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Módulos Eletrônicos - Teoria 1 Global Training Módulos eletrônicos Teoria

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Módulos Eletrônicos - Teoria 1 Global Training

Módulos eletrônicos Teoria

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Módulos Eletrônicos - Teoria 2 Global Training

Título Página

Arquitetura Eletrônica ................................................................................................................................................................................................................. 18

Comunicação CAN ....................................................................................................................................................................................................................... 15

Módulo ABS – Sistema Anti-Bloqueio das Rodas ....................................................................................................................................................................... 79 Informações Gerais .................................................................................................................................................................................................................. 79 Módulo eletrônico .................................................................................................................................................................................................................... 79 Sensores de rotação ................................................................................................................................................................................................................ 80 Válvulas de controle do ABS .................................................................................................................................................................................................... 81

Módulo ADM (Gerenciamento do Veículo) ................................................................................................................................................................................... 47 Aumento de rotação para ar condicionado .............................................................................................................................................................................. 48 Bloqueio da partida do motor................................................................................................................................................................................................... 48 Bloqueio do pedal de acelerador.............................................................................................................................................................................................. 49 Controle de rotação para tomada de força .............................................................................................................................................................................. 49 Envio de informações para painel de instrumentos.................................................................................................................................................................. 50 Informações Gerais .................................................................................................................................................................................................................. 47 Limitação da rotação do motor com o veículo parado; ............................................................................................................................................................ 50 Limitação de velocidade do veículo (via parâmetro);................................................................................................................................................................ 51 Pedal do acelerador ................................................................................................................................................................................................................. 51 Sinal “W” do alternador............................................................................................................................................................................................................ 53 Solicitação e ativação do Freio Motor e Top Brake .................................................................................................................................................................. 54

Índice

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Módulos Eletrônicos - Teoria 3 Global Training

Módulo FFB – Receptor do Sinal do Controle Remoto de Abertura de Portas ........................................................................................................................... 83 Comunicação entre FFB e ZV ................................................................................................................................................................................................... 86 Desativação de transmissores através do Star Diagnosis ........................................................................................................................................................ 84 Informações Gerais .................................................................................................................................................................................................................. 83 Programação de transmissores – desativação ......................................................................................................................................................................... 84 Programação de transmissores – reconhecimento .................................................................................................................................................................. 83 Sinais enviados pelo módulo FFB ao módulo ZV ...................................................................................................................................................................... 87 Substituição das pilhas dos transmissores .............................................................................................................................................................................. 85

Módulo FR (Gerenciamento do Veículo) ....................................................................................................................................................................................... 21 Acionamento das luzes de freio ............................................................................................................................................................................................... 25 Acionamento das luzes de marcha-à-ré.................................................................................................................................................................................... 26 Aumento de rotação para ar condicionado .............................................................................................................................................................................. 25 Bloqueio da partida do motor................................................................................................................................................................................................... 39 Controle de rotação para tomada de força .............................................................................................................................................................................. 44 Disposição dos componentes do Turbo Brake ......................................................................................................................................................................... 35 Envio de informações para painel de instrumentos.................................................................................................................................................................. 46 Freio motor .............................................................................................................................................................................................................................. 33 Grupo divisor GV “Split” ........................................................................................................................................................................................................... 27 Imobilizador eletrônico de partida............................................................................................................................................................................................ 40 Informação de ponto neutro (“ponto morto”)........................................................................................................................................................................... 27 Informações Gerais .................................................................................................................................................................................................................. 21 Limitação da rotação do motor com o veículo parado; ............................................................................................................................................................ 45 Limitação de velocidade do veículo (via parâmetro);................................................................................................................................................................ 45 Limitador de velocidade (Temposet) ........................................................................................................................................................................................ 31 Nível do líquido de arrefecimento ............................................................................................................................................................................................ 42 Pedal da embreagem ............................................................................................................................................................................................................... 28 Pedal do acelerador ................................................................................................................................................................................................................. 38 Piloto automático (Tempomat) ................................................................................................................................................................................................. 30 Retardador ............................................................................................................................................................................................................................... 32 Saídas GSV (sinais de onda quadrada)..................................................................................................................................................................................... 22 Saturação do filtro de ar .......................................................................................................................................................................................................... 41 Sinal “D+” e “W” do alternador ................................................................................................................................................................................................ 42

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Módulos Eletrônicos - Teoria 4 Global Training

Sistema de proteção do motor contra excesso de rotação por engate de marcha errada ....................................................................................................... 46 Sistemas de freio motor (Freio Motor, Top Brake e Turbo Brake) ............................................................................................................................................ 33 Temperatura ambiente............................................................................................................................................................................................................. 43 Top Brake................................................................................................................................................................................................................................. 33 Turbo Brake.............................................................................................................................................................................................................................. 34

Módulo INS 2000 (Painel de Instrumentos) ................................................................................................................................................................................. 63 Indicadores do Painel de Instrumentos .................................................................................................................................................................................... 64 Informações gerais................................................................................................................................................................................................................... 63 Interruptor do freio de estacionamento ................................................................................................................................................................................... 69 Interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica ........................................................................................................................................... 68 Luzes Piloto.............................................................................................................................................................................................................................. 65 Navegação do painel de instrumentos ..................................................................................................................................................................................... 66 Reconhecimento do pedal do acelerador ................................................................................................................................................................................. 67 Sensor do nível do reservatório de combustível....................................................................................................................................................................... 68 Sensores de pressão circuito 1 e circuito 2 de freios .............................................................................................................................................................. 69

Módulo INS 2004 (Painel de Instrumentos) ................................................................................................................................................................................. 70 Indicadores do Painel de Instrumentos .................................................................................................................................................................................... 71 Informações gerais................................................................................................................................................................................................................... 70 Interruptor do freio de estacionamento ................................................................................................................................................................................... 74 Interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica ........................................................................................................................................... 73 Navegação do painel de instrumentos ..................................................................................................................................................................................... 72 Sensor do nível do reservatório de combustível....................................................................................................................................................................... 72 Sensores de pressão circuito 1 e circuito 2 de freios .............................................................................................................................................................. 73

Módulo MR/PLD (Gerenciamento do Motor) ............................................................................................................................................................................... 55 Informações gerais................................................................................................................................................................................................................... 55 Interruptor de partida e parada do motor no compartimento do motor ................................................................................................................................... 62 Sensor de rotação do comando de válvulas ............................................................................................................................................................................. 59 Sensor de rotação do volante do motor (árvore de manivelas) ................................................................................................................................................ 59 Sensor do nível de óleo do motor............................................................................................................................................................................................. 60 Sensores de pressão................................................................................................................................................................................................................ 57 Sensores de rotação ................................................................................................................................................................................................................ 58 Sensores de temperatura......................................................................................................................................................................................................... 55

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Módulos Eletrônicos - Teoria 5 Global Training

Unidades injetoras ................................................................................................................................................................................................................... 60 Válvulas Proporcionais ............................................................................................................................................................................................................. 61

Módulo do Tacógrafo .................................................................................................................................................................................................................. 75 Informações gerais................................................................................................................................................................................................................... 75 Sensor Hall............................................................................................................................................................................................................................... 76

Módulo ZV – Travamento Centralizado das Portas .................................................................................................................................................................... 88 Informações Gerais .................................................................................................................................................................................................................. 88

Módulo WS – Sistema de manutenção ..................................................................................................................................................................................... 89 Informações gerais................................................................................................................................................................................................................... 89

Sensores ....................................................................................................................................................................................................................................... 6 Potenciômetro............................................................................................................................................................................................................................ 6 Sensor de temperatura .............................................................................................................................................................................................................. 7 Sensor de pressão ..................................................................................................................................................................................................................... 8 Sensor indutivo .......................................................................................................................................................................................................................... 9 Sensor tipo Hall........................................................................................................................................................................................................................ 10

Tipos de sinais elétricos............................................................................................................................................................................................................... 11 Sinal Analógico......................................................................................................................................................................................................................... 12 Sinal ON/OFF (Ligado/Desligado) ........................................................................................................................................................................................... 11 Sinal PWM (Modulação por largura de pulso)........................................................................................................................................................................... 13

Tipos de sinais elétricos............................................................................................................................................................................................................... 14 Sinal digital ou binário.............................................................................................................................................................................................................. 14

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Módulos Eletrônicos - Teoria 6 Global Training

Sensores são dispositivos capazes de converter diferentes grandezas (Pressão, Temperatura, etc) em sinais elétricos. Existem vários tipos de sensores para diferentes aplicações nos veículos.

Potenciômetro É um tipo de sensor utilizado para converter movimentos mecânicos em tensão elétrica. A atuação mecânica provoca uma alteração na relação entre as resistências “R1” e “R2”. É importante verificar que a resistência total, ou seja, a somatória das resistências “R1” e “R2” não varia com o movimento mecânico.

Sensores

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Módulos Eletrônicos - Teoria 7 Global Training

Sensor de temperatura Utiliza o termistor como elemento básico para medir a variação de temperatura. Este componente é constituído de um material que tem sua resistência alterada em função de sua temperatura conforme gráfico abaixo:

Os sensores de temperatura aplicado nos veículos são do tipo NTC (coeficiente negativo de temperatura), ou seja, a resistência diminui com o aumento da temperatura. Esta característica é facilmente identificada no gráfico acima.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 8 Global Training

Sensor de pressão A pressão a ser medida exerce um esforço sobre um diafragma que, ao se movimentar, aciona o sensor propriamente dito que pode ser um potenciômetro ou um cristal piezelétrico. Potenciômetro: a variação de pressão provoca um deslocamento mecânico no potenciômetro responsável por variar a relação de resistência. Esta variação é interpretada pelo módulo eletrônico e é proporcional à pressão que o sensor está submetido.

Cristal piezelétrico: a flexão deste tipo de material causada por esforços mecânicos faz com que seja gerada pelo próprio sensor uma tensão proporcional à pressão que o sensor está submetido.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 9 Global Training

Sensor indutivo O sensor indutivo está fixado com sua face próxima a uma superfície metálica com rasgos ou furos (7) conforme figura abaixo: 1- Fios de ligação; 2- Corpo do sensor; 3- Bucha elástica de fixação; 4- Núcleo; 5- Núcleo; 6- Bobina; 7- Furo ou rasgo; A- Folga de ajuste. Os rasgos ou furos que passam pelo sensor cruzam as linhas de campo magnético permanente (geradas pelo sensor) e por este motivo, é induzida tensão eletromagnética conforme gráfico abaixo:

Os sensores indutivos são utilizados, por exemplo, pelo módulo do ABS (velocidade das rodas) e pelo módulo MR/PLD (rotação do motor).

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Módulos Eletrônicos - Teoria 10 Global Training

Sensor tipo Hall Este sensor funciona baseado na interferência que um campo magnético faz na corrente elétrica que passa por um condutor. Quando um semicondutor é submetido à passagem de corrente elétrica, os elétrons se distribuem de maneira uniforme por toda a secção. Quando aproximamos um campo magnético do semicondutor, a corrente tende a ser deslocada para um lado do dispositivo. Isto faz com que a resistência elétrica oferecida pelo semicondutor aumente consideravelmente. Devido a grande variação da resistência, o sensor se comporta como um interruptor, abrindo todas as vezes que o campo magnético se aproxima e fechando quando se afasta do semicondutor. O sensor Hall é utilizado no módulo do tacógrafo, para medir a velocidade do veículo.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 11 Global Training

Sinal ON/OFF (Ligado/Desligado) Este é o tipo de sinal mais simples e é geralmente transmitido por um interruptor. A informação enviada por este tipo de sinal limita-se a indicar se um determinado equipamento está ligado ou desligado. O sinal do tipo ON/OFF possui apenas dois níveis de tensão que, aplicados em veículos, podem ser simbolizados por 0 (zero) volts e VBat (Tensão de bateria).

Tipos de sinais elétricos

OFF / Zero

ON / VBat

V

t

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Módulos Eletrônicos - Teoria 12 Global Training

Sinal Analógico É um sinal que varia de forma análoga a uma outra grandeza, que pode ser pressão, temperatura, posição de algum componente mecânico, etc.

No gráfico acima estão representados os valores de tensão elétrica fornecidos por um sensor de pressão. Para uma variação de pressão de 0,5 a 3,5 bares, tem-se uma variação de tensão de 0,5 a 4,5 Volts (exemplo).

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Módulos Eletrônicos - Teoria 13 Global Training

Sinal PWM (Modulação por largura de pulso) É um conjunto de pulsos que possui valores de Freqüência e Tensão fixos. A modulação por largura de pulso é baseada no tempo em que o pulso se mantém no valor de tensão superior e no tempo que se mantém no valor de tensão inferior. Desta maneira, pode concluir que este tipo de sinal pode ser representado também em porcentagem que se mantém no valor de tensão superior conforme ilustrado na figura abaixo.

Observação: apesar da porcentagem ser diferente, a freqüência se mantém constante e, neste exemplo, é igual a 201 Hertz.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 14 Global Training

Sinal digital ou binário

Tipos de sinais elétricos É um conjunto de pulsos elétricos que representam uma informação através de códigos binários e que são utilizados na comunicação entre módulos eletrônicos. Abaixo, um exemplo deste tipo de sinal que foi obtido através da monitoração da linha de comunicação CAN entre dois módulos eletrônicos.

Tipos de sinais elétricos

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Módulos Eletrônicos - Teoria 15 Global Training

No sistema de gerenciamento eletrônico dos veículos, existem informações que são utilizadas de forma comum a todos os módulos que compõem a rede eletrônica. Essas informações são necessárias para um correto funcionamento do sistema e possível diagnóstico de falhas. Os módulos eletrônicos se comunicam através de uma rede denominada CAN na qual transitam informações em formato binário onde cada conjunto de bits, valendo 1 e 0, representa uma informação. Quando houver necessidade de reparação do chicote, referente ao barramento de comunicação CAN, é importante verificar que a prática de emenda de fios não é permitida, sendo assim, necessária a substituição do chicote completo. Com objetivo de evitar problemas com interferência eletromagnética, o barramento CAN possui os fios trançados ao longo do chicote elétrico. As mensagens são transmitidas ciclicamente, em intervalo de tempos regulares. Isso assegura que o status de atualização de dados seja sempre avaliado.

Comunicação CAN

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Módulos Eletrônicos - Teoria 16 Global Training

CAN de baixa velocidade (LS- Low Speed)

A rede de comunicação LS (Low Speed – Baixa Velocidade) trabalha com velocidade de transmissão de 125 Kbits por segundo a uma freqüência de 62.5 KHz e distância máxima dos cabos de comunicação (“chicote”), de até 15 metros. O LS - CAN opera com uma tensão que varia de 1/3 a 2/3 da tensão da fonte (bateria) e é responsável pela comunicação entre o módulo de controle do veículo (FR, ADM ou UCV) com o módulo de controle do motor (PLD/MR). Existem duas linhas de transmissão de dados, a linha L (low) e a linha H (High). Estas trabalham com sinais espelhados para garantir a transmissão de dados mesmo quando uma linha é rompida ou submetida a curto-circuito.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 17 Global Training

CAN de alta velocidade (HS- High Speed) A rede de comunicação HS (High Speed – Alta Velocidade) trabalha com um velocidade de transmissão de 125 Kbits por segundo até 1 Mbits por segundo a uma freqüência de 62.5 KHz e distância máxima dos cabos de comunicação (“chicote”) de até 2 metros. O HS - CAN opera com uma tensão que varia de 1,5 a 3,5 Volts. Da mesma maneira que o CAN de baixa velocidade, o CAN de alta velocidade também trabalha com dois sinais espelhados.

Atividade 1.1

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Módulos Eletrônicos - Teoria 18 Global Training

O modelo da arquitetura eletrônica utilizado no veículo está diretamente vinculado aos módulos eletrônicos aplicados. Veículos com PLD e ADM:

Neste modelo, a comunicação CAN é limitada apenas aos módulos PLD e ADM (baixa velocidade) e a diagnose dos módulos é realizada através de uma linha K (ligação entre a tomada de diagnose e o módulo eletrônico). Observação: Alguns módulos ABS não possuem diagnose através do Star Diagnosis, apenas pelo Blink Code (diagnose por lâmpada no painel de instrumentos).

Arquitetura Eletrônica

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Módulos Eletrônicos - Teoria 19 Global Training

Veículos com MR e FR:

Neste modelo, existe comunicação CAN entre todos os módulos e a diagnose é feita através do painel de instrumentos, pois é o único que está conectado à tomada de diagnose (linha K). A estrela na figura acima (arquitetura eletrônica) representa o ponto de conexão da linha CAN e é conhecido como ponto neutro ou ponto estrela.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 20 Global Training

O ponto estrela possui uma ligação entre todos os terminais superiores (observando o componente como na figura acima) e outra ligação entre todos os terminais inferiores. Deste modo, os fios referentes à comunicação CAN são interligados, como mostra a figura abaixo. Além disso, o ponto estrela também possui um capacitor o qual tem a função de filtro.

Linha L

Linha H

A resistência do ponto estrela é de aproximadamente 60 Ohms entre as linhas H e L e tem como objetivo realizar o casamento de impedâncias entre os módulos eletrônicos.

Atividade 2.1, 2.2 e 2.3

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Módulos Eletrônicos - Teoria 21 Global Training

Informações Gerais O módulo eletrônico FR é responsável pelo gerenciamento do veículo. Para isso, além de utilizar os sinais ligados diretamente a ele também se comunica, através do barramento CAN, com os outros módulos eletrônicos instalados no veículo. As principais funções gerenciadas pelo FR são:

• Aumento da rotação para ar condicionado; • Acionamento das luzes de freio; • Acionamento das luzes de marcha-à-ré; • Informação de ponto neutro (“ponto morto”); • Grupo divisor GV (“Split”); • Pedal da embreagem; • Piloto automático (Tempomat); • Limitador de velocidade do veículo (Temposet); • Retardador; • Solicitação e ativação do Freio Motor, Top Brake e Turbo brake; • Pedal do acelerador; • Bloqueio da partida do motor; • Imobilizador eletrônico de partida; • Saturação do filtro de ar; • Nível do líquido de arrefecimento; • Sinal “D+” e “W” do alternador; • Temperatura externa; • Controle de rotação para tomada de força; • Limitação da rotação do motor com o veículo parado; • Limitação da velocidade do veículo (via parâmetro); • Envio de informações para painel de instrumentos; • Sistema de proteção do motor contra excesso de rotação por engate de marcha errada. Atividade 3.1

Módulo FR (Gerenciamento do Veículo)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 22 Global Training

Saídas GSV (sinais de onda quadrada) Algumas das funções acima são controladas por saídas de onda quadrada denominada por GSV. Essas ondas possuem amplitude de 24 Volts e freqüência de 25 Hz, sendo que a porcentagem de ativação e conseqüentemente, a tensão média podem variar, conforme versão do módulo FR (3 Volts, 12 Volts e 19 Volts). Abaixo, alguns exemplos de sinais GSV:

Saída GSV de 3 Volts Saída GSV de 19 Volts Todos os módulos FR possuem quatro saídas GSV’s de igual valor de tensão média. No entanto, existem algumas diferenças em relação às características da GSV 1 e GSV 4 em relação às GSV 2 e GSV 3: GSV 1 e GSV 4: não possuem ligação interna ao módulo FR com nenhuma saída GSV (nem mesmo entre elas), desta maneira, se houver, por exemplo, um curto circuito na saída GSV 2, GSV 3 ou GSV 4, a GSV 1 continuará funcionando normalmente. Da mesma maneira, se houver curto circuito na GSV 1, GSV 2 ou GSV 3, a GSV 4 também permanecerá funcionando normalmente. GSV 2 e GSV 3: possuem ligação interna entre si (GSV 2 com GSV 3) no módulo FR, desta maneira, se houver, por exemplo, um curto circuito na saída GSV 2, a GSV 3 também será afetada. De maneira análoga, caso haja curto circuito na saída GSV 3, a GSV 2 também será afetada. Observação: Não haverá alteração de funcionamento em caso de curto circuito na saída GSV 1 ou na saída GSV 4.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 23 Global Training

Outra característica importante das saídas GSV’s é que o sinal retorna ao módulo de comando após passar pelos interruptores referentes à função a qual se destinam (verificar esquema elétrico do veículo). Se este sinal for interrompido, dizemos que a saída se encontra em aberto e por este motivo, o valor da tensão na saída GSV, independente da versão do FR (3 Volts, 12 Volts ou 19 Volts) é elevada para aproximadamente 21 Volts além de ter alteração na sua forma de onda como ilustrado na figura abaixo: Observação: Por estarem ligadas internamente ao módulo, as saídas GSV 2 e GSV 3 apenas terão a forma de onda abaixo caso as duas saídas sejam interrompidas simultaneamente.

É importante verificar também que quando a saída GSV é interrompida, o terminal do módulo FR responsável pela entrada do retorno do sinal GSV, ou seja, a entrada GSV, apresenta comportamento conforme versão do módulo FR (3 Volts, 12 Volts ou 19 Volts) ilustrado nas figuras abaixo:

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Módulos Eletrônicos - Teoria 24 Global Training

Nota: Ao utilizar o equipamento Star Diagnosis, é importante verificar que as saídas GSV`s são chamadas de grupos de interruptores como demonstrado na tabela abaixo: Saídas GSV Grupo de interruptores GSV 1 Grupo de interruptores 1/4 GSV 2 Grupo de interruptores 2/3 GSV 3 Grupo de interruptores 2/3 GSV 4 Grupo de interruptores 1/4

GSV: 3 Volts ou 12 Volts.Tensão: aproximadamente 0 Volts

GSV: 19 Volts.Tensão: 16 Volts e 25 Hz

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Módulos Eletrônicos - Teoria 25 Global Training

Aumento de rotação para ar condicionado O aumento da rotação de marcha lenta é feito através do FR em conjunto com o painel de instrumentos (INS). Para isso, é utilizada a entrada da tomada de força do INS a qual informa o FR através do barramento CAN. Para o correto funcionamento, deverá ser colocado um sinal negativo no terminal da tomada de força sendo: - X1 18/11 se o veículo utilizar INS 2000; - X4 18/13 se o veículo utilizar INS 2004. Além disso, o módulo FR deverá ser corretamente parametrizado.

Atividade 3.2 Acionamento das luzes de freio

O módulo FR aciona as luzes de freio nas seguintes situações:

• Acionamento do pedal de freio; • Desaceleração do veículo entre 1 m/s2 a 0,5 m/s2 provocada por freio motor ou retardador.

Em condições normais de condução, ou seja, freio de serviço não acionado, o sinal de onda quadrada (GSV) é recebido pelo pino 11 do conector X1 (BRE). Nesta situação, as luzes de freio se mantêm apagadas (exceto se houver desaceleração do veículo provocada por ação de freio motor ou retardador de freio). Ao acionar o freio de serviço, o sinal é interrompido e as lâmpadas são acesas através do pino 8 do conector X2 (BRLI).

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Módulos Eletrônicos - Teoria 26 Global Training

Através do Star Diagnosis é possível informar ao módulo eletrônico FR se existe um relé para o acionamento das luzes de freio. Esta operação é realizada através do menu “Parametrizações” e tem a finalidade de monitorar o relé quanto a eventuais falhas referente à resistência da bobina do relé.

Atividade 3.3 Acionamento das luzes de marcha-à-ré

Quando a caixa de mudanças está em posição de marcha-à-ré, um sinal de onda quadrada (GSV) é recebido pelo pino 18 do conector X4 (R) do módulo FR. Nesta situação, as luzes de marcha-à-ré são acesas através do pino 7 do conector X2 (RULI). O módulo FR também envia uma informação ao painel de instrumentos, através do barramento CAN, para que a letra “R” seja exibida sempre quando a marcha-à-ré estiver acoplada. Através do Star Diagnosis é possível informar ao módulo eletrônico FR se existe um relé para o acionamento das luzes de marcha-à-ré. Esta operação é realizada através do menu “Parametrizações” e tem a finalidade de monitorar o relé quanto a eventuais falhas referente à resistência da bobina do relé.

Atividade 3.4

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Módulos Eletrônicos - Teoria 27 Global Training

Informação de ponto neutro (“ponto morto”) Quando a caixa de mudanças está em posição de ponto neutro (“ponto morto”) um sinal de onda quadrada (GSV) é recebido pelo pino 16 do conector X4 (N) do módulo FR. Nesta situação, o módulo FR envia, através do barramento CAN, o sinal de ponto neutro ao painel de instrumentos o qual disponibiliza a informação ao motorista através da letra “N”.

Atividade 3.5

Grupo divisor GV “Split”

A seleção do grupo divisor (“marcha simples” e “marcha reduzida”) é feita através de um interruptor que trabalha com sinal GSV. Quando se deseja selecionar o grupo de marchas reduzidas, a válvula conectada ao terminal X4 18/8 do módulo FR recebe um sinal de 24 Volts. Da mesma maneira, quando se deseja selecionar o grupo de marchas simples a válvula conectada ao terminal X4 18/10 do módulo FR recebe um sinal de 24 Volts. É importante que o sensor ou interruptor da embreagem esteja funcionando corretamente, pois o sinal de atuação das válvulas é enviado somente mediante atuação do pedal da embreagem.

Atividade 3.6

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Módulos Eletrônicos - Teoria 28 Global Training

Pedal da embreagem

A informação da posição do pedal da embreagem pode ser transmitida através de interruptores ou sensor de curso de embreagem dependendo do modelo da caixa de mudanças. No caso de verificação por interruptor, existe um interruptor que informa quando a embreagem está fechada e outro que informa que a embreagem está aberta. Quando a informação é transmitida via sensor de curso, o módulo FR monitora e interpreta a variação na indutância do sensor conforme posição do pedal da embreagem e determina o seu deslocamento. O desenho esquemático do sensor pode ser verificado abaixo. 1- Conexão com a embreagem 2- Haste 3- Embolo 4- Flange 5- Conexão da tubulação do cilindro mestre 6- Sensor 7- Haste do sensor 8- Embreagem gasta 9- Embreagem fechada 10- Embreagem aberta

A informação da posição da embreagem é importante para que determinados sistemas funcionem. A tabela abaixo relaciona o sistema com a respectiva posição de embreagem necessária para o seu correto funcionamento.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 29 Global Training

Informação Sistema Embreagem aberta Embreagem fechada

Freio motor X Top Brake X Retardador X Turbo Brake X Piloto automático X Subgupo de velocidade (Split) X Observações:

• É importante verificar que existe um parâmetro no módulo FR que informa o tipo de monitoração utilizada (interruptor ou sensor).

• O procedimento de reconhecimento do pedal da embreagem em veículos equipados com sensores deve ser executado sempre que forem realizados trabalhos na embreagem ou substituição do módulo FR.

Abaixo o sinal do sensor da embreagem:

Pedal da embreagem em repouso Pedal da embreagem acionado

Atividade 3.7

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Módulos Eletrônicos - Teoria 30 Global Training

Piloto automático (Tempomat)

A função piloto automático permite ao motorista ajustar uma velocidade (acima de 15 Km/h) na qual o veículo será mantido. Para efetuar o ajuste, o veículo deverá atingir a velocidade desejada (através do pedal do acelerador) e posteriormente, acionar a alavanca do piloto automático (Tempomat) na posição de aceleração (2). A velocidade do veículo poderá ser aumentada colocando a alavanca do piloto automático na posição de aceleração (2) sendo que cada pulso na alavanca corresponde a 0,5 Km/h. Caso a alavanca seja mantida na posição de aceleração (2), a velocidade será incrementada gradativamente. Também é possível reduzir a velocidade do veículo através da alavanca sendo necessário apenas colocá-la na posição de desaceleração (3). Da mesma forma que a aceleração, cada pulso corresponde a um decremento de 0,5 Km/h na velocidade e se for mantida a alavanca nesta posição, há um decremento gradativo. O piloto automático é desligado colocando a alavanca na posição de desligamento (4). Além disso, o piloto

automático desconecta-se automaticamente nos seguintes casos:

• acionamento do freio motor; • velocidade do veículo inferior a 10 km/h; • pedal de freio acionado; • pedal de embreagem acionado por mais de cinco (5) segundos; • caixa de mudanças em neutro por mais de 5 segundos • acionamento do limitador de velocidade (Temposet)

Caso houver acionamento do pedal do acelerador com o piloto automático ligado, o veículo será acelerado e retornará à velocidade memorizada após o desacionamento do mesmo. Observação: em veículos não equipados com ABS (Sistema de freio anti- bloqueio) a velocidade mínima para funcionamento do piloto automático é de 50 Km/h e o desligamento por baixas velocidades ocorre a 45 Km/h. Para obter mais informações sobre o funcionamento do piloto automático, por favor, consultar o manual de operação do veículo.

1- Limitador de velocidade 2- Aceleração 3- Desaceleração 4- Desligamento

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Módulos Eletrônicos - Teoria 31 Global Training

Limitador de velocidade (Temposet) A função limitador de velocidade permite ao motorista ajustar uma velocidade limite (acima de 15 Km/h) para o veículo. Para ativar a função, aumentar a velocidade até o limite desejado e pressionar o botão temposet (1). A desativação da função é feita através da posição de desligamento da alavanca do piloto automático (3). Por motivos de segurança, se o pedal de acelerador for colocado em posição de plena carga, o limitador de velocidade (Temposet) é automaticamente desligado. Observação: para obter mais informações sobre o funcionamento do limitador de velocidade favor consultar o manual de operação do veículo.

Atividade 3.8

1- Limitador de velocidade 2- Aceleração 3- Desaceleração 4- Desligamento

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Módulos Eletrônicos - Teoria 32 Global Training

Retardador

A solicitação de frenagem pelo retardador é definida conforme posição da alavanca do retardador que pode estar conectada ao módulo FR (quando o mesmo for modelo “MPS”) ou ao módulo do retardador (quando o módulo FR do veículo for modelo “light”). O FR transmite a informação da posição da alavanca ao módulo do retardador através do barramento CAN. Estágios de acionamento do retardador:

0: Desligado 1: Freio Motor conjugado com o freio de serviço 2 a 5: Top Brake e Retardador Observação: O efeito de frenagem do retardador é menor na posição 2 e maior na posição 5. Observação: para obter mais informações sobre o funcionamento do retardador favor consultar o manual de operação do veículo.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 33 Global Training

Sistemas de freio motor (Freio Motor, Top Brake e Turbo Brake)

Freio motor

É denominado Freio Motor o acionamento de uma válvula do tipo “borboleta” que fecha parcialmente a saída do escapamento. Deste modo, durante a fase de descompressão, os gases que estão dentro do cilindro encontram restrição proporcionada pela borboleta, o que faz com que o êmbolo (pistão) do motor encontre uma resistência ao seu deslocamento e garanta o efeito de frenagem desejado.

Top Brake

A válvula do Top-Brake quando acionada, interliga o interior do cilindro com o escapamento. Em funcionamento normal e sem a atuação do Top Brake, durante a fase de compressão existe um aumento de pressão no topo do cilindro que produz um efeito de frenagem. Esse efeito é anulado na fase seguinte (expansão), pois a pressão gerada na fase de compressão produz uma aceleração na fase de expansão. Quando o sistema Top Brake é atuado, o ar é expelido com restrição para o coletor de escapamento durante a fase de compressão pela válvula do Top Brake. O efeito de frenagem conseguido nesta fase não é mais anulado na fase de expansão, pois não há mais pressão no topo do cilindro.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 34 Global Training

Turbo Brake O turbo Brake é um sistema de freio que possui seu principio de funcionamento baseado na redução da secção da saída dos gases de escape do motor e simultaneamente o aumento do número de rotações da turbina gerando maior pressão de sobrealimentação. Esse sistema de freio substitui a borboleta do freio motor por uma luva deslizante localizada na parte quente do turboalimentador (saída dos gases de escape). Quando o turbo brake é atuado, a luva se desloca e restringe a passagem dos gases de escape fazendo com que a rotação do turboalimentador seja aumentada e, por conseqüência, a pressão de sobrealimentação. O aumento na pressão de sobrealimentação faz com que o efeito de freio motor, causado pela restrição na saída dos gases de escape, seja maior. Existe um sistema de proteção contra excesso de rotação que é realizado através de um sensor de rotação (B104) e um conversor eletropneumático (Y87). Se a rotação do turboalimentador ultrapassar 90.000 rpm, o módulo MR aciona a válvula (Y87) e direciona os gases diretamente para o coletor de escape (sem passar pelo turboalimentador). O gráfico abaixo ilustra a comparação entre os sistemas de freio: A- Freio motor, Top brake e Retardador; B- Turbo Brake e Top brake; C- Freio motor e Top brake.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 35 Global Training

Disposição dos componentes do Turbo Brake

1- Turboalimentador 2- Válvula “Waste Gate” do Turbo Brake 3- Turbo Brake A6- Módulo eletrônico MR/PLD B104- Sensor de rotação Y87- Conversor eletropneumático (EPW)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 36 Global Training

Tabela de acionamento dos sistemas de freio motor: Motor Modo de acionamento Série 900 – 4 cilindros Uma (1) válvula aciona freio motor e top brake juntos através do

FR. Série 900 – 6 cilindros Uma (1) válvula (pneumática) aciona freio motor através do FR.

Uma (1) válvula (hidráulica) aciona top brake através do MR (PLD).Série 450 – 6 cilindros Sem turbo brake

Uma (1) válvula aciona freio motor e outra válvula aciona top brake ambas através do FR.

Série 450 – 6 cilindros Com turbo brake

Uma (1) válvula aciona luva do turbo brake através do FR e outra válvula aciona o conversor eletropneumático (Y87) através do MR

Existem alguns pré-requisitos que devem ser observados para que o freio motor e o top brake funcionem:

• rotação do motor acima de aproximadamente 1000 rpm; • solicitação de freio motor (contínuo ou conjugado); • acionamento do pedal de freio (para opção de acionamento conjugado); • pedal de acelerador devidamente reconhecido; • pedal de acelerador em posição de repouso; • pedal da embreagem reconhecida (quando utilizar sensor de curso da embreagem); • pedal da embreagem em repouso.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 37 Global Training

Sinal de verificação das válvulas

Quando as válvulas não estão sendo acionadas, o módulo envia um pico de tensão de 24 Volts e verifica a corrente elétrica. Isso permite ao módulo saber se a válvula está montada, e caso não haja corrente elétrica, o módulo eletrônico indica uma falha imediatamente. Este pico é somente para verificação de falhas, sendo assim, não há acionamento da válvula devido ao período de tempo ser inferior a 1 ms.

Atividade 3.9

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Módulos Eletrônicos - Teoria 38 Global Training

Pedal do acelerador

O pedal do acelerador é um circuito eletrônico que, controlado por um potenciômetro interno, gera e envia um sinal PWM (modulação por largura de pulso) ao módulo FR. É importante verificar que o pedal do acelerador possui dois sensores internamente trabalhando com sinais invertidos e por este motivo existem duas formas de onda em cada um dos gráficos abaixo. Na primeira figura podem-se verificar os sinais sem aceleração (pedal de acelerador na posição de marcha lenta). O sinal “A” (parte superior do gráfico) está com uma alta tensão contínua devido à largura do pulso com amplitude de 24 V ser maior que em 0 V, enquanto o sinal “B” (parte inferior do gráfico) está com baixa tensão, pois a largura do pulso com amplitude de 24 V está menor que em 0 V. No segundo gráfico (50 % de aceleração) e no terceiro gráfico (pedal na posição de plena carga) verifica-se que quanto maior a aceleração, menor será a média de tensão do sinal “A” e maior a média de tensão do sinal “B”.

Atividade 3.10

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Módulos Eletrônicos - Teoria 39 Global Training

Bloqueio da partida do motor

Existe uma rotina de segurança feita pelo módulo FR que pode bloquear o acionamento do motor de partida nas seguintes situações:

• Caixa de mudanças engatada; • Ausência do sinal do transponder (código eletrônico de partida) em módulos eletrônicos que estejam com esta função ativada (immobilizer); • Sinal do transponder desconhecido; • Porta do compartimento do motor aberta (somente para ônibus); • Interruptor de reconhecimento de marcha ré ou neutro com contato colado.

O sinal de partida é recebido simultaneamente pelo módulo PLD (MR) e pelo módulo FR e se acontecer interrupção do sinal de um dos módulos eletrônicos, o sinal de partida é enviado para o módulo que sofreu interrupção do sinal através do CAN. É importante verificar que para este caso, existe um atraso na partida de aproximadamente dois (2) segundos, ou seja, o motor de partida será acionado somente após dois (2) segundos que a chave de ignição permanecer na posição de partida. Observação: se o interruptor de neutro ou marcha-à-ré estiver com contato colado, a partida do veículo será bloqueada assim que for reconhecida falha de plausibilidade, ou seja, quando o módulo eletrônico FR receber informação de que o veículo se encontra em marcha-à-ré e neutro ao mesmo tempo. Se isso ocorrer com o motor em funcionamento, o mesmo não será interrompido, mas, após desligado, não será possível religá-lo.

Atividade 3.11

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Módulos Eletrônicos - Teoria 40 Global Training

Imobilizador eletrônico de partida

Apesar de não verificar o código do sistema de imobilização eletrônico de partida, o módulo FR possui uma função muito importante neste processo. Existe um endereço eletrônico dentro do módulo (bit) que ativa a função de imobilizador eletrônico; uma vez ativada, não é possível desativá-la e o módulo FR começa então a exigir que o módulo MR (PLD) apenas coloque o motor em funcionamento caso o código eletrônico seja conhecido pelo MR (PLD). Esta função existe por motivos de segurança e dificulta ações de furto. Observação: a troca de módulos eletrônicos para teste entre veículos não é aconselhada pela fábrica e pode ativar a função de imobilização em módulos (FR e/ou MR (PLD) de veículos que não possuam este sistema. Para mais informações, por favor, consultar a informação de serviço (IS) 00 16/05 no Sistema Eletrônico de Literatura (SELiT). Abaixo, o gráfico do sinal de partida com o código do transponder. Observação: Chave de ignição ligada em posição de marcha (Kl. 15).

Atividade 3.12

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Módulos Eletrônicos - Teoria 41 Global Training

Saturação do filtro de ar

A informação de saturação do filtro de ar pode ser enviada através de um sensor de saturação do filtro de ar ou através de um interruptor de saturação do filtro de ar dependendo do veículo. Para o caso de interruptor de saturação, tem-se, internamente ao dispositivo, um resistor ligado em paralelo a um interruptor normalmente aberto. Quando o filtro satura (aproximadamente a 60 mbar), o interruptor é fechado e o módulo FR envia, através do barramento CAN, esta informação para que o painel informe ao motorista. Em condições normais (filtro não saturado) a resistência do sensor é de aproximadamente 1600 Ohms. Os sensores de saturação do filtro de ar possuem a mesma função, porém trabalham com uma alimentação de cinco (5) Volts realizada pelo módulo FR e a informação da condição do filtro é obtida através de um sinal de tensão que pode variar de 0,5 V a 4,5 V conforme condições de saturação do filtro. O gráfico abaixo relaciona a tensão no sensor com a depressão presente:

Atividade 3.13 e 3.14 Observação: É importante verificar que existe um parâmetro no módulo FR que informa o tipo de monitoração utilizada (interruptor ou sensor).

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Módulos Eletrônicos - Teoria 42 Global Training

Nível do líquido de arrefecimento

O módulo eletrônico FR alimenta o sensor de nível do líquido de arrefecimento. Este sensor possui uma resistência em paralelo a um contato aberto. Quando o nível do líquido de arrefecimento está superior ou igual ao nível normal, a resistência do sensor é de aproximadamente 150 Ohms. Quando o líquido atingir o nível mínimo, o contato é atraído por uma bóia magnética e a resistência passa a ser de aproximadamente 0 (Zero) Ohm. Neste momento são ativados os alarmes sonoros e visuais (lâmpadas) no painel de instrumentos.

Atividade 3.15

Sinal “D+” e “W” do alternador

O sinal “W” do alternador é responsável por enviar a informação de rotação do motor para o módulo FR e serve como sinal de redundância em relação à informação de rotação fornecida, através do módulo MR (PLD), pelo sensor de rotação do motor. Este sinal possui forma de onda quadrada com freqüência entre 460 Hz a 4600 Hz. A excitação do alternador é realizada através da entrada “D+” pelo módulo FR. Além disso, o sinal “D+” do alternador também pode ser utilizado para aplicações específicas como acionamento do farol com o motor em funcionamento. Isto porque o “D+” do alternador não possui tensão com o motor desligado, porém, após ligar o motor, o mesmo fornece um sinal equivalente à tensão de bateria o qual pode ser utilizado através de relé auxiliar.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 43 Global Training

Temperatura ambiente

O sensor de temperatura ambiente conectado ao módulo FR é do tipo NTC (Coeficiente negativo de temperatura) e tem como finalidade enviar a informação de temperatura, através do módulo FR, ao painel de instrumentos. A resistência do sensor de temperatura varia conforme gráfico abaixo:

Atividade 3.16

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Módulos Eletrônicos - Teoria 44 Global Training

Controle de rotação para tomada de força

O controle de rotação para aplicação de tomada de força é realizado através de três (3) botões do tipo “push buttom” (iguais ao botão de partida e parada do motor no compartimento do motor) sendo:

• Botão de incremento de rotação; • Botão de decremento de rotação; • Botão de desligamento de emergência.

Maiores detalhes relacionados ao funcionamento e instalação da tomada de força podem ser adquiridos através de informações de serviço (IS) disponíveis no sistema eletrônico de literatura (SELiT).

Atividade 3.17

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Módulos Eletrônicos - Teoria 45 Global Training

Limitação da rotação do motor com o veículo parado;

O módulo eletrônico FR possui um parâmetro que possibilita limitar a rotação do motor com o veículo parado sendo que quando o motor atinge a rotação correspondente ao valor parametrizado, o módulo FR limita a solicitação de torque que é enviada ao módulo PLD através do CAN. Observação: a informação de que o veículo está parado é transmitido pelo sinal de rotação da saída da caixa de mudanças.

Atividade 3.18

Limitação de velocidade do veículo (via parâmetro);

O módulo FR possui a função de limitação de velocidade máxima do veículo e utiliza os valores de dois parâmetros como referência sendo que, sempre que a velocidade do veículo atingir o menor valor parametrizado, o módulo FR bloqueia o pedal do acelerador. O parâmetro referente à velocidade máxima especificada por lei só pode ser alterado por técnicos da fábrica devidamente autorizados e portadores de um cartão especial para esta função. O parâmetro (“Limitação da velocidade máxima”) permite aos concessionários estabelecer qualquer limite de velocidade máxima do veículo desde que inferior ao limite máximo permitido por lei, ou seja, inferior ao valor do parâmetro “Limitação da velocidade máxima permitida por lei”.

Atividade 3.19

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Módulos Eletrônicos - Teoria 46 Global Training

Envio de informações para painel de instrumentos

Todas as informações exibidas ao motorista através do painel de instrumentos referentes ao motor do veículo são enviadas através do módulo FR. Isto porque a comunicação do módulo eletrônico MR(PLD), responsável pelo gerenciamento do motor, é feita exclusivamente com o FR através de uma linha CAN de baixa velocidade.

Sistema de proteção do motor contra excesso de rotação por engate de marcha errada

Alguns veículos possuem sensor de rotação na entrada da caixa de mudanças. Este tem por finalidade monitorar possível excesso de rotação devido ao engate de uma marcha errada (mais reduzida). O princípio de funcionamento baseia-se na comparação da rotação do motor informada pelo MR (PLD) e a rotação da entrada da caixa. Quando o motorista começa a voltar o pedal da embreagem para a posição de repouso e na hipótese de engate de marcha errada, o FR envia uma informação para o painel de instrumentos o qual ativa um alarme sonoro. Observação: Este sistema não impede que a marcha seja acoplada e que eventualmente haja danos ao motor.

Atividade 3.20

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Módulos Eletrônicos - Teoria 47 Global Training

Informações Gerais O módulo eletrônico ADM é responsável pelo gerenciamento do veículo e possui comunicação com o módulo do motor (PLD) através de um barramento CAN de baixa velocidade. As principais funções gerenciadas pelo ADM são:

• Aumento de rotação para ar condicionado. • Bloqueio da partida do motor; • Bloqueio do pedal de acelerador; • Controle de rotação para tomada de força; • Envio de informações para painel de instrumentos; • Limitação da rotação do motor com o veículo parado; • Limitação da velocidade do veículo (via parâmetro); • Pedal do acelerador; • Sinal “W” do alternador; • Solicitação e ativação do Freio Motor e Top Brake;

Atividade 4.1

Módulo ADM (Gerenciamento do Veículo)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 48 Global Training

Aumento de rotação para ar condicionado Quando o ar condicionado é acionado, o módulo ADM recebe um sinal positivo (24 Volts) pelo terminal 4 do conector X2 com objetivo de elevar a rotação de marcha lenta. A diferença de rotação com o ar condicionado acionado pode ser parametrizada através do Star diagnosis.

Atividade 4.2

Bloqueio da partida do motor Existe uma rotina de segurança feita pelo módulo ADM que pode bloquear o acionamento do motor de partida se a caixa de mudanças estiver engatada.

O sinal de partida é recebido simultaneamente pelo módulo PLD (MR) e pelo módulo ADM e se acontecer interrupção do sinal de um dos módulos, o sinal de partida é enviado para o módulo que sofreu interrupção do sinal através do CAN. É importante verificar que para este caso, existe um atraso na partida de aproximadamente dois (2) segundos, ou seja, o motor de partida será acionado somente após dois (2) segundos que a chave de ignição permanecer na posição de partida.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 49 Global Training

Bloqueio do pedal de acelerador É possível bloquear o pedal do acelerador através do ADM. Para realizar o bloqueio do pedal do acelerador é necessário colocar sinal positivo (24 Volts) no terminal 6 do conector X3.

Atividade 4.3

Controle de rotação para tomada de força O controle de rotação para aplicação de tomada de força é realizado através de três (3) botões do tipo “push buttom” (iguais ao botão de partida e parada do motor no compartimento do motor) sendo:

• Botão de incremento de rotação; • Botão de decremento de rotação; • Botão de acionamento e desligamento.

Maiores detalhes relacionados ao funcionamento e instalação da tomada de força podem ser adquiridos através de informações de serviço (IS) disponíveis no sistema eletrônico de literatura (SELiT).

Atividade 4.4

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Módulos Eletrônicos - Teoria 50 Global Training

Envio de informações para painel de instrumentos

A comunicação entre o ADM e o painel de instrumentos é feita exclusivamente através de lâmpadas-piloto dispostas no próprio painel de instrumentos. Consultar esquema elétrico do veículo para verificar quais são as informações enviadas pelo ADM.

Atividade 4.5

Limitação da rotação do motor com o veículo parado;

O módulo eletrônico ADM possui um parâmetro que possibilita limitar a rotação do motor com o veículo parado sendo que quando o motor atinge a rotação correspondente ao valor parametrizado, o módulo ADM limita a solicitação de torque que é enviada ao módulo PLD através do CAN. Observação: a informação de que o veículo está parado é transmitido pelo sinal de rotação da saída da caixa de mudanças.

Atividade 4.6

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Módulos Eletrônicos - Teoria 51 Global Training

Limitação de velocidade do veículo (via parâmetro);

O módulo ADM possui a função de limitação de velocidade máxima permitida por lei sendo esta função parametrizada através do Star Diagnosis. Quando o veículo atinge a velocidade máxima parametrizada, o módulo ADM bloqueia o pedal do acelerador. Observação: A limitação de velocidade só pode ser alterada por técnicos da fábrica devidamente autorizados e portadores de um cartão especial para esta função.

Pedal do acelerador

O pedal do acelerador é um circuito eletrônico que, controlado por um potenciômetro interno, gera e envia um sinal PWM (modulação por largura de pulso) ao módulo ADM. É importante verificar que o pedal do acelerador possui dois sensores internamente trabalhando com sinais invertidos. Na figura podem-se verificar o sinal do ramal 1 sem aceleração (pedal de acelerador na posição de marcha lenta) e o sinal do ramal 1 em posição de plena carga.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 52 Global Training

Pedal em posição de repouso Pedal em posição de plena carga

O forma de onda do ramal 2 do pedal do acelerador pode ser verificada abaixo:

Pedal em posição de repouso Pedal em posição de plena carga

Atividade 4.7

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Módulos Eletrônicos - Teoria 53 Global Training

Sinal “W” do alternador O sinal “W” do alternador é responsável por enviar a informação de rotação do motor para o módulo ADM e serve como sinal de redundância em relação à informação de rotação fornecida, através do módulo MR (PLD), pelos sensores de rotação do motor. Este sinal possui forma de onda quadrada com freqüência entre 460 Hz a 4600 Hz.

Atividade 4.8

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Módulos Eletrônicos - Teoria 54 Global Training

Solicitação e ativação do Freio Motor e Top Brake

Dependendo da configuração do veículo, o módulo ADM pode ser responsável pelo acionamento do freio motor (borboleta) ou do Top brake. Verificar a teoria dos sistemas de freio motor e Top Brake descritos no módulo FR capítulo “Sistemas de freio motor (Freio Motor, Top Brake e Turbo Brake)”.

Atividade 4.9

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Módulos Eletrônicos - Teoria 55 Global Training

Informações gerais O módulo MR/PLD é responsável pelo gerenciamento do motor. Para isso, recebe informações do FR como solicitação de torque, rotação de marcha lenta, controle de rotação para tomada de força, etc. Além das informações recebidas pelo módulo FR, o MR/PLD possui vários sensores com a finalidade de facilitar o cálculo do volume de injeção de combustível e também realizar as rotinas de proteção do motor.

Atividade 5.1

Sensores de temperatura Os sensores de temperatura são utilizados para duas funções: cálculo do volume de combustível a ser injetado e proteção do motor. O monitoramento da temperatura é feito através dos sensores de:

• temperatura do ar de sobrealimentação. • temperatura do combustível; • temperatura do líquido de arrefecimento; • temperatura do óleo lubrificante do motor.

Módulo MR/PLD (Gerenciamento do Motor)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 56 Global Training

É importante verificar que, por motivos de segurança, a partir de aproximadamente 105 ºC de temperatura no líquido de arrefecimento, o módulo MR/PLD começa a reduzir o torque do motor.

Os sensores de pressão e temperatura do óleo lubrificante não limitam o torque do motor, apenas disponibilizam avisos sonoro e visual para o condutor através do painel de instrumentos. Os sensores de temperatura são do tipo NTC (Coeficiente negativo de temperatura), ou seja, quanto maior a temperatura, menor é a resistência. Este comportamento pode ser verificado através da curva característica dos sensores conforme gráfico abaixo: Atividade 5.2

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Módulos Eletrônicos - Teoria 57 Global Training

Sensores de pressão Além de monitorar a temperatura, o módulo MR/PLD também controla a pressão através dos seguintes sensores:

• Sensor de pressão atmosférica; • Sensor de pressão do ar de sobrealimentação; • Sensor de pressão do óleo do motor.

Os sensores de pressão têm como base o funcionamento de um componente piezelétrico, ou seja, é um circuito eletrônico que converte um sinal de pressão, gerado por um cristal, em tensão elétrica. Desta forma, tem-se uma faixa de tensão que pode varia de 0,5 Volts a 4,5 Volts dependendo da pressão a qual o sensor está submetido. A alimentação elétrica dos sensores de pressão é feita pelo próprio módulo através de um sinal contínuo de 5 (cinco) Volts. Para evitar problemas com o turboalimentador, em situações de baixa pressão atmosférica, o módulo MR/PLD pode diminuir (limitar) a potência do motor. A pressão atmosférica é medida por um sensor de pressão localizado dentro do próprio módulo eletrônico. Por este motivo, caso seja necessário substituir o módulo eletrônico ou o turboalimentador é necessário verificar a compatibilidade entre estes dois componentes (versão do MR/PLD e modelo do turboalimentador). O sensor de pressão do ar de sobrealimentação, em conjunto com o sensor de temperatura do ar de sobrealimentação, informam o módulo MR/PLD a massa de ar que está entrando no motor. Essa informação é extremamente importante para o cálculo do volume de combustível a ser injetado. No caso do sensor de pressão de óleo do motor, existe um sinal de advertência para o motorista (através do painel de instrumentos) caso a pressão do óleo seja inferior a 0,5 (meio) bar estando o motor em marcha lenta. É importante verificar que a pressão normal do óleo do motor em marcha lenta é de aproximadamente 2 (dois) bares podendo chegar a 5 (cinco) bares em rotações elevadas.

Atividade 5.3

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Módulos Eletrônicos - Teoria 58 Global Training

Sensores de rotação A rotação do motor é monitorada através de dois sensores indutivos construídos conforme figura abaixo: 1- Fios de ligação; 2- Corpo do sensor; 3- Bucha elástica de fixação; 4- Núcleo; 5- Núcleo; 6- Bobina; 7- Furo ou rasgo; A- Folga de ajuste. Nota: encoste o sensor na roda estando o motor parado. A distância será automaticamente ajustada. Quando o furo ou rasgo (item 7, figura acima) passa pelo sensor indutivo, provoca alterações no campo magnético gerado pelo sensor e desta forma, a tensão induzida no módulo possui uma variação conforme gráfico abaixo:

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Módulos Eletrônicos - Teoria 59 Global Training

Sensor de rotação do volante do motor (árvore de manivelas) Este sensor informa ao MR/PLD a rotação do motor, gerando 37 pulsos elétricos (36 orifícios a cada 10 graus e um orifício extra de referência) a cada volta do volante. O orifício de referência informa ao módulo a posição do primeiro cilindro 65 graus antes do ponto morto superior nos tempos de compressão e escape.

Sensor de rotação do comando de válvulas Este sensor informa ao MR/PLD a rotação do motor, gerando 13 pulsos elétricos (12 orifícios a cada 30 graus e um orifício extra de referência) a cada volta do comando de válvulas. O orifício de referência informa ao módulo a posição do primeiro cilindro 55 graus antes do ponto morto superior no tempo de compressão. A- Sinal de localização B- Sinal de rotação

Atividade 5.4

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Módulos Eletrônicos - Teoria 60 Global Training

Sensor do nível de óleo do motor O sensor de nível do óleo lubrificante está localizado na parte inferior do cárter de óleo do motor. O sensor possui uma resistência que fica junto ao óleo. Para isso, existem aberturas ao longo do tubo plástico que permitem a entrada e saída de óleo junto à resistência. O óleo ao redor desta resistência esfria uma parte da mesma. Dependendo do nível, irá esfriar uma parte maior ou menor do sensor provocando assim uma variação da resistência proporcional ao nível. A resistência total do transmissor depende do volume e temperatura momentânea do óleo do motor. Para verificar a temperatura, o sistema utiliza o sensor de temperatura do óleo lubrificante. Após saber a temperatura, o software converte o valor resistivo do sensor de nível em quantidade de óleo, identificando se o nível está acima ou abaixo do normal. Após este processo o MR/PLD envia a informação ao módulo FR, que por sua vez, o envia ao painel de instrumentos (INS). Existem diferentes tipos de cárter e sensor de nível de óleo dependendo do modelo do veículo e por este motivo, a parametrização do MR/PLD deve estar compatível com os modelos utilizados.

Unidades injetoras O módulo MR/PLD é responsável por ativar as unidades injetoras através de pulsos de alta freqüência conforme gráfico abaixo: A- Período de atracamento B- Período de injeção C- Desligamento da unidade Atividade 5.5

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Módulos Eletrônicos - Teoria 61 Global Training

Válvulas Proporcionais O MR/PLD controla alguns equipamentos ou sistemas através de saídas proporcionais que devem ser parametrizadas através do Star Diagnosis conforme modelo do veículo e equipamentos instalados. A tabela a seguir relaciona a saída proporcional com o equipamento ou sistema que pode estar instalado no veículo.

Válvula proporcional Aplicação Válvula proporcional 1 Válvula de descompressão do turbo brake (Waste Gate) Válvula proporcional 2 Top brake (hidráulico) Válvula proporcional 3 Primeira velocidade do ventilador elétrico (linning) - ônibus Válvula proporcional 4 Segunda velocidade do ventilador elétrico (linning) - ônibus

Para mais informações sobre válvulas proporcionais, consultar o item “Sistemas de freio motor (Freio Motor, Top Brake e Turbo Brake)” no módulo FR.

Atividade 5.6

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Módulos Eletrônicos - Teoria 62 Global Training

Interruptor de partida e parada do motor no compartimento do motor Através dos interruptores de partida e parada do motor no compartimento do motor é possível acionar o motor bem como variar a rotação do mesmo conforme tabela abaixo: Versão de software inferior a 60 Versão de software igual ou superior a 60

Situação do motor: Desligado Interruptor Stop Sem função Sem função Interruptor Star (acionado por menos de 3 segundos)

Liga o motor Liga o motor

Interruptor Star (acionado por mais de 3 segundos)

Liga e aumenta a rotação do motor. Observação: ao ser liberado, a rotação retorna à rotação de marcha lenta

Liga e aumenta a rotação do motor. Observação: ao ser liberado, a rotação é mantida fixa

Situação do motor: Ligado Interruptor Stop Desliga o motor Reduz gradativamente a rotação do motor. Se mantido pressionado,

desliga o motor. Observação: Se o interruptor for liberado antes do desligamento do motor, a rotação será elevada até a máxima rotação atingida anteriormente.

Interruptor Start Aumenta a rotação do motor. Observação: ao ser liberado, a rotação retorna à rotação de marcha lenta.

Desliga o motor.

Maiores detalhes sobre o funcionamento dos interruptores de partida e parada do motor no compartimento do motorpodem ser adquiridos através da informação de serviço (IS) 54 03/05 disponível no sistema eletrônico de literatura (SELiT).

Atividade 5.7

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Módulos Eletrônicos - Teoria 63 Global Training

Informações gerais O painel de instrumentos INS 2000 é o módulo eletrônico responsável por todas as informações que devem ser fornecidas ao motorista e também é a interface de comunicação entre todos os módulos eletrônicos e o equipamento de diagnose (Star Diagnosis). Para maiores informações sobre a função de interface de comunicação do painel de instrumentos, consultar o capítulo Arquitetura Eletrônica. Existe uma linha de comunicação CAN exclusiva entre o painel de instrumentos e o tacógrafo. Por esta linha são transmitidas informações do relógio, quilometragem parcial e total. É importante verificar que a informação de quilometragem exibida pelo painel de instrumentos é fornecida pelo tacógrafo, deste modo, se o painel de instrumentos for substituído, o novo painel assumirá automaticamente a quilometragem armazenada no tacógrafo. O relógio pode ser ajustado em qualquer um dos módulos eletrônicos sendo sincronizado automaticamente, ou seja, se o relógio, por exemplo, for ajustado no painel de instrumentos, o tacógrafo é atualizado automaticamente e vice-versa.

Módulo INS 2000 (Painel de Instrumentos)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 64 Global Training

Indicadores do Painel de Instrumentos

Observação: a figura bem como as descrições foram baseadas no manual de operação do AXOR R. 1- Ajuste do relógio e intensidade de iluminação 2- Botão seletor do mostrador multifuncional (temperatura externa ou temperatura do líquido de arrefecimento) 3- Botão seletor do mostrador multifuncional (hodômetro parcial ou relógio 4- Velocímetro 5- Luz piloto do controle de desligamento da aceleração 6- Indicador combustível 7- Luzes piloto 8- Mostrador do sistema de informação ao motorista 9- Indicador de estado 10- Indicador digital multifuncional 11- Luzes-piloto 12- Tacômetro 13- Luz piloto do reservatório pneumático, circuito de freio 1 14- Indicador de pressão do reservatório pneumático, circuitos de freio 1 e 2 15- Luz piloto do reservatório pneumático, circuito de freio 2 16- Botões funcionais do sistema de informação ao motorista 17- Botão seletor (reservatório pneumático, circuito 1 ou 2

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Módulos Eletrônicos - Teoria 65 Global Training

Luzes Piloto Observação: a figura bem como as descrições foram baseadas no manual de operação do AXOR R. 1- Luz alta dos faróis 2- Luz baixa dos faróis 3- Freio de estacionamento 4- Luzes indicadoras de direção 5- Trava da cabina basculante 6- Freio motor 7- Sistema Flammstart 8- Luz STOP* 9- Bloqueio transversal do diferencial 10- Tomada de força 11- ABS semi reboque 12- Cinto de segurança do motorista desafivelado 13- Suspensor do terceiro eixo auxiliar

* A luz STOP acende-se simultaneamente com a indicação das seguintes falhas graves de funcionamento: - pressão do óleo do motor muito baixa; - nível do óleo do motor muito baixo; - pressão de reserva nos circuitos pneumáticos 1 ou 2 do caminhão trator muito baixa; - pressão de reserva nos circuitos pneumáticos 1 ou 2 do caminhão trator muito baixa.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 66 Global Training

Navegação do painel de instrumentos Observação: a figura bem como as descrições foram baseadas no manual de operação do AXOR R. Através da navegação do painel de instrumentos é possível visualizar as seguintes informações: - nível do óleo do motor; - horas de funcionamento do motor; - distância parcial percorrida (Km); - consumo médio do percurso (pode ser reinicializado); - litros gasto (pode ser reinicializado); - velocidade média (pode ser reinicializado); - horas de funcionamento do motor (pode ser reinicializado); - alarme (despertador); - ajuste do relógio; - informações sobre manutenção; - ajuste da qualidade do óleo, viscosidade, teor de enxofre; - informações sobre diagnose (código de falhas).

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Módulos Eletrônicos - Teoria 67 Global Training

Reconhecimento do pedal do acelerador Neste menu é possível realizar o reconhecimento do pedal do acelerador através do procedimento abaixo: 1- Acessar o menu informações de manutenção;

2- Pressionar simultaneamente as teclas e ao aparecer a mensagem FR LEARN; 3- A mensagem +--- é exibida informando que a posição de repouso foi reconhecida; 4- Colocar o pedal do acelerador em posição de plena carga. A mensagem +--+ é exibida;

5- Manter o pedal em posição de plena carga e pressionar simultaneamente e ; 6- A mensagem FR LEARN OK será exibida informando que o procedimento foi finalizado.

Atividade 6.1

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Módulos Eletrônicos - Teoria 68 Global Training

Sensor do nível do reservatório de combustível O sensor de nível do reservatório de combustível possui uma resistência variável que se altera proporcionalmente ao nível de combustível presente no reservatório. Desta forma, podemos concluir que este sensor trabalha como um potenciômetro.

Atividade 6.2

Interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica O interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica mantém o terminal 14 do conector X1 ligado ao negativo. Se o nível do óleo for inferior ao limite mínimo, o interruptor abre e o painel de instrumentos apresenta indicação de baixo nível do óleo da direção hidráulica.

Atividade 6.3

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Módulos Eletrônicos - Teoria 69 Global Training

Sensores de pressão circuito 1 e circuito 2 de freios A pressão dos circuitos 1 e 2 de freio é constantemente monitorada pelo painel de instrumentos. Se a pressão pneumática for inferior a 6,8 bares, a luz “Stop” acende simultaneamente com o símbolo de advertência de “Pressão Pneumática” indicada no display do painel de instrumentos. Além disso, o alarme sonoro também é ativado.

Atividade 6.4

Interruptor do freio de estacionamento Em funcionamento normal, a lâmpada do freio de estacionamento somente é acesa quando o mesmo é aplicado. Quando a pressão do circuito do freio de estacionamento está abaixo de 5,5 bar, o interruptor do freio de estacionamento se fecha e as luzes piloto STOP e de freio de estacionamento se acendem simultaneamente com o símbolo de advertência “Pressão Pneumática” indicado no display do painel de instrumentos. O alarme sonoro também é ativado.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 70 Global Training

Informações gerais O painel de instrumentos INS 2004 é o módulo eletrônico responsável por todas as informações que devem ser fornecidas ao motorista e também é a interface de comunicação entre todos os módulos eletrônicos e o equipamento de diagnose (Star Diagnosis). Para maiores informações sobre a função de interface de comunicação do painel de instrumentos, consultar o capítulo Arquitetura Eletrônica. Existe uma linha de comunicação CAN exclusiva entre o painel de instrumentos e tacógrafo. Por esta linha são transmitidas informações do relógio, quilometragem parcial e total. É importante verificar que a informação de quilometragem exibida pelo painel de instrumentos é fornecida pelo tacógrafo, deste modo, se o painel de instrumentos for substituído, o novo painel assumirá automaticamente a quilometragem armazenada no tacógrafo. O relógio pode ser ajustado em qualquer um dos módulos eletrônicos sendo sincronizado automaticamente, ou seja, se o relógio, por exemplo, for ajustado no painel de instrumentos, o tacógrafo é atualizado automaticamente e vice-versa.

Módulo INS 2004 (Painel de Instrumentos)

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Módulos Eletrônicos - Teoria 71 Global Training

Indicadores do Painel de Instrumentos

Observação: a figura bem como as descrições foram baseadas no manual de operação do AXOR C. 1- Indicador de estado 2- Mostrador digital do sistema de diagnóstico do veículo (FDS) 3- Tacômetro 4- Indicador de pressão dos reservatórios pneumáticos, circuitos de freio 1 ou 2 5- Luz “STOP” 6- Indicador de combustível 7- Velocímetro 8- Intensidade de iluminação dos interruptores 9- Botão Reset 10- Botão TEMP para indicação de temperatura externa ou temperatura do líquido de arrefecimento 11- Botão TRIP para selecionar indicação de consumo médio de combustível ou hodômetro parcial

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Módulos Eletrônicos - Teoria 72 Global Training

Navegação do painel de instrumentos Observação: a figura bem como as descrições foram baseadas no manual de operação do AXOR C. Através da navegação do painel de instrumentos é possível visualizar as seguintes informações: - nível do óleo do motor; - quantidade de combustível no tanque; - porcentagem de combustível no tanque; - horas de funcionamento do motor; - distância parcial percorrida (Km); - consumo médio do percurso (pode ser reinicializado); - litros gasto (pode ser reinicializado); - velocidade média (pode ser reinicializado); - horas de funcionamento do motor (pode ser reinicializado); - alarme (despertador); - ajuste do relógio; - informações sobre manutenção; - ajuste da qualidade do óleo, viscosidade, teor de enxofre; - informações sobre diagnose (código de falhas).

Sensor do nível do reservatório de combustível O sensor de nível do reservatório de combustível possui uma resistência variável que se altera proporcionalmente ao nível de combustível presente no reservatório. Desta forma, podemos concluir que este sensor trabalha como um potenciômetro.

Atividade 7.1

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Módulos Eletrônicos - Teoria 73 Global Training

Interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica O interruptor do nível do reservatório de óleo da direção hidráulica mantém o terminal 16 do conector X4 ligado ao negativo. Se o nível do óleo for inferior ao limite mínimo, o interruptor abre e o painel de instrumentos apresenta indicação de baixo nível do óleo da direção hidráulica.

Atividade 7.2

Sensores de pressão circuito 1 e circuito 2 de freios A pressão dos circuitos 1 e 2 de freio é constantemente monitorada pelo painel de instrumentos. Se a pressão pneumática for inferior a 6,8 bares, a luz “Stop” acende simultaneamente com o símbolo de advertência de “Pressão Pneumática” indicada no display do painel de instrumentos. Além disso, o alarme sonoro também é ativado.

Atividade 7.3

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Módulos Eletrônicos - Teoria 74 Global Training

Interruptor do freio de estacionamento Em funcionamento normal, a lâmpada do freio de estacionamento somente é acesa quando o mesmo é aplicado. Quando a pressão do circuito do freio de estacionamento está abaixo de 5,5 bar, o interruptor do freio de estacionamento se fecha e as luzes piloto STOP e de freio de estacionamento se acendem simultaneamente com o símbolo de advertência “Pressão Pneumática” indicado no display do painel de instrumentos. O alarme sonoro também é ativado.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 75 Global Training

Informações gerais O tacógrafo utiliza um sensor hall para verificar a velocidade do veículo e, além de realizar o registro (no disco) da velocidade em função do tempo, também envia as informações de data, hora, velocidade e quilometragem do veículo para o painel de instrumentos. Sempre quando houver substituição de um ou mais itens abaixo relacionados, existe a necessidade de executar a calibração do tacógrafo que é realizada através de um equipamento do próprio fabricante do tacógrafo:

• Caixa de mudanças (desde que seja aplicada uma caixa de mudanças com modelo diferente da anteriormente aplicada no veículo); • Pneus (desde que possuam diâmetro diferente dos anteriormente aplicados); • Relação do eixo traseiro; • Tacógrafo.

Existe uma rotina de teste no tacógrafo que possibilita enviar sinal de velocidade para o painel de instrumentos, para isso, seguir os seguintes passos: 1) Ligar a ignição com a tecla “M” do tacógrafo pressionada; 2) Soltar a tecla “M” após 10 segundos; 3) Pulsar a tecla “M” 6 (seis) vezes; 4) Pressionar as teclas “+” e “-” para alterar a velocidade e verificar a indicação do velocímetro.

Módulo do Tacógrafo

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Módulos Eletrônicos - Teoria 76 Global Training

Sensor Hall O sensor de velocidade (tipo hall) possui quatro terminais como ilustrado na figura abaixo:

1- Alimentação (aproximadamente 8 Volts); 2- Negativo; 3- Sinal de velocidade; 4- Sinal de velocidade (forma de onda verticalmente invertida em relação ao terminal 3).

A alimentação do sensor é realizada pelo próprio tacógrafo e é de aproximadamente 8 Volts.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 77 Global Training

A forma de onda produzida pelo sensor de velocidade pode ser observada abaixo:

Medições realizadas entre os terminais 2 (negativo) e 3 (sinal positivo de velocidade): Velocidade do veículo: aproximadamente 20 Km/h Velocidade do veículo: aproximadamente 30 Km/h Velocidade do veículo: aproximadamente 40 Km/h

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Módulos Eletrônicos - Teoria 78 Global Training

Medições realizadas entre os terminais 2 (negativo) e 4 (sinal negativo de velocidade):

Velocidade do veículo: aproximadamente 20 Km/h Velocidade do veículo: aproximadamente 30 Km/h Velocidade do veículo: aproximadamente 40 Km/h

Atividade 8.1

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Módulos Eletrônicos - Teoria 79 Global Training

Informações Gerais O módulo eletrônico ABS é responsável pelo gerenciamento da frenagem do veículo com objetivo de não permitir o travamento das rodas evitando assim possível derrapagem e mantendo a dirigibilidade do veículo. O sistema de gerenciamento é composto por: - módulo eletrônico; - sensores de rotação; - válvulas de controle.

Módulo eletrônico O módulo eletrônico é responsável por processar as informações vindas dos sensores e atuar as válvulas quando necessário. Os veículos possuem quatro sensores de rotação (um por roda) e transmitem a informação de velocidade individualmente para o módulo eletrônico. Quando não há diferença de velocidade das rodas (condução em linha reta) ou quando há pequenas diferenças (condução em curvas), o módulo interpreta as velocidades como condição normal de condução e não atua nenhuma das válvulas do ABS. Quando existe diferença de rotação significa que a roda que está apresentando velocidade inferior está em situação de derrapagem e necessita da intervenção das válvulas para que a pressão de frenagem seja adequada e que a dirigibilidade do veículo seja garantida. Para garantir o correto funcionamento do sistema, é importante que o tamanho dos pneus estejam parametrizados no módulo. Desta forma, em caso de substituição dos pneus originais do veículo por outros de diferente tamanho, deve se ajustar a parametrização através do Star Diagnosis.

Módulo ABS – Sistema Anti-Bloqueio das Rodas

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Módulos Eletrônicos - Teoria 80 Global Training

Observação: quando o sistema ABS está operando (atuando as válvulas), todos os sistemas de freio moto (freio motor, Top brake, Turbo Brake e Retardador), são automaticamente desconectados.

Sensores de rotação Os sensores de rotação do ABS são do tipo indutivo e apresentam resistência de aproximadamente 1200 Ohms. A forma de onda do sensor de rotação do ABS é apresentada a seguir:

Com o veículo aproximadamente em 20 Km/h: Com o veículo aproximadamente em 40 Km/h:

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Módulos Eletrônicos - Teoria 81 Global Training

Atividade 9.1 Válvulas de controle do ABS Para garantir o correto funcionamento do sistema ABS, é necessário que se tenha três possibilidades de controle de pressão através das válvulas: - Estado de Repouso: não há nenhuma intervenção do sistema ABS, neste caso, a pressão de entrada na válvula ABS é a mesma da pressão de saída. - Estado de manutenção de pressão: a válvula bloqueia a entrada de pressão e mantém a pressão no sistema de freio. - Estado de redução de pressão: a válvula além de bloquear a entrada de pressão, libera a pressão do sistema de freio através de uma saída para atmosfera. Abaixo, o diagrama elétrico esquemático da válvula do ABS: 1- Entrada de pressão; 2- Saída de pressão para o freio; 3- Escape (atmosfera). 6.1- Atuação da válvula do regime de redução de pressão; 6.2- Ligação comum das válvulas; 6.3- Atuação da válvula de manutenção e redução da pressão.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 82 Global Training

As eletroválvulas estão dispostas internamente à válvula do ABS conforme figura abaixo: I- Entrada de pressão; II- Saída de pressão para o freio; III- Escape (atmosfera). 1- Eletroválvula de manutenção e redução de pressão; 2- Eletroválvula de redução de pressão.

Atividade 9.2

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Módulos Eletrônicos - Teoria 83 Global Training

Informações Gerais O módulo FFB é responsável por receber o sinal do controle remoto referente à abertura e fechamento das portas, verificar o código e, em caso de ser de um código válido, enviar um sinal para o módulo ZV (módulo de travamento de portas) autorizando a abertura ou fechamento das portas. Na memória deste módulo estão gravados os códigos dos transmissores (controle remoto) conhecidos. O FFB pode armazenar até 8 (oito) transmissores sendo que originalmente, o veículo possui dois transmissores válidos. É importante verificar que a memória do módulo, referente aos códigos dos transmissores, pode ser restaurada (apagar a memória) e programada novamente através do Star Diagnosis.

Programação de transmissores – reconhecimento O procedimento de reconhecimento de novos transmissores deve ser feito através do Star Diagnosis e é necessário ter pelo menos 1 (um) transmissor funcionando. Isto é necessário para que o Star Diagnosis consiga realizar a autenticação do controle. Observações: - Caso não haja nenhum transmissor funcionando, NÃO será possível reconhecer novos transmissores; - Se o limite máximo de transmissores for atingido (8), apenas será possível adicionar outro transmissor se antes for realizado o procedimento de cancelamento de transmissores. Isto permite que novos transmissores sejam adicionados, mas deve-se lembrar que os transmissores anteriormente reconhecidos deixarão de funcionar e deverão ser adicionados novamente, porém, sempre respeitando o limite de 8 (oito) transmissores. Para realizar o reconhecimento, deve-se seguir procedimento abaixo utilizando o equipamento Star Diagnosis: 1- Selecionar o módulo FFB no teste rápido; 2- Acessar o menu “Ativações”; 3- Acessar o menu “Registrar novo transmissor”; 4- Seguir informações do Star Diagnosis.

Módulo FFB – Receptor do Sinal do Controle Remoto de Abertura de Portas

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Módulos Eletrônicos - Teoria 84 Global Training

Programação de transmissores – desativação A opção de cancelamento de transmissores deve ser realizada sempre quando houver extravio de um ou mais transmissores evitando assim que as portas do veículo possam ser abertas por uma pessoa que eventualmente esteja com o transmissor extraviado. Esta opção deve ser realizada com o auxílio do Star Diagnosis. Após o cancelamento dos transmissores, pode-se novamente torná-los válido, através do Star Diagnosis, vide capítulo “Programação de transmissores - reconhecimento”.

Desativação de transmissores através do Star Diagnosis Executar o seguinte procedimento para realizar a desativação de transmissores através do Star diagnosis: 1- Selecionar o módulo FFB no teste rápido; 2- Acessar o menu “Ativações”; 3- Acessar o menu “Excluir um transmissor”; 4- Seguir informações do Star Diagnosis. Obs: é necessário ter pelo menos 1 (um) transmissor (controle remoto) funcionando.

Atividade 10.1

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Módulos Eletrônicos - Teoria 85 Global Training

Substituição das pilhas dos transmissores A substituição das pilhas dos transmissores deverá ser feita da seguinte maneira: 1- Remova a tampa (1) do transmissor; 2- Limpe as pilhas novas com um pano seco; 3- Coloque as duas pilhas no suporte (2) com o pólo positivo (+) orientado para baixo e aperte-as de modo que se encaixem de forma audível; 4- Aperte as duas partes do transmissor, uma contra a outra, fazendo-as encaixarem-se de forma audível. Se após trocar as pilhas, as fechaduras das portas não puderem ser travadas ou destravadas através do transmissor, o procedimento abaixo deverá ser realizado. 1- Feche as portas do veículo; 2- Tranque as portas do veículo; 3- Introduza a chave na fechadura de ignição e num intervalo máximo de 2 (dois) segundos, gire-a para a posição de marcha. Aguarde 5 (cinco) segundos e retorne-a para a posição desligada. 4- Pressione 5 (cinco) vezes o botão travar do transmissor; 5- Aguarde 10 (dez) segundos e teste o transmissor. Observações: - este procedimento apenas funciona para transmissores que tiveram suas pilhas substituídas e por este motivo, pararam de funcionar, ou seja, este procedimento não é válido para reconhecer novos transmissores;

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Módulos Eletrônicos - Teoria 86 Global Training

- para confirmar se o transmissor não está funcionando devido à substituição das pilhas, execute o teste de reconhecimento do código do transmissor através do Star Diagnosis (acessar menu “Ativações/Teste de sinal de um transmissor”), aparecerá a mensagem “Transmissor conhecido”. Após isso, tente reconhecer o transmissor, caso apareça a mensagem “Transmissor desconhecido” significa que o problema aconteceu devido à substituição da bateria; - essa característica de funcionamento, ou seja, a desativação automática do transmissor, também ocorre se as pilhas forem simplesmente retiradas temporariamente, ou seja, não necessariamente havendo a substituição da mesma.

Atividade 10.2

Comunicação entre FFB e ZV Sempre quando houver autenticidade do controle remoto, ou seja, sempre quando o controle remoto for conhecido (válido) pelo módulo FFB e após haver acionamento de uma das teclas do controle, o módulo ZV (travamento de portas) recebe um sinal do módulo FFB que pode ser referente a: - Sinal de abertura da porta do motorista (primeiro acionamento do botão destravar portas); - Sinal de abertura da porta do acompanhante (segundo acionamento do botão destravar portas); - Sinal de travamento das portas (motorista e acompanhante).

Atividade 10.3

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Módulos Eletrônicos - Teoria 87 Global Training

Sinais enviados pelo módulo FFB ao módulo ZV Sinal de abertura da porta do motorista Sinal de abertura da porta do acompanhante Sinal de fechamento das portas

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Módulos Eletrônicos - Teoria 88 Global Training

Informações Gerais O módulo ZV é responsável por realizar o travamento e destravamento das portas do veículo. O sinal de ativação, ou seja, o sinal para travar ou destravar as portas pode ser recebido pelo módulo das seguintes maneiras: - através do interruptor de travamento centralizado disposto no interior da cabina; - através do sinal do módulo FFB; - travamento ou destravamento manual da porta do motorista; - travamento ou destravamento manual da porta do acompanhante. Ao destravar as portas, a lanterna de iluminação interna acende por cerca de 10 segundos. Se a porta estiver permanecer aberta, a lanterna de iluminação interna será apagada após aproximadamente 5 minutos. O sistema de travamento das portas (ZV) possui 2 (dois) interruptores em cada porta, sendo um responsável por indicar se a porta está aberta ou fechada e outro para indicar se a porta está travada ou destravada. O interruptor responsável pela informação de abertura e fechamento da porta está localizado na fechadura da porta e o interruptor responsável pela informação de porta travada ou destravada está localizado dentro do conjunto do motor da trava elétrica o qual não pode ser desmontado.

Atividade 11.1

Módulo ZV – Travamento Centralizado das Portas

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Módulos Eletrônicos - Teoria 89 Global Training

Informações gerais O módulo WS é responsável por calcular os prazos de manutenção do veículo e informá-los ao motorista através do painel de instrumentos. A comunicação entre esses dois módulos é feita através do barramento CAN. Os sinais utilizados pelo sistema de manutenção podem ser adquiridos de duas maneiras: Sensores conectados diretamente ao módulo eletrônico WS: - Sensores de desgaste das pastilhas de freio; - Sensor de temperatura do óleo da caixa de mudanças; - Sensor de temperatura do óleo do eixo traseiro. Sinais obtidos através do barramento CAN: - Temperatura do óleo do motor; - Saturação do filtro de ar; - Tempo de operação; - Distância percorrida; - Rotação do motor; - Temperatura média dos agregados; - Temperatura ambiente média; - Tempo de operação com temperatura excessiva.

Módulo WS – Sistema de manutenção

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Módulos Eletrônicos - Teoria 90 Global Training

Através do processamento dos sinais anteriormente citados, é possível calcular os intervalos de manutenção. O gráfico abaixo é um exemplo de cálculo: LDV- Gasto de vida t- Tempo 1- Gasto de vida útil conforme operação 2- Gasto de vida útil conforme limite de tempo de operação 3- Gasto de vida útil conforme Km

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Módulos Eletrônicos - Teoria 91 Global Training

Através do Star Diagnosis é possível estabelecer um agrupamento de prazos para manutenção. O objetivo é reduzir o tempo de veículo parado. Este prazo pode ser ajustado de 1 a 24 meses. Quando o agrupamento encontra-se ativo, o WS informa a manutenção do item que atingiu a data para manutenção e verifica se existe algum outro item de manutenção previsto dentro do prazo estabelecido no parâmetro de agrupamento de prazos, por exemplo, o prazo para troca de óleo do motor foi atingido no dia de hoje a o agrupamento do WS foi ajustado para 2 meses. O WS verifica, entre outros itens, que a troca de óleo do eixo traseiro está prevista para 3 meses e a troca de óleo da caixa de mudanças está prevista para 1 mês. Neste caso, a indicação de manutenção será feita para o motor e também ocorrerá a antecipação da manutenção da caixa de mudanças. Além das informações provenientes dos sensores, há também alguns itens a serem ajustados pelo próprio motorista através do painel de instrumentos. Observação: Ajustes incorretos podem ocasionar divergência no cálculo de manutenção e eventuais danos ao veículo. Os itens a serem ajustados são:

• Tipo de óleo do motor; • Tipo de óleo da caixa de mudanças; • Viscosidade do óleo do motor; • Teor de enxofre do combustível.

Em relação ao desgaste das pastilhas de freio, o WS possui dois controles sendo um relacionado ao limite de desgaste natural e outro quanto ao desgaste irregular do sistema de freio, ou seja, se a diferença de desgaste entre os sensores atingir um determinado valor, o WS indica falha.

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Módulos Eletrônicos - Teoria 92 Global Training

É importante verificar que o sinal presente nos sensores ligados diretamente ao WS possui baixa freqüência (não é um sinal contínuo) e por este motivo, quando o sinal é verificado com o multímetro, existe oscilação no display.

Atividade 12.1

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1Apresentação Técnica <>Novos Veículos ATEGO 2425 / AXOR 1933, 2533