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Poesias que há anos venho publicando no RECANTO DAS LETRAS: http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral e no meu site: www.amorepoesia.org
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O Floral Poético
DANIEL D’AMARAL
POESIAS
CAPÍTULO 1
Poesias“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!…”
Florbela Espanca
Quando criança, ainda na escola primária, a professora pediu para que escrevêssemos uma poesia. A palavra era desconhecida para mim aos 8 anos de idade e também o era para os meus colegas de turma. Para mim, a palavra soou como uma coisa completamente nova, desconheci-da…No fim da redação , ela se surpreendeu com o meu texto e as rimas e vaticinou: “Você vai ser poeta”. Eu não sabia o que era ser poeta... Que pena que não tenho guardado comigo o texto que fiz.
Queria tê-lo ainda agora.
Hoje, sempre que penso em escrever, vem-me à lembrança
deste dia e a inspiração não me falta nessa hora.
Quase todo poeta é um apaixonado por imagens difusas, de véus, pores de sol, flores e relva, mulheres lindas, divindades,...que o remetem a um mundo de beleza, ou de tristeza, alegria. De sentimentos às vezes dissonantes mas, lá no fundo da alma, ele guarda com esmero a sua verve e inspiração e a ela recorre semipro Que. Deseja criar.
O poeta doa a sua inspiração para emocionar e transformar o mundo e a si mesmo.
http://www.recantodasletras.com.br/autores/DanielAmaral
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ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos,
que me dizem tanto!
Quando os leio, de alegria eu canto
Canto à tua pena, magia incontida.
Canto a vida que há neles,
Pois não são rimas, simplesmente
São como a pérola única e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeço-te por este dia...
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia.
Daniel Amaral
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Poemas de Daniel D’Amaral
O POEMA DA SAUDADE
3 INTRUSOS
Se a tristeza é tanta a transbordar dos olhos,
Que até espanta o mais sofrido
num alarido sem causa, É porque te falta a pausa
que transmutada de ti foge...
Foge com medo E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvãos dos dedos...
Sem sentido, o amargurado
Se sentindo apedrejado cai ao chão, dizendo não à vida que lhe fora dada.
Nenhum sentido há na tristeza que não é tua
Em triste choramingar
Sem uma luz que atenua
Dos teus medos, à tristeza...
Peça ao vento, diga a lua:
“quero me livrar dessa tristeza”
Pegue então os seus temores,
e os entregues a correnteza.
Daniel Amaral
17-09-2014
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Poemas de Daniel D’Amaral
INTRUSOS
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A POESIA ORVALHADA
AnaVocê foi a minha melhor companhia.
Queria mais da tua presença.
Vontade tenho ainda!
Mas do que me vale a vontade, Se na verdade tu me negastes um beijo?
Que de tanto desejo, ardente Busquei em teus lábios.
Você chorou lágrimas doídas
Como se o coração hesitasse...
Vai, meu amor, com olhos marejados
Buscar a esperança!
Vai, minha flor!
Vou regar-te as pétalas
Com o orvalho da manhã,
Para te refrescar a saudade!
(Daniel Amaral)
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Poemas de Daniel D’Amaral
A POESIA ORVALHADA
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Poemas de Daniel D’Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilliante do firmamento!Assim fazer-te mais feliznum momento,Tocando a tua alma, num gesto carinhoso...Ver brilhar o teu lindo rosto num sorriso,Apertar-te a mão pequena, calorosa e maciaSentir a felicidade e abraçar-te sem avisoDar-te o melhor do amor e da alegria... Quero ofertar-te o bem mais valioso! Para que livre o teu âmago e repleto Da eterna e desejada paz de espírito, Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coração com este amor infindoPara que assim, ao despertarmos deste sonho, qual amantes numa eternidade prazerosa, Possamos livres estar do esgar medonhoDas vidas desperdiçadas sem sentido.
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
HELENA
HELENA
Helena, trago na mão uma pena,
para escrever o seu nome "Helena"...
Com essa mesma pena,
roçarei as melenas, dos teus cabelos,
e sussurrarei o seu nome: "Helena".
E nas tuas mãos pequenas,
macias e serenas, calmo, como a brisa da tarde amena,
pintarei numa tela uma cena,
onde serás a pequena flor de lótus, "
Helena".
(Daniel Amaral)
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Poesias de D’Amaral
UMA NOITE DE VERÃO UMA NOITE DE VERÃO
Boa noite de sono, Sono tranqüilo e
sereno Te desejo sincero neste mo-
mento pleno,
Em que desejas companhia... Mas
estando sozinha, sonhas Que a noite
te abarca a agonia E te aconchegas
nas fronhas.
Dormes sozinha e completa. O teu
semblante descansas Nas macias
cobertas do leito
Onde flutuas alegre e repleta Depois
do gozo que aplacas...
Como quisera, ó musa, Doar-te o
meu calor festeiro Neste escuro
diáfano. Estar contigo em carícias
A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes, que a manhã Já canta nas
matas A chamar o teu nome:
"Princesa!"
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
AO SOM DA CHUVA, COM UMA MÚSICA DE FUNDO AO SOM DA CHUVA
(Com uma música de fundo)
Duma nuvem caem pingos d'água
Para que te lembres de mim E os meus olhos, sem mágoa
Lacrimejam saudosos assim
Não é tristeza, É saudade
Que sinto dos teus versos e de ti
Que de tão longe arrebatasO meu coração que chora e sorri.
Chora a tristeza da distância
Deste oceano que nos separa...
Mas sorri dos momentos na
lembrança
Do mais lindo que de nós ficara
Pingos d'água incontáveis
Trazem a chuva promissora Que
nos une e nos afaga
Enquanto cai suave,
redentora.
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
AO LUAR PRATEADO AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno Da noite que ia linda a sonhar,
Enquanto o mar cantava sereno.
Emocionado pela beleza explícita Daquele mágico momento,
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa.
Numa tela quis guardar esse instante Tão breve e tão belo...
Totalmente Pois as ondas ressoavam mansinho
A pedir num murmúrio sussurrante "Pinta-me este luar
eternamente?"Busquei os pincéis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida
emoçãoE fixei os olhos transbordantes,
Enquanto a lua conduzia a minha mão.
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela, afoito,
Desejoso do teu coração apaixonar.
(Daniel Amaral)
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Poemas de Daniel D’Amaral
A POESIA ORVALHADA
POESIA ORVALHADA II
AnaVocê foi a minha melhor companhia.
Queria mais da tua presença. Vontade
tenho ainda!
Mas do que me vale a vontade,Se na verdade tu me negastes um
beijo? Que de tanto desejo, ardente
Busquei em teus lábios.
Você chorou lágrimas doídas Como se o
coração hesitasse...
Vai, meu amor, com olhos marejados
Buscar a esperança!
Vai, minha flor!
Vou regar-te as pétalas Com o orvalho
da manhã, Para te refrescar a saudade!
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
VITÓRIA A ILHA DO MELVITÓRIA, A OLHA DO MEL
O que dizer de uma cidade que é toda linda…?
Que mais que não fora ainda dito dignamente? Vitória, nome de mulher
de valor definitivo, Teu nome te cai perfeito, cabe em ti lindamente.
Sinuosas as tuas formas de criação perfeita.
És do menestrel a purpúrea rima preciosa.
Nos meus recordares, mãe boníssima,
Vêm-me a infância em tua mão bondosa.
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dor, inimigo,
de quem a mão seguro arduamente, Pois, embora longe dos teus braços,
Jamais esqueço que as sementes Impregnadas na minh'alma
Vêm de ti e estarão sempre comigo.
O que devo então dizer-te? Parti,... e partido o coração… Ousado, quero agora pedir-te
-Perdão,… Perdoa-me.
©Daniel Amaral 06-08-2011
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Poesias de Daniel D’Amaral
O AMOR
O AMOR
Ah... O amor!!
Esse sentimento que, universal,
mesmo assim ainda tão pouco
compreendido, ainda persiste,
subsiste, permanece,apesar da nossa ambigüidade...
O sentimento que mantém de pé
a nossa tão combalida existência!
Mas saibas Que ao amor,tudo é possível.
Ele é filho do céu!
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
A PASSAGEM
A PASSAGEMSempre que olho para o céu
Estou contemplando do infinito o passado Me quedo triste, silente e amargurado Pois
não consigo desvendar-lhe o véu...
Ó, imensidão que me encobre e conquista, De onde viestes, tempo infecundo?
Por que existes, aurora trismegista?
Não me atormentes, negror furibundo!Não temo a morte, certeira verdade
Apenas não aceito o tempo... Tão curto! Que, a despeito de meus desejos delirantes
De eternidade, sei-me agora efêmero e já é tarde...
Vida minha que segue em desterro, Como em ondas, repetidas, constantes. Vou, caminhante de passos descaídos
Enquanto o tempo míngua, passageiro.
Os dias passados de viva lembrança De quando criança - era eterno bem-te-vi
A cantar alto a sina que se mostrava Repleta do mais alvo fulgor e bonança...
Vai, tempo...
"O tempo não é uma abstração Pois, se assim o fosse,
Eu não escreveria este poema." (Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
SUNNY LOVE
Sunny Love
Sunny,(voce me lembra aquela música),...
A ensolarada poesia que escorrePor entre os teus dedos é plena de be-
leza. Deves ser mesmo assim,
irradiante pessoa.
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza.
Daniel Amaral06/08/2011
Uma homenagem a amiga poeta
Sunny Lora.
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Poesias de Daniel D’Amaral
BEIJO NA BOCA DA NOITEBeijo na boca (da noite).
Boa noite de descanso!- Diz-me a
noite...
Não vá, ó deusa dos véus esvoaçantes,
fica comigo só mais essa noite, para
que possa sonhar em estar contigo
outra vez, esta vez!
Ó musa dos meus sonhos de amor!
Embala-me em teus braços, Mornos
como a ensolarada tarde e acende em
mim o desejode um amor infinito Como a noite
mais esplêndida!
Continue aqui comigo, Ó amada,
mais sonhada e desejada que o dia!
O último dos dias...
Quem sabe se aqui estarei amanhã?
Talvez aqui tu já não mais me veja!
Ó, minha esperança. Não se desva-
neça, amada!
A ingrata noite mulher que me mal-
trata Um coração cheio de esperança...E que ainda canta!
"És poesia que imediata Mal-
trata e também Inspira-me
com a tua presença!" Su-
pliquei em vão...
"Vou ter que partir" - repetiu
em voz baixa. E eu Aturdido:
Vai, Ó desespero!.Não maltrates mais este co-
ração! Vai-te,... e não digas
que não acreditas... Serás
para mim como o bem mais
desejado O bem que não con-
segui ter...Ó sina!
"Boa noite, amor meu!",
disse-lhe. "Durma com os an-
jos celestiaise que eles te conduzam ao
sonho mais belo!"
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
UM POEMA PARA A AMADA
UM POEMA PARA A AMADA
É importante que não te esqueças
Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha Só para ter um vislumbre de ti.
Ainda que no mundo hajam tantas,
Vivo por sua presença bem amado
Pois antevejo o carinho que me
encanta
Neste belo sorriso, por mim adorado
Toda vez que te chegas de mansinho
Até o meu aconchego perfumado Me sento dentre os homens,
abençoado
Pelo amor que me deu a esperança
De que sempre estarás no meu
caminho
(Daniel Amaral)
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Poesias de Daniel D’Amaral
BRINDE AO AMOR
BRINDE AO AMOR
Bebendo da tua boca, os teus bei-
jos sorvendo
No arfar dos dos teus seios, e
dos seus ter- nos abraços,
vôo na maciês dos teus braços e
ao teu corpo sucumbodepois do êxtase e do prazer,
como se morrendo...
No prazer mais plácido, divino,
manso, sereno...Da tua beleza amena, me sinto
possuidor És o tesouro perfeito e
tens o corpo moreno Como que
se banhada pelo sol do amor
"Quanto desejo do teu corpo ex-
ala! O perfume sublime dos
teus lábios ... Carnudos, molha-
dos de lascívia Que beijo em
murmúrios e estalos."
O tempo inexiste nesse mo-
mento Eterno, duradouro.
Cúmplice perfeito.
Somos amantes na entrega
total E nos seus braços me
sinto refeito.
O prazer que nos propicia-
mos, é divino! Encontro feliz
de corpos apaixonados
abençoados pelos deuses do
amor
Dando prazer aos nossos cor-
pos suados... Exalando o ine-
briante perfume
abrasador.
Dois amantes felizes não
têm fim nem morte,...
tem sorte!
©Daniel Amaral 10-05-2013
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Poesias de Daniel D’Amaral
A POESIA MINHA DE CADA DIAA POESIA MINHA DE CADA DIA
O meu grande prazer é poder dizer ao mundo,
o quanto me alegra ter optado pela poesia.
Não... Na verdade, ela Que me escolheu.Desde criança, me apeguei aos versos.
Hoje, homem maduro e feito,
ainda carrego no peito o vício da rima...Do lirismo, da métrica e do planger sonante.
Nos desvios da vida, me sobra a poesia, que o
coração feliz contagia e me faz amante.
Embora perceba que a poesia, às vezes prescinde do poeta, mas ainda, vale-se da
emoção verdade, que voa altaneira
rodopiando ao vento,
Traz o sentimento que move
no peito a emoção,
Por isso, sigo na minha lida, na minha
missão... Enquanto tiver vida,...
Jamais abandonarei a poesia
Que. Pulsará sempre no meu coração!
©Daniel Amaral
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Poemas de Daniel D’Amaral
O POEMA DA SAUDADEO POEMA DA SAUDADE
Os versos que escrevo agora
Vêm do sentir profundo do meu eu Vieram
chegando... Devagar, surgindo...
E instalaram-se neste peito meu...
A saudade, este sentimento vil, Apoderou-
se com braços invisíveis Do meu coração
que não te esquece,
Nem dos nossos momentos felizes.
Na busca incessante da memória, Insones
e amarguradas são as noites Que atravesso
por sonhos úmidos Em que tua ausência, é
como mil açoites
Saudade dos teus olhos, do teu corpo...Em tudo eu busco você, nessa procura sem
fim E o meu peito, sôfrego de tua presença,
chora... E a saudade mais ainda
maltrata-me assim!
(Daniel Amaral)
29-01-2012
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente...."
Fernando Pessoa
2 Minha História
Nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho de uma família muito pobre, financeiramente falando.
Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agri-cultores de subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos ani-mais que caçávamos e criávamos, como as capivaras, que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantações de milho, feijão, batatas e de mandioca pelo meu avô.
Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do qual trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passávamos muito tempo.
Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil manuseio). Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente de escravos, era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre-viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro.
Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente passávamos fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogão de lenha.
O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse era o melhor momento para a pesca com os espinhéis (feixe deanzóis) para pegar jacarés e também para colocar os samburás - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipós) na boca da vazante do rio).
Daniel Amaral
http://www.amorepoesia.org/2009/10/amorepoesia82-minha-historia.html
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Poesias de Daniel D’Amaral
APAIXONADO CORAÇÃO
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