View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
1
Mensagens sobre os Agrotóxicos: um estudo dos recursos comunicativos
em algumas revistas e jornais brasileiros
Maria Elizabete Barretto de Menezes Lopes
Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Ecologia Aplicada - ESALQ/CENA - Ambiente e Sociedade meblopes@esalq.usp.br
Sílvio Sandoval Zocchi
Prof. Dr. Departamento de Ciências Exatas - ESALQ/USP - sszocchi@esalq.usp.br
Resumo O presente estudo objetivou analisar os recursos comunicativos utilizados pela mídia impressa, como estratégias para atrair os leitores às abordagens sobre os agrotóxicos. A metodologia consistiu em contar o número total de fotos, ilustrações, infográficos, mapas e figuras presentes nas matérias jornalísticas relacionadas ao assunto. Para tanto, selecionou-se revistas e jornais de informação geral como a “Veja” e “Caros Amigos”, bem como o “Jornal de Piracicaba”, além dos seguintes veículos especializados na área agropecuária: as revistas “Globo Rural”, “A Granja” e “Balde Branco”, o “Suplemento Agrícola” e o caderno “Agrofolha”, dos jornais “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo”, respectivamente. Considerou-se para a revista “Caros Amigos” o período de 12 meses, correspondendo ao ano de 2007; para o “Suplemento Agrícola” e para a “Agrofolha”, 13 meses, transcorridos entre julho de 2007 a julho de 2008; para o “Jornal de Piracicaba” e a “Folha de S. Paulo”, o mês de janeiro de 2008; para a revista “Veja”, utilizou-se os períodos referentes ao ano de 2007 e de janeiro a julho de 2008, totalizando 19 meses. As revistas “A Granja”, “Balde Branco” e “Globo Rural” foram analisadas durante 20, 27 e 25 meses, respectivamente, em períodos que iniciaram em 2005, para as duas primeiras e em 2006, para a “Globo Rural”, até meados de 2008 para esses três veículos segmentados. Verificou-se que os veículos de comunicação amostrados reforçaram o discurso pró-agrotóxicos através da ampla utilização dos aspectos gráficos. Palavras-chave Agrotóxicos, mídia, elementos visuais Introdução
Agrotóxicos
Entre as importantes considerações relativas aos agrotóxicos, as aplicações simultâneas de vários
produtos no processo produtivo da agricultura brasileira necessitam ser repensadas. Os estudos para
determinar a quantidade de resíduos em um alimento são realizados para cada composto químico,
separadamente em certa lavoura. No entanto, associações constituídas de fungicidas, inseticidas e
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
2
herbicidas, por exemplo, são empregadas em um mesmo ciclo da cultura, de modo que seus
resíduos podem potencializar os problemas de contaminação ao consumidor final. Esse uso
irresponsável invalida os modelos protecionistas dos agrotóxicos, como o LMR1 e IDA2 criados pelas
organizações internacionais sob pressão das indústrias de agrotóxicos. Estes conceitos pressupõem
que certa quantidade de cada um dos produtos químicos presentes em alimentos pode ser absorvida
diariamente, pelo organismo, sem causar danos irreversíveis à saúde. No entanto, seus estudos são
efetuados em animais e há diferenças de sensibilidade em seres humanos. Além disso, é importante
esclarecer que uma das maiores dificuldades para o consumidor é o desconhecimento do que está
ingerindo, ou seja, nos rótulos dos produtos alimentícios não há informações sobre a existência de
resíduos de agrotóxicos.
O intenso uso desses produtos, no país, se torna ainda mais insensato quando culturas, com suporte
fitossanitário3 insuficiente, recebem aplicações de compostos que foram registrados para outras,
cujos estudos de resíduos já foram realizados. Tal utilização é considerada indevida porque os
produtores rurais necessitam da prescrição dos agrônomos, os quais, por sua vez, alteram os
receituários para atender essa solicitação. E assim, agrotóxicos são recomendados para uma
determinada cultura que não possui pesquisa quanto ao grupo químico, concentração do princípio
ativo e dose de utilização, por exemplo. Desse modo, e na maior parte das vezes, o uso de
agrotóxicos por área é excessivo e são constantes os excessos em gêneros alimentícios destinados
ao consumo.
Acrescentam-se, ainda, a comercialização ilegal e a negligência das fronteiras, principalmente da
América do Sul, que permitem o contrabando fácil, elevando-se ainda mais os casos de
envenenamentos e de doenças crônicas no Brasil.
1 Define-se Limite Máximo de Resíduo - LMR como a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico oficialmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa forma específica desde a sua produção até o consumo. É expressa em partes (peso) de agrotóxico ou seus resíduos por milhão de partes de alimento - em peso - ppm ou mg/kg de alimento. Sinonímia: tolerância. 2IDA - Ingestão Diária Aceitável ou Dose Diária Aceitável de um produto químico é a estimativa da quantidade de uma substância em um alimento e/ou bebida-água, expressa sobre uma base de peso corpóreo, que se ingerida diariamente durante toda a vida, parece não oferecer risco apreciável à saúde do consumidor, à luz dos conhecimentos atuais. É usualmente expressa em miligramas e/ou micrograma da substância por quilograma de peso corpóreo (padrão humano adulto). 3 Suporte fitossanitário refere-se aos agrotóxicos registrados para uma determinada cultura.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
3
Estudos relacionados aos impactos do uso dos agrotóxicos revelam que os trabalhadores rurais
podem sofrer intoxicações agudas, mesmo quando utilizam o Equipamento de Proteção Individual -
EPI, indicando que sua segurança é relativa. Além de esses equipamentos serem desconfortáveis e
difíceis de ser usados em climas quentes, o sistema de troca dos filtros das máscaras pelas indústrias
é outro agente complicador que leva ao incremento dos casos de envenenamentos. Em algumas
aplicações, notadamente através de pulverizadores costais, ocorre absorção desses produtos pela
pele, sobretudo quando as roupas do trabalhador ficam encharcadas. Nesses casos, ampliam-se os
riscos de contaminação, principalmente quando tais vestimentas são lavadas junto às da família, que,
por sua vez, se contaminam. Outra séria implicação que eleva os índices das intoxicações diz
respeito às pulverizações aéreas, proibidas na União Européia, mas ainda permitidas no Brasil, com a
única exigência de que seja estabelecida uma distância de 500 metros das comunidades e 250
metros dos mananciais de água. Acrescentam-se ainda, a exposição combinada ou sequencial às
várias substâncias químicas, com diferentes formulações, que podem resultar em níveis severos de
envenenamentos e poluição ambiental.
O Brasil é um dos cinco maiores usuários de agrotóxicos do mundo e em 2008 classificou-se no
ranking de maior consumidor4, ocupando o lugar dos EUA. As previsões para 2009 indicam um
aumento no consumo e a manutenção negativa dessa liderança. Entretanto, o nosso país ainda não
possui uma política oficial de comércio desses produtos, a não ser o receituário agronômico,
concebido inicialmente como um simples mecanismo de controle de vendas, com a finalidade de
nortear os trabalhos dos profissionais do setor agrícola e de ambientalistas.
O fato de o Brasil ter sido classificado como maior consumidor de agrotóxicos em 2008 demonstra o
poder das corporações sobre as atuações governamentais. As consequências nos seres humanos
relacionadas às intoxicações agudas e várias doenças crônicas mostram a gravidade desta situação.
Os diversos cânceres assumem especial relevância no Brasil, principalmente pelo quadro relatado
em 2008, que resultou em 546.009 internações hospitalares custeadas pelo Sistema Único de Saúde
- SUS. Além disso, no período compreendido entre 2002 e 2006, as neoplasias figuraram entre as
cinco principais causas de óbitos ocorridas no país, sendo a maior em mulheres entre 30 e 49 anos e
a segunda de pessoas com mais de 50 anos de idade. Os números mais elevados de óbitos por
neoplasias contemplam os Estados do RS, SC, PR, SP e DF (HESS, 2009).
4O Brasil assumiu em 2008 o posto de maior consumidor de agrotóxicos em todo o mundo. Disponível em: http://aldoadv.wordpress.com/2009/05/09. Acesso em: 09 maio 2009.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
4
A autora explica que no meio científico, incrementam-se os estudos que evidenciam a contaminação
ambiental devido a produtos químicos perigosos no desencadeamento de enfermidades, os quais
possibilitaram estabelecer nexos causais, relacionando-se algumas delas: alterações endócrinas
(OLIVEIRA-FILHO, E. C; GRISOLIA, C. K.; PAUMGARTTEN, J. R., 2009 e ROBIN, 2008, p.100-103),
desordens sanguíneas (LANDGREN et al., 2009), problemas reprodutivos (ROBIN, 2008, p. 100-103
e OLIVEIRA-FILHO, E.C; GRISOLIA, C.K.; PAUMGARTTEN, J.R., 2009), neuropatias, distúrbios
respiratórios, gastrointestinais e endócrinos (FARIA, 2009), malformações fetais (ROBIN, 2008,
p.100-103), Mal de Parkinson (RITZ et al., 2009) e câncer no pâncreas (ANDREOTTI et al., 2008).
Assim, cabe ao poder público a responsabilidade de minimizar os impactos causados pelos
agrotóxicos, incentivando modelos agrícolas como a agricultura familiar e os agroecológicos, que são
socialmente bem estruturados e objetivam a soberania alimentar e a qualidade de vida.
Recursos Comunicativos
Os veículos impressos são caracterizados pelo aspecto visual das notícias, iniciando pelos destaques
dos assuntos a serem debatidos nas capas de revistas e nas primeiras páginas dos jornais, algumas
manchetes coloridas que despertam a curiosidade das pessoas e o desejo de consumir.
Alguns jornais e revistas, na pretensão de competir com a televisão, mostram notícias curtas,
geralmente superficiais, com ilustrações em cores e estilo redacional semelhante à informação de
expressão (CABRAL, 1996, p. 147).
Para o autor, ilustrar uma matéria jornalística com uma imagem fotográfica significa imobilizar a
experiência do leitor, sendo esta “uma das razões da perfeita adequação da fotografia ao jornal [...] A
afinidade da foto com a notícia está nesse reforçamento do movimento aparente do real” (CABRAL,
1996, p. 137).
Segundo Costa (2002), a publicação de fotografias nos veículos impressos pode favorecer uma
interpretação que não condiz com a realidade.
Nos veículos impressos, por exemplo, a definição dos destaques da primeira página, a utilização de fotos reproduzidas de agências internacionais e a supressão de determinadas informações possibilitam forjar interpretação da realidade (COSTA, 2002, p. 136).
Assim, segundo o pesquisador, as fotografias utilizadas pela mídia impressa podem caracterizar
distorções das mensagens segundo a forma como elas são colocadas no texto jornalístico.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
5
Cabral (1996) explica que as imagens que compõem as notícias objetivam colaborar para o
entendimento dos textos, buscando novos caminhos para reduzir as diferenças entre a imprensa
escrita e a audiovisual.
A pressão das novas tecnologias informativas obriga o jornalismo impresso [...] a transformar os seus textos, inclusive a notícia, que passa a comportar diagramas, recapitulações, quadros e a chamada infografia (a própria imagem torna-se informativa) [...] ou seja, a noticia em que o fato básico faz-se acompanhar de outros complementares, capazes de ampliar o seu raio informativo (CABRAL, 1996, p. 146).
A inserção de aspectos gráficos como fotografias, ilustrações, infográficos, figuras e mapas, por
exemplo, complementam as informações, tornando-as mais compreensíveis aos leitores. Tal fato é
ressaltado por Massierer (2007), que salienta a presença de uma editoria de arte para produzir
infográficos de alta qualidade estética no jornal Zero Hora de Porto Alegre, RS (MASSIERER, 2007,
p. 58).
Para alguns veículos estes aspectos são considerados muito importantes na manufatura diária das
matérias jornalísticas e É objetivo do veículo obter um efeito visual capaz de atrair a atenção do leitor. Assim, a capacidade do evento em gerar boas imagens também pode ser apontada como um valor/notícia importante, ou que pode influenciar a definição do espaço destinado à matéria, se terá a publicação de uma foto ou se a página será colorida (MASSIERER, 2007, p. 58).
Portanto, de acordo com Costa (2002) e Massierer (2007) a publicação de alguns elementos visuais
nos veículos impressos pode implicar na presença de distorções, consequência das rotinas de
produção de notícias e, portanto são consideradas voluntárias, embora sejam ainda responsáveis
pelas involuntárias.
Ambas as distorções são verdadeiras e ocorrem normalmente nos textos jornalísticos publicados
pelos veículos de comunicação impressos, porém, em muitas circunstâncias, elas se conflitam.
Todavia, esclarece-se que os limites inflexíveis de espaço nos jornais e revistas e a duração dos
noticiários nos meios eletrônicos determinam os cortes, de forma que são considerados próprios dos
critérios de elaboração e edição de notícias. Ao contrário, a distorção dos fatos fundamentais da
mídia são intencionais, os que podem ser controlados, como as abordagens referentes ao modelo de
propaganda de Herman e Chomsky (2003). Estas são determinadas pelas posturas elitizadas,
relativas aos grupos de poder, que impõem sua forma de pensar e de agir de acordo com os seus
interesses econômicos, ideológicos, políticos e sociais.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
6
O motivo de comentar aqui a respeito de ambas as distorções supramencionadas, se deve ao fato de
mostrarem elementos importantes para as análises realizadas nesse estudo.
Retornando os elementos gráficos visuais, Silva e Oliveira (2008) observam que é importante
“reconhecer na fotografia a presença de uma narrativa própria - visual e simbólica - que é capaz de
agregar e ampliar os sentidos e interpretações conferidos à realidade pesquisada” (SILVA;
OLIVEIRA, 2008, p. 383).
Para as autoras, as
[...] duas perspectivas para o uso da fotografia nas Ciências Sociais: enquanto instrumento de pesquisa equivalente ao gravador e ao caderno de campo; e enquanto meio capaz de constituir uma narrativa própria, comparável, mas diferenciada da narrativa textual (SILVA; OLIVEIRA, 2008, p. 398).
Ou seja, a realização de uma análise de discurso, a partir de elementos simbólicos presentes na
fotografia, permite desconstruir e reconstruir a mensagem.
Assim, a presença de imagens nos textos jornalísticos impressos dos meios de comunicação de
massa induz o leitor a refletir sobre o seu significado, bem como o que tais imagens ensejam
transmitir.
Objetivo
Considerando-se a importância social dos agrotóxicos essa pesquisa objetiva analisar os recursos
comunicativos utilizados pela mídia impressa, como estratégia para atrair os leitores à essa temática.
Metodologia
A metodologia utilizada consistiu em contar a quantidade total de fotos, ilustrações, infográficos,
mapas e figuras presentes em todas as matérias jornalísticas que abordaram os agrotóxicos,
publicados em cada veículo de comunicação estudado. Esse procedimento considerou todos os
recursos constantes em uma mesma mensagem. Para tanto, selecionou-se revistas e jornais de
informação geral como a “Veja” e “Caros Amigos”, bem como o “Jornal de Piracicaba”, além dos
seguintes veículos especializados na área agropecuária: as revistas “Globo Rural”, “A Granja” e
“Balde Branco”, o “Suplemento Agrícola” e o caderno “Agrofolha”, dos jornais “O Estado de S. Paulo”
e “Folha de S. Paulo”, respectivamente. Considerou-se para a revista “Caros Amigos” o período de 12
meses, correspondendo ao ano de 2007; para o “Suplemento Agrícola” e para a “Agrofolha”, 13
meses, transcorridos entre julho de 2007 a julho de 2008; para o “Jornal de Piracicaba” e a “Folha de
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
7
S. Paulo”, o mês de janeiro de 2008; para a revista “Veja”, utilizou-se os períodos referentes ao ano
de 2007 e de janeiro a julho de 2008, totalizando 19 meses. As revistas “A Granja”, “Balde Branco” e
“Globo Rural” foram analisadas durante 20, 27 e 25 meses, respectivamente, em períodos que
iniciaram em 2005, para as duas primeiras e em 2006, para a “Globo Rural”, até meados de 2008
para esses três veículos segmentados.
Resultados e Discussão
Os resultados das avaliações referentes aos recursos visuais utilizados no corpus desta pesquisa são
apresentados na Tabela 1. Obteve-se o número total de 551 fotos, 113 matérias ilustradas, 12
infográficos, 10 mapas e quatro figuras, totalizando 690 recursos visuais.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
8
Tabela 1 - Recursos comunicativos relativos aos agrotóxicos utilizados pelos veículos impressos amostrados Recursos comunicativos/ veículos de comunicação
Supl. Agrícolaa Vejab Jornal de
Piracicabac Agrofolhad Globo Rurale A Granjaf Balde
Brancog Caros Amigosh Total (%)
Valores totais e percentuais foto 87 (15,79%) 20 (3,63%) 3 (0,54%) 13 (2,36%) 261 (47,37)%) 109 (19,78%) 58 (10,53%) 0 (0,00%) 551
(100,00%)
ilustração 44 (38,94%) 11 (9,73%) 0 (0,00%) 3 (2,65%) 26 (23,01%) 7 (6,19%) 22 (19,47%) 0 (0,00%) 113 (100,00%)
infográfico 0 (0,00%) 1 (8,33%) 0 (0,00%) 3 (25,00%) 5 (41,67%) 1(8,33%) 2 (16,67%) 0 (0,00%) 12 (100,00%)
mapa 2 (20,00%) 2 (20,00%) 0 0,00%) 1 (10,00%) 5 (50,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 10 (100,00%)
figura 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 2 (50,00%) 2 (50,00%)
0 (0,00%) 4(100,00%)
Total (%) 133 (19,28%) 34 (4,93%) 3 (0,43%) 20 (2,90%) 297 (43,04%) 119 (17,25%) 84 (12,17%) 0 (0,00%) 690 (100,00%)
Valores médios e percentuais
Foto 1,53 (7,60%) 0,23 (1,14%) 0,11 (0,55%) 0,23 (1,14%) 10,44 (51,84%) 5,45 (27,06%) 2,15 (10,67%) 0,00(0,00%) 20,14
(100,00%)
ilustração 0,77 (24,44%) 0,13 (4,13%) 0,00 (0,00%) 0,05 (1,59%) 1,04 (33,02%) 0,35 (11,12%) 0,81 (25,71%) 0,00 (0,00%) 3,15 (100,00%)
infográfico 0,00 (0,00%) 0,01 (2,63%) 0,00 (0,00%) 0,05 (13,16%) 0,20 (52,63%)
0,05 (13,16%) 0,07 (18,42%) 0,00 (0,00%) 0,38
(100,00%)
mapa 0,03 (11,11%) 0,02 (7,41%) 0,00 (0,00%) 0,02 (7,41%) 0,20 (74,07%) 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00% 0,27
(100,0%)
figura 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00%) 0,00 (0,00%) 0,10 (58,82%) 0,07 (41,18%) 0,00 (0,00%) 0,17 (100,00%)
Total 2,33 (9,66%)
0,39 (1,62%)
0,11 (0,46%)
0,35 (1,45%)
11,88 (49,27%)
5,95 (24,68%
3,10 (12,86)
0,00 (0,00%)
24,11 (100,00%)
a Período analisado do “Suplemento Agrícola”: 13meses - 57 edições - compreendido entre julho de 2007 a julho de 2008. b Período analisado da revista “Veja”: 19 meses - 86 edições - compreendido entre janeiro a dezembro de 2007 e de janeiro a julho de 2008. c Período analisado do “Jornal de Piracicaba”: 01mês - 26 edições - durante o mês de janeiro de 2007, d Período analisado da “Agrofolha”: 13 meses - 57 edições - compreendido entre julho de 2007 a julho de 2008. e Período analisado na revista “Globo Rural”: 25 meses - 25 edições - compreendido entre fevereiro de 2006 a julho de 2008 f Período analisado da revista “A Granja”: 20 meses - 20 edições - compreendido entre fevereiro de 2005 a fevereiro de 2008. g Período analisado da revista “Balde Branco”: 27 meses - 27 edições - compreendido entre julho de 2005 a julho de 2008. h Período analisado da revista “Caros Amigos”: 12 meses - 12 edições - compreendido entre janeiro a dezembro de 2007.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
9
Fotos
A “Globo Rural” apresentou 261 fotos e “A Granja” 109, enquanto “Balde Branco,” “Veja”, o
“Suplemento Agrícola” e a “Agrofolha”, bem como o “Jornal de Piracicaba” utilizaram 58; 20; 87; 13 e
3 fotos, respectivamente, em todas as edições dos exemplares amostrados.
A revista “Globo Rural”5 é a que faz uso mais frequente de recursos visuais em suas matérias. A
Figura 1, por exemplo, se refere à matéria jornalística sobre os agrotóxicos relacionada ao gênero
Informe Publicitário SEBRAE.
Figura 1- Agricultura ecológica atrai mercado Matéria publicada na revista Globo Rural, março de 2008 Foto: Pedro Jorge/Esplar
Com o título “Distribuir renda é inovar”, a matéria jornalística mostra foto de um casal de agricultores
de um assentamento em Canindê - CE, que participa da primeira etapa da rede solidária de
confecções distribuída em cinco estados. O assunto enfoca as Cooperativas da marca de roupas
Justa Trama, que conquistam mercado com a produção ecológica de algodão e o pagamento justo
aos trabalhadores. Fotos despertam interesse pelo assunto, são auto-explicativas, auxiliam o leitor na
compreensão dos textos jornalísticos e são muito utilizadas pelos meios de comunicação impressos
5 Revista Globo Rural, ano 23, n. 269, mar. 2008, p. 84-85.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
10
com várias finalidades. Entre estas, a de transmitir uma imagem de neutralidade da matéria, a de
induzir a compra tanto da revista como do produto anunciado e consequentemente elevar os lucros.
Esses subsídios confirmam a utilização de imagens fotográficas visando enfatizar uma notícia,
conforme os cinco elementos apresentados por Entman, nos relatos de Colling (2001) e Gutman
(2006).
McLuhan (2007) afirma que “o que caracteriza de maneira peculiar a fotografia é o lado de ela
apresentar momentos isolados no tempo” (MCLUHAN, 2007, p. 214).
A revista “A “Granja”6 também salientou esse recurso comunicativo e como exemplo, exibe a Figura 2
alusiva à matéria jornalística “Inseticida - Acaricida para o controle da mosca-branca”. A foto mostra
quatro moscas-brancas, em tamanho aumentado, dispostas sobre um tecido verde, provavelmente de
uma folha da qual se nutrem. A possibilidade de sua morte através da alta eficiência do controle
químico com o produto Oberon é sugerida pela Bayer CropScience, conforme o relato do seu modo
de ação. Esse texto ocupou 25,0% de uma página, cuja análise permitiu a verificação do incentivo ao
consumo de agrotóxicos.
Figura 2 - Agrotóxico desenvolvido pela Bayer CropScience Matéria publicada na revista A Granja, junho de 2006, p. 60 Foto: A Granja
Silva e Oliveira (2008) se referem à realização de análises de discursos a partir de elementos
simbólicos presentes nas fotografias (SILVA; OLIVEIRA, 2008, p. 398).
6 Revista A Granja, ano 62, n. 690, jul. 2006, p. 60.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
11
Para McLuhan (2007), “com a fotografia, os homens descobriram como fazer reportagem visual sem
sintaxe” (MCLUHAN, 2007, p. 216).
Ilustrações
Outro recurso comunicativo utilizado pelos jornais e revistas impressos são as ilustrações
representadas por desenhos ou imagens de qualquer natureza que ornamentam ou elucidam as
matérias selecionadas sobre os agrotóxicos. A Tabela 1 mostra os seguintes valores totais: o
“Suplemento Agrícola” usou 44 ilustrações em várias matérias, enquanto as revistas “Globo Rural”,
“Balde Branco”, “Veja”, “A Granja” e a “Agrofolha” apresentaram 26; 22; 11; sete e três,
representando as seguintes médias: 0,77; 1,04; 0,81; 0,13; 0,35 e 0,05 ilustrações, respectivamente.
No total foram 113 matérias ilustradas nos veículos analisados. O “Suplemento Agrícola” exibiu o
maior número de ilustrações e ressaltou várias mensagens sugestivas. Por exemplo, na matéria
jornalística “Uso de defensivo segue várias normas”, publicada no “Suplemento Agrícola”7, observa-se
a ilustração de uma pessoa usando o Equipamento de Proteção Individual - EPI, exigência obrigatória
dentro da Norma Regulamentadora 31 - NR 31, conforme mostra a Figura 3.
7 Suplemento Agrícola, ano 52, n. 2.712, 31 out. 2007, p. 12.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
12
Figura 3- Ilustração da Norma Regulamentadora NR 31 Matéria publicada no Suplemento Agrícola, 31 de outubro de 2007, p. 12 Ilustração Marcos Müller
A NR 31.8 dedica 19 subitens abordando a utilização e manipulação de agrotóxicos, entre os quais a
proibição do uso de produtos que não estejam registrados e autorizados pela ANVISA, bem como a
definição do perfil dos trabalhadores autorizados a exercer essa atividade. A NR 31 está em vigor
desde 04 de março de 2005, porém, observa-se o descumprimento de suas normas, as quais foram
salientadas em duas matérias do caderno “Agrofolha” do jornal “Folha de S. Paulo”, publicadas
durante o período de cobertura desta pesquisa.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
13
A partir do momento que o Estado institui uma Norma Regulamentadora deve observá-la
periodicamente, tendo em mente não somente as questões de saúde pública mas também os
aspectos democráticos da nossa sociedade, em que o indivíduo deve exigir condições adequadas de
saúde e bem-estar em seu ambiente de trabalho. Porém, os trabalhadores rurais não recebem tais
orientações. Chomsky (2003) afirma que numa democracia liberal os meios de comunicação se
restringem a uma pequena comunidade e que manter o público desinformado é interessante também
aos proprietários rurais que necessitam lucrar, sendo uma das formas a exploração de seus
empregados. O alerta de Chomsky (2003) vem ao encontro do relato de Falk et al., (1995) ao se
referirem à exploração dos agricultores na cultura do fumo em Venâncio Aires, RS.
Conclui-se, portanto, que as ilustrações são táticas de comunicação usadas pela mídia impressa para
ressaltar uma mensagem importante no sentido de auxiliar no seu entendimento, além de realçar a
página com cores suaves, agradando o leitor.
Infográficos
Os infográficos também são utilizados pelos veículos impressos como recursos comunicativos. Eles
são gráficos informativos, geralmente em formato de coluna ou de torta, com dados numéricos que
auxiliam na exploração das mensagens. Na Tabela 1 observa-se que a revista “Globo Rural”
apresenta cinco infográficos dos 12 publicados, representando 0,20 por edição, a maior quantidade
dentre os veículos analisados. Como exemplo, a matéria “A era do milho”8 exibiu o infográfico
“Lavoura robusta” que versa sobre a Evolução da safra de verão do milho. Ao lado do gráfico, no
canto superior direito há um mapa contendo as regiões do Brasil representando a colheita dessa
cultura, no período 2007/2008. A Figura 4 mostra ambos os recursos, que se referem à transgenia,
uma tecnologia que, segundo a revista proporciona um melhor desenvolvimento à cultura.
8 Revista Globo Rural, ano 23, n. 270, abr. 2008, p. 67.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
14
Figura 4 - A era do milho mais rentável Matéria publicada na revista Globo Rural, abril de 2008, p. 67 Texto: Luciana Franco Mapas
Mapas são as representações dos locais que se quer visualizar. Conforme se observa na Tabela 1,
os veículos analisados nesta pesquisa apresentaram 10 mapas. A “Globo Rural” publicou o maior
número, seguida do “Suplemento Agrícola”, da revista “Veja” e da “Agrofolha”, representando os
seguintes valores totais: 5; 2; 2 e 1 mapas, respectivamente.
Figuras
Outro recurso utilizado pelos veículos de comunicação impressos são as Figuras. Elas são imagens
por meio de desenhos ou gravuras. As revistas “A Granja” e “Balde Branco” publicaram cada uma
duas figuras.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
15
A revista “Balde Branco”9 mostra a Figura 5 referente à matéria “Somatotropina é aumento da
eficiência produtiva”.
Figura 5- Hormônio transgênico - BSTr Matéria publicada na revista Balde Branco, dezembro de 2007, p. 67
Também conhecida por BSTr, a somatotropina é uma biotecnologia que tem por finalidade promover
o aumento da produção de leite. A matéria jornalística descreve que a ingestão da BSTr oferece
segurança à saúde pública e ao bem-estar animal. De acordo com uma médica veterinária da
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, inúmeros trabalhos de pesquisadores comprovaram
que o leite e também a carne, provenientes de animais tratados com BSTr, são seguros para o
consumo humano. Esses dados de segurança foram amplamente contestados pela literatura
internacional. Por este motivo, Canadá e União Européia proibiram o uso deste hormônio em seus
territórios.
Segundo Robin (2008) [...] nos fins dos anos 1970, pesquisadores financiados pela Monsanto conseguiram isolar o gene que produz o hormônio. Por meio de manipulação, introduziram esse gene em uma bactéria Escherichia coli (ou “colibacilo”, bactéria comum que povoa a flora intestinal dos mamíferos, aí incluída a do homem), permitindo assim sua fabricação em grande escala. Esse hormônio transgênico foi batizado pela Monsanto como Somatotropina Bovina recombinante (rBST), ou Hormônio do Crescimento Bovino recombinante (rBGH). Desde o começo dos anos 1980, a empresa organiza testes em pequenas fazendas experimentais de sua propriedade ou em colaboração com universidades como as de Vermont ou de Cornell (ROBIN, 2008, p, 109).
9 Revista Balde Branco, ano 43, n. 518, dez. 2007, p. 67.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
16
Essa autora, citando Richard Burrouhs, relata que as vacas que são tratadas com esse hormônio
desenvolvem a mastite, uma doença que causa inflamações das mamas. Essa enfermidade demanda
a utilização de antibióticos pelo animal, tornando-se um problema para o consumidor devido aos seus
resíduos que permanecem no leite.
[...] o hormônio transgênico subverte o ciclo natural da vaca [...] O rBGH permite manter artificialmente a fabricação do leite além do ciclo natural. Por isso o hormônio pode representar problemas de reprodução para a vaca e, portanto, provocar um prejuízo financeiro para o criador (ROBIN, 2008, p. 109).
Considerações Finais
Os elementos gráficos visuais constatados nessa pesquisa exemplificam, analisam, ilustram,
fornecem novos dados, sintetizam informações; enfim, objetivam tornar o texto mais atrativo para os
leitores.
Verificou-se ampla utilização dos recursos comunicativos pelos jornais e revistas amostrados, além
de reforçarem o discurso pró-agrotóxicos usando importantes estratégias para incrementar o
interesse dos leitores ao assunto, de forma a torná-lo familiar e não ser questionado.
Referências ANDREOTTI, G.; FREEMAN, L.E.B.; HOU, L.; COBLE, J.; RUSIECKI, J.; HOPPIN, J. A.; SILVERMAN, D.T.; ALAVANJA, M.C.R. Agricultural pesticide use and pancreatic câncer risck in the Agricultural Health Study Cohort. International Journal of Cancer, New York, v. 124, n. 10, p. 2495-2500, 2008. Disponível em: http://www3.interscience.wiley.com/journal/121538829/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0. Acesso em: 17 jun. 2009. CABRAL, M. S. A. A forma da notícia. In: __________Reinventando a cultura: a comunicação e seus produtos. Petrópolis: Editora Vozes, 1996. cap. 6. p. 131-151. CHOMSKY, N. Controle da mídia: os espetaculares feitos da propaganda: Tradução de Antonio. Fontes. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2003. 95 p. COLLING, L. Agenda-setting e framing: reafirmando os efeitos limitados. Revista Famecos, n. 14, abr. 2001. Disponível em: http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/17/ao17v1n7.pdf. Acesso em: 17 jan. 2009. COSTA, B.C.G. Estética da violência: jornalismo e produção de sentidos. Piracicaba: Editora Unimep, 2002. 201 p. FALK, J. W. ; CARVALHO, L.A.; SILVA, L. R.; PINHEIRO, S. Suicídio e doença mental em Venâncio Aires - RS: conseqüência do uso de agrotóxicos organofosforados? Porto Alegre:
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
17
Assembléia Legislativa. 1995. p. 244-262. (Relatório Azul: garantias e violações dos direitos humanos no RS. 1995.) FARIA, N.M.X. Os danos dos agrotóxicos no sistema nervoso central. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2009/06/13/. Acesso em: 13 jun. 2009. GUTMANN, J.F. Quadros narrativos pautados pela mídia: framing como segundo nível do agenda-setting? Contemporânea, v. 1, n. 4. jun. 2006. Disponível em: http:// www.contemporanea.poscom.ufba/pdfjun2006/con_n4v1_jugutmann.pdf. Acesso em: 08 jan. 2007. HERMAN, E,; CHOMSKY, N. Um Modelo de Propaganda. In: ________ A Manipulação do Público: política e poder econômico no uso da mídia. São Paulo: Futura, 2003. cap.1. p. 61-94. HESS, S.C. Câncer e outras doenças ambientais. Disponível em: http://www.oeco.com.br/convidados/64-colunistas-convidados/21970. Acesso em: 05 jul. 2009. LANDGREN, O.; KYLE, R.A.; HOPPIN, J.A.; FREEMAN, L.E.B.; CERHAN, J.R.; KATZMANN, J.A.; RAJKUMAR, S.V.; ALAVANJA, M.C. Pesticide exposure and risk of monoclonal gammopathy of undetermined significance (MGUS) in the Agricultural Health Study. Blood, Blefast, v. 113, n. 25, p. 6386-6391.2009. 2009. In: Abstract. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2009/06/19individuos-que-aplicam-pesticides-tem-o-dobro-do-risco-de-desordem-sanguinea/ Acesso em: 19 jun. 2009. MASSIERER, C. O olhar jornalístico sobre o meio ambiente: um estudo das rotinas de produção nos jornais Zero Hora e Correio do Povo. 2007. 228 p. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. Tradução de Décio Pignatari - São Paulo: Cultrix, 2007. 407 p. OLIVEIRA-FILHO, E.C; GRISOLIA, C.K.; PAUMGARTTEN, J.R. Effects of endosulfan and ethanol on the reproduction of the snail Biomphalaria tenagophila: A multigeneration study. Chemosphere, Elsevier, v.75, p. 398-404, 2009. RITZ, B.R.; MANTHRIPRAGADA, A.D..; COSTELLO, S.; LINCOLN, S. J.; FARRER, M. J.; COCKBURN, M.; BRONSTEIN, J. Dopamine transporter genetic variants and pesticides in parkinson’s disease. Environmental Health Perspectives. v. 117, n. 6, June p. 964-969, 2009. Disponível em: http://ehp03.niehs.nih.gov/article/fetchArticle.action?articleURI=info:doi/10.1289/ehp.0800277. Acesso em: 3 mar. 2010. ROBIN, MARIE-MONIQUE. O mundo segundo a Monsanto: da dioxina aos transgênicos, uma multinacional que quer o seu bem. Tradução de Cecília Lopes e Georges Kormikiaris - São Paulo: Radical Livros, 2008. 370 p.
V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC – Brasil _______________________________________________________
18
SILVA, L. A. P.; OLIVEIRA, N. M. S. Narrativa fotográfica: uma aplicação ao socioambientalismo. In: GIRARDI, I. M. T.; SCHWAAB, R. T. (Orgs). Jornalismo ambiental: desafios e reflexões. Porto Alegre: Ed. Dom Quixote, 2008, p. 383-400.
Recommended