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A Ciência Através dos Tempos
Séculos XVIII e XIXUniversidade do Estado de Minas
GeriasFaE – CBH
NF6AGrupo: Bárbara Mello; Camila Júlia; Débora Malaguth; Felipe dos Santos Gomes; Isabela Pereira.
Século XVIIIO Século das Luzes
“Séculos das Luzes”
Os Tempos de “Iluminismo”A humanidade havia aprendido sobre
o universo, com um novo modo de ver o mundo, chega à conclusão,
que o pensamento não precisa mais de limites ou tutores, negando a
teologia na construção dos saberes, desligando a ciência da igreja.
Conhecimento era dito como fator chave para a virtuosidade e
felicidade.
Iluminismo para Kant
O filósofo Kant, define o que é Iluminismo:
“A saída do homem de sua menoridade, da qual ele é o
próprio responsável. (...) “Sapere aude!” Tenha coragem de usar seu
próprio entendimento”(WEFFORT, 2006, p. 83).
Iluminismo Séc. XVIII
“Kant, portanto, define o Iluminismo como aquilo que permite ao homem pensar por si mesmo e repensar as decisões dos outros.” (CHASSOT,
2004, p. 165)
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a
cultura e a sociedade.
Iluminismo Séc. XVIII
O Iluminismo assim, advindo do racionalismo e do empirismo do século
XVII, concebe suas reflexões filosóficas.
O Iluminismo tem como plano de fundo e contexto histórico a Europa na:(1760 a 1830) -Primeira Fase da
Revolução Industrial.(1789) - Revolução Francesa.
O Iluminismo defendia
• A liberdade econômica, sem a intervenção do Estado;
• O avanço da ciência e da Razão;
• O predomínio da burguesia e dos seus ideais.
Principais pensadores iluministas:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Principais pensadores iluministas
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
Conhecimento no Iluminismo
• O enciclopedismo e os enciclopedistas;
• Lavoisier e a química moderna;
• A Revolução Industrial.
O enciclopedismo e os enciclopedistas
1750
A Enciclopédia considerada da obra
fundamental do Século das Luzes, lançada em 1750,
tinha como objetivo reunir os
conhecimentos dispersos no planeta,
para expor seu sistema para todos os homens e transmiti-los através das gerações.
A Revolução Industrial 1760
A Revolução Industrial 1760
A sociedade européia ocidental passou, a partir de meados do século XVIII, por um processo de transformação global
que marcou o estabelecimento do sistema capitalista como modo de
produção predominante. Essa transformação atingiu todos os níveis
da sociedade e teve no nível econômico sua concretização na Revolução
Industrial.
A Revolução Industrial 1760
Dessa maneira a Revolução Industrial deve ser entendida como um conjunto de
transformações ocorridas na indústria, na agricultura, nos transportes, nos bancos, no comércio, nas comunicações, ou seja,
em toda a economia, que se tornou capitalista. Esse processo envolveu a
própria sociedade, que se dividiu em duas classes principais: a burguesia,
proprietária dos meios de produção e o proletariado, que para subsistir tem que
vender o único bem que possui: sua força de trabalho.
A Revolução Industrial 1760
Num sentido mais restrito a Revolução Industrial representou o processo de mecanização das indústrias, ocorrido
primeiramente na Inglaterra, em fins do século XVIII e depois em outros países como
a França, Alemanha e os Estados Unidos. De acordo com esse conceito, a partir da máquina a vapor houve uma revolução
industrial que, em sua evolução, teve várias fases. No entanto, vários autores citam três revoluções industriais, sendo que a primeira
ocorreu, mais ou menos, entre 1760 e 1870, a segunda entre 1870 e 1945 e a
terceira a partir de 1970 até os nossos dias.
A Revolução Industrial 1760
A Revolução Industrial representou a concretização do sistema capitalista,
na medida em que alterou profundamente o dia-a-dia dos
homens e de sua forma de vida.
Consequências da Revolução Industrial
1760• A afirmação do capitalismo como modo de
produção dominante e da burguesia e do proletariado como classes básicas na nova estrutura social.
• A utilização constante de máquinas e a maior divisão técnica do trabalho com o conseqüente aumento da produção e da produtividade, o que impôs o alargamento dos mercados.
• A falência das antigas corporações e manufaturas, a proletarização dos antigos artesãos e o surgimento de uma questão social, uma vez que as condições do proletariado eram precárias.
Conseqüências da Revolução Industrial
1760• O aumento da produção e da
urbanização e a redução de população rural em conseqüência da Revolução Agrícola que diminuiu a necessidade de muita mão de obra nos meios rurais.
• Em virtude da Questão Social, surgimento de ideologias que contestavam o sistema, com o socialismo e o anarquismo.
Lavoisier e a química moderna 1789
A química chega ao século XVIII ainda
marcada pela alquimia.1789
Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794) foi
o responsável pela Revolução Química no século XVIII, onde a
química passou a ser tratada como ciência. E
com a sua obra: publiTratado Elementar
da Química publicado em 1789 (Traité élémentaire
de chimie), cação considerada marco da
Química Moderna.
A freqüente utilização da balança pode ser considerada uma das principais características do trabalho de pesquisa de Lavoisier. Isso o levou à descoberta da importância fundamental da massa da matéria em estudos químicos, o que fez concluir que a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação, ou seja, a famosa "Lei da conservação das massas".
Lavoisier foi o primeiro a realizar a análise de substâncias orgânicas, queimando-as em oxigênio e pesando a água e o gás carbônico formados. Foi assim, um precursor da química orgânica. Criou uma nomenclatura das substâncias químicas semelhante à que ainda está em uso; surgiram, assim, os compostos do oxigênio, enxofre e fósforo, respectivamente. Deve-se a ele também a conclusão de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio. Isso, na época, foi surpreendente, pois a água era tida como substância simples, ou seja, impossível de se decompor.A partir da publicação do "Tratado Elementar da Química" até o dia de sua morte, ele se dedicou ao estudo da fisiologia, realizando, entre outras, pesquisas relativas à respiração e à transpiração.
Referências
• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos (2. ed.) São Paulo: Moderna, 2004.
• WEFFORT, Francisco Correia (Org.). Os Clássicos da Política. v. 2. 11ª Ed. 2006.
Século XIXA Ciência se consolida.
Século XIX
A migração do criacionismo para o evolucionismo de
Darwin, a eletricidade e Marx, a ciência nas
relações sociais.
A química: da análise à síntese.
O tratamento quantitativo dos fenômenos químicos, a investigação química;
1803 - John Dalton (1766-1844), buscando explicar as propriedades dos gases, propõe que estes deveriam ser
formados por átomos, que se diferenciam apenas no seu tamanho.
A química: da análise à síntese.
1869 - A tabela periódica é legitimada mundialmente, com base nos trabalhos de Dmitri Ivanovitch Mendeleiv(1834-
1907). Fundamental para o entendimento da química até os dias de hoje.
Em conseqüência de todos os avanços surge a indústria química. Cosméticos, pólvora, diferentes explosivos, adubos
entre outros;
A química: da análise à síntese.
A física: a eletricidade muda a maneira de viver
O estudo mais desenvolvido no campo da física foi sobre
a eletricidade e o eletromagnetismo, dando
continuidades as contribuições de Galileu,
Newton, Leibnz entre outros;
A física: a eletricidade muda a maneira de viver
1784 - Coulomb, estudou a repulsão entre cargas
opostas, Lei de Coulomb;
Luigi Galvani (1737-1798) fez as primeiras experiências sobre condução elétrica;
A física: a eletricidade muda a maneira de viver
1800 – Em 20 de março de 1800 o italiano Alexandre Volta descobriu a pilha elétrica, que recebeu este nome, já que as primeiras pilhas
eram formadas por moedas empilhadas, e a unidade de
corrente elétrica, chamada volt é em sua homenagem;
A física: a eletricidade muda a maneira de viverOutros nomes foram importantes para a evolução nos estudos da eletricidade no século XIX como,
Georg S. Ohm (1787-1854) estudou a unidade de resistência elétrica ohm,
o dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) estudou o
campo magnético, o francês André Marie Ampère (1775-1836) a unidade
de intensidade de corrente, o ampère.
A física: a eletricidade muda a maneira de viver
• O britânico Michael Faraday: contribuições no campo da eletroquímica e criador das leis da eletrólise de Faraday. Fez diversas descobertas como: motores e geradores elétricos, os trens e bondes elétricos, o suprimento de eletricidade pública, as centenas de inventos patenteados pelo estadunidense Thomas Alva Edison e o telefone elétrico inventado pelo estadunidense Alexander Graham Bell.
A física: a eletricidade muda a maneira de viver
James Clerk Maxwell: escreveu o célebre Tratado sobre eletricidade e magnetismo.
Britânico Lord Kelvin: fez uma série de estudos na busca de soluções
matemáticas para os fenômenos elétricos.
Alemão Heinrich Hertz: descobriu as
ondas eletromagnéticas, cuja unidade de freqüência recebeu seu nome, hertz.
Charles Darwin: “A sobrevivência dos mais
adeptos”Assim como outros revolucionários, Charles Robert Darwin (1809-1882) foi conhecido como o “Newton
da Biologia”.
Filho de médico, Darwin ingressou na Universidade de Edimburgo para estudar medicina. Mas desistiu de ser médico e tornou-se naturalista da armada
inglesa. Como naturalista estudou a floresta tropical brasileira, o pampa argentino, a vegetação andina, etc., destacando a ilha de Galápagos, no sudeste do Pacífico, onde observou nos animais
características próprias de adaptação ao isolamento geográfico, o que divergia do Criacionismo e inalteração das espécies.
Charles Darwin: “A sobrevivência dos mais
adeptos”Em 1842, Darwin tinha o primeiro rascunho, com
35 páginas, o qual se tornaria A origem das espécies. Mais tarde, com 230 páginas, procurou
explicar o aparecimento e o desaparecimento das espécies, sua modificação e adaptação ao
longo do tempo.
Após ler O Ensaio sobre o princípio da população, Darwin encontrou em Malthus a explicação de
que a taxa de aumento da humanidade era reduzida por fatores como doenças, guerras, acidentes e carestia , controlando populações
vegetais e animais. Assim nasceu a teoria darwiniana da “seleção natural”, destacando a
sobrevivência dos mais aptos.
Charles Darwin: “A sobrevivência dos mais
adeptos”Darwin cria a obra “Da origem das espécies
por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida”, a qual passou a ser conhecida
com o nome “A origem das espécies”. Nesse trabalho, Darwin destaca: a importância da relação sexual na seleção natural, na qual
só os machos mais bonitos e vigorosos deixarão maior descendência e que todas as
formas de vida tiveram origem numa primordial.
Charles Darwin: “A sobrevivência dos mais
adeptos”Ao contrário do que muitos pensam, Darwin
não criou a teoria evolucionista, mas contribuiu com dados para demonstrá-la. Se a nova teoria fosse aceita, o relato bíblico da criação seria posto em questão. Com isso, a Igreja Católica considerou a tese darwiniana perigosa. Houve indagações e comentários
de vários críticos como, por exemplo, se somos descendentes do macaco por parte de
avó ou avô e se as variedades de nabos tendem a virar homens.
É evidente que também o Darwinismo teve e tem mau uso como,por exemplo, a idéia de raça superior e detentora de poderes sobre as outras, o que levou à muitas barbáries.
Charles Darwin: “A sobrevivência dos mais
adeptos”Outros biólogos importantes: Jean-
Baptiste de Monet, cavaleiro de Lamarck (1744-1829) contribuiu com a
lei do Uso e Desuso e Gregor Johann Mendel (1822-1884) fundador dos primeiros trabalhos baseados em
hereditariedade e cruzamento entre pares, o que mais tarde culminou na
lei de Mendel.
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de
renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e
revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de
maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e
História nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das idéias de
Hegel.
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
Karl Marx utilizou como laboratório-social a Inglaterra, no período do séc. XIV até o final do séc. XIX, sempre em
favor do movimento operário.
Um pensador do século XIX, que marcou o século XX de maneira
decisiva.
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
“Assim como Darwin descobriu a lei da evolução na natureza orgânica, Marx descobriu a lei da evolução
na história humana”. (CHASSOT, 2004 p. 205)
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
O marxismo de Marx, foi um instrumento crítico da análise crítica da história, em
uma tentativa de compreender a evolução da humanidade à partir da
LUTA DE CLASSES.
Sua obra abrange não só a história, mas a ciência, a política, economia e etc.
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
1867 - A LUTA DE CLASSES, e as tentativas de suprimi-
las ou diminuí-las são a tônica de O Capital.
Karl Marx: um profeta muito amado e muito odiado
A principal obra de Marx, no qual ele expõe todos os seus
argumentos contra o capitalismo a fim de demonstrar como o seu
fim é inevitável.
Os conceitos de valor e de mais-valia são o ponto chave de O
Capital.
Referências
• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos (2. ed.) São Paulo: Moderna, 2004.
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