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Xarope base produzido artesanalmente, entretanto com ótimo padrão de viscosidade na densidade 1,32g/cm³, próximo à saturação, o que lhe confere auto preservação contra microrganismos.
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9 ° E N C O N T R O I N T E R M U N I C I P A L S O B R E P L A N T A M E D I C I N A L E Q U A L I D A D E D E V I D A
2 1 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 4 – M U R I A É
D R Á U Z I O E F E R N A N D O
Xarope Fitoterápico Artesanal
Generalidades
Planta medicinal espécie vegetal, cultivada ou não com propósitos terapêuticos;
Medicamento fitoterápico produto obtido de planta medicinal, ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa;
Derivado vegetal é o produto da extração da planta medicinal in natura ou droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros.
Critérios no preparo de bons fitoterápicos
Escolha da planta Uso popular X Uso oficial ;
Eficácia a espécie tem comprovadamente atividade farmacológica que justifique seu uso?
Segurança índice terapêutico elevado e toxicidade baixa;
Dose
Duração do tratamento
Uso interno ou externo
Paciente
Segurança
Critérios no preparo de bons fitoterápicos
Origem que seja de fácil obtenção, de ocorrência local, livre de contaminantes;
Identificação botânica conhecimento popular X fontes científicas;
Espécie Nome comum
Parte usada
Ativos Uso
MikaniaglomerataSpreng
Guaco – uaco –cipó-catinga –erva-cobre –coração de jesus– erva de cobra
Folhas CumarinaFlavonóidesTaninoSaponinaGuacosídeo
AntinflamatórioBroncodilatadorExpectoranteAntiasmático
Critérios no preparo de bons fitoterápicos
Planta cultivada ou obtida por extrativismo?
Coleta Parte usada da planta, material saudável, livre de contaminantes, melhor período.
Parte usada Período de coleta (UFC)
Brotos Final do Inverno
Caules Outono
Flores Desabrochadas antes de fecundadas
Folhas Antes da formação do botão floral
Frutos Maduros
Maceira (lenho) Inverno
Raízes, risomas e bulbos Outono
Ramos floridos Antes da formação dos frutos
Critérios no preparo de bons fitoterápicos
Monda inspeção realizada logo após a colheita;
Estabilização minimizar o processo de degeneração celular por mecanismos bioquímicos;
Dessecação ou secagem redução da umidade, à sombra para drogas termo-lábeis;
Trituração processo para redução do tamanho das partículas;
Armazena-
mento
Nome da Planta – Denominação científica
Coleta: Data_______Local________Resp._________
Secagem: Data____________ Resp.:_____________
Trituração: Data___________ Resp.:_____________
Armazenamento: Data_______Quantidade:_________
Extração: Tintura Hidro alcoólica
Processo onde a planta fica em maceração:
Planta seca Preparação líquida alcoólica através da extração em temperatura ambiente: 10 a 20% de planta seca em contado com álcool 70° em ambiente escuro por 10 a 15 dias sob agitação diária.
Planta verde calcular o resíduo sólido
Planta com até 29% de resíduo sólido – álcool 90%
Planta com 30 a 39% de resíduo sólido – álcool 80%
Planta com resíduo sólido acima de 40% - álcool 70%
AÇÚCAR MASCAVO
Preserva todos os componentes extraídos da cana de açúcar conferindo características nutricionais
Composição para 100g de açúcar
XAROPE FITOTERÁPICO
Solução com elevada concentração de açúcar próxima à saturação e densidade entre 1,31 a 1,33mg/cm³;
Para se obter 1000mL de xarope são necessários 860g de açúcar e cerca de 450ml de água purificada.
Fórmula para o xarope base:Água = (Densidade x Volume) - Açúcar
Sendo que:Densidade = 1,32mg/mLVolume = volume final do xarope a produzirAçúcar = 85% do vol. Final do xarope em gramasÁgua = será a quantidade a ser acrescentada para que o xarope atinja a densidade e viscosidade ideal
Em um recipiente adequado (vidro ou inox) dissolver o açúcar em água em banho-maria com agitação constante;
Esfriar, acertar o volume com água, se necessário;
Homogeneizar e filtrar;
Deixar em repouso por 12 horas;
Acrescentar os ativos conforme orientação técnica;
Nota: a temperatura do banho-maria não deve ultrapassar 80°C.
Este método resulta em xarope auto preservado.
Preparação do xarope base
Sugestão de fórmula
XAROPE DE Mikania glomerata Sprengel
Xarope de Guaco expectorante
Modo de usar: Criança de 3 a 7 anos 2,5mL 2 vezes ao dia. Crianças de 7 a 12 anos 2,5mL 3 vezes ao dia. Acima de 12 anos 5mL 3 vezes ao dia.
Advertências: não usar em diabéticos, gestantes, lactantes e crianças menores de 2 anos.
Farmacopéia Brasileira 1ª edição.
Componentes [%] Quantidade
Tintura de Guaco a 20% 10% 10mL
Extrato de própolis 2% 2mL
Xarope simples (base) qsp 100mL
Sugestão de fórmula (UFV)
Componentes [%] Quantidade
Tint . De Alfavaca (Ocimum sp) 1 10mL
Tint. De Assa-peixe (Vernonia polyanthes) 1 10mL
Tint. De Calêndula (Calendula officinalis) 1 10mL
Tint. De Cambará (Lantana camara L.) 1 10mL
Tint. De Eucalipto (Eucalyptus globulus) 1 10mL
Tint. De Guaco (Mikania glomerata S.) 1 10mL
Tint. de Própolis qsp 30 gotas
Xarope Base (com açúcar mascavo) qsp 1.000 mL
Modo de usar: Criança de 3 a 7 anos 2,5mL 2 vezes ao dia. Crianças de 7 a 12 anos 2,5mL 3 vezes ao dia. Acima de 12 anos 10mL 3 vezes ao dia.
Advertências: não usar em diabéticos, gestantes, lactantes e crianças menores de 2 anos.
9º Encontro Intermunicipal sobre Plantas Medicinais e Qualidade de Vida - Muriaé
Farmacotécnica doXarope Fitoterápico Artesanal
Dráuzio e Fernando (farmacêutico)fernando.a.calais@gmail.com
Este material é parte de uma oficinaapresentada no encontro acima.
Em caso de dúvida consulte um médicoou um farmacêutico.
Muito Obrigado!
Referências
FONSÊCA, Said Gonçalves da Cruz, FARMACOTÉCNICA DE FITOTERÁPICOS, UFC. Disponível em: http://www.farmacotecnica.ufc.br/arquivos/Farmacot_Fitoterapicos. PDF .
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. FORMULÁRIO DE FITOTERÁPICOS DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. 126p. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf
JESUS, Daniele Almeida de. QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS DE AÇÚCAR MASCAVO. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. USP, Piracicaba, 2010.
MARTINS, Ernane Ronie...[et al.]. PLANTAS MEDICINAIS. Viçosa: UFV, 2000.
Lorenzi, Harri PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
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