Bruno Micael Daniela V

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Apresentação realizada pelos alunos Bruno, Micael e Daniela Venâncio da turma do 9.º D.Instituto D. João V - Ano Lectivo 2008/2009

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O antes e o depois da revolução!Bruno, Daniela Venâncio e Micael, 9.º D

O 25 de Abril marca o início de uma nova época na sociedade portuguesa. É importante pelas conquistas que alcançou e que de maneira nenhuma podemos esquecer.

Vamos tentar relembrá-lo com esta apresentação, utilizando testemunhos de pessoas que viveram nessa época, aquando da revolução e nos recordam os tempos difíceis antes de 1974.

A guerra colonial surgiu porque Salazar queria manter as colónias que considerava portuguesas (África) e os naturais queriam a independência, à semelhança dos países vizinhos.

O início deste episódio da historia militar (guerra colonial) portuguesa começou em Angola a 1961.

Vários jovens portugueses, para finalizar o seu serviço militar, tiveram de partir para Angola em combate pelas colónias.

Pessoas que viveram nessa época deram o seu testemunho, relatando todos os acontecimentos mais marcantes das suas vidas, durante a guerra colonial.

De seguida iremos mostrar os testemunhos dessas mesmas pessoas.

Em 1962 fui para a guerra em Angola. Era Radiotelegrafista (comunicações), a minha tarefa era receber, interpretar e enviar mensagens em morse.

Estávamos a cargo do capitão José Luís Ferreira. Todos os dias eu e os meus colegas levantávamo-nos às 7h e eu ia fazer serviço de comunicações (morse).

“Certo dia estava com os meus colegas a fazer serviço de vigília diurna permanente (…).

Como estávamos cansados e com sede, decidimos parar na margem de um rio(…);

Mas subitamente do outro lado da costa do rio, aparece o inimigo.

Como não estávamos alerta, tivemos de fugir e refugiar-nos algures na floresta pois estávamos longe da base”.

“As condições em que estávamos eram médias, água, luz, comida (embora por vezes em poucas quantidades)”

“O nosso dormitório era em barracões antigos que pertenciam a antigos fazendeiros.”

“A minha Vida em Angola não se resumiu a serviço militar. Tínhamos que executar as mais diversas tarefas domésticas que eram distribuídas por todos, tais como lavar a roupa, cozinhar, limpar etc.”

“Também fizemos várias amizades com pessoas da região, que nos apoiavam.”

Voltei para Portugal em 1963 são e salvo, no entanto muitos morreram, outros ficaram loucos, doentes mentais, ou traumatizados para sempre.

Eu era Cabo Militar. Estive em vários sítios no continente africano: Luanda (Angola), Guiné, Quisanga e em Belas.

Fui para a guerra em 1961 e voltei em 1963. De seguida voltei a ir nos finais de 1963 até 1965. Fui depois em 1966 e regressei em 1968. Voltei a ir em 1972 e Regressei um mês antes do 25 de Abril.

A maior parte dos pelotões já sabia que a revolução iria acontecer…

Só não sabiam ao certo o dia e não podiam dizer a ninguém caso contrário eram punidos.

Em 1966 cheguei a Belas(…)Fomos distribuídos por pelotões cada um deles com mais ou menos 30 homens(…)Vigiávamos trabalhadores que andavam na apanha de café.

Esses mesmos trabalhadores originavam conflitos com os militares, por isso mesmo era necessário estar de vigia, não houvesse algum desacato.

Quando não havia comida tínhamos de por vezes comer animais locais de espécies esquisitas, como insectos, cobras…

Não podíamos ser esquisitos tudo o que encontrávamos era bem-vindo pois havia pouca comida.

As consequências da guerra colonial foram mais do que se podia imaginar:

Vários mortos, povos naturais colonos e soldados portugueses

Vários militares ficaram afectados psicologicamente para sempre.

Vários ex-colonos regressaram a Portugal. A artilharia foi bastante dispendiosa, Portugal

perdeu dinheiro e muitos homens.

No dia 25 de Abril de 1974 deu-se a grande revolução!

Por acção dos militares portugueses que estavam descontentes com a guerra colonial.

O governo rendeu-se aos protestos dos populares que se juntaram aos militares, pois tinham perdido os seus filhos na guerra e viviam amordaçados.

Deu-se então a grande mudança, o nosso país passou a ser livre!

Segundo pelotão da companhia 144

Barco “Funchal”, que levava os militares para Angola

Joaquim Ferreira, em Angola. À esquerda, no mato. À direita, numa quinta onde se secava café.

Caderneta Militar de um português que esteve na guerra

Página de uma caderneta militar

Página de uma caderneta militar e os registos realizados.

Hoje em dia vivemos em Liberdade, podemos expressar-nos sem medo.

Mas tal não seria possível se os militares não tivessem agido.

Não devemos permitir que nos voltem a tirar a Liberdade alcançada.

Devemos viver em Liberdade e em Respeito para com o outro.

Os Direitos do Homem devem ser para sempre respeitados. Hoje a nossa luta deve ser essa.

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