05 aula - Ressonância aplicada à imagem

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Ressonância Aplicada à

Imagem

Prof. Esp. Gustavo Pires

Introdução

O sistema de geração da

imagem de RM em prega

muitos fatores técnicos que

devem ser considerados,

compreendidos e algumas

vezes modificados no painel

de controle durante um

exame.

Escolha de Parâmetros

Seleção de TR e TE

Sequencia de pulso: spin-echo, gradiente-eco ou inversão-recuperação

Tipo de sequencia de pulso

Tamanho da matriz

Espessura de corte

Campo de visão

Numero de aquisição de dados

Ângulo de inversão de RF

Seleção da bobina

Aquisição de corte único ou múltiplos cortes

Ajustes Específicos

Os fatores apresentados

anteriormente são

importantes para realçar

uma área especifica de

interesse podendo

demonstrar uma patologia.

T2 FLAIR

Contraste da Imagens em RM

A escolha de determinadas

sequências de pulso

evidenciam fatores teciduais

e permitem a visualização do

contraste observado na

imagem.T2 T1 DP

Vamos Exercitar a Memória Um Pouco ;-)

É importante lembrar!

Vetor de magnetização B0 é o

vetor que representa a

orientação do campo

magnético do ressonador.

Pode variar de 0,5 a 3 Teslas.

Promove o alinhamento dos

prótons (dipolos) de Hidrogênio

na mesma direção de B0.

Campo B0 x B1

O vetor M representa a situação magnética de um conjunto de prótons.

As ondas eletromagnéticas emitidas pelas bobinas de RF criam um segundo campo magnético chamado B1.

Este vetor promove o deslocamento da precessão do próton em 90º ou 180º.

Vetor de magnetização do próton

Com a ação de B1 o vetor M sofrerá uma deslocamento.

Dessa forma é possível medir as componentes longitudinal (Mz) e transversal (Mxy) do vetor M.

As medidas de T1 e T2 refletem justamente o tempo necessário para o vetor M maximizar a componente Mz extinguindo sua componente Mxy a partir da interação com B1.

Imagem em Densidade Protônica

Uma sequência de pulso

utilizando uma combinação

de TR longo e TE curto (TR =

2.000 ms; TE = 20 a 30 ms)

produz imagens com

contraste resultante da

densidade protônica.

Imagens Ponderadas

Embora os relaxamentos T1 e T2 ocorram simultaneamente, são

independentes entre si.

63%

Sequência de pulso

A formação da imagem é

influenciada pela sequência

exata de pulsos de RF e pelo

momento em que o sinal emitido

pelos núcleos é recebido.

Quando maior o tempo de

duração do sinal, mais energia é

transmitida ao próton e maior o

ângulo de precessão.

Sequência de pulso Spin-Eco

Esta sequência contêm dois pulsos, um de 90º e outro de 180º.

As ondas de rádio são enviadas ao paciente durante cada

pulso.

A sequência é repetida após decorrido um tempo TR.

Os valores de TR podem variar de 200 a 2000 ms.

Sequência de pulso Spin-Eco

A sequência de pulso altera o ângulo de precessão dos prótons

e causa uma onda de radiofrequência denominada “eco” a

ser emitida pelo paciente.

DIL – Decaimento de Indução Livre

É a captação de um eco

do sinal pela bobina, e

não o sinal inicial.

O eco é interceptado

pelas bobinas receptoras

do sistema de RM e é

usado para construir uma

imagem do paciente.

TR e TE

Ambos são variáveis técnicas, selecionadas pelo

operador do sistema de RM para a aquisição de

imagens ponderadas nas velocidades de relaxamento

T1 ou T2.

Gradientes

A aquisição de uma imagem

requer que os gradiente sejam

ativados e desativados em

momentos apropriados durante

uma sequência de pulso.

Os gradientes são usados para

variar a fase e a frequência da

precessão de prótons de todo

o paciente.

Relembrando!

O gradiente Z altera a potência do campo magnético ao

longo do eixo Z do magneto e seleciona cortes axiais;

O gradiente Y altera a potência do campo magnético ao

longo do eixo Y do magneto e seleciona cortes coronais;

O gradiente X altera a potência do campo magnético ao

longo do eixo X do magneto e seleciona cortes sagitais;

Os gradientes podem ser usados para tirar de fase ou recolocar

em fase os momentos magnéticos dos núcleos.

Seleção de Cortes

Um corte corresponde a um

determinado plano situado ao

longo do eixo do gradiente;

tem todos os seus pontos com

uma frequência de precessão

específica.

X

Y

Z

X

Y

Z

X

Y

Z

Codificação de frequência

Uma vez selecionado o corte,

o sinal deve ser localizado ao

longo dos eixos da imagem.

O gradiente produz uma

diferença de frequência ou

desvio do sinal ao longo do

eixo do gradiente de acordo

com a sua frequência.

ZYX

Cada núcleo representando

nas colunas entra em

precessão a sua frequência

correspondente.

Codificação de Frequência

A direção da codificação de frequência pode ser

selecionada pelo operador.

Nas imagens coronais e sagitais, é o gradiente Z que faz

a codificação de frequência.

Nas imagens axiais, é o gradiente X que executa a

codificação de frequência.

Na aquisição de imagens do crânio, é o gradiente Y que

fará a codificação de frequência.

Quando os gradientes são aplicados a um determinado tempo ocorrem a

seleção de corte, desvio de frequência ao longo do eixo de um corte e um

desvio de fase ao longo de outro eixo.

Ao mudar-se a velocidade de precessão dos núcleos, muda-se, também, a fase

acumulada dos momentos magnéticos ao longo de sua trajetória de precessão.

Núcleos se aceleram, movendo-se mais adiante de sua trajetória de precessão.

Núcleos se tornam mais lentos, movendo-se mais para trás de sua trajetória de

precessão.

Desta forma, o sistema é capaz de localizar um sinal de imagem individual.

Codificação de fase

Espaço K

É uma área do processador de imagens

onde são armazenadas as informações

obtidas na codificação do sinal.

O espaço K pode ser representado como

uma matriz formada de linhas e colunas.

Os dados brutos são armazenados e

processados pela transformação de

Fourier e são convertidos em uma escala

de tons de cinza, a qual corresponde à

imagem.

Diagrama de tempo de aquisição da

imagem

As três direções do gradiente –corte, fase e frequência –correspondem aos três eixos do paciente x, y e z (cortes).

O gradiente selecionado do corte

G, é ativado enquanto pulsos são

enviados ao paciente.

O gradiente de codificação de

frequência G, é ativado apenas

enquanto o sinal de eco é

recebido.

O gradiente de codificação de

fase G, é ativado entre os pulsos.

Imagens Ponderadas em T1

Uma sequência de TR e TE curtos

produz uma imagem ponderada em

T1.

TR de 350 – 800 ms e TE de 30 ms ou

menor.

Imagens Ponderadas em T2

A imagem ponderada em T2 emprega

uma sequência de pulsos de TR longo e

TE curto.

TR = 2.000 ms; TE = 60 a 80 ms.

Comparando

Diferentes técnicas aplicadas

ao mesmo corte (durante a

fase de exame)

Técnicas de Redução de Movimento

As técnicas de software podem

reduzir ou eliminar problemas

relacionados ao movimento

involuntário e ao fluxo, ou

realçar a anatomia quando há

fluxo.

As alterações causadas por

movimentos são chamadas de

artefatos de movimento.

Técnicas de Redução de Movimento

Existem recursos de software que

compensam os artefatos de

movimento e fluxo, porém exigem

maior tempo de exame.

Estas técnicas incluem cálculo da

média de sinais, codificação de

rase reordenada, anulação do

momento de gradiente e pré-

saturação.

Técnicas de Redução de Movimento

A monitoração fisiológica pode

reduzir artefatos de movimento.

Como a monitoração

respiratória que utiliza foles

colocados ao redor do tórax

do paciente, que são usados

para deflagrar a aquisição de

dados pelas respirações. Cinta de compensação de respiração

– Resp. Comp.

Técnicas de Imagens Rápidas

A técnica gradiente-eco utiliza um único pulso de excitação de RF (10º a 90º), e o eco é produzido por inversão do gradiente do campo magnético e não por um pulso de RF a 180º usado na imagem em spin-eco convencional e sim por um gradiente codificador de frequência.

Nessa técnica pode-se atingir ponderação T1, T2 e DP.

Técnicas de Imagens Rápidas

A técnica Spin-eco Rápida é uma sequência de pulso rápida que se caracteriza por preencher parcialmente o espaço k com ecos produzidos por múltiplos pulsos de 180º aplicados dentro de um único TR.

O restante do espaço k é preenchido com zeros, o que mantém a resolução espacial, mas reduz o sinal total adquirido.

Devido ao elevado número de pulsos de RF de 180º, o TE efetivo fica bastante alto e com isso a imagem resultante é altamente ponderada em T2.

Inversion Recovery

Trata-se de uma sequência

utilizada para suprimir o sinal

de um tecido. Possui duas

aplicações principais:

Flair e Stir

STIR

A técnica STIR permite que possamos

anular o sinal da gordura e produzir

imagens onde a saturação por uso

de pulsos de RF (pulsos de saturação

espectral) não é possível, como em

equipamentos de baixo campo

(<0,5T), ou onde a homogeneidade

de campo não está adequada,

como próximo a implantes de metal.

FLAIR

O uso do pulso de inversão

para anular o sinal do líquor

permite que a detecção de

lesões na substância branca

cerebral seja melhor

visualizada, pois retira o sinal

hiperintenso em imagens

ponderadas em T2, permitindo

uma análise mais detalhada do

tecido.

Spin-Eco com Múltiplos Ecos

Constroem-se múltiplas

imagens por meio da

aplicação de mais de um

pulso de refasamento para um

mesmo espaço de tempo de

repetição. Pode-se adquirir

uma sequência ponderada em

T2 e uma outra imagem

ponderada em DP, utilizando-

se um eco curto e um eco

longo.

Single Shot Fast Spin-Eco

O tempo total de aquisição

da imagem é o mesmo do

TR, pois a quantidade de

pulsos de refasamento

aplicado é equivalente ao

número da matriz, ou seja,

para uma matriz de 256, são

utilizados 256 pulsos de

refasamento.

Técnica Ecoplanar

É a sequência de pulso gradiente eco e spin-eco acopladas, constituindo uma técnica de aquisição ultrarrápida.

O preenchimento do espaço K é obtido num único TR, e as imagens são obtidas em fração de segundo.

Para Casa ;-)

1. O que é gradiente? Quais as características do gradiente?

2. Quantos gradientes existem? O que cada um representa?

3. Para que os gradientes são usados?

4. Qual a utilidade da seleção de corte, da codificação de fase e da codificação de frequência?

5. Descreva o processo de seleção de corte.

6. Descreva o processo de codificação de frequência.

7. Descreva o processo de codificação de fase.

8. O que é o espaço K? Quais suas características principais?

9. Quais são as sequências de pulsos utilizadas em RM? Descreva-as.

10. Diferencie relaxação longitudinal, relaxação transversal e densidade protônica.

Obrigado

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