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A partir do fortalecimento de uma rede
de agricultoras-experimentadoras
Desafios pedagógicos para educação popular
Polo da Borborema
• É uma rede de sindicatos e organizações da agricultura familiar que articula 14 municípios e mais de 5 mil famílias. Possui como objetivo a construção de um projeto de desenvolvimento local baseado no fortalecimento da agricultura familiar agroecológica.
• Papel das agricultoras e dos
agricultores como sujeitos do
processo de construção do
conhecimento
Princípios metodológicos essenciais
na construção da trajetória do Polo
• valorização do conhecimento local
• leitura compartilhada da realidade
• estímulo a experimentação
• estímulo ao intercâmbio e a
dinâmica de agricultor/a a
agricultor/a
• Papel das organizações
da agricultura familiar
como motor dos
processos de
desenvolvimento.
Princípios metodológicos essenciais
na construção da trajetória do Polo
Princípios metodológicos essenciais
na construção da trajetória do Polo
• A agroecologia é a
plataforma para
construção de um projeto
de desenvolvimento local
e da construção da justiça,
autonomia, igualdade e
liberdade das famílias
agricultoras.
Mulheres e Agroecologia Superação das desigualdades
• Partimos do princípio que as desigualdades nas relações entre homens e mulheres constituem um obstáculo para a plena incorporação da agroecologia. E ao mesmo tempo, entendemos que a agroecologia pode se constituir num instrumento importante de superação das desigualdades entre homens e mulheres
Caminhos para construir
mudanças nas relações de poder • Valorização do conhecimento das mulheres
• Revalorização dos conhecimentos existentes sobre o manejo produtivo
• Leitura compartilhada da realidade • Estudo sobre as plantas medicinais, os
arredores de casa, pequenas criações, frutas nativas, monitoramento econômico, diagnóstico das desigualdades
• Estudos resgatam um amplo acervo de saberes, ao mesmo tempo que estimulam a busca de novos conhecimentos visando a superação das dificuldades técnicas, econômicas e sociais, vivenciadas pelas agricultoras.
Caminhos para construir
mudanças nas relações de poder
• Estímulo ao intercâmbio e à dinâmica de agricultora a agricultora
• Quebra do isolamento
• Livre circulação do conhecimento
Caminhos para construir
mudanças nas relações de poder
• Estímulo à experimentação
• Afirmação das capacidades e da criatividade das mulheres na organização de sistemas produtivos
· 245 mulheres ampliaram a infraestrutura hídrica do quintal com as cisternas calçadão;
· 350 mulheres estão reestruturando seus criatórios de aves (galinhas, guiné, peru) por meio da gestão de 30 fundos rotativos de tela;
· 250 mulheres iniciaram ou ampliaram seu criatório de ovelhas e cabras a partir da organização de fundos rotativos solidários de animais
· Mais de 200 mulheres são guardiãs das plantas medicinais e estão envolvidas no processo de troca de conhecimento;
· 80 mulheres estão diretamente envolvidas em atividades de beneficiamento de frutas;
· Mais de 80 mulheres fazem parte da rede de guardiãs da semente da paixão e participam de banco de sementes comunitários;
· 100 mulheres adotaram o uso de fogões ecológicos adquiridos por meio de 5 fundos rotativos solidários ;
· 22 mulheres comercializam em bancas próprias nas feiras agroecológicas da região e 13 são fornecedoras regulares de produtos
· 35 mulheres estão envolvidas no programa do PAA em 6 municípios
· 20 mulheres participam e organizam o trabalho de silagem em 4 municípios
. Mais de 800 mulheres estão restruturando seus arredores de casa por meio de fundos rotativos solidários.
Caminhos para construir
mudanças nas relações de poder
• Enfrentamento do debate sobre as desigualdades das relações de gênero
Caminhos para construir
mudanças nas relações de poder
Reflexão sobre a desigualdade das
relações de gênero
• Reuniões com Coordenação, com a Coordenação Ampliada do Polo e com Comissão de Saúde e Alimentação com a participação de agricultoras, agricultores, lideranças, assessores e técnicos do Polo.
• Desencadeamento de um processo de formação capaz de fazer uma leitura crítica das desigualdades e dos caminhos para a superação desse quadro.
• Oficinas reginais e municipais sobre relações de gênero e agroecologia
• Sistematização de experiências
• Elaboração de materiais pedagógicos diversos
A construção do projeto político do Polo e o trabalho com as mulheres só foi possível pelo estabelecimento e a dinamização de uma rede de mulheres experimentadoras com autonomia política, na busca por justiça, igualdade e liberdade.
Marchas Pela vida das
mulheres e pela Agroecologia A mudança na subordinação das mulheres está vinculada a
contextos mais amplos e requer mudanças econômicas,
políticas e culturais
I Marcha pela vida das Mulheres e pela Agroecologia
II Marcha pela vida das mulheres e pela agroecologia
IV Marcha pela vida das mulheres e pela agroecologia
Principais resultados
• Constituição de espaços de afirmação de uma identidade comum: agricultoras-experimentadoras gestoras de seu próprio conhecimento
• Mulheres ampliam o arco de relações, elevam a autoestima, acessam mercados, recursos
• Mais 130 mulheres ocupam espaços de liderança como diretoria do sindicato, associações, gestoras de fundos solidários
• Dos 14 sindicatos do Polo, 5 possuem mulheres na presidência
• 50% da coordenação executiva do Polo é composta por mulheres
• A democratização do conhecimento é o ponto central na construção de poder.
• As mulheres são agentes do seu processo de mudança. As mudanças são ancoradas no forte movimento de experimentação. Não acontecem, contudo, sem conflitos e a conquista de novas relações de poder.
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