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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
ANDRÉ LUIZ EGÊA
CARLOS ALBERTO MARTINS DA COSTA JUNIOR
ELEVADOR MÓVEL MULTIUSO
CURITIBA
2015
2
ANDRÉ LUIZ EGÊA
CARLOS ALBERTO MARTINS DA COSTA JUNIOR
ELEVADOR MÓVEL MULTIUSO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito avaliativo para obtenção do titulo de Engenheiro Mecânico da faculdade Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná.
Professor: Dr. Marcelo Piekarski
Orientador:: Rodolfo Enrique Perdomo
CURITIBA
2015
3
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de definir um modelo de elevador móvel
para aplicação em construções civil e demais utilidades. Uma das utilidades
dessa ferramenta será para atender principalmente cidades pequenas onde
não são encontradas grandes construtoras e necessita-se de um aparato para
um trabalho mais ágil e saudável. Apresenta o projeto dos componentes como,
viga, eixo, talha, acoplamentos, todos com seu dimensionamento onde os
resultados são focados nas solicitações e normas durante sua operação.
Define materiais aplicados e recomendações de uso. Apresentará em uma
atualização do trabalho um protótipo inicial de um elevador móvel para ser
aplicado em tais trabalhos designados de aplicação, de forma que seja testado
e avaliado. Este trabalho fornece meios para continuidade do elevador móvel.
Palavras-chave: elevador móvel, vigas, cargas, elétrico.
4
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1- Produtos disponíveis no mercado ............................................... 20
QUADRO 2 – Matriz de decisão motores ......................................................... 21
QUADRO 3 – Benchmarking mecanismo de força ........................................... 22
QUADRO 4 – Benchmarking escadas ............................................................. 23
QUADRO 5 – Composição e propriedades mecânicas do aço SAE 1020 ....... 26
QUADRO 6 – Composição aço inox austenitico. ............................................. 28
QUADRO 7 – Propriedades mecânicas do aço austenitico. ............................ 29
QUADRO 8 - Propriedades mecânicas do alumínio 6351. ............................... 31
QUADRO 9 – Matriz decisão materiais. ........................................................... 32
QUADRO 10 - QFD .......................................................................................... 35
QUADRO 11 - FMEA ....................................................................................... 37
QUADRO 12 – Tubos e perfis comerciais ........................................................ 43
QUADRO 13 – Medidas tubo retangular comercial .......................................... 44
QUADRO 14 – Propriedades do aço. ............................................................... 49
QUADRO 15 – Classificação cabos de aço para cálculo de resistência .......... 51
QUADRO 16 – Coeficiente de segurança para cabos de aço .......................... 51
QUADRO 17 – Classificação de resistência cabos de aço. ............................. 53
QUADRO 18 – Coeficientes de segurança materiais x tipo de cargas. ............ 58
QUADRO 19 – Valores nominais segundo a classe de resistência. ................ 59
QUADRO 20- Custos e valores ........................................................................ 64
QUADRO 21- Analise de tempo de transporte ................................................. 73
5
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1 - Força resultante ........................................................................... 39
Equação 2 - Momento fletor. ............................................................................ 40
Equação 3 – Força resultante .......................................................................... 41
Equação 4 – Momento de inércia. .................................................................... 44
Equação 5 – Tensão máxima. .......................................................................... 45
Equação 6 – Momento fletor máximo. .............................................................. 47
Equação 7 – Minimo diâmetro de cabo admissível. ......................................... 50
Equação 8 – capacidade de carga do cabo. .................................................... 52
Equação 9 – Área sob tração. .......................................................................... 56
Equação 10 – Diâmetro primitivo UNS. ............................................................ 56
Equação 11 – Diâmetro de raiz UNS. .............................................................. 56
Equação 12 – Diâmetro primitivo ISO. ............................................................. 56
Equação 13 – Diâmetro de raiz ISO. ................................................................ 56
Equação 14 – Tensão parafuso. ...................................................................... 57
Equação 15 – tensão admissível com coeficiente de segurança. .................... 57
6
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1- Necessidade de elevação ........................................................... 14
GRÁFICO 2- Necessidade de elevar carga...................................................... 14
GRÁFICO 3- Quilos a serem elevados ............................................................ 15
GRÁFICO 4- Voltagem de trabalho .................................................................. 16
GRÁFICO 5- Alcance de carga ........................................................................ 17
GRÁFICO 6- Útilidade para o consumidor ....................................................... 18
GRÁFICO 7- Pesquisa de valores .................................................................... 19
GRÁFICO 8 – Forças geradas em Kg/f ............................................................ 41
GRÁFICO 9- Importância por valor .................................................................. 65
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Dificuldade de elevar carga ............................................................... 11
Figura 2- Ciclo de projeto ................................................................................. 12
Figura 3- Trabalho com ângulo ........................................................................ 13
Figura 4 – Controle do motor............................................................................ 24
Figura 5 – Utilização e montagem .................................................................... 25
Figura 6 – Gráfico ensaio de tração. ................................................................ 27
Figura 7 – Esquema do processo de Hall-Heroult ............................................ 31
Figura 8 – Casa de qualidade .......................................................................... 33
Figura 9 – Diagrama plano inclinado ................................................................ 38
Figura 10 - Diâgrama corpo livre. ..................................................................... 39
Figura 11 – Diagrama momento fletor. ............................................................. 40
Figura 12 – Diagrama força cortante. ............................................................... 41
Figura 13 – Diagrama momento fletor degrau .................................................. 47
Figura 14 – Diagrama força cortante degrau .................................................... 48
Figura 15 – Composição do cabo de aço ......................................................... 50
Figura 16 – Layout linha de montagem ............................................................ 62
Figura 17 – Balanceamento de atividades cíclicas ........................................... 63
Figura 18-Tubos de aço carbono comercial ..................................................... 66
Figura 19- Corte das vigas ............................................................................... 67
Figura 20- Solda MIG ....................................................................................... 68
Figura 21- União dos membros ........................................................................ 68
Figura 22- Construção da Plataforma .............................................................. 69
Figura 23- Plataforma Completa ...................................................................... 69
Figura 24- Usinagem do eixo ........................................................................... 70
Figura 25- Eixo com rolamento ........................................................................ 70
Figura 26- Acabamento do motor ..................................................................... 71
Figura 27- Pé de borracha................................................................................ 71
Figura 28- Elevador montado ........................................................................... 72
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9
1.1 A HISTÓRIA DO ELEVADOR. ................................................................ 10
2. CONCEITUAÇÃO DO PROJETO ................................................................ 12
2.1 LEVANTAMENTOS DOS REQUISISTOS DE PROJETO ...................... 12
2.1.2 REQUISITOS LEGAIS. ..................................................................... 13
2.1.3 PESQUISA DE MERCADO .............................................................. 13
2.2 BRAINSTORM ........................................................................................ 24
3. SELEÇÃO DE MATERIAL. .......................................................................... 26
3.1 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO SAE
1020 .............................................................................................................. 26
3.2 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO INOX28
3.3 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO ALUMINIO
6351. ............................................................................................................. 30
4. DIMENSIONAMENTO.................................................................................. 33
4.1 QFD ........................................................................................................ 33
4.2 FMEA ...................................................................................................... 36
4.3 CALCÚLOS DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA ................................... 38
4.4 DIMENSIONAMENTO DO DEGRAU. ..................................................... 46
4.5 DIMENSIONAMENTO CABO DE AÇO ................................................... 49
4.6 DIMENSIONAMENTO DOS PARAFUSOS DE FIXAÇÃO DO MOTOR. 54
6. LAYOUT E CUSTOS. .................................................................................. 62
7. PROCESSO DE FABRICAÇÃO .................................................................. 66
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ........................................................................ 74
10. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS. ....................................... 75
11. REFERENCIAS .......................................................................................... 76
WEB REFERENCIAS. .................................................................................. 77
APENDICES .................................................................................................... 79
9
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, as pessoas procuram, cada vez mais, meios para se
sentirem confortáveis e cômodos. Por este motivo, realizou-se o projeto de um
sistema de elevação, para movimentar cargas na vertical em uma construção
civil, com alcance de três metros, ou seja, um piso superior padrão, onde o
problema se encontra na necessidade de os operários deslocarem cargas entre
um andar e outro utilizando escadas e andaimes. Além disso, o esforço
realizado por um operário na maioria dos casos é superior as normas de
ergonomia de até 23 Kg por pessoa (NIOSH, 2015). Diante disto, este projeto
pretende responder a seguinte pergunta: Qual seria a melhor solução quanto à
movimentação de carga entre os andares da construção em questão? No
entanto, o projeto justifica-se pela necessidade de conforto, comodidade e
saúde que os operários desejam para mover-se entre os andares com galões
de concreto.
O projeto do elevador móvel abordará, como ponto principal, a saúde
de seus usuários, gerando uma maior acessibilidade. Também terá um ganho
significativo em tempo de operação de até 4,6 vezes, pois o elevador móvel
utilizará um motor elétrico 220V com velocidade de 5 metros por minuto. O
objetivo geral desta monografia é elaborar o projeto até o detalhamento de um
elevador móvel por colunas para cargas, sendo restrito o uso do mesmo para
transporte de pessoas ou cargas vivas.
Os objetivos específicos se definem em: Elaborar o Projeto
Informacional; Elaborar o Projeto Conceitual; Elaborar o Projeto Detalhado.
Com isso, o trabalho em questão terá a aplicação dos conhecimentos
adquiridos durante o curso de Engenharia Mecânica e trará uma série de
informações para o mundo acadêmico, ou seja, poderá servir de base para
trabalhos como fonte de pesquisa em estudos futuros, como uma base para a
melhor retirada da carga da plataforma, visando que esse elevador móvel
poderá elevar ou arriar 250Kg em cargas fracionadas de no máximo 23Kg, pois
é esse valor por norma que uma pessoa pode transportar sem auxilio de
alguma ferramenta, segundo a norma regulamentadora NR 11 normas de
segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores
industriais e máquinas transportadoras.
10
Os equipamentos na utilização de materiais, tais como ascensores,
elevadores de carga, guindastes, monta carga, pontes-rolantes, talhas,
empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes, transportadores de diferentes tipos,
serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias
garantias de resistência, segurança e conservados em perfeitas condições de
trabalho. O projeto tem interesse de comercialização, mas será desenvolvido
para uma situação e cliente específico até a etapa do detalhamento do produto.
1.1 A HISTÓRIA DO ELEVADOR.
Segundo dados fornecidos pelo CREA-MG (2013), as primeiras
utilizações de elevadores que se tem notícia datam de 1500 a.C., quando os
egípcios elevavam as águas do Rio Nilo, por meio da utilização de animais e
pessoas para realizarem a tração que puxavam grandes vasilhames com a
água. Com o advento da Revolução Industrial, essa forma de tração evoluiu
para energia a vapor e a seguir, para a eletricidade.
Ainda conforme o CREA-MG (2013), a história do elevador começa
anos antes de Cristo. Os elevadores mais antigos eram movidos por força
humana ou animal, ou mecanismos movidos a água (rodas d’água e moinhos)
para realizarem a tração que puxavam grandes vasilhames com a água. Estes
sistemas foram largamente utilizados até o 3º século antes de Cristo: a
alavanca do grego Arquimedes, o Colosso de Rodes, a construção das
pirâmides e os obeliscos no Egito; os zigurates na Mesopotâmia são exemplos
de construções que utilizaram elevadores rudimentares em épocas remotas.
Os elevadores modernos foram desenvolvidos a partir do século XIX.
Estes elevadores eram rudimentares que evoluíram lentamente de sistema à
vapor para hidráulico. Os primeiros elevadores hidráulicos foram projetados
usando a pressão da água como fonte de energia. Estes elevadores eram
usados somente em fábricas, minas e armazéns. O transporte de pessoas
nesta época era inseguro.
De acordo com o fabricante de elevadores OTIS (2015), em uma feira
em Nova York em 1853, Elisha Otis se movimenta verticalmente em uma
plataforma, que se apresentava como um novo invento, ainda que
aparentemente no aspecto estrutural se assemelhasse aos elevadores até
então utilizados. No entanto, quando a plataforma alcança o ponto mais alto da
11
edificação, seu assistente lhe fornece uma almofada de veludo sobre a qual
existia um punhal. Otis empunha a arma e ataca o elemento principal do
equipamento: o cabo responsável por içar a plataforma e mantê-la suspensa. O
cabo é cortado, mas nada acontece, a Elisha Otis ou ao equipamento. Freios
ocultos de segurança - essência de seu novo invento - evitam que a plataforma
caia e se destrua no solo.
A partir do invento de Elisha Otis, o transporte de passageiros de forma
segura tornou-se uma realidade e possibilitou o surgimento das primeiras
construções verticais denominadas arranha-céus (prédios habitados de
grandes alturas). Todavia, como ainda não existia energia elétrica, os
elevadores ainda eram movidos à vapor ou força hidráulica.
Até hoje existem certas dificuldades para elevação de carga como
pode-se ver na figura 1.
Figura 1- Dificuldade de elevar carga
Fonte:http://portalsesmt.eng.br/imagens/comprei-uma-nova-geladeira-mas/, 2015
Por tais motivos viu-se a necessidade de uma ferramenta para otimizar
um serviço visando o menor esforço do operador, assim tendo agilidade e
praticidade no trabalho com mais saúde e segurança, diminuindo o tempo de
operação e aumentando o aproveitamento dos funcionários.
12
2. CONCEITUAÇÃO DO PROJETO
Essa etapa tem a finalidade de definir os conceitos para o modelo de
elevador de carga, com os requisitos dos cliente abordados na pesquisa de
mercado, usando ferramentas de engenharia e marketing.
2.1 LEVANTAMENTOS DOS REQUISISTOS DE PROJETO
Para se nortear no projeto é necessário que se tenha ideias maduras e
requisitos básicos do produto, por isso o cliente é sempre o foco para que o
mesmo tenha sucesso no mercado. Com a visão de uma dificuldade de
trabalho na construção civil onde os operários carregam por andaimes e
escadas de mão cargas de até 50 kg observou-se a necessidade de uma
ferramenta para elevar ou arriar cargas para um piso superior com média de 3
metros sem grandes esforços. Um elevador de cargas de alcance de 4 metros
de altura com capacidade de carga maior que as geralmente levadas por um
ser humano, altamente cabível no mercado atual, respeitando normas de
segurança e legislações.
Foi desenvolvida uma ferramenta que dita o “passo a passo” para que
o produto tenha melhoria continua e cada vez mais qualidade de processo e
produção, tal ferramenta foi batizada de CDP (ciclo de projeto).
Figura 2- Ciclo de projeto
Fonte: Os Autores, 2015.
13
2.1.2 REQUISITOS NORMATIVOS.
Segundo a NR-18 (2002), o ângulo ideal de inclinição de uma escada é
de 75º. Se maior que essa medida, ficara muito próximo a parede ou ponto de
apoio com o risco de queda; se for menor que 65º, pode envergar. A NR-18
(2002), também indica que o afastamento dos pontos inferiores de apoio dos
montantes em relação à vertical deve ser aproximadamente igual a 1/4 (um
quarto) do comprimento entre esses apoios.
Figura 3- Trabalho com ângulo
FONTE: http://www.wbertolo.com.br/dicas.asp, 2015.
2.1.3 PESQUISA DE MERCADO
É de extrema importância detectar pontos para o projeto colhendo
dados de potenciais clientes, os mesmos foram submetidos à algumas
perguntas para assim ter ciência do que será necessário para ter um melhor
produto realizando à necessidade de tais. Os dados para a matriz de decisão
foi colhida de dezoito pessoas diversificadas, entre elas brasileiros, espanhóis
e argentinos, todos atuam no mercado de trabalho e admitem que já tiveram
dificuldades com elevação de carga como mostra o (GRÁFICO 1), essa
questão foi levantada para ter noção de quanto será importante a criação de
uma ferramenta que irá otimizar o trabalho poupando tempo e mantendo a
integridade física dos operadores, das 18 pessoas que participaram da
pesquisa vemos que 16 tem necessidade de elevar algum tipo de carga no seu
dia a dia.
14
GRÁFICO 1- Necessidade de elevação
Fonte: Os Autores, 2015.
GRÁFICO 2- Necessidade de elevar carga
Fonte: Os Autores, 2015.
15
As questões elaboradas para essa pesquisa são estratégicas para
obtenção de dados que servirão para um produto mais satisfatório possível, a
necessidade de elevar peso no cotidiano é sempre notada, mas será que essa
necessidade sempre consegue ser suprida apenas com trabalho braçal
humano? Vemos o resultado de mais uma pergunta realizada as mesmas
dezoito pessoas.
GRÁFICO 3- Quilos a serem elevados
Fonte: Os Autores, 2015.
Para a resposta da pergunta acima foi criado outra pesquisa onde
pudesse se conhecer a quantidade de carga que um operador tem
necessidade em seu trabalho, e se uma ferramenta auxiliaria em seu dia à dia.
A conclusão que mais de 44% acreditam que um elevador de até 200kg seria
o mais útil.
16
GRÁFICO 4- Voltagem de trabalho
Fonte: Os Autores, 2015.
O funcionamento do equipamento é algo que deve ser prático e de fácil
operação, levantou-se qual ponto de acesso mais fácil para o uso diário.
Segundo SELENE (2007), as necessidades dos clientes, conhecidas
tecnicamente como conceitos, constituem um dos princípios norteadores da
elaboração de um projeto de produto, isso porque, desde sua concepção, um
produto terá grandes chances de ser bem sucedido no mercado se atender ás
necessidades dos clientes alvo. Dessa maneira a pesquisa realizada é
extremamente importante para que a ideia deste projeto possa atender
construtores civis da forma mais simples e com bom custo beneficio, podendo
ser alugada, ou até mesmo, adquirida pelo cliente.
17
GRÁFICO 5- Alcance de carga
Fonte: Os Autores, 2015.
Concluída a necessidade e mensurada a carga para um melhor
trabalho também é de importância conhecer o alcance da carga visando alguns
itens corriqueiros que as pessoas tem dificuldades para elevar ou arriar, nessa
questão foi colocada a importância de pessoas que tem casas com mais de um
piso de acesso.
Todos os negócios nos dias de hoje estão relacionados com
informações. Hoje, mais do que nunca, o conhecimento é o poder, e os clientes
são a chave para esse poder. O uso inteligente das informações sobre o
consumidor diminui a distância entre os produtores e seus clientes
(FRANCESE; PIIRTO, 1993)
18
GRÁFICO 6- Útilidade para o consumidor
Fonte: Os Autores, 2015.
Nessa etapa da pesquisa foi questionado a utilidade do produto no uso
diário dos consumidores, não apenas para pequenas obras e construções, mas
também para uso residencial.
De acordo com SELENE (2007), a adoção de um produto consiste em
um processo mental, que se inicia quando o consumidor se depara com uma
necessidade de um produto novo, decide experimentá-lo e acaba por adotá-lo.
Isso significa que a adoção corresponde à decisão da pessoa de se tornar
usuária regular de um produto ou marca. Pode-se considerar, então, que o
processo de adoção se realiza para coisas novas ou com abordagens novas,
de modo que o produto continuará sendo adquirido à medida que corresponder
às necessidades exigidas pelo consumidor, do que decorre um outro processo,
o de fidelização do consumidor para com o produto.
19
Para finalizar a pesquisa e assim ter certeza que o produto atenderá de
alguma maneira o usuário, levantou-se uma pesquisa de custos que os
mesmos estariam dispostos a pagar em uma ferramenta, e foi com essa
questão que foi conhecida a dificuldade de espaço para o elevador ficar
guardado em suas residências, e a locação do produto foi uma boa opção de
mercado, pois não ocupa espaço quando não necessário e também o cliente
não se preocupa com manutenção do equipamento. Segue o gráfico.
GRÁFICO 7- Pesquisa de valores
Fonte: Os Autores, 2015.
O preço que o cliente potencial abordado na pesquisa está disposto a
pagar é diretamente proporcional a sua necessidade, quanto maior a
necessidade, maior a disposição em investir na aquisição do produto.
Segundo FRANCESE; PIIRTO (1993), para entender o comportamento
do consumidor, é preciso primeiro examinar as motivações relacionadas com o
produto. Com exceção daqueles que fazem das compras um hobby, a maioria
das pessoas é motivada a comprar quando uma necessidade não satisfeita é
estimulada.
20
Para se ter um bom produto é necessário ter bons distribuidores, para
uma análise mais precisa se utiliza uma a ferramenta chamada BenchMarking
como se vê no Quadro 1 e 3.
“Alguns autores defendem que a origem do Benchmarking
está no princípio japonês do dantotsu, processo de busca e
superação dos pontos fortes dos concorrentes. No ocidente passou a
ser visto como uma nova forma de estratégia competitiva, tendo sido
adotado por várias grandes empresas. Sua primeira aplicação técnica
ocorreu na Xerox Corparation, no Estados Unidos, em 1979. Em
função de mudanças no ambiente a empresa teve de encontrar uma
forma de aprimorar seu desempenho. Com isso foi elaborado um
programa de Benchmaking fornecendo aos gerentes informações
referentes ao desempenho e aos custos das diversas funções da
Xerox, comparados aos de seus maiores concorrentes”. (FERREIRA;
REIS; PEREIRA, 2002, p.165).
QUADRO 1- Produtos disponíveis no mercado
FONTE: OS AUTORES, Curitiba, 2015
Os dados colhidos nessa pesquisa são fornecidos pelos fabricantes ou
representantes das marcas mencionadas, através de sites, lojas e manuais de
instruções. Analisando os valores fica notável que modelos disponíveis no
mercado tem um alto custo operacional e de mobilidade, isso comprova que o
Elevador Móvel Multiuso tem mercado para venda no Brasil.
FOTO DO
PRODUTOMARCA
PESO
CARREGAMENTO
(Kg)TENSÃO/POTENCIA
ASSISTENCIA
TÉCNICA
GARANTIA
(Tempo)PREÇO MECANISMO
COMPRIMENTO
DE
ELEVAÇÃO(M)
PESO(KG)
SINO LIFTS 200/2500 110/220/3802.2 -7.5 KW SIM 1mês/1 ANO USD1200/3500 TESOURA HIDRA. 4/18 M 1800/3500
lift/single 125 0,75 KW SIM N/C USD 3500 RETRÁTIL/HIDRA. 10 M 220
GENIE 227/ 2P BATERIAS RECARREGAVÉL SIM ALUGUEL R$750 DIA/7500 MÊS ELETRO/HIDRA. 13,5M 6849
21
Para a certificação de qual será a melhor opção de transmissão de força no elevador, foi utilizada uma ferramenta chamada matriz de decisão, que como o nome diz, serve para com base em dados e notas colhidas pelos clientes ter uma visão clara da preferencia do kit motriz a ser instalado no equipamento.
QUADRO 2 – Matriz de decisão motores
FONTE: OS AUTORES, Curitiba, 2015.
O kit escolhido foi o elétrico como aponta o (QUADRO 2), pois seu
estoque de energia é duradouro, é leve, tem boa durabilidade, capacidade de
carga suficiente e seu preço é admissível para os padrões de custo do projeto.
22
No benchmarking do QUADRO 3 foram levantados especificações de
guinchos elétricos, no qual serão utilizados para a realização do projeto, os
guinchos são de marcas tanto nacionais quanto importadas e se mantém na
mesma categoria de peso de elevação.
QUADRO 3 – Benchmarking mecanismo de força
FONTE: OS AUTORES, 2015.
Os dados colhidos nessa pesquisa são fornecidos pelos fabricantes ou
representantes das marcas mencionadas, através de sites, lojas e manuais de
instruções. Com a analise dos dados presentes no (QUADRO 3), podemos
perceber que os guinchos são bem similares em todas as características, foi
escolhido para o projeto o guincho da marca MOTOMIL, levando em
consideração por ser uma marca brasileira e ter vários pontos de assistência
técnica em diferentes estados do País.
FOTO DO
PRODUTOMARCA
PESO
CARREGAM
ENTO
(Kg)
TENSÃO/POTE
NCIA
ASSISTENCIA
TÉCNICA
GARANTIA
(Tempo)PREÇO R$ VELOCIDADE
DIÂMETRO
DO CABO
COMPRIMENTO
DO CABOPESO(KG)
SANSEI 300/600 220V / 1300W SIM 3 meses R$ 552,00 10/05 MT/MIN 5,0 mm 12 /06 metros 17 Kg
MOTOMIL 300/600 220/1350W SIM 1mês/1 ANO R$ 699,00 10MT/MIN 5,1 mm 12/06 METROS 17,8 Kg
LYNUS 300/600 220/N SIM 6 MESES R$ 719,00 1O MT/MIN N 12/06 METROS 18 Kg
MAQTRON 300/600 110/1150 SIM 3 meses R$ 689,00 10 MT/MIN 5,0 mm 12/06 METROS 18 KG
PROFIELD 200/400 220/750 SIM 1 ANO R$ 693,00 8 MT/MIN 3,8 mm 12/06 METROS 16 KG
23
Fonte: Os Autores, 2015
Os dados colhidos nessa pesquisa são fornecidos pelos fabricantes ou
representantes das marcas mencionadas, através de sites, lojas e manuais de
instruções. A possibilidade de adaptar uma escada comercial ao projeto e
transformar em uma escada elevadora de carga, instalando os acessórios
necessários para isso, como: motor, roldanas, cabos, guias e plataforma, não
se mostrou viável devido a capacidade de carga dos produtos comercializados,
como essas escadas não são fabricadas com a finalidade de transportar carga,
a capacidade de suportar peso não é compatível com a necessidade do
projeto, a capacidade das escadas comuns é equivalente ao peso de uma
pessoa adulta acrescentado de um percentual de segurança. Com a instalação
dos acessórios para a adaptação, ficaria comprometido de 20% a 30% dessa
capacidade, reduzindo ainda mais o peso a ser transportado.
QUADRO 4 – Benchmarking escadas
Foto do produto
Marca Material Preço Capacidade de carga
Peso Alcance
R.M
Escadas
Madeira
R$220,00
120Kg
12,4Kg
4,10m
Zeus
Aço
R$589,00
120Kg
14,1Kg
4,10m
Alulev
Alumínio
R$999,00
150Kg
13,8Kg
4,57m
24
2.2 BRAINSTORM
Segundo Mongeau (1993) a técnica do brainstorming foi desenvolvida
por Alex Osborn (1957) devido à frustração em relação à falta de ideias e
criatividade de seus colaboradores na resolução de problemas. A técnica tem
como principal objetivo a liberdade da imaginação sem que o julgamento de
ideias interfira no processo criativo.
Feito um comparativo entre ideias e sugestões para se ter um melhor
equipamento possível tira-se algumas conclusões bem válidas para ter certeza
que o elevador móvel tem um grande potencial de mercado.
Um dos diferencias desse equipamento aos demais no mercado é que
a escada elevadora também pode ser usada para arriar (descer) cargas
enquanto os concorrentes servem apenas para elevar as cargas, com sua
geometria favorável, pois é mais compacta e necessita de menos espaço na
horizontal para ser completamente montada, porém tem que ter um ponto de
apoio onde sua parte superior deve ser encostada para o funcionamento,
exemplo: telhados, barrancos, postes, árvores etc.
O seu funcionamento será bastante simples pois contara apenas com
um controle e dois botões onde se eleva ou arria a carga, e um outro botão de
emergência para a paralisação do trabalho instantaneamente, assim podendo
ser visualizado na FIGURA 4.
Figura 4 – Controle do motor
Fonte: http://mlb-s1-p.mlstatic.com/botoeira-conjunto-de-comando-guincho-motomil-200-e-600kg-639001-MLB20259830164_032015-O.jpg. 2015.
25
A carga deve ser colocada e retirada manualmente sem auxilio de
algum dispositivo, visando que a escada só fará a movimentação da carga na
vertical de 3 metros de alcance, com sistema modular de montagem.
O mesmo conta com um sistema de segurança no guincho elétrico que
interrompe o funcionamento como prevenção de sobrecarga (isto se dá para
evitar interrupções indesejadas) se o motor parar espere por até 10 minutos o
motor esfriar para religar e reiniciar o serviço.
Outra recomendação do equipamento para sua segurança e garantia é
que qualquer barulho que ocorra com o guincho de coluna que não seja
característico do seu funcionamento normal desligar imediatamente e
encaminhar para a assistência técnica autorizada.
A figura 5 mostra o esquema de montagem com polia na qual será
utilizado elevador móvel multiuso, o cabo é travado com um dispositivo por
ganchos, assim o guincho terá sua capacidade de carga igual à kg x 2.
Figura 5 – Utilização e montagem
Fonte: Manual de instruções motomil, guincho de coluna H-A 107, 2015.
Capacidade de
carga 300 Kg
Capacidade de carga
600 Kg
26
3. SELEÇÃO DE MATERIAL.
Essa etapa do projeto tem como objetivo decidir o material mais
apropriado para a fabricação da estrutura do Elevador Móvel Multiuso, levando
em consideração vários fatores como: peso, resistência mecânica, resistência
ao desgaste, resistência a corrosão, facilidade de fabricação, custo e
disponibilidade. Os materiais pré definido para a utilização são: Aço SAE 1020,
Aço inox 304 e Alumínio 6351.
3.1 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO SAE
1020
Segundo o fabricante GERDAU (2015), os aços carbonos são ligas
metálicas constituídas basicamente de ferro, carbono, silício e manganês,
apresentando também outros elementos inerentes ao processo de fabricação,
em percentuais controlados. As porcentagens de manganês variam de 30% a
90%, as porcentagens de carbono variam de 15% a 25%, o silício pode
compreender de zero a 35%, quantidades menores de fósforo e enxofre podem
representar até 5% da composição do aço.
QUADRO 5 – Composição e propriedades mecânicas do aço SAE 1020
Fonte: Soldag. insp. (Impr.) vol.14 no.2 São Paulo Abril./Junho 2009
Os valores das propriedades mecânicas vistas no (Quadro 5) são
definidos através de ensaios em laboratórios com corpo de prova equivalente
ao material, nesse caso o aço SAE 1020, o corpo de prova geralmente tem
formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam ser
comparados ou, se necessário reproduzidos. Este é fixado numa maquina que
aplica esforços crescentes em sua direção axial, sendo medidas as
deformações correspondentes, a (Figura 6) demonstra o gráfico de um ensaio
de tração.
27
Figura 6 – Gráfico ensaio de tração.
Fonte: http://i.ytimg.com/vi/F61Gyx6Bcxw/maxresdefault.jpg, 2015
Conforme a fabricante GERDAU (2015), o aço carbono 1020 é um dos
aços mais utilizado, devido a sua baixa temperabilidade, excelente forjabilidade
e soldabilidade, porém sua usinagem é relativamente pobre. Este tipo de aço
pode ser aplicado em cementação com excelente relação custo beneficio
comparado com aços utilizados para o mesmo propósito. A microestrutura
presente neste aço no seu estado normalizado é perlita fina e ferrita. Este aço
é indicado para parafusos, trefilados duros, chassis, discos de roda, peças em
geral para máquinas e veículos submetidos a esforços pequenos e médios.
Segundo o fabricante AÇOS PORT (2015), o aço carbono 1020 é um
aço altamente tenaz, particularmente usado para fabricação de peças que
devam receber tratamento superficial para aumento de dureza, principalmente
pelo processo de cementação, esse tratamento termoquímico tem o objetivo
de aumentar a porcentagem de carbono na superfície do material, geralmente
utilizado para eixos em geral.
28
O custo do kg do aço SAE 1020 no mercado brasileiro está em R$6,70
reais, esse é o valor médio considerando a diferença de preço devido as varias
dimensões e formas comercializadas em diferentes fabricantes e distribuidores.
3.2 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO INOX
Aço inoxidável é o nome dado à família de aços resistentes à corrosão
e ao calor contendo no mínimo 10,5% de cromo. Enquanto há uma variedade
de aços carbono estrutural e de engenharia atendendo a diferentes requisitos
de resistência mecânica, soldabilidade e tenacidade, há também uma grande
variedade de aços inoxidáveis com níveis progressivamente maiores de
resistência à corrosão e resistência mecânica. Isso é resultado da adição
controlada de elementos de liga, cada um deles originando atributos
específicos com relação a resistência mecânica e possibilidade de resistir a
diferentes meios ambientes (CARBÓ, 2008). Os tipos de aço inoxidável podem
ser classificados em três grupos, sendo estes observados em sua
microestrutura, que apresentam em temperatura ambiente: ferritico,
martensitico e austenitico. O aço inox 304 se encontra no grupo dos
austeniticos.
Aços inoxidáveis austeníticos - Estes são os aços mais importantes dos
grupos de aços. Apresentam simultaneamente Cr e Ni, variando entre 16-26%
e 6-22% respectivamente. São resistentes à corrosão e à oxidação em alta
temperatura, além de serem pouco reativo na maioria dos reagentes.
QUADRO 6 – Composição aço inox austenitico.
Fonte: ROMEIRO,1997.
29
Suas características gerais: não magnéticos; não endurecíveis, por
serem austeníticos; quando encruados, apresentam um fenômeno
interessante: o aumento de dureza que se verifica é bem superior ao que se
encontraria, mediante a deformação de outros aços.
Esse fenômeno pode ser explicado, porque a austenita sob o efeito de
tensões do encruamento, torna-se parcialmente e constantemente em ferrita,
essa por sua vez, rica em carbono, nas mesmas condições que uma
martensita, contribui para o endurecimento. O estiramento a frio do aço inox
austenitico, pode produzir resistência à tração de 250 kgf/mm², que um aço
comum não ultrapassaria os 140 kgf/mm² (ROMEIRO, 1997)
QUADRO 7 – Propriedades mecânicas do aço austenitico.
Fonte: SENATORE, 2007.
Como tratamento térmico pode-se dizer que um simples reaquecimento
à temperaturas moderadas, restauraria a sua constituição austenítica. Ainda
podemos dizer que nesse tipo de aço à medida que temos o aumento de
níquel, temos a diminuição dos efeitos do encruamento, já que o Cr é um
grande estabilizador desse efeito.
Com isso os aços austeníticos são classificados de acordo com a sua
resistência ao encruamento. Um dos fenômenos indesejáveis, que pode
ocorrer é a corrosão intergranular, devido à precipitação de carboneto de
cromo, contudo pode-se evitá-lo, adicionando-se titânio e/ou nióbio.
Quanto ao tratamento térmico, este, chamado de “austenitização”, que
é o aquecimento à temperaturas entre 1000ºC e 1120ºC, seguido de um
resfriamento muito rápido a ponto de levá-lo à temperatura ambiente. Esse
resfriamento faz com que o material não passe pela faixa indesejável dos 425 -
870ºC que influencia a formação de carbonetos (SCHEID, 2009).
30
Como outras variedades de aços austeníticos podemos dizer que: é
adicionado Si para melhorar a resistência à oxidação à altas temperaturas; Ti e
Nb previne a corrosão intergranular; o Mo que aumenta a resistência à
corrosão à cloretos, ácido sulfúrico; Cr e Ni que aumentam a resistência à
corrosão em geral (HIGGINS, 1982). Por eventualidades surgiram outras
combinações alternativas de aço com outros elementos, como por exemplo o
manganês (Mn) que substitui parcialmente o níquel. Outra adição possível é a
adição de nitrogênio em aços com alto teor de cromo, que tende à melhorar os
aços após a têmpera.
O custo do kg do aço inox 304 no mercado brasileiro está em R$23,05
reais, esse é o valor médio considerando a diferença de preço devido as varias
dimensões e formas comercializadas em diferentes fabricantes e distribuidores.
3.3 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES MECÂNICAS DO ALUMINIO
6351.
O alumínio é o terceiro metal mais abundante na crosta terrestre e
apresenta-se em sua forma natural combinado com oxigênio e outros
elementos (BUDD, 1999); tem estrutura cfc, alta ductilidade a temperatura
ambiente e relativa facilidade de se usinar (HAMADE e ISMAIL, 2005).
Comparado aos outros metais de engenharia possui temperatura de fusão
baixa em torno de 659°C (CALLISTER, 2002).
Desde o início de sua produção, por volta de 1886, era através do
método Hall-Heroult de redução eletrolítica (Figura 7), esse processo foi
desenvolvido de maneira independente por Charles Hall e Paul Heroult, sendo
que a sua produção passou de pouco mais de 45000 toneladas para mais de
25 milhões de toneladas (COCK 1999).
Uma boa referência do crescimento da produção de alumínio se baseia
na aplicação na indústria automobilística, que vem aumentando
incessantemente.
31
Figura 7 – Esquema do processo de Hall-Heroult
Fonte: http://moz-artigos.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html, 2015.
A Liga 6351 tem como elementos principais de liga o Magnésio e o
Silício, é geralmente indicada em aplicações estruturais, onde uma média a alta
resistência mecânica é exigida. Disponível nas formas de vergalhão, tubo e
perfis estruturais. Este metal oferece boa resistência mecânica, alta resistência
à corrosão, boa conformabilidade em têmperas O e T4, boa soldabilidade,
porém não apresenta boa brasabilidade e boa extrudabilidade (METALS
HANDBOOK, 1992). É tratável termicamente e suscetível a anodização
somente com fins de proteção.
QUADRO 8 - Propriedades mecânicas do alumínio 6351.
Fonte: http://www.alumicopper.com.br/produtos_aluminio_6351.html, 2015.
32
O custo do kg do alumínio 6351 no mercado brasileiro está em
R$27,20 reais, esse é o valor médio considerando a diferença de preço devido
as varias dimensões e formas comercializadas em diferentes fabricantes e
distribuidores.
Para auxiliar na escolha do material adequado será utilizado uma
matriz de decisão, essa é uma ferramenta de apoio e que permite uma análise
de aspectos relevantes.
QUADRO 9 – Matriz decisão materiais.
Fonte: OS AUTORES, Curitiba, 2015.
Após um estudo detalhado dos materiais pré-definidos o aço 1020 se
mostrou o mais adequado para as necessidades do projeto. Para corrigir a
deficiência do material em relação a corrosão será feito uma pintura
eletrostática a pó. Quando uma peça é pintada com pó químico, esta recebe
uma carga elétrica oposta à peça, fazendo com que o pó se fixe na peça. Após
tal procedimento, a peça é levada à uma estufa. Quando a estufa aquece, a
tinta se liquefaz e posteriormente endurece, formando uma película de alto
acabamento, uniformidade e resistência.
ALUMINIO 6351 AÇO 1020 AÇO INOX 304
4
IMPORTÂNCIA DO
CRITÉRIO
5 3 3
3
PESO
RESISTÊNCIA
MECÂNICA
PREÇO
RESISTÊNCIA
DESGASTE
5
1 5 25
3 5 5
MANUTENÇÃO 3 2 5 3
3 4 4
CORROSÃO 5 5 1 4
80 94 88NOTA TOTAL
33
4. DIMENSIONAMENTO
Esse capítulo destina-se ao dimensionamento dos principais elementos
que constituem o Elevador Móvel Multiuso, como a estrutura principal, cabo de
aço, parafusos de fixação e plataforma.
4.1 QFD
Com tantos modelos e diversas utilidades, não são encontrados
modelos de elevadores móveis de fácil locomoção onde qualquer usuário
(possa ter um desse equipamento) em sua casa, por tal motivo está se
desenvolvendo com a necessidade de um cliente para elevar cargas de
concreto a um piso superior em obras de construção civil onde possa ser
transportado em diversas obras com uma facilidade maior que guindastes,
gruas etc; e com um preço que seja mais acessível que os guindastes
tesouras sobre rodas. O cliente exigiu um produto com baixa frequência de
manutenção, fácil reposição de peças, alta durabilidade e com uma montagem
e desmontagem simples para que facilite o deslocamento. Para executar o
projeto estão sendo usadas ferramentas de engenharia tais como
BenchMarking e QFD, que serão mostradas a seguir:
Para atender exigências do cliente e correlacionar o que se precisa de
melhor, usa-se a casa da qualidade, importâncias do projeto são evidenciadas
com notas, e relações cruzadas, no telhado mostra-se pontos positivos e
negativos que terão no projeto como explica a figura 6.
Figura 8 – Casa de qualidade
FONTE: REIS, 2012.
34
Levantado os requisitos principais do cliente e definidas suas
importâncias, parte-se para a aplicação na Matriz QFD Quality Function
Deployment, onde será correlacionado com os parâmetros de projeto e assim
pesa-se a importância de cada um, conforme (QUADRO 10).
Quando se analisa a ferramenta QFD do elevador móvel são visíveis
às preferências do cliente como vida útil, preço e capacidade de carga. Mas
como a ferramenta não aponta especificamente mensurada qual seria o
elevador ideal para um cliente, podendo ser relativo preço e capacidade de
carga dependendo do mesmo, foi realizada uma pesquisa para que esses
valores sejam mais claros para o decorrer do projeto, mesclando as duas
ferramentas (QFD e PESQUISA) tira-se de conclusão a escolha de um
material resistente e com custo dentro do orçamento para seu melhor
comércio, o aço SAE 1020 é um material acessível e com fácil manutenção,
por exemplo, soldas e cortes, porém tem de ser feito uma pintura superficial
para a não oxidação do material.
A capacidade de carga foi outro requisito destacado no QFD e aplicado
na pesquisa, tendo que uma capacidade de carga de 200Kg atende as
necessidades do operador/cliente, foi escolhida através de uma terceira
ferramenta o BenchMarking, e opta-se como melhor para o projeto um motor
standard da marca MotoMil 300kg/600Kg para atender preferências do cliente,
a ferramenta QFD teve seu objetivo concluído dentro do projeto, auxiliando e
norteando para que se tome atalhos e êxito do elevador, tal ferramenta também
serve para que o projetista tenha visão e uma opinião diferente da sua, assim
fazendo que se atualize e tenha novas opções para projetos futuros.
35
QUADRO 10 - QFD
36
4.2 FMEA
O FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) é um método de análise de
produtos ou processos usado para identificar todos os possíveis modos
potenciais de falha e determinar o efeito de cada um sobre o desempenho do
sistema (produto ou processo), mediante um raciocínio basicamente dedutivo
(não exige cálculos sofisticados). É, portanto, um método analítico padronizado
para detectar e eliminar problemas potenciais de forma sistemática e completa
(STAMATIS, 1995). É útil para documentar de forma organizada os modos e os
efeitos de falhas de componentes, ou seja, investiga-se o componente a fim de
levantar todos os elementos, incluindo as ações inadequadas do ser humano,
que possam interromper ou degradar o seu funcionamento e/ou do sistema ao
qual o componente pertença (SIMÕES, 2004). Assim, de acordo com Maddox
(2005), essa ferramenta constitui uma das técnicas de análise de risco mais
utilizadas no domínio de engenharia de produto, a qual analisa os possíveis
modos de falhas dos componentes de um sistema e indica os efeitos e a
criticidade destas falhas sobre outros componentes e sobre o sistema. O FMEA
é altamente subjetivo e requer um trabalho considerável de suposição em
relação às possibilidades e a sua prevenção. Em alguns casos, a prevenção de
problemas de projeto através de ações de produção pode ser mais barata e
constituir o caminho mais curto, este princípio é conhecido como relevância das
etapas posteriores ou “Princípio da Relevância”. Prevenir problemas de
processo utilizando uma ação de projeto, em alguns casos, pode ser a
estratégia mais eficiente e eficaz. (PALADY, 1997).
O FMEA traz junto as análises pontos específicos a serem notados em
um processo e/ou produto para assim ter uma maior confiabilidade e uma
certificação de pontos críticos, obviamente que não é somente analisar e sim
também ter soluções para certificar que o defeito realmente não ocorra, mas se
ocorrer, esses dados devem ser coletados para a realização de uma nova
análise e novas causas de efeitos, no (QUADRO 11) foram colocados pontos
que podem ser críticos em um processo e no produto, junto a eles também
soluções e indicações para prevenir o defeito.
37
QUADRO 11 - FMEA
38
4.3 CALCÚLOS DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA
O elevador de 4,15 metros apoiado a um ângulo de 75 graus seguindo
suas normas terá uma alcance de 4 metros de altura e uma capacidade de 250
kg de elevação, para garantir que o dispositivo suportará tal carga são
necessários cálculos estruturais da viga do elevador, pois o mesmo que sofrerá
a maior carga no dispositivo.
Para identificar corretamente todas as forças e momentos potenciais de
um sistema, é necessário desenhar corretamente o diagrama de corpo livre.
Com referencias da bibliografia de Norton esses (DCLs) devem mostrar
um esboço geral do formato da parte, indicando todas as forças e momentos
que agem sobre o elemento quando forças e/ou momentos de ligação nos
locais de contatos entre as partes adjacentes do conjunto ou sistema.
Fonte: HIBBELER, 2010.
Figura 9 – Diagrama plano inclinado
Peso = 250 kg x 9,81
Peso= 2452,5 N
Θ= 75 graus
∑
39
∑
Quando fazemos carregamentos pontuais com cargas e/ou esforços
utiliza-se uma ferramenta de visualização das componentes, chamada de
diagrama de corpo livre (DCL).
Figura 10 - Diâgrama corpo livre.
Fonte: Os Autores.
Com esses cálculos é possível encontrar tensões máximas e atribuir as
potencias falhas por cargas de um sistemas se correlacionado junto aos
cálculos e gráficos de momentos fletores.
Equação 1 - Força resultante
√
(1)
40
√
Para se obter o momento máximo fletor usa-se:
Equação 2 - Momento fletor.
(2)
Figura 11 – Diagrama momento fletor.
Fonte: HIBBELER, 2010.
Segundo Norton (2004) vigas são elementos muito comuns em
estruturas e máquinas de todos os tipos.
Qualquer peça apoiada sujeita a esforços transversais a seu
comprimento atuará como uma viga. As vigas geralmente são sujeitas a uma
combinação de tensões normais e de cisalhamento distribuídas em suas
seções transversais.
Por tal motivo os cálculos de cisalhamento para que o mesmo não
ocorra no protótipo.
Com base nos cálculos também é plotado um gráfico para melhor
entendimento das forcas geradas no elevador.
41
GRÁFICO 8 – Forças geradas em Kg/f
Fonte: Os Autores, 2015.
Para obtenção dos esforços no cisalhamento usa-se o carregamento
com a carga concentrada, e assim facilitar os demais cálculos.
Figura 12 – Diagrama força cortante.
Fonte: HIBBELER, 2010.
A força resultante é obtida a partir da equação 1
Equação 3 – Força resultante
(
) (3)
(
)
42
Onde:
= força resultante ponto de apoio 1.
= força resultante ponto de apoio 2.
= força resultante do ponto concentrado.
= comprimento total da barra.
= distância até o ponto de carga concentrada.
Para o problema em questão temos:
(
)
(
)
43
Cálculo de momento de inércia para dimensionamento do tubo e perfil.
Fonte: http://www.mspc.eng.br/matr/resmat0530.shtml, 2015.
Tubos e perfis comerciais
Perfil C
QUADRO 12 – Tubos e perfis comerciais
Fonte: http://www.acoscontinente.com.br/secao/27/perfil-u-estrutural---simples,
2015.
A viga de perfil “C” será usada como guia dos rolamentos, que são
fixados na plataforma, esse perfil também ajudara na sustentação da estrutura,
pois será montado em conjunto com outra viga de perfil retangular. A
espessura da parede escolhida foi de 2mm, para aguentar o esforço exercido
pelos rolamentos da plataforma durante o trabalho com carga.
44
Tubo retangular
QUADRO 13 – Medidas tubo retangular comercial
Fonte: http://www.acoscontinente.com.br/secao/27/perfil-u-estrutural---simples,
2015.
A viga de perfil retangular sustentará junto com a viga de perfil “C” toda
a estrutura do Elevador Móvel. Foi escolhido um perfil com as dimensões
80mmx40mm com uma parede de 1,2mm, visando a maior resistência em
relação ao peso.
Cálculo de momento de inércia do tubo retângular de 80x40x1,2(mm).
O momento de inércia é obtido como segue, a partir da equação 2:
Equação 4 – Momento de inércia.
(4)
Onde:
= momento de inércia.
= base externa (mm).
= altura externa (mm).
= base interna (mm).
45
= altura interna (mm).
Para o problema em questão temos:
Cálculo de momento de inércia do perfil C de 75x38x2(mm).
(4)
O cálculo da tensão máxima é obtido como segue, a partira da equação 3:
Equação 5 – Tensão máxima.
(5)
Onde:
= tensão máxima.
= momento fletor máximo.
= distância do centro.
= momento de inércia total.
46
A tensão máxima será distribuída em 2 vigas:
Usando o coeficiente de segurança (Cs) igual a 8:
Com os valores obtidos e analisados por tabelas, certifica-se que o material
adequado a ser utilizado é o aço SAE 1020, como mostra o (QUADRO 14),
esse material se mostrou adequado também ao degrau a seguir calculado.
4.4 DIMENSIONAMENTO DO DEGRAU.
Para o dimensionamento do degrau que fara a união das vigas da
“escada” usa-se a mesma base de cálculo da viga, porém agora com valores
diferentes, pois o peso se altera.
Quando desacoplado o conjunto motriz do elevador, o mesmo pode ser
utilizado como uma escada de mão. Visando um bom uso e diversas
aplicações os degraus foram calculados para uma pessoa de até 150 quilos, e
seu coeficiente de segurança de dois, isso significa que a base de calculo do
degrau é do dobro do peso especificado, ou seja, os degraus suportam até 300
quilos.
A distância das vigas está separada pelos degraus que tem uma
medida de 50 centímetros de entre vão, assim também calculado a seguir.
Cálculo de momento fletor máximo no degrau é obtido como segue, a
partir da equação 6:
47
Equação 6 – Momento fletor máximo.
∑
(6)
Onde:
= força (N)
= ⁄ .
= distância total em (mm)
Para o problema em questão temos:
∑
∑
√
(1)
Figura 13 – Diagrama momento fletor degrau
Fonte: HIBBELER, 2010.
48
Figura 14 – Diagrama força cortante degrau
Fonte: HIBBELER, 2010.
Cálculo de momento de inércia utilizando um tubo retangular de
30x30x2(mm).
Equação 4 – Momento de inércia degrau
(4)
Cálculo de tensão máxima para a escolha do material usando 2 de coeficiente
de segurança.
Equação 5 – Tensão máxima degrau.
(5)
132,63 MPa
49
Com os valores obtidos e analisados por tabelas abaixo, certifica-se que o
material adequado a ser utilizado é o aço SAE 1020.
QUADRO 14 – Propriedades do aço.
Fonte: http://www.acoscontinente.com.br/secao/27/perfil-u-estrutural---simples,
2015.
4.5 DIMENSIONAMENTO CABO DE AÇO
Os cabos de aço são formados por diversos fios, de bitola em geral
entre 0,4 a 5mm aproximadamente, que se enrolam helicoidalmente. São
fabricados com aço ABTN 1060 ou 1070. São compostos pelo enrolamento
helicoidal de diversas pernas em torno de um núcleo central chamado alma.
Essas pernas, por sua vez, também são compostas pelo enrolamento helicoidal
de arames em sucessivas camadas, cujas bitolas podem ou não serem
idênticas.
50
Figura 15 – Composição do cabo de aço
Fonte: http://www.moveconsult.com.br/cabos.php, 2015.
O dimensionamento do cabo de aço é de fundamental importância para
a segurança dos usuários. Cabe salientar que para cada aplicação de máquina
de elevação e transporte existe um cabo de aço ideal e coeficiente de
segurança. O diâmetro do cabo é definido a partir da carga de ruptura mínima
que o mesmo suporta, esses valores de ruptura mínima são tabelados.
De acordo com a norma DIN 15020, o diâmetro mínimo de cabo admissível é
obtido como segue, a partir da equação 7:
Equação 7 – Minimo diâmetro de cabo admissível.
√ (7)
Onde:
dm= mínimo diâmetro do cabo admissível em mm
k= coeficiente dado pelo (QUADRO 15) em mm /√
F= solicitação do cabo em kg
51
QUADRO 15 – Classificação cabos de aço para cálculo de resistência
Fonte: PALADINE, 2013.
O coeficiente de segurança para cabos de aço com aplicação em
elevadores de obra (elevadores de carga), varia de 8 a 10, como mostra o
(Quadro 16).
QUADRO 16 – Coeficiente de segurança para cabos de aço
Fonte: SOARES, 2013.
Para o cálculo do dimensionamento do cabo de aço, será adotado o
coeficiente de segurança 8. A capacidade máxima do elevador de carga é de
300kg.
52
A capacidade exigida do cabo é obtida como segue, a partir da
equação 8:
Equação 8 – capacidade de carga do cabo.
C=F.S (8)
Onde:
C= capacidade exigida do cabo
F= força atuante no cabo
S= fator de segurança
Para o problema em questão temos:
C= 300 . 8 → C= 2400kgf
O motor utilizado para puxar o cabo de aço tem a velocidade de
10m/min, a altura máxima que o elevador de carga chegara é igual a 4m,
desconsiderando o tempo gasto para carregar e descarregar, teremos um ciclo
a cada 48seg, chegando num total de 75 ciclos por hora. Voltando no (Quadro
15) classificação dos cabos de aço para cálculo de resistência, temos que o K
usado para sistemas com mais de 60 ciclos por hora é igual a 0,38.
O diâmetro médio do cabo é definido como segue, a partira da equação 7:
Equação 7 – diâmetro médio do cabo.
√ (7)
√
53
QUADRO 17 – Classificação de resistência cabos de aço.
Fonte: http://www.torame.com.br/cabos-de-aco-em-sao-paulo.html
Consultando o (Quadro 17) para classificação de resistência dos cabos
de aço, chegamos ao cabo de medida 1/4 pol ou 6,40mm com uma resistência
mínima de 2480kgf, valor superior ao encontrado para C= 2400kgf. A alma do
cabo deve ser de fibra, este tipo de alma proporciona maior flexibilidade ao
componente, característica necessária, pois o mesmo é enrolado
ordenadamente ao tambor do motor quando acionado para elevação da carga.
A torção do cabo deve ser do tipo Lang, onde os arames das pernas tem o
mesmo sentido de torção das pernas no cabo de aço, proporcionando maior
flexibilidade, tendo maior resistência a abrasão e a fadiga de flexão. Fica
especificado para uso nesse projeto o cabo de aço ¼ (6,40mm) AF (alma de
fibra) 6x37/6x41 IPS (Improved Plow Steel) com torção Lang.
54
4.6 DIMENSIONAMENTO DOS PARAFUSOS DE FIXAÇÃO DO MOTOR.
De acordo com o dicionário, por definição, o parafuso é uma peça
cônica ou cilíndrica, estriada em hélice, que se embute girando, seja em outra
peça (porca) atarraxada em sentido contrário, seja num meio resistente, por
efeito combinado de rotação e pressão.
Os parafusos são utilizados tanto para unir peças, como no caso dos
parafusos de fixação, quanto para mover cargas, como no caso dos parafusos
de potência, ou parafusos de avanço. Parafusos de fixação podem ser
arranjados para resistir a cargas de tração, de cisalhamento ou ambas.
O elemento comum entre os vários fixadores é a rosca. Em termos
gerais, a rosca é um filete que faz com que o parafuso avance sobre o material
ou porca quando rotacionado. As roscas podem ser externas (parafusos
atarrachante) ou internas (porcas de furos roscados).
Após a Segunda Guerra Mundial, foram padronizados na Inglaterra, no
Canadá e nos EUA no que hoje se conhece como série Unified National
Standard (UNS). O padrão europeu é definido pela ISO e tem essencialmente a
mesma forma da seção transversal da rosca, usamos, porém, dimensões
métricas e, portanto, não é intercambiável com as roscas UNS (FIORE, 2010).
UNS (americana) -> ângulo 60° -> fios por polegada.
ISO (métrica) -> ângulo 60° -> passo em mm.
Withworth -> ângulo 55° -> fios por polegada.
O comprimento L da rosca é a distância que uma rosca avançará
axialmente com a revolução da porca. Se for uma rosca simples (com uma
entrada) o avanço irá igualar o passo. Parafusos podem ser feitos com roscas
múltiplas, também chamadas de rosca de múltiplas entrada (SHIGLEY, 2005).
Avanço = Passo x Nº de entradas.
As roscas múltiplas têm a vantagem de avançar mais rapidamente
sobre a porca com capacidade de transmitir maior potência. As rosca simples
resistem mais à vibrações, resistindo mais ao afrouxamento.
55
Três séries padrão de famílias de diâmetro primitivo são definidas para
as roscas de padrão UNS, passo grosso (UNC), passo fino (UNF) e o passo
extrafino (UNEF). Série grossa: aplicações comuns que requerem repetidas
inserções e remoções do parafuso ou onde o parafuso é rosqueado em
material mole. Série fina: mais resistentes ao afrouxamento decorrente de
vibrações que as roscas grossas por causa de seu menor ângulo de hélice.
Série ultrafina: utilizadas onde a espessura do passo é limitada e suas roscas
pequenas são uma vantagem (SHIGLEY, 2005).
Segundo FIORE (2010), os padrões Unified National e ISO definem
intervalos de tolerância para roscas internas e externas de maneira a controlar
seu ajuste. A UNS define 3 tipos de classes chamadas 1, 2 e 3. A classe 1
possui as tolerâncias mais largas e utiliza fixadores de “qualidade comercial”
(pouco custosos) para o uso casual em residências, etc. a classe 2 define
tolerâncias mais estreitas para uma melhor qualidade de encaixe entre as
partes e é adequado para uso geral em projeto de máquinas. A classe 3 é de
maior precisão e pode ser especificada quando ajustes mais precisos são
requeridos. O custo aumenta com classes de ajustes mais altas. Outra
designação diferencia roscas A (externas) e B (internas). Exemplo de
especificação:
ROSCA UNS: ¼ – 20 UNC – 2A
Rosca externa de diâmetro 0,25 inch (polegada) com 20 fios por polegada,
série grossa, classe 2 de ajuste.
ROSCA MÉTRICA: M8 x 1,25
Rosca ISO comum de 8 m de diâmetro por 1,25 mm de passo de hélice.
Todas as roscas padrão são de mão direita (RH – right hand) por
padrão, a menos que haja especificação em contrário por adição das letras LH
(left hand) à especificação.
Uma rosca direita afastará a porca (ou parafuso) de você quando um
ou outro componente for girado na direção dos ponteiros do relógio.
56
Se um parafuso é submetido a uma carga de tração pura, é de se
esperar que sua resistência seja limitada pela área de seu diâmetro menor (da
raiz) dr. Contudo, testes mostram que a sua resistência à tração é melhor
definida para média dos diâmetros menor e primitivo.
A área sob tração AT, é definida como:
Equação 9 – Área sob tração.
(9)
Onde para roscas UNS:
Equação 10 – Diâmetro primitivo UNS.
(10)
Equação 11 – Diâmetro de raiz UNS.
(11)
E para roscas ISO:
Equação 12 – Diâmetro primitivo ISO.
(12)
Equação 13 – Diâmetro de raiz ISO.
(13)
Com:
d = diâmetro externo
N = número de filetes por polegada
p = passo em milímetros
57
A tensão em uma barra rosqueada devido a uma carga axial de tração
F, é então:
Equação 14 – Tensão parafuso.
(14)
No dimensionamento, as peças a serem calculadas deverão resistir as
cargas com segurança. Para isto, admitem-se apenas deformações elásticas,
portanto, a tensão de trabalho fixada deve ser inferior à tensão de escoamento
do material.
A esta tensão que oferece a peça uma condição de trabalho sem
perigo, chamamos de tensão admissível. Seu valor é determinado dividindo-se
a tensão de resistência do material ( ou ) por um coeficiente “S” chamado
de coeficiente de segurança.
Equação 15 – tensão admissível com coeficiente de segurança.
(15)
ou
O coeficiente de segurança é uma relação entre as tensões de
resistência e admissível do material, medido em MPa. Em princípio, o
coeficiente de segurança é determinado levando-se em consideração diversos
fatores parciais, tais como, fator em função da homogeneidade do material,
fator em função do tipo de carga a ser aplicado, fator em função de causas
desconhecidas, etc.
Para os cálculos de resistência adotaremos os valores de coeficientes
de segurança já consagrados pela prática, baseados na qualidade do material
e no tipo de carga aplicada à peça.
58
Existem basicamente quatro tipos de cargas:
Carga Estática- Ocorre quando uma peça está sujeita a carga
constante, invariável ao decorrer do tempo e aplicada lenta e gradualmente.
EX: Vigas
Carga Intermitente- Ocorre quando uma peça está sujeita a uma
carga variável de zero a um valor máximo, sempre com a mesma direção e
sentido. EX: dentes das engrenagens.
Carga Alternada- Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga
variável na mesma direção, mas com sentido contrario. EX: Eixos Rotativos.
Carga de Choque- Ocorre quando uma peça está sujeita a variação
brusca ou a de choque. EX: Componentes de Prensas.
Os valores de COEFICIENTE DE SEGURANÇA para cada tipo de
carga e material estão representados no (Quadro 18) a seguir:
QUADRO 18 – Coeficientes de segurança materiais x tipo de cargas.
Fonte: Apostila Resistência dos Materiais, IFSP, Prof. Luiz Gustavo.
Será usado o parafuso de classe 8.8 com rosca ISO de passo 1,25mm
para o dimensionamento, a fixação do motor será feita por 4 parafusos, cada
parafuso deverá aguentar uma carga de 300kgf de tração, que é a carga
máxima suportada pelo elevador de carga, aumentando ainda mais a
segurança e confiabilidade do sistema. Esse componente será super
dimensionado por ter um baixo custo, e ser de extrema importância para a
segurança do usuário.
59
A classe 8.8 apresenta uma resistência mínima de escoamento de 640
(Mpa), como podemos ver no (Quadro 19), e no (Quadro 18) dos coeficientes
de segurança se enquadra na categoria de aço duro, o tipo de carga é a
alternada, seguindo essas definições temos que o coeficiente de segurança
que será utilizado para o calculo da tensão admissível é o 8.
QUADRO 19 – Valores nominais segundo a classe de resistência.
Fonte: GARCIA, 2013.
Usando:
Equação 15 – Tensão admissível com coeficiente de segurança.
(15)
e substituindo os valores temos:
80 (Mpa) ou 815,77 Kgf/cm²
Conhecendo a tensão admissível calcula-se o (diâmetro de raiz).
60
Transformando a equação (14) temos:
→
→ √
√
√
→
Conhecendo o calculamos o d (diâmetro externo) usando a equação (13).
= d – 1,226869 . p → d= + 1,226869 . p
d= 6,843 + 1,226869 . 1,25
d= 8,38mm
Normalizando – parafuso de classe 8.8 M10 x 1,50.
Para verificar a resistência do parafuso dimensionado usamos a equação (14):
= d – 0,649519 . p → = 10 - 0,649519 . 1,50
= 9,025mm ou 0,9025cm
Aplicando o resultado na equação (13) :
= d – 1,226869 . p → = 10 – 1,226869 . 1,50
= 8,160mm ou 0,8160cm
Com os resultados encontrados com as equações (13) e (14) aplicados na
equação (9) temos:
61
(
) (9)
(
)
0,5799cm²
Aplicamos o valor obtido na equação (9), para chegar ao valor da tensão de
tração (14):
(14)
517,33kgf/cm²
A tensão de tração sofrida pelo parafuso (517,33kgf/cm²) é menor que a
tensão admissível (815,77kgf/cm²), isso mostra que a resistência do
parafuso é suficiente para a carga aplicada.
62
6. LAYOUT E CUSTOS.
Figura 16 – Layout linha de montagem
A figura 15 ilustra um processo de fabricação do elevador móvel, onde
seis operários executam trabalhos específicos para evitar erros de fabricação
e/ou montagem do mesmo.
63
Figura 17 – Balanceamento de atividades cíclicas
Com a estimativa de tempo de produção no setup da figura 12, é
conhecido que o gargalo ficará no setor de soldagem, o mesmo pode ser
otimizado colocando dois soldadores para o melhor balanceamento do
processo.
64
QUADRO 20- Custos e valores
65
GRÁFICO 9- Importância por valor
Como informações do relatório de custos e analisando o gráfico pode-
se perceber que o motor é a peça do sistema que mais tem porcentagem no
66
valor total, uma solução para a diluição dos valores seria a compra dos
mesmos em grande quantidade, ou até mesmo procurar uma solução interna
para a fabricação do componente, motor.
Para trabalhos futuros e melhoria do custo do produto seria algo à se
estudar a viabilidade da fabricação de um motor, o motor de 1,5 cv tem seu
funcionamento por cabos de aço, alimentação 220V e fixação por ganchos de
metal, algo que no mercado encontra-se com uma certa facilidade podendo ser
uma grande solução para abaixar o valor agregado e ter um aumento de lucro
nesse quesito. Outro fator é que as garantias e manutenções poderiam ser
feitas completamente dentro da planta sem a dependência de terceiros
envolvidos, também visando um aumento de lucros.
7. PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Figura 18-Tubos de aço carbono comercial
Vigas de aço comercial com medidas padrão de 6 metros comprados
na Ditual Distribuidora de tubos e aços ltda.
Material comprado:
Tubo retangular 080x040x120 (2BR) 27,44 Kg
Perfil “U”75x40x2,00 (2BR) 29,30 Kg
Tubo retangular 030x020x1,50 (1BR) 6,92 Kg
Peso total 63,660 Kg
67
Figura 19- Corte das vigas
Recorte das vigas, esse processo foi realizado com a necessidade de
colocar as medidas conforme os cálculos de 4150 mm, como esse é o protótipo
número 1, foram utilizadas ferramentas básicas como esquadro, trena entre
outros, mas com o aumento de produção será necessário à fabricação de um
gabarito para ter melhor confiabilidade na metrologia do elevador.
68
Figura 20- Solda MIG
Após os recortes começam as uniões entre as vigas, degraus e trilhos
por onde se passa o rolamento da plataforma elevatória, essa união foi
realizada com soldas MIG (Metal Inerte Gás), tal solda tem a característica de
um bom acabamento e fácil manuseio para o operador, o arame de fusão
utilizado é o modelo ER70S6 0,8 mm, indicado para de aços de baixo carbono.
Figura 21- União dos membros
69
Figura 22- Construção da Plataforma
A construção da plataforma apesar de simples requer um cuidado
especial, pois o não alinhamento de alguma das peças pode ser prejudicial ao
funcionamento do elevador, podendo travar ou até mesmo colocar a carga em
queda.
Figura 23- Plataforma Completa
70
Figura 24- Usinagem do eixo
A construção do eixo da plataforma foi realizada em um mini torno manrod,
para ter uma melhor segurança do rolamento no eixo usou-se uma interferência
de uma décima de milímetro.
Figura 25- Eixo com rolamento
71
Figura 26- Acabamento do motor
Na fase de acabamentos, que também servem para a proteção e
segurança no equipamento, uma chapa de alumínio foi colocada na lateral do
motor, essa chapa é utilizada como uma tampa para a não infiltração de água
dentro dos tubos expostos, em outros tubos utilizou-se tampas plásticas para a
mesma função.
Figura 27- Pé de borracha
Pés de borracha para ter maior aderência do equipamento e evitar a
entrada de terra na utilização de um terreno diversificado.
72
A pintura também é outro fator de acabamento que fará com que a
duração do produto se torne maior e evitando oxidações que possam ocorrer
em contato com o meio externo.
Figura 28- Elevador montado
73
Equipamento montado em teste, lembrando que não é permitido o
transporte de pessoas no mesmo.
O elevador satisfez as necessidades como o esperado e cumpriu sem
papel, também foi elevado em testes, cargas de até 250Kg sem algum
problema, porém as cargas devem ser fracionadas de no máximo 23Kg, assim
atendendo normas de ergonomia NR15, onde diz que uma pessoa pode
transportar ou mover cargas de no máximo 23Kg, uma segunda base para
uma retirada de carga mais ergonômica fica em aberta para trabalhos futuros e
pesquisas para tal melhoria.
O ganho de tempo é outro fator que será vantajoso na utilização do
elevador móvel, pois o mesmo pode elevar a carga sem esforço físico do
operador e em uma velocidade em média 4,6 vezes mais rápidas conforme
tempos cronometrados em um dia em obras civil de até 3 metros por andaimes.
OPERADOR 1 5 minutos 4 minutos 4,5 minutos
OPERADOR 2 6 minutos 5 minutos 5 minuitos
OPERADOR 3 4 minutos 4 minutos 4,5 minutos
ELEVADOR 1 minuto 1 minuto 1 minuto
QUADRO 21- Analise de tempo de transporte
74
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A proposta desse trabalho teve como objetivo final a definição de um
elevador móvel que atendesse os requisitos do cliente e finalmente possa ser
utilizada na construção civil, para a qual foi definida. Portanto, como
consideração final do trabalho apresentado é possível afirmar que os requisitos
do cliente serão atendidos, com o protótipo em testes realizados, segundo
esforços que serão encontrados durante a utilização do equipamento.
Como sugestão para trabalho futuro, sugere-se uma pesquisa para
produção em escala deste modelo de elevador, desta forma poderá ser
determinado, conforme o volume de produção, o custo final do elevador. O
dimensionamento das vigas e os degraus também demandaram um tempo
considerável até a definição final destes componentes. A falta de gabaritos
para a fabricação dificultou bastante o processo, tomando muito tempo para as
medições e alinhamento das peças, para uma produção em escala o uso dessa
ferramenta será indispensável.
O resultado obtido nesse trabalho fornece meios para a continuidade,
onde um dos objetivos é melhoria continua do produto, sempre visando o
melhor e mais pratico para o cliente, também pode ser continuo um método
para alongamento do equipamento, tendo mais alcance de elevação cargas,
outra plataforma para o auxilio de retirada da carga, assim podendo mover a
carga compactada e não mais fracionada como tal desenvolvida neste projeto.
75
10. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS.
Desenvolvimento de uma plataforma móvel, de maneira que facilite a
retirada da carga.
Desenvolvimento de um dispositivo para desativar o motor quando a
plataforma chegar ao seu fim de curso na parte inferior do elevador.
Desenvolvimento de uma gaiola de proteção para a plataforma, com a
finalidade de transportar pessoas.
Fabricação de gabaritos para a medição e alinhamento dos
componentes na construção do produto.
Para evitar possíveis problemas com o Elevador Móvel, é
recomendado que:
Em nenhuma hipótese, seja transportada uma carga superior ao limite
de peso permitido (250kg).
A troca dos parafusos de fixação do motor a cada duas desmontagens
também é uma recomendação a ser seguida, por questão de segurança.
A fonte de alimentação obrigatoriamente tem que ser de 220V, para o
pleno funcionamento do motor.
76
11. REFERENCIAS
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Special-Purpose Materials, Vol. 02x21, 10º Ed. 1992.
BUDD, G. Resources and Production of Aluminium. Birmingham: European
Aluminium Association. 1999.
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Inox Brasil. 2008. 29 p.
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Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de
empresas. São Paulo: Pioneira, 1997.
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WESTERN STATES COMMUNICATION ASSOCIATION, 64th, Albuquerque,
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prevenindo problemas antes que ocorram. São Paulo: IMAM, 1997.
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78
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WALMART, Pesquisa para Benchmarking, disponível em:
http://www.walmart.com.br. Acesso em 21 Jul. 2015.
79
APENDICES
40
80
1,20
415
0
1
VIGA DE SUSTENTAÇÃO
PINTURA EPOXI TOLERÂNCIA +- 1mm
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:50 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
VIGA
2
75
71
415
0
75 pintura epoxi tolerancia +-1mm
Pista para rolamento
2
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:50 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
PERFIL C
2
580
30
580
3
pintura epoxi
DEGRAU DE UNIÃO DAS COLUNAS
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:5 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
DEGRAU
50
,80
1,2
0 80
40
300
BASE INFERIOR PARA O MOTOR
PINTURA EPOXI TOLERÂNCIA +- 1mm
4
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:5 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
suporte do motor 4
40
1,20
80
150
150
pintura epoxi tolerância +- 1mm
Suporte inferior pequeno do motor
5
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:2 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
suporte pequeno motor
50,80
50,80
500
6
suporte sustentação do motor
pintura epoxitolerancia de +- 1mm
8 7
A
B
23456 1
578 246 13
E
D
C
F F
D
B
A
E
C
DESEN.
VERIF.
APROV.
MANUF.
QUALID
SE NÃO ESPECIFICADO:DIMENSÕES EM MILÍMETROSACABAM. SUPERFÍCIE:TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR:
ACABAMENTO: REBARBAR EQUEBRARARESTASAGUDAS
NOME ASSINATURA DATA
MATERIAL:
NÃO MUDAR ESCALA DO DESENHO REVISÃO
TÍTULO:
DES. Nº
ESCALA:1:5 FOLHA 1 DE 1
A3
PESO:
tubo do motor
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