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Gerir Comportamentos Infantis - Conversar a Escola!
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Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
GERIR COMPORTAMENTO
S INFANTISFilipa Simões
Psicóloga Clínica
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
O DESEJO DE
QUALQUER
PAI?
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Regras e LimitesDevem ser: Consistentes, coerentes, previsíveis e contínuas. O “não” é uma das formas da criança aprender a valorizar o
“sim”. A criança deve aprender, desde os primeiros anos, os limites
entre o interior e o exterior, o eu e o outro. Ajudam a tolerar a frustração e a cólera, e a controlar a
impulsividade.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Regras e Limites “Eu quero, posso e mando…!”, apresenta um risco evolutivo:
inversão da ordem natural da autoridade, problemas de
integração escolar e social, adolescência com
comportamentos aditivos, delinquência com desafio da
autoridade e das normas instituídas. Ajudam a aprender a manter uma distância emocional
adequada na relação com os outros, respeitando-os nos seus
diferentes estatutos e papéis.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
4 Factores para o aparecimento dos problemas de comportamento
Estilos Parentais de Educação:
Pais autoritários,Pais permissivos,Pais indiferentes,Pais orientadores.
A Aprendizagem
Características relacionadas com:
a criança, os pais,
a relação entre os pais e a criança,o ambiente social onde a criança vive.
Interacção coerciva entre os pais e a criança (ciclo vicioso)
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes que promovem os problemas de comportamento
Castigos corporais – pode contribuir para reduzir a auto-estima e a
sensação de segurança. As crianças esquecem mais facilmente o porquê do castigo
corporal do que o seu motivo, não ajudando a criança a auto-controlar-se. Pode
legitimar a criança a usar, também, a agressão no contacto com os outros.
Fazer a criança sentir-se envergonhada ou humilhada – Nunca!
As crianças tendem a sentir raiva, desespero e desânimo.
Lavar a boca com sabão – é ineficaz.
Comparar crianças – as comparações negativas prejudicam as relações
entre crianças. É bem mais vantajoso fazer comparações positivas!
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes que promovem os problemas de comportamento (cont.)
Suprimir comida ou usá-la como recompensa – a comida é uma necessidade
básica. As refeições devem ser ocasiões agradáveis para todos.
Retirar o afecto, ameaçar com o abandono – poderá ser psicologicamente
prejudicial. É a atitude mais temida por parte das crianças. Pode levar à insegurança, medo,
baixa auto-estima e auto-confiança.
Desautorização entre adultos significativos – ambos os pais devem agir em
conformidade perante a quebra de determinada regra / limite.
Misturar castigo com afecto – Exemplo: “Portaste-te mal ao almoço, não gosto mais
de ti”, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Poderá provocar na criança sentimentos de
revolta porque pensa que realmente não gostam dela.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes que promovem os problemas de comportamento (cont.) Usar sermões moralistas – muitas das vezes são inúteis. As crianças são
mais sensíveis às consequências dos seus comportamentos do que às palavras.
Fazer ameaças e não cumprir – as crianças precisam de acreditar que
quando o adulto diz alguma coisa é mesmo a sério. Ex: “Se não comeres a sopa vem
aí a bruxa e leva-te!” ou “Ficas um mês sem ver televisão” – cada uma, à sua
maneira, ou não é real ou não é exequível.
Fazer queixa da criança a um outro adulto significativo – dará a
imagem de que quem está com a criança não consegue controlar o seu
comportamento e precisa de ajuda.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes que promovem os problemas de comportamento (cont.) Ser inconsistente – permite que a criança obtenha sempre aquilo que
deseja, mesmo portando-se mal.
Gritar – mostra descontrolo e convida a fazer o mesmo. Serve de mau exemplo.
Ceder às birras – serve como reforço para que esse comportamento
inadequado se repita. A criança aprende que essa estratégia funciona e consegue ter
aquilo que quer.
Impor muitas regras de uma só vez “És sempre o mesmo” – contribui para uma auto-imagem negativa.
Poderá diminuir a vontade de mudança por parte da criança.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento
Decida qual o comportamento específico que gostaria de mudar – dizer a
uma criança de 4 anos “Porta-te bem” é muito abstracto, é preferível dizer “Não dês pontapés
ao João!”
Diga à criança exactamente o que quer que ela faça e ensine-a a fazer Elogie a criança por fazer o que lhe diz – centre o elogio ou a sua desaprovação no
comportamento da criança e não na criança.
Continue a elogiar enquanto o novo comportamento ainda não estiver
totalmente adquirido / automatizado
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Utilize o humor – ajuda a desdramatizar. Cuidado para não soar a ironia.
Lista de aspectos positivos – quando se sentir menos tolerante aos
comportamentos da criança, faça uma “pequena” lista de aspectos positivos acerca
da criança.
Esteja presente – assim poderá ajudar a criança a corrigir alguns erros.
Evite ser historiador – recordar constantemente um erro do passado
apenas provocará ressentimento e aumentará a probabilidade de mau
comportamento.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Ganhar ao relógio – baseado na natureza competitiva da criança, por ex: o adulto
organiza uma competição entre a criança terminar o pequeno-almoço e o ponteiro do relógio
de parede chegar ao nº 4.
Tente evitar lutas de poder com a criança – Ex: “É o relógio que diz que está na
hora de deitar, não sou eu.”
Tempo neutro – ensinar novos comportamentos quando a criança está mais calma, pois
estará mais receptiva à aprendizagem.
Reprimenda – deverá incluir: a ordem de cessar o comportamento, uma razão porque o
comportamento deve cessar e uma alternativa para o comportamento.
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Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Regras – as crianças comportar-se-ão de forma mais aceitável se o seu mundo for
previsível e forem capazes de prever as consequências do seu comportamento.
Regra da avó – combinação contratual entre o adulto e a criança, “Depois de fazer XX ( o
que o adulto quer que a criança faça) podes fazer YY (aquilo que a criança quer fazer)”. Não
substituir a palavra “depois” por “se”.
“Cadeira do Descanso” – a criança deve estar sentada numa cadeira durante um
determinado período de tempo ou ser posta numa sala sozinha durante esse período. Não
deve ser um local escuro ou assustador para a criança.
Tempo Especial (“Encontros para a brincadeira”) – encontros de convívio de
15/20 min.s entre o adulto e a criança, onde fazem algo que ambos gostem.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Reforço negativo / Consequências negativas – para um comportamento a
eliminar deve haver uma consequência negativa.
Ignorar – reduz a intensidade do comportamento.
Fazer pedidos de uma forma eficaz Antecipar as saídas de casa – antecipar o comportamento inadequado, relembrar as
consequências negativas para esse comportamento e estabelecer recompensas para o
comportamento adequado.
Dizer “Não” quando é preciso – saber que existem limites ajuda a criança a saber o
que esperam dela e com o que pode contar.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Escolhas e consequências – o princípio centra-se em dar a escolher à criança as
consequências para os seus comportamentos inadequados. Ensina-a a ter um papel mais activo
e ser responsável pelos seus comportamentos.
Contrato Comportamental – documento escrito onde são estabelecidas regras entre a
criança e o adulto.
Sistema de Economia de Fichas (vulgo “Quadro de Comportamento”) – a
criança e o adulto estabelecem uma lista de comportamentos desejáveis que ao serem
cumpridos serão recompensados com um determinado nº de créditos que se converterão em
actividades agradáveis para a criança.
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Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Amor, mimos e segurança – devem coexistir com regras e limites.
Moldar os comportamentos com as recompensas (Reforço Positivo) – a
forma mais provável de uma criança repetir um comportamento é quando este é reforçado
positivamente. A criança aprende que ao portar-se bem recebe o que deseja e tem o agrado do
adulto. Os comportamentos positivos vão sendo associados, pela criança, a consequências
positivas. Exemplos de reforços positivos: elogio, afecto físico (beijos, abraços), jogar um jogo,
ler uma história, …
Valorizar as competências da criança (“Caixa dos elogios”) – a criança e o
adulto devem escrever em pedaços de papel aquilo que a criança faz de melhor e colocá-los
numa caixa construída em conjunto para o efeito.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Atitudes, Técnicas e Estratégias de modificação do comportamento (cont.) Modelagem – dar oportunidade à criança de observar outras crianças a
realizar o comportamento desejável. Atenção às suas atitudes, pois as crianças
também imitam os adultos significativos.
E… Criatividade perante uma situação nova que surja.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Nenhuma destas técnicas vingará se não estivermos perante a Nenhuma destas técnicas vingará se não estivermos perante a
existência de uma forte relação afectiva entre criança e existência de uma forte relação afectiva entre criança e
adulto.adulto.
É esperado que após uma alteração na forma como lidamos
com o comportamento da criança, o comportamento
indesejado possa aumentar em frequência e em intensidade.
Isso revela que a criança está a reagir. No entanto, após uma
fase inicial, o comportamento indesejado diminuirá.
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Não existem RECEITAS milagrosas
As estratégias devem ser adaptadas às características da criança
e à sua idade. Os pais precisam de acreditar nas vantagens das
estratégias e sentirem-se confortáveis na sua aplicação Uma estratégia poderá funcionar com uma criança e não ser
eficaz com outra criança Terá maior sucesso se utilizar um conjunto de estratégias
adequadas em vez de uma ou duas apenas
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
Wyckoff, J. & Unell, B. (2004). Disciplina sem Gritar nem Bater. Soluções práticas
para problemas comportamentais pré-escolares. Lisboa: Editora Replicação. Ramalho, V. (2002). Lá em casa mandam eles? Braga: Psiquilíbrios. Tiba, I. (2005). Disciplina, limite na medida certa. Lisboa: Editora Pergaminho. Brazelton, T. B. (2000). Dar atenção à criança. Para compreender os problemas
normais do crescimento. Lisboa: Editora Terramar. Brazelton, T. B. & Sparrow, J. D. (2004). O Método Brazelton. A Criança e a
Disciplina. 6ª Edição. Lisboa: Editorial Presença.
Bibliografia
Filipa Simões Psicóloga Clínica do G.A.P. da Junta de Freguesia do Milharado20 de Março de 2009
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Pedras no caminho ?Guardo todas, um dia vou construir
um Castelo!Fernando Pessoa
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