pela troca de valores e saberes, por
cada experincia de vida.
Caiam mil homens tua esquerda e dez mil tua direita, tu no sers atingido.
Salmos 91:7
RESUMO
Com o aumento da expectativa de vida e do envelhecimento h a prevalncia de doenas
crnicas no transmissveis, dentre as quais a demncia, que tpica da sade do idoso. A
demncia considerada um declnio progressivo da memria com consequncias nas funes
cognitivas e intelectuais. Diante das limitaes que a doena acarreta aos idosos, estes passam
a depender do cuidador para auxiliar/supervisionar/executar as atividades de vida diria. Pelo
fato de muitos cuidadores no terem passado por algum tipo de curso preparatrio h a
importncia de estudos que evidenciem a importncia da educao em sade dos enfermeiros
a este pblico alvo. Portanto o objetivo geral deste estudo analisar as produes cientficas
sobre o papel do enfermeiro na prtica de Educao em Sade aos cuidadores de idosos com
demncia e como objetivos especficos caracterizar a atuao do enfermeiro na Educao em
Sade aos cuidadores de idosos com demncia e descrever a importncia que a Educao em
Sade oferece aos cuidadores de idosos com demncia. Trata-se de uma reviso integrativa
com abordagem quanti-qualitativa. Foi realizada a busca nos bancos de dados da Biblioteca
Virtual de Sade (BVS): Bdenf, Lilacs, Medline e na base de dados internacional PUBMED.
O instrumento de coleta de dados utilizado para organizao do contedo obtido foi uma
tabela contendo os seguintes itens: ano, base de dados, metodologia, fatores relacionados ao
adoecimento e estratgias sugeridas. Foram selecionados 33 artigos, nos quais o maior
quantitativo corresponde ao ano de 2010, da base de dados Lilacs, do tipo exploratrio,
abordando a qualidade de vida e o cotidiano de cuidadores, percebeu-se que a sobrecarga
afeta diretamente na qualidade de vida e na prestao dos cuidados ao idoso e com isso maior
parte dos estudos sugerem adoo de estratgias e programas interdisciplinares, atravs de
oficinas, grupos e uso de teorias, de acordo com as particularidades envolvidas no processo.
Uma das contribuies do trabalho foi oferecer maior conhecimento cientfico atualizado
permitindo que enfermeiros e profissionais tenham embasamento para executar as suas aes
educativas junto aos cuidadores de idosos com demncia.
Palavras-chave: Demncia. Educao em Sade. Enfermagem. Idoso
ABSTRACT
With increasing life expectancy and aging there is the prevalence of chronic diseases, among
which dementia, which is typical of the health of the elderly. Dementia is considered a
progressive decline of memory with consequences on cognitive and intellectual functions.
Faced with the limitations that the disease brings to the elderly, they come to depend
caregiver to assist / supervise / perform the activities of daily living. Because that many caregivers have not gone through some sort of preparatory course for the importance of
studies that demonstrate the importance of health education of nurses to this target audience.
Therefore the aim of this study is to analyze the scientific production on the role of nurses in
the practice of health education for caregivers of patients with dementia and specific
objectives characterize the nurse's role in health education to caregivers of patients with
dementia and describe the importance of Health Education offers caregivers of elderly with
dementia. This is an integrative review with quantitative and qualitative approach. The search
was conducted in the databases of the Virtual Health Library (BVS): BDENF, Lilacs, Medline
and international database PUBMED. The data collection instrument used for organizing the
content has been obtained a table containing the following: year, database, methodology,
factors related to illness and suggested strategies. 33 articles were selected, in which the
largest quantity corresponds to the year 2010, the Lilacs database, exploratory, approaching
the quality of life and the daily lives of caregivers, it was noticed that the overhead directly
affects the quality of life and in the provision of care to the elderly and that most studies
suggest adopting strategies and interdisciplinary programs through workshops, groups and use
of theories, according to the particularities involved in the process. One of the contributions of
the work was to provide more current scientific knowledge allowing nurses and professionals
have foundation to run their educational actions with caregivers of seniors with dementia.
Keywords: Dementia. Health Education. Nursing. Elderly.
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Fluxograma descrevendo o caminhar metodolgico para os resultados, f.29
Tabela 1 Quantitativo de artigos selecionados por ano, f.31
Grfico 1 Base de dados selecionadas, f.32
Tabela 2 Sntese dos artigos selecionados, f.33
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADAS Escala de Avaliao da Doena de Alzheimer
AIVD
Atividades Independentes de Vida Diria
APA
American Psychiatric Association
APOE
ApoliproteinaE
AVD Atividades de Vida Diria
BVS Biblioteca Virtual de Sade
CBO
Cdigo Brasileiro de Ocupaes
CDR
Clnical Dementia Rating
CLT
Consolidao das Leis do Trabalho
DA Doena de Alzheimer
DCL
Demncia dos Corpsculos de Lewy
DFT Demncia Frontotemporal
DSM
Manual do Diagnstico e Estatstica das Doenas Mentais
DV
Demncia Vascular
EASIC Enfermagem na Assistncia aos Idosos e seus cuidadores
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio
GCUID Grupo de Cuidadores
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
IPVS ndice Paulista de Vulnerabilidade Social
LILACS
Literatura Latino Americana e do Caribe em Cincias da Sade
MEEM Mini-Exame do Teste Mental
MEDLINE Biblioteca Nacional de Medicina
MIF Medida de Independncia Funcional
NMDA
Antagonista dos Receptores de Glutamato
OMS Organizao Mundial de Sade
PNSPI Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa
PUBMED Medical Published - service of the U.S. National Library of Medicine
TSH Hormnio Estimulante da Tireide
SUMRIO
1 INTRODUO............................................................................................................... p.11
1.1 CONSIDERAES INICIAIS...................................................................................... p.11
1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................. p.13
1.2.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................................p.13
1.2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS........................................................................................p13.
1.3 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... p.13
2 REVISO DE LITERATURA........................................................................................p.15
2.1 DEMNCIAS................................................................................................................. p.15
2.1.1 DEFINIO................................................................................................................ p.15
2.1.2 EPIDEMIOLOGIA...................................................................................................... p.15
2.1.3 MANIFESTAES CLNICAS................................................................................. p.16
2.1.4 DIAGNSTICO.......................................................................................................... p.16
2.1.5 TIPOS DE DEMNCIA.............................................................................................. p.17
2.1.5.1 Doena de Alzheimer (DA).......................................................................................p.17
2.1.5.1.1 Mecanismos Fisiopatolgicos.................................................................................p.19
2.1.5.1.2 Diagnstico.............................................................................................................p.19
2.1.5.1.3 Tratamento..............................................................................................................p.21
2.1.5.2 Demncia Vascular....................................................................................................p.22
2.1.5.3 Demncia dos Corpsculos de Levy..........................................................................p.23
2.1.5.4 Demncia Frontotemporal (DFT) .............................................................................p.23
2.2 EDUCAO EM SADE AOS CUIDADORES DE IDOSOS COM DEMNCIA....p.24
2.3 POLTICAS PBLICAS VOLTADAS AO IDOSO E SEUS CUIDADORES.............p.26
3. METODOLOGIA..........................................................................................................p.28
4 RESULTADOS ..............................................................................................................p.31
5. DISCUSSO DOS DADOS ...........................................................................................p.44
6. CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................p.51
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................p.54
7.1 OBRAS CITADAS.........................................................................................................p.54
7.2 OBRAS CONSULTADAS.............................................................................................p.60
11
1 INTRODUO
1.1 CONSIDERAES INICIAIS
O envelhecimento definido como um processo universal caracterizado pela reduo
da capacidade funcional, muitas vezes relacionado a enfermidades e por conta disso h
polticas pblicas voltadas ao idoso (CAMACHO e COELHO, 2010, p.280). A Organizao
Mundial de Sade (WHO, 2002) define a populao idosa como pessoas com 60 anos de
idade ou mais nos pases em desenvolvimento, e 65 anos de idade ou mais nos pases
desenvolvidos.
Atualmente, possvel observar que o envelhecimento vem sofrendo um aumento
significativo particularmente no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica (IBGE, 2013) em 2012, a participao relativa dos idosos de 60 anos ou mais de
idade foi de 12,6% da populao total. Para o grupo com 65 anos ou mais de idade, a
participao foi de 8,6%. Daqui a 25 (vinte e cinco) anos a expectativa da populao brasileira
idosa ser superior a 30 (trinta) milhes e em 2055 o nmero de idosos ser maior do que o de
crianas e jovens de at 29 anos de idade. As caractersticas mais marcantes da populao
idosa so que a maioria feminina (55,7%) e branca (54,5%); com domiclio em reas
urbanas (84,3%); mdia de 4,2 anos de estudo; beneficiados pela previdncia social (76,3%) e
cerca de 43,5% com renda per capita igual ou inferior a 1 salrio mnimo.
Esses dados apontam que h uma reduo no ndice de natalidade, um aumento na
expectativa de vida e na qualidade de vida. Partindo deste ponto pode-se perceber que h um
risco aumentado para ocorrncia de doenas crnicas no transmissveis e as doenas
demenciais, caractersticas na sade do idoso.
A demncia segundo Eid, Kairalla e Campora (2012, p.20) pode ser entendida como
uma sndrome em que h um declnio progressivo da memria trazendo uma srie de
consequncias tais como o comprometimento das funes cognitivas, o dficit para realizao
de comandos motores e falhas no planejamento.
Nesse contexto, Talmelli et al (2013, p.220) afirmam que as demncias por se tratarem
de doenas crnico degenerativas so responsveis por piora na habilidade fsica, na
qualidade de vida, alm disso, Falco e Maluschk (2009, p.138 ) referem que a medida que a
doena progride so encontrados sintomas psicticos transitrios causando prejuzos na
12
memria e na autonomia, o que causa dependncia dos outros para execuo de tarefas. Sendo
assim, possvel observar que h uma fragilidade por volta da vida dos idosos com demncia
e os seus cuidadores, fazendo com que ocorra uma mudana em todo cotidiano, por questes
sociais, fsicas, emocionais, financeiras e estruturais.
Diante desta viso, em 4 de janeiro de 1994 foi promulgada a lei 8.842 sobre a Poltica
Nacional do Idoso, que tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando
condies para promover sua autonomia, integrao e participao efetiva na sociedade.
J a Poltica Nacional dos Cuidadores de Idosos (Portaria Interministerial MPAS/MS
n 5.153, de 7 de abril de 1999) dispe sobre a necessidade de criar alternativas que
proporcionem ao idoso melhor qualidade de vida; diretrizes para atender integralmente ao
idoso e a sua famlia; reduzir o percentual de idosos institucionalizados e a necessidade de
habilitar recursos humanos para o cuidado ao idoso. Esses profissionais so fundamentais na
assistncia aos idosos e representam o elo entre o idoso, a famlia e os servios de sade.
Para lidar com essas questes, o Enfermeiro enquanto detentor de conhecimento
cientfico e um educador, deve desenvolver prticas de Educao em Sade a esse grupo de
profissionais. Segundo Santiango e Luz (2012, p.137), a Educao em Sade atua como uma
forma de vinculao entre profissionais e a comunidade, pois a sua ao pautada no respeito,
na participao e na atuao dos indivduos.
A motivao deste estudo acompanha a minha trajetria acadmica. Ao passar pela
disciplina de Fundamentos de Enfermagem I foi possvel realizar o Ensino Terico-Prtico de
consulta de enfermagem no ambulatrio de Enfermagem na Ateno a Sade do Idoso e seus
Cuidadores (EASIC), no local pude fazer o acompanhamento de questes de sade, sociais e
emocionais envolvidas entre os idosos e a relao com os seus cuidadores, este foi um setor
que pude aplicar o conhecimento cientfico adquirido e adaptar a realidade desse idoso e de
seu cuidador. Disciplinas como Sade Coletiva tambm favoreceram a meu desejo de atuar na
educao em sade, atravs das aulas e do Ensino Terico-Prtico.
Alm disso, fao parte do projeto de Extenso intitulado Cuidado a pessoa com
doena de Alzheimer - Blog Interativo que tem como objetivo buscar o estado de equilbrio
da clientela considerando a integralidade da assistncia; a humanizao; promoo,
preveno, recuperao e reabilitao da sade no contexto individual, familiar e comunitrio
visando a qualidade de vida. Diante disso, atravs de seus estudos Camacho et al (2013)
comprovam que importante o cuidador apreender atravs da ao do enfermeiro,
13
conhecimentos pertinentes ao contexto fisiolgico, farmacolgico e social do idoso com
demncia.
Com base no exposto foi traada a seguinte questo norteadora: Qual o papel do
enfermeiro na prtica de educao em sade aos cuidadores de idosos com demncia descrita
nas produes cientficas?
A partir de tal indagao, o temos como objeto de estudo: As produes cientficas
sobre educao em sade aos cuidadores de idosos com demncia.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
- Analisar as produes cientficas sobre o papel do enfermeiro na prtica de Educao
em Sade aos cuidadores de idosos com demncia.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
- Caracterizar a atuao do enfermeiro na Educao em Sade aos cuidadores de
idosos com demncia;
- Descrever a importncia que a Educao em Sade oferece aos cuidadores de idosos
com demncia.
1.3 JUSTIFICATIVA
Tendo em vista o nmero de idosos crescendo no Brasil e o acompanhamento de casos
de demncia, h uma srie de consequncias em todos os mbitos de sua vida com isso o
cuidador encontra-se sobrecarregado muitas vezes no sabendo como lidar diante dos fatos.
14
Da a importncia de analisar as referncias acerca da educao em sade aos
cuidadores de idosos com demncia para que se possa contribuir em uma assistncia com
qualidade.
15
2 REVISO DE LITERATURA
2.1 DEMNCIAS
2.1.1 DEFINIO
A demncia pode ser definida como uma sndrome em que h a deteriorizao
cognitiva na memria que capaz de afetar as atividades de vida diria (NOVELLI, NITRINI
e CARAMELLI, 2010, p.140). De acordo com o Ministrio da Sade (2007) essa sndrome
pode ser decorrente de doena ou disfuno cerebral, de natureza crnica e progressiva, com
isso h a perturbao das funes cognitivas, que alm da memria atinge ainda a ateno, o
aprendizado, o pensamento, a orientao, a compreenso, o clculo, a linguagem e o
julgamento.
Pelo fato de ocorrer o declnio intelectual, a demncia geralmente acompanhada por
alterao no estado emocional, no comportamento emocional e social (MINISTRIO DA
SADE, 2007, p.108).
So vrios os tipos de demncias, que podem ser classificadas em reversveis/no
degenerativas e as irreversveis/degenerativas. As irreversveis equivalem a 80% das
demncias (SAYEG, 2012, p.97-109) e so compreendidas por Doena de Alzheimer,
Demncia Vascular, Demncias dos corpsculos de Lewy e Demncias frontotemporais;
enquanto que as reversveis representam 10% das demncias, nas quais podem ser causadas
por toxicidade de medicamentos, depresso, infeco do sistema nervoso, doenas
metablicas e neurolgicas (tumores cerebrais primrios e hidrocefalia de presso normal),
envenenamento por orgnicos e metlicos, disfuno da tireide e paratireide, e deficincias
nutricionais de vitamina B12, B6, tiamina e cido flico (MINISTRIO DA SADE, 2007,
p.109).
2.1.2 EPIDEMIOLOGIA
Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, preocupante a ocorrncia de
doenas crnicas no transmissveis e as neurodegenerativas. Segundo Arajo e Nicoli (2010,
16
p.234) as demncias hoje acometem parte da populao pr-senil e senil de todo o mundo
alm disso, sua incidncia vem crescendo assustadoramente.
A expectativa que em 2030 o nmero de idosos com demncia seja de cerca de 65,7
milhes e 115,4 milhes em 2050 (SANTOS e GUTIERREZ, 2013, p.793).
A sua prevalncia cerca de 5% para as pessoas acima de 65 anos e mais de 20% para
as acima de 80 anos de idade (EID, KAIRALLA e CAMPORRA, 2012, p.20).
Esse crescimento nos casos de demncia ao longo das prximas dcadas poder ser
maior nos pases de baixa e mdia rendas, incluindo o Brasil (COUTINHO e LACKS, 2012,
p.412) Portanto h a importncia de estratgias eficientes no manejo do idoso com sndrome
demencial.
2.1.3 MANIFESTAES CLNICAS
Segundo Arajo e Nicolli (2010, p.242) a demncia resultado de fatores
multifatoriais como genticos e ambientais que variam de acordo com o tempo, a idade e
questes individuais. Ocorre uma cascata de eventos fisiopatolgicos que atuam no mbito
molecular, levando a falta de neurotransmissores.
Essa patologia demencial caracterizada pelo declnio progressivo da memria que
traz uma srie de consequncias nas funes cognitivas, no dficit para realizao de
comandos motores e falhas no planejamento (EID, KAIRALLA e CAMPORRA, 2012, p.20)
e por conta disso esses pacientes se tornam progressivamente dependentes para as atividades
da vida diria (AVD) e por isso precisam da superviso ou ajuda de outra pessoa.
As suas manifestaes so compreendidas pelo comprometimento nas caractersticas
intelectuais e cognitivas, afetando o raciocnio, a memria, a percepo, a ateno, a
capacidade de reconhecimento, a fala e a personalidade (FILHO e NETTO, 2006).
2.1.4 DIAGNSTICO
Segundo o DSM IV os critrios para o diagnstico de demncia exigem o
comprometimento da memria. Isso pode ser definido pela anamnese detalhada com o
17
paciente e uma pessoa que tenha um vnculo com ele. Durante a entrevista, o profissional
deve perguntar sobre os problemas de memria, linguagem, orientao, praxias, gnosias,
funes cognitivas e capacidade de pensamento abstrato, alm do relacionamento social
(BALTHAZAR, CENDES e DAMASCENO, 2012, s.p).
Baltazar, Cendes e Damasceno (2010, s.p.) afirmam ainda que para ser definido de
fato o diagnstico de demncia so necessrios um problema de memria, geralmente
episdica (dificuldade no aprendizado); pelo menos um problema em outra esfera cognitiva
(linguagem, dificuldade de abstrao, dificuldade de julgamento e controle de impulsos); e
que esses problemas prejudiquem as suas atividades dirias e de relacionamentos.
importante que a anamnese seja feita de forma que no possa criar possibilidades de
falsos diagnsticos, como a pseudodemncia, que segundo Bastos (2010, apud COELHO et
al, 2010, p.451)1 muitas vezes relacionada com a depresso, pois esta causa o desinteresse
pelas atividade, a lentido psicomotora ou at mesmo agitao.
O diagnstico diferencial fundamenta-se na histria clnica, exames laboratoriais e de
imagem, exame neuropatolgico, diferenciao do perfil caracterstico avaliao
neuropsicolgica (ARAJO e NICOLI, 2010, p.241).
2.1.5 TIPOS DE DEMNCIAS
2.1.5.1 Doena de Alzheimer (DA)
Pode ser definida como uma desordem neurodegenerativa crnica acompanhada por
disfuno cerebral complexa, com manifestaes congnitivas, transtornos psicolgicos e de
comportamento, em incidncia/propores variveis (CAMACHO e COELHO, 2011, p.78).
No Brasil no h dados estatsticos concretos, mas estima-se que tenha cerca de 1,2
milho brasileiros portadores da doena (SAYEG, 2012, p.13).
A chance de um idoso desenvolver a doena de Alzheimer de 4% antes dos 65 anos,
6% entre 65 e 74, 44% entre 75 e 84 anos e 46% com mais de 85 anos (SAYEG, 2012, p.13).
1 BASTOS, C.L. Manual do exame psquico: uma introduo prtica psicopatologia (3 ed.). Rio de Janeiro: Revinter; 2010.
18
Segundo o Ministrio da Sade (2007, p.110) considerada o tipo mais comum de
demncia. A doena de Alzheimer tem causas multifatoriais, podendo estar ligada a
hipertenso arterial, diabetes, processos isqumicos cerebrais e dislipidemia, alm de fatores
genticos, idade e atividade intelectual.
Os fatores genticos esto relacionados mutaes nos cromossomos 1,14 e 21, que
so responsveis pelo incio precoce da doena, alm do gene Apolipoprotena E (APOE), que
apresenta diferentes formas presentes no cromossomo 19, sendo a APOE 4 a mais comum
(POLTRONIERE, CECCHETTO e SOUZA, 2011).
De acordo com o Ministrio da Sade (2007, p.110) a Doena de Alzheimer pode ser
dividida em fases evolutivas, so elas:
Fase inicial: como sinal precoce h o comprometimento da memria recente,
acompanhado de deteriorizao progressiva no tempo e no espao. Em alguns casos podem
apresentar perda de concentrao, desateno, perda de iniciativa, retraimento social,
mudanas de humor (depresso) e alteraes de comportamento (exploses de raiva,
ansiedade, irritabilidade e hiperatividade).
Fase intermediria: intensificao nos dficits de memria passando a atingir os outros
domnios da cognio, como afasia, agnosia, alteraes visuoespaciais e visuoconstrutivas e
apraxia. As atividades independentes de vida diria (AIVD) so substitudas pelas atividades
de vida dependentes (AVD), pois nesta fase ocorre o prejuzo na linguagem, no aprendizado,
na execuo de tarefas e a capacidade de resolver problemas e a memria remota esto
comprometidas. Em alguns casos podem ocorrer agitao, perambulao, agressividade,
questionamentos repetitivos, reaes catastrficas, distrbios do sono e a sndrome do
entardecer, que a ocorrncia de confuso mental prximo ao horrio do pr do sol.
Fase avanada ou terminal: todas as funes cognitivas esto gravemente
comprometidas com dificuldade para reconhecer pessoas e espaos familiares. Alm disso, no
campo da linguagem os sons tornam-se incompreensveis at alcanarem o mutismo. Na fase
final, geralmente, esto acamados e incontinentes e normalmente acabam falecendo por
alguma complicao da sndrome da imobilidade.
19
2.1.5.1.1 Mecanismos fisiopatolgicos
A Doena de Alzheimer uma doena cerebral primria de etiologia no totalmente
conhecida, com aspectos neuropatolgicos e neuroqumicos determinantes, que podem ser
divididos em duas reas: mudanas estruturais e alteraes nos neurotransmissores
(PORTARIA SAS/MS n 843, de 31 de outubro de 2002).
As mudanas estruturais envolvem os enovelados neurofibrilares, as placas neurticas
e as alteraes no metabolismo amilide. As placas neurticas
so alteraes extracelulares com aspecto esfrico, que apresentam no centro o acmulo de
protena beta-amiloide, circundada por um anel formado por partculas de neurnios; j os
novelos neurofibrilares so formados a partir de neurnios remanescentes que apresentam
alteraes intracelulares no interior do citoplasma dos neurnios, nesse emaranhado h a
protena Tau, que responsvel pela gravidade da demncia, em casos normais ela
responsvel pela fosforilao nos microtbulos, permitindo a estabilidade, entretanto quando
em excesso essa protena faz a hiperfosforilao causando leso e ruptura do citoesqueleto
celular, comprometendo a sua funo o que determina a morte do neurnio (PORTARIA
SAS/MS n 843, de 31 de outubro de 2002, p.167; SAYEG, 2012, p.97-109).
As questes neuroqumicas so explicadas pela diminuio no nvel de Acetilcolina,
que um neurotransmissor responsvel pelo desempenho cognitivo, isso ocorre por duas
possveis causas: queda na sua produo ou excessiva destruio pela ao da
Acetilcolinesterase (SAYEG, 2012, p.97-109).
2.1.5.1.2 Diagnstico
Para que ocorra preciso no diagnstico necessrio o levantamento da histria
clnica adequada, a confirmao por parte dos familiares e a avaliao do estado mental
(POLTRONIERE, CECCHETTO e SOUZA, 2011, p.273 ).
Dentre os diversos exames que so utilizados para contribuir no diagnstico
de Alzheimer, esto exames laboratoriais, hemograma, creatinina, sdio e
20
potssio, clcio, dosagem de vitamina B12, sorologia para sfilis, funo
heptica, hormnio estimulante da Tireide (TSH). Exames como
tomografia computadorizada, ressonncia magntica e a avaliao neuro-
psicolgica surgem como opcionais (POLTRONIERE, CECCHETTO e
SOUZA, 2011).
A avaliao cognitiva avalia a linguagem, a coordenao motora, a capacidade de
abstrao, a memria, o raciocnio e a ateno. Fatores como idade, escolaridade, limitao
motora e questes culturais devem ser levados em conta, pois podem interferir no resultado
final (POLTRONIERE, CECCHETTO e SOUZA, 2011, p.274).
O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) um dos instrumentos de teste mais
utilizados que fornece diferentes parmetros cognitivos, este possui questes agrupadas em
sete categorias, como orientao temporal (5 pontos), orientao espacial (5 pontos), registro
de trs palavras (3 pontos), linguagem (8 pontos) e capacidade construtiva visual (1 ponto).
Pode ser feito em um tempo favorvel (cerca de cinco a 10 minutos) e seu escore pode variar
de 0 at 30 pontos, que indicam maior comprometimento e melhor capacidade cognitiva,
respectivamente (CAMACHO e COELHO, 2011, p. 104; SAYEG, 2012, p.97-109).
Outro instrumento bastante utilizado o Teste do Relgio, segundo o Alzheimermed
(2008) esse um teste til no consultrio devido a sua rapidez e simplicidade. possvel
delimitar o padro de funcionamento frontal e temporoparietal, em que o paciente deve
desenhar o mostrador de um relgio indicando uma determinada hora com os ponteiros. A
escala baseia-se nos seguintes critrios: o desenho do crculo correto demarca, os nmeros na
posio correta, a incluso dos 12 nmeros e os ponteiros na posio correta, cada um destes
equivale a 1 ponto, quando o paciente tem uma pontuao menor do que 4, requer maior
investigao.
A Escala de Avaliao da Doena de Alzheimer (ADAS) j mais demorada (cerca de
45 minutos), pois avalia tanto as funes cognitivas como as no cognitivas. A parte cognitiva
com 11 sees avalia a memria, a linguagem e a praxia. A parte no cognitiva com 10 sees
avalia o humor e os distrbios de comportamento (ALZHEIMERMED, 2008).
possvel tambm fazer o Estadiamento Clnico das Demncias (Clnical Dementia
Rating CDR), que usado como avaliao global das demncias, dividido em categorias:
orientao, memria, julgamento e discernimento, participao social, afazeres domsticos e
cuidados pessoais. A pontuao da seguinte forma: CDR 0 = no h demncia; CDR 0,5 =
21
demncia questionvel; CDR 1 = demncia leve; CDR 2 = demncia moderada e CDR 3 =
demncia grave (ALZHEIMERMED, 2008).
Partindo para outra face do diagnstico, temos os biomarcadores, que permitem
detectar leso neuronal. Segundo Sayeg (2012) esses biomarcadores so divididos em duas
categorias:
1. Biomarcadores de acumulao de Ab alterados no exame de reteno e
baixa concentrao no LCR (CSFAb42); 2. Biomarcadores de degenerao
e/ou leso neuronal com elevao da Tau no LCR (total e fosforilada);
diminuio da absoro de fluorodeoxyglicose em mtodo de imagem, PET,
em reas topogrficas especficas envolvendo o crtex tmporo-parietal; e
atrofia na ressonncia nuclear magntica comprometendo as reas mediais,
basais e laterais do crtex dos lobos temporais e regies mediais e basais
parietais.
2.1.5.1.3 Tratamento
fundamental que o enfermeiro conhea o tratamento farmacolgico do paciente com
doena de Alzheimer, tendo em vista que esta uma doena neurodegenerativa progressiva
capaz de causar uma srie de consequncias na vida do idoso. Dessa forma, possvel
estabelecer um planejamento dos cuidados de enfermagem baseados na farmacodinmica e
seus efeitos colaterais.
De acordo com Sayeg (2012,13p.) os objetivos do tratamento so retardar a evoluo,
tratar os sintomas e controlar as alteraes de comportamento. Os medicamentos so
divididos em classes diferentes que atuam de acordo com a fase clnica da doena.
Os anticolinestersicos so recomendados nas fases leve e moderada, neste grupo
esto: donezepil, rivastigmina e galantamina. O donezepil deve ser administrado uma vez ao
dia com dose mnima de 5 mg e mxima de 10 mg. Os seus efeitos colaterais incluem diarreia,
nusea, vmitos, fadiga, insnia e inapetncia. A rivastigmina administrada duas vezes ao
dia com dose inicial de 5 a 8mg ao dia com aumento gradual at 12 mg, apresenta os
seguintes efeitos colaterais: nuseas e vmitos severos, tontura, fadiga, mialgia, incontinncia
urinria, problemas com a viso e sudorese intensa. O ltimo desta classe, a galantamina
administrado uma vez ao dia nas dosagens de 8, 16 e 24 mg, sendo aumentados a cada quatro
semanas, seus principais efeitos colaterais so nuseas, vmitos e outros efeitos colinrgicos
que tendem a desaparecer nas primeiras semanas (SAYEG, 2012, 13p.).
22
A outra classe composta pelo memantina, antagonista dos receptores de glutamato
(NMDA), administrando nas fases moderada a avanada da doena. Esse medicamento
impede que o excesso de glutamato atue sobre a molcula receptora do glutamato do neurnio
adjacente, evitando a entrada excessiva de clcio, que levaria morte neuronal. Sua dose
teraputica de 20 mg. Seus efeitos colaterais so mais leves, tais como tontura, cefaleia,
obstipao e agitao (SAYEG, 2012, 13p.).
2.1.5.2 Demncia Vascular (DV)
A DV pode ser classificada como a segunda maior causa de quadros demenciais. Pode
ser definida como um conjunto heterogneo de sndromes com vrios mecanismos vasculares
e mudanas cerebrais, sendo as causas e as manifestaes clinicas variveis. A demncia
vascular tem um incio mais agudo do que a Doena de Alzheimer, com perodos abruptos
seguidos de estabilizao em alguns momentos (ARAJO e NICOLI, 2011, p.238;
MINISTRIO DA SADE, 2007, p.111).
Sua etiologia relaciona-se a leses tromboemblicas, mas pode ser de outras
etiologias, como: infartos lacunares, leses em territrios nobres, infartos em vasos de grande
calibre, leses extensas da substncia branca, angiopatias, hemorragias cerebrais hipertensivas
e vasculites. Seus fatores de risco tambm so variados, podendo incluir: antecedentes de
doenas cardiovasculares, hipertenso arterial sistmica, diabetes mellitus, aterosclerose,
obesidade, raa negra, hiperuricemia, policitemia e ambiente estressante so os principais
(MINISTRIO DA SAUDE, 2007, p.112).
A demncia vascular de origem cortical (ou demncia multi-infarto) acontece quando
o incio da demncia coincide com acidente vascular cerebral, ocorrendo a deteriorao
cognitiva em degraus, curso flutuante e sinais neurolgicos assimtricos, como disfuno
executiva, afasia, apraxia, dficit visuo-espacial e amnsia antergrada). J a de origem
subcortical caracterizada por leucoencefalopatia vascular com sintomas acompanhados de
mudana da personalidade, apatia e disfuno executiva progressiva (BALTHAZAR,
CENDES e DAMASCENO, 2012, s.p.).
O diagnstico precoce e a identificao de fatores de risco so medidas que permitem
elaborar estratgias objetivando retardar e/ou melhorar a evoluo da pessoa. A preveno de
23
novos eventos cerebrovasculares a forma mais eficaz de controlar as alteraes
comportamentais e cognitivas (MINISTRIO DA SADE, 2007, p. 112).
2.1.5.3 Demncia dos Corpsculos de Lewy (DCL)
o terceiro tipo de demncia mais comum, est associado a sintomas parkinsonianos
(tremor, rigidez, bradicinesia, instabilidade cultural), alucinaes e flutuaes nos dficits
cognitivos (CARVALHO 2000, apud ARAJO e NICOLI, 2010, p.235).2
Quanto aos aspectos fisiopatolgicos ocorre a agregao anormal da protena alfa-
sinuclena, que uma das protenas presentes nos corpos de Lewy, localizados no crtex e nos
ncleos subcorticais (BALTHAZAR, CENDES e DAMASCENO, 2010, p.10).
Suas manifestaes clnicas diferem da Doena de Alzheimer, pois a memria
episdica encontra-se menos afetada. Nesse tipo de demncia os pacientes apresentam
dificuldades nas habilidades visuoespaciais e nas funes executivas, somente aps o dficit
cognitivo que surgem os sintomas parkinsonianos (BALTHAZAR, CENDES e
DAMASCENO, 2010, p.10).
O tratamento vai depender do quadro do paciente, mas geralmente, poucos so os que
respondem significativamente aos antiparkinsonianos. Na classe dos anticolinestersicos, a
rivistgmina mostrou benefcios nas esferas cognitivas e nas alucinaes (BALTHAZAR,
CENDES e DAMASCENO, 2010, p.10).
2.1.5.4 Demncia Frontotemporal (DFT)
uma sndrome neuropsicolgica em que h atrofia e disfuno dos lobos frontais e
temporais. Sua prevalncia menor do que a das demais demncias (cerca de 5 a 6%) porm
CARVALHO, Aline de Mesquita. Demncia como fator de risco para queda seguida de fratura
grave em idosos. [Mestrado]. Fundao Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Sade Pblica; Brasil.
2000. 82p.
24
geralmente atinge a populao menos idosa (at 65 anos de idade) (NICOLI e ARAJO,
2010, p.236; BALTHAZAR, CENDES e DAMASCENO, 2010, p.10).
A DFT tem incio insidioso e carter progressivo, com um discreto
comprometimento da memria episdica, mas com importantes alteraes
comportamentais, de personalidade e alteraes na linguagem. As alteraes
comportamentais podem ser: isolamento social, apatia, perda de crtica,
desinibio, impulsividade, irritabilidade, inflexibilidade mental, sinais de
hiperoralidade, descuido da higiene corporal, sintomas depressivos,
estereotipias motoras, explorao incontida de objetos no ambiente e
distrabilidade (BALTHAZAR, CENDES e DAMASCENO, 2010, p.183-
193).
Clinicamente, a DFT pode ser dividida em 4 (quatro) formas: doena de pick,
degenerao dos lobos Frontais, demncia associada ao neurnio motor e demncia
semntica. Nas 3 primeiras formas a memria encontra-se relativamente preservada as
manifestaes compreendem o comprometimento nas funes executivas. No caso da
demncia semntica ocorre perda progressiva do reconhecimento visual, anomia
(incapacidade de lembrar alguns nomes de objetos), comprometimento na fluncia verbal e
categorizao semntica. O diagnstico feito com base na histria clnica, no exame
neurolgico e avaliao neuropsicolgica (ARAJO e NICOLI, 2010, p.237).
2.2 EDUCAO EM SADE AOS CUIDADORES DE IDOSOS COM DEMNCIA
Com o aumento da expectativa de vida do idoso h o surgimento de doenas crnico-
degenerativas, em especial as demncias, que trazem consequncias cognitivas, fsicas e
intelectuais, que afetam o cotidiano e a realizao de suas atividades, sendo assim, o idoso
torna-se dependente de outra pessoa para auxiliar/supervisionar/realizar essas atividades.
Diante das circunstncias, os cuidadores passam a fazer parte da estrutura familiar
desse idoso, estes ento assumem a responsabilidade de cuidar, so pessoas fundamentais na
assistncia aos idosos e representam o elo entre o ser cuidado, a famlia e os servios de sade
(SANTIAGO e LUZ, 2012, p.137).
De acordo com a Portaria n 2.528 de 2006, que aprova a Poltica Nacional de Sade
da Pessoa Idosa (PNSPI - Ministrio da Sade) e revoga a Portaria n 1.395 de 1999, o
25
cuidador toda pessoa, membro ou no da famlia, que, com ou sem remunerao, formal ou
informal, presta cuidados ao idoso que depende de auxlio em suas atividades dirias, como:
alimentao, higiene pessoal, medicao, companhia aos servios de sade, servios de banco
ou farmcias, entre outros.
O cuidado prestado a um idoso dependente requer ateno, tempo e esforo, e gera
aflies, angstias e perturbaes tendo em vista a desestruturao que a demncia capaz de
causar, entretanto, nem sempre os cuidadores so devidamente preparados para o desempenho
de suas funes (SOUZA, SKUBS e BRETAS, 2007, apud BRUM et al, 2013, p.620).2
Estudos levantados por Pavarini e Santos (2010, p.119) comprovam tal fato ao
descreverem que a maioria dos cuidadores do sexo feminino, cerca de 50 anos, baixo nvel
de escolaridade e sob vulnerabilidade social.
Diante das dificuldades que os cuidadores enfrentam devido s limitaes do idoso
com demncia, faz-se necessrio que sejam adotadas prticas de educao em sade a essa
classe, buscando melhoria nas questes de sade e na qualidade de vida.
Segundo Santiago e Luz (2012, p. 137) o ato de cuidar, muitas vezes, realizado com
base apenas no senso comum, visto que essa ao no caracteriza o cuidador do idoso como
profissional de sade. Nessa linha de raciocnio Ramos e Menezes (2012, p.15), afirmam
que o profissional previne que o cuidado seja apenas emprico ou tecnicista e alcana uma
prtica alicerada em uma fundamentao terica e cientfica.
Para que o enfermeiro atue na educao em sade aos cuidadores, preciso ter como
ponto de partida as experincias vivenciadas pelos cuidadores a partir da reflexo da
problematizao em sua realidade, alm de seus conhecimentos empricos. Essa prtica deve
ser feita de forma dialgica o que permite a capacidade de pensamento dos cuidadores
valorizando os seus contedos adquiridos no meio sociocultural, para que sirvam como fios
condutores em busca de um aprendizado com novas informaes.
Nesse contexto Ramos e Menezes, (2012, p.139) confirmam a importncia do
enfermeiro como mediador na relao entre o idoso, a famlia e os servios de sade. O
enfermeiro deve procurar conhecer os cuidados prestados, os hbitos, os padres e os
comportamentos do cuidador, pois dessa forma permite criar parmetros para orientao de
acordo com a realidade e as dificuldades encontradas no difcil cotidiano do idoso portador de
2 SOUZA, Rosangela Ferreira de; SKUBS, Thais; BRETAS, Ana Cristina Passarella. Envelhecimento e famlia: uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem. Rev. bras. enferm., Braslia , v.
60, n. 3, June 2007
26
demncias. Complementando tal fato, Brum et al (2013, p.623) afirmam que os cuidadores
necessitam de uma ateno maior, buscando sempre compreend-lo para que possam
prosseguir com um cuidado ao idoso com mais qualidade e tranquilidade.
2.3 POLTICAS PBLICAS VOLTADAS AOS IDOSOS E SEUS CUIDADORES
O envelhecimento um processo universal caracterizado pela reduo das atividades
funcionais e tem relao com diversas enfermidades que levam continuamente a construo
de polticas pblicas para o idoso tanto no mbito internacional assim como principalmente
no mbito brasileiro (CAMACHO e COELHO, 2010, p.280).
Ao fazer um levantamento histrico das polticas pblicas percebemos que desde a
Declarao de Alma Ata, de 1978 a sade vista como um direito humano fundamental, em
que os governos devem assegurar os cuidados primrios de sade a todos os povos, o que
possibilita estilos de vida saudveis, atravs da proteo, preveno, cura e reabilitao.
Em 1994, foi promulgada a lei 8.842, a respeito da Poltica Nacional do Idoso, que
tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condies para promover sua
autonomia, integrao e participao efetiva na sociedade. O idoso aquele com idade igual
ou superior a sessenta anos, que deve ter seus direitos de cidadania assegurados pela famlia,
pelo Estado e pela sociedade, garantindo sua participao ativa na comunidade, com
dignidade, bem-estar e direito vida.
Para acompanhar o aumento demogrfico de idosos no Brasil, em 1999 foi institudo o
Programa Nacional de Cuidadores de Idosos que v a necessidade de criar alternativas que
proporcionem aos idosos melhor qualidade de vida buscando atender integralmente ao idoso e
a sua famlia com o objetivo de reduzir o percentual de idosos institucionalizado e a
necessidade de habilitar recursos humanos para cuidar do idoso, para isso so divididos em
duas modalidades domiciliar (familiar e no-familiar) e institucional.
O Estatuto do Idoso (Lei n 10741, de 1 de Outubro de 2003) assegura a ateno
integral sade do idoso, por intermdio do Sistema nico de Sade SUS, garantindo-lhe o
acesso universal e igualitrio, em conjunto articulado e contnuo das aes e servios, para a
preveno, promoo, proteo e recuperao da sade, incluindo a ateno especial s
doenas que afetam preferencialmente os idosos. Ao idoso que esteja no domnio de suas
27
faculdades mentais assegurado o direito de optar pelo tratamento de sade que lhe for
reputado mais favorvel. No caso do idoso com comprometimento mental, essa escolha feita
pelo curador ou pelos familiares ou pelo mdico quando estiver em risco de vida.
A Poltica Nacional de Sade do Idoso (PORTARIA MS/GM n 2528, de 20 de
outubro de 2006) tem como objetivo recuperar, manter e promover a autonomia e a dos
idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de sade para esse fim, em consonncia
com os princpios e diretrizes do SUS.
28
3 METODOLOGIA
Estudo de reviso integrativa com abordagem quanti-qualitativa.
A coleta de dados da reviso integrativa ocorreu a partir de material j elaborado onde
so expostas as experincias de cada autor e conhecimento sobre determinado assunto, de
forma ampla em relao as demais. Com este mtodo de pesquisa podemos conhecer as
diferenas e semelhanas existentes em cada artigo pesquisado, mas necessrio rigor e
clareza quando apresentados os resultados. Desta forma no haver dificuldade por parte do
leitor na hora de identificar as caractersticas dos estudos includos na reviso integrativa
(MENDES, SILVEIRA e GALVO, 2008).
Foi realizada a busca nos seguintes bancos de dados da Biblioteca Virtual de Sade
(BVS): BDENF (Base de Dados de Enfermagem), LILACS (Literatura Latino Americana e
do Caribe em Cincias da Sade) e MEDLINE (Biblioteca Nacional de Medicina) e na base
de dados internacional PubMed (Medical Published - service of the U.S. National Library of
Medicine).
A reviso integrativa considerada a mais ampla abordagem metodolgica referente
s revises, pois proporciona a sntese de conhecimento combinando os dados da literatura
terica e emprica, alm de definir conceitos, avaliar as teorias e evidncias e analisar os
problemas metodolgicos de um tpico particular. Desta forma, a reviso integrativa permite
a incorporao da aplicabilidade de resultados de estudos na prtica (SOUZA, SILVA e
CARVALHO, 2010, p.103).
Os descritores utilizados foram: Cuidadores; Demncia; Educao em Sade;
Enfermagem; Idoso. O perodo de coleta de dados foi de maro a junho de 2015.
Os critrios de incluso utilizados foram: aderncia ao objetivo e ao tema proposto,
artigos publicados em portugus, ingls e espanhol; artigos na ntegra que retratassem a
temtica sobre Demncia, Cuidadores e Educao em Sade e artigos publicados nos
referidos bancos de dados nos anos de 2010 a 2014.
Os critrios de excluso foram artigos repetidos, que no estavam publicados na
ntegra e que no abordam sobre a enfermagem.
O instrumento de coleta de dados utilizado para organizao do contedo obtido nas
referncias foi uma tabela contendo os seguintes itens: ao ano, base de dados, metodologia,
fatores relacionados ao adoecimento e estratgias sugeridas.
29
25 artigosD
Demncia AND
Cuidadores/BVS:
25 artigos
Educao em Sade AND
Enfermagem AND
Cuidadores/BVS: 47
artigos
Dementia AND Elderly
AND
Nursing/PubMed:10
artigos
Demncia AND
Cuidadores/BVS:
98 artigos
Aplicao dos critrios de incluso e excluso
Publicaes por base de dados/descritores, utilizando busca com os filtros
Estudos selecionados
LILACS: 23
BDENF: 5
PubMed: 3
MEDLINE: 2
Figura 1. Fluxograma descrevendo o caminhar metodolgico para os resultados
Educao em Sade AND
Enfermagem AND
Cuidadores/BVS: 5
artigos
Dementia AND Elderly
AND Nursing/PubMed:
3 artigos
30
No processo de seleo das referncias perceptvel que ocorreu um aumento
significativo de publicaes sobre a temtica, portanto, nos chama a ateno para uma anlise
mais acurada sobre os dados.
31
4. RESULTADOS
Dos 33 artigos selecionados foram obtidos no ano de 2014 apenas o percentual de
9,1% (3 artigos); em 2013 24,2% (8 artigos); em 2012 27,3 % (9 artigos); em 2011 houve
apenas 6,1% (2 artigos) e em 2010 tivemos 33,3% de artigos, o maior percentual encontrado
(11 artigos).
Do total de artigos analisados 78,8% (26 artigos) correspondiam ao idioma portugus,
12, 1% (4 artigos) em ingls e 9,1% (3 artigos) em espanhol
Tabela 1- Quantitativo de artigos selecionados por ano
A tabela acima aponta a falta de estudos recentes sobre a temtica nos ltimos anos, tal
fato comprovado por Bauab e Emmel (2014), ao sugerir o desenvolvimento de novos estudos
nesta temtica, acrescentando um mapeamento dos servios pblicos voltados a esta
populao, a fim de levantar recursos necessrios e formular polticas pblicas voltadas
promoo da sade no s dos idosos, mas tambm de seus cuidadores.
Quanto base de dados dos artigos, a Lilacs foi a que apresentou maior quantitativo,
correspondendo a 70% (23 artigos), em seguida a base de dados da BDENF apresentou 15%
(5 artigos), a PubMed com 9 % (3 artigos) e por fim a MEDLINE representando 6% (2
artigos).
O Grfico 1 a seguir ilustra o descrito:
Ano N %
2014 3 9,1
2013 8 24,2
2012 9 27,3
2011 2 6,1
2010 11 33,3
Total 33 100
32
Grfico 1- Bases de Dados selecionadas
As abordagens metodolgicas encontradas foram as seguintes: o tipo exploratrio
corresponde a 18,2% (6 artigos), do tipo reviso integrativa ou sistemtica 15,1% (5 artigos),
os estudos comparativos equivalem a 12,1% (4 artigos), os transversais correspondem a
12,1% (4 artigos), dos tipos observacional ou reflexivos temos 6,1% (2 artigos). Alm destes,
h um achado predominante de 36,4% (12 artigos), que compreendem: entrevista ou
questionrio, estudo de caso, relato de experincia, pesquisa de campo e documental.
Os fatores relacionados ao adoecimento foram agrupados em categorias, nas quais so
as seguintes em ordem decrescente: 33,3% afirmaram que a qualidade de vida e o cotidiano
do cuidador de idoso intensamente marcados por variaes emocionais; 24,2% retratou o
perfil dos idosos com demncia e dos cuidadores; 15,2% dos artigos retratam a atuao da
equipe de enfermagem com os cuidadores, com o mesmo quantitativo temos levantamento
bibliogrfico a respeito das demncias e 12,1% estudos que abordam o conhecimento dos
cuidadores a respeito das demncias.
As estratgias sugeridas pelos autores foram agrupadas em 4 categoriais: 33,3%
sugeriu a elaborao de estratgias e programas interdisciplinares de educao e suporte aos
cuidadores; 30,3% dos artigos afirmou que o relacionamento da enfermagem com o cuidador
e o idoso contribuem para um cuidado com qualidade, alm de promover um bem-estar entre
ambas as partes; 24,3% dos artigos sugeriram o desenvolvimento de novos estudos que
possibilitem entender os fatores envolvidos nos cuidados, dessa forma, possvel ter
abordagem efetiva sobre o tratamento e as intervenes e 12,1% abordam a importncia do
estabelecimento de polticas pblicas que proporcionem suporte aos cuidadores.
A seguir, tabela elaborada para anlise dos artigos selecionados:
15%
9%
70%
6%
BDENF
PUBMED
Lilacs
MedLine
33
Tabela 2: Sntese dos artigos selecionados
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores
relacionados
Resultados ou
Estratgias
2010/ INOUYE,
Keika;PEDRAZZANI,
Elisete Silva;
PAVARINI, Sofia
Cristina Iost./
Implicaes da
doena de Alzheimer
na qualidade de vida
do cuidador: um
estudo comparativo
Lilacs Estudo comparativo
realizado em So
Paulo em 2007.
Contou com 106
participantes,
divididos em 2
grupos : um de
cuidadores e outro
de no cuidadores.
Dos 13 itens de
qualidade de vida
testados, os seis
significantemente
desfavorveis para
o cuidador (sade
fsica, disposio,
humor, voc em
geral, capacidade
de fazer atividades
de lazer e
memria)
As percepes e
dificuldades
encontradas podem
contribuir para
fortalecimento do
processo de zelo com
a qualidade de vida
do familiar.
2013/ TALMELLI,
Luana Flvia da
Silva, et al / Doena
de Alzheimer:
declnio funcional e
estgio da demncia.
Lilacs Estudo
observacional
transversal no qual a
escala de Avaliao
Clnica de
Demncia (CDR)
foi aplicada para
verificar a
correlao entre o
estgio de demncia
e o desempenho
funcional dos idosos
com DA.
O estgio de
demncia um
fator preditivo
importante do
comprometimento
funcional de idosos
com DA.
Demncia grave foi
encontrada em
46,3%, demncia
moderada em
22,4% e demncia
leve em 31,3%
Este estudo
possibilita a
oportunidade para
melhoria das
condies de vida
tanto do idoso
quanto da famlia.
2013/ CAMACHO,
Alessandra Conceio
Leite Funchal, et
al/Reviso
Integrativa sobre os
cuidados de
enfermagem pessoa
com DA e seus
cuidadores.
BDENF Estudo de reviso
integrativa com
coleta dados de
01/05/11 a 30/06/11
na BVS e na
PubMed.
Quanto maior o
comprometimento
do idoso pior a
qualidade de vida
do cuidador. A
dependncia dos
pacientes com DA
em relao aos
cuidadores foi
prevalente nos
achados.
Com este estudo
percebe-se a
variedade de
atividades que
quando propostas aos
familiares/cuidadores
desses pacientes
efetivamente
mostram resultados
em suas habilidades
e percepes sobre o
processo evolutivo
da DA
Continuao
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Camacho,%20Alessandra%20Concei%C3%A7%C3%A3o%20Leite%20Funchal%22http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Camacho,%20Alessandra%20Concei%C3%A7%C3%A3o%20Leite%20Funchal%22http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Camacho,%20Alessandra%20Concei%C3%A7%C3%A3o%20Leite%20Funchal%22
34
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2012/ OLIVEIRA, Ana Paula Pessoa de;
CALDANA, Regina
Helena Lima / As
repercusses do
cuidado na vida do
cuidador familiar do
idoso com demncia
de Alzheimer
Lilacs Atravs da epistemologia
qualitativa utilizou-se a
tcnica da entrevista na
modalidade de histria de
vida temtica aplicada a
vinte cuidadores de idosos
cadastrados na
Associao Brasileira de
Alzheimer do Amazonas
A situao de
cuidado vivenciada
pelos cuidadores
permeada por
sentimentos que se
contrapem, em
determinados
momentos so
desagradveis e em
outros momentos
agradveis.
preciso que os
profissionais,
sobretudo o
enfermeiro,
percebam as
necessidades de
ajuda sinalizadas
pelos cuidadores.
2012/ HOLANDA,
tala Thaise Aguiar;
PONTE, Keila Maria
de Azevedo;
PINHEIRO, Mrian
Calope Dantas /
Idosos com
Alzheimer: Um
estudo descritivo
Lilacs Estudo exploratrio e
descritivo, buscando
avaliar o CDR de 30
idosos com DA
Os idosos com DA
eram em sua
mulheres, casadas,
entre os 59 e 91
anos e com baixo
grau de instruo
Necessidade de
mais estudos
sobre essa
temtica at
mesmo por ser
uma prioridade
dada pelo
Ministrio da
Sade quanto a
pesquisas
relativas ao
idoso.
2014/ BAUAB, Juliana Pedroso;
EMMEL, Maria Luisa
Guillaumon /
Mudanas no
cotidiano de
cuidadores de idosos
em processo
demencial
Lilacs Estudo transversal,
correlacional
comparativo, com
abordagem quantitativa. O
levantamento dos sujeitos
foi realizado no interior
de So Paulo dentro de
uma Unidade de Sade-
Escola.
Todos os
cuidadores eram do
sexo feminino e
72,7% do tipo
informais, sendo
que poucos j
participaram de
algum curso de
orientao ao
cuidado do idoso
em processo
demencial.
O
desenvolvimento
de novos estudos
nesta temtica
faz-se necessrio.
Seria interessante
realizar um
mapeamento dos
servios pblicos
voltados a esta
populao a fim
de levantar
recursos
necessrios e
formular polticas
pblicas.
Continuao
35
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2010/ NOVELLI,
Mrcia Maria Pires
Carvalho; NITRINI,
Ricardo;CARAMELLI,
Paulo. / Cuidadores de
idosos com demncia:
perfil
sociodemogrfico e
impacto dirio
Lilacs Foi avaliado o perfil
de 50 cuidadores de
idosos com DA,
atravs de um
questionrio, segundo
os critrios da
American Psychiatric
Association (APA,
1994)
Os cuidadores so,
na maioria,
familiares de
primeiro grau e do
sexo feminino,
dedicam
significativo
nmero de horas a
esta atividade, o
que gera impacto
socioeconmico e
psquico negativo.
Tendo em vista os
impactos negativos
faz-se necessrio o
estabelecimento de
polticas pblicas
visando o
oferecimento de
servios de apoio,
suporte, interveno e
orientao a esses
cuidadores/familiares.
2010/ VALIM, Marlia Duarte et al /
A doena de alzheimer
na viso do cuidador:
um estudo de caso
Lilacs Estudo de caso,
realizado no municpio
de Alfenas/MG, no
ano de 2006, por meio
de entrevista aplicada
a um cuidador de um
portador de DA, na
qual foram
identificados os
ncleos de sentido,
organizados e
agrupados em
categorias
O cuidador
afirmou que a
rotina de sua
esposa mudou de
forma intensa;
demonstrou os
sentimentos:
sentimentos de
tristeza, cansao
pelo cuidado
dirio; problemas
relacionados
falta de recursos
proporcionados
por instituies
governamentais
Cuidar de um idoso
com Doena de
Alzheimer constitui
um grande desafio,
tanto para o seu
cuidador quanto para a
famlia. Sugere-se:
maior compromisso
dos profissionais da
sade para apoio,
orientao e
cumprimento das
exigncias legais e
implantao de
associaes de apoio e
centros de referncia.
2014 LINDOLPHO, Mirian da Costa, et al /
O impacto da atuao
dos enfermeiros na
perspectiva dos
cuidadores de idosos
com demncia
BDENF Pesquisa exploratria,
descritiva, com
abordagem qualitativa.
Os sujeitos so 20
cuidadores de idosos
com demncia
inscritos no Programa
de Extenso A
Enfermagem na
Ateno Sade do
Idoso e Seus
Cuidador.
Todos os
cuidadores
afirmaram: boa
relao com as
enfermeiras do
programa e
mudanas na vida
pessoal do
cuidador e no
cuidado atravs
das informaes
prestadas das
enfermeiras,
tornando-os mais
seguros
O estudo foi
comparado a Teoria de
Peplau, na qual
identifica que as
necessidades, os
conflitos, a ansiedade
das pessoas que esto
sob seus cuidados
como situaes
importantes podero
interferir na sua
condio de sade-
doena.
Continuao
36
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2010/ CARVALHO,
Maria Cristina
Guapindaia ./
A experincia do
cuidar: o (des)
amparo do
cuidador familiar.
Lilacs Estudo transversal
realizado em 2009, sendo
avaliados 69 cuidadores
de idosos dependentes na
Clnica de Geriatria. Por
meio de uma entrevista
estruturada aplicou-se
um questionrio de
caracterizao do
cuidador e paciente, a
escala de estresse de
Zarit, a escala SRQ-20
de sofrimento mental e a
escala de depresso de
Hamilton
44% apresentaram
nveis moderados de
estresse; 98%
apresentaram
sofrimento mental; e
todos pontuaram como
depresso leve na
escala de Hamilton-21.
Cerca de 40% relatou
uso de ansiolticos e
antidepressivos
de fundamental
importncia o
desenvolvimento
de estudos que
possibilitem
entender fatores
envolvidos na
prestao de
cuidados, pois
permitir uma
abordagem mais
efetiva no
tratamento
desenvolvendo
intervenes
preventivas e de
propostas
individualizadas.
2013/ SANTOS, Carina Farias dos;
GUTIERREZ,
Beatriz Aparecida
Ozello /
Avaliao da
qualidade de vida
de cuidadores
informais de idosos
portadores de DA
Lilacs Estudo
quantitativo,descritivo,
transversal e de campo,
realizado com cuidadores
informais de idosos
portadoras de DA.
Utilizou-se: Escala de
Rastreamento de
Depresso; Escala de
Depresso Geritrica
;Inventrio de Ansiedade
Trao-Estado e o
WHOQOL- mensurar a
qualidade de vida.
A mdia das idades dos
50 cuidadores foi de
58,98 anos com idade
mnima de 20 anos e
mxima de 87 anos,
sendo a maioria
mulheres. Entre as
doenas referidas pelos
participantes:
hipertenso,osteoporose
e diabetes.
A maioria dos
adultos e todos os
idosos indicaram
mdio trao de
ansiedade.
2010/ ARAJO, Claudia Lysia de
Oliveira; NICOLI,
Juliana Silva /Uma
reviso
bibliogrfica das
principais
demncias que
acometem a
populao
brasileira
Lilacs Levantamento
bibliogrfico nas Bases
de Dados da Biblioteca
Virtual de Sade. Os
tipos de demncia
levadas em conta so:
Demncia de Alzheimer,
Demncia por Corpos de
Lewy (DCL), Demncia
Frontotemporal (DFT) e
Demncia Vascular.
As demncias so
resultantes de uma srie
de estressores genticos
e ambientais, que
variam com o tempo,
idade e cada indivduo
acometido.
Em uma larga
quantidade de
artigos
localizados por
esta pesquisa, a
dificuldade
observada foi que,
na sua maioria,
eles no eram, na
rede, livre aos
interessados.
37
Continuao
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2010/ LENARD,
Maria Helena, et al /
O idoso portador da
Doena de
Alzheimer: o
cuidado e o
conhecimento do
cuidador familiar
Lilacs Estudo qualitativo-
descritivo, realizado num
Centro de Referncia em
Doena de Alzheimer da
Cidade de Curitiba-PR.
A pesquisa foi
desenvolvida: num
Centro de Referncia em
Doena de Alzheimer e
nos domiclios dos
idosos com DA.
O conhecimento dos
cuidadores familiares a
respeito da DA
limitado, e isso pode
dificultar o
planejamento dos
cuidados ao idoso e
potencializar a
sobrecarga do cuidador.
O cuidado e
desenvolvido por meio
de um conjunto de
opinies e modos de
sentir, impostos pela
tradio familiar.
Como estratgia
necessria
fornecer
informaes
apropriadas aos
cuidadores para o
empoderamento
deles. As tcnicas
de orientao iro
favorecer a
autonomia e a
tomada de deciso
no momento de
prestar o cuidado
ao idoso.
2010/ SANTOS,
Ariele Angeline dos;
PAVARINI, Sofia
Cristine Iost / Perfil
dos cuidadores de
idosos com
alteraes
cognitivas em
diferentes contextos
de vulnerabilidade
social.
Lilacs Estudo descritivo,
transversal, baseado no
mtodo quantitativo. Foi
realizado em So Paulo,
considerando o ndice
Paulista de
Vulnerabilidade Social
(IPVS). Grupos: IPVS 1
(nenhuma ,IPVS2( Muito
Baixa), IPVS 3 ( Baixa),
IPVS 4 (Mdia), IPVS 5
(Alta) e IPVS 6 (Muito
Alta).
Os resultados mostram
que os cuidadores
vivem em contextos de
muito baixa, baixa ou
mdia vulnerabilidade
social. Na maioria do
sexo feminino, casados,
com 41 a 60 anos e sem
renda mensal e sem
ajuda para cuidar do
idoso.
Os resultados
encontrados nesse
estudo podero
fornecer subsdios
para os servios
de sade, para a
formulao de
estratgias
adequadas aos
cuidadores de
idosos com
declnio
cognitivo.
2010/ VALENTE, Geilsa Soraia
Cavalcanti, et al /
Oficina teraputica
com idosos
portadores de
demncia e suporte
aos seus
cuidadores: a
atuao da
enfermagem.
Lilacs Estudo qualitativo,
descritivo, caracterizado
em estudo de caso.
Foram selecionados 15
idosos e seus respectivos
cuidadores do Programa
de Enfermagem com
diagnstico DA para
participarem das oficinas
teraputicas com idosos
portadores de demncia e
oficina de suporte aos
seus cuidadores.
Os idosos que
participam das oficinas
teraputicas possuem
maior independncia na
realizao do
autocuidado.
Para garantir ao
idoso um cuidado
integral e
humanizado, mais
estudos so
necessrios,
principalmente
aqueles que
abordem a sade
dos cuidadores de
idosos com
demncia.
Continuao
38
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2012/ RAMOS, Jos
Lcio Costa;
MENEZES, Maria do
Rosrio / Cuidar de idosos com doena
de alzheimer: um
enfoque na teoria do
cuidado cultural
Lilacs Estudo de natureza
qualitativa, realizado
durante o perodo de
junho a agosto de 2010.
Foram entrevistados 20
cuidadores familiares de
pessoas idosas com
doena de Alzheimer.
Neste estudo as
mulheres so vistas
como provedoras do
cuidado da famlia, o
que confirma que elas
no do continuidade
aos estudos. Os
cuidadores afirmam
que a rotina rdua e
repetitiva conforme o
avanar da doena.
O conhecimento
dos cuidados
prestados
fundamental, pois
ajuda a
compreender os
hbitos, padres,
comportamentos
de cuidar e
encontrar
subsdios para
orientaes.
2012/ SANTOS, Ariene Angelini dos;
PAVARINI, Sofia
Cristina Iost./
Funcionalidade
familiar de idosos
com alteraes
cognitivas: a
percepo do
cuidador
Lilacs Estudo descritivo e
transversal realizado em
So Paulo. Participantes:
72 cuidadores primrios
de idosos com alteraes
cognitivas com
diferentes ndices de
vulnerabilidade social
A prevalncia de
demncia aumenta em
grupos etrios mais
avanados. Esse
aumento da
preocupante, uma vez
que idosos com
demncia podem ser
considerados
vulnerveis
Conhecer o perfil
dos cuidadores e a
funcionalidade
familiar permite
aos profissionais
de sade planejar
e implementar
polticas e
programas
pblicos de
suporte social
famlia, voltados
realidade do
cuidador.
2013/ VALENTE, Letice, et al /
Autopercepo de
sade em cuidadores
familiares e o tipo de
demncia:resultados
preliminares de uma
amostra
ambulatorial
Lilacs Amostra ambulatorial
constituda por pares de
pacientes com demncia
e seus cuidadores
familiares
principais (n = 49) foi
consecutivamente
avaliada
em um estudo
transversal no Centro de
Doena de
Alzheimer e Outros
Transtornos Mentais na
Velhice. Foram
includos pacientes
idosos com diagnsticos
clnicos de Demncia
Vascular(DV), DA e
Demncia Mista(DM).
Os dados indicaram
uma tendncia a pior
autopercepo de sade
fsica entre os
cuidadores de pacientes
com DA, quando
comparados aos
cuidadores dos
grupos DV e DM. A
elevada prevalncia de
queixas emocionais e
fsicas, com ansiedade
como os problemas
mais relatados pelos
cuidadores
Os achados tm
implicaes
sociais e clnicas
no sentido de
favorecer a
conscientizao
da sociedade e de
profissionais de
sade sobre a
importncia da
ateno, que deve
ser dedicada
sade do cuidador
familiar como
parte do
acompanhamento
multiprofissional
na demncia.
Continuao
39
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2010/ MIRANDA, Fonseca Aline; DA
SILVA, Jaqueline /
Alteraes de
comportamento do
idoso com DA
reveladas pelo
cuidador-familiar:
contribuies para
a enfermagem
gerontolgica.
Lilacs Estudo do tipo reviso
sistemtica qualitativa.
Como pergunta-guia:
Quais alteraes de
Comportamento
apresentadas pelo idoso
com DA causam
incmodos/ implicaes
a vida do cuidador-
familiar?
.
Foi encontrado um total
de 21 estudos, as quais
relatavam, que o
manejo dos distrbios
de comportamento
uma das tarefas mais
desgastantes para o
cuidador, as mudanas
de comportamento do
idoso com DA.
Estudos sobre as
alteraes de
comportamento
do portador da
DA esto
pulverizados,
sendo, necessrio
resgatar em
diferentes estudos
aspectos
relacionados,
especificamente,
as alteraes de
comportamento
da doena.
2012/ SANTIAGO, Roberta Fortes; LUZ,
Maria Helena Barros
Arajo/ Prticas de
Educao em Sade
para cuidadores de
idosos: Um olhar da
enfermagem na
perspectiva
freireana.
BDENF Relato de Experincia Os cuidadores de
idosos se enquadram no
grupo de oprimidos e
os profissionais de
sade, no grupo de
opressores a que se
refere Freire.
Nas prticas de
Educao em
Sade,o
desenvolvimento
da
problematizao
por meio da
relao dialgica
com os
cuidadores
fundamental para
que haja a
conscientizao
desses indivduos.
2011/ VIEIRA,
Chrystiany Plcido
de Brito, et al/
Prtica Educativa
para autonomia do
cuidador informal
de idosos
BDENF Estudo reflexivo, sobre
as prticas atuais de
educao em sade
voltadas para os
cuidadores informais de
idosos, propondo uma
prtica educativa
emancipatria luz de
Paulo Freire
O cuidador carrega
inseguranas e medos
provenientes do
desconhecimento sobre
a doena e o
enfrentamento de
outros problemas
associados.
A proposta traz
como estratgia o
trabalho com os
cuidadores
individualmente
e/ou em grupo,
visando a
estimular a
conscincia crtica
e oportuniza a
troca de
experincias e
estimula a
autonomia.
Continuao
40
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2013/ BRUM, Ana Karine Ramos, et al/
Programa para
cuidadores de
idosos com
demncia: relato de
experincia
Lilacs Relato de experincias
sobre o grupo de
orientao para
cuidadores de idosos
com demncia. Baseado
no modelo de Wanda
Horta. Tem como base o
PR-CUIDEM
(Programa de Extenso
para Cuidadores de
Idosos com Demncia).
Quanto aos aspectos
negativos foram
levantados o difcil
manejo e o
desconhecimento das
manifestaes da
demncia, levando ao
desgaste emocional.
O projeto
proporciona ao
cuidador receber
orientaes para o
cuidado ao idoso
com demncia,
permitindo a
realizao de um
trabalho
multiprofissional.
2013/ VALENTE, Geilsa Soraia
Cavalcanti, et al / O
perfil das mulheres
participantes de um
programa de
extenso de
enfermagem
BDENF Pesquisa documental
com abordagem
quantitativa dos dados,
realizada entre os meses
de junho a julho de 2010,
no EASIC.
Das 458 mulheres
atendidas no EASIC,
44,1% tinham entre 71
a 80 anos; 30,1% eram
casadas; 16,2%
recebiam um salrio
mnimo; 36,7%
possuam o Ensino
Fundamental
incompleto; 20,1%
eram catlicas e 63,1%
possuam associaes
de vrias patologias
Aponta-se para a
importncia da
realizao de
diversas
atividades que
compem o
referido
Programa, como
estratgias
resolutivas para
os problemas de
enfermagem.
2012/ TESTON, Elen Ferraz;
OLIVEIRA, Ana
Paula; MARCON,
Snia Silva/
Necessidades de
educao em sade
experenciadas por
cuidadores de
indivduos
dependentes de
cuidados.
Lilacs Estudo descritivo
exploratrio de natureza
qualitativa constituda
por todos os cuidadores
familiares (18) de
pacientes dependentes de
cuidados, atendidos pelas
duas equipes do
municpio. Foram
realizadas visitas
domiciliares a 18
indivduos e seus
respectivos cuidadores.
Os 18 cuidadores em
estudo tinham idade
entre 28 e 74 anos. A
maioria (14) era do
sexo feminino e tinha
baixo nvel de
escolaridade. Isto pode
interferir direta ou
indiretamente, na
prestao do cuidado ao
indivduo, alm de ser
barreira no processo de
educao em sade
O profissional
deve passar
informaes de
forma clara
possibilitando que
o cuidador sinta
segurana e apoio
em relao aos
cuidados
prestados.
Continuao
41
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2013/ MARIM, Camila Manuela et
al/ Efetividade de
programas de
educao e suporte
na reduo da
sobrecarga de
cuidadores de
idosos com
demncia: reviso
sistemtica
PUBMED Reviso sistemtica com
consulta as bases
Medline, Lilacs,
Embase, Cochrane, Web
of Science, SciELO e
CINAHL
Os achados apontaram
que o cuidador tende a
avaliar a qualidade de
vida do idoso com DA
de forma mais negativa
em relao ao que o
prprio paciente
considera.
As evidncias
obtidas neste
estudo sugerem
que programas
interdisciplinares
de educao e
suporte para
cuidadores podem
auxiliar na
reduo da
sobrecarga desses
indivduos.
2010/ JESUS, Isac Silva de, et al./
Cuidado
sistematizado a
idosos com afecco
demencial
residentes em
instituio de longa
permanncia
PUBMED Estudo exploratrio
descritivo,
desenvolvido em uma
ILPI, que abriga idosos.
Como amostra obteve-se
9 idosos aps aplicao
do MEEM.
Posteriormente foram
aplicados: Avaliao
Multidimensional
Rpida da Pessoa Idosa;
Avaliao das
Atividades de Vida
Diria e Escala de
Depresso Geritrica,
procedeu-se a anlise e
determinao dos
diagnsticos de
enfermagem.
Diagnsticos:
mobilidade
fsica prejudicada,
perambulao, risco
para quedas, memria
prejudicada e confuso
percepo sensorial
prejudicada,
comunicao
verbal prejudicada,
isolamento social e
risco de solido,
dor crnica,
integridade
da pele prejudicada,
mucosa oral
prejudicada,
incontinncia urinria.
Acredita-se que
os cuidadores de
residentes em
ILPIs devem ter
como principal
meta diminuir as
limitaes que
acompanham os
idosos,
implementando
cuidados
adequadamente
planejados a fim
de atender aos
requerimentos de
um
envelhecimento
ativo.
2010/ ESCOBAR,
Lina Maria Vargas e
AFANADOR,
Natividad Pinto/
Calidad de vida del
cuidador familiar y
dependencia del
paciente con
Alzheimer.
Lilacs Estudo descritivo
correlacional,
transversal, com
abordagem quantitativa.
Participaram 192
cuidadores de pacientes
com Alzheimer
pertencentes ao
programa para
Cuidadores na
Universidade da
Colmbia. Instrumento:
Qualidade de vida
verso familiar
O bem-estar fsico e
espiritual apresentou
uma tendncia
positiva, enquanto que
o bem-estar
psicolgico e social
deste grupo
populacional
demonstrou uma
tendncia negativa com
risco de alterao
futura.
Sugere-se novos
estudos na
temtica,
possibilitando
criar subsdios
para uma
assistncia de
enfermagem
baseando-se na
presena do
cuidador.
Continuao
42
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2012/ PERDOMO, Marta Perez; POEY,
Margarita Cartaya;
OCA, Brbara Lucia
Olano Montes
/Variables
asociadas con la
depresin y la
sobrecarga que
experimentan los
cuidadores
principales de los
ancianos con
Alzheimer
Lilacs Estudo descritivo em que
contou com 100
cuidadores de idosos
com demncia leve e
grave. Foi realizada uma
entrevista quanto aos
aspectos
sociodemogrficos e
quando ao
comportamento na
sobrecarga dos
cuidadores.
76 dos cuidadores
apresentaram algum
tipo de sobrecarga, nos
quais 70% representou
sobrecarga leve e 30%
intensa.
Aqueles que no
recebem algum
tipo de apoio
esto mais
susceptveis ao
desenvolvimento
de sobrecargas.
2012/ ALDANA,
Gilberto;
GUARINO, Leticia.
Sobrecarga,
afrontamiento y
salud en cuidadoras
de pacientes con
demencia tipo
Alzheimer
Lilacs Estudo exploratrio da
Universidade da
Venezuela, que contou
com 300 cuidadores,nos
quais 220 informais e 80
formais. Relacionou a
sobrecarga do cuidador
com suas questes de
sade, atravs da Escala
de Sobrecarga do
Cuidador de Zarit.
O grupo dos cuidadores
informais apresentou
maior sobrecarga,
comparado ao grupo
dos cuidadores formais.
Os informais tem mais
dificuldade para lidar
com os aspectos da
demncia, havendo
ansiedade, depresso e
disfuno social.
Faz-se necessrio
o investimento
por parte
governamental,
oferecendo
melhores
condies de
formao e apoio
ao cuidador.
2013/ BORGHI, Ana
Carla, et al/
Overload of
families taking care
of elderly people
with Alzheimer's
Disease: a
comparative study
Lilacs Estudo comparativo
realizado na Associao
Brasileira de Alzheimer
do Paran. Contou com
40 participantes,
divididos em 2 grupos:
GCUID A- 20
cuidadores familiares
principais de idosos com
DA e GCUID B 20
cuidadores secundrios
de idosos com DA. Os
instrumentos utilizados
foram a ficha
sociodemogrfica do
cuidador e a Escala de
Avaliao da Sobrecarga
de Familiares de
Pacientes Psiquitricos.
A sobrecarga referente
assistncia ao
paciente na vida
cotidiana foi maior
para os cuidadores
primrios, pois esses
realizavam ou
auxiliavam com maior
frequncia as atividades
dirias do que o
GCUID B. Os
cuidadores primrios
relataram situaes de
vexame, insultos e
agresso.
.
Sugere-se o
planejamento
adequado das
aes de sade, de
acordo com as
caractersticas
prprias do
cuidador, alm de
novos estudos
abordando os
diferentes tipos de
cuidadores.
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Aldana,%20Gilberto%22http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Aldana,%20Gilberto%22http://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Guarino,%20Leticia%22
43
Continuao
Ano/Autor/Ttulo Base de
Dados
Metodologia Fatores relacionados Resultados ou
Estratgias
2011/ VARELA,
Graciela, et al/
Alzheimers Care at
Home: A focus on
caregivers strain
MedLine Reviso de Literatura
com o objetivo de
discutir e comparar os
efeitos da sobrecarga dos
cuidadores de
Alzheimer. A busca dos
artigos foi dos anos 1997
at 2011, aps critrios
de incluso e excluso
foram analisados 12
artigos.
Foi encontrado que
52% dos cuidadores
sofrem de doenas
fsicas e 32% de
doenas psicolgicas. O
Sistema nico de
Sade italiano fornec
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