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Rebelva, 18 de julho de 2014
A MULHER ADÚLTERA-
3 momentos, 6 histórias
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
I. ENQUADRAMENTO ESPAÇO-TEMPORAL
II. A NARRAÇÃO TRADICIONAL
III. ESCREVENDO NA AREIA
IV. O DRAMA DA MULHER
IV. O SEDUTOR ADÚLTERO
V. O MARIDO
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
ENQUADRAMENTO
ESPAÇO - TEMPORAL
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O episódio da mulher adúlteraterá ocorrido no segundo ano davida pública de Jesus, quando oMestre começava a tornar-seconhecido pela doutrina de amore perdão que professava.
Foi durante o mês de Outubro,findas as Festas dosTabernáculos, que naquele anotinham comemorado uma ceifaabastada, que a cena decorre.
Enquadramento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Também Jesus viera a Jerusalém para participar nasfestividades, mas em simultâneo queria conviver com opovo e, talvez, dar-se a conhecer a este.
Muitos já O tinham visto e escutado, pelo que a suapresença provocava já reacções entre os populares e,de cariz diverso, entre os doutores da lei.
Todos, contudo, queriam conhecê-LO.
Enquadramento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
A NARRAÇÃO
TRADICIONAL
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada,voltou outra vez para o templo e todo o povo vinhater com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério,colocaram-na no meio e disseram-lhe:- Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar emflagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nosmatar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?
A narração tradicional
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numaarmadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus,inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com odedo na terra.Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se edisse-lhes:“Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe aprimeira pedra!”
A narração tradicional
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Rebelva, 18 de julho, 2014
E, inclinando-se novamente para o chão,continuou a escrever na terra. Ao ouvirem isto,foram saindo um a um, a começar pelos maisvelhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava nomeio deles.Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: “Mulher,onde estão eles? Ninguém te condenou?” Elarespondeu: “Ninguém, Senhor.” Disse-lhe Jesus:“Também Eu não te condeno. Vai e não voltes apecar.” João: VIII 1 - 11
A narração tradicional
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
ESCREVENDO NA
AREIA
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O Cristo encontrava-se próximo à porta de Nicanor, no ladoleste do Templo de Jerusalém, tendo chegado pelo caminhodo Jardim das Oliveiras.
Escrevendo na areia
Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar. Então, osdoutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certamulher apanhada em adultério, colocaram-na nomeio e disseram-lhe:
“Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar emflagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nosmatar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?”
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Durante o período de tempo decorrente entre ainterrogação dos doutores da lei judaica “E Tu que dizes?” ea resposta do Mestre, algo terá ocorrido que parece teralterado a disposição da turba inflamada.
É lícito estabelecer uma relação entre esta alteração dehumor e o que Jesus terá inscrito no solo durante o seusilêncio verbal.
Escrevendo na areia
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Ora, segundo referências do plano espiritual, o que o Filhodo Homem escrevia no solo com o seu dedo, não era maisdo que os defeitos dos que, a cada instante, O observavam,recordando-os das suas próprias imperfeições, fosse eleladrão, caluniador ou … adúltero.Cfr. Luz do Mundo: 13
Daí que, quando a resposta de Jesus é finalmenteverbalizada, a reflexão impulsionada pela culpa já haviainduzido à indecisão da condenação… faltava apenasdesmontar a armadilha fundamentada na lei mosaica.
Escrevendo na areia
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Qualquer que fosse a opção tomada pelo Mestre, seriasempre alvo de crítica.
Para casos de adultério, a lei mosaica, fria e dura, era claraquanto à pena: morte por apedrejamento – como aconteceainda hoje no Irão.
Porém, ainda que o Cristo anui-se com esta medida, estariaa ir contra as determinações de Roma, que apenas permitiaao Imperador e seus representantes nas regiõesconquistadas, como era o caso da Judeia, dispor da vida deterceiros.
Escrevendo na areia
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
E sendo certo que, dado o clima de festividade, pairava noar uma certa tolerância para com todos, optardeclaradamente pelo perdão poderia ser interpretado comoum incentivo ao adultério, e como tal, imprudente.
Jesus, então, dá como resposta uma outra pergunta,devolvendo a quem o interpelava a responsabilidade daacção. “… foram saindo um a um…”
Esvaziada a praça condenatória, faltava o encaminhamentoda mulher por todos abandonada.Disse-lhe Jesus: “Também Eu não te condeno. Vai e de agoraem diante não tornes a pecar.”
Escrevendo na areia
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Rebelva, 18 de julho, 2014
O DRAMA DA
MULHER
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Naquela noite, quando o episódio
já se esvanecia, a mulher, decidida
a imprimir um novo rumo à sua
existência, procurou o Amigo
Divino.
Sem conseguir deixar detransparecer o drama que aapoquentava, solicitou um instantede conversação com Jesus.
O drama da mulher
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- Sinto-me aturdida – ripostou em pranto – sem saber que
rumo dar à minha existência. Lutei muito antes de
tombar… o sedutor rondou-me os passos como lobo
voraz, ante a presa…
- Meu esposo, passados os primeiros dias da novidade
conjugal, retomou às noitadas alegres, deixando-me em
solidão…
... carente, permiti-me envenenar por tormentos… com
sede de ternura, embriaguei-me de concupiscência e
ansiosa pela água pura do amor, chafurdei no lodaçal dos
desejos doentios.
O drama da mulher
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- O resultado foi a tragédia… Abandonada e sem lar, agora
padeço o desprezo e a zombaria geral.
A paciência e a confiança em Deus serão as duas
providencias iniciais que te facultarão a cura e a renovação
da saúde…
Não é importante o que os outros pensam de nós, mas évital o nosso equilíbrio íntimo para vivermos emtranquilidade.
O drama da mulher
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- Arma-te de humildade e confia
no amanhã. A memória do
povo é duradoura na referência
às faltas alheias, sempre
recordadas com o ácido da
acusação e os acepipes da
malícia.
- Para onde irei agora?
O drama da mulher
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- Busca a oportunidade de reparação e adapta-te à situação
actual, aguardando o amanhã com a disposição de quem
compreende o prejuízo a si mesmo causado… Segue renovada
na certeza do triunfo, porquanto todo aquele que se levanta da
queda, encontra apoio na fé e na luta, para firmar-se.
Há sempre um lugar no rebanho do amor para as ovelhas que
retornam e desejam avançar. Onde quer que vás, Eu estarei
contigo…
A mulher mudou-se para Tiro, onde passou a residir emhumilde habitação. Cfr. Pelos Caminhos de Jesus: 15
O drama da mulher
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O SEDUTOR ADÚLTERO
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O parceiro infeliz, não foi levado à praça do julgamento
(...) pervertido, ele prosseguiu nos hábitos infelizes de
torpes conquistas.
Salta de uma para outra vítima indefesa, deixando-as,
insaciado, ao abandono, destroçadas… tornara-se, um
herói entre os amigos venais que, lhe exaltaram a
virilidade. Os anos, porém, transcorreram rápidos para
a sua licenciosidade.
O sedutor adúltero – apedrejamento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Dez anos transcorridos da cena dolorosa, o antigo sedutorencontrava-se vencido por dermatoses sifilíticas, sendo,expulso da cidade sob suspeição de lepra… após vagarsem rumo, passou a recordar-se das suas vítimas,quando, quase desfalecente, foi recolhido na Casa doCaminho, na estrada de Jope.
Ali recebeu das mãos caridosas de Simão Pedro otratamento adequado e o apoio moral para a exulceraçãoíntima.
Numa noite, narrou-lhe o drama íntimo com imensa dorna alma.
O sedutor adúltero – 10 anos depois
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Pedro, após escutar aconfissão, falou-lhe do futuroe das possibilidades deredenção. Pedindo para seradmitido como servidorarrependido, o antigoconquistador, que deixarapegadas de sombras pelocaminho, recomeçou aredenção, atendendo osfilhos do calvário.Cfr. Trigo de Deus: 13
O sedutor adúltero – 10 anos depois
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
A ATITUDE DO MARIDO
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Na malta dos furibundos justiçadores das pobre,
encontrava-se o esposo traído, sobranceando injúrias e
pronto para o arremesso das pedras lapidadoras. Era um
dos mais ferrenhos acirradores do crime legal.
Desde há muito suspeitava da fidelidade conjugal da
companheira de dúbia moral e débil dignidade. Vigiava-a,
estigmatizava-a, feria-a com indiferenças. Calculara o
esforço com felina sordidez, armando o cenário para
surpreende-la no desrespeito ao tálamo.
O marido – no apedrejamento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Convocando testemunhas venais, irrompera em casa no
momento infeliz. A inditosa consorte não pode sequer
defender-se. O sedutor, pigmeu que era em si mesmo,
aproveitou-se do pânico e se evadiu… Não interessava a
ninguém o co-responsável.
Porém, a vítima indefesa, foi arrastada até à praça em
acto contínuo, sem ter tempo para recompor os trajes. O
julgamento sumário, arbitrário, sem defesa nem
argumentação, revelava a ferocidade interior de cada dos
improvisados juízes.
O marido – no apedrejamento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O Mestre, deparando-se com o aturdido esposo que
Nele fixara interrogações arrogante e ofendido, falou-lhe
à acústica da consciência:
“Como te sentes? Olvidas que na sombra de quem
tomba ocultam-se as mãos criminosas de quem o arroja
ao solo? Onde se encontra aquele que impôs a esta
mulher a deserção do dever? Porque somente ela deve
pagar? Não foram dois os transgressores da ordem e da
moral?
O marido – no apedrejamento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- Ergues a pedra – sem embargo, não és, também,
adúltero, a teu turno? Quantas vezes faliste, defraudando
a esperança das vendedoras de ilusões, que se
escravizam, a fim de conseguirem o pão amargo para a
fome do estômago? (…)
- Não teriam sido a tua frialdade moral que lhe deram o
primeiro empurram no rumo da cada? Muitas vezes ela
buscou-te sem palavras, rogou-te entendimento e
socorro. Ela caiu porque lhe faltaste com o apoio. Se te
considerares isento de culpa, apedreja-a. ”
O marido – no apedrejamento
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
O suor abundava-lhe na face e nas mãos; as pedras quesegurava, caíram ao solo. Fugiu dali, tomando o rumo dolar destroçado…Cfr. Quando voltar a Primavera: 13
Dez anos depois, numa tarde amena, o marido adúlterochega trazido por caridade, a uma casa cuja maior riquezaera o amor prestado através da palavra do Cristo. Tinha ocorpo repleto de chagas, em extrema penúria, quase mortosob o fardo de mil vicissitudes.Cfr. Pelos Caminhos de Jesus: 15
O marido – 10 anos depois
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Recolhido com carinho, teve as úlceras aliviadas comunguentos medicamentosos de mãos caridosas. Quando serecobrou do desalento, ouviu a mensagem de encorajamentoem nome de Jesus e indagou interessado:
- Vós o conhecestes?
- Sim, eu o conheci oportunamente…
- Também eu tive a honra de O conhecer – respondeu
moribundo – mas não soube benefeciar-me. Eu, egoísta e
mau, O detestei, afastando-me da Sua presença confuso e
amargurado… abandonei a companheira a quem infelicitara
com os meus vícios e envenenei-me de dor.
O marido – 10 anos depois
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
- Passados anos,
despertando para a
verdade, tenho-a
buscado em vão, até
que a doença me
devorou o corpo e
aqui estou.
O marido – 10 anos depois
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
A mulher que era responsável por aquela casa humilde,querida e respeitada por todos, recordou-se naqueleinstante da praça e do diálogo, à noite, com o Mestre,reconhecendo, diante de si, o companheiro do passado.
Jesus lhe havia dito:“- O arrependimento do erro, a confiança em Deus e a
paciência, são os primeiros passos para a reparação de
qualquer delito.”
Cfr. Pelos Caminhos de Jesus: 15
A mulher – 10 anos depois!
A MULHER ADÚLTERA- 3 momentos, 6 histórias
Rebelva, 18 de julho, 2014
Textos da Codificação Espírita:. Evangelho segundo Espiritismo
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Textos do Novo Testamento:. Evangelho de Lucas: 6-7;. Evangelho de Mateus: 5-8.
Outros textos Espíritas:. Quando voltar a primavera. Sabedoria do Evangelho. Trigo de Deus. Vinha de Luz.
Fontes de consulta
“- O arrependimento do erro, a confiança em Deus e apaciência, são os primeiros passos para a reparação dequalquer delito.” Pelos caminhos de Jesus: 15
A MULHER ADÚLTERA
Rebelva, 18 de julho de 2014
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