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Saramugo
(Anaecypris Hispanica)Trabalho realizado por: • Catarina Colaço Nº5• César Soares Nº 6• Raúl Lampreia Nº23• Nuno Correia Nº26
Introdução O Saramugo (Anaecypris hispânica) é o mais pequeno peixe da fauna da
bacia do Guadiana.
O seu comprimento raramente ultrapassa os 7 cm, sendo que, regra geral, as fêmeas são maiores que os machos.
Tem sofrido uma redução significativa nas últimas décadas e isto deve-se à má gestão dos seus habitats aquáticos. Por isso foram criadas medidas de conservação para esta espécie, tais como :
Recuperar a sua área de ocupação ;Manter a continuidade das espécies ;E também recuperar o seu habitat.
Fig.10 – Saramugo no seu habitat
Distribuição Requesitos Ecológicos
AmeaçasFormas de Conservação
Distribuição
Esta espécie existente apenas na Península Ibérica nomeadamente na Bacia do Guadiana, entre o Rio Estena (Espanha) e a Ribeira de Odeleite (Sul de Portugal).
Tendência Populacional: A sua abundância e distribuição sofreram cerca de 80% de redução nos últimos 20 anos, em território nacional, em Espanha a situação é idêntica.
Fig.1 -Bacia Hidrográfica do Guadiana
Requisitos ecológicos
Habitat: Prefere habitar em águas abaixo dos 350 m de altitude, estreitos e com reduzida profundidade e vegetação aquática imersa. As populações do Norte podem crescer mais rapidamente e atingir maiores dimensões do que as do Sul, o que sugere a existência de melhores condições potenciais de habitat no Norte.
Alimentação: Alimenta-se essencialmente de
invertebrados e ainda de plantas fanerogâmicas, algas e detritos.
Reprodução: Rápido crescimento durante o primeiro ano de vida. Reproduz-se na Primavera, e atinge no máximo 3 anos.
Fig.2 - Saramugo
Ameaças A poluição resultante de descargas de resíduos de
origem industrial e urbana provoca a perda da qualidade da água.
A sobre-exploração dos recursos hídricos, nomeadamente através de captações de água para rega, reduz drasticamente o habitat disponível, nomeadamente para a realização de desova.
A regularização dos sistemas hídricos – a construção de valas artificiais com o intuito de melhorar o escoamento da água leva à modificação drástica do leito do rio.
Fig.3 - Resíduos Industriais
Fig.4 – Captação de Água
Fig.5 – Valas artificiais
A destruição da vegetação ribeirinha – devido à desflorestação das margens e leito dos cursos de água, e ao aumento das áreas agricultadas diminuindo o nível da temperatura e oxigenação da água.
A introdução e expansão de espécies de valor comercial ou desportivo originam situações de competição alimentar e territorial, ou mesmo predação sobre os juvenis ou adultos.
A pesca de espécies ocorrentes no Guadiana com interesse comercial e a utilização de meios de captura ilegais são outros factores responsáveis pela diminuição de efectivos populacionais (redes ilegais).
Fig.6– Destruição da vegetação ribeirinha
Fig.7 - Introdução de Espécies (Achigã)
Fig.8 – Pesca desportiva
Formas de ConservaçãoPara conservação desta espécie, pretende-se:
Aumentar os efectivos populacionais desta espécie;
Condicionar a construção de novas barragens e açudes,devendo a construção ser analisada e planeada a nível de toda a bacia;
Manter ou melhorar a qualidade da água a um nível favorável à conservação da espécie.
Restringir o uso de químicos agrícolas, adoptando técnicas alternativas em áreas próximas do habitat da espécie;
Condicionar a captação de água, através de medidas legais e de fiscais, nas zonas de reprodução, alimentação e abrigo de juvenis da espécie e durante os meses de menor escoamento;
Proteger as margens, promovendo a conservação ou a recuperação da vegetação ribeirinha;
Criar zonas de protecção para recuperação de áreas mais sensíveis para a conservação da espécie.
Fig.9 – Saramugo
Conclusão
A construção de barragens, a poluição causada por descargas, as captações de água e a introdução de espécies exóticas no rio, como o Achigã, são algumas das causas da redução do efectivo desta espécie.
A população do Saramugo conhecida apenas na Bacia Hidrográfica do Guadiana, em particular nas suas ribeiras, sofreu uma redução de 80% nos últimos 20 anos.
Esta espécie tem sido reproduzida em cativeiro e depois lançada ao seu habitat, mas este método não resolve esta drástica extinção, porque a espécie acaba por não se adaptar ao seu novo meio e acaba por morrer.
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