48
Classificação e Tipificação de Carcaças Professora Samira Mantilla Site www.microdealimentos.blogspot.com

ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Classificação e Tipificação de Carcaças

Professora Samira MantillaSite www.microdealimentos.blogspot.com

Page 2: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Classificação x Tipificação

Classificação: agrupar aquilo que tem características semelhantes

Tipificação: instrumento para auxiliar a comercialização do gado. Diferenciação das classes em tipos hierarquizados segundo critérios.

Objetivo dos sistemas de tipificação: avaliar as características da carcaça que estejam relacionadas direta ou indiretamente com as características de rendimento e qualidade.

Page 3: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Características de um bovino de corte

Aparência geral: sadio e vigoroso, musculoso, ossatura forte, amplo, profundo

Cabeça: pequena, focinho largo, olhos separados, orelhas médias

Pescoço: curto, musculosos e pouca barbela Corpo: forma de paralelepípedo, perfil convexo,

peito largo e arredondado, ancas afastadas, garupa comprida, costelas compridas, arqueadas

Page 4: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Membros: anteriores: comprimento médio a curto, musculosos, posteriores médio a curto

Maturidade: bovino jovem ou até 36 meses ou 4 dd no maxilar inferior

Peso vivo para abate: novilho - >480Kg

Page 5: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Raças bovino corte: Bos indicus Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Tabapuã, Resistência ao calor, ectoparasitas Orelhas grandes e pendentes Cupim ou giba Membros longos Maior rendimento de carcaça do que a Bos taurus porque

apresenta menores proporções de cabeça e vísceras Nelore: dificuldade na deposição de gordura

Page 6: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Raças do Bos taurus Abeerden Angus, Angus, Charolês,

Hereford, Limousin, Red Angus Resiste menos ao calor e ectoparasitas Orelhas pequenas ou médias Não possui cupim Aparelho digestivo com maior capacidade

Page 7: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Critérios para avaliação de um bovino vivo

Peso vivo: peso atual do bovino antes do abate.Boi bom: 36 meses com 480 Kg; boi muito bom: 24 meses com 480Kg; boi ótimo: 18 meses com 480Kg

Maturidade: estimação cronológica do animal, está associada com a maciez e coloração da carne

Rendimento de carcaça: divisão do peso da carcaça quente ou resfriada pelo peso vivo após o jejum x 100. Média 54% (BR)

Aparência geral

Page 8: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

Brasil: Portaria n°612 de 1989: B-R-A-S-I-L

Page 9: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Classificação dos animais

Page 10: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS A tipificação de carcaças obedecerá aos parâmetros sexo-

maturidade, conformação, acabamento e peso.

Carcaça: entende-se por carcaça de bovino, o animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, desprovido de cabeça, patas, rabada, glândulas mamárias na fêmea, ou verga, exceto suas raízes e testículos, no macho. Após a divisão em meias carcaças retiram-se ainda os rins, gorduras perirrenal e inguinal, "ferida de sangria", medula espinhal, diafragma e seus pilares.

Page 11: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS Sexo-maturidade: o sexo é verificado através da observação

dos caracteres sexuais e a maturidade fisiológica pelo exame dos dentes incisos. Quando necessário, o exame será completado através da observação da calcificação das cartilagens, especialmente das apófises espinhosas das vértebras torácicas.

Sexo: São estabeleci das as seguintes categorias: Macho-M - estão englobados neste item os machos inteiros; Macho Castrado-C - estão englobados neste item os machos

castrados;

Fêmea-F - estão englobados neste item as fêmeas bovinas.

Page 12: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS Maturidade: Serão estabelecidas as seguintes

categorias: Dente de leite - d: Animais' com apenas a 1A

dentição, sem queda das pinças; Quatro dentes - 4: Animais com até quatro dentes

definitivos sem queda dos segundos médios da primeira dentição;

Seis dentes - 6: Animais com mais de 4 e até 6 dentes definitivos sem queda dos cantos da primeira dentição;

Oito dentes - 8: Animais possuindo mais de seis dentes definitivos.

Page 13: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula
Page 14: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula
Page 15: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula
Page 16: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS Conformação: Expressa o desenvolvimento das

massas musculares. Este parâmetro é obtido pela verificação dos perfis

musculares, os quais definem anatomicamente as regiões de uma carcaça; tal fato elimina assim o aspecto puramente subjetivo do problema, passando a ser quase que mensurável.

Desse modo, na medida em que a carcaça for convexa, arredondada, exprimirá maior desenvolvimento; sendo côncava refletirá o contrário, isto é, menor desenvolvimento muscular.

Page 17: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

As carcaças serão descritas como segue: - Carcaças Convexas - C - Carcaças subconvexas - Sc - Carcaças Retilíneas - Re - Carcaças Sub-retilíneas - Sr - Carcaças Côncavas - Co

Page 18: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula
Page 19: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS Acabamento: Expressa a distribuição e a quantidade

de gordura de cobertura da carcaça, sendo descrita através dos seguintes números:

1 - Magra - gordura ausente; 2 - Gordura escassa - 1 a 3 mm de espessura; 3 - Gordura mediana - acima de 3 e até 6 mm de

espessura; 4 - Gordura uniforme - acima de 6 e até 10 mm de

espessura; 5 - Gordura excessiva - acima .de 10 mm de

espessura

Page 20: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS A aferição da gordura será feita em três locais

diferentes da carcaça, a saber: - A altura da 6ª costela, sobre o músculo grande

dorsal, em sua parte dorsal; - A altura da 9ª costela, sobre o músculo grande

dorsal, em sua parte ventral; - A altura da 12ª costela, sobre o músculo serrátil

dorsal caudal. Complementarmente proceder-se-á a verificação da

gordura na região lombar e no coxão.

Page 21: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS Peso: Refere-se ao "peso quente" da carcaça obtido

na sala de matança, logo após o abate. Os seguintes limites mínimos serão estabelecidos

por tipo: B - Macho 210 kg - Fêmea 180 kg R - Macho 220 kg -Fêmea 180 kg A - Macho 210 kg - Fêmea 180 kg S - Macho 225 kg - Fêmea 180 kg I - Sem especificação L - Sem especificação

Page 22: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Resumo do sistema

Page 23: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Da avaliação da carcaça e enquadramento.

Sabendo o enquadramento por sexo-maturidade, o tipificador verificará se os outros parâmetros complementares do tipo estão satisfeitos.

Se algum não estiver de acordo, a carcaça automaticamente será colocada no tipo imediatamente inferior exceção que será considerada no parâmetro acabamento para as gorduras 1 e 5.

Page 24: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Da avaliação da carcaça e enquadramento.

Exemplo 1: se a carcaça for de um animal macho, jovem, conformação retilínea, acabamento 2 e peso de 210 kg ser enquadrada como B, porém se seu peso for inferior a 210 kg, passará ao tipo R.

Exemplo 2: Se a carcaça for de um animal jovem, de conformação retilínea, acabamento 1, será enquadrada automaticamente em A independentemente do parâmetro peso.

Page 25: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Diferenciação de macho e fêmea

Macho: presença do m. isquio cavernoso bem caracterizado envolvendo a raiz do pênis

Presença de raiz do pênis Presença do m. reto interno ou gracilis

abrangendo parcialmente a sínfise isquio pubiana Sínfise isquio pubiana arqueada e espessa com

tubérculo pubiano mais globuloso

Page 26: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Fêmea: m. glacilis envolvendo a sínfise isquio pubiana

Cavidade élvica larga e espaçosa Sínfise isquio pubiana estreita e leve

arqueamento Tubérculo púbico pouco saliente Não há raiz do pênis

Page 27: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Macho x fêmea

Page 28: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

O NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE

CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

Instrução Normativa, de nº 9, foi assinada no dia 04 de maio de 2004.

A partir de 01.01.2005, sua aplicação passaria a ser obrigatória nos estabelecimentos de abate sob Inspeção Federal, sendo que a avaliação das carcaças teria que ser feita por profissionais habilitados, credenciados pelo Mapa e pagos pelo setor privado.

No entanto, em novembro de 2004, ficou decidido que o Mapa deveria adiar a data de início da vigência da normativa por algum tempo, o que ocorreu através da IN nº 37, de 29.12.2004.

Page 29: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

O NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

Os critérios adotados pela IN nº 9 para classificação das carcaças são o sexo e a maturidade, o peso e o acabamento.

Sexo - verificado pelo exame dos caracteres sexuais, com as categorias: Macho inteiro (M), Macho castrado (C), Novilha (F), e Vaca de descarte (FV).

Maturidade - verificada pelo exame dos dentes incisivos, com as categorias:

- Dente de leite (d) - animais com apenas a 1ª dentição, sem queda das pinças;

- Dois dentes (2d) - animais com até dois dentes definitivos, sem queda dos primeiros médios da primeira dentição;

Page 30: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

O NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

- Quatro dentes (4d) - animais com até quatro dentes definitivos, sem queda dos segundos médios da primeira dentição;

- Seis dentes (6d) - animais com até seis dentes definitivos, sem queda dos cantos da primeira dentição; ou

- Oito dentes (8d) - animais com mais de seis dentes definitivos.

Peso da Carcaça - verificado mediante pesagem da carcaça quente (em kg).

Page 31: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

O NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

Acabamento da Carcaça - verificado mediante observação da distribuição e quantidade de gordura de cobertura, em locais diferentes da carcaça (regiões torácica, lombar e no coxão), com as categorias:

- Magra (1) - gordura ausente; - Gordura escassa (2) - 1 a 3 mm de espessura; - Gordura mediana (3) - acima de 3 e até 6 mm de espessura; - Gordura uniforme (4) - acima de 6 e até 10 mm de

espessura;

- Gordura excessiva (5) - acima de 10 mm de espessura.

Page 32: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

O NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

As meias-carcaças, quartos, grandes peças e cortes, serão identificados (as) com os códigos dos parâmetros sexo, maturidade e acabamento mediante aposição de carimbos nas peças com ossos (meias-carcaças, quartos e grandes peças) e de etiquetas nas embalagens dos cortes desossados. Será permitida a utilização do código ® do Sisbov para carcaças, quartos e cortes de carne de gado rastreado. As identificações serão mantidas até o consumo industrial ou exposição do produto para venda ao consumidor.

Page 33: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUANTITATIVAS A variabilidade fenotípica existente no gado decorre de efeitos

genéticos, de meio ambiente e de interações do genótipo com o meio, e vai se manifestar nas características de carcaça que, didaticamente, são separadas em quantitativas e qualitativas.

Em outras palavras, a raça ou linhagem, o cruzamento, o sexo, a idade à castração dos bezerros, o tipo de pasto, a engorda com maior ou menor concentração de grãos, a fase da curva de crescimento (peso e idade) em que se dá o abate, bem como os cuidados na apartação, no embarque, no transporte e no período ante-mortem, nos currais do matadouro, podem exercer influência na composição da carcaça ou na qualidade da carne, ou em ambas.

Page 34: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUANTITATIVAS São considerados indicadores de composição,

geralmente utilizados individualmente, ou combinados, em índices ou equações, as medidas ou avaliações seguintes:

- Medida da espessura de gordura que recobre a carcaça em pontos específicos, fazendo-se ajustes subjetivos, que são absolutamente necessários em casos de remoção involuntária da gordura durante a esfola;

- Medida da área do olho de lombo, seção transversal do m. longissimus dorsi;

Page 35: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUANTITATIVAS - Peso da carcaça; - Avaliação subjetiva do acabamento ou cobertura da carcaça,

atribuindo escores segundo uma escala pré-definida; - Avaliação subjetiva da conformação (relação carne/osso),

onde carne equivale à soma de músculo e gordura, ou da musculosidade (relação músculo/osso), atribuindo escores segundo uma escala pré-definida;

- Comprimento da carcaça medido entre a borda anterior do púbis e a borda anterior da primeira costela, aponta para o tamanho do esqueleto do animal, de modo que, dividindo-se o peso pelo comprimento da carcaça, tem-se um índice que pode funcionar como indicador da relação carne/osso;

Page 36: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUALITATIVAS As carcaças também diferem quanto à

qualidade da carne, entendendo-se por qualidade, neste caso, o aspecto visual (cor, textura e firmeza) que terá a carne nas gôndolas refrigeradas dos supermercados, e os atributos sensoriais (maciez, sabor e suculência) da carne preparada para consumo, ou seja, cozida ou assada por um método de cocção adequado para o corte cárneo escolhido

Page 37: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUALITATIVAS são utilizados indicadores para estimar quão macia, saborosa

e suculenta será a carne após a cocção Os indicadores de qualidade mais tradicionais são justamente

aqueles utilizados pelos norte-americanos na avaliação da carcaça resfriada, que são os seguintes:

- Maturidade fisiológica do bovino abatido, avaliado pelo grau de ossificação das cartilagens das vértebras do sacro, lombares, e torácicas, com ajustes pela luminosidade da cor da superfície de corte da carne; na América do Sul, como em alguns outros países, a maturidade é avaliada pela erupção e crescimento dos dentes incisivos permanentes;

Page 38: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUALITATIVAS Mármore (marbling), ou gordura intramuscular, também

conhecida com o gordura entremeada, que está relacionada ao genótipo, à fase da curva de crescimento e ao nível energético da ração do bovino, que por sua vez estão associados à velocidade de ganho de peso, que pode ter uma correlação positiva com a maciez da carne. Além disso, o mármore parece funcionar como um seguro contra abuso no ponto final de cocção da carne, que costuma endurecer uma carne magra, mas não uma com maior teor de gordura entremeada;

- Cor da carne e da gordura, avaliada na superfície da carcaça ou na superfície denominada área do olho do lombo. A cor tendendo ao creme-claro, por exemplo, aponta para um animal jovem, alimentado com ração, em confinamento. Já a cor da carne (tecido muscular) é indicador de maturidade fisiológica.

Page 39: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

DIFERENÇAS QUALITATIVAS

Além desses indicadores mais comumente empregados, na Austrália estão sendo estudados e aplicados na prática comercial e industrial, para carcaças de bovinos jovens, novos indicadores, como:

- Composição racial do gado, mais especificamente as proporções de Bos indicus e Bos taurus no genótipo;

- Velocidade de ganho em peso, obtida dividindo-se o peso da carcaça pela idade, que é estimada pela maturidade óssea; há evidências de que a taxa de ganho possa ser positivamente associada com os atributos de qualidade sensorial da carne;

- Tipo de pendura da carcaça durante o resfriamento ou pelo ao menos nas primeiras dez horas de resfriamento, quando feita pela pelve, diminui a necessidade de maturação;

Page 40: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DE

CARCAÇAS SUÍNAS A tipificação de carcaças de suínos, como em bovinos, visa

separar em grupos os animais que apresentam diferentes rendimentos e qualidade de carne, valorizando as características de importância econômica.

Atualmente trabalhando em um mercado realmente competitivo, com várias outras fontes alternativas de proteína, a indústria suína está investindo em sua produção, incrementando a qualidade para suprir as exigências dos consumidores que procuram uma carne com sabor, coloração, e textura excelentes, a um preço acessível. As principais características que são priorizadas para as carcaças são: peso ideal, alto rendimento de carne, baixo teor de gordura, e uma carne livre de defeitos (por exemplo, carne pálida, mole e exudativa).

Page 41: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS SUÍNAS Os parâmetros, para a tipificação de carcaça suína, serão os

seguintes:peso da carcaça e espessura de toucinho. Entende-se por carcaça suína, aquela decorrente do animal

sangrado, depilado, eviscerado, dividido longitudinalmente em duas meias-carcaças, desprovidos de rins, gordura perirrenal e unto, submetido a toalete, com retirada das unhas, cabeça, permanecendo a cauda na meia-carcaça esquerda.

A espessura de toucinho será tomada entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacra.

Page 42: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

A compatibilização entre o peso da carcaça e a espessura do toucinho, tipificará as carcaças de acordo com os critérios abaixo:

Page 43: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Espessura toucinho

Page 44: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Novas tecnologias tipificação suínos Todos os sistemas acima descritos contêm elementos

subjetivos, em proporções maiores ou menores. Portanto, todos sofrem dos defeitos de erro humano, lentidão, e alto custo. Há alguns anos que existem instrumentos para auxiliar o avaliador na sua tarefa, como por exemplo o Hennessy Grading Probe (HGP). Este instrumento é uma pistola com um sensor photoelétrico em sua agulha. À medida que esta é inserida na carcaça, o sensor mede a profundidade da gordura e do músculo (e a sua coloração), e o HGP calcula a porcentagem de carne magra e a classificação

Page 45: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Novas tecnologias tipificação suínos Esta tecnologia é

utilizada em vários países para aumentar a precisão das avaliações subjetivas de carcaças suínas. Uma desvantagem desta tecnologia é que reduz a velocidade do processo.

Page 46: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Ultrasom

Page 47: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

Novas tecnologias tipificação suínos

Page 48: ClassificaçãO E TipificaçãO De CarcaçAsaula

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FELÍCIO, P.E. CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS. Faculdade de Engenharia

de Alimentos da Unicamp Campinas SP. Texto de conferência proferida no Congresso CBNA de 17-18 de maio de 2005, em Goiânia, Goiás.

SAINZ, R. D. ; ARAÚJO, F. R.C. TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS DE BOVINOS E SUÍNOS . Animal Science Dept., University of California, Davis, CA, USA Trabalho apresentado no I Congresso Brasileiro de Ciencia e Tecnologia de Carne, São Pedro, SP, 22-25 outubro, 2001.

FELÍCIO, P.E. Perspectivas para a tipificação de carcaça bovina. I Simpósio Internacional sobre Tendências e Perspectivas da Cadeia Produtiva da Carne Bovina (Simpocarne)...Anais. São Paulo SP, junho de1999. (no prelo).

BRASIL. Portaria Nº 612, DE 05 DE OUTUBRO DE 1989 Aprova o novo Sistema Nacional de Tipificação de Carcaças Bovinas. ANEXO - SISTEMA NACIONAL DE TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS

BRASIL. Portaria Nº 221, DE 22 DE SETEMBRO DE 1981 Aprova o Sistema de Tipificação de Carcaça Suína

RPCV (2002) 97 Faísca, J. C. et al. (543) 111-118. Elementos para a diagnose do sexo e idade em carcaças de bovinos