96
ANO 6.c y* V Propriedade da Empreza de A M OCIDADE Composto e impresso na ‘‘MINERVA ALENTF-JANA,, FONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e cLo S o r Ponte do Sôr, 10 de Janeiro de 1932 NUMERO 134 DIRKCTOR * ADMINISTRADOR * EDITOR *1 Primo Pedro da Conceição * ¥ João Marques Calado * José Pereira Mota ♦ 1 Pundadoies Primo P. da Conceição e José Viegas Facada Como tudo neste Mundo, assim passou já o Natal. A carroça municipal rece- beu no seu dorso os esquele- tos descarnados das aves ser- vida na melhoria dos repastos daquele dia, nas casas onde a abastança é ainda suficiente para permitir tal ventura gas- tronómica. E enquanto no ar se dissi- pam os derradeiros écos duma tão festiva data, só não assi- nalados por aqueles deserda- dos da sorte que, como nos ou- tros todos da sua triste vida, nêsse dia tiritaram de frio e es- talaram de fome, trémulamen- te avançamos, com nervosi- dade estendemos a mão e, o- Ihando uma nova ruga na fron- te e tateando um cabelo branco a mais, sobra a fatalidade ine- xorável de mais um ano de existência, deixamos cair do calendário a ultima fôlha, agoi- rentamente tétrica eanémica- mente esqualida do sombrio e mal lembrado 1931. Saudades, porque só as inspira quem for grande e ge- neroso, não nos deixou ele. Dedicações, porque só as provoca quem viveu sem erros nem vilezas, igualmente as não mereceu. Bênçãos, porque só a elas tem jus quem morreu legando boa memória á humanidade, por forma idêntica as não obteve. E porque num desecandear de mil paixões ruins, emba- tendo num ciclo de egoismo c rancores, de ódios intensos e incomensuravelmente demo- lidores, movidos por invejas liliputianas e insofridas ele se debateu, é que o ano findo nenhuma lembrança grata ao nosso coração deixou. O vento sibila e enquanto um frio regelador nos entor- pece, do azul lindo do nosso ceu o sol dardejando seus raios banha de inegualavel luz os dias deste decorrente inverno quasi primaveril Desceu a noite. Dir-se-ia que as alcantiladas serranias do norte-AIentejo ajoelharam num extase de paz e amor. E num enigmático livro em branco, ilegivel por isso mes- mo, 1 de Janeiro de 1932. apareceu-nos sorridente eala- cre, como faulhas de oiro que no ar baloiçassem, falando- nos de dias felizes, prome- tendo-nos horas bonançosas Que isso tudo ele nos tra- ga, e queo nascenleano vindo a nossos pés desfolhar o ra- mo dos sorrisos que nos ofe- rece e das esperanças que nos promete possa uma e outra coisa transformar numa era de completa felicidade para todos os nossos irmãos, para todos, absolutamente todos os filhos de Portugal! Angelo Monteiro I Em missão de estudo foi há tem- pos ao estrangeiro o Inspector- Chefe da Região E. de Santarém, Snr. Joaquim Tomaz. Conta no li- vro, ‘'Natas de uma Excursão Pe- dagógica atravez das Escolas da Espanha, França, Belg ca e Suiça, o que por lá viu. Exposição clara, sucinta, despretenciosa. A gente lê - todos lucrariam com tal leitura- e sente uma tristeza infinita. Como lá fora se cuida, não já do problema do analfabetismo que esse pode considerar-se resol - vido, mas da perfeição, do método, do carinho empregadq-rara a for - mação do caracter e da intelegencia do futuro cidadão! Quantos cuida- dos com a saúde! Ele são colónias infantis na planicie, na praia, na serra, são obalneário, a cantina na escola; são as inspecções médicas; são o tratamento das crianças por- tadoras de doenças que as enfra- quecem fisica e intelectualmente. Procura-se por todos os modos tornar o máximo perfeito e resis- tente o homem do futuro. Cria-se, estimula se, aperfeiçoa-se a ideia de associação, cooperação, previden- cia, economia. Associações de alunos e amigos das escotas —que pode dizer-se, são todos os cidadãos de três pelo me- nos, daquelas nações,—fornecem os necessários meios para a "obra,,. O Estado orienta, em alguns paúes. As corporações e associa ções locais concorrem, muitas ve- zes, com o dinheiro. E’ que para aqueles povos a instrução é a ori- gem e fundamento de todos os bens. Por isso todos colaboram porque uns teem filhos, netos; outros teem irmãos, primos, sobrinhos e todos, fiihos de amigos, filhos da nação, compatriotas, Assiin, fazem-se passeios educa - tivos às cidades industriais, mu- seus, aos monumentos, a tudo o que possa educar. Um desses passeios equivale em resultados positivos a uma coisa parecida com três mil das lições que eu dou, metido aqui entre quatro macissas paredes, deitando os bofes pela bôca e recorrendo, como documentação, a uns pobres postais e gravuras que são da minha pertença. A’s vezes o frio morde. Fecham-se as janelas; muita gc-iite a respirar. O dilema é terri - vel: ou morrer envenenado pelo anidrido carbónico ou apanhar uma pneumonia. Opta-se pelo ani - drido. Morte suave, embalados 110 sono, talvez com sonhos fagueiros. Mas, vem o maldito suor apodre- cido, um cheiro danado que nos impele para a vida, para o ar frio, para a pneumonia fatal. Nas caras, pêlo de palmo. Se o vento sopra e o tempo é sêco, ai vem nuvens de poeira côm 0 maldito cortejo de micróbios de todas as formas, es- pecies e tamanhos que os micros- cópios mostram e outros que os sábios c.»turras teimam em desco- brir, como quem inventa doenças. Rapazes, não respirem' Recreio, formar! Rapazes, ninguém deve comer sem lavar as mãos; nào há água, podem sair. Lá vão eles ao recreio, contentes, um contentamento amai elo que eu lhes conheço. Se está bom tempo comem, digerem e pulam. Se cho- ve, acumulam-se á porta, á falta de telheiro, capotes pendurados em dois paus que parecem ou deviam ser braços, naco de pão numa das mãos, saquitel na outra, olhos me- lancólicos postos 11 a chuva que molha os pés e rega os campos, nas nuvens que avançam e dão a chuva. Acabou 0 recreio; voltamos aos bancos, aos potros da tortura. As merendas vinham embrulhadas em tudo 0 que se presta a envólu- cro e foram comidas coma serieda- de e consciência de quem pratica um acto necessário. E eu ao con- centrar o espirito para atar 0 fio quebrado 11 a lição anterior, vejo passar lá longe, os aluno das es- colas suecas, belgas, suiças, france- sas, nas suas visitas de estudo, quer seja entre frios nevoeiros, quer em dias de sol glorioso, sempre feli- zes porque se sentem acarinhados, cheios de interesse, porque sentem, veem, aspiram o proprio interesse. Eles veem o retrato, a roupa, as armas do herói que libertou a na- ção. Diante do seu túmulo comovem- se, sentem vibrações estranhas. Eles veem a obra de velhos artistas; ganham gôsto pelo belo. Veem 0 venerável monumento, testemunha viva ou recordação de passadas glorias. Eles veem formidandos maquinismos trabalhando o ferro duro, 0 flácido algodão, 0 linho, a lã. Eles veem outros maquinismos que transformam o proprio ar que respiramos em adubos que enri- quecem a terra. Veem a água que bebemos, produzir fôrça que os fios conduzem aos lugares mais longin qúos e move os tais formidandos maquinismos. Veem as maquinas que imprimem os livros e os jornais que levam aos confins do mundo o pensamento dos homens F A M IL IA ... Mez de Dezembro frio. . . — Na lareira Ardem — com chama altiva, duradoura— Restos do verão... — «gravêtos» da videira— Ramos do pinheiral... — A dobadoura Chia nas mãos da Avó — junto á fogueira... Murmura o vent o. . . — A luz rebrilha e doura O vulto da creança — a casa inteira— A alma da familia — sonhadora... Ha neve pelos caminhos... E' Natal!— O Pae guarda «surpresas» no bornal — E a Mãe prepara a ceia-airosa e léve... E' meia noite agora. . . t?nge 0 sino...— A Avó ergue uma préce ao Deus-Menino— E inclina a fronte sobre 0 pão de néve... Alto-Alentejo, Dezembro de 1931 Jovita de Carvalho que leem e que escrevem. Veem, enfim, a Natureza domesticada, deslumbrada, enamorada aos pés do homem, vencida pela inteligen- da, pronta a todos os sacrifícios, a todas as concessões. Nesses passeios há sempre opor- tunidade para estiinnlar as boas qualidades, que 110 fundo ou á superfície, existem em todo 0 in- dividuo. Queres da minha meren- da, ó Manuel?,, "Ah! sim, toma 0 lápis, desculpa!,, Urn passeio dêste genero é sempre umjesplen- dido pretexto para criar amiza- des, para ganhar relações, para prestar e receber sinceros obsé- quios. Pequenas questÕ;s surgem. O inestre intervem e da guerrilha iminente saem bons, devotados a- migos. E então o que se aprendi ? As impressões, os nomes novos, as imagens, as ideias, as acções e re- ações? ! E uo tim o entusiasmo, as descrições pitorescas, a procu- ra de nomes adquad )s, os peque- nos nadas, tudo o que enternece a familia quando 0 pequeno he- rói viajante, á noite, transmite um pouco do que viu, do que viveu, do que sentiu... Aqueles rapazinhos aos quinze anos são homens, aos vinte são gente, esperança da Pátria, da própria Humanidade, garantia da ordem e contraste do que se „verá no proximo número. Evaristo Vieira Vida Qlicial Já tomou posse do cargo de chefe da secretaria da Câmara Municipal deste concelho, 0 Sr. Doutor Josè Machado Lo- bato, desta vila. — Foi nomeado ajudante do contador judicial desta co- marca, 0 Sr. João Leal de Matos Silva. Noíicies Miiiiares —A encorporação dos mancebos naturais deste concelho e destina- dos á armada, tem lugar de 12 a 15 do Janeiro corrente. São eles, Joaquim Florentino, da Ervideira, filho natural de Justina Maria, Francisco Carreira de Matos, do Vale do Arco, morador em Chan- ça, filho de Joaquim de Matos Espadinha e de Josefa Borrêgo e João Canha, das Galveias, filho de Antonio Canha e de Antonia Modesta, os quais deverão requi- sitar as suas guias 11 a secretaria da Câmara, para se apresentarem nos Serviços Auxiliares da Marinha, em Alcantara. A encorporação dos recrutas para o exercito realisa-se de 1 a 5 de Março. —O alistamento de voluntários serà auctorisado em todas as uni- dades que recebem recrutas de 25 de Fevereiro a 5 de Março. —O praso para recepção de requerimentos pedindo mudança de destino, termina em 10 de Fe- vereiro. —E' durante este mês que os mancebos que completaram 16 e 19 anos de idade, teem de fazer na secretaria da Câmara a sua participação de que chegaram á idade de ser inscritos no rteen- seamento militar. Igual obrigação teem os seus pais, tutores, ou pes- soas de quem legalmente depen- dam os mancebos. Pela Imprensa O Pequenino Completou quatro anos de exis- tencia este nosso presado colega ( que se publica 11 a Barquinha, sob | a proficiente direcção do distinto professor e jornalista Snr. José de Oliveira Rebordão. 1 Felicitando-o, desejamos a O , Pequenino uma longa e desafoga- 1 da vida.

1932.pdf - Biblioteca e Arquivo Histórico Municipais – Ponte

Embed Size (px)

Citation preview

ANO 6.c

y *

V

Propriedade da Empreza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na‘‘MINERVA ALENTF-JANA,,

FONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

P o n t e cLo S o r

Ponte do Sôr, 10 de Janeiro de 1932 NUMERO 134

D IR K C T O R * A D M I N IS T R A D O R * E D I T O R *1P rim o Pedro da Conceição *

¥ João M arques Calado *★ José P e re ira Mota ♦ 1

P u n d a d o i e sP rim o P . d a C onceição e J o sé V ieg a s F acad a

Como tudo neste Mundo, assim passou já o Natal.

A carroça municipal rece­beu no seu dorso os esquele­tos descarnados das aves ser­vida na melhoria dos repastos daquele dia, nas casas onde a abastança é ainda suficiente para permitir tal ventura gas­tronómica.

E enquanto no ar se dissi­pam os derradeiros écos duma tão festiva data, só não assi­nalados por aqueles deserda­dos da sorte que, como nos ou­tros todos da sua triste vida, nêsse dia tiritaram de frio e es­talaram de fome, trémulamen- te avançamos, com nervosi- dade estendemos a mão e, o- Ihando uma nova ruga na fron­te e tateando um cabelo branco a mais, sobra a fatalidade ine­xorável de mais um ano de existência, deixamos cair do calendário a ultima fôlha, agoi- rentamente tétrica eanémica- mente esqualida do sombrio e mal lembrado 1931.

Saudades, porque só as inspira quem for grande e ge­neroso, não nos deixou ele.

Dedicações, porque só as provoca quem viveu sem erros nem vilezas, igualmente as não mereceu.

Bênçãos, porque só a elas tem jus quem morreu legando boa memória á humanidade, por forma idêntica as não obteve.

E porque num desecandear

de mil paixões ruins, emba­tendo num ciclo de egoismo c rancores, de ódios intensos e incomensuravelmente demo­lidores, movidos por invejas liliputianas e insofridas ele se debateu, é que o ano findo nenhuma lembrança g r a t a ao nosso coração deixou.

O vento sibila e enquanto um frio regelador nos entor­pece, do azul lindo do nosso ceu o sol dardejando seus raios banha de inegualavel luz os dias deste decorrente inverno quasi primaveril

Desceu a noite. Dir-se-ia que as alcantiladas serranias do norte-AIentejo ajoelharam num extase de paz e amor.

E num enigmático livro em branco, ilegivel por isso mes­mo, 1 de Janeiro de 1932. apareceu-nos sorridente eala- cre, como faulhas de oiro que no ar baloiçassem, falando- nos de dias felizes, prome­tendo-nos horas bonançosas

Que isso tudo ele nos tra­ga, e queo nascenleano vindo a nossos pés desfolhar o ra­mo dos sorrisos que nos ofe­rece e das esperanças que nos promete possa uma e outra coisa transformar numa era de completa felicidade para todos os nossos irmãos, para todos, absolutamente todos os filhos de Portugal!

Angelo Monteiro

I

Em missão de estudo foi há tem­pos ao estrangeiro o Inspector- Chefe da Região E. de Santarém, Snr. Joaquim Tomaz. Conta no li­vro, ‘'Natas de uma Excursão Pe­dagógica atravez das Escolas da Espanha, França, Belg ca e Suiça, o que por lá viu. Exposição clara, sucinta, despretenciosa.

A gente lê - todos lucrariam com tal leitura- e sente uma tristeza infinita. Como lá fora se cuida, não já do problema do analfabetismo que esse pode considerar-se resol­vido, mas da perfeição, do método, do carinho empregadq-rara a for­mação do caracter e da intelegencia do futuro cidadão! Quantos cuida­dos com a saúde! Ele são colónias infantis na planicie, na praia, na serra, são obalneário, a cantina na escola; são as inspecções médicas; são o tratamento das crianças por­

tadoras de doenças que as enfra­quecem fisica e intelectualmente. Procura-se por todos os modos tornar o máximo perfeito e resis­tente o homem do futuro. Cria-se, estimula se, aperfeiçoa-se a ideia de associação, cooperação, previden- cia, economia.

Associações de alunos e amigos das escotas —que pode dizer-se, são todos os cidadãos de três pelo me­nos, daquelas nações,—fornecem os necessários meios para a "obra,,.

O Estado orienta, em alguns paúes. As corporações e associa ções locais concorrem, muitas ve­zes, com o dinheiro. E’ que para aqueles povos a instrução é a ori­gem e fundamento de todos os bens. Por isso todos colaboram porque uns teem filhos, netos; outros teem irmãos, primos, sobrinhos e todos, fiihos de amigos, filhos da nação,

compatriotas,Assiin, fazem-se passeios educa­

tivos às cidades industriais, mu­seus, aos monumentos, a tudo o que possa educar.

Um desses passeios equivale em resultados positivos a uma coisa parecida com três mil das lições que eu dou, metido aqui entre quatro macissas paredes, deitando os bofes pela bôca e recorrendo, como documentação, a uns pobres postais e gravuras que são da minha pertença. A’s vezes o frio morde. Fecham-se as janelas; muita gc-iite a respirar. O dilema é terri­vel: ou morrer envenenado pelo anidrido carbónico ou apanhar uma pneumonia. Opta-se pelo ani­drido. Morte suave, embalados 110 sono, talvez com sonhos fagueiros. Mas, vem o maldito suor apodre­cido, um cheiro danado que nos impele para a vida, para o ar frio, para a pneumonia fatal. Nas caras, pêlo de palmo. Se o vento sopra e o tempo é sêco, ai vem nuvens de poeira côm 0 maldito cortejo de micróbios de todas as formas, es­pecies e tamanhos que os micros­cópios mostram e outros que os sábios c.»turras teimam em desco­brir, como quem inventa doenças. Rapazes, não respirem' Recreio, formar!

Rapazes, ninguém deve comer sem lavar as mãos; nào há água, podem sair.

Lá vão eles ao recreio, contentes, um contentamento amai elo que eu lhes conheço. Se está bom tempo comem, digerem e pulam. Se cho­ve, acumulam-se á porta, á falta de telheiro, capotes pendurados em dois paus que parecem ou deviam ser braços, naco de pão numa das mãos, saquitel na outra, olhos me­lancólicos postos 11a chuva que molha os pés e rega os campos, nas nuvens que avançam e dão a chuva. Acabou 0 recreio; voltamos aos bancos, aos potros da tortura. As merendas vinham embrulhadas em tudo 0 que se presta a envólu- cro e foram comidas coma serieda­de e consciência de quem pratica um acto necessário. E eu ao con­centrar o espirito para atar 0 fio quebrado 11a lição anterior, vejo passar lá longe, os aluno das es­colas suecas, belgas, suiças, france­sas, nas suas visitas de estudo, quer seja entre frios nevoeiros, quer em dias de sol glorioso, sempre feli­zes porque se sentem acarinhados, cheios de interesse, porque sentem, veem, aspiram o proprio interesse. Eles veem o retrato, a roupa, as armas do herói que libertou a na­ção.

Diante do seu túmulo comovem- se, sentem vibrações estranhas. Eles veem a obra de velhos artistas; ganham gôsto pelo belo. Veem 0 venerável monumento, testemunha viva ou recordação de passadas glorias. Eles veem formidandos maquinismos trabalhando o ferro duro, 0 flácido algodão, 0 linho, a lã. Eles veem outros maquinismos que transformam o proprio ar que respiramos em adubos que enri­quecem a terra. Veem a água que bebemos, produzir fôrça que os fios conduzem aos lugares mais longin qúos e move os tais formidandos maquinismos. Veem as maquinas que imprimem os livros e os jornais que levam aos confins do mundo o pensamento dos homens

F A M I L I A . . .

Mez de Dezembro frio. . . — Na lareira Ardem — com chama altiva, duradoura— Restos do verão. . . — «gravêtos» da videira— Ramos do pinheiral.. . — A dobadoura

Chia nas mãos da Avó — junto á fogueira.. . Murmura o vento. . . — A luz rebrilha e doura O vulto da creança — a casa inteira—A alma da familia — sonhadora.. .

Ha neve pelos caminhos.. . E' Natal!—O Pae guarda «surpresas» no bornal —E a Mãe prepara a ceia-airosa e l é ve . . .

E' meia noite agora. . . t?nge 0 s i no. . . —A Avó ergue uma préce ao Deus-Menino—E inclina a fronte sobre 0 pão de né ve . . .

Alto-Alentejo, Dezembro de 1931

Jovita de Carvalho

que leem e que escrevem. Veem, enfim, a Natureza domesticada, deslumbrada, enamorada aos pés do homem, vencida pela inteligen- da, pronta a todos os sacrifícios, a todas as concessões.

Nesses passeios há sempre opor­tunidade para estiinnlar as boas qualidades, que 110 fundo ou á superfície, existem em todo 0 in­dividuo. Queres da minha meren­da, ó Manuel?,, "Ah! sim, toma lá 0 lápis, desculpa!,, Urn passeio dêste genero é sempre umjesplen- dido pretexto para criar amiza­des, para ganhar relações, para prestar e receber sinceros obsé­quios. Pequenas questÕ;s surgem.O inestre intervem e da guerrilha iminente saem bons, devotados a- migos.

E então o que se aprendi ? As impressões, os nomes novos, as imagens, as ideias, as acções e re- ações? ! E uo tim o entusiasmo, as descrições pitorescas, a procu­ra de nomes adquad )s, os peque­nos nadas, tudo o que enternece a familia quando 0 pequeno he­rói viajante, á noite, transmite um pouco do que viu, do que viveu, do que sen t iu . . .

Aqueles rapazinhos aos quinze anos são homens, aos vinte são gente, esperança da Pátria, da própria Humanidade, garantia da ordem e contraste do que se „verá no proximo número.

Evaristo Vieira

Vida QlicialJá tomou posse do cargo de

chefe da secretaria da Câmara Municipal deste concelho, 0 Sr. D outor Josè Machado Lo­bato, desta vila.

— Foi nomeado ajudante do contador judicial desta co­marca, 0 Sr. João Leal de Matos Silva.

Noíicies Miiiiares—A encorporação dos mancebos

naturais deste concelho e destina­dos á armada, tem lugar de 12 a15 do Janeiro corrente. São eles, Joaquim Florentino, da Ervideira, filho natural de Justina Maria, Francisco Carreira de Matos, do Vale do Arco, morador em Chan­ça, filho de Joaquim de Matos Espadinha e de Josefa Borrêgo e João Canha, das Galveias, filho de Antonio Canha e de Antonia Modesta, os quais deverão requi­sitar as suas guias 11a secretaria da Câmara, para se apresentarem nos Serviços Auxiliares da Marinha, em Alcantara.

— A encorporação dos recrutas para o exercito realisa-se de 1 a5 de Março.

—O alistamento de voluntários serà auctorisado em todas as uni­dades que recebem recrutas de 25 de Fevereiro a 5 de Março.

—O praso para recepção de requerimentos pedindo mudança de destino, termina em 10 de Fe­vereiro.

—E' durante este mês que os mancebos que completaram 16 e19 anos de idade, teem de fazer na secretaria da Câmara a sua participação de que chegaram á idade de ser inscritos n o rteen- seamento militar. Igual obrigação teem os seus pais, tutores, ou pes­soas de quem legalmente depen­dam os mancebos.

Pela ImprensaO Pequenino

Completou quatro anos de exis­tencia este nosso presado colega

( que se publica 11a Barquinha, sob | a proficiente direcção do distinto

professor e jornalista Snr. José de Oliveira Rebordão.

1 Felicitando-o, desejamos a O , Pequenino uma longa e desafoga-1 da vida.

. A . M C C J E A

Longe, para alem das planícies e diis montanhas, chegou a fama dos Tiês Diabos pontessorenses— O Branco, o Azul e o Negro Trin­dade incógnita, agindo nas trevas apavorantes da noite e do mistério, quiz conhece-la. Como qualquer desses entes invisíveis, que pactua­ram, sinistramente, num festim or giaco e sangrento de que evitaram o relato, eu sou Diabo tambem, o Diado Vermelho, descendente de uma raça antiga e maldita, mas tão forte-e poderosa que o seu poder se media com o daquele a que cha­m am —Deus!

Daí o meu interesse em conhe­cê-los, para juntar-me a eles e ten­tar quem sabe que heróicas em- prezas, que fantasticos cometimen­tos.

E numa noite deste inverno fri­gido, depois de lougo meditar, so­prei a luz que ardia no crâueo de mulher que me serve de candil, saltei sobre o dorso do meu cava­lo vermelho, e, como um furacão, vertiginosamente, dirigi me ás pa­ragens desconhecidas em qne ou­trora se ergueu a vetusta Matuza- ro dos Romanos. A’ minha passa­gem, nas sombras da noite, ficava o sulco ardente dos meus olhos chamejantes; Aves nocturnas, acor­dadas nos seus esconderijos, vinham roçar suas asas pela minha fronte; e pelos desvãos sombrios das flo­restas alentejanas, nos carcavões temerosos dos ribeiros solitários, ouvia-se o matraquear famélico dos lobos em sobressalto! Noutros pontos, era tão grande o silencio da noite, que só se ouvia o resfo­legar do meu corcel saltando sobre os montes e esses segredos incom­preendidos que os cêrros dizem ás nuvens e as fontes contam às ár­vores, soluçando.

Nada mais belo do que a noite! Bela porque nas suas trevas cor­rem mulheres desgrenhadas a men­digar amôr!, bela porque ela é a graude inspiradora dos crimes re­dentores e as suas gases negras ocultam o sangue que escorre dos punhais!, bela, enfim, porque ela é o muro escuro em qu : o raio inscreve as sentenças dos Infernos em caracteres de fogo e de fatali­dade !

Subito, o meu cavalo parou. Encontrava-me num vale profundo. A’ direita e á esquerda, montes coroados de pinheiros e sobrei­ros; a meus pés, o Andreu cacho­ando contra as rochas brutas; em minha frente, uma ponte, a Ponte dos Mouros, de remota construção, e sobre a qual tanta vez passaram, galopando, os cavaleiros agarenos, no tempo das refregas que susten­taram contra a espada lusa, ambi­ciosa e audaz!

Grande devia ser o cansaço pa­ra que o cavalo parasse! Mas não. Tacteando-lhe o pescoço recurvo, sob as crinas revoltas, nem uma só gôta de suor se produzira. Outra devia ser a o r lg e m d a repentina paragem.

Compreendi ao cabo de poucos instantes. I res vultos acabavam de surgir junto á ponte do lado que olha para o nascente. Fiquei pe­trificado para não ser pressentido. O cavalo sob a pressão das miihas pernas duras, não se movia. Pare­ciam de chumbo as crinas que nenhum vento poderia agitar, e o proprio rumor da sua respiração desapareceu. Ninguém poderia uo tar-nos nas trevas.

Reconheci nos tres vultos as tres personagens diabólicas que procurava, pelas corts dos mantos amplos em que se envolviam. Pa­raram mesmo junto ao arco da ponte. Um deles fez um movimen­

to que não pude observar bem por causa do escuro. Em seguida vi erguer-se uma das pedras enormes que ali se encontram e sumirem- se por debaixo dela os três Diabos pontessorenses—O Branco, o Azul e o Negro, e a pedra defeeu len­tamente.

Aproximei-me e desmontei con­vencido de que o movimento feito por um dos Diabos fôra para car­regar sobre qualquer mola disfar­çada que accionasse a pedra.

Esqerei alguns momentos. Pro­curei encontrar o sinal que me in­dicasse a existencia da mola oculta ou alavanca dissimulada, e encon­trei por fim. Era uma espécie de botão de pedra branca e que aos olhos de toJos passaria por uma incrustação natural de quartzo.

De dentro não vinha o mais pe­queno rumor, Silencio tumular. Carreguei sôbre o botão de silica. A pedra moveu-se, lentamente, franqueando-me a passagem. Afa­guei a cabeça inteligente e altiva do meu cavalo, que a um sinal co­nhecido desapareceu rias trevas misteriosas que nos cercavam O Andreu salmodiava uma canção monótona. Entrei no subterrâneo descendo alguns degraus de pedra Vinha de dentro uma bafagem morna. A escuridão era completa. Sô os meus olhos afeitos á negru­ra das noites fatais poderiam ver aí Ao fundo da escada prolonga­va-se um corredor. Segui por ele sem hesitar. Ouvia-se o piar das corujas; passavam sobre a minha cabeça, asas ivisiveis de môchos ou de morcegos. Parecia-me, ás vezes, esmagar reptis, que não se afastavam a tempo. Mas nada me detinha; queria conhecer o impe­netrável mistério dos tres demonios matuzarenses. Subito o corredor terminou. Já não ouvia o Andreu salmodico e merencoreo. Encon­trava-me num recinto bastante vas­to cujo této de pedra era sustenta­do por toscas cariatidesde granito.

Aqui havia uma escassa luz.E o que vi então teria o condão de intimidar outrem que estivesse menos habituade do que eu ás ex­centricidades diabólicas de seme­lhantes seres. Em volta da sala sombria divisavam-se esqueletos humanos nas posições mais maca­bras e mirabalantes que te podem imaginar. Havia os que tinham a caveira pendida sobre o torax co mo se prolongassem na morte um sonho absorvente que a vida n ão bastou para consumir. Alguns riam nesse risoimóvel, silencioso e alvar dasbôcas descantadas. Outros, com o braço estendido, empunhavam fémures, ostentavam craneosfemi­ninos, ameaçadores aqueles, como se fossem esmagar a bela aparên­cia da Vida; ciuicos esies, como se gritassem, num ringer de ossos, inquietante que nesses eraneos de­licados e frios, só existia o v isio do amôr e a miragem funambu- lêsca da mentira

Eu via nesta decoração fantasti- ca da morte, da ameaça, da garga­lhada, da filosofia e do sonho, uma criação alucinante de Poej- oalcoo- lico. E porventura teria renuncia­do á minha empreza se não visse a um cauto, nm velho corvo que me fitava, devorardo ainda um pedaço de carne err que me pare­ceu descobrir a brancura da epi­derme feminina?

Por momento julguei que o cor­vo iria denunciar a minha presen­ça; mas não—sacudiu as asas, e delas desprendia-se o pó dos sécu­los. Depois disto ficou imovel, o bico pendido, entregue à volúpia da digestão ou á teia penelópica dos seus pensamentos.

Observei então que se abriam nas paredes da sala três portas.

Por elas deviam ter passado os tiês demonios pontessorenses.

Como devassar c segredo do que existia para à!em delas?

Do que se passou darei conta a quem me ler, na crónica seguinte.

O Diabo VermelhoPoute do Sôr 2 0 - X I I —931

Pelo ConcelhoMontargil

(a/trama, cio)

— Ha algumas semanas que pre­senciamos o espectáculo triste de aos domingos muitos jornaleiros que não teem onde empregar-se, se dirigirem ao Senhor Regedor desta freguesia solicitando-lhe que lhes consiga trabalho, justo édieê- lo, este senhor tem sido iucansa- vel em procurar colocação para todos os desempregados, pedindo para eles trabalho aos lavradores. Porem, no ultimo domingo alguns lavradores expuzerani àquele se­nhor que não era justo estarem só êles a sacrificar-se mantendo ao seu serviço grande numero de jor­naleiros quando existem dentro da freguesia importantes casas agri­colas cujos propri tarios não resi­dem aqui e que taivez por isso não manteem ao seu serviço tra­balhadores de Montargil.

De facto exiitem casas impor­tantes como as dos S ir. 's João Lopes Aleixo, Buckuall & Sons, Roma Pereira, Dr. Rovisco Gar­cia, José de Sousa Eusebio e Au­gusto Pais de Azevedo em cujos serviços poderiam empregar-se muitos jornaleiros. O Snr. Rege­dor entregou a solução do caso, que pode trazer consequencias gra­ves, ao Snr. Administrador do Concelho, que segundo nos cons­ta vai de acordo com o Ex mo Go­vernador Civil do distrito procurar resolver o problema.

—G abastecimento de aguas potáveis a Montargil é um pro­blema que requere solução o mais rapidamente possivel A fonte da Vila que se encontra quasi por completo inutilisada tem um cau­sal insuficiente para rapidamente abastecer quem ali vai.

Ainda ha dias contános cerca de trinta pessoas aguardando pa­cientemente a vez de se abastece rem e que tiveram de esperar lon­go tempo. Urge proceder á ime­diata e completa reparação da ca­nalização, pois que a agua alem de ser em pouca quantidade sai inquinada, sendo perigoso bebe-la sem ser fervida.

Tambem carecem de reparação urgente o lavadouro e o chafariz, que estão em ruinas, sendo para ali arrastadas muitas imundícies pelas aguas do vale.

A estrada que dá acesso á fonte está quasi intransitavel e a sua reparação torna-se tambem urgen­te.

Para evitar tão grandes demo­ras na fonte que a todos causa transtorno, achamos de toda a couveiiiencia proceder-se á limpe­sa do Poço da Vila. á colocação ali de uma bomba e a contt ucção de um tanque para dar de beber aos animais,

Uige ainda a construcção de u- ma fonte no sitio da l aia, apro­veitando-se a nascente que ali existe e que abastece a parte alta da vila.

Estes melhoramentos são de ne­cessidade absoluta, pelo que se im­põe a sua realisação. Bom seria que as entidades competentes • bti- vessem um subsidio para estes melhoramentos, da verba qu- ao nosso distrito foi diotrrbuida pelo Ministério do Comercio para me-

ln uamentos.-C o m 63 anos de idade, fale­

ceu ha dias nesta vila, o sr. Ma­noel ferreira Ruivo, (S. Martinho), proprietário e antigo industrial.

O seu funeral foi bastante con­corrido.

Poz termo á existencia, lan­çando-se a um poço, no Vale de Ruana, desta freguesia, a Sr.* Olin- da de Jesus Ferreira, de 36 anos. Atribui-se este tresloucado acto á suicida dar evidentes indicios de alienação mental.

—Esteve entre nós de visita a sua mãi, o Sr. Antonio Travassos Correia Junior, comerciante 110 Fundão.

— Tambem esteve entre nós em goso de licença, o nosso estimado conterrâneo Sr. Doutor Joaquim de Sousa Prates, digno Delegado do Procurador da Republica 110 Redondo.

C.

Z M T o n .T a .m e rL to a .o 7)r. J o ã o f re l /c is s in ]0

— Subscrição—— Ponte do Sôr —T ran sp o r te . . . 9 012$10

Raul Pais Freire de100$00

Manuel Cordeiro Paula 10$00Elisiaria Rosa da Silva 2$50Leocadia Francisca Lo­

pes...................................... 50$00Maria Libania.............. 1 $50Joana Mariana Lopes 1G$00Antonio Manuel Roças 20$00Rosa Barbosa.............. 2$50Cândido Pimenta Jacin-

5$00Antonio M aroto......... 1$00Maria Eugenia Cordei-

10$001$00

Luciano Crespo, 1$20Vicente B arre iros . . . . 2$00Joaquim Roberto Ale-

2$50Maria Eliza da Silva

5$00Joaquim Freire de A11- •

20$00Margarida Almeida.. 2$50Candida M aria........... 10$00Viuva de Alfredo A 11-

5$00Adeliua S au g an h a . . . 5$00José Manuel (cantonei-

5$00Ramiro Pires Filipe e

100$00Cecilia Filipe.............. 50$00Antonio Zezere......... 2$50Cândido Pereira Maga-

5$00Jacinto Lopes.............. 2$>00Manuel VencesCordei-

50$00Georgina Maria Ven-

to 0 0 0

Jcão Albertino Freire5$00

Francisco A n t o n i o2$50

Manuel João Pontinha 10$00Antonio Fernandes.. 33$00Simão de Sousa e Vi-

50$00Virginia M in is tro . . . 1 $80Maria Joana Hortense 10$00Francisco Frio ............ 2$5 )Joaquim dos Cravos. 5$00Antonio R< sa .............. 5$00Antonio São Bento. . 5$00

20$00João Carneiro ............ 2S50

Guilhermino Sa • âmago 2$50 1Marçal Espadinha.. . $70 |José Antonio L u enço 2$50 iSebastião Pint ......... 5$00 ,Joté Lourenç )ias. 2$50Manuel Alv< ......... 5$00José Franci- . . . . 3$oo;João Ferreis troga

2$50Brites..................................Antonio ( .u" . . . . 2$50Francisco G Rui­

vo .............. ......................... 3$$0Manuel da C ......... 2$50

joaquim Rodrigues Es­teves .................................. 2$00

Luiz Lopes do V a le . . . 1$50Mariano Tempera . . 10$00João dos Santos......... 2$50Maria Joana................ 2$50Augusto F eite ira» ... 10$00Manuel José Marques. 2$00Joaquim Manuel (Ban­

darra) ................................ 1 $00Pedro Mendes........... 10$00Herminio V in ag re . . . 2$d0Ana de P o r tu g a l . . . 2^?50Manuel Marques Bis­

caia,.................................... 2$50Izidro N obre................ 1$00Francisco Almeida Bar­

reto .................................... 1$00Joaquim Antonio Al­

meida ........................... . . 2$50Domingos da S ilva.. 2$50Antonio Custodio Se­

queira ................................ 10$00Ludovina da Conceição 1$00A l v a r o Tavares de

Carvalho........................... 5$00José Manuel Caldeira 1$00José de Matos.............. 10$00João B.iptista da Rosa 100$00Hilaria da Conceição. 1$00Antonio Roque............ 2^50David N obre................ 5$'H)Luiz Vinagre................ 2$00José Veigas.................. 2$ i0Eutaquio de Jesus . . . 5$00Joaquim P e d r u c o . . . . 1$00Maria 'Rosa . 1 .............. 1$00Sebastião da Silva . . . . 2$50

A transportar. . .9 .899^80-------«-mna«nana» - O • «SS»®»»®®*-»----

Distribuição (le vestuário a crianças pobres

Pela familia do Sr. Doutor Matos e Silva, desta vila, foram distribuí­dos no dia de Natal, fatos e ve-ti- dos a muitas crianças pobres desta vila.

—Tambem umacaridosa senh> n a, de Lisboa, que deseja guardai o incognito. nos incumbiu da distri­buição de fatos e vestidos a seis crianças de cada s^xo, das mais pobres que frequentam as escolas desta vila, missão de que nos de­sempenhámos 110 dia de Ano Bom, lamentando que esta bondosa sr.* nos não autorise a publicar o seu nome.

Foram contempladas as seg ín- crianças: Raul Marques, filho de Ana Benvinda. José Varandas, fi- ,ho de Luiza Varandas. José i\ ar­ques Garcia, filho de Izolina Joa

quina. Antonio Maria Rafael, fiilio de Palmira Rosalina. Serafim Lo­pes Marujo, filho de Emidio L< pes Marujo. Mariano Sabino dos San­tos, filho de Gregorio dos Santos. Olivia Bastos Marques, filha de Vivina de Bastos. Maigarida Pi­nhão, fi ha de Laurindo Pinhão. Adelina Pais Lourenço, filha de Antonio Lourenço. Fiorinda Ratei, filha de Antonio Ratei. Capitolina de Jesus e Margarida Marques.

Em nome dosconte:npladoi(<gra- decemos reconhecidos.

F O O T - B A L L

Realisou-se nesta vila, no dia l do corrente, um encon­tro de foot-ball entre o Spor­ting Galveense, de Galveias e um grupo de desportistas de Ponte do Sôr, que tejminou pela vitoria dos locais por 3 bolas a 2.

Ambos os grupos se porta-

B órofí dsi CâmaraEstão á cobrança durante

0 corrente mês na Tesouraria da Câmara Municipal, os fo ­ros referentes ao ano de 1931.

- A - U L O G X Z Z j S J D í& 3

JCo\)aCom a presença do Ex.m0

Governador Civil do Distrito, Sr. Capitão Ricardo Vaz Mon- leiro> de muitos pessoas da maior representação do con­celho, elemento oficial, Banda dos Bombeiros Voluntários, e muito povo, tomou posse na passada segunda feira, a no­va Comissão Administrativa da Câmara Municipal, que fi­cou constituída pelos Senho­res Doutor Augusto Camossa Nunes Saldanha, Luiz Bran­quinho da Costa Braga e José Nunes Marqnes Adegas.

No acto da posse que foi conferida pelo vjce-presiden- de da Comissão cessante, Sr. Antonio Pais Branco, usou da palavra, alem dos senhores Administrador do Concelho tenente José Mourato Cham­bel, e Governador Civil, cujos discursos nâo reproduzimos devido á falta de espaço com que luctamos, o futuro presi­dente da Comissão Adminis­trativa Sr. Doutor Camossa Saldanha, que saudou os Sr.” Governador Civil, Presidente da Republica e o Governo, e disse estar ali para servir os interesses de Ponte do Sô% pois estava convencido que da acção da [nova Comissão Administrativa algo de pro­veitoso se iria fazer em pról do concelho.

Referiu-se Sua Ex.a á neces­sidade que existe na rapida construcção da linha ferrea do Vale do Sorraia, com terminus em Ponte do Sôr, empreendi­mento grandioso que uma vez levado a efeito tornará num potencial de riqueza a vasta região que serve e, á grande conveniencia em fazer de Pon­te do Sôr o entroncamento das linhas do Sorraia e Ramal de Cáceres, transferindo da Tor­re das Vargens o entronca­mento desta ultima linha. A- pontou tambem a necessida- de da construcção da estra­da nacional N.° 88, de Gavião, por Avis a Arraiolos, ficando desta forma ligados o centro e sul do país, e terminando por pedir ao Éx.mo Governa­dor Civil a sua alta influencia

LicençasPelo Sr. Administrador do

Concelho foram mandados dis­tribuir avisos, fazendo saber aos interessados de que atè ao fim do corrente mês devem munir-se das licenças policiais para funcionamento de taber­nas, cafés, cervejarias, cine­mas, clubs, hospedarias, casas de pasto e restaurants, incor­rendo na multa de 150S00 a 300S00 os que, findo o praso se não acharem munidos das licenças.

P e h s mesmos avisos se fa z

a m a v a

para a realisação destes gran­des empreendimentos. S u a Ex.a dirigiu-se depois aos as­sistentes pedindo-lhes o seu auxilio para a realisação da obra de progresso de que o concelho carece. As suas pa­lavras jque foram escutadas com todo o interesse, calaram fundo no auditorio, pelo que ao terminar foi alvo de uma grande ovação por parte dos assistentjs.

Antes da posse, foi inau­gurada em Vale de Açôr a no­va ponte em cimento armado, mandada construir pela ante­rior Comissão, tendo nessa ocasião o povo daquela al­deia feito uma carinhosa ma­nifestação á Camaia Munici­pal e Ex ,n 3 Srs. Governador Civil e José Nogueira Vaz Monteiro, estralejando muitas girandolas de foguetes.

A nova Comissão acom­panhada do ilustre chefe do distrito, visitou em seguida a casa que serve de escola em Vale de Açôr, reconhecendo que é duma necessidade abso­luta a construcção de um edi­ficio escolar, não só pelo es­tado de ruina em que a casa se encontra como da neces­sidade de dotar aquela popu­losa aldeia com um edificio que satisfaça ás necessidades da grande população escolar. Nessa ocasião, foi pelo Sr. José Nogueira Vaz Monteiro oferecida toda a madeira ne- cessaria para construcção do edificio. Digâmosaqui de pas­sagem, que a Comissão ces­sante já havia deliberado na sua ultima reunião deferir o pedido da Comissão delega­da dos habitantes do Vale de Açôr, e iniciar a construcção do novo edificio, com a ver­ba de 5.000&00, assim como pedir a criação ,de mais um lugar de professor.

Estamos certos que a nova Comissão Administrativa da Câm ara, disposta como es­tá a trabalhar, iniciará uma epoca de grande progresso para o concelho, dotando-o de muitos melhoramentos de que ele carece.

saber de que a partir de 20 do corrente serão multados os possuidores de animais de ra­ça canina, quando estes sejam encontrados na via publica sem açamo.— n— ——» — ——

Anuplio Correia y AlbertylivíEsd.! c o V e t e r i n á r i o

—P onte do Sôr—

Consultas todos os dias.— " —— w— ■» — -

Visado pela comissão de cen­sura de Portalegre

C ORRES P0HDEKC1A S

C H A N Ç AA constituição da nova comis­

são administrativa do nosso con­celho foi por todos os chancenses recebida com geral agrado. Esse agrado subiu, porém, de ponto, quando numa deferência muito di­gna de registo o senhor presiden­te da referida comissão se dignou visitar esta terra no passado dia 13.

Foi S. Ex.a recebido pelos mem­bros da Junta e da Comissão de de Melhoramentos, com tles se di­rigindo para as escolas oficiais, on­de foi cumprimentado pelos res­pectivos professores e pela direc­ção da Caixa Escolar, instituição que bem merece os mais rasgados elogios e da qual como sócio pro­tector e com uina avultada quota mensal se inscreveu o mesmo se­nhor, que não só notificou ter a câmara da sua digna presidência ordenado o pagamento do subsidio de 2 500$00 p3ra as obras do uo- vo edificio escolar em construção, como também autorizada a aquisi­ção das carteiras necessárias na es­cola f minina.

Depois e sempre acompanhado pelas entida ies já referidas, veri­ficou o sr. alferes Carlos Soares o estado ern que st encontra o pon­tão e o poço da horta, uma ^coisa e outra prometendo mandar pôr em condições de bem servir o pú­blico. Mais informou ir ser repara­das as calçadas que disso neces­sitem, bem como os candieiros da iluminação pública, a qual de futu­ro será beneficiada consideravel­mente.

E no meio das mais agradaveis impressões para o povo desta ter­ra retirou S Ex.* que, à despedi­da, afirmou estar na disposição de, acompanhado pelo? seus ilustres colegas no municipio, trabalhar pelo engrandecimento de todo o concelho que, dizemos, será com agrado um tal facto, visto ser com ele e só com ele se poderá manter a tão necessária unidade concelhia, pela qual nós todos devemos ar­dorosamente trabalhar.

Decorreu com geral animação a chamada feira de Santa Luzia.

O negocio foi regular, tendo si­do a carne de porco vendida á ra­zão de 70$00.

|Tem decorrido com entusiasmo

os serões familiares levados a efei­to pelo União Dramático e Despor­tivo Chancenee.

A Comissão de Melhoramentos Locais nomeou seu delegado em Lisboa osr. Bernardino Borrecho, que naquela capital muito tem tra­balhado pelo engrandecimento des­ta terra, donde é natural.

C o m alterações determinadas pelo ministério do Comercio—Re­partição dos Edificios Nacionais do Sul —teem continuado as obras do novo edificio escolar, cujas paredes interiores e exteriores de­vem ficar naturalmente concluídas até final dêste mês.

Pela C. A. da Junta desta fre­guesia foi mandado concertar o relógio da tôrre paroquial e que ha muito se encontrava avariado.

Foi uma medida acertada, como acertado é tambem o facto de, se­gundo nos consta, o mesmo cor­po administrativo estar em nego­ciações com um outro terreno pa­ra construção dum [novo cemité­rio, visto que, tanto pela localiza­ção como pelas dimensões, o actual não serve para o fim que se des­tina.

G a lu e ia s , 2 8Consta nesta vila, ter pedido a

demissão de Regente da Filarmó­nica Galveense, o sr. Joaquim Ro­cha Ribeiro a quem todos os habi­tantes dispensavam a consideração de que era digno como pessoa de b?m, educada e como artista, que nn pequeno espaço de tres mezes reorganizou a filarmónica mimo- seando-nos com um concerto no dia l.° de Novembro que muito agradou e pelo que foi ovaciona­do.

Há muito que o mesmo senhor por gratidão com os sócics, r.ão tinha pedido a demissão mas sa­bemos agora que diversos motivos o levaram a isso, entre eles a pou­ca 'compreensão dos deveres de certos componentes da mesma Ban­da.

Lamentamos se assim é.C.

A n lv ersa r io s

— = Janeiro = —

2 —D. Angélica Prezado Alves, no Porto.

3 —D. Natalia Alves Lopes, em Olivais e a menina Alda Eliza de Mendonça Pais, Lisbôa.

4 —D. Hilarina Candida Aires da Silva.

5 —Antonio Pais Branco.7 —D. Mariana Esteves Braga e

a ineniua Joana Namorado Mira Crespo, em Galveias, D. Maria Joaquina Dias e o menino Amilcar de Oliveira da Conceição Andra de filho do nosso estimado Direc­tor.

8 —A menina Maria de Lourdes Gomes Chamb*l.

10 — Francisco Manuel Freire de Andrade, em Montargil, a menina Maria Gonçalves Martins Moreira e Francisco Xavier Bailim Barata.

12—D. Ruíina Freire de Andra­de, em Lisboa.

15—D. Lucilia de Souza Rasque­te.

l ô —Asdrubal Godinho Braga, em Galveias.

Em P onte do Sor

—Estiveram nesta vila durante alguns dias, o nosso estimado as­sinante de Lisboa Sr. Joaquim de Castro Fonseca e sua esposa.

— Tambem estiveram de visita aos seus, nesta vila, o nosso amigo e assinante Sr. Manoel da Costa Domingues, e esposa, da Estação de Abrantes.- ■ — lll—n .

E d i t a lAntonio Pais Branco, Vice-

Presidente da Comissão admi­nistrativa da Câmara Muni­cipal de Ponte do Sôr.

Faço saber a todos os pos­suidores de automoveis, ca­miões, camionetes e motoci- cletes, domiciliados na área deste concelho, que por virtu­de do decreto N°. 20.678, de 23 de Dezembro de 1931, são obrigados a declarar no Se­cretaria desta Câmara até ao dia 15 de Janeiro de 1932, o numero e as características dos veículos que p o s s u e m , com indicação de estarem ou não em condições de circular, sob pena de multa de 500S00 por cada veículo não declara­do ou falsamente descrito.

Para facilitar este serviço serão fornecidas na mesma secretaria impressos com to­das as indicações necessarias devendo os possuidores da­queles veículos fazer-se acom­panhar do respectivo livrete.

Fica por esta forma sem nenhum efeito o edital publi­cado em 12 do corrente.

Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor a que se vai dar a maior publicidade.

Ponte do Sôr, 31 de Dezembro de 1931.

O Vi5e-Presidente,

(a) Antonio P ais Branco— —— — ,

A n u n c i oPerante a Comissão da

Assistência Judiciaria da co­marca de Ponte de Sôr, cor­rem éditos de trinta dias, contados da segunda e ulti­ma publicação dêste anuncio, intimando a requerida l i da Ferreira Valamatos, casada, doméstica, moradora no En­troncamento, comarca da Go­legã, para dentro do praso de trez dias, findo que seja o dos éditos, impugnar, queren­do, o pedido da Assistência Judiciaria feito por seu marido Amadeu Antonio Barroso, ca­sado, ferroviário, m o r a d o r no lugar da Torre das Var­gens, desta freguesia e comar­ca, ria qual o requerente alé- queé extremamente pobre e não possui os meios necessá­rios por absoluta carência, concluindo por pedir que lhe seja concedido o beneficio da Assistência Judiciaria pa r a p o d e r intentar a respectiva acção de d i v ó r c i o litigioso contra a dita sua mulher lida Ferreira Valamatos.

A impugnação deverá s e r apresentada no c a r t o r i o do escrivão que este asina, si­tuado no Largo da Republi­ca, desta vila, o qual se acha aberto todos os dias uteis desde as onze á s d e z e s e t e horas.

Ponte de Sôr, 13 de Julho de 1931,

O escrivão do Io. oficio,

Antonio do Am aral Semblano

Verifiquei a exactidão,

O Presidente da Comissãoda Assistência Judiciaria,

Rafael Pereira Lisbôa — - —O— — — .I

P e n s ã o S o r e n s eR U A VAZ M ONTEIRO

P o a t s d .o S ô rTransporte de passageiros

e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

4f e » c a

- A . A 4 ‘, S X 1 . . . O E

ANÚNCIO £ ] ) i X A l

No dia 31 do corrente, pe­las 12 horas, á porta do Tri­bunal Judiciai desta comarca, situado no Largo da Repúbli­ca, desta vila, se na-de pro­ceder á arrematação dos imó­veis a b a i x o mencionados, penhorados no execução hi­potecaria que João Pais Bran­co, casado, comerciante, mo­rador nésta vila, move contra João Jzidóro da Costa e mu­lher Inácia Correia, proprie­tários, moradores no logar do Vale de Açôr, désta mêsma comarca, e que são:

N°. 1Uma morada de casas ter­

reas, n > sitio d > Cabeço, do logar do Vale d’ Açôr, descri­ta na Conservatoria désta co­marca sob o n°. 922 a folhas 68 verso, do livro-B- trez, que foi avaliado e vaiá praça por mil e quinhentos escudos.

1500S00

N«.2Uma sorte de terra de se­

meadura com arvorêdo de sô- bro e oliveiras, situada no lo­gar do Vale do Bispo Fundei- ro, descrita na Conservatoria desta comarca sob o n°. 921 a folhas 68 do livro-B- trez, que foi avaliada e vai á pra­ça por seis mil escudos.

6 .00 0S0 0 .

N°. 3Uma courela com pinheiros

e terra de hortado, no dito logar do Va l e do Bi s p o Fundeiro, descrita na Conser­vatoria desta comarca sob n°. 2 598 a folhas 64 verso do li- vro-B-cinco, que foi avaliada e vai á praça por trez mil e quinhentos escudos 3.500i>00.

São citados quaisquer cre­dores incertos para assis tirem á praça e usarem oportuna­mente dos seus direitos.

Ponte de Sôr, 6 de Janeiro de 1932.

O Escrivão do 1.° oficio,

Antonio do Amaral Semblano

Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito

Manuel Ribeiro

I E 2 1 I s í a . r i o l E P i n t o

—cs* RELOJOEIRO = —,4» , .Rua Vaz Monteiro — PONTE DO SOR

Executa com a maxima perfeição todos os trabalhos que digam res­peito á sua arte, assim como tam­bem troca, compra, vende e con­certa objectos de ouro ou prata.

Há grande variedade de relogios de algibeira assim como ^estojos para brindes.

Despertador «BRAVO» o me­lhor que tem adquirido fama uni­versal.

José Machado Lobato, Chefe da Secretariada Camara Municipal do concelho de Ponte doSor e Fun­cionário Recenseador do mesmo concelho.

Faço saber que, nos termos do decreto N.° 20.710, de 5 de Janei­ro de 1932, o periodo para a ins­crição no recenseamento eleitoral para o presente ano começará no dia 11 de Janeiro e terminará no dia 15 de Março.

SÃO ELEITORES PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA

Os cidadãos portugueses de um e outro sexo, com responsabilida­de de chefes de familia. domicilia­dos na freguesia ha meis de seis meses ou nela exercendo funções publicas desde|dois de Janeiro an­terior á eleição.

TEEM RESPONSABILIDADE DE CHEFES DE FAMILIA

1 Os cidadãos portugueses‘do sexo masculino com familia legiti­mamente constituida, se não tive­rem comunhão de mesa e habita­ção com a familia dos seus paren­tes até ao terceiro grau da linha recta ou colacteral, por consagui- dade ou afinidade. ,

2 .°—As mulheres portuguesas viuvas, devoi ciadas ou judicialmen­te separadas de pessoas e bens e as solteiras, maiores ou emancipa­das, com familia própria e de re­conhecida idoneidade moral, bem como as casadas cujos maridos es­tejam exercendo a sua actividade m s colonias ou no estrangeiro, umas e outras se não estiverem abrangidas na ultima parte do n u ­mero anterior.

3.°—Os cidadãos do sexo mascu­lino, maiores ou emancipados, sem familia, mas com mesa, habitação e lar proprio, e os que, embora es­tejam em hotel ou pensão vivam inteiramente sobre si.

No caso da ultima parte do nu­mero primeiro consideram-se che­fes para o exercicio do sufrágio, os que forem proprietários ou arreu- datarios do predio ou parte do predio habitado, e os mais velhos no caso de haver comunhão na propriedade ou no arrendamento.

SÃO ELEITORES PARA AS CAMARAS -MUNICIPAIS

1.°—As Juntas de Freguesia.2 .°—As corporações adminis­

trativas de assistência e associações de classe com mais de cinquenta associados e séde uo concelho, le­galmente constituídas ha mais de um ano e com estatutos aprovados por alvará do Governador Civil ou portaria do Ministro das Fi­nanças.

3.°—Os cidadãos portugueses do sexo masculino maiores ou eman­cipados, que saibam ler e escrever, domiciliados no concelho ha mais de seis meses, ou que nele exer­çam funções publicas no dia 2 de Janeiro anterior á eleição.

4.°—Os cidadãos portugueses maiores ou emancipados, domici­liados no concelho ha mais de seis meses ou nele exercendo funções publicas no dia 2 de Janeiro ante­rior á eleição, que embora não sai­bam ler e escrever paguem ao Es­tado e corpos administrativos a um ou a outro, quantia não infe­rior a 100$00 por todos, por ai- gum ou alguns dos seguintes im­postos: contribuição predial, con­tribuição industrial, impusto pro­fissional e imposto sobie aplicação de capitais.

5.°—Pelos cidadãos portugueses do sexo feminino, maiore'jou eman­cipados com curso secundário, su­perior ou especial, comprovado pelo diploma respectivo, domicilia­

dos no co.nc -ího ha mais de is inese?, ou n. exercendo funções publicas no d a 2 de Janeiro ante­rior á eleição

Até ao u l m o dia de Fevereiro serão envi; ias ao secretario recen­seador pelas repartições e serviços militares ou militarisados do Esta­do ou dos corpos administrativos os mapas ref rentes ao pessoal com direito de voto nos termos do re­ferido decreto, sob pena de deso- bediencia qualificada.

Até ao mesmo dia e sob a mes­ma pena os chefes das repartições de Finanças enviarão ao funcioná­rio recenseador relação dos cida­dãos a que se rtfere o N.° 4.°.

Ponte do Sor, ó de Janeiro de 1932.

O Funcionário Recenseador,

José Machado Lobato

“fl mocidade,,Quinzenario noticioso, literário,

recreativo e defensor dos interes ses da reçião.

Conc/ições de a ssin a tu raErn Ponte do Sor, trimestre........ 2#10Fora de Fonte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso ........................... $40Pagamento adeantado.

A N Ú N C IO S

Na 1.® pagina, cada linha ouespaço de linha............... $80

Na secção competente. . . . . $40Permanente contrato especial

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

lipinas paru coserDA ACREDITADa MARCA

S 1 N G E RVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

AA A A

Encarrega-se de todos o? concertos em máquinas des­ta marca.

Antonio R. GaioA A A A A

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferram entas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. Con­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento c solidez.Preços ao alcance de todas as

bolsas.

| C on síru ciora R bran íin a , L “yjy Telefone Abrantes 6 8

Ocrrpirjtaria mecaniccry se r r d ç ã o de m a d e i-

W r a s fab rico de g elo_______________:

Fornece tias melhores condições todo o trabalho de car-

m\ \ ttas

pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

VIGAMENTOS E BARROTERIASede e ofic inas em A lferrared e

_■ « r s s p o n d e a c i a p a r a J L B I Í A -S S T T E-----^ ^ ^ .-v. - .V*.

^ ^ ^ ^ ^

S h . ^ o l é oMédico - C iru rg ião

Especialisado cm doenças da boca e dos dentes.

Consultas aos sábados, ás 14 horas em Ponte do Sor, casa do Ex.rao Senhor António da Várzea, na Praça

da República

w tm

mwwwmw/iss»/is

Consultas todos os dias (excepto aos sábados e domingos) ás 13 horas no Rocio de Abrantes, rua Avelar Machado.

Quereis os yossos carros b i i reparais?Procurai em Abrantes a oficina de J o s é d o s

S a n t o s I S i o u e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

jfverjida Cia a de de JCille— p õ J f J S 2)0 S&R

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus para concertos e transformações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o a e o p a r a v e n d e r im iâ to

P e l e s d e c o e l h o

compram-se por bom preço de 5 quilos para cima

Bicicletes e acessorios Massa de pimentãoEleparações

Quereis comprar ou fazer repa­rações em bicicletes ide á oficina de Joaquim Mora, no Rossio ao Sul do tejo, que é quem maior sortido tem e melhor executa os seus tra­balhos.

J H a d ç i r a s d e V ^ h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidatl d e LillePONTE DO SOR

Para temperar carne de porco, vende Matias de Souza Sil- verio GALVEIAS

loão Oaptisla ia lesaP O N T E 3 3 0 S O EComissões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de Seguros

Encarrega-se de todos os ser­viços junto das repartições publi­cas.

ANO 6.° Fonte do Sôr, 31 de Janeiro de ii; NUMERO 135

Propriedade da Empreza deA . M O C I D A 1> K

Composto e impresso na‘ ‘a i n e r v a ALENTEJANA, ,

PONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

I s e n t a d.o S c rV -.... .. . -/J

H-4 r ■ '* * i

$ f e l1 1

I N H lET ,3P i;S161 ^9 I È is É i 1 , l à B B

wf i í j l

D I R E C T O R

P n m o Pedro da Conceição*-K

A D M I N I S T R A D O R

João Marques Caladoi *★

E D I T O R *1 F u n d a d o re s

José P e re ira Mota jíl ? £ £

f l

Preparados os belgas, os fran­ceses, os holandeses, encontram-se com os portugueses em todos os continentes a lutar pela vida. h. enquanto o belga, o francês, o holandês triunfa, um viver sereno, bem pôsto, bem nutrido, o Dortu- guês amassa com suor o pão de cada dia. O braço e] a duresa dos músculos, estes são os elementos de que, ordináriamente, o portu guês emigrante dispõ?. Por isso ele é o preferido para os trabalhos mais rudes e grosseiros, em regra pior pagos. Por isso ele gosa da fama de trabalhador, sóbrio, dócil. Triste celebridade que todos re­conhecem mas que não tem a necessária recompensa económica.E, mesmo com todos os horrores qu e sofre, o emigrante português hàde ser repelido porque a vida moderna impõe a todo o profissi­onal, ainda o mais modesto, a ne­cessidade de, pelo menos saber lere escrever.

Nós, os dominadores doutros tempos, somos agora oj domina­dos. E’ que entrámos definitiva­mente no tempo em que a inte­ligência se sobrepõe a tôdas as outras qualidades. Não basta ser audaz, temerário, a trev ido . . . Sa­ber dar bons golpes, mandar três duma cutilada para o outro mim' d o . . . Isso jà lá vai. Hoje é preci­so, em primeiro lugar, que o in­dividuo tenha o dominio sôbre si mesmo. Que, pela educação e cultura refreie os seus instintos e saiba servir-se dos orgãos que possue e dos instrumentos que o cercair. Que saiba furtar-se a tan­tos perigos que o próprio viver actual criou. Que crie, por assim dizer, novos instintos que o gui­em neste complexo emaranhado que è a vida de hoje.

Lstar a dizer constantemente a uma pessoa não faças isto, ou faze aquilo, não é suficiente.

E’ necescario que cada um tenha bem formadas as faculdades de com­parar, ajuizar, raciocinar e com ­preender. E isto consegue-se em qualquer idade mas especialmente i;a infancia que é uma época de intensa aprendizagem. Enquanto o corpo cresce, a inteligência deverá receber as mais benéficas influên­cias E, ao atingir a maioridade le­gal e natural, o homem deve estar preparado para tôdas as exigên­cias da vida em sociedade.

Eu fico apavorado quando vejo indivíduos com responsabilidades dirigentes, ao referirem-se a as suutos de instrucção, passarem por eles ao de leve, com a pres­sa de quem deseja livrar-se de uma coisa impertinente, sem importan­cia nenhuma.

Apavora-me também o facto de os restantes portugueses olharem para tais assuntos com maior indi- diferença ainda. E apavoro-me por­que estou convencido de que, tan­tos e tantos males que nos afligem ou não existiriam ou seriam imen­samente atenuados. E' preciso que a instrução seja difendida no má­ximo para que ela dê frutos sabo­rosos.

Dizem as juntas militares de re­crutamento que de ano para ano se revela um maior depauperamen- to físico nos mancebos inspeccio­nados. Pudera! Pois se a nossa tendencia é aproveitar sem prévio exame, as belas tentadoras criações da civilização! E daí com o bom vai o mal. Nós atiramos decidida­mente aos prazeres. aos manjares esqnisitos ás noitadas Do mal que daí resulta dão curamos.Os conhecimentos de higiéne estão ao nível da cultnra que o indivi- ou o país possuem e são entre nós uma miséria.

Da antiga simplicidade da vida fala-se como de coisa lendária. E, os mancebos (continuarão a defi­nhar; com eles o pais e a econo­mia enquanto lá íóra a cultura fi­sica caminha a par da cultura in­telectual.

Convençamo-nos. Enquanto se não cuidar a sério do problema da instrução não deixaremos de ser um povo lamentavelmente atrasa­do. O mal vem de longe. Eu fala­rei disto qualquer dia.

Diz-se que a instrução propaga o bolchevismo e todas as ideias dissolventes. Protesto. A instrucção não é incompatível com a riqueza e a propriedade particular. Muito ao contrario, a instrucção é que, mais que tôdas as policias e tôdas as armas, lhes garantem a existência, a protegem e a justifi­cam.

Veja-se a América do Norte, a França, a Ing la te rra , . . Ninguém nega que sejam países dos mais cultos, cultos em tôdas as camadas sociais. Ninguém nega que é lá que existem as grandes fortunas, tam grandes que as maiores fortunas portuguesas são, ao pé delas, pou­co mais que bons arranjos. Não é o poder dos canhões e das espin­gardas que dão socêgo a essas for­tunas colossais. E' a consciência colectiva que as defendem da gula de aventureiros sem escrúpulos, que há em todo o mundo. Na Rús­sia, com uma formidável per­centagem de analfabetos, na Rússia e nos paises imensamente analfa­betos é que o comunismo coustitue uma nuvem ameaçadora.

A instrução è incompatível, sim, com a tirania. O povo instruido reclama em termos; o povo inculto, quando não se roja abjetamente aos pés do seu senhor é que se prepara para o ferir e quási sem­pre se impõe jdestruindo o pró­prio e o alheio. Emfim, è sôbre a ignorancia qne a crápula, a ti­rania, a insolência, a demagogia de tôdas as côres e, dum modo geral, todos os males sociais assen­tam o trono donde despóticamen- te flagela as gentes.

Instrução, intrução, intruçãdeis a palavra que devia estar inscrita no estabelecimento, na oficina, no escritorio, em todos os lares e no pesamento dos portugueses. Sò pela instrução Portugal pode ocu­par o lugar a que tem direito. E Portugal ainda não cumpriu a sua

; alta missão histórica. Só pela ins- í trução podemos recuperar as de­

zenas de anos em que nos atrasa- -mos na marcha da civilizaçã >. Nunca é tarde para começar uma obra ou emendar um êrro. Mas, por Deus. não adiemos, não dei­xemos para ámanhã o que pode­mos e devemos fazer já. Cada dia que passa é um abismo entre o passado e o presente, entre o que somos e o que podiamos ser. E, o que podiamos ser é profundamen­te diferente do que somos se não houvermos desperdiçado precio­so tempo a fingir que queríamos instruir-nos. Homem prevenido vale por dois, diz a sabedoria po­pular. Hometn instruido vale por mil, diz a experiência.

Evaristo Vieira

A " :Mandaram satisfazer á nossa

redacção as suas assinaturas, que muito agradecemos, os nossos pre- sados assinantes Exmos Srs. Mario Bonito Fonseca de Benavila, n". 120 a 143. Joaquim Emilio Nasci­mento, Lisbôa, do n° 130 al35. Antonio Rodrigues, Galveias, do n°. 136 a 141. Armando Nu.ies Moura, Evora, do n°. 93 a 134 Manuel Ferreira Prôa, Rossio de Abrantes, do n°. 125 a 131. Fran­cisco Castelo, Sacavem, do n°. 132 a 137. Joao Rodrigues Figueira, Vale de Açôr, do n°. 117 a 133. Antonio Lourenço, Lisbôa, do n°. 130 a 135. João da Silva Castelo, Qalveias, do n°. 120 a 133. José Vicente Pimenta, Montargil, do n°. 104 a 132: Antonio Aives, Vale do Arco, do n°. 131 a 154.

taxa jWilírarDeve ser paga até ao f im

do proximo mês de Fevereiro, na Secção Administrativa da Câmara Municipal, a t a x a militar.

Os individuos que o não f izerem atè aquela data serão multados no dôbro da res­pectiva taxa.

No dia 17 do corrente, re­alisou-se nesta vila um desa­fio de foot-ball, entre o 2°. team do Sporting Galveense e um g r u p o de jogadores daqui, vencendo os visitantes por 1 bola a 0.

Consta-nos que brevemen­te visitará esta vila a catego­ria de honra do União Foot- Ball, de Entroncamento, que defrontará uma stleção dos teans locais.

Vida GíicialForam promovidos respecti­

vamente a empregados de I a. e 2 a. classe da Secção de Via e Obras da C . P . , os nossos presados assinantes e amigos Snrs Josè F artuscoe Francis­co da Conceição Domingues. Parabéns.

ECQNOMISEMOSNuma altura em que tanto se

fala de economia, em que a eco­nomia é condição essencial do vi­ver, não será descabido chamar a atenção de todos, especialmente das crianças e das classes obreiras, para uma instituição que funciona sob a garantia do Estado e que se chama — Caixa Economica Postal.

E digo das crianças e das clas­ses trabalhadoras porque àquelas se deve incutir o espirito da pre- videncia e da economia, e a estas se deve facultar o meio simples e facil de capitalisar o fructo do seu labor, assegurando-se assim um meio de fugir a vicios perniciosos —o jôgo, o alcoolismo, etc.—é garantmdo-se uma velhice a cober­to da tniseria--que é geralmente o fim que espera aqueles que gasta­ram a vida inteira no extenuante labor dos campos e das oficinas.

Que valiosos pecúlios se pode­riam amealhar se os individuos se compenetrassem das vantagens da economia e fossem depositando, sistematicamente, todas as peque­nas importancias que se gastam no “ mata-bicho", no tabaco, e na jogatina! E que formidável soma- torio o de todos esses pecúlios reunidos!

Objectar-me-hão alguns que, nes­tes tempos de apertada regra, nada sobeja dos gastos indispensáveis.

Mas até essa objecção serve para reforçar a razão do meu artigo.

E’ que, aqueles que amealharem em dias mais ricos e felizes, encon­trarão, nas épocas de crise, quan­do hà falta de trabalho e os sala- rios são insuficientes, encontrarão, ia eu dizendo, nas pequenas mas repetidas somas depositadas sem sacrifício, o auxilio e o lenitivo para as suas necessidades.

fl eaixa Economica Postal, cujos serviços são desempenhados em todas as Estações do Pais, até nas mais modestas, é, pela facilidade e limite minimo dos seus depositos,o mealheiro que niais convem, ao povo.

Seria luxo encarecer os benefí­cios que para os individuos, econ- sequentemente para a Nação, advi­riam da utilisação generalisada dos serviços da eaix-i Económica Poslal.

Mas esses benefícios não teem unicamente um caracter economi­co. Teem-no moral e social tam­bem, e de grande relêvo.

Aquele que tivesse uma firme vontade de economisar baniria par­cial ou totalmente do seu orçamen­to a verba destinada ao tabaco, ao alcool e ao jogo.

Iodos sabem que a doença e o crime teem as suas raizes directa­mente filhadas no tabaquismo e no alcoolismo. E o jogo, paixão absorvente, alucinante, geralmente praticado em antros sem ar e sem luz, onde a atmosfera é viciada pelo fumo dos cachimbos e pelas exalações deLterias dos corpos e das bebidas com que se vão fazen­do constantes libações, arrasta ine­xoravelmente, as suas vitimas ao hospital ou à cadeia.

Lá diz o aforismo popular; "De­baixo da mesa do jogo, está a faca do assassino’ .

Alem das operações vulgares— depositos, saques, etc.—executa a Caixa Economica Postal uma ope­

ração ínteressantissima e pouco co­nhecido: a conversão de depositos que consiste em comprar, com a importancia parcial ou total do saldo existente na conta corrente do titular da caderneta, papeis de credito, como titulos da divida p u ­blica portuguesa, acções e obriga­ções do Banco de Portugal, acções e obrigações do credito Predial, ou outras quaisquer com cotação na Bôlsa.

Estou convencido que a prati­ca constante da economia, estimu­lada por uma propaganda intensa da C. E. Postal, constituiria uma verdadeira obra de profilaxia so­cial, porque isso seria uma bela arma de combate contra a miséria e o seu trafico cortejo:—a tuberculose e a loucura, o rou­bo e o crime.

A C a i x a E c o n o m i c a P o s t a l n ã o é , p o i s , s o m e n t e u m c o f r e , a - b s o l u t a r a e n t e s e g u r o , o n d e o s c a p i t a i s , d e ­p o s i t a d o s v e n c e m o j u r o a n u a l d e 4 °/0 . É , t a m b e m , u m a g e n t e d e r e g e n e r a ç ã o e c o n o m i ­c a e d e p r o v e i t o s o e s t í m u l o s o c i a l .

A França que é hoje um dos paises do mundo com maiores dis- ponabilidades metalicas, deve muito da sua riqueza e bem estar à eco­nomia dos seus habitantes realisa- da por intermedio de instituições congéneres da Caixa E. Postal. Ponte do Sor, em 17-1-32

c . E.

Pela Imprensa0 Montemorense

Visitou-nos este novel colega que iniciou ha pouco a sua publi­cação na ridente vila de Montemoro Novo, soba direcção do Snr. jaime Ernesto dos Reis.

Insere variada e escolhida cola­boração e tem um bom aspecto gráfico.

Agradecemos a visita e vamos estabelecer a permuta.

Fô/ha de A Ite.Entrou uo decimo primeiro ano

de publicidade, este nosso estima­do confrade que se publica em AUe, (Algarve) sob a direcção do distinto jornalista Snr. José Fran­cisco da Graça Mira.

Felicitamo-lo, desjando lhe uma longa e prospera vida.

Assnilu ii um eslflbelecimenloNa noite de 17 do corrente, os

gatunos assaltaram o estabeleci­mento comercial do Sr. Antonio Figueira, na Avenida Ci lade de Lille, levando cerca de200$00que ali se encontravam,

j O assalto deu-se cerca da meiaI noite, hora a que o local é ainda j bastante frequentado, supondo-se | que os gatunos entrariam pelo te­

lhado, por terem sido encontradas algumas telhas levantadas.

O roubo parece ter sido prati­cado por pessoas que conheciam bem a casa, pois os gatunos apenas

i se apropriaram do dinheiro que estava numa gaveta, não inexendo em qualquer outro objecto, e saí­ram por uma porta lateral que abriram.

11811774

2 - A . I víL C C I E ^ I D E

Sexvte da nossa *Sevva *B proe!1,a" V

3>Ta, G r a n d e < 3 --u .e rra ,— E m . Á f r i c a , —

Para o meu coração de aliadófilo sincero e inter­vencionista apaixonado, muito embora nalguns pontos dis­cordando da forma com essa intervenção se efectivou, foi muitíssimo grato o ter o ensêjo de, ha dias, ler do bem conheci­do e categorisado monárquico português senhor visconde de Asseca a insuspeita opinião de que «se não tivessemos en­trado em campanha ao lado dos nossos aliados, teria sido um êrro tremendo, que nos poderia ter sido muito funesto, mas que, felismente, tal se não deu »

Na verdade e desde que à risca se quizesse obser­var a letra do tratado de Windsor— 9 de Maio de 1386— outra não poderia ser a atitute dos homens que então gover­navam o país que, mercê da desmedida ambição gerinanica, por motivo da declaração de guerra da Alemanha se viu en­volvido na cruciante luta que tanto ensanguentou o Mundo.

Portugal tinha, pois, de mais uma vez pôr á pro­va a valentia dos seus filhos, dentre eles se destacando, como sempre, a aguerrida gente da nossa terra.

No Alentejo-norte adestravam-se convenientemen­te as suas guarnições que, pouco depois, iam mobilisadas para, ao fim da necessaiia preparação, partir nas primeiras expedições para Africa.

A sua epopeia naquelas tão distantes como inhós- pitas colónias, foi qualquer coisa de notável para os portu­gueses e muito honrosa para a nossa região!

Assim e entre outras acções do 17 de infantaria — o valoroso regimento de Eivas— ha a assinalar aquela em que no combate da Mongua, no dia 18 de Agosto de 1915 os valentes soldados elvenses ao mesmo tempo que em úniso- no entoavam a letra sublime da «Portuguesa» se atiravam com impetuosidade inaudita por sobre os cuanhamas revol­tados contra a nossa soberania naquelas paragens! E por tal forma eles se portaram e de tal maneira se conduziram que do glorioso general Pereira d’Eça receberam pessoal­mente as mais calorosas felicitações, eles que no final des­sa campanha tão demorada como violenta regressaram ao seu quartel com efectivo reduzido a 70%, mas com a cons­ciência de ter cumprido dignamente o seu dever, escrevendo mais uma página imortal na história do brioso exército por­tuguês!

Por seu turno, artilharia de montanha, o tão de­nodado como sacrificado regimento de Portalegre, não se portou com menor heroismo, porquanto os 102 oficiais, 219 sargentos e 2642 cabos e soldados que pertencentes a essa unidade e desde 1914 a 1918 foram enviados para as nos­sas colónias, bem mereceram da Pátria pelo muito que de valor praticaram!

Tomando parte nos combates que em 18-12-914,7 de Julho, 13, 15 e 24 de Agosto e 14 de Setembro de 1915 se feriram em Angola; nos que em 27-5-1916, 13 de Junho, 19 de Setembro, 26 de Outubro, 8, 22 e 28 de Novembro de 1918, se travaram em Moçambique, pelos ceus feitos e va­lentia alcançaram os maiores louvores para o seu regimen­to. Isso lhe mereceu as mais honrosas citações e a oferta em Maio de 1920 pelo povo de Portalegre duma custosa ban­deira, depois e pelo governo merecidamente condecorada, em 7 de Maio de 1921 com a Cruz de Guerra de l .a classe e em 24 de Novembro de 1924 com a Ordem da Tôrre e Espada.

E’ que tanto este regimento como o 17 de Eivas soube valorosamente honrar a Patria, nessas lutas em que sob as dobras da gloriosa bandeira verde-encarnada, a gen­te da nossa terra mostrou ao Mundo o que é e o que va­le o Portugal de hoje, tào grande e tão glorioso como o de outras eras.

(continua) jÇnffelo Jí/íoqíeiro

TRABALHOS a cores

Executam-se com a maxima

perfeição e rapidez na

XviC in.er-va. u ft .lers .te j a .n a

P C N T E DO SOR

Do mais fino gosto, em lin­das colecções e avulso, assim como postais com vistas de Ponte do Sor, vendem-se na

^linçrva /ilçrtfejana

Assim como o bom ou mau trato que damos aos nossos filhos, emquanto dura a natural supre- mácia dos pais sobre eles, st; lhes reflete na saude e maneira de ser fisica, assim o bom ou mau trato, o cuidado ou o desleixo, a bonda­de ou a violência postas nas rela­ções que mantemos com os ani­mais ha de ter forçosamente sobre eles uma influencia decisiva.

Sendo como é quasi em absolu­to detestável a nossa conduta em relação aos animais, o bem estar deles não pode ser apreciavel.

O efemero ou a curta duração da vida em alguns deles, a manei­ra defeituosa por que trabalham, etc., nào deixarão de provir etn grande numero de casos da custo­sa e dura vida que os donos ou tratadores lhes dão, e como os cães são de todos os animais, aqueles que mais convivem comnosco e que directa e vivamente recebem o influxo dos maus tratos quando acerta de ter por donos creaturas ignorantes e más, não será teme­ridade pensar que entre muitas outras consequencias desses maus tratos figure bom numero de ca­sos de raiva—doença que no di­zer dos periodicos se tem desen­volvido assustadoramente nos últi­mos anos.

Ainda mesmo que assim não se­ja, ninguém põe em duvida que ha toda a convenieucia material para nós, em tratar bem os ani­mais, nâu falando em que é isso um dever que, ainda mesmo que não tivesse vantagens materiais h.tvia de nos merecer todo o es- crupulo na sua observancia.

Como, por outro lado, nos con­frange o critério es*reito em que vemos exercer-se a acção dos gran­des jornais de Lisboa, que ao par e passo que afirmam ser pavoro­so o desenvolvimento da hidrofo- bia não fazem mais do que incitar o odio contra o cão, não vendo que ele não é um reu mas sim uma vitima, escrevemos e mandá­mos ao Diario de Noticias uma carta (que esse jornal não publi­cou nem ácerca da qual se dignou traçar duas linhas) expondo aque­la nossa maneira de pensar e de ver as cousas.

No pior dos casos não concor­dava comnosco e [demonstrava o fundamento dn sua não concordan- cia. Ainda isso era um beneficio, porque entre [tanta gente que lêo jornal não deixaria de haver al gumas pessoas que discordassem dessas razões, aceitassem o nosso ponto de vista e melhorassem o regimen de maus tratos em que inconscientemente vivessem relati­vamente aos seus cães.

A’quelas pessoas que estejam tentadas a supôr que nos ocupa­mos com a boa ou má sorte dos cães, por não termos nada u til e de pezo em que apliquemos a nos­sa actividade, apressamo-nos a in­formar que laboram em êrro. E tão verdade é que estas cousas nem são inúteis nem ligeiras que em Londres, entre mil e outras as­sociações analogas ha uma, a Liga de Defeza do Cào, "The Canine Defense Leage” que não perde nunca o ensejo de promover me­lhoramentos nas relações nossas com esses animais, apezar de que iá o meio, eminentemente mais culto que o nosso, não oferece á contemplação dos naturais as bar­baridades, as cruezas, os desleixos, as incurias em que o nosso é tão fertil.

Ora, essa Liga publicou ultima­mente um manifesto convidando o publico a não ter os seus cães de guarda sempre acorrentados, e demonstrando as razões do seu convite. Essa prafica, diz a Liga, é uma barbaridade, é uma tortura

continua para os animais. E' alem disso um erro pensar que o cão acorrentado é um bom guarda, quando o contrario é que é verda de. O uso continuo da corrente a- fecta-lhe a inteligencia e o zelo, perverte-lhe a bondade natural, torna-o feroz, insusceptível de ra­ciocínio; ladra sem motivo unica­mente para dar expansão á ener-

j gía represada. Nesse ladrar vai,I alem disso, um protesto contra o

imerecido castigo a que o subme­tem. Como esta muitas outras a- dvertencias nos faz o manifesto. Noutro logar demos na integra es­se documento, sentindo que a im­prensa de Lisboa não se preste a dar cabida a estas cousas. E’ pena. e tanto maior quanto é certo que não lhe falta espaço para cousas nocivas.

E. M. Maiel

Ios apicultores nacionaisO Decreto n.° 20417 de 20 de

Outubro de 1931 constitui o pri­meiro passo dado em Portugal pa­ra fomentar e proteger tão interes­sante quão rendosa a industria apí­cola.

Com este diploma pretendem os poderes públicos estimular e am ­parar. na medida das possibilida­des, o entusiasmo dos apicultores já declarados, chamar ao campo da produção muitos outros que, embora grandes amigos das abe­lhas, ainda não se decidiram a tra­balhar para a obtenção dos seus belos produtos.

O Governo, pensando a serio na valorização de todas as nossas fontes de riqueza, entende que a produção do mel,—pelas excepcio­nais condições culturais do nosso pais para esta industria e pela ex- celencia dos ,produtos obtidos, (quando produzidos com conheci­mentos e consciência)—é um va­lor que, noutros tempos, desper­tou mais interesse do que hoje certamente desperta, mas que, em breve, marcará de novo um lugar de merecido destaque, porque assim o querem os apicultores portugue­ses.

Não ignoram os poderes públi­cos que a causa fundamental da decadencia da apicultura em Por­tugal reside na dificuldade, cada vez maior, de se obterem merca­dos vantajosos para os seus pro­dutos. Não ignoram tambem que para se poder fomentar, com su­cesso, uma industria, necessário se torna promover antecipadamente, a organização de mercados consu­midores.

Nesta ordem de ideias se inicia­rá em breve uma grande propa­ganda em prol do consumo do mel no nosso país e as entidades competentes promoverão o estu­do dos mercados externos para a colocação deste belo produto.

Procurar-se-há faztr o que já mais se fez em Portugal: chamar a atenção do grande publico para este valioso manjar— para a maio­ria quasi desconhecido—que reu­ne ás mais agradaveis qualidides sápidas um excepcional poder ali­mentar, aliado a excelentes proprie­dades terapeuticas.

Nomes distintos de clinicos, api­cultores e técnicos, porão em evi­dencia as virtudes do mel e exal­tarão a necessidade do seu empre­go normal na alimentação huma­na. Todos os meios de propagan­da, desde a escrita e falada á ra- diotelefonica Je dnematografica, serão largamente utilizados.

A par e passo, organismos técni­cos estudarão os mercados nacio­nais e logo que a produção evo lucicne de modo a poder marcar condignamente o lugar a que tem jus, os inetcados externos, por

meios de solidos tratados, abrir-se- hãr. de par em par aos nossos pro­dutos.

Para o bom exito da iniciativa governamental necessário é que, num ambiente de entusiasmo, se completem os trabalhos de inves­tigação a realizar pelos técnicos com a boa vontade e larga prática dos apicultores nacionais.

Trabalhos de investigação e es­tudo jámais, oficialmente, se fize­ram no nosso pais. Far se-hão, agora, no organismo Técnico que é o Posto Central de Fomento Apicola.

Para facilitar a actividade dos práticos, dar-lhes meios e ampa- rá los, criaram-se organismos lo­cais de apicultores—as Comissões Regionais de Apicultura.

Finalmente para dar unidade e comandar o desenvolvimento api­cola nacional, organizou-se a Co­missão Central de Apicultura.

Estes organismos serão consti­tuídos por dedicados amigos das abelhas que se esforçarão, á p o r­fia, por bem desempenharem os seus cargos, contribuindo para um breve ressurgimento da Api­cultura Portuguesa.

O Ministério da Agricultura quiz demonstrar, claramente, o in­teresse que costuma dispensar aos assuntos que ilie estão pendentes.

Sendo a apicultura, pelo seu modo de ser, uma industria em que a cooperação tem o mais lar­go alcance, procurou fazer desen­volver o espirito de associativismo entre os nossos apicultores.

Para isso se decretaram medi­das tendentes a facilitar a organi­zação de Sindicatos ds apicultura e como prémio para aqueles que primeiramente se resolvam a colaborar nesta patriótica iniciati­va serão fornecidas gratuitamente 200 colmeias a cada uma das 20 prim eiras associações que se cons­tituam até 30 de Junho de 1932,

Longas vão estas notas em que se põem ein evidencia os benefíci­os que, para a apicultura nacional, pode acarretar o decreto do Fo­mento Apicola.

Para que o exito seja completo, resta apenas que os nossos apicul­tores cooperem nesta obra cotn dedicação e entusiasmo idênticos ao que anima os técnicos que o Ministério da Apicultura nomeou para seus colaboradores.

Dezembro de 1931.

A H U H Ç I O- = — OorreiçsLo— = -

Para os efeitos legais se anuncia que se acha aberta por espaço de 30 dias a co­meçar no dia 1 de Fevereiro proximo, a correição a todos os funcionários da justiça des­ta Comarca, sendo relativa ao periodo que corre desde 1 de Janeiro a 31 de Dezembro do ano findo. Pelo presente são chamadas todas as pes­soas que tenham queixas a fazer contra os funcionários sugeitos á correição para as apresentarem oportunamente.

Ponte de Sôr, 15 de Janeiro de 1932.

O Escrivão do 2.° oficio, João Nóbrega

Verifiquei.O Juiz de Direito, M anuel Ribeiro

J X / L Cgry.-iPinigtiW D E

imvimi rniii.uuMW jia srwiaenTywww-avssi

[lEdIEA n iv ersá r io s

— = Janeiro = —

31— D. Custodia Branquinho Vilela, Qalveias.

= —Fevereiro— =

1 —João Espada de Souza, em Montemor-o-Novo, D . Onorina d ’01iveira Cunha e Renato Costa e Silva, em Lisbôa.

2 —D. Alice Pires de Noronha, em Portalegre, José Pedro de An urade Bolou, em Olivais, José Ri beiro Venancio, em Rio Torto (Gouveia) e Elisiario de Carvalho Pinto.

3 —Pedro Pereira Marques.4 —Antonio Salomé Canhão, ó —João Augusto Courinha, em

Montargil, D. Margarida cTOlivei- ra Cunha, a menina ArmindaPita Pires, Ramiro M. Algarvio, o me­nino João de Souza Ferreira ejoão Engracio.

7 —David Justino de Souza, em Albufeira.

9 — D . Rosa Maia Seara, em Montemor-o-Novo, Maria Izabel Godinho Palma, em Torre das Vargens, D. Maria Bernardo Al­garvio e Custodio Delfim Rainho.

10—Dr. Joaquim de Souza Pra­tes.

11 - Dr. Luiz Monteiro, em Lis boa, Cláudio de Oliveira, em Aviz, D Maria Amelia Dionisio de Car­valho e Antonio de Souza Fer reira.

12—D. Fernanda Boudry de Carvalho, em Galveias, Raul de Zezere e Primo Pedro da Concei­ção, nosso estimado Director.

De V is ita

Esteve nesta vila, de visita, a- companhado de sua esposa, o nos­so estimado assinante e amigo Sr. Julio Nunes de Carvalho, que du­rante muitos anos exerceu aqui o cargo de chefe da estação telegra­fo-postal.

Tambem aqui estiveram de visi­ta aos seus, os nossos amigo? e as­sinantes Snr.® José Lopes, de Fer­reira do Alentejo e Armando Nu­nes Moura de Evora.

M o n u m e n t o a o 7)r. J o ã o f e l ic i s s i n j o M o Concelho JORNAES

— Subscrição—— Ponte do Sôr —

Transporte.............Vicente da Silva...................Mateus dos Vultos..............João Ferreira Espanhol . .. Joaduim Maria Castanho...Cesar Borrego...................José de Abrantes.................Manuel de Abrantes..........Custodio Delfim Rainho.. . .Maria Casimira.. ■............Roberto Joâo Marques........Manuel Pedro Mendes........Teotonio Martins...............Francisco Pimenta Jacinto..Anónimo .....................Frr-ncisco Fitas.....................Tomasia Estevinha. ........Manuel Rafael........ ........Antonio Lourenço Saramago Francisco Marques Pulgas..Artur Cândido....................Joaquim dos Santos.............Amaro de Souza Martins...José Francisco Mota ..........Joaquim Fitas.......................Manuel Viaria. .....................Maria Eduarda...................Augusta M ota...................David Maria.........................João Gabriel........................Inacia de Oliveira...............Diogo Tarrinca...................José Lourenço de Matos.. . . Pedro Antonio da Povoa...Ernesto Lopes Fontinha__Albino Dias..........................Anacleto Ferreira...............Antonio Pais Branco..........Adelina Lizardo Neves........Manuel de Matos Neves.. . .Ilda Lizardo Neves.............

Ida Lizardo Neves.............Alvaro Lizardo Nev**s.........Laura Lizardo Neves..........José Gii de Souza...............João Babtista cie Carvalho..Ida Prezado Cravo............JoséJRodrigues Esteves........Manuel Francisco Duarte...Silvano Alexandre...............José Borralho.......................José Zuzarte de Mendonça.José Agapito S Ivado..........Anibal Dias...........................

9.899$80 1$00 2$õ0 1$<K) 1$00 2&50 2S-Í0 S$()0 5&00i$no2$ 00 1$D0 2S00 2$50

20$ 00 1$00 1$00 • 50

5$00 S-'i0

5$00 2$M $50

2$ 50 2$00 5$00 1 $30 $.'i0

2$0t) 2$50 2*50 2$.‘>0 2$50

10$00 2S50 5$00 2$50

50$00 H0S00 30$00 20S00 10SII0 10$00 10$U0sosoo50$0050s005$005$00

20$0050$00sosoo30$00

5$00

Montarei 1O

A transportar ............ 10 473$ 10

lecita carnavalesco

Cousorcio

Realisou-se em Chança, no dia 27 do corrente, o enlace matrimonial do Snr. Antonio de Oliveira Esteves, de Ponte do Sôr, com a menina Maria Tereza Acates, filha do Snr. Raimundo Alves Acates, e de sua esposa, proprietários naquela vila. Paraninfaram o acto p 'r parte da noiva o Snr. João Manoel Falca, da Fonte Bran­ca e D Nazaré Marques Antunes, e por parte do noivo seus irmãos Sr. Cândido de Oliveira Esteves e D. Arcangela de Oliveira Esteves, desta vila.

Aos noivos apetecemos um futuro re­pleto de venturas.

D eli rrance

Deu á luz, etn Lisbôa, unn criança do sexo masculino, a Stir.1* D Ofelia Rovisco de ( arvalho Pimenta Jacinto, esposa do nosso estimado assinante e amigo Snr. Doutor Francis:o Pais Pimenta Jacinto, distinto facultativo municipal em Qalveias.

Mãe e filho encontram-se bem. Aos pais do recem nascido os nossos parabéns.

Pedido de C asam ento

Para o Snr. Antonio Lopes da herdade da Foz, foi ha dias pedida por sua mãe Sr.a D. Maria José Baptista e seu irmão Sr. José Lopes, comerciante em Ferreira do Alentejo, a mão da Sr.a D. Hermiuia Rosado Leitão, gentil fiiha do Sr. Joaquim Cândido Leitão proprietário em Montar­gil.

Consta-nos que o enlace se realisa bre­vemente.

Venda de arvoresNo dia 3 de Fevereiro, pro-

ceder-se-ha na Camara Mu­nicipal, á arrematação em has­ta publica de 20 eucaliptos do Campo 5 de Outubro.

Um grupo de rapazes, socios do Grupo Desportivo Matuzaren­se, desta vila, promove nos dias 4 e 6 de Fevereiro, duas interessantes recitas carnavalescas.

Este grupo que se intitula Com­panhia Lérias & Trêtas, promete fazer rir, o publico a bandeiras despregadas, para o que elaborou um interessante programa. Na pri­meira noite subirá á cena a hilarian­te comedia em 1 ac to , ' Casamentos Inesperados” , original de um ama­dor da velha guarda, que tem de­do para estas coisas; seguindo-se lhe um formidável acto de varie dades com os seguintes números Pum!. . . fado canção por Estudan­te Vieira, t u fecho os olhos a tudo, monólogo por D. Elvira Apelidos —monologo regional, por Olho de Prata. Hístorietas, cena cómica por Catnpanhão. O Pier­rot— cançoneta por Bordalo Pin­heiro. O Terrivel, monolcgo por V Gracinhas Os Dó Ré Mi,— terceto oor E Vieira, C. . . de Bar rete e Vargas. Na segunda reci'a subirão á cena alem da desopilan­te comedia já citada, mais os se­guinte números: Urn pedido, mo­nólogo. Sacrista e Magala, dueto. Pode ser? monologo. Etn Pelotas monologo. Os Rais XX, monolo­go e O galucho e a sopeira terce­to.

Nos dois espectáculo? haverá in­teressantes números de prestidigi­tação executados por D. Elvira. Os espectáculos são abrilhantados por uma orquestra dirigida pelo habil e conhecido “maestro Geada” .

E’ de esperar duas enchentes colossais, atendendo á graça com que estão escritos alguns dos nú­meros do programa, quasi todos de autores pontessorenses.

Ao teatro pois.

— A constituição da nova Co- ! missão Administrativa da Câmara

Municipal deste concelho, foi re­cebida nesta localidade com bastan­te agrado, devido ás pessoas que dela fazem parte, lamentando-se apenas que esta freguesia não te­nha a representá-la naquele corpo administrativo, um de seus filhos. Não tendo Montargil qualquer colectividade que por ela se inte­resse, fica a freguesia á mercê da boa ou má vontade dos compo­nentes da Câmara mas estamos couvencidos que os novos edis que segundo parece estào com vonta­de de trabalhar, alguma coisa fa­rão em prol do seu desenvolvi­mento. Ao novo presidente Ex.Sr. Doutor Camossa Saldanha, nós lembramos a conveniencia de uma visita a Montargil, uma das mais importantes freguesias do concelho, para avaliar de perto das suas. ne cessidades, algumas bastante urgen­tes.

Lembramos ao acaso as seguin­tes, cuja realisação se impõe quan­to antes: Abastecimento de aguas potáveis, construcção de um troço de estrada de S. Pedro aos Telhei­ros, reparação das estradas muni­cipais, colocação de mais alguns candieiros Petromax na iluminação publica, pois que esta é deficiente, arborisação e ajardinamento do Rocio e colocação de taboieiros na Fraça, para neles serem expostas as hortaliças e fructas destinadas á venda.

Alguns destes melhoramentos são de facil realisação devido á modicidade do seu custo, e por is­so, esperamos que a nova Câmara não deixará de a eles atender ime­diatamente.

E' tambem de necessidade abso­luta a colocação de um novo relo- gio na torre da Igreja ou comple­ta reparação no que existe, assun­to que deveria de ha muito ter me­recido a melhor a'enção da Junta de Freguesia, que nada tem feito a bem desta vila.

Estão já concluídos o s trabalho de empedramento do troço de es­trada de Montargil ao Pintadiuho, na extensão d e 3.800 metros. Este

serviço que foi executado pelos em­preiteiros Srs. Guimarães, Irmãos, parece ter ficado bastante sólido, o que vem confirmar a reputação de que estes senhores gosatn de en­tendidos em tais serviços.

As terraplanagens do Pintadiuho ao Montinho das Cabanas tambem se encontram bastante adeantadas, faltando ultimar os trabalhos de construcção da ponte do Montal- vo. Extranhamos que ainda não tenha sido iniciada a construcção da ponte do Rasquete, cuja empreita­da foi arrematada já ha alguns meses.

As terraplanagens do Montinho a Ponte do Sôr, encontram-se em tstado de grande adeantamento, motivo porque dizemos que mui­to em breve estaremos ligados á séde do concelho por uma optima estrada, velha aspiração dos povos desta iegião.

— Estiveram em Montargil de visita a suas familias, os nossos es­timados conterrâneos Snr.s Herini- nio Garcia de Castro e Ernesto Nunes Courinha, empregados no comercio respectivamente em Por­talegre e Lisboa, José Macêdo Va­rela e José Garcia Courinha, estu-

| dantes e Joaquim Pedro Falcão 1 abastado proprietário na Figueira

da Foz.Tem estado bistante doente o

nosso ainigo e conterrâneo Sr. Francisco Manoel Freire de An­drade a quem desejamos um rapi­do restabelecimento.

C.

Nunca nos repugnou acre­ditar que os jornaesde Lisbôa são feitos com apreciavel ta­lento, mas sempre tios pa ec u que o talentoso por si vale pouco ou nada, quando não se

j encontra ao serviço de um i grande e nobre designio.

Uma faisa :déa nas mãos de um homem ignorante pouco mal fará comparativamente com o que faz exposta e tra­tada por um escritor de ta­lento.

Exemplo: quer um noticia­rista descompor os subloca- dores de casas, tornando-se ao mesmo tempo agradavel aos que delas necessitam e as procuram. Como se expressa esse frivolo noticiarista para dar aos leitores a impressão de que os primeiros são uns tratantes e os segundos uns ingénuos? Chamando aqueles morcegos, e a estes rouxinóes: de um lado o homensinho que servindo-se de uns miseros tarecos que finge vender pe­de por um trespasse uma ta~ leiga de contos; do outro o ingénuo, o cândido pretenden­te, que parecendo-lhe maro­teira a proposta vai queixar- se, não á policia, mas ao jor­nal.Não é um facto averiguado a introdução dos morcegos, ma­míferos, nos ninhos dos rou­xinóes; é um farrapinho de est loapoetado, uma veleidade fugaz de artista, que não teria valor algum senão envolves­se, numa absoluta ignorancia das cousas, uma insidia feita aos pobres animaes em geral, em especial a um dos mais uteis de toda a creação, que em diligencia, modéstia e a- mor pelos filhos, ministra li­ções desaproveitadas a tanto homemsinho inutil, se é que nào prejudicial no concerto da vida.

Não é jornalista quem quer.A ignorancia desta verdade é de efeitjs tanto mais desas­trosos quanto mais importan­te se considera o jornal onde as inexatidões estampam, e de onde passam mais ou me­nos integral e nitidamente pa­ra a mente dos infelizes que o lêem.

Luis Leitão

COHIlESPaiDEií!

Câmara JflonicipaSessão de 20 de 3cneiro de

1932' Presidencia do Dr. Augusto Camos­sa Nunes Saldanha com a assistência dos vogais Luiz B. Costa Braga e José N. Marques Adegas.

Correspondencía

Telegrama do Sr. Governador Civil do Distrito, comunicando que S. Ex.a o Sr. Presidente da Re­publica agradece muito penhora­do as saudações que lhe foram di­rigidas por ocasião da posse da nova Comissão Administrativa. In­teirada.

Carta de Josè Pina de Castro, de Montargil, pedindo para o for­necimento de p-troleo para a ilu­minação publica naquela vila aer feito alternadamente entre ele e o actual fornecedor, visto ser re­presentante da companhia de pe- troleos Atlantic, fornecimento que fatá em igualdade de condições de preço Deliberou estudar o as­sumpto.

Citcular da Câmara Municipal de Tôrres Novas comunicando ter deliberado representar ao Sr. Mi­nistro do Interior para que os do­entes a internar nos Hospitais Ci- vis" de Lisbôa só o possam ser me­diante apresentação de gnias pas­sadas pelas Câ naras Municipais ou Misericórdias do concelho, para e- vitar o abuso que se tem verifica­do de muitos doentes conseguiremo seu internamento nos mesmos Hos­pitais sem a apresentação das guias conferidas por qualquer destes or­ganismos, e cuja despesa tem de ser satisfeita obrigatoriamente pe­las Câ naras. Concordou com a circular referida -e deliberou re­presentar no mesmo sentido.

O utras deliberaçõesDeliberou mandar abrir valetas

junto do muro de suporte da pon­te do Vale de Açôr.

D liberou mandar proceder a reparações na Casa da Balança, em Ponte do Sôr,

Dileberou mandar proceder á vacinação anti-rabica dos animais de raça canina, neste concelhi), designando os dias que forem in­dicados nos respectivos editais.

Deliberou destacar permanente­mente para o serviço de limpesa das ruas da séde do concelho' uni dos cantoneiros, devendo, quando necessário, ser auxiliado nesse ser­viço por outros cantoneiros ao serviço do Municipio.,

—Deliberou mandar limpar os plátanos existentes na Avenida Ci­dade de Lille e Largos da sé le do concelho, contractando para tal pessoal competente.

— Deliberou adquirir uma por- j ção de ai vores para arbotisação j do Campo 5 de Outubro em Pon­

te do Sôr.Apreciou o balancete da teceita

e despesa do Município respeitan­te à semana finda em lô do cor­rente, cujo saldo é de 111 Ó55$2 1 .

Auctorisou o pagamento de va­rias despesas.

í i u t iN o teatro dos Bombeiros,

em 10 do corrente, realisou-se uma récita promovida p e l o grupo dramatico Amigos do Bem.

Representou-se a e m p o l ­gante peça ”0 Filho Pródigo” e a hilariante comédia ”Os Doidos com Juizo".

Todos os amadores desem­penharam com agrado os seus papeis, tendo recebido fartos aplausos da assistência.

O produto deste espectáculo

reverteu a beneficio dos do­entes pobres desta vila, ata­cados de doenças infeciosas.

V.G.

Móra ,No passado domingo, a Banda

Mórense, realisou um concerto na Praça d:sta vila, que foi muito aplaudido, repetindo-o á noite no Teatro onde colheu fartos aplausos.

— O programa executado foi o seguinte. O Exercito, passo do-

I brado. Apolon fanthzia. Claudiua, 1 valsa por F. M. Cardigos Rapsó­

dia de Fados, por V. Pinto. Cenas Espanholas, por Encarnação. Se­vera, selecção, por J. S. Marques, O Ilheu, p. d. Hino da Sociedade

■ . a . m c c i t a : j r

A N Ú N C I ONo dia 31 do corrente, pe­

las 12 horas, á porta do Tri­bunal Judiciai desta comarca, situado no Largo da Repúbli­ca, desta vila, se na-de pro­ceder á arrematação dos imó­veis a b a i x o mencionados, penhorados no execução hi­potecaria que João Pais Bran­co, casado, comerciante, mo­rador nésta vila, move contra João Izidóro da Costa e mu­lher Inácia Correia, proprie­tários, moradores no logar do Vale de Açôr, désta mêsma comarca, e que são:

N°. 1

Uma morada de casas ter reas, no sitio do Cabeço, do logar do Vale d’ Açôr, descri ta na Conservatoria désta co­marca sob o n°. 922 a folhas 68 verso, do livro-B- trêz, que foi avaliado e vaiá praça por mil e quinhentos escudos.

1500$00

N°. 2

Uma sorte de terra de se­meadura ccm arvoredo de so­bro e oliveiras, situada no lo­gar do Vale do Bispo Fundei- ro, descrita na Conservatoria desta comarca sob o n°. 921 a folhas 68 do livro-B-trêz, que foi avaliada e vai á pra­ça por seis mil escudos.

6 .00 0S0 0 .

N°. 3

Uma courela com pinheiros e terra de hortado, no dito logar do V a l e do B i s p o Fundeiro, descrita na Conser­vatoria desta comarca sob n°. 2.598 a folhas 64 verso do li- vro-B-cinco, que foi avaliada e vai á praça por trez mil e quinhentos escudos 3.500i>00.

São citados quaisquer cre­dores incertos para assis tirem á praça e usarem oportuna­mente dos seus direitos.

Ponte de Sôr, 6 de Janeiro de 1932.

O Escrivão do 1.° oficio,

Antonio do Amaral Semblano

Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito

Manuel Ribeiro

E l i s i a r i o ZE Pinto

g r a n q u ín h p d o s j j a n -

Í0 5 ^ Irm ã o , J^ d a

flrmazens de ModasR. 1.° de D ezem pro 40 a 4 4

S a n t a r é m

Visite V. Ex,a esta casa e aqui emcontrara alem das mais recentes novidades em tecidos para inverno, um gran­de stoch de peles a preços de sensação.

S ^ via rq-se arrto s tr a s

EucaliptosProprios para plantações. Vendem

se na Herdade das Barreira de Cima, do Dr. Joaquim de

Sousa Prates ao preço de; giobulos a $20. Rostrata #50. Obli­

qua $50, cada exemplar Para tratar ha o encarregado

Hires Dias Caldeirana própria herdade

iS TAÈELBGIMBMTQDE

SipEisie leio MiasM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

V I N H O S , P A L H A S

E C E R E A I S .Buenida Cidade de Lille—p. do sor

Gereais, Legumese adubos químicos aos melho­res preços do mercado, vende na sua casa da

Avenida Cidade de Lille

3osé de Maios jjeues

Manuel íe Mulos t a seompra e u en d e :

Cereais Ae legnmcs f

fAAAAA |

Praça da Republica

PONTE DO SOR |

Manoel J. Pontinha &— = RELOJOEIRO = —

Rua Vaz Monteiro — PONTE DO SORExecuta com a maxima perfeição

todos os tiabalhos que digam res­peito á sna arte, assim como tam­bem troca, compra, vende e con­certa objectos de ouro ou prata.

Há grande variedade de relogios de algibeira assim como estojos para brindes.

Despertador «BRAVO» o me­lhor que tem adquirido fama uni­versal.

Z F i i l r o sNegociante de Pescarias, Crea-

ção, Caça, Ovos, Fructas

Rua Rodrigues de FreirasP o n te do S ô r

Coríiça VirgemGráda e limpa, compra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L u is P e r e ir a d e M a to s

Caruoeiro (Linhe da Beira Baixa

E CARPIi

S ilv a f ig u eired o, »C.da

A ven id a dos O leiros — Coimbra T elefone n.° 9 0 3

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas. Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos grátis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

Wwtasw tò w m w «s

<vs vt/

Constructora Rbrantina, L.T elefon e Abrantes 68

C a rp in ta ria m ecâ n ica , s e r ra ç ã o

r a s fa b r ic o de g elo

70 de m a dei-

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc. VIGAMENTOS E BARROTERIA

Sede e o ficinas em A lferrared e

C c r r e s p c r d e n c i a p a r a

da WV!/

wtts w w Wm wà wtus

J h.• Vt»;

‘fl ÍHoeidadeQuinzenario noticioso. literário,

recrealioo e defensor dos interes­ses da reqiílG.

C o n d iç õ e s d e a s s in a tu r a

Em Ponte do Sor, trimestre........ 2*1UFora de Ponte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso ........................... $40Pagamento adear.tado.

* * *A N Ú N C IO S

Na l.a pagina, cada linha ouespaço de linha............... $80

Na secção competente. . . . . $40Permanente contrato especial

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

jÉíis p coserDA ACR ED ITA D a MARCA

' NG E f ^

Vende em Ponte Sor, a empregada

do

T E R E Z A M A N T A

AAAAEncarrega-se de todos o 5

concertos em máquinas des­ta marca.

5)x. ^av\3a JEoU©M é d ic o -C ir u r g iã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas aos sábados, ás 14 horas em Ponte do Sor, em casa do Ex.mo Senhor António da Várzea, na Praça

da República

Consultas todos os dias (excepto aos sábados e domingos) ás 13 horas no Rocio de Abrantes, rua Avelar Machado.

Onereis os vossos carros liem reparados?Procurai em Abrantes a oficina de »3osé dos

Santos ISioueas, onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões,

José AItbs fla Silva l IrmãoÇverjida C id a d e de JCille— p õ f f J £ 3 õ S ô '\

A n t o n i a R. Gai oA A AAA

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas par a calçado, m iu­dezas e ferram entas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.Calçado feito e por medida, nara homem, senhora e criança. Con­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.Preços ao alcance de todas as

bolsas.

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus para concertos e transformai ões

A divisa da nossa casa é

Ganhar pouco para vender muito

P eles de coelhocompram-se por bom preço de 5 quilos para cima

Bicicletes e aoessoriosReparações

Quereis comprar ou fazer repa­rações em bicicletes ide á oficina de Joaquim lYIora, no Rossio ao Sul do tejo, que é quem maior sortido tem e melhor executa os seus tra­balhos.

J H a d ç i r a s d e í ^ k J i o

Massa de pimentãoPara temperar carne de porco, vende Matias de Souza Sil- verio GALVEIAS

João Baptista da RoeaP O U T E D O S O HComissõas e Consignações

Para construcções a preços j Correspondente de Bancos eCompanhias de Segurosde concorrência. Vende Gon­

çalo Joaquim.Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Encarrega-se de todos os ser­viços junto das repartições publi­cas.

/

ANO 7.° Ponte do Sôr, 28 de Fevereiro de 1932 NUMERO 136

y -Propriedade da Empreza de

.v m o c i d a i>i<: Composto e impresso na

‘ /MINERVA ALENTEJANA, , PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o a t e d.o E c r

_______ ID I R E C T O R

P r / m o P e d r o d a C o n c e iç ã o* A D M I N IS T R A D O R 1*1 E D I T O R *

* J o ã o M a r q u e s C a ia d o★

k l J o s é P e r e ir a M o ta**

Pundaioxes Prim o P. da C onceição e J o sé V ieg a s F acad a

M A I S U M ANO

Com o presente numero completa A Mocidade mais um ano de existencia.

Seis anos de vida para um jornal modesto como o nosso, sem outros recursos alem dos provenientes das suas assinaturas e anúncios, representam um esforço formidável que só pode ser compreendido por aqueles que á vida jornalística dedicam o seu labor.

A Mocidade tem atravessado uma vida de grandes dificuldades, encontrando 110 seu caminho obstáculos enorines e teria já sossobrado se não tivesse a ampará la o carinho de amigos dedicados.

Vamos encetar mais um ano. São mais doze longos meses de lueta em pról dos interesses desta região. Muitas contrariedades en­contraremos decerto e maiores sacrifícios teremos de dispender. Não esmoreceremos porem, e antes, como na primeira hora, esforçar-nos- liemos com todo 0 ardor para que ela prossiga na sua já longa jor­nada.

A todos os nossos amigos, colaboradores, assinantes e anunci­antes, nós enviamos um grande abraço em sinal de reconhecimento pelo auxilio prestado.

--------- : D o a n i D e r s a r i o de = ~ .

ra mim muito simpático quinzenario que hoje completa mais um ano de vida. E se etn todos os tempos um aniversário jornalístico representou sempre um acontecimento a registar no combate tumuituante da vida hodierna um tal facto si­gnifica uma vitória estro idosa a par dum esforço prodigio- sissirno, visto que, tal como sucede-.com o meu Ex.m* Amigo senhor Primo Pedro da Conceição, só hoje pode sustentar um jornal quem tiver a coragem spartana p ira enfrentar [to­das as emergentes dificuldades que rodeiam os assuntos jornalísticos.

Daí 0 ser com certo regosijo que, mercê durn pe­nhorante convite do seu digno Director, eu me associo ao comemorar do sétimo ano de existência deste jornal, por­quanto é sempre para mim muito agradavel 0, embora na atediada prosa de que sou capaz, poder colaborar naquela imprensa que,doutrinando e espalhando ideias, ardorosamen­te batalha pelo amôr á nossa região, amor tanto mais jus­tificado e bendito quanto é certo que «nele se sintetisa a parcela maior da nossa dedicação pela terra lusa*.

Angelo Monteiro

Conta-se que Louis Veníllot, grande jornalista do ultramontanismo, não duvidou por mais duma vez em conde­nar a invenção de Guttemberg, servindo-se para isso dos mesmos tipos que ele inventou para a difusão do pensamen­to.

Ao fazê-lo, porém, não reparou que implicitamen­te estava proclamando 0 grande valor da Imprensa, que pa­ra ser honesta não deve prescrever nenhuma doutrina que não seja aquela em que se afirma da discussão nascer a luz.

A nosso ver quem como aquele jornalista se ma­nifesta é, no fundo, um inimigo das liberdades que 0 progres­so conquistou e, por consequência, pertence ao número cos que desejariam que nunca certos factos se subordinassem ao juizo da opinião pública.

Não podemos concordar com uma tal doutrina, visto sermos dos que advogam 0 dizerem-se todas as ver­dades, numa critica oportuna para ser justa, serena para ser digna e honrada para nunca se rebaixar num descer até à malignidade.

Os preitos sem altivez, a mexeriquice odienta, 0 dize tu direi eu do soalheiro, jámais num jornal digno de tal nome devem tomar 0 passo a assuntos sérios, porque a dis­puta com pragrêdos não eleva, mas deprime, não dignifica, mas avilta.

Nos tempos que vão correndo, para que uma obra possa frutificar convenientemente, necessário se torna 0 pré- gar primeiro 0 seu apostolado, para a fazer vingar depois.

Na hora que passa, para que 11111 ideal se desen­volva e progrida, são necessárias Iodas as vontades fortes e decididas, quais graníticos blor.os em que venham quebrar- se 0 indíferentismo cómodo, mas pjejudicial, dos negativis­tas que por toda a parte abundam e que do seu desalento fazem um escudo perpétuo para cobiir 0 pessimismo que os reveste.

Se 0 país e com èle a nossa região está sob uma vaga de acabrunhadora amargura, porque nào remediar 0 mal pela acção, deslaçando os braços e exercitando a von­tade?

Tal tem sido o programa de «A Mocidade», 0 pa-

Pela Imprensa€cos de Jjelenj

Recebemos a visita deste apre­ciado quinzenario literário e de­fensor dos interesse.-» dos paroqui­anos da freguesia de Belem (Lisboa) e orgão de propaganda comercial e industrial,

Agradecendo, vamos perstnutar.

Correio do £ulMais um ano, o 12.°, acaba de

completar o nosso estimado colega «Correio do Su!» semanario inde­pendente de Faro e um dos maiores baluartes do regionalismo. algarvio-

Cumprimentando-o afectuosa­mente desejamos-lhe uma vida lon­ga repleta de venturas.

Selos comemorativosTermina amanhã 0 praso

para a troca, nas estações postais, dos selos comemora* tivos do centenário de D. Nu­no Alvares Pereira, por ou­tros do tipo “Lusíadas”.

z a t oNo dia 18 do corrente, foi

encontrado rio cemiterio des- | ta vila uir feto de uma crean­ça do sexo masculino, estan­do as auctoridades a proce­der a averiguações.

^ r a ç a d a f tç p u b lie a

Já foram plantadas novas arvo­res na Praça da Republica, desta vila, em substituição das que ali existiam, e colocadasasrespectivas grades de resguardo, devendo em breve ser erigido neste iocal o monumento ao falecido Dr. João Felicíssimo.

Sendo a Praça da Republica um dos pontos mais centrais e conco­rridos da vila, achavamos couve, niente. para seu enbelezainento, o ajardinamentodo local, transferin­do-se para outro a praça que di­ariamente ali se reaiiza.

Ahi fica o alvitre

A hora de verãoFoi deliberado em conselho

de ministros começar a ado- píar-se a hora de verão no dia 3 de Abril em que os re­logios serão adeantados 60 minutos.

Uma boa aaçãoPor ocasião do Carnaval o nos­

so estimado amigo Sr. Tenente Josè Mourato Chambel, abriu uma subscrição para com o seu produ­eto ser melhorado o rancho dos presos das cadeias desta vila e compradas algumas peças de ves­tuário para os mais necessitados. Oseu apelo foi acolhido com sim­patia por parte de varias pessoas que se subscrever mi, tendo 0 Sr. Tenente Mourato realizado 0 seu intento.

Felicitamo-lo p d a sua boaacção.

R E F H . A . C T A R I O SFoi publicado um decreto

auctorisaudo os portugueses residentes no estrangeiro e na situação de refractarios a vir a Portugal onde poderão permanecer 180 dias, sem que durante este espaço de tem­po fiquem sugeitos ás sanções das leis militares em que es­tejam incurso.

f o o í 5= 3 ^ *

No domingo passado realisou-se nesta vila um desafio de foot-ball entre um team composto de ele­mentos do Eléctrico foot-Ball Club e Orupo Desportivo Matuzarense, desta vila, e o forte agrupamento Onze Unidos, do Entroncamento, tendo a victoria cabido ao team local por 1 bola 0.

f i porU s 5 o b r <2 o

Noticiaram ha dias os jornais que já está orçada em 2.500.000 libras a construcçãojda ponte sobre o Tejo, tendo já sido entregue ao Gover­no uma proposta de uma empre­sa americana para fazer as sonda­gens no rio sem dispêndio para 0 Estado.

E- o primeiro passo para a çea- lisação aum melhoramento im por­tantíssimo, a construcção do cami­nho de ferro do Sorraia, q u e a realisar-se muito virá contribuir para a valorisação da riquesa .da graude e feracissima região que a- travessa. A nós pontessorenses, interessa-nos sobremaneira, sabi­do como é que, na estação desta vila, seiá construído o entronca­mento das linhas do Sorraia e Les­te.

Wida Oficial—Tomou ha dias posse do lu­

gar de professora das escolas pri­marias, desta vila, a Sr,a D. Maria Celeste Pacifico dos Reis, filha do nosso estimado assi a te, de Mar­vão, Sr. Cesar Diniz Bastos dos Reis.

— Foi nomeado em comissão para prestar serviço nas escolas primarias desta vila, o professor Sr. Francisco Antonio Pernão, nos so presado assinante.

Crip Beplin HézmmMais um melhoramento acaba

de ser introduzido neste florescen­te ciub desportivo local: uin apa­relho de T.S.F. A Direcção deste Ciub para comemorar a data da sua inauguração organisou uma pequena mas simpatica festa, com uma sessão solene que se realisou sob a presidencia do Sr. Manuel Martins Caid'gos e em que usou da palavra com muito brilho, o advo­gado e Notário desta vila Sr. Dr. Antonio Maria Santana Maia, socio do Club, que foi muito aplaudido.

Em seguida foi p d a Sra D. Ma­ria Gama, inaugurado o aparelho, que denominou “Auditorium Ma- tuzarense ’, depois do que foi ser­vido um abundante copo de agua a todos os socios presentes. A sa­la do club estava lindamente or­namentada com colchas e flores.

Felicitamos a Direcção do Ma­tuzarense pelo novo elemento de recreio que acaba de adquirir pa­ra o seu club, agradecendo a gen­tileza do convite que nos dirigiu.

E n c o r p o r a ç ã o d e r e c r u ta s

Os recrutas destinados ao serviço do exercito e recense­ados no ano de 1931, encor- porar-se-h ão nas suas unida­des de 1 a 5 de Março próximo, devendo apresentar-se na Se­cretaria da Câmara Munici­pal, a fim de receberem as suas guias de marcha.

Os mancebos que desejam alistar-se voluntariamente po­dem fa zê-lo atè àquela data

2 . A .

EconomisemosSob este titulo foi publicado em i

o ultimo numero de «A Moei Jade» i um pequeno artigo que reputo de grande oportunidade.

.^luma época em que a insolvên­cia prevalece; em que as falências são o. pão nosso de cada dia; em que, por êsse mundo alêm, se dá a dernocada forinidanda, fragorosa, assustadora, de milhares de Bancos, de emprêsas comerciais e industri­ais, de todo o género, de que só ficam os escombros fumegantes; —é preciso gritar bem alto, á di' reita e á esquerda: «Econoinise- mos! EconomisemosI»

E’ que ha muita gente que se julga nos tempos da inflação das moedas, quando o dinheiro corria por aí em caudais, acessivel a to das as mãos, as menos ávidas e gananciosas! A inflação atingira, como um morbus inevitável, a pró­pria constituição intrínseca dos ho­mens e das coisas, segundo a ima­gem literaria justíssima do senhor Samuel Maia. Vivia-se familiarmen­te 110 desvario que a todos empol­gava, blandiciosamente, sem que de tal nos apercebessemos.

Mas a realidade chegou, como era mistér que chegasse, e para muitos, para milhares, para milhões de se­res, ela incarnou numa figura si­nistra que decepava ilusões, des­truía sonhos, espalhando a ruina, creando o desemprego, ateando a fornalha dos egoistnos rubros, in­satisfeitos, aluindo alicerces que se supunham solidos, desencadeando os vendavais das ruinas e das in­solvências!. . .

Contra essa figura espantosa—a realidade—sô um remédio: outra realidade.

—Economizar! Economizai!Mas economizar a valer. Não

basta falar-se nisso somente. O ga­lhardete flamejante das palavras é muito bonito, mas a hora que pas­sa não se compadece coni aparên­cias. E’ preciso praticar o acto, fazer de facto, economias Porque, afinal, voluntaria ou involuntaria­mente, de mofu proprio ou à fôr­ça, a economia tem de realizar-se.

E’. pois, de conveniência que ás criança^, se indique o medo de e- conomizar. h ao Povo, a eterna criança se deve fazer outro tanto.

A Caixa E conomica P ostal , criada por'Dccieto de 24 de Maio de 1911, destina-se principalmente ás classes menos abastadas. Os seus serviços estendem-se a todas as cidades, vilas e aldeias. E eu penso por momentos na grande obra de economia realizada através da C aixa E conomica P ostal , e nessoutra obra verdadeiramente gigantesca e formidável que se poderia ter feito se o publico ti­vesse a clara noção do civismo e da importancia de certas pequenas coisas como esta de amealhar, dia a dia, pouco e pouco, num cofre absolutamente seguro e dador de um juro apreciável como é a Cai­xa Ec. Postal.

A Sede da Caixa Economica Postal, em Lisboa, seria assim co­mo um vaslo lago. De todos os pontos do País, de todas as Provín­cias, de todos os casais e logarejns, das populações serrenhas, das lo­calidades perdidas nos plainos do Sul, das Ilhas, do Litoral, para ali seriam canalisadas as econotriias de todo um povo, que moireja de sol a sol, a riquêsa dispersa de uma multidão de alguns milhões de hu­mildes trabalhadores, de comerci­antes e funcionários. Este capital enorme, afluindo por uma infini­dade de pequenas vias ao coração da Caixa Economica Postal, iria (como vai, em menos quantidade) ajudar centenas de emprêsas, vivi­ficar o trabalho agricola, comercial e industrial, fomentar a riquêsa da Nação, num refluxo inteligente e

eficaz.Abalado o credito particular,

por culpa do qual se <tem criado tanta ruinaria e desventura, resta o credito do Estado. A Caixa E co- nomica P ostal funciona sí b a tutela do Estado. Pode-se, por con­seguinte, depositar nela toda a confiança.

Pela orgânica dos seus serviços, pelas operações que realiza, pelo f'm a que se destina, a C aixa E cononica P ostal é, entre nós, unica no seu género e deve mere­cer toda a nossa simpatia.

Ponte do Sor 5-II-932C. E. P .

G r a U i a s

No artigo «Economisemos» publicado na l .a pagina do nosso jornal, apareceram al­gum as “gralhas” troca de vir­gula, alteração de palavras, etc., pelo que rogamos des­culpa ao seu autor.

j H i l i í a r

Acaba amanhã o praso p a ­ra o pagamento da taxa mili­tar referente ao ano de 1931, ficando sujeito à respectiva multa os que não efectuarem o pagamento atè esse dia,-- ■■!——— »«♦« «WH»————"

fl MOCIDADEPor motivo de muitos afazeres*

sae o presente numero de A MO* C1DADL com bastante atrazo, de que pedimos desculpa ao nossos presados assinantes, *

Não sendo as assinaturas pagas aos meses mas sim por series dé números, nâo ficam prejudica­dos os nossos assinantes e apenas sofrem demora na recepção do jornal.

Vamos envidar esforços paru que de futuro se publique com regularidade.

Madaram satisfazer na nossa redacção os recibos respeitantes ás suas assinaturas, os nossos es-

l timados assinantes, Exmo Srs.Manuel Soares Severino, Comen­

da, do n°. 120 a 137. Cesar D. Bastos dos Reis, Mavão, do n°. 126 a 149. Joaquim da Luz, Aldeia da Mata, do u°. !2ó a 137. José An­tonio de Faria, idem, do n°. 89 a 133. Américo E. Salgueiro, idem, do n°. 115 a 13ó. João Vicente M. Mocíio, idem, do n*. 125 a 13f>. Antonio da Costa Izidro, Abrantefs do n°. 113 a 130. Francisco Cas­telo, Sacavem, do n°. 13S a 143.

Recitas CarnavalescasDecorreram na melhor ordem j

e com grande entusiasmo as re- j citas levadas a efeito por ocasião i do Carnaval por um grupo de ; rapazes, socios do <.lrupo Des­portivo Matuzarense, desta vila. Os dois espectáculos que se re a- j lizaram, foram outras tantas en­chentes, tendo todos os amadores desempenhado os seus papeis com ; bastante agrado, pelo que foram m u i t o aplaudidos. Gostamos muito especialmente de João Ca­lado no papel de "criado,” Ba­rata no de ‘'A lice" e Raul Car­rilho no papel de \\"gago".

Agradecemos á empreza Léri- as & Tretas a gentilêsa%do con­vite que nos d irig iu para assis­tirmos aqueles especlauflos.

H L iIg -a s d e

B O N D A D EPerdoem-nos se vimos ain­

da uma vez falar nas trigas de Bondade.

Fazemo-lo num ardente de­sejo de que os senhores pro­fessores primários se compe­netrem d a s vantagens que para a boa causa podem ser por nós retiradas, e quasi sempre se retiram, do estabe­lecimento, nas escolás, dessas pequenas agremiações de cre­anças.

Não ha nada a esperar de bom da creança, no ponto de vista moral, desde que ela in­gressa nos liceus ou nas es­colas secundarias particula­res.

E’ essa uma razão mais, e bem poderosa, para que não percamos a ocasião de lhe fa­zer florir na alma os senti­mentos bons, as delicadezas da afectuosidade, quando ela frequenta a escola primaria.

Alem, de par com os conhe­cimentos objectivos que lhe ministram, sufocam-na sob o pezo de uma preocupação u- nicá (a chamada impropria­mente educação fisica), e fa­zem-no de modo que sendo problemático o exito dessa especialidade, lhe anulam sem remissão, implacavelmente, qualquer boa tendencia de que ela seja portadora, o que se deve ao descuido que é embrenharem-na em uma mul­tidão de exercicios violentos sem a indispensável prepara­ção didatica, por fórma que a creança, se alguma impres­são recebe nessa iniciação é a de qae lhe cumpre de ser violenta, passando a aquiliiar o merito da sua pessoa pelo gí au de insensibilidade, secu­ra e indiferença de que dê provas.

Ora, da violência á brutali­dade vai menos que um pas­so de distancia.

Estabelecidas as Ligas em França em numeio de alguns milhares, madame Eugenia Si- mon, que muito concorreu pa­ra a difuzão da idéa naquele paiz, conseguiu que as crean­ças associadas contraíssem o habito de lhe escrever a con tar as suas impressões e pen­samentos.

Uma dessas creanças diz- lhe: “Domingo descobri um ninho; os pais tinham dificul­dade em o construir; fui buscar algumas penas e alguma pa­lha e coloquei tudo proximo. No dia seguinte voltei e vi com praser que as penas e a palha já estavam no seu lo ­gar/’ j

Uma creança a quem a LI­GA DE BONDADE não.tives-. se insuflado a boa idéa d e ' proteger as aves, teria ar-j remessado uma pedra aos pas­sarinhos, destiuindo-lhes o ninho.

Outra diz: “Encontrei um pobresinho na estrada; não i

tinha dinheiro para lhe dar; tirei-lhe o meu bonet."

Escreve outra: “Gosto bas­tante de dormir até tarde, mas vendo que é preciso ajudara mamã antes de ir para a es­cola, ergo-me assim que ela me chama. Vivo sósinho com a mamã porque o papá mor­reu na guerra.

Outro: “Nào tenho podido praticar nenhuma boa acção, mas faço a diligencia para me desabituar de mentir.”

Estes bilhetinhos e alguns milhares de outros analogos, por egual tocantes da sua sim­plicidade Je verdade, podem ser vistos no formidável dos­sier organisado por madame E. Simon,

Esse dossier serve-lhe pa­ra medir á justa os progres­sos que no espirito e na alma dos pequenitos operam as LI­GAS DE BONDADE, peque­nas associações de que resul­ta uma grande sementeira de bons sentimentos, e que por i s s o continuamos recomen­dando aos srs. professores primários, pedindo-lhes que se fundarem ou estabelecerem alguma o comuniquem para efeitos estatísticos á redacção da Revista Infantil (calçada do Poço dos Mouros, 46, 1.° E. Lisboa.)

Luis Leitão

3 s ^ T o n . - a . m e r i t o s t o

J)r. J o ã o fe lic is s ir q o

H construção de um teatro

Pelo Sr. José Sabino Fontes, des­ta vila, foi apresentado na Camara Municipal um requerimento pedin­do o alinhamento do terreno onde outrora existiu o Teatro Pontesso­rense, na Praça da Republica, para ali ser construído um Cine Teatro.

No proximo numero daremes noticia mais circunstanciada sobre o assumpto.

0 ORRES PONDEKCIASBarquinha

Após doloroso e prolongado so- rimento, faleceu em 28 de Janei­

ro o nosso presado amigo Snr. João Pires que pertenceu ao "team” de foot-ball do Sporting C. Bar­quinhense.

E' com profunda mágua que da­mos esta noticia, pois a perda do nosso amigo, causou-nos forte abalo.

João Pires, que tambem foi jo­gador do extinto e saudoso Sport Club Onze Estrêlas, possuía exce- entes qualidades de caracter, pelo

que a sua morte foi muito sentida por todos os bons Barquinhenses.

O funeral do desditoso despor­tista efectuado no dia seguinte para o cemiterio local, foi algo de jim- poneute, nêle se encorporando i- lumeras pessoas de tôdas as cate­

gorias sociais, uma deputação da Banda dos Bombeiros Voluntários, representantes do Sporting C. Bar­quinhense e o nosso presado cor­respondente na Barquinha, que re­presentava o nosso jornal.

Como prova de amizade foram- lhe oferecidas 2 corôas: Uma por um grupo de rapazes do meio des­portivo e outra pelo S. C. B.

A’ familia enlutada enviamos as nossas sentidas condolências.

c.

—Subscrição— —Ponta do Sôr

Transporte...........Inacia de Oliveira. . . Antonio Pita Dionisio Amadeu B arroso .. .Cândido Nogal.........Flaviano V inagre . . . Senhorinha M ar ia . . . Manuel Domingues. Sebastião Serra - . . . . Antonio C a s i m i r o

C re s p o ................ .........Luiza de B e lv e r . . . . Cristina R o s a . . . . . .Anibal Dias..............Leonardo João Estrela Cesar Maria de Car­

valho................................Alvaro Chambel-----José Martins Crespo Antonio Cham bel. . . Joaquim Carrilho Ra­

poso ................................Maria Prates ...........Clarimundo D a v i d

Ferreira................ . . . .Antonio Pita d'Olivei-

ra S e r r a . ................... :.Manuel Marques Ca­

lado ..................................M a n u e l Francisco

D uarte..............................José Baptista de Car­

valho ................................Dr. Cosme Calado. . José Marques Lemos Alfredo B orreg o . ... .. .Manuel de Souza Eu-

z e b io ................................Marçal Mendes.........

10.473$005$00

10$0010$002$502$50

20$0020$00

5$00

10$0()$50

10$005$002$50

5 $ 1 ) 5$00

20$00 1$00

10$00 10 $30

10$00

20$00

50$00

2$00

5O$0O100$00

10$00■ 5..00

150$005$00-

A Transportar........... 11.029$ 10

A Z E I T E SOs detentores de azei*e com gra­

duação superior a 5 graus, devem comunicar a sua existencia e o fim para que o destinam á Inspecção Geral dos Serviços de Fiscalisação dos generos alimentícios, ou por intermedio das Administrações dos Concelhos para se pôrem a cober­to das sanções quea legislação es­tabelece. A comunicação pode ‘ser feita em papel comum, deve conter a indicação exacta da quantidade de azeite com graduação superior á legal e fim a que se destina (bene­ficiação por lotação com azeite de graduação inferior, usos industria­is).

Tendo o Adm inistrador des­te concelho solicitado donati­vos em circulares que mandou distribuir pelos Clubs e esta­belecimentos mais importan­tes, desta vila, a fim de serem melhorados os r a n c h o s dos presos no dia de Carnaval, e para adquirir artigos de ves­tuário para os mesmos, que sem recursos alguns dêles ne­cessitavam, e cujo produeto rendeu 126$ 10, o mesmo admi­nistrador agradece ás pessoas que o honravam correspon­dendo generosamente ao seu apêlo

N — Para as Direcções de dois dos tres Clubs com sède nesta vila e que nada contri­buíram, vae o seu desconten­tamento.Ponte do Sôr, 1 0 - 2 — 1932

O ader. do concelho

José Mourato Chambel tenente

w i Q G T r ; / k

A inversa rios

= -Fevereiro—,»

2 7 —D. Amelia Qalveias Men­des, em Lisbca.28 D. L ar lota da Assunção

Rasquilho de CarvaUio, no Porto. Francisco da Conceição Domingues, em Santarém, Ma­nuel de Sou/a Falcão, em Mon­ta rg il e Antonio Gonçalves Moreira.

— Março

de Lourdes Lisboa, em

5 —Menina Maria Sirgado Pereira Torres Novas.

7 — Custodio Gonçalves Rasquete, Manuel Vences Cordeiro e João (Carneiro.

8 —José Augusto Delgadinho em Lisbôa.

10 — D. M argarida Mendes M ar­tins.

V arias

- Tivemos o prazer de abraçar há dias, nesta vila, o nosso esti­mado conterrâneo e amigo, Sr. D r, Luiz Salina Dias Montei­ro, distin to advogado em Lis­boa.— Regressou a esta vila depois de internamento durante bastan te tempo nos hospitais de Lisbo- a, onde sofreu uma melindrosa operação ao estomagoo Sr. Feli­zardo da Silva Prezado proprie­tário, desta vila, a quem dese­jamos um pronto restabelecimen­to.— Tem experimentado algumas melhoras a Sra D, M aria Manu­ela Freire Pais de Andrade, gen­til f ilh a do nosso presado assi­nante Sr Raul Pais Freire de Andrade, desta vila.

Desejamos-lhe rapidas melho ras.—No posto do Registo Civil de Qalveias, foi há dias registado urn filhinho do nosso estimado assi­nante naquela vila br Dr. Francisco Pais Pimenta jacinto e de sua 6s- posa Sra D. Ofelia de Carvalho, que rtcebeu o nome de Pedro Paulo de Carvalho Pimenta Ja­cinto.

E D I T A L |O Doutor Augusto Camossa *'

Nunes Saldanha, Presidente da Co­missão Administrativa ;da Camara Municipal do concelho de Ponte do Sor.

Faço saber que devendo proce­der-se á exhumação das ossadar dos Talhões n.0" 10 e 12 do ctmi- terio desta vila, 20 dias após a pu­blicação deste edital, por este meio se convidam todas as pessoas que desejem adquirir terreno de sepul­turas existentes nos referidos Ta­lhões, a fazê-lo dentro deste praso.

Para constar se passou este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do costume.

Ponte do Sor, 25 de Fevereiro de 1952.

O Presidente,

Augusto Camossa Nunes Saldanha

FalecimentosFinou-se no dia 16 do corrente,

íiti Portalegre, a Sr.* D. Maria da Anunciada Bailim Barata, de 48 anos de idade, esposa dedicada do nosso particular amigo e assinante í>r. José Maria Barata, distribuidor aposentado dos correios. Era mãe tios tambem nossos amigos Srs. Francisco Xavier Bailim Barata e Narcizo Baiata e irmã da Sra. D. Joaquina Bailim. O seu passamen­to foi ali muilo sentido devido ás t xcelentes qualidades de caracter que possuia.

— Nesta vila faleceu no dia 18 do corrente o Snr. Antonio Ma- roel Roças, viuvu, proprietário^ de 70 anos de idade, natural de Gal­veias, e residente em Ponte do Sor ha muitos anos. O extincto eta pai do Sr. Artur de Azevedo Ro­ças e D. Vitalina Roças.

— Na Figueira da Foz, faUceu ha dias a Si“. D. Maria Emilia da Sil­va Pinto, viuva, de 59 anos de idade, mãe da Sr.‘ D. Alcina da Silva Mendes e sogra do nosso as­sinante Sr. José da Costa Mendes.

— Tambem ha dias faleceu, em Atalaia, (Gavião) o Sr. Anibal Hei­tor Ratinho, filho do nosso parti cular amigo e assinaute daquela ahleia br. Antonio de Matos Ra­tinho Junior.

— A’s familias em luto apresen­ta "A Mocidade” o seu cartão de sentidas condolências.

i i V I S OA Comissão Administrati­

va da Câmara Municipal de Ponte do Sôr, avisa por este meio João Marques Mendes, casado, calceteiro, que resi­dia ultimamente em Benavila, do concelho de Avis, e cujo paradeiro se ignora, a com­parecer na Secretaria da Câ­m ara Municipal até ao dia 29 do corrente, a fim de serem liquidadas as contas do servi­ço de calçadas que na mesma Camara arrematou em 17 de Agosto de 1931, o qual não chegou a concluir.

O Presidente da Comis­são Administrativa,

Augusto Camossa Saldanha

POSTO DE GALVEIAS Dia ô de Março, ás 12 horas.

Galveias e Montes proximos.P J S T O DE VALE DE AÇOR Dia 8 de Março, i s 12 horas.

Vale de Açor e Montes proximos.POSTO DE LONGOMEL

Dia 10 de Março, ás 14 horas.Longomel e Montes Droximos.

POSTO DE VALE DO ARCO, uia 10 de Março ás 11 horas.

Vale do Arco e Montes proximos. fJOSTO DE TORRE DAS VAR­

GENSDia 3 de Março, ás 12 horas

Torre das Vargens e Montes pro­ximos.

POSTO DE PONTE DO SOR Dias, 11 e 12 de Março, às 12 horas.

Os transgressores serão punidos com as multas indicadas ua lei.

Para constar se passou o pre­sente e outros de igual teor que vão ser afixados.

Ponte do Sôr, 3 Fevereiro de 1932.

O Presidente,

Augusto Camossa Nunes Sal­danha

A N U N C I O

E D IT A LO Doutor Augusto Camo ssa

Nunes Saldanha, Presidente da Co- missão Aministrativa da Câmara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber que, por deliberação desta Comissão em sua sua sessão de 20 de Janeiro ultimo, se proce­derá á vacinação e registo dos a- nirnais da raça canina existentes no concelho, nos locais e dias a- baixo indicados, devendo (compare­cer nos respectivos postos os possuidores desses animais, resi­dentes nos locais que tambem vão indicados. *

O preço de vacinação per cada animal è de 7$50, acrescidos da importancia do registo, conforme o decreto N°. 18.725, de 2 de Agosto de 1830, e que são:Cães de guarda, por cada um, . 2$50 Cães d“ caça por cada um até3 , ................................................10$00Os que excedam a 3, porcada u m .......................................5$00Cães de luxo, por cada um

..................................................50$00Pv STO DA FOZ,

Dia 1 de Março ás 10 horas Foz e montes proximos

POSTO DO RASQUETE, dia 1 de Março ás 12 horas

Rasquete e montes proximos. PC5TO DE MONTARGIL, dia 1 de Março ás 14 horas

Montargil e montes proximos POSTO DAS EIRAS,

Dia 4 de Março ás 10 horas. Eiras e Montes proximos.

POSTO DE PtRNA NCHA DE BAIXO

Dia 4 de Março, ás 12 horas. Pernancha de Baixo e Montes pro­

ximos.

N o dia 13 do proximo mês de Março, por 12 horas, á por­ta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão-de ser arrema­tados, pelo m aior lanço ofere- acima das suas avaliações, os seguintes prédios:

P R IM E IR O

Um bocado de terra com estacas de oliveiras, figueiras, parreiras e alguns chaparros, situado no Sarrasco, fregue- de Galveias, desta comarca, qne se não acha descrita na Conservatoria do R e g i s t o Predial e avaliad em seis mil escudos.

S E G U N D O

Uma morada de casas ter- reas, com quatro comparti­mentos, situada na rua do Po­vo, da vila de Galveias, desta comarca, que se não acha des­crita no Conservatoria do R e­gisto Predial, avaliado em mil e quinhentos escudos.

Estes prédios pertencem á herança dos falecidos M aria­na de Jesus Neves e marido Francisco Ferreira, morado­res que fo ra m na vila de Gal­veias e foram separados pelo de Familia para pagamento do passivo descrito e aprova­do no inventario dos mesmos, em que é cabeça de casal Jo ­sè Bernardo Neves, casado, proprietário, da mesma vila. Pelo presente são citados quaisquer credores incertos par a deduzirem os seus direi­tos.

Ponte de Sôr, 20 de Feverei­ro de 1932.

O Escrivão do 2 \ oficio,

loão Nóbrega

Verifiquei,

O Juiz de direito,

Manuel Ribeiro

Concurso para fornecimento de Aveia e Fava para os solipedes da G. N. R., aquartelados em Setúbal, Grandola, Santiago d e |Cacem, Barreiro, Almada, Beja, Aljustrel. Mertola, Moura, Odemira, Evora, Estreinoz, Reguengos, Portei, Mon­temor-o-Novo, .Portalegre, Niza Poute de Sôr, Eivas Campo Maior Faro, Loulé, Portimão, Silves Tavira,

O Conselho Administrativo do Batalhão n.° 3 da Guarda Naciona Republicana, faz publico que no dia8 de Março p. f., pelas quinze ho­ras, procederá no seu quartel de Evora, à arrematação dos géneros acima indicados para a alimenta­ção dos solipede? da G. N. R. es­tacionados e adidos nas localida­des mencionadas, cujo fornecimen to deve comeogf em um de Abri

e seiT do praso de seisproximo meses.

A licitação será escrita e a adju dicação provisória recairá sobre o menor preço constante das propos­tas apresentadas.

Se houver propostas de iguais preços menores, será aberta lici­tação verbal somente entre os si- gnatarios destas propostas.

As propostas indicando o mini- mo preço oferecido por cada |ge- nero em cada localidade, obedece rão ao modelo constante do cader­no de encargos e serâo entregues no Conselho Administrativo deste Batalhão até ás catorze e meia ho­ras do referido dia, devidamente lacrado e acompanhado da respec tiva caução provisoria.

O caderno de encargos e o Re­gulamento para a formação decon tratos em inateria de Administra­ção Militar de 16 de Novembro de 1905, podem ser consultados no Conselho Administrativo deste Batalhão, onde serão prestados os esclarecimentos pedidos, todos os dias uteis das 12 ás 17 horas, a- chando-se o caderno de encargos tamb“m patente nas sedes dos pos­tos da G. N. R., acima indicados.

Quartel em Evora 20 de -Feverei­ro de 1932

O Secretario

Manuel "Cresposargento ajudante

AgradecimentoO grupo que se denominou Lé-

rias & Tretas, promotor das reci­tas por ocasião do carnaval, vwn por este meio manifestar os setw agradecimentos a todas as pessoa* que lhe prestaram o seu auxilio, e, em especial, ao Sr. Luci® dc Oliveira pela cedencia do mobiliá­rio que decorou o senario.

CELEIROVende-se ou arrenda-se um ce­

leiro situado ua rua Miguel Bom­barda da vila |de Ponte do Sôr com óptimas arrecadações e qne serve para qualquer ramo de ne­gocio.

Quem pretender dirija-sca João Batista da Rosa.

Ponte do Sôr

Bicicletes e asessoriosK c p a r a ç õ c s

Quereis comprar ou fazer repa­rações em bicicletes ide á oficina de Joaquim Mora, no Rossio ao Sul do tejo, que é quem maior sortido tem e melhor executa os seus tra­balhos.

V E N D E - S EO invernadouro da herdade

da Pipa de Cima, na fregue­sia de Montargil, atè ao f im de Dezembro proxim o e al­guns dias de Janeiro, como se combinar.

Carta a D. Mariana Cala­do, Rua Cândido dos Reis, 65

Figueira da Foz.

Semente de Serradela

Vende: Antonio Pais Branco

P O N TE) D O S O R

P A L H AVendem-se 2.000 fa rd o s

em boas condições de preço. D irigir a Josè P ratas Nunes, Pernancha de Baixo, Mon­targil.

Jacinto da Silva— COM—

O FICINA D E F U N IL E IR OAvenida Cidade de Lille

P O N T E i > o S O R

Encarrega-se de todos os tra­balhos concernentes i sua arte, garantindo o bom acabamento e solidez.

CASAVende-se uma morada de

casas c o m altos e baixos, quin ai com arvores ds frutoje )oço, na Avenida Cidade de " ille, desta vila.

Dirtgira José Alves Basilio.

TijoloVende-se cerca de 15.000

Dirigir|a Antonio Pais Branco nesta vila.

C l x a ^ r r e t t ©

Em bom estado e de excelen­te cómodo, com arreios, kven­de-se.

Trata-se com Francisco Ai­res da Silva.

P O N T E D O S O R

Anuplio Correia y AlbertyM e d i c o " V e t e r i n a r i a

—Pont» do S 4 r -

Consultas todos os dias.

Assinai 1 Mocidade”Visado pela comissão de c m -

snra de Portalegre

. A .

A N Ú N C I ONo dia 28 do corrente, pe­

las 12 horas, á porta do Tri­bunal Judiciai desta comarca, situado no Largo da Repúbli­ca, desta vila, se ha-de pro­ceder á arrematação por me­tade do seu valor, dos imó­veis a b a i x o mencionados, penljf rados no execução hi­potecaria que Joào Pais Bran­co, casado, comerciante, mo­rador nésta vila, move contra João Izidóro da Costa e mu­lher lnácia Correia, proprie­tários, moradores no logar do Vale de Açôr, désta mêsma comarca, e que são:

N°. 1Uma morada de casas ter­

reas, no sitio do Cabeço, do logar do Vale d’ Açôr, descri­ta na Conservatoria désta co­marca sob o n°. 922 a folhas 68 verso, do livro-B- trêz. que foi avaliado em mil e quinhen­tos escudos e vaiá praça por 750100.

J S K 2

Uma sorte de terra de se­meadura com arvorêdo de sô- bro e oliveiras, situada nolo- gardo Vale do Bispo Fundei ro, descrita na Conservatoria desta .comarca sob o n°. 921 a folhas 68 do livro-B- trêz, quj foi avaliada em seis mil escudos e vai á praça por 3.000$00.

N°. 3

Uma courela com pinheiros e terra de hortado, no dito logar do Va l e do Bi s po Fundeiro, descrita na Conser­vatoria desta comarca sob n°. 2.598 a folhas 64 verso do li- vro-B-cmco, que foi avaliada em trez mil equinhentos escu­dos e vai á praça por 1750^00.

São citados quaisquer cre­dores incertos para assistirem â praça e usarem oportuna­mente dos seus direitos.

Ponte de Sôr, 1 de Fevereiro de 1932.

O Escrivão do 1.° oficio,

Antonio do Amaral Semblano

Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito

Manuel Ribeiro

g r a n q u í n h o d o s

ÍQ 5 ^ h ' m ã o , _L d a

firmazens de M a sR. 1.° de Dezempro 40 a 44

S a n t a r é m

Visite V. E x ’ esta casa e aqui emcontrará alem das mais recentes novidades em tecidos para inverno, um gran­de stoch de peles a preços de sensação.

€;]vian]-se a r q o s lr c s

EucaliptosProprios para plantações. Vendem

se na Her Jade das Barreira de Cima, do Dr Joaquim de

Sousa Prates ao preço . de: glóbulos a $20.

Rostrat i )bli-qua $50, cada^exemplar

Para tratar ha o encarregadoHires Dias Caldeira

na própria herdade

ESTASSÚOHISBHTO3213

Sisiplicia kgo áltesM E R C E A R I A S , A Z E U E S

V I N H O S , P A L H A S

E C E R E A I S .ftuenida Cidade de LU íe-p . do sor

E CARX5S t o . d . V íw ConsSrucíora Hbrantina, L

Silva figueiredo, j7.da Telafone Abrantss 68

Avenida dos Oleiros = Coimbra I Carpiqtaria mecanica, serrctção de madei-Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa- reihadas. Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gra tis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

“f! (Doúidade,,Quinzenario noticioso literário,

racreaíioo e defensor dos interes­ses da região.

C o n d iç õ e s d e a s s in a tu r a

Em Ponte <)o Sor, trimestre..... fora de iout<; do Sor, trimestre..NimieVo ávuíso ........... ...............Pagamento adeantado.

'k 'k ‘k

A N Ú N C IO S

Na l.a pAgiiia, cada linha ouespaço «te linha...............

Na secção competente...........Permanente contrato especial

241()24,-10$40

$80Í.40

Não se restituem os autogrãfos quer sejam ou não publicados.

C e r e a i s , L e g u m e se a d u b o s q u í m i c o s a o s m e l h o ­

r e s p r e ç o s d o m e r c c d o , v e n d e i n a $ u a c a s a d a

Avehida Cidade de Lille

J o i é de m a to s Mgd3s

to'9&WVVjy . ©

I E j l I s í a . r l o ZEPin/to

—= RELOJOEIRO = —

Rua Vaz Monteiro — PONTE DO SOR Executa com a maxima perfeição

todos os trabalhos que digam res­peito á st:a arte, assim como tam­bem troca, compra, vende e con­certa objectos de ouro ou prata.

k

Compra e o an d e ;C e r e a i s

e legumes▲ ▲AAA . ■

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

«fi©<69S$

*<&$KV>fá»

»*c9>

i p e s pdfd coserDA ACBEDITADa MARCA

s 1n g E

Vende em Ponte doScr, a empregada

T E R E Z A M A N T A

AAAAEncarrega se de todos oi

concertos em máquinas des­ta marca.

i* ■k ★ -k k

* •k ★ ★ ★ * ★ * k ★ -¥■

I M i. Pontinha &F i l h o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fruclas

Há grande variedade de relogios de algibeira assim como estojos para brindes.

Despertador «BRAVO* o me­lhor que tem adquirido fama uni­versal.

Kua Rodrigues de Freitas

P o n te do S ô r

Corííça VirgemGráda e limpa, compra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L u ís P e r e ir a d e M a to s

earuoeiro (Linha da Beira Baixa

Antonio I. SaisA AAAA

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas pata calçado, m iu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.Calçado feito e por medido, para homem, senhora e criança. C on­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.Preços aa alcance de todas as

bolsás.

\ \ tf\Sw/.i\wmwm

%

ras fabrico de gêlo

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.VIO A MENTOS E BARROTERIA

Sede e o fic in as em A lferrared e

C o r r e s p o n d e a c i a p a r a ,

•2!s A , .-f*. :Sí- -Í2T: 5

wsM//hWãSV»Wwtisw/aswm

M é d ic o -C tr u r g tã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas aos sábados, ás 14 horas cm Ponte do Sor, em casa do Ex.!no Senhor António da Várzea, na Praça

da República

Consultas todos os dias (excepto aos sábados e domingos) ás 13 horas no Rocio de Abrantes, rua Avelar Machado.

isrGis os tossos carrosProcurai em Abrantes a oficina de « P o sé d 0 8 I l i o u e i i ^ , onde se fazem os mais perfeitos

trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se ,a soiidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, t .

José Alves fla Silva & IrmãoiTvznJda Cidade de JCille— p õ J f T S 3)0 S&%

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus para concertos e transformações

A divisa da nossa casa é

f s i iR l ia r p o u e o p a r a F e n d e r n m i io

Ramiro Pires FilipeLoja de Fazendas, Mercearias e Miudezas

i< l a c l e o n t e l i á e

Ruas Rodrigues de Freitas e r tíe Dezembro<è<3><§>3>

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon- ç«lo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

IdãQ Baptista t BisaP O N T E Tj O S O H

Comissões e ConsignaçõesCorrespondente de Bancos e

Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os s-r-

viços juuto das repartições publi­cas.

P r im o P ed ro da ConceiçãoT R A D O R

João M arques CaiadoE D I T O R

J o sé P ere ira M otaP-undadorea

P rim o P. da Conceição e J o sé V ieg a s F acad a

ANO 7.° Ponte do Sôr, 13 de Março de 1D32

J — ---------------------------- “ '-■V,Propriedade da Empreza de

A M O C I I » v « >10Composto e impresso na

‘ ‘a í n e r v a ALENTRJAN^,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e cLo S o r

___

NUMERO 137

0 IÍJSIRMI1S1I9 I I B l i T i l € U

Vou findar com os escritos epigrafados como êste. E ago­ra dirijo-me 'imito particular­mente ás gentes de Montargil.

Tentei desenhar os incon­venientes do analfabetismo e pôr em evidêr.c ia as vantagens da instrução. Temo de o nào ter conseguido. A nos^a indi­ferença por estas coisas é pro­funda e por milagre Montar­gil seria uma radiante excep­ção. Aqui o digo e francamen­te : não, não é uma excepção, i' fdizirente. Até, ouso afir- irar, a indiferença em Mon­targil seiá maio-, pois é de to das as terras qu? conheço a- quelaém que a mancha analfa beta é mais extensa. Por isto pregunto: já pensaram nestas coisas? Precisa a freguesia, como disse, de 20 escolas e tem 2.

São 611 crianças dos 7 aos11 anos, 297 do sexo mascu­lino, 314 do femenino. Rece­bem ensino 110; nâo o rece­bem 501. Assombroso!

Ao fazer o recenseamento escolar dividi a freguesia em quatro zonas segundo os a- glomerados populacionais. A primeira com sede na vila e abrangendo 165 e 165; a se­gunda na Pernancha de Baixo com 38 e42;a terceira no Ras­quete com 54 e 43; a última € in St.° André com 40 e 45 respectivamente.

Para pôr em funcionamen­to tôda esta mecânica escolar são precisos muitos milhares de escudos para edifícios a menos que nào l/aja benemé­ritos que se proponham ofe­recê-los. Sâo precisos muitos milhares de escudos. E’ verda­de e n£o se sabe onde ir bus j cá-los. Não nosatarant mos, porém; vamos de vagar.

Comecemos pela vila. Será possivel dotá-la com um edi­fício novo para quatro esco­las? Quatro é muito, já ouvi com estes ouvidos. E' pouco, porque são precisas e mesmo assim não chegam para me­tade das encomendas. . . Para começar não é mau de todo. Mas, reparem, para duas ou para quatro, é preciso come­çar. Sabem todos os que en -, ttndem disto que as escolas de Montargil estão irai insta­ladas. O edificio é, dos pés á cabeça, impróprio pela situa- çao, exposição, dimensões, capacidade. Aqui está-se sem

conforto de espécie alguma. Não tem qualidades pedagó­gicas e no entanto tem servi­do? dirão. Sim, tem servido sabe Deus como. Mas o caso é que o orçamento municipal tem ali um magnifico pretex­to para em todos os anos gas­tar uma boa vetba em repi- rações e consolidação. E, há- de chegar o dia em que, não obstante os remendos, ele da­rá por finda sua missão. Es­se dia não vem longe. Eu que o digo é porque o sei. E os senhores não podem resolver, do pé para a mão, um as­sunto desta natureza. Portan­to. . mãos á obra. Mesmo porque, começan io-sejá, con­tem que nem daqui a 3 anos estará pronto o novo e ambi­cionado edifício.

Mas, quem o há-de cons­truir? Dizendo tôda a verda­de, eu faria assim, se fôsse pessoa influente na t erra: Constituía uma comissão e punha- lhe um nome. Comis­são disto ou daquilo. Forma­da a Comissão, ela írataria de todos os interesses materiais e morais que dissessem res­peito á freguesia. Faria suges­tões, estudos, cálculos, col i- boraria com as entidades ofi­ciais. Traçaria até um pro­grama de aspiração a realisar, pois Montargil tem, como to­das as povoações, necessida­des diversas. Inscrevia no n.° í a questão escolar. Procu­raria o terreno. Conseguido êste, com o subsíJio que a Câmira tem orçamentado e com o concurso de todos os que vivem em Montargil inici - va-se a construção. O concur­so popular, eis o ponto prin­cipal. Eu «ei que nêste capi­tulo a indiferença pela instru­ção é endiabrada. Em se fa­lando em dar tudo mete a mão ao bolso .. .para o defender, com unhas e dentes. Este é um prejuizo como qualquer outro.

Facilmente se dá para uma fonte, para consertar um ca­minho. E’ que se trata duma coisa que todos dizem de ne­cessidade imediata. A escola todos a julgam dispensável. Efectivamente, os bens dela só taroe se reconhecem. Mas eles são duma influência de­cisiva. As crianças que fre- quêntam a minha escola só daqui a 10 ou 15 anos serão

beneficiadas e s ó passada uma geração inculta, outra geração culta dará novo rumo aos negócios públicos, á ciên­cia, ás aspirações nacionais, á economia, á riqueza. Com esta lentidão e num país em que se nào criou um ambiente escolar exactamente pela fal­ta de escolas nào admira que cada um por si seja duma su- vinice judaica quando lhe pe­dem para instituições escola­res.

Mas, o povo de Montargil é, senão culto como podia e devia, pelo menos inteligente.E, julgo portanto que facil­mente compreenderá a razão das minhas palavras e dará generosamente e sem cons­trangimento aquilo que lhe fôr possível para ter u na es­cola nova e bem sua. Essa escola deve ser a resultante dos esforços de todos.

Que cada um pense, ao contemplá-la: eu tambem con­corri para levantar esta casa! Olhem que isto é para a fre­guesia t ida. E' para o bem co­mum. E’ uma espécie de ca­pital colocado a bom juro. E’ para ascrianças e quem dá ás crianças empresta a Deus, dis­se alguem. As crianças são os homens da amanhã. Não lhe deixem fortuna mas dei­xem-lhe educação. Asseguro- lhes que esta, por si só, é um precioso dote.

* *

Afinal a Comissão de que falo está constituída. Nào tem nome, o que pouco importa. Importa sim, a acção que ela tem a desenvolver que é mui­ta.

Formam-na os Snrs. Drs. Antonio Rodrigues de Azeve­do, Amândio Falcão Aleixo, médicos; Ma n u e l Godinho Prates, Manuel Augusto Cou­rinha ejoséjúlioLopes Mar­tins, proprietários, e a minha pessoa. Foi já requisitada á entidade competente a planta do edificio e será pedida em breve a vinda dum técnico para escolher o local mais apropriado.

Nâo surgindo qualquer di­ficuldade de maior, durante o mês de abril serão eniciados os trabalhos.

Devo dizer que a Comissão não poupará esforços para le­var a bom termo tâo neces­sário e instante melhoramen­to, apelando para a boa von­tade daqueles com quem haja de tratar e para o bairrismo de todos os montargilenses.

fls nossas estradas Para ni lípide a colocarsepultura de Sebastião David Rico

Iniciámos ha tempos, na» colunas do nosso ji mal, uma subscrição para a compra de uma lápide a colocar na se­pultura de Sebastião David Rico, soldado que se bateu heroicamente em Africa no combate de Nauiilla onde fi-

Foram ha dias iniciados os tra­balhos de construcção da estrada de Ponte Jo Sor a Abrantes, com passagem pela aldeia de Bemposta.A construcção desta estrada, vellu aspiração dos povos que por ela vão ser servidos, representa um enorme beneficio para a nossa re­gião que até aqui, alem do cami­nho de ferro, só poderia co.nu.ii4 prisioneiro dos alemães,car com Abrantes por caminhos I ___ ___ , 'velhos, quasi iutransitaveis.

Ateu )eu assim a Junta Autóno­ma das Estradas ás solicitações das Câmaras Municipais desta vila e de Abrantes, que ha longo tempo vinham instando por esta construc ção. cuja falta muito prejudicava as importantes transações que se e- fectuain entre as duas povoaçõjs.A estrada que é construída por um processo moderno, de terra com­primida, deve ficar concluída, se­gui. io nos informam, dentro de alguns meses.

A nossa região de uma pobresa extrema .10 qu* respeiia a vias de comunicação, começa enfim a ver realisadas as suas aspirações de po der comuuicir facilmente com as regiõ-s visinhas.

Prometeu ainda ha tempos a Junta Autó.ioma a ligação desta vila a Alter do Chão pela ponte de Vila Fonno^a. E’ uma construcção que se impõe tambem e que uma vez levada a efeito muito concor­rerá para o desenvolvimento co­mercial e agric »la dos dois conce­lhos. Estamos certos que aquela Junta, cumprindo o prometido, em breve dará inicio aos respectivos trabalhes.

JYlaniíesto ds olinsiras, amo­res de fruto e máquinas

agricolasTodos os proprietários rurais

que possuam oliveiras e arvores de fruto nas suas '-xplorações agri­colas, quer administradas por con­ta prepria, quer por conta de ren­deiros, caseiros, meeitos ou par­ceiros, são obrigados a manifestar até ao dia 15 do corrente, o nu­mero das que existem nas suas ex­plorações em plantação regular exclusiva ou associada a vinha ou a outras culturas, e em plantação

que i nai s tarde serviu em França, no C. E. P. e que fa­leceu ha alguns meses.

E’ a ultima homenagem a prestar a esse humilde solda­do, nosso conterianeo, que tão galhardamente soube cumprir o seu dever.

Porem, a importancia até a- gora apurada está muito lon­ge do que é necessaiio para aquisição da lápide. Deseja­mos nós que essa homenagem seja prestada no dia 9 de Abril, aniversario da glorio­sa data em que os soldados portugueses se cobriram de gloria nas terras da Flandres, e estando já muito pióximo esse dia, vimos solicitar num uitimo apelo a todos os nos­sos conterrâneos que o dtse- jem fazer, 0 favor de nos en­viarem sem demora os seus donativos.

DO NOS^O COLEGA O SORRAIA, DECOKUCHE

y u s e u s t e s o s í - • •

«O Ooverno sueco resolveu proibir, ciesde 4 do corrente, a importação de café, sêda. cacau e AUTOMOVEIS DE QU 'LQUER ESPEGIE; a proibição da í.npor- tação desta ultima especie, tende a intensificar de novo a tração a- nimal, para consumo das pasta­gens e melhoria de adubos.

Era o que se devia cá fazer iamb-m, porque se assim fosse, ve­riam como a crise ficava reduzida a metade

E desengane-se a lavoura que, enquanto houver automóveis e camiuiittes, por mais lei^que pro-

dispersa associada ou não, bordan­do estradas, caminhos ou servindo de divisórias a prédios rústicos, e 1 mulguem a seu favor nada se re os proprietários rurais, rendeiros, j solve, porque há progresso que parceiros ou meeiros seja qual fór i se traduz em miséria.

Ora experimente o nosso gover­no e verá se acertamos ou não».

Tal qual assim.

o titulo de fruição da terra que | utilWem máquinas agricolas nasj propriedades qus exploram são obrigados a manifestá-las até ao m-smo dia. Os que não manifesta­rem serão punidos com a multa de 20$00 a 100$00 Os que fize­rem falsas declarações serão puni­dos c^m a multa de 100$00 a 500^00 conforme a gravidade da culpa.

Pede que nada dificultem e facilitem tudo 0 que puderem.

Assim seja.

Evaristo Vieira

Em Campo Maior, sua terra na­tal, faleceu há dias, o nosso ami­go Sr. João dos Santos Rodrigues Tenorio, Secretario de Finanças naquele concelho, e que nesta víía exerceu por muitos anos e com muita distinção o lugar de Aspiran­te. A sua morte foi muito sentida pelos muitos amigos que aqui con­tava.

A sua familia os nossos pesa­mos.

2 -A - M C C 1 E A D E

D U R A Ç Ã O D A

V I D AOs animais teriam todos

vida mais prolongada se nâo fossem maltratados co­mo sãof isto é: se não se abusasse deles.

í""Nòs, os homens, envelhecemos

depressa, mas não tanto, ainda as- . sim, como os animais. Vejamos

para exemplo, alguns dos mais co nhecijos:

Aos 12 anos um cão é velho; ultrapassa já dois q lartos da sua existencia, emquanto que nós ou­tros, quando temos 12 anos, ainda

‘ estamos na primavera da vida. Os* càrs de g ido e outros, que se em• pregam em trabalhos arduos não

vão alem dos ô anos.Quando o gato é bem tratado,

bem alimentado e posto ao abrigo do frio é da humidade, pode atin­gir os lò ou 17 anos, e em certos cazt 5 mais ainda.

Qnanoo assim sucede, o gato é velhissimo, e não sae do canto da clidini. e, emquanto que o ho­mem ou a mulher com 18 ou 20 anos, ainda é muito joveu, encon- tiando-se mesmo na torça da vida e da actividade.

Aos 2 ou 3 aros a creança é Um -imples bébé, porem o cavalo é já um animal adulto, se bem que nào esteja ainda na edade de tra balliar. O que é pena é que ap zar disso o obi iguein a tarefas violen­tas, e se não aguarde que as suas forças tenham atingido um com­pleto desenvolvimento. Isto, e a insistência cotn que prosseguem ti­rando sempre utle esfoiços muito superiores ao que deve ser, obri- ga-o a morrer prematuramente. O principal prejudicado é o do­no. . .

Os cavalos que são devidamen­te cuidados e tratados vivem aié aos 30 anos e, embora seja muitís­simo raro, tem havido cavalos que chegam aos 60. Igualmente, devi­do ás causas ant s apontadis, a media será quando muito de 12 anos.

O jumento ainda é mais infor- tunad'- que ele. Tiram-no ás mães riemasiauamente cedo, e obrigam- no logo a trabalhar em penosos serviços.

Apezar de que o jumento tem faculdades tais de resistencia que lhe permitem viver 40 anos sem deixar o trabalho, suc de que aos5 (aos cinco!) está ( xausto pelos maus tratos, pela fome e pelas in- clemencias a que o submetem! O resultado é que mui'o antes dos 12 anos morre!

Q.ie de cousas uteis as creançis po Jiam aprender nas escolas rurais, com relação aos animais, que |tela v;da fóra se tornariam txtiema- meine rendosas, nào falando no que seriam de vantajosas sob o ponto de vista m oral. . .

Suínos tem havido com 18 e com20 anos Os carneiros vivem em media 10 anos; as vacas, cerca de 15.

Admiiar vos-eis quando vos dis­ser a edide que podem vir a ter alguns animais no t stado selvagem, isto é: em paz e ao abrigo da ne­fasta acçao ao homem cvilizado.

O gigantesco ekfante pode vi­ver 400 anos.

Tendo Alexandre o grande fei­to guerra a Parces, rei da India, e I no fím dela pusto em liberdade um sobeibo elefante que valente­mente combatera pelo sobredito rei seu amo, ,fel-o marcar com de- term nados sinais,antes que ele se embrenha:Vse nas florestas, a fun de que em qu Iquer tempo fosse reconhecido

350 anos mais tarde, Ajax, que ta} era o seu nome, foi encontra­

do e reconhecido pelas marcas ainda bastante expressivas.

Sabe-se de uma aguia que vi­veu 104 anòs; de um leão com 70; de um cisne selvagem com 200 e de uma tartaruga com 700.

Querem saber agora o porquê do meu conto?

E’ que desejo fa?er compreender que os animais teriam todos vi ia mais prolongada se não fossem maltratados como são; se não se abuzasse deles. E’ portanto em nós que estão os tneios de os fazer du­rar mais e ser por isso mais felizes. Basta ama-los e trata-los conve­nientemente. £’ dificil, senão im­possível, obter que as pessoas lon­gamente habituadas a maltratar os animais, se transformem de más em boas: cremos porem ser facíli­mo conseguir que as creanças se transformem em adultos rasoaveis paracom os seus animais, em vez de virem a ser os mesmos brutos que são ou foram os seus infortu­nados pais Bastaria para isso que as escolas, pelo menos as rurais, dessem ás creanças um ensino de harmonia com as suas futuras ne- cessidaues.

O cavalo é um animil tão sen­sível que uma só palavra dita com violência lhe aumenta em dez as pulsações do coração em um mi­nuto. Se tal é o efeito desastroso de uma só praga ou injuria vio­lenta, pode calcular-se qual será o das repetidas pancadas que se apli­cam sobre animais tão nervosos.

Estes sustos frequentes, estes sobiesaltos contínuos, estiagam os cavalos e. encurtam lhes a vida.

Façamos pois tudo quanto pos­samos para o proteger, e com ele todos os mízeros animais que são vítimas da colossal ignorancia de que uns homens enfermam, ao que parece com enorme aprazí- mento de o u t ro s . . •

Nao damos por mal empregadoo tempo que nos levou esta pe­quena tradução, á qual não pode­mos deixar de, muito naturalmen-

! te, fazer adicionar o seguinte co­mentário:

Quanto mais longa e feliz não seri.i por seu turno a existencia do homem .se, não teu Jo creado as exigencias que o cercam, se dei­xasse ficar 110 seio da Natureza, desenvolvendo ali as suas amplas faculdades morais e delas tirasse aquele partido a que em vão aspi­ra no meio socia l . . .

Luis Leitão

H N ^ ro n ia .m .© n to a o 7)r. Joâo felicissinjo

S E M A . WJornal de Jornalistas para tôda a

gente

Um grupo de jornalistas portugue­ses, entre os quais se contam as f ig u ­ras mais ilustres e brilhantes do jorna lismo profissional contemporâneo, re­solveu editar um jornal cujo objectivo principal é a reportagem—a rua e a sociedade em todus os seus asprctos.

Escrito e dirigido por por repor trrs que já fizeram as suas provas, nolnes que o publico conhece, o novo jornal, que será a demonstração d ■ vitalidade duma classe, não dtscurará, simulta­neamente, nenhuma das modalidades da critica—literária, teatral, cinema­tográfica e desportiva, etc.S-mana, será, enfim, o grande hrbdo- midário português e os seus leitores poderão, atravez das suas colunas, es­tabelecer um contacto absoluto nâo só com a vida nacional como de t.'dos os paizes civilisados.

A comissão de redacção e direcção do periódico será ccmposto pelos seguin­tes e experimentados jornalistas pro­fissionais: Juliano Ribeiro, Costa Bro­chado, Dr. Viriato higueiredo, Mar­ques da Cunha, leixeira Pinto, Alva­ro Machado, Elisio Gonçalves, Antonio Brochado, Silveira hreitas e Afonso Passos.

4 redacção e administração da Sema­na instalar-se ão na Casados Jornalis­tas, séde da Associação dos jornalistas e Homens de Letras do Porto, á Rua do Bomjardim, telefone n° 5259.

O novo jornal aparecerá á luz da publicidade brevemente, podendo jd as- I sinar-se, para o que basta dirigir um postal á administração.

—Su bscrição——Pont* do S ô r -

Transporte......... U 029&40Luiz Alves da Silva. 5^00José Maria M artins . . 5$00José Luiz Branco.. . 1$00José Francisco......... .. $50Jacinto Victal........... 2$50Joaquim Victal----- 1$00Antonio de M a t o s

2$50João Areias................ 5$00José Marques rlorin-

5$00Marçal de Oliveira. . m$ooJoaquim Tomaz Lo­

pes ................ .................... 10$00Manuel Jo>é de Matos 2$50Joaquim Saram ago .. 5$00josé Pita..................... 5$00Maria Rosaria........... $50Maria da G u ia ......... $20Manuel Nunes da Sil­

v a ....................................... 1$00Joào P ita..................... 5$00josé Custodio........... 2$50Manuel A nselm o... 2$50Joaquim Gaspar 1$00Martinho Milheiras. l $00josé de Matos Pinhei­

ras .................................... 1$00José G asparinho . . . . 1$00Antonio José Bernar-

10$00Francisco C a r lo s . . . 5 $ '0Manuel A n to n io . . . . 2$00Antonio V ences.. . . 2$50Antonio Catai ino. . . 1$50Joâo 1 idoro ................ 1$00José G anhão.............. $50Alvaro S Facundo.. 1$00Antonio José Alexan-

1$00Antonio A u g u s t o

Gonçalves....................... 1$00Joaquim Francisco.. 2$0ÒFrancisca Galveias.. 1$00Jiime Anacleto......... $50Antonio Silvano Lo-

1$50Antonio S ilvano . . . . 5$00Manuel M arq u es . . . 2$50João Antunes Cardo­

so (Chançi).................... 1( $00Joaquim A 111 u n e s

2( $00Manuel Antonio Ca­

lado.............. .................... 5 $00Francisco R o m ão .. . 2$50Simão Lopes.............. 2$00Joaquim Alves......... 5$00Severino Lopes......... 2«00Manuel Luiz L a tó . . 2$50Antonio F orreca . . . . 5$00José Duarte.............. 2$00Lourenço da C o s ta . . 2i,50Kodiigo C ustod io . . . 2$50Jo é Antonio Heleno 1$)0José da Silva.............. 5$00Rosaria T apadas . . . . #50Silvano G u erra ......... 5$00Francisco G u e rra . . . 2$50Joào Maltez.............. $50José Nascimento Ta-

2$50Antonio Euzebio.. . . 2$50Silvano T apadas . . . . $50Rodrigo Maiceliuo.. 1$00Joaquim M. Alcarave-

$53Joaquim Cleinentino 20$00Bernardmo Pimenta. 2$oOFlorencio Luiz......... 2$50Clementina Leonor. 2$50Manuel Alves Pires. 2$50Antonio Joaquim Ta*

1$00vianuel Rita Algarvio 20$00Jacinta Maria ......... 5V''0José Galveias Junior 1$50Marcelino V ences.. . 1$00Manuel Felix.............. 1$' 0 iFrancisco Marcelino. 10$00 1José G ri lo ................... iojvio1Gabriel Gonçalves.. 2$50João Tomaz.............. 2$50João Figueira .......... 5$')0Nascimento Joaquim 1$0GJacmtc Pimpão......... 1$50

A transportar----- 11.313^90

Câmara Municipal5 es5ão de 24 de Feuereiro

de 1932Presiderjcia do Dr. Augusto Camos­

sa Nunes Saldanha com a assistência dos vogais Luiz B Costa Braga e fosé N. Marques Adegas.

C orrespondencia

Oficio da Secção Electrotecnica de Abrantes, informando a Câma­ra ter urgência ua mudança dos serviços teleg. afo-postais e telefó­nicos desta vila, e não lhe sendo possivel encontrar ca:-a que em

| condições possa ser alugada para tal fim, pede à Câmara se digne indicar-lhe se há possibilidade de

1 lhe ser facilitada uma casa para mudança da estação

Informou o cidadão presidente ter já oficiado dizendo ser impos- siv, 1 á Câ nara conseguir ca>a 011 le possam ser instalados aqueles ser­viços, por só possuir devoluto o antigo edificio da escola masculina deste vila, que punha á sua disposi­ção,

— Oficio do Administrador do Concdho, p.-dindo para se lhe in­formar a fim de satisfazer ao que superiormente lhe è solicitado, se esta Câmara possui terrenos baldi­os e incultos.

Respondeu negativamente.Deliberações

-T o rn a n d o -se necessaria a ins­talação dc unia escola na aldeia da Ei videira, onde hi tempos foi cri­ada uma escola mixta e não haven­do ali edificio que melhor possa servir para este f m esta ^omiss-ão ddibera adquirir a Manoel Matias, daquele lugar, pela quantia de3 000$00, a casa onde ultimamente funcionou a escola m^vel, dando plenos poderes ao Piesideute para assinar o respectivo contrato.

— D Jiberou, em conformidade c^m o decreto N°. 20.009, pagar as impoitancias que se apurar estai em debito;

— Deliberou mandar f a z e r a exhumação das ossadas dos talhões Nos. 10 e 12 do Ceinit rio desta vila, publicando os respectivos e- ditais.

— Aprovou o 1.® orçamento adi­cional da receita e despesa desta Câ­mara, sendo a recJta igual á des­pesa na importancia de 20 373$53.

ú im raias l pritaContinua 11a Casa da Moeda a

a cunhagem das moedas de prata, estando concluídas as de 2$50 na quantidade q u j este ano deve ser posta em circulação, e trabalha n­do-se agora nas de 5$00 e 10$00

A nova moeda de prata de 2$50 já toi posta a circular.

Pelos Desportos

Em desafio amigavel de foct-ball, encontraram-se 110 Campo do Eléctrico Foot-Ball Club, nesta vila, 110 domingo 28 de Fevereiro, a primeira categoria do Grupo Dramati­co e Desportivo Chancense de Chança, com uma sckeçâo de jogadores «lo Grupo Des­portivo Matuzarense e Elec- trico Foot-Bdll Club, tendo a selecção ganho por 6 bolas a 0. O encontio decorreu na mJhor ordem.

Visado pela comissão de cen-1 sura de Portalegre

Pelo ConcelhoM ontargil

— Está aberta, na farmacia Jor­dão, desta vila, uma subsçrição publica cujo produeto se destina a aquisição de 100 postes dos 300 que são necessários para a cons- triicçâo da linha telefónica entre Poute do Sôr e Montargil, que deve iniciar-se muito brevemente. E’ este melhoramento de neces­sidade extrema que vem pôr em contacto esta quasi isolada terra com os principais centros dopais.

Causou surpreza o facto de a actual Comissão Ammistrativa da Câmara Municipal nào concorrer com qualquer importancia para es­te tão util como necessário me- Ihoiamento. Não temos que nos admirar, estamos colhendo os fru­etos da falta de um representante naquela comis ão, que seja natural desta vila. A subscrição está quasi coberta a-p sar-de para a efectiva- çao deste melhoramento serem ne­cessários 5.300$00 não incluindo as despesas da montagem da ca­bine publica que fica a caigo da Junta de < reguesia.

-F o ra m há dias iniciados tra­balhos de pesquizas de aguas 110 lugar denomi ado Fonte Ferrea, paia abastecimento de agua potá­vel á população da pai te alta da vila.

A fonte denominada da vila ne­cessita ha muito tempo de uma reparação, pois que, a canalisação muito anliga, deve estar inutilisa-

j da por completo, o que só pode ' justificar a demiuuição cada vez

mais acentuada do seu cau lal Es­ta reparação é de uma necessidade impei iosa; pois a-pesai-disso ain­da nada 011 quasi nada se fez no sentido de se proceder á sua benefi­ciação. Esp. ramos que em breve tia se efectue porque, de con­trario, coi reremos o risco de nos vermos 1111111 praso mais ou me­nos curto privados de um dos ele­mento mais necessários á vidt. Tambem é de uma graude neces­sidade a colocação ue uma bomba manual 110 Poço da vila e a sua vtdicçã > p ira assim poder fazer- se a capt çâo do precioso liquido sem receio de que contenha im­purezas. '

— Vimos mais uma vez chamar a atenção iio Sur vereador repre­sentante desta fnguesia no Muni­cipio nu sentido de que sejam colo­cados mais cinco canuieiros Petro- max para iluminação das principais artérias desta vila. A vizinha po­voação de Qalveias já há muito es­tá usufruindo esta grande regalia; portanto, a nós afigura-se-nos bas­tante justo que Montargil, uma das mais importantes freguesias do cone lho, tambem gose da mesma regalia.

Tambem lembramos ao mesmo Senhor a couveniencia de seretn colocadas chapas com as numen- claturas das ruas da vila, com os nomes que já possuem e outros que a Junta de Freguesia alvit e.

C.

Pela ImprensaFolha do Leste

Completou dois anos de exis­tencia este nosso presado co­lega, quinzenario republicano, defensor dos interesses do concelho de Castelo de Vide, que comemorou 0 facto com a publicação de um interessan­te numero a côres, cotn lindas vistas daquela ridente vila.

Felicitamo-lo edesejamos- \he longa e próspera vida.

3

A n iv ersa rios

Z&/1 a r ç o =

13 — Ji ão Pedro de Andrade, em S Ti^go de Cacem.

14 —Francisco Nunes Moura Ju nior.

15- D r . Rafa I Pereira L ifbôa.ló —O menino P dro Lopes Pa-

radela, de Abrantes e Fernando Matias. das Bai reira*.

17—D. hliza Augusta Godinho de Mendonça Pais Canavilha, em Lisbôa.

22 D. Conceição R. Pereira e Manuel Dias Povo t.

2 3 —0 menino José Rocha Co?ta.

2 4 — A menina Maria Fernanda de C. P. F. de Andrade e o meni­no Raul Mendes de M-tos Pita.

25 —Fi anci -co Lourenço Morais.2 6 - D . Carlota Biptista de C ar­

valho, em Abrantes e Pedro Ro- driguea Esteves.

Em P onte do Sôr

Estiveram ultnnamennte nesta vila os nossos estimados assinan tes Exmos. Snres.

José Pereira Cacho, do Rocio de Abrantes |oãoCorona Linares, da Beirã. Joaquim Antunes, da Chança, Manoel Domingues da Costa, da Estação dt- Abrantes.

Doente

Tem estado bastante doente, encontrado se felizmente melhor, o menino Joaquim Rocha Costa, filho do nosso asssinante e amigo Sr Manoel J Custa, Uesta vila. Deseja­mos-lhe um pror.to restabeleci­mento.

Consorcio

Na Ribeira de Santarém, realísou-se no dia do corrente o enlace matrimonial do nosso presado assinante Snr. Francis­co da Cone ição Domingues, empregado da Secção de Via e c bras da C. P. etn Santarém, com mademoiselíe Maria Na- talia Pinho Gomts, gentil filha do Snr. Antonio Gomes ja falecido e da Snr.a D. Henriqueta Pinho.

Paraninfaram o acto por parte do noi­va o Snr Antonio Pires Pais Miguens e sua esposa Sr.» D. Ana da Conceição Domingues, desta vila, representando o Ex.m0 br. José Nogueira Vaz Monteiro e D. Ana Vaz Monteiro epor parte da noiva o Snr. Dr. Martins notário em Santarém e Ex.nu esposa.

Aos noivos desejamos uma prolonga­da lua de mel.

CORRESPOilllEllfilASBarquinha

T ea tro dos Bom beiros

No Teatro dos Bombeiros, em21 de Fevereiro, realisou-se uma récita promovida pelo grupo dra­mático do Sporting Club Barqui niiense, tendo subido á scena o e- mocionante drama em 3 partes* Artur, o jogador » e a hilariante comédia em um acto «O Gabinete do Sr. Regedor».

1 odos os amadores nos agrada­ram, mas em especial o amador Henrique Dinis Condeço, que de­sempenhou brilhantemente o seu papel de cómico.

Abrilhantou o espectáculo o ma­gnifico Jazz-Baud dos Bombeiros Voluntários, revertendo o seu pro­dueto liquido em beneficio do co­fre SportinguUta.

Consórcio

Realisou-se há pouco o enlace matrimonial do nosso amigo Snr. Manutl Mata Júnior, com a meni­na Albertina Freitas.

Aos noivos apetecemos um fu­turo repleto de venturas.

H Publicação de e s c r i íu r a de

r ç v o ^ a ç ã o m a n d a to

No dia oito do mes de Mar­ço do ano cie mil novecentos e trinta e dois, nesta vila de de Ponte de S<>r e casa da re­sidencia d a Excelentíssima Senhora Dona Rosaria Alves Pais, situada na Praça da Re­publica, onde eu, o notário d e s t e concelho, A n t o n i o /Maria de Santana Maia, com cartório nesta vila, Rua Trinta e Um de Janeiro, expres­samente rogado para este acto vim, ante mim compareceu: A Excelentíssima Senhora Dona Rosaria Alves Pais, divorcia­da, proprietaria, moradora nesta vila e a própria minha conhecida e das testemunhas cuja indoniedade verifiquei adiante nomiadas e assinadas.

E por ela foi dito: Que, pela presente escritura, revoga, in­tegralmente, todas e quais­quer procurações, instrumen­tos ou documentos, que ela outorgante tenha outo»gado e assinado e em que tenha cons­tituído procurador a seu filho Enrico Pais de Carvalho, ca­sado, proprietário, morador nesta vila. Assim o disse do que dou fé.

O notário

Antonio Maria Santana Maia

C E L E I R O

Vende-se ou arreiuJa-se um ce- eiro situado na rua Miguel Bom­

barda da vila de Ponte do Sôr com óptimas arrecadações e qne serve para qualquer ramo de ne­gocio.

Quem pretender dirija-se a João Batista da Rosa.

Ponte do Sôr

C A S A

Vende-se uma morada de casas c o m altos e baixos, quintal com arvores de fruto e poço, na Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio.

J ransferencicrFoi transferido da Secção

de Abrantes para a do En­troncamento, o nosso presa­do assinante e conterrâneo, Sr. Manoel Domingues da Costa, ele trici:;tade 1\classe da C. P.

A N U N C I OVo dia 3 de A bril proximo,

pelas 12 horas, áporta do Tri­bunal Judicial desta comarca, voltam à praça pela terceira vêz, p ir a nela serem arrema­tados, por qualqutr preço, os prédios abaixo mencionados, penhorados na execução hipo­tecaria que João Pais Branco, casado, comerciante. morador nésta vila, move contra João ízidóro da Costa e mulher Inàcia Correia, proprietários, moradores no logar do Vale d ’ Açôr, désta mês ma comar­ca, e que são:

N \ 1Uma morada de casas ter-

reusn no sitio do Cabeço, do logar do Vale d ’ Açôr. descri­ta na Conservatória desta co­marca sob o n“. 922 a fs . 68 verso, do livro— B — 3.

N°. 2Uma sorte de terra de se­

meadura com arvorêdo de sô- bro e oliveiras, situada no lo­gar do Vale do Bispo Fundei- ro, descrita na Conservatória désta comarca sob o n \ 921 a f s . 68 do livro—B — 3.

N°. 3Uma couréla com pinheiros

e terra de hortado, no dito logar do Vale do Bispo Fun- deiro, descrita da Conservató­ria desta comarca sob o n°.

/ -r=? ..v T

F U N E R A E S

2 .598 afs. 64 verso do livro — B — 5.

São citados quaisquer cre­dores incertos para assistirem á praça e usarem oportuna­mente dos seus direitos.Ponte de Sôr, 29 de Feverei-

de 1932.O escrivão do I o oficio,

Antonio do Amaral Semblano.Verefiquei a axactidão.

O Ju iz de Direito,M A N U E L R IB E IR O

P A L H A

Vendem-se 2.000 fa rdos em boas condições de preço. D irigir a Josè P ratas Nunes, Pernancha de Baixo, Mon­targil.

Jacinto da Silva=COM==

OFICINA D E F U N IL E IR OAvenida Cidade de Lille

P O N T E 1 ) 0 S O K

Encarrega se de todos os tra­balhos concernentes á sua arte, garantindo o botn acabamento e solidez.

Âssiaai “A Mocidade”

ANUNCIONo dia 10 de Abril próximo,

pelas 12 horas, á porta do tribu­nal judicial desta vila, e em virtu­de da deliberação do respectivo conselho de familia no inventariooi fauológico por óbito de Elisiari& Rosa da Silva, viuva, moradora, que foi na Rua da Fonte, deste mesma vila, e em que é inventa- riante, o filho, Guilherme da Silva, residente uo Monte da Torre, desfa. comarca, vai á praça, para paga­mento do passivo descrito e apro­vado, o seguinte:

I m ó - v e l

Uina morada de casas ferrea» com q aíro divisões e quintal, si­tuada na dita Rua da Fonte, désta vila, que confronta pelo norte coro Antonio Manuel Roças, sul coo» herdeiros de António Louiénço, nascente com Casa Vaz Monteiro e do poente com rua publica, ava­liada e vai á praça em trez mil es- cuJos. 3 . 000$00

São citados para o acto da ar­rematação os credores incertos dt» casal inventariado e para oportu­namente deduzirem os seus direi­tos, sob pena de revelia.Ponte de Sor, 7 de Março do 1932

O Escrivão do 1 .° oficio,Antonio Amaral Semblano

Verifiquei a exactidãoO Juiz de Direito,Manuel Ribeiro

À B R A N T E 3 . ,

árrprsrfa-QQ Propriedade de n i 10; i ii d o C regadio situada nas proxim idades de Ponte do Sôr.

P ara tratar dirigir-se a es­ta redac;ão.

U N E R A E S A B R A N T E S í i O jO S M A IS S IM P L E S A O S

X' >K4 A I C I H v r i A C A è . ' *M A I S L U X U O S O S \ V T

COROAS, BOUQUETSENFLORES .. ^

ARTIFICIAIS * ^ U-RNASG raduação a lcoo lica dos n inhos

Por um decreto recente, foi estabelecido que nos con­celhos de Portalegre, Gavião Marvão, Niza e Ponte do Sor, a graduação alcoolica minima jorque os vinhos de consumo devem ser vendidos a retalho durante o corrente ano, seja de 11 graus. Nos concelhos de Eivas, Alter do Chão, Arronches, Campo Maior, Crato, Castelo deVide.Fron- eira, Monforte e Souzel, se- ade 12 graus.

9

ARTIFICIAIS í ;*; : ~t;r v *v ?■ •' "jn -f O <..'Hv '•

< 4: ^ \ J

EM PAÇJ SANTO E MOGNO, LISAS

... • V. Y: '■-* r. .

^ E

\ 0 E N T A L H A D A S

A N U N C I ONo dia 13 do proximo mês

de Março, por 12 horas, á por­ta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão-de ser arrema­tados, pelo maior lanço ofere­cido acima das suas avalia­ções, os seguintes prédios:

P R IM E IR OUm bocado de terra com

estacas de oliveiras, figueiras, parreiras e alguns chaparros, situado no Sarrasco, f regue- de Galveias, desta comarca, qne se não acha descrita na Conservatoria ^o R e g i s t o Predial e avaliada em seis mil escudos.

S E G U N D OUma morada de casas ter­

reas, com quatro comparti­mentos, situada na rua do P o­vo, da vila de Galveias, desta comarca, que se nâo acha des­crita no Conservatoria do R e-

gisto Predial, avaliado em mil e quinhentos escudos.

Estes prédios pertencem á herança dos falecidos M aria­na de Jesus Neves e marido Francisco Ferreira, morado­res que foram na vila de G al­veias e foram separados pelo concelho de Familia para pa­gamento do passivo descrito e a p r o v a d o noinventario dos mesmos, em que è |cabeça de casal José Bernardo Neves, casad >, proprietário, da mes­ma vila. Pelo presente são ci­tados quaisquer credoresincer- tos para deduzirem os seus di­reitos.

Ponte de Sôr, 20 de Feverei­ro de 1932.

O Escrivão do 2°. oficio, h ã o Nóbrega

Verifiquei,0 Juiz de direito,

Manuel Ribeiro

a m i g a s

O’ Jutieta? este ano temos a Paschoa mais cedo e temos que nos prevenir a tempo com os brindes para os nossos na­morados por isso necessitamos que sair fo ra alguns dias antes porque o tempo corre.

Não precisamos sair, bas- , to ^ na véspera par a comprari o que precisamos pois temos ca em Ponte de Sôr, uma casa onde encontramos a preços mais vantajosos artigos para esse fim .

Tais como: C h a p é u s , £ 0- n e ts , C a m isa s , Ç ra v c r ta s e muitos outros, onde ha sem­pre novidades nos artigos da sua especialidade, e que é o estabelecimento de José Alves da Silva & Irmão ah na Ave­nida Cidade de Lille.

D u r a n t e e s t e m ez B r > n » e s a

6 0 * 0 0 SuPER,ORES * E s c u d o s

Anuplio Correia y AlbertyV e t e r i n á r i o

—Pont® do S ô r—

C o n s u l t a s t o J o s o s d ia s .

- i á . ; M . C C I 3 C , ^ . E > 2 E

EibS U v a c£ f ig u e i r e d o , £ .

A v en id a dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamcn- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que..sâo os mais baixos do mercado.

M i n e r v a A l e n t e j a n a

TIPOGRÃFtA - E&ÍCADB8NAÇÂ0 L I V R A R I A - P A P E L A R I A

ii

“ ã fflceidads,,Quinzenario notiuioso, literário,

recreaiiDO e defensor dus iatsres sus da região.

Condições de assinaturaEtn Ponte do Sor, trimestre........ 2110Fora de Honte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso .. ................... $40Pagamento adeantado.

•k-k-k

A N Ú N C IO S

Na 1* pagina, cada linha ou espaço <ie linha.. -. . . . $80

Na secção competente......... $40Permanente contrato especial

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

Miipi® p coserDA ACR ED IT A D a MARCA

NG E RVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A kA AAEncarrega-se de todos o s

concertos em máquinas des­ta marca.

T R A B A L H O S T I P O G R Á F I C O S

E M . T O D O S O S G E N E K O S / I M -

P R E S S Ã O D E J O R N A I S E L I -

V R O S / S E M P R E E M D E P O S I T O

A S U L T I M A S N O V I D A D E S L I -

T E R A R ' I A S / L I V R O S t S G O L A -

RE S / R E V I S T A S / M A G A Z I N E

C I V I L I S A Ç Ã O / A B C / A B C Z I ­

N H O / E V A / R E P Ó R T E R X / FI­

G U R I N O S / M O N O U V R A G E

E T C . I A R T I G O S E S C O L A R E S

O B J E C T O S D E ES C R I T O R I O

0/vt/mV!/w%

(KsW

n \%

Constructora Abrantina, L.aTelelone Abrantes 6 8arpirjtaria mecanica, serração de madei­ras fabrico de gêlo

%áW

www

w

PRIMO PEDRO OA CONCESÇÃO R ua Vaz Monteiro Ponte do Sor

M o d i c i d a d e n o s P r e ç o s

R A P I D E Z P E R F E I Ç Ã O

An t o n i o 1 . S a i oAAAAA

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferram entas para sapata­ria s.

Oficina de sapateiro.Calçado feito e por medida, para homem, setihora e criança. Con­certos. Especialidade ern obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.Preços ao alcance de todas as

bolsas.

g r a n q u ín h o d o s

3 irmão, j da firmazens de Modas

B . 1.° de D ezem pro 4 0 a 4 4

S a n t a r é m

Visite V. Ex.* esta casa e aqui eincontrará a km das mais recentes noviuades em tecidos para inverno, um gran­de stoch de peles a preços de sensação.

€}\vian]-se anjos ir a s

EucaliptosP r r p i r s para plantações vendfm

se na Her Jaile das Barreira de Cima, do Dr Joaquim de

Sousa Prates ao preço de: gl< bules a $20. Rostrata ^50. Obli­

qua $50, cada exemplar Paru tratar ha o encarrtgado

Aires Dias Caldeirana própria herdade

ESTfíM-EGIMEHTODE

Simplicio João AlvesM ER C EAR IAS, A Z E IT E S

VINHOS, P A L H \ S E CEREAIS.

Hcenida Cidade de L il le -p . d o s o r

Cereais, Legumese adubos quimicos aos melho­res preços do mercado, vende na sua casa da

Avenida Cidade de Lille

3osé cie lYlaíos Neues

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc. VIGAMENTOS E BARROTERIA

Sede e o fic in as em A lferrared e

v t m s p o n â e n c i a p a r a A B E A l T T E

5)t. JboUoM éd/co-C /rurg ião

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas aos sábados, ás 14 horas em Ponte do Sor, ein casa do Ex.mo Senhor António da Várzta, na Praça

da República

Consultas todos os dias (excepto aos sábados e domingos) ás 13 horas no Rocio de Abrantes, rua Avelar Machado.

IS DSProcurai em Abrantes a oficina de J o s é d o s

t a n t o s l l i o n c a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e c o n ­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões,

I iinuel (ie Mus Neves

eompra e ueiu e:Cercais

e Erpmes |AAAAA

Príça da Republir

P O N T E D O S O R

>«§ee«

f c e o l J. Pontinha &jET i l l i o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, C uça, O i s. tru e ta s

Rua Rodrigues de Freius

Ponte do Sôr

Cortiça VirgemGráda e limpa, compra em qual­

quer local e ao melhor preço.

Lu is P e re ira de Matos Carúreiio (Lirfu da Beira Baixa

José Alves da Sto & IrmãojT v e q id a C id a d e de JCille— p õ J f T S 3)0 S & R

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus para concertos e transformações

A divisa da nossa casa è

ftanliar poaco para vender iimUo Revendedor da afamada cerveja T-A_2>T3IEUII>T

Ramiro Pires rllipeLoja de F azendas , M e rc e a r ia s e M iudezas

K K p )> < ‘ i n l i < l n d e «*m «*Ii h <* < * » f é

Ruas Rodrigues de Freitas e i ° de Dezembro — — -

■» O T K 1 ) 0 * o s e

^Madçiras dç pi. tioPara construcções a preços

de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

João Baptista da HosaP O N T E D O S O R

Comissões e t^onslnnaçõesCorrespondente de Bancos e

Companhias de Seguros Encarrega-se de todos õs ser­

viços junto das repartições publi­cas.

ANO 7.° Ponte do Sôr, 27 de Março de 1932 NUMERO 138

r .

s.

Propriedade da Empreza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na‘‘n iN E R V A ALENTF-JANA,,

PONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

P o n t e <3.0 3 c r

DIRECTOR * ADMINISTRADOR 1*1 EDITOR *P r im o P ed ro da C onceição *

* João M arques Calado★

1*1 J o sé P ere ira M ota *

F-vindaiorcs Primo P. da Conceição e Josè Viegaa Facada

P A S C O AComo um corpo de mulher, nú­

bil e pagão, ao sair dum perfuma­do banho, irradiando vida e fres­cura, ofertando as pomas tersas aos labios sensuais do Amôr. a Terra estremece ao primeiro beijo da Primavera, veste-se de flores, er­gue-se á fecunda luz do Sol, can­ta. ..

As andorinhas doidamente sul­cam o espaço, e as notas limpidas, vibrantes, do seu caracter, lembram florações de luz, alvorecendo.. .

As amendoeiras floridas despo­jam-se dos brancos veus de noi­vado; as violetas rô x a \ abrindo o calis virginal ás caricias do sol, teem a candida exalação das almas namoradas.

A agitação fecunda das seivas, as energias adormecidas dos seres e das plantas, sentem-se tocadas pelo aguilhão da vida que não fin­da, renovo eterno que se prodiga- lisa na côr e 110 pei fume, no amor e nns frutos.

Disperso, fluidico. apaixonado, solta a Natureza o evolié fremente da saturnal sagrada das suas forças despertas, enquanto no velario in­quieto e múrmuio dos noitedos os roi xinoes vão sonhando melodias.

PASCOA!A festa católica só me interessa

no que ela possa ter de humano em invocar a longínqua e quasi len­dária personalidade do Cristo.

Porque essa figura do Qalileu. reduzida ás suas naturais propor­ções primitivas de sonhador e de revolucionário, e m a n a simpatias que falam ao meu coração; e foi tão grande a sinceridade da sua exalta­ção; era tào veemente, persuasiva e simples a sua eloquencia, subiram tãi. alto os conceitos religiosos e sociais da sua doutrina que, pelos séculos fóra, e ainda hoje, só con seguiram realizá-los raras almas de eleição.

Foi pela Pascoa no mez de Ni* zam, que o Apostolo judeu se dei­xou prender uo Mente das Olivei­

ras.Nas sombras que envolviam as

silhuetas dos Discípulos e das ar­vores, o funesto espirito das trevas espiava, ro n d a v a . . . Ele afastou-se mais, talvez para ocultar a angustia pavorosa que Ihe punha a tez da côr dos mármores batidos de luar, talvez pura se dirigir ao Pai celes­te em que ele acreditava e por quem seria crucificado no -dia se­guinte.

“ Pai, se é do teu agrado trans­fere de mim este calis; não se faça contudo a minha vontade se não a tu a" .

A anciedade que nessa noite in­justa o tomou, ao saber que ia ser preso pelos soldados romanos, era tão cruciante que um suor de san­gue, agonico, mortal, se lhe em pastou nas faces e na fronte,

E o pai abandonou-o. Ao outro dia, o Sauhedrinconduzia-oaomon- te Calvario e o fazia crucificar.

Quer esssa distante Páscoa judai­ca. quer a Páscoa católica dos nos­sos dias, qualquer delas exigindo sa­crifícios. votos, jejuns, para mim va­lem unicamente, como documentos acerca de inteligencia humana

A Páscoa é a Primavera que sur­ge com braçados de flores espa­lhando perfumes, erguendo a Ter­ra da hibernal atonia em queador- inecera para as alegrias fortes do sol fecundo!

As aves, as plantas e os homens irmanados no mesmo anceio de felicidade, compõem hinos anacre- onticos, coroam-te de flores para tomar parte 110 festim da Luz, 110 banquete do Amôr!

Festival cromático, luxuriante e profundo como a própria Genisis o seu ritualismo é executado em pleno ar livre, na imen-a catedral da Natureza, sob a cupula iuabar- cavel do Ceu jorrando lus e calor.

P. Sôr, 24/3/932

Moura Junior

Celeiros nacionais V e n d a de a g u a r d e n te

Pela pasta da Agricultura vai ser publicado um decreto que cria nos concelhos do con­tinente da Republica que pro­duzam, em média, 1.000 tone­ladas de trigo por ano, um “Celeiro dos Produtores de Trigo”, agremiação que se destina a promover 0 auxilio á produção e venda do referi­do cereal.

Cria também a “Federação Nacional dos Productores de Trigo” com séde em Lisboa, com 0 fim de promover no país a armazenagem, beneficiação etc., dos trigos dos Celeiros referidos.

Vai ser publicado um decreto cri­ando o " Gremio dos vendedores por grosso de aguardente de vi­nho" 110 qual são obrigaJos a in­gressar todos os negociantes deste genero aos quais fica proibido o negocio de aguardente ou de alcool de qualquer outra natureza.Os pro­ductores só po ierão vender a agu­ardente das suas colheitas aos nego­ciantes inscritos 110 Gremio, salvo ocaso de antecipada participação á Inspecção Técnica das Industrias e Comercio Agricola. Os detentores de aguardente que não possam fi­liar-se no Gremio, teem de mani­festar no praso de 30 dias as suas existencias na Inspecção Técnica ou suas delegações, ou vende-las livremente no praso de*tres meses pois que, findo este praso só a po­dem vender a negociantes inscritos.

SANTOSJ tSCOiA

conoeI T fesreira

Fêz no dia 24 dêste mez de ! março 66 anos que faleceu no Pôrto 0 Conde de Ferreira.

E’ muito justo que, sem es­quecer os herois que cimen­taram a indepcndcncia nacio- j nal, derrotando osinimigos em sangrentas batalhas, nos ha­bituemos a lembrar aqueles que, ao serviço da paz e da civilização alguma coisa fize­ram.

Náo são só os guerreiros que merecem as nossas ho­menagens.

Tôda a gente sabe os seus nomes, as batalhas que ga­nharam e citam-se episódios horrorosamente sangrentos, como que a atiçar instintos car­niceiros no homem.

Pouco se fala naqueles que passam vida obscura, encer­rados no gabinete á procura duma fórmula política, social ou económica em que caibam as diversas aspirações huma­nas sem se chocarem. Raro são lembrados os que no la­boratório, cercados de retor­tas, de provetas, de drogas, procuram remédio par a os mil achaques que enfermam o organismo do h o m e m . Aqueles que tombam ao ser­viço da ciência, pelo bem da humanidade; aqueles que tan­tas e tantas vezes passam pe­la vida apegados a uma gran de ideia, a um grande sonho, esses s ã o esquecidos pela própria humanidade como que a provar que 0 bicho mais in­grato é 0 homem.

Porque será?Entre todos os monumentos

que eu conheço, em Lisboa por exemplo, a maioria faz lembrar homens que se cobri ­ram de glória. . . e de sangue. Sabe-se um pouco a história de todos. Ignora-se, por mal dos nossos pecados, a histó­ria dos que foram sábios, pensadores, estadistas. 0 cul­to pela ciência, pelas manifes­tações pacíficas do génio hu­mano, começa agora a fazer- se e ainda bem. Vale mais tarde que nunca.

0 Conde de Fe reira não foLsábio nem guerreiro.

Tinha entre muitas quali­dades, possivelmente tantas as más como as boas, uma que só por si eclipsava aque­las: foi generoso.

Em 15 de Março de 1866 fa •

zia testamento no Pórto e no­ve dias depois falecia n<t mes­ma cidade. E’ dôsse testamen­to a seguinte passagem:

“Convencido de que a ins­trução publica é um elemento essencial para 0 bem da socie­dade, quero que os meus tes­tamenteiros mandem construir e mobilar C e n t o e V i n t e casas para escolas primárias de ambos os sexos nas terras que forem cabeça de conce­lho. . . ”

Cento e vinte esco las...! Cento e vinte monumentos que 0 Conde de Ferreira, sem o prever, instituiu em honra pró­pria.

Mais do que issso, infinita­mente mais do que isso é 0 valor do gesto, que teve o condão de abrir muitas bolsas franqueadas a tôdas as insti­tuições de caridade mas te­nazmente cerradas para esta­belecimentos de instrução co­mo se esta não fosse uma das variadas formas pela qual a caridade se manifesta. Então as dezenas de miihar de por­tugueses que naquelas esco­las eniciaram a preparação para a vida!?

Seria interessante averiguar quantos e quais os homens públicos que ali beberam os primeiros elementos duma ci­ência que depois se ampliou e foi colocada ao serviço da grei. Mais interessante seria averiguar, se possivel fosse, quantas deixariam de marcar na vida e qual 0 desfalque dado na economia da nação se essas 120 escolas não as tivesse mandado construir 0 Conde de Ferreira.

Foram 144 contos de reis que 0 testador legou e mais 107 a estabelecimentos de ca­ridade e assistência. Deu 0 Conde de Ferreira mui justa preferência á instrução e abriu um nobre precedente que mais tarde havia de frutificar. A propósito comenta D. Antonio da Costa:

A grande maioria das clas­ses ainda não compreende que a instituição de um legado p a ­ra fundar escolas primárias tenha a mesma valia moral que um legado para um hos­p ita l ou para uma misericórdia Tirem ao asilo que ministra a intrução à infancia 0 nome de asilo, substituam-no pelo titulo de escola e verão dimi­nuir o numero dos legados, verão resfriar 0 número dos subscritores.”

E’ verdade. Verdade amar­ga, mas verdade em todo 0 ca­so.

I)r. João FelicíssimoRealiza-se no dia 10 do

proxim o m ez de Abril a inatt- guração do monumento ao Dr. João Felicíssimo, á qual, se­gundo nos consta, assistirão altas individualidades em des­taque nas sciencias medicas do nosso paiz.

Rodo tipo de pãoFoi publicado um decreto

estabelecendo um novo tipo de pão de mistura, fabricado com farinha lotada nas seguin­tes percentagens: 880/° fa­rinha de trigo extreme; í20/ a de farinha de milho.

As padarias poderão adqui­rir livremente a farinha de mi­lho de que precisem, fazendo a lotação nos termos atraz indicados.

O pão será vendido em formato de peso superior a 450 gramas, á razão de 2$00 o quilo, podendo este preço ser alterado nas localidades onde as condições 0 Exijam, mediante proposta da aucto­ridade administrativa edespa­cho do Ministro da Agricultu­ra.

Manifesto de arvoresFoi prorrogada por mais um

mês, isto é, até 15 de Abril proxi­mo, o praso para 0 manifesto 11a Administração do concelho da* oliveiras e arvores de fruto.

A Direcção Geral da Acção So­cial Agraria fez publicar uma no­ta desmentindo que tal manifesto tenha por fim o aumento das con tribuições, como se fez constar por varios pontos do pais, chegando alguns proprietários a arrancar muitas arvores das suas p a p r e d a - dts, Este manifesto visa apei as a habilitar o Ministério da Agricultu­ra para fins estatísticos e comerci; i> com 0 conhecimento da nossa rique­za pomicola como se faz em todos os paises da Europa. A prova de que tal boato não tem fundamento de- duz-se á primeira vista do facto de não se exigir 0 manifesto das arvores existentes em cada predio, como seria natural se Se tratasse de qualquer esclarecimento para alte­ração das matrizes.

O Conde de Ferreira fale­ceu há 66 anos. Nunca 0 co­nheci. Mas eu vejo-o, sempre que passo por uma daquelas escolas. Emocionado, tiro 0 meu chapeu, homenagem mu­da e sincera a um nobilíssimo coração.

Evaristo Vieira

Assinai 1 MociiMí

Ha-de ser um facto, a constru­ção do edificio escolar em M o n t a r - 1 gil. T em mesmo de ser um facto. I Há muito boas vontades a t r a b a - ' lhar por ele. D e boa vontade devem | ser todos aqueles que nesta terra v iv em .

N ão há ainda terreno. O senhor Manuel L o u re n ç o da Luz, a quem, c ò m m uito gô sto aqui presto as minhas hom enagens, possui um e para o efeito m ágnifico. O ferecia-o graciosa e expontaneam ente. S u ­punha eu e todos que a distancia mínima a que o edificio escolar devia ficar d ocem iterio eram 200m. Vereficou se há dias que aquela distancia é de 500m. E, co m o não há bonita sem senão, o g en ero so oferecim ento do Snr. M anuel L e u renço da L uz, que eu sabia um bom a m ig o da instrução, não pôde ser aceite.

Estamos pois, c o m o diz o outro, n o mato sem cachorro . Todavia, há mais terrenos que satisfazem e nm, pertencente tambem a outra distinta familia desta terra, que, su p on h o com justa rasão, não re- cuzará ceJê-lo 110 dia em que pa­ra tal fim for procurada.

E ’ urgen te que se com ece e c o n ­clua o am bicionado edificio. São 70 e tantos os rapazinhos que f ie - quentam a minha escola.

E' um panoram a desolador re ­parar para esta escola pt jaiia de gente, de capotes pelo chão á mis tura com chapéus, sacos de meren da, c a n e la s I vros. Por ; ô b ie , is to , um ar nauseabundo, empestado, saturado de poeiras, de ruido, da enevitável d tso rd em e confusão.

Em vez de educar, um ambiente destes deseduca p o rq u e não pode haver ordem e a disciplina tem muitas vezes de ser imposta seve­ramente, o f u e è triste.

Há, com muita vontade de obter admissão, mais de 30 crianças. E' im p o s s iv d e é doloroso.

N ão podem ser admitidas. E assim en contram o-no s neste pa ra­doxo: faz-se já uma grande p io p a - gauda da íustrução mas não se p o ­de instruir a todos que 0 desejam.

A com issão ainda não entrou em atividade p o rq u e se não pôde sair ainda dos assuntos prelim ina­res e que, sem estarem resolvidos, nada de pratico se fará. Mas, mon- targilenses, advirto-os de que to­dos os que nela se encontram não é por am or ao penacho.

Afinal, è uma coisa tão modesta que não dá lustro ao nome de ninguém . E demais, sabe-se de certeza certa que isso nem finaliza com um bom e portuguesissimo jantar. Despesas, sim, há-de acar ret2r, alem da quantia com que cada um se sub screver 11a altura própria.

Portanto, n in guém se atrapalhe e . . . co ra g em até Almeida e de Alm eida para diante coragem sempre!

Evaristo Vieira

G a z o lin a ç o lço $Por disposição recente do

Governo a gazolina e oleos vão subir de preço, por moti­vo dos encargos criados para manutenção dos desemprega­dos.

A gazolina deve aumentar $05 em litro e os oleos cerca de 20 % .

Visado pela com issão de cen­sura de Portalegre

M o n u m e n t o a . o T)r. J o â o f e l i c i s s i n j o

—Subscrição-- —Ponte do Sór -

A transportar . . . . 1 1 . 3 1 3 ^ 9 0

Maria G u ilh ee m in a . 1$00Nazaré Mariana L o p e s 1$00José G o n ç a l v e s . . . . . 5$00João Al v e s .................... 1S00João G a lv e ia s ............. 2$50Francisco José Vences i$00Francisco T o m a z . . . 2$50Faustino C o r r e i a . . . 2$00João V e n c e s ............... 2$00A n ton io Joaquim G a l­

veias ................................... 2$50A n ton io C a l o t e .......... 1$00José A n to n io Tapadas 1$00Joaquim A n to n io T a ­

p a d a s ................................... 1$00Francisco A lv es P ar­

reira ................. ................... 2$00Marcelino J o a q u i m . . 1$00Maria P im e n ta .......... 1$00Maria L e o n o r ............. 1 $00José Lopes C a l o t e . . l$ 5 óAntonio Manuel A l ­

v e s ........................................ 1$00Francisco F ig u e ir a . . 5$00Francisco L u d o v ic o . 1$00Rosaria C o r r e i a . . . . 2$00José F ran cisco ............. 1 $00José C h a m b e l ............. 1$00Virginia F re ir e .......... 1$00Clem encia G u e r r a . . 1$00José S i lv a n o ............... 2$0J^Beatriz M a r ia ............. 1$00Manuel N ascim ento. 1 $50Francisco Figueira Ju­

nior ..................................... 5$00An ton io B e x i g a . . . . 1^00Joaquim S im ã o .......... 2 f50Manuel M a r q u e s . . . 1 $00José V e n c e s ............... 1$( 0A n ton io A l e x a n d r e . . 1 $00E ugênio G a l v e i a s

M e n d e s ............................... 10$00José de Bastos M o re i­

r a ........................................... 10$00E ugênio F n g r a c i o . . . 1$00Manoel A l v e s ............. 1$00José Bexiga Ministro 1$00D. C< leste de Alm eida 20$00Nascimento G o n ç a l­

ves ........................................ 2$50João C h a m b e l ............. 2$00Joaquim A lc a r a v e la . 2$50Manuel L u d o v i c o . . . 2$50Luciana M a r ia .......... 1 $00Maria José.................... 1$00Francisco T o m a z . . 1$00Rosa Maria I z a b e l . . . 1$00Joaquim de M a t o s . . 1$00Manuel de M a t o s . . . 1 $00João de M a to s ............. $50Antonio J o a q u i m . . . $50João G alveias M endes 2$50Roberto M a r c e l i n o . . 5$00Maria E u g e n ia .......... 1 $00Francisco de M a to s . 2$50Feliciano M e n d e s . . . 10$00Manuel M a t o n o . . . . . 1 $00Manuel Joaquim T a ­

p a d a s ................................... 1 $00A ntonio G a l v e i a s . . . 2$50Maria T e o d o r a .......... 2$50Nascimento P a l m a . . 1$00A u g u sto S i lv a n o M i­

n i s t r o . . . ............... ............ 5$00João A lv es P i r e s . . . 2$50Manuel R o s e n d o . . . . 10$00Maria L u iz a .................. 1$00Rom ão A n to n io P r a ­

tes ........................................ 2$00João L u cia n o ............... 2$50A rtu r S i lv a n o ............. 1 $00Matias A l v e s ............... 1 $00João Marçal T o m a z . 5$00Joaquina P e r p é tu a . . 2$50José Pimenta ............. 5$00Januario A le x a n d re . 1$00Francisco G u e r r a . . . 2$00Jo?é E u zeb io ............... 5$00Francisco J o a q u i m

T a p a d a s .............................. 2$50D o m in g o s L o p e s . . . 10$00D o m in g o s L o p e s . . . 10$00An tonio José Euzebio 2$50Silverio J o a q u im . . . . $60J o a q u i m G alv e ia s

M e n d e s . . . .................... 100$00Silverio A l v e s ............. 1 $00

Silvano M in is t r o . . . . 1 $50Vences J o a q u i m . . . . 2$00Manuel A l b i n o .......... 1 $50Mariana A l v e s ............. 2$50Joaquim F elis ............. $50João S ilvano Junior. $50Manuel D a v i d . . . . . 1 $50José T a p a d a s ............... $50Maria do R o s á r i o . . . 2$50Joaquim T o m a z . . . . 5$00Joaquim José Tapadas 3$00C lem en cia M a r i a . . . $50João C h iq u ita ............. 2$00An*onio H e n r iq u e . . $50José João t u z e b i o . . 2$50J o sé F e lisb e rto ............. 2$50João T a p a d a ............... 1 $50Francisco E n g ra c io . 1S0')José Vences (N ovo ). 5 $00Sim ão F r a n c is c o . . . . 5$00A n ton io M anuel Pra-

$50A n to n io P ra te s .......... 1$00José A i t t o n io ............. $50João S i lv a n o ............... 3$00Joào E u ze b io ............... 1$00

OS GATOSMadame Juliette Adam con­

fessa em L e s A n n a le s gostar muito de cavalos, de gatos, de cães, etc., mas declara que desde a morte de alguns dos segundos ocorrida em circuns­tancias muito extraordinárias,

^ i n d i e a f o a ^ r i e o l a

A t r a n s p o r t a r . . . . l i .671$0 0

CORRES P O N D EN fiU SHIdeia da Mata

Na passada quarta feira, realisoii-se nesta locolidade uma montaria aos lobos. A ela compareceram lavradores e caçadores de todas as fre­guesias dos arredores, quer do concelho do Crato que do de Alter do Chão. Logo pela manhã vertficamos grande entusiasmos pela caçada ás feras, que ha tempos assolam esta região. No entanto, pa- rteia-nos que pouco ou nada fariam, devido ao pouca ma­to, visto que para debelar a crise de trabalho, os lavra­dores teem desmoitado folhas com bastante antecedencia.

Qual nào foi a nossa sur- preza quando pelo meio da tarde soubemos haverem a- parecido tiês lobos. Duvida­mos ainda, mas momentos depois essa duvida era des­feita pela aparecimento de uinlobocom37 quilogramas conduzido no carro do Sr. Autonio Tavares Valetio da Silva. Verificada a verdade soubemos que a fera havia si­do morta na herdade de Gai- ào do Sr. Joâo Machado Ca­lado e foi abatida pelos caça­dores Joaquim Nunes Ferrei­ra, Antonio Maria Toniaz e Joào de Matos Charneco. As duas restantes haviam tam­bem sido feridas, uma das quais se julgou mortalmen­te, não sendo porem apanha­das.

Na manhã seguinte sur­preendeu toda a gente 0 facto de ser assaltado um rebanho110 mesmo local da batida.

Em virtude disto pensa-se em organisar novas montari­as, porque se julga provável não ser apenas uma ou duas feras, mas uma alcateia, que devido ás neves, houvesse descido da serra para 0 Alei^ tejo. O entusiasmo é geral, ® estamos certo, ninguém dei­xará de se associar ao exter­mínio dos bichos.

C orrespon den te

ca maiá possuirá gato algum, embora lho ofereçam.

Actualmente possue um f o x - t e r r i o r chamado G i f f o t , belo e adoravel, de quem o pesso­al da cass afirma só ihe faitar 0 dom da fala, mas que não obstante nâo a faz esquecer P e r in e t t e e M in o u t e , duas das tais gatinhas por causa das quais passou varios desgos­to

O gato é um animal a que as pessoas se afeiçoam com facilidade, mas sem a devida reflexão. Pois ninguém devia esquecer-se de que sendo o felino, no dizer deBrieux, tu­do quanto ha de mais inde­pendente, essa independencia 0 leva a correr aventuras que inúmeras vezes lhe são funes­tas.

Mas em geral não se conta com isso e um dia o gfto, vi­tima da sua extremada im­prudência, desapareceu, e lá fica 0 dono ou a dona mergu­lhada, como sucedeu a mada­me Juliette Adam, em uma inconsolável tristeza.

Ha exemplos de grandes dedicações de gatos pelos do­nos.

Quando faleceu 0 nosso grande actor Taborda, veiu um desses exemplos a publi­co.

Tinha ele um gatinho com que se entretinha muito, e esse animal, enquanto 0 ca- daver do dono esteve em casa, permaneceu sempre deitado junto à perna direita do fina­do, entregando-se depois a evidentes manifestações de pezar quando viu levarem-lho para fora de casa.Eis como outro amigo dos ga­tos (Coppèe) fala a seu respei­to:

"Simples animal inferior, ele obedece, caçando, aos se­us intintos naturais. E’ menos culpado que o grande senhor que, após um suculento repas­to monta a cavalo e, precedi­do por cães enfurecidos e criados de librè, se encarniça por espaço de duas horas a perseguir de morte um pobre veado’'.

M. Luiz Laroche fez a res­peito dos gatos um estudo consciencioso, e como era de prever, lá vem larga referen­cia á fidelidade e dedicação deles pelos donos, que tantos espiritos superficiais negam.

Ha efectivamente quem a- firme que 0 gato é menos a- migo das pessoas que da ca­sa. Erro! O bichano preza mais a casa que os donos quando estes maltratam por uso e costume.

E s te v e e m P o n te d o S ô r e m v is i ta d e in s p e c ç ã o a o S in d i ­c a to A g r ic o la , o s u b - in s p e c to r d a D iv is ã o d a s C o r p o r a ç õ e s e A s s o c ia ç õ e s A g r ic o la s d o M i ­n is té r io d a A g r i c u l t u r a , S n r . J o s è A u g u s to E s te v e s .

E s te S n r . q u e se d e m o r o u d o is d ia s s o m e n te , e n c o n tr o u0 S in d ic a t o b a s ta n te a t r a z a d o p e lo a b a n d o n o a q u e te m s id o v o ta d o , 0 q u e é p a r a l a s t i m a r n u m m e io a g r i c o l a c o m o è o n o s s o .

Cinema Ideal

A empreza deste salão de espe­ctáculos lo c a l , qu ■ ultimam ite nos tem deliciado com filmes la melh r categoria c o m o “ O V o lg a em F ô ç o " e " A B ohem ia", já tem marcados para exibir b re vem e n ­te no seu ecran algum as peliculas de grande classe, entre as quais se contam " O C ap itão F r a c a s s <*, "T em p estade na Asia e " fl Tortu­ra dn Carne, esta ultima tendi* c o ­m o p rota g on M a o gran d e astro da cinematngiafia, E m iljan in g s .

N ão se tem a Empreza p o upado a sacrificins para nos prop ocio .iar belos espectáculos. E’ b om que o publico saiba corresp on der a e^te ge^to, a "im an d o -o s com a sua p re- sença, pois só assim a E m preza po- d rá continuar a aprr^entai-nuS filmes da categoria liaqn le que brevem ente v ã o ser exibidos.

R e v o g a ç ã o d e M a n d a t o

T en d o sido publicado neste jo r ­nal, no seu n um ero de 13 de M ar­ço, uma escritura de re v o g a çã o .ie mandato outorgada por minha màe, e com o este f ic to p j s s a f u e r surgir q u a lq u T duvida a meu res­peito, tenho por bem esclarecer que essa escritura foi feita com o meu consentimento. A procuração a que a escritura se refere, passa­da em 1927, nunca me servi dela para qualquer negocio, e tanto assim é que a entreguei a minha mãe 110 pro p rio dia 13, data da publicação da escritura. Se assim nào fosse teria f cado junta a qual­quer contracto que eu por ventu­ra tivesse feito.

turico Pais de Carvalho

f a U e i m ç n r o s

Na sua casa de A lv ega , faleceu ha dias a Ex maS n r .a D. A n a Maria da Ascensão M orais Boléo, de 23 anos de idade, esposa amantíssima do E x ."0 Snr. D outor José de P a iv Boléo medico municipal na quela freguesia e filha do Snr. A nibal de Jesus de Morais, capitão do exercito e da Snr." D. Josefina Felicidade Pereira de Morais.

A ’ familia da desditosa senhora e especialmente ao Snr. D r. Paiva Boléo, nosso estimado assinante, enviam os a expressão das nossas sentidas condolências.

Nós fariamos outro tanto em egualdade de circunstan­cias, e se o não fizessemos, seriamos alguma cousa menos que um g a to . . .

Luiz Leitão

. A . M C C 1 E A D B 3

A niversários

= a^/Earço =

2 7 — A n ton io Luiz Rosa Mendes em G a v iã o e B rig o Mendes Pita Dionisio.

2 8 — D. Posa Branquinho Esteves B ia g a , em Galveias, D. M aria da Assunção Dionisio de C a r v a lh o e D. A m d ia Mendes Martins

29 — A menina Adilia Dulce de M endon ça Pais e G abriel Subtil, em Lisboa.

3 0 — D. M aria Celeste Pacifico dos Reis.

= Abril =

1 - Julio D a v id Cunha.2 — Manuel Laurentino da C u n h a

em Ltiria e tm id io do Am aral S e m ­blano, em O liveira de Azemeis.

3 — D. Sara da A ssunção Salva­dor.

4 — A menina Maria G ertrúdes M endes M oreira , em Vale d' A ç ô r , D. Clotilde Rosa C o m p a id o Far- rusco, em Salgueirinha e Eduardo Figueira, em V ale d' A ç ô r .

5 - A menina Manuela Bragança d ' O liveira Zezere, em Galveias, e José de Bastos M oreira , em V a le d ’ A çôr.

7 - A menina Alice Bicas C alado8— D. Julia d' Almeida, em A -

frica, Joaquim Rodrigues G u erra , em Sintra e o m enino Joaquim A d r ia n o P. B. Pereira M ota.

9 — Pedro Lop^s de Souza, em O u r iq u e e João V a r q u t s Calado, n osso presado administrador.

Em Punte dn

Estiveram ultimamente nesta vila o s nossos presados assinantes e atnigos, Exinos. bnres:

Alfredo Joaquim de M galhães, C a p itã o -T t nente João V az de A z e ­v e d o e Silva e Dr. A rm an d o de M endonça Pais, de Lisboa. Alber- titio F Pimenta, José Julio L. M ar­tins, José Vicente Pimenta e João M a x im o Prates, de M ontargil . A d o lfo de Souza Zezere. d j Setú­bal, J o a q u m Antunes, de Chança. D r . Joaquim Pedro T u r ã o Leitão, d o C ra to . A n to n io Horta Pereira, d o Entroncamento.

Partid asPara Tete, Africa Ocidental, p ar­

tiu ha dias, com sua Exm® esposa o nosso particular a m ig o Snr. D o u ­tor H oracio Baptista de C av a lh o q u e vai desempenhar as funções de Juiz de Direito daquela com arca para que ultimamente foi nomea­do.

Para o Fundão partiu ha dias, em go>o de ferias, acom panhado de sua Exm*. esposa, o nosso presado a m ig o Snr José A g a p ito Salvado, contador desta comarca.

'Doentes

T em estado bastante doente, em Lisfc ôa. encontrando-se felizmente m elhor, a Snr.’ D . Rufina f-reire de Andrade, màe do nosso presa­d o Director.

V a c i n a d e c ã e sAs pessoas que ultimarrente vacinaram

«■ registaram os seus animais da raça ca­nina, devem requisitar os talões nos se­guintes locais.

Os de Galveias, ao cantoneiro munici­pal naquela vila, Snr. Antonio Basilio da Siiva. Os de Vale de Açôr e montes pro­ximos ao encarregado da Caixa Postal em V. de Açôr Snr. Jo?é de Bastos Moreira Os de Pernancha de Baixo e Montes pro­ximos, ao Snr. José Pratas Nunes, em Pernancha. Os da Torre das Vargens, no I osto da Guarda Fiícal. Os do Rasquete e montes proximos, ao Snr. Gabriel Lou­renço de Oliveira Os de Longoirel, e montes proximos, ao Snr. Encarregado da Caixa Postal, Sr. Manoel de Oliveira. Os de Montargil e montes proximos, ao Snr. Regedor oaquela freguesia. Os de Vale do Arco, ao Sr. Francisco Antonio Pernão.

Os talões referidos já estão em poder destes senhores.

Câmara Municipal j lluiíii dos Interesses EmíoiéosSessão de 16 de Março

de 1932Presidencia do cidadão Josè Nunes

Marques Adegas (t>ice presidente) eom assistência dos vogais Luiz Branqui­nho C Braga t Antonio Pita de O. Ser­ra.

Correspondencia

— T elegram a do Ex.mo G o v e r n a ­dor C iv i l do Distrito pedindo um ••croquis" da região d o V a le de A çor, para ser junto ao processo de pedido de subsidio para a c o n s­trucção da Poute do V ale de A ç o r . Informou ter sido pedido ao e n g e ­nheiro que dirig iu os trabalhos.

— O fic ios do C h efe da Estação Telegrafo-Postal de P. do S ô r e Chefe da Secção Electrotecinca de Abrantes, pedindo inform ação da casa que nesta vila se a luga onde podem ser instalados os serviços te h g r a fo postais.

Inform ou não haver casa a l g u ­ma p róp ria para instalação de tais serviços que tivesse sido in fo rm a ­da para tal fim, mas sim uma casa onde podem ser instalados estes serviços cu jo proprietário esta dis­posto a vender. . .

— Ofic io do Inspector M unicipal de Sanidade Pecuaria sugerin do a conven ien cia de se estenderem os poderes de fiscalisação da postura anti rabica aos agentes da C o m is ­são Venatoria deste concelho. C o n ­corda, deliberando conceder a tais agentes 03 rt le i id o s poderes.

— C iic u la r d o G o v e r n o G v i l d e Portalegre , transcrevendo uma c ir ­cular do G o v e r n o C iv i l de V ila Real em que se sugere a ideia de serem enviados aos Ex.mOÍ! Ministros das Finanças e C o m e r c io telegra- gram as expressatido-lhe o reconhe­cim ento das Câtnaras M unicipais pela o b ra valiosa realisada em vir­tude da publicação de leis referen­tes aos M elhoram entos Rurais. D e­liberou telegrafar em *tal sentido.

Requerimantos

Requerim entos de Ramiro Pires. Filipe José N o gu eira V a z Montei ro e Jo-é Baptista de C a r v a lh o .d e P. do Sôr, para procederem a re- pãraçO-s en* varios p rtd ios.

— Dito de A v t lino G o d in h o Bra­ga ie Galveias, pedindo auctori- fação para fazer passar fios couduc- to ies de en ergia electrica da sua fabrica para a casa da ^ua reaiden- cia em Galveias. Deferido. _

Requerim entos de Celeste C orrea , joaquin a Tereza, C larin d a Silva. Mai ia Rosa, JoaqiMia M a r u Duar te, da freguesia de Ponte do :>ot e Anto*^ nio M atono, de Galveies. pedindo, a concessão de subsidios a favor de seus filhos. Deferidos.

O utras deliberações.— D e v e n d o o fiscal da Cântara

Alfredo da Silva, abandonar o seu lugar 110 p io x im o dia 5 de Abril, em virtude de atingir o limite de idade, delibera que seja organisado o processo de aposen ­tação.

— H a v e n d o em virtude d o a u ­m ento da população necessidade de restingir a venda de seputuras no cem iterio de P. do Sor. delibe­rou q u e de futuro seja permetido 0 enterram ento em sepulturas p r i­mitivas já ocupadas, d ev en d o 0 enterram ento ser requerido pelo mais p r o x im o parente da pessoa enterrada e desde que haja passa­do depois do ultimo enterramento o praso prescrito no R egulam ento dos Cem iterios. O Fiel do C em ite­rio vereficadas estas condições m an­dará p roceder á abertura da sepul­tura primitiva e depois de devida­mente acondicionadas as ossadas nela existentes perm itirá o enter­ramento, d even do de tal facto fazer m enção n o l iv ro competente.

Auctorisou 0 pagam en to de v a ­rias despesas.

A Comissão Executiva des­te organismo, propoz a reali­sação da Assembleia Geral para o dia 15 de Abril proxi­mo, onde somente serão admi­tidos os organismos econonii- cos do país, filiados nessa data, devendo as ordens dos trabalhos ser a seguinte:

Discussão e aprovação do Relatorio e Contas respeitan­tes ao exercicio da Comissão Executiva.

Aprovação e discussão do Novo Estatuto da U. I. E., distribuindo-se previamente 0 respectivo projecto.

Eleição dos Corpos Direc­tivos.

Apresentação e discussão das Teses seguintes:

Crédito Agricola, Crédito Industrial, Crédito Comercial, Impostos Indirectos, Comer­cio Externo, Vinhos, Cortiças e Conservas.

Agradecimento | A N U N C I O

C e r e t i i s , l i C g u i u e se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vtnde adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimento no Aveni­da Ciddade de Lille em Pon­te do Sore Longomel.

José . Maria Barata, Francisco Bailim Barata, Narciso Bailim Ba­rata, Joaquim C asqu eiro Bailim, M anuel N unes Barata, Joaquina Bailim D urão e N arcizo Teofilo Durão, Emilia Bailim Facha, Jero- nim o A u g u sto Facha, Joaquim Au- g u -to Facha, Maria jo sé G a ig a té Bailim, Carolina Bailim, Herminia Bailim e Emilia Bailim, uo receio de algum a omissão, ainda que in- voluntaria, vêm por esta forma a- gradecer reconhecidos, a todas as pessoas que lhes dirigiram con d o­lências e acom panharam á sua ul­tima morada sua querida e saudo­sa mulher, mãe, filha, irmã, cunha­da e tia Maria da Anuitciada Bai­lim, ebem assim a todos os que ?e interessaram pelo seu estado de saude durante a sua doença.

A todos, pois, aqui deixam vin- c u h d o o preito do seu eterno re­conhecimento.

—— *)»♦• WVmvmm — -

PELOURO eQBLHO

Ponte do Sôr

Pensão SorenseR U A V A Z M O N T E IR O

P o n t s d.© S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

T K U K F - p M K 7 S

f e U N E R A E S . A B R A N T E S jA V /

p q s v M a i s s i m p i . e s a o s 4 H . ã j g f

A N U N C I ON o dia 10 de A b ril próximo* j

pelas 12 horas, á porta, do tribu­nal judicial desta vila, e em virtu­de ua deliberação do respectivo conselho de familia n o inventario j orfan ológico por óbito de Elisiaria ! Rosa da Silva, viuva, moradora, que foi na Rua da Fonte, desta mesma vila, e em que é invetila- riante, 0 filho, G uilherm e da Silva, j residente 110 M onte da T orre ,desta comarca, vai á praça, para paga­m ento do passivo descrito e a p ro­vado, 0 seguinte:

I m ó v e l

U m a m orada de casas terreas com quatro divisões e quintal, si­tuada na dita Rua da Fonte, désta vila, que confronta peio norte com A n to n io Manuel Roças, sul com herdeiros de A n tó n io Lourénço, uascettfe com Casa V az M onteiro e do poente com rua publica, ava ­liada e vai á praça em trez mil es­cudos. 3 . 000$00

São citados para o acto da ar­rematação os credores incertos do casal inventariado e para o p o rtu ­namente deduzirem os seus direi­

tos. sob pena de revelia.

Ponte de Sor, 7 de M a rço do 1932

O E scrivão do 1.° oficio.

Antonio Amaral Semblano Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito.

Manuel Ribeiro

I M I - U - s i c a ,

Vende-se repetorio para banda ou para gra n d e e pequeno g r u p o , com posto de musicas modernas.

T ratar com C ip t ia n o Bailão.

P o a t e cLo S o r

C A S A

Vende-se uma morada de casas c 0 tn altos e baixos, quintal com arvores de fruto e poço, na Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio

N o d ia 3 d e A b r i l p r o x im o , p e la s 1 2 h o r a s , á p o r i a d o T r i ­b u n a l J u d ic ia l d e s ta c o m a r c a , v o l t a m à p r a ç a p e la t e r c e i r a v ê z , p a r a n e la s e r e m a r r e m a -

j ta d o s , p o r q u a lq u e r p r e ç o , o s i p r é d io s a b a ix o m e n c io n a d o s ,' p e n h o r a d o s n a e x e c u ç ã o h ip o ­

t e c a r ia q u e J o ã o P a i s B r a n c o , c a s a d o , c o m e r c ia n t e , m o r a d o r n ê s ta v i la , m o v e c o n t r a J o ã o I z i d ô r o d a C o s ta e m u lh e r I n á c i a C o r r e i a , p r o p r ie t á r io s , m o r a d o r e s n o l o g a r d o V a le d ’ A ç ô r , d é s ta m ê s m a c o m a r ­c a , e q u e s ã o :

N \ 1U m a m o r a d a d e c a s a s t e r -

r e a s % n o s i t io d o C a b e ç o , d o lo g a r d o V a le d ’ A ç o r , d e s c r i ­t a n a C o n s t r v a t ó r ia d e s ta c o ­m a r c a s o b 0 r í \ 9 2 2 a f s . 6 8 v e rs o , d o l i v r o — B — 3 .

N ° . 2U m a s o r te d e t e r r a d e s e ­

m e a d u r a c o m a r v o r e d o d e s o ­b r o e o l iv e i r a s , s i tu a d a n o lo ­g a r d o V a le d o B is p o F u n d e i - ro , d e s c r i ta n a C o n s e r v a t ó r ia d é s ta c o m a r c a s o b 0 n \ 9 2 1 a f s . 6 8 d o l iv r o — B — 3 .

N ° . 3U r n a c o u r é la c o m p in h e i r o s

e t e r r a d e h o r t a d o , n o d i t o l o g a r d o V a le d o B is p o F u n - d e ir o , d e s c r i t a d a C o n s e rv a tó ­r i a d e s t a c o m a r c a s o b 0 n ° . 2 . 5 9 8 a f s . 6 4 v e r s o d o l i v r o — B — 5 .

S ã o c i ta d o s q u a is q u e r , c r e ­d o r e s in c e r to s p a r a a s s is t ir e m á p r a ç a e u s a r e m o p o r t u n a ­m e n te d o s s e u s d ir e i to s .

P o n t e d e S ô r , 2 9 d e F e v e r e i - d e 1 9 3 2 .

O e s c r iv ã o d o I o. o f ic io ,

A n t o n io d o A m a r a l S e m b la n o .

V e r e f iq u e i a a x a c t id ã o .

O J u i z d e D i r e i t o ,

M A N U E L R I B E I R O

£ n t r ç a m i g a s

CT J u l i e t a ? e s te a n o te m o s a P a s c h o a m a is c e d o e te m o s q u e n o s p r e v e n i r a te m p o c o m o s B r in d e s p a r a o s n o s s o s n a ­m o r a d o s p o r is s o n e c e s s ita m o s q u e s a i r f o r a a lg u n s d ia s o n te s p o r q u e o te m p o c o r r e .

N ã o p r e c is a m o s s a i r , b a s ­t a i r n a v é s p e ra p a r a c o m p r a r 0 q u e p r e c is a m o s p o is te m o s c á e m P o n t e d e S ô r , u m a c a s a o n d e e n c o n tr a m o s a p r e ç o s m a is v a n ta jo s o s a r t ig o s p a r a m e f i m .

T a í s c o m o : C h a p é u s , £ 0- n e t s , C a m i z a s , Ç r c r v a t a s e m u ito s o u t r o s , o n d e h a s e m ­p r e n o v id a d e s n o s a r t ig o s d a s u a e s p e c ia l id a d e , e q u e é o e s ta b e le c im e n to d e José Alves da Silva & Irmão a h n a A v e ­n id a C id a d e d e L i l l e .

D urante e s t s mez B rindes a COMPRAS SUPERIORES A ESCUDOS

! 5 0 $ 0 0 .

. A . 3 v 4 . C C X l ^ ^ , I D S

EI D E

daS^va figueiredo, JO.A venida dos Oleiros = Coimbra

Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

M i n e r v a A l e n t e j a n a

T I P O G R A F I A - E N C A D E R N A Ç Ã O

L I V R A R I A « P A P E L A R I A

“ fl ÍI)ocidade„. . .

Quinzenario noIMoso, literário, recreativo e defcnsordos iníeres ses da região.

C o n d içõ e s d e a ss in a tu ra

Em Ponte do Sor, trimestre____ 2110Fora de Fonte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avu lso ........................ $40Pagamento adeantado.

\ | i '★ ★★

A N Ú N C I O S

Na 1." pagina, cada linha ouespaço de linha.......... .. $80

Na secção competente. . . . . $40Permanente cont-ato especial

Não se restituem os autografos quer sejam ou uâo publicados.

DA ACREDITADa MARCA

5 1 N ° E RVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

A A A AEncarrega-se de todas o?

cot\certos em máquinas des­ta marca.

T R A B A L H O S T I P O G R Á F I C O S

E M . T O D O S O S G E N E R O S / I M ­

P R E S S Ã O D E J O R N A I S E L I ­

V R O S / S E M P R E E Ai D E P O S I T O

A S U L T I M A S N O V I D A D E S L I -

T E R A R 1 I A S / L I V R O S E S C O L A ­

R E S / R E V I S T A S / M A G A Z I N E

C 1 V I L I S A Ç Ã O / A B C / A B C Z I -

N H O / E V A / R E P Ó R T E R X / F I -

G U R I N O S / M O N O U V R A G E

E T C . i A R T I G O S E S C O L A R E S

O B J E C T O S D E E S Ç R 1 T O R L O

+s m

m s »(Isw

w ,mS»m%%

v

Constructora Rbrantina, L.Telefone Abrantes 68

a r p i t j ta r ia m e c a n ic a , s e r r a ç ã o d e m a d e i­r a s fa b r i c o d e g ê lo

da

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n .d .e n e ia . p a r ap a r a k .g»

mWmw

Ws »m

w

wm

m

P R I M O P E D R O D A C O N C E I Ç Ã O R u a V a z E V I o n t e i r o P o n t e d o S o r

IA O D I C I D A D E N O S P r E Ç O S

R A P I D E Z P E R F E I Ç Ã O

Ant oni o l GaioA A A A A

A v e n id a C idade de Lille

PONTE DO SOR

Lojd de solas e afanados das principais fábricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

A A ASortido de pelarias finas, tais

como càlfs, vernizes e pelicas das melhores nmrcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Ò ficiha de sapateiro.

C alçad o feito e por medida, para h o m e m ,1 4èiifiòrà è cTÍança. C o n ­certos. Especialidade em obra de b orracha. vV

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as ■ bolsas.

g r a n q u i n h o d o 5

f 05 % I r m ã o , j , . d a

firmazens de JYíoaasi

B. 1.° de Dezempro 40 a 44íS a n t a r é m

Visite V. Ex.a esta casa e aqui i emeontrará alem das mais* recentes novidades em tecidbspara inverno, um gran­de stbch de peies a preços de sensação.

£ :]v ia n ] -se a r q o s tr a s

EucaliptosP ro p rio s para plantações. V endem

se 11a Herdade das Barreira de C im a, do Dr. Joaquim de

Sóttsa Prates ao preço de: glc-bulos a $20.

. Rostrata $50. O b li­qua $50, cada exemplar

Para tratar ha o encarregado

flires Dias Caldeirana próp ria herdade

Cereais, Legumese adubos químicos aos melho­res preços do mercado, vende na sua casa da

A venida C idade de L ille

3oíé de Maios Neues

V A C OIS OS

Procurai em Abrantes a oficina de . f f« sé S a n t o s I S i o u c a s , onde se fazem os mais perfeitos tiabalhos de reparação ao alcance de todas. as bolsas.

Lembra-se aps Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações erri maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

José M i e s ila Silva & í r

Mmiwl íe lliilus Setes

ESTMELEStMEHTOD S

Simplicio loão Alves: M E R C E A R I A S , A Z E I T E S

■VINHOS, P A L H A S

! E CE R E A/S.

; Buenída Cidade de L i l l e - p . d o s o b

eompra e usncle: IS

C e r e a i se l e g u m e s |

A A A A A |

Prsça da Republica g

P O N T E D O S O R f

Manoel 1. Fcntinha Si r i i i i o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

j f v e q i d a C id a d e d e JOille— p õ J f J £ 3) D S & R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m u i t oRevendedor da afam ada cerveja T - ^ l S T S I E T l S r

Prevenim os os E x moS clientes que acabamos de receber u v a ccleção ccm pteta de chapéus de palha para senhora e crianio

Sempre os preços mais baratos. Camisas com dois colarinhos p a ra homem desde 1 5 $ 0 Õ

Rua Rodrigues de Freiius P o n te do S ô r

Cortiça VirgemG ráda e limpa, com pra em qual­

quer local e ao mellior preço.

L uis P e r e ira d e M atos

Carneiro (Linha da Beira Baixa

Ramiro Pires FilipeLoja de Fazendas, JYIercearías e Jfíiudezas

K s p ^ o i i i l i d a d e e m e l iá . «“

Ruas Rodrigues de Freitas e 1° de Dezembro

p a d e i r a * d s

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon->çaló Joaquim.

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

loão Bastísta h RosaP O N - T S D O S O RComissões e ifonsignações

Correspondente de Bancos a Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

ANO 7.°

S "Propriedade da Empreza de

A . M O C I D A D KComposto e impresso na

‘ ‘ n iN E R V A A L E N T R J A N A ,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e d.o S o r

Ponte do Sôr, 10 de Abril de 1932 NUMERO 139

D I R E C T O R

P r im o P e d ro da C on ceição* A D M I N I S T R A D O R ★ E D I T O R-K* João M a rq u es C alado ★

★ J o sé P e r e ira M ota

3P-o.z .â.a. dlor « aPrimo P. da Conceiç&o e Josè V iegas Facada

1 9 2 7 1 9 3 2

* *

Pedida a minlia colaboração na justa hom enagem ás qualidades de João Felicíssimo e, assente pela C om issã o do seu M o n u m en to que as minhas palavras seriam enfeite apreciável neste n um ero do jornal A M ocidade, á sua m^moria C o n ­sagrado, não tive c o rag em para me calar.

A pesar de escolares c o n te m p o ­râneos durar.te quatro anos e do tom cordeal das nossas relações inalteradas pela vida fóra, p o u co privei com elle. Se houvesse que as representar graficamente dariam lima linha pontuada co m lon gos espaços em branco.

Ha p o ie in pessoas que, em col- loquios curtos, se patenteiam m e­lhor que outras em p ro lo n gad o c o n v iv io e, p o rq u e João Felicís­s im o era das p> imeiras, c o m u n ica ­tivo e franco, ju lgo ter formado, da sua personalidade, um conceito Seguro que algum a autoridade me d a iá para delie falar, q u an d o não em atrevida ofeita da minha es pcntanea participação, ao menos, assim, em prompta obediencía ao h o n ro so convite recebido

C u rso u o alfacinha João Felicís­s im o a velha Pscola M edico C ir ú r ­g ica desde 1888 a 1893 e é 110 tavel a melhoria constante e p r o ­gressiva do seu aprendizado.

Lyceal de p o u co brilho, fal com a maxima lenteza permitida e no­tas medíocres o s preparatorios m édicos e sae, ainda mal classifi­cado. das mãos do profr. Serrano , na temerosa Anatomia; lo g o porem, no seg u n do ano colhe em P hysio- logia, a cadeira do tambem temido prof. Bombarda, o prim eiro Lou­vor', depois outros obtem nas ca­deiras mais dificeis dos terceiro e quarto, para o s alcançar em todas as disciplinas do quin to e sahir laureado na sua tese inaugural, trabalho interessante e serio sobre os "Kistcs Dermoides Bregma- ticos" feito sob os auspícios do prof. C u r r y Cabral.

A o contrario de tantos q u e fi­g u ra m de p rodigio s nas suas p r i­meiras passadas e claudicam depois, estropiados, sem mesm o atingiremo fim da jornada, a trajectória a- cademica de João Felicíssimo foi, crescente de brilho, expressão de uma perfeita maturação mental; tão b oa ou má que, pr im eiro 110 Sardoal e depois aqui, 11a Ponte de Sor, onde veio suceder a Cris- tiano Calado, se revelou co m o e- x em p lo verdadeiiam ente modelar d o medico m oderno!

Neste m odo de dizer q u e ro a- b ranger tudo o que de b om havia n o consagrado João Sem ana, c o m ­b in ado com a cultura escrupulosa das doutrinas que Pasteur, L ís te re K och genialmente proclam aram .

Na verdade, João Felicíssimo soube conciliar as exigências q u o ­tidianas da tarefa clinica em que foi inexcedivel de dedicação e exi- m io de saber techmco, com as c u ­riosidades esclarecidas e uteis do seu espirito idvestigador, deixando

Ponte do S ôr está hoje em fe s ta com a inauguração do monumento ao Doutor João Felicíssim o, fe s ta de a legria pelo pagam ento de uma divida de gra tidão que havia contraído para com a memória do saudoso médico

Pelas 15 horas organisar-se-ha junto do edificio escolar 0 cortejo em que deve­rão encorporar-se alem das crianças das escolas com seus professores, o elemento oficial e muitas individualidades em destaque nos meios social e cientifico do país, que seguirão em rom agem ao cem iterio, onde, junto do tuuiulo do D outor João Felicíssimo usarão da pa la ­vra alguns oradores, seguindo depois para a Praça da Republica a proceder á inaugura­ção do monumento.

Se é certo que em muitos corações reina hoje uma alegria im ensa peia satisfaçãodo dever cumprido, tambem esta data será de grande saudade para aqueles que no Doutor Felicíssimo per­deram um desvelado e ca­rinhoso protector.

F ez ontem cinco anos que 0 m alogrado am igo dos pobres desapareceu p a ra sempre, deixando m ergu­lhado numa grande dôr to ­do este povo que 0 venera­va quasi como a um D eus pela humanitaria acção de bondade e carinho que lhe dispensou. E esse sentim en­to de g ra tidão á m edida

que 0 tempo corre, parece enraiazar-se m ais ainda na alma daqueles que á p ro ­tecção da sua ciência e bon­dade tiveram necessidade de se acolher. Está ainda bem gravada na nossa me­mória 0 que fo i 0 funeral ao saudoso médico. O p o ­vo representado por alguns m ilhares de pessoas quiz testemulhar-lhe todo 0 afec­to e reconhecimento que lhe consagrava e fo i levá-lo á sua ultima morada na maior e mais comovente manifes­tação de p esa r de que ha

memória nesta terra. M uitas lagrim as se verteram então. Era 0 povo , 0 povo humilde que sabe ser agradecido, que chorava a perda irreparavel do seu gran de am igo, do homem que f e z da sua profissão um sacerdocio e que m orria pobre por am ôr ao mesmo povo, podendo, a travez da sua vida de intenso labor profissional ter deixado uma grande fortuna.

P o is è esse mesmo povo que então 0 acompanhou, que vai hoje, novamente junto do seu tumulo, e do monumento que por subscrição publica f e z erig ir em sua memória, numa grande m anifestação de saudade levar-lhe 0 ultimo testemunho do seu afecto e da sua eterna gratidão .

uma obra apreciavel.D'entre os seus trabalhos em que

se contam:— U m C rim e de assassinato

(1901).— U m inquérito á saude e r o ­

bustez de uma população ( 1 9 1 1 ) .— U m caso de m en ingocelo

(1918).— A lueta anti variolica em Ponte

do Sôr (1920) todos publicados n i Medicina C on tem p o ran ea, destaca­rei o que se re fere— á febre de Malta — publicado nos A r q u iv o s do Instituto Central de H igiene que merece justa citação nos tratados de Epidemiologia, e em que se re­vela o seu cuidadoso desem penho das funções de delegado de saude.

N u m paiz em que, talvez por deprimentes efeitos do clima já fi­xados em deprimidas energias da raça, a preguiça campeia; num pa­iz em que a maledicencia im p ro- duetiva que não a critica util, é entretenimento habitual de pessoas conspícuas, é de admirar com justiça este clinico filantropo, ao mesm o tem po zelador da Saude da grei, investigador consciencioso

1 e cidadão exem plar.I N ão lhe faltou m esm o c o m o ' chefe de familia numa .antinomia,

aliás banal, com o seu apelido]

uma r igorosa adversidade em que eu pude apreciar os quilates da sua alma de pae. A q u i v im eu verificar, no filho estremecido, os sintomas alarmantes, batedores da m orte e presenciar todo 0 es­toicismo da sua alma forte no a- marissitno lance.

O que, pois, se faz hoje á sua m em ória é justo. H onra a p o v o a ­ção q u e logrou, por dilatados anos, todas as vantagens da competencia e da dedicação do medico ilustre, p o rq u e soube ser grata . Enriquece0 cabedal educativo das suas ge ra­ções p orque, aos olhos infantis, dará lição perentie de elevação moral o bronze que 0 perpetua.

1-IV -3 2Belo Moraes

J , á $ r l m a 5 ç f l ô r e s

Faz hoje 5 anos que baixou á cam pa 0 c o rp o do Dr. João Feli­císsimo. M uitos centenares de pes­soas, com 0 coração oprim ido por uma dôr indescritível, aco m p a n h a ­ram á ultima morada aquele que em vida fôra sem pre um simbolo de bondade e carinho e um espiri­to de verdadeia abn egação e sacri­

fício.Q uantas lágrim as se desp rende­

ram então dos olhos embaciados da multidão para irem cair de m an­so sobre o leito ge lad o do saudoso extinto ? !

Q u a n to s centenares de mãos pe­queninas e inocentes desfolharam sobre a campa silenciosa as mais lindas e viçosas pétalas, c o m o que a render ali, á hora do adeus final, a derradeira h om en agem ao se­nhor Doutor ? !

Lágrim as e flôres! Foi tudo quan­to lhe deixou naquele apartam en ­to a saudade de todos os seus a- m igos e admiradores!

A ' volta do cemiterio, com o num son ho, essa multidão que eu vi desfilar ante os meus olhos co ­m o uma m ole imensa e que repre­sentava todo um p o v o c h e io da mais solene gratidão, cam inhava incer­ta e convulsa, ven do despedaçar- se aos poucos o veu de côr lú g u ­bre que encobrira até ali a triste re­alidade!

M o rrera 0 H O M E M !Passaram 5 anos. E 0 tem po —

esse tem po que tudo transforma e faz d esaparecer— n i o transformou ainda o sentimento d ’esse p o v o grato , co m o tambem não conse­gu iu ainda fazer desaparecer da

Q u a n d o 0 sentimento me levava a co o p erar ua con sagração q u e a- m igo s e admiradores desejavam fazer ao D outor João Felicissimo, eu consultei a minha consciência se devia secundar a vo ntade de

! tantos que queriam erigir- lhe um' m o n u m e n to ..................

E lembrei-me do medico ilustre e filantropo insigne.

E tive a dôce saúdade dos anos da minha juventude em que o D outor Felicissimo era um g u ia e com o que irmão mais velho. Per­passei na mente a maneira c o m o Ele acom panhava com carinhoso interesse os progressos dos rapa­zes do meu tem po, os seus c o n s e­lhos, as suas palavras am igas deincitam ento----- Recordei as noutealuarentas de A g ô s to em que n ós , os estudantes de então, passavam os horas de encantamento com ele, ponte f ó r a — discutindo, c o n v e r sa n ­do sobre projectos de futuro que Ele com toda a generosidade do seu grande coração ia o u v in d o , po n d o sem pre uma palavra de ca­r in h o — com placente e b o m .............

Recordei p o r fim o dia inolv idá­vel em que foi a enterrar, a e n o r­me massa negra da gente simples do p o v o c a r p iu d j sincera a perda de « A L G U E M * . . . E até as p r ó ­prias crianças tinham nos o lh os i- nocentes abertos do espanto da­quele cortêjo c o m o ou tro ainda se não vira na terra— a intuição de q ue haviam perdido um « P R O ­T E C T O R » . . ^ a minha inteligencia irmanou-se co m o meu sentimen­to e desde ahi que v iv o no anceio do que hoje é feliz realização: O m on um en to ao D r. Felicissimo.—

Ele que v iv ia na saúdade dos ecraçõ es de nós todos— desde hoje em diante perdurará em bronze imortal no coração de Ponte do Sor que Ele c o m tanto d U velo e n e b re desinteresse serviu durante um quarto de século, espalhando prodigam en te o bem com a sua in­teligencia in vulgar e 0 seu saber

{ profun do.

A b ril de 1932

[Batista de 'Carvalho

Tenente Coronel

sua mem ória 0 nome ilustre e in­

signe do D r. João Felicissimo.

São passados 5 anos sobre a sua

m orte e eu hei-de ve r hoje n o v a ­

mente desprenderem -se dos m es­

m os olhos embaciados lágrimas de

saudade ardente, c o m o verei tam ­

b em pequeninas e inocentes mãos

desfolhar sobre o pedestal do m o ­

num ento aquelas lindas e viçosas

pétalas que vi desfolhar sobre a

! cam p a do finado.

Ponte do Sôr, 1 0 — 4 - 9 3 2

João Marques Calado

. a . M C C i x . A . r i E

d Dr. ]t)óo FeliwiiO Doutor João Felicissimo, essa

alta figura intelectual, tnoral e pro­fissional, não é daquelas que o tem­p o faz esmaecer e se no seu busto de homenagem, a pátina do tem­p o o irá transformando, 11a memó­ria daqueles que foram seus admi­radores—e são muitos, e são quasi todos c s que o conheceram- ela per­durará através dos tempos, trans­mitida pela saudade dálguns, admi­ração de muitos e reconhecimento de quasi todos, e perdurará apre- sentando-o sempre como 11111 ca­racter, uma alta personalidade, em que muitas qualidades se vieram associar para fazer dele uma figura que marcou quer 110 campo pro­fissional, quer ainda 110 campo moral e intelectual.

Das varias pessoas que dele se irão ocupar nesta homenagem, quero crêr, todos podem com ma­is propriedade e competencia, a- precia-losobre os vat iosaspectos da sua vida profissional ou moral; eu, estou conv,eiicido, posso á vontade foca-lo na~sua vida mais intima, mais afectiva, mais de familia, e embora 0 descreva sem brilho nem pretenção, irei contar alguns factos conhecidos para alguns, mas que não foram observados tão de per­to como eu os podia observar e viver.

E’ que a minha familia e a Fatni lia Felicissimo conviviam como se de familia fôssem, numa intimidade de todos os dia®, chorando as mes­mas dores e gozando as mesmas alegrias.

Era eu bem novo, á volta dos meus sete anos, naquela edade em que os acontecimento nos impres­sionam, uns ficando a viver na nos­sa retentiva, e outros esquecendo por completo, nessa edade, eu as­sisti bem de perto nos dias que antecederam a morte do seu queri­do filhinho. quasi da minha euade e meu companheiro nos divertimen­tos da puericia, e eu vi, como aque­le homem sofreu, ele vêr escoar- se a vida—que era a sua vida—ele que tantas vidas salvára e não o podia salvar.

Ainda me recordo, como se ho­je fosse, a madrugada —eu dormia em sua casa para acompanhar mais de perto o pequeno doente--em que chegou o Professor Belo de Morais; como o Doutor Felissimo sofreu quando se tornou definitivo 0 pro­gnostico que ele adivinhava, como este homem que muitcs julgavam brusco e sêco se mostrou 11a sua máxima afectividade!... e 110 decor­rer da minha vida, quando evoco algum facto mais saliente, tenho sempre e sempre que relembrar o Dr. Felissimo, aquele que encami­nhou com os seus bons conselhos, e ás vezes reprimendas, os meus primeiros passos 11a vida escolar, aquele que serviu como orientador na minha aprendisagem profissio­nal, e 0 meu amigo de sempre, 0 homem que foi, sem duvida, de­pois de meus Pais, aquele que mais decidida influencia teve 11a minha escolha de carreira e 11a minha 0 - rientação profissional.

Mas a sua influencia não se fez sentir só sobre mim, não, to­dos os rapazes do periodo que vai de 1903 a 1923, todos aproveitaram os seus sabios conselhos, todos o ouviam e atendiam como se fosse pessoa de familia.

Ao seu prestigio profissional, que era muito, e se estendia muito longe do concelho onde foi clinico dedicado durante 24 anos, juntava um grande prestigio moral que influenciou as gerações dos Poute- sorenses daquele periodo.

E eu digo que 0 seu prestigio não se reduzia ao reconhecimento 110 seu conc°lho dos seus enormes méritos clinicos, digo e posso afir­má-lo, porque era conhecido co­mo ilustre clinico entre a elite clini­

ca da capital e em muitos concelhos ' do Pais.

Nas Caldas da Rainha, sua es­tancia de repouso preferida, onde0 acompanhei muitas vezes, aí onde ele pensava repousar mas continu­ava a sua vida de trabalhador infatigavel, ai tambem era conhe­cido e respeitado e de tarde, depo­is dumas horas de leitura e de es­tudo, para pôr em dia a leitura das revistas medicas que deixará a-' trasar, depois das visitas medicas a alguns doentes reclamando insis­tentemente a sua presença, de tar­de, naquelas lindas tardes do iuici-0 do Outono nas Caldas, sob a folhagem já a desprender-se das suas frondosas matas, o Dr. Felicis- simo formava "cercle”, formava ro­da, em que comparecia sempre o tambem grande cavaqueador ecul- tifsimo e ilustre masgistrado Dr, Ramiro Ferreira, stu gtande ami­go, 0 prestigioso clinico de Beja Dr. Palma Mira e tantos outros, ai era vê-lo, era ouvi-lo, aqui lançando um comentário, mostrando a sua alta inUligencia e cultura, alem coutando uma anenota com uma graça infinita —é que o Dr. Felicís­simo, quasi enciclopédico, era tam­bem um mestre de dicção e um en saiador de teatro duma grande ha­bilidade.

A sua grande vontade de saber, de estar sempre ao facto da scieu- cia mais moderna, faziam-no assi­nar varias revistas médicas, com­prar livros novos, e até, coitado, pouco antes da sua morte substitu­iu parte da sua bibliotéca medica, já antiquada, por livros modernos, com os conhecimentos do post — guerra.

Os seus vastos conhecimentos e a sua infatigabilidade aliados a um senso clinico admiravel. fizeram que o seu nome fôsse respeitadís­simo.

Tinha uma vasta clinica espa­lhada por todo o concelho, onde ia constantemente, o consultorio sempre cheio, mas ainda lhe so­brava tempo para colaborar nas revistas medicas e preparar relató­rios sobre higiene que s^ndo obras de valor profissional não deixavam de ter valor literário.

Mas ua sua vida profissional talvez a sua maior preocupação et a o seu hospital; com que carin­ho e cuidado ele tratava tudo que ao Hospital seteferia, já compran­do material, já tornando tudo que ele tinha e tem de desconfortável e inadequado,. fazendo dum dos piores hospitais da provincia um iiospital onde se faziam inúmeros tratamentos a-pár de operações já 110 campo da alta-cirurgia. No seu hospital fez milagres, ninguém melhor os poderia fazer, material deficiente, instalaçõeshorriveis, mas nem ifso o fazia recuar; não se julgue que arriscava os doentes ásurpreza duma aventura, não, tu­do quanto ali se fazia era cuidado­samente estudado e observado.

No Hospital era duma economia exagerada . . . q u e descompostura se algum de nós iriutilisava uma agulha de injecções!! zelava pelos haveres do Hospital, mais, muitís­simo mais do que pelos seus, por­que 11a sua vida era dum desinte­resse desmedido e invulgar, tanto, tanto que exercendo clinica largos anos e exercendo-a com uma inten­sidade inultrapassável, não conse­guiu amealhar coisa alguma; quan­do morreu tinha apenas o que ha­via herdado!! e tinha que ser as­sim. . .recordo-me dos primeiros tempos da minha clinica uma das vezes em que o substitui; uma mu­lher foi consultar-me e saia sem

! agradecer ou perguntar quanto ! devia; á observação por mim feita,’ respondeu-me: julgava que se pa-1 gava 11a farmacia quando se paga a

receita!!! Qutre dizêr; o seu desinte-! resse era tanto que nem os doentes1 ficavam sabendo do favôr recebido.

E sendo pouco e baço 0 que ai fi­

ca,. do muito que haveria para dizer, dá uma leve ideia da sua ri­ca personalidade e da fecundidade da sua existencia.

E eu gostaria bem que esta mi­nha descripção fosse entendida e sentida pela gente simples e hu- rnil le que me lêr. por essa gente humilde a que o Doutor Felicís­simo pertencia, a que eu tambem pertenço, por essa gente para quem ele mais trabalhava, por essa gen­te que eu, quero crer, guardará es­te jornal, não pelo valor dos seus dizeres-na parle dita pormiin-mas porque ele fala do seu Grande Médico: 0 Doutor João Felicissimo.

A minha Terra perdeu 1 10 Dr Felicissimo um dos maiores médi­cos rurais do Pais—senão o maior —maior pelas suas adiniraveis qua­lidades clinicas, sua actividade infa­tigavel, um inultrapassavel desin­teresse e um enorme prestigio, a- liado ainda a um grande amôr á terra que é tambem a minha.

Avis 3 de Abril de 1932 Jayme Joaquim Pimenta Presado

D elegado de Saude de Avis

ão Sr. ioão FelicissimoPara escrever com exatidão da

vida clinica do Dr. Filicissimo seria necessário coleccionar dia a dia to­dos os seus factos, porque cada um d'eles encerra matéria bastante e digna de ser registada e apontada a todos, como modelo de compe­tencia ezêlo profissionaes. Mas, pa­ra justificar sobejamente esta mani- festaçãode profundo reconhecimen­to de todos os pontessorenses ao ilustre clinico, não revolvendo a me­mória para avivar muitos assuntos já esbatidos, basta citar alguns dos mais importantes que marcaram, e hão-de marcar para todo o sempre, a sua passagem p.Io logar dc fa­cultativo municipal de Poute do

| Sor, passagem brilhante e rara que ninguém até hoje excedeu ou, pelo menos, atingiu.

Assim, foi o Dr. Felicissimo, com o seu espirito de homem in­teligente e de trabalhador incansa- vel, quem organisou com a maiot competencia os serviços de saude neste concelho, a ponto de apre­sentar esta sub-delegação c o it o uma das primeiras do país, aureo­la que conservou durante a sua vida.

Ai demonstrou o Dr. Felicis­simo exuberantemente os seus vas­tos conhecimentos sanitarios, or- ganisando minuciosamente os va­riados serviços de estatística, nulos até então. Desenvolveu, dentro do possivel, a acção do posto de de­sinfecção, ainda que rudimentar, mas sempre benéfco. Iniciou a as­sistência aos numerosos exp stos, que com toda a pontualidade rece­biam da sua mão 0 obulo ca- marario e a sua persistente e cari­nhosa fiscalização sanitaria, obri­gando as mães a trata-los com os cuidados precisos, dando-lhes as necessarias indicações e mostran­do-lhes os perigos do seu desleixo. Esses desprotegidos da sorte, que hoje sao home.is, devem lembrar sempre com veneração a memória de quem tanto os protegeu ua pri­meira idade, e muitos deles, se vin­garam, devem-no certamente aos cuidados com que 0 Dr. Felicis­simo cs assistiu.

E’ á sua investigação persistente e metódica que se deve a desco­berta concreta e segura da ftbre de Malta 11’esta região, descoberta de alto valor social e economico, permitindo mais facil ataque a uma doença que tantos males causa e que até então se apresentava mas­carada por outras. Foi ainda 0 Dr. Felicissimo quem afanosamente co­lheu os mais valiosos elementos para 0 estudo nosografico do se-

zonismo na freguesia de Ponte do Sor, mercê dos quaes se comple­tou mais tarde esse trabalho. A fal­ta de saude e de tempo não lhe permitiram completar muitos tra­balhos de incontestável valor cien­tífico, que certamente viriam preen­cher lacunas que ainda hoje estão em aberto.

Não foi menos elevado o seu papel como medico hospitalar. En­contrando um hospital a que tudo faltava, principalmente direcção, o Dr. Felicissimo transformou-o o melhor possivel dentro dos seus minguados recursos, orientou-o dando-lhe aspecto clinico, morali- sando-o e tornaudo-o util a todos, principalmente aos pobres. Foi com 0 seu enorme esforço, promoven­do recitas, festas de caridade etc que angariou os meios com que comprou roupas e a quasi totali­dade do material cirúrgico que lá vemos. Muitas vezes, para o man­ter aberto, recorreu ás esmolas de pessoas generosas que nunca ne­gavam o auxilio pedido por quem tão altamente asssim se dignificava.

Foi aqui que, mais uma vez, provou ser com justiça o discípu­lo dilèto do grande mestre da ci­rurgia portuguesa, Dr. Curry Ca­bral, mostrando bastas vezes a sua grande competencia de cirurgião, que devia ter procurado meios mais fecundos que o elevassem á cuiminancia da ciência a que tinha direito. Não o quiz, sabemo lo bem. Preferiu a modesta clinica dos cam­pos, menos productiva, é certo, mas onde 0 seu espirito beneficen­te melhor se adaptava. Foi aqui que a seu lado, durante anos, re­cebi do Dr. Felicissimo ensinamen­tos dos mais uteis para minha e- ducação, e 011 ie aprendi muitas coisas que a clinica rural exige, e que em geral nas escolas se não ensinam. Foi com oDr. Felicissimo que aprendi a dar os primeiros passos 11a vida medica, e com quem mantive as primeiras discussões cli­nicas, feitas pelo Dr. Felicissimo dentro da maior correcção e leal­dade, sem exibicionismo ridiculo, mas com pura intensão de esclare­cer, argumentando sempre com claresa e profundo saber.

E mais e mais factos poderiam ser apresentados, se não chegassem es­tes que resumidamente apresento, para justificar plenamente a modes­ta mas sincera manifestação de a- preço e de agradecimento que os seus amigos levaram a cabo, man­dando erguer o seu busto 110 seio da povoação que tanto acarinhou, mostrando a todos que a sua me­mória jamais será esquecida, mani­festação a que respeitosamente me associo, rendendo assim como pon­tessorense e modesto colega, 0 maior preito da minha grande a- dmiração e agradecimento ao me­dico ilustre e estudioso, ao funcio­nário zeloso e competente e ao colega amigo, honesto e leal.

Galveias, 10 de Abril de 1932

Pimenta Jacinto

EM f l O H E H A Q E l lVejo nitidamente, neste momen­

to em que escrevo, o João Felicis­simo, o amigo querido que recor­do sempre com saudade, o medico distintíssimo a cujo saber e expe- riencia tantas vezes recorri, 0 co­lega leal que, pela camaradagem, tinha, e praticava, um verdadeiro culto.

Estou vendo 0 Felicissimo tal como o vi 11a primeira vez que nos encontramos. E recordo ainda a impressão que então senti. Poucos mezes havia que eu tomara conta da clinica em Galveias.. Alguem me dissera, falando d’ele, que o Felicissimo era um homem rude, brusco, autoritario e sobranceiro

para os colegas. Tinham-me afir­mado que a oondade não era o seu traço característico e que—até que ponto as aparências iludem! — os doentes lhe não mereciam des­velado cuidado. Assim preparado, não é d'estranhar a desconfiança com que d’ele me aproximei.

D* facto, pareceu-ine, a princi­pio, que se confirmavam as infor­mações recebidas e que era d’acett- tuada frieza a recéção que ele me fazia. Cheguei, 110 meu intimo, a apoda-lo de casca grossa e a du­vidar até de que elepossuisse qua­lidades para medico. Mas passada uma hora de conversa a impressão que de começo sentira era sub-ti- tuída por uma simpatia nascente que se avolumou á proporção que melhor o fui conhecendo e se transformou, pelo tempo adeante, em amisade intensa conjugada com forte admiração.

Sob aquela aparência rude ocul­tava-se um coração diamantino pulsando com todo o sofrim ento dos humildes, e uma refinada deli­cadeza de sentimentos. Sabedor, com profundos conhecimentos, es­tudioso, habil, dedicava-se d’alma e coração aos seus doentes e pro­curava, pelo estudo meticuloso nos casos graves, alcançar p ira eles ou a cura completa ou melhoras con­sideráveis.

Higienista distinto, os seus tra­balhos como sub delegado de sau­de ainda hoje marcam pelo desta­que entre os seus congeneres do districto. Amigo dedicido e since­ro, estava sempre pronto para au­xiliar os que d’ele se abeiravam. Col> ga lealissimo, nunca recusou a sua colaboração desinteressada aos que a ele recorriam, não pro­curando obter efeitos espectaculo- sos nem aureolar-se de famas e re­nomes. Pelo contrario até. Modes­to, como homem de verdadeiro valor que era, como que se afasta­va, se metia 110 escuro para que outros colhessem os loiros que tie ajudara a conqoistar.

Desinteressado—talvez até ao exagêro —não o preocupou nunca a industrialisação da profissão, a ideia da paga a receb r, em con­traste bem frisantecoin o —infeliz­mente! - áspero espirito mercantil da epoca. B m ao contrario, era gratuita muita da sua clinica, exí­guos os seus honorários e —quantas vezes!—de relativa importancia as esmolas deixadas aos doentes mais necessitados

( Sim, euapreciei-obem nos anos que com ele convivi. E depois, quando afastados d’essa convivên­cia pela orientação diversa que cada um de nós deu á vida, tive por vezes ocasião de verificar que não me enganara nos meusjuizos, antes vi sempre confirmada a opi­nião que d'eie formára.

Muito lhe deve a Ponte do Sôr onde, durante tantos anos, exer­ceu clinica como quem exerce um sacerdócio. Felizmente que, ao contrario do que tantas vezes su­cede, a Ponte do Sôr não esque­ceu o que lhe devia. Ao mesmo tempo que em numero especial do jornal local presta sentida home­nagem á sua memória vae, em um monumento atestar perpetuamente 0 seu reconhecimento, a sua grati­dão pelos serviços que esse medico distintíssimo, esse homem de bem, esse cidadão notável lhe prestou. E assim, pelo seu gesto, pelo seu procedimento, a Ponte do Sôr atesta tambem a nobreza de senti­mentos dos s us filhos.

Honra lhe seja,

Caldeira Queiroz

m é i i o o

Visado pela comissão de cen­

sura de Portalegre

DR. JOÃO F E L IC IS S liOPonte do S or vai hoje pagar

um a divida de gratidão inauguran ­d o um m on um en to ao falecido m é ­dico Dr. João Felicissimo. E ao di­zerm os divida de gratidão ju lga­m os em pregar a expressão adequa­da, pois não é a um sábio ou a um hei ói que se pretende glorificar.

Pretende-se sim patentear o re­conhecim ento desta p o pulação pe­lo médico incansável que não sa­bia abandonar a cabeceira do seu doente, pelo fi lan tiôp o q u e levou unia vida cheia de trabalho sem dele tirar os proven tos corresp on dentes.

Q u a n d o p ercorrem os parte des­ta vila recolhendo don ativos para custear as despezas do m o n u m e n ­to, na maioria das casas pobres v im o s chorar lág i im as de profun ­da saudade. Eram lágrimas bem sentidas de corações agradecidas pelos desvelos dispensados peio c lin ico durante pertinaz doença d algum a pessoa muito querida.

E quando alguem con segu e des­pertar nos seus concidadãos gsa- tidào tão profunda, é justo que a lgum a coisa fique que o aponte á posteridade.

O m on um en to que hoje se in au g u r a é uma glorificação, mas o m aior titulo de gloria de Felicíssi­m o sâo as lágrimas que v im o s c h o ­rar aos p o b ie s de Ponte de Sor.

10 de Abril de 1932

Antonio Escarameia

M o n u m e n t o a o J)r. Joao felicissinjo

— Subscrição—

— Ponta do S ò r —

Transporte....................1 i .671 $00Sebastião Tapadas............... 2$00Manuel David....................Filipe Joaquim ................Artur Franco Capitao.........Albano Prates.................... ^$>>Sofia Oil............................. 2|50Manuel Gonçalves............... W'»Antonio Gonçalv.*s............. WOAntoiiio Nascimento...........Henrique dos Santos...........José Qonçalves.................. *$' 'JFrancisco Rodrigues........... 5.UUSilvano Tomaz.................... >0Joaquim Antonio................ «>$0Lourenço Muques Canas.. 10ÇUURosaria Wariana..................Amelia Mendes..................Manuel Oil Alvega............. 2V’0Eduardo Figueira. • .............Antonio José Falcão...........Manuel Silverio................... 1*^0Domingos Mendes............... t nt-rancisco Simão..................José Catarino de Abreu. . . . lOJOOManuel Luciano ................ *$50José Catarino...................... S OAntonio Oueira ................. 15"°Manuel Antonio ............... 3|JUAntonio Joaquim...............Joaquim da Cruz................ 1S-0Simão Antonio.................. $a0Viuva de José da Ferraria.. 2$00Francisco Marçal................ 5$o0Manuel Ouiomar................ 5$00José P a is ................ ........ 2$50Maria Lopes ...................... 2J50Antonio Lopes Calado....... ?$5UManuel Pereira................... 1$>0UJoão Manuel Falca............. 2(j$u0Manuel Joào Falca........... • lu$ut)Antonio Carvalho ............. 2&50Francisco João Falca........... 20$00josé F erro ............... ........ 1$50Joaquim Ouerra................. 2$00Augusto Mendes................ 5$00Antonio Lopes.................... 2$O0Silvano Nascimento Ouerra. 2$00José Nascimento Ouerra .. 2$00Manuel Nascimento Ouerra. 2$00Manuel Querra.................. 3$00Domingcs Pereira............... 2$50João Euzebio........... ....... 2$->0Dionisio Miranda.............. 2$o0Adolfo Sergio......... .......... 2$00José Lucrecio...................... 3$M)Manuel Ouerra.................... li>00Rosendo Marçal................. 5$00Francisco Marçal. . . . . . . . 5$(K)Joaquim Rosendo............... 2$50Marçal Lopes Prates........... 2$50José Paulo Cordeiro........... $50Antonio Rosa..................... 10$00Fiancisca Oalveia Alves... 5$wlMaria dos Prazeres Alves... fi$ 0José Qonçalves Costa......... 5$l>0Antonio David.. ............. 2|>50

João Francisco................. 2$50João Rosendo Prates........... 2$00Joaquina Luiza Rosendo... 1$00Rosendo Correia................. 4$00Antonio Dias...................... 10$00Nasciuunto Joaquim Tapa­

das.......................................... 5$00Miguel Rosendo . . . . . . . . . . 5$00Rosendo loão.................... 2$00Antonio Francisco............. $50 iJosé Antonio Brazão. .. . • 2$t)0Rafael Martins.. ............... 4$00Dionisio Manuel................. 1$00 .José Antonio...................... 2$50 jJoào Marçal........................ 1$00João Pais........................... 2$ >0 |Manue Florentino............... $50Matias José ........................ '$00Francisco Florentino........... $50Simão P in a ................ •••• $50José Pereira........................ 1$00Joaquina Rosa Palmito....... 2150Maria Custodia.................. 3$00Luciana Rosa...................... 5$00João Pereira Junior............. $ '0Pascoal Maria............. ......... 2$50José Pascoal....................... 5$00A itonio Joaquim................. 1$(,0Joaquim Hilário.................. 2JOOJosé Nunes Pascoal........... 1$00Filipe Marcelino................... 2$0i)Manuel Guiotnar ............... 1(!$00Maria Oil Ouiomar............. 5$(X)Francisco Ouiomar............. ifcOOAntonio Pereira............ 5$00Antonio Pascoal Marcelino.. 2$50Jo- qttiin Ruivo.................... 2$0t)José Ma tias......... ............... 1$00

CARTEIRA EEdANTE i V e n i a ôe p r o p r i e d a d e s em C r a t o

A Transportar.................. 12.u l^$2 <

C O N V I T E

A D irecção do G R ( J ° 0 D E S P O R T IV O M A T U Z A ­R E N SE , vem p o r este meio convidar todos os seus conso- cios que queiram associar-se à homenagem a p res ta r á memória do Dr. João Felicis­simo, a comparecerem na sé­de pelas 14 horas, p a ra acom­panharem a bandeira e na su- a maxima fo rça se incorpora­rem no cortejo que vai em ro­magem junto do tumulo do grande filantropo.

Revogação de mandatoT en d o sido publicado neste jo r­

nal, no seu num ero de 13 de M a r­ço, uma escritura de r evo gação de mandato outorgada p o r minha m ãe, e com o este facto possa fazer surgir qualquer duvida a meu res­peito, tenho por bem esclarecer que essa escritura foi feita com o meu consentimento. A procuração a que a escritura se refere, passada em 1927, nunca me servi dela para qualquer negocio, e tanto assim é que a entreguei a minha mãe no p ro p rio dia 13, data da publicação da escritura. Se assim não fosse teria ficado junta a q u al­quer conlracto que eu por ve n tu ­ra tivesse feito.

A V I S OJosé Augusto, ferreiro, par­

ticipa aos seus Ex.raos fregue­ses que mudou a sua oficina da Estrada da Estação para a Rua Miguel Bombarda (Vila Nova), onde espera continuar a receber as suas apreciaveis ordens.

j ) ç e l a r a ç ã o

Antonio Simões Beato e Ernestina Cortiço, He Galvei­as, respectivamente pai e es­posa de Joaquim Simões Be­ato, da mesma vila, veem por esta forma declarar publica­mente que não tomam a res­ponsabilidade por quaisquer dividas que o mesmo Joaquim Simões Beato contraia.

A niversários

= Abril =

10—José Antonio Rosado, em Lisboa e a menina Maria Amelia de Castro Do- iningues em Torre das Vargens.

11— A menina Judit Sirgado Pereira Lisbôa, e D. Ellisa Rocha Costa.

12— D. Joaquina Bailim Durão.13— D. Palmira Dias Paiva e D. Cari-

na Pais da Cunha.14—Manuel J. Costa.lt i—D. Mariana Freire d'Andrade, em

Portalegre e Antonio Gonçalves de Cas­tro, em Abrigada.

17— A menina Maria Branca da Cunha, em Lisbôa, D. Clarice Candida Aires da Silva, José Albertino de Castro Freire de Andrade e Francisco Carvalho Fontes.

18 -Antonio David Cunha, em'Chau- ça e Francisco Martins Cardigos, em Móra.

19—Lucinda da Conceição Serra.21 — A menina Maria Angélica Abades-

so Calado.22—José Agostinho Vieira Gonçalves,

em Barquinha, Engracio Pais da Cunha, em Bemposta e José Emidio Presado, no Porto.

23—Manuel Alves do Carmo, em Mon­targil e D. Maria Cita Lino.

Consorcio

Realisou-se no dia 30 de Março ultimo nesta vila, o enlace matrimonial do Sr- Joaquim Albertino Pais de Andrade com a Sr * l). Kosa Martins de Sousa, gentil filha do nosso presado assinante Snr. Si­mão de Sousa, desta vila.

Paraninfaram tanto o acto civil como o religioso, por parte do noivo o Snr. João Albertino Pais de Andrade e D. Joana Pais da Cunha e por parte da noiva o Snr. Vicente Martins Serra e D. Joseta Dionisio Cardigos.

Na corbeille viam-se muitas e valiosas prendas

Aos noivos desejamos uma prolonga­da lua de mel.

V a r ia s

— Com sua esposa e gentis filhas, par­tiu ha dias para a sua casa no Porto o nosso estimado amigo e con teria neo Snr. João Baptista de Carvalha

— De visita aos seus, esteve nesta vila durante alguns dias acompanhado desua familia o nosso estimado amigo e assi­nante de Veiros do Alentejo, Snr. Anto­nio da Silva Lobato.

Doente

Tem passado incomodado de saude o nosso amigo e assinante, desta vila, Sr. José Joaquim Ventura a quem desejamos j rapidas melhoras.

Pedido de Casamento

Pela E xma Sra D. Helena M ar­tins R uivo e Benjamin Paizana, foi no passado dia 28 de M arço pedi­da em casamento, para o Snr Francisco Martins R uivo, im p o r ­tante proprietário em A lv e g a , a E x.ma S r.a D. Maria Luisa Ferreira J ico b , gentilissima f i l h a d o Snr. Francisco Rudrigues Jacob, co m e r­ciante e funcionário Adm inistrativo em Abrantes.

Nova p ro fe sso ra

Foi nomeada professora das escolas desta vila, estando já a prestar serviços, a Snr.a D. Maria Irene Rebelo Valente Antunes.

C O R R E SP O !ID f l i í !U $f o r r e d a s V a r ^ ç n s

Victimada por uma pertinaz doença que ha bastante tempo a vinha minando faleceu nc passado dia 21 com 69 anos de idade a Sr.a Maria do Rosário Horta esposa do sr Pedro Horta e mãe do nos­so presado amigo e assinante do Entron­camento sr. João Horta conductor da 2.» classe da C P.

A falecida que era aqui geralmente es­timada teve a acompanha-la á sua ultima morada uma enorme multidão, motivo porque o seu funeral constituiu uma grande manifestação de saudade. No ce­miterio constituiram-se sete turnos tendo

j falado á beira da sepultura o sr. Marti-• nho de Jesus Vieira capataz da C P.

A’ familia enlutada e em especial ao nosso assinante sr. João Horta apresenta a Mocidade as suas condolências.

P r é d i o s r - c i s t i c o s

Herdade do Monte da Velha Couto dos Barreiros Vermelhos

« do Coelhum« do Melio< do Mergulhão« da Torrejana

Tapada das Ladeiras* das Oliveirinhas á Fonte de Laranjo <í dos Barruscos« da Fonte Nova« dos Carvalhaes« da Cipriana á Ponte do Chamiço« da Fonte, idem« de Carnaes« da Eira a carnaes« dos Sargaços, idem« do Palheiro, idem« da Vaigema do Buraco da Parreira« de S. Bento« de S. Marcos em Gafetet á Fonte Nova, idem« á Fonte Branca, idem« á Azinhaga do Crato, idem

Courela a Cabrins« da Fonie da Pipa« d’Entre as Aguas« do Pontão« da Fonte dos Ossos em Gafete« do Crujeiro, idem

Um grupo d’Oliveiras no sitio do Pacheco Olival da Fonte do Vale Olival do Estacai Chão dos Frades

« do Carvalho de Janeiro « das Oliveirinhas« do Monte Ornalho « ao Pontão

Horta do Codeçal « Fonte Nova « do Poço

Pomar junto ao Convento de Flor da Rosa 13 moradas de casas na Rua dos Lagartos3 « « a « « « Potes2 « « « « t da Barraca

Quem pretender deve dirigir-se: ~

Em P ortalegre ao D r. M ario Sam paio Em Crato ao D r. Abilio M atias Ferreira

FESTA ESCOLAREm Chança, aonde nos úl­

timos tempos se vem realisan- do uma notável obra pró-ins- trução, efectuou-se no domin­go de Pascoa a habitual festa escolaranual tendo todo o pro­grama sido cumprido no meio da melhor ordem possivel.

De dia e pelas 12 horas efe­ctuou-se o cortejo civico, pro­ficientemente dirigido pelos srs. Joaquim Galveias Mendes e Antonio Antunes Correia, no qual e alem das duas escolas locais e seus respectivos pro­fessores sq incorporaram a Junta de Freguesia, direcção da Caixa Escolar e comissão de melhoramentos, regedor da freguesia, ajudante do re­gisto civil, grupo de académi­cos, antigos alunos, grupo mu­sical e bastante povo, que no meio do maior entusiasmo percorreu as principais ruas da vila, vindo a dispersar ao pé do edificio Escolar, junto

ao qual usou da palavra o pro­fessor—reformado sr. Pires dos Santos, que agradecendoo auxilio de quantos contri­buíram para a festa, igualmen­te agradeceu aqueles que pa­ra a Caixa Escolar e para a obra da nova escola teem concorrido. Seguidamente a aluna Adelina Sapeta falou da exposição que dos traba­lhos escolares se ia abrir, con­vidando todos os presentes a visita-la. E enquanto a referi­da exposição era visitada por inúmeras pessoas que tiveram ocasiãode apreciar delicados trabalhos executados pelas alunas do sexo femenino, cá fora procedia-se á distribui­ção de doces pelas 130 cri­anças das escolas e iniciava- se o leilão das muitas fogaças que para a festa foram ofere­cidas e que deram um lucro muito apreciavel, pelo que só merece louvores aqueles que as ofertaram.

- A , m c c i d - a . d e

A N U N C I ONo dia 24 de Abril próxi­

mo, pelas 12 horas, á porta do tribunal judicial desta comar­ca, se ha -de proceder á arre­matação dos imóveis abaixo relacionados, penhorados na execução hipótecária que Mí> riano Alves Filipe, casado, proprietário, morador nesta vila, move contra João Felis- berto e mulher Henriqueta Maria, proprietários, morado­res no logar do Vale d' Açôr, da freguesia desta vila, e que são:

N°.lUma sorte de terra de se-/

meadura com oliveiras e fi­gueiras, sita no logar de Vale de Açôr, inscrita na matriz predial respectiva sob os ar­tigos 424 e 425 e descrita na Conservatoria desta comarca sob o n°. 2632 a fs. 81 v.° do livro—B—5, avaliado e vai á praça por trez mil e s ­cudos. 3.Ò00&00.

N°. 2Uma morada de casas com

dois quintais e palheiro, sita no dito logar do Vale d' A- çôr, inscrita na matriz predi­al respectiva sob o art0. 611 e descrita na Conservatoria des­ta comarca sob o n®. 2633 a fs. 82 do livro—B—5 , avali ada e vai á praça por cinco mil escudos 5 .000S00

N°. 3Uma sorte de terra de se­

meadura, sita tambem no lo­gar do Vafe d’ Açôr, inscrita na matriz predial respectiva sob o art0. 370 e descrita na Conservatória desta comarca sob o n°. 2634 a fs. 82 v \ do livro—B—5, avaliada e vai Á praça por dois mil escudos. 2 .000S 0 0 .

São por este citados quais­quer credores .incertos.

Ponte de Sor, 31 de Mar­ço de 1932.

O escrivão de Io. oficio, Antonio do Amaral Semblano-

Verefiquei a exactidão.O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

R a m iro P ir e s F i l ip eLoja de Fazendas, Mercearias e Miudezas

E s p e c i a l i d a d e e m c l u i e « f i t f é ^ 4 ^

Ruas Rodrigues de Freiías e l.° de Dezemko

P O JI' T K D O S O U

“fl fDocidads,,Quinzenario noticioso, lilerario,

recrealioo e defensor dos inleres ses da reai3o.

C o n d içõ es d e a ssin a tu ra

Em Ponte do Sor, trimestre....... 2$I0Fora de Ponte ito Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso ......................... $40Pagamento adeantado.

* ★ ★

A N Ú N C I O S

Na !.a pagina, cada linha ouespaço <1e linha.............. $80

Na secção competente........ §40Permanente con fa to especial

Não se restituem 03 autógrafos quer sejam ou não publicados.

s a

UI sorDA ACREDITADA MARCA

5 ‘ N G E f ^

Vende em Ponte do Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

A A A A

Encarrega-se de todos 0? concertos em máquinas des­ta marca.

A n t o n i o i S a i oA A A A A

A v en ida C idad e de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

A A A

Sortido de pelarias finas, tais como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro .

C alçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabam ento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

EuraliptosPt o p tio s para plantações. V e n d e m

se i a Herdade das Barreira de C. ma, do Dr. Joaquim de

Sousa Prates ao preço de: g lc b u lo s a $20. Rostrata #50. O b l i ­

qua $50, cada exem plar Para tratar ha o e n c a r r e g id o

fiíres Dias Caldeiri11a próp ria herdade

j j r a n q u í n í i o d o $ J - a n ?

jTverjtda Cidade de JCiUe—p õ j Y J 8 2)D SÕJ{

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Rccebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa ê

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m u i t oRevendedor da afam ada cerveja

Prevenim os os E x.mos clientes que acabam os de recebe> uma coleção com pleta de chapéus de palha para senhora e criança

Sempre os preços mais baratos. Camisas com dois colarinhos p a ra homem desde 1 5 $ õ õ

uereis os reuar

Ed e '

Silva figueiredo, S .A&Avenida dos Oleiros = Coimbra

Telefoue n.° 903

Soalhos, forros aparelha- ! dos, fasauio, ripa e vigatnen- tos, madeiras em tosco e apa- 1 relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

SSTAS.BLECiM.SHTQC E

Siiplieio leio âlvssM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

VINHOS, P A L H A S E CEREAI S.

Huenída eidade de Lille— p. d o s o r

I I H de Mates Neves

ÍQ5 $ i r m ã o , X, d a

Rrmszens de ModasR. l .° d e Dezempro 40 a 4 4

S a n t a r é m

Visite V. F.x.a esta casa e aqui emeontrará alem das mais recentes novidades em tecidos para inverno, um gran-

I de stoch de peles a preços de sensação.

£qviarq-se anjostras

Procurai em Abrantes a oficina de « f o s é d OS t a n t o s I l i o u e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que tuna das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

f/ Constructora Rbrantina, L.b fda « Sw

V!/

aW

waswmw

Telefona Abrantes 68Vrarpir^ctia tr.eccrica, serração de madei- ^

ras fabrico de gêlo ^

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car-

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti-

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc. WV I O A M E N T O S E B A R R O T E R I A $

SXfSede e oficinas em Alferrarede

C c r r e s p o n d e n c i a p a r a , A B R A N T E S

Manoel J. ftntinha & ' laão Baptista k RosaP O H T 2 D O S O H

§ — -------- j_____—

Compra e uentíe:I$ C e r e a i s

e le g n m e s»% A A A A A

Praça da Republica PONTE DO SOR

|| Cortiça Virgemí| G ráda e limp?, com pra em qu

quer local e ao m elhor preço.

U T i l l i c s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

Rua Rodrigues de Freiras P o n te do S ô r

•Lu Is P e re ira d e M atos J> íadç i ra 5 d ç ^ í r h o

a»©i

Caruoeiro (Linha da Beira Baix Para construcções a preços&© PSL0UR0 C0SLHQ de concorrência. Vende Gon­

1 -<âi.c3.v-©g-a,a.© çalo Joaquim.$A Avenida Cidade de Lille

$ Ponte do Sôr PONTE DO SOR

C om issões e ifonsignaçõssCorrespondente de Bancos e

Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

Anuplio Correia y f e f y3iv<Eed.íoo " V e t e r i i \ a x io

—PoDte do Sôr—

Consultas todos os dias.

ASO 7.° Ponte do Sôr, 24 de Abril de ii)32 NUMERO 140

Propriedade da Em preza du , , \ j i o < i i * \ » i<;

Composto e impresso na

‘‘n i N F R V A ALfc NTf JA NA„ PONTE DO SOH

Redacção — Rua Vaz Monteiro IP o n .te d.o S c r

D I R f c X T O K

P r im o P e d ro da C on ceição*1 A D M I N I S T R A D O R ★ E D I T O R ** João M arqu es C alado

*★ J o sé P e r e ira M ota *

2? uai d. a, do voaPrimo P. da Concetç&o e José Viogaa Facada

H Inauguração do Monumento ao

JDv. 3oão ^eUc\ss\mo

Revestiu-se da maior im p o n ên ­cia a par duma tocante simplici­dade, a por t ó s noticiada in a u g u ­ração d o m on um en to ao Dr João Ftlicissim o, médico ilustre hâ cin­ca anos falecido e por quem o p o­v o oeste concelho tem uma senti­da veneração.

Pelas 15 horas e junto aa edi­fício da escola primária t lem entar, o ig a n iso u -se um «xteiiso cortejo d ir ig ido pelos senhores tenenie-co- rimel Baptista de C arva lh o , p r o ­fessor da Escola Militar e tenente José M o urato Cham bel com andan­te ua secçào l< >cal da O, N R

Nrla se incorporaram as esco­las oficiais com os seu^ directores e pio frsso ' es, a C A . d o municí­pio, representada p lo vic<*-Presi­dente. sr. José Nune- M arques A i i fg a s , Dr. Manuel R b e ir o ,me- riti-simo Juiz d>' Direito -it sta c o ­marca, mesa a d m i i M t ; tiva da -san­ta Casa ila Mizericórdia. Junta de Frrjítiesia, re j- dor, direcç4<> da cor- p c i a ç j o dos Bombeiro* Volm itá- ii<". comissão do niom nn nto, Junta Oe Freguesia .las Q d v ias,11 presei tada p< lo r e s p c ivo pre­sidente, sr. Jt.aquim t .r spo, g r u ­p o s desp ortivos «Electiico» e «M - iu?arense» com os resp-ctivos es- tandaites e gra n d e num ero de só­cios, Sindicato A g r i io la , tep*esen- tai te da f>milia d o hom enageado, nit ilicos o o c o t celho e tios <iutdo- tes, fUncionaiios públicos, f i larm ó­nicas oe Ponte Uo Sor e de M ó a, esta última v i"d a propositadam en­te com tal f:tn, r p o v o , imensa m ultidão de po vo, qu -c o m as s in s lágrim as punham na manifestação um a sentimental n as b m signifi­cativa nota.

D irig indo-se o coi tt jo para o cem iterio, pelas o ianças das esco Ia-, foram lançadas bastantes florrs n o socalco d o jazigo que gu arda O ' restos do fal-cido, usando então da pala vi a o sr. P r im o Pedro da Conceição, director de € \ M ocidade», qm aludindo á vida profissional do Dr. Joâo Felicíssi­m o disse sei t-la um salutar exMn- plo a í pontar às crianças pieseti- tes, pa ia estimulo oa sua vida de hom ens. C o m o pontessorense as- socia-se de alma e coração á h o ­m en agem que fStava sendo piesta- da a quem tinha sido sem pre um b om e nm justo.

D eixando o cemiterio, encam i­nhou-se o cortejo p a ia a Praça da Republica, on d e em frente ao m on u m en to então co b erto prla bandeira do m unicipio se e n con ­trava uma tribuna, ua qual tom a ­ram lugar não sò os facultivos pr»sentes á Ceiimónia, c o m o tam ­bem d iv e is as ilidivfdualioades que a ela assistiram.

Em n om e da com issão falou o tenente-coronel sr. Baptista de C a r v a lh o , que para a sessão que ia realizar-se c on v id ou a piesidir o sr. Dr L o b o Alves, s u b c h t f e dos serviços de saúde da C . P. e g r a n ­de a n n g o do falecido médico.

T o m a n d o o seu lugar usa o

D r. L o b o A lv e s da palavra.Diz da surpresa que para ele

representou o convite de presidir àquele acto, hom enagem sincera prestada a q uem sendo utn gran d e médico soube ser um g rau d e p o r ­tuguês

Enaltece o p o v o de P onte do j Sor por ter sabido mostrar assim

a sua gratidão pelo Dr. João Fe­licíssimo, que pelas suas extraordi­nárias qualidades b e m mereceu uma tal consagração, devida nào a p e iu s aos heiòis mas t 'iiibem á- quel, s que, co m o o hotneiu geado, foram verdadeiros cientista.

S m ct•udiscipulo e com panheiro, teve ensejo de apreciar o talento le que era d o t id o e que ele p re ­

feriu e in p rtg a r na vida socegaJa da provincia á vida agitada da ca- pitai. Mas o facto de a Lisboa ele ier preíc rido Poute do Sor, não o inibiu de trabalhar muito, de tra- b.ilhar quási sem repouso.

E esta afirmativa:, cra doente. Se repousasse, curar-

se-ia, mas c o m o não queria dei­xar o sacerdócio da sua profissão embora á custa da sua já abilada s<*ú l e - d e n t r o em b reve a tnotte o levou.

C o m o médico, c o m o colega dele na C . P., representando os ser­viços clinicos ua com panhia e tambem em nome da sua direcção, associa-se aquela hom enagem . A - gradece o teren -n o con vid ad o a este acto presidir, abre a sessão e convida para nela secietaiiarem sen horts Drs. Pimenta Jicinto, ue Galveias e Manuel FernaMdes, de Abi antes.

Lê-se a seguir a imensa corres pondencia n c e b id a , dentre a qual ha a destacar uma carta do sr g o ­vernador c vil do distrito, del gait- do a sua lepresentação no adminis­trador do concelho, sr. Tenente M ourato Cham brl; do c o ute de Mafra; do D r. Caldeira Q u e ir o z , de Vila Fernando; da Faculdade de Medicina de Lisboa; do D r. Custodio Cabaça; do Director do Instituto B iCteriologico, etc,

F d a então o sr. josé M arques Lem os, de Portalegre. M o v id o p e­la g ia t id a o por serviços prestados, ali vem cu m p rir por isso uma o - b iigação . p estando culto â m e m ó ­ria de^se hom em , que soube ser um agu rrido soldado do exercito do bem.

Usa a seguir da palavra o sr, tenente-coionel Baptista de C a r v a ­lho, que diz ser o busto a in au g u ­rar uma bela afirmação da fé das gerações actuais da Ponte do S o r , prova evidente de que não foi etn coração ingrato que o D r.

; Felicissimo lançou a semente das | suas boas obras,1 Referiu-se à grandiosidade do

enterro do hom enageado e c o m ­para-a á da manifestação q u e se está fazendo.

! O espirito do D r. Felicissimo — exclama o o r a d o r — paira entre nós, poi que nâo m orrem tunica ua nossa mente a memória dos que

c o m o ele tantotrabalharam pelobetn dos ou tro E num belo e com >- vente apelo exclama:

G en te da minha terra! A* vos sa gu arda fica o m onum ento, que cauta uma sincera hom enagem de todos nós a o grande mè nco que foi o Dr. João Felicissimo que uo b ron ze do seu busto perpetua bem a sua alma de diamante!

C o n ju g a a data naci mal 'le Q de A b i i l com a data L e a l daq H e dia, legitima g ló ia p i r a quantos c o m o i le se orgulham de ser pou- teásoreuses.

A pedido do presidente da so Ic iidade, é então convidado o sr. João Leal de Matos e Silva a descerrar o busto de seu tio, o que ele faz uo meio do maior re­colhim ento da multidão, que durante dois minutos gu a rd o u o mais re ligioso silencio.

Term ina.lo ele, pelo secretário da com issão, sr. Joào Marques Cala d o foi lido o resp tetiv o auto de inauguração e entrega á ctm a- ra m unicipal do refen do busto, pei frito trabalho da autoria do escultor sr. José Pereira, profes­sor abalisado da escola A fonso D om in g u es , d e L i s b o .

L depois de p las individualida­des presentes e pelos m ein bios da com issão prom otora da hom ena­g e m ter esse auto 3Ído assinado, no m eio d o m aior recolhimento debandou a en orm e multidão que a tão com oven te acto assistiu.

Çranaes f e s ta s enj Vale de Jlçôr

N o s dias 1 e 2 de M aio, proxí- rro , realisam-se na visinha aldeia do Vale de A çô r os tradicionais festejos em honra de Nossa S en h o ­ra tios Prazeres. O p rog ram a é o seguinte:

DIA 1

A ’s ò h o r a s— Subirá ao ar uma giraudola de fogu tes anunciando o inicio dos festejos.

A 's 8 h o r a s — L h g id a da distin­ta Banda dos B o m b íir o s V olu n tá ­rias de Poute do S ôr, que percor­rerá as ruas da aldeia cu m p rim e n ­tando os seus habitantes, iniciati- uo-se em seguida o peditorio.

A 's 12 horas — Reum ão de foga­ças que depois seguirão processio- ualmente para a C ap ela de Nossa Senhora dos Prazeres.

A*s 14 h o r a s — Missa solene a g r a u d e instrumental e serm ão por um dos melnores oradores sagra­dos.

A ’ s 16 h o r a s — Procissão em v o l­ta da Ermida e venda de fogaças.

A ’s 18 horas— Saida da Ermida em direcção a V ale de A çôr, e en ­trada da procissão nesta aldeia, se­guin do-se a entrega das bandeiras aos n o v o s festeiros

A 's 21 horas - Abertura da q uer­messe e arraial, concerto pela Ban­da em que seiá executado um ex­plendido reportorio, bailes e des­cantes populares, queimaudo-se nessa ocasião um vistoso fog o dc artificio confecionado pelo habil p irotécnico dos Valhascos Snrs. H enrique A lv es Am eixie ira & Fi­lho.

D IA 2

A 's 0 h o r a s— Reabertura da q uer­messe e leilão das restantes p ren ­das, arraial, bailes e descantes p o ­pulares abrilhantados pela mesma Banda.

O ninho é para as aves o m e s ­m o qne o b ^ rço é para u m a crea u - ça recemuascida,

Pei i mesmà razão que a mãe carinhosa e terna prepara cora an­tecipação o berço e o en xo va l p a ­ra o f<lho, de m odo que ao nascer ele encontra as com odidades que precisa, assim tambem a ave se an­tecipa no arranj > de um > b n g o a - dequado para que os filhos, que nascem im plum es, en contiem o calor e o agazallio que lhes é in­dispensável e os ponha ao a brigo das investidas de outras aves.

O ninho, alem de indispensável para crear se a ave rteem nascida, qua sem ele estai ia sujeita a tantos perigos, é tamb in necessário p ira o acto .'a incub ção.

Se a lgum as especies se limitam a fazer uma cova no solo coberta com palhas, é isso u na e x e pção que se ob serva enlre os yalm acios c o m o por exem p lo a perdiz e a codoruiz .

D eve porem advertir-se que ps. tas aves p r o c n a m etn uma epoca e m que a tem peraturae muito ele­vada e em que por consequencia o sol é assás intenso.

Sucede ainda com os p o m bos não precizarem nenhum abrigo, por nascerem cotnpl tamente v e s­tidos e tanto que lo g o ao sairem d o o v o acom panham a mãe que o s c h i m a para lhes dar alimento.

H i especies ein que o am or e a dedicação aos filhos chega a tal po n to que a m ã j se despoja de uma g i amle parte das penas para com tias forrai o ninho.

Dá-se esse facto com o g s n s o do norte, que depois de construído o ninho c o m plantas marinhas e g u arn e ce mteirainent- co m as p e­nas tnacias que arrancou a si p r o ­prio.

Esta p lum agem finissim i é bas­tante app.cia ia para almofadas e co lch õ s, e é por isso objecto de uma procura constante, n ego cian ­do-se em gra u d e escala nesse arti­g o em o s paizes d o norte, onde aquela ave abunda.

O hom em , a qu m foi dada x razão e a inteligencia no mais a l­to grau, constantemente abuza de tão elevados atributos para fins p o u co morais.

(Trad.) Lais Leitão

Foram recenseados para o serviço militar aos 20 anos, no corrente ano, por este con­celho, 177 mancebos, assim distribuídos. F r e g u e s i a de

I Galveias, 36. Montargil, 49.! Ponte do Sôr 92.

Destes sabem ler e escrever. Da freguesia de Galveias, 16. Da dc Montargil. 14 e da de Ponte do Sôr, 44.

3 ) í t o S S í ^ n s a r s s

Dizem-me que c h o r e . . .porq*te o pranto alivia a alma dos que so­frem . . . Eu penso de maneira di­ferente: entendo q u e o pranto s6 a viva a saudade, tornando-nos mai* tristes e d e s g raçados e, assim, a u ­menta a tortura q u e nos co n so m e. A s lágrimas c o m o o sonho, a v i ­são do b lo, não suavisam dôres; mas a morte, apesar de h orriv el, é o balsamo d iviuo e mis n co rd io - so o n d e se encontra o descanço eterno.

D urante muitos anos e até há p o u co tem po ainda, pensei q u e a sinceridade era uma rocha form i­dável q u e só Deus seria capaz de desm oronar e o cinism o se desfa­zia ao tnais leve trem ôr dos ven ­tos. Pensava erradamente: a s ince­ridade desaparece a o mais pe q u e­no sô p ro de brisa, enquanto q u e o cinism o não há força possivel ou im aginaria a u e o deite abaixtf do pedestal o n d e se niantê n h í militares de anos.

N unca te ufanes de teres prati ta d o o mal p o rq ue te tornas um ser despresivel na Humanidade; e a indt porque, se nâo é hoje, ama­nhã será em que o has-ue p a g ar com juros.

«0 *

T o d o s sentem aquilo que g u a r­dam, m ts nem todos gu aid a tn aq m lo que sent m.

O s piim eiros são muitas vezes victimas da sua generosidade c o m o os segundos da sua frauqueza.

♦* «

Mentira. E’ a divisa dos maus, o sim bolo da hipocrisia e a lança do em ism o. De m ãos dadas c o m o am or, toda ela se c o m p ra z em to r ­nar o m un do num com pleto d e b o ­che.

♦* *

N ão te iludas com as aparências, para que não tenhas que te a rre ­p ender ámanhã do e r ro com etido por elas.

P. do Sôr, A bril de 1932.

J. M arques Calado

Visado pela comlssãs de c£Q-

snra de Mafôgre

R é c i t a d e a m a d o r e s

Promovida pelo Electrica Foot-Ball Club, desta vila, realisa-se hoje pelas 21 horas, no Cinema Ideal, uma récita em que subirão á cena o emo ­cionante drama em 3 actos

i “ LeonardoT o Pescador" , e a : hilariante comedia em l acto 4‘As Birras do Papá".

O desempenho está confia­do a am grupo de noveis ama

: dores, socios daquele Club,' sob a direcção doex-actorSr.. Manoel Caldeira, revertendo o produeto para o cofre do Club.

Fazemos votos para que to dos desempenhem os seus pa­peis de forma a agradar.

S e n t e à a t v o ^ a ^ e t x aF i n a l i z a n d o

Na Grande Cuerra— P x a n ç a —

A contrastar com os que só por baixa politica con­clamam que a nossa comparticipação na Grande Guerra foi a- penas efectivada para encobrir pústulas morais, individuali­dades de envergadura como o ex-ministro da guerra sr. co­ronel Namorado de Aguiar altivamente afirmam que «os ho­mens que fizeram a politica da guerra, só por isso merecem a gratidão de todos nós».

E porque um tal facto não oferece já a menor du­vida é que, pela parte que nos diz respeito, com estes e ou­tros insuspeitos testemunhos procuramos sempre que ensê- jo temos fazer justiça aos políticos que patrioticamente nos governavam no chamado gabinete da União Sagrada.

Revendo êsses tempos, á nossa mente vem a his­tórica sessão parlamentar de 8 de Agosto de 1914—em que, pela voz dos seus representantes, a nação depoz nas mãos do governo os destinos nacionais e afirmou o seu respeito pela aliança inglesa—o gesto rápido e simples da tomada dos 36 navios alemãis e austríacos surtos no Tejo, em 23 de Fevereiro de 1916 e, finalmente, a declaração de guerra que, redigida naquela tortuosidade de argumentação e insolência de frases com que o Kaiser costumava brindar os paises pe­quenos como o nosso, a Alemanha nos fez em 10 de Maiço daquele mesmo ano.

Depois, depois foram as concentrações militares e ' a partida das expedições para Africa e para França. E como

da acção que a nossa gente, a gente do Alto Alentejo teve nas plagas africanas já no anterior artigo falámos, seja-nos permitido o, para dar fim a tão arrastadas como insípidas resenhas, pôr hoje em fóco a sua bela epopeia nos campos devastados da Flandres.

Somos então obrigados a destacar neste ponto o bem glorioso e sacrificado regimento de infantaria 22 , então aquartelado em Portalegre.

Saido desta cidade pelas 18 horas do dia 19 de Janeiro de 1917 sob o comando do coronel Adriano Augus- t t Trigo, por entre vibrantes e inesquecíveis manifestações populares para a estação se dirigiu com destino a Lisbôa, onde daí a dias embarcou para França.

Com aquela admiravel valentia e impressionante lealdade que é própria Jos norte-alentejanos, ali se portou com brilho e galhardia, suportando heroicamente os ataques inimigos de 20 de Maio, 11 e 12 de Junho e 25 de Dezembro de 1917, bem como os oe 4 de Janeiro e de quási todo o mês de Março do ano seguinte.

Por tal forma nessas horas dolorosas se conduzi­ram os bravos soldados do nosso distrito que ao fazer-se o armistício e, para garantia dele, deliberou-se a permanência dalgumas unidades portuguêsas junto das dos aliados, foi o 22 um dos regimentos escolhidos, porque, dizia a ordem, «de­viam ser dos que mais serviços houvessem prestado».

Isto deu lugar a que na memorável p?rada militar internacional de 14 de Julho de 1918, fôsse a bem gloriosa bandeira verde-rubra do referido regimento que desfilasse à frente do contingente português, comandado, por sinal, pelo capitão Anibal Gonçalves de Azevedo, bravo militar anos depois falecido em Lisboa em condições bem tragicas.

Já por estes factos, já porque foi um dos regimen­tos que mais baixas teve nos campos de batalhà, por deter­minação governamental inserta na «Ordem do Exercito» de 30 de Junho de 1921 foi ele merecidameníe condecorado com a Cruz de Guerra de 1.* classe. E em 14 de Setembro desse ano, com assistência do então Presidente do ministé­rio e antigo alferes miliciano do mesmo regimento, o malo­grado Dr. Antonio Granjo, com a maior solenidade as res­pectivas insignias foram postas na já bem gloriosa bandei­ra do 22 de infantaria, que, conforme escreveu o brigadeiro Lacerda Machado, «em Paris recolheu para a Pátria Imor­tal as aclamações duma multidão vibrante de entusiasmo, fa­lando quasi todas as linguas civilizadas do globo»!

Chegámos ao fim da Historia. Acompanhamo-la a par e passo nos seus mais protentosos lances e em todos eles nos momentos tremendos de responsabilidade e épicos de gloria, a gente da nossa Terra se distinguiu, porque, cer­to escritor o disse, «até nas horas dolorosas da derrota nunca o Alto-Alentejo deixou de ser grande, sendo, por isso mesmo, um exemplo de sacrifício pela honra».

Como região insigne por tantas e tão nobres tradi­ções, o nosso distrito é um emblema de nobreza, cujo civis­mo alimentando-se constantemente na pira ardente e inex­tinguível do patriotismo lhe permitiu o sempre se notabilizar nos factos que vimos narrando e a Historia nos conta!

Mas porque são os individuos que formam as na­ções, os povos e as colectividades e quanto mais valorosos êsses individuos forem e quanta maior soma de trabalho eles despenderem maior será, consequentemente, o progres­so das nações, dos povos e das colectividades a que perten­cerem, ha a necessidade-imperiosa necessidade que ela é-de todos os norte-alentejanos se congregarem em prol da re­gião em que nasceram, região bendita que em cada canto parece ter um pedaço da nossa alma a evocar-nos constan­temente um passado que ao momento presente só de sauda­des em nós pode viver.

jTngelo Jtfonteiro

F E S T A E S C O L A R

C o m o noticiám os no nosso ulti­m o num ero, realisou-se no dom in ­g o de Páscoa, na vila da Chança, uma interessante festa escolar que decorreu no m eio do maior entu- siásmo. Em seguim ento aos núm e­ros desse festejo q u e então to rn á ­m os publico, acrescentamos hoje que á noite, com uma enchente colossal se realisou a recita infan­til. Em seguida ao H in o Nacional cantado pelo orfeão, usou da pala­vra o professor Sr. A n g e lo M o n ­teiro, que dissertando acerca da C aixa Escolar e da obra da n ova es­cola incitou todos os presentes a au ­xiliar qualquer das coisas, de subido va lor para o p rog re sso futuro de Chança, citando, a proposito, os nom es do sr. G o v e r n a d o r C ivil , capitão V az M onteiro , Henrique Brando, en genheiro das escolas e Bernardino B orrach o comerciante em Lisboa, pelo muito que teem trabalhado em pról da n ova escola.

Seguiram-se ou tros núm eros do orfeão, um acto de variedades e a representação da comedia " A Fei­ticeira” , sendo todas as crianças bastante aplaudidas pelo seu de­sempenho, co m o igualmenté a p lau ­dida foi a comedia " O G aiato de L isboa” , desem penhada por um g r u p o de antigos alunos que, e n ­saiados pelo sr. M anoel Carrilho, dessa forma quiz coop erar na o r ­ganisação da recita. Toda a festa foi gratuitam ente abrilhantada por um n um eroso g r u p o musical habil­mente ensaiado pelo antigo e c on ­siderado regente da extinta filar­mónica local, sr. José Ribeiro, que para tal fim co m p o z inspiradas partituras que foram muito a p re­ciadas.

A receita liquida foi de 780$Ô0, importancia que, em partes iguais, vai ser destinada á C aixa Escolar e ao fundo a aplicar na n ova esco­la, cujas obras v ã o bastante adian­tadas e foram ha dias inspeciona- d a s pelo en ge n h e iro sr. H enrique Brando, que prom eteu envidar os precisos esforços para que possivel­mente em O u tu b ro p rox im o, ela esteja já concluida.

Feira Franca de GalueiasN o s p roxim os dias 7 e 8 de

Meio, realisa-se na importante vila de G alveias a sua já tambem im p or­tante feira franca anual, de quin- quilherias. fazendas, ourivesaria, calçado e gados.

Esta feira que ha poucos anos ainda foi criada, desenvolveu-se muito nos últimos anos devido ás enorm es transações especialmente em gados que ali se realisaram e maior desenvolvim en to poderia ter se para esse efeito se fizesse uma boa propaganda, tornando a feira conhecida por toda a parte.

N aqueles dias ha carreiras de autom oveis e camionetes a todos os com bo ios entre G alveias e a Estação do C a m in h o de Ferro de P o n t e do S o t .

Pelo ConcelhoM ontargil

DonatiuoO distinto facultativo municipal

desta freguesia, Sr. D ou to r A n to ­nio R odrigues de 'A z e v e d o , ofere­ceu, há dias. 200$00 ao Hospital desta vila, 200$00 para os pobres mais necessitados e 100$00 para a Caixa Escolar. Estas im portancias | são provenientes dos seus honorá­rios pelo serviço de inspecção sa- nitaria ao g a d o suino abatido para consum o publico na freguesia.

Bem haja tão ilustre bemfeitor.

fl nossa iluminaçãoSabem os encontrarem -se já nesta

vila, para serem colocados b re ve­mente nos principais locais, 4 can­dieiros P etrom ax, que a vereação municipal adquiriu para a ilumi­nação publica. Era um m elhora­mento de que M ontargil muito ca­recia e que mais de uma vez re­clamámos por intermedio de A Mocidade. C o m estes candieiros fi­ca muito melhorada a iluminação publica, que deixava muito a de­sejar, d even do ser distribuídos pe­los arredores os candieiros que foram substituídos.

Cemiterio da uilaEncontram-se paralisados ha bas­

tante tem po os trabalhos de alar­gam en to do cemiterio da vila, es­tando ainda por fazer of rebocos, caiação do m uro, terraplanagens, etc, N ào sabemos p o rq u e se tem dernorado tanto tem po a construc- çáo desta obra que se im põe. Será por nâo haver verba? M as os mon- targilenses já desembolsaram cerca de 30 contos para estes trabalhos que na verdade bem mal adminis­trados teem sido.

eom issão Pró-EscolaFoi muito bem recebida entre os

m ontargilenses a noticia da cons­tituição da C om issão Pró-Escola, composta por elementos da maior representação social desta vila. Por tal m otivo, e visto que desta ve z parece que todas as boas vontades se c o n g re g a m neste unico pensa­m en to — s construcção da escola,— espera-se que muito em breve seja um facto o inicio das obras. A o s brilhantes artigos sobre a “ lnstruc- ção em M o n ta rg il ’’ do distinto p ro ­fessor desta vila Sr. Evaristo V ie i­ra, cheios de sinceridade e saber, publicados nos últimos núm eros de A Mocidade, se d ev e em gran d e parte o entusiasmo q u e entre os habitantes desta vila reina para a constrticção do edificio.

Grupo M usical M ontargilenseA abrilhantar os festejos que se

realisam na visinha aldeia do C h o u ­

to, em honra de S. Sebastião, deve deslocar-se àquela ridente aldeia, no dia 1 de Maio próxim o, o G r u ­po Musical M ontargilense, da habil regencia do nosso conterrâneo Sr. Manoel A lv es do C arm o . E ’ de crer que pela explendida forma em que presentemente se encontra o G r u ­po, este se porte á altura dos seus méritos justificando assim a sua an­tiga fama de ser uma das m elhores filarmónicas do distrito.

Inspecção sanitaria dos suinosEntre os vendedores de carnes

reina um gran d e descontentamento pe'a inspecção sanitaria aos suinos destinados ao consum o publico não ser extensiva a todos os lugares da freguesia, medida que muito preju­dica as transações, não só por te­rem i e pagar dez escudos por ca­da animal abatido, c o m o por mui­tos individuos que lhes fornecem o gado, com medo que este seja refugado na inspecção, preferirem vendè-lo para os lugarejos onde esta se não realisa. N ão seria pos­sivel acabar com esta desigualdade en carregando qualquer pessoa de proceder a tal serviço nos locais onde ainda se não faz?

VariasNa segunda feira de Pascoela foi

ministrada, na igreja matriz, desta vila, a com un h ão a g r a n d e nume­ro de crianças, acto que foi rev s- tido de grande Iuzimento e q u ; há mais de vinte anos se não realisa- va entre nós.

— T em passado muito incom o­dada de saude a Exin.* Sr.* D. Maria A u g u sta Vieira, extieniusa esposa do sr. Evaristo V ieira , oi- g n o professor oficial desta vila.

Desejamos-lhe um p ron to resta­belecimento.

C .

FALECIMENTOA p ó s d oloroso e p r o lo n g a d o so­

frimento, finou-se nesta vila, no dia 10 do corrente, a Snr.* D. M a­ria Manuela de C a s tro Freire de A n drade, de 17 anos de idade, fi­lha do Sr. Raul Pais Freire de A n ­drade e da Snr.* D. Dom icilia de Castro Fernando Pires.

A sua m orte apesar de esperada deixou profundamente co m o v id o s todos os que dela tiveram conheci­mento, dev ido ás apreciaveis qua­lidades de caracter e cora ção dia­mantino de que a extiiuta era pos­suidora.

O funeral realisado n o dia se­guinte constituiu uma gra n d e ma­nifestação de pesar, nele se in­co rp o ran d o centenas de pessoas de todas as classes sociais. Foram organisados varios turnos durante o trajecto para o cemiterio tendo conduzido a chave do caixão o Sr. José Sabino Fontes.

Sobre o ataúde foram colocadas cinco coroas de flores artificiais com as seguintes dedicatórias:

*‘A ’ sua sem pre chorada irm ã” : «Eterna saudade de teus pais e a v ô ” : "H o m e n a g e m dos colegas de sua m ãi” ; ‘ ‘ A ’ memória da Manuela co m o preito de hom en agem das suas am igas” ; " H o m e n a g e m dos estudantes liceais de Ponte do Sôr” ; e um ram o de flores naturais da familia Sabino Fontes.

A com p an h a n d o a familia enlu­tada na sua grande dôr, en viam os o nosso cartão de sentidas c o n d o ­lências.

Assinai 1 Mocidade”

E CORR£SPOHDEKr.SASA niversários

Abril

2 3 — Jerónimo Caldeira.2 4 — D . Valentina de Souza Fer­

reira.2 5 — A n to n io O il de Souza Juni­

or, em M ontargil e José Sabino de C ar v a lh o Fontes, em C o im bra .

2 7 — A menina Joaquim Manta.2 9 — José Pereira do Rosário,

em P crta legre.3 0 — José G rilo , no V ale d ’ A ç ô r .

= =

1 — D. M aria José C u n h a e C o s ­ta e D. Maria da Soledade FelgUei- ra L opes, em Lis-boa, M anuel Joa­q uim C o m p r id o Fernandes, na Estação e Justino Manuel Pontinha.

2 — D. Maria dos Prazeres A lv es , em V ale d' A çôr.

3 — M anuel João Pontinha Juni­or.

4 — D. M aria Freire d ’ An drade, em Lisboa.

6 — D. Irene Rosa da Silva.

V A R I A S

Pela pasta da A g r ic u lta ra foi publicado um decreto que o b rig a todos aqueles que em p re g u em tra­balhadores rurais nos seus serviços agricolas, a fornecer a cada um uma ração diaria de tiês decilitros de v in h o Esta medida é tomada com o fim de atenuar a g r a v e crise vi- nicola que se está atravessando,

— Pela mesma pasta foi publica­d o um ou tro decreto com o fim d e ordenar a produção viticola e o co n su m o dos vinhos, e term i­nando enquanto não fôr legalmente condicionada a plantação da vinha nas zonas vitícolas, fica proibida ess;i plantação. O C o n se lh o S u p e ­r ior de Vidicultura vai proceder ao estudo das bases do decreto res­peitante ao condicion am en to.

Por iniciativa da L iga dos Combatentes da Grande Guer ro, efectuou-se por todo o país, no dia 9 do corrente, a venda duma miniatura de ca­pacete com o fim de angariar fundos para o cofre de socor­ros a viuvas e orfâos de com­batentes e a combatentes de­sem pregados.

Em Ponte do S ôr f o i essa m issão confiada aos antigos combatentes Sr. Tenente Mou­rato Chambel, ao 1.° cabo cor­neteiro da Guarda N. Repu­blicana Sr. Francisco da G ra­ça e ao ex-sargento de enge­nharia Sr. Jacinto Lopes, que apuraram a quantia de 226$00

Pela ImprensaRecebemos a visita dos nos­

sos estim ados colegas O Im­parcial, de A lcácer do S a l e Jornal de Rio M aior, que se publicam respectivamente sob a direcção dos distinctos jo r ­nalistas S n r e s . Antonio C. Conceição e João de Sá.

Gostosam ente vamos esta ­belecer a permuta.

BarquinhaSeg u n d o nos consta, a Banda

dos Bom beiros Voluntários, desta vila, vai ter d en tio em breve n o ­v o regente.

E ’ com satisfação q u e d a m o s es ta noticia atendendo a que esta a- grem iacão esteve prestes a desor- ganisar-se. Felizmente tudo se re­solveu pelo melhor e fo lgam os i- menso p o rq ue assim fosse, pois se­ria uma ve rg o n h a para nós se a Banda terminasse assim in gloria­mente. Fazemos vo tos p o rq u e o n o v o regente, se vier, se dem ore mais a lgum tempo do que os o u ­tros.

- C o n s t a - n o s que a Junta da Freguesia está empenhada para que varios m elhoramentos de que a nossa terra carece sejam levados a efeito no mais curto espaço de tempo. O xalá que os hom ens que a com p õ em não esm oreçam e c o m o todos os hom ens de consciência, sigam para a frente sem desfaleci­mentos.

C .

C o m o noutro lugar noticiamos esteve nesta vila no dia 10 do c o r ­rente, a abrilhantar os festejos da inauguração do m onum ento ao D r. João Felicissimo, a Banda de Musica da Sociedade Instrução Musical Mórense, de Móra, que desinteras- sadamente se prestou a cuadjuvar aquele festejo.

A Banda M órensejnum requinte de gentilesa, ve io á nossa redacção apresentar-nos cum prim entos, que hoje agradecem os coin os desejos das maiores prosperidades-

Devia esta distinta Banda realisar um concertos ua Praça M arquês de Pombal, o qual era a guarda­da com todo o interesse, pela justa fama de que a Banda vinha prece­dida. P o re m , o falecimento de uma pessoa d" familia de um dos m em ­bros da C om issão organisadora dos festejos impediu que este se rea- lisasse, co m o g ra u d e desgosto não sò dos com ponen tes da Banda o j a j BAEbsapanbooiiqnd op ouiod prazer de o ouvir.

ção de G e n e ro s Alimentícios e C ré d ito A g rico la .

O U T R O S A S S U N T O S : — Foi e- xarado na acta um v o to de pesar pelo falecimento do Exm ° Sr. A- iexandre Bento, resolvendo-se ofi­ciar nest» sentido á Associação C om ercia l dos Lojistas de Lisboa e Associação de So co rro s M utues aos E m p re gad os no C o m e r cio e Industria.

S O C I O S : — Foram aprovad os di­versos socios individuais, Associa­ções, Sindicatos A g rico la s e Caixa de C réd ito .

C O W V I T E

O administrador deste C o n ce lh o de Ponte do Sôr, tem honra de convidar o funcionalismo, colecti­vidades, e o p o v o deste concelho, a com parecer na Estação de C a ­m inho de Ferro desta vila, no p r o ­xim o dia 7 , por 12 horas, a fim de prestar hom enagem con d ig n a ao venerando Chefe do Estado, Sua Ex.* Sr. G en eral C arm on a, na sua passagem para Niza, em virtude do com bo io ali ter paragem.

Ponte do S ô r , 23 de Abril de 1932

O Adm inistrador do C on celho

‘"jose M ouratoT a n s a t â

Ui» dos Intel» EciiiiímsCOMISSÃO EXECUTIVA

Reuniu ha dias na respectiva sé­de, Praça do C om ercio , 7, A C o ­missão Executiva deste orga n ism o federativo, que tom ou entre outras as seguintes deliberações:

E X P E D I E N T E :— E xam inou o re­cebido nos últimos dias, de firmas individuais e organirnos econom i- cos, despachando em couform ida- de com os assuntos expostos.

R E C L A M A Ç Õ E S : - F o r a m ap re­ciadas as presentes, por várias co­lectividade econom icas do Paiz, re­solvendo-se dar-lhe todo o apoio por serem justas.

A S S E M B L F IA D A U. I. E . : - P roseguiram os trabalhos da sua organisação, efectuando-se as ses­sões em 15 e lô de Junho p ro x i­mo, apreciando as numerosas res­postas ao questionário sobre Im­postos Indirectos.

T E S E S :— Foi tomado c o n h e ­cimento da que foi enviada pela Associação Com ercial e Industrial de Vila N o v a de Gaia, sobre V inhos do D ouro; deliberando-se solicitar da Associação dos Com erciantes d o Porto, Associação Com ercial dos Retalhistas de V iveres de L isboa e Sindicato A g rico la de Beja as teses, respectivamente, sobre:--Horário de Trabalho no C om ercio , Fiscalisa-

Câmara Municipal5Bssão de 13 de fldril

de 1932Presidencia do cidadão José Nunes

Marques Adegas com o assststencia dos vogais cidadâjs Luiz Branquinho da Costa Braga e losé da Costa Mendes (substituto\

CorrespondenciaOficio do G r u p o de A v iação de

Imforinação, pedindo para que es­ta C âm a ra se esforce por conse­g u ir que o a erodrom o desta vila seja aum entado e livre de obstácu­los que im pedem o seu desenvol­vim ento Deliberou imformar que o proprietário do terreno onde está situádo o aerodrom o está na m elhor disposição de facilitar o aum ento do cam p o e rem over os obstáculos que embaracem o m o ­vim ento dos aviões.

— Ofic io do G o v e i no C iv i l de Portalegre inform ando ter sido pedida pela Adm inistração Politica e C iv i l d o Ministério do Interior inform ação acerca da dotação do lugar de fiscal desta Cam ara por tal lugar não constar do quadro supe­riorm ente a p r o v a d o . D eliberou informar.

— C ircu lar da Inspecção G eral das Bibliotecas e A r q u iv o s en vian ­do um questionário acerca da bi­blioteca e arq uivos municipal.

Para a secretaria.— O ficio da Com issão do M o n u ­

mento ao Dr. João Felicissimo pe­d indo a cedencia do estandarte do M un icip io para c obrir o busto d a­quele medico antes da cerimonia do descerramento. Informou o p re ­sidente ter acedido àquele pedido.

— Bilhete do Exm.° Ministro das Finanças agradecendo o telegrama en viado por esta Com issão, felici- tando-o pela politica definida pelo decreto referente aos m elhoram en ­tos rurais.

Requerim entos%

Requerim entos d e Rosaria de Je3us de M ontargil para passagem de gu ia de entrada nos Hospitais C iv is de Lisboa. Deferido, tendo- lhe sido abonada a quantia de 60$00 para a sua passagem de ida e volta em cam inho de ferro.

Requerim ento de João Lou ren ço Correia , M anoel C ar lo s M acedo e Aires Ribeiro Frade, de M o n U r g i l , pedindo licença para fazerem o-

V e n d a de p r o p r i e d a d e s em C r a í ocfo £x.m S r- Caetano Jtíaiias J^elvas

^ r e c l i o s x - u . s t i c o 3

Herdade do Monte da Velha Couto dos Barreiros Vermelhos

c do Coelhum« do Melio< do Mergulhão« da Torrejana

Tapada das Ladeiras« das Oliveirinhas á Fonte de Laranjo« dos Barruscos« da Fonte Nova* dos Carvalhaes« da Cipriana á Ponte do Chamiço« da Fonte, idem« de Carnaesc da Eira a carnaes€ dos Sargaços, idem« do Palheiro, idema da Vaigem« do Buraco da Parreirac de S. Bentoa á Fonte Branca, idem« á Azinhaga do Crato, idem« da Fonle da Pipa« d'Entie as Aguas« do Pontão« da Fonte dos Ossos em Gafete « do Crujeiro, idem

Olival da Fonte do Vale Olival do Estacai

c do Carvalho de Janeiro « das Oliveirinhas* do Monte Ornalho « ao Pontão

Horta do Codeçaí « Fonte Nova « do Poço

Pomar junto ao Convento de Flor da Rosa 13 moradzs de casas na Rua dos Lagartos3 « * « « « « Potes2 « « « « < da Barraca

Quem pretender deve dirigir-se;—

Em Portalegre ao D r. M ario Sampaio Em Crato ao D r. Abilio M atias Ferreira

2 ) t . J & o té oM éd ico -C iru rg iã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horâs

Consultas no Rocio de A brantes, ás 2.’s, 4.“, 5 > e 6.,s feiras,ás 13 e meia horas

bras em seus prédios naquela vila. Deferidos.

— Requerim ento de D. José de Mascarenhas, de Lisbôa requeren­do que a contribuição a incidir sobre as suas propriedades neste concelho, seja dividida em quatro prestações co m o lhe faculta a lei. D eferido.

Deliberações

Foi apresentado o processo re­lativo á aposentação obrigatoria do fiscal das estradas, A lfredo da S i l­va, por ter atingido o limite da idade, tendo a C om issão lavrado acórdão favoravel á mesma aposen­tação, c o m a pensão mensal de 5 0 1$ 12 .

— Atendendo ao que foi exp os­to a esta C o m issã o pelo arrematan­

te dos im postos indirectos da f r e ­guesia de Ponte do S ô r deliberou nomear fiscal dos m esm os im pos­tos ao cidadão Francisco Aires da Silva, não acarretando para a C â ­mara esta nom eação qualquer en­ca rg o

— Foi pelo presidente apresen­tada uma proposta para que a C âm ara ao abrigo da lei, tribute o v in h o vendido para c on su m o no con celho com a taxa de $10 por litro, considerando validas as ar­rematações dos impostos indirectos

ultimamente efectuadas, visto a

C am ara tributar aquele g e n e ro j c o m a mesma taxa.

í — A p r o v o u varias ordens de pa-

j g a m en to e a p r o v o u o balancete da

semana finda em 9 do corrente.

4 . A . a ^ : C C a 3 ^ u ^ . 3 D E

ANUNCIONo dia 24 de Abril proxí-

Mio, pelas Choras, áporta do íribtmal judicia] desta cornar­ia, se ha-de proceder á arre­matação dos imóveis abaixo relacionados, penhorados na execução hipótecária que Ma­riano Alves Filipe, casado, proprietário, morador nesta vila, move contra João Felis- berto 6 mulher Henriqueta Maria, proprietários, morado­res no logar do Vale d* Açôr, «da freguesia desta vila, e que são:

N«.1Uma sorte de terra de se­

meadura com oliveiras e fi­gueiras, sita no logar de Vale de Açôr, inscrita na matriz predial respectiva sob os ar­tigos 424 e 425 e descrita na Conservatoria desta comarca sob o n ° . 2632 a fs. 81 v.° do livro—B—5, avaliado e vai á praça por trez mil es­cudos. 3.000*00.

N*. 2Uma morada de casas com

dois quintais e palheiro, sita no ditj logar do Vale d' A- çôr, inscrit i m matriz predi­al respectiva sob o art”. 611 e descrita na Conservatoria d *s- ta comarca Mjb o n\ 2633 a fs. 82 do livro— B—5, avali ada e vai á praça por cinco mil escudos 5 .000$00

N°. 3Uma sorte de terra de se­

meadura, sita tambem no lo­gar do Vale d’ Açôr, inscrita na matriz predial respectiva sob o ari*. 370 e descrita na Conservatória desta comarca sob o n°. 2634 a fs. 82 vJ. do livro—B—5, avaliada e vai á praça por dois mil escudos. 2 .000$ 00 . '

São por este citados quais­quer credores incertos.

Ponte de Sor, 31 de Mnr- Ço de 1932.

O escrivão de \° . oficio, Antonio do Amaral Semblano-

V t r fiquei a exactidão.O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

A B R A N f.E 3

P.Q9: JM AIS SIM PL E S AOS ■ '\

M A i S L U X U O S O S •COPO AS, b o u q u e t s

R a m iro P ir e s F i l ip eLola de Fazendas, M ercearias e M iudezas

K h j k v í i i I i d a d e e m o l i ú <■ c i i W

rjv W-wWVfâ-EM P A U S A N T Oi

P E R M A N E N T E

“ ã f f l o c i d a d e , ,O

Ouinz nario nofiuioso, literário, recreatioo c defensor dos inferes ses da região.

C o n d içõ es d e a ss in a tu ra

Ern Ponte <)o Sor, trimestre....... 2110Fora de Honte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avu lso ........................ $40Pagamento adeartado.

★ ★★A N Ú N C IO S

Na 1.* pagina, cada linha ouespaço de linha...............

Na secção competente. ... Permanente cout-ato especial

$80$40

Não se restituem oí autografos quer sejam ou nâo publicados.

íííis piim coserDA ACREDITADa MARCA

S 1N G

Vende em Ponte do Sor, a empregada

T ER E Z A M A N T A

A A A A

Encarrega-se de todos oç concertos em máquinas des­ta marca.

¥★ ★ ★ ★ ■k ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ¥ * * *

EIDE

daSilva <£ figueiredo, jC.

Avenida dos Oleiros =* Coimbra Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasouio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

ESffíBELEGIMEMTQB E

Simplicio ioão AlvesM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

VINHOS , P A L H A S

E CEREAIS.

Buenlda Cidade de Lille— p . do sor

i Minei i!e Mulos tes

A n to n io R. G a ioA A A A A

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães

A A A

Sortido de pelarias finas, tais como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calça io, mia- oezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

Calçado feito e por medida, nara hom em , senhora e criança. Con­certos Especialidade em obra de borracha.

Esmeradi. acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

Pensão SorenseBUA VAZ MOJJTEIRO

2Poxvte d o S ô r

Transpotte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do S ô r (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

Reas Rodrigues de Freiías 8 1° de Dezembro— < m m m - —

P O N T E 1 ) 0 S O R

José Âlfes I Silra & Irmãoj ^ v e r j i d a C i d a c e a e J C i l le — p õ J € S & R

C h a p e la r ia c a m is a r ia c a lç a d o e m iu d e s a s .

R e c e b e m -s e c h a p é u s p a r a c o n c e r to s e t r a n s fo r m a ç õ e s

A d iv is a d a n o s s a c a s a é

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m u i t oR e v e n d e d o r d a a f a m a d a c e r v e ja T ^ . I S T S I E l s r

P r e v e n im o s o s E x m° s c lie n te s q u e a c a b a m o s d e r e c e b e r u m a c o le ç â o c o m p le ta d e c h a p é u s d e p a l h a p a r a s e n h o r a e c r ia n ç a

S e m p r e o s p r e ç o s m a is b a r a to s . C a m is a s c o m d o is c o la r in h o s p a r a h o m e m d e s d e 1 5 S O O

is os vossos carros Deu rProcurai em Abrantes a oficina de « f o s é d o s

S a n t o s H i o a e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

EHET) 252238

Compraie v e n d e :C e r e a i s

e i e g n u i e s

A A A A A

Praça da Republica

PONTE DO SOR

C e r e a i s , I<egam<>se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave­nida Cidade de Lille em Pon­te do Sor e Longomel.

C A S A

Vende-se uma morada de casas c o m altos e baixos quintal com arvores de frutos, poço, Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio.

Cortiça VirgemG ráda e limpa, com p ra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L uís P e re ira de M atos

Çaruseir* (Linha ía Beire Baixa

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portôts, etc.

w Constructora flbrantina, L.Telefone Abrantes 6 8

m Carpiqtana mecanica, serração de madei»*v < * ■wfos »foWfoWfo

ras fabrico tíe gêlo

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, f o r t o \ todos os ti pos de molduras, escadas, poi tas, janelas, etc.

V I G A M h N T O S E B A R R O T E R I A

fcede e oficinas em Atferrarede

C c r r e sp o T i< a .e n .c i» p a x a A B E A N T E 3

Manoel I. Pon ilia &Z E ^ i l i f c i c s

Negociante de Pescarias, Crea- (âo, Caça, Ovos, Fructas

Rua Rodrigues de FreiíasP o n te do S ô r

£ í a c t e i r a > d<> p i n n o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

João Eaptista da RosaP O N T E D O S O HComissões e Consignações

C o r r e s p o n d e n te d e B a n c o s t C o m p a n h ia s d e S e g u r o s Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das tepartiç&es publi­cas.

Anuplio Correis y Albertf^ C oíISc o " V etcx in cw xj o

—P oete de S ír —

Consultas todos os dias„

ANO r.° Ponte do Sôr, 8 de Maio de 1932 NUMERO 141

S _

Propriedade da Em preza deA 31 0 ( I l ) , \ 1 >10

Composto e impresso na‘‘MINERVA ALENTejANA,,

P O N T E DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

P o n t e cio S c r

D I R E C T O R

P r im o P e d r o da C on ceição* A D M I N I S T R A D O R ★1 E D I T O R *1 P u n d a d o x c a*

1* João M arqu es C alado *★1 J o sé P e r e ira M ota * Prim o Pedro da Conceição José V iegas fa c a d a

----------s l f - H ------------------------------ -

Pela pena do professor sr. Evaristo Vieira, colega meu que nào tenho a honra de conhecer, tem este jornal a- dvogado a necessidôde duma nova escola a construir na florescente vila de Montargil.

O que sucede em Montargil é o que, de resto, está sucedendo por toda a parte, onde, e a avaliar pelo que os jornais noticiam, de norte a sul do país se erguem os mais clamorosos protestos, contra o cáos imenso a que chegaram os edificios das escolas primárias elementares.

A contrastar com o quási asiático luxo dos esta­belecimentos doutros gráus de ensino, rastejam como que humilhadas as pobresinhas escolas primárias, sem que o Alto de tão alto que olha as coisas veja quanto afroiitoso isso é para uma uaçào que se rége por princípios democrá­ticos, dentro dum regime em que um dos seus lemas é a Igualdade.

Vai sendo cada vez maior o numero de localidades desprovidas de e.lificios escolares, p «rquanto dia-a-dia se vào desmantelando os poucos que em con lições existiam, st ni que entidade alguma mande repôr uma simples telha que o vi nto tenha U vado, ou colocar um vidro que o camar- telo destruidor de certas gentes tenha partido.

Deste rosário cie mi-érias que se estadeiam país fora fazem éco as colunas da inprensa, qne aos seus leitores as contam por forma a fazer eriçar os cabelos dos que, dentre eles, tenham filhos em idade escolar.

Ha escolas de vigamentos pôdres e carcomidos, c< m paredes corunchosas e cheias de fendas, onde no soa­lho esburacado e enegrecido se acocoritam as crianças que, «como bacorinhos mal apocilgados» de pernas estendidas escrevem í-ôbre os jotlhos, evitando assim a tortura de cer­tas carteiras vindas dalguma colecção de instrumentos inquisitoriais, perteitos fócos, enfim, tir que a nossa ra­ça se dtgenéra e onde o evolucionar da vida da criança é impossível de normalmente se fazer.

E é nesses verdadeiros «talhos de anjos» que os pt queninos portuguêses vão estiolando a saúde e criando as mais diversas doenças, mercê da nefasta acção dessas mansardas que, a cada momento, ameaçam sepultá-los nos stus escombros.

Ri flectindo num tal estado de coisas e procurando para elas o necessário remédio, Montargil e como Montar­gil muitas outras terras do país vao saindo do turpôr em que estavam imersas e procurando resolução para o tào instante problema dos ed ficios escolares.

Só há que aplaudir tão louvável empreendimento, como para louvar é também o esforço dispendiJo pila Re paitiçao dos Edificios Nacionais que—e de justiça é desta- ca-lo de ha tempos a esta parte vem valiosamente auxili­ando essas tâo patrióticas iniciativas.

O país que melhores escolas tiver, será o primeiro de todos os paises. E esta tâo conhecida frase de Jules Si- ínon vem á nossa mente quando verificamos a tenacidade com que o sr. Evaristo Vieira pugna por uma escola nova para os filhos do povo da sua terra.

Ora sendo a insírução inimiga da miséria, não há, por consequencia, povo instruido que seja pobre, só mere­cendo por isso todo o apoio e auxilio os que, como aquele meu ilustre colega, para o povo honrado e trabalhador pe- demescolas, verdadeiras, higiénicas e modernas!

jTngelo J fon feiro

JT * S u z d a "R ibalta

Realisaram-se, c o m o o p o rtu n a ­mente noticiámos, nos dias 23 e 24 de A b ril , 110 C inem a I Jeal, desta vila, duas récitas prom ovidas p r !o Eléctrico Foot-B II Club. tendo su ­b i t o á cena o dram a «Leonardo o Pescador» e a com edia em 1 acto «As Birras do Papá».

O desem penho agradou, tendo alguns dos amadores mostrado certa vocação para o teatro. A am adora Maria M argarida, que tem uma excelente voz, cantou alguns fados que foram muito aplaudidos.

A pedido dalguns am igos cuadju- v o u o ultim > espectáculo o caixei­ro viajante Sr. João Pereira (o Pe­reira do Funil) qne aqui se en con ­trava de passagem, tendo, nos in­teressantes núm eros q u e desem ­penhou, mantido o publico em constante hilaridade.

Jrabalhadores rurais

Foram ha dias afixados editais fazendo saber que por determ ina­ção do Sr. G o v e r n a d o r C iv i l do Distrito, é expressam ente proibido aos proprietários deste concelho, contr b r trabalhadores rurais ex- tranhos ao distrito para trabalhos agricolas A s contravenções sei ao consideradas desobediencia e c o m o tal punidas.

Fesla á Senfiora dos Prazeres

Realisaram se em 1 e 2 d o co rre n ­te, em Vale de A çor, as tradicionais festividades em honra de Nossa

Senhora dos Prazeres, que este

ano estiveram m enos concorridas

que o a n o passado, o q u e certa­mente foi d ev id o á gra n d e crise que se tem feito sentir nesta região.

Pm m l i i ] a citar oasepultura de Sebastião David Rico

C o m o ultimamente noticiamos, tencioiidVd-mos P v a r a efeito uo dia 9 de A b il passado a inaugura­ção da lápide a colncar ua stp u l- tura de Sebastião D avid R icc, nos­so co n terrâ n e o que serviu na G r a n ­de O u erra , tendo-se batido cin Naulila fazendo p .r t e d o celebre es- q u a d ià o jde d ra g õ -s que daquele com bate se cobi iu de glória , onde foi feito pris ion eiro dos alemães, rn^is tarde serviu no C . E. P., em França

E’ uma hom enagem justa que des jav am o s fosse prestada naquele dia a q uem tão bem soube c u m ­prir o seu dever, e que m orrendo ign orad o ha poucos meses foi a enterrar sem ao menos t e r as q uatro taboas de um caixão ondeo seu c o rp o podesse repousar.

,4s importancias apuradas não perm itiram ainda que essa hom e­n agem singela podesse ser levada a efeito, c o m o desejavamos, e as­sim continua aberta a subscrição para que os nossos conterrâneos q u e ainda não subscreveram o fa­çam se concordarem com esta ideia. A g u a rd a m o s tambem nos sejam en viadas a lgum as lista? que fizemos distribuir em Vale de A çôr, para, uma ve z apurada a importancia total verificarm os da exequibilida- de ou não desta hom enagem .

A todos que queiram subscrever- se pedim os a fineza de o fazerem sem dem ora.

T r a n s p o r t e ....................... 82$50D r. Francisco Pais Pi­

menta Jacinto, de G alveias 10$Q0

4 0 $ M l I 0 S F S n u m

A t ran sp o rtar ................. 92^50

C o m a brevidade que as circunstancias permitem, o pôsto C e n ­tral do fomento A p ico la e a C om issã o Central de Apicultura veem de­sen vo lven d o o p ro g ra m a de acção esboçado no primeiro artigo que sob esta rubrica fizeram publicar em D eze m b ro de 1931.

Afigura-se-nos interessante, agora que s inicia a n ova estação apicola, fazer saber aos apicultores nacionais o que tem sido o traba­lho d esen volvido pêlos organism o s encarregados do Fom ento A p ic o ­la e fazer n o v o a p e l o — dirig ido àqueles que ainda não tiveram ocasião de nos escutar — para que venham ingressar na já graude legião for­mada pelos que desinteressadamente coop era m com o Estado na ten­tativa de resurgim euto da apicultura nacional.

E’ da sabedoria das nações que um plano de acção por mais m e­ticulosamente estudado não pode ser considerado perfeito nem aspirar a uma pronta execução. Ainda que muitas dificuldades sejam previstas, surgem sem pre atritos inesperados que necessitam ser cautelosamente rem ovido s. Por ou tro lado a matéria legislada necessita, por vezes, de sensiveis alterações para permitir a realisação perfeita do pensam ento d o legislador. Se levarm os em conta que, as en gren ag en s dum co m ­plicado m ecanismo nem s a n p r e estão num estado de afinação que lhe permita alcançar o m aior dos rendimentos, tê nos a plena justificação para que a obra realbada não corresponda inteiramente aos esforços dispendidos.

O P. C . F. A . e a C . C . A, teem m otivos para estarem satisfei­tos com a marcha dos trabalhos que lhe foram confiados. O decreto d o F om en to Apicola teve o condão de despertar o interesse dos maiores valores da apicultura nacional que se teem dirig ido aos poderes p ú ­blicos manifestando a sua simpatia e oferecendo a sua valiusissima c o ­la b o r a ç ã o — sem a quai resultaria im porficuo o mais extenuante traba­lho dos técnicos.

0 P. C . F. A . acaba de executar a prim eira fase das suas insta­lações. Se bem que incompletas, constituem, no entanto, tortes alicer­ces para trabalhos futuros. N > seu apiario experimental eucontram -se já quasi todos os tipos de colmeias em uso no País; os mais d iversos problem as que interessam a m oderna técnica apicola com eçarão a ser estudados. !u;ciou-se tambem a instalação dum “ parque ap ico la" . Tra- balhar-se-ha sem pressas escusadas., mas com segurança.

Pretendendo interessar ao m áxim o os gra n d es e pequenos apicul­tores, deliberou se organisar um elevado n u m ero de Com issões R e g io ­nais de Apicultura com o fim de permitir uma intima ligação entre os que se dedicam á exp lo ração da industria das abelhas.

D eterm inou se constituir 54 Com issões, tantas quantas as sub-re- g iões agricolas do Pais.

Estão já organisadas as seguintes C om issões para cuja con stitu i­ção e areas de trabalho, cham am os a atenção da lavoura nacional.

1 sub região (M elgaço -M onçào-V alen ça-C erveira-Paredes d e C o u r a e C ain iu lii) Presidente-José A n ton io Dantas (Lanheias), Dr. A n to n io A 'v e s T e iça s -T r u te -M o n ça o e A ifred o A in o r im M a lheiro-Cerveira ,

2 -sub reg ão (A rcos de Valdevez-Ponte da Barca-Ponte do Lima e Viana do Castelo) Presideute-Prof. M ario V ian a-A reo sa- Viana, G u i ­lherme Pereira de C astro -P o n te do L im a e A n to n io da C osta C o u to - V ian a do Castelo.

6 sub região (Sto. T iiso-Felgueiras-Lousada-P. de Ferreira-Paredes- Petiafiel M a ic o de C an avezes e Baião). Presidente Rev. M anuel T a v a ­res de Sousa-R io Mau-Entre os Rios.

7 sub -rtg iao Rezende, Sinfáes, A rouca e Castelo dePaiva) Piesiden- te-Dr. M anuel Rocha de A m o rim -C a ste lo de Paiva

8 sub-região (P ovo a do Varzim -V ila do Conde-M aia-M atosinhos- V alo n g o -G o n d o m a r-P o rto -G a ia -E sp in h o e Vila da Feira), Presidente C a p . M anuel d ’ Alineida O live ira-Saufm s-Vila da Feira,

9 sub região (Montalegre-Boticas-Chaves) Presidente-Acacio M ar­tins Boticas, A u g u sto Fernandes Tuíha e Joào Lameiras.

10 sub -região (Bragança-Vinhaes e M acedo de C avale iros-N orte Presidente’ Dr. A h p io de A b reu Bragança, Tenente Francisco Q o n ç a l ­ves X av ier e A u g u sto Cesar Carvalho .

13 sub-regiao (Valpaços-Mirandela-M . de Cavaleiros-suI-Alfandega da Fé-Vila r lo r-M o n c o r v o -F r e ix o de Espada a C inta e Carrazede de A rt ' ciães.) Presideute-D r. E ugênio G u ed es de Andrade-M irandela, Dr. Manuel da C osta Rocha e José Fernandes.

15 sub-região (Tarouca-Castro d 'A ire e V . N. de Paiva) Presidente Rev. A n to n io Teixeira Marcelino R ebolhos-Castro d ’ Aire, M ario P o n ­tes Aires Pinto M arcelino Fareginhos C . D ’A ire.

16 sub-região (Moimenta da Beira-Penedondo-Sernancelhe e A g u ia r da Beira)

Presidente-josé C a r d o so de Lucena C ou tin h o-V ila da Ponte-Ser- nancelhe.

17 sub região (S. P edro do Sul-Vouzela e O live ira de Frades.Presidente-Prof. B ernardiuo Pereira-S. V icente O . de Frades, José1

d’ Alm eida e Sousa-Figueirosa, José de O l iv e ir a - M arujão Figueiro- sa-S. P edro do Sul.

2 « A . 2 v 4 L C C X E . - A . D E

' 18 sub-região (Viseu-Satão-Penalva do Castelo-Fornos de A lg o -dres M an gu a ld e-N elas-C arrega l do Sal-Tondela-Sta C o m b a D ão e M ortagua).

Presidente-Dr. Julião Pereira da S i lv a-C a m p o de Besteiros-Ton-dela.

2 2 sub-região (M an teigas-B elm onte-Covilhã e Fundão).P res id e n te -A lv a ro de M o u ra -C o v i lh ã . José de C a r v a lh o Tavares,

D r. A m é rico da Fonseca e Cunha.34 sub -região (Batalha-Porto de M ó s-A lco baça-N azaré Caldas da

Rainha-Obidos e Peniche.) .Presidente-José Oil M onteiro Jorge-Batalha. Dr. José Maria Pires

O en s, A n to n io R am os Mira.44 sub -região (A landroal-R edondo-R eguengos e M ourão) Presi-

dente-Dr. Jaime Fernandes Paltna-Reguengos. D r. A r tu r A ires Franco, Braz Garcia da Costa.

45 sub-região (A rra io !o s-M o n tem o r-o -N o vo -E vo ra-V ian a do A len ­

tejo e Portei).Presidente-Dr. Joaquim Manuel dos Santos G arcia-E vora . M igue!

Fernandes Potes, Luis Fernandes de Sousa C a b ra l-V is na.5 1 sub -região (Aljezur-M onchique e Silves-norte).Presidente-Jo-é da Silva Franco M o n ch iqu e. Francisco dos Reis

C alanaz, J o a q : im Valadares Pacheco.3 .a sub -região (Terras do B o u ro A m ares-Vila Verde-B raga-B ar-

cel os e Es pose nde.)Presidente-R; v José da C u n h a Vieira-Braga, Dr. José Duarte

C a rr i lh o B raga José M arques da Cunha-Braga.2 1 .8 G uarda- Alm eida e Sabugal)Presidente R v . |oaq íim Victurino P ra ze re ss-G u ird a D r. João

G o m - s de C a rv a lh o , José Viana de S<>uza-Sobral d Serra.46.“ sub região (A lv ito -C u b a -V id íg u e ira -B jja -F e rre ira do Alente-

jfo e Mertola.)P residente-Dr. José Martins de M ira G a lv ã o Beja. Sebastião M ar­

tins P ulid o -V íd igu eira . F ian cisco de Alm eida L aiça-F erre ira .27 sub-regiao (O v ar-E starre ja -A ve iro llhavo V a g o s e Mira) P re­

sidente-D r. A lb erto S o u to -A ve iro . D r. P o m p e u C ard o so . A v e ir o , A l ­b erto João Rosa-Arada.

30 su b -re giã o (C oim bra - P enacova - A r g a n il-G o is Poiares-Lousã M iran da do C ô i v o e Penelas).

Presidente-Dr. P edro B ra vo -C o im b ra .

A grande maioria das restantes C o m issões está em viasjde formação.

A ideia de organisação de cooperativas de apicultura foi la r g a ­m ente aceite em varias regiões do Pais. Ascedeu? a mais de 50 o n u ­m e ro de m odelos de estatutos que furam solicitados á entidade com petente Apesar das dificuldades a deparar na organisação de socieda­des dêste g e n e ro estão legalmente constituídas á data em que traçamos estas linhas, as cooperativas de C a b ela, Escoural e G raça do D ivô r |i vora), oe T o u r ig a (Tondela), da G uarda, Mirandela e Niza. M uito brevem ente, seg u n do informações recebidas, d e v r ià o com pletar a sua organisação muitas outras cooperativas de apicultores. O s m odelos de colm eias a fo m tc e r a estas cooperativas serão fixados pelo P. C . F. A. de a iô id o com as respectivas Com issões Regionais.

N ão descuram estes serviços a questão da colocação dos nossos m eis e cêras E ’ um assunto que a maioria dos nossos apicultores de­sejaria ver rapidamente resolvida nias que infelismente não p )de ter uma solução m om entanea. Torna-se necessário prim eiro que tudo in­ventariar a nossa capacidade de produção, precisar os nossos tipos de inel S ó depois po derem os u tg ociar-a colocação dos nossos productos em mercados externos. N o entanto, estão-se já realisando varios tra­balhos preliminares nesse sentido.

D vemos é quanto antes intensificar o con sum o do mel no País e com esst o b jtc t iv o já se fixaram as bases para uma intensa e inte­ressante p rop agan da a iniciar brevemente.

C o m o base para um traball.o prof cuo torna-se indispensável p r o ­m o v e r o recenseamento dos âpicultoies nacionais ç q manifesto das colonias de abelhas. Esperem os que este estudo possa ser executado ainda no p:esente ano.

O que deixam os exposto permite aos apicultores portuguezes c o ­nhecer alguns dos pontos que estão sendo cuidadosamente tratados pelos organism os a quem com pete orientar o fom ento dá apicultura nacional.

O criterioso desenvolvim en to dos temas apontados e a indispen­sável colaboração dos nossos apicultores devem garan tir o bom exito. d o s tiabalhos a que estamos dedicando o melhor da nossa atenção.

M a rço de 1932 O Director do P . C . F. A.

( a) Luiz Quartin Graça

U n i a íS e lv a g e r ia

A lg u e m cham ou ha dias a nossa aten ção para o “ segúinte edificante caso, não só d ig n o da maior cen­sura mas até ua interven ção das àuetoridades.

Em certo lugar não muito lon ge daqui, alguns individuos depois de um sucolenlo repasto em que h o u ­v e forte libação, t iv eram a infeliz ideia de correr á desfilada nos ca­valos de que se faziam acom panhar. U m deles, p o rq ue estivesse embri- irgado ou por qualquer outro mo­tivo, perdeu o equilíb r io estatelan­do-se uo chão. Enraivecido, m al­tratou o animal, e ante o pasmo dos com panheiros sacou de uma espingarda de que ia munido, desfe­

chando-a repetidas vezes sobre o animal até que o prestou sem vida. Este facto que revela um instinto fe­roz da parte de q u tm o cometeu, é tanto m fs coudenavel quanto é certc ti atar-se de pessoa que r e ­cebeu algum i educação e que p e r­tence á prim eira sociedade da sua terra.

N ota fin a i

— Manoel! já dei.aste outra agua na redom a dos peixe.-?

— N ão minha senhora.= E n t ã o porquê?Sabei á a senhora que eles ainda j

não beberam a que eu lhes deitei ontem . .

H E R O I S0 alheamento das pessoas

pelas cousas graves é quasi absoluto.

Não falta quem se interes­se por um desafio de qualquer jogo exotico, pelo enredo e- maranhado e assom broso dum folhetim banal, peia garrida iluminação de um edificio em noite de fe s ta , mas são raras as pessoas que se entreteem a ler a vida ou sequer um e- pisodio solto da existencia de creaturas cujo labor é mais que suficiente para nos fazer dedusirou antes desduzir dis­so, reflectir.

Dessa reflexão resultaria, provavelmente, a pessoa me- Ihorar-se moralmente, obvi­ando assim, embora em pe­quena escala, ao inconvenien­te da falta de cultura que é afinal a cousa principal da­quela falta de interesse pelas cousas elevadas e do apreço consequentemente d a d o ás cousas reles ou inferiores.

Vem isto a proposito de uma passagem do r e l a t o r i o de 1877, feito p o r Alexandre Dumas (nada menos que o grande romancista francez), isobre os prémios de virtude outorgados nesse ano.

Refere-se ela a uma crea­tura que, chamando-se Judit Lopes, tem todos os visos de ser portuguesa.

Essa Judit foi decimo quar­to filho de um bufarinheiro que por falta de recursos nem sequer poude mandá-la á es­cola.

“Desde os 1 ! anos (escre­veu Alexandre Dumas) tra­balhava para ajudar os pais e os irmãos e irmãs, que eram numerosos.

A mãe morreu cedo e o pai cedo se inutilisou por doença.

“Eis pois Judit, então com 19 anos, a governar o pai, tres irmãs, dois irmãos e uma avó, esta por tai forma rode­ada de cuidados e disvelos que viveu até aos 103 anos.

“Em tal vida se manteve até aos 30 anos.

“Então, parecendo-lhe já tarde para aspirar a um casa­mento mais adequado, casa com um sapateiro já viuvo e pai de 4 meninas de pouca e- dade.

“Desse matrimonio saem 5 filhos.

‘judit consegue casar tres das filhas do marido, mas uma delas faiecendo poucos anos após, lega-lhe tres crean­ças; á segunda sucede o mes­mo pouco depois deixan Jo um filho, e a terceira, tendo fica­do viuva e com um filho, não poude manter-se por si só, e é ainda Judit que vai eir au­xilio deia.

“Tem, pois, sobre si 15 possoas e a todas ampara com zelo e com o produto do seu trabalho abençoado.”

Esta creatura que no dizer de um pensador anonimo a-

Pelo Concelhom o n t a r g i l

FalecimentoFaleceu ha dias, inexperadam en-

te, a Sr“. A n to n io Faustina, casada com Joaquim Paulo, dos F óros do M ocho, desta freguesia, d e ix m d o alguns filhos na orfandade.

Estrada de Montargil a Pont* do SorEstá já concluído o troço de es­

trada do Pintadiuho ao M o n tin h o, nesta freguesia, no que diz respei to a terraplenagens e ob ras de ar­te Bem podia já com eçar a ser utihsada esta parte da estrada, ain­da incompleta, c o m o está su ced en ­do nas estradas de C o u ç o a M òra e de A v iz a Galveias, mas o e m ­preiteiro não auctorisa o transito por ali, tendo os veiculos de tran­sitar por cam inhos difíceis de trans­por. Não seria facil conseguir- se esta concessão da parte do e m ­preiteiro, evitando assim um tra­jecto maior e mais p e r ig o s t?

Hsfação Telegraío-POstalAfinal não c h e g r r a m a ser sus­

pensos !os serviços telegráficos nesta vila, em virtuJe de enten li- mento entre a C am a ra de Poute do Sor e o proprietário do edifi­c io onde está instalada a estação telegrafo- postal daquela vila, que esteve prestfs a encerrar, o que daria or igem a que a estação de M ontargil encerrasse tambem, vis­to que todo o serviço telt gráfi­co para aqui ve m por Ponte do rjor.

Antes assim. O que u r g e , para ; não estarmos novam ente Swb a a- meaça do encerram ento, é que a Administração G - r a l dos C o rre io s e Tel grafos ou a Cam ara Munici pal tratem de conseguir edificio onde a estação de Poute d o S o r possa ser instalada q uando antes.

c.

Assistência Nacional aos tuberculosos

Para corresp on der ao apelo fei­to pela Com issão Executiva da A s­sistência Nacional aos T u b e r cu lo ­sos, o Sr. Adm inistrador do con ­celho con vidou para uma rt-união na Administração do C o n ce lh o , no dia 5 do corrente, varios cavalhei­ros, solicitando-lhes a sua c oop e ração no sentido de |ser levada a efeito nesta vila a "Sem ana da T u ­berculose” , de 15 22 do corrente.

Dessa reunião saíram constituí­das duas comissões, uma c o m p o s ­ta dos Snres. Dr. João A n drade L o b o Varela , D r. Antoui>. Maria Santana Maia, A n to n io P ires Pais M iguens e Adm inistrador do C o n ­celho e outra pelos Snres. Dr. A n uplio C o r r e 'a y Alberty , José Zuzarte de M endonça, José Aga- pito Salvado e p^lo presid nte da Junta de Freguesia.

Estas comissões que v ã o a g r e ­gar a si outros elementos para me­lhor se desem penharem da missão de que foram encarregadas, vao p rom ov er alem da venda do srlo anti tub reuloso, um espectáculo cinematográfico, um torneio de tiro aos pratos ou aos pom bos e outros divertimentos.

— —ni --

prendeu nos cuidados com os irmãos a ser uma excelente mãe de familia, confirma por outro lado aquele conceituo-o dizer de Vitor Hugo:

“ A vida, o infortúnio, a pobreza, são verdadeiros cam­pos de batalha a que não fal­tam os seus herois, obscuros sempre, mas ás vezes maiores ainda que os herois vulgar­mente considerados como tais.

Luis Leitão

Câmara MunicipalSessão extraordinario de 16 de

fldril de 1932Presidencia do Doutor Augusto Ca­

mossa N. Saldanha, com asssistencia dos vogais Marques Adegas e Luiz Braga.

DeliberaçôssDeliberou lançar as seguintes

percentagens ás contribuições do Estado para o futuro ano e co n o ­mico. 30 por cento sobre a predi­al uibana e industrial. 60 p o r c e n ­to, sobre a predial rústica e 5 0 por centro sobre capitais mutuados.

— Foi apresentado o 2o. o rça ­mento suplementar, que íoi a p - o - vado, que acusa a receita de 14.548$ a de^p si de 14.305$26 e o saldo di 242$72.

FalecimentosC o u ta n d o apenas 30 anos de i-

dade, faleceu em Chança o sr. José A n tu n es de Simas, pessoa qtie prlas suas bondosas qualidades só a m ig o s contava naquela vila.

A c o m p ro v a lo está a circunstan­cia do seu enterro ter tido um e n o r ­me acom panham ento, cabal d e ­monstração de quanto o infeliz mô- ço era estimado por todos.

* **

Tam bem na mesnia vila faleceu o sr. Joaquim Ribeiro, v iu v o , pai amantíssimo do nosso particular a m ig o sr. Jose Ribeiro, antigo e considerado i tg e n t e da filarm óni­ca daquela vila.

O extinto que era muito c o n s i­derado por todos, teve igualmente um num eroso acom panham ento á sua ultima morada.

A p ó s proloi g a d o e d o lo ro s o s o ­frimento faLceu-em Portalegre o nosso estimado, a m ig o e assinante sn r . Jose Maria Bar-ita, de 50 anos de idade, distribuidor dos correios e t le^rafos naquela cida­de, onde eia geralm ente estimado prlas suas excelentes qualidades de de caracter.

N o seu funeral que foi m uito c o n c o rr id o in corp o rou -se a B an ­da Popular. O estincto era p l i d o s nossos am igos Snrs. Francisco X a ­vier Bailim Barata e Narciso Ba* i ata.

* **

Em casa de seu g e n r o Snr, Joa­quim David Subtil, na Estação do C am in h o de Ferro, desta vila, fale­ceu no dia 3 do corren te o Sn r. João N unes Galveias, v iu v o , de 93 anos d e id id e , natural de C han - ç i , em p regado reform ado da C .P.

— Faleceu em 27 de Abril findo, em G alveias, onde residia ha muitos anos, o Sr. João R odrigues M o u ­sinho, de 78 anos, natural de A l e ­grete, pai do nosso presado assi­nante Snr. Manuel Rodrigues M o u ­sinho.

A ’s familia enlutas enviam os o nosso cartão de sentidas co n d o lê n ­cias.

fUilamenfosFoi designada a leira ! para ser­

vir durante o periodo de 1 de M aio de 1932 a 30 de Abril de 1933 nos afilamentos de todos os pesos e instrumentos de pesar e medir.

CARTEÍRA ElWâNÍE i ^ Rp^1*A n iversarios

= M i L I O

8 — D. Maria A ssunção Baptista de C arva lh o .

10 — D. Maria L o u re n ço G am a Reis.

1 2 — A menina Maria Tereza Pa­lha, em C ra to e a menina Maria A n ton ia G on çalves.

13 - A n ton io C arlos Macedo, em M ontargil .

1 4 — t \ Alice oa C on ceiçã o S il­va, em O b iJo s , e Alberto de Men- doi ça Pais, em L is b ô i .

15 — M anu I Ferreira do Rosário em T o rre s Novas.

l ô - D. I'loiinda Cita Matias, em Benavila e Joaquim Presado /lives, no Porto.

17 — D. Olinda de O liveira G a r ­cia em Galveias.

18 — D. Filipa Joaquina Pais, em (jalveias, D. Florina Cesar e José Mendes Martins.

— D. Maria /lutonia Branquinho dos Santos P equenho em G alveias e Jacinto Lopes.

2 0 — D Rosa Tereza Palha, em C i ato e P edro Pereiro dos Santos, em Leiria.

Em Ponte do Sor

V im o s ultimamente nesja vila os nossos presados am igos e assi­nantes, Exm s. Snrs:

D o P o rto , M anoel Tenente.De A v iz , M anoel Pais M onteiro D e M ontargil, Joaquim L, Fal­

cão da Luz, José Julio L. Martins, M an oel A u g u sto Courin ha, João Jordão. Dr. A m andio Falcão e José C a n d ld o Leitão.

De Chança. Joaquim Pires dos Santos

i '• Entroncamento, A n to n io Hor ta Pereira

De Galveias, João d:i Silva Ca- M a , Joaquitn Rodrigues, Bernardo A . Bacalhau. Luiz Braga, A n ton io B isilio, L e a n u io A. Bacalhau, Elias Mata.

D? Santo Cristo , A n ton io Men-dt s.

De C abeção, Luiz Ventura.D o C a r re g a d o A n to n io R odri­

g u es Vaz M o n te iro .

V arias

- De visita aos seus esteve em Gáfete o nosso am igo e assinante de G alveias br. Joaquim A n to n io C re sp o .

_Estiveram nesta vils de visitaa sua familia o nosso estimado as- siran te de Aviz Sr. João Pedro Pais e sua Exm * esposa.

_ D e visita foi a C a s t lo da Vi de a Sr.* K Maria dos Reis D eli­cado, esposa do nosso estimado assinante desta viía Sr. José Pais Branco.

— Esteve etn P onte do Sor, de visita aos seus, a S r a D. G eo rg in a u* C onceição D om ingues, esposa d o nosso presado am igo e assi­nante de Mirandela Sr Julio G u e i - reiro Am oritn.

— Regressado de L o u re n ço M ar­ques, c tu g o u ha dias a Galveias, sua terra natal, o uosso a m ig o e asMiiante Sr. M anoel Rita Leilão.

Casamento

Na Repartição do R< gis fo Civil , d sta vila. realiscu-se ha dias o casam ento do nosso am ig o e assi­nante Sr M anuel Lucrecio Alves, d o D o m in g ã o , com a S \ Luiza Jo- sifa M arques, filha d o Sr. M anuel Mai ques, p rop rietár io , dá Figuei- riuha, tendo servido de padrinhos pot parte d o n o iv o o S r. Manuel F ran cisco e a S a. Jcsefa M aria e p o r paite da noiva o Sr. Vital M a rq u es e a S*. Luiza Francisca.

A o s noivos desejamos muitas

venturas.

A fim de assistir aos grandes fes­tejos que hoje se realizam em Niza, para inauguração d i canalisação j e aguas, jardim publico e cadeia

j comarcã, para que foi convidado pela C om issão /4dministrativa da Câm ara M unicipal daquela vila, passou ontem ás 12,30 em com bo io especial, na estação do cam inho de ferro, desta vila. o ilustre Chefe do Estado Fxtn 0 Sr. G en eral A n ­tonio O scar de F ragoso C arm on a, que era acom panhado pelos Ex 05 Presidente do Ministério e Minis­tros do Interior, Justiça e G u erra e outras entidades. Na g i r e desta vila e ia Sua Ex a aguardado pelo E xm 0 G o v e r n a d o r C iv i l deste Dis­trito, C om issão Adm inistrativa da C am a ra M unicipal, Administrador do C on celho , Magistrados da C o ­marca, C om a n d a n te da G u a id a Nacional Republicana, junta d j Fre­guesia, representantes da U 'ião Nacional, professores das escolas primarias com seus alunos, F ilar­mónica de G a lv ias, Banda dos Bom beiros V olu n tários de Poute do bôr e muito po vo. 'A o entrar nas agulhas o co m bo io presidencial, subiu ao ar uma girandola de fo­guetes executando as duas Bandas o H in o Nacional. P ou cos m om en ­tos depois o co m b o io parava, ape- anuo-se o E x m 0 Presidente ua Republica, seguido dos Exin.0* Pre­sidente do Ministério e Ministro da Justiça, recebendo nessa ocasião o Chefe do Estado os cum pn uieu- to s d a s entidades ali representadas.

Em seguida pela m n i n a Maria de L o u id e s Cham bel foi oferecido a Sua Ex.® um lindo ram o de f lo­res com fitas das cores nacionais st 11-30 pela menina Elisa de Jesus G ra ça oferecido tambem ao Exm.° Presidente da Republica um lindo ram o de rosa« chá.

bua E x.a agradeceu beijando as duas meninas. D urante a paragem d o com bo io foram ou v ido s alguns v ivas

O Exm 0 G o v e r n a d o r C iv i l do Distrito Snr. C ap iião Ricardo V az M o n te iro q u e viera aqui p«ra vre- ceber o Exm . Presidente da Repu­blica á entrada no seu Distrito seguiu, bem co m o o Sr. C o m a n ­da ute da Secção da G uarda N. Re­publicana, desta vila, no c o m bo io presidencial a tom arem parte nos festejos.

Pela Imprensa0 Imparcial

Entrou no decimo primeiro ano de publicação este nosso presado colega de Alcácer do Sal, qu t para comemorar o fa c to publicou um numero a cores com excelente colabora­ção.

Felicitamo-lo, desejando- lhe longa e prospera vida.

Dornal ds flrgani!Tambem ha pouco feste jou

o seu sexto aniversario o nos­so estim ado confrade “Jornal de Ar g a n ir , semanario regio­nalista que naquela vila se publica sob a proficiente d irec­ção do Sr. Francisco Pimen­ta de Carvalho.

Cumprimentamo-lo (fe s e - jando- lhe mil prosperidades.

M o n u m e n t o 3 .0

])r . João felicissinjo— S ubscrição—

Joaquim da Silva Campino. 1$)02$(UJoào Francisco Brô.t.........

M iria José Ministro ......... 1 $00Joaqui ;i Sequeira ............ 2$ ><•Antonio Marques............... 5$00Joaqui 11 Agostinho ......... 2$ 30José Joaquim D ua rte ....... 2$ 50losé de Matos H e to r......... 5$tK)

1$J0Manuel Pa lm ito ............... 2J00Joaquim Luiz Franco......... 5$‘)0

10$0)José Francisco. .« ...........Raul Jaci ito da Rosa......... 2J“>0Jo-é Nunes..............- . . . . 1$H>Manuel Dionisio . . . . . . . 5500Manuel João Porfirio.......... 3o$ i0Jcisé vlourato Delgado . . . . 3$00Martinho de J sus .......... 2J00Manuel Raposo. . . . . .. 2$ 30João Guilherme C. da Silva. 5$ >0Guilherme Rodrigues......... 2 £51Joaquim Matias................ 2$50João Fernandes .............. 2l$i>0:Arménio Delgado.............. 2S59Beuevemito H o r ta ............ 2$50Bernado José Saude (Castelo

de Vide) . ................... 50$' >0P>r. João Rafael de Moraes

(Gáfete) ............................. 50$00Ana Lizardo............... . 1$00Annnio Custodio.............. is >0Wanue Piscoal.................J<>ão M r t in h o .. . . . ........... 2*50Ma'ia Tereza..................... 2$">0Lucia ia f-rand'Ca................ 5$ 10Augusto Dias..................... 5$00José Mati?s Possante.......... 2$50Antonio Carlos................. 2$'it»Manuei Hilário................... 250 >

;i$ 1.)Manuel losé Rodrigues.... 2$50Conceição Bragança.......... 2$5 >

1$00Maria Lopes...................... 1$>0Pedro Gouçãlves............... 2030

V'02$ 10

Antoni > Rodrigues............ 1 00Conceição G ibriel .......... 1$JI>Francico G b ie! .............. 1$ K»

1S20Manuel Joaquim................. 1$0>João P ra te s ...................... ‘ 2>.0José Pr-ttes ..................... 1S00Joaquim Florentino .......... 2 $00

13S0.)joâo Carva ho ............... 5$ )0Manuel Vlatias .................

2$ 02$i02$5t)

Jii^to Rosa .. .. .. 2$‘i0Leonor Maria da Conceição. iò$.wMareei ina Maiia ............ 5j>00

5$0)Digna da Conceição..........2|,0

Gonçalo Alves ................. 1$J02jj,50Manuel Torcato.................

Manuel Albino Domingues. 2$>01$J0

José Alves (das Bouças)---- 2$ >0Luciano Prates ............ . 1$50Herminio G ih rie l.............. t$ >0João Pascoal...................... 2$’>0

2 501$001$0»

Martinho ViUr .............. 5$ *0lj,00

Fabião Martins................... 5$00;>$.ioAlbino Prates.....................

Martinho Francisco.......... 5$ 10Joaquim P ina .. ................ 2$ 30Manuel Victorio..............'. '*00

A transportar.......... 12

Ot

1

OORRESPOHOEHRiASBarquinha

N o n um ero 44 de |'*0 Pequeni­n o " . (jornal local) correspondente ao mês de Abril p. p., vêm uma local intitulada «Banda dos Bou.bei- ros,> com a qua! não estamos d a- côrdo.

M as antes de ex p o rm o s a nossa discordancia, será bom frizar que não nos anima ó Ito nem paixão de nenhuma especie, mas sim o de­sejo de proclamar bem alto que não havia razão para se escrever a prosa seguinte:

" H á de n o vo um mês e dias que esta B.uida se encontra sem m es­tre. D spedido o que estava pela Direcção, houve umas noites agita­d a s — desprestigio e ve rg on h a dum p o v o em que tudo se julga com direito a m a n d a r . . . Ignorancia, ou maldadt?

Poderia publicar o restante da prosa, mas. não q u ero . O meu o r ­g u lh o de B irq u in h en se diz-m e a que não o faça. N o entanto faça­mos a explicação, do c lebre caso que não merecia vir á publicidade; Apenas h ou ve na Séde da A, dos B. V uma pequenina coisa, que os n v m b r o s da referida colectividade pu<era;n termo.

Isto é que é verdade: o p o v o desta terra não merecia ser cen su­rado nas colunas do " O Pequ ni­n o ” , p o rq u e estava já em suas ca sas quando isto sucedeu e não se julga cotn direito a mandar em tu­d o . . . porque e muito humilde, correto e dedicado!

3ose fl. Uiei.a G jaÇ dbes

Cinema idealaz

" j -

A p a r a s do C o r t i ç a

S g u n d o informações, a firma d e L iv e rp o o l, B<ivttch Corette Manufacturere L d a. propôe-se im- poi t ir de P ortugal grandes quan­tidades de aparas de cortiça.

E' de grande vantagem para o c om ercio e econom ia nacionais es­ta noticia que deve interessar p r in ­cipalmente a classe corticeira do nosso pais.

M i s s a d e s u f r á g i o

Sufragan do a alma da Sr.* D. Amelia Vaz M o n te iro realisou-se no dia 30 de A bril ultimo, ua ig r e ­ja matriz desta vila uma missa, que esteve bastante concorrida.

Emil J mi igs, o g> a ide cinematografia reaptrec!* h écran desta c isa .le espectáculos local, em A T O R T U R A I M C A R ­NE, f ) r in id iv H f i lm e e m 8 p u l e s etn que se desenrola um d r a m i pro fundamente moralisador e em cu ­jo desem pen ho o g ra n d e artista conquistou a maior celebrjdad*.

A T O R T U R A D \ C A R N E é um filme da mais elevada catego­ria, que a em preza varias v • zes tentou fazer correr 110 seu écran, o que -ó ago ra conseguiu devido aos num erosos contractos para a sua exibição em 'ruitas terras do pais. B-Ile Bemiet e Philis H<ver

pletam o trio de f m oso artis­tas que teem a seu c a r g o a inter­pretação das principais persona- «, ns.

N os proxim os dias 17 e 18. a e m p reza reserva-nos grandiosos espectáculos sonoros com a ex bi- ção 110 primeiro daqueles dias do soberbo fouofilme etn 9 partes A S E V E R A , o maior e mais em p o l­gante acontecim ento cinem atográ­fico do cinem a português, exe u'a do em França, e em que perpassa toda a vida de amor e orgia da g ra n ­de bohemia que Jolio Dantas im otialisou. P R E V lIO D E B E L E Z A é outro gran d e fonofilme que co r­rerá no dia 18, que tem um su- g stivo en red o e deslumbrantes canções e em que a isinuante a r ­tista Luize B rooks e 0 seu iucom- paravel parceiro G e o r g e Charlia teem magistral desem penho.

E D ÍT F iLJOSE NUNES MARQUES

ADEGAS, VICE-PRESiDEN- TE DA COMISSÃO ADMI­NISTRATIVA DA CAMARA MUNICIPAL DE PONTE DO SOR.

FAÇO SABER que duran­te os meses de Maio e Junho próximo, se procederá, neste concelho, á aferição de pesos, medidas e balanças, devendo todos os venJedores de gene­ros e artigos comerciais e de um modo geral todus os do­nos de estabelecimentos em que deva fazer-se uso de pe­sos e medidas, apresenta-los na oficina de aferição junto da Casa da Balança, em Kon- te do Sor, em todos os dias uteis dentro das horas regu­lamentares, podando aqudes que assim 0 desejam, fdZe-ios aferir nos stusestabelecimen­tos quando assim o declarem ao afeiidor, pagando neste 'caso o dobro Ha taxa kgar acrescida de 2100 por . Cdda quilometros pjtcorrido na ida e na volta. Mj is faço saber qne todas os estabelecimen­tos, que vendam bebidas ao balcão para consumo nos p r o p r i o s estabelecimentos,; devem possuir as cokcções de copos de vidrus afciidos indicados na lei.

para consti» se passuuo presente e idênticos que vão se afixados.

Ponte do Sor, 25 de Abril de 1932.

O Vice Presidente da Co­m issão Am inistrativa da Ca­mara Municipal

fosé Nunes M arques A degas

J ) 2 5 b a s t 2 ç d 2 > b o i a

Vende se da herdade Pipa de Baixo - M ontargil - T rata- se em Lisboa Avenida C a za l Ribeiro 37 , 2 .° D . Telef. N .n 4609.

PELOURO COELHO^ .c L -v o g -a c lo

Ponte do S ôr

C Â S Â

LU U i filí

Vende-se uma m ora­d a de c a s a s com

■ “ -----j quintal, na Rua Vaz Monteiro,Visado pela comissão de cgr- Pro^ mo da erm ida de Sauto

Antonio. D ir ig ir a Simao Pin-snra de Portalegre to, nesta vila.

I J I K O §

Tem sem pre á venda as ul­tim as novidades literarias de escritores nacionais e /estran­geiros a

Minerva Alentejana

R ua V as Monteiro

PONTE DO SOR

Vende-seAutom ovel marca Overland,

aberto, em estado de novo. N esta redacção se d iz .

4SESmaim

-A .

A N U N C I ONo dia 22 de Maio proxi­

mo, pelas 12 horas, á porta do tribunal judicial desta comar­ca, se ha- de proceder á arre­matação em hasta publica por metade do seu valor dos imó­veis abaixo relacionados, pe­nhorados na execução hipote­cária que Mariano Alves Fi­lipe, casado, proprietário, mo­rador nesta vila, move contra JoãoFelisberto e mulher Hen- ri^ueta Maria, proprietários, mjradores no logar do Vale d’ Açôr, jda freguesia desta vila, e que são:

NMUma morada de casas com

dois quintais e palheiro, sita no dito logar do Vale d' A- çôr, inscrita na matriz predi­al respectiva sob o art°. 611 e d jscrita na Conservatoria des­ta comarca sob o n \ 2633 a fs. 82 do livro—B—5, a vali ada em cinco mil escudos e vai á praça por dois mil e quinhentos escudos 2.500$00.

N°. 2

Uma sorte de terra de se­meadura, sita tambem no lo­gar do Vale d’ Açôr, inscrita na matriz predial respectiva sob o art0. 370 e descrita na Conservatória desta comarca sob o n°. 2634 a fs. 82 v°. do livro—B—5, avaliada em dois mií escudos e vai á praça por mil escudos. 1.000$00.

São por esta citados quais­quer credores incertos para assistirem á praça e uzarem oportunamente dos seus di­reitos.

- >'

Ponte de Sor, 25 de Abril de 1932.

0 escrivão de Io. oficio, Antonio^do Amaral Semblano'

Verefiquei a exactidão.0 Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

2 v£ - u _ 3 Í C s i

Vçnde-âe repetorio para banda o u para grande e pequen o g r u p o , com posto de musicas modernas.

T ratar com C ip r ia n o Bailão.

E

Remiro Pires FilipeLoja de Fazendas, Mercearias e Miudezas

K i s p ^ e i s i l i d a d o e m <•!>» e ( « t f é

Kiias Rodrigues de Freitas e I o de Dezembro

B* O \ T E IS i i & O I*

“ f l fHcnidaáeQuinzenario noticioso. lilerW o,

rscreatiuo e defensor dos inleres ses da região.

C onc/ições d e a ss in a tu ra

Em Ponte do Sor, trimestre....... 2$K)For;i de Ponte dp Sor, trimestre.. 2&40Numero avulso .. .................. $40Pagamenlo adea tado.

★ ★ ★A N Ú N C I O S

Na l.a pagina, cada linha ouespaço de linha.............. $80

Na secção competente........ $40Permanente cout-ato especial

Nào se restituem o? autografos quer sejam ou não publicados.

Supus pura coserDA ACREDITADa MARCA

5 , N G E | ^

Vende em Ponte do Sor, n ern pregada

T E R E Z A M A N T A

A A A A

Encarrega-se Je todos ot concertos em máquinas des­ta marca.

Ant oni o II. Sai oAAAAA

A v en ida C idade de Lille

P O N T E DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu- aezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

C alçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preçss ao alcance de todas as bolsas.

Pensão SorenseRUA VAZ MONTEIRO

P o n t e d.© S ô r

, Transpoite de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se ue todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega ao.i domicílios.

José Aives da Silva & Irmãojfverjida Cidade da JOille —p O Jf 7 S D S&R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

b a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r n i u i í o Revendedor da afam ada cerveja T -^ IS T S IE - l Ib T

Participam os aos nossos estim ados clientes qae acabamos de receber a ultima m óda em calçado de palhinha para

senhora, e bem assim um colossal sortido em grava tar ia. Todos estes artigos são verdadeiras novidades para o p re ­

sente epoca.

Quereis os vossos carros I r a reparados?Procurai em Abrantes a oficina de « f o ^ é d o s

S a n t o s B S io u e a s , onde se fazem os tnais perfeitos tiabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das^especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

daS U v a cÇ f i g u e i r e d o , JO.

A venida dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 9 0 3

Soálhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e j caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada., Escadas armadas prontas a assentar.-Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

ESTABELECIMENTOD E

Simplicio João AlvasM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

VINHOS, P A L H A S E CEREAIS.

Buenida Cidade de Lille— p. do sor

Constructora Rbrantina, L.

C e r c a i s , I . e g u m e se todos us productos da agri­cultura, compra Jusé de Ma­tos N e V t S .

Vende adubos simples e compostos, putgueira, sulfa-! to de amoniu e ue potássio.

Estabelecimentos na Ave­nha Ciuade de Lille em Pon­te do Sor e Longomel.

r a s f a b r i c o d e g e lo

J &u ?

wTelefone Abrantes 68

Carpiqtaria mecanica, serrctçõo de madei-S»

4S\ y/IV

mâSM

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car-

pintaiia civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M t N T O S E B A R R O T E R I A

f-ede e oficinas em Alferrarede

; r e s p o n d e n o i a p a r a A B E A . 1 T T E 3

ww(VSW(fs ww w « sw m wtos

| Manuel de Matos Neves 1| -------- = |

eompra 8 Dcnde: $

1 . C e r e a i s |e l e g u m e s f

$ I| A A A A A ft

| Praça da Republica % P O N T E D O S O R

C A í U

Vende-se uma morada de casas c o m altos e baixos quintal cum aivoíes df r ut os , poço, na Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio.

, Manoel 1. Pontinha S^ l l t L O S

! Negociante de Pescarias, Crea- ção, Laça, Ovos, truetas

Rua Rodrigues de FreitasP o n te do S ô r

João Baptista tia RosaP O N T E D O S O H

Comissões e ConsignaçõesCorrespondente de Bancos e

Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi-cas.

Cortiça VirgemGi.áda e limpa, com pra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L u i s P e r e i r a d e M a t o s

Carvoeiro (Linha da Beira Baixa

^ a d ç i r a s d ç f k M o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

Anuplio Correia y AibertyXvíLecLioo " ^ e t « x i n a r i ©

—Ponte do Sôr—Consultas todos os dias.

dL a d o res Primo Pedro da Conceição

José V iegas Facada

E D I T O R

J o sé P e r e ira MotaA D M I N I S T R A D O R

João M arq u es C alado

ANO 7.° Ponte do Sôr, 29 de Maio de 1982 NUMERO 142

j~ m

k

Propriedade da Empreza deA . 3 X O C I D A D K

Composto e impresso na‘ ‘ /M IN ERVA A L E N T E JA N A , ,

PONTE DO SOU Redacção — Rua Vaz Monteiro

X^on-te d.o S o r

" S

JD I R E C T O R

P r im o P e d ro da C onceição

L E RSe neste paiz se lesse mais

alguma cousa que o jornal, não para que nus instrua mas para saber o que se passa, recomendaríamos aos mance­bos que diligenciassem ad- quirir livros no genero do Self-H elpp, de Smiles, no do Alguns fru to s da leitura e da Experiencia, de José Silvestre Ribeiro etc.

Nesses livros encontrariam eles valiosos estimulos, que talvez os melhorassem e en­grandecessem, o que não a- contece lendo apenas o Diario de N oticias ou outro equiva­lente armazém Je quinquilhe- rias.

Viriam a saber que Moreau de Saint Mery, governador geral de dois ducados no tem­po do Império, viveu até aos17 anos completamente alheio á idéa de qne é necessário trabalhar, pelo que saiu da Martinica em direcção a Fran­ça, onde se alistou no corpo de gendarmes do rei, seguin­do simultaneamente os cursos de jurisprudência e de mate- matica.

Para não faltar ás obriga­ções de militar estudava de noute, dormindo apenas uma noute em cada tres.

Estudou o latim sem mes­tre e tão rapidamente e com tal aproveitamento que ao cabo de quatorze meses pou­de escrever e sustentar nes­sa lingua a teze de direito com que brilhantemente coroou os seus estudos.

Deve-se ter em vista que quem não trabalha é um estor­vo na vida e não merece a consideração que inadvertida­mente lhe dispensam os ho­mens laboriosos.

A actividade, principalmen­te a que se traduz em traba­lhos de utilidade geral é sem­pre bemdita, em oposição á ociosidade, prejudicial para todos e sempre lamentavel.

E’ por isso que o bom ho­mem Ricardo se não cançava nunca de proclamar aos seus concidadãos que a chave mais brilhante é aquela de que to­dos os dias fazemos uso, e que não se deve deixar para amanhã aquilo que pode ser feito hoje.

Por seu turno Franklin per­gunta, se nós foramos creados cie um bom amo não córaria- mos de vergonha se ele nos encontrasse de braços cruza­dos?

Como nós somos amo de nós mesmos, córemos tambem de nos surpreendermos inac­tivos quando em volta de nós ha tanto que fazer em benefi­cio geral.

Leiam pois os mancebos, de preferencia ao D iario de K 'jticias, José Silvestre Ribei­ro, Lubbock, Jean Finot, Sa­muel Smiles, e todos quantos escreveram no generoso in­tuito de concorrtr para a ele­vação do mental e do moral dos mancebos.

Luis Leitão

Auxilio m taippdúsFoi já publicado no Diario

do Governo o Regulamento da Lei do Auxilio aos Desem­pregados, pelo que se torna obrigatoria a dedução dos 2° / 0 sobre os salario dos ope­rários e empregados na In­dustria e no Comercio e 1% sobre a importancia total das ferias pagas pelos patrões.

Estas importancias deverão dar entrada na Caixa Econo­mica Portuguesa até ao dia 5 do mês seguinte àquele a que disserem respeito.

A falta de cumprimento destas disposições obriga á multa ue 50"/0 da quantia equivalente ao imposto que deixa de se entregar e no ca­so de reincidencia serão os coníraventores relegados ao poder Judicial.

Será restituída aos interes­sados qualquer entrega efe­ctuada antes da publicação deste Regulamento.

^ o o t e j J a U

Em desafio amigavel de foot-ball, encontram-se hoje no Campo 5 de Outubro, des­ta vila, pelas 15 horas, as primeiras categorias do Gru­po de Artelharia Montada Nn. 24, de Abrantese Eléctri­co Foot Bali Club.

Deslocu-se a P ortalegre no d ia 15 do corrente onde fo i jo g a r um desafio de foot- ball com o team de honra do Sport L isboa e P o rta legre , a prim eira categoria do E letri co F oot-B all Club desta vila, tendo obtido uma brilhante victoria por 4 bolas a 2.

Assinai “Á Mocidade”

F e s t a D e s p o r t i v a

P rom o vida pelo Eléctrico Foot- Ball C lu b , realisam-se nesta vila nos dias 12 13 de Junho, p ro x i­mo, interessantes festejos desp or­tivos que constarão de um desafio de foot-ball entre a categoria de honra do C lu b prom otor e um dos melhores teans da provincia, corridas de bicicletes e outros des­portos, fo g o de artificio, q uerm es­se e arraial nas duas noites abri­lhantado p issivelmente pela Banda dos Bom beiros V oluntários desta vila. O p o rtu n a m en te darem os n o ­ticia mais dttalhada sobre estes fes­tejos,

J J m p e s a d a $ r u a s

Deixa muito a desejar a forma como é feita a limpeza das ruas da vila. Não só se nota nalgumas artérias a au­sência da vassoura municipal, como quàsi tod?s elas se en­contram cheias de herva que chega para apascentar um rebanho. AcrescJ aiuda a circunstancia da varredura ser feita de dia, a seco, o que é, não só um grande perigo pa­ra a saude publica, como um prejuiso para os moradores, especialmente os que teem estabelecimentos comerciais, que veem os seus artigos pre­judicados pelas enormes nu­vens de poeira que se levan­tam. Ainda na semana passa­da—A Semana da Tubercu­lose—verificámos que tal ser­viço se fez durante o dia, sem respeito pela nossa saude. Quer dizer; enquanto uns contribuíam com o seu óbulo para combater a terrível tu­berculose, os varredores do Municipio distribuiam-na por toda a parte.

Lembramos á Câmara, co­mo de resto o temos feito todos os anos por esta época sem que sejamos atendidos, — que enquanto não houver carro p a ra rega das ruas, o serviço de limpesa se prati­que de noite, e se façam de saparecer as hervas que por ahi vicejam. A Ponte do Sor já vai sendo uma terra civi- lisada e é justo que vamos acompanhando os progres­sos da civilisação.

Furto de uma biciclcfeUma destas noite15 foi furtada de junto

á porta da séde do Eléctrico Foot-Ball Club, nesta vila, uma biciclete pertencen­te ao Sr. Antonio de Carvalho Fontes.

Participado o facto ás auctoridades, foi preso em Torr ;s Novas como auctor do furto, Manoel Mota, ferrador, que veio para esta vila dando entrada ua ca­deia onde aguarda julgamento,

EconomisemosPublicam os em «A Mocidade»

dois ligeiros artigos sobre a Caixa Economica Postal nos q uais in- form avam os o publico ledor de «A Mocidade» das c o n v en ien cia se vantagens que este pode usufruir utilizando os seus serviços.

E ’ que a economia, se foi sem­pre uma virtude dos p o v o s e dos individuos prudentes, é, no pre­sente, o esteio a que, forçadamen- te, individuos e po vo s tem de a m ­parar-se para não cairem sobre o pó das ruinas em que outros se transformaram.

Factos4 de decifração com plicada uns, previstos e transparentes o u ­tros, revolucion aram o estado e c o ­nom ico e financeiro das nações, g e ra n d o a confusão, a duvida, o pavo r, desm entindo métodos e teorias até aí havidos c o m o bons, atirando para a insolvência e para a ruina, m undo fora, uma infini­dade de emprêsas bancarias, c o ­merciais, industiiais e agricolas

Precisamente entre 03 nossos am igos e conhecidos, podem con- tar-se a lgum as vitimas dessa fra- g o ro sa derrocada, apesar da p r o ­verbial prudência alentejana e da solidez economica da nossa p r o ­vincia.

E ’ que es(a crise é de tal natu­reza que ameaça devorar tudo e arrastar todos no seu vórtice en- tontecedor.

E ela aí continua co m o um ser atento, á espera, hiante insaciavel, sempre. E1 preciso dar-lhe caça, fazer-lhe gu erra sem tréguas, nem quartel, alé domina-la, se ela não é, de facto, a falência absoluta da o rganisação capitalista.

A libra que cintilava ao alto, co m o uma estrela, segura dos seus destinos e do seu nariz, trambu- Ihou, humanamente trambulhou, esborrachou o nariz e perdeu os seus destinos. Q u a n d o a loira e o rgulh osa Albion se viu forçada a abandonar o padrão o u r o houve p o vo s que renegaram a apaixona­da manceb a que mantinham com a libra, enquanto outros supuze- ram co m o P ortugal, ser con v en ien ­te ligar a sua sorte à sorte do aureo disco declinante. U m vento de assom bro sacudiu o orbe; treme­ram, fendendo-se, os mais fortes alicerces; g o v e r n o s e bancos emis­sores consertaram planos de defê­sa; apertaram-se as verbas orça­mentais e por toda a terra se ou­viu êite gr ito de alarme: — «cuida­do! E' preciso economizar!»

N ós fizemo-nos éco desse gr ito estentorio.

— E ’ preciso econom izar. Eco­nomisemos.

Acessível, fácil, de absoluta c on ­fiança, v iv en d o sob a tutela do Es­tado, temos a Caixa Economica Postal que serve 4 maravilha pa­ra o f im — Economia.

Ultimamente e já depois dos nossos dois citados artigos, deram- se algum as alterações na taxa de juro, fixando-se, ao mesm o tem po, o espaço de tempo m axim o dentro do qual a Caixa se ob riga a satis­fazer os reembolsos pedidos.

A taxa de juros é actualmente de 3 por cento até 40 contos e de

eiJiEJYIfl IDEAL

Hoje, nesta casa de espec­táculos local, exíbe-se a so­berba película dramatica A

I Carmen de S t. Pauli, em quei teem papeis primaciais os artistas Jenr.y Jugo e Willy Fritsch. A Carmen de S t. Paa- l ié um romance de amor entre uma linda rapariga contra­bandista e um jovem piloto, do porto de Hamburgo, em que se desenrolam cenas alta­mente dramaticas e emocio­nantes. A produção é da UFA, o que é uma garantia de que vamos assistir á exibição de um bom filme.

Completam o espectáculo a fita comica em duas partes ”Canuto Milionário e Solda­do” e uma parte de Actuali­dades.

C cToran -ça ,

Estamos organisan do os recibos respeitantes, ás assinaturas e anún ­cios de «A Mocidade», que vam os remeter para o correio por estes dias. Esperam os da parte dos nos­sos estimados assinantes satisfaçam os seus recibos lo g o que estes lhes sejam apresentados, a fim de evitarem devoluções que nos acar­retam grandes prejuisos.

A lg u n s dos nossos assinantes deixaram d ev olver os recibos por ocasião da ultima cobrança a que procedem os. V am o s n ovam en te enviar-lhos, esperando desta vez o seu bom acolhimento.

Nas localidades onde é costum e a cobrança ser feita por intermedio dos nossos am igos, esta continua a fazer-se da mesma forma.

A C u ltura do A r r o z

Foi prorrogado até 31 do corrente o praso para os agri­cultores que pretendam culti­var arroz, requererem as res­pectivas licenças.

2 por cento até 200 contos.O s reembolsos ou saques podem

ser efectuados á vista, a 5, 8, 15 e20 dias. para as im portancias r e s ­pectivamente de: 5, 25, 50, 75 , 100 e 200 contos, na séde da caixa,

N os serviços externos da A d m i­nistração O eral dos C o r re io s e T e ­legrafos, os reembolsos ou saques serão satisfeitos seg u n do as dispo­nibilidades das Estações, podendo estas providenciar telegraficamen- te, afim de que não seja prejudi- dicado o depositante q uan do os fundos prop rios forem insuficien­tes.

Estas alterações que reputo o- portunas e boas devem ser co n h e­cidas de todos p o rq u e elas repre- sentram vantagens que não se en­contram em qualquer outro esta­belecimento con g én ere.

Ponte do Sôr, 2 4 - 5 — 32

C. E.

- A . Z t v í L O C I E - A . E

Assistência Nacional G r e m io A l e n t e j a n oa o 5 X u b ç r s u Í 0 3 0 5

P ro m o v id o pela comissão da A s ­sistência Nacional aos T u b e r cu lo ­sos, d a qual faziam parte, o s Senhores José Agapi»o Salvado, Dr. A n u p lio Correia y A lberty , José Maria da Silva Z uzarte tie M endonça e Ramiro Pires Filipe, reilisou-se d o m in g o 15 do c o rr e n ­te, nesta vila, um espectáculo cinc- m aíografico: para o que a firma de Lisboa, Castelo Lopes L,*, forne­ceu gratuitamente d iv tr so s filmes.

A casa que foi passada pela co ­missão, encontrava-se sem um unico logar vag o, vendo-se na assistên­cia a melhor sociedade P ontessoren ­se.

D o m in g o 22, pelas 15 horas, p^ocedeu-se á venda do emblema, missão esta desempenhada por dois g r u p o s de gentilissimas Senhoras e Meninas, que foram dum a dedi­cação inexcedivel, trabalhando a- fincadamente para se conseguir o m axim o de donativos, tendo en ­contrado da parte da população de P on te de Sôr, o mais caloroso e franco acolhimento.

Faziam parte dos g r u p s is Ex ro,s Senhoras D. A n a Som breireiro , D. A n ge lin a Fontes Manta, D. Irene Posa da Silva, D. lida de Brito M oura, D Maria José Pratas N u ­nes, D. Sára M argarida da A s ­sum pção Santos e as meninas M a ­ria de L ourdes Cham bel, Maria José Batista de Carvalho. Mari A n ­gélica Fontes Manta, Joaquina R o ­cha Costa e Maria A ugusta Bailão

Pelas 18'/2, realisou se a d ispu­

ta de laçus, em bicicleta, tendo-se inscrito 27 concorrentes.

Foi uma festa a todos os titulos simpatica e que deixou ótima im ­pressão em todos os assistentes.

Durante as corridas, a Banda dos B om beiros V oluntários de Ponte Uo Sôr, que amavelm ente se pres­tou a dar a sua cooperação, tocou magistralmente, sob a regencia do habil maestro Snr. C ip r ia n o Bailão diversos núm eros que foram jus­tamente aplaudidos.

O s laçcs a lguns revelando arte p acentuado bom gosto, foram o- ferecidos pelas E x ^ ” Senhoras D. Alcina C osta Mendes, D. A n a S o m - breireiro, D. Angelina Manta, D. C arolina Bailim, D. Josefa C a r d i­gos, D. Ilda de Brito M oura, D. Irene Rosa da Silva, D. Lucilia C ard igo s , D. M argarida Fontes ,D. Maria Assum pção Batista de C a r ­valho, D. Maria Celeste dos Reis, D. Maria Helena Liai de M atos e Silva, D. Maria Irene Rebelo V a ­lente Antunes, D. Maria José P ra­tas Nunes, D. M aiia Lucilia T eixei­ra Salvado, D. S á 'a M argarida da A ssum pção Santos e M eninas M a­ria de Lourdes Cham bel, Maria Angélica Manta, Joaquina Rocha C osta e Maria José Batista de C a r ­valho.

A ' firma Castelo L opes L . \ pelo fornecim ento dos filmes, á E m p re­za do Cinem a Ideal, pela cedencia ae casa e luz para a realisação do espectáculo cinem atográfico, á B an ­da dos Bom beiros V oluntários, pe­la sua com parência no local das corridas, ao Snr. Estevam A u g u s ­to, que amavelm ente pôz o seu carro á disposição da C o m issão durante a tarde de d o m in g o ulti­mo. aos Senhores João Pais B ra n ­co e A n ton io de Bastos M oreira pela gentilesa das suas ofertas e a todas as Senhoras e Meninas que corresponderam ao nosso apêlo, quer vendendo emblemas, quer en viando laços, a p resunta a com is­são da AssiSleticia Nacional aos Tuberculosos, os seus m elhores e mais sinceros agradecimentos.

Receita da Sémana da Tuberculose

Acentua-se o progresso des ta prestante colectividada re­gionalista.

N a ultima reunião foram aprovados cerca de 200 soci­os que veem cooperar na d i­gnificação do nome alentejano iniciada pelos fundadores do Gremio e ultimamente valori- sada pela transferencia da sé­de para o antigo Monumental Club.

O conhecido Club, de ha muito encerrado, vê de novo os seus belos salões utilisa- dos e num fim de sociabilida­de entre alenjanos que nem só para passatem po se reunem mas para a de je z a e desen­volvimento da provincia.

D e todo o Alentejo afluem pedidos de inscrição, porque o alentejano que periodicamen­te visite Lisboa, encontrará onde tra tar de seus negocios, colher informações e conviver com os patricios que em Lis­boa residem e habitualmente frequentam o G rem io .

O restaurante, instalado num sumptuoso salão, fornece almoços, jan tares e ceias, a preços mais convidativos ain­da do que os dos restaurantes da capital de que os a lenteja- nos costumam utilisar-se.

A cota para os socios da Provincia {auxiliares) è de 2 $ 5 0 por m ez.

No dia 2 2 teve lugar uma distribuição de vestuário a crianças pobres, filhas de a- lentejanos, o que è uma mani­festação de solidaridade p e­los comprovincianos que a so r ­te não proteje.

N o proxim o m ez de Junho celebram-se. as fe s ta s do 9°. universario da fundação do Gremio Alentejano que este ano revestirão um brilho de­susado.

A convite da Sociedade de P ropaganda de Portugal, o sr Victor dos Santos realizou- se na sède daquela colectivi­dade uma conferencia versan­do o têm a— Um recanto en­cantador do Alentejo.

gqmb$ Pelo ConcelhoMontargil

Excursão

Preços tios uiníios a reíaífioPela Secção A dm inistrativa da

Cam ara AAunicipal foram m anda­dos afixar editais fazendo saber que em cum prim ento do decreto N°. 21.234, de 8 de Abril, não poderá ser vendido neste concelho vinho a retalho a preç'> inferior a $79 cada litro.

O preço marcado é periodico e a sua alteração dependerá da re solução do M inistério da A g r i ­cultura. A falta de cum prim ento da disposição é punida com a m ul­ta de 500$00 e em caso de reinci- dencia acresce ao valor da multa a pena de 3 meses de prisão.

Cinem a 536$50Emblemas 764$0GCorridas de biciclete 81$00Venda de sêlos 273$00

Som a 1 .6 5 4 $ 5 0Despesa 12$60

Saldo 1 .6 4 1 $90

U m g r u p o de a m igos e admira­dores deste n ovo mas jà co n sag ra ­do pintor alentejano, desejando realçar o triunfo que para o ilus­tre artista constituiu a sua exp osi­ção de trabalhos na Sociedade de Belas Artes, oferece-lhe um a lm o­ço no dia 29 do corrente, pelas 13 horas, no G r e m io Alentejano, a gora optimamente instalado no Palacio de São Luis.

Da C om issão O ig a n iza d o ra fa­zem parte os srs. dr. M ario de Castre , Manuel Joaquim Louro , V icto r Santos t: A u g u sto Henrique da C osta Simões.

Já se acham inscritos muitas pes­soas entre as quais varias indivi­dualidades marcantes no Alentejo, na colonia alentejana em Lisboa e no meio artistico da capital.

O preço de inscrição é de 40 escudos e pode ser feita por carta para o G rerm o Alentejano, Rua L u g e m o Santos 58.

COBRESPõKOEHr.lÂS

Joaquim David Subtil e a sua familia, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente e temendo com eterem algum a falta, ve em por esta forma apresentar os seus melhores agradecimentos a todos as pessoas que se d ignaram a co m ­panhar á ultima morada seu s o g ro João N unes Galveias, falecido em27 de A bril ’ ultimo.

BarquinhaFeslas Desporlivas

No campo desportivo da Moita do Norte, realisaram-se em 15 do corrente, grandio­sas festas desportivas que decorreram brilhantes.

Estes festivais foram pro­movidos pelos dirigentes do Club-Uniào de Desportos e Recreios, da referida localida­de revertendo o seu produto líquido enj beneficio dos tu­berculosos do concelho.

Houve corridas de bicicle­tas e pedestres, tiro aos pra-1 tos e por ultimo sensacional desafio de foot-ball, para dis­puta duma taça, entre o team de reserva do Foot-Ball Club Barreirense, e a categoria de honra do Sport Grupo União Operaria, ae Santarém, tendo saido aquele vencedor pelo score de 4 a 2.

De todas as provas a mais emocionante foi a de foot-ball:A assistência seguiu interes- sadamenteo jogo aplaudindo frenéticamente as suas me­lhores fases.

Enviamos as nossas me­lhores felicitações á digna Di­recção do União de Despor­tos e Recreios, pois a sua i- niciativa foi coroada de re­tumbante exito.

NOuo JYlelhoramentoA Junta de Freguesia con­

seguiu fazer instalar na torre da igreja, o novo relogio o- ficial.

Felicitamo-la sinceramente, pela sua brilhante iniciativa.

C o n fo rm e tinhamos noticiada em ou tro num ero de A Mocidade, o O G r u p o Musical M ontargilense foi á visinha aldeia do C h o u to a- brilhantar os interessantes festelos que naquela aldeia ribatejana se realisaram no dia 1 do corrente em honra do Martir S. Sebastião.

C u m p rida a sua missão, p r o m o ­veu nos dias seguintes uma excur são ás lindas vilas da Cham usca, Alpiarça e Alm eirim , tendo reali sado um belo concerto 110 coreío musical da Cham usca, que foi o u ­vido por uma enorm e assistência que aplaudiu com calor todos os números, executados, alguns foram bisados a pedido. N o dia 3, depois do G r u p o ter visitado a ponte da Cham usca, sobre o Tejo , dirigiu- se a Alpiarça, percorrendo as ruas da vila executando um belo ordi­nário e cum prim entando a sa u c to - ridades locais e colectividades. De­pois dos cum prim entos oficiais foi o G r u p o cum prim entar os nossos estimados conterrâneos Snr. João de C astro Freire de Andrade, p r o ­fessor naquela vila, e sua Exm.* familia, que agradeceram a ge n t i­lesa do G r u p o , tendo-lhe servido um pequeno almoço. Daqui foi em visita a Alm eirim , cujas ruas per­correu executando um dos m elho­res ordinários do seu reportorio e cum prim entou as auctoridades, es­colas, redacção do " V a le do T e jo" , etc. Nesta vila foi-lhe oferecido pelo Sr. Joaquim dc C a rm o R o d r i­g u es um abundante c o p o de agua.. E depois de ter p ercorrido as

florescentes vilas ribatejanas onde foi a lv o das maiores provas de consideração, retirou o G r u p o para a sua terra, extremamente im pres­sionado com o lindo passeio que o nosso estimado conterrâneo Snr. A u g u sto Luiz de Azevedo, residen­te no C houto , prop orc ion ou, para 0 que poz gratuitamente á dispo­sição a sua camionete, p r o p o rc io ­nando tambem assim uma excelen­te oportunidade ao G r u p o Musical M ontargilen se de confirmar que é uma das melhores e mais afama­das bandas desta região.

c.

M o n u m e n t o a . o T)r. Joâo felicissirqo

— Subscrição—

T r a n s p o r te ................. 12.400$90Manuel A m ê n d o a . . . 1$00José Jorge C a t a r r o . . 2$50M anuel A n to n io Joa­

quim ................................... I $10João M a r i a ................. 1$40José da P o n t i n h a . . . 1$00Joaquim A n s e lm o . . . 1$00A n ton io F e r n a n d o . . $50José M a r ia ................. 2^00José D u a rte ................. $50Francisco D u a r t e . . . 1$00Fiorinda R o s a r i a . . . $50H enrique R o drigues. 2$00Manuel João da Silva $50Maria F io r in d a .......... $50João C a l a d o ............... $50L ou ren ço A n t o n i o . . 2$00L ou re n ço D u a r t e . . . $50Joaquim P ra te s .......... 10$00A n to n io da B i c a . . . . 2$50S erg io M a n u e l .......... 5$00José A n t o n io ............. 5$00M axim iano M a te la . . 1$00José S im õ e s ................. 1 $50Manuel D u a rte .......... $50Francisco B o i e i r o . . . 1$00M anuel G u i o m a r . . . 2$50M aria José.................... $50Francisco G u e r r a . . . 5$00H enrique L o p e s ----- 2$0GJoaquim N a r c i s o . . . . 1$00Justo L o u r e n ç o .......... 2$50

G e r m a n o M a r u j o . . . 1$001$00

A n to n io do Caldeirão 4$00Pascoal R i c a r d o . . . . 1^00Francisco E s t e v e s . . • 5$00Manuel L o u r e n ç o . . . 5$00L ou re n ço R odrigues 2$00Luciana M a r i a . . . . 1$00O liv ia Rosa de Matos $50José Jacinto................. $50

$50A n to n io C a n e i r a . . . . i$ o oSebastião M a t e la . . . . $50Francisco S e r g i o . . . . 1$00

1$001$002$001$00

Joaquim G u i o m a r . . 5$00M arcelino M a r i a . . . . 1$00

2$00$50

1$001$504$00

José Dias C a ld e ir a . . 2$00Vicente R i c a r d o . . . . $50M anuel A m ê n d o a . . . 1$00

A tr a n s p o r t a r . . . 1 2 . 50ó$90

AgradecimentoM aria da Natividade Matos e

S i l v a Felicissimo, imensamente grata a quantos tomaram parte na h om en agem prestada á mem ória de seu falecido marido, Dr. João Felicissimo, na impossibilidade de fazer directamente, vem por este meio apresentar a todos a e x p re s­são do seu reconhecim ento, não podendo deixar de especificar as pessoas que constituíram a com is­são iniciadora, incansaveis nos seus esforços para que o acto tivesse 0 brilhantismo que o revestiu.

M ó r aA banda Musical M órense, rea­

lisou no dia 15 do corrente, nesta vila, um excelente concerto sob a habil regencia do seu r e g e n ­te o d ig n o maestro Sr. Francisco M artins C a r d i g o s ,tendo executado o seguinte program a: Gallito, P. D, —-Norm a, pout — pourri da O - pera, p o r M. D. Silva, Fantasia de C on traB aixo , por D. G . Braga. D evan eios Cam pestres, por S. M o ­rais. Polca de Clarinete, por M i­neiro. R a fo so d ia portuguesa, por La C ru z , P. D..

— A Direcção da Banda Musical M òrense, extrem am ente sensibili- sada pela forma gentil com o a Ban­da foi recebida em Ponte do Sor por ocasião da ina u g u raçã o do m on um en to ao D r. Ioão Felicissi­mo pela Banda local, C o m issão do M o n u m en to e p o vo , apresenta- lhes os seus melhores agradeci­mentos.

A G R A D E C IM E N T OFrancisco Bailim Barata, N arc i-

zo Bailim Barata, M anuel N unes Barata. Joaquim C asqu eiro Bailim, Joaquina Bailim D urão e N arcizo Teofilo D urão, Emilia Bailim Fa­cha, Jeronimo A u g u sto Facha, Joa­quim A u g u sto Facha, Maria José G a rg a té Bailim, Carolina Bailim, Herminia Bailim, e Emilia Bailim, no receio de a lgum a omissão, ain­da que involuntaria, vêm por esta form a agradecer reconhecidos, a todas as pessoas que lhes d irig iram condolências e acom panharam á sua ultima morada seu querido e saudoso pai, filho, cunhado e tio José M aria Barata; e bem assim a todos os que se interessaram pela seu estado de saude durante a sua doença.

A todos, pois, aqui deixam v in ­culado 0 preito do seu eterno re­conhecim ento.

3

A niversários

= JvI-ôO IO =

2 9 — 0 m enino /4delino A lv es C an hão.

3 0 — A menina A rm inda A u g u s ­ta de M endon ça Pais e Marçal N arciso D ordio , em Lisboa e a m enina M aria Lucia C o m p r id o Farrusca, na Salgueirinha.

3 1 _ A r t u r d ’ A ze ve d o Roças.

= r c r i r s o =>

1 _ D . A rcan gela de O live ira Esteves, em Lisboa.

2 — 0 m enino A r m a n d o Pais da C u n h a, em Bemposta e D. M a­ria Am elia de M elo Cardoso .

3 — A menina Maria da Alegria V alentim Castelo, em Sacavem e Joaquim Ferreira da Rosa.

6 — Eutiquio G o n ça lve s M orei­ra, em P ortalegre , José de C astro Freire de Andrade, em Alpiarça e D. M aria José Baptista de C a r v a ­lho.

8 — D r. Sebastião Mendes P ere i­ra, em Africa, C ân d id o M arques Pimenta, Joaquim Mendes Martins e Bento Jorge.

9 — Joaquim A lbertino Pais de A n drade.

1 0 — José Pereira M o ta, nosso presado Editor.

Em Ponte do Sor

V im o s ultimamente nesta vila os nossos estimados assinantes Ex."10’ Senhores.

Joaquim Pires dos Santos e Joa­quim A n tun es de Chança. Evaris­to Vieira, D r. A m andio Falcão, A n to n io Julio L. Martins, de M o n ­targil. M an oel Pais M onteiro, de A v iz , João A u g u sto C ourin h a A fo n so e Joaquim N unes da Silva, de Lisboa. A n ton io R odrigues V az M onteiro , do C arre gad o .

Pedidos de Casamento

Pelo Sr. P rim o Pedro da C o n ­ceição, nosso estimado Director foi ha dias pedida em casamento para o Sr. M ário da Assunção G o m e s de Almeida, habil t ipogra- fo da M in erva Alentejana, a mão de mademoiselíe Maria Lourenço G a m a Reis, gentil filha do Snr. Eduardo Dias dos Reis e da S n r .a D . M aria Luiza G a m a Reis.

— T a m bem ha dias foi pedida pelo Sr. João M arques Calado, nosso estimado Adm inistrador, pa­ra seu irm ão Sr. S ev erín o Marques C alado, com erciante da nossa pra­ça, a m i o de mademoiselíe Maria d o Rosário Rodrigues, filha do Sr. M anoel R odrigues fa lecido) e da E x.ma S r.a D . Luiza M aria N unes Pimenta, de Bemposta.

Consorcio

Realisou-se o enlance m atrim o­nial de mademoiselíe Luiza Aires da Silva, gentil filha do nosso es­timado assinante desta vila Sr. Francisco A ires da Silva e da Sr.a D. Filipa Candida A ires da Silva, com o nosso am igo e conterrâneo Sr. Joaquim D om ingues, d iguo em p re gad o da Secção de Via e O b ra s de Evora.

Paraninfaram o acto por parte da n oiva o Sr. tenente José M o u ­rato C h am b el e Joaquim Nunes da Silva, de Lisboa e por parte do n o ivo seu irm ão A n ton io D om in ­gues e o Sr. José Batista de C a r ­valho.

A o s n o ivo s que fixaram resi­dencia em E vo ra desejamos um futuro ridente e uma prolon gada lua de mel.

Doente

A fim de se submeter a uma operação foi internada no H ospi­

tal de S. José, em Lisboa, a Snr* D. Joana D uarte L in o Mendes, esposa do nosso am ig o e assinante, desta vila, S r. M arçal Mendes.

Desejamos-lhe um rapido res­tabelecimento.

Câmara Municipal5essão de 18 de Maio de 1932

Presidencia do cidadão José Nunes Marques Adegas, com assistência dos vogais Luiz Braga e Josè da Costa Mendes.

Correspondencia

O ficio da C om issão Venatoria Regional do Sul pedindo seja dado cum prim ento ao disposto 110 arti­g o 42 do C o d ig o da Caça.

Informou ter já sido e.iviada ao A dm inistrador do C o n c e lh o a re­lação dos caçadores, a que aquele artigo se refere.

— O fic io da D irecção G era l do Ensino Primário, com unicando que os edificios on de estavam instala­das as escolas m oveis da Ervideira e C ab eço servem para funciona­mento das escolas fixas ali creadas desde que nelas sejam feitas as ne­cessarias o b ra s de adaptação indi­cadas pela Inspecção da Região Es­colar de P ortalegre , outro tanto não sucedendo com o edificio on­de funcionou a extinta escola m o ­vei de Pernancha de Baixo, que não possui condições de adaptali- dade para nela se instalar a esco­la fixa ali creada.

D eliberou mandar proceder ás obras necessarias nas escolas da Er­videira e C ab eço .

— O ficio do G o v e r n o Civi> de Portalegre , en viando os duplica­dos das contas das gerencias desta Câm ara respeitantes aos anos de 1926 a 1929-30. Inteirada,

— C ircular do G o v e r n o C iv i l de Portalegre, com unicando t e r a Com issão Executiva do C o n g r e s ­so Regionalista da Imprensa A le n ­tejana, solicitado a interferencía do G o v e r n o C iv i l para conseguir dos organism o s administrativos alguns subsidios para custear as despesas a fazer co m o referido congresso. Deliberou contribuir com 100$30.

Ofic io da C âm a ra de A v iz pe­dindo para esta Câm ara contribuir com a quota parte que lhe perten­cer nos estudos e levantamento da planta de uma estrada macadami- sada que ligue a p o voação de V a ­lo n go á Boa-Vista , visto parte des­sa estrada a construir ficar dentro da área dêste concelho.

A ten den do a que a referida es­trada, não tem gra n d e interesse para os p o vo s do concelho, a C o ­missão delibera não contribuir para os estudos e planta da referida es­trada tanto mais que a situação fi­nanceira do M u n icip io não é de molde a permitir o gasto de dinhei­ro em estudos de obras de incerta realisação.

Outras daliberações

Requerim ento do D r. Francisco Pais Pimenta Jacinto, de Galveias, requerendo licença para fazer obras no seu predio situado no C a m p o da Republica, em Galveias. Defe­rido.

— Requerim ento de E u g ê n i o B o rreg o , de G alveias, pedindo a concessão de um subsidio de am ­paro, por ter seu neto Joào B orrego, sido recenseado para o serviço mi­litar.

C on cedid o o subsidio de 12$00 en quan to o referido mancebo esti­ver eucorporado.

— Requerim ento de A n to n io Pi­ta Dionisio, fiel do cemiterio e en­carregado do re lo g io municipal, pedindo aum ento da giatificação que recebe por tais serviços. Deli­berou aguardar a elaboração do

| orçam ento ordinário para o p ro ­x im o ano econ om ico.

— Deliberou adquirir 40$00 de selos da Assistência Nacional aos Tuberculosos.

— E n carrego u provisoriam en te dos serviços de fiscal desta C â m a ­ra, por m otivo de aposentação do fiscal A lfredo da Silva, a Joaquim Ferreira da Rosa, com a gratifica­ção Mensal de 400$00.

— D eliberou mandar construir um aqueduto na valeta da estrada nacional M.® 8 3 -2.a junto ao vala­do do recinto destinado á recolha de cortiças que o Dr. Raul de C a r ­valho possui cerca da estação do cam inho de ferro, desta vila.

— Pelo vo ga l B ranquinho B ra­ga, foi com unicado ter dado c o ­m eço á construcção dos alicerces da escola primaria de G alveias. A- provado.

Requerim ento de Matilde Hen- riqueta, de L o n g o m el, pedindo um subsidio de lactação a favor de um seu filho. Deferido.

O r d e n o u a passagem de guias de entrada nos Hospitais C iv is de de Lisbôa, a favor dos doentes Francisca M aria Branco, Francisco A n to n io Pedruco, Joaquina Perei­ra e Francisco da G raça Semedo, abonando a cada um Ô0$00 para seu transporte e regresso,

— Deliberou en carre ga r p r o v i­soriamente dos serviços de carce­reiro das cadeias da com arca, Ra­fael Duarte Lino, de Ponte do S ôr, com o orden ado que por lei lhe pertence.

EditalJ o s é da Costa Mendes,

Administrador, substituto, do Concelho de Ponte do Sôr:

Faço publico que em con­formidade com o disposto do Decreto N.° 20.199 de 12 de Agosto de 1931, se deve pro­ceder no dia 5 de Junho pro­ximo pelas 10 horas, na sala das Secções dos Paços do Concelho, á eleição da Co­missão Venatoria Concelhia que ha-de servir no triénio de1932-1933 a 1935-1936.

E para constar se passou o presente e idênticos que vão ser afixados nos lugares pú­blicos do costume.

Secção Administrativa da Camara Municipal do Conce­lho de Ponte do Sor, 18 de Maio de 1932. E eu José Pais Pim enta Jacinto, Chefe da Secção, o subscrevi.

O Administrador, do Conce­lho, Substituto,

José da Costa Mendes

E D I T A L

Virgilio Salvador Ricardo da Costa, En genheiro-chefe de 4a. Circunscrição In­dustrial. faz saber que:

Manuel Garcia requereu licença para instalar um forno de padaria incluido na classe 3*. com os inconvenientes de fumos e perigo de incêndio em Ponte de Sor, freguezia de Ponte do Sôr, concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre, con­frontando ao norte, nascente e poente com predio de Mariano Lopes Tempera e sul com via publica.

Nos termos do Regulamento das Indus­trias insalubres, incomodas, perigosas ou tóxicas e dentro do prazo de 30 dias a con­tar da data da publicação d' este edital podem todas as pessoas interessadas apre­sentar reclamações por escrito contra a concessão da licença requerida e examinar o respectivo processo n‘ esta Circunscri­ção, com séde em Evora, Praça do Geral­do N a.tí9-

Evora, Secretaria da 4*. Circunscrição Industrial, 30 de Abril de 1932.

O Engenheiro-Chefe da Circunscrição

Virgilio Saluador Ricardo da e o õ t a

J S o t e oM éd ico -C iru rg iã o

Especialisado em doenças da boca e dos den tes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.,s, 4.ss, 5/ 3 e 6 .,s feiras,ás 13 e meia horas

V e a d a de p r o p r i e d a d e s em C r a i ad o £ x . m S r - C a e t a n o J Y t a l i a s R e l v a s

P r e c L i o s r v L s t i c o s

Herdade do Monte da Velha Couto dos Barreiros Vermelhos

« do Coelhum« do Melio< do Mergulhão« da Torrejana

Tapada das Ladeirasdas Oliveirinhas á Foníe de Laranjo

« dos Barruscos« da Fonte Nova« dos Carvalhaes« da Cipriana á Ponte do Chamiço« da Fonte, idem« de Carnaes< da Eira a carnaes« dos Sargaços, idem« do Palheiro, idem« da Vargem« do Buraco da Parreira« de S. Bento« á Fonte Branca, idem« á Azinhaga do Crato, idem« da Fonte da Pipa« d’Entre as Aguasc do Pontão« da Fonte dos Ossos em Gafete « do Crujeiro, idem

Olival da Fonte do Vale Olival do Estacai

« do Carvalho de Janeiro « das Oliveirinhas« do Monte Ornahlo « ao Pontão

Horta do Codeçal « Fonte Nova « do Poço

Pomar junto ao Convento de Flor da Rosa 13 nioradp.s de casas na Rua dos Lagartos3 « « « « « « Potes2 « « c « r da Barraca

Quem pretender deve dirigir-se:—

Em P ortalegre ao D r. Mario Sampaio Em Crato ao D r. Abilio M atias Ferreira

^ asía^ m para poreosVende-se ou arrenda-se to­

da a pastagem que existe na herdade das Barreiras de Ci­ma, na freguesia de Montar­gil, incluindo todo o restolho de milho e praganas existen­te, e desperdícios de duas ei­ras, desde Junho até Setem­bro, inclusivé.

Não ha mais gado na her­dade a qual possui muita a- gua.

Dirigir correspondencia ao Dr. Delegado do Procurador da Republica n2 comarca do Redondo.

CortiçaA Junta de Freguesia de G a l­

veias abre concurso para venda de aproxim adamente 7000 arrobas de cortiça a m a d ia e 1.000 arrobas de cortiça brava a extrair da C o u ta ­da da mesma freguezia, este ano.

A s propostas, em carta fechada serão enviadas ao Presidente até ás 12 horas do dia 17 de Junho próxim o.

A s condições acham-se patentes na secretaria da Junta.

Visado pela com issão de cen­sura de Portalegre

M O C I E A E■

4

A N U N C I ONo dia 26 do proximo, mez

do Junho, por 12 horas, á por­ta do Tribunal Judicial desta comarca, ha-de ser arremata­do pelo maior lanço ofereci­do acima da sua avaliaçao o predio seguinte:

Uma morada de casas na rua da Baixo, no lugar da Cunheira, freguesia de Chan­ça, desta comarca, descrita na Conservatoria do Registo Pre­dial sob o n°. dois mil qua­trocentos e vinle e dois e ins­crita na Matriz respectiva sob o artigo cento e oitenta e seis, avaliada em dois mil escudos Este predio vai á praça nos autos de carta precatória vin­da da comarca de Oliveira de Azemeis e extraida dos autos de execução por custas que o Digno Agente do Ministé­rio Publico, ndquela comarca move contra Joaquim Lou­renço Grenho, casado, co­merciante, morador na Cu- nheira, para pagamento da quantia de 183$00 e mais despezas acrescidas.

Pelo presente sâo citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus di­reitos.

Ponte de Sor, 27 de Maio de 1932.

O escrivão de 2o. oficio,

João Nóbrega

Verefiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

L I V K O §

Tem sem pre á venda as ul­tim as novidades literarias de escritores nacionais e estran­g eiros a

Minerva AlentejanaB ua V az M onteiro

PONTE DO SOR

I k d / u . s i c a ,

Vende-se reperlor io para batida ou para gran d e e pequeno g r u p o , c om po sto de musicas modernas.

T ratar com C ip r ia n o Bailão.

O D E

daSilva cÇ figueiredo, J2.Avenida dos Oleiros = Coimbra

Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

R a m iro P ir e s F i l ip eLoja de Fazendas, Mercearias e Miudezas

K t i ] > o c i a ) i ( l a ( l e e m o l i i i e e n f é

Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezembro

“ ( J mocidadeQuinzenario noticioso. Iiferario,

recreatioo e defensor dos interes ses da reqiáo.

C on d içõ es de a ssin a tu ra

Em Ponte do Sor, trimestre....... 2*10Fora de Fonte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso ........................ $4(1Pagamento adeantado.

★ ★ ★A N Ú N C I O S

Na 1.* pagina, cada linha ouespaço de linha..............

Na secção competente........Permanente confato especial

$80$40

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

A n t o n i o R. G a i oA A A A A

A v en ida C idade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

A A A

Sortido de pelarias finas, tais como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

C alçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de b orracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

5 1 N GERVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

A A A A

Encarrega-se de todos 0? concertos em máquinas des­ta marca.

★★★★★*★*★★

Pensão SorenseB U A V A Z M O N T E IR O

P o n t e c io S ò r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

âIybs fla Silva & Injfverjida Cidide ds £11 e—p õ J f f S 2)0 S&R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o a c o p a r a v e n d e r m u i t o Revendedor da afam ada cerveja T-A_3STS:E]3Sr

Participam os aos nossos estim ados clientes que acabamos de receber a ultima móda em calçado de palhinha para

senhora, e bem assim um colossal sortido em gravataria . Todos estes artigos são verdadeiras novidades p a ta o p re ­

sente epoca.

IS OS rProcurai em Abrantes a oficina de J o s é d o s

S a n t o s B i o u e a s , onde se fazem os mais perfeitos tiabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

BSTAS.EIBGIMEHTQD E

Simplicio ioão UnesM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

VINHOS, P A L H A S E CEREAIS.

íloenida Cidade dc Lills— p. do s o r

C e r e a i s , L e g u m e se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave­nida Cidade de Lille em Pon­te do Sor e Longomel.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

_

r — i _____ 1 ______n i ___________i ! ____ I da ISM Constructora flbrantina, L.

Telefone Abrantes 68

^ Carpir[taria mecanica, serrdção de madei- SU/ ras fabrico de gê lo(IS f *W $

hnitl ie IIés leves

B

Compra e uende:

C e r e a i se l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

SI

§9

|

C A S A

Vende-se uma morada de casas c o m altos e baixos quintal com arvores de frutos, poço, na Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio.

as

%

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede e oficinas em A lferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a , Í L B B A 1 T T E S

m W (USw as w wWa sw(Isw(US

M

Manoel 1. Pontinha &n i h o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

Cortiça VirgemO ráda e limpa, com pra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L uis P e re ira d e M atos

Caruoeiro (Linha da Beira Baixa

Rua Rodrigues de FreitasP o n te do S ô r

^ l a d ç i r a s d e

Para construcções a preços de concorrência. Vende G o h -

çalo Joaquim.Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

i João Baptista da RosaP O N T E D O S O R

1 Comissões e ConsignaçõesCorrespondente de Bancos e

! Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi- 1 cas.

Anuplio Correia y AlbertyXvdlecUc© " V e t e r i n á r i o

—Ponte do Sôr—

Consultas todos os dias.

Ponte do Sôr, 12 de Junho de 1932 NUMERO 143

Propriedade da Empreza deA M O C I U A D K

Composto e impresso na

‘‘ n iN E R V A A L E N T E JA N A , , P O N T E DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro

P o n t e d.o S o r

" S

D I R E C T O R * í A D M I N I S T R A D O R ★ E D I T O R

P r / m o P e d r o da C onceição *!k l João M arq u es C alado

★★ J o sé P e re ira Mota

P u n d a d o r e sPrimo Pedro da Conceição

José V iegas Facada

Ç í tU Z A D A ' ôOi í j lTAConclamam certos pessimistas que isto está completa­

mente perdido porque, na triste demência do seu pensar, se julgam os únicos homens honestos deste mundo e, confor­me espirituosamente disse certo humorista, se persuadem exclusivos detentores das iras de Jehovah, que se não fos­sem eles faria chover sobre a terra o fogo quearrazou Sedo- ma e destruiu Gomorra.

Felismente para todos nós ha muita virtude dispersa pelo orbe e no fundo da consciência humana muitas forças i- gnoradas e inergias redentoras, que no momento preciso sa­bem despertar decididamente para o bem da sociedade.

Muito ao contrario do que tais derrotistas proclamam, existe ainda no mundo quem aspire a virtude e evangelise o bem, almas que o procuram fazer sem alardes e o praticam sem exibicionismos. Sem outro desejo e sem outra ambição que não seja o de, norteados por um sublime ideal de justi­ça e de equidade, minorar as agruras dos que sofrem, por êsse ideal se sacrificam com denodada abnegação e desin- terêsse.

E como na vida moral se não perde nunca um pensa­mento generoso e, antes pelo contrário, o seu exemplo fru­tifica sempre, nós vimos o reflexo do que afirmamos no re­cente congresso das Misericórdias de Portugal, reunido na progressiva cidade de Setúbal.

Como a tudo no nosso pais, afecta-as uma formidável crise, motivo porque no desejo de nos servir a todos nós— pois por muito ricos que sejamos essa riqueza pode ser e- fémera e passar como um sonho—ali foram pelos congres­sistas apresentados diversos alvitres, num dos quais e por sinal de autoria do provedor da Misericórdia da capital do nosso distrito se afirmou que «os respectivos hospitais não poderão nunca satisfazer regular e proficuamente a missão para que foram instituídos enquanto não dispuzerem dos in­dispensáveis recursos».

Ora para alcançar êsses indispensáveis recursos somos de opinião que se deve pôr Je parte a jà sediça formula de tudo pedir ao Estado, e antes cada um juntar o seu esforço por mais modesto que seja ao dos vizinhos e num trabalho bem orientado procurar-mos esse auxilio, para o Estado nos ajudar depois.

Dessa forma se exercerá a verdadeira Caridade, visto que assim evitaremos aos desprotegidos da sorte a triste humilhação de pedir esmola. Porque a esmola sendo como disse um grande escritor a gota de orvaiho refrigerante e con­solador que a filantropia derrama nas chagas ardentes da miséria, nâo pode nem deve ser nunca o recurso supremo a que lancem mão todos aqueles que, ou por doença ou por idade, se impossibilitem de angariar os indispensáveis meiosde subsistência.

Com os nossos obulos dados sem relutância e cheios de boa-vontade, auxiliemos a meritória obra das Miseri­córdias portuguesas, porquanto sendo elas uma obra huma­na são ao mesmo tempo como que aureoladas por um traço divino, de cujo amparo talvês venhamos 11111 dia a precisar, visto que 0 ser pobre é 0 destino mais certo de todos os que andam sôbre a terra.

Amemos por isso os pobres como a nós mesmos, por­que quem dá aos pobres empresta a Deus, dever nosso é emprestar-lhe tudo quanto possamos.E, procedendo assim, tenhamos todos a certeza de que mais tarde, ao recebemos 0 jure proveniente de termos a consciência tranquila pelo dever cumprido, ficaremos compensados de tudo quanto nesta cruzada bendita fizemos em prol da pobreza da nossa amada Pátria.

jTngelo JWonteiroMoedas que recolíiem

Termina no dia 30 do cor­rente 0 praso para a troca das

escuras de 1$00 e

R écita de AmadoresNo proximo domingo, 19 do corren- I

te, deve realisar-se na séde do Eléctrico Foot-Ball Club, desta vila, uma récita de amadores desempenhada pelo grupo scé- j nico daquele Club, subindo á cena o | emocionante drama em 3 actos «Honra m o e d a s e Desonra» e a chistosa comedia em 1 acto, Cada doido • • ' Í J U -

Um diplomo iiipHfflle sobre os inspecções

A folha oficial publicou um de­creto determinando que as juntas de recrutamento para inspecção dos m ancebos recenseados para o serviço militar passem a ter a se­guinte constituição:

Presidente: o chefe do distrito de recrutamento e reserva respec­tivo ou, na sua falta, o sub chefe; vogais, dois médicos das unidades ou estabelecimentos militares da sede do respectivo distrito de r e ­crutamento e reserva, nom eados pelo g o v e r n o militar ou c o m an ­dante da região; secretario, o se­cretario do distrito de r e cru ta m e n ­to e reserva, sem vo to .

A s juntas funcionam éxclusiva- mente na sede do respcctivo dis­trito de recrutam ento e reserva, onde os m ancebos são obrigado s a com parecer, tendo direito, q u an ­do a freguesia em que forem re- senseados distar mais de 24 q u ilo ­metros da sede do respectivo dis­trito, ao subsidiu de 3$00 diários e ao transporte em cam in ho de ferro, via fluvial ou maritima que lhe possa aproveitar.

O abon o do subsidio não pode­rá ser superior a dois dias.

B E I J O S

f o o t e í j a l l

Em desafio am igavel de foo t-ba ll, encontraram -se no domingo passado, no campo 5 de Outubro, desta vila, as prim eiras categorias do Gru­po de Artilharia M ontada, de Abrantes, e do Eléctrico Foot- B ati Club, desta vila, tendo terminado por uma copiosa vi­ctoria do team local, que m a r ­cou 7 bolas contra 1.

O Eléctrico teve algumas jogados de valor, quasi sem ­pre term inadas em goal. Ao contrario, o grupo visitante m al constituído, sem ligação e com alguns elementos que parece fazerem uma vaga /- de ia do foo t-ba ll, não conse­guiu realisar nada de apreci- avel, a não ser o seu ponto de honra bem marcado por inter­médio do interior esquerdo. O grupo local dominou durante quasi todo o encontro.

Arbitrou a contento o Sr. Joaquim figueira.

Comissão Venatoria

Por falta de numero de eleitores não se realisou no domingo passado a eleição da Comissão Venatoria deste concelho, devendo proceder- se a ela,hoje, no edificio dos Paços de concelho, pelas 13 horas, com qualquer numero de eleitores, de harmonia com o Codigo da Caça.

B eijo s—sêlos de am ôr, ás colecções . . . B ôca— E stação posta l dos corações . . .

Há beijos que são dados com prudência, estes são estam pilhas de assistên cia . . .

Há o beijo entre todos o mais franco, é o beijo da criança— sêto em branco,

E o da correspondência da m anhã— B eijo de mãe, de filh a , ou de irm ã.

Há os beijos que nos deixam traços vivos, estes são sêlos com em orativos. . .

Ha sêlos próprios para documentos, são os beijos que sèlam ju ra m en to s .. .

Há o sêlo usado por form alidade é o beijo das pessoas já de i d a d e . . .

Sêlo sem gôm a, que se cola m al—— B eijo dado no anel dum c a r d i a l . . .

B eijo na face, beijo indiferente—— sêlo de cartas para toda g e n te . . .

O beijo que se dá ao moribundo—— selo de carta para o outro mundo. . .

B eijos que se dão logo a quem os pede São sêlos de edital, numa parede . .

O s beijos das pessoas já casadas São estam pilhas, já u sa d a s . . .

Sêlo p o r onde se abre um telegram a - ■—primeiro beijo da mulher que a m a . . .

R osto que uma vez só f o i beijado era uma folha de papel s e l a d o . . .

B eijos— selos de amor ás co l ecções . . . B ôca— estação posta l dos corações . . .

( Da “Folha d ’Alte") Ssther Çil Jfobre

Pela ImprensaLiberdade

Completou 4 anos de e.ris- tencia este nosso estimado confrade que se publica em Lisboa sob a direcção do dis­tinto jornalista Snr. Virgilio Marinha de Campos.

Cumprimentamo-lo afec­tuosamente, desejando-lhe inúmeras prosperidades.

Ecos do SulPublicou um numero espe­

cial dedicado á memória do ! grande poeta algarvio que se chamou Bernardo de Pas­sos, este nosso presado co­

lega que se publicava na ri­dente vila de S. Braz de Al­portel e que ha anos suspen­deu a sua publicação.

Com os votos de um bre­ve reaparecimento cumpri- tamos o distinto colega.

jTnjiffos de jT JtfocidadeM andaram satisfazer á nossa r e ­

dacção as suas assinaturas, pelo que nos confessamos sumamente agradecidos, os nossos estimados assinantes, Exmos. Snres.

M anoel Ferreira Prôa, do R ocio de Abrantes, do N.° 132 a 144. A n to n io Basilio da Silva, das G a l ­veias. do N ° 140 a 145. Padre Francisco Bonito Bragança d e T o u - r ig o , (Tondela), do N.° 141 a 189:

2

£xeçrptoNinguém sabia ao certo donde

ele viera, nem como conseguira angariar em tão pouco tempo tão bastos cabedais.

De principio aparecera por 'li com um macho, vendendo bugi­gangas, de passagem para outras localidades, às vezes misturado com a ciganagem. Depois, começou a demorar-se por dias, por semanas. As suas permanencias no sitio coincidiam quasi sempre com rou­bos de criação e insolitos desapa­recimentos de muares, e não falta­va quem se aventurasse a supôr que um ou outro assalto em estra­das pouco frequentadas podia agra­decer-se a êle.

O Zé Moleiro que ia a Extremoz buscar mercearias para as lojecas embrionarias do Ervedal, desde ha tempos que se recusava a fazer esse serviço. Não porque as cami­nhadas fossem superiores ás forças da parêlha, nem porque êle se não pudesse safar dos barros medonhos e das fsub-rodas traiçoeiras dos caminhos de Cano e Souzel! E' que um belo dia, entre Cano e Estremoz, por alturas dc D. João, logar êrmo e de ruim fama, ao lusco-fusco, quando ele ia scisman- do vagamente nessas historias que corriam de ladrõ s, btuxas ou o quer que era, teve, de-repente, a ilusão de que um zaravulto se es­condia 110 valado da tal tapada, por detraz duma aroeira grande que ali havia.

—D ia b o ...! Seria afiguração minha?, disse lá com os seus bo­tões. Parece-me que vinha quasi ferrado e nada mais facil do que ver aquilo que não vejo!

E o homem começou a olhar corn atenção para o sítio suspeito, um pouco desinquieto. Mas não; não via lá nada que houvesse de recear. Tinha sido afiguração, com certeza. As mulas não tinham dado sinal nenhum, caminhando sempre com aquele passo embalador do costume; o carro fazia no pó do caminho vicinal um ruido continuo e adormecedor; já passava á frente da tal aroeira e nada de novo. Não havia duviaa: tinha sido afi­guração.

Estava a levantar-se um vento- sinho frio, um barbeiro desalmado que havia de cantar por essa noite adeante. Desciam as gases da noite, mais escuras, mais pesadas; 110 meio do asinhal já mal se via; mes­mo em frente, ao alto, apareceu uma estrelinha tão pequenina como a cabecinha de um alfinete, mas tão alta, tão alta, que não haveria escada nenhuma que fosse capaz de lá chegar.. .

Que diabo seriam as estrelas?...Com os tombos do carro a es­

trelinha andava para os lados e parecia aquelas fitas de lume que os gaiatos traçam 110 ar agitando um tição.

Mas 0 vento era cada vez mais frio; as arvores desfaziam-se numa só mancha informe; o andar das mulas tão macio que os olhos se lhe iam outra vez a fechar... a fechar.. .

Atou as arreatas ao tendal da direita, puxou a gola do capote para as orelhas, ageitou melhor o àbeirão, chapeu que lhe durava ha que anos, e preparou-se para descabeçar uma sonéca.

Mas veio-lhe de subito à ideia que a Branca ficara de cama, com frio e febre. Era talvez constipação que a rapariga ;tinha apanhado ao sol, que ele não ia para brinca­deiras. Enfim, talvez não fosse nada... O raio da rapariga esta­va a compor-se, era já uma mulher feita, e daí a pouco havia de querer castr-se.

—Isto dum pai criar uma filha e despois vê-la ir com o primeiro trangalhadanças que lhe arrasta a

asa tambem é tris*e!. . .A tal estrelinha já se tinha su­

mido por detraz da rama de uma asmheira, mas logo apareceu outra vez, a fazer-lhe sinais por uma aberta do alvoíêdo, mais alta, mais alta, e mais esperta.

Levantam-se uns quando se dei­tam outros! Ele a ajeitar-se melhor 110 Saco da palha e a tal luzinha a levantar-se para ii correr por esses astros fora.. .

Eis se não quando as mulas deram em pular, aos assopros, e tudo era fugir do maldito valado que não tinha fim. O velho Zé Moleiro deitou unhas ás arreatas, vai a inquirir do que se passa, a sondar as sombras, e quei ha-de êle ver? Do lado esquerdo, avan­çando, de espingarda á cara, um maltez como um Sei pião!

— Valha-me Deus! Valha-me 0 Diabo! Aqui d’EI rei!

Qual Deus nem qual Diabo! Qual rei nem qual carapuço!

Ali, era gem er... e pronto. Aquilo lá por dentro do capote era um tremedalho, um vasio na barriga, a uma varridela 110 bes- tunto que até já parecia terem-lhe voádo os miolos à frente da chum­bada!

— Eh, amigo, bota p'r’ali 0 far­nel! E o tabaco!

Zé Moleiro, sucumbido, o co­ração mais pequenino que o de uma pulga, começou por lhe atirar para o pé a pataca que ainda nêsse dia tinha atafulhado e atestado bem. Mas teve uma certa hesitação por via do seu rico farnel, e olhou 0 maltezão. Ele lá continuava dar ma á cara e com uns olhos que pare­ciam brasas. Era impossivel que ele o não matasse, com um focinho daqueles!

Apressou-se a lançar-lhe o al­forge, um alforginho novo que comprara pelo S. Pedro, havia poucas semanas. Tinha de ser, despois compraria outro.. .

Estava ele sem saber se podia seguir, se não, quando o da espin­garda lhe gritou pela segunda vez, soerguendo a cabeça da fcoronha:

—“,tão a carteira, ó amigo!? 'tão tu julgavas que marchavas com a massaroca!?’’

Raios o partam! Então tambem a carteira?! Ah minha rica escopê- ta!, pensava Zé Moleiro. Mas então 0 que ia ser dêle? Que contas da­va êle do dinheiro que ali levava e não era seu ?! Era do Vilela, era do Matinas ! — "Raios me partam, mas o dinheiro não largo eu!"

Tinha agarrado disfarçadamente o rabo do chicote, atirou uma valriite chicotada ás mulas, e ó alas que se faz tarde! Nem chum­bo, nem zagalote, nem raios lhe puzeram mais a vista em cima. Aquilo ia tudo nas horas de esta­lar e não havia vento que lhe passasse á dianteira!

Só afroxou a corrida em Santa Victoria, quando os galos canta­vam a primeira cantiga!

Então respirou um pouco mais aliviado, vendo luz pelas frinchas das portas, e num ou noutro pos­tigo umas cabeças curiosas farejan­do quem seria o bebedana que corria com tamanho desaforo!

O Zé Moleiro sentia-se tão con­tente de se ter escapo que foi dan­do a todas essas cabeças as santas noites com uma alegria tão viva e uma ternura fraternal tão manifes­ta que os outros acabaram por convencer-se de que o seu estado era de facto muito duvidoso.. .

De regresso ao Ervedal, fez a viagem só de dia e á luz do Sol. Ninguém o mandava ser bruto, para aventurar-se por êsses ca­minhos sem viv'altna, de tarde e ás más horas. Contando o acon­tecido, êle dizia ser capaz de jurar que o ladrão da clavina não era outro senão aquele bufarinheiro do diabo que ali passava ás vezes misturado com a ciganagem.

Presos e doentesO dr. Alvaro P i n h e i r o

d’Almeida, delegado do Pro­curador da Republica na Fei­ra dotou a cadeia daquela vi­la com uma oficina, uma es­cola e uma biblioteca. E’ do nosso dever felieital-o pela iniciativa e fazer votos cá bem de dentro pelo exito do em­preendimento.

O outro exito, 0 de natu­reza moral, está sempre as­segurado em casosdestes por­que basta que um recluso em cada 10 ou 20 aprenda a ler, leia cousas uteis enquanto preso e entre no conhecimen­to de um oficio ou arte para se considerar 0 benemerito instituidor da ofici ia, da es- coia e da biblioteca bem pa­go do seu labor e canceiras.

Isto porem é calcular muito por baixo como se diz em lin­guagem de comercio porque na realidade, <- fruto que se retira da BONDADE, qual­quer que seja a manifestação dela é sempre mais volumoso do que as mais optimistas previsões.

Não reparem no paradoxo, mas a verdade é que na Ale­manha os presos andam qua­si sempre soltos. Como? A- companhados por g u a r 0 a s vão todos os dias trabalhar fóra da prisão 0 numero de horas do regulamento. Rece­bem 0 seu salario, amealham, e quando soltos definitiva­mente, se muito perderam 11a prisão, duas cousas ganham e ambas otimas: não perdem o habito de trabalhar se o ti­nham. adquirem-no se 0 não possuem; juntam um pecúlio que magnificamente lhes ser­ve para um recomeço de vida honesta e util. Na Suissa acon­tece cousa ainda mais singu­lar e é que raramente nas ca­deias está 11111 preso, e muitos desses raros presos são es­trangeiros, isto é: de paizes que embora adeantados nào chegam nesse particular aos calcanhares suissos.

Cá, ninguém cura de ado­çar “com proveito nosso” a sorte destes dois infelizes ir­mãos que é o recluso e 0 hos- pitalisado. Pois valia bem a pena, repetimo-lo “em provei­to nosso” procurara suavisa- ção da vida a um e a outro, e nenhuma situação mais ade­quada que essa.

Entende-se que quanto ao ultimo, os benefícios a retirar seriam todos de natureza es­piritual e moral—mas em to­do 0 caso, muitos e importan­tes.

O homem preso ou doente num catre de hospital, medi­ta, não pode fazer mesmo ou­tra cousa que não meditar.

Cumpre-nos envidar esforços por dar a essa meditação uma directriz ut i l e proveitosa, quer sob 0 ponto de vista material quer sob 0 ponto de vista moral.

E, por terceira vez (descul­pem a insistência) 0 declara­mos: em beneficio deles e nosso, porque em contacto com homens trabalhadores e honestos toda a gente está em maior segurança e socego que ao pé de homens que por culpa nossa não são uma cou­sa nem outra.

Luis Leitão

O certo é que 0 tal almocreve 1 das pêtas...........................................

(De um livro em esbôço)

Ponte do Sor, Moura Junior

J ^ s p o r r i v a

Como oportunamento no­ticiamos, estão-se realisando nesta vila as festas desporti­vas promovidas pelo Eléctri­co Foct-Ball Club, que tive­ram ontem 0 seu inicio, pro- seguindo hoje e amanhã. A parte [que falta cumprir do programa é a seguinte.

HOJEA’s 7 horas—Alvorada pe­

la Banda dos Bombeiros, que será anunciada por uma gi- randola de foguetes.

A’s 9 horas—Reunião na séde do Eléctrico dos concor­rentes ás provas desportivas seguindo depois acompanha­dos pela Banda dos Bombei­ros Voluntários para 0 Cam­po 5 de Outubro, onde se realisarão corridas de bici­cletes, negativas e de fitas.

A’s 17 horas— Grande de­safio de foot bali no Campo5 de Outubro, entre os teans de honra do Grupo Ferro-Vi- ário de Lisboa e Eléctrico Foot-Ball Club.

A’ noite—Arraial, quer­messe, concerto musical, fo­go de artificio, bailes e des­cantes populares, subindo ao ar um balão

A’manhãA’s 9 horas.—Corridas pe­

destres de 100 e 200 metros e saltos em altura e em com­primento.

A's 17 horas.—Grande de­safio de foot-ball entre as primeiras categorias do Gru­po Gavionense e Eléctrico Foot-Ball Club.

A’ noite.—Continuação do arraial, quermesse, fogo de artificio, etc.

Em casa de sua filha Sr.* D. Ber- ta Marques Pais, em Maçãs de D. Maria, (Sintra), faleceu ha dias a Sr * D. Maria da Qraça Marques Pais, de Aviz. A cxtincta que cra viuva ha alguns anos do secretario da Câmara aposentado daquele concelho Sr. Alfredo Barreto da Guerra Pais, era mãe dos nossos amigos Snres. Alfredo Marques Pais, correspondente de A Moci­dade em Aviz, José Barreto da Ouerra Pais, João Barreto da Guer­ra Pais, Gualdim Pais e das Sn.**D. Gertrudes da Guerra Pais de Morais esposa do nosso estimado assinante Sr. José Esteves de Mo­rais e da Sr.’ D. Joana Marques Pais, esposa do Sr. Joaquim de Fi­gueiredo.

A’ familia enlutada envia A Mo­cidade 0 seu cartão de sentidas condolências.

M o n u m e n t o a . o

7)r. João felicissirqo

—Subscrição—

50ô$90

Gregorio dos Santos 2$50Francisco Ganhão.. 2$ 5 0josé Marçal............... 5$00Antonio Pastor......... 5$00Francisco Vissinhas. 2$50Izabel.. . (Amieira).. 1#50José Marçal Barata.. 2$50Antonio Henriques. 5 $ 0 JFilipa do Paul......... 4$50Constantino Carvalho 5$00Gabriel Salvaterra.. 5$00

10$00José Pita Dionisio . . 5 $00

1$00Francisco Pereira. • 5$00Manuel Antonio.. . 2$00

2 $ 5 0Maria C ustodia.... 2$50

1$60Lucia Maria............. 1SO0José do Caldeirão... 4$50Antonio Coelho.. . . 5$00Antonio Policarpo.. 4 $00Eugenia Espadinha. 5$00Inocèncio Mauricio. 4$00Francisco Antunes.. 9$00Marçal Lucrecio A 11*

4$59Laurentino Prates.. . 2$ 0 0Antonio Prates......... 5$00Francisco A lv e s ... . 10$00

Ó05005$001$00

Fiorinda Clemencia. 1$00Maria Rosaria......... $15Carlota Maria........... 1$00

2$502$001$00

Sebtstíão L op es.... 5$0QFrancisco A lves.. . . 10$CK)Joaquim Camelo . . . 2 $00Rosaria Joaquina... 2$00Sebastião Alves.. . 5$00Adriano Espadinha. 5$O0Francisco Antonio Al­

ves................................... 2$0010$0015$00

Cândido P i m e n t a10$00

1$00José Lopes Marujo.. 1$00Joaquim Silvestre. . . 1$00Francisco Pires Sil­

vestre ............................ 1$00Manuel Francisco.. . 5$00Romão da Cruz.. . . 10$00Francisco Tomaz Lo-

50$001C$0G

Henrique de MatosMouco............................ 50$00

50$00Maria losé Batista.. . 50$00Gtbriel Lourenço de

Oliveira.......................... 10$00José Nunes Marques

100$00Manuel Nunes Mar­

ques Adegas................. 100$00Manuel da Conceição

Caveira.......................... 50$00José Manuel Possinho $70Luciano Antonio.. . . 5$00Manuel Lourenço Ar-

2$00Luiza Maria Lopes.. 10$00Conceição M aria... 2$00

1$00Joaquim Pedro.. . . 2$00

1$0050$00

1$705$00

Francisco Salvaterra 1$00Marçal Sergio........... 2$50Quiteria Maria......... 1$00Paulo Antonio d'01i-

5$00Rosaria Mariana.. . . 15$00

2$50Artur Carvalho----- 2$20

A transportar.. 1 3 .3 ô 9 $ 7 5

3

‘ IA n iversário s

= j u i m o

1 2 — A n ton io Narciso Palha, em C rato , a menina Irene da C o n ce i­ção Andrade, em Portalegre e Dr. João Pires P. M iguens.

1 4 — Manoel Silveira Euzebio.1 5 — Rafael Duarte L ino e o m e­

nino joão Duarte Mendes.l ô — João N ób rega.1 7 _ M a n o e l Martins, em Rocio

d 'A bran tes e José N unes M arques A degas.

1 8 — José L opes Junior, no E n ­troncam ento e Cesar Maria de C a rv a lh o .

1 9 - D. M aria do Rosário M o ­rais.

20 — João Q o n ç a lv e s Caíha, em P ortalegre e A n to n io M arques C a ­lado, em Paialvo.

2 1 — D. V icto riua Maria A le ­xandre.

2 2 — José da P oule G uerre iro , en, La Plata (Argentina) e Manuel M arques Calado.

23 — D. A ntonia Branquinho A lv es C orreia , em G alveias e Fir­m in o Rodrigues L ourenço.

Em Ponte do Sôr

Estiveram ultimamente em P o n ­te do Sôr, os nossos estimados as­sinantes Exmos. Snres. De A v iz Francisco Ferreira Pimenta. De Santa Barbara de Nexe, José de Sousa G a g o De M óra, Manoel de Sousa Falcão. D e Montai gil, Dr. A n to n io R odrigues de Azevedo. M anoel A u g u sto C o u rin h a , |oão Jordão, M anoel G o d in h o Prates, Evaristo V ieira e Dr. A m an d io da L u z Aleixo.

Nascimento

Deu ha dias á luz uma criança do sexo fem enino a esposa do nos­so estimado assinante de Lisbôa Snr. Francisco Laureano, que foi registada c ivilm ente recebendo o nom e de Custodia da G raça L a u ­reano.

Câmara Maniclpa l COIBESFuNOEifíiâS

impo Depliia lluzirasePara eleição dos corp os g e re n ­

tes deste C lu b que hão de servir no ano econ om ico de 1932-1933, reuniu a A sseirb leia G eral no dia10 do corrente, tendo sido eleitos os seguintes Snres.

I D I r e c ç ã o

Efectivos

Sim plicio João Alves José Pais Pimenta Jacinto Prim o P edro da C on ceiçã o José da C osta M endes Francisco X a v ier Bailim B irata

Substitutos

M anoel da Silva Antonio de Bastos Moreira Valentim L o u re n ç o M ourão Francisco G a m a Reis M ário da A ssum ção G o m e s de

A lm eidaConselho Técnico

Marçal da SilvaJosé C o élh o JuniorJosé N unes M arques A d e ga sjacinto da SilvaJacinto L opes

Assem bleia G sral

Francisco N unes M oura Junior Horacio de Sousa Sancho A n to n io Josè Escarameia

/ t n u a r i o ( ^ o m ^ r e i a l

de 1932 alugo até 5 horas por 1 escudo Avenida Cidade de Liile=PONTE DO SOR

3osé de Matos t a s

S 2 5 s ã o de l (le 3unfto de 1932

Presidencia do cidadão José Nunes Marques Adegas, com assistência dos vogais Luiz Branquinho da Costa Braga e José da Costa Mendes.

Correspondencia

Circular do G o v e r n o C iv i l de P ortalegre aconselhando a C â m a ­ra a incluir no pro x im o orçam en ­to ordinário verb as para m elhora­mentos a realisar em todo o conce­lho, de m odo a atenuar a crise de trabalho que actualmente é a preo­cupação de todos.

T o m o u conhecim ento deliberan do agir nesse sentido.

— Oficio da C om issão do M o ­numento ao D r .J o ã o Felicissimo, pedindo a esta C am a ra que tome a seu cargo o p ag am en to das g r a ­des que aquela comissão mandou construir para resg uardo das ar­vores da Praça da Republica, pois ao apurar as suas contas verificou não lhe ser possivel satisfazer o com prom iso que em virtude da construção das referidas grades tom ou com o constructor Daniel da Silva, ao qual é devedora da quantia de 1 . 4 1 1$50.

Atendendo a que as grades são necessarias para protejer as a r v o ­res plantadas na Praça da Republi­ca, esta C om issão resolveu aten­der ao pedido.

— O ficio da Inspecção Escolar da Região de Portalegre, pedindo para o D elegado de saude deste concelho dar o seu parecer acerca das condições h igieno pedagógicas da sala da escola do C ab eço . In­form ou o secretario ter já dado conhecim ento do oficio ao D elega­do de Saude.

— O ficio do D elegado de Saude com unicando ter ínspecionado a sala da escola do C ab e ç o , a qual está em condições h igieno p e d ag ó ­gicas. Deliberou dar conhecim ento deste parecer á Inspecção Escolar da Região de P ortalegre .

R E Q U E R I M E N T O S

Requerim ento de José V elez de C arva lh o , de Galveias, pedindo, licença para fazer obras 110 seu predio do Rua do P o v o , daquela vila. Deferido.

— Dito para passagem de guia de enfiada nos Hospitais C iv is de L\sboa a favor do doente josé L o u ­renço, de Ponte do Sor. Deferido.

— Requerim ento de Joaquina D u ­arte, de L on g om el, e Izaura Lo- b to. de Galveias, pedindo subsi­dio de lactação a fa vo r de seus fi­lhos. Deferido.

O U T R A S D E L I B E R A Ç Õ E S

Requerim ento de A v e lin o Cos- me G o d in h o Braga, pedindo para que a Cam ara o não impeça de poder utilisarum a serventia de pé e de carro, que tem para uma sua horta situada 11a T r a v e s s a d o T o r ­rado, da vila de Galveias, serven ­tia actualmente impedida etn vir- de de um m u ro mandado co n stru ­ir por esta C am a ra . Absteve-se a Com issão de acerca do requerido tomar qualquer resolução, em v ir ­tude do referido m uro ter sido em parte abusivamente desíruido p lo requerente, o qual. tendo já sido por tal facto intimado a reparar os danos causados ainda não cum priu 0 que ordenado lhe fei, não ap re­ciando o que alega enquanto pelo requerente não for reparado o re­ferido m uro.

— Deliberou mandar reparar o chafariz do V ale das M ós. na fre­guesia de Galveias, e as fontes do D o m in g ã o e da Passagem no V a ­le da Bica, desta freguesia.

— Estando já concluídos os ali­cerces da escola primaria de G a l­veias, delibera esta Com issão pro­ceder ás diligencias necessárias

BarquinhaT a u r o m a q t i ia

C oin cid in d o com a tradicional feira de Santo António, realiza-se em 12 do corrente, na Praça de Toiros, em beneficio da M isericór­dia do concelho, uma grandiosa corrida de 9 toiros apartados a ca­pricho da muito acreditada ganade- ria do E x.,u0Snr. N o r b e r tc P ed ro - so, da C ham usca.

A cavalo toureará o inegualavel artista João Branco N uucio e a pé os arrojados bandarilheiros A g o s ­tinho C oelho, Francisco G on çalves, C arlos Santos, Manuel Raimundo, Carlos M oreira, o espanhol S a lv a ­dor Balfagon (Alfarero) peão de brega do cavaleiro João N u u cio e 0 praticante M anuel de Freitas I Maia, que fará a prova para a lt e r - ! nativa. |

O g r u p o de forcados é chefiado por Manuel Burrico.

Ab iilb antam a corrida as distin­tas bandas dos B om beiros V o lu n ­tários da Barquinha e Filarmónica Recreativa Lamarosense, da Larna- rosa.

Foot-BallRealisou-se há dias no cam po

desportivo da Moita do Norte, pa­ra disputa duma taça, um encontro de foot-ball entre os g r u p o s dos casados e solteiros do S p o rt in gC. Barquinhense, saindo estes v e n ­cedores pelo score de 6 a 0.

A arbitragem , a c a rg o de José E-tcves, satisf z.

G r a , l T 7 * e I a , 3

A semana da Tuberculose nes­ta localidade rendeu 1.645520 assim distribuídos.Venda do emblema 1.343$20 Pelos alunos das escolas (qnéte) 102S30Sessão cinemato - grafica 200&00

1.645120RécitasNo vasto salão da Filarmó­

nica Galveense realizaram-se nos dias 21 e 22 de Maio p. p. duas recitas cujo produto reverteu em favor da mesma.

A direcção nào se poupan­do a despezascontratou a dis­tinta actriz de Lisboa Sr.a D. Virginia de Sousa que muito agradou no desempenho dos papeis que lhe foram distri­buídos.

Tambem os amadores que tomaram parte nas recitas se portaram maravilhosamente tendo por isso arrancado jus­tos aplausos.

Para 0 seuhor José de Sousa Martins ficam os nossos me­lhores elogios, pois que, foi um incançavel desde o dia do primeiro ensaio ao ultimo dia de espectáculo.

JlgressãoCausou grande desgosto a

junto das instancias competentes, de m odo a poder proseguir a co n s­trucção da referida escola.

— Fci apresentado o balancete da semana finda em 28 de Maio que acusa um saldo de 97.250$5Ô.

— Autorisou 0 pagam en to de varios mandados.

noticia hontem recebida de Coimbra, de que fo) agredido com quatro tiros de pistola 0 nosso conterrâneo sr. Manoel São Bento.

Paríiíias e clisgadasVindos da America regres­

saram a Galveias sua terra natal os srs. Francisco Corti­ço e Antonio dos S. Pequeno.

Partiu para o Gerêz o sr. Dr. Raul Garc<a Marques de Carvalho.

Foram a Lisboa, 0 senhor Manoel Couceiro Braga e sua Ex.ma esposa, eo senhor Ilde- fonso Garcia Junior.

£ f s í n s r i d s s j n e a s

t x j í t x -i o

11 — 1 2 4 2 - D . Paio Peres C o r ­reia, Mestre de S an d iag o , co n q u is­ta aos m ouros a praça de Tavira .

1 2 9 4 — M orte do m on ge R o h e - rio Bancou, a quem vulgareu ente se atribui a descoberta da p o lv o r a .

1 2 = 1 3 6 0 = N a s c e o CoudebtavelD. N un o A lvares Pereira.

1 4 = 1 0 6 5 = Defesa de Vila V i ­çosa.

1 5 = 1 5 0 1 = S a e de Lisboa a ar­mada em socorro dos venezianos contra os turcos.

1 6 = M o r r e D. Pedro de M ene­zes, capitão de T a n g er. T en d o sai­da com 80 cavaleiros contra 3.000 mouros, foi morto, deixando asna m o rte bem vingada, p o rq ue 0 ini­m igo foi obrigado a retrocer.

Í 8 = 1 5 1 4 = D . João C o u tin h o capitão de Arzila, vence os m ouros na serra de Farrobc.

1 9 = 1 5 8 9 = 0 Prior do C rato é aclama io rei em Santarém.

2 0 = 1 6 2 2 = Victoria em Macau sobre os li Jandezes.

22 = 156 9 — C om eça a peste em Lisboa que durou tiês anos.

2 3 = 1 8 1 l = C o m b a t e de C a m p o M aior.

24 — 1 5 7 8 = S a e do P o rto de Lis­boa a armada de D. Sebastião para a fatal jornada de Africa.

24 = 1833 = D esem barque do D uque da Terceira no A lg a rv e .

2 5 = 1 14 0 = B a ta lh a de V i ld e v e z em que D. A fo nso H nriques der­rota o rei de Leão.

U N I A O D O SJn teresses Sconomicos

Comissão E xe cu t iv a

Reunio ontem, 11a respectiva sé­de, Praça do C o m ercio , 7, a C o ­missão E xecudva deste organism o federativo, que tom ou entre o u ­tras as seguintes deliberações:

E X P E D I E N T E :- E xam inou 0 re­cebido nos últimos dias, de firmas

| individuais e organism os economi- | COS, despachando em conform ida­

de cotn os assuntos expostos.

R E C L A M A Ç Õ E S : — A p re c adas as presentes pelas Associações dos A g ric u lto res da Ilha G raciosa e Com ercial dos R even dedores de viveres da P ovo a de Varzim , reso l­vendo-se dar-lhes todo o apoio, por serem justas.

A S S E M B L E I A D A U. I. E : — Foi leso lv id o adiar em defenitivo, para os dias 15 c 16 de Julho p r o ­ximo, afim de as colectividades e- conom icas das Ilhas e das C o l o ­nias poderem completar os seus trabalhos e enviarem delegados directos.

S O C IO S ; — Foram aprovad os di­versos sócios individuais. A ssoci­ações, Sindicatos e Caixas de C r e ­dito.

p a s í a ^ m p a r a p j r e Q ^

Vende-se ou arrenda-se to­da a pastagem que existe na herdade das Barreiras de Ci­ma, na freguesia de Montar­gil, incluindo todo o restolho de milho e praganas existen­te, e desperdícios de duas ei­ras, desde junho até Setem­bro, inclusivé.

Não ha mais gado na her­dade a qual possui muita a- gua.

Dirigir correspondencia ao Dr. Delegado do Procurador da Republica na comarca do Redondo.

1HSTKOÇÂOO praso para a entrega das relações

das aínnos aptos a prestarem provas de exames do ~í°. grau, começa 110 dia 10 e termina 110 dia 2o do corrente. .

Deve acompanhar a re ação a certidão de idade de cada aluno nela mencionado. Os alunos do ensino p rticuhr e dome— tico devem apresentir atestado de vaci­na.

A idade minima para admissão ao exa­me do 2o. grau é de 11 anos completos ou a completar até 31 de Dezembro des­te ano, podendo ser auctorisada a admis­são aos que completam 10 anos, desde que os pais dos candidatos assim a re­queiram.

Os exames do 2o. grau realisam-se de 15 a 31 de Julho.

Uisatío pela comissão de cen­oura de Portalegre

S e c r e t a r i a J u d i c i a l

C m is Põiís do SorN os term os do artigo 19

do D ecreto com força de lei de 3 de Novembro de 1910, se f a z publico, que, por sen­tença de 11 de Maio do cor­rente ano de 1932, que tran­sitou em ju lgado, fo i decreta­do 0 divorcio definitivo dos cônjuges Joaquim Tomé G o­dinho e Leocadia Angélica Courinha, m oradores na vila de M onta-gil, desta comarca, com 0 fundamento do numerol do artigo 4." do referido Decreto.

Ponte do Sor, 6 de Junho de 1932.

O Escrivão do 2.° oficio, Joâo N obreza

Verifiquei a exactidão O Ju iz de Direito,

M anuel Ribeiro

M éd ico -C iru rg iã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.as, 4.as, 5.as e 6 .as feiras,ás 13 e meia horas

-A .

A N U N C I ONo dia 26 do proximo, mez

do Junho, por 12 horas, á por­ta do Tribunal Judicial desta comarca,*ha-de ser arremata­do pelo maior lanço ofereci­do acima da sua avaliaçao o predio seguinte:

Uma morada de casas na rua da Baixo, no lugar da Cunheira, freguesia de Chan­ça, desta comarca, descrita na Conservatoria do Registo Pre­dial sob o n°. dois mil qua­trocentos e vinte e dois e ins­crita na Matriz respectiva sob o artigo cento e oitenta e seis, avaliada em dois mil escudos Este predio vai á praça nos autos de carta precatória vin­da da comarca de Oliveira de Azemeis e extraida dos autos de execução por custas que o Digno Agente do Ministé­rio Publico, iidqutla comarca move contra Joaquim Lou­renço Grenho, casado, co­merciante, morador na Cu­nheira, para pagamento da quantia de 183$00 e mais despezas acrescidas.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus di­reitos.

Ponte de Sor, 27 de Maio de 1932.

O escrivão de 2o. oficio,

João Nóbrega

Verefiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

£ , 8 V 8& f l S

Tem sempre à venda as ul­tim as novidades literarias de escritores nacionais e {estran­geiros a

Minerva A lentejanaB ua Vaz Monteiro

PONTE DO SOH

Vende-se repertorio para banda ou para grande e pequeno g r u p o , com posto de musicas modernas.

Tratar com C ip r ia n o Bailão.

E GARF1NTARIdaSilva figueiredo, X.

A venida dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasquio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

Remiro Pires FilipeL o ja de F a z e n d a s , M e r c e a r i a s e M i u d e z a s

m E s p e c i a l i d a d e e m o liá , e e s ifé

R u a s f l o í l r i g a e s de F r e i t a s e i .° d e D e z e m b r o

— —1 * O \ T 8- I » O S í> 1 *

ite la Siifa & Irj t ?

“ R (Ilocidadet t

Quinzenario noticioso lilerario, recrealioo e defensor dos inferes ses da região.

C onc/ições d e a ss in a tu raEm Ponte do Sor, trimestre....... 2110Fora de Ponte do Sor, trimestre.. 2&40Numero avu lso........................ $40Pagamento adea tado.

★ ★★A N Ú N C I O S

N a secçào competente Linha ou espaço de linha

corpo 12 ........................... $4010. 8 .

• S60 $80

Não se restituem os autografos quer sejam ou nâo publicados.

lipÉs p coserDA ACREDITADa MARCA

s 1 N ° e r-K -K

********* Encarrega-se de todos oi

| concertos em máquinas des- ta marca.

*1

Vende em Ponte do Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

A A A A

A n t o n i o R. G a i oA A A A A

A v en id a C idade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

A A A

Sortido de pelarias finas, tais como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

C alçado feito e por medida, para hom em , senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

BSTflSSLEClMENTOD E

Simplicio loão ÂfyesME R C E A R/A S, A Z E I TES

VINHOS, P A L H A S E CEREAIS.

Ruenida Cidade de L ille — p. do so r {

Pensão SorenseRUA VAZ MONTEIRO

2F © n t e cl© S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

fvstjida Cidade de Xtlle— 2) D SõR

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m u i t o

Revendedor da afam ada cerveja

Participam os aos nossos estim ados clientes que acabamos de receber a ultima móda em calçado de palhinha para

senhora, e bem assim um colossal sortido em gravataria . Todos estes artigos são verdadeiras novidades p a ta o p re­

sente epoca.

Quereis os vossos carros bem reparados?Procurai em Abrantes a oficina de «Fosé d o s

S a n t o s H i o u e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

C e r e a i s , i e g u i n o s

e todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave­nida Cidade de Lille em Pon­te do Sore Longomel.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

da

I eompra e D ende:1 C e r e a i s

a*

e l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

sS !í 1 A , §§©

Im I ® i® .2 i

CASA

Vende-se uma morada de casas c o m altos e baixos quintal com arvores de frutos, poço, na Avenida Cidade de Lille, desta vila.

Dirtgir a José Alves Basilio.

j r -1 3 ) - •;>-

* Constructora flbrantina, L.Telefone Abrantes 68

^ Carpiqtaria mecanica, serração de madei'- Vt> ras fabrico de gelo/J\ -------------------

F ornece nas melhores condições todo o trabalho de car-

aS pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti-

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I AWm%

Sede e oficinas em A lferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A - l íT T E lS■ijB.V >*-■ ^ >> |

y v í v ç ç y y ^ ^ -a t ^ •*

aSwasWWWas w as w as

Manoel I. Pontinha S i João Baptista da RosaZ E ^ i l l x o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

eorfiça VirgemG rád a e limpa, com pra em qual­

quer local e ao melhor preço.

L u is P e r e ira de M atos

earuoeiro (Linha da Beira Baixa

Rua Rodrigues de Freitas

P o n te do S ô r

^ a d ç i r a s d ç

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

P O N T E D O S O H

Comissões e ConsignaçõesCorrespondente de Bancos e

Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

Anupiio Correia y Alberty^v£ed.5co V e t e r i n á r i o

—Ponte do S ôr—

Consultas todos os dias.

Ponte do Sôr, 20 de Jinilio de 1932 NUMERO U i

Propriedade da Empreza deA. M O C I D A D E

Composto e impresso na

‘‘n iN E R V A A L E N T E J A N A ,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e c io S o r

S_______________ jD I R E C T O R * A D M I N I S T R A D O R ★ E D I T O R * 3T ■u. 23. cl ad ores

P r im o P e d r o da C on ceição * J o ã o M a rq u es C alado★★ J o sé P e re ira M ota +

*Primo Pedro da Conceíç&o

Josè V iegas Facada

O S G A T O SAlfredo Mezières, convida­

do a colaborar em o numero de Les Annoles de 1908 consagra­do a N ós A m is les Bêtes, es­creveu:

“Estimo os gatos, prova­velmente por atavismo. Meus pais gostavam imenso deles. Herdei quatro de minha mãe, dos quais um ainda vive, con- servando-o com o maior cui­dado, na minha propriedade em Rohan.

•‘Só ali vou de longe em longe, mas quando isso tem logar, o gato conhece-me per­feitamente, seguindo-me por toda a parte.

“Um dia o marechal de Conrobert dizia a meu pai: Ha nada mais interessante que um gato pequenino a brincar? Ha, respondeu meu pai; ha uma cousa mais interessante que um; sâo dois gatinhos brincando juntos . . . ”

Os animais ainda não repre­sentam junto do homem o pa­pel que lhes incumbe, nào por culpa deles, que nunca faltam por iniciativa própria ao cum­primento dos deveres que por natureza lhes incumbem, mas por incúria nossa, ás vezes mesmo por maldade requinta­da, por malvadez de alguns de nós . .

Assim os animais que de­viam ser olhados como auxi­liares e companheiros dedica­dos e diligentes, são-no qua­si sempre ou muitas vezes como inimigos ou pelo menos como tropeços e objectos a- borreciveis e detestáveis.

E assim, até indirectamente, se lhes é hostil, como sucede no seguinte ensejo:

Um inteligente articulista deO Pensam ento afirma que as

1 pessoas mais sentimentalistas sâo quasi sempre as mais e- goistas, incapazes de uma hora de dedicação, etc., e para o demonstrar conta que uma senhora, que em sua casa re­colhe alguns gatos sem dono e lhes dá de comer, chamou

j uma serventuaria indigente para a auxiliar no tratamento dos bichanos, dando-lhe em troca apenas moradia no alber­gue.

Grandíssima egoista na ver­dade!

Num tempo em que toda a gente se desfaz em demons­trações de caridade atrever- se a dar tão pouco, é um cu­mulo de egoismo!

Pensará o autor que essa dama, se em vez de sentimen­talista fosse um espirito forte pagaria mais generosamente o auxilio?

Se ela fosse apenas um es­pirito utilitário começava por não se importar com os gatos para cousa alguma, mais nada a preocuparia que não fosse a sua própria p e s s o a . . .

Saiba-se que essa creatura não foi nunca rica senão de bondade; alimentava poucos animais, alojava-os deficien­temente e por isso não podia ter maiores larguezas com quem a auxiliava.

Saiba mais o articulista que, como antes dissemos, essas desnecessarias alusões aos a- nimais sò servem para indis­por com eles as pessoas, e é assim que indirectamente se lhes é hostil e se contraria a obra dos que como nós, pre­tendem corigraçar o homem com as especies inferiores.

Luis Leitão

jÇrbitradores Judiciais

Por despacho publicado ha dias no Diario do Governo, foram nomeados para os lo­gares de arbitradores judici­ais para esta comarca em har­monia com o decreto numero 20.287, os senhores: Anto­nio Pais Branco, Antonio Vi­tal Ramos, João da Silva Car­valho, Joaquim Gonçalves de Castro Barquinha, José Bap­tista de Carvalho eMaximia- no Domingues.

C om issão Venatoria

Na eleição que se realisou no dia 12 do corrente, foram elei­tos para constituírem a Comis­são Venatoria deste concelho que ha-de servir no triénio de1933-35, os senhores: João Batisla da Rosa, José Pedro de Carvalho, Doutorjoão Pi­res Pais Miguens, José Nunes Marques Adegas e Antonio de Bastos Moreira.

Pcío Imprensa“ A P rovincia'"

Recebemos a agradavel vi­s ita deste nosso presado cole­g a , semanario independente e regionalista que vê a luz da publicidade na ridente vila de Moura, sob a direcção do dis tinto jornalista Sr. Bento Cai- eiro.

Apresenta-se com um bom aspecto gráfico e muito bem redigido.

Agradecendo a visita gos­tosam ente vamos estabelecer a perm uta.

"O Z e z e r e ”

D epois de quatro m eses de suspensão, reapareceu e s t e nosso estim ado confrade de Ferreira do Z ezere , a quem apresentam os os nossos cum­prim entos.

O S M U * O L H 0 S

in sp e c ç õ e s M ilita res

A s inspecções militares aos m an­cebos deste concelho, realisam-se na séde do Districto de Recruta­mento e Reserva, em Abrantes, nos seguintes dias.

Dia 19 de Julho.Freguesias de G alveias e Montar*

g'l*Dia 20 de Julho.Freguesia de Poute do Sôr.O s mancebos recenseados devem

apresentar-se na secretaria da C â ­mara Municipal a requisitarem as suas guias Je apresentação e gu ias de transpoi te em cam in ho de ferro, de ida e volta, até 2 dias antes da­quele em que se realisa a respecfl- va inspecção.

Tão grandes, tão serenos, os teus olhos!, Assim chorando lagrimas sem par,São fontes sob os claustros dos sobrolhos, Felando de silêncios e luar!

Tão negros, tão calados, os teus olhos! Esfingicas estátuas ao luar,Não sei porque me lembram os escolhos Etn meio do silente e largo ma r . . .

E choram, de mansinho, brandamente,E cantam, soluçando, em voz dormente. Erguendo para o ceu as preces mudas!

Divinas sombras dum passado morto.Vós sois a noite negra enchendo o Hôrto, Vibrando e clatnorando contra Judaa.

Ponte do Sor Moura Junior

jYIoedas que recolhemTermina no dia 30 do cor­

rente o praso para recolha das moedas de 1 $00 e $50 escuras.

Foi recentemente condeco­rado com o grau de O ficia l da Ordem de Cristo, o Senhor Capitão Antonio P e d r o de Carvalho, digno comandante d a Companhia d a Guarda Nacional Republicana aquar­telada em P orta legre e nosso estim ado conterrâneo e as­sinante, a quem p o r ta l moti­vo cumprimentamos muito a- fectuosam ente.

Propaganda figricolaA C om p a n h ia U n iã o Fabril e

Imperial Chemical Industries, L.da, produtoras de superfosfatos e sul­fato de ainonio, iniciaram ha dias uma interessante missão de p r o ­paganda agricola com a exibição da pelicula «Pão nosso de cada dia».

Esta pelicula que constitui um docum entário muito c o m p l e t o , dos m odernos m étodos culturais, está sendo exibida nos principais centros agricolas e irá até ás mais modestas aldeias por m eio de uin aparelho projector portátil, sendo, durante as exibições que são g r a ­tuitas, distribuídos profusamente ío- Ihetes de divulgação agron o m ica util e pratica.

C on sta-n os que muito b re v e ­mente será exibida nesta vila a p e ­licula em referencia para o que oportunam ente serão con v id ad os os agricultores da»região

No proximo domingo rea­lisa-se nesta vila uma interes­sante novilhada com gado for­necido pelo abastado lavra­dor Sr. D. José de Mascare­nhas, Conde da Torre, cujo produeto reverterá a favor da Misericórdia.

O elenco que é constituído por um grupo de rapazes des­ta vila, reserva-nos algumas surprezas. Oportunamente se­rá distríbuido programa cir­cunstanciado.

Licenças policiaisAs licenças policiais para

tabernas, hospedarias, casas de pasto, porte de armas de caça e de defeza e outras, de­vem ser requesitadas na Sec­ção Administrativa da Câma­ra Municipal, até ao dia 30 do corrente.

VaríolaP or terem aparecido ultimamen­

te nesta vila alguns casos de v a ­ríola e a fim de evitar a p ro p ag a ­ção do terrivel flagelo, os faculta­tivos municipais teem ministrado a vacina a centenares de pessoas.

Vida OíicialFoi nomeado ajudante do

Notário desta vila Sr. Doutor Antonio Maria Santana Maia,o nosso camarada de redac­ção Sr. João Marques Calado.

Os nossos parabéns.

Doutor Ernesío SubíilP or despacho exarado no Diario

do G o v e r n o de 14 do corrente, foi re integrado no lugar de secretario geral do G o v e r n o C iv i l de Porta • legre o distinto a d v o g ad o Sr. D o u ­tor Ernesto A m a ro Lopes Subtil, nosso estimado a m ig o e assinante, a quern apresentamos afectuosos cum prim entos.

Visado pela com issão de cen­sura de Portalegre

C i n e m a I d e a lExibe-se hoje neste salão de es­

pectáculos local, a pelicula em 7 partes «O Soldado desaparecido», em ocionante dram a com o libelo contra a gu erra e cuja acção se passa na frente francesa. * 0 S o l­dado desaparecido» alem de ser um drama da vida real é tambem um formidável docum entário dessa lueta tremenda que ensanguentou a E uropa.

C om pletam o espectáculo uma uma interessante pelicula e m 1 parte em que se desenrolam as mais belas paisagens do Ribatejo e a desopilante fita com ica em duas partes «D ois bons am igos».

- Ã . 2 ^ C . O ' C I t l ^ I D EM-JW.-WVSíVt-w

£ x e e r p í o€— . . . O u tu te desimagiuas

dçle ou vais entrar em nova vida! N e g r o seja eu, da côr deste cha­peu, se conseiitir em tal tresvalio!»

A estas palavras, atirou com sanha e violência incríveis o cha­peu ao lagedo da cosinha e saltou- lhe em cima a pés juntos, para selar o juramento.

A p obre Maria Clara, loira e triste, deixava correr o pranto, e sentia pela primeira vez, nos la­bios, a doçura e o am argor dessas ingénuas lagrimas d ’amor.

Q u a n d o o siôr João D io g o saiu, d ’escantilhão, derribando m ôchos e cadeiras, batendo portas, e ati­ran do pontapés a cães e gatos que top ava no caminho, Maria C lara ergueu-se; en xu go u as lagrimas;

. n os seus belos olhos escuros pas­sou um rápido r t la m p a g o , en quan ­to no peito esvelto se lhe erguia tambem um não sei quê de forte e de voluntarioso.

Tacitamente, linha aceitado o com bate.

Sim, am ava-o. era verdade, e depois?!

Q u e lh’ im portava a ela a v o n ­tade do pai se a puxava para o rapaz uma afeição a que não havia resistir, se lhe crescia no coração u m sentimento indefinido mas tão dôce e tão quente que lhe espa­lhava pelas v eias um delicioso fog o nunca sentido, nem sonhado?!

Q u e lh 'im portava o facto de ser rica se essa riquêsa nunca lhe dera uma felicidade tão grande e tão profunda com o a que sentia quando o Joaquim L opes a olhava? A ela bastava-lhe aquele sobressaltado prazer que lhe enchia toda a vida e todo o ser!

Até ai em polgará-a um unico sentimento v iv o e pujante— a lem­brança da mãe Nunca a tinha vis­to, nào sabia c o m o ela era, tam pou­co tinha um retrato da pobre m u­lher que lhe dera a vida.

A sua imaginação, porem, dava- lhe forma, caracter, expressão, em ­prestava um dinam ism o prop rio à som bra querida que a acom panha­va a tod';s os m om entos. E nas obscuras sensações que a agitaram precocemente, q uando chegou á ép oca em que a natureza começa a revelar-se às moças púbres, ela pressentiu-se uma semelhança, fos­se no que fosse, com aquela mãe- sinha que m orrera ao dar-lhe a vida.

Dar-se! Dar o sangue, dar o c o ­ração, assim, com o q u tm o arranca, c o m ambas as mãos, de. dentro do peito; dar se tudo, e to d a , os olhos, a alma, o pensamento; ser escrava dum senhor ideal não esboçado a i n d a . . . ; colocar a existencia em holocausto, da-la em sacrificio a alguem , por alguem! M as pode lá haver ventura maior! s e essa sen­sação tivesse voz, se o pressenti­m ento am oroso pudesse falar, seri­am suas estas palavras de carne:♦ Eis o meu coração, o meu corpo, a minha alma. Beija-os ou esma­g a -o s ; sou tua! Acariciada ou b ru ­talizada, viva ou morta, em carne em espirito, aqui m ; teus, senhor: possue-m ;!»

Maria C lara vinha, p d a baivda da màe, de uma larga dinastia de cavadores, gente sombria, batalha- dora, firme; tia vinha dessa grei ignorada, tragica, grandiosa, que rego u com incontáveis bagas de pranto e de suor o latifúndio in­culto do A ito -A len tejo perdido por esses barrancos e outeiros que vão morrer a sul.

Tinha no sangue o sangue forte e g e n e ro so das geraçõ s que se ba­teram, numa lueta sem tréguas, nem perdão, contra a charneca, o mato, os lobos, e a miséria.

O s matagais invadiam totalm en­te os cam p os e ch eg avam até á

entrada Has povoações. E o hom em aburigene, a l;mentado a açordas, 1 n o in v ern o e a gaspachos, 110 ve- j rão, investiu heroicamente contra a natureza improduetiva e agreste. A rm ad o de sachola, arroteou os plainos e os cabeços, palmo a pal­mo, sob um clima de interior afri­cano,; à noute viam-se fantasmas, demonios, gigantes, acendendo fo­gueiras, tisnando o rôsto m oren o ao ardor das queimadas rubras. E c o m o quer que fosse essas chamas penetraram nas veias dos herois da g k b a ascenderam-lhe ao crâneo, fazendo deles uma raça de sonha- d res, de imaginativos, de ambi ciosos, formidáveis de entusiasmo, de calculo, e de energia.

A o sol-pôr, à beira da planicie interminável, 0 desbravador dos cam pcs, encostado à sachola ou à roçadoira, pensou. Ele era um ponto perdido na extenção do cam po. A terra estendia-se, sem fim, à sua volta; sobre a cabeça a amplidão descomunal do ceu. O hom em sentiu se só e pequenino, mas fitou sem tremer e sem temer o ceu e a terra. Ele era um grão de areia, mas 0 unico g t ã o de areia que se elevava, aprum ado e consciente, sobre os plainos calci­nados.

Daí lhe vieram duas feições ca­racterísticas:— a modéstia e a alti­vez. E am ou essa terra ardente, quiz-lhe com o à sua vida e à sua carne. Dai a energia de aço que 0 am parou na lueta heróica

Sendo irreligioso, deu-nos uma religião que assom b ra— a da terra; pequenino e miserável, en volveu- se numa grandeza descon form e— a cora g em da sua irreligião; avaro e mesquinho, teve para todos uma generosidade sublime — 0 pão.

Sim; porque ela vinha dessa g e ­nealogia gigantesca de seareiros, nas p rep rias funduras sombrias da sua tristeza, encontrava a energia necessaria para fazerffrente às adver- sidades da vida, co m o um escolho que o mar só sub m erge m om en ­taneamente e volta a aparecer inabalavel nas basses de granito que as vajjas não abalam»

(De um livro em estoco)

P onte do Sor Moura junior

CDRRÈSPBHDENR1ASBarquinho

TauromaquíaC o m uma casa á cunha, realiscu-

se, co m o estava anunciada, 110 dia12 do corrente nesta vila uma co r­rida de touros, com g a d o do cria­dor Sr. N orberto Pedroso, que d ecorreu regular.

Q uasi todos os artistas se p o r­taram á altura dos seus méritos. O trabalho de João N uncio satisfez no prim eiro touro. O s forcados fi­zeram excelentes pegas.

Abrilhantaram o espectáculo as Bandas dos Bom beiros V oluntários desta vila e Lamarosense, da Lama- rosa.

A vacada efectuada no dia seguin ­te agradou, tendo os amadores m ostrado valentia e apanhado tram- b ulhões á farta.

Feira de Santo AntonioEsteve bastante concon corrida a

feira de Santo A n ton io, tendo os feirantes feito boir. negocio, devido ta lvez aos belos co n ce ito s musicais realisados 110 recinto da feira nos dias 12, 13 e 14 pela Banda dos B om beiros Voluntários, F ilarm óni­ca de T an cos e Tuna Mocidade M oitense, da Moita do Norte.

Festas da MisericórdiaN os dias 16 a 18 e 23 a 25 de

Julho, realisam-se Mesta vila im p o ­nentes festejos p rom ov id os em fa- I v o r da M isericórdia, cujo p r o g ra - i ma é o seguinte:

P ia 1 6 — Entusiastica espera de : touros. Arraial, quermesse, b a rra ­cas de cervejaria e tombola, Café con c erto c o m e xp íen d id o J a zz Band, vistosa iluminação electrica concer­to pela Banda dos Bom beiros V o ­luntários e fo g o de artificio.

Dia 1 7 - Festa religiosa a Santo J A n to n io padroeiro da vi'a. D iv e r ­são tauromaquica, arraial, q uer­messe, barracas de C h á, A g ric o la . Flores, F o rn o Eléctrico, C igana, A rgolas, C r u z Vermelha, P im-Pam- Pum, Tom bola, Sina e Cervejaria e concerto pela excelente Banda de A lhandra e Jazz-Band.

Dia 18 — C on tinuação do arraial, bailes campestres, Corridas, C o n ­certo pela Banda des B om beiros e Jazz-Baud.

Dia 23-Arraial, quermesse, c on ­certos musicais e fo g o de artificio.

Dia 24 - M agnifico espectáculo na Praça T o u ro s , arraial, f o g o de artificio, concertos musicais e lei­lão de prendas.

Dia 2 5 — C o r t e j ; de agradecim en­to á c o h b o r a ç ã o prestada por todos os a m ig os da Misericórdia, bailes populares e concertos musicais.

C

M o n u m e n t o a . o

])r. J o à o f eJicissirrjo

— S u b sc r içã o -

T r a n s p o r te .......... 13 -3 6 9 $ 7 5

Matias de M a t o s . . . . 1$00Maria F io r in d a .......... 1 $00A n to n io P e r a ............ 3$00Rosaria L u is a ............. 3$00A n to n io Dias Caldeira 5$00José M a r q u e s ............. 2$50Joào Barradas............. 2$50Joaquim M a r c e l i n o . . 2$50A nton io C o e lh o . . . . 20$00josé M atias ................. 5$00An ton io N a r c is o . . . , $20Fiorinda M a r ia .......... 2$00Joaquina do F ô r o . . . $50Francisco P o e ir a . . . . 2$00João S a r n é .................... $50A n ton io G asparin ho 10$00João R o d r i g u e s . . . . 2$50A n to n io L o p e s .......... 1$00M an oel M arce lin o. . $50

« Francisco Fern an d o . $50R o drigo M a r ia .......... ]$00José B a r re iro s----- -- 5$00Ermelinda C u stod ia . $50José M atos . ............. $70M anoel E ste v e s .......... 1$0')F ia n c L c o A n d i é . . . . 2$50M anoel M a r a n g a . . . 2$5GJosé O a u d e n c i o . .,. . . 2$00Maria Espadinha . . . 2$50Francisco R o s a .......... 1$00José M a r t i n s . . . . . . . 2$50José Martins C l a r o . . $60Leon ôr Lopes Estrada 1$00C ân d id o da C r u z . . . 2$50João Lopes B u ch o . . . 1G$0j

Firm in o RodriguesL o u r e n ç o ........................... 50$00

Elisenda Subtil . . . . 5$00Joana S u b t i l ................. 5$00Joaquim D avid iu b t í l ÍOÇQOA n to n io Marçal da

R o s a ..................................... 5$00Rosaria d ’O l i v a i r a . . . 5$00Daniel da S i l v a . . . . 50$00Nazaré M a r ia ............. 2$00Maria do R o s á r i o . . . 2$50A n a M a ria .................... 2$50Rosa M a r ia ................. 2^*50Maria Q u ite r ia .......... 5$00Maria R o s a .................. 3$00Joaquina R o s a ............ 2$00M aria do R o s á r i o . . . 2$00Francisco S e q u e i r a . . l$00Joaquina M a r i a . . . . 1$00Luis P in h e ir o ............. 4$00João B ra g a n ç a ............ 1$00Rafael P i r e s . ............... 2$50Maria José f i n t o . . . 1$50

João A n t o n i o ............. 2$00A n to n io F r a n c i s c o . . l$00M aria R o s a .................. 2$50João A n to n io Espadi­

nha •................................... 1$50Manoel D ia s ............... 2$50G u ilh erm e A n to n io . 1$00A n to n io V á z ............... 1$00Teresa de Jesus Brito

C a r r u s c a ........................... 10$00M anuel da C ó l a . . . . 2$50M aria José B u c h o

M a t i a s ................................ 20$00F ernando M a t i a s . . . 20$00Joaquim Varela Junior 5$00Francisco da Silva L o ­

b a t o .................... ................ 10$00R o berto P a u la ............. 5$00Faancisco de Matos

H e i t o r ................................. 5$00M anoel E s t e v e s . . . . 5$00M anoel P ra te s ............. 2$50A n ton io Espadinha. . 8$00Joaquim E stev es . . . . 1$00José M a r q u e s ............. 1$00Joaquim Esteves Ca-

r o l i n o ................................. 5$00A n ton io P râ tes .......... $50Francisco Duarte Es­

teves ................................... 5$00A lv a r o Duarte Este­

v e s ........................................ 5 $00L oduvica A n a ............. 1$00Izabel Q u ite r ia ............. $50A n selm o Lopes Pita $50M iguel L u i s ................. 1 $50Joaquim Duarte Este­

ves J u n io r ......................... 5$00José João L opes Elvi-

r i o ........................................ 2$50Sebastiana B a r a t a . . . $50Henriqueta Rosaria. 2$00A n ton io M iguel. . . . 2$00An ton io José Prates. 2$00Damasia V i t o r i a . . . . 1 $10Francisco Lopes Fita 5$00A n ton io T e r e s o . . . . 1 $50Francisco da R o s a . . 1$00A n to n io da G r a ç a . . 2$50Manoel F l o r i n d o . . . . 3$00Francisco João Narci­

so .......................................... 2$50Luis G ueifão Perdis . 1$00Maria E s p a d in h a . . . 5^00L ucio T e r e s o ............... 5$00Francisco Espadinha 2$00M anoel E s p a d in h a . . 5$00L ou re n ço Francisco. 2$50M aria Feitinha. . . . . $50Jacinta V e ig a s ............. £50Josefa D i o g o ............... 1 $50L o u re n ço C ar lo s N a r­

ciso ..................................... 5$00Francisco E ste v e s . . . 1 $50M anoel de O l iv e ir a . 5$00Joaquim A n to n io Ja­

cinto ................................... 5$00Jeremias de O liv e ir a . 5$00joaquim V ita l ............. 5$00A n ton io Lopes C a m ­

pos ................................... .. 1$50Nascim ento F r e i r e . . 2$50Joaquim M anoel Palé-

c o s ........................................ 5$00Rosái ia Maria C h u r r o 5$00Clotilde Vital C h u rr o 2$00

A T r a n s p o r t a r . . . . 1 3 . 855$35

P ro m o v id a por um g r u p o de cavalheiros, realisou-se nesta v ia na noite de 23 do corrente no pa- teo da Pensão Sorense, uma ceia á americana a que concorreram as pessoas mais gradas daqui e das terras circunvisinhas. O v; sto re­cinto achava-se vistosamente en­galanado, com profusa iluminação electrica e á moda do M in h o e bar­racas de tom bola e cervejaria. T a l­vez por não ser habito nesta terra realisarem-se tais diversões, a fes­ta decorreu de principio bastante m onótona, com 0 seu ar de ceri­moniosa, mas, a b reve trecho essa monotonia foi-se transform anao em alegria esfusiante, tendo-se dan ­çado animadamente até cerca das 8 horas da manhã.

L o u v a m o s a iniciativa dos p r o ­motores de tão simpatica festa não só por terem prop orc ion ado á se­lecta assistência uma noite cheia de alegria c o m o por terem destinado o produeto liquido a favor das instituições de caridade desta vila.

C onsta-nos que brevem ente se realisarão no m esm o recinto o u ­tras festas semelhantes.

7{écita de amadoresRealisou-se no passado dom ingo,

19, nesta vila, a récita que anun ­ciám os p rom ovida pelo g r u p o cé­nico do Eléctrico Foot-Ball C lub, com a representação do drama "D e s h o n r a por Deshonra, a c o m e­dia em 1 acto, Orda D oido e um acto de variedades. O espectáculo decorreu um pouco m on óton o, es­pecialmente a comedia, tendo a g ra ­dado imenso no acto de varieda­des o n u m ero " O C o c h ich o ” , can­tado pela am adora M aria M arga­rida, com cô ro de outros am ado­res.

FalecimentosC erca da meia noite de 21 do

corrente, faleceu repentinamente nesta vila, donde era natural, 0 Sr. A n to n io Pita Dionisio, de 46 anos de idade, casado alfaiate.

O seu funeral foi bastante con ­corrido, n e le se e n c o r p o r a n d o alem da Banda dos B om beiros V oluntá­rios de que 0 extincto fazia parte muitas pessoas de todas as classes sociais.

Deixa v iu v a a S.‘ D. Rosa M en­des Pita e a lguns filhos na orfan­dade.

* **

— T a m b e m ha pouco faleceu, em Galveias, vitim ado por uma longa e pertinaz doença 0 m enino M a r­çal M endes D elgadinho. de 14 anos de idade, estudante, filho do nosso presado assinante Sr. Ismael j

pQSfa E s p o r t i v aC o m o noticiámos, realisou-se

em 12 e 13 do corrente, nesta v i ­la, a festa desportiva p rom ovid a pelo Eléctrico Foot-Ball C lub, c u ­jo p ro g ram a foi imensamente p r e ­judicado pela chuva que caiu du­rante esses dias.

Realisaram-se corridas de bici­cletas de ida e volta a Vale de A çô r , tendo g a n h o 0 Io. prem io o Sr. A n ton io de C arv a lh o Fontes e0 segun do o Sr. A n to n io Joaquim Duarte.

N o prim eiro dia realisou-se um interessante en contro de foot-ball entre a catego ria de honra do Eléc­trico e um g r u p o co m p o sto de e- lementos recrutados nos varios clubs de foot-ball de Santarém, por ter faltado 0 team de honra do G r u ­po D esp o rtivo F erro -V ia rio , de Lisbôa, registando-se um empate a1 goal.

N o seg u n do dia n o vo encontro de foo-ball entre as prim eiras cate­go rias do Eléctrico e C lu b de Foot- Bali G a v io n en se , de G a v iã o , tendo o team local ven cido pelo score de 3 bolas a 1.

Nas duas noites h o u v e arraial, quermesse e fo g o de artificio.

O c n t r i b - u - i ç õ e s

A partir do dia 1 de Julho estão a pagamento na Tesou­raria de Finanças e da Cama­ra Municipal as contribuições predial, industrial e de apli­cação de capitais.

M endes D elgadinho.

A ’ s familias enlutadas enviam os os nossos sentidos pêsames.

3

A niversarios

= r U i T H O =»

2 7 — D. A u ro ra Dias P ovo a, João Pais Branco, A n to n io cTOliveira e A n to n io fe lic iss im o.

2 8 — D. Maria Natalia P inho G om es, em Santarém.

2 9 — Jorge A n drade Ribeiro, em Lisbôa, D. Cecilia Felipe e Manuel da Silva.

30 — D. M aria da Silva Bacalhau, em Galveias, D. Victalina d’ Azeve- do Roças e Licinio do Am aral Semblano.

— X T T I j I ^ O —

1 — M enina M aria José Pratas Nunes.

3 — Tenente Coronel Antonio Baptista de Carvalho, em Lisbôa.

4 —0 menino Antonio da Con­ceição Andrade.

5 — D. Maria Josefa Valentim , emSacavem.

6 —D. Laurinda Ame'ia DordioA degas, em A v iz .

7 — D . M aria A ntonia M endesMartins.

8 — M anuel C o u c e iro B raga, em G alveias e Silvia da C on ceição Fer­reira.

9 — E duardo G il Figueira, no V ale d ’ A çô r .

Doentes

Esteve doente durante alguns dias, encontrando-se já restabele­cido o nosso presado assinante desta vila Sr. Raul Carrilho .

— Tam bem se encontra quasi restabelecido da doença que por muito tem po o reteve no leito o m enino Luiz B raga, filho do nosso estimado asssiuante de G alveias S r . Luiz B ra n q u in h o da Costa Braga.

— Tem passado incom odado de saude, o nosso estimado a m ig o e assinante, desta vila, Sr. C as im iro dos Reis Delicado.

Consorcio

Realisou-se em 18 do corrente, nesta vila, o enlace matrimonial da menina Judit V icente Cabedal, fi­lha da Sr.a Luiza V icente com o Sr. M anoel V icente Justo, factor dos cam inhos de Ferro da C . P. em Vai de Figueira, tendo servido de padrinhos os nossos presados assinantes Srs. A n to n io Figueira e M anoel de O live ira e suas esposas senhoras G ertrudes Vicente e N ar­cisa Mata.

A o s n oivos que fixaram resi­dencia em V ale de Figueira, de­sejamos uma p ro lon gada lua de mel.

De visita

De visita aos seus, estiveram durante alguns dias ua herdade da Foz o nosso presado assinante de Ferreira do A len te jo Sr. José L o ­pes, e sua esposa.

— Tam bem estiveram de visita a sua familia, nesta vila. o nosso am ig o e assinante de Benavila, Sr. M ario Bonito Fonseca e sua esposa.

E s t u d a n t e sJá regressaram a férias os

estudantes deste concelho que frequentam os liceus e que não estavam sugeitos a exame, tendo obtido passagem os se­guintes:

A’ segunda classe Antonio de Oliveira da Con­ceição Andrade.

A’ terceira classe Alexandre Pires Galveias Mendes.

A' quarta classe Amilcar de Oliveira da Con­ceição Andrade e Joaquim Antunes Ministro.

A’ quinta classe Fernanda Pires Galveias Men­des, Fernando Carvalho Fon­tes, Garibaldino de Oliveira da Conceição Andrade, Lici­nio do Amaral Semblano e Virginia de Matos Fernandes.

A’ sétima classe Noberto Costa.

Câmara Mimicipa5essão de 1 de Junho de 1932

Presidencia do Doutor Augusto Ca­mossa Saldanha com assistência dos vogais cidudãos Luiz Braga e José Nu­nes M. Adegas.

Correspondencia

O ficio do Adm inistrador deste C o n ce lh o com un ican do á C om issão administrativa de que tambem faz parte de que pedira ao Ex.mo G o ­vern ador C iv i l do distrito a exo ­neração de vogal desta Com issão.

T o m o u conhecim ento lamentan­do que razões de certo po n d ero­sas levem aquele vo g a l a assim proceder.

— Oficio da Direcção de Estra­das do distiito de P ortalegre infor­mando a Câm ara de que já foi en ­viado por aquela Direcção ao E x.mu M inistro do C o m e r c io e com boa informação o requerim ento por es­ta C âm ara d irig ido ao mesm o Ex.rao Ministro pedindo para que o tro­ço da estrada nacional N . ' 88, dentro desta vila, v o lte n o v a m en ­te á posse do Estado. Inteirada.

— C ircu lar da Inspecção de S e­gu ro s com unicando ter enviado á Caixa G eral de Depositos, Credito e P revidencia o precatorio-cheque passado por esta C âm ara no valor de 2 .078$00, im portancia liquida das colectas lançadas ás sociedades de seguros para manutenção dos serviços de incêndios. Inteirado.

Doentes

Auctorisou a passagem de guias de entrada nos Hospitais C iv is de Lisbôa a favôr dos doentes C arlos O lv id o da Rosa M arcelino, e Joa­quina Baptista, desta vila, abon an ­do-lhes a quantia necessaria para despesas de transporte.

Subsidios de lactação

Requerim ento de Antonia Maria, viuva, e Luiza G e n o v e v a , solteira, desta vila, pedindo a concessão de subsidios de lactação a favor de suas filhas. Deferidos.

— Requerim ento de Matilde H e n ­riqueta, de L o n g o m el, pedindo a p ro rro g a çã o de um subsidio de lac­tação a favor de um seu filho. De­ferido.

N itreira de G alveias

N ão tendo o proprietário A v eli­no C o sm e G o d in h o B raga, de G a l­veias, dado cum prim ento á intima­ção que lhe foi dirigida ácerca de um m u ro da nitreira de Galveias e que aquele p ro p ritta r io derruiu, delibera a C om issão Adm inistrati­va auctorisar o seu presidente D o u ­tor A u g u s to C am o ssa Saldanha a usar de todos os meios legais para coagir aquele proprietário a respei­tar o direito da Câm ara.

Outras Deliberações

— D eliberou adquirir substan­cias quimicas destinadas a destiu ir as hervas das calçadas das ruas das vilas do concelho.

— A ucto risou a uma comissão de habitantes da vila da M o n targil a adquirir materiais para a co n s­trucção da futura escola primaria daquela vila.

— A p r o v o u o 3.° orçam ento su ­plementar da receita e despesa d e s ­te M un icip io no corrente ano.

— A uctorisou o pagam en to de varios mandados ua importancia

, de 703$80.

Pelo ConcelhoMontargil

— N o passado d o m in g o dia 19 do corrente, foi o c om ercio desta vila ob rigado pela auctoridade local a encerrar as suas portas ás 20 horas, parece que por instrucções recebidas do G o v e r n o C iv i l do Distrito.

N ós somos apologistas do h o ­rário do trabalho e b tm assim do descanso semanal no com ercio , co m o perceitua a lei. Mas, com franqueza, o cum prim ento de uma ordem inesperada co m o esta, não só desgostou os comerciantes, c o m o os prejudicou imenso, visto ser o do m iiigo o m lhor dia de n ego cio em M ontargil e terem ficado mui­tos fregueses p o r servir. Tal me­dida deveria ter sido precedida de aviso para assim todos estarem prevenidos. Parece que seg u n do a lei ha a tolerancia aos sabados de os estabelecimentos encerrarem ás23 horas. B om seria que esta t o ­lerancia para M ontargil fosse trans­ferida para os d om in g os, pelo m o­tivo que apontam os. N ão se des­respeitava as leis e o com ercio melhorava as suas tran sa çõ íi .

— A pianta para o n o v o edificio escolar a construir nesta vila, já se encontra em poder da comissão que se prop õe auxiliar tão im p o r ­tante m elhoramento. V im o-la ha dias e ficámos agradavelm ente im­pressionados. E' um edificio de p r m e iro andar, com quatro a m ­plas salas, bom pé direito e num estilo semelhante ao do edificio da séde do concelho. E' de esperar que uma vez resolvido o caso da aquisição do terreno on de o edifi­cio deve ser construído que sejam iniciados imediatamente os traba­lhos, pois a falta de um edificio es­colar p rop rio e com o n um ero de salasjdeaula suficiente está prejudi­cando muitissimo o ensino nesta v i ­la, onde existe e levado num ero de crianças em idade escolar que não podem matricular-se.

A Cam ara Municipal incluiu no seu orçam ento 10 contos para es­ta obra, verba bastante ex igu a p a ­ra de entrada fazer a lgum a coisa de vulto. N o entanto esperam os que essa verba no ano econ om ico que entra seja aumentada com o u ­tras, de forma a poderem os tra ­balhos de construcção tom arem lo­g o de entrada certo incremento.

A proposito o c o rre -n o s per guutar: Q u a n d o é que em M ontargil se leva a efeito a captação de á g u ­as e seu abastecimento á vila e se termina de vez com o processo de conta-gotas em que vivem os?

Precisamos de outros m elhora­mentos com o da beneficiação da ilu­minação publica, colocação de tabo leiros na praça, nom enclatura nas ruas, etc. Num a palavra: M ontargil precisa que se olhe com mais c o n ­sideração pelas sua^ necessidades.

— T eem estado entre nós os n os­sos estimados conterrâneos Se­nhores Joaquim Pedro Jordão, p r o ­prietário na Figueírada Foz e H er- minio Garcia de C astro , em p re ga ­do comercial em Portalegre.

— Tam bem tem estado nesta v i­la, com sua esposa o nosso am igo Sr. Ismael D elgadinho, de G alveias

— No dia 18 do corren te realisou- se nesta vila o enlace matrimonial da senhora D. Herminia Rosado Leitão com o Sr. A n ton io Lopes, proprietário em Ponte do Sor, (Foz).

A cerimonia religiosa que se realisou na igreja matriz foi pre­senciada por inúmeras pessoas, tendo os vo ivos após a cerimonia

j retirado para a herdade da Foz onde se realisou o banquete.

' Desejamos-lhes urna p ro lo n g a - ; da !ua de mel.

ír i ip j D c s p í i i# MdluzareuseProm ovida pelo grupo cé­

nico deste club local, realisa- se no proximo domingo, 3 de fulho, no Cinema Ideal, nesta vila, uma interessante récita, subindo á cena o emocionante dram a “O Escravo” e a hi­lariante comedia em 3 actos "Abençoados Pontapés” eum interessante acto de varieda­des. O elenco è composto de alguns am adores d a velha guarda e elementos novos

O espectáculo que è abri­lhantado pela orquestra do mesmo club principia ás 2 2 horas.

ImnrPQÇíK para o imposto a H!i|jiGuuU3 favor dos desem­pregados vendem-se na

MINERVA ALENTEJANA

E D I T O S D E 10 D I A S

Pelo Ju izo de D ireito da Comarca de Ponte de Sor, nos autos de execução por custas e selos que o M inistério Pu-

| blico move contra os herdei­ros de Joaquim Simões Cam­pino, m orador que f o i nas Almoinhas, correm editos de dez dias, a contar da segun­da publicação deste anuncio, citando quaisquer credores que pretendam deduzir prefe­rencias nos termos do artigo 931 do Codigo do Processo

I Civil, sobre a importancia de ! 1.709l>69, penhorada aos exe­cutados e em deposito na Cai-

, xa G eral de D epositos.

Ponte do Sor, 18 de Junho de 1932.

V e i i d e - s e

Uma morada de casas e I quintal na Rua da Frialva, desta vila.

Informa esta redacção

O Escrivão do 2.° cficio, João Nóbrega

Verifiquei.

O Juiz de D ireito, (a) Manuel Ribeiro

Yenfla ie propriedades sm Cratodo £x.m° S r • Caetano Jl/fatias Relvas

I l P r e c x i o s x t j l s t i c o s

Herdade do Monte da Velha Couto dos Barreiros Vermelhos

« do Coelhum« do Melio« do Mergulhão« da Torrejana

Tapada das Ladeiras« das Oliveirinhas á Fonte de Laranjo« dos Barruscos« da Fonte Nova« dos Carvalhaes« da Cipriana á Ponte do Chamiço« da Fonte, idem« de Carnaes« da Eira a carnaes« dos Sargaços, idem* do Palheiro, idem« da Vargem« do Buraco da Parrêira« de S. Bento« á Fonte Branca, idem« á Azinhaga do Crato, idem« da Fonte da Pipa« d'Entre as Aguas« do Pontão« da Fonte dos Ossos em Gafete « do Crujeiro, idem

Olival da Fonte do Vale Olival do Estacai

« do Carvalho de Janeiro « das Oliveirinhas« do Monte Ornahlo « ao Pontão

Horta do Codeçal « Fonte Nova « do Poço

Pomar junto ao Convento de Flor da Rosa 13 moradas de casas na Rua dos Lagartos3 « « « « « « Potes2 * « « « * da Barraca

"3

Quem pretender deve dirigir-se:—

Em Portalegre ao D r. Mario Sampaio Em CratG co D r. Abilio M atias Ferreira

4 ■ A . ^ L O C I Z , A D S■3seremaww*ca&ie: «sb «ssaetaty r asggaar a oEwg apwicsaTCg

Vende-seAutomovel marca Overland

aberto, em estado de novo. Nesta redacção se diz.

^ 9 S 9 B B K ' : ' / r "

Jacinto da Silva= C O M =

O F IC IN A D E F U N IL E IR OA v e n id a C idade de Lille

P O N T E I ) O S O K

E ncarrega-se de to ro s os tra­balhos concernentes á sua arte ga ran tin d o o b om acabamento e solidez.

Ramiro Pires FilipeLoja de Fazenda, Mercearias e Miudezas

K n p e c i í i l i t l i i < l e e m « h á e ^iiíY*

Ruas flotírigiies de Freitas e i.° de Dezem&ro

m m —I* O * T E I* O $ t*

M V K O S

Tem sempre à venda as ul­timas novidades lite rarias de escritores nacionais e Estran­geiros a

Minerva AlentejanaR ua V az Monteiro

PONTE DO SOR

ÃO E CI D E

daS ^ v a f i g u e i r e d o , JO.

Avenida dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

'fl ífiocidcdeQtiinzen sio ncíi i irr r ! u i i

s c e a i iu o e defenso d u iníeres ses da reqiOo.

Condições de ass ina tu raEm Ponte do Sor, trimestre....... 2* 10Fora de Ponte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso.......................... §40Pagamento adeartado.

★ ★★A N Ú N C I O S

N a secção competente Linha ou espaço de linha

ccrpo 12........................$40« 10............................$60• 8 ............ $80

/ ^ n u a r i o Ç o m e r e i a i

de 1932 alugo até 5 horas por 1 escudo Avenida Cidade de Lille=PONTE DO SOR

3osé de Matos Heues

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

íninas para coser

DA ACREDITADa MARCA

S ' N G E

Vende em Ponte do Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T Ak k k k

Encarrega-se de todos o 5 concertos em máquinas des­ta marca.

¥

i n t o n i o 1. Baiok k k k k

A v en ida C idade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

k k kSortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas pa/a calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro .

Calçado feito e por medidd, para homem, senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

José Alves da Silva & IrmãojÇ v e r jid a C id a d e d e X i l l e — p Õ J f J ' € 2>D S & R

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus pa ra concertos e transformações A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o n e o p a r a v e n d e r n m i t o Revendedor da afamada cerveja T _ A _ ! S r s I E I S r

Onereis os iossos carros bem reparados7Procurai em Abrantes a oficina de « f o s é d o s

S a n t o s B i o u e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

SSTA2EWGIMEKTQD E

Simplicio loão Âl?esM E R C E A R IA S , A Z E IT E S

VINHOS, P A L H A S E C ER EAIS .

fioenida eidade de Lille— p. d o s o r

Pensão SorenseRUA VAZ MONTEIRO

HPcrs-te cl© S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

¥ A 6 0v

Construcíora Rbrantina, L.

Maitael le I d o s Betes«■ - - - - •I i»9 W |

|§0 9

Compra e o e n d e :C e r e a i s

e i e g o m e s

k k k k k

Paça da Republica

P O N T E D O S O R

C e r e a i s , f i . e g u m e se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave­nida Cidade de Lille em Pon­te do Sor e Longomel.

j t »WW(IS Telefone Abrantes 6 8f f l^ C a r p iq ia r ia m e c a n ic a , s e r r t íç ã o d e rr.adei-

r a s f a b r i c o d e g e lom -------------------

Fornece nas m elhores condições todo o trabalho de car-

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti-

pos de m olduras, escadas, portas, janelas, etc.

áS V 1 G A M E N T O S E B A R R O T E R 1 A

f f l /IV C o r r e s p o n d e n c iaV?à

..ia- . jo f \

Sede e oficinas em

p a r a .

AlferraredeA . B E A . K T E S

wHS ffl «s ffl s» ffl HS ffl m ffl « s

0

K i i u l ). Pontinha 5r i l h e s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

f ! ® I

Cortiça VirgemG ráda e limpa, com p ra em qual­

quer local e ao melhor preço.

Lu is P e re ira de Matos Caruoeiro (Linha da Beira Baixa

Rua Rodrigues de Freitas

Ponte do S ôr

! ^ l a d e i r a s d ç f i u h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille POiNTE DO SOR

loão Baptista da Bosap q i m t e ; d o s o h

C o m i s s õ e s e C o n s i g n a ç õ e s

Correspondente de Bancos e Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

Anuplio Correis y AlbertyIv£ed.5c© " V e t e r in á r io

—PoDte do Sôr—Consultas todos os dias.

Ponte do Sôr, 10 de Julho de 1932 NUMERO 145

r~

S .

Propriedade da Em preza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na

‘ M IN E R V A A L E N T F -JA N A ,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e d.© S o r

D I R E C T O R * A D M I N I S T R A D O R * E D I T O R *i r u r . i n i i r o s

P r im o P e d ro da C onceição ** João M arqu es C alado ★

★ J o sé P e r e ira M ota *4-1Primo Pedro da Conceiç&<a

José V iegas Facada

A S A V E SComo toda a gente sabe, o

pardal é a menos estimada ave de toda a creação.

Em que peze porem aos que são de opinião contraria, o pardal é uma ave util.

Evidentemente, na epoca própria nao deixa de se apro­priar de um certo numero de grãos de trigo e outros cereais ãinda, mas ninguém deve es­quecer que é enorme a quan­tidade de insectos daninhos que devora, bem como de ovos e larvas de bezouros.

De pacientes investigações resultou averiguar-se que dois pardais conduzem diariamen­te para o ninho, para alimen­tação dos filhos, sessenta be­souros, e é licito supor, como dedução, que para alimento proprio consumam quarenta.

Sabendo-se que é de doze dias o tempo necessário nor­malmente para criar a ninha­da, obtem-se o consumo de mil e duzentos bezouros, o que é importantíssimo para o fu­turo das colheitas.

Alem disso a pirale e os pulgões, e ainda outros insec­tos daninhos, qne multiplican­do-se indefinidamente tomam proporções de verdadeiros flagelos, encontram no par­dal o seu mais terrivel inimi-PCI

N ã o obstante, o homem imprevidente persegue o par­dal e põe nessa lamentavel perseguição um ardor verda­deiramente incrível.

Resultado: uns m i s e r o s grãos poupados á guloseima da ave e sacos e sacos de pão

e de pipas de vinho entregues voluntariamente á voracidade dos insectos.

Tambem uma crónica agri­cola do extincto Clamor de M afra se dizia:

"Comtudo o pardal, senão é digno da nossa confiança porque nos desbarata as sea­ras, é todavia merecedor da nossa simpatia porque, quan­do se acaba o grão no campo ou na eira, ei-lo na luta pela vida á caça de moscas e mos­quitos, tornando-se um insec­tívoro encarniçado, no que presta grandes serviços á Hu­manidade.

“E visto que o bem que pratica muito bem compensa o mal que faz, o cronista pe­de um pouco de benevolencia para ele.”

O quadro nâo está carrega­do; é a reprodução da verda­de.

Mas ocorre perguntar: a quem pertence a culpa de ser tão mal visto o pardal?

A muita cousa e a muita gente, e em parte considerável àqueles que muito sabendo nada ensinam.

Estes sâo os avaros do sa­ber, que os ha, como houve sempre avaros de dinheiro.

Se todos os homens inte­ligentes que teem a noção exacta dos males sociais en­trassem a dizer da sua justi­ça, crê alguem que as cousas estariam tanto pela hora da morte como estão no tocante a conhecimentos desta espe­cie?

Luis Leitão

CandongueirosH a uma temporada a esta

parte que a nossa região tem sido infestada por uma qua­drilha de candongueiros que arrebanham tudo q u e lhes vossa dar bom lucro como ovos, e criação, artigos que parece fa zem transportar até a P o r­tagem , proxim o de M arvão e depois introduzem clandesti­namente em Espanha. O desa­foro é tão grande, que uma mulhersinha baixa e gorda per­corre as ruas desta vila no seu lucrativo negocio, prejudican­do não só os que àquele mister se dedicam e pagam as suas contribuições como aqueles que

desses artigos precisam abas­tecer-se.

N âo haverá um meio de pôr term o a este contrabandodescarado?

l v £ a , n I f e s t o d . e l ã ,

O s criadores ou possuidores de gado o v in o são obrigado s a m a n i­festar, até ao dia 15 d o corrente2S quantidades de lã que recolhe­ram da colheita, deven do exp res­sar a quantidade em q uilos e fazer o manifesto nas regedorias das das suas freguesias, na Secção A - dministrativa da Câm ara ou no Sindicato A g rico la .

A falta de manifesto implica a multa de 20$00 a 100$00 e a fal­sa declaração a de 100$00 a 500Ç00.

Inspecções MilitaresNovamente informamos os

nossos leitores que as inspec­ções aos mancebos recensea­dos para o serviço militar no corrente ano, naturais deste deste concelho, se realisam na séde do D istrito de Recruta­mento e Reserva n.° 2, em Abrantes. Os dias para as inspecções referidas são; em 19 do corrente para os m an­cebos das fregu esia s de G al­veias e M ontargil, e 20 para os da fregu esia de Ponte do Sôr.

O s mancebos deverão soli­citar as suas gu ias de apre­sentação, bem como as de ca­minho de fe rro de ida e re­gresso ', na Secretaria da C a­mara, até 2 d ias antes dos marcados para as inspeções.

Censura á imprçn$aP or ter sido n om eado para ir

prestar serviço na colonia de Ma­cau, deixou de d esem pen h aras fun ­ções de censor à Imprensa no dis­trito de P ortalegre o Sr. tenente Am adeu Beltrão Ferreira Viana, distinto oficial do Q r u p o de A rt i­lharia n.° 14 , daquela cidade.

A Sua E x.a que se d ign o u a p re­sentar-nos os seus cum prim entos de despedida desejamos uma feliz viagem , co m os desejos de muita saude e prosperidades.

Para o substiuir foi nomeadoo Sr. C ap itã o João Dias G arcia .

O desaooreamcnto doi

E I O S C E

i , i m p 23a d a s r u a $

N ão sabemos se devido ás piadas do Calado na ultima récita, se porquê, a limpesa das ruas da vila passou a f a ­zer-se depois da meia noite, medida que todos os anos re - clam avam os fo sse p o s ta em pratica durante o estio, sem term os logrado ser atendidos. Foi uma acertada medida, pois a limpesa fe ita de dia a var­redura sêca, como era, tra z ia graves inconvenientes para a saude publica.

P or mais de uma vez quizem os lançar aqui o n esso brado de an ­gustia pelo estado de c om p leto a- b an dono em que ha muitos anos se encontra o rio Sôr, principal­mente junto á vila. O seu açorea- mento é quasi total e as suas m ar­gens noutro tem po tão pitorescas estão com pletam ente desguarn eci­das de a rv o re d o e destruidas etn gran d e parte. N ão lançámos esse brado con ven cidos de que ele se perderia no deserto etn que se teem perdido quasi todas as nossas reclamações, aliaz bem justas, e q u e por conseguin te seria inútil q u a n ­to tentássemos em favor do afor- moseatnento de uma das antigas belezas da nossa terra.

Q u e m conheceu ha trinta anos a ponte, com o seu rio muito manso cercado de verdura, e se acolheu algum a ve z á som bra do seu a r v o ­redo frondoso, que saudades não sente ao contem plar o q u ad ro d e ­solador que agora se lhe oferece?

Mas ha sem pre quem tarde ou cedo tente reparar o mal, e assim, o administrador deste conciílho, Sr. Tenente M o urato Cham bel, que é um admirador das belezas natu­rais da nossa terra e que conheceu c o m o nós aquele encantador trecho do rio, solicitou do Ex.mo G o v e r ­nador C iv i l do Distrito todo o seu valimento para que seja levado a efeito o seu desaçoream ento e o rio reposto no seu antigo leito, e tão bem se houve que o E x .1"0 Che-

’ fe do Distrito cotn aquela am ab ili­dade que Ihe é peculiar tom o u com o maior interesse o assum pto a seu cuidado, tendo solicitado imediata­mente do M inistério do C o m e rcio a nom eação de um técnico para vir aqui estudar as obras que é ne­cessário fazerem-se.

Esta obra de gra n d e interesse pa­ra nós, uma ve z realisada, vem res- tituir-nos um dos melhores atrac­tivos de que ha tantos anos esta­m os privados, reunindo o util ao agradavel. por em parte vir con tri­buir para atenuar a crise de tra­balho que nos meses do outono aqui sem pre se faz sentir.

N ôs c o m o pontessorenses não temos mais do que aplaudir calo­rosamente esta ideia e fazer o s votos mais ardentes para que o desaço-

i reamento do Sôr e a arborisação | das suas m argens em breve sejatn

um facto.

LETRAExtraviou-se no correio de

Lisboa a Ponte de Sôr um saque de Antonio R odrigues Carrusca— Ponte de Sor, a- ceite N°. 3 8 9 de R odrigues& Mira, L d a — Rua da Cen- tieira, Olivais, d e Es c s . 5.151107, com vencimento em 25 de A gosto proxim o futuro. Os interessados declaram nu­lo aquele documento e pedem a quem o tiver a fin eza da sua entrega.

£ $ í r a d a d a £ $ í a ç ã a

A pedido da Camara Mu­nicipal, vai passar novamente á posse do Estado o troço da Estrada Distrital n.° 88, den­tro desta vil?, que a seu pe­dido lhe tinha sido concedido. E’ uma medida com que con­cordamos plenamente, pois que a Camara a cuidar da sua conservação como o referido troço necessitava, teria de uis pender avultadas verbas que os seus orçamentos só muito dificilmente conportariam.

IIi é dos l a t a s Eí o m í c j s

CO M UN ICAD O OFICIAI.

Ex.mo Sr. Presidente da Direcção

Ex.100 Sr.

A p resen tando a V . E x . a os c u m ­primentos da C o m issão Executiva, cum pre-nos comunicar-lhê, que esta resolveu, na sua reunião extraor- dinaria de ontem, organisar a o r ­dem dos trabalhos para a próxim a Assembleia G era l, de 15 e 16 de Julho p. f., que ficaram distribuí­dos da seguinte forma:

l . 1 Sessão-Dia 15 ás 15 horas

Discussão e A p ro v a çã o do Re­latorio e C on tas respeitante ao exercicio da actual Com issão E x e ­cutiva.

Estatutos— Discussão e A p r o v a ­ção.

Eleição dos C o r p o s D irectivos e Posse.

2.- Sessão—ás 21,30 horas

Crédito:

A g rico la , C om ercia l e Industrial

3.a Sessão—Dia 18, ás iô horas da manhà

Impostos indirectos

Fiscalisação de G e n e r o s A l im e n ­tícios

4.1 Sessão —is 15 horas

Salário M inim o

C asas econom icas

5.» Sessão—ás 21,30 horas

C o m e r c io Externo:

V in h os com uns

V in h os do P orto

Assuntos apresentados no decorrer dos trabalhos.

A s téses acima mencionadas estão a imprimir e serão enviaJas a V . Ex.a oportunam ente.

Sen do desejo da C om issão E x e ­cutiva prestar á autoridade A d m i­nistrativa >0d0s os esclarecimento» em relação ás colectividades e ics- pectivos delegados que devem c o m ­parecer na referida reunião, r o g a ­mos a V . E x.a a subida fineza Je nos informar atè ao dia 5 do p r o ­xim o mez de Julho os nomes dos mesmos delegados cujos, podem ser em n um ero de um a trez ainda que cèida uma das colectivi­dades representadas tenham direito apenas a um voto.

C o m os protestos da nossa mui elevada consideração, desejamos a V . E x.a

Saude e Fraternidade

Pelo S E C R E T A R I O G E R A L

Lisboa, 22 de Junho de 1932

P. S. A U n ião dos Interesses E conom icos aguarda uma resposta da C om panh ia dos C am in hos de Ferro no sentido de que aos co n ­gressistas seja feito o bonus de 50 % nos seus bilhetes.

Assinai I M o c i i M í

U m c ã s d . e OiversãQ fauramaquicELesA nnaels, natal de 1908,

inserem a seguinte carta de madame de Sevigné, endere­çada a madame de Grignan, datada de Les Rochers, 18 de novembro de 1770:

“Admirais-vos de que eu ame um cãosinho; pois eu vos conto o que se passou: Cha- mei, por bem parecer, uma ca­dela pertencente a uma senho­ra, madame de Tarente, que mora no fim do parque. A dona exclamou:

— Pois quê? v ó s sabeis como se chama um cão? Vou dar-vos um que é tudo quan- to ha de mais lindo neste mundo.

Agradeci fazendo-lhe ver a rezolução que tomara de nunca mais ter cão. Não me quiz tkwir. Dias depois entra- me em casa um creado com uma casinha de cão, toda gar­rida e enfeitaJa, e vejo sair dela um animalzinho rescen- dendo z perfume e de uma beleza realmente extraordina- ria.

Fiquei perplexa com o pre- zente; quiz devolve-lo, mas não me foi possivel; nem o creado o quiz levar nem o0 meu pessoal concordou com a devolução.

Quem trata dele é Maria e dorme no quarto de Beau- Jieu. Eu formei o proposito de não lhe crear amizade, mas o íacto é que ele começa a dar sinais de estima por mim, e eu não sei se sucumbirei.

Eis a aventura; peço-vos encarecidamente que não con­teis nada a Marphise, porque íemo as suas censuras. De res- fo o cãosinho é muito aceado, e chama-se Fiel”.

Fiel, é, de facto o nome que melhor quadra aos cães. São duas palavras sinónimas, e tão sinónimas, que constituem a bem dizer um pleonasmo.. .

Qu.anlo a madame Sevigné, provável é que sucumbisse. Se assim aconteceu dado que1 ra uma creatura superior pelo seu talento e pelas suas vir­tudes com certeza não se lhe pode aplicar a ela a regra es­tabelecida por Paul Hetvieu. Consigna este autor que em muitos casos se gosta dos cães por uma simples questão de egoismo; pelos serviços que prestam, pela distracção que proporcionam, pela obe- diencia e carinho de que são dotados, etc.

Esta observação faz lem­brar outra, muito nossa, que nos foi sugerida pelas ando­rinhas, as mensageiras da pri­mavera.

E’ de supor que se essas aves viessem pelo inverno em logar de festejadas, se torna­vam cordealmente aborreci­das para muita gente.

. . apezar de que os seus encantos pessoais seriam e- xactamente os mesmos.

Quando nos enternecemos

Como noticiámos, realisou- se no p assado domingo, nesta vila, numa praça im provisada no antigo pateo do Pechirra, uma vacada, prom ovida por um grupo de rapazes da nossa melhor sociedade, revertendo o produeto a fa vo r do Hospi­ta l da M isericórdia. Ao que nos consta, po is a ela não assistim os, a diversão decor­reu bastante animada, tendo alguns dos im provisados lida­dores m ostrado excelentes f a ­culdades para a arte de M ontes,. D o elenco fa z ia m parte como cavaltiros os Srs. João M atos e Silva e José G alveias Mendes e como peões os Srs. Zuzarte de Mendonça, Dr. Anuplio, Am érico Correia, João N óbrega, Antonio M a­galh ães , Antonio B astos Mo­reira, Antonio P a is Branco, Antonio P ires, \Severino Ca lado. Eurico B aptista e José A degas.

Récita de amadoresRealisou-se como noticia­

mos, no salão do Cinema 1- deal, no passado domingo, a récita promovida pela troupe dramática do Grupo Despor­tivo Matuzarense, com a co media em 3 actos Abençoa­dos Pontapés, o drama em 1 acto O Escravo, e um acto de variedades. O espectáculo que se realisou com uma casa á cunha, deixou amais agradá­vel impressão no publico. Foi tambem ouvida com bastante agrado a tuna do mesmo Gru po que abrilhantava aquele espectáculo.

Pedem nos os componen­tes dos dois grupos dramati co e musical para por nosso intermedio agradecermos ao numeroso publico o carinhoso acolhimento que lhe dispen­sou, e bem como a todos os que os auxiliaram, especiali sando o Sr. Lucio de Oliveira que emprestou toda a mobi­lia necessaria, o que fazemos de melhor grado.

A récita deve ser repetida no próximo domingo 24, com alguns números novos.

£ x a m 2 5Começam no dia 15 do cor­

rente mês nas Escolas prim á­rias desta v ila , os exam es dos alunos propostos pelos p ro fes­sores deste concelho.---- ■ ui» i ■uarm

com ocorrências como a de madame de Sevigné, lembra- nos a nossa teoria a respeito da imortalidade da alma, que nós afirmamos ser, de facto, eterna, quando a deixamos a- derente a actos susceptíveis de nos enternecer e tornar melhor do que já sejamos.

Com outro aspecto n ã o compreendemos que possa a nossa alma sobreviver-nos.

Luis Leitão

eâmara ÍVIiinicipalSessão de 29 de 3unlio de 1332

Presidencia do Doutor Augusto Ca­mossa Saldanha com assistência dos vogais cidadãos Luiz Braga e josé Nu­nes M. Adegas.

Correspondencia.

v Oficio do G o v e r n o C iv i l de P o r ­talegre com unicando não ter já o M inistério do C o m e r cio e C o m u nicações verba para os subsidios nos term os dos decretos N . 08 1 9 .5 0 2 e 19.ÒÕÓ, não podendo por essa razão ser satisfeito o p e­dido da Cam ara relativamente á reconstrucção da ponte d o V ale de A çôr, deven do ser pedida a reva ­lidação do processo relativo á mes­ma po nte para poder ser p a g o no p ro x im o ano econom ico. Deliberou agir c o m o lhe é indicado.

— O ficio da Repartição de F in an ­ças deste concelho en vian d o a c o ­pia dum oficio da Direcção de Fi­nanças em que se com unica que foi deferido o requerim ento que a C âm ara en viou ao M inistro das Fi­nanças solicitando a isenção do p a ­gam en to de ciza relativa á aquisi­ção q u e a C âm ara pretende fazer de uma morada de casas no lugar da Ervideira pertencente a M anoel Matias e onde está instalada a es­cola do mesmo lugar. Inteirada

Ofic io da Junta G era l d o Dis­trito de Portalegre pedindo nota da importância com que a C âm ara concorreu para a manutenção do dispensário anti-tuberculoso deste concelho. Resolveu satisfazer.

— Oficio da C âm ara M unicipy de A bran tes p r e p o n d o a esta C â ­mara a com pra em com u m de um cilindro conp ressor de estradas

Deliberou não aceitar tal p r o p o s­ta em virtude desta C âm ara não possuir estradas municipais.

Ofic io da 13 .a Brigada T é cn i­ca da Cam p an ha da P rodução A gricola pedindo a indicação de dois nom es de lavradores produetores de tr igo a fim de ser constituída a comissão administrativa d o ce­leiro municipal deste concelho. D e ­liberou convidar os produetores de tr igo a indicarem os nom es dos individuos que hão-de constituir j essa comissão. I

— O ficio do Oficial do Registo C iv i l deste conceiho pedindo al gu n s artigos de m obiliário para a sua repartição. Resolveu satisfazer.

l v í T o n - a . m . e i 3 . t o a.© J)r. Jcõo felcissin jo

r o .

Requerim entos

Requerim ento de A n to n io G i l d o Vale de A ç ô r e M an oel M a r ­ques Ratão Junior, de G a lveias p e ­dindo licença para construírem prédios naquelas po voações. D efe­ridos.

— Requerim ento de Rafael D u a r­te L ino pedindo que lhe seja paga a renda da casa de sua habitação co m o esclarece a portaria N .° 6ò81 de 15 de F evereiro de 1930. D efe­rido.

Requerim entos de Custodia M e n ­des, viuva, residente em M ntar- g i l , pedindo um subsidio de a m ­paro por ter «eu filho A n to n io dos Santos O live ira sido recenseado para o serviço militar no corren te ano, o qual é o seu unico am p aro . Deferido, abonando-se-lhe a quan tia de 12$00 enquanto aquele man ceb o se encontrar nas fileiras.

— Requerim ento de M aria H e n - riqueta, solteira, residente em L on go m ei, Rosa Maria, v iu v a , de Ponte d o S ô r , Mariana Pereira C h am b el, residente no M onte do Bufão, p e­dindo subsidios de lactação a favor de seus filhos de tenra idade. D e ­feridos.

Oatras Deliberações

— Deliberou, em virtude do mui- 1 to serviço na Secção A dm in istra- I tiva da Câm ara, contractar um au- i xiliar com a gratificação mensal de

300$00.

— Subscrição—

T r a n s p o r te .............1 3 .8 5 5 $ 3 5A n to n io V i ta l ............. 5$00Francisco João Bonito 1$50Julio Jacin to............... 5$00José L opes D ion is io . 2#00Jacinto V i t a l . . . ___ 2$50Joaquim P lá c id o ------ 2$00M iguel J oão............... 2$00H enrique V i t a l .......... 3$00João E lias .................... 2$00L ucio D u a rte ............... 2$00G e r m a n o J o s é . . . . . . $50M anoel José de M atos

E s p a d in h a ......................... 30$00C o n ce içã o de M atos

E s t e v e s ......................... .... 10$00D. M argarida Fiorin­

da da R o s a ....................... 20$00Joaquina M a r ia .......... $50A n to n io M iguel Ju­

nior ..................................... 2$00Francisco C h a m b e l . . 5$00M aiia A r e ia s ............... 1$50Joaquim Horta Barra 2$00Francisco C a e t a n o . . 1$00C ap ito ' in o L o p e s Es­

trada ................................... 1^00G uilherm e Lou ren ço 1$00João M ig u e l ............... 2$00A n to n io G u ilh erm e. 3$00José M arques T ia g o . 5$00C a r lo s Jacinto............. 1$00Carlos Duarte Esteves 2$50A n to n io C a e t a n o . . . 1$00João M anoel Rodri­

g u e s ................. ................... 2$50Joaquim G u ilh erm e. 5$00Joaquim Lucio Vital 5$00Vicente C ard o so C a ­

lafate ................................... 5$00A n to n io M a r ia .......... 5$00José A d e l in o ............... 2$50João da S i lv a ............. 1$00Luisa M a r ia ................. 2$00Luis Pereira D e n i s . . 5$00L u cio M ig u e l ............. 1$00M anoel C h o u r i ç o . . . 1$0UM anoel F ó r ra s .......... 1$00José F ra n cisco ............. 1$00Jacinto G u i lh e r m e . . 1$00M anoel M a r ia ............. 1$00Joaquim M a n o e l----- 2$50José P edro da G ra ça 2$50A n to n io Dias B ich o . 5$00Joaquina M a r ia .......... 2$50M anoel João Junior. 1$00Josefina M a r q u e s . . . 2$00João M a n o e l ............... ?$50A n to n io J o ã o ............. 1$00José Pereira D e n i s . . 1$00M anoel P is c o .............José M iguel C h u r r o . 30f00Maria L uisa ............... 15$00H e n r i q u e t a Luisa

C h u r r o .............................. 10$00Antonia Luisa C h u rr o 10$00Vicente de M a t o s

C h u r r o .............................. 20$00Luisa Maria C h u r r o . 5$00M anoel Josefa............. 1$00José Jacinto.......... .. 1$00Francisco de C a r v a ­

l h o ........................................ 1$00José Maria M argarido 5$00João de Jesus............. 2$00A n to n io P e d r o .......... 2$50Joaquim L opes Estra­

da ........................................ 2$00João E ste v e s ............... 1$00Quiteria P im e n ta ------ $50

f Francisco L opes Es­trada ................................... 1$00

M anoel Lopes Estrada 2$00Francisco E s tr a d a . . . 1$00Joaquim E spadin ha. . 5^00Rosaria M a r ia ............ 1$00

Adelina M a r i a . . . . . .M aria de Jesus..........A n to n io José Marques M aria José C h u r r o . .M aria Izabel...............M anoel João C h o u r i­

ç o ..........................................Joaquim M anoel Ro­

d rigues ..............................M anoel da C o s t a . . .João L o p e s ..................Joaquim M i g u e l . . . .Francisco l o s é ............Francisco L é u ............M an oel M ig u e l ..........Joaquim dos Santos

L o p e s ................................M anoel da S i l v a . . . M anoel L o u re n ço B o­

nito .....................................Julio Dias B i c h o . . . . V icente Duarte C hur-

L ucio V i ta l ..................José L ucio V i t a l . . . . Francisco M a n o e l . . . Inacio M artins Saias. Francisco M a n o e l

P l a i m a . . . . ’ .......................João M anoel Plaima. A n to n io Vital L u cio . Patriocinio C h u r r o . .João P la im a .................V en tura A n t o n i o . . . A n to n io P la i m a s . . . .M anoel A r e ia s .............M aria Jesuina.............M aria L u is a .................M arçal J o ã o . » ..........A n to n io H enriques. M anuel Duarte Ser­

r a n o .....................................Damasia P a t r o c in ia . .José L u is .......... ...........Manuel José M arquesM aria Jo sé ....................Francisco Lou ren ço

B o n i t o ................................João M artinho Saias.José A n t o n io ...............Joaquim de Matos Es­

padinha ..............................V ital M a r ra fa ............M aria I z a b e l ...............}oão de M atos Espa­

d in h a ...................................A d rian o de M a t o s . . Maria Izabel Espacinha M a n o e l jRodrigues

C o ite r o Jr...........................João Feitinha...............A n gelina R o s a .............Joaquim M a rtin s-----João M arques Fernan­

des ........................................Jacinto P e r p e t u a . . • •José M a r q u e s .............Daniel L o p e s . - ..........L o u re n ço Narciso - . .Luisa P e rp e tu a ..........Luis B e r n a r d in o -----José P o m b in h o ..........Maria L u is a .............Henriqueta M a r i a

C h u r r o ..............................M iguel C h u rr o Leitão Francisco Lopes Da-

m asio ............................José R o drigues C o ite ­

ro ........................................T o m é M iguel C h u rroHenriqueta Patrocinia A n to n io M an oel C h u r­

ro ..............................M anoel S i l v e s t r e

C h u r r o ..............................loão M anuel C h u rro M a r i a Patrocinia

C h u rr o . . . . . . . .■■■■ ■Patrocinia Luisa L hur- A n to n io A lv e s . • • • • Valentim Bernardino

1$00 1$00

1 5$005$00

$50

1$00

1$001$C01$002$501$001$002$50

$501$5G

5 S00 5$00

5$005$005$002$501$00

$505$005$005$002$502$501$00

$5a$50

2$005$001$00

5$0>2$505$00

10$005$00

$505$002$00

5$031$001$00

10$005$00

10$00

5$002$00

$50$50

1$001$001$001$001500

$705$002$505$00

5 $00 5$00

2$00

2$00 5$00 5$00

2$50

2$50 2$50

2$50 2$50

10$00 ò$00

P elo cidadão presidente foi apresentado o orçam en to ordinário para 0 proxim o ano ec on om ico de 1932-33, que depois de apreciado foi a p r o v a d o por unanimidade, o qual acusa a receita de 3 8 7 . 249$60, a despesa de 3 8 4 .6 4 4 $ 3 4 e 0 sal­do posit ivo de 2 .6G 5$2ó.

A ucto risou 0 pagam ento de v a ­rios mandados.

A T r a n s p o r ta r ----- 14 .3 8 8 $ 5 5

ContribuiçõesE stão já a pagam ento na

Tezouraria da Câmara, as contribuições predial, indus­tr ia l e im posto sobre aplica­ção de capitais.

A niversários

---- Julho ----

10 — Fernando C o u c e iro Braga, etn Q alveias e Joaquim L ourenço Falcão da Luz, em M ontargil.

1 1 — Eurico Pais de C arva lh o .1 2 — D. Maria Rosa Lopes, em

L iib o a e D. Rosaria d' A ssunção C esar.

13 — Dr. Francisco Pais P im e n ­ta Jacinto, em Galveias.

1 8 — D. Deolinda Francisca A l ­v e g a e João Ferreira da Costa.

1 9 — José M arques Calado.2 0 — Raul Pais Freire de A n d ra ­

de.2 1 — José Santos Serra, no P o r ­

to e o menino A r m ín d o L ourenço C un h a .

2 3 — Francisco josé Rocha, em C o im b ra .

CflBRESPONOENr.lASBarquinha

Um FesiiualNas vesperas dos dias d e S . João

e S. Pedro, realisou-se no terraço das Fábricas da Barquinha, im po nentes bailes abrilhantados respec tivamente pela orquestra do U n ião de D esp ortos e Recreios e Tuna Mocidade Moitense, ambas da Moita do Norte.

A o s organisadores deste festivais enviam os os nossos melhores pa rabens.

j E f e m é r i d e s f É i s t o r í e a s C o m o se vê nada escapa á in­venção alemã! N em os objectos para usos os mais imprevistos! T u d o inventa com saber. E tanto

1 — 1 4 2 0 — João G o n ça lve s Z a r - assim é, que até inventou, há pou-

* ★ * JULHO * * *

DesempregadosPelo Sr. Adm inistrador do C o n ­

celho foi dada posse á Com issão C o n ce lh ia dr S o c o r r o aos Desem ­pregados. que por alvará do Ex.mo G o v e r n a d o r C iv i l deste distrito foi nomeada nos term os do Decreto N .° 2 1 .2 3 8 . O acto da posse teve lugar na Secção Adm inistrativa da C âm ara, tendo a comissão ficado constituída pelos Snres. Presidente, o Adm inistrador do C on celho . Te­soureiro, Sev erin o M arques C a la ­do. Secretario, M ário da Assum ção G o m e s de Almeida. V ogais , Valen tim L. M o urão, Sim plicio João A l ­ves e Joaquim Mendes Martins.

O Sr. Adm inistrador do con ce­lho e n t ie g o u á C o m issã o para in i­ciar os seus fundos a quantia de i 00$00 que saíram do cofre parti cular de beneficencia da A dm inis­tração do C o n ce lh o .

m à M B fa m aProm ovido pela mesma co­

missão de cavalheiros que ul­timamente levou a efeito nes­ta vila, uma ceia á americana e uma vacada, realisou-se na noite de quinta-feira passada, no parque da Pensão Sorense, que se achava vistosamente engalanado e com profusa iluminação, uma interessante soirée que esteve muito con­corrida de cavalheiros e senho­ras desta vila e de Galveias, tendo-se dançado animada­mente até de m adrugada.

O produeto liquido desta fe s ta reverte a fa vo r da M i­sericórdia.

DoenteEncontra-se doente o nossa pre

sado a m ig o Snr. V ictorin o de O l i ­veira Jorge.

Desejamos-lhe um pron to resta­belecimento.

Várias Holicias- T e m - s e procedido ultimamen­

te ao encanam ento dos ribeiros e canos de esgôto .

E ’ uma medida muito acertada que se fica devendo á actual C o ­missão Adm inistrativa do M u n ici­pio, que é presidida pelo nosso Exrao. a m ig o Snr. D r. José E du­ardo V icto r Antunes das N eves.

Será tambem justo salientar que se deve esta iniciativa ao vereador Exmo. senhor José L eon ardo M ar­ques, desta vila, que se tem em ­penhado ao m axim o para q u e ela se efective o mais b reve possivel.

— T erm in o u o g r u p o dramatico " O s A m ig o s do B em ".

— Está conclu ído de alvenaria o m u ro da Escola.

c.

flldeia (la Maia— Esteve nesta localidade em

vizita ás Esco'as o sr. Inspector A cácio Parreira, que crem os não ter ido mal impressionado. C o m o a C âm ara de C ra to pensa na cria­ção de mais um lugar masculino, pois a população escolar atinge o elevado n um ero de 85 crianças, aproveitou aquele senhor a ocasião, em bera particularmente, de ver uma casa, que se pensa em adap­tar para escola. O xalá que o lu­g ar seja criado, pois de contrario muitas crianças terão de ficar sem matricula no proxim o ano.

— T a m b e m há dias aqui estive­ram dois Engenheiros da Junta Au- touonia das Estradas, a orçar a despesa a fazer em calçadas. Será des*a vêz que desaparecem os charcos que se form am nas tuas?

c.

co descobre a Ilha da Madeira.3 — 1 5 1 6 — 0 rei de Fez, tendo

cercado a nossa praça de Arzila com 100.000 homens a levantar o cerco.

4 — 1 7 7 6 — C o m b ate de A v iz .5 — 1 5 4 1 — T om ad a da esquadra

de D. M ig u el pelo A lm irante Na- pier.

7 — 1809— Batalha de W a gran gan ha aos austríacos por N apoleão e em que tom ou parte um c o rp o de tropas portuguesas.

8 — 1 4 9 7 — V asco da G a m a sae de Lisboa para o descobrim ento da India.

10 — 1 4 9 9 — Entra no Tejo a nau de Nicolau C oelho, trazendo a n o ­ticia do descobrim ento da India

12 — 1 5 3 5 = C a r l o s V ataca a b o ­ca do rio Goleta, em Africa onde o celebre Barbaroxa estava fortifi cado com todo o seu poder.

Na armada cristã vencedora es­tavam vinte e três velas p o rtu g u e­sas.

15 — 1 8 1 5 — N apoleão vai entre­gar-se acs inglezes a b ord o do Belerofonte. despois da batalha de W ater lo o ,

1 6 = 1 1 8 4 — D. A fo n so H en ri­ques desbarata os m ouros que tinham cercado em Santarém o princepe D. Sancho.

18 — 1 6 9 7 = M o r r e o Padre A n ­tonio Vieira.

1 9 - 1 7 1 7 — Um a armada ve n e­ziana, derrota os turcos nas aguas de Matapan.

23 — 1 5 0 5 — D, Francisco de A l­meida conquista a cidade de Q u i- ‘oa na C osta oriental de Africa.

24 — 1 5 1 1 — C on qu ista de Mala- ca por A fo n so de A lb u qu erp u e.

co, o m aior «Cão» do m u n do !— e recusa terminante ao pagam en -

I to com pleto das Reparações, dos è ob rig ad o j prejuizos causados pela G ran d e

G u erra , invenção, tambem, alemã,' que dezim ou fortemente a Europa.

José Maria Pereira Bravo(De a Gazeta de Cantanhete)

A N U N C I ONo dia 31 do corrente mês

de Julho por 12 horas, á por­ta do tribunal Judicial desta comarca, hão de ser arremata­dos pelo maior lanço ofereci­do acima da sua avaliação, os bens seguintes:

PR1ME.IRO

Cicoenta e cinco cento e doze avos da herdade deno­minada "CONQUEIRO", si­tuada na freguesia de Mon­targil, desta comarca, que se compõe de terras de semeadu­ra, arvoredo de sobra, casas de habitação, vinha e pinhal, descrita na Conservotoria do Registo Predial sob oN9. 483

Santa Margarida, desta co­marca move contra Manuel Vicente Godinho e mulher, Artur Nunes Vinagre, e mu­lher, moradores em Montar­gil e José Nunes Vinagre, ca­sado. proprietário, morador na Arrifana, comarca de A- brantes pela quantia de cen­to e trez mil escudos juros e mais despezas. Pelo presente são citados quaisquer credo­res incertos para deduzirem os seus direitos.

Ponte de Sor, 6 de Maio de 1932.

O escrivão de 2o. oficio,

João Nóbrega

Verefiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

A H U H Ç I OE D I T O S D E 10 D I A S

Pelo Juizo de D ireito da Comarca de P onte de Sor, nos autos de execução por custas e selos que o M inistério Pu-

N o C inem a Ideal, realisaram-se na passada quarta feira e ontem, dois interessantes espectáculos de variedades pela troupe A U R A J A R Q U E S , e hoje, realisa-se ali, pela mesma troupe, mais um es­pectáculo, o ultimo, com n ovos n úm ero s de agrado certo,

E' de esperar que a casa tenha uma b oa enchente não só pela e x ­celencia dos núm eros que vão exibir-se co m o da fama de que os artistas que com p õ em aquela trou­pe ve em precedidos.

AgradecimentoIsmael Mendes Delgadinho

e sua esposa, D. Fiorinda de Castro Nogueira, vêm por este meio, agradecer muito reconhecidamente a todas as pessoas de suas relações e amisade que acompanharam á sua ultima morada o seu muito querido e choradofilho e enteado, Marçalo Mendes Branquinho.Desejam a todos melhor sor­te.

Visado pela com issão de cen­sura de Portalegre

f â l ç e i m ç n í o

Faleceu ha dias no lugar da Es­tação do C am in h o de Ferro, des­ta vila, o m enino José Tom az da Silva Lopes, de 4 rneses, filho do . nosso am ig o e assinante Sr. hran- ■ cisco da Silva L obato e da Sr.* D. j Luiza Maria Lopes Lobato.

P êsam es á familia.

nuenções AlemãsAlem an ha é, indubitávelrnente, o

Dais mais fertil em invenções de toda especie! Assim, o tem dem on s­trado o elevadíssimo num ero dos seus inven tos apresentados!

S eg u n d o o relatorio oficial da repartição de registo de invenções da Alemanha, foram apresentados, )ara registo, no ano findo, mais

c e setenta, mil novas invenções das quais foram registadas vinte mil.

Fóra de duvidas que, A lem an ha é «aguia» dos inventos! O gen io in v en tivo alemão manifesta-se forte­mente em tudo da actividade hu­mana! N ão descansa um só m o­mento para dotar as c inco partes do m undo, com as suas m aravi­lhas!

Dentre as várias invenções ale­mãs destacam-se, pela forma inte­ressante e úsos os seguintes objec­tos.

blico move contra os herdei- a folhas 45 verso do Livro ros de Joaquim Simões Cam- B. 2°., avaliados em duzentos pino, m orador que f o i nas e vinte mil escudos. Almoinhas, correm editos de

(220.000^00) j d e z dias, a contar da segun- SEGUNDO > da Publicação deste anunciof

j citando quaisquer credores Cicoenta e cinco cento e ! que pretendam deduzir prefe-

doze avos do predio rústico; rencias nos term os do artigo denominado ”Courela do La- ! 931 do Codigo do Processo ranjal” situada na mesma fre- j Civil, sobre a importancia de guesia de Montargil, desta co- 1 .709k69, penhorada aos exe- marca, qae se compõe de ter- : cutados e em deposito na Caí­ras de semeadura, arvores de xa G eral de Depositos. fruta e casas de habitação,! Ponfe do & r _ , 8 d e J m h odescrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n°. 2582 a folhas 56 verso do Livro B. 5.° avaliados em trinta e nove mil escudos. pQ.OOOSOO)

TERCEIRO

de 1932.

G Escrivão do 2.° oficio, João Nóbrega

Verifiquei.

O Ju iz de Direito,(a) Manuel Ribeiro

Guarda-chuva, m un ido de Iam- j B. 5.° avaliados em vinte pada e corren te electrica, permitiu- J m j| escudos. ( 20.000 $S0) do lêr-se, sob a chuva, em plena

Cicoenta e einco cento e doze avos de uma morada de casas com altos e baixos e quintal, na Rua Grande da vi­la de Montargil, desta comar­ca, descrita na Conservatoria x o -M o n ta r g il—restolhos de do^RegistoPrediaJ sob o ns. pragranas e milho. Escrever

Av. C azal Ribeiro, 37, 2 o.

f a s r a ^ ç m p a r a p j r e o >

Vende-se da Pipa de B ai-

2583 a folhas 57 do LivroD°.—Lisboa.

Estes bens vão á praça C l l d e - s enos autos de execução hipo- Uma morada de casas etecaria que José Martins Fa- quintal na Rua da Frtalva,bião, casado, proprietário, desta vila.morador na Aldeia Velha de Informa esta redacção

obscuridadeBengala, podendo ser transfor­

mada em antena de T . S. F.Maquina de escrever, registan ­

do e reproduzindo a escrita á mão.Vestuário com aquecim ento per­

manente.'Abat-jour> fr igorifico.Fechaduras que se iluminam ao

contacto da chave.Relogio de algibeira, registan ­

do o n um ero de passos da pessoa que o leva.

Mecanismo automatico para pôr manteiga no pão.

Caixas de pó, luminosos, para uso, q uan do ás escuras,

Chapea com ventilador e are- jamento automatico.

Revolver com «sti!o> para escre­ver.

c ls iiç íl , podendo ta m b e m ^ tr- Consultas no Rocio de Abrantes , á s 2.’*, 4.M, 5 > e 6.

M é d ico -C tru rg iã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

vir de gu arda chuva e flauta. j ás 13 e meia horasfeiras,

4 - A . 2 v t O O I l Z , ^ . 2 Z ) ^s» T.TfMafixxss*4aam&)t

Vende-seAutom ovel marca O verland

aberto, e n estado de novo. N esta redacção se d iz .

—— *«» 4CÇgW> w i

Jacinto da Situa~ C O M = -

OFICINA D E F U N ILE IR OA v en ida C idade de Lille

P O N T E r > O S O R

E ncarrega-se de todos os tra­balhos concernentes á su« arte garan tindo ' o bom acabam ento e solidez.

R a m iro P ir e s F i l ip eLola de Fazenda, M ercearias e Miudezas

E s p e c i a l i d a d e e m o l i á e c a f é

Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezembro

P O tf T E 1 ) 0 H & l l

L I T R O S“ f l (Docidade

T^m a , Quinzenario noticioso, lite rário ,T~ i sem pre á venda J - rscreaíioo e defens.rdos interes-

tirm s novidades h terartas deescritores nacionais e estran­geiros a

Minerva AlentejanaR oa "Vai. M onteiro

T-O K T E 2*0 S O R

$40

^ aBOSsaBwaasí^

ses da reaião.

Condições de ass ina tu raEm Ponte do Sor, trimestre....... 2110Fora tie Fonte do Sor, trimestre.. 2§40Numero avulso..........................Pagamento adeantado.

★ ★ ★A N Ú N C I O S

Na secçào competenteLinha oa espaço de linha

corpo 12....................... $40« !0........................... $60« 8 ..................... $80

/A nuário (Jormçeia!

de 1932 alugo até 5 horas por 1 escudo Avenida Cidade de Lille=PONTE DO SOR

3osé de M aios Neo3s

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

:+

M

**+M***

¥¥\*

iiiiíis para coserDA ACREDITADA MARCA

s , n g E r

Vende em Ponte do Sor, a empregada

TE R E ZA M A N T AA A A A

Encarrega-se de todos o? concertos em máquinas des­ta marca.

, ^

SBBBÂÇÃ6 E CARPINTARIA

D E

S im p iic ia io ã o A lv e sM E R C E A R IA S , A Z E IT E S

Q UVINHOS, P A L H A S

E CER EAIS .S i l v a f i g u e i r e d o , jC.da flcenida Cidade de Lille—p. do sor

Af i t on i i í Gai sAAAAA

A v e n id a C idade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e ntanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães,

AAASortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

C alçad o feito e por medida, para hom em , senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

José Alves i a S t o & Irmãoj^vefjida Cidade de JZille— € 2>õ S&R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r pooro p a r a v e n d e r nmiío

Revendedor da afam ada cerveja X - A ^ T S Z E U S T

IS OS rProcurai em Abrantes a oficina de J o s é d o s

S a n t o s B i o o e a s , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

Pensão SorenseRUA VAZ MONTEIRO

2 ? o :r v te c io S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

Y A G OV 1? > X ' • ✓ ' v • ✓ ' v - X . V

w Constructora flbrantina, L.Telefone Abrantes 68t o

w , .Carpuqiana mecanica, serrtíçâo ae madei-

AvebMft dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 908

Soalhos, forros aparelha- jg rik>s, fasquio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa- | rdhadas. Portas, janelas e | caixilhos; Toda a especie de | nroiduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do wercado.

A

W

Compra e u e n d e :C e r e a is

e le g o m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

£30-5 iâ9£»©â>s*gj3í€<g€e

C e r e a is , ^ e g n m e se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa-

| to de amonio e de potássio.® Estabelecimentos na Ave-

nida Cidade de Lille em Pon-

s yt o

t owt o

ras fabrico de gêlo

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede e oficinas em Alferrarede Coxrespors.c3.en.cia. para, A B E A 1 T T E S

t oWt oSI'/wwt ow

t owt o

m

Manoel I. Pontinha SF i l l a o s

Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

§5% 1» 16 1

te do Sore Longomel.

C o r t i ç a V i r g e m® j O ráda e limpa, com pra em qual- $ i quer local e ao melhor preço.

Lu is P e re ira de Matosearuoelro (Linba da Seira Baixa

Raa Rodrigues de FreilasPonte do S òr

^ M a d ç i r a s d s ^ i r . h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

João B a p tis ta da lesaP O N T E D O S O HC om issões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

v iços junto das repartições publi­cas.

Anuplio Correia y AlbertyX v £ e d .5 c o " V e t e r i n á r i o

-Ponte do Sôr—

Consultas todos os dias.

F0S [A casa o n d e se encontram insta­

lados os serviços dos Correios, Telegrafos e Telefones de P onte do S o r de ha m uito q u e ameaça ruina, e até admira que não tenha, em qualquer noute de vendaval, ficado redusida a escom bros.

Isto não hon ra P onte do Sor, nem a Adm in istração O era l que não p o de ou não q u ere adquirir um edificio apropriado e c on d ig n o.

Há faltas q u e se relevam e se desculpam; apatias e desleixos que tem a sua e x p l ic a ç ã o . . - Mas o que não U m razão de ser é deixar que serviços de tal im portancia con t i­nuem instalados num pardieiro c o m o aquele da Rua V a z M onteiro.

Ali vã o todas a sp e sso a sd a terra que necessitam utilizar os serviços em questão. E todos os forasteiros que por aqui passam, todos os via­jantes que nos visitam, são o b r i­gados, mais ou menos, a ap ro ve i­tar o telegrafo ou o telefone, e a idea q u e façam de nôs, pontes- soreiises, ao verificarem o péssimo estado da Estação dos correios, não pode, por form a algum a, ser lison­jeira!

N o distrito, alem de P ortalegre e de Eivas, é P on te do S ô r a Esta­ção que mais rendim entos deve dar á A dm inistração dos C . T . e Tele­fones.

Não valerá a pena instalar, con- dignair.ente, para bem dos serviços e da terra, uma Estação de sem e­lhante movimento?!

A té aqui havia uma desculpa, ou pseudo-desculpa. Q u e não se encontrava casa capaz, que não havia verb a para adquirir p o r com pra qualquer dos dois edificios que se ofereceram á Adm inistração Oeral. T o m e m o s c o m o boa a expli­cação.

Hoje é do conh ecim ento publico que fui oferecido á referida A d m i­nistração uma casa em boas con d i­ções e cuja renda nào é exorbitan­te.

Estamos inlorm ados de q u e o seu prop rietário está reso lv ido a a aluga-la por p reço mais m odico ainda. Tracta-se de uma casa a m ­pla com desessetedivisões com ins­talação electrica, quintal, poço etc. Diz-se que a maior sala n ã o é bas­tante para nela se instalarem todos os serviços. E ’ esta uma dificulda­de facilmente rem ovível.

A o lado desta há outra sala se­parada por um tabique po u co es- i pesso. Fazendo desaparecer rste ! tabique o q u e é obra simples, i n s i - ! gnificante, obter-se-ia uma sala u- I nica com 42 m etros quadrados, ou 1

seja um rectân gu lo q u e tem 7 me tros de c o m p rim e n to p o r 6 de lar­gu ra . Acrescente-se que por detraz de qualquer destas salas existem pe­quenas divisões o n d e poderiam ser colocados os m oveis que pelo fim a que se destinem não façam falta na Estação.

De resto por un» simples c o n ­fronto de dim ensões, se verifica q u e a casa oferecida de arren da­m ento é m uito preferível àquela em que presentemente se en con ­tram instalados os serviços e que não tem mais de 25 m etros qua drados de superfície certamente.

Esta casa fica situada na A v e n i­da C idade de Lille, a maior artéria de Ponte do S ô r e p o n to forçado de paisagem .

P oderá a lg u em con trap ô r q u e não fica no coração da vila. Assim é de facto. M as do p o n to mais cen ­tral da terra a essa casa vão, q uan ­d o muito, 200 m e tro s— distancia inapreciavel, quasi,

Afinal, em P onte do S ô r não ha distancias. N e m daqui a 500 anos a velha M atuzaro rom ana terá a sua rêde de carro s electricos ou de " m e tr o s ’'!!

O mais g r a v e , po rèm , não ê a ruim idea q u e possam fazer de nós os estranhos, nem a falta de estética ou de segurança do edifi­c io actual dos correios. O q u e é importante, o q u e não pode ser esquecido por todos nós é que; en­quanto a Estação estiver naquele casébre, P onte do S ô r estará p r i­vada da sua rêde teltfonica urbana E isto é mais interessante do que muita gente julga.

O s futu ios possuidores de tele­fon es—-médicos, a d v o g ad o s aucto- ridades civis e militares, repartições publicas, com erciantes, industriais, e t c — nào podem esperar indefini­damente pela instalação dos telefo­nes nas suas residências. Estas en­tidades nem sem p re tem ocasião para apodrecer naquele admiravel corredor que se cham a a sala do publico, á espera das " l ig a ç õ e s " , tantas vezes morosas. E m conse- quencia deste estado de coisas é prejudicada a p róp ria Adm inistra­ção O era l nas suas receitas:— Nem recebe as anuidades respectivas, nem cob ra senão as T a xa s estric- tamente indispensáveis.

Daqui soltamos o nosso grito com a esperança de que nos o u v i­rá quem deve o u v im o s .

Ponte d o S ô r -1 3 -V II -3 2

Q u id a m

Feios Tribunais

Em audiência do tribunal colec­tivo, estando a acusação rpresenta- da pelo d ig n o D elegado do P ro ­

curador da Republica Sr. Doutor José do C a r m o e a defesa a cargo d o D outor Rafael Pereira Lisbôa, respondeu ha dias no T ribunal Ju­dicial desta com arca, o reu A n to ­nio R odrigues sapateiro, e natural

de M ação e residente no lugar da Ervideira, desta com arca, pelo cri­me de estupro na pessoa de Rosa da C o n ce içã o Bonifácio, da mesma aldeia.

Foi condenado em 2 anos de de prisão m aior celular, ou em al- | ternativa de 3 anos de d egredo em

possessão de 1 .* classe, em 800$00 de imposto de justiça e 5.000$00 d e indemnisação á ofendida e 100$00 ao defensor oficioso.

11 iG f ln p m ç ã o do s te le ie r .e s em(Mis

A ridente vila das Q alveias e s ­tá hoje em festa p o r ver realisado um dos m elhoram entos que ha tanto tem po am bicionava, — os telefones.

P o r tal m o tiv o veste hoje as suas melhores galas para c o m e ­m orar o facto q u e ficará m a rcan ­do c o m o a data de uma das maiores conquistas para o p ro g re sso da laboriosa vila.

C o m a assistência Ho Fx "" G o ­vern ado r C iv i l do Distrito, re p r e ­sentantes da Adm inistração G eral dos C o rre io s e Telegrafos, da C â ­mara Municipal, elemento oficial e muitos convidados, realisa-se hoje ali, pelas 14 horas, no edifício dos correios e telegrafos, a in a u g u ra ­ção deste importante m elhoram en ­to, em que usarão da palavra va ­rios oradores, seguindo-se um de­licado c o p o de agua oferecido pela C am ara M unicipal e a visita ao lo­cal on de vai ser feita a construcção ao n o v o edificio escolar, que já foi iniciada, e q u e ficará sendo um dos melhores do distrito.

N um a palavra; G alveias en trou numa era de franco progresso.

Para a obtenção dos telefones naquela vila, é justo salientar, muito concorreu a iniciativa par­ticular, tendo varios proprietários não só oferecido gratuitam ente o transporte dos postes, c o m o p a g o de sua conta os serviços de muitos jornaleiros que durante bastantes dias auxiliaram o serviço de m on ­tagem da rede. Fica desta forma, ligada uma das mais populosas vilas do concelho á sede do mes­m o e consequentem ente ao resto do pais e estrangeiro.

L eva d o a efeito tão util m elho­ramento, impõe-se a construcção da rede telefónica a ligar á sede ds freguesia de M ontargil , não só por estar esta vila a cerca de tr in­ta quilom etros de distancia da sede do concelho, c o m o por ser uma das mais importantes do concelho tanto sob o ponto de vista p o p u ­lacional, com o comercia!, industri­al e agricola.

P o r informações que colhem os em fonte fededigua, sabemos que a construcção desta rede depende em parte do auxilio particular, pois que, encontrando-se M o ntar­g i l a gran d e distancia, fica muito dispendiosa a construcçeo.

Sabem os que algum as entidades do m eio m ontargilense estão na disposição de auxiliar o estabeleci­m ento da rede telefónica' tendo a- berto já uma subsição para esse fimO que é necessário, porem , ê que a subscrição atinja a cifra q u e se ju lgou suficidnte para com pensar em parte o custo da rede.

Estamos certo que não será di­fícil conseguir essa quantia. LJma ve z obtida esta, será um facto den­tro em po u co a ligação telefónica com aquela nossa importante fre­guesia.

Visado pela com issão ds cen­

sura de Portalegre

Senhor—eu creio em vós!—A minha lida Se vos lembrar seria um pobre “nada”Como a gôta de orvalho na levada Ou como a luz do sói já reflectida. . .

Creio em vósporpua existo! -e a minha í Sente que “ vive**-: - sente-se “creada" Sempre que vibra a rir, á gargalhada Ou chora e réza e sonha enternecida!

Creio em vós . , .-mas, Senhor, dai-me mais Para vos crêr com mais amor, mais calma mais unção, mais nobrêsa, mais c a lô r . . .

Ensinai-me a adorar e a conhecer A vossa paz. . .-que eu quéro padecer Na santa paz da vossa paz, Senhor. . .

rida

alma

Coimbra, julho de 1932Jovita de Carvalho

Vida OficialFoi mandado prestar servi­

ço na Direcção Geral do Mi­nistério da Guerra o nosso as­sinante e conterrâneo Sr. An­tonio Elias, digno 2.° Sargento do batalhão de caçadores 2, de Tomar.

Foi nomeado ajudante do Conservador do Registo Pre­dial, nesta comarca, o nosso amigo e assinante Snr. Sim­plicio João Alves.Parabéns.

P ara d i l á p i s colocar isepultura de Sebastião Daoid Rico

Iniciámos ha tem pos nas colunas de A Mocidade, uma subscrição para aquisição de uma lápide q u e seria colocada na sepultura do malu- g r a d o Sebastião David Rico, solda­do nosso conterrâneo que serviu na G ran d e G u erra , teudo-se batido em Naulila fazendo parte do esquadrão de dragões que ali se cob riu de g l o ­ria, on de foi feito prisioneiro dos alemães, que mais tarde serviu noC . E. P. em França e que faleceu em consequencia de doença c o n ­traída na guerra.

Essa subscrição que se arrastou durante muitos meses nas colunas do nosso jornal, lo n ge de atingir a importancia necessaria para aqui­sição da lápide, dém o-la por finda, por apenas termos conseguido reu ­nir a quantia de 92$50.

Desta forma, verificada a im pos­sibilidade de levar a efeito esta sin­gela hom enagem a quem tão bem soube cum prir o seu d ev er , resol­ve m os en tregar a referida quantia á viuva, que está rodeada de filhos

I atravessando uma vida de dificul-I dades: e dar assim por finda s uos-

C a p i t ã o A n t o n i o P edro de C a r v a i h o

Foi transferido a seu pedi­do para Coimbra, onde vai comandar a Companhia da Guarda Nacional Repnbiicar:< aquartelada naquela cidade, < nosso particular amigo e esti­mado conterrâneo Sr Capitão Antonio Pedro de Carvalho, que desmpenhava igual fun­ções em Portalegre, onde, pe­la inteireza do seu caracter e espirito disciplinador era jus­tamente considerado.

F00Í-B3IÍA fim de jo gar um encontro

a m ig a v e ld e Foot-Bill com 0 team de honra d o 11 Unidos Foot-Bjtl C lu b , deslocou-se ao E ntron ca­mento ha dias uma selecção c o m ­posta de elementos dos dois clubs locais Eléctrico Foot-Bill C lu b e O r u p o D esp ortivo Matuzarense.

G a n h o u o team do E ntronca­mento por 2 bolas a 1 , apesar de ter sido quasi sempre dom inado, mas a parcialidade de um árbitro q u e presidiu á segunda parte do en contro muito influiu para á- quela victoria.

sa missão.Não o quizem os fazer sem dis­

so dar conhecim ento ás pessoas que subscreveram , o que aqui fa­zemos, solicitando àquelas que nào co n co rd em com esta resolução tí desejem receber ou dar outrõ des­tino ás quantias ofertadas, a fine­za de nos dizerem com brevidade.

â S S Í i Í “Â l Í É ”

Ponte do Sôr, 24 de Julho dc 1932 NUMERO 146

■ sPropriedade da Empreza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na

‘ ‘A V lN E R V A A L E N T E J A N A ,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro P o n t e cLo S o r

S . ________________________ jD I R E C T O R + | A D M I N I S T R A D O R ★1 E D I T O R *

P r i m o P e d r o d a C o n c e iç ã o í | J o ã o M a r q u e s C a l a d o★1★1 J o s é P e r e i r a M o t a

Jr*

2T-u.xx.ia. d, o t o sP rim o Pedro da C o n c e iç i í

José V ie g a s F a ca d a

d e

t i r o mP O M B O S

Assinalámos noutro logar e em tempo oportuno, que o ano de 1928 fôra particularmen­te fértil em divertim entos cru­eis. Nomeadamente o famoso tiro aos pombos teve inúme­ras exibições, e sempre se­guidas do aplauso da grande imprensa, que, como se sabe, é formado ou constituída por jornais, grandes tambem, mas s ó ‘no formato e na falta de bom senso com que sâo feitos, coitadinhos.

Quando se quizer fazer o balanço relativo a este ano de 1932, cónstatar-se-á idên­tica frequencia no recurso a essa barbaridade, não obstan­te este regimen nos lífâtó prometido, eutre outros me­lhoramentos, a supressão de tudo que fosse barbaro e cru­el.

Um desses grandes jornais noticiava recentemente que numa das capitais de distrito se.realisara uma sessão des­se jniquo divertim ento em be­neficio da Caixa de excursões dos alunos da escola d e . . ,

Divertir-se-iam muitos os

5 aos pombos, nos foge o pen­samento para o que se passa nos paizes realmente civiliza­dos: Inglaterra, A l e m a n h a , Bélgica, Suissa, etc.

Nesses paizes não se con­sente o tiro aos pombos nem outras barbaridades que tais. No que citamos em ultimo lu­gar, é a lei de caça que proi­be o tiro aos pombos em to­da a federação, quer dizer em todo o paiz, lei que tem a da­ta de 10 de Junho de 1925.

Pois em Portugal é justa­mente a lei da caça que favo­rece essa pratica abominave) que se chama tiro aos pom­bos, e é a imprensa que lou­va e aplaude, coroando o me­lhor que pode aqueles que mais e melhor se distinguem no fúnebre exercicio.

Para quando, a seu elimi­nação?

Luis Leitão

Co"tora,m.ça,Em virtude de muitos a ja -

zeres particulares, não tem os podido rem eter à cobrança os recibos respeitantes ás assi­naturas de fóra de P onte do Sôr, o que estam os fazen do agora . R ogam os portan to aos nossos estim ados assinantes a

E X A M E SDe instrucção primariaN o edificio das escolas prim ari­

as desta vila, com eçaram no dia 15 do corrente os exames de ins­trução primaria 2o. grau , dos a lu­nos prop ostos pelos professores deste concelho, tendo concluido já as suas p ro v as os seguintes:

M o n ta rg /fAdelaide C aetano Correia , ap ro­

vada, Jòsé Francisco Ferreira, a- p rov ad o.

GalveiasJoaquina B o rre g o e M aria da

Silva C ab a ço aprovadas. Modesta Milheiras Jannario, distinta. A n to - n ino Pina Vieira, ap ro vad o . A v e l i ­no M endonça Braga, distinto. E r­nesto Rosa A zevedo , aprovado. M anoel R odrigues Pais M ousinho. distinto. Francisco N unes C laro , a p rovado.

Torre das VargensVictor Rodrigues Pinheiro, a p r o ­

vado.

- ......... w fin eza de os sa tisfazerem lo-mancebos que a expensas do g o que lhes sejam apresenta- suplicio de umas tantasdeze- dos, para evitar devoluções e

~ i * i • I ___ r io c_nas ou centenas de esplendi­das aves como são os pombos, foram passear?, Não sucederiam, com cer­teza, tão anómalas singulari­dades se os mancebos estu­diosos ou como tais conside­rados, em vez do D iario de N oticias, do D iario de Lisboa e outras publicações de incer­ta moralidade, lessem obras uteis, escritas não com o in­tuito d e lisongear paixões para ganhar dinheiro em a- bundancia, mas assim com o de elevar a mentalidade e a moralidade publica, t a n t o quanto isso é possivel.• ■ Na M oral Universal, do barão de Holbach, veriam, por exemplo, que a mocid?de, an­tes de mais cousa alguma, deve dar á reflexão, á boa leitura, á pesquiza da Verda­de, o tempo e a energia que malbarata.por uso e costume sem utilidade nenhuma. O tempo assim consumido se- lo-ia agradavelmente e profí­cua mente, porque as pessoas que cedo se habituam viver consigo tornam-se uteis aos outros, e as ocupações a que se dedicam.de natureza men­tal ou afectiva não só lhes preenchem o tempo, como lhes desviam o espirito de fu- tUidades, daspueris vaidades, das ruinozas despezas e prin­cipalmente—notem bem os mancebos que nos estejam

7 r rp o r consequencia m aiores des­pesas.

.Aos nossos p rescd o s assi­nantes que residam em terras onde a cobrança não possa efectuar-se pelo correio, p e ­dim os o fa v o r de mandarem sa tis fa ze r á nossa redacção logo que recebam os avisos iudicativos dos seus débitos.

Tambem pedim os aos nossos assinantes de A frica e ex­trangeiro a fin esa de nos en­viarem em carta as im por ta n- ciás de seus débitos, p o is que, não podendo a cobrança efec­tuar-se pelo correio só assim nos será possivel receber as quantias em divida.

f a l ç e i m ç n í o

V itim ado pela meningite, faleceu na Barquinha, no dia 22 do co rren ­te, o Snr. Fernando Vieira G o n ­çalves, so lte iro .d e 2 5 anos de ida­de, factor de 2.* classe da C o m o a - nhia dos C am in h o s de F erro P o r ­tugueses.

Funcion ário modelar, aliava a esta bela qualidade a de possuir um coração diamantino, m otivo p o rque a noticia do seu falecimento cau­sou na Barquinha verdadeira má- gua.

A ’ familia enlutada em especial­mente a seu irm ão Sen hor jo sè A- go st in h o Vieira Q on çalves, nosso solicito corresp on dente naquela vi- 1h, en viam os o cartão das nossas sentidas condolências.

mancebos que nos esteiam , „ .___ . „lendo- d o id e s o a r o z o s p r a z e - [[HpíBSSQS favor dos desem-

^Sem pre que falamos nesta [ Pre8ados ' 'en‘,em- se "a mizeria que é o barbaro tiro MINERVA ALENTEJANA

Longom e lPatrocinia de Matos C h u rro , dis­

tinta. D io g o Bernardino. a p ro v a ­do. H enrique dos S ntos Inacio, a- provado, jo sé da Costa Salgueiro, distinto. M anoel Silvestre C h u rro , distinto.

Vale de A ço rFrancisco O u erra Pais, distinto.

José Perpétua M arques, distinto M anoel Sim ão Tapada, ap ro va d o •

Ponte do SorCacilda Pereira Esteves, a p ro v a ­

da. Elisa Pinto da Rosa, aprovada. Lucinda- Dias Gaspar, distinta. Lui-

z» D o m in g u es Can as G on çalves, aprovada. M aria Angélica Fontes Manta, distinta. Maria A ugusta Ca- nejo Bailão, distinta. Maria Felis- berta A lv es , aprovada. M aria do Rosário M arques Rosa, aprovada. Patrocinia S erg io Pita, distinta Re­gina de O liveira Esteves, a p ro v a ­da. A g o stin h o M arques, a p r o v a ­do. A lb in o Dias dos Santos, distin­to. A n to n io Dias de Carvalho , a- p rov ad o. A n to n io Duarte Dias, a- p rov ad o. A n to n io Filipe Pires M i­gu ens, ap ro vad o . A n to n io Maria Rafael, a p rova d o. A n to n io M en ­des Esteves, aprovado. A rtu r M ar­ques de Matos, aprovado. A u g u s ­to Bonito Veigas, distinto. Fran­cisco Galante, aprovado. Francis­co Martins Duarte, aprovado.

Do curso dos Liceus

No Liceu de Mousinho da Silveira, em Portalegre, fize­ram exame tendo obtido pas­sagem ás classes imediatas os estudantes seguintes, apre­sentados pelo professor des­ta vila Sr. Antonio José Es­carameia.

I o. ano.Alfredo da Silva Zezere

(dispensado das provas orais) com 12 valores valores. Alva­ro Lizardo Neves, 11 valores. Cândido Paula Lopes, 11 va­lores. Joào Martins Claro, 11 valores. José Antonio de Carvalho Escarameia, 12 va­lores. Maria Josè de Matos Fernandes 11 valores. Maria do Rosário Barreto do Car­mo, 11 valores.

2°. anoEduardo Pulguinha Casa­

ca, 11 valores. Manoel Rita

Algarvio, 11 valores, lida Li­zardo Neves, 11 valores.

3o. ano.Joaquim de Matos Silva,

10 valores. José Fernando do Nascimento, 10 va/ores. José de Matos Fernandes, 11 valores, Silverio da Conceição Nobre 10 valores.

—Tambem no mesmo liceu fizeram exame do Io. ano, tendo ficado aprovados, os meninos Luiz Fouto Bondry Garcia de Carvalho (dispen- sadodasprovasorais) coml2

valores e Joaquim Manoel Godinho Barradas de Carva­lho, com 10 valores, propos­tos pelo professor Sr. Abel Garcia Farinha, de Galveais.

—Com a classificação de 13 valores, concluiu ha dias o curso geral dos liceus (5o. ano) no Liceu de Santarém, o Sr. Antonio José Namorado Mira Crespo, filho do nosso amigo e assinante de Galvei­as Sr. Joaqnim Antonio Cres po.

Concluiu as provas do 2o. ano, da Escola de Belas Artes, com a classificação de 18 va lores, o menino Carlos de An drade Ribeiro, filho do nosso estimado sssinante de Lisboa Sr. Antonio Maria Ribeiro.

—Num dos Liceus da Ca pitai concluiu o 5o. ano obten­do a classificação de 16 va lores a menina Maria Ana Campos de Carvalho gentil fi­lha do nosso presado conter­râneo e colaborador Sr. Te­nente coronel Antonio Baptis­ta de Carvalho.

(impo Desportivo ItotaimP o r os c o rp o s gerentes deste club

local eleitos em assembleia de 10 de Junho ultimo não terem aceita­do os cargo s , procedeu-se ha dias a Jnova assembleia geral, tendo si­do eleitos os seguintes cidadãos para g e r ir e m os n egocios deste C lu b durante o ano econ om ico de 1932-33.

D i r e c ç ã o

EFECTIVOS

Jòsé Pais Pimenta Jacinto M á r io da A ss u m çã o G o m e s de

Almeida Francisco G am a Reis José C o e lh o Junior S im plicio Joào A lv e s

SUBSTITUTOS

M arçal da Silva A m b ro s io Ferreira G ato M anoel da Silva]Jacinto da Silva Jaime F lav ian o C a e iro

ASSEMBLEIA OERAL

A n to n io de Bastos M oreira João M arques Calado José A g a p ito Salvado

CONSELHO TÉCNICO

Valen tim L o u re n ç o M o u rã o Jacinto L o p e s S e v e r in o M arques C alad o P rim o P ed ro da C on ceiçã o M an oel N unes M arqu es Adegas.

Foi tam bem apresentado pela Direcção, o relatorio e contas do m o v im en to da sua gerência , o qual foi a p r o v a d o por unanimidade.

Pelo ConcelhoM ontargil

Fonte da VilaA fonte que abastece Montargil,

que conta cerca de trez mil habi­tantes, encontra-se quasi seca, o o que dá o r ig e m a que quasi du­rante todo o dia estacionem junto dela inúm eras pessoas esperando a v e z de se abastecerem.

A p o pulação está alarmada por cada ve z se notar maior falta do precioso liquido, o que imensamen­te a prejudica.

M uitas pessoas para não d em o ­rarem no local horas intermenaveis, preferem ir abastecer-se á fonte do Vale de C lé r ig o s que dista da vila cerca de quatro quilometros.

E ’ urgen te a resolução deste tão m elindroso assum pto e por isso para ele cham am os a atenção das entidades que teem por dever pro­ve r de rem edio estas coisas, com o já por várias vezes o tem os feito.

Pedidos de Casamento= P e l o Sr. José N unes V inagre,

abastado proprietário, foi ha dias pedida etn casamento para seu so ­brinho Sr. Antonio de Oliveira. G i l Rosado, a menina Alm erinda Rosa Pimenta, gentil filha do con* c-ituado industrial desta vila Sr A lb ertiuo Ferreira Pimenta.

O enlace d e v e realisar-se muito b revem ente.

— Para seu filho Sr. Herininio G arcia de Castro , em p re ga d o c o ­mercial em Portalegre, foi ha dias pedida em casam ento a menina Ro­sa A lv e s d o C a r m o , desta vila.

FalecimentosC o m a avançada idade de 7 8

anos, faleceu nesta localidade o Sr. G abriel Fernandes, industrial deceramica.

— l a m b e m ha dias faleceu nes­ta vila, inesperadamente a Sr*. De- odata G o d in h o , v iu v a de 43 anos mãi dos Snrs. Francisco Lou ren ço M acedo, desta vila e A n to n io L o u ­renço M acedo, em p re gad o co m e r­cial em C o im b ra .

A ’s familias enlutadas enviam os sentidos pêsames.

Horário do trabalhoO ho rá rio d o trabalho no co­

m ercio ha p o u co posto em v ig o r nesta vila, tem sido cu m p rid o r i ­gorosam ente. G raças a isto, visto

) q u e as tabernas encerram mais cedo, não se tem presenciado aos d o m in g o s as cenas desagradaveis q u : era frequente desenrolarem-se entre os camponeses.

e.

f t ç e i r a d ç a m a c b r s s

P or virtude dos fes te jo s que se realisam hoje em Galveias, pela inauguração da cabine telefónica, ficou adiada para o proxim o dom ingo a récita que a troupe dram atica do Grupo D esportivo M atuzaren­se prom ovia hoje no Cinema Ideal, desta vila.

“ AM andaram satisfazer á nossa re­

dacção as suas assinaturas, pelo que nos confessamos muito gratos os nossos assinantes E x .™5 S n .”

Joaquim Emidio do Nascimento, Lisboa, do n.° 14ò a 150. Francis­c o da S ilva C ab aço , G alveias, do n.° 143 a 148. José Pratas Nunes, Pernancha, d o n.° 125 a 147 . G a ­briel Subtil, Lisboa, 123 a 146. Anibal Dias Saraiva, P avia, do n.° 1 1 1 a 130.

11181771

-A . M O C I L A E E

f* M o n u m e r - t o a .o

J)r. Joâo felc issin joA n í ve rsarios

★ ★ ★ JULHO * * *2 4 — M anuel da C osta D o m in ­

gues, no Entroncam ento e José Pita Pires, em Lisboa.

2 5 — A g o stin h o A lv es Bernardi­no. em São Facundo.

2 7 = F r a n c i s c o Roldão Pimenta.2 8 - D. Laura Candida A ires

da Silva.2 0 — D. H erm inia L o p e s A n tu ­

nes, em C h an ça e A n to n io P edro de C arv a lh o , em C o im b ra .

31 — D. Filipa A u g u sta O n ça .

j à - Q O S T O

1 — Francisco Laureano.2 — D. Josefa Dionisio de Car-

v illio no Porto .5 = D . V irg in ia Q alveias M en ­

des M oreira, em Vale d' A ç o r e M anuel de S o u za Euzebio.

Em Pont® do Sor

V im o s ultimamente nesta vila os nossos presados assinantes, Exm os. Snres..

Manoel Pais M onteiro , de A v iz . Flerminio G a rc ia de C astro , de Portalegre. A n to n io Barceló S e g u ­ra, de Chança.

Doentes- E n c o n t r a - s e ha bastantes di­

as doente, de cam a, em casa de seus pais, a senhora D, Maria da C o n ce içã o Serra, esposa do nosso estimado a m ig o e assinante d e Alferrarede Snr. José Serras Pires.

— T a m bem tem estado bastan­te doente o nosso presado assinan­te de V eiro s do Alentejo , Snr. A n tó n io da S ilva Lobato.

Desejamos-lhes um pronto resta­belecimento.

VeraneandoC o m sua esposa e filha encon­

tra-se em C a b e ç o de V ide a fazer uso das aguas daquela estancia termal o nosso particular arnigo e assinante Snr. Tenente José M ou- rato Cham bel, d ig n o co m an d an te da Secção da G u ard a Nacional Re­publicana, nesta vila.

ConsorcioRealisou-se ha dias, nesta vila, o

enlace matrimonial do n osso am i­g o e assinante Sr. A n to n io Joa­quim Duarte, em p re g a d o de escri tor io da Sociedade Industrial L i­mitada, c o m a menina Rosa M a­ria Matilde.

Foram padrinhos por parte do n o ivo o S n r. José Sabino Fontes, com erciante da nossa praça e sua esposa Snr * D. Sára Baptista de C a rv a lh o Fontes e por parte da noiva o Snr. José Baptista de C a r ­valho, propriétario, e José A g a p i- to Salvado, contador do Juizo de Direito desta com arca.

A o s n oivos desejamos uma pro­longada lua de mel e um futuro m uito prósp ero.

-Subscrição —

305É JME5- O CE IRO -

õ ls S . T o s é

Nesta oficina executam -se todos os trabalhos concernentes á arte.

Fabricação esmerada de m ani­lhas que se vendem aos seguintes preços:

Manilhas de 8 cm. a 2$50, de 10 a 3$00 e de 12 a 3$50.

C u rv as , cilões, bacias, cubos pa- ram oinhos, tarefas para lagar, te- Ihões para a lg eto z . Fabricam-se manilhas de outras quaisquer lar­gu ras.

Estes preços referem-se á m er­cadoria posta na estação de Ponte

do Sôr.

T r a n s p o r te .............14José M anuel LucianoL o u re n ç o D ia s ..........M aria A n a ..................Vicente R o d r ig u e s . . João M anuel Silvestre Francisco Manuel L o ­

pes ........................................C r iso sto m o de Matos Francisco G a u d en c io A n to n io A le x a n d r e . A n ton io N ev e s C ata ­

rino .....................................Josefa L o p e s ...............A lexandre A n t o n i o . .José P e rp e tu a .............A n t o n i o L o u re n ço

R a im u n d o .........................Joaquim G r e g o r i o . . José Joaquim de MatosM aria Jo an a ..................M aria G a u d e n c i o . . .José A l v e s ....................A d rian o de M a t o s . . . José de M atos S i lv a . Francisco C on tan tin o M anuel A lv e s P o u p in oJosé A u g u s t o .............João Manuel L o u re n -

ÇOV irg il io Ci. C a r r i lh o . A n to n io M a rq u es . . . Sebastião C a r v a l h o . . Francisco C a t a r i n o . . G u ilh erm e da S i l v a . .T o m é D u a r te .............Joaquim M o t a . . A n to n io D o m in g u e s A n to n io R o d r ig u e s . . M anuel F l o r i n d o . . . Joaquim F lo rin d o . . . Manuel V i c e n t e . . . .José C a t a r in o ...............Joaquim P. G u e r r a . . H enrique S e m e d o . . . Fraucisco F lo re n c io .Luiz A n t o n i o .............José F il ip e....................A n to n io L, R u f in o . .José D i o g o ..................A nton io J. M e n d e s . . Manuel L udo vico • . .Manuel C o r r e i a ..........A n to n io L u c i a n o . . . .Mateus L u c ia n o -----Luiz V e r is s im o ..........H eliodoro C as im iro . A n to n io C a p i n h a . . . A n to n io R o d r i g u e s . .A n to n io G a r c i a ___ _José G . V e n t u r a . . . . José S e n h o r i n h o . . . .Filipe A n t o n i o ..........G r e g o r io Ju n q u eiro .João C a la d o ............... ..A g o stin h o P e r e i r a , . .P ed ro H o r t a ...............Josefina Ta p ad in h as. José V icto r JanuarioJosé P a tr ic io ...............V ictor da G a m a M a­

c h a d o ...................................Alfredo N e v e s . . . . . .João da C o n c e iç ã o . . A r m i n d o C a l d e i r a . . . Joaquim G . Sequeira Vicente P i n h e i r o . . . . Luiz A n ton io Fernan­

d e s ........................................A ntonio N e v e s ..........Feliciano de M a t o s . . N ascim ento N e v e s . .João F ern a n d e s..........José Manuel V i t e r io .José D u a r te ..................Luiz José de M a t o s . .Manuel E ste v e s ..........Francisca M a r i a . . . . Maria D a m a s i a . . . . .João F a r in h a ...............jo ã o N e v e s ..................M odestc Belo C alad oJoão M a r t in s ...............José M a r q u e s .............C ar lo s D u a rte .............Francisco A. Rodri-

i g u e s ......................................

388$55 1$00 »$50 1$50 1 $50 2$50

1$002$501$005$00

5$00 $60

\ 2$50 2$50

$502$505^003$00

$50?$50

10$003$501$002$501$00

2$50 5 $00 1,700 1$00 5$00 5$00 2J 00 2$00

20$00 3$00 3$00 2$00 2$00 1$00 2$00 2$00 5$0Ó 3$00 5$00 2$50 2$50 1$00 2$00 5$00 2$50 2$50 1$00

10$00 5$n0 2$00 5$00 2$00 2$00 2$50

10$00 2$00 2$00 5$00 2$00 5$00 2$50

I0$002$502$002$502$502$50

2$50 2$50 2$50 2$50 2$50 2$50 1$00 1$00 1$00 2$00 1$00 j 2$00 1 1$50 2$50 2$ó0 2$J0 5$:.o

2$00

Resto de uma subscri­ção entregue por A n to ­nio D o m in g u e s ............... ‘ 2 l$ 6 0

Dr. A bilio F e r r e i r a . . 20C$00José M a g a lh ã e s . . . . ^ 10$00A d ã o M endes Rai­

m u n d o ................................. 5$00Francisco S. B e n t o . . 5$00A n to n io M endes C a r ­

v a l h o ................................... 2$50Francisco D. D u q u e 10$00M anuel F e r n a n d e s . . 5$00Manuel Santos Pache-

CO................................ .. • • • 5$00Manuel J. B ic a s .......... 5$00A rtu r Pais d ’ Alm eida 5$ 00Josê C a r r i lh o ............... 2$50Teo do sio L e m o s . . . • 5$00Vicente d 'A k g r i a A -

f o n s o ........................... 5$00T ia g o A u g u s t o .......... 2$50José R o d r i g u e s . , . . . 2$50M anuel R o d r ig u e s . . 2$50A n g e lo Pim enta G u e r ­

ra ........................................... 2^50Francisco N a n q u e s . . 2$50A n to n io C o r r e i a . . . . 2$50Joaquim da G ra ç a C a ­

nelas ................................. 2$50Manuel A n t o n i o ------ 5$00A lb an o Subtil P. Bento 2$50Francisco San tarém . 2$50A n a C a r a m e lo .......... $50

30$00

A T r a n s p o r ta r ------1 5 .0 0 1 S I 5

taiD G D tlO resultado da inspecção dos

mancebos recenseados p a ra 0 ser­v iço militar no c o rren te ano, por este concelho deu o seguinte re­sultado.

F R E G U E S IA D E G A L V E I A S

A p u ra d os para Infantaria, 4. A r ­tilharia e cavalaria, 12. Isentos difinitivarnente, 15. Adiados, 2 Voluntários, 3. Total, 30.

F R E G U E S IA D E M O N T A R G I L

Ap urados para Infantaria, 16. A r ­tilharia e cavalaria, 16 A p u ra d o s nos termos do artigo 79 . 2. Adia­dos, 1. Isentos difinitivarnente, 15. Total 50.

F R E G U E S I A D E

P O N T E D O S O R

A p urados para Infantaria, 15. A r ­tilharia e cavalaria, 33. Engenh a­ria, 6 . A p u ra d o s nos term os do artigo 7 9 , 4 . C o m p a n h ia de subsis­tencias, 2. Adiados, 6 Voluntários, 3. Isentos difinitivarnente, 22. A inspecionar n eu tro Distrito de R e­crutamento, I . Total, 92.

f í í t f o r i e a s

- J U L H O =

2 4 = 1 8 3 3 = * 0 duque da Tercei­ra entra em Lisboa onde aclama a rainha e a carta .co n st itu cio n a l."*

2 5 = 1 1 3 9 = D . Afonso H enriques ganha a batalha de C a m p o de O u - r ique e é no m esm o dia aclam ado rei de Portugal.

26 — 15 0 0 — Estabelece-se a pri­meiro linha de telegrafo em F ran ­ça.

2 7 — 18 3 3 - Matança dos presos politicos em Extrem oz

28 — 1833 — Entiada de D. P edro V em Lisboa.

29 — 1499 — V asco da Gam a en­tra em Lisboa de volta do desco­brim ento da India,

AGOSTO

1 — 1831 D e se m b ir q u e da di­visão constitucional da ilha de S. M iguel.

3 = 1 6 4 5 — Victoria das Tabocas em P ern am buco alcançada por João Fernandes Vieira contra o general holandez H enrique Hus.

A N U N C I ONo dia 31 do corrente mês

de Julho por 12 horas, á por­ta do tribunal Judicial desta comarca, hão de ser arremata­dos pelo maior lanço ofereci­do acima da sua avaliação, os bens seguintes:

PRIMEIRO

Cicoenta e cinco cento e doze avos da herdade deno­minada ”CONQUEIRO'', si­tuada na freguesia de Mon­targil, desta comarca, que se compõe de terras de semeadu­ra, arvoredo de sobro, casas de habitação, vinha e pinhal, descrita na Conservotoria do Registo Predial sob oN°. 483 a folhas 45 verso do Livro B. 2°., avaliados em duzentos e vinte mil escudos.

( 2 2 0 .000^ 00 )

SEGUNDO

Cicoenta e cinco cento e doze avos do predio rústico denominado "Courela do La­ranjal” situada na mesma fre­guesia de Montargil, desta co­marca, que se compõe de ter­ras de semeadura, arvores de fruta e casas de habitação, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n°. 2582 a folhas 56 verso do Livro B. 5.° avaliados em trinta, e nove mil escudos. (39.000$00)

TERCEIRO

Cicoenta e einco cento e doze avos de uma morada de casas com altos e baixos e quintal, na Rua Grande da vi­la de Montargil, desta comar­ca, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob 0 n* 2583 a folhas 57- do Livro B. 5.° avaliados em vinte mil escudos. (20.000 $$0)

Estes bens vão é praça nos autos de execução hipo­tecaria que José Martins Fa- bião, casado, proprietário, morador na Aldeia Velha de

, Santa Margarida, desta co­marca move contra Manuel Vicente Godinho e mulher, Artur Nunes Vinagre, e mu­lher, moradores em Montar­gil e José Nunes Vinagre, ca­sado. proprietário, morador na Arrifana, comarca de A- brantes pela quantia de cen­to e trez mil escudos juros e mais despezas. Pelo presente são citados quaisquer credo­res incertos para deduzirem os seus direitos.

Ponte de Sor, 6 de Maio de 1932.

O escrivão de 2o. oficio, João Nóbrega

Verefiquei a exactidão.O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

E D I T A LJosé Nunes M arques A de­

g a s , Vice-Presidente da Co­missão Adm inistrativa da C a­m ara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber que esta Comis­são A dm inistrativa em sua ses- sâo de 4 de Maio de 1932 deli­berou, proceder â arrem atação em hasta publica, se assim convier aos interesses deste municipio, das obras neces-

'sarias para concluir a Escola de Longomel, segundo as con­dições constantes do respecti­vo caderno de encargos, que está patente na Secretaria desta Camara.

A referida arrem atação rea- Usar-se-há na Sala das Ses ­sões desta Camara, no dia 10 de A gosto de 1932, pelas l í horas.

P ara constar se passou e s ­te e outros de igual teor. que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.Ponte do Sôr, 19 de Julho de 1932.

O Vice-Presidente,José Nunes Marques A degas

José Alves ila S i t o 1 IrmãoPaticipam a todos os seus Exmos. Clientes que vão trm-

dar 0 seu estabelecimento para a Rua Vaz Monteiro, (pre­dio do Exmo. Sr. Felizardo Prezado), onde esperam conti­nuar a receber as suas estimadas ordens.

Neste estabelecimento encontrarão os Exmos. Clientes um completo sortido de chapelaria para homem e senhora, calça­do, gravataria, camisaria e miudezas.

Agradecem uma visita ao seu novo estabelecimento.

Médico-Cirurgião

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2 .as, 4.as, 5."8 e 6.15 feirasás 13 e meia horas

M O c i r . A . 1 5 mSwKdw r i nijitf. <

Jacinto d a Silva= C O M =

O FICIN A D E F U N IL E IR OA ven ida C ida d e de Lille

1‘ O N T K i > o s o u

E ncarrega se de todos os tra­balhos concernentes á sua arte ga ran tin d o o b o m acabam ento e

solidez,

L, I V I I to £Tem sem pre a venda as ul­

tim as novidades literarias de escritores nacionais e estran­g e ire s a

Minerva A lentejanaP u a Va?. sao íite tio

PONTE DO SOR

9"

• W *

Kamlro Pires FilipeLoja de dazenae, M ercearias M iuedzas

E s p e o i a l i d a d e ess* c l i á e c a f é

Hlzo5 Rodrigues de Freiías e I o de Dezembro

P O M T E O O S O R

^m i—imJ

C j D

“fl mocidade,,Qainzensrío noticioso. lite rá rio ,

rscrealico e defers: rdos interes­ses da região.

Condições de ass ina tu raEm Ponte do Sor, trimestre....... 2811)Fora de Ponte do Sor, trimestre.. 2$4QNumero avulso . . ..................... $40Pagamento adea;.tado.

A N Ú N C I O S

N a secção competenteLinha ou espaço de linha

corpo 12...................... $40- 10........................$60• 8 ...................... $80

/;nuario Çormçdalde 1932 alugo até 5 horas

por 1 escudo Avenida Cidade de Lille^PONTE DO SOR

3osé de Maios Neves

Nào se restituem os autógrafos quer sejam ou não publicados.

m g ,s s C *

<*S!

É p i® pura coserDA ACREDITADa MARCA

S i N G e rVende em Ponte do

Sor, a empregada

TER EZA M A N T A k k k k

Encarrega-se de todos 01 concertos em máquinas des­ta marca.

h t o f i i s R. Sai sk k k k k

A v en ida C idade de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e atanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

k k kSortido de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas para calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias.

Oficina de sapateiro.

C alçad o feito e por medida, para hom em , senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

Jcsó AItbs I Sil?a i Irmãojfverjida Cidade de S ille—p õ J f J '€ 3>õ S&R

Chapelaria camisaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa è

G a n h a r pouco p a r a vesíder nmiéo

Revendedor da afamada cerveja T - ^ I ^ S I E I I S T

Onereis os tossos carros t a reparados9Procurai em Abrantes a oficina de « f o s é d o s

S a n t o s B i o u c a s , , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis qae uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

Y A G 0

«ÇÃO I CARPINTARIAda

ID EI

4 f i g u e i r e d o , X .

A VíJ-íAí. cíoe Oleiros = Coimbra Teleícne a.° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de rjwlduraS. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas amadas prontas a lesentar. Enviam-se orçamen­tos grátis.

Consultem os nossas pre­ços que são os mais baixos do trercado.

Pensão SorenseBUA VAZ MONTEIRO

UPozvte d .o S 4 r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

C e r c a is , i e g a m e s

B S U m U e iM B H T ÚD E

Simplicio Joõg lisesM E R C E A R IA S , A Z E IT E S

VINHOS, P A L H A SE CEREAIS. .

j e t o d o s o s p r o d u c t o s d a a g r i - Boenida Cidade de p. d o s o r ■ c u l t u r a , c o m p r a J o s é d e M a --------------— rr t o s fvjev e s>

Vende adubQS ?jmples g | H « l dt Matos te s I to T a S r e T ^ u s S a 'I ------- --------- n-i-a ® Estabelecimentos na Ave-| eo.pra e m ie : j j P°n‘jg C e r e a is 11I c le g u m e s |

| k k k k k | i ,® O rada e limpa, com pra em qual-

® Praça da Republica 1 1 quer local e ao melhor preço.

# w m w t o w t o w t o

t omt o

m

Constructora Rbrantina, L daTelefono Abrantes 68

Carpintaria mecanica, serração de madei­ra s fabrico de gelo

Fornece nas melhores condições todo 0 trabalho de car­

pintaria civil , taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede e oficinas em A lferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a .

wwt owt ow

à swt o

t o

*•>

. M a m e i). Fosi nha l^ í l t L O S

; Negociante de Pescarias, Crea- ção, Caça, Ovos, Fructas

Rua Sodriguss de FreiíasPonte do S ôr

João Baptista da RosaP O N T E E O S O HC om issões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

Cortiça Virgem

I P O N T E D O S O R L u is P e re ira de Matos earuoeiro (Linha d3 Beira Baixa

J ^ a d ç i r a s d s p i r h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Liile PONTE DO SOR

Anuplio Correia y WliertyIfcv £ ed .5 co " V e t e r i n á r i o

—Ponte do Sôr—

Consultas todòs os dias.

Ponte do Sôr, 7 de Agosto de 1932 NUMERO 14;

j -Propriedade da Empreza de

A M O C I D A D EComposto e impresso nu

‘V \1 N E R V A A L E N T F -JA N A,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro

P o n t e dLc S o r

‘ v _____ __ _______ ________D I R E C T O R

P r im o P edro da Conceição** ik

A D M I N I S T R A D O R

João M arques Catado★ l

í lE D I T O R

José P e re ira Mn taP u a d s i i i iM s

rimo Pedro da Cancalç&o •José V iegas Facada

Fazer cada qual o seu dever, personifica o mais elevado grau da vida e do seu caracter.

A Voz do Operário publi­cou um artigo muito aprecia- vel do sr. J. Fontana tia Sil­veira ácerce do Dever.

Para mostrar os estremos de que é capaz a noção do dever quando honestamente compreendido, conta um ca­so ocorrido ha pouco em França com a mulher de um modesto faroleiro, que não podendo, na ausência do ma­rido, pôr 0 farol a funcionar, colocou os seus dois filhos ainda crianças na torre da lanterna empurrando-a com a pouca força de que disp unham p a ra que a luz não fa lta sse aos navegantes, enquanto eia em baixo amortalhava 0 ma­rido, que expirara.

Este caso tão singelo e ao mesmo tempo tào tocante e- voca a lembrança de outros arquivados na famosa obra de Samuel Smiles 0 DEVER, de que o falecido Julio d' An­drade fez distribuir gratuita­mente alguns milhares de exemplares par? estimulo dos egoístas ou simplesmente in­diferentes que se nâo impor­tam com assuntos de seme­lhante natureza,

Mas 0 sr. J. Fontana da Siiveira-não se limita á nar­ração do episodio, (que pro­vavelmente entra no quadro dos que os prémios Montyon procuram recompensar).

A noticia vem acompanha­da por alguns comentários e considerações que revelam na pessoa que os escreveu uma notável propensão para o culto do Bem, que nós tão assiduamente procuramos fo­mentar e engradecer.

Escreve ele: ”É o dever 0 mais forte alicerce do homem q u e aspira a ser livre. Pelo dever tudo se empreende e tudo se consegue. Escudados nele, poderemos caminhar altivos e persistentes da es­trada da Vida e a maior re­compensa que obteremos se­rá a satisfação da consciên­cia.

"O homem de dever enten­de que deve fazer efal-o. Não imporia 0 perigo, a rasão do procedimento ou a crítica do inundo. Sabe que, por man­dado imperioso da consciên­cia, tem de 0 fazer, e que em

si está a força suficiente pa­ra levar a cabo a resolução. E então a existencia lhe é fa- voravel, e 0 desejo de ser u- til se desenvolve em sua al­ma numa progressão que 0 torna feliz”.

Desejaríamos transcrever 0 artigo na integra, mas não pode ser. Contentemo-nos em dar mais esta linhas em que 0 sr. Silveira, generalisando, toca num assunto da maior importancia: a influencia be- nefica e salutar que a escola teria nos destinos humanos, se ela fosse por via de regra, e não apenas por excepção aquilo que devia ser:

“Os pais e os professores deviam ter sempre presente 0 cumprimento do dever, qua­lidade que (diga-se de passa- get n) , varia segundo 0 grau de educação moral que pos­suímos.

"Ele vai reflectir-se beni­gnamente no coração da in­fancia e servir-lhe-a de guia no futuro.

”É sabida a preocupação da creança em imitar tudo 0 que vê fazer. Se, pois, nos vir praticar 0 Bem, e sermos escravos do Dever, ela tam­bem 0 será, e a lição, gravan­do-se na sua agora juvtn I consciência, refletir-se-á no seu viver quando em edade mais avançada, disciplinando- lhe o caracter num sentido nobre e elevado.”

No dccurso do seu bom artigo fala o autor como nós tambem falamos, em Smiles.

Concluamos puis reprodu­zindo aqui as seguintes pala­vras dele:

"Ainda que pareça um lo­gar comum, fazer cada qual o st u dever, personifica 0 mais elevado grau da vida e do caracter” .

Luis Leitão

Festas á 5enhora dos Prazeres

Segundo informações que colhemos, parece que não se realisam este ano as tradicio­nais festividades em honra de Nossa Senhora dos Praze­res, que costumam celebrar- se nesta vila de 14 a 16 de Agosto, e trazer aqui inúme­ros forasteiros.

(jrreiiis Telegrafos e Telcfoies(Um assunto qua precisa ser resolvido)

Sabe-se agora que a A dm inistra­ção O era l dos C o rre io s , T e lé g ra ­fos e Telefones n ão aceitou a casa que lhe foi oferecida de renda pa-

1 ra nela instalar os seus serviçosAs razões da recusa desconhe­

cem -se. Mas sabemos que a opinião de um seiihor engenheiro mie cos­tuma interferir nestes assuntos «*ra desfavoravfl á instalação dos servi­ços naquele edificio.

P orq uê?Disse-nos a lguem que, pelo fac­

to da casa em questão nâo ficar, precisamente, no coração da vila, a instalação da rêde .telefónica u r­bana ficaria mais dispendiosa á Adm inistração Oeral,

Se bem que não conheçam os nada daqueles s e r v ;ços afigura-se- nos q u e o m o tiv o é especioso; por que, se o logar ideal do edificio dos correios fica mais p ro x im o dal guinas casas que hão-de ser deten­toras de postos particulares, é in ­discutível que fica mais lo n ge de outras que, por sua vez, se en con ­tram nas imediações da casa que foi recusada! Isto é evidente.

N o fim de contas, o argum en to peca tambem p o r-e n c e rr a r uma visão unilateral do problema.

N áo se instalam os telefones na casa da A ven ida C idade de Lille p o rq u e fica lon ge (?) e encarece a m on tagem da respectiva rêde urbana, mas nào se vê que sem telefones particulares não ha an u i­dades, n< tn chamadas, nem c o m o ­didade. r e m conven ien cia publica, e que tudo isto se traduz em pre­juizo de todos, iucIuinJo, no p r i­m eiro plano, a próp ria A dm inis­tração O erall

S e houvesse facilidade, ou p o s­sibilidade, de encontrar casa no lo g ir ideal, admitia-se a relutancia da Adm inistração O eral dos C , T. e Telefones Dada a absoluta taren- cia de casa propi ia para aquele fim, não po dem os co m p reen d er a sua * negativa.

N ó s sabemos tambem que ha a promessa extra-oficial da constru­ção do edificio dos correios se fazer 110 sitio onde é hoje o hospital. A pessoa que, seg u u d o consta fez esse prom etim ento, é capacíssima de realiza-lo. Já fez, e está fazendo obras de m aior vulto e destinadas, igual e nimiamente, ao bem da nossa terra.

N áo pomos, portanto, em d u v i­da que os correios de Poute do Sor venham a ter o seu edificio, p ro ­

prio e con d ig n o.O que p rev em os, c o m o aliaz

p rev ê toda a gente, é q u e a edifica­ção tão generosam ente prometida não poderá ser utilizada antes de

. 2 011 3 anos. E não c o n v e m de m odo algum á população de P o n ­te d o S ô r , ao d esen volvim en to e á progressividade da nossa terra q ue esta fique ainda durante todo aquele tem po privada da sua rêde telefónica urbana.

Isto não c o n v e m a Ponte do S or c o m o não co n v em á Adm inis­tração Oeral d o s C . T . e Telefones. N ão con v em , nem é Justo!

O alveias, uma freguesia do nos­so concslho, já pode ufanar-se de ter a sua rêde telefónica urbana. Q u a lq u er dia tnenes dia, te-la á

v e &

J# alinha irmã J . .., cumprindo uma prorqesscr anliga, e a <nrjiss» JT. . cumprindo urqa prcrqessa recente.

Avè M aria,Que me acompanhais, sempre, noite e dia!

..Cheia de graça Afugentais as trevas da desgnça,E do desgôsto!A vosso lado, 0 Senhor é convôsco,E, bendita sois vós entre as mulheres,Divina luzFlorindo em bem-me-queres!Bendito ê 0 fructo do vosso ventre:—Jesus. Jesus!. . .— Santa M aria,Dôce harmonia,O', Mãe de D eas,O', flor dos ceus,R o g a i por nós,O s pecadores,Fantasmas desvairados, sem ter voz,Caminhando na noute dos pavores?.A gora . Agora,Sim, e tambem No fim, na hora D a nossa morte.Amen,

Ponte do Sor -29— VII- 3 2 X .

M ontargil , se os seus filhos conti­nuarem pu g n an do pelo p r o g re s­s ivo m elhoram ento da sua terra. E não nos adm irarem os muito se de um m om en to para o o u tro v ir ­mos E rvideira ou T ra m a g a com as suas rêdes u r b a n a s . . .

S ó Ponte do Sôr, não sabemos por que fatalidade hum ana o u di­vina, marca passo 110 mestno logar, Ponte do Sor que é das terras mais importantes Ue todo o distrito de Portalegre I

E ' d o lo r o so constatar que datan­do de 187Ô os maravilhosos in v e n ­tos de Bíll e de Eiisha O r a y ainda hoje. no seg u n do quartel do sécu­lo vinte, < telefone seja couce lido por m ercê especial e por conta- gôtas.

N ão negarmos o va lo r da obra que a Adm inistração O eral vem real:z o i d o , Adm iiâm o-la . O seu dispêndio de dinheiro, de trabalho e de inteligência, tem s id o .d e fac­to, qualquer cousa de notável num Pais, on de infelizmente, a iniciativa e o em preendim ento cairam por terra tie lassidão e sonolência. O q u e .n o s parece i n j u s t o é o desptê- so a que tem sido votada a nossa terra no que respeita á questão do edificio dos C , T . e Telefones.

Náo esqueçam os que a A dm inis­tração O eral en controu aqui o melhor e mais exp ontân eo apoio e auxilio, na construção dos seus tra­çados Telefonicos. O s transportes pela via ordinária, em Bemposta, em Ponte do S ò- , nas O a lv eU s, foram todos oferecidos de utão- beijada, na alegria franca da che­

gada dum inegável, mas caro, me­lhoramento.

N ã o desarm arem os enquanto não v irm os acabada e pronta a lêd e urbana de P onte do Sôr.

E cre m o s q u e não é e x ig ir m u i t o . . .

P onte do Sór. 2 -V IU -3 2

Quidam

Caixa de Jtaxillo aos Desempregados

P o r um decreto recente fo i modificada a forma de p ag a ­mento do im posto para a C a i ­xa de Auxilio aos desem pre­gados, que passa a fa ze r-s e p or m eio de estam pilha com a sobrecarga "D e s e m p re g o '' até á im portan cia de 5 0 0 S 0 0 e em dinheiro nas T e s o u ra ria s da F azenda P ublica .

Q arraiada

Em beneficio da Misericór­dia desta vila, realisa-se hoje, pelas 17 horas uma garraia­da com 4 garraios e 4 gar­raios gentilmente cedidos pe­lo Snr. Joaquim Galveias Men des, que serão lidados por um grupo de oficbnados desta vi­la.

2- a . 3 - í . © c : c c . a . : d : e

I m p t i í p «o (iboiiíloiioO lugar da Pernancha de Baixo

na freguesia de Montargil, é den­tre os aglomerados dc população espalhados pela enorme área da­quela freguesia, nào só um dos niáis importantes, coiiio melhor situados. Ali convergem quasi to­dos'os individuos dos montes pro­ximos, jà por existir no local um estabelecimento comercial onde vão abastecer-se, já por ser um dos pon­tos mais centrais da freguesia. Mer­cê dessa circunstancia, funcionou naquele povoado em tempos uma escola movei com uma regular frequencia de alunos. Pois este lu­garejo que sob varios pontos Je vista é muito importante, está lon­ge de todos os centros pcpujosos, _(a povoação mais próxima éa sé­de da freguesia, a doze quilome- trps), não tem a escola, não tem caminhos. não tem correioj numa paJ^vra; não possui o mais peque­no melhoramento, apesar de toda aquela enorme área contribuir pa­ra os cof es do Estado e municipal tom muitas centenas de escudos, anualmente.

Os habitantes deste e outros lu­gares, para poderem corresponder- sé Com o resto do país, teem de calcurriar na ida e na volta cerca dé cinco leguas bem puxadas, para lançarem uma çaita no correio,ou recèbetem a correspondencia qtie lhes é endereçada. Isto tem dado origem a que muitos tenham sofri­do graves prejuisos, como é facil compreender, tais como contribui­ções relaxadas por falta de os ies- pectivos avisos não chegarem ou chegarem tarde ás màos dos destina- tarios.

Ora constituindo a popu!icào daquela parte da freguesia de Mon­targil, formada pelas Pernanchas, Fôros do Arrão, Antas e muitos outros casais, um nucleo importan­te de população, torna-se absoluta­mente necessário que lhes sejam facultados os meios de poderem sem grande incómodo enviar e re­ceber as suas correspondencias, ao menos uinas duas vezes por sema­na.

Para isso é necessário que neste lugar por ser melhor situado, se estabeleça uma estação ou caixa postal.

Nesse sentido vão ser dirigidas representações á Administração Oe­ral dos Correios e Telegrafos e Ex.™°Snr. Oovernador Civil deste Distrito.

Este melhoramento quasi insi­gnificante, representa, para os ha­bitantes dos logares que por ele; passariam a ser servidos, um bene­ficio *ào grande, q ie só o pode ava­liai qu;m conhece, como nós, a enorme área que separa os referi­dos lugares da séde da fre^ue ia

E’ um a pretençào justíssima que merece todo o nosso apoio e por isso nos associamos aos povos daquela região, solicitando desde já ás entidades que teem superinten- dencia 110 assumpto os seus me­lhores esforços no sentido de ser satisfeita-.

De outro melhoramento tambem muito importante caiece a Pernan- cha de Baixo. E’ a ciiação de um posto de ensino. Tendo funciona­do ali uma escola movei, foi mais tarde, por solxitaçào da Camara Municipal, e depois de extinctas aquelus escolas, criada uma outra fixa que nào ch gou a funcionai por ter sido pelo Sr. Inspector da Região Escolar de Portalegre ne­gada aprovação á casa a tal des­tinada.

Reconhecida, pelo in nos por agora, a impossibilidade da cons­trucção dç um edificio escolar, lembramos á d i g n a C o m i s s ã o Administrativa da Camara Muni­cipal, a necessidade que existe na . criação de um posto de ensino, I que digamos de passagem ha

A l j u b a r r o t aEntre as paginas de ouro da

Historia Portuguesa, aino sentida- merite duas: Aljubarrota e 1Ó40.Etn ambas nós vemos os portugue­ses expulsarem deste cantinho do Ocidente, os castelhanos.

Morrera D. Fernando.A iudependencia da pátria esta

va eiíi pengo porque o monarca português havia casado D. Biatriz, sua unica filha, com D. João de Castela. D Fernando não tem fi­lhos varões e infalivelmente o pah vai cair nas mãos de Castela, quandosurge um homem—o Mes­tre de Aviz—que consegue salvar a 1'átíia. O Mestre é muito queri­do do povo e essa b;m-quc-rença levanta-lhe o odio de D. Leonor, viuva do rei português.

A rainha teinenoo-o e para o afastar entrega lhe o comando dum corpo de tropas no Alentejo. O Mestre volta atraz, a pretexto de que a gente que levava era pouca e pede para falar ao Conde An­deiro.

"Este não se esquiva e até o con vida para jantar, talvez no intuito de o envenenar. D. João, Chama-o para o vão de uma janela e tro­cadas poucas palavras vara-o com o estoque. O Conde, ferido, ar­rasta se para a camara da rainha que exclama:—Meus Deus, que me mataram um dos meus melho­res servidores

Entretanto, o povo, por ordem de D joão que mandara um pa­gem dizer que ele estava em peri­go, amotina-se e corre ao paço.

O Mestre de Aviz è nomeado defensor do reino.

Ò cada ver do Andeiro. ali fi­cou. até que pela noite, em segre­do, a rainha o mandou sepultar e nessa mesma- noite fugiu para AleiiqUer e depois para Santarém

Entretanto os ca t lhanos pre­param-se para ínvadii Portugal e enviam duas expedições: Uma cer­ca Lisboa e outra entra 110 Alen­tejo. A primeira tem de levantar o cerco por causa da peste e a se­gunda é derrotada na batalha dos Atoleiros por D. Nuno Alvares Pereira, fronteiro do Alentejo.

Os espanhóis organisam nova ofensiva.

Portugal pvepara-se para a defe­sa. D Nuno Alvares Pereira e D. João 1 (eleito rei nas cortes de Coimbra), recrutam soldados. D, João estabelece o seu quartel gene­ral em Abrantes e D. Nuno Alva res Pei eira sabendo que os caste­lhanos estào prestes a entrar em Portugal, avança para Abrantes á testa de 3.000 homens. Chegando a Ponte do Sôr è informado qne os castelhanos tinham já invadido Portugal pela Beira. Ch^ga a Abran- tes e parte para Tomar <>nde 0 rei se lhe juntou com as suas tropas.

Qunido chegaram a Alj barrota foram acampar numa pequena e- mineneia ladeada por dois ribeiros. Era quasi meio dia quando se a- vistaram ao longe as hostes caste­lhanas em colunas cerradas. Era grande a profusão de ornamentos e vinham muito bem armados. Lu­ziam elmos e capacetes e a cavala­ria erguia aos ares imensas nuvens de poeira. Os inimigos não tinham porem homens suficientes para co-

mandar tanta gente. Os portugue­ses ficaram admirados de tanto es- p endor e insensivelmente olharam para o seu pequeno numero, sen­tindo-se um átomo comparado com os inimigos.

Mas a raça portuguesa represen­tada por-aquele puutiado de bra­vos, provoll ao inundo de quanto era capaz. Jà 0 sol ia alto quando"Deti sinal a trombeta castelhana Horrendo, fero, ingente e temeroso

Os castelhanos atacam, mas são recebidos nas pontas das lanças. Nun’Alvares anima os seus fazendo prodigios de valéntia e vê caiiem mortos os seus irmãos que tinham seguido o p 11 tido de Castela A lueta continuou eucarniçadamente até que“A sublime bandeira castelhana Foi derribada aos pés da lusitana”.

O rei, d*í Castela fugiu para San­tarém onde tinha a esquadra, entrou no m sr e foi desembarcar a Sevi- Iha,

A Patria estava salva.Quantos herois não houve nesta

bitalha? Até entre as mulheres se cometeram verdadeiros actos de heroicidade. Maria de Souza obrou tào grandes façanhas, que segundo referem os cronistas a ela se pode dizer coube uma parte da celeber- rima, victoria. Com seu esforço prostrou mais de 20 inimigos e com a sua espada íoi sempre vista 11 0 mais aceso da lueta. Brites de Almeida, a celebre padeira de Al- jubarroía,. saiu á rua matando sete castelhanos com a pàdo forno.

A Ala dos Namorados, assim chamada porque era constituída por rapazes, todos eles enamora­dos, levava uma bandeira verde, simbolo da esperança Nas lanças levavam riços bordados com ver­sos dedicados a suas noivas. Mor­reram quasi todos estes valentes cobrindo-se de gloria.

Faz hoje 547 anos que esta me­morável bataiha se feriu e ainda hoje esta data é feitt jada em Por* t agal como uma das mais gloriosas.

Anulcar C. Andrade.

Í-Eipi ie Aviaçio

muito deveria ter sido requerido.A actual Comissão Administra-

tiva tem dado já provas de se inte­ressar pelos assumptos da instruc­ção. Por isso, só pode ser atiibui- do a um lamentavel esquecimento o »ião ter sido requerido até hoje o posto de ensino a que vimos de nos referir.

E’ o que esperamos ela fará sem perda de tempo.

Consta-nos que muito bre­vemente, 0 Campo de Avia­ção desta vila, va» ser visita­do por dois aviões militares que andam em viagem de ins­pecção aos campos de ater­ragem do pah.

Tendoha ja bastantes me­ses a Direcção da Arma de Aeronáutica pedindo para que no referido campo fossem fei­tas varias modificações a fim de ali poderem alerrar sem pengo j s aparelhosmodernos de maior rapidez, tais modifi­cações até hoje não foram fei­tas, talvez por descuido das entidades que no assunto es­tavam interessadas.

Realisando-se agora esta visita de inspecção, achava- mos seria de toda a convenien- cia que as modificações soli­citadas fossem levadas a efei­to com a maior brevioade, de forma que, na ocasião em que

| esta se realise já 0 campo ■ se encontre completamente protno e apto a receber apa­relhos de qualquer enverga­dura.

O C am p o de A v ia ç ã o da nossa terra é, no d izer dos

1 en tendidos, um dos m elho ­res no que respeita a q u a li-

G A L V E I A Slnauguraçã .0 da Cabine Teleftmica

Com a assistência do Ex.mo Oo­vernador Civil do Distrito, Cama­ra Municipal, Junta de freguesia, Chefe da Secção Electrotecnica de Abrantes sr. Engenheiro Raposeiro e grande numero de convidados, realisou-se 110 dia 24 de Julho fin­do a iuáugiiração da Cabine tele- fonici>, e rêde Urbana de Qalveias.

A’ entrada da vila era sua Ex.a esperado pela Filarmónica Galveen- se e muito povo, que lhe fez uma carinhosa manifestação.

Em seguida o cortejo dirigiu-se para a estação telegrafo postal.

Usou da palavra cm primeiro lugar o senhor Dr. Raul Garcia Marques de Carvalho, dando as boas vindas a sua Ex.a e agrade­cendo tão importante melhoramen­to.

Falou em seguida o sr. Joaquim Antonio Crespo, Presidente da Jun­ta da Freguesia, que tambem apre­sentou as boas vindas ao ilustre chefe do distrito, enaltecendo as vantagens de tão grande melhora­mento, e entre outras coisas lem­brou a conclusão rápida do novo edificio escolar, assim como a re­paração do trôço de estrada qne liga esta vila á séte do concelho e a conclusão da estrada desta vila a Avis.

Falou ainda 0 senhor Engenhei­ro Raposeiro, e por ultimo o se­nhor Oovernador Civil que felici­tou 0 povo de Galveias por tão grande como util melhoramento com que acabava de ser dotádo, e agradeceu as palavras elogiosas que lhe foram dirigidas pelos senhores Dr. Raul Garcia Marques de Car­valho e presidente da Junta.

Depois disto fez sua Ex.a a inau­guração da Cabine, falando com suas Ex.®8 os Senhores Presidente da Republica e Presidente do Mi­nistério.

Finda a cerimonia dirigiu-se o cortejo a casa do senhor Luiz Bran­quinho da Costa Braga, represen­tante de Galveias 11a Camara Mu­nicipal, onde a mesma Camara o- fereceu a sua Ex.‘ e convidados um lauto copo d’agua depois do que o Snr. Oovernador Civil retirou em Automovel para Ponte de Sor e dali para Portalegre.

Torneio de tiro aos pombos

Com grande afluência de publico realizou-se no dia 29 de Julho nesta vila um torneio de tiro aos pombos que decorreu animadíssi­mo, tendo sido abatidos grande numero de pombos. A classifica­ção foi a seguinte:&O 1.° premio coube ao senhor Artur de Carvalho, de Alter do Chão, o 2 ° premio ao senhor Luiz Caldeira de Cabeço de Vide, o 3.“ premio coube ao senhor Anto­nio B. Moreira de Ponte do Sôr.

A taça a disputar entre os atira­dores de Galveias. ficou na po<se do senhor Dr. Manoel Teles Bar­radas de Carvalho.N oticias pessoais

Partiu para a Figueira da Fqz o senhor Assis da Silva Gonçalves Roda acompanhado de sua familia

— Está entre nós 0 nosso preza­do amigo e assinante Sr. José Bra­ga Coelho empregado comercial em Coruche.

Vacada

Na tarde do dia 24 de Julho rea­lisou se num pateo do sr. Luiz Branquinho da Costa Braga, uma vacada, em beneficio da Misericór­dia, 11a qual foram lidadas por um grupo de amadores desta vila, 8 bravíssimas rêzes.

Houve tambem alguns bezerros para crianças de 8 a 10 anos.

O gado foi gentilmente cedido pelo abastado pri.prietario e gana- deiro sr. Paulo Valadares Marques Couceiro.

dade do terreno. Não só por esta particularidade como por estar situado numa linha recta de Madrid a Lisboa, junto do caminho de Ferro e não muito longe da fronteira, está-lhe certamente reserva­do um grande futuro sob o

! ponto de vista militar e co­mercial.

P e r isso acham os ju s to e , conveniente que se a tenda sem dem ora as solicitações da D irecção de A eronau tica , pois de con trario a rr is c a r- nos-hem os a perder tudo, isto é;a que 0 cam po seja ju lg a d o incapaz e por ta l m o tivo a - bandonado .

E z s s z a a a a - e s

Instrução PrimariaConcluíram os exames de instruc­

ção Primai ia (2.° grau), os seguin­tes alunos d-sta vila.

João José Machado Lobato da Cruz Bucho, Distinto. Joaquim Fili­pe Lourenço, Distinto. Joaquim Pedro Marcelino, aprovado. José Correia Magalhães, aprovado. Ma­nuel Capitão Almeida, Distinto. Manuel Costa, aprovado. Manuel Taveira Pinto, aprovado. Mariano Sabino dos Santos, distinto. Narci­so Leitão Rosado, aprovado. Sebas­tião Fernandes lnez aprovado. Se­bastião Vaz Manuel, aprovado. Antonio José de Carvalho Escara­meia, distinto. Júlio David C unha. aprovado. Silvio Valentim Varela Nunes, distincto. José Vences Gal­veias, aprovado. Manuel Machado Lobato da Cruz Bucho, distinto. Joãc Veigas da Conceição, distin­to. Jaurés D. Igadinho. aprovado. Augusto Delgadinho, aprovado.

No Instituto Feinenino de Edu­cação e Trabalho, em OJivelas, concluiu o curso comercial com alta classificação de ló valores, a Sn.a D. Maria Soledade Silva Lo­pes, nossa estimada assinante.

PescariaAlguns cavalheiros reali­

saram ha pouco no Rio Sor, no sitio denominado Moinho Novo, nos subttrbios desta vila, uma pescaria. Com 0 au­xilio de Motores foi esgota­do um pequeno pégo contí­guo ao açinle, de onde tira­ram peixe que foi calculado em cerca de duzentos quilos.

E ha ainda quem diga que 0 Sor não tem peixe.

— ———----

Kéeita de amadoresR ea liso u -se n o dom ingo

passado, no C inem a Id e a l, a anunciada réc ita , (re p e tiç ã o ) p rom o vid ? pela troupe cénica do G ru p o D e s p o rtiv o M a tu z a ­rense, subindo á cena 0 em o­cionante dram a em 1 acto “ O E s c ra v o " , e a chistosa com e­dia em 3 actos, “ A bençoados P o n tap és ” e um interessante acto de varied ad es .

O desem penho agradou , tendo os com ponetes do elen­co receb ido fa rto s aplausos.

M O C I E A D E

tA niversários

A gosto

7 — D . Rosaria Sacram ento Pais, em Qalveias.

8 - João A lv es Carilião.9 - D r . M atio G o d in h o de C a m ­

pos M arques, em Lisboa.1 0 - c D r . Ram iro A u g u sto Fer­

reira. em Alcobaça, A n ton io M a ­tias Can as, em G alveias e D. M a ­ria da Natividade Felicissimo.

11 — Luiz B ranq uinho da Costa B raga, em Galveias.

1 2 — A menina M aria Luiza A- badesso Calado.

14 D. Ester de Limas A b reu , em Benavila.

1 5 - D . Beatriz d ’ O live ira Este­ves.

1 7 = D . Maria Fiorinda da Silva e D. Albertina M am ede Euzebio.

18 A n to n io Maria Ribeiro, em Lisboa, Aires Fernandes Pires e A u g u s to Dionisio de Magalhães.

19 D. Fia via M achado L o b a ­to.

2 0 - D . C atarina B ranq uinho dos Santos, em G alv e ia s e D Joa­na M aria Duarte Lin o Mendes.

Em Ponte do Sor

V im o s ultimamente nesta vila os nossos estimados assinantes, Exmos Snres.

M anoel D om ingues da Costa, e espcsa, do Entroncamento. Rodii- g o Leon ardo Martins, de Seda. José de Sousa G a g o , de Santa Bat- b aia de Nexe. Luiz Ventura, de C ab rçã o . João A ugusto C o u rin h a , tie M ontargil. M anoel Pais M o n ­teiro, de Avis,

m scexvte

T e m estado de cama, bastante doente, o nosso am ig o e assinan­te desta vila S r . A n to n io Figu-ira.

Des» jam os-lhe um rapido resta belfcim ento .

Tambem tem estado doe’ te em Lisbôa, encontraiKlo-se felizmente melhor, o nos­so amigo e assinante Sr. Artur David Cuniia.

Veranaando

- Em go so de ferias partiu ha uias para o Fundão acompanhado de sua esposa, o nosso particular a m ig o e assinante, Sur. José A g a - pito t>alvado, C on tado r do Juizo J e Direito desta com arca.

- Para a Nazaié, onde foi pas sar u m a temporada p u t i u ha dias aco m p anhado de sua familia o nos­sos estimado assinaute de G a lv e i­as, Sr. Matias de Sousa Silverio

' - P a r a a mesma praia, partiu tam bem com sua familia, o nosso estimado assinante de Benavila Snr. M ario Bonito F o is e c / .

- C o m sua filha S i a. D. Luci'ia D ion is io C a r d ig o s encontra-se em C aste lo de V id e a pas-sar uma tem porada a S n \ D Antonia Di- on isio C ard igo s , desta vila.

Partida

—Para Montemor-o-Novo, para onde pediu a sua transferencia, partiu ha dias acompanhado de suas gentis filhas o Sur. Manoel Antonio Mendes Leonardo, di­gno 2.° sargento da Guarda N. Republi­cana, que durante alguns anos comandou o posto de Ponte do Sôr.

U Snr. sargento Mendes Leonardo que teve a gentilesa de vir á nossa redacção apresentar as suas despedidas, soube, durante o tempo que esteve entre nós impôr-se pela sua conducta, gosando a consideração de.quantos o conheciam.

Consorcio

Em 16 de Jullio 'ultimo, realisou-se em Lisb a o enlace matrimonial do Sr. Ivo Rosa da Silva, empregado coinerciíil da firma Fernandes & Martins, Lda. filho do nosso amigo Sr. Joaquim Nunes da Silva e da. Sr * D. Maria .Rosa da Silva, com mademoisele losefina Santa Pinho, gentil filha do Sn José Santa Pinho e da Sr.a D. Maria Josç Santa Pinho. ,

Paraninfaram o acto por parte do nòt- ( vo o avô materno Sr. Eutiquio Domin­

gues e o Sr Antonio Pires Pais Miguens, comerciante da nossa praça e por parte da noiva o Sr João Baptista da Rosa, tesoureiro municipal deste concelho e sua esposa Sr.a D. Leoiinda Domingues Ro­sa. Em casa dos pais do noivo foi servi­do um delicado copo de agua, após o que se dançou animadamente ao som de uma explendida orquestra composta por senhoras amigas das respectivas familias.

Na corbeille vtam-se lindas e valiosas prendas

Desejamos aos noivos um futuro bri­lhante e utna perene lua de mel.

cfll i M T m sBarquinlia

Fernando V ie ira GonçalvesFoi deveras im ponente o funeral

do desditoso Fernando Vieira G o n ­çalves, factor de 2.* da C . P., filho da S n r.a D Ricardina Vieira G o n ­çalves, e do Snr. A g ostin h o G o n ­çalves, já falecido, e irm ão do n os­so correspondente na Barqninha

O acom panham ento foi g ran d io j so tendo-se efectuado para o cem i­terio local ern 23 de ju lh o p.° p. nêle se in corpo ran do inúmeras pessoas de tôdas as categorias so í ciais, um n um ero so g r u p o d e f e t - roviarios camaradas do extinto, e m ­pregados superiores da C om panh ia Portuguesa, directores do S p o rt in g C lu b Barquinhense, funcionalism o da C am a ra M unicipal, os alunos da escola primária representando a C aixa Escolar Trabalho e P ro s ­peridade e os representantes da imprensa.

Foram-lhe oferecidas 2 co iô a s de flores artificiais: uma pela mãe, irmãos e cun h ado do extiucto e o u t io pelo pessoal grad u ad o da estação dos cam inhos de ferro do Entroncam ento.

O ataúde seguiu coberto com a bandeira do Sindicato do Pessoal da C o m p a n h ia Portuguesa.

C a b e bem m encionar nas co lu ­nas de “ A M ocidade” que o desdi­toso q u e foi um b om funcionário da C . P .— era possuidor de exce­lentes qualidades de caracter. C r ia ­tura bondosa, não se lhe conhecia um inimigo.

Q u e descanse em paz, q uem em vida foi tão nosso am igo!

c.

A V I SN o dia 7 do corren te, cotn a

presença d o Ex ra0 S n r . G o v e r n a ­dor C iv i l deste Distrito procede-se á inauguração da linha telefónica Por esse m otiv o se realisam nesta vi!a im portantes festejos, cujo pro g ra m a dam os a seguir.

JD X .A . r?A ’s 7 horas - A lv o ra d a pela B an ­

da M unicipal l .° de Dezembro.A ’s l l h o r a s — C h eg ad a da Ban­

da M unicipal Redondense.A ’s 13 h o r a s — C h eg ad a do E x .m0

Snr. G o v e r n a d o r C iv i l e sua com i­tiva.

A 's 14 horas — Recepção nos P a­ços do C o n ce lh o , recebendo Sua Ex.a os cum prim entos das auctori- dades locais.

A 's 16 h o r a s — Inauguração sole­ne dos telefones.

A ’s 18 horas — Visita aos m o n u ­mentos, hospital, escolas, etc.

A 's 2 1 h o r a s — Banquete oficial.A ' s 2 2 h o r a s — A b ertura da q u e r­

messe e concerto pelas duas ban­das.

3 3 I . A - s

A ’ s 7 horas— A lv o rad a pela Ban ­da.

A ’ s 13 h o r a s — T iro aos pratos, sendo disputados 3 valiosissim os prémios.

A ’ s ló h o r a s - C a v a l h a d a s , c o r ­ridas pedestres, etc. •

A 's 2 2 h o r a s — Q u erm esse e con ­c erto musical.

C.

.................... ........■■■■"■■■■■ni.............. •

C â m a r a M u n i c i p a l5355ão de 27 de Duifto de 1932

PreslJrncia dn Doutor Augisto Cu- mossa N. Saldanha, com assistência dos vogais Luiz Branquinho da Costa Braga e Josè da Cesta Mer.dt

Correspondencia

Tel -grama do E x .” 0 G »verua- dor C iv i l de P o rta leg re a g rad e­cendo as g r jn d e s manifestações de que foi a>vo em G alveias por ocasião da inauguraçã > da linha telefónica Ponte d o Sor-G a lve ias . Inteirada.

— C ircu lar do G o v e r n o C iv i l de P ortalegre inform ando .qu? o Sr. M inistro do Interior determ inou para boa eticiencia dos serviços, que todos os assuntos de interes­se para os c o r p o e e corp orações administrativas sejírn por intermé­dio do G o v e r n o C iv i l ao subir i consideração das instancias supe­riores. Inteirada,

— C irc u lar do m esm o G o v e r n o C iv i l transmitindo i n s t r u c ç õ es acerca da organisação dos proces­sos relativos aos pedidos de subsi­dios para m elhoram entos rurais.

— O fic io da Direcção de E stra ­das do Distrito de P ortalegre , en­viando o d u pl 'cado do auto de entrega do troço da estrada n a­cional dentro da vila de Ponte d o : Sor, feita por est.i C am ara áqlielaj Direcção de Estradas, conforme, & a portaria ultimamente publicada. Inteirada.

— Ofic io da mesma Direcção, pedindo á Cam ara para que sej s mandada calçar uma serventia pu­blica existente junto á estrada na­cional N.° 88. nas proximidades da Estação do C am in h o de Ferro e junto do predio de M anoel de Matos N ev es . Atendido.

— Ofic io da Direcção dos Edifí­cios e M o n u m en tos Nacionais, p e ­dindo elementos- para elaborar o or­çam ento para a construcção das pa­redes e telhados do e d if ic o escolar de Galveias. Deliberou satisfazer.

— Ofic io do G o v e r n o C iv i l de Portalegre com unicando ter o Sr. Ministro do Interior ap ro va d o o quadro d o funcionalism o da C a ­mara M unicipal deste concelho conform e o pedido feito pela C o ­missão Adm inistrativa.

Requai-imentos

Requerim ento de A n to n io M a r­celin o , pedindo a passagem de guias de entrada nos Hospitais C iv is de Lisboa a fa v o r de setf fi­lho C a r lo s M arcelino. Deferido, abonando-se-lhe a quantia de Ó0$G0 para seu transporte e regresso.

— Requerim ento de A n ton io dos Santos P equeno, de Galveias, pe­dindo a revalidação da licença quie em 1930 lhe foi concedida para construir na Azinhaga da Fonte, da mesma vila tiês moradas de casas.

D eliberou satisfazer o pedido do requerente desde que este satisfa­ça os preceitos legais, não lhe. p o­dendo ser concedida a revalidação, em virtude de as licenças serem concedidas pelo praso de um ano.'

— Requerim ento de M anoel G u io ­m ar, da T ram a ga , pedindo licença para ali construir uma morada de casas. D efendo.

- D i t o da Shell C o m p a n y of Portugal, pedindo licença para mudar uma bom ba distribuidora de gasolina colocada na Rua Vaz M onteiro, em Ponte do Sor, para a frente do estabelecimento do Sr. A n tó n io Pires Pais M iguens, na mesma rua. Deferido,

— Requerim ento d e C ân d id o P i­menta Jacinto, de Ponte do Sor, reclam am lo contra a. petição da Shell C o m p a n y of P ortugal pois que a n ova situação da bom ba distribuidora de gasolina que aquela co m p a n h ia possui na Rua V az M onteiro , impede o livre acesso á

residencia do reclamante.

Oatras Deliberações

Requerim ento de Rafael Duarte Lino, carcereiro interino das c a­deias desta com arca, pedindo para j

C am ara o exon erar de tal c a r g o .' t Deferido, en carregando de tai ser- ' viço o fiscal da Cam ara Joaquim Ferreira da Rosa, até que seja n o ­meado n o v o carcereiro.

Deliberou responsabilisar-se. pe las importancias devidas do fictc uas o-om es telefónicas de Ponte do Sôr e G a lveias en cerrarem ás 24 horas.

I

/ ^ r a d ç e i n v ^ n r o

Francisco da Silva Lobato e sua esposa Luiza M aria Lo­pes Lobato, temendo cometer alguma fa lta involuntaria, veem, por esta form a, mani­fe s ta r todo o seu reconheci­mento para cotn rodas as p e s ­soas que se dignaram acom ­panhar á sua ultima morada seu filhinho José Tom az da ; Silva Lopes>

A todos, pois, os seus m e­lhores agradecim entos. j

2 v f o n u m e n t o a o j j

])r . Jcão f slicissitiqo ,

v i —Subscrição-- *

T i a n s p o r t e .............15 Q 0 Í$ !5

N os dias 2 i e 22 do corrente, realisam-se e*n Ervedal do A l e n t e ­jo im ponentes festividades r e l ig io ­sas em honra do Mártir S, òib.ts- tiâo e N. S. da Conceição, ab r i­lhantadas pelá distinta B m d a U n ião Vmtieirense, do Vim ieifo, iendo o p ro g ra m a ó seguinte.

A 's 6 horas. Abertura da festa com umá salva de inoiVeiros, . e repique de sinos. A ‘s ' h o r a s — C h eg ad a da Filarmónica que per ­correrá as ruas da vila. A ’ s 11 h o ra s— Missa cantada a gra n d e instrumental e Sermão por um distinto orador 'sagrado. A ’s 14 h o p s — Procissão p-U s principais ruas da vila. A ‘s 18,30 horas. E ncontro d e lo o í-B á l l e n trê p Fopt- B.rll C lu b C an en se e o Estreia t iv e d a le n s e . A,s 2 1 ,3 0 , A b ertu ra da quermesse, barraca de chá e c o n c e i t o n.usital. A 's 24 horas, largada dum balão.

Dia 22

A 's 6 horas — A lv ora d a s e g u i ­da de g ir a n d o la s d e faguetes e salva de 21 tiros. A 's 1 1,30 — M is­sa cantada a g ande inst umental. A 's 1 4 = P r o c is s ã o com o no dia anterior. A ’s l â - G i n k a n a de au- tom o veis com valiosos prém ios par i os dois prim eiros c lassifica­dos. A s 2 1 ,3 0 - A b ruira do ba­zar e barraca de chá, d e c a n t e s populares, con certo musical, etc.

Dr. jo ã o PcTotiro C o e ­lho .................... ................ .20100

A v elin o G o d in h o B ra - • il 15C$GC

A rtu r d 'A z e v e d o Ro- ■' 'l50$00

Dr, João Pires Pais 4 /M iguens . . . . . . . . . . . . 3OO$0O'

Manuel da Silva G j - •;‘l i10$00

A u g u sto Dionisio de30$00M a ga lh ães . ' .......................

Raul de Z e z e r e .......... 5$00'A n ton io J a c in t o . . . - 25$00Patrocinia M; C h u r r o 25$00Ab ilio da S i i v a .......... 5$00Assis da Silva G . Roda 50$00M anuel Dias. 5$00

1 José Braga C o e l h o . . 20$00D. M aria José Preza­

do S a n to s .......... . • • 50$00Dr. A n to n io R o d r i- '

gu es da S i l v a .................... 30$G0José de Souza G a g o .

T o ta l .

100$00

■15.776&I5

J O S E J M E 5- O n E I R O -

F o n . t a <3.0 . T o.sé

Nesta o fic iin executam-se todós os trabalhos concernentes á atte.

Fabricação esmerada de m a n i­lhas que se vendem aos seguintes preços;

Manilhas de 8 cm. a 2$50, de 10 a 3$00 e de 12 a 3$50.

C u rv a s , ciíões, bacias, cubos pa- ram oinhos, tarefas para lagar, te- lhõ.*s para a lgeroz. Fabricam -se manilhas de outras quaisquer lar­guras.

Estes preços referem-se á m er- cad oria posta na estação de Pon d o s ô r .

Visado pela com issão de cea-

sura.de Pjríalegre

J D t . ^ a i » a J b o U oMédico-Cirurgião

Especialisado em doenças da boca e dos dentes

Consultas na Ponte dp Sor, aos sábados, ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.,s, 4 .aás 13 e meia horas

5.>s e 6 .as feiras

&Paticipam a todos os seus Exmos. Clientes que mudaram

o seu estabelecimento para a Rua Vaz Monteiro, (pre­dio do Exmo. Sr. Felizardo Prezado), onde esperam conti­nuar a receber as suas estimadas ordens

Neste estabelecimento encontrarão os Exmos. Clientes um completo sortido de chapelaria para homem e senhora, calça­do, gravataria, camlsaria e miudezas.

A g r a d e c e m u m a v i s i t a a o s e u n o v o e s t a b e l e c i m e n t o . -•

JZ > . U L © C I E D . ^ . I D j S !

Jacinto ds SHva= C 0 A Í =

O F I C I N A D E F U N I L E I R OAvenida Cidade de L i lk

P O N T E 3 ) 0 H O H

Encarrega se dp todos os tra­balhes concernentes i sua arte garantindo o b o m acabamento e «olidez.

l i i V R ® 8

T e m s e m p re â v e n d a a s u l ­t im a s n o v id a d e s U te r o r i a s d e e s c r i to r e s n a c io n a is e e s t r a n g e i r o s

M in e r v a A le n t e j a n aD tft V ííí. W(cie.+.al:r«

POM TB IH5 8 0 »

R a m iro P ir e s F i l ip eIi3j2 ííb dazenae, Mercearias Mmedzas

E s p e c i a l i d a d e e m c l i á e c a f é

Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezembro— -------

p o N T E l í í> 8 í l 16

JOSé ÂlTBS

“ a m o c i d a d e , , j f t f l t o n i s P . G a i o

Si!?a I IrmãoP O N T E D O S O R

c r >

Qalfjeasfic actfdasc, íltorario, recreciloo e defeas r io s laler#s- sss da região.

Condições de assinaturaErn Ponte do Sor, trimestre....... 2818Fora de Ponte <1oSor, trimestre.. 2$40Numero avutso . . . . .................. }40Pagamento adea; ta da.

★ ★ ★

A N Ú N C I O SNa seoç&o «ompeteafce

Linha ou espaço dt Unhacorpo J2........................... $40

« 10. . . ....................160• 8 ......................... *80

Nào se restituem os autografou quer sejam ou ttão pubticados.

lues para coserDA ACREDITADa MARCA

5 1 N

k k k k k

Avenida Cidade de Lille

PO STE DO SOR

Laja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto c Quimarães.

k k kSortida de pelarias finas, tais

como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei­ras. Formas pata calçado, miu­dezas e ferramentas para sapata­rias .

Oficina de sapateiro.

Calçado feito e por medida, para homens, senhora e criança, C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.

Preços uo alcance de todas as bolsas.

Rua Vaz M on te iro

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem-se chapéus p a ra concertos e transform aç õe

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o a m p a r a v e n d e r m u i t o

Revendedor da afam ada cerveja T_A.I>TSIEI12Sr

8 »s

g e r

Procurai em Abrantes a oficina de J o s é d o s S a n t o s I S i o a e í lS , onde se fazem os mais perfeitos trabalhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

Lembra-se aos Srs. proprietários de automoveis que uma das especialidades desta casa é a construcção e con­

certo de molas para os mesmos, garantindo- se a solidez e bom acabamento.

Reparações em maquinas de costura, construcção de gra­des para edificios, fogões, portões, etc.

Vende em Ponte do Sor, a empregada

T E R E ZA M A N T A A A A k

Encarrega-se de iodos o; concertos em máquinas des­ta marca.

Pensão SorenseRIJA V A r MONTEIRO

P o s ite d c . S ô í

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare). •

Encarréga-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en-

I irega aos domicílios.

SHHRAÇAB E CAHPlM TàKAX)S3

SSTfiSE IBeiMBKTGE B .

Siiiiplicio loão AlvesVER C EA R /AS, A Z E } TES

V/NHOS, P A L H A S E C ER EAIS .

- - - j - ■Ç # 7vw f i g u e i r e d o , flucuída 0idad8 de L ille— p. o o s o b

j . — -------------- ------- --------A t w M * doe O W r M ~ f e im b r a |

TMefoae 0CS ' J? ■ -

Soalhos, forros aparelha- | Bfanuel i e I é s Nevesdos, fasquio, ripa e vlgarnen- § _ .__-tos, madeiras em tosco e apa- | relhacjas Portas, janelas e 11 caixilhos; Toda a especie de | moldaras. Rodapés, guartii- , £ ções e colunas para escada, j |Escadas armadas prontas a 1 1 assentar. Envia:n~se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos p re - , ços que são os mais baixos dc cercado.

C e r e a i s , f ^ e g u m e se todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de a-nonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave- ni ia Cidade de Li He em Pon­te do Sor e Longomel. '

Consírucíora fibrantina, L 'aTeielone Abrantes 68

V #

v , , Vi/^ C a rp ir jia ricr m e c a n ic a , s e r r a ç ã o d e m a d e í- /*y

ras fabrico de gelo

F ornece nas melhores condições todo o trabalho de car

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I Q A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede ® ofie iras « a A lfe rrared e

Ot»T e s p o n d a n c i a p a r a . A B E A 2 T T E S

Ww

wt o

m

&I

1 | m IIi©

Compr.? e t?ende:C e r e a i s

e l e g i s n i e s |

k k k k k

Praça da Rcpablíca

P O N T E D O S O R

V A G OW m ú I . h é ú z

Z E T i l l a o sNegociante de Pescarias, Crea-

ção, Caça, Ovos, Frucias

Rna Rodrlgnes de FreiiasP o n te do S ô r

Ioão laptista k RosaP O N T E D O S O RC om issões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

i ^ a d ç í r a s d s P i n h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

Inuplio Correia j H e i l j2«Tcd.5co " V e t e x i n s ^ l o

—Ponte do Sôr—

Consultas todos os dias.

7 \ Ponte do Sôr, 21 de Agôsto de 1932 NUMERO 148

V

Propriedade da Empreza deA M O Ç I l ) A l > E

Composto e impresso na‘ ‘n iN E R V A A L E N T E J A N A ,,

PONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

F o a t e d o o r

D I R E C T O R

P r i m o P e d r o d a C o n c e iç ã o* A D M I N I S T R A D O R ★ E D I T O R * va.xi.<a.n.d.o v® s

¥ J o ã o M a r q u e s C a l a d o ★* J o s é P e r e i r a M o t a

*A

Primo Pedro da Conceiçfto Josè V iegas Facada

D A T A S H I S T Ó R I C A S

0 Descobrimento dos flçores

Já os écos das brilhantes vicíórias de Aljubarrota e de Valverde, em que a bandeira dos leões heráldicos de Caste­la fôra derrubada do seu pe­destal de glória, se apagaram há muito; já os écos da toma­da de Ceutd, a chave do es­treito de Gibráltar, em que o ciescente do Isiam fôra bani­do dos seus muros, se sumi­ram ao longe, quando sucedeu em Portugal um acontecimen­to que veio despertar energias, levantar alentos e acalentar esperanças: a descoberta dos Açores.

A Gonçalo Velho Cabral e ao Infante D. Henrique se de­ve este acontecimento.

D. Henrique, ao voltar da conquista de Ceuta, ausentou- se da côrte e estabdeceu-se em Sagres, no Algarve.

Aii fundou uma vila, a Vila do Infante, de que ainda exis­tem ruinas. Ali, no vasto pro­montório que se debruça a pique sobre o oceano, o infan­te estendia cs olhos para o infinito e via as lendas dos ára­bes, as teorias de Ptolomeu, os monstros, os sorvedouros, enfim, todas as crenças daque­la época desaparecerem e a- parecer um mundo novo. de cidades riquíssimas, de empó­rios florescentes, de colares de ilhas dispersos pelo oceano e que o seu genio e a sua per­severança haviam de arrotear; via tudo sob as quinas do seu país e via a gente até há pou­co incrédula, marchar em ca­ravanas intermináveis para a- queles países ubérrimos em busca de fortuna; v>a osguer- reiros e os navegantes de Portugal, avançarem nos seus corcéis e nos seus navios e tomarem conta de regiões ex- tensissimas; via o crescente do Islam a descer para o sul por não poder resistir á gen­te lusa e via enfim todos os portuguêses, como que unidos

■ num só homem a avançaremi confiadamnte, olhando com optimismo para a estrela d’ai- va do porvir.

F. via realizar-se a pouco e pouco “O Sonho”.

Hoje Porto Santo, amanhã Madeira, depois os Açores.

A descoberta deste arqui­pélago marca o início duma nova época de descobrimen­tos e foi o alento dos navega­dores qwe viam irem pouco a pouco caindo as teorias dos antigos; os navios começaram então a seguir ao longo da costa de Africa levanJo a al­ma lusa e a cruz de Cristo pa­ra o sul.

Para mim o descobrimento dos Açores tem uma iportân- cia capital.

E’ inegável que nas pági­nas da nossa história existem descobrimentos bem mais im­portantes— India, Brazil e tan­tos outros—mas é ao desco­brimento dos Açores que ligo mais importância.

Porquê?Porque este descobrimen­

to veio abrir uma nova era de actividade para a nação portuguesa, porque eram ru­dimentares os conhecimentos da época, os quais eram cor­rigidos á medida que as anti­gas teorias eram desmentidas; porque o povo convencido que o “Sonho” do Infante não era quimérico começou a es­tender a vista para alem dos mares.

Passou no dia 15 do cor­rente mêz o 5.° centenário do descobrimento dos Açôres e nesse dia pareceu-me ver nos raios do sol que despon­tava, as figuras altas e enér­gicas de D. Henrique e de Gonçalo Velho Cabral, que sorriam á estrela d'alva com confiança no porvir. . .

Ponte do Sor, Agosto de 1932 Garibaldino Andrade

jfêÊSSTA DE AMADORES : a chistosa comedia em 3 actos,Realisa-se hoje , pelas 2 2 , Genro do Caetano e um acto

horas, na séde do Eléctrico Foot-B ali Club, desta vila, uma rècda prom ovida pelo grupo

de variedades.

cénico daquele club, subindo á Visado pela comissão de CBít- cena o interessante dram a cm 1 acto, N obreza do A r ts ta , e sura de Portalegre

Força de Miade e pemiip(De Sm iles, no “5ELF-nHíi? ")

Um rapido golpe de vista lançado sobre a biografia dos grandes homens basta para nos convencer que os inven­tores, artistas e pensadores mais ilustres e, em suma, os homens de maior actividade e produção deveram em gran­de p^rte o sucesso á sua in- fatigavel energia.

Sob o influxo de tais ho­mens tudo se transmuda em ouro, até mesmo o tempo.

Disraeli (o mais velho) a- firmaVa qi.e o sucesso residia em possu ir com segurança o assunto a que nos votamos,o que, de resto, exige um esta­do e uma aplicação continua.

Assim nós vemos que os homens de maior influencia no mundo não sâo tanto os genios propriamente d i t o s como os homens dotados de f o r t e s capacidades usuais, trabalhadores infatigaveis que nada cança nem faz desani­mar a perseverança em si proprios—homens q u e não brilham por excepcionais pre­dicados mas que se aplicam á sua obra, qualquer que ela seja, com um ardor que ne­nhuma dificuldade jamais pou­de quebrantar.

Oli! dizia uma pobre viuva referindo-se a seu filho, tão vistoso como vão,—ele não possue o dom da perseveran­ça.

Com efeito, essas naturezas inconstantes, que não se en­tregam ás cousas com assidui­dade e firmeza, veem-se dis­tanciadas na vida não sómen- te pelas naiurezas diligentes como tambem pelos homens vagarosos.

O provérbio italiano diz bem:

‘‘Che va piano, vá longano e vá lontano.”

Já não é pequeno triunfo saber disciplinar a nossa apti dão para o trabalho. Conse­guida ela, o resto é relativa­mente facil.

Mas, nunca é demais repe­ti-lo: a facilidade vem com o habito de trabalhar, e, sem insistirneste facto averiguado, que a mais singela das tarefas não se consegue sem esforço, de quantas dificuldades nós conseguimos triunfar com au­xilio dele!

Foi devido a uma discipli­na precoce e a exercicios mui­ta vez repetidos que o ceie* bre Roberto Peei cultivou os seus nctrveis talentos.

Desde a mais tenra infan­cia, para ser agradavel aos desejos do pai, habituou-se a falar de pé á mesa, deante de toda agente, sem nenhuma preparação. O pai obiigou-0 tambem a contrair cedo o ha­bito de repetir aos domingos

I as palavras que tivesse podi- . do reter do sermão desse dia.I Ao principio pouco era o que lhe ficava de idéa, mas a perseverança e o habito permitiram-lhe dispor de uma tal concentração de espirito que por ultimo conseguiu re­petir palavra por palavra o sermão por inteiro.

Quando mais tarde, no par­lamento inglez, o viram desen­volver na ai te de refutar ar­gumentos d o s adversarios uma habilidade que nào foi jamais egualada, ninguém du­vidava que ele devia essa ex- traordinaiia memória e essa mcrivel presença de espirito ao cuidado que outr’ora na egreja de Drayton, seu pai havia posto em lhe cultivar e disciplinar essas qualidades.

(Excerpto)Luis Leitão

Correm Telegrafos e TelefonesCjtíiqda e sempreJ

U m a C om issão de a m ig o s do p ro g re sso de Ponte do Sor, que, na quinta reira passada, foi a L is­boa para entrevistar-se com o Exrar. Senhor Adm inistrador G e ­ral dos C o rre io s , não poude, por várias razões, tractar do assunto que iá a I vava e era apresentar alvitres e pedir a rapida solução sobre a casa provisoria on de ha- de ser instalada a nossa Estação Postal.

N ão desanimou a C o m issã o do seu intento. Apetrechada coto to ­dos os elementos exp licat ivos que possa adquirir, constituída por re­presentantes do C o m e r c io , Indus­tria e Funcionalismo locais, v o l ­tará oportunam ente a Lisboa pa­ra resolver o caso,

A C am ara M unicipal de Ponte do Sor, por considerar exg otados todos os seu esforços, não se faz representar na citada Com issão.

Consta que será dirigido, c o n ­vite ao E x .m0 G o v e r n a d o r C iv i l do distrito afim de q u e S . Ex.‘ , a c o m ­panhando a Com issão, facilite com toda a sua influencia e prestigio a obtenção de tào importante obje t iv o .

E' de crer que S. E x.a não se recuse a aceitar aquele convite p e ­la muita dedicação que llie m ere­cem as cousas do nosso distrito.

A g u ard em o s os acontecimentos, c o m confiança e otimismo. N ão é p rov áv el que Ponte do Sor c o n ­tinue c o m o até a q u i— enterrada no lixo do esquecim ento e do des- prêso.

QuidamP. S o r - / 18/ 8/32

! ERPiíJlES .! . -J ' f V| No colégio M ilitar, concluiu o seu 6 .° ano com óptim as clas­sificações, o nosso conterrâneo Sr. Ramiro Lopes P rezado P i ­menta, filho do nosso estim a­do assinante Sr. Francisco Ferreira Pimenta. P o r este motivo e ainda pela sua exem ­p lar conducta naquele estabe­lecimento, fo i prom ovido a co­mandante de companhia d a ­quele colégio, o que significa a sua alta classificação como um dos alunos m ais distintos.

— F ez exam e do 4 o ano do Liceu, tendo ficado aprovado,o Sr. Pedro Lopes Paradela. filho do nosso amigo e a s ­sinante Sr. M anoel Firmino Lopes, de Abrantes.

W H P iirJornal de <£ouzadaFestejou com o seu ultimo

numero o 25°aniversario, es­te prestigioso colega, que sob a direcção do vigoroso jornalista Sr. José Teixeira da Mota, se publica na pro­gressiva vila que lhe empres­ta o nome.

Felicitamo-lo por esse fac­to, fazendo votos peias suas prosperidades.

"0 Casíelouidense''Visitou-nos este presado co­lega, que após vinte anos de suspensão voltou a publicar- se na ridente Cintra do Alen­tejo sob a inteligenti direcção do Sr. Alexandre Duráo Cor­deiro.

Com os nossos cumpri­mentos enviamos-lhe os de­sejos de longa e próspera vi­da e gostosamente vamos es­tabelecer a permuta.

principio de incerjdio

Num quintal do Sr. José Cosme, nesta vila, manifestou- se na passada quinta fe ira incêndio numa porção de e s ­trume, que im ediatamente se comunicou a uma cabana de um quintal contiguo.

v4cs g rito s de socorro acu­diram muitos populares que conseguiram dominar o incên­dio. Felizmente o fraco vento que soprava do poente desvi ou a direcção das chamas., que não chegaram a a ting ir um palheiro e casas que no mesmo quintal existem.

O s sinos da torre bem se fartaram de bradar pelos bom beiros, mas bradaram no deserto.

T erá a corporação já da­do a alma ao criador?

- A . I v i O C I 3 I . ^ \ . I D E

Caris de LutoMinha am iga:

N ã o sei ha que tem po te nâo e s ­cre v o . H i milénios, talvez, p o rq u e os anos nào são iguais para a vida, dos que sentem e para a prasaica existencia d o i que calculam. Sei que, r e v o lv e n d o o pasáado, sei que, m ergu lh an d o as màos nos tesouios sem blantes das recordações, só en ­c o n tro por ti uma saudade enorm e, triste, magoada c o m o as pétalas esguias dos rosmaninhos, que pare­cem cham as de candil mortuário. V ê tu qu s saudade a minha: é pe­q u e n o para ocultá-la êste manto ite luar que a Lua desdobra sôbre

Terra, p o rqu e é extra-humana, >>a's larga que os mares, m h su­

btil qu<» a viração, mais profunda q j e a concha do ceu. N áo me re­crimines, pois. N o dilatado afasta­m en to em que v iv o , no silê ício q a e se iez entre nós. não vejas tu, minha doce am iga, a sombra do desam or o u do esquecimento! Mais lo n g e estão os astros uns dos ou tros e êles vêem-se; mais tumular é a m udez que os tiraniza e, toda via. atravez das frias am plidõ s si derais. eles continuam a permutar irra j iaçõ as -apaixonadas e frem en­tes.

E screvo-te hoje. P ro lo n g a r por mais tem po o meu s i l e n c i o . , .seria talvez crim inoso. C o n tu d o , minha am iga, não sei c o m o o Lça, nào acho palavras assaz suaves paradi- zerte, nem creio que haja musica tão aliciante que não quebre com torça e abruptamente o fio de ouro, m vis iv é l e silencioso, que nos u- nia a d istanda Já entraste num tem plo so itario? A s góticas flores- cêucias das abobadas, que ressôam a o mais pequeno rum or; a levêsa i r r e a l das colunas, dos arcos e das cúpulas; a luz discreta e misterio­sa que entra.pelas rosáceas deixan­d o certos recantos em buçados em penum bras; o vasio, o cô ícavo silêncio das naves desertas; tudo n os ob riga a caminnar nos b x o s d o s pés para se uão acordar o so­n ho secular que ali se abateu sobre as cousas. O mesmo acontece ao en­trarm os no lar abandonado que não vis itávam os ha anos. N ele-vívêm os e amámos; nele desabrocharam os nossos melhores afectos; dentro des­sas paredes brancas que nos olham e reconhecem , soltámos os nossos risos mais cristalinos. Cada porta,

. cada detalhe, cada casa desperta em n ós uma recordação enevoada e perdida; ha salas que nos trans­m item uma em oção mais for­te e vibrante que o badalar de um sino; ali v im o s as imagens fluctuan- tes dos nossos prim eiros devaneios; foi no v ã o de certa janela e a ocu l­tas, de coração opresso, que tro ca ­m os o prim eiro e virgin al beijo d a m or; e ali, na paz religiosa e penum bricen te daquele corredor, q u e passeamos, enlaçados, com a m ulher, a criança, o anjo que mais c e d o nos acordou o coração!

Q u e sr.udade.1! O lha o j3rdin- zinho! E' quasi o m esm o que dan­tes. A s á rv o re s íà o mais tristes: en v o lv e a s uma melancolia humana; as ervas cresceram, invadiram o s canteiros, a fogan do as flores; os m u r o s teem gran d es m anchas de liqueres, esverdeadas, sâo raros os passarinhos, e o sol, a m êJo, es­preita com pena a decrepitude pre­c o c e , o doentio abandono das c on sas que lem b 'a m a lg u em . . .

E nós tambem aqui andam os lentamente, sem fazer ruido, para 4i5o acordarm os os seres invisíveis q u e hab tam o aniquilado palacio ! «jas ilusões distantes. . .T e m o s a j im pressão receosa de que; se sol- \ tassemos um grito , se batêssemos a s portas co m fôrça, o u v ir ía m o s j u m rufiar precipitado de asas mis­teriosas, a fuga inquieta da m ulti», d ão exul dos espiritos q u t se a co - i

Icheram so b o a m oro so tecto do n osso lar primitivo.

Eis p o rq u e receava escrever-te, minha am iga, minha doce e lirial amiga." Pois que é a palavra dos homens, falada ou escrita, c o m p a ­rada com a imaginaria imateriali­dade dum pensam ento suave, com* ternura ideal dum sentimento que deixou de ser hum ano para ser sobrehum an o e d ivino? O hom em só se iá verdadeiramente gran d e no dia lo n gín q u o em q u e re u n a na gam a da sua v o z as vo zes d isper­sas. im perceptíveis aladas ou ribom- bantes da Natureza inteira!

Para falar-te, neste mom ttito, ser-m e-iam precisos todos os sons eóleo>, irreais, que fluctuam sobre os jardins perfum ados; os m úrm u- ros segredos que oc astros dizem ao coração das rosa-; as notas Sol­tas, preambulares, dos p o eiras dos rou xin ois , qne começam num ai, num beijo e terminam num g e m i­do.

Estou a ver os teus olhos, tão g randes e tão escuros co m o a noite em que trem ulam estrelas; e tão tristes, duma tristeza tão serena e tão vasta, que parecem condensar toda a nostalgia errante e plural dos m un do s Vejo-os fixos, a olhar lon ­ge, tá para os confins da Dôr e da Vida, já no coir.êço de um n o vo ciclo vesperal de antevisões e de s o n h o s . . .

Q uási me falece a vontade de a p ro x im a r-m e de.ti. T e n h o receio que o teu perfil, projectado no azul hiante e penum b roso do espa­ço em que se recorta a janela o n ­de scismas, se evap ore c o m o um anhelito, que, de repente, se desfa­ça o laço dos teus dedos brancos que se deixaram adorm ecer sobre os joellt js : que ine olhes com es­panto. e m e consideres um bárba­r o . . .

Perdeste o teu N o i v o . . .F icaram - te os seus versos. São esses que vais resando pela vida, pobre am i­ga . V ê tu c o m o poderei consolar- te se não te é bastante consolação a sua harm oni i e divina.

T a m bem Beetowen se sentiu in­capaz de expressar as suas c o n d o ­lências a uma senhora amiga a q uem havia m orrido uma filhinha.

A o g e n io musical esc3Sieou-lhe o v e rb o para poder dizer á pobre mãe a sua grande m ágoa, a melan­colia pungente, que a pêrda do pe q uenin o ente lhe provocara. E na­da disse.

Passou o t ím p o . U m dia, senta­do ao piano, em presençi da en ­lutada am iga, pôs-se a com pô r; e o q u e o gran d e gen io dizià, na im provisada música, cra de uma beleza inenarravel e sobrehum ana. A i vibrante a dor angustiada e a- flicta de um coracào lacerado. A f i o r a v 3m soluços, ais, queixumes; ron ­das fluidas, esvoaçantes, de q u e ru ­bins, so ltavam cânticos melancóli­cos, e viam -se qs alados seres ima­gin ários seguir, fluetuando, o cai- xào sílo da m orta invocada.

T o d a à gam a d o sofrimento hu­m ano, que vai da lagrima silente ao p aroxism o da dôr, perpassava na Urdidura dramatiza dessa c o m ­posição a p ú xo iiad a .

E só assim B eetow en soube di­zer a desgarradora tristeza que lhe ia no coração .

Q u e m dera possuir a arte genial daquele de q uem alguem escreveu: "se i que Deus existe, p o rq u e já ou v i todas as sinfonias de be- e t ò w e n .“

N â o na ieitho.

Eis p o rq u e não me a trevo a e<=- b o çar as palavras de conforto que queria dizer-te.

Iniitil . . . D a-m e as tuas mãos di­vinas, brancas e d i v i n a s . . .olha-me, em silencio

Ponte do Sor, 18 VII 32

MoUra Junior

Pelo eoR celtio

Montargil1 Um a reunião im portante

A convite da comissão P ró -M e - Ihcramentos em M ontargil , r e u n i­ram no dia 1 d o corrente, nesta vi­la, no edificio d o C in em a M ontar­gilense, as forças v ivas de M ontar­g i l . T o m o u a presidencia daquela reunião o Sr. Dr. A n to n io Rodri­gu es de A ze ve do , ilustre medico mu nicipal desta fregu sia, que depois de explicar á assembleia os fins da reunião co n v id o u para assumir a presidencia o Sr. Manoel O dinho Prates, que aceitando convidou pa­ra secretários os senhores Manoel A u g u s to C o u rin h a e João A u g u sto C o u rin h a . Em seguida o Snr. pre­sidente co n v id cu os assistentes que quizessem fazer uso da palavra a fazê-lo, tendo aceitado o convite o sr. José Pina de Castro, que num curto discurso disse da satisfação que sentia em ver reunidos para o m esm o fim um importante nticleo de montargileuses, prontos a levarem a efeito a lguns m elho­ram entos na vila, que são de uma necessidade imperiosa, e que ele orador por mais de uma vez tem focado na imprensa. C o m o representante das classes medias ap ela vap a ra todos os m ontargilen- ses, para que se unissem no am ôr á sna terra, auxiliando quer moral quer materialmente a obra g ig a n ­tesca que a com issão P ró M elh o­ram entos de M ontargil se prop õe levar a efeito, dotando a vila com os m elhoram entos indispensáveis ao seu progresso.

Em seguida usou da palavra o distinto professor oficial Sr. Evaris to Vieira* que inform ou a assem­bleia das demarches que a com is­são tem levado a efeito junto das entidades oficiais, onde nào en con ­trou ambiente favoravel, co m o era de esp era ' , pelo que achava da m axim a conveniençia a entrega á C âm ara M unicipal de uma re p r e ­sentação que leu, e que durante a leitura foi bastante aplaudida, sen­do em seguida coberta por muitas assinaturas. A representação ficou em poder da convssão para ser en­tregue ao m unicipio, esperando nào só esta c o m o tod o o p o v o de M ontargil que os dois principais m elhoram entos de q u e por agora carecem o s,— o ; bastecimento de a- g u as e a construção de um n o vo edificio esco la r— em b re ve sejam um facto, para que não tome in­crem ento a má impressão dos c o n ­tribuintes que já [dizem que só se/vem para pagar e não para re­ceber brncficios. c o m o é justo.

V àriaa

- - E m g o s o de ferias está entre nós o nosso presado conterrâneo Sr Dr. Joaquim de Sousa Prates, D eleg ad o do P ro cu rad o r da Repu­blica no Redondo, e os estudantes S r .s A n to n io Maria C o u rin h a G a r ­cia e José Varela Macêdo.

— Encontra-se entre nós a fami­lia M axim o Prates que veio passar a estação calmosa ás suas vastas propriedades.

— Fixou residencia em M o n tar­gil o Sr. A n to n io L o p e s Prates e Exm.* familia.

— Para o Fundão a visitar sua familia partiram ha dias a Sr.* D. Maria Travassos Pina, esposa do Sr. José Pina de C astro , aco m p a­nhada de seu irmão S r .C a r lo s T r a ­vassos C o ire ia .

-— Para Q u adrazais (Sabugal), partiu em g o s o de férias o Sr. Evaristo V ie ira , professor oficial nesta vila. F iz e m o s v o to s p o rq u e en con tre sua esposa bem de sau­de.

Na Torre das VargensSob a direcção dos nossos

am igos Snres. P edro Pinheiro e Antonio D om ingues, reali­sa -se hoje na Torre das Var­gen s uma récita de amadores a beneficio do Sindicato Fer­ro Viario, subindo á cena as engraçadas comedias, Um ser­vo perigoso e D ispa essa Far- pela, alem de um interessante acto de variedades.

P o r especial obséquio para com os organisadores colabo­ram no espectáculo abrilhan- tando-o com alguns fa d o s à guitarra e viola o eximio gu i­tarrista e nosso am igo Snr. João Corona Linares e um seu filho.

Jtfariqha de ÇuerraFoi ha dias lançada ao m?.r,

em Inglaterra, a primeira uni- [ dade da nova esqtiadra por-1 tuguesa, encomendada ha um J ano a uma firma daquele pa­is.

E’ o aviso Gonçalo Velho, que tem 81,18 de comprido; 10,85 de bocae 8,18 de a!tu- tura no convés. Terá 3 peças de 120 m/in e canhões anti- aereos.

N ós já não deviam os bulir em assumptos que se relacionassem com a limpesa da vila, tantas v e ­zes tem v in d o a publico nas co lu ­nas d o nosso jornal. Porem , o es­tado de p o u co aceio em que a lg u ­mas das suas artérias se encontram , nos o b rig am a fazer mais este pe­q ueno reparo .

Ruas ha, por ahi, em que as hervas são tantas, que, sem exage rarm os muito, poderíam os dizer que nelas se pode apascentar um rebanho.

N à o q uerem os atribuir a culpa desta falta de limpesa a pessoa al­gu m a; o que desejamos frizar, é que, sendo Ponte do Sor uma ter­ra com fóros de civilisada, mal lhe fica o estado de porcaria em que muitas vezes se encontram as suas ruas. Na verdade, nós achamos que três hom ens apenas para tal servi­ç o são insuficientes, dada a área en orm e que as ruas ocupam . Mas lem bram os que h avendo por ahi sempre tanta gei te sem ter onde em p regar a sua atividade e c - m tanta necessidade de g a n h a r a vida, bem poderia dar-se-lhe esse servi­ço a fazer. U m partido de mulhe­res em p o uco s dias ariancaria to­das as hervas. E era um serviço que ficaria baratinho e aceado.

- O u t r o reparo fazemos 110 que respeita ao p ó da estrada da Es­tação. E ’ um verdadeiro flagelo que arruina a saude dos que ali habitam e lhes deteriora os have­res.

Pois nós estavam os esperança­dos que este ano estaríamos livres de tão incom oda visinhança com algum a ideia salvadora do M u n i­cipio. Mas qual? Continua tudo como dantes.

C o ’ os diachos, m andou-se abrir um poço, construir um carro, fa­zer uma pipa, co m p ro u -se um m acho para puxar ao c'arro, e as regas hão se fazem?

Perdão, não nos lem bravam os q u e o m acho se suicidou ha tem ­po s e que ainda vem lo n ge o dia Ue Juizo para ressuscitar.

— O u tr o p e q u e n o reparo é o da construcção de um tanque junto ao poço do C a m p o da Feira para dar de beber aos animais. O poço n ão tem bom ba e está fechado e por esse m o tiv o tambem não se extrai de lá a agua para regar as arv ore s d o L a r g o nem para dar de beber aos animais.

O r a bolas.(atrasado)

N ovo Estabelecimento

E stabekceu-se nesta vila com

um modelar estabelecimento de barbearia, o nosso conterrâneo e am ig o Sr. Jcão Prates Ribeiro.

A u g u ra m o s lhe um futuro pros­pero.

c-

A N U N C I OConcurso para 0 forneci­

mento de aveia, fa v a e palha p a ra os solipedes da G . N . R., aquartelados em Setúbal, Grandola, Santiago de Ca­cem, Torrão, B arrtiro , A l­m ada, B eja Aljusrrel, M erto- la, M oura, O dem ira, E vora . Estrem oz, R eguengos, P orte i, M óra, P orta legre, N iza , Pon­te de Sor, Eivas, Campo Maior, Faro, Loulé, Portim ão, Silves e Tavira.

O C o n se lh o Adm in istrativo do Batalhão n°. 3 da G u ard a N acio­nal Republica na, faz publico que n o dia 31 do corrente, pelas qum ze horas, procederá nos quartéis sedes de C om p a n h ia , á arrem ata­ção dos ge n e ro s acima indicados para alimentação dos so'ipedes da G . N. R. estacionados e adidos nas localidades acima m enciona­das, cujo fornecim ento deve com e­çar em I de O u tu b r o proxim o, e será do prazo de doze mezes pa­ra a Palha e de seis mezes para A v e ia e Fava.

A arrematação terá lo g ar ;— Em Setúbal para os Postos de: Setúbal, G ran dola, S an tia g o do C acem , T o rrã o , B arre iro e Almada — Em Beja para os P osto de: Aljustrel. Mertola, M o u ra e O d em ira — Em E vo ra para os P ostos de: E vora, Estremoz, R eguen go s, Portei e M ó ­r a — Em Portalegre para os Postos de: Portalegre, Niza Ponte de Sor, Eivas e C a m p o Maior Em Faro para P o sto de: Faro, L oulé , Portimão, S ilves e Tavira .

A licitação será escrita e a adju- dicaçãó p rovisória recairá sobre o m enor preço constante das p ro p o s­tas apresentadas.

Se h ouver propostas de iguais preços menores, será aberta licita­ção v e i b i l somente entre os si- gnatnrios destas propostas.

A s propostas iudicando o m inl- mo preço oferecido por cada g e ­nero em cada localidade, obedece­rão ao m odelo constante do cader­no de en cargos , e serão entregues na séde das C o m p a n h ia s a que disser respeito 0 fornecimento, até ás catorze e meia horas d o referi­do dia, devidam ente lacradas e a- com panhadas da respectiva cau­ção provisoria.

O C a d e rn o de en cargos e o R e ­gu lam en to para a form ação de c o n ­tratos em matéria de A dm inistra­ção Militar de l ó de N o v e m b r o de 1905. podem ser consultados 110 C o n ce lh o A dm in istrativo deste B a ­talhão, onde, serão prestados ,os es­clarecimentos pedidos, todos os d i­as uteis das 12 ás 17 horas, achan­do-se o C a d e rn o de en cargo s tambem patente nas sédes dos P o s ­tos da G . N. R., acima indicados.

Quartel em Evora, de Agosto de 1932

O Secretario

Jtfanuel CrespoSargento Ajudante

c illÚD illlCÍS

A niversários

Agosto

2 2 — A n to n io Rufo Freire de A n d ra d e, em Estrem ôs, e R a m iro Pires Filipe.

24 — F r a n c s c o Pais Canavilhas. em Lisboa e Joào Batista da Rosa.

25 — D M argarida V az M ontei­r o «* Silva.

26 - J o â o C as im ir o Bolou, em Por talegre.

2 7 — D r. H o r a c o Pais d e C a r v i - Ihu, em Tete (A fiica Ocidental) e Eianer Rocha C osta e José d 'O ii ve ira Esteves.

Setem bro

1 — A n to n io Jordão Ferreira Fal cão, em M ontargil,

Veraneando

Está na Curia a fazer uso das aguas o nosso assinante Sr. João Manoel Falca, da Fonte Branca.

— A passar uma temporada ern visita : os seus, encontra-se em Galveias nosso estimado amigo e assinante de Abrantes Sr. Artur Gonçalves de Olivei ra.

-Encontra-se em Castelo de Vide, com sua e-posa e sobrinha o tios-o pre sado assinante e amigo Sr. josé Branco l ’ais.

- Está na Figueira da Foz acom panhado de sua esposa e filhos o nosso particular amigo e assinante Sr. Anto iio josé Escarameia, digno professor pri­mário desta vila.

—Tambem se encontram na Figueira da Foz a esposa e filhos do nosso amigo e assinante desta vila Sr. José Sabino Fontes

—Foi passar uns dias a Castelo de Vide o nosso anúgo e as i nante Sr Manoel Martins Cardigos.

Tambem se en-ontram na me^ma vi- lá s Sr.a D. Maria Antonia Gaio filhado uosso amigo e assinante Sr. Antonio Ro­drigues Gaio, e a Sr.1 Maria Joséf Marques màe do uosso amigo e a si- n nte Sr. Marçal N Dordio

— Para Vidago a fazer uso d s aguas, partiram ha dias o nosso estimado assi­nante Sr. Jo é Nogueira Vaz Monteiro e os Srs. Doutores Manoel Rodrigues de Matos e Silva e Augusto Camossa Sal­danha e F.x.mls e-posas.

— Encontra-se na mesma localidade o nosso amigo e assinante, desta viia, Sr. Marçal da Silva.

—Está i a Pr.iia da Nazaré, com seus filhos a r a D. Tereza Fontes Manta, nossa estimada assinante i

A fazer uso das aguas encontra-se i as Caldas da Rainha o nosso amigo e assinante Sr. José Joaquim Veutura, des­ta vila

De v is ita

Com sua esposa e filhos en outra-se nesta vil i de visita a sua familia o no so estimado assinante de Abrantes Sr. An­tonio da Costa Isidro.

—Regrtssaram da Figueira da Foz, onde estiveram de visita aos seus o nos­so amigo e assinante, Sr. José da costa Mendes e esposa, desta vila.

— tstá em Pon e do Sor a visitar seus pais a Sr.a D. Arcangela de Olivei­ra Esteves.

De visita a suas familias estiveram restà vila durante alguns dias os nossos amigos e assinantes Srs. Antonio Mar­tins Saiiganha, e seu filho, de Lisbua e Manoe' Domingues da t-osta e esposa, do Entroncamento.

Doentes

Tem estado basta.ite doente a S ra D Luiza Maria Lopes, espos i do nosso i.migo e assinante Sr. Francisco da Silva Lobato

—Tambem tem estado doente a Sr 3 D. Beatriz da Silva, esposa do nosso amigo e assinante Sr Antonio M >rçal.

-Encontra-se quasi restabelecida da doença que a reteve no leito durante aignm tempo eSr a D. Maria da Concei­ção Serra, esposa do nosso assina te e amigo Sr, José Serras Pires, de Alferra­rede.

— Afim de' se sujeitar a uma opera­ção, seguiu ha dias para o Hospital de José, em Lisboa, o nosso amigo e assi­nante desta vila, Sr. Manoel Lino.

Comissão Executiva

Na sua ultima reunião a Comissão Exe­cutiva deste organismo federativo tomou, entre outras as seguintes deliberações;

Assenblela Oerní:— Exarar na acta um voto de agradecimento e saudação ás colectividades economicas de Portugal, pela sua valiosa ccadjuvação nos traha lhos da re:ente Assembleia Geral que, ne­la elevaça > e importancia das deliberações tomadas, constituiu a mais completa e animadora manifestação de soli ariedade entre os organismos agricolas, comerciais, e industriais do Paiz.

Problema cerenlifero-.—Yot&m apre­ciadas numerosas reclama ões (ios Sindi­catos Agricolas contra a falta de utn d i­ploma regulando a venda dos trigos da ultima colheita; ponderada a situação da agricultura e da industria interessadas neste importante problema, resolveu-se insistir pela imediata publicação da lei, junto do Governo, d harmonia com as conclusões da tése do Sindicato Agricola de Beja, aprovadá na ultima Assembleia; Geral.

Industria das Cor liças:— Foi tambem analisado o problema das cortiças, nos seus diferentes aspectos, deliberando-se instar pela publicação já anunciada n Código das Coi tiçks e por diversas medi das tendentes á defesa dos legitimos in- interesses dos agricultores, industriais e operários deste ramo de trabalho.

Conflito com a Camara de Caseais —Examinaram-se os documentos relati­vos ao incidente aberto entre a Comissão Administrativa da Camara Municipal de Cascais e a Associação Comercial e In­dustrial do mesmo concelho, sobre o a- bastecimento d • água ás populações de Oeiras, Paço d'Arcos e Caxias, resolven­do-se apoiar a atitude da referida colecti vidade por ser conforme o interesse pu­blico e ao respeito devido ás leis vigentes

industria e comercio do Sal:—Tomou se conhecimento dos estudos ofictais a que se está procedendo, nas zonas de marinhos, em virtude do solicitado por esta UN IÃO a quem de direito, delibe­rando-se acompanhar as deligencias dos organismos interessados para a conve­niente e rápida solução do assunto.

Expediente:-Tomou-se o conhecimen' to do recebido na Secretaria dando-se as instrucções necessárias ao seu regular an.íamento.

Socios:— Foi aprovada a Associação Comercial dos Logistas de Abrantes.

A todos desejamos um beiecimento.

Coflsorçi o

pronto resta-

l o i a B t e c l a m u ç ã o

U n péssim o habito que nos avilta, ê este que ainda hoje se perm ite, de serem trans­portados à cabeça, em tabo- leiros, os c jdaveres de crian­ças cujos p a is residem no campo.

Já em tempos esse abuso fo i proibido pela auctoridade adm inistrativa, e hoje, que ta l proibição caiu em desuso, o transporte dos pequenos ca- daveres faz se a té á ig re ja m atriz por esta degradante form a, edal i , nem todos, se­guem no caixão a té ao cemi­terio.

O ra este velho habito se nâo ê proibido pelos regula­mentos, (o que ignoram os), representa pelo menos, qual­quer coisa de afrontoso e p o r i s s o chamamos a atenção das auctoridades para que o reprimam sem perda dé tempo.

Câmara MunicipalSessão de 10 de flgoslo de 1932

Presidencia do Dottlcr Augusto Cu~ mossa N. Saldanha, com a assistência dos vogais cidadãos Josf Nunes Mar­ques Adegas e Luix Branquinho du Cos­ta Braga.

Correspondencia

Oficio da Junta O eral do distri­to oe P ortalegre en via n d o um cheque de 700$00, subsidio ao D i s p e n s a r i o Anti T u b ercu lo so lesta localidade e que com 50$00 le sHos oa Assistência perfaz

75 0 |0 0 . M an dou e n t r t g i r esta importancia a o Presidente d o O ísp “ nsario A n ti-Tubercuioso des­ta vila, .

- C ircular do Instituto d» Segu- ’ros Sociais O b rig a tó r io s e d c Pre- vidência G eral, çouuinfcando q u e por despacho do M inistério e M i­nistro das Finanças, o pessoal o- perario em p re gad o nas o b ra s «* d ep en dendas desta C â m a ra está sujeito a o p a g am en to do imposto de 2% sobre os salários p á g ò s pa- rã o fundo de auxilio ao d esem p re­go, criado pelos decretos 20984 e 2 12 3 3 . Inteirada.

= O f i c i o do instituto de O fta l­mologia Dr G a m a Pinto, e n v ia n ­d o a conta da desp-sa feita no m es­mo Instituto pelo doen te J o io A u ­gusto, na im portada de 96$00. M andou satisfazer.

— Ofic io do com andante da S e c ­ção da u u a rd a Nacional R epub li­cana, desta vila. pedindo para que na epoca próp ria seja dado com eço ás obras de reparação do edificio e n d e está instalada aquela

i _ * _ r>» »•«

a falta de ngua potável co m que a mestna vila está luctando, visto a

. fon te denom inada de vila necessi­tar de urgen tes reparações e o an tig o p o ço da vila, p Ias suas condições anti-higienes não ofere­cer condições para que a sua agua seja aproveitada.

Deliberou esta com issão m an­dar proceder ás necessarias repara- ç õ s na fonte, e limpar o p o ço da vila, depois d o que este será tapa do e adicionado de um bom ba.

— Necessitando o pontão d c V ale da Vaca. na freguesia de M o n ­targil de a lgum as reparações, d e ­liberou mandar proceder a elas.

— Resolveu mandar afixar editais sntim ando os proprietários de ter­ren o s atravessados peio ribeiro das G a ias , a desimpedir o leito do mesm o ribeiro, lo g o que se­jam findas as regas, so b pena de serem autua los e os trabalhas. e- xecutados pelo pessoal da C âm a ­ra, p agan do cada proprietário sua qnota pari? aa importancia dispendida, acrescida da resp cti va nvilla.

— Resolveu mandar afixar edi tais co n v id an d o os proprietários de la g a r de azeite, situados no con ­celho, a proceder ás obras de ca nalisação das aguas russas dos seus lagares,, sob pena de lhes ser apli­cada a multa respectiva.

= *T eudo alguns jornais da c a­pitai encetado contra a Junta A u tó nom a das Estradas umà violenta campanha, acusando aq iela entida­de de não c um prir com as o b r ig a ­ções que lhe com petem , deliberou a C om issã o Adm inistrativa por propostas do seu presidente í fiei ar ás Cam aras Municipais do dis

Seéção. Deliberou mandar p r u c e - 1 trito d e Portalegre, convidan do-as

E D I T A L

No dia 31 dtT Ju’l;ú,'findo, real«3u-se nos Olivais o enlace natrim onialdo nas-

isattra Castilho Pinto Nobre, gentil e prendada filua do Sr. Anacícto Pinto e da Sr/ D. Judite de Castilho, Pinto, de Lisboa, tendo paraninfado por parte do noivo seus tios Sr. David Lopes dos Santos e sua esposa D. Sofia da Con­ceição Simples Lopes, de Moscavide, e por parte da noiva seus pais.

Após a cerimonia foi servido em casa dos puis do r.oivo um delicado Copo de agua. seguindo estes em viagem de núpcias para o norte.

Com os nossos c.irnpriir.entos áeseso estimado assinante'e amigo Sr David jamos-lhes «na prolongada lua de melLo;:e= dos Santos, coãj,. madcraoisdle-e um funtro reptóo da felicidades.

der ás referidas obras,= O f i c i o da Direcção da Arm a

de Aeronáutica, pedindo inform a­ções acerca do estado do terreno do C am p o de A v iaç ã o desta vila' visto brevem ente ser feita um a v i­sita de inspecção a o m esm o cam- por dois aviões militares D eliberou maildar arrancar a lgum mato ali existente e informar aquela D ire c­ção do bom estado d o terreno.

Requerim entos.

j = R e q u e r im e n to de Rosa I w r n , da Ervideira, pedindo um subsidio de lactação a favor de um filli. Deferido, com o subsidio de 12$00 mensais.

— Requerim ento de José C a r d o ­so Calafate, pedindo para atraves­sar c o m dois canos de rega a e s ­trada mu iicip;il n o sitio do Ros- maniuhal, onde r ts ide D eferi­do.

Requerim ento de jo a q u im A n ­tonio C re sp o , de G alveias. pedin­do anulação de uma conti ibuiçào, por haver duplicação de colecta. E n carre g o u o chefe da Secretaria de colher ua Repartição de F inan­ças os elementos que a habilitem a pronunciar-se.

— Requerim ento do Dr. A n u p lio C orreia y A lb erty , luspector M u ­nicipal de Sanidade Pecuria, neste concelho, pedindo 30 dias de li­cença, que sem prejuiso para o serviço deseja gosar interpolada- mente.Concedida, dev en do o referido funcionário informar a secretaria logo q u e entre em g o s o de linceiv- ç i . *

O U T R A S D E L I B E R A Ç Õ E S

= Foi ordenado a passagem de guias de entrada nos hopitais C i ­vis de Lisboa aos doentes Maria Antonia Prates da C o n ce iç ã o e Vicente L o p e s C a r a g o .

= Foi apresentada uma re p r e ­sentação assinada pe los m em bro s que com p õ em a Junta da F re g u e ­sia de M ontargil , seguida de vari­as assinaturas de habitantes d a q u e ­la vila, pedindo para que a C â m a ­ra providencie de m e d o a debelar

I para em dia a determinar ofiarein ' ac: Presideute ua Junta A utono m a,

significando-lhe o seu ;igradeci- meitto pela ob ra realisadá e sua confiança pela obra <» realisar pela refetida Junta.

E X P E D I E í i t EA todos os nossos presados

assinantes que saiam p a ra as pra ias ou outrospontos de re­pouso ou veraneio, rogam os o fa v o r de comunicarem á nos­sa redacção onde se encon­tram p a ra lhes ser enviado o nosso jornal.

O Doutor Augusto Camos- sa Nunes Saldanha, Presiden­te da Comissão Administrati­va da Câmara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber que a Comis­são Administrativa desta C â­mara, deliberou em sua ses­são de )0 docorrente, intimar por este tnelc todos os donos ou possuidores de prédios a- travessados ou banhados pe­lo ribeiro das Onias, desta freguesia de Ponte do Sôr, a remover, findas que sejam as regas, todos os obstáculos que embaracem o livre curso das aguas do referido ribeiro, sob pena de serem autuados e os trabalhos executados por pessoal d:v Câmara, pagando cada proprietáiio a sua quóta parte da importancia respecti­va acrescida da multa apllca- vel.Para constar se lavrou o pre­sente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lu­gares do costume. M

Ponte do Sôr, 13 de A go std de 1932.

O Pre3idente,

(a ) Augusto C am ossa t f unes Saldanha

E M A V I S

N o lugar den om inado da S e ­nhora Mãe dos H om ens, realis un- se n o dia 28 do corrente, em h o n ­ra cia mesma Senhora, im ponentes festejos com o seguinte p rog ram a

A 's 11 horas - Entrado uo re­c in to da festa da afamada Banda M unicipal I o. de D eze m b to .

A 's 1 2 — Missa solene a gra n d e instrumental e serm ão pelo R eve­ren d o Padre Lima.

Term ina a missa reaiisa-se a tra­dicional procis.^ãp q u e p e rco rre rá o itenerario de costume.

A 's 16 h o r a s — C o n c u r s o de b ro aos iwatos com vai:osos pré­mios aos tres prim eiros classifica­dos.

Das 18 ãs 20.- h e i u — C o n c e r ­to pela referida Banda ? abertura do Bazar.

A 's 22 horas -R ea b ertu ra do Bazar, conçetto mujical e queima de um deslumbrante fogo. de arti­ficio. , i

11Foi publicada no Diario dc Governo de 12 do corrente, anova tabela do imposto do Selo.

E D I T A LO Doutor Augusto Camos­

sa NuttesSaldanha, Presiden­te da Comissão A d m i n i s t r a ­

tiva da Camara Municipal d e Ponte do Sôr.

FiíÇo saber que por deli­beração da Comissão Admi­nistrativa desta Câmara, em sua sessão de 10 do corrente, são por este meio intimados os preprietaríus de lagares de azeite situados na área deste concçlho, a procederem ás o- bras necessarias para a cana­lisação das aguas russas, sen­do punidos com a multa de 25S00, os que não respeitarem tal deliberação.

Paia constar se passou o presente e Outros de ígttal teor que vão ser fixados nos lu­gares do costume.

Porte dc Sôr, 13 de Agosto de 1932.

O Presidente,

(a) Augustc Ccm ossa Nunes Saldanha

PSLQQ8Q COELHOà . - l T O í ' i Í 3

-xSK-

PttM* rhy (ir

-A . i i O O I T A D E

Jacinto da Silua==COAf=

OFICINA D E F U N ILE IR OA v e n id a G d a d e tie Lille

1 ' O N T K I I o « o i *

E ncarrega-se de todos o s tra­b alhos concernentes á sua a r t e ' g a ra n tin d o c b o m acabam ento e

•solidez.

E > I f I I O STem sem pre a venda os ul­

tim as novidades literarias de escritores nacionais e estran­g e i r o s

R a m iro P ir e s F i l ip eLoja de Fazenda, M ercearias e M iuedzas

E h j >«x« í j « I i< lí« « l« i e m o l i r i , « « « f é

Ruas Rodrigues de Freitas e 1° de Dezembro

P O M T E b» o s o u

'• , ' “ f l m o c i d a d e , , j A n t o n i o R. G a ÍOMinerva A lentejana lR»*a V a * Monteiro

P O N T E DO SOR

Quinzunario noticioso literário, recrealioo e defens rdos interes­ses da região.

Conc/ições de ass ina tu raEm Fonte <)o Sor, trim estre.. . . . 2% 10 Fora de Ponte <lo Sor, trimestre. . 2$40Num ero avulso . .............................. $40Pagamento adeartado.

A N Ú N C I O S

N a secção «■.ompetente Linha ou espaço de linha

corpo J2..........................$4010.8

.$60$80

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

5 *****

*+M**M+

coserDA ACREDITADa MARCA

51NG E f ^Vende ern Ponte do

Sor, a empregada

TE R E ZA M A N T A A A A A

Encarrcgase de todos os concertos em máquinas des­ta marca.

★★*★★★★•k★*~k*

A A A A A

A v en ida C ida d e de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães.

A A A

Sor fido de pelarias finas, tais como : calfs, vernizes e pelicas das melhores marcas estrangei ras. Formas para calçado, rniu- aezs e ferramentas para s upuiu- rias.

Oficina de sapateiro.

C a lç ad o feito e por medida, para hom em , senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esm erado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas.

Pensão SorenseRUA VAZ MONTEIRO

F o n t e d o S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos dornicilios.

José M i e s da Silva & IrmãoRua Vaz M onte iro = P 0 N T E D O S O R

C h a p e la r ia c a m is a r ia c a lç a d o e m iu d e s a s .

R e c e b e m -s e c h a p é u s p a r a c o n c e r to s e t r a n s f o r m a ç õ e

A d iv is a d a n o s s a c a s a é

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m u l t o

R e v e n d e d o r d a a f a m a d a c e r v e ja T . ^ . I S r S I E l S T

imm

rus osP ro cu ra i em A bran tes a oficina de J o s é d o s

S a n t o s B i o u c n s , onde se fazem os m ais p erfe itos traba lhos de reparação ao alcance de todas as bolsas.

L e m b ra -s e aos S rs . p ro p rie tário s de au to m oveis que um a das especia lidades desta casa é a construcção e con­

c erto de m olas p ara os m esm os, g a ra n tin d o - se a solidez e bom acabam ento .

R eparações em m aquinas de costura, construcção de g ra ­des p ara edific ios, fogões, portões, etc.

M M Ç A f l B CARPINTARIA

daS»lva c£ figueiredo, JU.Avraida. <to* Oteiros = Coimtra

Telefone tL.°'9C9

SoaihòS, forros aparelha­dos, fasquio, ripa e vigamen- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guami- •ç5es e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado. 1

D E

Simplicio João AlvesM ER C EA R I AS, A Z E I TES

VINHOS, P A L H A S E CEREAIS.

Roenida Cidade de Lille— p. d o s o r

fí I

C e r e a i s , I j e g a m o s

e todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

V e r t d e a d u b o s s i m p l e s e

c o m p o s t o s , p u r g u e i r a , s u l f a ­

to d e a t n o n i o e d e p o t á s s i o .

Estabelecimentos na Ave- niia Cidade de Lille em Pon­te do Sore Longomel.

Y À G Ow Constructora Abrantina, L.é x

Telefone Abrantes 6 8W , . W!^ Carpintaria mecantca, serrdção de madet- kú ras fabrico de gêlo VI/wt o

s »t oS »

F ornece nas melhores condições todo o trabalho de car-

t o pintaria civil , taes com o: soalhos, forros, tod o s o s ti- pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

t o V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Sede e oficinas em A lferrarede

C c r r s s p o n d e n c i a p a r a , A . B E A U T E 3 2 ?

Wt oWt oft o

Biimiel ie Motas News i§

t w 1 èi *v

Compra e u en d e; II

C e r e a i s |e I r g o m e s |

A A A A A |

Praça da Republica '■

P O N T E D O S O R

Manoel J. Po iíiha & i João Baptista da RosaP O N T E D O S O RC om issões e Consignações

C o r r e s p o n d e n te d e B a n c o s e C o m p a n h ia s d e S e g u r o sEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi-

Z E T i l l x o sNegociante de Pescarias, Crea­

ção, Caça, Ovos, Fructas

Rua Rodrigues de FreliasPonte do S ôr

£ t a d ç i r a $ d e ? i c h o

P ara construcções a preços de concorrência. Vende G o n ­çalo Joaquim .

A ven id a C idade de L ille

P O N T E D O S O R

cas.

Anuplio Correia y AlbertfILvCecUc© " V e t e r in a x lo

—Ponte do Sôr—

C onsultas todos os dias.

ano Ponte do Sôr, 4 de Setembro de 1932 NUMERO 149

r . Propriedade da Empreza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na

‘‘ttlNERVA ALRNTP.JANA,, PONTE DO SOR

Redacção — Rua Vaz Monteiro cLo o r

“S

D I R E C T O R * A D M I N I S T R A D O R * j E D i T O R *P rim o P e d ro da Conceição *

* João M arques Calado * i★1 José P e re ira M ota A

*

- f "Vi «x CL© X<3 tSPrimo Pedro da Conceição

Josè V iegas Facada

E Í C E H T O S JE J E â H F I I O Tem "La Science du Boníiear”

Os moralistas consideram habitualmente a felicidade como assunto de somenos importancia; colocam-na ordi­nariamente no fim dos siste­mas de etica a titulo de cousa subalterna.

Comtudo, cousa alguma ha de estável nas instituições humanas e tambem nos sis­temas de moral sem a inter­venção da felicidade.

Sem ela nada ha solido, nada ha positivo nos funda­mentos da vida.

De que serve, pois, des­prezar-lhe a importancia?

A felicidade, como os deu- zes do antigo Olimpo chega sempre a tempo de fazer sentir a sua influencia na vi­da dos homens.

** *

A ambição das riquezas é g e i a ! ; o deus milhão exerce u m a influencia a bem dizer universal.

Ele anula, diz-se, os carac­teres firmes e reduz a nada os princípios mais estáveis das sociedades e dos indivi­duos.

Não obstante, os melhores homens permanecem invisí­veis ás suas solicitações e ás suas negaças.

E' que os encantos e as seduções daquela potência não residem nela mas sim em nós; somos nós que a embe­lezamos, nós que lhe atribuí­mos o seu poder invisível e os seus inumeráveis atrati- vos.

Basta que nos coloquemos em determinado ponto de vis­

ta para que todos os encantos do milhão desapareçam para todo o sempre.

* *

Havia uma oficina que tra­balhava sem cessar desde ha meio seculo e que enriquece­ra já duas gerações.

O fundador e seu filho vi­viam no meio dos operáru s sem jamais lhes ferir as sus­ceptibilidades. O luxo, se o tinham, observavam-no lon­ge daquele centro consagra­do ao trabalho.

O herdeiro, esquecendo a prudência dos antecessores, construiu um palacio magni­fico mesmo á ilharga da ofi­cina.

A inveja dos operários co­meçou logo a manifestar-se.

Mal o palacio se ergueu entre as variascasas, os maus sentimentos de muitos daque les homens encheram os apo­sentos do rico.

Amedrontado procurou ter mão na inveja, mas em vão. Comparando a sua miserável existencia com o luxo do pa­trão, uma raiva cega lhes inun­dou as almas simples.

Por duas vezes a oficina foi incendiada, as greves multiplicaram-se, bem assim os actos de vandalismo.

A fabrica fechou, e o pa­lacio abandonado proclama em torno a desolação em ter­mos tais que sobre ?s suas paredes se poderia escrever em grandes letras:

AQUI JAZ A INVEJA!

Luis Leitão

’*j'do Jfosso de cada dia" pessoas que desejem assistir

A Companhia União Fa­bril e a Chemical Industries, Lda fa zem exibir no proxim o dom ingo , dia 11, pelas 21 h o­ras, no Cinema Ideal, em ses­são de propaganda , o film ”Pão N osso de cada dia” f com o fim de desenvolver entre nós os modernos processos de agricultura e dem onstrar as grandes vantagens do em­prego de certos adubos.

P ara esta sessão foram fe i­tos pelo Sr. M anoel de M atos N eves, agente da Companhia U. Fabril, nesta vila, varios convites.

P or se terem esgotado os cartões de convite, podem as

a esta sessão requ isitar senhas de en trada na Farmacia Cruz Bucho, na Tipografia Minerva Alentejana, em casa do Sr. Manoel de M atos Neves e no guichè do Cinema Id e a i

i Agradecem os o convite que nos fo i d irigido.

í r a p Desportivo Mé m »! — Está aberta neste club lo ­

ca! até ao dia 10 do correntet a inscrição de jo g a d o res de

i fo c t bali, que desejem repre­sentar o grupo na próxim a epoca.

Do solo ã mliiÉO scr.ho é a Eiiftàzia da criança,

a imagem do jo v e m , a saú la d s d o velho. Todas as idades teem os seus sonhos, que, fantasíicos ou reais, deixam reminiscências que perduram através da vida. A voz débil da criança nos encanta com a narrativa de sonhos que tiáo vão além dos bri; quedos que lhe são com uns O sonho do adolescente é a repetição da sua ví Jd quoti diana, das siias esperanças de p ro s­peridade, dos ideais da vida sociai. O do ve lho simplesmente a k m - brança do passado. H t sonhos que exaltam a cora g em e ha-os que

p rov ocam a repulsa dos (actos imaginados.

N um e noutro, a nossa c o n s c i­ência se p.-rde em coifas irrealiza- Vc-is que não con segu im o s explicar, a não ser pela excitação nervosa que eles p ro v o c am .

U n s deixam uma leve record a ­ção impossível de reconstruir, ou tros uma lembrança iuesquecivel. São estes últimos que nos chamam

à realidade.- São passados mêses que pela

janela do meu quarto, numa noite em q u e o calor redobrou de inten­sidade, contem plava absorto em mil pensamentos a imensidade de estrelas que p o v o a v a m o ceu. N e s ­ta cointem plaçâo me quietei, não sei quanto tempo, debruçado sobre o peitoril. Tinha adorm ecido. B a ­fejado pela brisa da manhã que se aproxim ava, levei as mãos aos o- Ihos, olhei o firm am ento, e, as es­trelas que tinha contem plado havia desapai ecido.

i Q u e tempo estive ali, se eu ti­nha dado um io n g o passeio? Foi sonho! exclamei.

Sim! A o sol posto de um dia a- m en o de Setembro, en con tra va-m e numa grande praça de aspecto a- Ifgre e atraente. A o fundo, sepa­rados por uma estrada, s o m b re a ­vam frondosos platanos. A u t o m o ­veis marchavam , todos 110 mesm o sentido, ocupados por senhoras de vestes visto»as e lábios de carmin, sorrin do com o cm dia festivo. Fes­ta não era, p o rque aos sábados to ­dos cuidam repousar de uma s e ­mana de labuta.

O lh o em volta e descubro a c e r ­ta distancia, co m o quem aguarda a partida de um c o m b o io , um g r u ­p o de cavalheiros, trajo de festa e sobretudo no braçe.

E era festa certamente! U m a ceia americana! dísseram-me do lado,

Um a ceia americana neste lindo solo de Portugal, onde tudo é p o­esia e encantamento. P o rq u e não dizer à portuguesa se tudo nela será portuguê ?

E' a moda essa terrivel doença q-ie arruina os lares mais abasta­dos e leva para a miséria os mais sérios dos trabalhadores.

Nestas considerações fu; cami­nhando, e não sei c o m o encontrei- me num outeiro. Em volta apenas estevas pouco viçosas. U n s p e q u e ­nos insectos rum orejavam . U m riiido mais forte e pareceu-me dis­tinguir um coelho fugin do á a p r o ­ximação do caçador.

A encosta fronteira parecia p o ­voada de estielas. Eram "tampadas electricas ilum inando um jardim. A lg u n s instrum-ntos músicos ch a ­

maram a minha aterçSn, e por e n ­tre a ramaria vi passar os m esm os vultos que ao sol poente vira na praça dos frondosos plátanos.

A lg u m a s horas d u ro u esta cena, até que tudo serenou por m o m en ­tos. la com eçar a ceia à am erica­na. Iam servir-se delicadas e d is­pendiosas iguarias, para reco n fo r­tar os co rp o s e x te u u a d js pelos folguedos,

Risos, alegria festo!N o oriente a lua a p a re c h pálkJa,

co:no que en vergonh ada, À tr.eu lado pareceu-me o u v ir o quer que fosse. Seria outro Coelho? Olhei. Et a um velho, gasto pelo trabalho de lo n g o s anos, que se levantava. Reconheci neie o tio A n d ré a q u e­le h. m m a quem o peso dos fi­lhos nào deixou um mo nento de descanço.

Havia largado tarde o seu tra­balho, e para dtscançar um pouco, adorm ecera junto de mim. Sem o saber estavamo-uos acompanhando.

D eu-m e as "b o as noites" inqui­riu do que se passava na outra vertente e dispunha-se a partir.

Roguei-lhe permissão para o j acom panhar, ao que ele acedeu.

F o m o s cam inhando e c o n v er- I sando sobre realidades da vida.

Q u iz contar-m e a sua historia. A c e i­tei. la o u v ir a v o z do passado e . . . q u em sab '? a lição do futuro.

M eus pais dizia ele, eram muito pobrezin hos e não g a n h av am pa­ra a alimentação d< 5 oito filhos q ue D>íus lhes deu. Eu era o mais ve iho. A o s dez anos mandaram me guardar gado. Q u e noites passei! U m a vez os trovÕ :s eram tantos que assustavam os cãis. O s lobos atacaram e por mais que eu fizps se não consegui livrar o melhor carneiro. Tinha eu qujiize anos q uando o meu pai faleceu. T r o ­quei então o cajado pela enxada que ainda vês ao meu o m b ro . Mi­nha mãi foi-nos criando com o poude aié que cada um seguiu o seu destino. Casei Deus foi servido dar-me tambem filhos T o d o s vivern pobrezinhos, po rq ne a gente é tanta que não ha que fazer. Minha m u ­lher encontra-se doente ha tiês mêses. A q u ilo deve ser fraqueza. Se tu fores a minha casa nào en­contras pão nem tição. A q u i tevo um resto que me sob rou e que farei com er à minha velha apenas chegue. Acredita a m ig o , nunca julguei a pobreza bater-me assim á porta. E ver a gente tantas c o i­sas novas, que os hom ens fazem, que tudo parece riqueza!”

Despertei: A aurora vinha a rom per. Q u e sonho! U m quadro de luxuria, ou tro de miséria! U n s a banquetear-se entre risos, o u ­tros a lamentar-se entre lágrimas!

Se me lerdes, pesai na vossa consciência a vida dr s desgraçados, p o rq u e o tio Atické do tn m so­nho, simboliza c chefe dos íares sem pão.

Mos I CoifcioCom este titulo fundou-se

ha pouco em Lisboa uma ins­tituição que tem por fim, es­pecialmente, socorrer na inva­lidez todos os trabalhadores do comercio.

N3o limita esta benemerita instituição a sua esfera de ac­ção unicamente á capital, on­de tem nào só a sua séde co­mo uma casa de repouso onde j á se encontram cerca de duas dúzias de internados qtie go- sam livremente e á vontade os confortos que esta util ins­tituição lhes proporciona, e antes estende-se a todos os trabalhadores do comercio de qualquer ponto do pais.

Ora, não se limitando como atraz dizemos a sua acção só a Lisboa, é, sob todos os pon­tos de vi ta conveniente que todos os empregados no co­mercio até dos concelhos mais reconditos se associem a tâo grande como bela iniciativa, de cujos fruetos poderão ainda um dia vir a ter necessidade.

Esta magnanima iniciativa, que por todas as terras está sendo acolhida com o mais carinhoso aplauso, pela gran­de lição de altruismo que en­cerra, merece que todos os que labutam no comercio a auxi­liem com verdadeiro amôr e a elevem a par das mais pres­timosas instituições de filan­tropia.

Alguns nossos irmãos de oficio se acolheram já á sua benemerita acção, sem a qual, triste é dizê-lo, se veriam a braços com a miséria no ulti­mo quartel da vida.

Para todos os que labutani no comercio no concelho da minha naturalidade, que é o de Ponte do Sôr, eu faço 0 meu apelo pedindo se inscrevam na modelar instituição “Invá­lidos do Comercio."

Lisboa E. N. Courinha

3 1 - 8 9 3 2

Serip.

p a d ç l r o s

Por um decreto recente to­dos os proprietários de pa- oaiias, fornos de coser pão,

' depositos de venda de pão,

etc., que sejam manipuíado- res, e bem assim todo 0 pes- scal que se ocupe na manipu­lação, venda ou distribuição do respectivo produeto, para exercer o seu mister tem que ter o seu cartão profissional.

Pela secção administrativa da Camara Muniçipal foram

! afixados editais nesse senti- j do e prestam-se todos os es- i darecimentos necessários.

ssiiiei “ 1 »11117770

-A .

Carta de EsperançaVinha amiga:

Em resposta à minha carta q uiz o teu coração conceder-m e o mais alto favor que poderia am bicionar. Se é certo, c o m o creio, os verso s incarnarem o mais intimo sentir de quem osf.-z, estes ve r­ãos que tu me envias, sein mais uma palavra, são pedaços da tua alma dolorida, farrapos do teu ser, que sangram ainda, e me falam tics r i­tm os m tiancolicos d?. D o r que julgas ter aniquilado, para sempre, em ti, a rubra flor da A legria .

Q u e lingua harm oniosa a dos teus versos! T ã o divinam ente melodiosa que depois de os ler fica nõ ar, pairando, a v ibração musi­cal da sua voz! P orq u e eles falam, suplicam, choram cantando! E o ar. as arvores, o p rop rio ceu escutam, extáticos!, Sortilégio da arte! Quasi m e esquecia de que tu, minha pobre am iga, por detraz destas p á g i­nas— vitrais dum son ho q u e m o r r e u — continuas estorcendo as páli­das màos enquanto, as lágrimas pendem , trémulamente, das cílios ne­g r o s dos teus o lhes negros.

Bendita a dor que te sagrou poetisa entre as poetisas que o são c se fez chama e soluço, q ueixum e e paroxism o, na carne convulsa dos teus poemas!

Peimite-me q u e exteríorise, minha am iga, a transbordants adm ira­ção q u e o teu manuscrito me inspira. A d m iração e surpresa. E ’ que et» não sabia que pudesse ocultar-se, por tanto tem po, a insofismável vocação artistica que me revelas hoje. Eras poetisa e não m o tinhas ditol Sentias, 110 recolhim ento claustral d o teu ser, os vô o s d i inspira­ção,a vertigem ascenciona! do g e n io que se exercita, e não disseste nada.

Todavia , quão grato isso teria sido para 0 isento am ôr q u e sem­pre nos uniut

N ào fizeste acom panhar os teus v e rso s de qualquer palavra, ta lvez por que sentiste que as palavras banais profanariam a torrente musical, cristalina, da linguagem em q u e sò sabem falar os músicos e os poetas, a l inguagem cantante em que me falas. • .

O silêncio! Â n fora d o iro em que ressoam os cânticos prestigio­sos que nunca puderam materializar-se por serem imperceptíveis para as m u l t id õ e s . . .

N a alucinada rapidez com que li os teus versos, sedento de beleza, sentindo em briagar-m e na sua perfeição vert gin» sa e crescen­te, parava ás vezes, p o rq u e sentia o estenteam ento oas culminancias deslum brantes.

Q u e encanto de simplicidade e q u e profun do sentimento q u a n ­do, sem lagrimas já para chorares, cantas, pensando uo inspirado. Ausente:

" T r is t e . T r i s t e . . . T ã o triste que nào sei Se a lgum a vez terei consolação!

, T ã o triste meu am or, que. o coração Se me cansou de tanto que chorei!

E destjas a morte, a redenção, p o rq u e “ lá’ ’, poderíeis reco­n hecer-vos melhor, in te g ra n d o -v o s um no outro , na génese misterio­sa da nova vida.

; " Q u e r o m o r r e r . . . d o r m i r . . .d o r m ir . . s o n h a r . . .Ser chama eterea, estiêla deslumbrante,O p ó universal, a vo z do mar,Ser lama, tudo, m enos sêr-pensante!M o r r e r . . .M o r r e r num leito de luar,O u v in d o ao lo n ge as imtsicas do C eu! - . •"

N ão me canso de ler os teus versos, nem sei preferir uns aos outros. E* tal 0 seu p o ier narcotisante que m e fazem oividar a dor q u e os inspirou. Mas o sofrimento h u m a n o tem um limite, c o m o 0 p ra zer e a felicidade. E ‘ isso que tu q ueres d 'zer naquela quadra:

"D e p o is da Noite — a Mãe das form as p a vo ro sas ,—De pois da Som bra hiante em q u e soluçam astros,Desponta a L uz, o Sol, que anima os alabastros.Q u e beija e alaga em sangue as pétalas das rosas."

Repa»o que nào titulaste os teus poem as. P orq uê? P o rq u e os e n v o lv e assim um s e g iê d o mais esfitigtco? P orq u e o titulo da ob ra é a sua sintese e concretisação, e tu nào quizeste desnudar- tt ?!

C r e io adivinhar a causa o c u lta . . . Faltou te a corag em para te debruçares, perscrutando, sobre o lag<resplendentí* da tua alm a. E* que tu, queiídita, presentiste que a lg o de n o v o ren asc ia . . . E tiveste mêdo.

N ào devem os ocultar-nos nada. i 'ara mim, o teu l iv i in h o in- 4itular-se-há: ‘ • A lv o r e s c e n d o " . . .

A alvorada diviso-a eu neste terceto que lembra um punhado de pétalas sôltas ao vento, e onde perpassa o iô p r o eterno e divi- n ato rio Ua Esperança e da Vida:

* " A lm a s do A r levíssimas, aladas,Alvorescentes form as do Luar,Q u e sonham com estiêlas e com f a d a s . . . »

A tua mocidade ressuscita, triunfa da conven tual tristeza e m q u e julgaste poder amortalhar o resto dos teus dias; - q u a n d o , afinal, s ó se principia a v iver depois da prim eira provação.

Dize-me: o que era que sentias quan do, junto ao m a r,o lh a n d o as inquietas scintilaçôes de glauca superfície, o u v in d o o frémito alvi* nitente das espumas, escrevias:

« O ’ Mar, quem dera tua fôrça eterna!»?S o b a ondulação das aguas agitam-se tritões, e, quantas vezes,

na imaculada brancura das espum as, se desenham as formas aurorais de ninfas descuidosas.

Acreditaste na Morte, e a Morte não existe. Sô existe a Vida, a Vida-Inextinguivel, mutável, cromática. A Vidal

Os Telefones

em Qalveias, se completou urbana. Fal- consequencia,

Nos primeiros dias de Ju­lho, passado, foram inaugu­rados em Móra e Cabeção, vilas que ligam com 0 nosso concelho, as respectivas ca­bines telefónicas, tendo, por tal motivo, havido naquelas localidades grandes manifes­tações de regosijo. Vai assim a Administração Geral dos Correios e Telegrafos cum­prindo 0 programa que se propoz de estabelecer a rede em todo o país.

No nosso concelho tambem já usufruímos as regalias de tão util melhoramento, ha meses na séde do concelho, e ultimamente em cuja vila tambem a rêde ta-nós, por Montargil.

Esta importante vila, não só devido ao seu desenvolvi­mento como á grande distan­cia a que se encontra das ou­tras povoações importantes, tem incontestável direito a be­neficiar tambem deste tão ne­cessário melhoramento. Assim parece o reconheceu a Admi­nistração Geral dos Correios e Telegrafos, que segundo nos informam mostrou a melhor boa vontade em servir os in­teresses daquela vila.

Carece, porem, para isso, do auxilio particular, pois que, sendo a linhi a estabe­lecer para Montargil de cer­ca de trinta quilometros, tor­na-se mu i t o dispendiosa a sua construção e não pro­duz rendimento que compen­se 0 capital empregado.

Com 0 fim de poder ser prestado esse auxilio, foi a- ! berta naqvela vila uma subs­crição destinada a adquirir os postes necessários, e que se­gundo os melhores cálculos custariam uns 5.300S00. Não foi esta, segunda cremos, co­roada do melhor exito, pois as quanlias ofertadas ficaram áquem do que era necessário.

Não sabemos se os pro­motores da subscrição puze- ram já de parte a ideia de prosseguir no seu intento.! Não 0 devem fazer porem, e j antes, tentar por todos os i meios ao seu alcance obter j aquela quantia, não deixan­do perder a oportunidade que se lhes oferece.

Ha Montargileuses espa­lhados por varios pontos do pais que gostariam de ver a sua terra dotada com tão u- | til melhoramento, e certa- j mente contribuiriam para ele : se a comissão se lhes dirigis­se. Com 0 auxilio que a Jun­ta de Freguesia e a Camara ! Municipal poderiam prestar

/V iuz d a r ibalta

Prom ovida pelo g r upo àra - j ma/ico da D elegação do Sirt- ; dica to Ferro■ Viario de Torre dos Vargens, realisa-se hoje, no Cinema Ideal, uma rêciia, em que subirão à cena as hi­lariantes com edias Um servo perigoso , D ispa essa farpela e O Capitão de Lanceiros, alem de um acto de varieda­des.

P or especial obséquio abri­lhanta o espectáculo 0 Sr.

João Corona Linares. gu i tarrista eximio, que durante alguns anos viveu entre nós, que executará à gu ita rra a l­guns interessantes números, sendo acompanhado á viola p o r seu filho Sr. Francisco Li­nares.

A tuna do Grupo D esporti­vo M atuzarense abrilhanta tambem 0 mesmo espectáculo.

D evido aos belos elemen­tos de que 0 espectáculo se compõe è de prever qae na­quela casa de espectáculos se esgote hoje a lotação.

C in em a Id e a l

Reabre no proximo dia18 do corrente esta casa de espectáculos local, que ha alguns meses se encontra en­cerrada. A empreza que está animada dos melhores dese­jos de satisfazer os mais exi­gentes, conta fazer exibir esta epoca algumas das melhores producções da cinematogra­fia.

T^écifa de j7m jdores

Como noticiamos, realisa­ram-se nos dias 21 e 28 de Agosto ultimo, na séde do Eléctrico Foot-Ball Club, des­ta vila, e promovidas pelo grupo dramatico do mesmo club, duas récitas, subindo á cena o drama em 1 acto, Nobreza do Artista e a co­media em 3 actos Genro do Caetano, alem de interessan­tes actos de variedades, ten­do os espectáculos agradado.

Visado pela com issão de censura de POrlalegre

parece-nos seria caso resol­vido. De resto, forna-se cari­cato para Montargil, a vila mais rica do concelho, ficar privada de um melhoramento desta ordem por uma bagatela.

Quanto ao estabelecimen­to da rede urbana na séde do concelho, perdidas as melho­res esperanças, só 0 espera­mos lá para as calendas gre- gas.

Bendita a dôr que te s.;grou!Bendita «a Luz, 0 Sol, que anima os alabastros»! Beijo-te as màos.

Ponte do Sor, 30-V111-32Moura Junior

ioão Baptista 3ulio BarnadofteRei da Suecia c o m 0 titulo de

D. João X I V .Poucos hometis se teem elevado

tanto pelos p ro p rio s m erecim en­tos. Bernadotte nasceu em Pau, na França, a 20 de Janeiro de 1764. Assen tou praça aos l ó anos c o m o simples soldado, e em 1799, isto é. catorze anos depois, tendo sucessivamente seguido todos os postos, era ge n e ra l de brigada. N o ano seguinte era general da Republica francesa, ministro da gu erra em 179Ó e 110 ano seg u in ­te conselheiro de estado e general em chefe do exercito de Oeste. N om ea d o em 1894 marechal do império, recebeu depois 0 titulo de principe de Ponte C o r v o

Em 1810 os estados gera is da Suecia elegeram -no principe herdei­ro e foi adoptado por filho 00 rei C ar lo s XIII. F inalmente em 1818 foi Bi rriadotte procl mado rei; e, o soldado de 1780, sentava-se 110 tron o da suecia e N oru ega on de foi sem pre a sua divisa. * 0 am ôr no ireu p o v o é a minha recom ­pensa . '1

COBBESPflHDtKRlAS1 T I Z A

N o passado dia 28 um g r u p o de rapazes desta vila, p r o m o v e u uma garraiada em beneficio da Santa Casa da Misericórdia. A colauorar neste gesto um g r u p o de sen h o­ras p ro m o v e u a festa da flor.

Em bora não esteja ainda averi­guada a receita liquida destes g e s­tos é de presum ir que a M iseri­córdia receba pe rto d e três mil escu­dos, o que não é m uito, mas já é auxilio. O xalá não st ja a ultima vez que a generosidade dos p r o ­motores se faça sentir.

--Realiza-se amanhã, 1 de S e­tembro, o enlace matrimonial da menina Maria C o sta Paralta, de Niza, gentil filha do snr. A n ton io Paralta C u ra d o , e da snr*. A n a de O liveira Costa, c o m o snr. Joào da Luz Fazendas, de Arez, filho do sr. M anoel da L uz Fazendas e da snr*. Elisa de Jesus L o u ro , sendo madrinhas da noiva as sr*\ Isabel Costa Paralta e Maria da Piedade T e m u d o Paralta e padrinhos por p ir te do n o ivo os snrs. Professor A n to n io P ed ro C h am b el e Dr. M ario M iranda M onteiro.

A o s n oivos e n v ia m o s o s nossos parabéns e os desejos de mil 01 os- peri lades e venturas,

3 1 = 8 = 3 2 C .

;% I o d a s a s p e s s o a s a q u e m e n v i a m o s o i i o s s o j o r n a l p e l a p r i ­m e i r a v i * z e o n ã o d e ­s e j e m a s s i n a r , r o g a ­m o s a f i n e z a d e o d e ­v o l v e r e m a e s t a r e d a « * e ã o a í i m d e n o s e v i t a r e m m a i o r e s d e s p e s a s .

^ í a r ç a n o

Com 13 anos de idade e exame de instrucção prim ai ia. OJerece-sQ. Imforma esta re­dacção.

. A . 2 v i O

C a n t i r . l i o d o s ItT0 -7-0 3

A nttir flo prsdio CIuzbbIo. . . —Pois meu amigo, vou-te

lontar a história daquela a que iu chamas "A mulher do prédio «inzento". —E o meu camarádu Marcelino das Neves, parou um momento, acendeu um cigarro, aspirou 0 duas vezes e prosseguiu— Essa mulher que vive no pre­dio cinzento tem. uma história de omor na sua vida.

Chama-se lida, é filha única duma fam úia distinta e frequen­tava a sociedade, t r a bela rnara- vi hosamente bela. Alta. esbelta, o busto graciosamente modelado, o pescoço duma brancura imacu­lada, sob a qual assentava uma cabeça linda, de cabelos loiros, desse loiro fulvo do das filhas da forte Albion, lida era u bele­za personificada: Os lábios eram rosados e ao entreabrirem se num sorriso, deixavam ver uma fiada de perlíferos dentes. Os olhos erum azuis, desse azul misterio­so das mulheres sensuais, donde irradeavam reflixos de ternura e de volúpia.

Essa mulher apesar de ter um giupo de numerosos admirado re-, não acreditava no amor.

Passava por todos, olímpica- me ‘te bela e jamais 0 seu cora­ção pá pitára por homem algum Ace que um d i a . . .

No Natal de 19. . .a "elite” da capital acorreu ao salão da Con dts^a de C . . . En f r e 0 número dos convidados contava-se lida que naquele dia estava mais bela que nunca. Ao prim eiro' cotillon" joi-lhe apresentado Joaquim Ma­noel Pires, havia muito ausente no país e que andáru viajanto por França e Itália. Era um mancebo de boa apresentação, alto force, elegante, com um pequeno buço a sombrar lhe. 0 lábio supe­rior, enfim um ' g< ntlcman" na verdadeira acepção da pulavra

Pires ficou extasiado perante a beleza peregrina de lida mas este êxtase que já se estava tor­nando ridiculo, fo i interrompido por mim, ao apresentá-lo:

--Osnr. Manoel Pires, dc quem lhe f a l e i . ..

— Muito prazer. . . -Igua lm en te .. . lida por sua vez tambem ficá

ra impressionada pelo porte va­ronil de Pires. Este convidou-a para dançar. Naquele momento tocuva um tango e a luz rosada que iluminava o salão, a tepidez da saia, os perfumes que embul- sainavam 0 ambiente, a langui­dez da dança, tudo isto influiu no ânimo de Pires, que ditou à sua diva as palavras que em tur­bilhão lhe afluiam aos lábios.

lida retirou se cedo do baile não sem que Manoel Pires dela se despedisse Há agora aqui um ponto em branco disse Marcdi no das Neves Um belo dia lida desapareceu da casa paterna e fo i para Paris em companhia de Pirts. Nunca mais soube nada dele até que há trez meses lida voliou a Portugal em companhia de uma filh inha : Preguntei lhe por Manoel Pires e fo i com a vi z entrecortada de soluços que me disse que morrera Aqui na capital sofreu 0 ultimo desgosto da sua vida: a filha morreu dei­xando a pobre mãe num deses pero mortal.

7 u sabes lá calcular a dor da pobre mãe ao ver morrer a filha que avivava 0 seu único amor e tra 0 último laço que a ligava àterra!. • •

—E depois-preguntei— —Depois esteve uma semana

entre a vida e a morte. Escapou mas enlouqueceu. Atem naquele prédio cimento, quasi sempre her-

Ediíicios Escolares! Foi ha dias arrematada pelo Snr. Jacinto Miguel Churro,

! pela quantia de I0.900$í)0, a ultima empreitada do edificio escolar de Longomel, que a Câmara Municipal mandou construir com o auxiiio do povo daquela aldeia, que ex- pontaneamente se prontificou a tào belo gesto, auxilio que aliaz foi bastante apreciavel.

Este exemplo devia ser i- mitado pelos habitantes de outros povoados, pois desta forma veriam mais depressa e com menos dispêndio para os cofres públicos realisadas as suas aspirações.

Cabe bem aqui dizermos que nos últimos sete anos al­guma coisa se tem feito 110 nosso concelho a favor da instrucção, e que vão longe, felizmente, os tempos em que se passavam anos sobre anos sem que 0 Municipio ou 0 Estado dispendessem um cen­tavo sequer na construcção' ou.reparaçào dos edificios es­colares, e em que as^escolas instaladas em pardieiros in­fectos sem ar nem lu,z mais pareciam imundas pocilgas.

Isto é consolador para quem deseja ver extirpado o gran­de cancro que é o analfabe­tismo no nosso pais e der­ramada sobre o povo a luz da instrução, para que este pos­sa caminhar na senda do pro­gresso.

Durante este tempo cons­truiu a Camara na séJe do concelho um magnifico edifi­cio para quatro lugares, que hoje é insuficiente, (nele le- cionam sete professores), em que se gastaram 133.000100, dos quais o Estado subsidiou com 49.000$00. Iniciou a construção em Galveias de um outro edificio escolar on de dispendeu já cerca de 10.000100; mandou reparar 0 antigo edificio da escola masculina de Ponte do Sôr, dispendendo nesta reparação uns 4.000$00; adquiriu ha dias por 3.000500, na aldeia da Ervideira, a casa onde fun­cionou a escola inovei, que vai sofrer reparações para instalação da escola fixa ul­timamente criada.

métieamente fech tdo vive lida em em companhia duma creada, can­tando sempre chamando pela f i ­lha,

Sainios de casa. . .Contra 0 costume o prédíc cin­

zento achava-se iluminado e da janela aberta debrubou-se uma silhueta negra, que cantou em voz dolente:"Dorme dorme creança,Dorme, meu querubim,De minh'alma esp'rança,Dorme e espera por mim*'

"Dorme, dorme creança, Dorme, meu querubim. ”

A gosto , de 1932

G aribaldino Andrade

No presente ano economi­co estão orçadas para outros edificios escolares a cons­truir, mais as seguintes ver­bas, que é possivel venham a ser aumentadas. Para Mon­targil, 16.000$00. Para Va­le de Açor, 5.000300. Para Galveias, 10.000100.

Ha, porem, ainda duas po­voações, pelo menos, que necessitam que o Municipio lance para elas as suasvisias. Sâo a aldeia da Tramaga, que couta uma população em idade escolar superior á lota­ção de dois lugares de pro­fessor, e á Pernancha de Baixo onde já em tempo funçionou uma escola mqvel frequentada por graude nu­mero de alunos.

Bem sabemos que Roma e Pavia não se fizeram num dia; mas é conveniente lembrar para que não caiam no es­quecimento.

Z E f e ! . n é r i d . e 3

I r l i s t ó r i o s o

A G O S T O

21 - 1 4 1 5 - D . João I, rei de P oitu ga l. toma Ceirta aos m ouros.

22 - 1 4 2 2 - É mudada a era de Cesar para a do nascimento de Jesus C risto . C o r r ia então 0 ano de 14Ó0, que ficou sendo 1422

23 — 1 4 S 4 - D . João II mata ás punha adas seu prim o D. D io g o , duque de Vizeu.

24 - 1 5 7 2 - Matança dos hugue- notes em Paris. São assassinados mais de 40 000 propestautes.

25 - 1 5 8 0 - B a ta lh a de Alcanta- ra em qu? D. A n to n io Prior do Crato é derrotado

26 - 1507 — A fo n so de A lb u ­querque destrói Curiate.

27 = 1554 D. Pedro da C u n h a com 4 galés portuguesas destroi 8 galés turcas nas costas do A l g a r ­ve.

28 - 1 4 3 0 - E * proclam ado rei o cardeal D. H enrique.

2 9 — 1641 São justiçados em Lisboa o marquez de Vila Real, o duque de Cam inha, o C o n d e de Ar mamar e outros por pretende­rem en tregar P o rtu g a l a C a s te ­la.

30 — 18 0 8 — C o n v e n ç ã o de S in ­tra em que se concedeu aos france­ses o sairetn de Portugal, depois de derrotados ua batalha do V i ­meiro.

S etem b r o

2 - 2630 — H orrivel erupção vul canica na ilha de S. M iguel.

3 = 1 5 1 3 - D . Jaime, d uque de Bragança, conquista A za m o r .

C ã o h l d r o i o b oNa ultima terça feira apareceu

no M onte das C ou relas , subúrbios desta vila, um cão ra iv o so , que depois de ter m ordido outros ani­mais da mesma espécie e uma v i ­tela, agrediu tambem Ji ão Francis­co, solteiro, de 18 anos, jornalei­ro, que ali se encontrava, ferindo- o num braço.

O animal foi abatido, v e r e f iu n - do-se pela chapa da coleira que trazia. estar registado no concelho de Borba, sup ondo-se que pei trn ça a um dos carreiros q u e - neste conceiho se em p regam 110 trans­porte de Cortiça.

Desde que no nosso concelho existe a vacina anti-rábica para os animais caninos, nunca mais se re­gistou, que conste, um caso de rai­va. E' este o prim eiro mas num animal estranho ao concelho.

Câmara JYlunicipaSessão de 10 de figoslo de 1932

Presidencia do cidadão José Nunes Marques Adegas, com a assistência dcs vogais cidadãos Luiz Branquinho du Costa Braga, e José dc Costa Mendes. ^

Correspondencia

Oficio do P ro v e d o r da M iseri­córdia de Poute do Sor acusando a recepcão do cheque de 700$00 que pela Junta G ir a i do Distrito foi feita por intermedio desta C a ­mara ao Director do D i-p en sa n o A n ti-Tuberculoso, desta vila. In­teirada.

— O tício do Instituto de Segu res Sociais C b r i g i t a r io s e de Pre- videncia Oeral, inform ando nào estarem as corp orações adminis trativas sujeitas ao pagam en to do imposto de l /0 para <r Caixa de A uxilio aos D esem pregados Intei­rada.

— O fic io do Inspector de Sani dade Pecuaria deste concelho , co ­m unicando começar uo dia 13 do corrente a gosar oito dias da licen­ça que lhe foi concedida. Inteirada.

- - \ J r c u la r do G o v e r n o C iv i l de Portalegre, transmitindo instruções referentes á o rg a n isa çã o dos p r o ­cessos sobre m elhoram entos rurais. Inteirada.

— O ficio da Seccão da G uarda Nacional Republicana, desta vila, pedindo para que esta C om issão providencie acerca dos esgotos do quartel. Deliberou mandar p r o c e ­der de m odo a obstar aos^ incon­venientes apontados 110 referido oficio.

Requerimentos

— Requerim ento de J o a q u i m G u e rre iro desta vita e Marcelino Clara Baiirão, de Galveias, pedin­do a passHgnn ue guias de entrada nos Hospitais C iv is de Lisboa. D e­ferido abonando-se a cada u m 60$ <0 para seu transporte e re­g i esso.

— Requerim ento de D. Rosaria da Assum pção, de Ponte do Sôr, pedindo para lhe ser ve n d id o o terreno de uma sepultura d o ce­miterio desta vila.

— Requerim ento d e Francisco Roldão Piment , do D om in g ão, para reparação de uma casa 11a Rua H cliodoro Salgado, em Ponte do Sôr e deposito dos materiais na via publica sem im pedim ento do transito. Deferido.

— Requerim ento d e Joaquina Maria Duarte, do Rosmaninhal, pedindo um subsidio a favor de suas filhas. Deferido c o m o subsi­dio de 8$00 mensais.

O utras Deliberações

— Foi enviada a esta Câinara uma representação do G r u p o M u ­sical M ontargilense, pedindo a c e ­dencia duma casa que serve de cadeia em M ontargit, c o m p r c m e tendo-se o mesm o g r u p o a co n s­truir nas trazeiras da igreja matriz

vir de cadeia. Esta cedencia é p e ­dida pelo praso de dez anos. D e ­liberou com unicar tal pedido á Junta daquela freguesia e pedir informações acerca de tal pretensão.

— Deliberou fazer aquisição de um trato de terreno em M o n ta r­gil, para nele ser constru ído o e- dificio da escola primaria.

t

V e n d e - s e

parte de um olival situado nas Zebreiras, proxim o da Salgueirinha, desta vila.

D ir ig ir a Bernarda Tere­za . Campo 5 de Outubro, desta vila.

A niversáriosSetembro

4— A menina Maria Angélica Fortes Manta.

5— Dr.-José Machado Lobato.6—Antonio de Pina Alves, ern Lisboa.7— D. Angelina Fontes Manta e Fran­

cisco Fontes Manta. •13 —Manoel Oodí bo Prates, em Mon­

targil e D. Margarida de Matos Ponti­nha.

14—Francisco Figueira junior, em V. d'Açôr.

'16— Antonio Martins Sanganha, em Lisboa e tenente José Mourato Chambel.

17—José Alves da Silva. '

Veraneando

Para Caldelaa a fazer uso das aguas partiu ha dias o ' osso amigo e assinan­te, Sur João Manoel Falca, da Fonte Branca.

— Veraneando encontram-se na Naza­ré os nossos estimados assinantes de Pon­to do Sor, Snrs ntonio Pais Branco e esposa, - ntonio Pita de O livein Serra, José I ereira-da Motâ, espòsae filhinhos, joão Ferreira da osta e esposa, D Lu- cinda Serr íoaquim Galveias Mendes, esposa e filhos, do Vale do Açor e José Pratas Nunes esposa e filha, da Pernan­cha de Baixo.

— Da r>az;-ré regress-ram ontem a esta vila a Sr°. D. Cecilia Filipe e sua sobrinha Sr*. D. Carmelinda Pires Miguens.

PartidaPara Tete, Africa Ocidental, otide vai

viver com seu maric!o o nosso particular amigo *nr. Doutor Joaquim Pires dos Santos Junior, part u ha dias a Sra. O. Flavia Machado Lobato, desta vila.

A d.spedir-se da Suâ Exa foram a L is­boa sua mana Sr . D. Eva Machado Lo­bato e marido Sr. José da Cruz Bucho e filhos.

Desejamos-lhe uma feliz viagem.Em Ponte do SorEstiveram ultimamente nesta vila os

110-sos presados assinantes ExmoS Snrs. josé de A Imeida Rodr gues, de Evora. Jo­aquim Domingues. da Régua, Manoel So aresSeveritio, da Comenda Joaquim ra Luz de Aldeia da Mata. José de Sousa G i­go, de Santa Barbara de N'exe. Joaquitn Amimes, da > h&nça. Francisco Ferreira Pimenta, i e Avis. Dr. Joaquim de Sous* Prates, Antonio G il de.Sous . Junior, D i. Antonio Rodrigues de Azevedo, Mano­el Au<>usto Courinha ejoão Jordáo, de Montargil. José Serras Pires, ue Aiterra- rede.

De Licença.Em goso de licença encontram-se

nesta vila os nossos amigos e assinantes Snrs. Francisco da Conceição Domingut s e esposa, empregado de via e obras daC. P. em Santarém e João de Oliveira Zezere, distribuidor dos Correios em Galveias.

Querida HmigoinhaFaço vo tos sinceros para que te

encontres repl t t das maiores- fe­licidades. Eu felismente t>em.

A m ig u iah aN ão calculas com o estou ansio­

sa pelo teu regresso da Praia para te contar varias novidades da nos­sa terra, mas c o m o dem oras ainda alguns dias vou còntar te uma das mais importantes; prev in o te para que não faças ai as tuas co m p ras p o rq u e nesta epoca é tudo por p r e ­ços m uito elevados, p o is temos cá uma n ova casa na Rua Vaz M o n ­teiro coin muitos artigos de n o v i­dade a preços excepcionaltnentrbaratos, tais com o: calcado nara iiuuiciis, scimotds e crianças, meiasdesde o mais baixo a lgodão á mai.-. fina seda animal, chapsus em feltro, lã e palha em todos os m odelos, grava tas e camizas nos tnais l in ­dos padrões da moda.

Pois segue os meus conselhos de am iga e vae lo g o que possas á casa

José Hiues da 5iíoa Rua Vaz M onteiro

Po?»»® ao

/ ; d u b o i

Ninguém compre sem con su ltar preços com Manoel de M atos N eves, que tende aos das melhores fabricas dopai s .

4

Jacinto da Silva= C O M -

O F IC IN A D E F U N IL E IR OA v e n id a C ida d e de Lille

P O N T K X> O S O U

Encarrega se de todos os tra­balhos concern entes á sua arte garan tin d o o bom acabam ento e solidez.

L I V R O STem sem pre á venda as ul­

tim as novidades literarias de escritores nacionais e estran­geiros

Minerva A lentejanaB sa T a s M onteiro

PONTE DO SOH

& S S 3 *

SERBAÇAO E CARPINTARIA1!

<& f i g u e i r e d o t «C*.daAvenida dos Oleiros «= Coimbra

Telefone b .° 903

Soalhos, forros aparelha­dos, fasauio, ripa e vigamcn- tos, madeiras em tosco e apa­relhadas Portas, janelas e caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni­ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre­ços que são os mais baixos do mercado.

Ramiro Pires FilipeLoja de Fazendas, M ercearias c M iuedzas

K i> i))< M !Íaji(U ti]e ©jis c h á « c a f é

Ruas Rodrigues de Freiías 8 1° da Dezembro---------4 ^ ® $ ^ ----------

6 * O T E D O S O R

“fl (Ibcidade,,Qatnzenarlo tto íícíoso . liferario,

recrealioo e defensor dos interes­ses da reqião.

Condições cie ass ina tu raEm Fonte do Sor, trimestre......... 2110Fora de Fonte do Sor, trim estre.. 2$40Numero avulso... ................. $40Pagamento adeartado.

★ ★★

A N Ú N C I O S

N a secção competenteLinha ou espaço de linha

corpo 12............................ $40« 10............................$60. 8 ......................... $80

Não se restituem os autografos quer sejam ou nâo publicados.

*

*-X

******¥*

■kl

Maqnínas puro coserDA ACREDITADa MARCA

s i n G E RVe/tile em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E Z A M A N T A

A A A AEncarrega-se de todos o>

concertos em máquinas des­ta marca.

h t o n i o R. GaioA A A A A

A v e n id a C idade de Lille

P O ST E DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcanena, P o rto e G uim arães

A á ASo rtid o de pelarias finas, tais

c o m o : cálfs, vern izes e pe!icas

das m elhores marcas estrangeiras.

Form as para calçado, miudezas e

ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro .

C alçado feito e por medida, para hom em , senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esm erado acabamento e solidez.

Preços ao alcance de todas as bolsas

José àItgs da Sil?a I IrmãoRua Vaz M onte iro = = P 0 N T E D O S O R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform açõe

A divisa da nossa casa è

G a n h a r p o o r o p a r a r e n d e r m tiíío Revendedor da afam ada cerveja T -^ .3STS2DnST

BSTÂMBLECfMBHTQD E

u i p l É João AlvesM E R C E A R I A S , A Z E I T E S

VINHOS, P A L H A S c o c n c M r o .

Bsenlda eitíade de L iíls— p. d o s o r

Pensão SorenseBUA VAZ MONTEIRO

DPorrte c io S ô r

Transpoite de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos os despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicilios.

§ h . ^ a u j a í & o t é o

M éd /co -C iru rg /â o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

Consultas na Ponte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, às 2.as, 4.as, 5.*s e ô.as feirasás 13 e meia horas

C e r e a i s , L e g u m e s

e todos os productos da agri­cultura, compra josé de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, pitrgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave­nida Cidade de Lille em Pon­te do Sore Longomel.

Y A G OWSMnsSM

Consírucfora Sbrantina, L.Teiofone Abrantes 68

C a r p in ta r ia m e c a n ic a } s e r r d ç ã o d s m a d e i-

SM

sm&wmsm

ras fabrico de gêio

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R 1 A

Sede e oficinas eaa A lferrarede

C c t r e s p o n d s a c i a j s a r a

Vl>

smf oVI/f}\SMSMSt/

&sm

SM

f \| Mnitoel le iate lues |sr fifaV ■— ■■■■■ ----- —

iMansa! I. PoR'*Eiha S

F i l l i o s

Compra 8 D3nde:C e r e a i s

e l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica P O N T E D O S O R

^ 9» > s a a e e c e c a ^

m i % j

&£ ,

tf í1 !

I N eg ocian te de Pesoarias, C r e a -

ção, Caça, O v o s e Frutas

Rua Rodrigues de FreitasP o n t e d o S ò r

Jsão Baptista da RosaI P O I t f T E D O S C RC om issões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de Seguros Encarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

. !

^ M a d ^ i r a s d e W r . h o

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE DO SOR

Higlio Coireia y Àihert;IK decljc© V e t e r i n á r i o

—Pente do Sôr—

Consultas todos os dias.

ano Ponte do Sôr, 18 de Setembro de 1932 NUMERO 150

Propriedade da Em preza deA M O C I D v l ) K

Composto e impresso na‘‘/AINERVA ALENTP-JANA,,

PONTE DO SOR Redacção — Rua Vaz Monteiro

3 Pon .te d.o o r

D I R E C T O R * A D M I N I S T R A D O R * E D I T O R 2? "VA IX O X 013P r / m o P e d r o da C onceição -K

* J o ã o M a rq u es C alado★★ J o sé P e re ira Mota *1 Prírno Pedro da Cocceiç4o

José V iega s Facada

i :: : i i

E’ deveras desolador o as­pecto que as ruas da nossa terra oferecem aos sabados, em que uma legião de men­digos se move em todas as direcções, arrastando os seus andrajos e lamuriando desdi­tas.

Esta vergonha que nos hu­milha, á medida que o tempo avança vai aumentando com novos elementos, que veem de outras terras, abusando da n o s s a hospitalidade e da brandura das auctoridades que os consentem, e uma vez estabelecido aqui o seu quar­tel não mais pensam em re­tirar-se.

Para nosso decoro impõe- se terminar comeste estendal de miséria que nada abona em-favor da nossa terra, e antes a rebaixa aos olhos das pessoas que a visitam.

Organise-se o cadastro dos verdadeiramente indigentes, que nâo teem nem saude nem forças para trabalhar; proi- bam-sede esmolar individuos ainda válidos, porque a men­dicidade para muitos repre­senta um negocio lucrativo; expulsem-se os extranhos que para aqui veem assentar ar­raiais e que são o maior nu­mero; e enquanto se não con­segue dar-lhe outro remedio, passe-se a cada um dos au­tenticamente necessitados um documento auctorisando-os a esmolar só em determinados dias.

Essa legião deminuirá ime­diatamente. Entretanto, as au­ctoridades administrativas a quem a nosso ver tal incum­be, teem uma simpatica e ge­nerosa missão a desempenhar —a de procurar extinguir de vez a mendicidade—, solici­tando o auxilio dos remedia­dos e dos ricos, da Câmara Municipal, da Assistência, dos Clubs da terra, de todos, enfim, que possam contribuir para estabelecer uma Sopa dos Pobres, assegurando o sustento a tantos infelizes que por ahi se arrastam.

A resolução deste proble­ma a nós parece-nos bastan­te facil. Dá trabalho, bem o sabemos, mas com vontade tudo se consegue.

Quem ha ahi que se negue a contribuir com uns magros escudos mensais para minorar a desgraça alheia? Cremos que ninguém!

E’ uma obrigação moral que todos saberão cumprir.

Em pleno seculo das luzes em que a civilisação atinge o apogeu, é uma vergonha ver o nosso semelhante estender a mão á caridade para não morrer de fome.

A Ponte do Sôr tem tradi­ções de generosidade que nunca desmentiu e decerto es­tará disposta a comfirma-las contribuindo para o estabe­lecimento de tão humanita- ria instituição.

f e i r a d s õ u f u h r o----------------------- ---------- I

Tendo corrido o boato de j

que a feira que nesta vila se ' realisa de 4 a 6 de Outubro, ' passaria d ’ora avante a fa - zer-se num outro local, infor- } mamos os nossos leitores de que nada ha resolvido sobre tal, sendo destitu ída de qu a l­quer fundamento a noticia propalada.

D am os esta informação p o r nos constar que ta l boato j á chegou a outras povoações, porque de resto todos sabem em Ponte do Sor que a C a ­mara não pensa em mudar a fe ira para outro local. Isso mesmo seria acarretar g r a ­ves prejuisos para o comercio e prejudicar grandem ente a dropria fe ira .

I m p r e n s a ^ o v a

" Q U A D R A N T E "

Tendo como d irector Jorge Ram os aparece brevemente es­te jornal.

Tem já instalada a redacção no Porto, rua do Almada, 560, o novo jornal "‘QUADRAN­TE’’ que será tambem um do- cumemario do panorama cul­tural oferecendo aos seus lei­tores as mais completas infor­mações do mundo das ideias.

A’ frente da nova publica­ção encontra-se o nome de Jorge Ramos nosso camarada do ' ‘Seculo” e antigo colabo- j rador deste jornal.

Assinai 1 I f o c i f l É ”

As iisias como enfeiteNo intuito de convencer

algumas damas a renunciar aos enfeites de chapeu e ou­tras peças de vestuário que se obteem com plumas, pe­nas e ás vezes com os pro­prios corpos embalsamados de aves exóticas, o sr. Eu­gênio Qeorge fala extensa­mente do muito que se encon­tra desenvolvido entre as aves o instinto maternal e,

j mais do que isso, o senti­mento amoroso entre os es posos que não raro ocaziona a morte de um dos cônjuges, quando o outro deixa de exis­tir—geralmente porque o homem o mata!

Depois o autor escreve: "Assim, não se pode crêrque as senhoras, geralmente com­passivas, persistam na sua cumplicidade com os mata­dores de creaturas que reve­lam sentimentos tão finos e qualidades morais tâo apura­das. Elas devem antes repu­diar os enfeites das especies animais pois não faltam no reino mineral e vegeta! gra­ciosos e atraentes adornos'’.

LJma publicação muito in- suspeita, o Larousse, mensuel apezar, de num artigo dedi­cado á especialidade afirmar que a industria da plum as- serie não utilisa nunca penas das aves mortas, escreve a respeito das aves que forne­cem as denominadas aigrettes e diz que as penas, caindo 110 inverno, são apanhadas por kilogramas em Outubro e No­vembro e, quando 0 serviço de apanha é feito a tem­po, essas penas são tão belas como as que proveem da ave m orta. Aqui está como se a- panha mais depressa um mentiroso que um coxo.

Não só se matam por mi­lhares as aves para lhes ar­rancar as penas como até se espera que elas estejam cre- ando os filhos para as matar, visto q.ue as penas mais cubí- çadas pelas damas sâo as que só existem durante esse tempo, e que 0 proprio La­rousse domina parure de no- ces\

Os caçadores das aigrettes chegam, surpreendem as a- ves nos ninhos, agarram ne- fas, despojam-nas das cubi- çadas penas e deixam-nas seini-mortas no chão, agoni­zando lentamente longe dos filhos, que por seu turno pere- ' cem de fome e desconforto no ninho, ha pouco tão animado

A o m é d i c o D r . F e l i c i s s i m o

Inda não vos esqueceu, leitores de ‘‘A M ocidade”, aquela gran de saudade do m ártir que vos morreu?

Um dia, por minha sorte e razão indefinida, senti-m e, quási sem vida, prêso nas asas da morte.

E f o i em Ponte do Sor P or caridade e dever que me tirou 0 sofrer O nosio santo D outor!

N ão me esqueço; e, como eu, há por aí muita gente que recorda, certamente, todo 0 bem que recebeu.

juntem os 0 nosso amor, rezem os em nossa crença; votemos saudade imensa ao fin ado benfeitor.

N ão ha só Odio e vileza nesta vida negra e dura; inda ha muita ternura nesta terra portuguesa!

S E T E M B R O de 1932

S i l v a n o

e feliz!Diga-se 0 que se disser, se­

ja qual fôr a eloquencia das pessoas compadecidas pelas pobres aves, nós cremos bem que nunca faltarão damas i- lustradas e opulentas que se protifiquem a comprar, embo­ra a pezo de ouro, enfeites i- nuteis, desnecessários, que alem de 0 serem suam sangue e dores e clamam alto na sua mudez contra a barbarie que é afinal esta nossa pre- tenciosa civilisação de hoje em dia!

E dizem-se religiosas mui­tas das pessoas que para se­melhantes iniquidades concor­rem! E ha uma egreja tão er­ma de sentimentos de pieda­de qua as aplaude e louva, simplesmente porque se con­fessam e ouvem missa!

Formidavelinfernode vida!Luis Leitão

Fesías so Senhor das Hlmas era

J{effirqs f lo re s ta lPor decreto publicado no Diario do

Governo de 9 do corrente, foi submetida ao regime florestal de simples policia, a propriedade das Almoinhas, situada na freguesia de Fonte do Sor e pertencente ao Snr. Dr. Manoel Rodrigues de Matos Silva.

AIONEflRSlQ

D esde ontem que se es­tão realisando em M ontargil interessantes f e s t e j o s em honra do Senhor das A lm as, prosseguindo estes hoje e amanhã.

Hoje tem lugar uma m issa resada na capela do Senhor das Almas, nos suburbios da vila, sermão por um distinto orador sagrado, procissão que sairá da capela de S . P e ­dro para a du Senhor das Almas, quermesse, concerto musical pela afam ada B anda M ontargilense, deslumbrante fogo de artificio e ascensão de um lindo balão.

O s f e s t e j o s continuam amanhã á tarde em que have­rá arraial no recinto dos f e s ­tejos abrilhantado pela m es- Banda, reabertura d a quer­m esse p a ra venda das prendas que restarem , bailes, etc.

No recinto dos festejos ha profusa e deslumbrante ila-

, mínação.

01251142

2 A Í M L O C X E L A J D E

£ r ò m e a 3 da> 'pt aia>

A antiga divisão da população ern clerò, nobreza e povo ainda não desapareceu completamente. Subsiste airida côni rótulos no- vos: ridps, rentediados e pobres, embora êèta 'divisão não conrres- ponda inteiramente á antiga. A ela ha a aumentar aindo uma sub-divisão:—a dos novos ricos.

Supunha atéjia pouco que esta nova espécie, não tendo meio pro­prio para st desenvolver , tivesse desaparecido. Mas não, pressiste e coritirfua vivendo. Aqui na Fi­gueira abunda.

Quem, com olhos de ver, percor­rer esta longa e linda praia, folheia algente portuguesa num resumo como diria tça de Quei- roz. ■ O

Mas onde sç-notam mais fa c il­mente as diferenças nã > é pro­priamente na praia:—é à noi­te nos casinos.

Aqui na praia confunde-se tu­do numa grande promiscuidade

E a confusão ás vezes é tanta que as mulheres se confundem com os homens na mesquinhez dos fatos de banho.

O banhista em trajo de banho forma um vasto capítulo de intro­dução ao nudismo.

Os homens melhor mosculados e as senhoras mais bem dotadas pe­ia natureza, não se cansam de exi­birias suds formas.

É imoral?A nós parece-no', que sim mas

coma tudo progride é provável que tsto seja o progresso da mo- r a l .

•Á- hora do banho a praia está repleta.

Muita gente abandona a som­bra dos toldos para ir á beira de agua ver o entusiasmo com que moços e moças se atiram á.frescura das ondjs O regres­so á barraca de maillots colados ao corpo, é tambem um numero com imensos admiradores.

Alas, como ia dizendo, na praia tudo se confun te, excepto o novo -rico. Ésse é inconfundível pelo seu dinheiro e bcçalidade, mas porque é insignificante, e no ge­ral malcriado, não nos ocupare­mos desta nova espécie.

A' noite, quem deambular pe­las imediações dos casinos come­ça a notar as diferenças desta população flutuante.

Os endinheirados vão para o Peninsular onde as meninas ar­rastam os seus magnificos vesti­dos de baile; os rt mediados l i ­mitam-se a passar a noite no Oceano ou no Europa, beber rican do cafée ouvindo música enquan­to os pobres, os que vem á praia procurar um bem merecido re- pi u.o, passeiam depois de jan tar pela explanada ouvindo o marulhar incessante das ondas.

A praia, como se vê, nu is aces­sível do que outrora ái boisas menos recheados, oferece acepi­pes, para todos os paladares, di­versões para todos os gostes.

r . da Foz, 2 de Setembro de 1932

■CTm, " o a n l i i sta, p o b i e

V I D A O F I C I A L .

NOMEAÇÃO

(jliilllies ÍCilfjeS 11(1 tUÉfll

Abrilhatados pela Banda dos Bombeiros Voluntários de Ponte do Sor, estão-se re- aUsando na Aldeia da Cu­nheira deslumbrantes feste jo s em honra de Santo Amaro, patrono daquela povoação, tendo-se ontem cumprido parte do program a que con­sistia numa tourada â vara larga, quermesse, tombola, arraial, bailes e descantes populares, fo g o de artificio e concerto musical.

Os feste jo s prosseguem hoje, havendo alvorada, p ed i­torio, fes ta religiosa, procis­são , arraial, quermesse e con­certo musical, e amanhã, ulti­mo dia d s festejos realisa se a Festa do Galo, fes ta que anda ligada á tradição da­quele povo, bailes, descantes popularts etc.

i r r a i a lPromovido pelo Eléctrico

Foot-Ba 11 Club, realisou-se nesta vila, no domingo pas­sado, no Largo da Igreja, um arraial para venda das pren­das que restavam da quermes­se dos últimos festejos orga- nisados por aquele club. ten­do sido abrilhantado por uma orquestra composta por ele­mentos da Banda dos Bom­beiros Voluntários.

C I I T E I M A . I D E A LCorno noticiámos no nosso

ultimo num ero, reabre hoje esta casa de espêctaculos local. Para a sessão que hoje se realisa escolheu a empreza o admiravel filme S. O . S . , drama em ocionante que se desenrola no mar im enso e sobre as areias escaldantes do deserto.

S. O . S. é uma das melhores produções que ultimamente se teem exibido entre i òs , e a e m p re ­za escolhendo-a para a reabertura dos seus espectáculos quiz asseg u ­rar ao num eroso publico que cer­tamente hoje ali acorre, um espec­táculo cheio de grandeza e e m o ­ção. A s magistraes interpretações das geniais artistas G ina Manés, Liane Haid e outros con sag rados artistas, são a garantia de um exi­to seguro.

E strada da Bem postaInformam nos que vão ser sustados os

trabalhos de construcção da estrada de Ponte do Sor a Bemposta.

Porta l motivo a Câmara Municipal deste concelho telegrafou aos Snrs. M in is­tro do Comercio, Presidente da Junta /'utonoma das Estradas e Governador Ç ivil do Distrito pedindo a sua iuterfe- i*5ncia de forma a que os trabaihos não paralisem.

Foi nomeado Sub-delegado do Procurador da Republica na 2 \ Vara Civt l do Porto, e de que já tomou posse o nos­so amigo Snr. Doutor José Marcos de Freitas Mórna, a quem felecitamos.

—Foi transferido a seu pedido desta vila para a do Crato,'o nosso amigo e assinante Snr. Joaquim Carrilho K .poso, que durante alguns anos aqui desempe­nhou as funções de guarda-fios.

Senhora dos P r aze, sComo é da tradição, renlisou-se no dia

8 do corrente, na sua capela, a festivi dade em honra da Senhora dos Prazeres, que todos os anos é 1 vada a efeito pe­los habitantes de Castelo de Vide em cum­primento de um voto.

Esteve bastante concorrida.

Visado pela com issão da censura dc Portalegre

CORRESPDHDEHT.IASBarquinho

A Banda dos B om beiros V o lu n ­tários desta vila, coiitraclou ulti­mamente para a n g e r o Sr. C a r lo s Lopes da Fonseca, habil maestro que já em tem pos e iteve á frente desta simpatica agrem iação.

O Snr. Fonseca que é um m u ­sico distinto e profundam ente c o ­nhecedor da sua profissão, está a nim ado da melhor boa vontade de f izer progredir a Banda colocan - do-a ao uivei das melhores dò Ri­batejo. A o s ex<.cutant s, . cu m p re pois, o indeclinável dever de. o au ­xiliar nos seus esforços, pois que, o b om ou mau exito que se ob te­nha depende em g ra u d e parte da sua força de vontade.

Pela nossa parte fazemos os me­lhores votos para que regente e executantes se em penhem ao m áxi­mo, de maneira a poderem c o n ­quistar para a Banda da nossa ter­ra os louros da fama.

— De visita a seus tios en con ­tram-se em Constancia m ademoi- selles Rosinda Vieira Q o n ç a lv e s e L aura Vieira da Silva.

— T em estado doente o nosso presado am ig o Sr. João R odrigues M arques.

Desejamos-lhes rapidas melhoras.

C.

I h T i z a ,

A fim de suprir as dificuldades causadas pela larga estiagem, m on ­tou a Empresa Hidro-Electrica A lto Alentejo, na central da Bruceira, um m otor de grande potência, o quai já está a fornecer energia a toda a rede da mesma Empresa.

Tal atitude honra os b ra vos alentejanos que neste ram o de p ro ­gresso tem posto todo o seu es­forço. evitando por esta fornia (dispêndio de muitas centenas de escudos) que os seus grandes c o m ­prom issos sejam molestados.

' C.

. ^ 1 - l d . e i a d . a , I M I a / t a .

Realisa-se nos p roxim os dias 18, 19 e 20, nesta localidade, uma fes­ta ao popular S. João a qual p r o ­mete g ra n d e brilhantismo.

E g ra n d e o entusiasmo pois que já não ha memória de quando a Aldeia tivesse dias de risonha alegria c o m o os que se esperam. A lem da cerimonia religiosa, have­rá quermesse, barracas de chá, touradas, etc

A Banda M unicipal do C ra to far- se-ha o uvir pela primeira v e z nas feslivi iades da terra. Espera-se grande afluência de forasteiros.

/V e a b ra n ç a

'a - ia t lu l io d o s n o v o s

V am o s e n v ;ar n ovam ente á co brança os recibos que ultimamen­te nos foram d ev o lv id o s por não terem sido pagos, esperando ficar devendo, aos nossos estimados as­sinantes a finesa de os satisfazerem no acto da apresentação, a fim de nos evitarem maiores despesas.

N algum as p o voa ções onde não existem estações telegrafo-postais, en carregám os da cobrança alguns am igos. Assim em Chança está en­carregado de tal serviço o Sr. A n ­tonio Barceló S 'g u r a . Em L o n g o ­mel, o Sr. M anoel de O liveira. Em V a le de A ç o r o Sr. José de Bastos M oreira e em T o r re das V a r g e n s o Sr. A n to n io Doniin- , gues, aos quais os nossos estima- { dos assinantes das respetivas po- j vo ações deverão e n t n g a r as im- j poi tancias das'suas assinaturas, j

A ' hora do crepúsculo q uando as som bras da noite caiam lenta­mente sobre a cidade e a luz cris­talina da lua iluminava m ansamen­te o dédalo inextrincável da casa­ria branca, era costum e vê-la pas­sar pela minha rua.

Era uma rapariga alta, esbelta, de form as esculturais, a pele de uma frescura assetinada, a cabeça encantadora coroada de cabelos loi­ros, ondulintes, de uma cor de o iro profusante que tinha reflexos diamantinos. O s seus grandes o- Ihos, azuis c o m o o firmamento, orlados de cílios aveludados e c o ­roados de sobrancelhas airosamen­te traçadas pela Natureza, chimpa­vam reflexos de volúpia ante os quais os hom ens mais senhores de si se deixavam subjugar e se tor­navam seus escravos.

Era bela, angelicalmente bela, dessa beleza fascinante das filhas do norte, que seduz e atrae as multidões.

— C on h ec i essa huri em Lisboa. Foi n o S. Luis, o elegante cinem a

* da capital, que travei conh ecim en ­to com ela. Iniciamos um «flirt» M as a sua v o z tinha tanto en can ­to, o seu c o rp o exalava perfumes tão em briagadores, os seus olhos tinham tanta doçura , que do «flirt» passei ao am or, do am or à paixão, da paixão à loucura. Am ei-a e n ­tão arrebatadorâm ente, estonteau- temente.

U m a noite ao regressar a casa depois de a lgum as horas de estur dia cruzei no meu cam inho com uma mulher velada.

Tinha tanta elegância o seu an ­dar, o seu co rp o era tão e leg in te- mente talhado, o seu perfil escul­pido no mais puro alabastro tinha tanta doçura, que eu segui-a por esse dédalo inextrincável das ruas, sem pensar no adiantado da h o ­ra, sem me recordar de quão g r o s ­seira seria a minha figura a perse­g u ir uma mulher a deshoras. Mas o c o rp o dela exalava urn perfuma tão em b riagador que me en lou ­quecia os sentidos, me tirava a razão, me ob rig av a a segui-la, a segui-la s e m p r e . . .

P orem ao cabo de alguns ins­tantes de perseguição a minha h u ­ri voltou-se e . . . antes que eu p o ­desse abrir a boca para lhe diri­g ir um galanteio a minha «diva* desapareceu por uma rua lateral.

Recolhi a casa cogitan do na mi­nha aventura nocturna e escusado é dizê-lo passei nma noite de in ­sónia. V eio o rom per da aurora. Assisti então, deslum brado a esse espectáculo inédito para mim e

banal para tantos outros: O sol, c o m o um gran d e disco de oiro surgia e p o u co a po u co do O rien te e dissipava lentamente a névoa efn que a cidade estava envolta. Depois com eçaram os lu id o s da vida m a­tinal e a cidade com eçou a des­pertar de a lgum as horas de letargo.

Levantei-m e. Fui dar um p a s­seio e ao meio-dia en contrei-m e com Virgin ia, a m ulher que am a ­va acima de tudo, mas que esq u e­cera na noite antecedente.

V irg in ia n oíou a minha frieza naquele dia e p erg u n tou -m e qual a causa dela.

Con tei lhe tudo.Ela escutou-me e por fim disse-

-me:-— A n tó n io o que tu amas nessa

mulher não é a sua beleza, mas sim o seu incógnito . Basta que tu a conheças para que eu volte a ter sobre si o ascendente que tinha até ha pouco.

— V irg in ia por q uem é, não di­g a isso — resp o n d i— .

Ela então, sem responder, conti­

nuou:— A n tó n io q u an to daria para

ve r essa mulher? —— T u d o — respondi —- A m a - l a ? — prosseguiu —— Sim amo. M as perdoe-m e

V irg in ia se por acaso a m agôo . Am o-a com todas as veras do meu coração e daria a minha vida, sa­crificaria todos os meus interesses, tornar-me-ia seu escravo, ajoelhar- -me-ia a seus pés se lhe pudesse distinguir a claridade angélica do seu rosto e dizer-lhe: A m o - a ! . . .

— A n tó n io e se eu lhe mostras­se essa m u lh e r ? — continuou V i r ­g i n i a - -

— Am a-la-ia se não c o m o se ama uma m ulher ao m enos co m o se am a uma i r m ã — respondi, —

Então V irg in ia co m as faces afo­gueadas, o olhar lânguido, os la­bios trementes, os seios arfando, m urm urou-m e:

— P ois bem! Essa mulher sou e u ! . . .

Assim me falara co m o v id a m en ­te A n tó n io José Pereira ao ser in­terpelado por m im ao perguntar- lhe quein era aquela mulher que à hora d o crepúsculo q uando as som bras da noite caiam lentamen­te sobre a cidade e a luz cristalina da lua ilum inava mansamente o dédalo inextrincável da casaria branca, costum ava passar p e l a minha rua. . .

S E T E M B R O , de 1932

Garibaldino Andrade

S S é e i í í i d t 1 l i n a d o r e s

Realisou-se nesta vila, co­mo noticiámos, no dia 4 do coriente no Cinema Ideal, uma récita promovida pelo grupo dramatico da Delegação do Sindicato Ferro-Viario de Tor re das Vargens, com a repre­sentação das comedias “Um Servo perigoso”, Dispa essa Farpela e “ Capitão de Lan- ceiros”, alem de alguns nu- meros de variedades.

| O espectáculo agradou, es- ! pecialmente os interessantes números á guitarra pelo dis­tinto guitarrista Sr. João Co- rona Linares, acompanhado á viola por seu filho Sr. Fran­cisco Linares, que foram mui-

! to aplaudidos e que obsequi­osamente cuadjuvaram o es­pectáculo.

Agradecemos a gentilesa da oferta do bilhete que nos foi enviado.

( Pelo ConcelhoANIVERSÁRIOS

Setembro

18—D. Ana do Rosário Morais e Vicen. te Vieira Morgado.

19—Salvador Dias Povoa.20— Dr. Ruyde Carvalho, era Qalveias

e D- Eugenia Rosa de Almeida.21— Artur Lopes do Santos, em Olivais

e José Farrusco, na Salgueirinha.24—João Inaciode Oliveira, em Vinu-

e'r0- » , e .25—José de Oliveira, em Alferrarede.27 Menina Maria Josefina Estrela Jor­

ge e Marçal da Silva.28—Dr Armando de Mendonça I ais,

em Lisboa, D. Rosaria da Silva Lobato e Joaquim David Subtil, na Estação.

V árias

—Regressaram de Lisboa a esta vila os nossos amigos e assinantes Snres. Valen- tim Lourenço Mourào e Antonto Joaquim de Magalhães.

—Regressaram da Praia aa Naznre com suas fa m il ia s os nossos estimados ussinantes Snres Mario Bonito Fonse­ca, de Benavila, José Pereira Mota. Cândido Pimenta Jacinto Junior e D. Tereza Fontes Manta, de Ponte do Sór.

—De Vidago regressou d sua casa de Ponte do òôr, o nosso presado assinan te Sr. José Nogueira Vaz Monteiro.

— Tambem regressou de Vidago a Ponte do òôr o nosso am igo e assinante Sr Marçal da Sitva.

—De Castelo de Vide regressaram a esta vila as Snras. D Antonia Dio- ntsio Cardigos, sua Ex ma f i lh a , e a Sr a D Maria Antonia Gaio.- A vis itar os seus fo i passar uns dias a Lisbôa o nosso amigo e assinante Sr. Josè Coutinho Garcez.

—Regressou de Castelo Branco onde esteve alguns dias o Sr. Dr. Anuplio Correia y Alberty, nosso estimado co­laborador.

— Foi a Oliveira de Azemeis de vtsita aos seus, acompanhado de sua esposa e filho o nosso presadc assinante S r , Antonio do Amaral Semblano, escrivão de direito nesta comarca._lem estado nesta vila de visita a

familia Vaz Monteiro, os nossos esti mados assinantes Snr es Damião Goes du Bocage, do Carregado, Joâo Vaz Azevedo e Silva e Francisco Vaz de Azevedo e Silva, de Lisboa.

_Parliu para Lisboa ha dias, a bnr,D. Arcangela de Oliveira Esteves, onae vai continuar o curso de enfermagem.

Euu Ponte do Sôr

Estiveram nesta vila ultimamente, os nossos assinantes Snres. Manoel Afonso Marques, do Rossio de Abran tes João Corona Linares e seu f i lh o Sr Francisco Linares, da Beirã. /osé Pita Pires, de Lisboa. Joaquim Domingues e esposa de Lisboa. Manoel Joaquim Marques, de Cunheira Joaquim da Luz, de Aldeia da Mata. Antonio Julio L. Martins, de Montargil. Luiz Braga e seu fi lho , Antonio S. Bento e Avelino da Silva Bragança, de Galveias.

ConsorcioRealisou-se ha dias, em Bemposta, o

enlace matrimonial do nosso particular amigo e assinante Snr. Severino Marques Caiado, conceituado comerciante da nos sa pr^ça, com a Snra. D. Maria do Rosá­rio Rodrigues, daquela localidade, filha Snr. Manoel Rodrigues, já falecido e da Snra D Luisa Maria

I araninfaram o acto por parte da noi­va seu irmão o sr. Doutor Manoel Ro­drigues Junior, ilu r ; Ministro da Justi ça e sua esposa Sra. D. Rosana Ltzar- do Rodrigues, e por parte do n ivo seu irmão Snr. João vlarqes Calado, nosso camarada de redacção e a Snra. D. Ro­saria Lopes de Simas, do Falcão.

Com os nossos cumprimentos deseja mos aos noivos ura futuro brilhante re pleto de felicidades.

Doentes— Tem estado bastante incomodado

de saude. o nosso amigo e solicito cor­respondente em Montargil Sr. Josè Pina de Castro.

— Tambem tem estado de cama muito doente » s r .a Antonia Domingues, es- posu do nosso amigo e assinante desta vila Sr. Francisco Antonio Lourenço.

Desejamos-lnes um pronto restabe­lecimento.

___ — — — —

E I V E V l Z n i E A i o d a s a s p r s s o a s

a í | n e n i e n v i a m o s o i i o s s o J o r n a l p e l a p r i ­m e i r a F e z t* o n à o q n v í r a n i a s s i n a r , r o ­g a m o s o í a v o i * d a s u a d e v o l u ç ã o .

MontargilFurtos

— Ultim am ente teem-se d a d o com frequência a lgun s roubos nes­ta vila, pelo que a população está bastante alarmada.

Ha meses a esta parte que nos Montes da Farinha Branca, Pedra Furada, Serra e outros, teem sido assaltadas varias casas donde os gatun os levaram dinheiro, roupas e joias. Est^s roubo s teem sido sempre praticados ua ausência dos respectivos m oradores o que faz supor que os larapios s to destes sitios e conhecem bem os donos das casas que assaltam, a lguns dos quais se em p rega m nos trabalhos do cam p o e só passados dias regres sam ás suas habitações dando en ­tão com a falta dos seus haveres.

Em M o n targil jà duas casas fo­ram assaltadas levando os gatunos a lgum as roupas Ultimamente, isto é, na noite de 10 do corrente, foi arrom bada a porta da g arag e pertencente á S r.” D Maria M a r­garida Prates, on d e aquela senho- ia gu ard a o azeite das suas colhei­tas, tende sido roubados quarenta decalitros.

Foram já pedidas providencias ás auctoridades, deven do estas p r o ­ceder a averiguações.

O xalá os meliantes sejam d esco­bertos para tranquilidade dos habi­tantes desta pacata vila.

Fonte da Vila

Já com eçaram as obras de repa­ração da canalisação da Fonte da Vila, tendo a C a m a ra Municipal encarregado a Junta desta fregue­sia de dirigir os trabaihos. A n d ou bem?. S ó depois destes concluídos poderem os fazer o nosso juizo. Por igora apenas d irem os que a nosso

ver a Junta co m eço u mal, pois de­via ter contractado um técnico ou pelo m enos um prático em pes- quizas de aguas e construcção de canalizações. A ch o u melhor servir- se da prata da casa, para talvez o resultado ser igual ao de outras pesquizas em tem pos levadas a e- feito que não deram resultado, o que levou um vereador a desistir le tentar a captação das aguas na

quele local por estas cada ve z apa- rteerem em m en or votum e.

Se não estamos em erro, com esta é ;i quinta vez que a fonte é reparada, tendo os resultados sem pre sido nulos. Por este m otivo é que ju lga m o s de toda a convenien- cia a presença no serviço que a g o ­ra se está fazendo, de pessoa habi­litada, para não presenciarm os n o ­vo fiasco e n o v o s gastos sem r e ­sultado. A n osso ver, a direcção destes trabalhos deveria ter sido entregue á C o m issã o de M elhora mentos de M ontargil , que está ani­mada das melhores esperanças de ilgutnn coisa de util conseguir p a ­ra a nossa terra.

De v is ita

C o m sua E x.ma esposa e extre­mosa filhinha, esteve nesta locali­dade, durante quinze dias de visita a sua familia, o nosso particular a- m igo Sr. M anoel M arques M oreira, contra-meFtre de corte ua im p o r ­tante casa O ld E ngland de Lisboa.

N ova A lfa iataria

V e io estabelecer-se nesta vila, com alfaiataria, o nosso particular am igo e c o n terrâ n e o Sr. José Pina de C arva lh o , que durante anos e- xerceu a sua profissão em Li:>bôa.

Desejam os-lhes mil felicidades.

C .

0 uso de açamo nos cãesO decreto que torna obrigato-

rio o registo dos animais da raça canina, proibe, pelo seu artigo Io., o transito de cães sem açamo na via publica, sob pena, para o seu respectivo prop rietaiio , de 25$00 de multa.

S em pre discordám os desta d is ­posição que o b rig a a um martirio constante o mais fiel com panh eiro e am igo do hom em . T od os sabem o flagelo qu e os pobres animais sentem, especialmente no verão, em que durante o dia devido ao calor, necessitam dessedentar se muitas vezes, e que com aque'e incóm o do apendice a tolher-lhes os m ovim entos e a impedi-los de beber e até de respirar, os faz sofrer a- trozm ente.

E não é sò isto. O cão de gu a r­da, que tem por missão defender os haveres de seu dono, não pode desem penhar-se bem de tal servi­ço andando açamado.

O decreto em referencia visa com a ob rigatoriedade do registo, o pagam en to das taxas e o uso o - brigatorio do açam o, a exterm inar parte dos animais caninos, por não havtr possibilidade de assegurar a profilaxia da raiva.

Ha anos, em 1925 se não esta­mos em erro , foi decretado o b r i­gatoria a vacina destes animais, cu­ja aplicação se faria anualm ente. Esse decreto infelizmente não e n ­trou em vig ô r .

N alguns concelhos c o m o o n o s­so, devido á p rop ag an d a intensa .io f lecido m edico-veter in ário Snr. D outor Jaime R .b a lo C a r d o ­so, as Cam aras M unicipais fizeram ensaiar a aplicação da vacina.

O s resultados pelo m enos no nosso concelho, de então a esta parte teem sido m aravilhosos, pois que, desde que este p rev en tivo co ­m eçou a ministrar-se nunca mais apareceram cães raivosos.

C o m estes resultados q u e são bastante anim adores acham os que todas as C âm ara s deveriam ensai­ar a aplicação da vacina, e uma v e z provada a sua eficacia rep re­sentariam ao G o v e r n o no sentido de que fosse abolido o uso obriga- torio do açamo nos cães, porq ue este uso alem de ser para eles um torm ento constante não os inibe de contraírem a raiva e de a trans­mitirem, pois que em bora a fisca- lisação seja r igorosa , que não é, grande parte dos caninos nem sem­pre andam m un idos do açam o.

messe na Praça 5 de O u tu b ro , que estará vistosamente iluminada e ornam entada com uma linda cas­cata, barracas de chá e cerveja, ar­raial, concerto musical, baiies, d es­cantes populares, fog o de artificio preso e do ar, sendo lançado um lindo aerostato.

DIA 25

A lv orad a pela mesma Banda.A 's 17 horas— Garraiada, tm

que serão lidados 8 bravíssim os garra ios gentilm ente cedidos pelos Snres V isconde de Perues e Paulo

! Valadares M a rqu es C o u ceiro .A' n o ite — Reabertura da q uer­

messe, concerto musical, arraial e fugo de artificio.

O produeto destes festejos des- Mna-se a aquisição de um farda­mento para os co m p o n en tes da Filarmónica G alv ee n se .

C i c l i s m o

ill volta a Portugal em biciclete

! Terminou no domingo passado a gran­de competição ciclista da III Voita a Por- tngal em bi iclete com a vitoria do valo­roso ciclista do C lub Rio de Janeiro, A l­fredo Trindade, que consegu u bater o

' seu tnais temivel adversario, o grande j estradísta |osé Maria Nicolau, do Benfica. | A prova que foi seguida com enorme ; entusiasmo por todo o país, criou, comoI não podia deixar de ser, adeptos de um e outro ciclista, discutindo se por toda a parte acaloradamente o valor dos adver­sarios.

A noticia afixada tio placard do "D i­ário de Notcias” nesta vila, entusiasmou os partidarios do vencedor.

A ’ noite no Cinema Ideal apareceu r.o écran uma saudação a Alfredo Trindade, que foi recebida com uma prolongada salva de palmas.

Parece notar-se por toda o país um entusiasmo grande por este popular des­porto. Oxalá ele saia do turpôr em que ha anos tem estado mergulhado e volte ainda como outrora a empolgar as mui tidões.

A m igos de VA M ocidade”

Madaram satisfazer as suas assinatuas á nossa redacção pelo que lhes estamos muito agradecidos, os nossos presados assinantes, exmos. Snres.

Antonio Roirigues, de Qalveias, N°. 149 a 145.

Joaquim Lopes, Qalveias, N°. 148 a 159.

José da Rosa, Arrão, N°. 121 a 138. Custodio Q. Oliveira, Arrào N°. 117 a

134Tomé Miguel Churro, V. do Arco, N°.

13« a 153.João Ouiomar, Tramaga, N°. 145 a 156 V irgilio Q. carrilho, V. do Arco N°.

152 a 170.Manoel Guiomar, Tramaga, N° H l a.

152.

Festejos em GaluetasEm beneficio da filarmónica l o ­

cal, realisam se nesta ridente vila Jo nosso conce ho, nos dias24 e 25 do corren te, deslum bran ­tes festejos, co m o seg u in te p ro ­gram a:

D IA 24

Inicio dos festejos pela referida filarmónica que p ercorrerá as p r in ­cipais ruas da vila executan do lindas marchas do seu vasto repertório .

A ’ n o ite — A b ertu ra da quer­

Desasíre numa pedreiraQ u a n d o há dias uo M o nte do

P edró gao, da freguesia de M o ntar­gil, carregavam utn tiro nuinj p.;dreira, João Branco, de 36 anos e D o m in g o s Barata, de 22. am bos residentes em P oute do b ô , d ev i­do a com bustão expontanea a car ga explodiu ferindo g ra vem en te os dois trabalhadores, o prim eiro dos quais apresentava esfacelamento da m ão esquerda e vai ios ferimen tos pelo c o rp o e o seg u n do ambas as mgos esfaceladas e L rim en tos nos olhos e na cara.

A o s gritos de so co rro zeudiram outros trabalhadores que tentaram transportar os feridos ao hospital desta vila, nuns c arro s que p>uco depois passavam no local em di recção a Montai gil e cujos c o n ­ductores se recusaram, v in d o de­pois a ser transportados na cam io­nete do Sr. Francisco de Matos em preiteiro da Estrada de M o n ­targil, que nã > sò os transportou c o m o foi imediatamente buscar um medico para os socorrer.

C o m o os ferimentos fossem de gravid ad e e se receasse qualquer com plicação, foram os feridos de­pois de tratados pelo Sr. D o u to r Pires M iguen s, tranportados ao Hospital de S. José, etn Lisboa, acom panhados peio enferm eiro Sr. P ed ro R odrigues Estves.

S e licerjça

Encontra-se no g o s o de 30 dias de licença o nosso estimado co la­borador Sr. Francisco Nunes M o u ­ra Junior, d ign o chefe da Estação Telegrafo-Postal, desta vila.

— Tam bem entrou no g o s o de licença por 15 dias o uosso presa­do assinantes Sr. Tenente José M ourato Cham bel, com andante da

| Secção da G uarda N acion al Repu- blicãna, desta vila.

Falta de IimpesaHa p o r ahi ruas q a e e x a ­

lam urn cheiro n a u s e a b u n d o . E stá nestes c a s o s a a n t i g a rua Nova, hoje d e R o d r ig u e s de Freitas. A v a le t a q u e p o r ali passa , v a i c o m f r e q u e n c ia cheia dc agua s u ja e f é t i d a . Alguns m oradores d o l u g a r pedem nos para f a z e r m o s é c o deste caso de fa lta de h ig ie­ne, que a nosso v e r ta m b e m concordamos não p o d e c o n ­tinuar, po is o c h e i r o p esti­lencial prejudica e in c o m o d a a visinhança,

Para as d ig n a s J u n t a d e H ig ie n e e C a m a r a M u n ic ip a l chamamos a a te n ç ã o , c o m o d e resto por mais v e z e s o t e ­mos f e i t o , convencidos d e q u e desta vez este m al s e r á r e m e ­diado. A nós a f i g u r a - s e - n o s isso bem sim ples c o m a a p l i c a ­ção da postura m u n ic ip a l a o s que prevaricarem .

I g r a d e c i m e n t o

João Arlindo de Deus Mi­ra, extremamente grato para com o Snr. Doutor Francisco Pais Pimenta Jacinto, digno facultativo municipal de Gal­veias, pela forma carinhosa e dedicada como tratou sua es­posa durante a doença que a reteve no leito, vem por esta forma patentear-lhe todo o seu reconhecimento.

Neste agi adecimento envol­ve todas as pessoas que se interessaram pelas melhoras da doente e a visitaram duran­te a sua enfermidade.

A todos, pois, o seu maior reconhecimento.3 - a l - v e ia s -4 d.e S s ta tn ts cQ

d.e 1 9 3 2

3 o ã o flr lin io de Deus Mira

E d i t a lJosé Nunes Marques Ade­

gas, Vice-Presidente da Co­missão Administrativada Ca­mara Municipal do Concelho de Ponte do Sôr.

Faço saber que no dia 28 do corrente, pelas 13 horas, na Sala das Sessões desta Camara Municipal, se hão-de arrematar em hasta publica, se assim convier aos interes­ses do Municipio os seguin­tes rendimentos:

P. estrumes produzidos no Campo 5 de Outubro duran­te a próxima feira.

2". Aluguer do patio da Casa da Balança tambem du­rante a feira.

Para constar se passou o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lu­gares públicos do costume.

Ponte do Sor, 7 de Setembro de 1932. E eu, José Machado Lobato Chefe da Secretaria o escrevi.

O Vice-Presidente,

(a) José Nunes Marques Adegas

11117770

jacinto da Silva= C C M f =

O FICIN A D E F U N ILE IR OA v e n id a Cidade de Lille

P O N T E 1 ) o S O H

E n carrega -se de iodos os tra­balhos concernentes á sua arte ga ran tin d o o b om acabam ento e solidez.

L I T R O STem sem pre à venda as ul­

tim as novidades literarias de escritores nacionais e estran­g e iro s

Minerva AlentejanaR aa T az M osteiro

PONTE DO SOR

R e m iro P ir e s F i l ip eLoja de Fazendas, M ercearias e Miuedzas

E s p e < i í n l i i l u < l e e m e l» ít e e a f é

Raas Rodrigues de Freitas e i.° de ezemhro

P O X T E D O S

305É HLVE5- O E E I R O -

T 'o a j te ã .e S . J o s é

Nesta oficina executam-se todos o s trabalhos concernentes á ai te.

Fabricação esmerada de inani lhas que se vendem aos seguintes preços:

Manilhas de 8 cm. a 2$50, de 10 a 3$00 e de 12 a 3$50

C u rv a s , ciíões, bacias, cubos pa- ratnoinhos, tarefas para lagar, te- Ihões para a lgeroz. Fabricam-se manilhas de outras quaisquer lar­gu ras.

E^tes preços referem-?e b mer- cad^oria posta na estaçàoPon d a d o ôr.

Para construcções a preços de concorrência. Vende Gon­çalo Joaquim.

Avenida Cidade de Lille PONTE D O SOR

“ f l fflceidade„Ouinzenario noticioso, literário,

recreafíuo e defensor dos interes­ses da reaião.

Condições de ass ina tu raEn> Ponte (!o Sor, trimestre....... 2110Fora de Ponte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avu lso ........................ $40Pagamento adea tado.

* ★ *

A N Ú N C I O S

N a seeçâo competenteLinha ou espaço de linha

corpo 12........................$40« 10........................... $60• 8 ........................ $80

Não se restituem os autógrafos qutr sejam ou não publicados.

ií!<|!ii!ifi$ pura coserDA ACREDITADa MARCA

NGe RVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E ZA M A N T AA A A A

Encarrega-se de todos os concertos em máquinas des­ta marca.

4 '

E CARPIs s

Silva figueiredo, X.Aveaída. dos Oleiros = Coimbra.

Telefone n.° 903

da

e S T A t i E l B G l M B N T Q

D E

S im p lic io j o i o  l í e sM E R C E A R IA S , A Z E IT E S

VINHOS, P A L H A S E C ER EAIS .

Boenida Cidade de Lille

Ant on i o i GaioA A A A A

A v e n id a C ida d e de Lille

PONTE DO SOR

Loja de solas e afanados das principais fabricas de Alcan en a, P o rto e G u im arães

A A ASortid o de pelarias finas, tais

c o m o : calfs, vern izes e pelicas

das m elhores marcas estrangeiras.

Form as para c a k a d o , miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro.

C alçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n ­certos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabam ento e solidez.

P reços ao alcance de todas

as bolsas

Rua Vaz M on te iro = P 0 N T E D 0 S O R

Chapelaria cam isaria calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus p a ra concertos e transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o o r o p a r a v e n d e r n i t i i í o

Revendedor da afam ada cerveja T ^ E N

J D t . ^ a \ \ ) a J E o U ©M éd ico -C iru rg iã o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes.

C onsu ltas na P onte do Sor, aos sábados, ás 14 horas

C o n su ltas no Rocio de Abrantes, ás 2 / s, 4 .as, 5 .as e 6 .“ feirasás 13 e m eia horas

Pensão SorenseRDA VAZ MONTEIRO

d.o S ô r

Transporte de passageiros e mercadorias entre Galveias e Ponte do Sôr (gare).

Encarrega-se de todos 03 despachos assim como de le­vantar remessas e da sua en­trega aos domicílios.

P. DO SOH

fS oalhos , fo rro s aparelha­

dos, fa s a u io , ripa e vigamen- tos, m ad e iras em tosco e apa­re lh ad as . P o rtas , janelas e c a ix ilh o s ; T o d a a especie de | m oldu ras . R odapés, guarni- * ções e colunas para escada. E scadas a rm adas pron tas a assentar. E n v iam -s e orçamen­tos g ra tis .

C onsu ltem os nossos pre­ços que são os m ais baixos do m ercado .

t

i m » ! í e I I é s t a

C e r e a is , L e g u m e s

e todos os productos da agri­cultura, compra José de Ma­tos Neves.

Vende adubos simples e compostos, purgueira, sulfa­to de amonio e de potássio.

Estabelecimentos na Ave- ni ia Cidade de Lille em Pon­te do Sore Longomel.

Y A G Odag Constructora Rbrantina, L.

W Telefone Abrantes 68

^ Carpirjtaria me ca nica, serrctçâo de madei-

$

è $&

ras fabrico de gêlo

Fornece nas m elhores condições todo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I O A M E N T O S E B A R R O T E R 1 A

Sede e oficinas em Alferrarede

C c r r F E p o r . d e a c i a p a r a ÍSlB E A I T T E S

wf o

ãS

Corapra e nent í e:C e r e a is

e l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

• t

A D U B O S

A

<$

t a l ). P o n tin h a &Z E ^ i H h - o s

N egocian te de Pesoarias, C re a -

ção, C aça, O v o s e Frutas

Rua Rodrigues de Freitas

Ponte do S ô r

■0

I ^% V Manoel de M aios Keues f f| <§> <§>® P rev in e todos os c o n s u m i - A® dores de adubos que nâo „ „ . ^ n n r, * n1 ^ devem fazer suas c o m p r a s "0 • ® C Q E Lrfrf Q«jjj sem consultarem sobre pre- (á>§ (c - Ços e con dições de paga- ^ u â .a .v o g -a .a .oI yáft. m ento. ^

João Baptista da dosaP O N T E D O S O RCom issões e Consignações

Correspondente de Bancos e Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi­cas.

Ponte do S ôr

Hnupíio Correia y Alberty2\^e<a.5c© - V e t e r i a t i a x i o

—Ponte do Sôr—

Consultas todos os dias.

7.° ano P o n te do S ôr, 2 de O u tu b ro de 1932 N U M E R O 151

i m ­propriedade da Empreza de

A M O C I D A D E

Composto e impresso na

M IN E R V A A L E N T E JA N A . , P O N T E D O S O R

f e

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S OR P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç

I

i ç ã o íA D M I N I S T R A D O R i

J o ã o M a r q u e s C a l a d o 'E D I T O R

J o s é P e r e i r a d a M o t a íF U N D A D O R E S

P r i m o P e d r o d a C o u c e i f i nJ o s é V i n g a s Ff t c a d a

A F E I R A I H P O N T E Congresso Alentejano

Estamos a dois dias da fei­ra de Outubro, a maior atra- çào que a nossa terra oferece durante o ano, e a que chama aqui maior numero de foras­teiros.

Conhecida peio nome de feira da Ponte, é, pela sua extraordinaria importancia em transações de gados e mer­cadorias, considerada a me­lhor do Alto-Alentejo e uma das primeiras da nossa pro­vincia. Aqui concorrem gran- d e s quantidades de g a d o suino, bovino, caprino, ovino e muar e inúmeros negocian­tes de ourivesaria, quinqui­lharias, algibebe, calçado, pa­nos, chapéus, frutas, louças, madeiras e um sem numero de barracas de divertimentos, motivo porque ela é o ponto de distracção predilecto da mocidade de muitas leguas em redór.

Antigamente a feira era um amontoado de barracas ar­madas ao acaso, sem esteti* ca, espalhadas pelas ruas da vila onde os veículos e a mul­tidão se comprimiam, o que dava aso a que os gatunos se aproveitassem da confusão e puzessem em pratica as suas façanhas, cometendo os mais audaciosos furtos.

Hoje, m^rcê de uma atilada medida de uma vereação que ha vinte anos a transferiu para fóra da vila, realisa-se num campo proprio, causan­do uma agradavel impressão á vista o rigoroso alinhado das suas barracas e merca­dorias em amplas ruas por onde os forasteiros transitam.

A sua criação é remotíssi­ma, pois, por elementos que colhemos nos arquivos do

Municipio, apurámos que esta feira já existia no ano del539.

Por divergencias que sem­pre se suscitavam entre mo­radores e barraqueiros, foi em 1756 estabelecida uma postura que proibia a todo o individuo que armasse barra­ca tapar ou prejudicar a en­trada em qualquer habitação, sendo punido com a multa de quinhentos reis que pagaria na cadeia, se antes se não ti­vesse concertado com o pro­prietário da habitação.

Este uso de indeminisar os moradores prevaleceu a t é nossos dias, tendo terminado com a transferencia da feira para o local onde hoje se rea­lisa.

Díz a tradição que outrora os habitantes da vila para melhor poderem fazer os seus negocios, (quasi todos tinham casa de pasto durante a feira) faziam preces ao orago S. Francisco de Assis, levando- o em procissão até ao rio, onde o mergulhavam, implo­rando dele a queda de chuvas durante a feira, pois assim os forasteiros ver-se-iam obriga­dos a procurarem as suas ca­sas para se abrigarem, sendo certo realisarem melhores transações.

Ultimamente tem-se pro­palado que a Câmara Muni­cipal pensa em transferir a feira para o Campo de Avia­ção, para a desviar das pro­ximidades do novo Hospital.

Tal medida a ser levada a efeito vem prejudicar enor­memente o comercio local, pela distancia a que ficará do centro da vija, onde estào quasi todos os estabelecimen­tos.

João Pais Baptista de Carvalho p o r ta l motivo enviamos as nossas maiores felicitações.

Pelos relevantes serviços presrados quando no encalhe do vapor alemão" Gauss" p ro ­ximo do porto de Leixões, f o i condecorado com a medalha de pra ta de ”Coragem Abne­gação e H um anidade", o nos­so estim ado conterrâneo e querido am igo Sr. João Pais B aptista de. Carvalho, digno Io. tenente d a Armada, a quem,

Perante a M esa da M iseri­córdia desta vila, deve proce­der-se á arrem atação em hasta publica de 9 40 litros de trigo e 3 9 7 5 litros de milho am are­lo, no dia 16 do corrente p e­las 13 horas.

Teem chegado, á Comissão Organizadora, adesões em nu­mero avultado, tudo deixando prever que o Congresso resul­tará uma assembleia impor- hnte sob todos os pontos de vista.

Constituídas as Sub-comis- sões de Evora, Beja e Porta­legre, encortram-se em fun­cionamento, muito dependen­do de seus esforços o exito dos trabalhos.

Da Conferencia ultimamen­te havida no Gremio Alente­jano entre o Sr. Governador Civil de Evora e a Comissão Organizadora, resultou a cer­teza de que essa auctoridade superior auxiliará dedicada­mente o congresso, elaboran­do a Sub-comissão de Evora um programa de recepção e atractivos que deve enobrecer a velha cidade transtagana.

Entre os srs. Governadores civis dos distritos alentejanos vai efectuar-se uma conferen­cia que activará os trabalhos das Sub-cotnissôes, interes­sando, as Camaras no assunto, como lhes cumpre.

A C. P. faz uma redução de 50% no preço dos bilhetes dos Congressistas e os hoteis de Evora descontos de 15 e 10°/o nas respectivas tabelas.

A Comissão Organizadora aguarda o envio até 10 de Outubro, de todos os traba­lhos a apresentar ao Congres­so. Os cartões de Congres­sistas devem ser requisitados com urgência, bastando para isso enviar duas fotografias e a quantia de 20 eacudos

As colectividades, quer c- ficiais, quer particulares, po­dem delegar de um a três re­presentantes, sendo o preço da inscrição (vinte escudos) por colectividade e não por numero de delegados.

Entre outros, serão versa­dos no Congresso os seguin­tes assuntos:

A Provincia em face do Turismo; Empreza Hidro­eléctricas e irrigação do solo alentejano; Exploração e di­visão de terrenos incultos e como conseqiiencia, a coloni­sação do Alentejo; A indus­tria agraria em larga escala como alavanca de fomento e de riqueze; Multiplicação de associações agrícolas e esco­las de agricultura como meio de educação rural e agraria;

Vejo-te de novo, fk a .e m mim suspensa penosa saudade d ’alguém que não vejo, quanto m ais procuro, quanto mais cotejo, menos te conheço a nostalgia imensa.

A gora tenho luz, quando ju lgava que dentro do teu seio encontrava quietitude sem par,sinto dentro d'alma uma saudade infinda, recordação que o meu viver ainda não conseguiu matar.

Banhar-m e-hei no teu luar bendito, embora dentro em mim jà tenha escrito a mágua do viver. ■Quero beber aos haustos essa p a z , quebrar esta tr is teza que me tra z cansado de viver.

Tu sempre a mesma eu tão mudado estoa, considera a que ponto a dôr levouo teu f ie l amante.Olho p'ra mim só vejo dôr, tristeza , tudo perdi, vê lá, cruel certeza nessa vida distan te .

Com ansia, em vão, procuro uma outra vida , ando de mim perdido, alma esquecida, ando perdido, a monte: sou como o peregrino que abrasado, morre de sede ao vêr no descam pado a cristalina fon te.

Já não te entendo bem ó planície, quem me dera voltar à meninice —vida do meu passadof D eixar na rubra terra a mocidade em cada laivo funda uma saudade dum viver sem cuidado.

Cem itério d ’aldeia, onde deixei quási todos os meus que mais amei, eras suave alfombra; c teu meigo cipreste maneizinho é jà imenso agora e no caminho da pavorosa sombra.

Meiga e tensão teu sonho viverás, eterno, sempre em nostalgia e p a z nesses tempos sem f im ; eu queria descansar, queria esquecer, porque morto na vida ando a viver: morri dentro de mim.

Victor de Ca s ir o

Propagação de caixas de cre­dito agricola e dos Sin­dicatos; Problema da Tuber­culose; Assistência clinica nos campos e nos montes; Assis­tência infantil; Escolas; Can­tinas e caixas escolares; O Professor e a escola; Educa­ção e Ensino, etc.

M n d a n ç a d a h e r a

D esde ontem á meia noite que os relogios a trasaram 6 0 minutos, entrando-se assim na hora de inverno.

Assinai "i Mociflafls'

2 M O C I D A D E

I D a t a s H i s t ó r i c a s

0As aves A S K O S S A S E S T R A B A S

ícaPassa no dia 12 do corrente o

440.° aniversario do descobrim en­to da América. Deve-se este a co n ­tecim ento a C ris tó v ã o C o lo m b o Este insigne navegador teria nasci­d o em O en o v a, na Italia, sendo portanto italiano na opinião de certos escritores. O utros, porém, inclinam-se a crer que C o lo m b o fos­se português e ainda outros optam peia nacionalidade espanhola. Ita­liano, português ou espanhol é inegável que o gra n d e navegador prestou á causa da civilização ser­v iços relevantes.

Este grande n avegador oferece­ra os seus serviços a D. João II para descobrir a India pelo O c i­dente, mas o monarca português dedin ou-lh e o oferecimento p o r­q u e tinha a certeza de que c ircun- n av egan do o Sul da A ’frica ch eg a ­riam à meta desejada.

N ão desanimou C o lo m b o e foi oferecer-se aos reis Católicos, F e r ­nando e Isabel, que então g o v e r ­n av am em Espanha. Estes deram- lhe o com ando de uma esquadra com posta de trez navios. Em 1492 saia da Andaluzia para o Ocidente e depois de ter arrostado imensos perigos, avistou de 11 para 12 de de O u tu b ro uma luz em terra des­conhecida.

De tal m odo levava C o lo m b o arreigada . no espirito a ideia de q u e seria possivel descobrir a Ín­dia pelo Ocidente, que ao ver ter­ra estranha ju lgou-se em presença do Império da C hina, de que havia noticias no tivro de M arco Poio.

Estava descoberta a primeira ter­ra da Am érica o que muito con tri­buiu para despertar o génio aven­tureiro dos espanhóis, que viam c o m maus olhos o dom inio que P ortu ga l exercia sobre os mares. C h eg ad a a noticia da descoberta de um pais desconhecido, lo g o g r a n ­des levas de aventureiros se d ir ig i­ram para a nova Terra da P rom is­são no intuito de enriquecerem .

P orem , se a descoberta da A m é ­rica foi o alicerce das futuras c o lo ­nias eepannolas e causou grande regosijo , o mesm o não sucedeu em Portugal, que viu com hostili­dade os seus vizinhos de alem- fronteira aventurarem -se no O c ea ­no on de até ali não tinham tido com petidores. Assim, surgiu um conflito entre P ortugal e Espanha sobre a posse das novas terras, conflito que acabou com o tratado de Tordesilhas, sob a mediação d o Papa. Por este tratado se d ivi­diu o hemisfério em duas paites iguais a partir da ilha mais oc i-

M a n i f e s t o s— Foi p ro rro g a d o até 15 do c o r ­

rente, o praso para o manifesto de trigo, centeio, aveia, cevada, fa­va, g r ã o de bico, batata de sequei­ro e cortiça.

- r P e l o decreto N.° 2 1 . 6 7 1 , os produetores de cortiça destinada a venda, manufacturada ou não, são o b rig ad o s a manifestar as suas e- xistencias, expressas em unidades de 15 quilogram as (arrobas) e re- putar-se ao dia 20 de Setem bro ultimo.

N o manifesto ter-se-ha em c o n ­ta tambem a cortiça em transito.

Na declaração deve indicar-se o iocal onde a cortiça se encontra e descriminar-se pela seguinte forma: C o rtiça aniadia, v irge m , refugo, em prancha, em rolhas, em quadros, em aglom erados, em obra não es­pecificada, em desperdícios, em ser­radura.

A s declarações serão feitas em

dental d^ arquipelaho de C a b o Verde, ficando todas as terras que se descobrissem para O riente per­tencentes a Portugal e para o O c i ­dente pertencentes á Espanha.

C o lo m b o ainda efectuou tnais trez viagens e só na 3.* e 4.* é que conseguiu chegar ao c o n ­tinente americano.

Teria sido realmente C o lo m b o o verdadeiro descobridor da A m é ­rica?

N ão. Aproveitou-se de vários papéis e inform ações pelas quais sabia que n avegan do para o O c i­dente havia de encontrar novas terras.

já haviam informações certas ácetca delas em P ortugal, mas os portugueses esperavam talvez me­lhor oportunidade, preccupados c o m o estavam com o descobrim en­to da india.

C o lo m b o , ao oferecer os seue serviços a Castela tinha a certeza absoluta de que não poderia des­cobrir a India pelo Ocidente, na­v e g a n d o em linha recta co m o pre­tendia e mais tarde, quando já tinha o com ando de uma esquadra, o seu intento era navegar nessa direcção aproveitando-se dos ele­mentos fornecidos por m arinhei­ros ao serviço de Portugal.

Q u a n d o morreu Isabel, a C a t ó ­lica, que fôra, toda a vida a sua grande protetora, desapareceu o presiig io de C o lo m b o .

«Contudo, o seu misticismo e am bição tinham gu iad o a Espanha n o cam inho das descobertas e conquistas, abrindo um grande C ontinente á sua insaciavel cubiça, Onde fundou grandes nações que perpetuaram o seu nome, facul­tando lhe riquezas com que esten­deu a muitos paises o seu d om i­nio e opressão.

A descoberta da América fecha o Ciclo glorioso das grandes v ia­g e n s e descobrimentos que m ar­cam o com eço d í Idade M odern a e facultaram á Europa nova o rien ­tação, desenvolvim ento e poderio . F, apesar da indeferença ou in v e ­ja daqueles a quem abrimos o ca­minho dos Mares, a gloria desses grandes empreendimentos que mu­daram o face do Mundo, desven­daram os mistérios do Oceano fenebroso e dos Continentes Ne­bulosos, dando forma nítida á Geografia, perlence a Portugal, ainda haje unia das maiores po­tências coloniais da Europa. »

Garibaldino d'Oliveira Andrade

duplicado e entregues aos r e g e d o ­res das freguesias ou na A dm in is­tração do C on celho .

O praso do manifesto termina em 5 de O u tu b ro .

eontdbuiçâo PredialForam afixados editais pondo

em reclamação pelo praso de trin­ta dias que devem terminar em 1 5 do corrente, as avaliações dos pré­dios urbanos situados neste co n ce­lho.

O s contribuintes sujeitos a esta contribuição poderão reclamar no referido praso sobre os factos dos artigos 60 e 143, e que são.

A r t ig o 60:1®.— Sob re erro na designação

das pessoas ou dos prédios nas matrizes.

2°. — Sobre erro de calculo na determinação do redimento co lec­tável.

Apezar de termos destina­do ás aves todo o volume desta despretenciosa cole­cção, ainda encontramos ma­téria para mais este capitulo.

Seja-nos permitido antes de mais nada, reprodu/.ir a titu­lo de curiosidada a noticia que em 1 de Agosto dc 1895, ha portanto 22 anos, inseri­mos no extincto jornal O El- vense: (Ha na realidade 37 anos, visto que as linhas pre­cedentes foram escritos em 1917J.

” . . . é sabido que os agri­cultores teem nas aves um pedersso auxiliar dos seus rudes trabalhos, o que nâo obsta a que uma enorme par­te desses mesmos agriculto­res sejam os maiores inimi­gos dos inofensivos passaros.

”Perseguem-n’os ou dei­xam perseguil-os sem descan­ço pondo em acção todas as fórmas de extermínio, e de­pois de anularem assim por suas próprias mãos os auxi­liares de que a Naturesa foi pródiga, revoltam-se contra a mesma Natureza a quem pre­tende tornar unica responsá­vel pelo dano que ás suas terras cansam os milhões de insectos nocivos que as aves decerto lhes devastariam com proveito se eles as nâo des­bastassem primeiro a elas sem razão de ser".

Reeditando esta noticia não é nosso intento averiguar se a Conferencia foi ou não le­vada a efeito; sim apenas a- centuar que a propaganda por nós feita do salutar prin­cipio da protecção ás aves não é recente.

Pena é tal propaganda, assim como prima por anti­ga não primar tambem por fertil em resultados. A impro­priedade do meio e a indife­rença dos homens de saber por esta ordem de problemas explicam, porem, a pouca fer­tilidade em resultados práti­cos.

Alguem que nos suceda con­seguirá ser mais feliz do que nós, que de resto nâo somos apenas um antigo defensor teorico de gentil população alada . . .

(h'xcertoJ Luis Leitão

3 a.— Sob re a indevida inclusão ou exclusão de quaisquer pessoas ou prédios das matrizes.

4°. — So b re qualquer outrt> erro, duplicação ou omissão na inscri­ção e descrição c o s prédios.

A r t ig o 143

a) E xagero de redimentos colec­tável.

b) Alteração no nome do po s­suidor de predio em virtude de transmissão.

Temos presente a carta de que transcrevemos os seguintes perí­odos:

«O estado em que se encontra a quasi totalidade da extensão da estrada de Galveias para Ponte do Sôr é simplesmente pa- varoso!

O jornal de V. Exa., que tan­to tem pugnado pelos interesses d ' concelho, mais uma vez devia erguer o seu grito de combate, a ver se conseguimos ser ouvidos por quem possa dar remedio— remedio pronto e eficaz ao nosso mal.

Aquilo que ali está envergo­nha. Envergonha a nós, homens desta região, e envergonha tam­bem o País a que pertencemos, por reflexão.

Se vivessernos nos tempos pas­sados - que ricos tempos aqueles! — em que tudo se fazia, natural ou m ilagrosam ente, ainda acen­deríamos um par de velas à Se­nhora de Fátima.

Mas, convencidos como esta­mos do abandono a que fomos votados pela auriflamante cor­te do ceu, limitamo-nos, humilde­mente, e humanamente, a apelar para o apreciado jornal de V. E x a».

Tem muita razão o nosso que­rido leitor.

No momento em que se ouve constantemente afirmar que Por­tugal e->tá dotado, em quasi todo o seu territorio continental, de ótimas estradas, fa z pena que o nosso concelho e os concelhos limítrofes continuem, a ê se res­peito em deplorável e lamentoso estado.

Para Abrantes, para Gavião, para Alter do Chão, para Aviz (não citemos mais terras) u tili­zamos os caminhos por onde ou­trora passava N un’ Alvares, atravez a selva alentejana, pe­los carreteiros charnequenhos, tocando os ra/nus dos montados e das estevas.

Isto é realmente muito evoca- dor e poético-, mas revela um a- traso que avilta, pois que não somos, positivamente, o homem só e simples da época paleolítica ou da pedra lascada.

tatido lou v ore s ao E xm 0. Sr. dr. Rarnon D on ato de Ia Féria pelos serviços prestados ao G r u p o que cercou de cuidados e atenções.

S O C I O S

A p ro v a ra m : N a t iv o s — O s Srs. Dr. Luiz Salinas Dias M onteiro e jo ã o Mateus da C r u z — E xtraordi­nários: o sr. Luiz M a r ia ’ da Silva C r u z — Auxiliai es, os srs. A n ton io G u erre iro (Amadora), José Nunes Vai-as (M ontem or o Novo), A n to ­nio Francisco Alves fBeja), M iguel A u g u s to Ferreira (Cuba) e a C o ­missão de Iniciativa e Turism o de Moura.

C i n e m a I d e a lEsta acreditada casa que todos

os anos por ocasião das feiras nos dilicia com soberbos espectáculos, tem já e laborado o program a da feira que amanhã se inicia, fazendo exibir no seu "e c ra n ” os melhores filmes de aventuras.

Para com pletar os seus espectá­culos contractou este ano a insinu­ante artista espanhola, N 1E VELI- N A , que vem precedida da fama de ser uma das melhores e mais com pletas bailarinas e coupletistas que ultimamente se teem apresen­tado em P ortugal.

N IE V E L I N A qne durante as noi­tes da feira trabalhará em todas as sessões apresentando-nos escolhi­dos núm eros do seu excelente re- portório , é uma artista que sabe impôr-se pela graça e or iginalida­de das suas criações arrebatando as plateias, m otivo p o rq u e a Em ­preza escolhendo-a conta de ante­mão c cm colossais enchentes.

A s sessões completam-se com as seguintes peliculas todas elas esco­lhidas a capricho: Dia 3 — "N ada de T iro s” , extraordinario filme de aventuras em 6 partes com o in- com paravel co w -b o y T o m M ix e o »eu cavalo Malacara. Dia 4 - “ O V in g a d o r ” , soberba pelicula em 5 partes, em que o arrojado c o w -b o y A l H oxie tem um papel p r e p o n d e ­rante. Dia 5 — ' O Barranco dos H om ens P e rd id o s" , em ocionante tilme em 5 partes com o grande artista T o m l y l e r . Dia 6 — " C a v a ­leiro do Deserto, estupenda criação em 6 partes do inegualavel c o w - b o y ” T im Mc. C o y .

Visado pela com issão de censura de Portalegre

Gremio l l i i i i ju tSem ana do Aleutejo na E xposi­

ção Industrial.A Direcção tom o u conh ecim en ­

to dos trabalhos realisados pelo V ice-Presidente Sr. Dr. Estanislau de A lm eida, para a organisação da Sem ana do Alentejo, verificando que há elem entos apreciaveis para preencher o num ero da sessão de abertura e o serão de arte com q ue encerrará a Sem ana. Estão entaboladas negociações para a vinda de um g r u p o de 100 figuras do concelho de Extrem oz dividido em 3 ranchos (Azeitoneiras, iiioii- dadeiras e ceifeiras), e pensa-se na constituição de um g r u p o de com p rov in c ian os do B^ixo Alentejo. residentes em Lisboa, que exibam os cantares da sua regiáo.

S E R Õ E S A L E N T E J A N O S

C onfirm ou-se á Exm*. Sra. D. M a­ria Paula Correia Mendes, a incum ­bência de organisar e d irigir os Serões Regionais a encetar b reve­mente, tendo sido já recebida a adesão de músicos, cantores e po etas alentejanos que asseguram o brilho dessas noites evocadoras da nossa Provincia.

C A N T O R E S D E S E R P A

A Direcção congratulou-se com o exito alcançado pelo G r u p o que ultimamente visitou a capital, vo-

T r is t ã o d a C u n h a .

Insigne capitão e um dos mais ilustres po rtugueses que tanto con ­correram para a gloria e explen- dor do reinado de el-rei D. Manuel I. Em 1506, descobriu Tristão da C un h a , as ilhas que tem seu nome, situadas no oceano Atlântico a oes­te do C a b o da Boa Esperança. Em 1507 n av ego u toda a costa d ’ Ajan, destruiu OJa e Braba, submeteu Lam o e tom ou e reform ou a fo r­taleza de Socotorá Foi a este insi­g n e varão que D. M anoel fez a honra de en carregar da grande embaixada que en viou a Roma em 15 14 .

Tristão da C u n h a foi casado com D. Ana Antonia de Alb uquerq ue, de quem nasceu o celebre N un o da Cunha, um dos maiores herois da India.

\ Bi E \ 1 E J % Hf O 31

Inscrevei-vos no Congres­so Alentejano, enviando pa­ra a Comissão Organizadora, Rua Eugênio Santos, 58, Lis­boa, a quantia de 20 escudos e duas fotografias, até 10 de Outubro.

M OC I D A.DE 3speryjgrrwCTTWwH n r ^ "«ncBgreg yy. :rc:.;3i wxu&Brtm. 'xfst&awssxmi&i' vjwxvhwtti

V V V U' 'Nu.' ^ ^ ^ ** «w ^ % |V

Constroctora fibrantina, L.d* tt ew

w\ y\ ymrwww\ vw\ vw

Telefone Abrantes S8

C a r p i i j ía r ia m ecaniccr, s e r r t íç ã o d e m a d e ir a s f a b r ic o cie g e l o

Fornece nas melhores condições tudo o trabalho de car­

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Séde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

•'Si -2?- i2i- iSfc ^ • 'v s: •***£ ,'?rr*Z <*&*; íarBç *»?5nj «H»£ a'jer •**' '4*r ^ v

tomtototototototototo

J t^ K K X ^ O O C K K X X ' • T > ^ O C < K X K K X X ^ Í )

J D v . J & o té oM é d ico -C iru rg iã o

C=5>

MAIS L U X U O S O Sfejní!? ' ••■ &'&>'*■■ w S"8&

| A D U B O S *Y M a n o e l d e M a i o s Meires #<!'" . ^ a Previne todos os consum i- «te4 dores de adubos que não .

■ ) devem fazer suas compras'©•^ ■@> sem consultarem sobre pre- < ^ .©> ços e condições de paga- Q .

K _!> mento. ^

* &

p t o a i s , l e p e x 2 |e todos os produ- JJÉ; ctos da agricullu-

* S E R V I Ç O P E R M A N E N T E

” l>----------

AT AT AT AT AT AT AT AT AT a a aaa a a aaa a a a a a a a * I n S ’M*tosrNe»e? *ÉN

B S T A 9 B U S Í M B H T 0 1 VU1«11 H iUbIí i í f l l lS t Vemie a d u b o s J | |

HH- Espccialisado em doenças da boca e dos dentes. : TC on sultas em Ponte do Sor aos sábados ás 14 horas

%i Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.3S, 4.as, õ.as e A 6 .as feiras ás 13 e meia horas

K

B E - j

Simplicio leão Alves \M E R C E A R IA S , A Z E IT E S í

VINHOS, P A L H A S <

Negociante de Pescarias, Creação, Caça, O v o s e

Fruías.

^ 5*3► 3»

m► | g ^ simples e com­

postos, purguei-r 3 ' Slllíat0 d e a ~ fflufijf-

^ monioede potas-Rua Rodrigues de Freiras

Ponte dc S ôr

i(Jê>^ > O O O O O O O O O < g ^ X > O O O O O 0 O 0 < #

£ C ER EAIS .Roenida eidade de Lille—p . oo s o r

^ T Y ? T V y T ? T ? y T ? f T 7 *

t s , °* « % •► Gstabelecimen- r l , .*»• tos na Avenida T E .

Cidade de Lilleem Ponte do Sor e Longomel.

Kfe

®»T:íNf-- :

▼ À T A T A T A V A T À V A T A T A

^ f # ® € 6 « e e e e « « e e 6«!€€Ci<8fe m . . , *i “ fl fDocidade,,í>»»

f 5

TÍ*í

José E!yes da SiluaRua Vaz M on te iro = P O H T E DO SOR Chapelaria, camisaria, calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus para consertos s transfVrmaçOos

A divisa da nossa casa é

lu m e ! É S i é x Neves o&C€'í'f5CC't'.:©C'í’,-, c e • - ' ©eftcec»Q t)

e o m p r a 8 u e n d e :

® Quinzenario noticioso literário,I recreativo e defensor dos &

interesses da reqião.1 Dacinío da Silea 1

COM

g C e r e a i se l e g u m e s

A

| Condições de ass ina tu ra ? O ficina de funileiro '£U

§ Em Ponte ilo Sor, trimestre...... 2$10 x! «vem ua v - i u ^ ^ 1...,^ tjjFóra de Ponte cio Sor, trimestre.. 2^40 ÇJ

• Numero avulso........................ 5>40 © P O N T K D O S O H f .

iPagam ento adeantaCo

| | C a a n l i a r p o n e » p a r a v e n d e r m u i t o f i

»-SK»íRevendedor da afamada cerveja J \ % S K* \

VA N Ú N C IO S

N a secçílo competente

Linha ou espaço de tinha

corpo 12.............« 10............. 8 .............

. .$40 ...$60 .. $80

R am iro P ires F ilipem É* mI *!►

I »

I »I »

"" 1 ........... ............... ... .

Ruas Rodrigues de Freiías e 1° de DezembroQçie,

------ — --------------------- ------

e* o % t e; n o & o n

Loja de Fazendas, M ercearias e JVIiuedzasE < N p < M !Ía lid ad e en» e h t i e c ;« f é

mtvHM

* §

■*?

m

| A A A A A

1 Praça da Republica

$ P O N T E D O S O R $

* 9 9 9 9 ^

<►

João Baptisla da RosaP O H T E DO SOR

C o m issõ ese ConsignaçõesCorrespondente de Bancos e

Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser- * + +

viços junto das repartições publi- ^ cas. *-

Encarrega-se de todos os ® v trabalhos concernentes a sua « ^ arte garantindo o bom acaba- ^ ^ mento e solidez. ^c <*>C)(J(3&QZÍQ&9&& S3 3 3 Q >'> •»

Não se restituem os autografos quer sejam ou nâo publicados.

E *

i »Hfei p

António R. Gaio ftA v en ida C idade de Lille

P O N T Ê DO SORLoja de solas e afanados das principais v £ fabricas de Alcanena, P orto e G u im arães

-KT A T A V A V A V A Y A T A V 4 T A * + Rua V az Monteiro * ^A V Á T A T A V Â V A V Á y Á ^ A T -► p o n t e a o s o r

4 Transporte de pas- * * sageiros e mercado- * -fC+ rias entre Galveias *

^ i lv a <£ figueiredo, X.da + e Ponte do Sôr (ga- ^

E CA

DA ACREDITADa MARCA

S 1 N C E RVende em Ponte do

Sor, a empregada

T E R E ZA M A N T A A A A A

Encarrega-se de todas o? concertos em máquinas des­ta marca.

ZDj

Ai/euida dos Oleiros = Coimbra Telefone n.° 903

V re), * Encarrega-se de to- *

★ dos os despachossa- * Soalhos, forros aparelha- sim como de ievan- ^ \ MADEIRAS OE P ilO

*II

S ortid o de pelarias finas, tais c o m o : calfs, vern izes e pe- licas das melhores marcas estrangeiras. Form as para cal-

çado, miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro .

C alçad o feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n ce rto s . Especialidade em obra de b orracha.

Esmerado acabamento e solidez. y |P reços ao alcance de todas as bolsas

• m a m m w * - • « i n ■ # • «

dos, fasauio, ripa e vigamen- * tar remessas e da sua * jg Para construcções a gtos, madeiras em tosco e apa- * entrega aos domici- S preçosde concorrência. Çrelhadas Portas, janelas e ★ lios. * § Ve n d e Gonçalo Joa- g£

★molduras. Rodapés, guarni- +ções e colunas para escada.Escadas armadas prontas a ^ -v— assentar. Envíam-seorçamen- | p e l o u r o C oelh o ttos gratis. í ' _ . , -

Consultem os nossos pre- 1 Advo@raàa 2 ? i a r PQI0 5ços que são os mais baixos pL -M V0 5 5 0 5 àníerQ>5<25?domercado. .. ponte do sôr ■■ ■ ■ • >u ■■ ■ 1 j ij

Anunciai 0 A BociM aí

caixilhos; Toda a especie de ^ + ^ p Bf i A v en ida C idade de Lille m| PONTE DO SOR ^

Kí Waile sdlre 8S miiimis Câmara Municipalim portante estabelecimento

a n i v e r s á r i o s

Outubro

2 — ]o sé Baptista de G ar va!ho.3 - M a n u e l Lopes Branquinho, em

C o ru ch e . ;4 - D. C u stod ia Magalhães Silva,

em M ontem ór-o-N ovo.7 - D . Maria Antonia M arques

G aio,8 - D .- Ana Ah/es Lôpes, em O li­

vais9 - D . A lin e Dulce de M endonça

Pais, em Lisboa e a menina M a ­ria Natei cia G o n ça lve s da Rosa.

1 0 — D. Maria L o p e s Antunes, em Chança.

12 — Manuel C as tro Freire de A n ­drade, em Alpiarça, Francisco Mendes E iteves e Maria V eigas

1 3 — José M endonça Braga, etn Galveias, D. Lorm ic ioda dos Santos M arques, em M o ra e D. M argarida Ferreira da Rosa.

14 -Joào da Silva Prudencio, em C o ru ch e e A n to n io do Am aral Sem blano.

1 5 — D. Margarida da Silva Baca­lhau, em G alveias, C ar lo s de A n drade Ribeiro, em Lisboa e o m e n in o A n to n io A lv es C an hão.

V árias

= R e g r e s s a r a m da praia da N a ­za ré acom panhados de suasdajnili- as, os nossos presados assinantes e a m ig o s Snrs. Joaquim G alv eia s M endes, de Vale do A çor, A n to n io Pais Branco, José H em iques, jo à o Fjnilio de Alineida, de Ponte do S o r e José Pratas Nunes, da P er­nancha de Baixo.

= T ê m estado nesta vila de visi­ta a suas familias, o nosso estimado a m ig o e assinante, de Setúbal Sr. A r tu r da Costa Barros C ard o so e sua Exm®. esp >sa e a Sr* D. Ida.

— A mudar de ares encontra-se ha dias em A lp e d rin h a o nosso pre­sado am igo Sr. José A g ostin h o V i ­eira G o n ç a lv e s , j io s s o solicito co r ­respondente na Barquinha.

— De G alvèias onde foram r m visita a sua familia, regressaram lia dias aos O liva is o nosso a m ig o e assinante Sr. A rtu r Lopes dos Santos, sua esposa e filhos.— Regressou de G alveias a sua c a­sa de Abrantes acom panhado de sua familia, o nosso particular a- m ih o e assinante Sr. A r tu r G o n ­çalves de O liveira .

= R e g r e s s a ra m de A b ran tes a sua casa nesta vila, o nosso presa­do a m ig o Sr. Tenenté Jôsé M o u ra ­to C ham bel d ign o C om andante da Secção da G u ard a N, Republi­cana, desta vila, acam panhado . de sua esposa e filha.

= Foi a Lisboa tratar de seus, n ego cio s o nosso am ig o e assinan­te do Ervedal Snr. Simão de A l ­meida.

— Da Figueira da Foz onde foi passar a lguns dias, regressou o n osso am ig o e assinante Sr. João N ó b re g a , d ig n o escrivão de direi­to desta com arca.

— V in d o da Figueira da Foz, esteve entre nós de visita aos seus, acom p anhado de sua esposa e fi­lhos, o nosso presado assinante S r. A n to n io da Silva 'Lobato, se­g u in d o depois para a sua casa de Veiros.

— D o Fundão onde se encontra­va em g o s o de ferias, regressou a esta vila acom panhado de sua es­posa o nosso presado assinante e a m ig o Sr. José A g ap ito Salvado, d ign o contador desta comarca.

Da Figueira da Foz on deest ive- ro m veraneandc, regressaram a esta vila os Snres. A n ton io José Escarameia e José Sabino Fontes e respectivas familias.

Doentes

^-Tetri estado incom odado de saude ria sua casa de Lisboa, o

d o ....rdaquela ciuade, O ld England.

— Tam bem teem estado bastante doentes os nossos a m ig os e assi­nantes Srs. A n ton io G o n ça lve s M oreira e José A lv es da Silva, desta vila.

Desejamos-lhes um pron to res­tabelecimento.

En> Ponte do SôrV im o s ultimamente nesta vila os

nossos presados assinantes E x.1"0’ Srs. V irg il io San cho Eusebio, de Castelo Branco. R o drigo L eo n ar­d o Martins, de Seda. Alfredo Joaquim de Magalhães, de Lisboa. M anoel G o d in h o Prates e A lberti­no Ferreira Pimenta, de M o ntar­gil. Joaquim Rodrigues, |oão Lopes dos Santos, José Sobral L indinho e A v elin o da Silva Bragança, de Galveias.

Consorcio— Realisou-se há dias o enlace

m atrimonial do nossc am ig o e as­sinante Sr. Salvador da C o n ce iç ão Dias P óvo a, desta vila, com a m e­nina M argarida de M atos Pascoal, filha do tiosso a n v g o e assinante Sr. M anoel João Púscoal e da Sr*: V icto r ina Maria de Matos.

Foram padrinhos por parte da noiva o Sr. José C o s m e e sua es­posa Sr*. M argarida Alexandre de M atos e p o r parte do n o ivo o Sr. S im ão Pinto e a Si*. G u io m a r T a ­veira Pinto.

— Tam bem ha dias se realisou o consorc io do Sr. Julio Jorge, do Tram agal, com a menina lida T o ­maz Lopes, filha nosso amiho e as­sinante Sr. Francisco T o m az L o ­pes e de sua esposa Sr. G ertrudes Maria, tendo paraninfado o acto p o r parte da noiva as Snres. José M arques Adegas e A n ton io Lopes, desta vila e por parte do n o iv o os Snres. Cesar Ribeiro de Alm eida, de Lisboa e Serafim Jorge L o b o , do Tramagal.

O s n o ivo fixaram residencia no Tram agal.

Desejamos-lhes um futuro cheio de felicidades.

F esta s em B e n a u laBenavila está em festa no p r o ­

x im o dia 9 do corrente, realisan- do-se ali as tradicionais festivida­des em honra de Nossa Sen hora de Entre-Aguas, tão v e n e ra d a 'p e lo p o v o daquela região. O p ro g ra m a dos festejos é o seguinte:

A ’s 9 h o r a s - C h e g a d a da afa­mada Banda Municipal l . ° d e D e­zem bro, de A vis, que percorrerá as principais ruas da vila c u m p r i­m entando os seus habitantes.

A ’s 12 h o r a s — Missa solene a gran d e instrumental, subindo por essa ocasião a o púlpito o distinto orador sagrado Reverendo M anoel A lv es , pároco da vila do C an o .

Da« 13 ás 20 h ora s— C o n ce rto musical pela mesma Banda sob a ha d 1 regencia do seu maestro Sr. P ed ro José Libei ato.

A 's 21 hor.as— Abertura da q u e r ­messe, arraidl, fo g ó de artificio confecionado pelo Habil pirotécni­co das Mouriscas Sr. Francisco M arques Amante, concerto musi­cal, iluminação electrica, bailes e descantes populares, subindo ao ar um lindo aerostato.

Neste dia tam bem será in a u g u ­rado solenemente a luz electrica, o maior m elhoramento com que aquela vila tem sido dotada.

O i r c o O r i e i r v t s i lE ste a famado Circo que an­

da em tounèe pelo pais onde tem conquistado fa r to s aplau­sos, enc.ontra-se nesta vila, on­de nos d ias de fe ira dará al­guns • espectáculos, com nú­meros de sensação. .

Depois de contar a histo­ria tocante de uma andorinha e uma gralha reconhecidas aos benefícios recebidos, e a seguir á teze de que se o ho­mem quizesse ou tivesse o desejo de ser bom e compas­sivo para com os anipiais fru­iria tesouros de ternura e sim­patias inefáveis, conta Henry Berthoud que, segundo Urba­no Q o h i e r, os americanos conservaram no estado natu­ral, isto é, sem cultura, um t e r r i t o r i o em Yellowstone, que batizaram com o nome de Parque Nacional, e onde é in- teiramante proibido ma t a r qualquer animal ou sequer dis­parar armas de fogo.

Em consequencia, todos os animais selvagens que nele habitam se conservam num estado perfeito de familiari­dade.

Alguns, como o veado, os ursos, e outros, saem dos massiços de vegetação para contemplar os touristes que ali afluem numerosos.

”Sem receio, escreve Gobi- er, as feras veem lamber as latas de conserva que lhes apresentam. Um pouco mais de coragem e, estendendo o braço, apertar-lhes-iam a pa­ta / ’

Para ir de encontro ao pen­samento dos leitores que se inclinem a duvidar da exis­tencia do Parque, dir-lhe- -emos com Larousse,de quem traduzimos:

"Região dos Estados Uni­dos, no angulo noroeste do territorio do Woming; é um dos lugares mais curiosos no ponto de vista geográfico e fisico susceptivel de se en­contrar na terra.

"A conservação foi asse­gurada com intuitos simulta­neamente recreativos e cien­tíficos pelo governo dos Es­tados Unidos em 1872. O Parque Nacional è na reali­dade uma região vulcanica onde a actividade interna se constata ainda pelo aqueci­mento de numerosas fontes que brotam em jeysers abun­dantes e regulares e cujas aguas siliciferas, ao mesmo tempo que cobrem de impre­vistas incrustações a opulen­ta vegetação da montanha, dão logar á formação de cor- rozões as mais pitorescas produzindo imensas grutas e, reunidas em veios d’agua, dão bgar a profundas correntes nos desfiladeiros.

"O Parque Nacional, ser­vido por um pequeno cami­nho de ferro ligado á linha do Northern Pacific, atrai iodos os anos a o s arredores de Mammouth Springs bastantes milhares de visitantes”.

A vulgarização da idéa de bem querer aos aniinaísé uma verdadeira cruzada, e ainda que o não pareça, uma cru­zada no sentido do bem pu­blico. Dc facto, implantada a

5essão de 21 de Setembro de 1932

Presidencia do cidadão Josè Nunes Marques Adegas, com a assistência dos vogais cidadãos Luiz Branquinho da Costa Braga e José da Costa Mendes

Correspondencia— O fic io da Misericórdia de P o n ­

te d o Sòr, en viando para ser rem e­tida ao Presidente da Junta G eral do Distrito de P ortalegre as c o n ­tas da receita e despesa o o D ispen­sário A n ti-T uberculoso , desta vila, d urante o ano econom ico de 19 3 1- 1932. M an dou remeter ao seu d e s­tino.

— O fic io da Inspecção Escolar de P ortalegre , pedindo á Cam ara para mandar abonar trimestralmente á- quela Inspecção, para expediente, a quantia de 42$00, pois o actual a b o n o feito na importancia d e 84$0Q anuais é insuficiente em virtude do elevado num ero de p ro ­fessores prim ários existentes no concelho . Deliberou satisfazer man­dando incluir no prim eiro orçam en ­to suplementar verba suficiente para tal fim.

— Ofic io do G o v e r n o C iv i l de Portalegre , inform ando estar a rq u i­va d o no M inistério das O b ras P u ­blicas e C om un icaçõ es o processo referente á reparação da ponte do V ale de f iq òr , que uo passado ano ec on om ico não obteve concessão de subsidio, por falta de verba, tor­nando-se necessário para que lhe seja concedido o subsidio pedido a C am a ra requerer nesse sentido.

Inform ou o cidadão oresidente ter já requerido ao Ex ma M inistro das O b ra s Publicas a sua a p ro v a ­ção, tendo en viado o respectivo r equ erim en to ao E x.7"’ G o v e r n a ­dor C iv i l deste Distrito. A p r o v a ­do.

— O fic io do Inspector de Sani­dade Pecuaria, deste concelho, in­form an do ter entrado 110 go so de q u atro dias de licença que lhe foi concedida. Inteirada.

— O fic io da C am ara Municipal de Abrantes, informando que por determ inação superior vã o ser sus­pensos os trabalhos de construção da estrada Ponte do Sôr-Bem posta, e dando conhecim ento dos telegra­mas que en viou ao Ex.™'' Ministro das O b ra s Publicas e C o m u n ic a ­ções e Presidente da Junta A u to - noma das Estradas, pedindo a sus­pensão de tal determinação.

Informou o cidadão presidente ter en viado ás entidades acima re­feridas e ao t x . ma G o v e r n a d o r C i ­vil deste Distrito telegramas 110 m esm o sentido. A p ro v a d o .

— O iic io do Ministério das O bras Publicas e C om u n icaçõ es acusando a recepção do telegrama enviado pedindo para não serem suspensos os trabalhos de construcção da es- trad» Po.ite d o S ô r B -m posta e inform ando haver necessidade de se fazer tal suspensão, pois esta estrada consta de duas partes, uma pela natureza especial Uo terreno que po de ser construída com ma­quina escavadora e outra que ca­rece de projecto difinitivo, inter­ro m p en d o -se os trabalhos p ira continuarem lo g o que esteja c o n ­cluído e ap ro va d o o projecto. T o ­mou conhecimento.

Lactação

Requerim ento de Maria Rosali- na, pedindo a concessão, do su bsi­dio de lactação, concedido a sua filha até que esta atinja a idade de ,18 meses. Deferido çin virtude da requerente ser p obre e ter 0 sea marido a cum prir pena no forte de M o n san to em Lisbôa.

Obrati

Requerim ento de Joaquim Este­ves e Julio Dias Bicho, de L o n g o ­mel, o prim eiro pedindo Iicença para construir junto á sua m orada de casas 11a Cascalheira, daquela aldeia, um m u ro de vedação e o seg u n do para construir uma casa na Escusa junto ao cam inho m u ­nicipal. Deferidos.

Fonte de M ontargil

Deliberou esta C om issão A d m i­nistrativa em virtude das dificulda­des encontradas na captação das aguas da fonte de M ontargil, c o n ­vidar pessoa especialisada em tais serviços para organisar o plano necessário para realisação da cap ta­ção.

Caixa P ostal e Posto de Eusino

Foi lida uma representação dos p o v o s dos lugares das Pernanchas, A r r ã o de C im a, Fóros do A rrão, P e g o da Caldeira, Antas e M achu- queira, da freguesia de M ontargil, solicitando o valim ento desta C o ­missão Administrativa n o s e n t in d ) de s^r atendida uma representação dirigida ao Ex.mo Adm inistrador G era l dos C o r re io s e Telegrafos para que no lugar da Pernancha de Baixo seja estabelecida uin.i C aixa Postal com serviço de esta­feta uma ou duas vezes por semk- na. A leg a m os referidos po vos te rem jazido no mais com pleto es­quecim ento dos poderes públicos de tudo o que signif ca progresso e aproveitam a oportunidade para solicitarem tambem a interferenci-a da Câm ara para a criação de um posto de en sino na p o voa ção da Pernancha de Baixo, onde já exis­tiu uma escola m ovei e cuja casa cedida pelo Sr. M anoel L o u re n ço de O liveira se encontra á disposi­ção da Câm ara.

Esta C o m issão conhecedora das necessidades apontadas na referi la representação delibera apoiar as suas pretenções solicitando do Ex G o v e r n a d o r C iv i l do Distrito todo o seu valim ento de forma a serem satisfeitas, responsabilisando se a C â nara pela instalação do posto de ensino solicitado.

Doentes

A u cto risou a passagem de guias de entratla nos Hospitais C iv :s de Lisbôa a f i v o r de M anoel Lino, D o m in g o s Barata e jo ã o Francisco, de Ponte do Sôr.

B alancete

Foi apresentado o balancete da receita e despeza desta C â rlara re­lativa á semana finda em 17 do corrente, que a cu s i um sa ldo da quantia de 1 1 9 74ò$0o.

Pagamentos

A uctorisou o pagam ento de va­rios m andados 11a im portancia de 18.5ÓÓ347.

piedade conscinte e sentida pelos seres inferiores, ainda mesmo aqueles que a igno­rancia humana taxa de selva­gens ou ferozes, está implan­tada entre os homens, e de cousa alguma 0 bem geral de­riva tão abundantemente co­mo do cultivo dos sentimen­tos afectivos.

Luis Leitão

E X P E D I E N T E

% i o d a s í i s p e s s o a s a q u e m e n v i a m o s o u o s s o j o r n a l p e l a p r i ­m e i r a v e * e o n ã o q u e i r a m a s s i n a r , r o ­g a m o s o f a v o r d a s u a d e v o l u ç ã o .

7.° ano P o n te do S ô r, 16 de O u tu b ro /de 1932 N U M E R O 152

Propriedade da Empreza de A M O C I D A D E

Composto e impresso na

“ W IN E R V A A L E N T E JA N A , , P O N T E D O S O R

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S OR ---------------------------------------------&

D I R E C T O R

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

P U B L I C A Ç A 0 ~ 4 t U I N Z E N A L

I A D M I N I S T R A D O R

J o ã o M a r q u e s C a l a d o

E D I T O R

J o s é P e r e i r a d a M o t a IF U N D A D O R E S

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç à o J o s é V i e g a s F a c a d a

Congresso do Alentejo

C O R T I Ç A SVárias e variadíssimas teem sido as reclamações da opinião

pública a respeito do m a gn o problem a corticeiro. Entre outras lem- b ram -n os que, a Federação O peraria C o rtice n a , pretende a adaptação de várias medidas para debelar a crise que a industria e a classe atra­vessam , e. entre elas, a c i iação de uma Bolsa ou mercado para venda de cortiça, a proibição da tiragem da cortiça dos sobreiros com m enos de dez anos, limitação des fardo^ de cortiça a 60 quilos, substituição da mão de obra feminina por obra masculina, obrigatoriedade de e m ­p r e g o de rolhas de cortiça nos engarrafamentos, etc., etc., etc.

E' o op erário a reclamar por intermedio da sua Federação!E ’ o Industrial a reclamar por intermedio 'la sua Associação

Industrial Portuguesa!E' o P roprietário, o produto r de cortiças a reclamar por inter­

m edio da sua Associação C en tra l de Agricultura!E' o p rop rio Estado a reclamar contra o desfalque que e n c o n ­

tra no Tesoiro Público, onde faltam rendimentos, oiro, da exp ortação da nossa rica matéria prima, que é a cortiça!

E’ P ortugal inteiro, ferido nos seus legít im os interesses, a re­clamar medidas energicas, rápidas e decisivas para as cortfças nacio­nais! - K 3

São os con gressos da Imprensa, e, em especial, o da Imprensa Alentejana, a reclamar junto dos poderes públicos, as medidas que se im põem para a resolução da questão corticeira!

São os paizes produetores da cortiça reunidos em assembleias e conferencias, a reclamar medidas internacionais sobre as cortiças p a ­ra que possa haver procedim ento harm on ico entre todos os interessa­dos na produção e venda da cortiça!

Com issões, sobre com issões, se nomeiam com o fim de a p re ­sentarem ao G o v e r n o os alvitres necessários para resolução de tão importante problema, m a s . . . n a d a . . . nada se resolve!

P o rq u ê?N ão é a cortiça digna de melhor aten ção?Náo é ela o segun do factor da econom ia nacional?N ão está ela integrada nos v a ’ores reais da Nação?P orq u e se resolveram questões m agnas c o m o as do v in ho e

da peses?Se o A lg a r v e m ereceu as honras de ve r resolvida ou pelo

m enos atenuada a questão da pesca: se outras p r o v in d a s atingidas pela crise vinicola. foram atendidas com medidas que procuram de­fender os seus especiais interesses, p orque, só o Alentejo , ha-de estar f-sperando tanto tem po (e quem espera desespera) pela resolução de um problema que está estudado e sobre o qual ha regras fundam en- t lis estabelecidas e adoptadas por outros paizes produetores?

T od os os g o v e rn o s dos paizes produetores estão legislando no sentido de defenderem e protegerem a produção, com ercio e indus­tria corticeiras, inspirados nos vo to s emitidos pela Conferencia Inter­nacional de Paris, reunida em O u tu b ro do ano passado no Ministério dos N eg ocio s Estrangeiros de França.

O problema corticeiro está agitando a opinião pública m u n ­dial e só nós, os maiores produetores do m un do olham os pasmados para o que vai lá por fóra e nem ao menos copiam os o que eles fa­zem, quanto mais tom arm os a iniciativa de medidas que se im ponham !

Se nada ha feito pela N o v a C om issã o de Estudos C ortice iros, nomeada ultimamente, publique-se sem dem ora o C ó d ig o de F o m en to C o rtice iro elaborado pela C o m issão nomeada pelo senhor Linhares de Lim a, para que o publico o conheça e discuta livremente, para o G o v e r n o accionar com a vontade do povo!

Senhor M inistro da Agricultura!T em V. Ex.* no proxim o mez de O u tu b ro , dois acontecim en­

tos importantes sobre cortiças: um será no dia da C on ferencia Inter racional de C ortiças a realisar em Lisboa; o outro será o p ró x im o ( o n gresso do Alentejo, onde, certamente, esta questão corticeira será ventilada.

P orque não ser resolvido o problem a corticeiro antes da reu ­nião de qualquer daquelas assembleias?

S ete m b ro — 1932.

De A P rovincia

Vinfio nopoFoi publicado um decreto

que proibe a venda do vinho novo antes de 30 de Novem­bro.

jTnionio JrfantasAntigo Deputado

iros i:E' o caso, sem tirar nem

pôr, da historieta que tão su­gestiva se nos afigura, , de Ossorio Gallardo:

A pequenita encontra no extremo do jardim um ninho com algumas avezinhas ainda jovens; corre ?o pai, pede- lhe que lhe compre uma gaio­la das mais bonitas, suspen- del-a-á da janela edará depois canhatno, alpista e folhas ver­des aos passarinhos, que ela gostará muito de ouvir can­t a r . . .

O pai replica-lhe que jus­tamente naquele momento es­tá vaga na prizão uma céla das melhores, que ele manda­rá mobilar e alindar o melhor possível; nem ele nem a ma­mã lá poderão ir mas ambos mandarão amiudados presen­tes, elegantes vestidos, tudo emfim que ela apeteça em ter­mos de nada faltar, podendo por consequencia ir para ali o resto da v ida . . .

A creança percebe a inten­ção do pai, corre ao extremo do jardim a depôr o ninho de onde o tirara e volta a abra- çal-o comovida com a lição eloquente que ele Ihe dera.

Pobres passarinhos enclau­surados em gaiolas a quem nada fa lta no dizer dos ingé­nuos ou dos maus que os aprizionam; quem explicara a estes o valor da LIBERDADE e dos AFECTOS a que os roubam impiedosamente!• • • « • • • • •

Há sempre logar para carpir o infortúnio dos que estão prezos! Quantos desses pre- zos expiam faltas ou crimes que não cometeram?

E quando assim não seja, quantos milhões de aves se desesperam nas suas gaiolas contra a violência, contra a injustiça que é meterein-n’as em estreitas, insalubres e mes­quinhas prizões!

(Excerto do livro inédito «AZAS»)

Luis Leitão

E V O C A Ç Ã OUma jo ia fin a e de raridade nunca perde o brilho na escuridão; c como a m odéstia com a dignidade; como a terra negra produzindo pão.

Pois é ioia de quilate e de valor e é símbolo de virtude e de nobreza um estadista que fo i libertador nesta linda e boa terra portuguesa.

J a z obscuramente em certo povoado do A lto-A lentejo sempre desprezado dos nossos governos, da nação inteira!

Eu sei que d iz isto quem por lá passar: Será possível, assim , abandonar José JCavier JMousinho da Silveira?

S E T E M B R O de 1932

g d_e Q-cLt-Libro

Comemorando a data da implantação da Republica, realisou-se no dia 5 do cor­rente no quartel da Guarda Nacional Republicana, nesta vila, uma pequena festa que constou de alucoção ás pra­ças sobre a data que se sole- nisava, pelo comandante da Secção Sr. Tenente José Mou­rato Chambel, sendo presta­das as honras á Bandeira Na­cional, pelas praças formadas na sua maxima força.

EstudantesJá regressaram aos esta­

belecimentos de ensino que frequentam, os estudantes do nosso concelho.

fllentejanosInscrevei-vos no Congres­

so da vossa provincia, envian­do para a Comissão Organi­sadora, Rua Eugênio dos San­tos, 58, a quantia de 20$00, e duas fotografias.

f e ir a de õutubroComo noticiámos no nosso

ultimo numero, realisou - se nos dias 4 a 6 do corrente, nesta vila, a importante feira anual que esteve muito con­corrida de barracas e gados, tendo sido visitada por inú­meros forasteiros.

Embora a enorme crise que se atravessa realisaram-se im­portantes transações.

As casas de espectáculos Cinema ideal e Circo Oriental, unicas na feira, tiveram en­chentes sucessivas.

Sob o ponto de vista poli­cial a feira decorreu normal­mente. A’partedois pequenos conflitos prontamente serena­dos pela Guarda N. Republi- na, não se esboçaram factos desagradaveis.

E' digna de registo a ati­tude de dois individuos, um,

o Sr. Manoel S. Bento, de Galveias, que encontrou um relogio que entregou á G. N. R. que por sua vez o fez che­gar ás mãos de seu dono o polaco Adolf Naymark, resi­dente em Lisboa, e outro, c u j o nome i g n o r a m o s que entregou uma carteira contendo 100$00 t varios do­cumentos e era pertença do Sr. João Feijão, de Amieira- Cova (Gavião), a quem foi entregue.

Graças á forma diligente como se houveram os dois agentes de polícia por oca­sião da feira aqui destacados, ao pessoal da Guarda Nacio­nal Republicana, e ainda á indole pacifica deste povo nada mais houve do qu? os dois conflitos a que atraz nos referimos, e esses tiveram lu­gar entre ciganos e quinqut- lheiros, um dos quais conhe­cido pelo Santimbauco, foi entregue a Juizo.

f r a n o s s a r e d a c ç ã o

Durante cs dias da feira, visitaram a nossa redação os nossos estimados amigos e assinantes Exmos. Snres. Francisco Ferreira Pimenta e seu filho Sr. Ramiro Preza­do Pimenta, de Avis, Joaquim Pires dos Santos e josé Ri­beiro, de Chança, João Coro- na Linares, de Beiram e Ce­sar Diniz Bastos dos Reis, de Marvão.

A M O C I D A D E

u i \ m \ $ a h o m e n s

A M orte estava ali, sob 0 seu olhar geiado. Trem ia, transida, ne­g r a e inútil, a gora que ê!e a a p r i­sionara com o seu gé n io , esclare­c ido pelos l ivros vo lu m o sos que se alistavam em estantes altas eram os detentores de ciências mi­lenárias. E êsse g é n io vencera tu­do, dominara as vozes aparente­mente contraditórias dessas ciências desdenhadas pelos ou tro s sábios, conciliara-as, p o n d o uma certeza on de houvera uma dúvida, uma luz onde até então reinara a tre v a . E alcançara-a, enfim, a Ela, a Ini­m iga dos hom ens, que ali tremia, transida sob o seu olhar gelado, temerosa sob o seu bisturi san­g r e n to que se erguia c o m o um gládio.

E o Sábio disse, com um sor­riso a dar-lhe a o rosto en ru g a do uma expressão sardónica, indefi­nível:

-Tenho-te. E's minha. N ão voltarás a fazer inal no mundo. E ’ s m in h a ! . . .

E havia 11a sua v o z a lg o de iró­nico, co m o se nela vibrassem os sentimentos do am ante que fala á amante lon gam ente desejada, por muito tem po esquiva e enfim ren­dida.

— Eu bem suspeitava! tornou êle. T u não és a V en cedo ra Eterna, 0 I rrevog á vel Fim! N ào és a

condição ú úca da Vida, nem te regem as forças imutáveis da Na­tureza. Afinal, pódes ser facilmen­te domada! Podes ser vencida! E eu, que tehho nas mãos o teu se­g red o , que te tenho a ti, não dei­xarei que voltes a fazer mal. Estás para sempre inibida de espalhar o luto e a i!ôr e a tristeza. N ão jul­guei que fosses tão frág il!

T rtm es, s o b a ameaça dum h o ­mem! U m hom em ! Q u a lq u er c o u ­sa de infinitamente p e q u e n o ao pé de ti! O n d e está o teu prestigio de deusa? O n d e está a força irresistí­vel do teu braço? Q uerias ser a E- ternid2de, e eu descobri que és a- p m a s o m omento! Vencer êsse m om ento, eis tudo. Eis submetida ás leis da Vida a eterna inimiga da Vida. C o m o puderam os ho­mens tomar te a sério ? Se a lg u ­mas vezes te venceram, com o pu­deram atribuir essa vitoria aos aca­sos duma ciência falivel? P orq u e n ão te ju lgaram antes a ti filha do acaso, um incidente q u e pode ser evitado, o resultado duma im pre­vidência? Está aqui um doente que esperava m orrer. A-pesar-de tudo dizia,*'' Salve-m e d o u to r!'1 D e s g r a ­çado! Eu lia-lhe nos olhos o desejo de v iv er ainda a lg u m tem po. Jul­g a v a êle isso uma vitória quási so­brenatural, o arrebatar á M orte u- ma parcela de V ida que se «extin­guiria talvez dentro em pouco. E eu lutei co n t igo e dei-lhe a vida e- terna. P o rq u e tu estás aqui sob a minha mão, e tremes. P o rq u e des­cobri que a Vida não acaba quan ­d o ju lgávam os. U m c o rp o m orto p o de ainda ter vida. A tua obra é mais laboriosa do que os hom ens pensam. Não é sem esforço que ar- rabatas alguém á vida. (J coração im óvel, as artérias paradas, tôdos os o rg ã o s da vida paralisados, não indicam mais do que uma suspen­são que não é definitiva, um esta­do latente e neutro durante a lgum tem po. E q uan do todos te julgam já senhora absoluta, tu trabalhas ainda. E tens saído sem pre v e n c e­dora devido á ign oran cia dos ho­mens. A g o ra , acabou-se o teu p o­derio. O coração dêste hoinem vai recom eçar a palpitar, 0 sangue vai rolar-ihe nas veias mais m oço e v ig o r o s o do q u e sntes. E tu, que espreitaste lon gam ente esta presa, que supunhas já tua, vais deixar

de fazer vitimas, p o rq u e eu vou apri«ionarte.

Aventesm a negra, não estás cançada tie torturar a H um anida­d e ? Durante o teu lo n g o imperUT sobre o m un do nunca te sentiste com ovida, nunca o teu coração frio se oprim iu ante a visão d u ­ma mocidade cortada cerce ? Q u an to s sorrisos de criança des­feitos! Q uantos rostos lindos de donzelas que a tua m ão transfor­m ou em caveira repelente! E os velhos, que desejavam v iv e r ainda, viam de súbito o fio dos seus dias cortado pela tua foice fatídica! T ô ­das as idades te serviam . Felizes ou infelizes, 110 meio duma festa o u após sofrimentos atrozes, todos tinham que pagar-te tributo, v e ­lha horrenda. E os hom ens, in­sensatos, não viam que a V ida é bela, e que não deviam seguir-te sem luta! Julgaram-te a Lei Imutá­vel, e tu eras banal co m o um sa­ram p o ou uma escarlatina! Filoso- fos ignorantes, sustentavam que tudo no U n iv erso se cu rv av a á t ua força. Bastava olharem em volta de si para verem coisas imortais, o mar, a terra, o firm am ento, as montanhas, as pedras. Bastava o- lharem para dentro de si para se sentirem dign os da Eternidade. P ois o pico dum m onte pode ser eterno, e o H om em há-de ficar su­jeito á tua tutela? Escuta. Vai dar- se a revo lução enorm e, única. V o u matarte. M atando a M orte, dou à Hum anidade o direito de ser eter­na.

E eu serei 0 maior hom em que jámais existiu, p o rq u e lancei a H u­manidade n o cam in h o que lhe pertence desde 0 principio das eras p o rq u e lhe dou o direito que tão odiosam ente tens iludido. Prepara- te. V o u matar-te.

A morte não deixava de tre­m er, ouviu-se 0 som lúgub re dos seus o s s o s entrechocando-se. Q u a n d o o Sábio acabou de falar, pelas suas órbitas vasias perpas­sou rápido urn clarão. A sua boca desdentada abria-se, e ela com e­çou a falar, numa v o z m o n o có r­dica e enrouquecida, c o m o 0 som dum gram ofon e muito velho:

— H om em , tu és vaidoso! inte­ressa-te m enos 0 bem da Hum ani­dade, do que volúpia do teu tri­unfo. Tens-me nas màos, ê certo. Q u e g ló ria para um homem! Mas não reparas nos incovenientes da tua glória. Antes de me matar, escuta um p o u co . T u és sem duvi­da o mais execrável hom em que apareceu sôbre a face da terra, p o rq u e me venceste. T u sofrerás por tôda a Eternidade as maldi­ções dos hom ens que por tôda a Eternidade condenaste a sofrer. Serás tu o mais desgraçado de todos, p o rq ue arrastarás com a grilheta da imortalidade, o o p ró ­brio de teres sido 0 inventor dessa grilheta. M atando-m e, tu assassi­nas o g o z o de v iver , a vida efeme- ra, a vida que se so rv e c m so­freguidão p o rq u e é transitória e b reve. Verás as gerações sucede­rem -se ás gerações, aceitando a V ida com o uma condenação per­petua.

N ão mais 0 riso vo ltará á face hum ana, não mais as prim averas serão aspiradas com ânsia, e 0 brilho do sol serà m o tiv o de eter­no exaspêro para os hom ens can- çados e desgostosos. A própria D ôr, que fortalecia os corações desaparecerá do m uudb. Virá qualquer coisa de infinitamente mais triste do que a D o r , 0 ab o r­recimento sem tréguas, a desola­ção sem lenitivo. A terra será co­m o um d ese ito en orm e, sem oásis onde cresça a flor perturbante du­

ma aspiração. T u verás, tu verás! E as novas gerações, outrora au­dazes e fortes, nascerão já cheias de fadiga, com as marcas da mais atroz saciedade esta npadas no ro s­to. S ó a flor da renuncia poderá florescer nos jardins áridos da terra apodrecida. A teria precisa de cadaver, e tu roubas-lhe êsse pão sagrado que a alimentava. O s velhos aproxim ai-se-ão cada vez mais do solo que os atrairá, e c a r ­regados de séculos e d e v e r g o n h o ­sas cans, arrastar-se-ão c o m o os reptis, p o rq u e matando-me, tu não conseguirás matar a velhice. E haverá por fim tantos milhares de milhões de homens, que já a terra não será bastante para os conter, e o seio ubérrim o negar- lhe-á o s frutos que os manteem. V irã o as fomes, e as lutas, e as pestes— p o rq u e não matarás tam­bem a d o e n ç a — tudo a g ra v a d o pela necessidade de v iver, pela fa­talidade odiosa de v iv er atravez de tudo. E, imunes da M o rte , há- de a raça dos hom ens degen erar em raças de bêstas ferozes.

C alou -se a Morte, e com suas órbitas vazias espiou no rosto do Sábio os efeites do seu discurso. V iu-o sério e meditativo, e trem i- alhe a m ão que seg u rava o bistu­ri. E tornou a morte:

- A s s u s t a - t e o quadro? Vam os! O n d e está o o r g u lh o da tua v ic ­toria? N ào hesites, a-pesar-de tu­do. C o n c e d o que te descrevi um estado de coisas demasiado ter­rorista. P ode não ser assim. P ode a Hum anidade resgatar-se do teu trem endo erro. C o m o ? Secando as fontes da Vida. E ’ ainda uma ma­neira de perpetuar a M o rte . O ' Sábio! T u que descobriste o meu segredo, não saberás descobrir o segrêdo da Vida? N ão encontra­rás maneira de fazer que os v e n ­tres das mulheres não possam ja­mais conceber? E assim os seres que com p õ em a Humanidade p o ­derão v iv er tranquilamente, sem que as novas gentes os perturbem . E a Vida será p r ivilég io duns tan­tos que, sob 0 rolar dos séculos, v iv erão a sua Imortalidade sem raiar duma esperança que os c o n ­sole. E nào mais um sorriso de criança refulgirá 110 mundo. E não mais uma ânsia de am or vibrârá num peito humano. A D or divina dum a mãi que chora seu filho se­rá um espectáculo proscrito dos o lhos dos homens. E essa Vida assemelhar-se-á então a M im , a M im que tu vais matar, matando tudo 0 que é d ig n o de viver-se: o A m o r e o S o n h o , a Esperança e a D ô r . . .

Calou-se por fim. U m a ruga mais funda se cavara na fronte do Sábio. A M orte estava ali ainda, sob o seu olhar inquieto. M as já não tremia. Tinha um ar de desa­fio, a velha aventesma, e das suas órbitas saia um luzeiro estranho q ue trespassava o Sábio e o fazia vacilar.

M as nisto o doente que até então permanecera im óvel, voltou a si. T e v e uma leve contracção, descer­rou muito a custo as pálpebras, e disse com o num sôpro:

- D o u t o r , salve ine!. . .C o m o que prostrado pelo es­

forço, a cabeça pendeu-lhe para 0 lado, e com eçou a estertorar. En­tão a M orte a prox im o u -se do S á ­bio e tocou-lhe familiarmente no om bro.

= V á salva-o! exclam ou ela. T e ­rás depois a glória que ambicionas.

Subitamente, o Sàbio baixou o bisturi e cravou-o no coração do doente. O estertor acabou logo. E viu-se a M orte sair do aposento, levando nos braços descarnados 0 p obre c o rp o m orto.

João Pedro de Andrade

Reclamaçõas sobre as auali- ações tios prefios urbanosA Camara Municipal des­

te concelho, as Juntas de fre­guesia de Galveias, Montar­gil e Ponte do Sor, o Admi­nistrador do concelho, Sindi­cato Agricola, representante da União Nacional e Comis­são Avaliadora dos prédios urbanos, enviaram na passa­da sexta-feira um telegrama ao Senhor Ministro das Fi­nanças, pedindo prorrogarão do praso para as reclamações, fundamentados de que termi­na no dia 15 do corrente es­se praso, a grande maioria dos contribuintes não tinha dele conhecimento e porque sabendo os signatarios que 0 valor atribuido aos prédios pela Comissão Avaliadora deste concelho é mais eleva­do, do que 0 atribuido pelas comissões congéneres dos outros concelhos, resulta da- hi uma flagrante desigualdade e agravamento p 3 r a todos os proprietários, por serem so­brecarregados com maiores contribuições.

Pedem tambem para que Sua Ex\ ordene se proceda á correcção que for justa do ren­dimento colectável de todos os prédios inscritos nas ca­dernetas, antes da formação das novas matrizes.

O D E S E M P R E G OC o n fo rm e 0 decreto ultim am en­

te publicado, as guias para o pa­gam en to do im posto para o * fundo d o d ese m p rego” podem ser entre­g u es até ao dia 10 d o mês seguinte àquele a que dizem respeito as quotisações: sob pena de multa de 200$00 a 1 . 000$00, elevada ao d ô b ro no caso de reincidencia.

O decreto obriga todos os que e m p r tg a r e m norm alm ente um ou mais em p regados e op erários em industria ou com ercio a co n c o r ­rerem em cada mês para o " F u n d o do D e s e m p r tg o ” coin I por cento da importancia paga dos sslarios, vencimentos, gratificações, percen­tagens, subsidios. prémios, diutur­nidades ou quaisquer outras rem u­nerações fixas ou eventuais, e cada um dos em p regados com 2 por cento do que no m esm o mês re- ct berem.

E’ da responsabilidade dos pa­trões, em prezarios a liquidação e cobrança.

Estão isentos da contrib uição os assalariados em pregados o u co n - tractados com menos de 4 dias de trabalho por semana, os trabalha­dores rurais e os aposentados.

T od os os que tenham feito en ­trega de importancia inferior á quotisação devida incorrerão na multa igual a c inco vezes a quan ­tia desviada elevada a dez vezes ern caso de reincidencia.

A importancia total, de cada guia deve terminar em zero.

As estampilhas com a sobrecarga " D E S E M P R E G O ’ ' estão á venda nas Tesourarias da Fazenda P u b li­ca.

Assinai “A " : J

C E N T E I OBom para semente. Vende-

se ao preço da tabela. Dirigir a Antonio Pais Branco, nesta vila.

S á o a B a n d e ir a

Bernardo de Sá N ogu eira de Fi­gueiredo, 1.° M arquês de Sá da Bandeira, nasceu em Santarém a 2ô de Setem bro de 1795.

De todos os heroes m oderno s que tantas vezes defenderam intré­pidos as liberbades portuguesas, é este, certamente, a quem a Pá­tria mais deve. Ilustração, virtudes, valentia e abnegação, tudo pôz ao serviço do seu paiz. G u e rre iro va­lente c o m o poucos, entrou em desenas de combates, e em m uitos deles foi ferido gravem ente.

Depois de com bater pela liber­dade as hostes do Cesar francêe, com bateu na Terceira, 110 Porto e em Lisboa, perdendo o braço di­reito 11a acção do A lto da Bandei­ra a 8 de Setem bro de 1832. M i­nistro do im perador, de D. M aria II, de D. P edro V e de D. Luiz, é considerado co m o um dos estadis­tas mais ilustrados que P ortu ga l tem tido. A todos os seus feitos exim ios e a todos os relevan ti-> simos serviços prestados em prol da liberdade e do en grandecim en to da Patria, juntou Sá da Bandeira mais dois honrosos titulos: 0 d\; erudito publicista, c o m o atestam os seus importantes escritos e o de filantropo, conseguin do por seus esforços a abolição da escravatura nos dominios portugueses.

Faleceu a b de Janeiro de 18 7 ò e jaz em Santarém.

FalecimentoNa madrugada de 14 do cor­

rente, faleceu nesta vila, o Sr. josé Albertino Freire de Andra­de, viuvo, de 79 anos de idade, professor primário aposentado, daqui natural.

O finado que durante quasi cinquenta anos exerceu o magis­tério em Ponte do Sôr, era geralmente estimado devido aos seus excelentes dotes de coração, pelo que a sua morte fo i muito sen iida.

Os rudes golpes porque pas­sara ultimamente pois em menos de dois anos viu morrer a filh a querida, a esposa idolatrada e uma neta que era todo 0 seu en­levo abateram muito o simpáti­co velhinho.

O seu funeral fo i uma senHda manifestação de pesar tendo-se encorporado nele muitas pessoas de todas as classes sociais.

Durante 0 trajecto até ao ce­miterio foram organisados va­rios turnos pelas pessoas mais gradas da vila. O funeral fo i dirigido pelo sr. José Sabino Fontes, que levava a chave do caixão. Usou da palavra á beira da sepultura 0 sr. Primo Pedro da Conceição, que enalteceu as qualidades do extincto.

A ’ fam ilia enlutada e especi­almente ao sr. Raul Pais Freire de Andrade, filho do extincto, enviamos 0 nosso cartão de sen­tidas condolências

professorado— Foram nom eados para as es­

colas da séde do concelho de P o n ­te do S o r , os professores do q u a ­dro auxiliar Sr. M anuel Elisio D om in g u es Martins e D. M aria Irene Rebelo Valente Antunes.

— Para a escola femenina de Be­navila foi nomeada a sr * D. Maria Celeste Pacifico dos Reis. profes­sora do quadro auxiliar.

— Foi transferido para a escola do D r. G raça em Niza, por p e r­muta. o sr. professor Silvestre Maria Figueiredo, nosso estimado colaborador.

08811173

& 4 & ■>&

f ADUBOS |j Manoel de IYIaíos Keues jl"<s> <|>^ P rev in e todos os consumi-

44 dores de adubos que não ^ ■(§)■ d ev em fazer suas com pras í p <5 sem consultarem .sobre pre- <<p>

ços e con d ições de paga- ^ mento. ^

& & m â # &

Construcfora Rbraotina, LTelefona Abrantes G8

C a r p iq la r ia m ecctniczt, s e r rc tç ã o m a c ie ira s f a b r ic o d e g ê io

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car- wMpintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti- fíS

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc,

V 1 0 A M F N T 0 S E B A R R O T E R iA w

Séde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

0 ( ^ O 0 O O O < ^ ^ > O O O O ^ 0 O ^ ^ < %

§ ) * . 2 > o U o |_ - V ‘M é d ico -C iru rg ia o o

Especialisado em doenças da boca e dos dentes. \JTA

Cônsultas em Po/zte S o r aos sábados ás 14 horas M

t ' V £ j * 1 * I l è é d è è è *

f o r c a i s , I f p t »e todos os produ­ctos da agricultu­ra, compra José de Matos Neves. Vende a d u b o s simples e com­postos, purgueí- ra, sulfato de a- monio e de potás­sio.

Estabelecimen­tos na Avenida Cidade de Lille em Ponte do Sor e Longomel.

■ P B B

A ▼ À ▼ À ▼ Â T A T A ▼ A ▼ A ▼ A T * A A A A A A A A A A A A A A A A *

B S T A í B Ú i e m s M f è < i a H r i l h i l i l k i S F i l k rN egocian te de Pescarias,

Créação, Caça, O v o s e Frutas.

< Rua Rodrigues de Freitas £< _ „ „ ► < Ponte do S or ► ★ y y y y y y y y y y y y y y y . y *

MERCEA RIAS, A Z E I T E S VINHOS, P A L H A S

E CEREAIS.

Roenida Cidade de L ille— p. o o s o r

V A V A T A V A V A V A T A V A V A

i j Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.!’s, 4.as, 5.,s e Q A 6 .“ feiras ás 13 e meia horas õ

■ ^ > O O O O O O O O O < ê i j > O O O O O O O O 0 < ^ [

% Quinzenario noíidcso. lite rário , recreativo e defensor dos

% inleresses da reqi5o.

1 Condições de ass ina tu raEm Ponte do Sor, trimestre....... 2$ 10

O Fóra de Ponte do Sor, trimestre.. 2J402 Numero avulso... ................... $40

2 Pagam ento adeantado

Compra e o e n d e : C e r e a i s

e l e g a m c s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

Rua Vaz M on te iro = P O N T E DO SO R

Chapelaria, cam isaria, calçado e miudesas.

Recebera-se chapéus para consertos e transfiirmaçSas

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o n e o p u r a v e n d e r m u i t o

Revendedor da afamada cerveja A ^ W

O ficina de funileiro ZA v en ida C idade de Lille

P O N T E I > 0 S O Xt (*»©Encarrega -se de todos os g

trabalhos concernentes a sua c* arte garantindo o bom acaba- <? m ento e solidez. 2A N Ú N C I O S

N a secção oompeter.+e

Linha ou espaço de linhacorpo 12...................... $4Q

‘ W ¥ w ¥ ¥ ¥ ¥ w w w T ¥ ¥ W W W W v v wNão se restituem os aulogrqfos quer

sejam ou não publicados.P O N T E DO S OR

C o m i s s õ e s e t fo n s iç in c ç õ e s

Correspondente de Bancos e Companhias de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das repartições publi-

DA ACREDITADr MARCA

Loja de Fíizsndas, M e m r i a s e MiuedzasVende em Ponte do

Sor, a empregadae m

Russ Rodrighss de Freitas e r ds Dezembro * $

P O M T E D O § O K %c l

ê v k m s i M

Rua V az Monteiro A 4 A AV A V A V A V A T à V A T À V A T A * A f A T A V A V A V A V A T A V A T + P NTB OO SOH Encarrega-se de todos os

concertos cm máquinas des­ta marca.Transporte de pas­

sageiros e mercado­rias entre Galveias e Ponte do Sôr (ga­re),Encarrega-se de to­dos os despachossa- sim como de levan­tar remessas e da sua entrega aos domicí­lios.

S ilvcr f i g u e i r e d o , S . da ¥ *3-

Avenida dos Oleiras = Coimbra.Telefone n.° 9 0 3 -K

★Soalhos, forros aparelha-

dos, fasauio, ripa e vigamen- * tos, madeiras em tosco e apa- * reihadas Portas, janelas e * caixilhos; Toda a especie de molduras. Rodapés, guarni- * ções e colunas para escada. Escadas armadas prontas a ■ J •• assentar. Enviaui-se orçamen- tos gratis. [_

Consultem os nossos pre- 1 ços que são os mais baixos domercado.V A T A T A T A ^ A ^ A T A T A ^ A v i A V A ^ A V A ^ A T A V A T A T A T y?"

A v en id a C idade d e Lille

P O N T E DO SOR

Loja de solas e atanados das principais fabricas de Alcaneiia, P o rto e G uim aràes

^ ara construcções a preçosde concorrência.

^ Ve n d e Gonçalo Joa- § quim.Ã A ven ida C idade de Lille

ONTE DO SORSortido de pelarias finas, tais com o: catfs, vernizes e p e ­

licas das melhores marcas estrangeiras. Form as para cal­çado, miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro.

Calçado feito e por medidá, para homem, senhora e criança C on ce rto s . Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabam ento e solidez.Preços ao alcance de todas as bolsas

t Q U* rçÍ5 z ç i a r p ç l o 5 v q í 5 ° 5 i n f e r n e s ?

f t is c ia i n " I MMt

A M O C 1 D A D E-■ -- 1 f rnmii“m--II III " r ...■inr.. -rvTf i "Hianff.» ! ! I I' ■ I

4 A M O C I D A D E

m u m mA N I V E R S Á R I O S

Outubro

16—D. Josefa Dionisio Cardigos.18—Dr. laime loaquim Pimen­

ta Prezado, em Aviz, D. MarraJosé Presado Santos, em Leiria

e D. Joana da Silva Zezere.19—A menina Fiorinda de Je­

sus Pires Neves, em Alter do Chão.

2 0 —Antonio Alves Canhão21—Adolfo de Souza Zezere.22—D. Joaquina Marques Ca­

lado, D. Ana Martins Mo­reira e Joaquim Qonçalves de Castro Barquinha.

2 5 —José Pedro de Carvalho.26 -D . Claudina Mendes Car­

digos, em Móra e o menino Alfredo da Silva Zezere.

21 —Francisco Marcelino.2 8 —D. Gracinda Andrade Ri­

beiro, em Lisboa D. Margari­da Machado de Carvalho, no Porto e Joaquim da Silva Lo­bato.

29=Acacio Nunes da Silva, em Lisboa.

Và.ria.9

Regressaram de Galveias on­de estiveram uma temporada, a sua casa de Abrantes o nosso es­timado assinante e amigo Sr. Artur Gonçalves de Oliveira e Exm*. familia.

— Para a Fadagosa d t Monte da Pedra partiram ha díasa fa zer uso daquelas aguai os nos­sos presados assinantes e amigos Snres. Doutor José Machado Lo­bato e Joaquim da Silva Lobato, desta vila.

Em Ponte do Sôr

Estiveram durante os dias de feira, nesta vila, muitos dos nos­sos estimados assinantes, cujos nomes não publicamos com receio de alguma omissão.

Doentes t

Tem estado de cama. doente o nosso estimado assinante desta vila Sr. Raul Pais Freire de Andradt.

Pela Imprensa

“ 0 Sorraia"

Entrou no quarto ano de existencia, este nosso estima­do confrade que se publica na importante vila de Coruche sob a inteligente direcção do distinto jornalista Sr. Dr. Ar­mando Lizardo.

Desejamos-lhe prolongada viJa para bem daquela região cujos interesses defende com tanto ardor. * -

“ fl Provincia”

Este nosso estimado colega que vê a luz da publicidade na importante vila de Moura, publicou por ocasião da feira que naquela vila se realisou em Setembro passado um nu­mero especial a côres que muito honra as suas oficinas graficas, no qual inseria va­riada e escolhida colabora- ção.

Visado pela com issão de

censura de PCrtsIegre

Câmara Municipal5essão de 12 de Outu&ro

de 1932Presidencia do Doutor Augusto Ca­

mossa Nunes Saldanha com a assistên­cia des vogais cidadãos José Nunes Marques Adegas, c Luiz Branquinho da Costa Braga.

Lida e aprovada a acta da sessão anterior.

Correspondencia

— Oficio da D elegação da Liga dos C om batentes da G ran d e (juer- ra em M arvão, pedindo informações acerca da possibilidade de serem trasladadas as ossadas do com baten­te Francisco Baptista sepultado 110 cemiterio desta vila e que faleceu no Hospital de P onte do Sôr em 1910. Deliberou informar não ser possivel a trasladação em virtude de já terem sido rem ovidas do Ta- Ihào onde se encontravam .

— Ofic io do G o v e r n o C iv i l de Portalegre, inform ando da p r ó x i ­ma visita do jornalista P edro M u ­ralha qne anda colhen do elementos para enriquecer o A lb u m Alente* jano 110 tom o que dirá respeito ao A Ito-Alentejo e pedindo que lhe sejam concedidas todas as vanta­gens e facilidades. Deliberou satis­fazer.

— O ficio da Tesouraria de F i­nanças deste concelho , pedindo para que sejam feitas na T eso u ra­ria as obras necessarias a oferecer maior segurança. Deliberou satis­fazer.

— O fic io do G r e m io Alentejano, com séde em Lisboa, solicitando a oferta de duas colecções de pestais co m vistas desta localidade e a r e ­produção do brazãn deste M unici­pio, a fim de f igurar na sala da­quele G rem io , e solicitando a ins­crição desta Câm ara c o m o co n g re s­sista no C o n g r e s s o Alentejano a realisar em Evora, no p ro x im o mês de N o ve m b ro . D eliberou ace­der.

Subsidio

Requerim ento de Am elia M ar­ques, do Vale de A çô r , pedindo a concessão de um subsidio a favor de um seu filho. C on cedid o.

Balancete

— Foi apresentado o balancete da receita e despesa desta C âm ara referente a 8 de O u tu b ro , que a- cusa um saldo para a semana se­gu in te de 117 .Ô 3 4 $ 9 9 .

M andados de Pagam ento

A utoriso u 0 pagam en to de v a ­rios mandados na im portancia de 7 .2 8 1 $ 8 7 .

Venda de arvores e estrum esD eliberou pôr em arrematação

em h^sta publica dos estrumes p ro ­duzidos durante a feira no C a m p o 5 de O u tu b r o e dos eucaliptos e outras arvores existentes 110 mes­mo C am p o .

AtropelamentoFoi ha dias atropelada nesta vila

pelo autom ovel do chauffeur Raul Rodrigues, na ocasião em que saía de sua casa, a senhora Maria Rosa, casada com o Sr. José Francisco Martins Sanganha. q u e recebeu ferimentos num braço e fractura de uma perna.

C on duzida ao Hospital, foi pelo Sr. D outor João Pires Pais M iguens convenientem ente tratada, tendo aquele clinico aconselhado a sua entrada nos Hospitais C iv is de Lis­boa, para onde seguiu acom p anha­da de seu filho S n r . A m b ro sio Martins e pelo enferm eiro Sr. Pedro R odrigues Esteves.

Parece averiguado que 0 conduc- tor do carro que era o seu p r o p r i­etário não teve culpa do desastre, po is na ocasião em qu e ele se deu 0 c arro estava prestes a parar.

ip re iÉ m o s com 11 r e p á f e i Argentina

Em 1896 quiseram alguns benemeritos de Perm ignan dar em espectáculo a luta de um urso com um touro, m as 0 perfeito de policia entendeu muito sensatamente que 0 es­pectáculo era improprio e opôz. se.

Comtudo, se amanhã nos aparecer ai um desses bene­meritos com egual idea , nin­guém lhe vae á mão; nas nos­sas numerosas leis não ha d is­posição que a proiba. Em Buenos Ayres, porem , não são toleradas semelhantes p ra ti­cas, nem mesmo as lutas de galos, de cães ou gatos, as novilhadas, as corridas de ju ­mentos, nem as próprias tou­radas.

Assim pode ser lido na or- denanza explicativa da lei de protecção aos animais.

Ha porem ali cousa melhor, e è que os anim atografos não podem exibir f ita s que repre­sentem essas lutas ou essas corridas de touros.

Portugal, que è muito apre­ciador de tudo isto, que apren­da a ser civílisado.

N a Republica A rgentina haverá, como em toda a parte, muito de mau para vêr, m as ha tambem de bom para ser adm irado e louvado o que acima deixam os dito e mais, que não é possivel condensar em um artiguinho tão peque­no.

O nosso ilustre com patriota sr. coronel Abel Botelho, afir­mou numa correspondencia escrita de Buenos Ayres:

«Mas è que problem a es­colar constitue hoje na A r­gen tina uma verdadeira preo- cupacão essencial, transcen­dendo já da escola para as mais varias manifestações da vida social, dominante em to­das as classes com arraiais em todos os espiritos. P ara 0 com provar basta que eu lhes cite este singelo facto: N a p r i­meira caixa de fo sforos que com prei aqui encontro ao a- bril-a esta legenda: Felices los ninos que van a la escuela.

Repetim os depois disto com toda a dolorosa oportunidade: P ortu gal que aprenda com a Argentina a ser civilizado.

Quando este p a iz se resol­ver a ocupar-se do problema que è a base da felicidade p u ­blica, isto ê - a educação in­fantil, não terá m ais remedio senão suprimir pela via leg is­lativa todas essas indignida­des que aí se perpetram com prejuiso para todos que não sejam os prom otores ou em - prezarios que lhes cobram e arrecadam os sujos proventos das entradas.

E se 0 poder legislativo não prom over essa proibição para tornar fa c il ou viavel o objec­tivo que ê educar as m assas, essa medida será tomada pelos prim eiros dos educados e mo-

5 P 0 R T

a r o o t - s a i i

A fim de se encontrar em desa­fio am igavel de foo-ball com o ’ 11 A g u ias Foot-Bal! C lub, do EtVron- ca mento, desloca-se hoje àquela p o vo a ç ão a prim eira categoria do E léctrico Foot-Ball C lu b , desta vila, q u e assim inicia a sua epoca de foot-ball.

O en contro realisa-se no C a m ­po do 11 U n id o s Fcot-Ball C lu b , da mesma localidade.

= C o n s t a - » o s qne no pro x im o d o m in g o tambem desloca ao En- trocam ento 0 seu team de honra, o G r u p o D esp ortivo Matuzarense desta vila, para um desafio de foot bali com os 11 U n id o s F oot-B a l! C lu b do Entroncamento.

t r a n ^ e r i ç ã o

O nosso presado colega A Tribuna, importante semana­rio português que se publica em Newark, N. J. (Estados Unidos da America), trans­creveu o artigo «A Mulher do predio cinzento» do nosso novel colaborador Sr. Gari­baldino Andrade, que publi­cámos num dos últimos nú­meros do nosso jornal.

Agradecemos.

E d i t a lO D outor Augusto Camos­

sa Nunes Saldanha, Presiden­te da Comissão A dm inistrati va da Câmara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber que no dia 9 de Novembro proximo, pelas 13 horas, na Sala das Sessões da Câm ara Municipal deste concelho se ha-de proceder à arrem atação em hasta publi­ca, se assim convier aos inte­resses do Municipio, do se­guinte:

Varios eucaliptos e outras arvores existentes no Campo 5 de Outubro, em P onte do Sôr, conforme o caderno de encargos.

Estrumes produzidos no mesmo Campo durante a fe ira de Outubro.

P ara constar se passou 0 presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Ponte do Sor, 12 de Outu­bro dc 1932.

E eu, José Machado Loba­to, Cheje da Secretaria o subscrevi.

O Presidente,

(a) Augusto Camossa Nunes Saldanha

ralizados que ás cadeiras g o - vernativas tenham ocasião de subir.

Luts Leitão

A N U N C I Op r a ç a .

No dia 30 do corrente mês de Outubro, por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão de ser vendidos em hasta publica, pelo maior lanço oferecido, os seguintes bens:

PRIMEIRO

Cincoenta e cinco cento e doze avos da herdade deno­minada “Cunqueiro”, situada na freguesia de Montargil, desta comarca, que se com­põe de terras de semeadura, arvoredo de sobro, casas de habitação, vinha e pinhal, des­crita na Conservatoria do Re­gisto Predial sob 0 numerj 483 a folhas 45 verso do Li­vro B 2 ° avaliados em duzen­tos e vinte mil escudos.

SEGUNDO

Cincoenta e cinco cento e doze avos do predio rústico denominado “Courela do La­ranjal” situada na mesma fre­guesia de Montargil, desta comarca, que se compõe de terras de semeadura arvores de fruto e casas de habitação, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n.° 2582 a folhas 56 verso do Livro B 5.° avaliados em trinta e nove mil escudos.

TERCEIRO

Cincoenta e cinco cento e doze avos duma morada de casas com altos e baixos e quintal, na Rua Grande da vila de Montargil, desta co­marca, descrita na Conserva­toria do Registo Predial, sob o n 0 2583 a folhas 57 do Li­vro B 5.° avaliado em vinte mil escudos.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hipotecaria que José Martins Fsbião, casado, proprietário, morador na Aldeia Velha de Santa Margarida, desta co­marca, move contra Manuel Vicente Godinho e mulher, Artur Nunes Vinagre e mulher, moradores em Montargil e José Nunes Vinagre, casado, proprietário, morador na Ar- rifana, comarca de Abrantes. pela quantia de cento e trez mi) escudos, juros e mais des­pezas e vão pela segunda vez á praça em metade de seus va­lores, ou seja 0 primeiro por HO.OOOSOO, 0 segundo por 19.500$00e 0 terceiro por 1 0 . 0 0 0 10 0 .

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus direi­tos.Ponte do Sôr, 3 de Outubro

de 1932.O Escrivão do 2.° oficio

João N óbrega Verifiquei

O Juiz de Direito Manuel Ribeiro

r"7 u/. ano P o n te do Sòr, 3 0 de O u tu b ro de 1932 N U M E R O 153

Propriedade da Empreza de A M O C I D A D E ^

Composto e impresso na

“ /'MNERVA ALENTEJANA,, P O N T E D O S O R

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S O R f e ______________________ _ í f f i

D I R E C T O R

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã

P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A Laeac iac5asa0rjs&’ ysass

A D M I N I S T R A D O R

J o ã o M a r q u e s C a l a d o

E D I T O R

J o s é P e r e i r a d a M o t a I F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç f t

J o s é V i e g a s F a c a d a

Querendo P itr re Loti de­senhar 0 caracter bondoso e ao mesmo tempo viril do seu marinheiro foão, escrevcu: uP roteg ia os m endigos das ruas e recolhia nos bolsos os gatinhos atirados aos exgo- tos, e a sua p iedade p a ta com os mais humildes de bordo e p a ra os mais desherdados da fortuna, jam ais teve lim ites‘\

E um pouco adiante aiz:”0 m elhor do seu coração

m ostrava-o aos mais despro­teg idos, a M iette algum as vezes, ou então a velhos in­digentes, a pequen>>s mendi­g o s e animais espancados, — e a sua casa estava comi- camente guarnecida p o r • tres

. ou quatro g a to s m agros apa­nhados por ele, salvos em p e ­quenos do afogam ento , enxu­g a d o s com amor e levados nos braços .

Estas ultimas provas de afecto e ternura significam ás vezes demencia. N ão contá­mos nós 0 caso daquela m e­g era de P aris, apaixonada pelos seus cana rio?,, torturan­do ao mesmo tempo os filh os pequenos com pancadas.

Alas quando se fazem cotn reflexão, conscientemente, co­mo no caso de Loti, elas a s ­seguram- nos qualidades mo­rais de prim e ito quilate.

Armando Sauvestre a f ir ­mou que a piedade humana era a maior defeza dos animais. Como, porem, a reciproca tambem ê verdadeira, como acabamos de afirm ar, o m e­lhor e o mais simples ê f ix a r ­mos que a piedade quando to ­ca 0 coração do homem regu­larmente constituído pelo que d iz respeito a facu ldades, in­teressa e aproveita indistinta­mente a tudo quanto pena á

superfície deste p a ra tantos ingrato mundo.

D igam os com Lavedan: E' uma cousa medonha, doloro­sa, terrivel, lem brar-se a gen ­te que os animais, submetidos a uma lei inexorável, sofre n 0 martírio de pensar, de ser agredidos, de penar, sem que possam jam ais fa ze r nos com­preender que teem uma alma, e portanto urna sensibilidade. Não é isto assim? N a duvida, ê conveniente adm iti lo, Quem sabe? Vivendo a nossa vida, que tantas vezes partilham os m al com eles, os animais ta l­vez que nos ju lguem com mais indulgência e humanidade que nós a eles. Julgarão acaso que 0 homem è um serbom e ra zo ­ável? Caso afirm ativo são uns cegos e uns benemeritos, que nós nunca saberem os apreciar devidamente

D os animais d isse G eorge Sand com uma propriedade e ju s te za que nunca será dem ais acentuar:

"Se os homens tivessem p o ­dido ou sabido identificar-se com os animais o bastante para que estes se pudessem identificar com aqueles, que adm irareis am igos teriam adquirido por esse m eio!"

Quando a escola prim aria fôr aquilo que deve ser e é em muitos p a izes de civilização adiantada, seremos uma na­ção jel íz . E' na escola prim a­ria que está o em brião de to ­das as conquistas verdadeira­mente d ignas desse nome; é ali que, segundo Josè S ilves­tre Ribeiro, começa a formar- se 0 espirito publico de uma naçào.

Luis Leitão

Grémio AlentejanoR E S T A U R A N T E — Tc sido sido

escolhido um n o v o G e r e n te para (’s serviços desta Secção, explen- didametite instalada iiutrn m a g n i­fica sala,.comunica-se aos E xm os. Sócios da P rovinc ia que, nas suas visitas a Lisboa, não devem deixar de frequentar o Restaurante que serve á carta ou em mentis da ca­sa, excelentes almoços, jantares e ceias, a preços mais diminutos que os doà restaurantes on de os foras­teiros alentejanos costum am c o n ­correr.Funciona perm anentem ente um apare lho de telefonia e co n v iv e -s e com os co m p ro v in cia n o s que as­siduamente frequentam o restau­rante. A lém de que se co n corre para o desenvolvim en to dum a instituição que ao Alentejo c o n v em manter e prestigiar.

F E S T A S = N o p r ó x im o mez de N o v e m b ro , além das Tardes Alen- tejanas, aos dotningos, co m exce­lente musica, realizam-se serões regionais, chás dançantes e bailes que prom etem larga concorrência .

S O C I O S — Foram a p ro va d o s na ultima sessão; N ativos -Senhores, Joaquim A n ton io Costa , Oficial do Exercito, A l h e i o Pereira P e­lo u ro de Alm eida, proprietário; M anuel D o m in g o s dos Reis S eve­ro, A g en te C om ercia l; Dr. João Braz, Professor Liceal; R o gério N ogu eira , Ajudante de Farmácia e Dr. José da Silva Figueiredo, me­dico. Auxiliares (P rovincia) Se­nhores, Manuel R odrigues Dias Junior, A nton io Maria M arques Pinho, Francisco da C osta L o b o e A n ton io Eduardo C osta Lobo, de Beja; Dr. Joaquim de Sousa P ra ­tes (Redondo); João M o q u e n c o (Serpa); Francisco Caldeira C is te -lo B ranco C a r y (Alter do Chão) José Joào de Sousa Branco ( M o n ­tes V elhos) Dr. jo ã o Pires de A n ­drade (Monforte) e Luiz A n to n io M o u rin h a (Evora).C O B R A N Ç A — Pede-nos a D ire c ­ção para solicitármos dos sócios da Provincia o favor de pagarem as suas cotas á primeira a p resen ­tação pelo correio.

R U V

Am ei-a m uito! Ela era o meu encanto!Foi ela a minha vida, a minha esp ran ça!Foi um sonho d 1 amor e de criança Que hoje vive em balado no meu canto!

Sonho d ’am or tranquilo e quasi santo,Que alm as como a minh'alma já não cansa; Sonho que adentro em mim se afoga e lança N o fundo soluçar d ’urn m ar dc pranto !

Am ei-a muito, sim, quando ela eraUm simbolo d ’amor, o fo g o lentoD ’um dôce e brando alvór de prim avera !

Ao recorda-la hoje, eu só lamento A minha triste s o r t e ! Oh ! quem me dera Que podesse esqucce-la num m om ento! . . .

P . do Sôr, Outubro de 1932

João M. Calado

P E L A IM P R E N S AA L A E S Q U E R D A

Entrou no oitavo ano de publicação este nosso estima­do colega, valoroso baluarte republicano que vê a luz da publicidade em Beja sob a di­recção do distincto jornalista Sr. Soveral Rodrigues. ” Ala Esquerda" festeja o facto pu­blicando um numero a côres excelentemente colaborado.

Felicitamo-lo efusivamen­te..A V O Z D O S U L

Completou ha pouco mais um ano de existencia este nos­so estimado colega que se pu­blica na cidade de Silves sob a proficiente direcção do dis­tincto jornalista Sr. Henrique Martins.

Desejamos-lhe uma vida próspera e prolongada.

Manifesto de produçãoTermina no proximo dia 15

de Novembro o praso para o manifesto em todo o país, da produção de milho de sequei­ro, arroz, feijão, batata de re­gadio e vinho.

Os que não manifestarem serão punidos com a multa de 20$00 a 100$00. Os que fi­zerem falsas declarações com a multa de 100$00 a 500$00, conforme a gravidade da cul­pa.

—Termina amanhã o praso do manifesto da produção de trigo.

Visado pela comissão de C3U5iira de PJríals.rs

U T e l i a , d.a , P o n t sA prop osito do boato que ulti

mamente correu de que a feira que nesta vila se realisa em O u tu ­bro passaria de futuro para outro local, recebemos a carta, do Ex ,;10 Presidente do M unicipio, que a seguir publicam os, em que se des­mente ser intenção da C âm a ra p ro ­ceder a tal mudança.

Fica pois desmentida a atoarda com O que nos regosijamos.

Sr. Direetor de «<4 Mocidade»

Tendo visto qae * A Mocidade* no seu numero 151 de 2 do cor­rente mês e ano propaga o boato infundado cte que se pretende mu­dar a Feira de O u tu b ro do local onde se realisa para o Campo da Aviação, e não sendo conside­rado satisfatorio o desmentido publicado, vimos pedir a V. o obséquio de fazer publicar com o necessário relevo na primeira pagina do seu jornal o seguinte desmentido cotegorico:

A C o m i s s ã o A d m i n i s ­t r a t i v a d a C a m a r a M u ­n i c i p a l d e P o n t e d o S ô r n u n c a p e n s o u , n e m p e n s a , n e m p e n s a r á e m m u d a r a F e i r a d e O u ­t u b r o d o l o c a l o n d e s e r e a l i s a p a r a o u t r o a u a l q u e r ." Este aesmentido formal é man­

dado publicar pela áctual Co­missão Administrativa deste Mu­nicipio, como consta da acta da reunião da mesma Comissão, do dia 26 proximo passado, para que se ponha termo a um boato disparatado que muito podia pre­judicar os interesses do Munici~pio. kbnitioÕ oi;

A feira de Outubro, como a de Janeiro, tem o seu Campo pro­prio, em otimo local, como é bem sabido de todos quantos frequen­tam estas feiras, cuja fa n a u l­

trapassa as fronteiras e o nosso desejo ê que elas sejam sempre e cada vez mais concorridas.

Agradecendo a publicação des­ta local, desejamos a V. saude e fraternidade

Ponte do Sor, 27 de Outubro de 1932.

Pela Comissão Administrativa da C. M. de Ponte do Sor

O presidente

Augusto Camossa Nunes Sal­danha

j? s J a x a s de Ju rosFoi publicado um decreto

regulando as taxas de juros dos emprestimos feitos por particulares, no qttal se esta­belece que nos emprestimos com garantia real a taxa não poderá ser superior a 8 por cento e nos que a nào tenham não pode ir alem de 10 por cento. As disposições citadas não são aplicadas aos empres­timos bancarios, ás casas de penhores, caixas de credito popular e instituição de cre­dito predial.

V I T I M A D E D E S A S T R E

Em consequencia dos ferimentos que recebeu no atropelamento de que ha dias foi vitima nesta vila, pelo autom ovel do chauffeur Raul M ig u e l Rodrigues, faleceu no H os­pital de S. José, em Lisboa, a se­nhora Maria Rosa, esposa do Sr. José Francisco Martins Sanganha.

2 A M O C I D A D E

Congresso AlentejanaN u m a reunião da C om is­

são organ isadora do I C o n ­gresso R egional do A le n te jo , le v a d a a e fe ito no G rem io A le n te ja n o , em L isb o a , e a que assistiram alem dos g o ­v ern ad o res c iv is dos tres d is trito s da p rov inc ia m uitas in d iv id u a lid ad es em destaque 110 m eio a len te jan o , foi d e li­b erad o tran s fe rir o Congresso p a ra o mês de A b r il p ro x i­m o, em vez de se re a lisa r em 2 9 do corrente corr»o estava anunciado, p o r ser esta a e - poca das chuvas e durante a q u a l os intensos trab a lh o s a - g rico las não perm item aos la v ra d o re s o rg an isar uma p a ­rad a agrico la com a respectiva e x p o s içã o de gados.

F o i uma m edida acertada que vem dar tem po a que m uitas in d iv id u a lid ad es que d e se javam to m ar parte no C on gresso possam com m ais v a g a r e lab o ra r as suas teses, alem de que em A b ril é a epo ­ca m ais p róp ria em que o A le n ­te jo se m ostra exuberan te em toda a sua grandesa.

A com issão o rgan isadora continua recebendo os ped i­dos de inscrição e as teses que queiram e n v ia r-lh e .

Segundo alguns jo rn a is o C on gresso está despertando o m a io r interesse, tendo já sido env iad as á com issão m u i­tas e va lio sas teses.

0 desaçoreamento do rio Sor

P o r lapso não noticiámos ulti­m am ente que a solicitação feita pelo sr. Adm inistrador do C o n c e ­iho ha tempos ao d ig n o G o ­v e rn a do r C iv i l deste distrito sr. capitão Ricardo V az M onteiro, me­receu o melhor acolhim ento, o que aliaz era de esperar, tendo Sua Ex.* patrocinado com todo o interesse esta justa preteiição.

O M inistério do C o m e r c io aten­d en d o o pedido que Sua Ex.a fez m andou já ha bastantes dias a esta vila o sr Chefe da Secçáo Hidrau- lica d o Tejo , em Santarém, para estudar o desaçoream ento a m on ­tante e juzante da ponte, tendo es­te senhor percorrido parte do rio, con c lu in d o de que realmente é necessário proceder sem d em ora a o desaçoream ento e regularisação das m arg en s com uma boa arbori- sação.

P orem , vai passado mais de um m ês que aquele funcionário esteve p roced en d o aos seus estudos e até agora nada ha feito.

Estando nós uo inicio da epoca das ch u vas , a pior para se p roce­der a este serviço, ve m os com tnágua que não é ainda desta feita q ue o n osso rio. outrora tão for­moso, lo g ra rá a regularisação do seu leito.

Para o Sr. A dm inistrador do C o n c e lh o que bastante se interes­sou pelo assumpto apelam os, es­perando que Sua E x. ' volte a ab o r­dar o assumpto.

A C H A D O S

E ncontram -se depositados n a S ecção Adm inistrativa da Câm ara M un icip al e serão en tregu es a quem p ro v a r pertencer-lhe: U m a c o r ­rente de prata e um g o r r o de c r ia n ­ça com um broche.

Melfioramenfos m ra lsFoi ha dias publicado o de­

creto N.° 2 1 6 9 6 , que estabe­lece a com partic ipação do Es­tado na rea lisação de m elho­ram entos rura is , encontrando- se já insta ladas a respectiva repartição , devendo as com is­sões ad m in is tra tiv a s e m ais entidades que pretendam be­nefic iar das disposições do m esm o decreto , que tenham pedidos o fic ia is fo rm ulados ou assum ptos pendentes d ir i­g ir a correspondencia ao sr. pres itente da Junta A u tó n o ­m a das E stradas.

A té 31 de Janeiro p ro x im o aquele organism o pala re p a r­tição com petente ace ita rá to ­dos os pedidos o fic ia is de com partic ipação do Estado para rea lisação de m e lh o ra ­m entos ru ra is .

IIÉ9 às l»icr« EcunouiicosComissão Execuíiua

Reuniu ontem, na respectiva sé­de, a C o m issão Executiva deste o r ­ga n ism o federativo, que tom ou entre outras as seguintes delibera­ções:

Taxa5 de juros: — Foi dem orada­mente apreciado o decreto n°. 2 1 .7 3 0 . que fixa as taxas do juros dos em prestim os feitos por parti­culares, tendo sido aprovada a in­tenção social desse diplom a. Re­solveu-se fazer um estudo cuida­doso do m esm o quanto á sua apli­cação prática.

Situação da L a u o n ra :-Foram exam inados varios alvitres de o r ­gan ism os agricolas filiados na

U N IÃ O , deliberando-se reunir, n um só docum ento, as medidas a p ro p o r ao G o v e r n o tendentes a remediar a crise da Lavoura nos seus diferentes aspectos. Foi tam­bem reso lv ido representar ao Snr. M inistro da Agricultura no senti­d o de o prazo para o manifesto d o tr igo ser p ro ro g a d o até 15 do p r ó x im o m ez de Dezem bro, aten­dendo á colheita abundante e ás dificuldades com que lutam as pe­quenos e m édios lavradores.

Processo sumário: - Foi aprecia­d o o decreto n°. 2 1 . 7 0 0 que ins- titue o processo sumário para as falências cujo valor não exceda 50.000$00, verificando-se que, nas suas disposições gerais, ele satisfaz ao que fôra reclamado pelos or- g a n is m o s econ om icos do Paiz.

Tribunais do comércio:- F o i a- preciada a extinção destes tribunais resolvendo-se o u v ir sobre o facto as coletiv idades econ om icas inte­ressadas.

Melhoramento deC asca is-A p ie - ciou-se o relatorio da Direcção da Associação C om ercia l e Industrial, sobre a sua acção relativa a aguas, esgotos e construcções nesse c o n ­celho, deliberando-se apoiar, junto do Snr. Misnistro do Interior, os pontos de vista da referida colec­tividade, por serem os mais uteis ao interesse publico.

Expediente— Deu-se despacho ao recebido e resolveu-seiintensificar as relações da U n ião com diversos o rganism o s congén eres do estran­ge iro , para maior propaganda das actividades e co n o m ic as nacionais.

Socios:— Foi aprovada a A s s o ­ciação C o m ercia l de Barcelos,

Pelo ConcelhoM o n ta rg il

M elhoramentos

C a r e c e esta vila em absoluto de uma série de melhoramentos, sem os quais nunca o seu p rog resso p o ­derá desenvolver-se , pelo que se torna urgen te dar-lhes rapida so­lução. P or varias vezes temos aqui indicado os mais necessários, e hoje n ovam en te c s vim os apontar, lem­brando-os ás entidades a quem c u m p re p r o v e r a sua realisação. S ã o eles:

Abastecim ento de aguas à v ila

Já a C âm ara M unicipal encarou a serio este problem a de todos o mais instante. Porem , os trabalhos de captação teem-se arrastado com m orosidade, facto este que está a dificultar as condições de vida ao p o v o desta vila, pois que, para adquirir agua potável em condi­ções de beber tem de ir a uma dis­tancia aproxim ada de q uatro qui­lometros, e os que o não podem fazer, só por elevado preço (cerca de c inco centavos por litro) a adquirem.

Este estado de coisas fende a a grav ar-se durante o in v ern o que se aproxim a, pois os locais de a- bastecimento actuais, Togeirin ha e Pintadiuho, alem de ficarem a uma distancia enorm e têm o cam i­nho quasi intransitaveis.

Edificio Escolar

E ’ de urgen te necessidade a sua construcção , p o rq u e o actual alem de ser de acanhadas dimensões pa­ra o n um ero de alunos em edade escolar, nào tem condições a lgu­mas que o recom endem . N o pre­sente ano eacolar os d ignos profes­sores teem recusado a matricula a muitas crianças, em virtude de as salas não com po rtarem mais, pois sò no sexo masculino es­tão matriculados 55 alunos. Em toda a freguesia existe uma p o p u ­lação escolar de mais de seiscen­tas crianças.

Impõe-se tambem a criação de um posto de Ensino na Pernancha de Baixo conform e " A M ocidade” já a d v o g o u , não só por ser aquele lugar um dos mais centrais desta freguesia, c o m o por estar rodeado de v a r ie s núcleos de população m uito importentes.

Estradas Municipais

A s estradas da freguesia encontram- se quasi todas em deplorável esta­do. U r g e que se remedeie este mal q uan to antes, pois com o in v erno q ue se aproxim a algum as vã o fi­car intransitaveis. Era uma bela op ortunidade agora, não só por ser esta a ocasião mais ptopicia, c o m o por poderem em p regar-se em tais trabalhos muitos dos tra­balhadores que se encontram de­sem pregados.

A ponte de madeira sobre o r io Sor tambem se encontra em péssimo estado, sendo urgente a sua reparação para evitar a lgum desastre.

Iluminaç&o

Está a C o m issã o de M elhora­m entos desta vila animada cia me­lhor bo«* vontade para que a ilu­minação publica seja melhorada, term inando-se de ve z com o an­tiquado sistema de iluminação a petroleo só própria das aldeias mais sertanejas. Pensa e muito bem na substituição pela iluminação electrica, contando, é claro com o auxilio da C am a ra .

N ào faz sentido que sendo M o n ­targil uma freguesia bem mais im pertante de que outras dos con ­celhos limítrofes, c o m o por exem ­plo Benavila, estas já possuam tão

b elo m elhoram ento e nòs esteja­m o s ainda c o m o ha um seculo. V erdade seja que ali trabalha-se ativam ente pelo p rogresso da ter­ra, sendo o esforço dos b enavilen- ses bastante louvável.

C h a m o aqui a atenção dos meus conterrâneos para o exem ­plo q u e o p o v o daquela localidade nos está dando. Passando lhe a linha telefónica a a lguns quilom e­tros não regateou despesas para co n segu ir a ligação á rêde g e ­ral do pais. E nós o que fazemos? Pede-se-nos uma importancia de c inco mil escudos para a ligação telefónica á sede do conc«*lho, che­g a n d o a iniciar-se uma subscrição que não conseguiu angariai a quan­tia necessaria. E ’ uma ve rg o n h a para nós. C o m a iluminação elec- tríca fez-se mais em Benavila. U m ilustre filho daquela terra poz á disposição do M unicip io o dinhei­ro necessário, hoje a iluminação electrica é um facto. M ontargil, p o ­dia, se quizesse, seguir-lhe o exem ­plo. Ha aqui pessoas de dinheiro q u e podiam iinanciar a juro mo- d ico o u sem ele, este e outros m e­lhoram entos que v im os de apontar.

Era a melhor forma de se c o n ­seguir co m ;rapidez tudo o que necessitamos.

Falecimento

C o m a avançada idade de 93 anos, faleceu nesta vila, 110 dia 22 do corrente, a S r \ D. Joaquina Maria da Luz, v iu v a , proprietaria, tia do Sr. M anoel L o u re n ço da L uz, p ro ­prietário, nesta vila. N o seu fune­ral que foi religioso, en co rp o ro u - se g ra n d e n um ero de pessoas de todas as classes sociais. A ’ familia enlutada os nossos pesames.

R écitas

L evadas a efeito por um g r u p o de m eninas da nossa melhor socie­dade, realisaram-se duas récitas nesta vila, cu jo produeto se desti­na a favor da construcção do n o­v o edificio escolar. Subiram á ce­na as en graçadas comedias em 1 acto " O D o u to r bovin a” e “ As tres M an as", o episodio dramatico ” Kaça de H ero is” e um acto de variedades. T o l a s as interpretes foram muito aplaudidas sendo v a ­rias vezes chamadas ,ao palco, me­recendo os maiores e log ios pela form a c o m o se desempenharam dos papeis que lhe foram confia­dos.

Destacaram-se as senhoras D. V icto ria A n drade 110 papel de co ­ronel e D Bei ta C o u rin h a no sar­g e n to G u ib o lar .

ChegadasRegressaram de Lisboa e Figuei­

ra da Foz a esta vila, acom p anha­dos de suas esposas os E x.m 05 Sr .s D rs. A n ton io Rodrigues de A ze ­v e d o e A m a n d io FalcSo da Luz.

— Já regressou de ferias o dis­tinto professor oficial desta vila Sr. E varisto Vieira.

— Encontra se em g o s o de licen­ça nesta vila, o nosso a n v g o e con terrân eo Sr. A n ton io Prates Ribeiro, m arinheiro da A rm ada em serviço uo navio escola Sagres.

C .

H Estrada de BempostaJ á r e c o m e ç a r a m o s t r a b a ­

l h o s d e c u n s t r u c ç ã o d a e s t r a ­

d a q u e n o s d e v e l i g a r á v i s i ­

n h a a l d e i a d e B e m p o s t a q u e

h a v i a m s i d o s u s p e n s o s p a r a

s e p r o c e d e r a e s t u d o na p a r t e

o n d e n ã o p o d i a s e r c o n s t r u í ­

d a a e s t r a d a p e l o s i s t e m a

a m e r i c a n o d e t e r r a c o m p r i ­

m i d a .

E ' d e s t a v e z q u e v a m o s

v e r r e a l i s a d a t ã o v e l h a a s p i ­

r a ç ã o d o s p o v o s v i s i n h o s .

/ t o m s n j e e l ç b r e s

U CMCilttS CUM (8IMMCI))Nasceu este esforçado c avale iro

na vila de P en edon o , na p rovin cia da Beira Alta.

Era filho de V asco C ou tin h o, senhor de Leom il, de Fonte A r c a ­da e de outras muitas terras. Foi o mais celebre dos doze de Ingla­terra, que, reinando D . João I fo­ram a L ondres desafrontar a lgum as damas do Paço motejadas de feias por cavaleiros In gleses, a quem os nossos venceram , dando assim de­safronta ás damas e gan han do para si fama honrosa. O s onse c o m p a ­nheiros do celebre M a gr iço foram: A lv a r o V a z de Almada; João P e ­reira A g ostin h o; Rui G o m e s da S ilva; A lv a r o M endes C erve ira , Rui M endes C erve ira; Martin L o ­pes de A zevedo ; Luiz G o n ça lv e s Malafaia; L o p o Fernandes Pacheco; Sueiro da Costa; A lv a r o de A lm a ­da e P ed ro H o m em da Costa.

A lv a r o G o n ç a lv e s C o u tin h o é o tron co donde descendem os condes de R edondo e M arquezes de M a ­rialva.

S P O R TZ E ^ o o t - B a . ! !

— D eslocou-se ao E ntron cam en ­to no dia 16 do corrente, on de jo g o u um desafio am igavel i e foot-ball, com o team de honra do11 Unidos, a primeira categoria do Eléctrico Foot-Ball C lu b , desta vila, resultando deste en contro um e m ­pate a duas bolas. O dom inio per­tenceu quasi sem pre ao Eléctrico, tendo um dos seus defesas num a jogada infeliz enfiado o esferico nas próp rias redes.— T am bem se deslocou ao Entrou1- cam ento, no ultim o d o m in g o , o n ­de se en controu com a primeir.i categoria do 11 Unidos, 0 team d i honra do G r u p o D esp ortivo M atu­zarense. a victoria coub e ao M atu­zarense por 3 bolas a 0, decor­rendo o en contro quasi sem pre sob o dom inio deste. A arbitragem a* certada e imparcial do Sr. A n to n io Maria de Alm eida teve a faciliiá la a forma correcta c o m o os dois- teans se p o rtaram durante 0 en ­c o n tro .

O P R E Ç O D O S A D U B O S

S e g u n d o l e m o s n o s j o r n a i s ,

d e s c o b r i u - s e a g o r a u m m é t o ­

d o p a r a a e x t r a c ç ã o d e n i t r a ­

t o s d a s a g u a s d o m a r , d e q u e

r e s u l t a r á o s e u p r e ç o d e s c e f 5 0 7 „ d o a c t u a L

Desta forma, os adubôá sofrerão uma Considerável baixa, 0 que deve ser moti­vo de alegria para todos, especialmente para lavrado­res.

Criança desaparecida

Da herdade da V a r g e m , desta freguesia, desapareceu 110 d o m in g o á tarde não voltan do a ser e n con ­trado. o m enor Manoel, de 3 anos de idade, filho de losé Jacinto A le ­xandre trabalhador naquela herda­de.

A s auctoridades tom aram conta do caso tendo telegrafado para va ­rias localidades pedindo a deten­ção de c igan os q u e n e l js se e n con ­trem, por se suspeitar que a crian­ça foi roubada p a r um g r u p o des­tes individuos que parece ali tW nham passado na véspera,

11117770

F U N È R A E SD O S M A I S S I M P L E S À O S,. •• ■* i' V-

MAIS L U X U O S O SCOROAS, BOUQUETS

E FLORES ^a r t i f i c i a i s t e è

URNAS :»' •*, *

EM PAU SANTO V* E liOGNO, LISAS

- ' . fw s • '■• v:f-ír F .

rt 4 ? " - - 1% ' ^ ^

E N T A L H A D A S

S E R V I Ç O P E R M A N E N T E

€ € € € € € € t € € € € € € € € € <

Construcfora flbrantina, L.Telefone Abrantes 68

Carpintaria mecanica, serrctção de madeiras fabrico de gelo

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car

pintaria civil, taes com o: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

V I G A M E N T O S E B A R R O T E R I A

Séde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

***, P revine todos os consumi- V dores de adubos que não

■íy> devem íazer suas com pras <| •@> sem consultarem sobre pre- <8

ços e con dições de p’;iga- An mento. Á

tereuis, I fp m c se todos os produ­ctos da agricultu­ra, compra José de Matos Neves. Vende a d u b o s simples e com­postos, purguei- ra, sulfato de a- monioede potás­sio.

Estabelecimen­tos na Avenida Cidade de Lille em Ponte do Sor e Longomel.

Compra e v e n d e :

C e r e a i s e l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

R ua Vaz M on te iro — P O N T E DO SO R

Chapelaria, cam isaria, calçado e miudesas.

Recebem -se chapéus para consertos • transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o u c o p a r a v e n d e r m n i t o

Revendedor da afamada cerveja J A H S E

9 O ficina de funileiro ££ Avenida Cidade de Lille «| P O N T E D O S O R ?Ç)g Encarrega -se de todos os * v trabalhos concernentes a sua t#* arte garantindo o bom acaba- 5Í mento e solidez. 5A N Ú N C I O S

N a secção competente

Linha ou espaço de linhacorpo 12...................... $40

Nào sc restituem os autografos quer sejam ou não publicados.*1 P O N T E DO SO R

5 Comissões e Consignações« | Correspondente de Bancos e «§ Companhias de Seguros

Encarrega-se de todos os ser- <©£ viços junto das repartições publi- 4 É cas-

«j|T A T A T A T A T A T A Y A T A T A

« S A T A T A T A T A T A T A T A f A ?

DA ACREDITADA MARCA

*

w ---------------------------------- ----------------------------------t * Loja de Fazendas, M ercearias e M iuedzasK »a-, <5-0^# E s p e c i a l í t l a d e e m « l i A e o n f é Vende em Ponte do

Sor, a empregada

Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezembro-------« -« S S # *» ® » *-*------

F O N T E D O S O I t Encarrega-se de todos ot concertos em máquinas des­ta marca.

Avenida Cidade de LillePONTE DO SOR

Loja de solas e atanados das principais fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães

Para construcções a preçosde concorrência. Ve n d e Gonçalo Joa­quim.

Avenida Cidade de LillePONTE DO SOR

Sortido de pelarias finas, tais como: calfs, vernizes e pe­licas das melhores marcas estrangeiras. Formas para cal­

çado, miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro.

Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança, Concertos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez.Preços ao alcance de todas as bolsas

pelouro Coelho ^

^ . d v o g r a c l o i zçlar pçlo* V0 5 5 0 S i n t e r ^ s e s ?

Anunciai i fA MocidadePonte do Sôr

A M O C I D A D E 3

4 A t M O C I D A D E

Câmara MuniciDal Um invçnfo porfu^uçs que por esta forma se convi-* ----------------- --------------------dam todos os interessados a

A N I V E R S Á R I OOutubro

de30 -S r . Raul Garcia Marques Carvalho, em Galveias.

31 —João Pais Baptista de Carva­lho, no Porto, D. Ana da Con­

ceição Domingues, Peruando Car­valho Pontes e Jose Martinho Lou­renço.

N ovem bro

1— A menina Joana Bragança d’0 - liveira Zezere, ern Galveias e D. Maria Luciana Lino.

2— Jacinto da Silva.3—Joaquim Galveias Mendes, no

Vale d’Açôr.5 — David Lopes dos Santos, nos

Olivais.8 —D. Maria d’Alegria Lopes Rosa Mendes, em Galveias e Garibaldi­no O liveira da Conceição Andrade em Portalegre.9—Leonardo Estrela Ferro, em

Sintra e Nuno Gonçalves de Castro Barquinha.

10—Cesar Diniz Bastos dos Reis, em Marvão e Luiz Branquinho da Costa Braga, em Galveias.

11— D. Maria Joaquina Pais, em Galveias, José Agapito Salva !o e o menino joaquim Rocha Cos­ta.

12 — A rtu r de Souza Rasquete, em Portalegre.

Em P onte do S ór

Estiveram ultimamente nesta v i­la, os nossos presados assinantes, Exmos Snres:

Jorge Ribeiro Martins, de San­tarém. Joaquim Antunes, de Chan­ça. Rodrigo L. Martins, de Seda. Dr. Tavares Mourato, de Portale­gre. Manoel Godinho Prates, Jo­sé Julio L. Martins, Dr. A. Rodri­gues de Azevedo e Dr. Amandio Falcão, de Montargil. José Pratas Nunes, de Pernancha. Joaquim A. Crespo, Manoel R, Mousinho, Marcelino S. Pequeno, Dr. Pimen­ta |acinto, Dr. Raul de Carvalho, de Galveias.

Encontra-se nesta vila o nosso presa­do assinante e amigo Exmo. Sr. Tenen­te Coronel Antonio Baptista de Carva­lho.

D oentes

— Encontra-se doente.de cama, na sua casa do Entroncamento, a esposa do nosso presado amigo e . assinante daquela localidade, Sr. Levi Jordão Corte Real.

Tambem se encontra doente, ha dias, a ò i \ D. Adelaide Pais. es­posa do nosso amigo e assinante Sr. João Albertino Pais de Andra­de. desta vila.Desejamos-lhes rapidas melhoras

Insolvência civilPela pasta da justiça vai

ser publicado um decreto que institui a insolvência civil.

O particular ou devedor de qualquer natureza, mesmo o simples lavrador, pode ser dado como insolvente e leva­do á concordata, moratoria ou falência, exactamente como se vem praticando, desde ha longos anos, com os comer­ciantes ou industriais. Assimquando o devedor estiver n o --------estado de insolvência desapa- P Â v A recem os créditos previlegia- « n u fl dos e até mesmo quando já exigidos em acções ainda não julgadas, mesmo que ha­ja bens arrestados.

Sessão de 26 de Outubro de 1932

P residencia do Doutor A ugusto Ca­mossa Munes Saldanha com a assistên­cia dos vogais Snr-‘ Luiz Branqinho da Costa B raga e José da Costa Mendes

C orrespondencia

Oficio da Otixa Geral de Apo­sentações pedindo informações a- cerca das razões porque deixou de ser facultativo municipal da fregue­sia de Montargil em 29 de Novem­bro de 1911, o Dr. Alvaro Roxa- nes de Carvalho. Deliberou infor­mar aquela repartição.

Circular do Governo C iv il de Portalegre dando instruções acer­ca da organisação dos processos respeitantes á construção de cemi­terios. Inteirada.

L ac tação

Requerimento de Rosaria Rosa, de Vale de Açôr, pedindo lhe seja concedido um subsidio de lactação a favor de uni seu filho Deferido a- bonando-se-lhe 12$00 mensais.

Requerimento de Maria de Jesus, solteira, residente em Ponte do Sôr, pedindo um subsidio de lactação a favor de uma sua filha, visto ser pobre e não ter leite suficiente para a poder criar. Deferido abonando- se-lhe 12$Q0 mensais.

Obras

Requerimento de Fiorinda Cie*meneia, do Domingão, pedindo l i ­cença para abrir uma porta para a via publica na sua morada de casas situadas 110 Relvão, desta v i­la. Deferido.

C o n tas d o an o económ ico 1 9 3 1 -3 2

Depois de devidamente aprecia­das e discutidas as contas do ano economico findo de 1931-32, que foram apresentadas pelo cidadão presidente, foram estas aprovadas as q u a i s acusam a receita de 375.973$97, a despesa de344.372$09 e 0 saldo positivo de 31 .Ò01$88. Em conformidade com a lei, deliberou a Comissão Adm i­nistrativa patentear ao publico por espaço de oito dias as referidas contas,findo os quais, não havendo reclamação, serão apresentadas ao Delegado do GoVernador C iv il do Distrito, para julgamento.

1 C om issão R e c e n se a m e n to M ili ta r

De harmonia com o Regulamen­to dos Serviços do Recrutamento M ilita r nomeou os seguintes cida­dãos para fazerem parte da Co­missão do Recenseamento M ilitar deste concelho para o ano de 1933: Joaquim Gonçalves de Castro Bar­quinha, de Ponte do Sôr, Manoel de Oliveira, de Longomel, Augus­to Delgadinho, de Galveias e José ju lio Lopes Martins, de Montar- kr'l-

Doentes

Foi ordenada a passagem de guias de entrada nos Mospitais C ivis de Lisboa a Maria Vicencia, Maria Rosa, Francisco Martins e Leonilde Rosa, todos da freguesia de Ponte do Sôr.

BalanceteFoi apresentado o balancete da

receita e despesa da semana finda que acusa o saldo de 11Ò.955$18.

Segurido informa 0 nosso presado colega 0 Sorraia, de, Coruche, afirma-se que 0 Dr. Aves Jana medico em Vila Franca de Xira conseguiu descobrir o processo de fa­bricar gasolina, aproveitando para isso raizes, caules e fo­lhas de varias plantas 0 que tudo covertido em mosto e associado com 0 mosto das uvas dá um explendido suce­dâneo da gazolina que fica por cerca de 60 eeniavos 0 quilo.

EDITALV irg ilio Salvador Ricardo dá

Costa, Engenheiro-chefe da 4a. C ir­cunscrição Industrial.

Faz saber que:Mariano Lopes Tempera reque­

reu licença para instalar um fornode coser tijo lo incluido na classe 3a. com os inconvenientes de fu­mos em Ponte de Sor, local de Relvão, freguesia de S. Francisco, concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre, confrontando ao norte com terreno de Luiz Lopes, sul com terreno do requerente, nascente com terreno de Guilher- mina Maria Roldão Pimenta e po­ente com via publica.

Nos termos do Regulamento das Industrias insalubres, incomodas, perigosas ou tóxicas e dentro do prazo de 30 dias, contados da da­ta da publicação d’este edital, po­dem todas as pessoas interessadas apresentar reclamações por escri­to contra a concessão da licença re­querida e examinar o respectivo processo 11’esta Circunscrição com séde em Evora. Praça do Geraldo N°. óyÉvora, Secretaria da 4a. Circuns­crição Industrial, 31 de Agosto de 1932.

O Engeiieiro-chefe da Circunscri­ção

V irg ílio Salvador Ricardo da Costa

virem ali ver e examinar os documentos e apresentarem- me dentro do referido praso quaisquer reclamações que ti­verem por conveniente fazer, a fim de terem 0 destino com­petente.

E para que chegue ao conhe­cimento de todos mandei pas­sar este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Secretaria da Camara Mu­nicipal de Ponte do Sor, aos 27 de Outubro de 1932.

E eu, José Machado Loba­to, Chefe da Secretaria 0 subscrevi.

O Presidente da Comissão Administrativa,

(a) Augusto Camossa Nunes Saldanha

marca, move contra Manuej Vicente Godinho e mulher> ArturNunes Vinagree mulher, moradores em Montargil e José Nunes Vinagre, casado, proprietário, morador na Ar- rifana, comarca de Abrantes, pela quantia de cento e trez mil escudos, juros e mais des­pezas e vão pela segunda vez á praça em metade de seus va­lores, ou seja 0 primeiro por H O .O O O SO O , 0 segundo por 19.500$00 e 0 terceiro por 1 0 .0 0 0 $ 0 0 .

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus direi­tos.Ponte do Sôr, 3 de Outubro

de 1932.O Escrivão do 2.° oficio

João Nóbrega Verifiquei

O Juiz de Direito

Manuel Ribeiro

ANUNCIO

AuniÉ Correia y Alberty |2v£ecL5e© 'V e t e r in á r io ®

—PoDte do S ôr—

Consultas todos os dias.

€ E * T E I O

Bom para semente. Vende- se ao preço da tabela. Dirigir a Antonio Pais Branco, nesta vila^ *y «wY

Arrenda-se o predio de José Alves Basi­

lio, situado na avenida Cida­de Lille, nesta vila. Tem al­tos e baixos, com instalação electrica, quintal com arvo­res de fructo e poço.

Tambem arrenda dois bar-

£DIT A lO Doutor Augusto Camos­

sa Saldanha, Presidente da Comissão Administrativa da Camara Municipal do Conce­lho de Ponte do Sor:

Faço saber que na Secre­taria desta Camara Munici­pal, se acham patente por es­paço de oito dias, a comar de 28 do corrente, as contas da receita e despesa deste Mu-

racões para armazenagem de nicipio relativas ao ano eco- de lenha. Dirigir ao mesmo, nomico de 1931-1932, pelo

2 ." p r a ç a ,

No dia 30 do corrente mês de Outubro, por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão de ser vendidos em hasta publica, pelo maior lanço oferecido, os seguintes bens:

PR IM E IR O

Cincoenta e cinco cento e doze avos da herdade deno­minada “Cunqtteiro”, situada na freguesia de Montargil, desta comarca, que se com­põe de terras de semeadura, arvoredo de sobro, casas de habitação, vinha e pinhal, des­crita na Conservatoria do Re­gisto Predial sob o numero 483 a folhas 45 verso do Li­vro B 2° avaliados em duzen­tos e vinte mil escudos.

SEGUNDO J

Cincoenta e cinco cento e doze avos do predio rústico denominado “Courela do La­ranjal” situada na mesma fre­guesia de Montargil, desta comarca, que se compõe de terras de semeadura arvores de fruto e casas de habitação, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob 0 n.° 2582 a folhas 56 verso do Livro B 5.° avaliados em trinta e nove mil escudos.

TERCEIBO f l

Cincoenta e cinco' cento e doze avos duma morada de casas com altos e baixos e quintal, na Rua Grande da vila de Montargil, desta co­marca, descrita na Conserva­toria do Registo Predial, sob o n 0 2583 a folhas 57 do Li­vro B 5.° avaliado em vinte mil escudos.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hipotecaria que José Martins F?bião, casado, proprietário, morador na Aldeia Velha de Santa Margarida, desta co-

rNos termos do artigo 19

do Decreto com força da Lei de 3 de Novembro de 1910, se fa z publico, que, por senten­ça de 4 de Outubro corrente, que transitou em julgado, foi decretado o divorcio definiti­vo, por mutuo consentimento, entre os cônjuges Artur Gon­çalves de Castro e Ana da Silva Bragança, moradores nesta vila de Ponte de Sor.

Ponte de Sor, 19 de Outubro de 1932.

O Escrivão do 2 \ oficio,

João Nóbrega

Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

MANUEL RIBEIRO

A N U N C I OEm acção de diuórcio

( U n i c a p u b lica çã o )

Por sentença de 19 d Julho ultimo, que transitou em jul­gado, fo i autorisado 0 Divór­cio definitivo entre os cônju­ges Amadeu Antonio Barroso e IIda Ferreira Valamatos, com 0 fundamento do n°. 1 do artigo 4 da Lei do Divórcio.

O que se fa z publico, em cumprimento e para os efei­tos do artigo 19 da citada Lei.

Ponte de Sor, 1 de Outubro de 1932

Verifiquei a exactidão.

O J á z de Dia ito

Manuel Ribeiro

O escrivão do 1°. oficio,

Antonio do Amaral Semblano11117770

r-7

/ . a n o P o n t e d o S ô r , 1 3 d e N o v e m b r o d e 1 9 3 2 N U M E R O 1 5 4

WPropriedade da Empjeza de

A M O C I D A D E

C oníposto e impresso na

( M V Lr: N T H JA N A,,P O N T E D O S O R

f e

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S ORP U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

■ fciiilMiiiilPiwwiii i Iiiiiriir riiíit * r nD I R E C T O R

P r i m o P e d r o d a C o n c s i ç Ii ç ã o !

A D M I N I S T R A D O R

J o ã o M a r q u e s C a l a d o

E D I T O RJ o s é P e r e i r a d a M o t a

F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a o o c e i ç l g

J o s é V i e g a s F a c a d a

Portugal, apesar-de ter si- atraídos todos os valores in do já o árbitro da civilização telectuais que muitas vezes e de se preparar activamente para entrar na vida social fu­tura, ainda não estudou com cuidado, com atenção, o ma­gno problema da instrução, problema importante da nos­sa época e que em todos os países onde existe a idéa fixa cia cultura, tanto tem pieocu- pado os homens de Estado.

Assim, a educação cias cri-

vegetam nos meios mais hu­mildes.

As creanças serão educa­das conforme as suas aptidões e segundo as carreiras que seguirem, resultando assim uma perfeita unidade no con- juncto intelectual.

Setão feitas as selecções cientificas das aptidões e du­rante todo oano, por proces-

anças é deficientíssima, visto sos incorruptíveis e infalíveis, os métodos existentes não es- os quais indicam a cada um,tarem possuídos dos aperfei­çoamentos de pedagogia mo­derna.

Nos países do Norte, há já alguns anos, tomou vulto a Escola Unica, idéa feliz lan­çada a todo o mundo. E vá­rios países, entre êles a nossa vizinha Espanha, têm traba­lhado com vontade para o lançamento das bases da Es­cola (Jnica.

A Escola Unica educa a creança dentro das fórmas mais racionais porque o or­dena a pedagogia moderna, seleccionando as aptidões e conseqúentemente as compe- tências.

Estabelecendo a igualdade Uo individuo perante a Esco­la entronisa se no principio de que o individuo tem o en­sino gratuito em todos os seus gtaus. E a creança dentro oa Escola sentir-se-á á von­tade porque lhe farão com­preender eela se convencerá, de que o tratamento que lhe é aplicado não pode divergir daquilo que a lei estabelece para todos.

Assim, a educação das cre- anÇas far-se-á num perfeito e q u ilíb r io , e á Escola serão

a profissão que corresponde ás suas aptidões.

Com a Escola Unica, quan­tas capacidadese e.energias e riquezas' intelectuais, que se perdem, hoje, por falta de possibilidadts materiais de estudo, não formarão pode­rosos blCcos de intelectuali- dades?

E assim, o professorado, no qual existem tantas cala­midades, deixara de haver in- competências, pela reorgani­zação de todo o ensino epro- gramas e pelos métodos pe­dagógicos adotados.

E não é só no professora­do, como também na arte e na medicina, se tem de fazer selecções. E x i s t e m outras competências que necessitam de ser seleccionadas.

Era assim que devia ser a educação das creanças. Com os processos da Escola Unica faz-se o progresso dum Pais, em todos os seus aspectos sociais a económicos, porque se vão buscar as competên- cias e se colocam onde elas devem estar.

^Ê-g-Tiinaldo lEsca-lsira,

D s «A Voz do Sul»

ncil.

fluiso so > incaufosD isp o s ifõ e s de Lei qus in teressam

sab er:

Decreto n.° 18 - 406—Codigo da Estrada — 9) Nenhutna viatura ou automovel pode transitar na via publica sem estar registada numa das Comissões Técnicas de automo­bilismo, devendo o respectivo li­vrete de circulação acompanhar sempre a viatura.

b) A falta do livrete é punida e pode dar motivo a apreensão do automovel.

c)—O livrete deve estar em no­me do dono da v ia tun ou auto­movel, e o Codigo da Estrada es­tabelece multa para o vendedor, e comprador, que não tenha reque­rido o respectivo registo de auto­movel para o nome do ulttimo proprietário.

d j —A falta de carta de condu­ção de viatura automovel, é puni­da com multa até 1 .000$00 e p ri­são até 15 dias.

e)—No Conselho Superior de Viação é feito um Cadastro de to ­dos os conductores de viaturas au- tornoveis que vão sendo autoados por transgressão ao Codigo da Es­trada, para efeito de apreensão da Carta de Condução, periódica, ou definitivamente.

O decreto n°. 18.820 de 5-9 930 regula o fabrico e Comercio de pão, e penalidades a impor nas transgressões.

O artigo 8o. estabelece a multa de 20$00 e500$00 respectivamen­te ao comprador, e vendedor, do pão que não seja pezado.

Decreto n°. 21.570 de 8 8-1932. Os proprietários das padarias

que sejam manipuladores de pão, bem como todos os empegados de manipulação e venda de pão, só podem exercer o seu mister de­pois de autorisados pela Inspecção Ténica das Insdustrias e Comercio Agricola,

A autorisação é Comprovada aos agentes fiscais, mediante a a- preseutação do cartão profissional; que só é passado aos individuos que provem não ser doentes con­tagiosos

a) A falta do cartão é punida pela 1* vez com 50$00 fie multa;

Pela 2a. vez com 100$00 e de 200$00 nas seguintes.

b) - A apresentação do cartão è obrigada, quando seja exigida pe­las autoridades e pelo publico. Decreto n°. 18 725-Registo de Cães.

Este decreto obriga ao registo anual dos cães, nas Camaras M u­nicipais, e o uzo de açam o nos cães transitando na via publica,

O produeto das multas a que se referem todos estes decretos rever­tem na totalidade para o Estado e para as Camaras Municipais.

A v A O

Oh! minha santa mãe, que podridão!Agora, sinto a dôr da tua ausência,Porque vejo rolar a Consciência No lodo da cruel devassidão!

Eu, que bebi a clara perfeição Na fonte pura dessa tua essencia, Chego a temer a louca impertinencia Deste meu pobre e frágil coração!

E choro e rio e canto e entristeço Ao ver a luz tão branca da Verdade Perdida neste mundo onde envileço!

Perdidas, vejo a Honra e a Dignidade Que se vendem aí a baixo preço Num descaro inaudito de vaidade!

p o n t e do .$ o r , O u tu b ro d e 1 9 3 2

J o ã o Jtf. C a la d o

taliíO prezado colega M . . .

voltou a querer justificar o TIRO AOS POM BOS com a morte do boi no matadouro e acrescentou: «não compreen­demos pieguices de sentimen-

nhecemos os colegas que lá trabalham, incapazes de mal­tratar um animal, e principal­mente lindo como o pombo.

Um lobo, sim, atirar a um lobo é diferente. E porque não hão-de ir os sporiistas do TIRO AOS PO M BOS di­vertir-se com os lobos? E

talidade doentia num Homem, ainda ha pouco os jornais os num verdadeiro Homem, mes- davam como sobejos. Alem

J e r j la t iv a de e v a s ã o— ;---------------- “ perseguido pelo carcereiro

Ha dias tentou evadir se das e varios populares o Mi- cadeias desta vila, aproveuan- randa, junto á Ponte do Rio

‘merito °em que era feita a Íim- ^ ^ Z d f n c a p í u m d o f e ^ t P °s & ™ t e s que hõo-depesa da cela onde se encon- ^utido novamente á prisão.trava com outros individuos, o ______

Miranda, que a? ^ comis5ga depreso João encontra a cumpir

que a pena

dois anos de prisão correcio- CBiisurs dG POríaleQre

Sindicato HgricolaPara eleição dos novos cor-

ser-vir no triénio de 1933 a 1935, realisa-se no dia 27 do cor­rente a assembleia geral do Sindicato Agricola deste con­celho.

mo que seja poeta».Ora, a M . . . já condenou

os touros de morte, as toura­das mesmo sem a repugnan­te barbaridade. Logo...

Tourada ou TIRO AOS PO M BOS tudo é maltratar e matar por divertimento. Ha que distinguir c mau trato ou a morte por divertimento, com a agravante da educação do publico, da morte por neces­sidade.

Não confundamos a morte da galinha para alimentação, com o selvagismo brutal e hediondo de picar os olhos dama avesita, cegando-a para que cante melhor numa gaiola!

Não é o mesmo consentir que um gato cace um rato ou uma andorinha,

Matar um homem em defe­za própria não é o mesmo que alvejal-opor brincadeira, como fez João Brandão.

de se divertirem eram uteis, livrando os pobres pastores do temeroso e daninho ani­mal,

Não colega, não ha senti- mentalidades doentias m as desejo de que se faça a edu­cação do individuo, a eleva­ção mental, moral e do ca- racter

TIRO AOS POMBOS, tou­radas, box,— este sport abo- minavel de hediondez e estu­pidez,— são outras tantas es­colas de perversão e de sel­vagismo, nunca demonstra­ções de sentimentalidade sau- davel. .

Porem, se a M ... não‘con- corda com o nosso pensar e sentir nem por isso deixamos de a considerar, de respeitar a sua opinião e o seu senti­mento, não nos sendo para isso necessarias honras de Magriço e muito menos atitu­des de D. Quixote.

(]. A. C.)Estamos certos que a M . ..

pensa e sente como nós.Aquilo de defender o TIRO . . . . .AOS PO M BOS fo! apenas ÂOCjjlQj II um pretexto de conversa. Co- iliju laQ I Dl --------

M11811774

A M O C I D A D E

C a n t i x i t i o cios n e v e s

n u s— O Monte da Cruz! Q ue recor­

dações indeléveis da minha infân­cia ele me recorda! Era ali naque­le Eden ( porque Eden podemos chamar a todas as maravilhas da Naturesa), era ali naquele m onte duma vegetação luxuriante em que a ramagem verde-negra dos pi­nheiros se casava com a copa ver- de-clara dos castanheiros, em que as aguas cristalinas de ribeiros m urm urantes saltavam de socalco em socalco, em que as boninas, os mal-me-queres e outras flores cam­pestres se encontravam em tufos de matiz, que eu passava as mi­nhas tardes!

Com que saudade eu me recor­do dos dias ali pass.idos á sombra dos pinheiros tentando ensaiar os meus primeiros passos literários! Q ue encanto surpreendente , que admiração imprevista que ali se sentia e se gozava! Lá em ba xo, na planicie verdejante, infinita, a desa­parecer ao lo n g e .n o horizonte, es- tendiam-se vinhas, soutos, chapar­rais. Aqui uma aldeia soliiaria perdida no meio da floresta, com as suas casinhas brancas a alveja­rem 110 meio das copas das á rvo ­res; alem uma ermida su rg ;a no meio duma colina, a colina do Vi­ajante como lhe chamavam e er­guia o seu vulto austéro para o céu! Q ue lindos arrebóis que dali se disfi utavam! Q ue beleza tão fla­grante!Mas que profundo contraste neste

monte! Dum lado uma vegetação forte, vigorosa, luxuriante; do o u t io um cáos: rochas abruptas, gigantes imóveis que assistiram ao decorrer dos séculos, moles imen­sas de penedia.

Ali se via um pico agudo, levan­tado para o céu, além uma arvore solitária debruçada s< bre o vale. Sobre este o panorama não era menos variado: Ao longe descor­tinava-se o perfil azulado de uma serra que abrangia todo o hori­zonte; em baixo um vale luxurian­te salpicado de terrenos de cultura que a mão hábil do lavrador ar- roteára, choupanas, casas e uma linda Vila que vinha enriquecer este delicioso espectáculo já de si

tào interessante.

Nesta Vila vivia uma familia. brazileira constituída pelo chefe, sua mulher e uma filha chamada Irene. Esta, uma interessante m o ­rena, amimada pelos pais. jámais sentira algum pesar: Regozijava com isto, e para que os pobres sentissem o menos possivel as a- g ru ra s do infortúnio, procurava por todos os m c o s minorar-lhes o sofrimento, no que era ajudada pelos pais.

Por isso os "Senhores da Vila” eram estimados por todos e a sua filha idolatrada pelos pobres cam- ponezes que lhe chamavam o seu anjo protector. E na verdade Ire­ne era um anjo:

Os cabelos negros como a noite, dum negro de (azeviche que lhe

COBUESPuHãENflIAS M o Concelho

toucava a cabeça linda e que lhe emoldurava o rosto oval, onde uns olhos tambem negros, um nariz pequenino, uma boca rosada, com lábios coralinos que ao en treabri­rem-se num sorriso deixavam ver uma fiada de pérolas alvíssimas, formavam urn t do encantador. Jun­temos a isto um corpo escultural- mente modelado e teremos uma dessas belezas peregrinas que sò vivem debaixo do sol rutilante da nossa península.

Se Irene jámais sentira pesar algutn tambem, posso dizer que ainda não tínho amado. O seu co­ração conservava-se virgem e tal­vez ela ansiasse conhecer esse afec­to que une dois seres ou esse fogo que seduz duas almas—o am or e a paixão.

Na aldeia, como em todas as terras da região haviam os festejos que costumam reunir os membros das familias que labutavam fóra e que veem à terra natal acicatadas pela nostalgia. Assim tambem não admira que as festas de Aldeia da Cru/, fossem tão concorridas.

Alem disso os forasteiros põem sempre uma nota de brilho e ani­mação em festas e remarias.

Por isso mesmo a festa naquele ano excedera em brilho e explen- dor todas as outras até ali.

E pela primeira vez Irene sen­tiu o que era amor.

Entre os forasteiros vinha um que se distinguia dos ou tros pela sua apresentação e melancolia. Ele e Irene viram-se e amaram-se. Se é certo que o am or tambem nasce de um simples olhar, em que uma pessoa se sente irresistivelmente arrastada para outra, assim nós poderíamos definir o amor entre o desconhecido e Irene,

Acabou o arraial. O desconhe­cido conscguira avistar se com Ire­ne e dissera que a amava. Ela en­tão confessou-lhe que tambem o amava e era o primeiro homem que lhe tirara o socego ao cora­ção. Ele então «com a alma ajoe­lhada» ditou-lhe as palavras que em turbilhão lheafluiam aos labios. Então Irene, a mulher que jamais sentira pesar algum e que só ago­ra conhecia esse iman que atrai e seduz duas a lm as—o a m o r—cho­rou as suas primeiras lagrimas, mas lagrimas de felicidade, que dão a- legria e purificam o coração.

o x í ^ . i s r cp ^Caixa E sco tar

Em conformidade com a letra dos respectivos estatutos, reuniu no passado dia 30 a assembleia g e ­ral desta benemérita e educativa instituição que, pela sua organisa- ção e funcionamento, é tio genero a unica que no pais ha com tal m o­dalidade, visto a todas crianças das escolas fornecer, gratuitamente aquilo que para sua aprendizagem elas necessitam.

Pelas coutas apresentadas verifi­cou-se que houve:

Na receita

Saldo do ano anterior Contas recebidas 1Donativos oferecidos Receitas diversas Subsidio da Junta de F rega.

SOAI A . . . . ~

Na despesa

De natureza diversa Com material e mobilario escolar ExpedienteC o m a com pra de material para os alunos 1

525$75 743$50 91 $30

43ó$óO 20S00

•817$ 1D

97 $30

147$ÔT 47$90

49ô$85 S O M A . . . . 1. 789$ó5

Saldo positivo para oano seguinte 1. 027$50

Aprovadas estas contas foi por aclamarão e pela terceira vez reelei­ta a diiecçào, instituída pelos snrs. Antonio Marques Pequito, Joa­quim Pires dos Santos e Jeronimo Antunes, prestantes cidadãos que muito teem pelo seu trabalho de­senvolvido a Caixa Escolar, que é pena e, por vezes e até mesmo por muitos sócios dela, serem um pouco desacompanhados na dedi­cação que por ela teem tido sem­pre.

Edificio escotar

MontargilR elogio d a T o r re

Julgamos que desta vez não bradarem os no deserto.

Ha quasi sete anos que se en­contra á frente dos destinos da freguesia a actual Comissão Admi­nistrativa da Junta. Nada fez até hoje que mereça elogios, pois não p rom oveu um unico melhoramen­to a favor da freguesia. Provavel­mente estará tocada do mesmo mal de que enfermaram as suas antecessoras, mal que valha a ver­dade já vem de longe, pois a não ser a exhumação das ossadas do do cemiterio velho,ahi por 1910, não nos lembra que tal organism o tivesse dado sinal de si.

O relogio da Torre, o unico que possuímos, está inutilisado. Care­ce-se portanto de outro pa ia o substituir, pois este povo não po­de andar assim á mercê do acaso sem saber ás quantas anda.

P orque não se rehabilita a J u n ­ta no conceito do publico, adqui­r indo um relogio novo? Para a sua aquisição poderia em pregar o dinheiro do adicional ás contribui­ções do estado que durante alguns anos ainda ha pouco o povo pa­gou e que supomos não ter sido ainda gasto.

E’ um melhoramento que se impõe pela sua grande necessida­de.

C em ite rio

Perguntam -nos alguns contri­buintes quando serão terminados os trabalhos de reparação e alar­gam ento do cemiterio desta vila.

Aqui está uma pergunta que nos deixou atrapalhados e que para sa- ti?.fázer a curiosidade de quem a faz por nossa vez fazemos á comis­são que superintende em tal ser­viço.

V 1 R I A T O

O corajoso e selvagem monta- nhez, então simples soldado, pobre dos bens da fortuna mas rico por am or da patria, concebeu o subli­me pensamento de lioertar a Lusi- tania do dominio de Roma; o des­potismo de Sulpicio O^lba apres­sou esse movimento; Viriato arvo­rou o pendão da liberdade, e bem depressa rodeado de valorosos guerreiros, vê derrotados os exer- citos rom anos e a patria resgatada. Mas o orgulho de Roma recusou- se a reconhecer a indt pendencia dos luzitanos, e manda novos che­fes que são da mesma sorte venci­dos por Viriato, até que afinal cançados de tantas derrotas, recor­reram á astúcia e o fizeram assas­sinar pelos seus quando o heroi dormia no seu acampamento, no ano 143 antes de Jesus Cristo. Deste modo fez Sei pião o A fr ic a ­no consolidar o poder rom ano im península hispanica, ao que os lu­sitanos já sem chefe nenhuma r e ­sistencia poderam opôr. Tal foi o fim deste vencedor dos mais afa­mados guerre iros do seu tempo.

E f a m é r l d . e 3

^ H is tó r ic a s

P ela Imprensa

A noite era de luar, desse luar prateado que tanto encanto dá ás coisas que nos cercam, quando An­tonio Mendes me contou esta his­toria singela. Ao retirar-me para casa p u a escrever esta novela sai- a a lua detraz dumas nuvens es­branquiçadas e á sua luz diaman­tina pareceu-me ver os dois vultos ... „personagens desta historia unidosnum longo beijo e sobrc a cabeça O e S D e d i d í tum coração eíerno, simbolo do f-----------------------amor.

Activamente trabalha a Comis­são de Melhoramentos para que, ao abrigo dos últimos decretos sobre melhoramentos urbanos, por con­ta do ministério das Obras Publi­cas seja concluidoo edificio escolar em construcção nesta terra.

Para isso muito tem sido auxi­liada não só pelo Exmo. Snr. O o ­vernador Civil do nosso distrito, como tambem pelo sr. engenheiro Henrique Brando, inspector-chefe AntouioDias Louro e Bernardino dos Santos Borrêcho, prestante de­legado da comissão na capital, on ­de tem desenvolvido uma acção verdadeiramente notável a favor dos desejos desta terra, que arden­temente os deseja convertidos em realidade.

c.

Setembro, de 1932

Garibaldino Andrade

C r ia q ça d e s a p a r e c id a

Na segunda feira passada, desa­pareceu da Pernancha de Baixo, onde tinha ido com seu pai, o Sr. José da Rosa, comerciante, do Ar- rão, na freguesia de Montargil, o menor Ricardo Rosa Duarte de 5 anos de idade. Procurado durante noite e dia seguinte, foi afinal en­contrado na tarde desse dia tran­

sido de frio e cheio de fome, ten­do passado a noite errando pelos campos.

A proposito informamos os nos­sos leitores que não volíou a ser encontrado o menor Manoel, filho de José Jacinto Alexandre, da Var­gem, que ha cerca de vinte dias desapareceu daquela herdade, pelo que os seus pais se encontram consternadissimos.

J o s é E lo i d a C o s i a e s u a f a m i l i a , t e n d o f i x a d o r e s i d e n - c i a e m E s t r e m o z e s e n d o - l h e s i m p o s s i v d d e s p e d i r e m - s e d e t o d a s a s p e s s o a s d e b e m q u e c u m e l e s p r i v a r a m d u r a n t e a s u a l o n g a p e r m a t i e n c i a n e s t a v i l a e d e q u e m r e c e b e r a m i n e ­q u í v o c a s p r o v a s d e e s t i m a e c o n s i d e r a ç ã o , v e e m p o r e s ­t a f o r m a a p r e s e n t a r - l h e s o s s e u s c u m p r i m e n t o s d e d e s p e ­d i d a e o f e r e c e r - l h e s o s e u li­m i t a d o p r é s t i m o n a q u e l a c i d a ­d e .

a l t o R i b a t e j o

Recebemos o primeiro nu­mero deste semanario regio­nalista independente que aca­ba de ver a luz da publicidade na ridente vila da Chamusca sob a direcção do Sr. AlvaroF. do Amaral Neto. E’ urn jornal excelentemente colabo­rado e com um belo aspecto gráfico. Gostosamente vamos permutar.

C O R R E I O D A B E IR A

Tambem nos visitou este bem redigido semanario regin- nalista que se publica na Ser- tã sob a inteligente direcção do distincto jornalista Sr. Ver- gilio Godinho.

Agradecemos a visita e va­mos estabelecer a permuta.

O Z E Z E R E

Entrou no decimo primeiro ano de existencia este nosso estimado confrade que se pu­blica em Ferreira do Zezere, pelo que o felicitamos afectu­osamente.

N O V E M B R O

13 —14Ô0—Morre em Sagres o in­fante D. Henrique, filho de D. joão I que fundou a escola de navegação que tantas glorias deu a Portugal.

14—1544 — O s portugueses des- troem Baticalá na India.

15- 1811 -C o m b a te de Pereiro. A cavalaria portuguesa destroe os lanceiros polacos de Massena.

ló —1717 -Fundação do C onven­to de Mafra.

lò —1528—Nuno da Cunha toma e arrasa a cidade de Momb:iça.

19 — 1 4óS —Combate entre mouros e portugueses, e m Ausa n a Africa

2 0 — 1397- 1536—Lança se a p r i ­meira pedra para construcção da celebre fortaleza de Diu.

21 — 15Ó9— D. Luiz de Ataide toma e arraza a cidade de Onor.

23-1607 —D. Afonso VI larga á força d governo de Portugal.

24— 1508 - Uma armada portugue­sa de oito velas, capitaneada por D. Lourenço de Almeida, é acometida, na bahia de Chaul por doze navios de alto bordo e quarenta fustas: m orre D. Lou­renço: tomam os inimigos a ca­pitania e as outras naus fogem a custo.

25 —1510—Afonso de Albuquer­que toma pela segunda vez a ci­dade de Ooa.

2Ô--1518 - E n t r a m os portugueses a primeira vez em Sião.

C E ^ T E i O

B o m p a r a s e m e n t e . V e n d e - s e a o p r e ç o d a t a b e l a . D i r i g i r a A n t o n i o P a i s B r a n c o , n e s t a v i l a .

Z F s t le c in & e a a t o

N a s u a c a s a d a a l d e i a d a E r v i d e i r a , f a l e c e u h a d i a s a S r n . 1 L e o n o r M a r i a F e r r e i r a , d e 6 5 a n o s d e i d a d e , n a t u r a l d e S o u z e l e h a m u i t o s a n o s r e s i d e n t e n a q u e l a a l d e i a , e s ­p o s a d o S n r . J a c i n t o P r a t e s e m ã e d o n o s s o a s s i n a n t e e a m i g o S n r . A n t o n i o P r a t e s L e o n o r a q u e m e n v i a m o s o s n o s s o s s e n t i d o s p e z a m e s .

x . j a i v a *

Médico - Cirurgião

Especialisado em doenças de boca e dos dentes Consultas em Ponte do Sor aos sábados ás 14 horas

Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.as, 4 6.as feiras ás 13 e meia horas

f «WH— I—MIWIW maH>ag3a5t.>ddkv - »»jtttin ii min t mmrnwrnamaÊmÊKÊmmmmmimmtmÊmmmamm

Construcfora Riiraoíma, L.Ww w wws »VI/w wV!/ V?/w

o - t 'âvo:

Telefone âh ran tes 68

C a rp ir}fa ria m e c a n ic a , s e r r d ç ã o dem a d e ir a s fa b r ic o de g e lo

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car­pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

VIOAMENTOS E BARROTERIASéde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

** ^ •'“ífcv .»h. • .«v -X X .X •**>» ."«X •*' V •>o~ «oS- -.«ii; wítsj •- ;vi- ; ?;*>• Cffiv «**- uo?>; <u*- fg j f®'*J> l - '<*r '**r ^ '*

W

ÍMtíStis(§\é \tisê \ê .êS

8 >

A D U B O SX Manoel de Maios Jieues x#■ <&>

Previne todos os consumi- * dores de adubos que não

<tj} devem fazer suas compras •©)• sem consultarem sobre pre- <í|}

ços e condições de paga-

<f> mento- é>

-&■ .fz. %

.....« è t

A V A V A V A V A T A T A V A T A ? * A A A A A A A A á A À A A A á A *

s s t a u l b q i m m t o | Mnioel 1 PoilliiliiSFlibos |D E Negoc iaute de Pescarias, ►

«• |’ 1 | ~ s| "5 Creação, Caça, Ovos e **Simplicio Joao Alves < _ _ ***• t

M ERCEARIAS, A Z E IT E S < Rua Rodrigues de Freiras £ VINHOS, P A L H A S 3 Ponte do Sôr i

E CEREAIS. * y v y v v v ¥ ?Huenida Cidade de Lille—p. do sorT A T A T A T A fA T A T à T A fA tlL S ^ S ||[ S

* 8 & ® a s ^ * » 6 ^ f ™ ™ 7 ” \ “ f l m o c i d a d e , ,

1 * r , j , e n . . , N ? i m i e l ( i e l É s t e l . . .J o s s P- u e s a a S i u a p i ______ ____ I *•»»»>»•*«*»* i* » » .artjf | racreal ipo e deí fnsor dus

« A nnAi-rr nn o o o 8 Compra e D8nde: I interesses da região.Rua Vaz Monteiro = P O N T E DO SOR $ t

' r 2 ® C e r e a i s ^ Condições de assinaturaChapelaria, camisaria, calçado e miudesas. |3 S £ _ D t J P .‘ y I n í f » «-53 331 e s ® Em Ponte do Sor, trimestre........ 2$10

Recebem-se chapéus pa ra consertos o transform açBas §|j ^ ^ Numero' °vulso° ^°!' tr’llieslrc -7 ^ W A A A A A

i4 d i v i s a d a n o s s a c a s a é ^ f ® Pagam ento adeantauo

jr, . , *a S S ® ^ 3 Ç a da Republica | . . . . . . . . .C a i n h a r p o o e o p a r a v e n d e r m u i t u ^ I I a n ú n c i o sI I | P O N T E D O S O R |

Revendedor da afam ada cerveja J A S E M % 3 N a secÇào competente

Linha ou espaço de linha

Jqõg Baptista da R so a ___ ' s ...............**!____Não se restituem os autografos quer

T"? í H i í í T*'" PO N TE DO SOR sejam ou não publicados.I K am iro P ires r ilip e | c o » ^ , w s m m w * * *

I» ----—----~ --------------—— c | Correspondente de Bancos eS» Loja de Fazendas, Mercearias e Miuedzas Companhias de Seguros!#■ „ . , , . . ^ Encarrega-se de todos os ser-

<^*M> l i s p e o m l i d a d e e m «!»a, o o s i f e J àI#- ^ viços junto das repartições publi- *

|» Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezemòro ij§ PENDÃO SGBENSET A ? i T A T i ? i 7 A T \ T i T A ii- Rua Vaz Monteiro ^

% s11 o w t e o s o is A % ponte do sor ^f e * * * * * * * * * * * ; * * * SERRAÇÃO E CARPINTARIA T r a n s p o r t e de p a s - ^-k

' + rias entre Galveias *â s * © ^ 5 > 7 v a f i g u e i r e d o , X .d* e P o nt e do S ô r ( g a -

R n t Ó n i O R . G a i o « Énrârrega-se de to- %■" ........... ' ' ★ d o s o s d e s p a c h o s sa- -k

Avenida Cidade de Lille <S S o a l h o s , f o rr o s a p a r e l h a - sim c o m o de l e v a n - M*p o n t e d o s o r % do s , f a s a u i o , ripa e v i g a m e n - ★ tar r e m e s s a s e da sua *

, , , . . . . . . * tos, m a d e ir a s em to sc o e a p a - * en trepa a o s do m ici -Loja de solas e atanados das principais m rPÍhoH3 = P o r t a s ixnplas p ^ lin« *

t » fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães W reliia( a s t^^rtaS, j a n e l a s e ★ lios. *® — • cai x i lh o s; T o d a a e s p ec ie d e + ^ ^ ^ ^ ^ *

Sortido de pelarias fi nas, tais como: calfs, vernizes e pe- m o ^ uraS’ R o d a p é s , g u a r n i - * * * * * * * * * licas das melhores marcas estrangeiras. Formas para cal- M. ÇÕeS e c ol u na s p a ra e s c a d a . , -•

çado, miudezas e ferramentas para sapatarias. W E s c a d a s a r m a d a s p r o n t a s a

i Oficina de sapateiro. | assentar. E,iviaii.-se orçamcn- ® ? el<,uro Coelho sg 2 tos g r a t l s - i r“ Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. C o n s u l te m OS n o s s o s p r e - í

Concertos. Especialidade em obra de borracha. f f ç o s que São OS m ais b a i x o s SL- 0 .Esmerado acabamento e solidez. Hnmprrarln ^

Preços ao alcance de todas as bolsas t F £ s Ponte do Sôr

K-« Cereiiis, Lepraes ®iie todos os produ- r S Sctosd a8rictllfu-

l i f ra, compra José|^® de Matos Neves,f ^ T Vende a d u b o s ;

simples e com- Tf;,4' v . fi»?*;.

postos, purguei- ^ra. sulf to de a-monio e de potas- sio.

Estabelecimen­tos na Avenida

r. Cidade de Lille í S f t em Ponte do Sore Longomel.

c©ece©c©©e© o

j a c m í a d o S l l u a 1

COM

Avenida Cidade de Lille

oCj»

Oficina de funileiroc* e» »

© P O I S I T E I ) O S O l t t>® Sg Encarrega-se de todos os g © trabaihos concernentes a sua * arte garantindo o bom acaba- ©£r mento e solidez. 2© ©

M

m ii Im s pura coser

DA A C R ED IT A D a MARCA

5 I NG E r

PV.-zí/e em Ponte do Sor, a empregada

TEREZA M ANTA

A A A A

Encarrega-se de todos o? concertos em máquinas des­ta marca.

•x i n. m i4 . #íí «a» »

MADEIRAS DE PINUPara construcções a gg

K preços de concorrência *jp Vende Gonçalo Joa-

8 quim. g.4 ; Avenida Cidade de Lille | ||

PONTE DO SOR B

m m í

^ Q la r p ç l o ^

V 0 3 5 0 5 in íç r< 2 3 5 e 5 ?

Anunciai n” Mocidade"

«

M O C I D A D E

CA N I V E R S Á R I O S

Novombro

14=José Julio Lopes Martins, em Montargil.

16— Irenio Augusto de Azevedo, Antonio Pires Pais Miguens e a menina Amelia Martins M orei­ra.

17 — D. Aura Freire de Andrade, em Lisboa.

18==D. Esperança Antunes Do- mingues, no Entroncamento, D. Cartnem de Souza Ferreira, em Lisboa e Raul Carrilho.

1 9 = A menina Carolina de Souza Pereira Marques.

2 0 = D . Margarida Roças de Cas­tro Melato.

21 —José Adelino Coelho da Silva em Mor.tcmór-o-Novo.

2 2 = D . Judit Garcia Marques de Carvalho em Lisboa, Anlonio Julio Lopes Martins, em M on­targil, Ivo Nunes da Silva, em Lisboa, o menino José Joaquim Guerra Facada, em Sintra, D. Lucilia Dionisio Cardigos e a menina MarÍ3 Izabel P. B. Pe­reira Mota.

23— D. Ana Pais da Cunha Sou­za Costa, em Africa.

25=A n iba l Garcia Godinho Bra­ga, em Galveirs.

2 ó = D . Victoria Pimenta Vilela, em Galveias, e D. Maria de Lourdes Sampaio da Silva Lo­bato, em Veiros.

E m P o n te do S o r

Vimos ultimamente nesta vila os nossos amigos e assinantes, Exm0’. Srs.

José Ribeiro e Antonio Saturni­no Gomes, da Chança, José Au­gusto Cadete, de Campo Maior. Joao Corona Linares, da Beirã. Jacinto Godinho, da Cunheira. Luiz Vertura, de S. Mai tir,ho, Aviz.

José Vicente Pimenta, de Montar­gil. Manoel Lourenço de Oliveira e José Pratas Nunes da Pernancha, José da Rosa, do Arrão. Elias V i­eira M. Mata, Feliciano Baibudo Perez, Joaquim A. Crespo, Luiz Braga, José Jaime Feijão e Anto­nio Velez Pimenta, de Galveias, Joaquim Emidio do Nascimento, de Lisboa.

D. Maria Celeste Pacifico dc s Reis e sua mãe, de Benavila.

B e v i s i t a

Estiveram de visita nesta vila tendo já regressado á sua casa de Evora o nosso amigo e assinante Snr. José de Almeida Rodrigues e sua esposa

De licença, tem estado nesta v i­la onde veio de visita aos seus o nosso amigo e assinante Sr. Pedro S. Bento, marinheiro da Armada.

DoentesA procurar alivio á sua abalada

saude, encontra-se em Lisboa aSra. D. Adelaide de Jesus Pais, esposa do nosso amigo e assinante nes­ta vila Sr. loão Albertino Pais de Andrade.

— Vindo dos Hospitais Civis de Lisboa, onde foi sujeitar-se a uma operação, já se encontra na sua ca- sadesta vila o nosso anvgo e assi­nante Sr. Manoel rLino.

Desejamos-lhes pronto restabe­lecimento.

Delivrance

Teve ha dias o seu bom suces­so dando á luz uma criança do sexo feminino, a Sna. D Antonia Barreto de Figueiredo, esposa do nosso amigo e assinante Snr. Ma­noel Figueiredo Simões, de Mon­targil. Parabéns.

ConsorcioRealisou-se ha dias em Lisboa

o enlace matrimonial da menina Amelia Maria Fitas, nossa estima­da assinante com o Sr. Francisco

Antunes Simões, daquela cidade, tendo servido de padrinhos o Sr. Joaquim Dias Fitas e as Senhoras Maria da Conceição Dias, Antonia Maria Fitas e Rosaria Carlota, de Ponte do Sor.

Aos noivos desejamos um futu­ro muito prospero.

P a r t i d a s

A fixar residencia em Estremoz, partiu para aquela cidade o uosso amigo e assinante Sr. Jose Eloi da Costa, que durante cerca de oito anos desempenhou nesta vila o lugar de feitor da Casa Vaz Mon­teiro,

!Câmara MunicipaSessão de 9 de Kouembro

de 1932Presidencia do Doutor A ugusto Ca­

mossa Nunes Saldanha com a assistên ­cia dos vogais Snr s jo se N. Marques Adegas e L u iz Branqinho da Costa B raga.

C o rre sp o n d en c ia

Oficio da Direcção Geral dus Hospitais Civis de Lisboa envian­do a conta pelo tratamento de doentes pobres deste concelho durante o ano de 1931-32 na im­portancia de 23.081 $70. Deliberou satisfazer.

— Circular do Governador C i­v il de Portalegre solicitando com urgência lhe sejam enviadas infor­mações indispensáveis com ind i­cações concretas do genero e lo­calidade dos trabalhos públicos a realisar com relação a melhora­mentos rurais ou urbanos ou de aguas e saneamento conforme pre­ceitua os decretes ultimamente pu­blicados.

Resolveu satisfazer.Obras— Requerimento de Bento Mar­

ques,. casado, de Galveias, pedin­do licença para reparar a sua mo­rada de casa» situada na Rua da Amendoeira daquela vila. Deferi­do

CadeiasFoi presente dois oficios do De­

legado do Procurador da Republi­ca desta comarca, solicitando a reparação da porta do segredo das cadeias e indagando qual a quantia com que este Municipio poderá contribuir para a cons trucção de uma nova cadeia. Deli­berou mandar reparar a porta re­ferida e incluir no orçamento do proximo ano economico a quan­tia de 20.000$00 para inicio da nova cadeia.

Outras deliberações

— Compareceu a esta sessão utna comissão de individuos do Do- mingão, pedindo providencias no sentido de que a Câmara obste a que o proprietário sr, Alfredo Joa­quim de Magalhães inutilise um caminho que atravessa uma sua propriedade e que se dirige do Domingão á Fonte do Cevo, por não só aquele caminho ser-lhe absolutamente indispensável uara o seu transito como ainda por ser um caminho publico antiquíssimo. Deliberou oficiar ao sr. Magalhães fazendolhe ver os inconvenientes que resultam do corte do caminho.

— Fixou o dia 30 do corrente para arrematação dos impostos m u­nicipais indirectos e. fornecimento de carnes verdes para eonsumo publico nas três freguesias do con­celho no proximo ano de 1933

— Concordou com a proposta apresentada pelo vereador Snr. Cesta Mendes pata ser colocada na cabine telefóniea publica e no corredor da Estação dos Correios e Telegrafos desta vila, duas lam- padas para iluminsçào.

Necessitando a casa que a Câ­mara ultimamente adquiriu na al­deia da Ervideira, para servir de

escola, algumas reparaçõ's oe for­ma a bem servir pa ra o fim a que se destina, deliberou esta Comis­são mandai procedei ás uecesarias obras de reparação.

— Deliberou oticiar á Inspecção da Região Escolar de Portalegre, mo sentido de ser provida a esco­la mixta do lugar do Cabeço (Vale tio Arco), da freguesia de Ponte do Sôr.

— Deliberou adquirir uma por­ção de facha ou lancil para cons­trucção de passeios em Ponte do Sôr.

Auctorisou o pagamento de va­rios mandados na importancia de 2.7tí9$84

/ ^ r a d ç e i n i Q n f o

Manoel Lourenço da Luz e seus filhos, bastante gratos para com 3s ípessoas que acompanha­ram á ultima morada sua tia Joa­quina Maria da Luz, ou se interes­saram pelas suas melhoras duran­te a doença que a victimou, veem por esta forma, na impossibilida­de de o fazerem pessoalmente, a- presentar-lhes a expressão do seu melhor reconhecimento.

X . I V H O S

Koções de Gaomefria PlanaPelo seu ilustre autor, o Sr.

Joaquim José Carranca, ilustre professor em Casa Branca, Souzel, foram-nos oferecidos alguns exem­plares daquela obra destinada aos alunos da 3a. e 4a. classes das escolas primarias.

Falta-nos a competencia técnica para apreciarmos aquele trabalho como o merece, mas da leitura que dele fizemos ficou-nos a im­pressão de que o senhor, Carran­ca tinha produzido um liv ro util.

Ao ilustre professorado o reco­mendamos, convencidos de que a obra merece um bom .acolhimen­to.

A N U N C IONo dia 4 do proximo mês

de Dezembro, por 12 horas á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão de ser ar­rematados pelo maior lanço oferecido acima da sua ava­liação os prédios seguintes:

1.°

Uma morada de casas com altos e baixos, situada na Rua Cândido dos Reis, da vi­la de Galveias, desta comar­ca, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n.° 879 a folhas 46 verso do livro B. 3.°, avaliada em 2.000$00.

2.°

Uma courela de torra de semeadura, com vinha, olivei­ras e arvores de fruto no si­tio de Recanto, da freguesia de Galveias, desciita na Con­servatoria do Registo Predial desta Comarca sob on.' 2490 a folhas 10 do livro B. 5 °, avaliada om 4.000$00.

3 o

Um cerrado de terra de se­meadura com oliveiras no si­tio das Pandinhas, da fregue­sia de Galveias, descrita na Conservatoria do Registo Pre­

dial desta Comarca sob o n.° 2491 a folhas 10 verso do li­vro B. 5.°, a v a l i a d o em 3.000S00.

4.°

Uma morada de casas com altos e baixos sita na Rua João Chagas, da vila de Gal­veias, descrita na Conserva­toria do Registo Predial desta Comarca sob o n.° 2492 a fo­lhas 11 do livro B.", avaliada em 6.000$00.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hepotecaria que Joâo Pais Branco, casado, proprietário, morador nesta vila de Ponte do Sor, move contra Manoel Antonio Bacalhau, comercian­te e mulher Ana da Silva Mar­ques, domestica, moradora na vila de Galveias pela quantia de catorze mil quatrocentos e cincoenta escudos e mais des­pesas acrescidas. Pelo pre­sente são citados quaisquer credores incertos para dedu­zirem os seus direitos.

Ponte do Sor, 5 de Novem­bro de 1932.

f F ‘ -U r

Z lA tA lO Doutor Augusto Camos­

sa Nunes Saldanha, Presiden­te da Comissão Administrati­va da Câmara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber que no dia 30 do corrente, pelas 13 horas, na Sala das Sessões desta Câ­mara, se ha-de proceder á ar­rematação em hasta publica, se assim convier aos interes­ses do Municipio. do seguinte:

Impostos Indirectos das três freguesias do concelho, no proximo ano de 1933.

Fornecimento de carnes ver­des nas mesmas freguesias, durante o ano de 1933.

Para constar se passou este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares pú­blicos do costume.Ponte do Sôr, 9 de Novembro de 1932. E eu, José Machado Lobato, Chefe da Secretaria o subscrevi.

O Presidente,

a j yiuguito 'Camossa (unes

SaldanJja

O escrivão do 2.° oficio,

João Nóbrega

Verifiquei a exatidão

O Juiz de Direito

Manoel Ribeiro

A N U N C I ONo dia 4 do proximo mês

de Dezembro por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, ha-de ser ar­rematado pelo maior lanço o- ferecido acima da sua avalia­ção o predio seguinte: Courela denominada “o Fal­cão”, sita nesta freguesia de Ponte de Sor, que se compõe de terras de semeadura, ar­voredo de sobro e casas de habitação, descrita na Con­servatoria do Registo Predial desta comarca sob n.° 680 a falhas 146 do livro B. segun­do, avaliaoo em sessenta e cinco mil escudos65.000$J0.

Este predio vai á praça nos autos de execução hipoteca - ri? que os herdeiros de An­tonio Manuel Roças, viuvo, proprietário, morador que foi nesta vila movem contra Mar ­çal Lopes de Simas, viuvo, proprietário, m o r a d o r no monte Falcão pela quantia de 14.500S00, juros e mais des­pesas acrescidas. Pelo presen te são citados quaisquer cre­dores incertos para dedusirem os seus direitos.

Ponte do Sor, 12 de Novem­bro de 1932.

O escrivão do 2.° oficio,

João NóbregaVerifiquei a exactidão

juiz de Direito,

Manuel Ribeiro

EDITALDoutor Augusto Camossa

Nunes Saldanha, Presidente da Comissão Administrativa da Camara Municipal de Pon­te do Sôr:

Faço saber que durante o mês de Novembro, se procede­rá neste concelho à conferição das medidas de capacidade sendo os vendedores de gene­ros e artigos comerciaes e de um mo io geral todos os donos de estabelecimentos em que deva fazer-se uso dessas me­didas, apresenta-las na ofici - na de aferição, junto da Casa da B ilança, em Ponte do Sôr, em todos os dias uteis dentro das horas regulamentares, po­dendo aqueles que assim o de­sejarem faze-las conferir nos seus estabelecimentos quando assim o declarem ao aferid >r pnganio neste caso o do­bro da taxa legal acrescida de 2SOO por Kilometro percor­rido na ida e na volta.

Na conferição as taxas res­pectivas são metade das da aferição.

Para constar se passou o presente e idênticos que vão ser afixados nos lugares pú­blicos do costume-

Ponte do Sôr, 31 de Outu­bro de 1932.

O Presidente da C. Admi­nistrativa,

jJ.ugusto Camossa íunesSaldanha

P e ç a s d e E j i n h a g e n i e p a n o s p a r u

a z e i t o n aVende aos melhores preços

do mercado a casa de Seve- rino Manoel de Bastos Suces­sor Rossio de Abrantes.

7 .° a n o P o n t e d o S ô r , 2 7 d e N o v e m b r o d e 1 9 3 2aaesuu' iaM«iML-Migig.A . .« M n n m g 11 miniwlriaBaHMgwig!m»MM5Bj«S6i—aw>t.,taiijaam«iwga«iTE

N U M E R O 1 5 5

s rPropriedade da Empjeza deA vi < I D A D E

Tfi

Composto e impresso na

V\INERVA ALENTEJANA,, P O N T E D O S O R

f e

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S OR- f8 í P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R -iP r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o |

.m^grajM^agama^maavwimHMamiiwBucgattMBiBaBMMM A D M I N I S T R A D O R

J o ã o . M a r q u e s C a l a d o

E D I T O RJ o s é P e r e i r a d a M o t a i

F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a o n c e i ç & o

J o s é V i e g a s F a c a d a

APOLOGIA DO TRABALHO Em m m 0 i i» ntatoaEntendemos que na socie­

dade actual ha duas variantes de homens por igual nocivas: os preguiçosos e os dotados de uma actividade febril, mas para conveniencia, exclusiva de si proprios.

Quizeramos os homens pos­suídos todos eles de um gran­de amor pelo trabalho, mas para beneficio geral, da ma­neira que se preocupassem menos com os contos a deixar a o s filhos que com as vanta­gens e comodidades de todo o genero a proporcionar aos outros homens e aos outros entes necessitados.

Pelo menos a um dos refe­ridos grupos podem aplicar-se as seguintes palavras escritas por Montegazza no seu Secu- io Nevrotico;

”0 nervosismo dos que nascem sentados acabará no dia em que o rico se envergo­nhar e se ruborisar ao dizer: Eu não faço nada; vivo dos meus rendimentos!'’

O gosto pelo trabalho é o predicado mais belo que pode exornar o homem, e esse bri­lhantismo só é excedido quan­do em vez de se manifestar no homem jà feito ou, em suma, no adulto, é a criança que nol- o revela.

Convem, pois, estimular t i ­das as crianças a que sejam activas e portanto feríeis em trabalho. È o que Th. Braum quer quando pergunta:

” Se na creança não se cul­tivar como deve ser a sua ten- dencia para a actividade, como exigir depois que ela faça pelo bem comum tudo aquilo de que é susceptível?”

A preguiça è egualmente prejudicial para a alma e para o corpo; ê da mesma forma nociva para o individuo e para a sociedade.

Nós sabemos de homens que, cheios de energia nada produzem; homens ha tam­bem que, cheios de ideias e de sentimentos dependurados na­da fazem pelo bem estar mo­ral da humanidade.

Uns e outros, mas os se­gundos mais que os primeiros, são os responsáveis pela mi- zeria que ainda enche o mun­do, e que ha muito, havia de ter desaparecido completamente.

Maldita seja a indolência humana ..

X uis jCefião

Num dos nossos últimos núme­ros e sob o titu lo acima, expunha mos a penosa situação em que se encontravam os povos das Pernan- chas, Antas, Foros do Arrão e ou­tros que lhes ficam proximos, que vivem completamente isolados, sem caminhos por onde possam transi­tar os veiculos sen1 perigo, sem es­colas, sem correio, numa palavra, sem qualquer melhoramento que contribua para o seu bem estar.

Encarregados de levar ao conhe­cimento das entidades competentes o estado de abandono e atrazo em que jazem os numerosos habitan­tes dos lugares em referencia, que contribuem para os cofres públicos com alguns milhares de escudos e para a economia da nação com os valiosos productos que num traba­lho exaustivo arrancam á terra que cultivam, foram enviadas represen­tações aos Ex.m"* Administrador Oeral dos Correios e Telegrafos, Oovernador C iv il e Câmara M u­nicipal pedindo a realisação dos melhoramentos mais necessários, como o estabelecimento ds uma estafeta postai para o lugar da Pernancha de Baixo e a criação de um Posto de Ensino na mesma povoação, por ser esta que pela sua situação se torna de mais facil acesso aqueles povos.

Todas as causas quando são jus­tas encontram tarde ou cedo a protecção que merecem, e assim, registamos hoje com o maicr pra­zer a noticia de que Sua Ex.a o Sr. Administrador Geral dos Cor­reios e Telegrafos num gesto que muito o nobilita achou de tanta justiça a representação que lhe foi dirigida, que imediatamente a de­feriu, ordenando que fosse posto em arrematação o serviço de con­dução de malas para a Pernancha de Baixo, diaria ou tri-seinanal- mente. O edital respectivo encon­tra-se na estação telegrafo-postal de Montargil, onde por estes dias a arrematação se deve realisar.

Esta primeira conqni'ta dos po­vos em referencia é, para nòs tambem, motivo de grande iego- sijo, pois que, foi o nosso jornal que trouxe a lume o lamentavel es­tado de abandono em que jazem aqueles povos, tendo saido desta redacção as representações solici­tando os melhoramentos, d s quais está já satisfeito o primeiro.

Pela nossa parte apresentamos a Sua E x \ o Sr. A ministrador Geral dos Correios e Telegrafos e ás entidades que se interessaram pela satisfação de tão necessário como util melhoramento os nossos melhores agradecimentos.

Brevemento voltaremos a tra ­tar da criação do Posto de Ensino da Pernancha, tambem já pedido e que é de uma carência absoluta, atendendo ao enorme numero de crianças em idade escolar nos lu­gares da Pernancha e dos que lhe ficam proximos.

5eroiço JYIUiíar

Foi auctorisada a dispensa do serviço activo do exercito aos mancebos que devem ser encorporados em 1933, 1934 e 1935, desde que o requei­ram e façam o pagamento da quantia de 2.500$00. Para os que sejam dados como re­fractarios a importancia a en­tregar é de 5.000S00. Os re­querimentos serão dirigidos ao Sr. Ministro da Guerra e entregues, bem como as im­portancias acima indicadas, nas unidades militares a que os mancebos se destinem.

Os mancebos dispensados do serviço activo serão, ime­diatamente, inscritos na reser­va activa, ficando sujeitos ao pagamento da taxa militar.

A concessão da licença é extensiva aos mancebos resi­dentes nas colonias.

As importancias arrecada­das em consequencia das dis­pensas constituem receita do Estado.

Exposição Industria l P ortuguesa

Com o fim de tornar acessível a todos uma visila a este grandio­so certamen do Parque Eduardo VII, que encerra por estes dias para abrir novamente na próxima primavera, estabelece a C. P. b i­lhetes reduzidos de ida e volta com a redução de 50 "/<> ^e todas as estações das suas rêdes.

Os bilhetes teem validade de l a 5 de Dezembro proximo para a ida e para a volta até ô do mes­mo mês.

Pela Imprensa

O Z S Z 3 IS

Pnr determinação judicial, foi suspenso pela segunda vez o nosso presado colega «O Zezere», se­manario que vê a luz da publici­dade em Ferreira de Zezere, sob a inteligente direcção do Sr. An­tonio Ferreira Junior.

Mancebos para a Armada

Foram destinados para a Armada os mancebos José Apolinario da Graça filho de Vicente da Graça e de Ursu- la Apolinaria, do Lugar de Longomel e fosé Lopes Dias, filho de Anibal Dias e Maria Saramago, de Ponte do Sôr.

A encorporação dos Recru­tas para a Armada realiza-se de 12 a 15 de Janeiro próximo.

As trocas de serviço para a Arm só são permitidas en­tre os mancebos sorteados no mesmo Grupo devendo os re­querimentos de cada dois man­cebos que desejem trocar entre si o serviço serem remetidos ao Distrito de Recrutamento e Reserva directamente ou por intermedio da Camara Muni­cipal.

O praso dentro do qual po­dem ^er recebidos os requeri­mentos no Distrito de Recru­tamento e Reserva è atè 12 de Dezembro proximo.

C am inhos de Ferro

Foi alterada a classificação geral para o transporte, em pequena velocidade, de mercearias, animais e veiculos, em vigôr na antiga rê­de e nas linhas do Sul e Sueste e A\inho e Douro.

eaixa Geral de DepositosA Caixa Geral de Depositos,

Credito e Previdencia, no intuito de facilitar aos Corpos e Corpora­ções Administrativas as operações de crédito de que carecem, resol­veu reduzir para 7 por cento a ta­xa de juros a aplicar aos novos pedidos de emprestimos.

i “A

Jllviçarcts

Dão-se a quem entregar na Pensão Sorense, nesta vila um sobretudo preto que fo i perdi­do no dia 16 do corrente no trajccto de Galveias p a r a Ponte do Sôr.

C i n e m a I d e a l

Nesta casa de espectáculos local, exibe-se hoje a maravilhosa peli­cula de aventuras dramaticas em 9 partes, A Mulher Marcada, em que teem uma soberba interpreta­ção os geniais artistas Lilian Gihs, Laes Hanson e Karl Dane.

Este filme em que perpassa a vida agitada de duas almas enamo­radas é uma das melhores produ­ções da «Metro».

Completam o espectáculo alem de 1 parte de actualidades a interes­santíssima pelicula comica em 2 partes «Chimpanzé á solta».

^indicafo a^riçolaReune hoje a assembleia ge­

ral do Sindicato Agricola deste conct lho. pura eleição dos novos corpos gerentes, hão-de serJir no tnenio de 1933— 1935.

E' o Vale de Açor a mais im­portante aldeia do nosso concelho, tanto sob o ponto de vista agrico­la como populacional, cujo nume­ro de habitantes orça por cerca de mil e quinhentas almas. E o qúe se pode chamar uma giande aldeia com uma explendida situação, muita gehte remediada e um la­bor intenso.

Tem o Vale de Açôr as suas aspirações, que uma vez satisfeitas muito contribuirão para o seu crescente desenvolvimento. São elas, a construcção de um edificio escolar com duas salas, para substituir o acanhado casebre em ruinas ha muito condenado e onde ainda funciona a escola mixta, e cuja construcção o povo daquela aldeia está pronto a auxiliar: a distribuição de alguns candieiros para ilumina­ção das suas ruas e a ligação tele­fónica á séde do concelho. A pro­posito deste ultimo melhoramen­to, julgamos saber que o S’ . En­genheiro Chefe da Secção Electro- tecnica de Abrant( s a quem compe­te, cremos a solução deste caso, es­tá na melhor disposição de atender aos desejos dos habitantes desta al­deia, constando-nos tambem que • por estes vai ser oferecida a quan­tia necessária para aquisição de alguns p< stes, ^eu transporte para os» respectivos locais e abertura de covas para sua colocação. De for­ma que, não nos admiraremos muito se dentro dum curto praso de tem­po virmos atendida esta justa as­piração daquele laborioso povo.

Para completar a serie de me­lhoramentos de que carece por enquanto esta populosa aldeia, que não são de grande monta, é neces­sário que ela alcance a sua auto­nomia, isto é, que seja elevada a séde de freguesia, de que ha muito tem incontestável direito pelo ele­vado numero dos seus habitantes.

Esta necessidade verifica-se sem­pre que do Vale de Açor se reali­sa um casamento, um enterro ou um registo de nascimento, por ser preciso v ir á séde da freguesia no que é necessário percorrer nove longos quilometros.

Uma comissão constituída ha tempos por individuos do Vale de Açor e que solicitou da Câmara a construcção do edificio escolar, vai sair do entorpecimento em que ca­iu e agir no sentido de que seja le­vada a efeito a construcção do re­ferido edificio, para o que a Câ­mara tem já em orçamento a quantia de cinco mil escudos.

A um povo que quere progre­dir e que para obtenção das suas regalias oferece a sua melhor coo­peração não deve ser regateado auxilio.

E' o que espera o povo do V a ­le de Açor.

Visado pela comissão de censura de Portalegre

Voluntários para a flrmadaSegundo noticiaram alguns jor­

nais, o Sr. M in istro da Marinha vai ordenar que se abra a inscri­ção de 300 voluntários para pra« ças de marinhagem.

11811774

A M O C I D A D EmÊBHÊÊÊmKÈÊtWtmÊÊÊBÍ

ZE2íe m .é x id .e s

t r a orfã. Abandonada naquele palacete, frente ao mar, os seus o- Ihos tinham a nostalgia das ondas. Nào era mulher ainda e ja deixara de ser criança, porque as curvas timidas do seu co rpo começavam a afirmar-se na beleza triunfal que haviam de possuir um d i a . . .

A' sua volta, a paisagem dtr-se- ia feita por um misterioso genio de p intor visionário, onde se via a imovel taciturnidade dos ciprestes e a brancura nívea das amendoei­ras floridas e perfumadas, t o mar, um mar sem fim, sobre cuja superfície azul raro passava a man­cha branca de uma vela, quasi sem­pre sereno, lembrava nm gjgan e imaginarlo, sonhador ; aPalX(l; ^ do, que quizesse estreitar, num colossal abraço, a terra engrinal­dada de flo res ,— a ^sempre noiva!

Era do elevado mirante do seu palacio que ela costumava olhar a atlantica majestade do oceano, durante horas e horas, á espera, talvez, de que um dia surgisse, na linha esfumada do horizonte, a caravela doirada de um navegador antigo que a levasse a correr todos os mares, mundos novos, miste­riosas ilhas de príncipes e de ta-d a s . . • . , i

A sugestão far.tastica do mar.A's vezes, ela descia á praia so-

litaria e, como uma p:quena on- dina, avançava pelas ondas que um ritm o constante quebrava em espumas alvas na areia. Gostava de sentir-se em bilad i nesse b^rço enoime e frio, ela que não tmha pai nem mãi para embala-la ao c o lo . . . Nadava mar fora, ate can- sar-se, porventura na enganosa esperança de encontrar um deus marinho ou um navegante enamo­rado que a levasse para uma gtu- ta de coral e de perclas ignorada de toda a gente. . •

Corria por isso uma lenda sin­gular nas falas do povo. Dizia-se que aquele palacio de mármore rendilhado fôra feito, numa noite só, por estranhos seres, naiades e tritões, e que ela, a «Ondina». como lhe chamavam, era «filna do mar». . . . „ „

— Filha do m a r!, afirmava o povo, supersticiosamente.

-F ilh a do mar! Mas, como?!Era êsse o mistério que a pobre

gente da costa não sabia expncar, Mas na paisagem que rodeava o palacio; no próprio palacio, que de noite resplandecia como utn clarão de luar; na paixão que Un- dina sentia pelas vagas, onde pa­recia adormecer; naquele seu so­nhar constante com deuses maríti­mos e navegadores audazes, na morte inexplicável de seus pais; em tudo isso havia o quer que fôsse de misterioso e sobrenatu-

rí*Se Ondina tinha um palacio e era rica como uma princesa; se no seu olhar se encerrava a imensa

beleza do mar embalador; se as suas formas timidas prenunciavam a perfeição clássica da estatuária grega; —porquê o isolamento em que vivia, servida por creados mudos; porquê os diálogos com as estrelas tremeluzenfes do alto do miranete?

h is t ó r i c a s

N O V E M B R O

28 -1505— Victoria naval na ín­dia.

29— 11Ô2 —Os portugueses tomam Beja aos mouros.

30 -1 lô õ — Geraldo sem pavor, conquista aos mouros a cidade de Evora.

D E Z E M B R O

Naquele dia, o mar estava agi­tado. No azul intranquílo das águas rebentavam brancos soluços de es­puma, cavavam-se pequenos abis­mos, e as ondas saltavam sob a chicotada do vento.

Vinha de longe um segredar confuso, por vezes um clamôr in ­gente em que s& percebiam gritos, gargalhadas, lamentos.

Ondina, olhando o mar, julgou ver, ora aparecendo, ora escon­dendo-se, os corpos alabastrinos de ninfas e naiades brincando. E como elas eram lindas os cabelos húmidos enrolando-se-lhes n o s hombros e nos dôrsos, os clhos fluidos côr das onJas, os dentes brilhantes como pérolas, mostran- ao-se no riso cantante dos seus la­bios vermelhos!

Retirou-se do miranete e pouco depois pisava a areia fina e doi­rada da praia, envôlta num manto branco que o vento fazia ondular. Dali não via Ondina os corpos das divindades marinhas, m as ouvia-lhes os gritos entrecortados de risos, adivinhando a graciosa perseguição no meio do mar iu- domito.

Entrou correndo pelas aguas dentro.

As ondas rejubilaram, e as suas cau ias espumantes batiam a praia alegremente.

O corpo de Ondina, fluctuando, ora escondido no côncavo das aguas, ora mostrando-se na crista das vagas, em breve se afastou da terra, lá para onde as ninfas e as naiades se perseguiam r in d o .. .

Mas o sol ia já a mergulhar no mar; as vagas, rolando sempre, engrossavam, cresciam, pareciam querer submergir a terra; e as dei­dades aquáticas, com a aproxima­ção da noite, haviam-se recolhido ás misteriosas grutas em que ha­bitam, no fundo do oceano.

For fim veio a noite, e a lua surgiu, enorme, por detraz dos ci­prestes negros.

A ' luz da lua, no mar em furia, já se não divisava o corpo de On dina. Mas viam-se na praia, as si­lhuetas dos seus creados mudos, interrogando as penumbras com pávidos olhares, á espera, talvez, de verem surgir, boiando, o cada- ver de Ondina inanimada e fria.

As horas nocturnas de;lizarain lentas. Veio o dia, a tarde, depois a noite. Só Ondina nunca mais voltou.

Ponte do Sor, 2 7 - X - 3 2

Moura Junior

1— 1640 —Restauração de Portu­gal E* aclamado rei de Portu­gal o oitavo duque de Bragança com o titu lo de D. João IV.

3 —171 5==Morre D. Jcão Peculiar um dos homens mais celebres de Portugal por suas letras e virtudes.

4 —1Ô 22-Nuno Alvares Botelho derrota junto a Malaca a arma­da do Achem que sitiava a cida­de. A perda do inim igo foi com­pleta. Entre os navios que cai- ram em poder dos portugueses estava o navio almirante o maior que até então se vira na India.

5= 15õ 9= M em Lopes Carrasco, capitão de uma nau portuguesa, defende-se por tres dias da gran­de armada do Achem até ser so­corrido.

6 — 1 3 8 3 = 0 mestre de Aviz tnata o conde Andeiro.

7=1547 -O s portugueses vencen­do o rei de Pedir, encontram nos despojos da batalha trezen­tas peças de a itilhariae quaren­ta e cinco embarcações,

8 — 1715—Abre-se a academia de Historia portuguesa, instituída em Lisboa.

pal a fim de lhe ser passado o al­vará s in ita rio respeitante á sua taberna e que até agora não foi passado. Deliberou informar-se a- cerca do requerido.

Requerimentos de Joaquina Luiza Rosa, Margarida Maria de Ponte do Sôr e Maria Jacinta, do Vale de Açôr, pedindo a concessão de subsidios de lactação a favor de seus filhos. Deferido, abonaudo-se a cada uma a quantia de 12$00 mensais.

DoentesAuctorisou a passagem de guias

de entrada nos Hospitais Civis de Lisboa a favor dos doente? Joana Macêdo, de Montargil e Nascimen­to Joaquim, do Vale de Açôr.

O u tra s d e lib e ra ç õ e s

Resolveu chamar a atenção da firma concessionaria da luz electri­ca acerca das deficiencias do fo r­necimento da luz.

— Deliberou oficiar á Junta Au- tonoma das Estradas pedindo a construcção da estrada N.° 85-2.a no lanço Coruche-Montargil. para assim atenuar a crise de trabalho naquela freguesia.

BalanceteFoi apresentado o balancete da

rceita e despesa deste Municipio referente á semana finda em 19 do corrente, que acusa o saldo de 10ô.298$35.

M andadosAuctorisou o pagamento de va­

rios mandados na importancia de 9.343$95.

R U I D E S O U S A

Valente e denodado capitão de Tanger. Este heroi, creado nas ar­mas e nos trabalhos de Ceuta e Mazagão, de que fora fronteiro, tinha bastante prudência para não tentar uma entrada triunfal no co­ração do imp erio marroquino, co­mo pretendia D. Sebastião, e foi por isso asperamente censurado. Desde então o valente capitão só pediu á fortuna um lance em que provas­se ao impaciente monarca que não havia esfriado os brios de frontei­ro de Mazagão; e uo dia 2 de Ju­lho de 1573, sendo atacado por 2-000 arabes, capitaneados pelo alcaide de Arzila e Alcácer, Rui de Sousa com poucos dos seus, resol­vido a não recuar, recebeu glorio­sa morte traspassado por cento e dez feridas Antes porem de su­cumbir deixou assinalado o seu valor no estrago que causou nos inimigos. Em smal de luto por tão grande perda, mandou el-rei D. Sebastião cerrar as janelas do paço.

SPORTF O O T - B A L L .

- D e s l o c a - s e hoje a esta vila, a fim de se encontrar no Campo 5 de Outubro, pelas 15 horas, em desafio am iga- vel com a primeira categoria do Eléctrico Foot-Ball Club, o team de honra do União Foot-Ball Club Entrocamen- to. Ha grande interesse entre o s desportistas locais em pre­senciar este encontro por ser

o team visitante um dos me­lhores agrupamentos footba- listicos do seu distrito.

— Realisou-se no domin­go passado, nesta vila, um desafio de foot-ball entre o Sporting Galveense e um te­am constituído por elementos das categorias inferiores dos clubs locais, tendo os visitan­tes vencido por 2 bolas a O.

Mm 1 "

Câmara MunicipalSessão de 23 de Nouembro

de 1932Presidencia do Doutor A ugusto Ca­

m ossa Nunes Saldanha com a assistên­cia dos vogats Snrs - José N. Marques Adegas e L u iz Branqinho da Costa B raga.

C o rre sp o n d en c ia

— Oficio do Inspector Chefe da Região Escolar de Portalegre, acu­sando a recepção do parecer do Delegado de Saude acerca das con­dições higieno-pedagogicas da es­cola do Cabeço, (Vale do Arco), da freguesia de Ponte do Sôr. Intei­rada.

— Oficio dos Hospitais Civis de Lisboa, comunicando ter levado a credito desta Câmara a quantia de 2.937$70 correspondente aos dias contados a mais ao doente José Marques Fontes. Tomou conheci­mento.

—Oficio do Delegado do Pro­curador da Republica nesta comar­ca solicitando reparações na mo­bilia da sua casa de habitação. Re­solveu satisfazer.

— Oficio da Caixa Geral de Apo­sentações, enviando copia da acta da sessão da Câmara Municipal do Seixal em que foi aposentado o fa­cultativo municipal Dr. Alvaro Ro- xanes de Carvalho, e informando que, tendo o mesmo facultativo de­sempenhado as funções de medico municipal da freguesia de Montargil deste concelho, durante trez anos, nove meses e catorze dias, tem es­ta Câmara de contribuir para a Caixa de Aposentações a favor do mesmo facultativo com a mensali­dade de 58$95 Tomou conheci­mento deliberando inscrever no proximo orçamento suplementar a verba necetsaria para tal.

Requerimentos

Requerimento de João Nobre Fragoso, de Ponte do Sôr, pedin­do a entrega da quantia que de­positou ha anos no cofre munici-

No dia 15 do corrente d irig ia- se de Galveias para Ponte do Sôr carregada de carvão a camionete do Sr. José Henriques, desta vila, guiada pdo chauffeur Leonel de Almeida, e trazendo como passa­geiros alem do proprietário os srs. Jcão Lobato, João Emilio de A l­meida e o ajudante Antonio Bar­reira Numa volta da estrada o veiculo despenhou-se por uma r i­banceira dando duas voltas sobre si e ficando virado 110 fundo do vale. Felizmente os passageiros que viajavam na cabine por virem muito apertados não foram cuspi­dos fóra do carro, o mesmo não sucedendo ao ajudante do chauf­feur que vindo sentado sobre a carga foi colhido por esta sofrendo varias contusões pelo corpo.

Pedidos socorros para Ponte do Sôr, foi o ferido conduzido ao hos­pital onde recebeu os primeiros curativos, recolhendo a casa por o seu estado não ser de gravidade.

A N I V E R S Á R I O S

N ovem bro

27 —D. Angelina Joana Antunes.2 8 = D . Augusta Gloria Magalhães,

em Pombal.2 9 = D . Margarida Sampaio da

Silva Lobato, em Veiros, e Ma­nuel Pires Filipe.

30=Custodio Augusto do Carmo, em Lisboa e o menino Lino Duarte Mendes.

- Dezembro —

Carnes VerdesVai á praça na próxima quarta

feira o fornecimento de carnes verdes nas três freguesias do con­celho.

Alguem se lembrou de nos pe­d ir para chamarmos a atenção do Municipio para que esse forneci­mento, especialmente na séde do concelho, seja diario, terminando- se com o antigo costume de só ás terças, quintas e domingos se for­necer carne ao publico. Na ver­dade, a Ponte do Sôr é hoje uma terra bastante progressiva e não deve nem pode continuar como há trinta anos a consumir carne por conta gotas.

Tambem é de grande convenien- cia que a arrematação diga respeito sómente ás sédes das freguesias, ficando nas outras povoações esse fornecimento livre, para se não dar o caso bastante incomodo de, quem necessitar comprar um bo­cado de carne ter de ir da sua aldeia á séde da freguesia,

Ahi fica o alvitre que nos pare­ce acertado.

1—D, V irg in ia da Conceição Silva, em Obidos,

2 = D . Alda da Silva; em Galveias. 3 — José Caetano, de Almeida, em

Souzelas, D. Maria da Conceição Madeira j do Carmo, em Mon- temór - o - Novo, D. |disanda Subtil, na Estação e Mário D i­niz Pacifico dos Reis, em Mar­vão.

4 —D Olinda Alves Vale, 110 Por­to.

5 = D . Celeste Antunes Sirgado Pereira Lisboa, em Torres No­vas.

6==D. Maria Albina Pacifico dos Reis, em Marvão.

7 = A n to n io Pais da Cunha, em Cacilhas.

8 = D . V irginia da Assunção de Oliveira, em Alferrarede, Va- lentim Lourenço Mourão e João Manuel Lino.

10 -D. Rosa Mendes Pita e D. Au­gusta Maria Pais.

E m P o n te do S o r

Vimos ultimamente nesta vila os nossos estimados assinantes, Exm.08 Snr.s Tenente Coronel An­tonio Batista de Cai valho e Gual- dim Pais, de Lisboa. Manoel Pais Monteiro e Francisco Ferreira Pi­menta, de Avis. Manoel Tenente, do Porto. Joaquim Lourenço Fal­cão da Luz e Antonio Julio L. Martins, de Montargil, José da Conceição Filipe, de Abrantes. Manoel L. O liveira, da Pernancha. José Ribeiro, da Chança.

Doente

Tem estado de cama bastante doente, a Sr*. Luiza Maria, mãe do ncsso amigo e assinante desta vila, Sr. Marçal Mendes.

Desejamos lhe rapidas melhoras.11811774

M O C I I ) A i ) ExifsXft-ZK&XfiV&ySFarar»"» m xis ■ . -S!; P7K yjvX.?c« r-ager:'''-rr y,>«K rrr ^ E ”m'*cyT WTTAE>>g8ft3.TCarTrwrg r->y r w »

Constructora ílbraníina, L.Telefone Abrantes G8

C a r p iq ía r ia m ecariiccr, s e r r a ç ã o d s m a d e ir a s f a b r ic o de g e lo ) ----------------------------

Fornece n^s melhores condições todo o trabalho de car pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, por tas, janelas, etc.

V IO A M i: N T O S E B A R R O T E R IA

‘ Séde e o fic inas em A lfe rra red e

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

^ 3». . fc. .Tx .-nv •■*>%. •'■■v-Tv'■***%£ *'■'_*•. ~ isi*- «r*» ’-s»* vícs , • «1'rnj; catigr <rvr . íSrfSr ?3r-*-• ^ . j f , t4i/ ^ . -■ > .^r ^ ^ -^r ^

^oo*"j*,o o o o c

J S * . ^ a v v a J ô o fé ©

mwwws»

wwwwwwwr%

X(r\V-íÍ-~~sr

OJ~í,

>! w == \ r £- _M édico-CirurgiãoA

|T Especialisado ern doenças de boca e dos dentes. TJ_o

ar=v& Consuitas em P o n te do Sor aos sábados ás 14 horas

| l Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.as, 4.as, 5.as e I#6.as feiras ás 13 e meia horas

>V'iX ^ '

VJk

^6€»^««s«««a© §«c«ee€#fte

I i ip lio Cofteía j ílberíj |

© M e á io s "\7"eterinario ®s ' ; r ’ I r *H ‘ T” í

—P o n te do S ô r—

| Consultas todos os dias. a

;>9S9ã^‘#S 8€€i€f!£ SSè « § ^

§5 Cereais, Lepmes •#;(gS*? e todos os produ- ? f | :

ctosd agricultu- r ifeÉ l i r ra, compra José

* . ^ T de Matos Neves. (ía pAVAVATAVATAVAVA7AT ★ AA AAA AAA á AAA AAA A* Vende a d u b o s

B S U S B L B S I M B H T O * M l h M S f i k ► t.v-2 postos’ Pur8uei" ? f a

i Negoc ian te de Pescarias, ► s # « m ó n t o e d e DOtas"Creaç.lo, Caça, Ovos e ► : c p o t a s - ^

Frutas. ► s«0. _ 2 |____ _____ ^ _ tstabelecinien- T lfe

MERCEARIAS, A ZE ITE S < ^ Rodrigues de Freiras £ 6 ^ ^ Avenida ® p► Culade de Lille

5 ■ em Ponte do Sor ? f g -ie Longomel.

© ^ © í"

D E

SimpSioio joio Alies 3

VINHOS, PALHAS E CEREAIS.

Ponte do Sôr«s ' 8*. 2^8★ ? ? ? ? V V ? V V 7 7 T 7 7 V ? +

í O O ^ O C O O O O í l í í O O O O O O O O O C ^ S S l l S l E S

-"•* fcrfr?/

José Ulues da Silua)><§=>í*ém

Isisad it lios lies I'% “ f l Í D o e i d a d s ,

?&•«*$í

%'kí?«

/ ?z /5 Vaz Monteiro — PO N TE DO SOR

Chapelaria, camisaria, calçado e miudesas.R eceb em -se c h a p é u s p a r a c o n se r to s a t r a n s fo rm a ç õ e s

A tfmsfl í/a nossa casa é

G a n h a r p o o r o p a r a v e n d e r u m i t u

Revendedor da afam ada cerveja • ! A 1 S E 1

1 .91 I eompra c uends:

S?{ I C e r e a i sI

m | m |

f e ©

| Quinzenario noticioso literário| recreativo e deíensor dus

interesses da reqiSo.

a c c c c c c c c e p c b ; c©©©ece-c©©e

í Dscintó da Silva |COM §

Oficina de funileiro

o C9 9 O f"O

. O c»Condições de assinatura 5 Avenida Cidade de Lille g

« ____________ __ _ .... . a»A Ip -áF P S Íl í1*® í® Em Ponte do Sor, trimestre........ 2$10 © P O N T E D O S O U ©

® O Fóra de Fonte do Sor, trimestre.. 2S40 § c , t , ©* Numero avulso........................... p u « Encarrega se de todos os g

w trabalhos concernentes a sua t» ç arte garantindo o bom acaba- %

n

AAAAA

Praça da Republica

PONTE DO SOR

Pagamento adeantaóo

jL?y% ^s-dâHi»s

* ’í v w f f f f f f ‘ f f f t f w f » í j o â o SapÉta da Bosa■*=?«

Ramiro Ire s Filipe

A N Ú N C IO SN a secçào competente

Linha oil espaço de linha

® mento e solidez. ®«&>> (y© ©©3939303309 333 403993.9999

corpo 12. « 10. • 8 .

.$40.$60$80

Loja de Fazendas, Mercearias e MíuedzasI Ç i i í p e e i i i l i d i i d e e m < ?h á e o f i f é <5^^^ Encarrega-se de todos os ser-

! ;xs

%1^.

ÍP %

Çiisee,

-KJ.

Ã1'" -.fch-irióíi>...1 í á»>. i'feStíívÇÍSCvTiíVti'. t

^ N t S r lv a f i g u e i r e d o , £ .f®íffií Avensda rios Oleiros - oimbraiwsm.ljí Telefone n.° 903

«j§ z?(9 5 0 /?

2 Comissões e tíonsitinações4 Correspondente de Bancos e S B S P 9 I 8 R M m Í

Companhias de Seguros

Não se restituem os antografos quer sejam ou. não publicados.

R^as Rodrigues (ie Freitas e i.° tíe Dezembro------«“ “S ÈOH«ÍJiãlÊSS'—»---- —

P O R T E O « O 11

^ viços jun to das repartições pubh- ^ dtóá cas. ;

*

2 V A V A V A V A T 4 Y A V A V 4 7 A ^ A V A T A V A V A V A T A V A V A V ^

-K

SOfití

Biipiiis para coserDA ACR ED IT A D a MARCA

Rua Vaz M onte iro

P O N T E DO SO R

*-X *****■¥■Ki ■Kl ■Kl kJ •K

>:< Encarrega-se de todos o? | concertos em m áquinas des- í ta marca.

S' HG E F?Vende em P o n te do

Sor, a em pregada

TEREZA MANTA AAAA

P.otóoio R. OaioAvenida Cidade de Lille

P O N T E DO SO R

MADEIRAS IP i lO iOUIi tU U IV U t ic v m i" >,

m ■ , . ■. o..... « tar remessas e da sua \ M Para construcções a mj0 e„, , . . . . . tos, madeiras em íqsco e apa- * entrepa aos d-imici- * tv preços de concorrência R jL o ja de so las e afanados das prin cipa is . • .. . n , . , -a- LIUI<' r . c' o jm iL i r t ^

fabricas de Alcanéna Porto e Guimarães ^ reinadas íoiias, janelas e * li os. -k i Gcnvalo Joa*____ ^ caixilhos; Toda a especie de ★

iV i i n ,. j „ „ • _ ★ -A- * ★ •*:

íè> Soalhos, forros aparelha ^ dos, fasauio, ripa e vigamer

^ X \JÁ* l. Jjj OUU ^

x- Transporte de pas- -k sageiros e mercado-

-k rias entre Galveias -kda e p 0!1te .|0 5Qr ^ga_ ^-K

j.c ) i , ** ^ E n c a r r e g a - s e d e t o - ]£.;★ A dos os despachos sa- * Mí. * sm: como de evan- ^★

*

-K★★

★'k*-K★★★★★-K*★

m Sortido ds pelarias tinas, tais como: calf 4É| licas das melhores marcas estrangeiras,i i l çado, miudezas e ferramentas para s

Oficina de sapateiro. ^ .w « t o s g rá tis . i

Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. Consultem os nossos p re - ]Concertos. Especialidade em obra de borracha. p f ÇOS que são OS mais baixos Q ■

* Esmerado acabamento e solidez. J dom ercado . W

5.0

í;i ;-

«

Preços ao alcance de tudas as bolsasS f c & ▼ A V A T A V A 7 A 7 A T A T A T A A

A T A T A T A T A T A t A t A T A ? í ?

Ponte do Sôr ^

i Q u ’P<2»s z^ !ar P^ io5

v o ^ s o 5 ‘ n r ^ r Q ^ S Q ^ i

./VV -'A/'-J.4. - AA- )y \--«AA- j■ HniÉi n l Micidide”

A M O C I D A D E

£ u rio $ id a d e .s flfliso aos Incautos» s«

Por qne 6 qne as ranllieres são bonitas

Um medico publicou o resulta­do das suas investigações feitas com o fim de averiguar porque é que as mulheres são mais bonitas que os homens.

Estudando 1.600 mulheres de to­das as raças e de diversos povos do mundo, concluiu que a mulher deve a sua beleza ao pouco esfor­ço fisico que é obrigada a fazer.

Os estudos, o grande e intenso trabalho intelectual, nas presunções dos negocios exercem uma influ­encia nociva e real sobre a beleza.

Para provar a sua tese cita este exemplo tipico.

Na India inglesa ha uma tribu na qual se acham trocados os pa­peis da sociedade europeia. A li é a mulher quem se declara ao homem dirige os negocios do Estado, de­sempenha os cargos públicos e a- tende ás necessidades domesticas, ao passo que o homem nada faz.

iJois bem! A li os homens são bo­nitos e as mulheres dotadas duma fealdade respeitável.

0 “ record” da corresponden­cia amorosa

O •'récord” da correspondencia amorosa foi batido por Julieta Drouet, a apaixonada amante de Victor Hugo.

Segundo os melhores cálculos, escreveu umas2 5 .0 0 0 cartas, visto que já se reuniram umas 20 .000e são muitas as que faltam.

Escrevia por dia tres, cinco e seis cartas, sendo frequente manda-las directamente ao poeta.

Essas cartas são todas repassadas de paixão e admiração por aquele a quem chamava "o seu grande Tótó” .

Em 1876, com 70 anos de idade, ainda escrevia.

"Se tu estás bem, estou eu bem; se dormiste bem, dorm i eu bem;e, se tu me amas, eu adoro-te!”

eonfra a preguiçaM u ito bem achado!

Outrora havia na Holanda um costume muito curioso:

Era proibido mendigar, sendo todos os velhos e doentes protegi­dos pelo Estado. Sempre que um homem valido era encontrado a pe­d ir esmola, e se provasse que não queria trabalhar, era metido num poço sêco abrindo-lhe depois uma torneira que pouco a pouco o en­chia de agua.

Para não morrer afogado o pre­guiçoso era obrigado a mover cons­tantemente uma bomba que esgo­tava a agua da torneira.

Depois de algumas horas deste duro trabalho era posto em liber­dade.

Disposições de lei que é necessário saber

RECTIFICAÇÃO - Por lapso, no numero anterior deste jornal, tornou-se publico que era obriga- torio o registo e o livrete de c ir­culação a qualquer viatura ou au­tomovel, em transito na via publica.

Esclarece-se que o registo em qualquer das Comissões Técnicas de Automobilismo ea obrigatorie­dade do livrete de circulação, res­peita sómente a viaturas automo­veis.

D E C R E T O -Le i n.0 12.708 de 22 — 11 — 1926 Art.° 1.° E’ expres­samente proibido, em qualquer hora e estabelecimento, seja de que natureza fôr, vender, ou por qual­quer outra forma fornecer vinho ou bebidas alcoolicas a individuos em estado de embriagues e bem assim a entrada e permanencia des­ses individuos em qualquer casa de bebidas.

A rt.0 2.° E' igualmente proibida a entrada e permanencia ie meno­res de 15 anos d t ambos os sexos em estabelecimentos de vendas de bebidas, excepto quando os me­nores vão efectuar qualquer compra ou recado de pouca demora, ou quando vão acompanhados de qual­quer pessôa de familia.

A rt.0 3.° Aos estabelecimentos de venda de bebidas alcoolicas será retirada a respectiva licença e o r­denado o encerramento do estabe­lecimento, quando as autoridades verifiquem que os mesmos esta­belecimentos não reunam ás condi­ções higiénicas e salubridade neces­sarias, e quando se tornem focos de desordem e de perturbação do sossêgo da visinhança, ou ainda da moral e da decência pública, pela sua má frequencia.

A totalidade do produeto das multas por transgressão ao Decre- to-Lei referido, revertam para a a Assistência Publica.

D E C R E T O N.° 21.702 de de 4—X - 1932

Este decreto obriga os hoteis, restaurantes, hospedarias e casas de pasto, a fornecer pf-lo menos 3 decelitros de vinho, incluido no preço fixo de cada refeição.

O mesmo decreto estabelece pe­nalidades aos vendedores de vinhos que o façam fora das condições exigidas no art.0 4." do referido decreto, isto é, quando os vinhos sejam fabricados ou não tenham a graduação que a lei determina.

jp on jb o s f jr a v o s

No corrente ano teem abunda­do nesta região os pombos bra­vos, pelo que os caçadores da es­pecialidade teem feito belas ca­çadas. Porem, a melhor até ago­ra realisada foi a dos eximios caçadores Sres. Antonio Pais Branco e Manoel Nunes Marques Adegas, desta vila, na ultima se­gunda feira em que abateram com auxilio da negaça 70 destas aves.

F a l e c i m e n t o

Na sua casa do Fundão, faleceu no dia 16 do corren­te o Sr. Francisco Nunes A- gapito, funcionário de justiça aposentado.

O extincto gosava naquela vila de inúmeras simpatias, pe­lo que a sua morte foi muito sentida, era casado com a S r\ D. Maria Emilia Salvado e pai do nosso particular ami­go e assinante Sr. Josè Aga- pito Salvado, Contador do luizo de Direito da nossa co­marca.

Á familia enlutada envia­mos o nosso cartão de senti­das condolências.

Edi t a lE n co n tra d a m o rta

Foi encontrada morta ha dias, na sua habitação, na Rossio, desta vila, Antonia Mendes, fConátes^ de 68 anos, natural de Qalveias, que vivia só e que segundo exa­me medico se verificou ter falecido no dia anterior vitima de uma siiicope cúroiaca.

V irg ilio Salvador Ricardo da Costa, Engenheiro-chefe da 4a. C ir­cunscrição Industrial.

Faz saber que;Cândido Paula & Genros reque­

reram licença para instalar uma fá­brica de refrigerantes engarrafados incluida na classe 3a com cs incon­venientes de barulho e trepidação em Ponte Jo Sor, Avenida Cida­

de de Lille. freguezia e concelho de Ponte do Sor, distrito de Portale­gre, confrontando ao norte, su), nascente poente com prédios do requerente.

Nos termos do Regulamento das Industrias insalubres, incomodas, perigosas ou tóxicas e dentro do prazo de 30 dias contados da data da publicação d’este edital, podem todas as pessoas interessadas apre­sentar reclamações por escrito con­tra a concessão da licença requeri­da e examinar o respectivo proces­so nesta Circunscrição com séde em Evora, Praça do Geraldo N°.Ô9.

Évora, Secretaria da 4». Circunscrição Industrial, .10 de Setembro de 1932.

Pelo Engeheiro-chefe da Circunscrição

Mario da Silva Oaio--------- n—a— —— »■■" 1.1

ArremataçãoNo dia 11 de Dezembro

proximo, pelas 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro- ceder á arrematação em h as­ta publica, pelo maior lanço que for oferecido acima do que se encontra na matriz predial, do predio abaixo d e s ­crito, penhorado na execução fiscal que o D igno Agente do Ministério Publico, como re­presentante da Fazenda N a ­cional, move contra Antonio Nunes T iago e seus herdei­ros, moradores em Galveias, a saber:

UM A VINHA de pequena cultura, situada ne Vale For­m oso, freguesia de G alveias, descrita na Conservatoria Jes- ta comarca no livro— B— 5, a fs, 172, sob o n°. 2 . 8 1 2 e inscrita na matriz predial da dita freguesia, s e b o arti­go 820 , com o rendimento colectável de sessenta e um escudos, preço porque vai á praça.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos, afim de deduzirem os seus dirtitos, querendo.Ponte de Sor, 31 de Outubro de 1932.

0 escrivão dn / ° . oficio , fíníonio do fimaral Semblano

Verifiquei a exactidão 0 J u i z de Direito,

Manuel Ribeiro

livro ” B” 5, a fls. 171, sob o n°. 2 . 8 1 0 e inscrito na matriz predial respectiva sob o arti­go 223 , com o rendimento colectável de setenta e sete escudos, preço porque vai á praça.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos, afim de deduzirem o s seus direitos, querendo.Ponte de Sor, 31 de Outubro

de 1932

O escrivão de Io. oficio, flnfonio do Hmaral 5embIano

Verifiquei a exactidão O Juiz de Direito

lYlanuel Ribeiro

ArremataçãoN o dia 11 de Dezembro

proximo, pelas 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, ha-de arre­matar-se, devendo ser entre­gue pelo maior lanço que for oferecido acima do que se en­contra na matriz predial, o predio abaixo mencionado, penhorado na execução fis­cal que o Digno Agente do Ministério Publico, como re­presentante da Fazenda N a­cional, move contra o s her­deiros de Custodio Canejo R em exido , m oradores em Galveias, a saber:

UM CERRADO de pequena cultura com oliveiras, no sitio d a s Pereidinhas, freguesia de Galveias, descrito na Con­servatoria desta comarca no

ANUNCIONo dia 4 do proximo mês

de Dezembro, por 12 horas á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão de ser ar­rematados pelo maior lanço oferecido acima da sua ava­liação os prédios seguintes:

í •

Uma morada de casas com altos e baixos, situada na Rua Cândido dos Reis, da vi­la de G alveias, desta comar­ca, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n.° 879 a folhas 46 verso do livro B. 3.°, avaliada em 2 .000S00.

2.°

Uma courela de terra de

ANUNCION o dia 4 do proximo mês

de Dezembro por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, ha-de ser ar­rematado pelo maior lanço o- ferecido acima da sua avalia­ção o predio seguinte: Courela denominada “ o Fal­cão”, sita nesta freguesia de Ponte de Sor, que se compõe de terras de semeadura, ar­voredo de sobro e casas de habitação, descrita na Con­servatoria do Registo Predial desta comarca sob n.° 680 a falhas 146 do livro B. segun­do, avaliaco em sessenta e cinco mil escudos 6 5 . 000$00 .

Este predio vai á praça nos autos de execução hipoteca- ri? que o s herdeiros de An­tonio Manuel Roças, viuvo, proprietário, morador que foi nesta vila movem contra Mar­çal Lopes de Simas, viuvo, proprietário, m o r a d o r no monte Falcão pela quantia de 1 4 .5 0 0 $ 0 0 , juros e mais des- pesasacresc idas . Pelopresen te são citados quaisquer cre­dores incertos para dedusirem o s seus direitos.Ponte do Sor, 12 de N ovem ­

bro de 1932.O escrivão do 2.° oficio,

João Nóbrega Verifiquei a exactidão

Juiz de Direito,

Manuel Ribeiro

semeadura, com vinha, olivei­ras e arvores de fruto no si­tio de Recanto, da freguesia de G flveias , descrita na Con­servatoria do Registo Predial desta Comarca sob o n .0 2490 a folhas 10 do livro B. 5.°, avaliada em 4 .000$00 .

1 3.°

Um cerrado de terra de se ­meadura com oliveiras no si­tio das Paredinhas, da fregue­sia de G alveias, descrita na Conservatoria do Registo Pre­dial desta Comarca sob o n.° 249! a folhas 10 verso do li­vro B. 5.°, a v a l i a d o e m 3 .000$00.

4.®

Uma morada de casas com altos e baixos sita na Rua João Chagas, da vila de G al­veias, descrita na C onserva­toria do Registo Predial desta Comarca sob o n." 2492 a fo­lhas 11 do livro B.“, avaliada em 6 .000S00.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hipotecaria que João Pais Branco, casado, proprietário, morador nesta vila de Ponte do Sor, m ove contra Manoel Antonio Bacalhau, comercian­te e mulher Ana da Silva M ar­ques, domestica, moradora na vila de G alveias pela quantia de catorze mil quatrocentos e cincoenta escudos e mais des­pesas acrescidas. Pelo pre­sente são citados quaisquer credores incertos para dedu­zirem os seus direitos.

Ponte do Sor, 5 de N ovem ­bro de 1932.

O escrivão do 2.° oficio, João Nóbrega

Verifiquei a exatidão O Juiz de Direito

Manoel Ribeiro

— O' papá, tenho tanto frio! Se me comprasse uns sapatinhos em feltro, um pollower e uma boina em lã! ..

— Como queres tu que te com­pre êsses artigos se cá em Pon­te do Sor não ha quem os venda e tenho de os mandar vir de fó ­ra, tornando-se assim muito ca­ros devido ao transporte?

— Não papá. Nada disso é preciso. Na casa de fosé Alves da Silva, ali na Rua Vaz Mon­teiro, ha todos êsses artigos e ainda um enorme sortido de chapéus de feltro e lã para ho­mens, calç ido para homens, senho­ras e crianças, camisas em fla­nela, cretone e popeline dos me­lhores modelos e padrões mais recentes, peugas e meias em lã, sêda e algodão, chapéus para se­nhora, bonets para homens e creanças, gravatas, lenços, som­brinhas e uma infinidade de ou­tros artigos por preços sem com­petencia.

— Pois então se ha essa casa que tantos artigos vende, vamos lá já comprar o que necessita­mos.

C E N T E I O

Bom para semente. Vende- se ao preço da tabela. Dirigir a Antonio Pais Branco, desta vila.

r-r oé. an o P o n t e d o S ô r , 1 1 d e D e z e m b r o d e 1 9 3 2 N U M E R O 1 5 6MSBBMunemm s e b b h h h í

Propriedade da Empjeza de A M O C I D A D E

Composto e impresso 11a

"niN E R V A ALENTP-JANA,, P O N T E D O S O R

Redacção - Rua Vaz Monteiro

P O N T E DO S OR .S i ___________________________ i í

OUUSMBSBBSÊKSSaei. íàBSZtMP U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

d i r e c t o r

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

A D M I N I S T R A D O R

J o ã o M a r q u e s C a l a d o

j. E D I T O RJ o s é P e r e i r a d a M o t a

J^éctra de a m a d o r e s

Promovidas pelo grupo cé­nico do Eléctrico Foot-Bali Club, desta vila, realisam-se na próxima quinta feira, dia 15 e dmingo dia 18, pelas 21 horas, duas récitas a beneficio do co­fre do mesmo club e da assis­tência local, subindo á cena o emocionante drama em 3 ac­tos Um erro Judicial, a hilari­ante comedia em um acto «Os Espirros» e um acto de varie­dades.

O S A B E R E O C R in EJE

Dr. Ramiro Augusto FerreiraFoi promovido a Desembar­

gador e colocado na Relação do Porto, o Sr. Doutor Ra ­miro Augusto Ferreira, nos­so estimado assinante, que durante alguns anos residiu em Ponte do Sor em cuja co­marca desempenhou com mutía proficiência o cargo de dele­gado do Procurador da Re­publica.

Enviamos a Sua Exa. os nossos cumprimentos.

§ p r e ç o d o p ã o

Segundo lemos algures, o preço do pão baixou para 1$80 o quilo em Portalegre e em Veiros do Alentejo.

E em Ponte do Sor quan­do baixará?

Nun xe xabe.

im p r ç n s a

A R C A D I A

Reapareceu este periodico, orgão da academia de Portalegre que ha anos havia suspendido a publicação e cujo corpo directiv<- é composto pelos estudantes Snr.’ Jaime Mon­teiro Martins, Licinio Amaral Sem­blano, Antonio Manso Ventura, Garibaldino da Conceição Andra­de e José Pereira.

A ‘‘Arcádia’’ que é um interes­sante jornalzinho e se apresenta muito bem redigido, desejamos um feliz reaparecimento, e agra­decendo a visita gostosamente va­mos estabelecer a permuta.A V O Z P O R T A L E G R E N S E

Entrou no segundo ano de pu­blicação este uosso presado con- fi ade que se publica na capital do nosso districto e de que é director e editor o Sr. Manoel A. Tapadi- nhas. Com os desejos de longa v i­da e imensas prosperidades apre­sentamos-lhe os nossos afectuosos cumprimentos.

Imposto do sêloO diario do Governo publicou

em suplemento de 29 de Novem­bro o decreto que altera algumas disposições do decreto N.° 21.501 e aprova a nova tabela geral do imposto do sêlo.

Abrir uma escola é fechar uma cadeia, diz-se em campa- nudo tom nos jornais, princi ­palmente naqueles que embi­cam frequentemente com os analfabetos, como se o anal­fabetismo significa-se outra cousa que não o desleixo dos letrados e a sua indiferença pelo engrandecimento das classes menos afortunadas.

Abrir escolas será isso e tudo o mais que os senhores quizerem, mas com a condi­ção dessa escola ser uma ver­dadeira escola, quer dizer, um foco de educação, de aperfei­çoamento das almas porque, se ela fôr como tanta vez é, apenas uma casa onde se a- prende a ler, a cantar, a fazer ginastica, exactamente como nas oficinas se aprende um oficio, entremeando tal apren­dizagem com as retouças pe­culiares aos aprendizes, essa escola não preserva o futuro adulto da c?deia, antes, não raro, o arma para crimes e delitos em que, antes, talvez nem sequer sonhasse.

A creança que sai da esco­la sabendo ler inicia a sua e- voluçào para homem numa verdadeira atmosfera de cri­me; como apenas a ensinaram a ler, não leva consigo ele­mento algum de reacção con­tra as lufadas de maldade que por todos os poros a pe­netram, e não só não reage, como, pelo contrario, se vai familiarisando com a idéa, que breve a obceca e dela se as- sonhoreia inteiramente.

Se não soubesse ler, o mal seria menor, porque se limita­ria a ouvir as conversações que de crimes tratassem e, valha a verdade, nem só sobre crimes se conversa por enquan­to; como lê, e não tem outra cousa para ler senão o jornal, que a toda a parte leva o ba- cilus do crime, lê esse jornal e alem de entrar no amago dessas tragédias, com que talvez não se importaria se, cumulativamente com o al­fabeto lhe teem ministrado alguma educação moral, acos­tuma-se á idéa de que para ser falado e discutido, para ter o retrato nas gazetas, fru­ir emfim todos os prazeres da celebridade, não precisa mais que tornar-se assassino ou qualquer outra variante de malfeitor ou tratante.

Não, meus caros jornalis­tas que afirmais estar o anal­fabetismo na raiz de todo o mal; ha muitos tratantes le­trados, assim como há inúme­ros homens de bondade que não sabem ler e que apenas fruem os cohecimentos que a sua natural sagacidade lhes deixa conseguir.

A instrucção é uma bela cousa mas, só por si, facil de se transformar num gran­de mal. Melhor do que ela é a educação, é o despertar dos sentimentos no homem. O ide­al seria promover ambas as conquistas simultaneamente, mas quando isso não seja possivel, dê-se a preferencia á educação.

Por mais que se diga que á falta de instruções pode-se atribuir a maior responsabili­dade dessa incrível onda de crimes que ultimamente, co­mo furiosa tempestade tem acossado o nosso país "(No­ticias d Evora de 1 de Novem­bro, a verdade é que a crimi­nalidade se acentua com maior intensidade nos que sabem lêr e que, em certas epocas o numero de crimes destes chegou a atingir o do­bro do numero de crimes dos analfabetos. (Artigo do sr. Bernardo Vila Nova na Voz de Alcobaça de 28 de fe­vereiro de 1931)

” 0 saber ler e escrever (continua este sr.j não é pa- naceio contra o crime; pelo contrario, os meios de desen­volver a instrução e de am­pliar os conhecimentos desen­volvem concordantemente a expansão de outras qualida­des humanas; se estas são más desenvolvem a maldade...

''Porque razão se atribui ao saber ler tantas virtudes que os crimes ficaram apenas relegados para os analfabe­tos? Ê que ainda hoje se faz uma lamentavel confuzão en­tre instrução e educação... Quanto mais se instruir e me­nos se educar pior será a so- ciedade“.

Sente-se que isto é real­mente assim; mesmo sem con­sultar estatísticas nem perio- dicos, fazendo apenos um a- pelo á memória, acodem logo dezenas de nomes correspon­dendo a tratantes mais ou menos instruídos, mas todos eles sabendo ler e escrever.

A confuzão a que o sr. Vi­la Nova alude nem sempre é ingénua e sincera; não deixa­rá de haver casos em que ela se faça de proposito, na idéa de que quanta menos gente houver conhecedora da su­premacia da educação sobre a instrução tanto mais facil se­rá a sociedade contentar-se que se ministre a segunda e se abstraia da maçada que é a primeira.

Não obstante, a verdade é esta: os cidadãos dos paizes educados buscam por si mes­mo os ensejos de se instruir; nos paizes onde apenas se fo­menta a instrução esta é e se­rá aproveitada cada vez mais para os cidadãos a colocarem ao serviço do mal. Ninguém falou a estes em escrupulos de consciência e o homem sem escrupulos dessa nature­za a tudo se abalança na só idéa de enriquecer-se, de se notabilisar etc.

0 ilustrado articulista do Noticias d‘Evora insurge-se contra a chamada grande im­prensa, que num intuito mer­cantil bastante censurável continua fazendo grandes re­portagens dos mais nefandos crimes.

Aí tem s. ex\ uma prova bem eloquente de que a ins­trução só por si, pouca influ­encia tem sobre a criminalida­de. Então esses jornalistas ou esses noticiaristas, que sa­bem evidentemente ier, nào estão praticando um delito que bem pode chamar-se cri­me, com a formidável agra­vante de ser consciente e premeditado, com os baixos intuitos de vender o papel, muito embora daí resulte um prejuiso grave para os cida­dãos e portanto Dara o país?

É cada vez mais necessá­rio isolar, pelo desprezo, to­dos aqueles que prevaricam. Retiremos a esses, não a nos­sa, estima que de ha muito perderam, mas as marcas de cortezia com que damos aos estranhos a impressão de que os estimamos. Talvez assim alguns deles reconsiderem e passem a retirar do conheci­mento que teem do alfabeto algum proveito para si e pa­ra os outros...

Novembro de 1932

B o u T l i é

F U N D A D O R E S Y P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o I. J o s é V i e g a s F a c a d a

C O M E N T Á R IO S.. .Os povos vivem diferençada v i­

da de ha tres lustros a esta parte.Uma renovação latente se p j-

tenteia por todo o mundo, reper­cutindo-se aqui, ou alem, saltos bruscos, que baralham, que san­gram pelas tumef jções do progres­so, enfraquecendo a maior seiva renovadora.

O irrequietismo fermente das massas populares deve ser estuda­do pelos que vão ao leme da go ­vernação publica.

H i males.. .Um is vezes, a falta de educação,

outras a falta de comodidades, que todo o ser humano aspira, e a fal­ta de assistência, que todo o ra­cional tem d reito. Por isso convem mandar professores aos diversos núcleos de população, criar bib lio­tecas publicas, cujo entretenimen­to obstam muitos individuos da taberna, a par dos conhecimentos que adquirem.

Rasgar as entranhas da terra até onde brote a agua potável para que os povos umfruam esse elemento imprescindível à vida humana.

Construir estradas de terra pa­ra terra, libando o monte á fre­guesia, esta ao concelho.

Assistência, fontes e estradas são comodidades e aspirações que as aldeias já reclamam.

Hoje reclam am ...Antes que a efervescencin suba

achamos oportuna a ocasião de pugnarmos com vontade pelo bem publico, cada um conforme a sua categoria.

O rico mais ganhará tm dispen­der a sua cota, dando trabalho, sa­indo dum egoismo consentâneo ao selvagismo. O tempo de egoismos tende a desaparecer.

Se bem que encontramos pro­prietários, homens de fortuna, ac­tivos, sinceros, outros ha duma ácção tão íragil, inerte, de só re­ceber e não dar, que os devemos considerar fora do movimento so­cial. do interesse humanitario.

Assim, devemos: educar e ins­tru ir, formando o caracter do in ­d iv iduo—de p quenino se torce o pepino.

Tudo isto é bonito dizer-se.Falta a assistência do professor,

assim como a do médico.Para uma verdadeira assistência

medica precisa-se de estradas e te­lefone. O automovel deverá ir on­de quer que haja um morador. O automovel é hoje um extraordiná­rio meio para socorros urgente»; mas carece de estradas para andar!

Com boas estradas desaparecem as distancias.Coma vontade sincera do proprie­tário, do industrial, do comerciante e do proletário, com a cooperação da Junta de freguesia, da Câmara Municipal e do Governo, presidin­do a todas estas entidades o bom senso, arrumar-se-hiam a questão do desemprego e demais questões sociais, surgindo como por encan­to, o bem estar geral.

Meditemos «o presente e no fu­turo, e com as lições do passado e as causas do presente, quais se­rão os efeitos no futuro?

A vida difernçada de tres lustros a esta parte sugeriu-nos estes des- pretenciosos comentários.

A gostinho A. Bernardino

2 A M O C I D A D E

O a « .t ln l3 .o cLos I T o y g s

Uma data inolvidávelA revolução portuguesa que

estalou no dia l.° de Dezem­bro de 1640 foi um dos maio­res acontecimentos da Idade Moderna.

Foi esta uma epoca das mais agitadas da vida europeia; os pequenos paises reuniam-se para sacudirem o jugo dos grandes, ao passo que estes por sua vez jaziam os pos­síveis para aumentarem os seus territorios.

A revolução do /." de De­zembro foio inicio de uma das mais formidáveis lutas que um pais como o nosso poderia tra­var para sacudir o j u g o estran­geiro.

A Espanha envolvida em diversas guerras nâo podia mandar para Portugal gran­des exercitas que sufocassem rapidamente a rebelião. A guerra dos Trinta Anos que envolveu as maio/es potências da Europa, consumia os gran­des exercitos espanhoes que batalhavam com ardor pela honra da sua bandeira. Simul­taneamente os varios povos que compunham o vasto impé­rio espanhol despertavam do letargo em que ha rnaito jazi­am, rebelando-se contra o o- pressor.

Assim o reino de Nápoles revoltava-se á voz do pesca­dor Manzianello. A Catalunha revoltara-se tambem. Era pois este o momento azado para tentar a empreza da restau­ração de Portugal. E assim se fez.

Primeiro, pela acção dos fidalgos conjurados capita­neados por Joâo Pinto Ribei­ro, invadindo o Paço e procla­mando a iudependencia; de­pois, pela serie de brilhantes victor ias como Ameixial, Li­nhas de Eivas, Castelo Rodri­go e Montes Claros.

/I guerra dos Trinta Anos teve uma importante influen­cia nos destinos de Portugal. Se por um lado nos fo i funes­ta por durante ela terem as nossas colonias e os nossos navios de comercio sido assal­tados pelos inimigos da Es­panha, em compensação ser­viu-nos á maravilha para en­fraquecer o nosso poderoso i- nimigo, permitindo-nos a pro­clamação da iudependencia da Patria.

Ao passar mais um aniver­sario, o 292°, recordamos com alegria a data inolvidável da restauração de Portugal.

Portalegre, i de Dezembro de 1932

G aribaldino Andrade

Grip Dffirliw U m m ,A Direcção deste Club despor­

tivo locai, deliberou promover nos dias 24 e 31 do coi rente; vésperas do Natal e Ano Bom, dois bailes dedicados aos socios do Club, os quais se realisarão num dos melho­res salões da terra.

P e l o C o n c e l h oMontargil

F a l t a d e ilum inaç& o

Nas noites de 28 e 29 de No­vembro ultimo, esteve esta vila completamente ás escuras por não terem sido acesos os candieiros da iluminação pubjica.

Quizemos inquerír do motivo porque se privavam da luz nestas noites invernosas este povo, e obtivemos como resposta do en­carregado da iluminação esta in ­formação p iram ida l!! Por não haver petroleo em casa do forne­cedor.

Mas então, perguntamos rós agora. Como se priva assim da luz um povo durante duas noites, só porque em determinado esta­belecimento não ha combustível á venda? Ainda mesmo que existisse um contracto de fornecimento, que não existe, pois a Câmara não adjudicou a ninguém essa função, parece-nos rasoavel que, havendo quem forneça em Montargil pe­troleo em iguais condições de pre­ço, este se tivesse adquirido, evi­tando-se que a vila estivesse mer­gulhada em trevas durante duas longas noites.

Como se trata da iluminação, achamos oportuno perguntar a quem de direito onde param 4 candieiros Polar que a Câmara adquiriu ha bastantes meses para a iluminação publica desta vila. Ao que nos dizem, tais candieiros teem servido em casas particulares com manifesto prejuiso da ilum i­nação publica.

F o n te d a v i la

Não se tendo até agora procedi­do ao encanamento das aguas da fonte que abastece a vila, e sendo impossível, talvez, na quadra in- vernosa que estamos atravessando, prcceder á captação das aguas ha meses iniciada, não seria possivelo encanamento provisorio para as bicas para evitar ter de se ir bus­car este liquido a uma distancia de alguns quilometros e de p ior qua­lidade?

C onsorcios

No passado mês de Novembro, realisou-se nesta vila o enlace ma­trimonial de mademoiselíe Alme- rinda Rosa Pimenta, gentil e pren­dada filha do industrial Sr. A lber­tino Ferreira Pimenta e da S i \ D. Joana Rosa Martins, com o a- bastado proprietário Sr. Antonio O il Rosado,

A cerimonia religiosa efectuou- se na ermida de S. Pedro nos su- burbios da vila organisando-se um cortejo de automoveis que conduzi­am noivos e convidados. No fim da cerimonia foi servido pelos pais da noiva um .lauto banquete, Na corbeille viam-se lindas e va­liosas prendas Os noivos foram fixar residencia em Cadouços-Bem- posta.

— Tambem no dia 1 do corren­te se realisou nesta vila o casa­mento da S ia. D. Maria Albertina Ferreira com o Sr. David Maria Ferreira O casamento que íoi ci­vil realisou-se em casa dos pais da noiva Sr. José Maria Ferreira. Os noivos fixaram residencia nesta v i­la.

F a le c im e a to

Com 76 anos de idade, faleceu ha dias nesta localidade o Sr. V i­cente Lourenço Nunes, daqui na­tural, decano dos comerciantes montargileuses. O seu funeral que foi civil, foi uma grande manifesta­ção de pesar, nele se encorporan- do representantes de todas as clas­ses sociais.

A ' familia enlutada as nossas condolências.

V árias

Encontram-se já ha bastantes dias doentes, de cama, as Sr.“ D. Maria de Sousa Lopes e D. Cesal- tina Nu<ies Oarcia Leitão, esposas respectivamente dos nossos amigos Sm*. Antonio Lopes Prates e José Cândido Leitão, desta vila.

—Ainda se encontra em Lisboa, onde foi em procura de alivio da doença de que ha tempos vem so­frendo, o Sr. Dr. Amandio Falcão da Luz, nosso estimado conter­râneo.

— A todos desejamos um pron­to restabelecimento.

— De visita a suas familias teem estado entre nós os nossos presa­dos conterrâneos Snr.s Doutor Joaquim de Sousa Prates, Delega­do do Procurador da Republica no Redondo. Dr. Pedro O il de Sousa facultativo municipal em Ourique e Ernesto Nunes Couri­nha, empregado comercial em Lis­bôa, e bem assim as gentis filhas do tambem nosso conterrâneo Sr. Joaquim Pedro Falcão, abastado proprietário na Figueira da Foz

A seu pedido veio chefiar a es­tação telegrafo-postal desta vila a Sr.a D. Maria das Dores Carvalho que exercia o cargo de ajudante em A lter do Chão.

— Para Alter do Chão para on­de foi transferida desta vila a seu pedido e onde vai exercer o cargo de ajudante da estação telégrafo- postal, a Sr.* D. Elena Panaca Pi­res, que com bastante proficiência se desempeuhou durante algum tempo do cargo de chefe da esta­ção telegrafo-postal desta vila.

c.----- I mtxrmrmm i -------

E n co rp o ra çã o d e r e c r u ta s

Foi publicado um decreto de­terminando que « encorporação de recrutas no exercito se realise de1 a 5 de Maio e de 5 de Novem­bro de cada ano, sendo o licencea- mento das praças respectivamente de 1 a 5 de A b iil do ano seguin­te.

O tempo de serviço efectivo nas fileiras passará a ser de 17 meses.

A primeira encorporação do ano de 1933 terá lugar de 1 a 5 de Abril.

J n s fr u ç â o

Ao abrigo de um decreto que manda premiar os serviços presta­dos á instrução pelos professores particulares foi contemplado com a quantia de 700$00 o nosso esti­mado amigo Sr. João Guilherme Correia da Silva, distincto profes­sor particular na Torre das Var­gens.

—i» iVoluntários para a firmada

Pelo Ministério da Marinha foi aberto concurso para admissão de 300 voluntários para o serviço da Armada, concurso qne termina em22 do corrente.

Na Secção Administrativa da Câmara Municipal por onde foram afixados editais nesse sentido, dão- se todos os esclarecimentos.

S r a s q c r iç õ e s

Os nossos presados colegas ” Vez do Sul" de Silves e "O Mon- temorense” de Montemor-O-No- vo, transcreveram respectivamente os sonetos ''Nuvens” e "Degrada­ção” , do nosso camarada de redac­ção Sr. joão Marques Calado, gen- tilesa que agradecemos.

A ssin a i ‘1 " : J

Câmara MunicipalSessão de 30 de Nouembro

de 1932Presidencia dn Doutor A ugusto Ca­

mossa Nunes Saldanha com a assisten- cia'dos vogais Snrs• L uiz Branqinho da Costa Braga e José da C osta Mendes

C o rre sp o n d en c ia

—Oficio do Delegado do Pro­curador da Republica desta comar­ca, pedindo para providenciar no sentido de serem comprados cober­tores para as cadeias da comarca. Deliberou satisfazer.

— Oficio da Junta Geral do Dis­trito de Portalegre, enviando um cheque da quantia de 700$00 e mais 50$00 de selos destinados ao Dispensário Anti-Tuberculoso des­ta vila.

Deliberou enviar a referida im­portancia ao Director do Dispen­sário.

—Oficio do Comandante da Secção da Guarda Nacional Repu­blicana, desta vila, pedindo para serem substituídos o mastro e a- driças da bandeira do Posto. Deli­berou satisfazer.

—Oficio do Chefe da repartição de Finanças deste concelho, solici­tado informações acerca da epoca desde quando esta Câmara M uni­cipal cobra directamente os adicio­nais ás contribuições do Estado. Para a secretaria informar.

— Oficio da Direcção Geral dos Edificios e Monumentos Nacionais enviando o orçamento da escola primaria de Galveias. Tomou conhecimento.

— Oficio da secretaria da 4a. Circunscrição Industrial, informan­do estar o aferidor de pesos e me­didas deste concelho habilitado a proceder á aferição de bombas auto-motoras e balanças automá­ticas. Tomou conhecimento.

D o en tes

Ordenou a passagem de guias de entrada nos Hospitais C ivis de Lisboa a favor do doente José Ce- rineu, das Galveias.

Obras

Requerimento de Manoel Ro­sendo, de Vale de Açor, pedindo licença para construir uma casa 11a Rua Grande daquela aldeia. Deferido.

C em ite rio

Auctorisou o cidadão presiden­te a outorgar nas escrituras de venda de sepulturas do cemiterio desta vila cuja compra tenha sido requerida.

A rre m a ta ç õ e s

Deliberou pôr em arrematação pela segunda vez 110 dia 21 de Dezembro os impostos indirectos e fornecimento de carnes verdes da freguesia de Ponte do Sor, por não convirem os preços ofereci­dos 11a Praça que se efectuou ho­je.

Cabine TelefónicaDeliberou contribuir com 20$00

mensais para a iluminação do ser­viço telefonico na estação desta vila.

Balancete

Foi apresentado 0 balancete da receita e despesa desta Câmara na semana finda em 26 do corrente que acusa o saldo de 111.075$90.

M a n d a d c s

Auctorisou pagamento de vari­os mandadas 11a importancia de12-311 $49.

Emprestimo de 100 contosAuctorisou o pagãmente das

183., 19a. e 20*. prestações, por anticipação, do emprestimo de 100 cont js concedido pela Caixa Geral de Depositos a esta Câmara, na importancia de 11.163$07

e ç lç b r ç s

D . S A N C H O M A N O E L

Conde de V ila Flôr, o heroi do Ameixial.

Era este ilustre português go­vernador das armas do Alentejo, quando por esta provincia entrou, com um poderoso exercito, o fa­mosíssimo general D. João Je Áus­tria, filho natural de Filipe IV , que sitiou e tomou a cidade de Evora. Saindo então a campo os portugue­ses, comandados por D. Sancho Manoel, alcançaram completa vic­toria sobre os espanhoes no Amei­xial, no memorável dia 8 de Junho de 1663.0 inim igo perdeu nesta ba­talha 4.000 mortos e feridos, 6.000 prisioneiros, 1.400 cavalos e toda a artilharia com estandarte real, que, por muitos anos se expoz ao povo no dia da memorável batalha. Foi filho deste grande general o celebre D. Antonio Maria Vilhena, grão-Mestre da Ordem de S. João de Jerusalem, a quem o papa Be- nedicto X III pelos relevantes ser­viços prestados á cristandade, en­viou o estoque de prata e g e ro de ve'udo, honra que nenhum grão Mestre recebera antes dele.------------- « M IT11 »♦» — w n w w — . --------

te liltlíiiç iiii fe N l i i i j i l i

Comemorando a data gloriosa iudependencia de Portugal, percor­reram as ruas da vila na manhã do dia 1 do corrente, tocando o hino da Restauração, a tuna do G rupo Desportivo Matuzarense e a banda dos Bombeiros Voluntári­os, que cumprimentaram as auclo- ridades, as sociedades recreativas e a nossa redacção, ouviudo-se constantemente o estralejar de fo ­guetes e morteiros.

Na Secção da Guarda Nacional Republicana tambem esta data foi festejada com o seguinte progra­ma: Alvorada pelo toque do cla­rim e girandola de foguetes. A ’s8 horas foi içada a Bandeira Na­cional ao som da marcha de conti­nência, executando nessa ocasião a Banda dos Bombeiros a "P ortu - guêsa” , tendo prestado as honras da ordenança uma força de infan­taria. A s 13 horas houve forma­tura geral 110 Posto, tendo 0 co­mandante da Secção Sr. Tenente José Mourato Cliambei feito uma alocução ás praças sobre a data memorável do I o. de Dezembro de 1640.

No ano passado, solenisando es­ta data, realisou-se por iniciativa do Sr. Administradordo concelho no edificio escolar desta vila uma sessão solene a que assistiram alem das crianças das escolas as pessoas de maior representação social da terra.

Por um comodismo que não se justifica, a moda não pegou.

Penhorados agradecemos aos dois agrupamentos musicais os cumprimentos que se dignaram apresentar-nos na nossa redacção.

D B S A , S T R SQuando há dias regressa­

vam a esta vila numa carro­ça, vindos do Vale de Bispo, os nossos amigos e assinan­tes Snres Manoel João Pon­tinha e Manoel Custodio Ve­ríssimo, negociantes, desta vi­la, ao chegarem uo ribeiro do Espisio, 0 veiculo voltou-se, co­lhendo o Sr. Veríssimo que sofreu fractura de uma claví­cula e varias contusões pelo corpo. Encontra-se, felizmen­te, em via de restabelecimen to.

11811774

TM O C I 13 á D E 3

m*wwwmwww

ww

f f l .

^ € € C € € € € € € € ' ; € € € € € € : € € € € % ,

Consímcíora flbraotliia, LTelefone Abrantes 68

C arpiqlaria mecânica, serrtição de m adeiras fabrico dc c/eío

Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car- pintaiia civil, taes como: soalhos, forros, todos os ti­

pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc. V lÓ A M tN T O S E BARRO TL'. Ri A

Séde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e n c i a p a r a A B R A N T E S

| lipLí) tiineiii f íltalf f$ _ Âwr Hvdla i i c o \7~ e t e i i n a i i o

f ifísQtfr* ^|f —Ponte do Sôr—

fikf C o n s u l t a s t o J o s o s d i a s . è«R

oA

# 9-LSro

J C .

JD y . J s o t l o |M édico-C irurgião A

jFk

Especialisado em doenças de boca e dos dentes. " t j T Consultas em P o n te do Sor aos sábados ás 14 horas M

A T A V A V A T A V A V A T A V A Y

:f'Vfe

*9

- á cj « é é è é © i í

íeríiíis, Ifjfiícs S -

e t o d o s o s p r o d u e i e £ d <• J J i c t t l f i : -

r a , c o m p ; a J o s é 1 .

* A A A A A A A A A A A A A A A À * -^ . . . . . . ---- >« p

Negociante de Pescarias, Creação, Caça, Ovos e

Frutas.

-a

<<<

8>►

%% C o n s u l t a s n o Rocio de Abrantes, á s 2 . as, 4 . a3, 5 . as e 0 %% 6 . as f e i r a s á s 1 3 e m e i a h o r a s €%

^ > o o o o o o o o o < ; â i > o o o o o o o o o < s #

a J o s é S f y e s tia S i iu a

Rua Vaz Monteiro = PO N TE DO SOR

Chapelaria, eamisaria, calçado e miudesas.Recebem -se chapéus para consertos 8 transform ações

A divisa da nossa casa é

G a n h a r p o a e o p u r a r e n d e r m u i t o

Revendedor da afam ada cerveja J í A . ? ll S E)) .3 " ?

João BapSisia ia Rosa

m

B S TA U ÍB B IM B H TO 3 faelJJíiilÉ ilIFilíilIS tE E

Simplicio Joio ASvbb

M ERCEARIAS, A Z E IT E S VINHOS, P A L H A S

E CEREAIS.Buenida Cidade de Lille— p. d o s o r

T À T A T A T A V á T A V á T á T A

d e M a t o s N e v e s . V e n d e a d u b o s s i m p l e s e c o m ­p o s t o s , p u i g u e i - r a , s u l f t o d e a -

<<<

Rua Rodrigues de Freitas

Ponte do Sôr►►►

* ? ? 7 T T T T T T T T Y T T V T +

m o n i o e d e p o t a s - l,SlO. i l

É s t a b e l e c i m e n - t o s n a A v e n i d a C i d a d e d e Li l l e f j e m P o n t e d o S o r e L o n g o m e l .

f # f í : f t Í : Í |

& 'òMF ® ^ ^■ a:.* :

Haiiuel i!í litte Sttes

eompra e uende:

C e r e a i s

e l e g u m e s

A A A A A

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

©è»

«

©05Iffi»©©Mis®

ãW

fe -

Ramiro Pires FilipeLoja de Fazendas, Mercearias e JVIiuecIzas

E sp ec ia lidad e em oliíi o café

Qmt

Ruas Rodrigues de Freitas e i.° de Dezembro

Ms €1 M rr E I I €1 S « i t

, :jfl

«a

a

#1

PO N TE DO SOR Comissões e Consignações

Correspondeu ie de Bncos e Comp nhi s de SegurosEncarrega-se de todos os ser­

viços junto das lepartições publi­cas.<?><&■ O <> <*■ < > O O O

7 A ? A T A V A T «kY A Y A T A T A A V A T A T A T A T A T A T a T A Y

á*g 1% fy.M.M.A.M.M A -êt M M ih # &sr/tl z Atesai5; C j > 3 ^ < s . í ( í > < s í i ( í > < s £ z > í > ■vK

5 ; /v f f < f ig u e ire d o , X . *

H n í ó n i o f l . 0 a i q

Avenida Cidade de Lille &

P0 /V 7£ DO SO R M -|g |

L o ja de so la s e afanados das prin cipais g » fa b rica s de Alcanena, Porto e Guimarães

.§ 1f

Sortido de pelarias finas, tais como: calfs, vernizes e pe- *' licas das melhores marcas estrangeiras. Formas para cal­

çado, miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro.

X Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. ® Concertos. Especialidade em obra de borracha.

fyáf Esmerado acabamento e solidez.Preços ao alcance de todas as bolsas

Avenida dos Oleiros = oimbra Telefone n.° 903

S o a l h o s , f o r r o s a p a r e l h a ­d o s , f a s a u i o , r i p a e v i g a m e n - t o s , m a d e i r a s e m t o s c o e a p a ­r e l h a d a s . P o r t a s , j a n e l a s e c a i x i l h o s ; T o d a a e s p e c i e d e m o l d u r a s . R o d a p é s , g u a r n i ­ç õ e s e c o l u n a s p a r a e s c a d a . E s c a d a s a r m a d a s p r o n t a s a a s s e n t a r . E n v i a m - s e o r ç a m e n ­t o s g r a t i s .

C o n s u l t e m o s n o s s o s p r e ­ç o s q u e s ã o o s m a i s b a i x o s d o m e r c a d o .T A T A T A T A T A T A T A T A T A

^ , * # V a t a t a t a t a t a t a t a t a t

I

“ f l [ D o c l d a d e , ,

Quinzenario noticioso lilerario, recrealioo e dtííensor dos

interesses da região.

Condições de assinaturaEm Ponte do Sor, trimestre....... 2$ 10Fóra de Ponte do Sor, trimestre.. 2$40Numero avulso ........................ $40

Pagam ento adeaníado

ANÚNCIOSN a secção competente

Linha on espaço de linhacorpo 12.....................$40

« 10......................$í0• 8 ......................$80

Não se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

> PENSÃO SQREN5E >M “K^ Rua Vaz Monteiro ^

PONTB DO SOR ^ ^*Kjf T r a n s p o r t e d e p a s - -k* * s a g e i r o s e m e r c a d o - -k r i a s e n t r e G a l v e i a s *

e P o n t e d o S ô r ( g a - r e ) , -kE n c a r r e g a - s e d e t o - * ^

★ d o s o s d e s p a c h o s s a - * s i m c o m o d e l e v a n -

★ t a r r e m e s s a s e d a s u a *e n t r e g a a o s d o m i c i - ^

★ l i o s . -K★

' k ' j c ~ k ' k ' ^ c ' k ' k ' k ' k

s pelouro Coelho *

| A d v o g a d o

â -Ponte do Sôr

O| U acinío da S iíu aS COM9 ^n Oficina de funileiro® o»

Avenida Cidade de Lille o© l 5 O IN r E 1> <> S O 1£ “o * )

Encarrega se de todos os 2 (tó trabalhos concernentes a sua JJ e arte garantindo o bom .acaba- S* 2 mento e solidez.

<s

á V í V ( W % ( ■f;â\

I f i i f É i i s p n coser

DA ACREDITAD a MARCA

s 1 N G E R

Vende em P on te do Sor, a em pregada

TEREZA M ANTA

A A A A

Encarrega-se de todos o 5 concertos em m áquinas des­ta marca.

★**

í *r**•k~kk★-K★~kX-

\

KMãOEIRAS DEPíNHQP a r a c o n s t r u c ç õ e s a

p r e ç o s d e c o n c o r r ê n c i aV e n d e G o n ç a l o J o a ­q u i m .

Avenida Cidade de Lille

P O N T E D O S O R

u 2 f 2 Í 5 2 Q la r p < jio 5

V Q 3 5 0 5 í n f ( j r e 3 5 ^

Aniinciai o” Mocidade”

4

( U M E l K l fA N I V E R S Á R I O S

D ezem bro

11—D. Leolinda da Conceição Domingues Rasa, D. Joana Amelia Dordio Adegas e Arn- brosio Ferreira Gato.

12— Cândido Pimenta facinto Junior.

13—José Pimenta Vilela, em Qalveias e Antonio Carvalho Fontes.

16—Joaquim Antonio Caetano, em Pisa, Vale do Vargo.

17 — D. Maria Julia Raposo Cu­nha, em Bemposta e José Sabino Fontes

18 - D Alice Garcia Marques de Carvalho, ern Galveias e D. Joaquina Alves Lopes, em Oli­vais.

19—D. Alexandrina Maria Lou­renço e Severino Marques Ca lado.

20—D Ofelia Rovisco de Car- Iho, em Galveias, D. Etelvina Alves Lopes, em Olivais e Ma­nuel José de Matos Espadinha.

22 —Marçal Mendes e Manuel Lino.

2 3 = D. Alvira Benvinda Antu­nes.

24— O menino Manuel Rocha Costa.

E m P o n te do S o r

Vimos em Ponte do Sôr ultima­mente os nossos presados ami­gos e assinantes, Ex.mosSr.s joa­quim da Luz, de Aldeia da Ma­ta. Angelo Alberto Monteiro e Joaquim Qalveias Mendes, de Chança. Leandro Antonio Bica- Ih iu, Antomo Rodrigues, Ma­noel Rodrigues Mousinho e joa­quim Lourenço Rodrigues; de Galveias, Antonio Mendes, de Santo Cristo. Tenente Antonio Falcão, de Portalegre. Luiz Ven­tura de S. Martinho. jacinto Godinho, da Cunheira.

D eliv ra i.ee

Teve a sua delivrance dando á luz uma criança do sexo masculino, a Sr.a D. Joana de Castro Bar­quinha, esposa do nosso amigo e assinante desta vila Sr. Marçal da Silva. Mãe e filho encontram- se bem. Parabéns.

D oentes

Tem estado gravemente enferma na sua casa de Lisboa a Sr.a D Mariana Nogutíra Vaz Montei­ro, nossa estimada conteriânea, a quem desejamos rapidas me­lhoras.

— Tambem tem estado bastante doente uma filhinha do nosso solicito correspondente em Tor­re das Vargens, Sr. Antonio Domingues.

Partidas#Para o Entroncamento onde foi

passar alguns dias, partiu o nos­so amigo e assinaute Sr. José Joaquim Ventura, desta vila.

Para Lisboa onJe foi empreg^r-se partiu ha dias o nosso assinante e amigo Sr. José Coutinho Gar- cez que durante cerca de dois anos foi empregado de escrito- rio da firma A, B. Carvalho & Ca.

— Partiu ha dias para Lisboa o nosso assinante e amigo Sr. Pe­dro S. Bento Gouveia, marinhei­ro da Armada.

P ed id o d e C a sa m e n to

Pelo Snr. Capitão losé dos San­tos Candeias, da Covilhã, foi pedi­da em casamento para seu filho Er- meliudo Trindade Candeias a Sr.a D. Maria Amelia de Mello Cardo­so gentil afilhada do Sr. José Vaz Monteiro e filha da E x ma Senhora D. Justina de Soti'a e Mello Car­doso e do falecido Dr, Jaime Ro-

A

D E S P E D I D A

José Coutinho Garcez, na impos' sibilidade de se despedir pessoal* mente de todos os Amigos das suas relações em Ponte do Sor, serve-se da publicidade d’esta noticia para agradecer a todas as provas de con­sideração que sempre lhe dispen­saram, e simultaneamente oferecer- lhe o seu modesto préstimo e sua casa em Lisboa, Escadinhas das Olarias, 3 r/c.

— R O U B O —

Dum quintal do Sr. Manu­el A^artins Cardigos roubaram na noite do ultimo domingo um torno grande dos de ser- rulnaria.

O dono pede ao senhor gatuno o favor de lhe pôr á porta o objecto para evitar que toda a gente saiba quem foi o autor da proesa.

/ ^ r a d e e i m ^ n t o

José Agostinho Vieira Gonçalves, sen- sibilisado pela forma gentil como se teem interessado pelas suas melhoras muitas pessoas desta hospitaleira vila, vem ma­nifestar-lhes por esta forma os seus me­lhores agradecimentos, envolvendo neles os jornais que teem noticiado a marcha da sua doença.

Alpedrinha, 6/12/32

/ ose A gostinho Vieira Gonçalves

■—

ArremataçãoNo dia 11 de Dezembro

proximo, pelas 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, ha-de arre- matar-se, devendo ser entre­gue pelo maior lanço que for oferecido acima do que se en­contra na matriz predial, o predio abaixo mencionado, penhorado na execução fis­cal que o Digno Agente do Ministério Publico, como re­presentante da Fazenda Na­cional, move contra os her­deiros de Custodio Canejo Remexido, moradores em Galveias, a saber:

UM CERRADO de pequena cultura com oliveiras, no sitio d as Pereidinhas, freguesia de Galveias, descrito na Con­servatoria desta comarca no livro ”B” 5, a fls. 171, sob o n°. 2.810 e inscrito na matriz predial respectiva sob o arti­go 223, com o rendimento colectável de setenta e sete escudos, preço porque vai á praça.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos, afim de deduzirem os seus direitos, querendo.Ponte de Sor, 31 de Outubro

de 1932

O escrivão de Io. oficio, M onio do fímarai Semblano

Verifiquei a exactidão O Juiz de Direito

JYlanuel Ribeiro

balo Cardoso o enlace deve reali- sar-se no principio do ano proxi­mo.

M O C I D A

ANUNCIO2a Praça

No dia 8 do proximo mês de Janeiro, por 12 horas, á porta do Tribunal Judici­al desta comarca, hão-de ser vendidos em hasta publica pe­lo maior lanço oferecido, os seguintes prédios:

1.*

Uma courela de terra de semeadura, com vinha, olivei­ras e arvores de fruta do si­tio do Recanto, da freguesia de Galveias, desta comarca, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o tf. 2490, folhas 10 do Livro B. 5°, avaliado em quatro mil escudos.

2.°

Um cerrado de terra de se­meadura com oliveiras, no si­tio das Paredinhas, da fre­guesia de Galveias, descrito na Conservatoria do Registo Predial, desta comarca, sob o N°. 2491, a folhas 10 verso do livro B. 5o, avaliado em trez mil escudos.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hipotecaria, que João Pais Branco, casado proprietário, morador nesta vila de Ponte de Sor, move contra Manuel Antonio Bacalhau e mulher Ana da Silva Marques, mora­dores na vila de Galveias, pe­la quantia de catorze mil quatrocentos e cincoenta escu­dos, juros e mais despezas a- crescidas e vão pela segunda vez á praça por metade dos seus valores, ou seja o PRI­MEIRO por dois mil escudos (2.000%00) e o SECUNDO por mil e quinhetos escudos 1.500%00.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus direi­tos.Ponte de Sor, 8 de Dezembro

de 1932.0 Escriuão do 2\ oficio

João Nóbrega Verifiquei a exactidão

0 3uiz de Direito lYIanuel Ribeiro

——. ' «HW »— ---

Cr. José A. Gomes— A DV OGADO —

Da Comarca de Lisboa

A B R A N T E SEscritorio —na Rua do Mon­

te Pio Abrantino N.° 9Proximo da Caixa Geral de

Depositos------------ ---mr iw ilMiPaWB» • ♦ • «BBaufi— iw ........................

C E * T E H OBom para semente. Vende-

se ao preço da tabela. Dirigir a Antonio Pais Branco, desta vila.

Visado pela comissão de censura de Portalegre

D E

ANUNCIO2.a Praça

No dia 8 do proximo mez de Janeiru, por 12 horas á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, ha-de ser ar­rematado pelo maior lanço oferecido o predio seguinte:

C o u r e l a denominada «o Falcão», sita nesta freguesia de Ponte de Sor, que se com­põe de terra de semeadura, arvoredo de sobro e casas de habitação, descrita na Con­servatoria do Registo Predial, desta comarca, sob o n.° 680 a folhas 46 do Livro B. se­gundo, avaliada em sessenta e cinco mil escudos.

Este predio foi penhorado nos autos de execução hipo­tecaria que cs herdeiros de Antonio Manoel Roças, viuvo, proprietário, morador que foi nesta vila movem contra Mar­çal Lopes de Simas, viuvo, proprietário, m o r a d o r no Monte Falcão, pela quantia de 14.500$00, juros e mais despezas acrescidas e vai pela segunda vezá praça por metade da sua avaliação, ou seja por trinta e dois mil e quinhentos escudos

(32.500$00;. Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus di­reitos.

Ponte do Sor, 7 de Dezem­bro de 1932.

O Escrivão do 2.° oficio João Nóbrega

Verifiquei a exatidão

O Juiz de Direito

Manoel Ribeiro

E d i t a iDoutor Augusto Camossa

Nunes Saldanha, Presidente da Comissão Administrativa da Camara Municipal de Pon­te do Sôr:

Faço saber que devendo proceder-se áexhumação das ossadas dos talhões N°. 6 e11 do cemiterio desta vila, vinte dias apóz a publicação deste edital, por este se con­vidam todas as pessoas que desejem adquirir terreno de sepulturas existentes nos re­feridos talhões. a faze-lo den­tro deste prazo.

Para constar se passou este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Ponte de Sor, 5 de Dezembro de 1932.

0 Presidente da (?. fldminislraliua, Augusto Camossa Nunes Sal­

danha

C o a r e l a

De terra de semeadura, de se­queira e regadio com muita agua de pé, sobreiros e oliveiras, situa­da no Vale do Bispo Fundeiro. Vende-se.Tratar com José Cordeiro. Ponte

do Sor.

ArremataçãoNo dia 11 de Dezembro

proximo, pelas 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro­cederá arrematação em has­ta publica, pelo maior lanço que for oferecido acima do que se encontra na matriz prediai, do predio abaixo des­crito, penhorado na execução fiscal que o Digno Agente do Ministério Publico, como re­presentante da Fazenda Na­cional, move contra Antonio Nunes Tiago e seus herdei­ros, moradores em Galveias, a saber:

UM A VINHA de pequena cultura, situada ne Vale For­moso, freguesia de Galveias, descrita na Conservatoria des­ta comarca no livro— B— 5, a fs, 172, sob on". 2.812 e inscrita na matriz predial da dita freguesia, sob o arti­go 820, com o rendimento colectável de sessenta e uni escudos, preço porque vai á praça.

Pelo presente são citados quaisquer credores incertos, afim de deduzirem os -seus direitos, querendo.

Ponte de Sor, 31 de Outubro de 1932.

0 escrivão do i°. oficio,

Antonio do Hmaral 5embIanoVerifiquei a exactidão

0 J u i z de Direito,

Manuel Ribeiro----- ■■■!>■ ci ' I T T »♦«<HWnilli— i --------------

E d i t a lDoutor Augusto Camossa

Nunes Saldanha, Presidente da Comissão Adminisírfitiva da Camara Municipal de Pon­te do Sor:

Faço saber que no dia 21 de Dezembro pelas 13 horas, na sala das Sessões desta Camara se ha-de proceder a arrematação em hasta publi­ca se assim convier aos inte­resses do Municipio do se­guinte:

Impostos Indirectos na fre­guesia de Ponte do Sor, para o proximo ano de 1933.

Fornecimento de carnes verdes na séde do concelho, e nos lugares de Torre das Var­gens e Vale de Açor, tambem para o proximo ano de 1933. Para constar se passou este e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares pú­blicos do costume.

Ponte do Sor, 3 de Dezembro de 1932.

0 Presidente da E. fldminislraíiua,Augusto Camossa Nunes Sal­

danha

de galinha, raça Leghorn U l / U O branco. Vende José Far- rusco, na Salgueirinha, Ponte do Sôr.

/ . a n o P o n t e d o S ô r , 2 5 d e D e z e m b r o d e 1 9 3 2ssççaxssaassexsa

N U M E R O 1 5 7

3FPropriedade da Empjeza deA M O C I D A D E

Composto e impresso na

“ /ENERVA ALENTEJANA,, P O N T E D O S O R

Redacção - Rua Vaz MonteiroP O N T E DO S OR

f e ___________________________- i f f i

m .M l & 3 êP B J pf W 0 m

P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

d i r e c t o r P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

A D M I N I S T R A D O R

J o ã o M a r q u e s C a l a d o IL E D I T O R

J o s é P e r e i r a d a M o t a

FUNDA P r i 111,0 P e d r o

J o s é V i e g

D O R E Sd a C o n c e i ç ã o a s F a c a d a

j f f iEl

• p ç !a im p r e n s a

A Provincia

Entrou no segundo ano de exis­tencia este nosso estimado confra­de que se publica em Moura, on­de é um acérrimo defensor do re­gionalismo.

Felicitamo-lo efusivamente de­sejando-lhe longa e prospera vida.

O Heraldo de Oleiros

Recebemos a agradavel visita deste nosso colega, quinzenario re­publicano regionalista defensor dos interesses do concelho de Oleiros e da comarca da Sertã, de que é director o Sr. Augusto Mateus.

Agradecemos a visita e gostosa­mente vamos estabelecer a perniu- ta.

O Barreiro

Tambem nos visitou este novel colrga que se publica na laborio­sa viia que lhe empresta o nome, do qual é director o Sr. Antonio Augusto dos Santos. Apresenta se excelentemente colaborado e com um belo aspecto gráfico. Vamos permutar.

0 p reço cio pão

A proposito da noticia que pu­blicámos no nosso ultimo numero informando que em algumas ter­ras se vendia o pão por preço in­ferior ao da tabela, e perguntáva­mos quando é que em Ponte do Sôr se faria o mesmo, informa-nos o nosso amigo Sr. Antonio de Bas­tos Moreira, sócio gerente da Pa­daria Industriai, que no seu esta­belecimento já antes da publicação daquela noticia se vendia pão por preço inferior ao da tabela, ou se­ja a 1 $70 o quilo.

Agradecemos a informação.

F B 8 T A D I B F A M I L I AD i A D E N A T A L

Ao nosso espirito extenua­do na luta pela vida acodem tumultuariamente as doces recordações que da meninice ela nos traz.

São os cavalos de pasta, com o seu fatal fim ,feito em pedaços; é o pequenino com­boio, em breve despedaçado; são, enfim, todos esses brin­quedos que o Menino Jesus nos atirava para dentro do sapato que, após o cansaço resultante dos muitos pulos dados nessa noite em redor de qtiem trabalhava na manu­factura dos "fritos”, por nós era deixado na chaminé, quando sonolentamente nos

cedesse tambem. hora vai todo o nosso pensa-Na verdade, o Natal devia mento, por bem nos lembrar-

ser para todos a genuina Festa mos quanto lhes será penosoda Familia. Como seria belo que neste dia, os abastados distribuíssem alguma coisa pe­los que o não são, numa santa generosidade tendente a, pe­lo irenos naqueles onde per­manentemente impera a tris- tesa e a miséria,levara todos os lares um pouco de alegria e uns momentos de fartura.

Não é infelismente assim, porque o Mundo continuará agora e sempre cada vez mais desigual e mesquinho. E enquanto loiros meninos en­tram nosestabelecimentomer-

levavam para o acolhedor con- cadejando os caros brinque-chego da fofa cama!

Tudo isto o nosso espirito e com ele a nossa saudade, faz revivescer!

No dia imediato era o jan­tar de familia, o grande jan­tar festivo do Natal.

dos mais do seu gosto, cá ío- ra, palidas e desgrenhadas, caritas atestando fome e fati- nhos cheios de remendos, ou­tras crianças ha que se con­tentam em vê-los, com um o- lhar ansioso de desejo e re-

E o que nós neste tão sua- pleto de tristesa!ve remomerar estamos ven Jo, era tambem o que sucedia na maioria das casas da nossa região, aonde imperava aque­la excelente organisação de familia que, sendo apanágio da raça portuguesa, era tam­bem timbre da boa gente alen-

Por igual forma, á hora a que muitos refasteladamente rodeiam a mesa lauta e farta, outros ha que nem um pouco de pão duro teem e para quem os dias festivos não são mais do que motivo de amarguras bem dolorosas e sentidas!

E são para esses desven-

o, com um pouco mais de con­forto, não poder comemorar o nascimento de Cristo, que a todos legou inconfundíveis doutrinas de fraternidade e amor pelos que, como eles, nada teem e por isso mesmo não é dado em seus sombrios lares assinalara Festa da Fa­milia, festa da saudade por um passado que não volta e da esperança por um futuro que para todos nós é um inigna indicifravel.

Se é certo que só para as inocentes criancinhas se ins­tituiu a lenda do sapatinho e se criou a prometedora arvo­re dos brinquedos, não me­nos certo é tambem que, em­bora noutro sentido, podem os adultos uma coisa e outra possuir.

Levantemos, pois,, todos nós ao santo dia do Natal uma arvore enraizada nos nossos anhêlos, iluminada, pela luz das afeições queridas e adornada pela recordação das horas que não queremos esquecer e na lareira da Es­perança deponhamos um sa­pato tão grande quanto nêle caibam bem á vontade todos

fliopimento de funcionários— Foi transferido deste

concelho onde chefiava a re­partição de finanças, para a Direcção de Finanças de Cas­telo Branco o Sr. Pedro Cor­reia de Lemos.

—A seu pedido fo i trans­ferido de concelho de Monfor- te para o desta vila, o secreta­rio de finanças Sr. Rosil da Silva Ribeiro.

13 a, 3 d iosFoi á assinatura presiden­

cial um decreto determinando que fique provisoriamente s u s p e n s a a alienação de quaisquer baldios municipais ou de freguesia, não poden­do ser executadas pelos cor­pos administrativos as deli­berações que não tenham produzido quaisquer efeitos de direito.

ses» '♦••«38Ksa

Registo de auíompueis

Foram afixados editais fa ­zendo saber aos possuidores de veiculos automoveis, de que até ao dia 15 de Janeiro de­vem declarar na secretaria da Câmara, o numero e as ca­racterísticas dos seus veiculos, com indicação do estado em que se encontrem, sob pena de multa de 500S00 por cada veiculo não declarado.

tejana.0 que então sucedia, mis- turados, pobres almas feneci- os bens a que aspiramos!

ter era que presentemente su- das pela desgraça, que nesta iingeío T/Ioísiro

einarna Ideal

Nesta casa de espectáculos local, cuja empreza nos tem ultimamente deliciado com b los fiimes, exibe-s? hoje e 110 dia de Ano Bom a interrssan issima pelicula em series O AZ DO PEDAL, grandioso cine-romance ha tempos publicado ein folhetins 110 Diario de Noticias, em que o popular artista comico George Bisco- tin tem um magistral desempenho ao la­do dos grandes artistas Blanche Montei, Jean Murat e a garota Bouboule.

Hoje correm 110 écran as três primeiras jornadas em 12 partes dessa maravilhosa producção cinematografica, alem de um acto de ACTUALIDADES.

—No dia 8 de janeiro apresenta nos a empreza a sensacional pelicula portugue­sa em 8 partes AS PUPILAS D O SE­NHOR REITOR, exíraida do romance do genial escritor Julio Diuiz, pelicula cujo nome só por si era g rantia de uma en­chente coloss 1 se não tivesse a enrique­cê-la a soberba interpretação do saudoso actor Eduardo Brazâo, de Maria de O li­veira e de Duarte Silva, alem de outros.

Taxa MilitarCabeço de VideFoi publicado um decreto

desanexando do concelho de Alter do Chão a freguesia de Cabeço de Vide e anexando-a ao de Fronteira, e desanexan-

"V icLa IpTa-Tolica,

Uni louuor justoO sr. José Maria da Silva Zuzar-

7{êciicrs de atnadores

do deste ultimo a favor do deSouzel a freguesia de Santo tencia como apresentaram

Amaro.

te de Mendonça. Tesoureiro da Fazenda Publica deste concelho e o seu proposto Sr, Raul Carrilho, fôram, por um despacho recentedo sr. Sub-Srcretario de Estado das ram , °,c . . , , . . ram- especialmente o desempenho da co-Fmanças, louvados pela agradavel meda Os Espirros que é interessante, impressão do muito zêlo e coinpe- tendo-se registado duas enchentes.

Conforme noticiámos, realisaram-se nos dias 15 e 18 do corrente, promovidas pelo grupo cénico do Eléctrico Foot-Ball Club, duas interessantes récitas, subindo á cena o drama em 3 actos Um Erro Ju­dicial, a comedia Os Espirros e um acio de variedades. Os espectáculos agrada-

0 pagamento voluntário da taxa militar tem lugar nos me- sesde Janeiroe Fevereiro,efe­ctuando-se na Secção Admi­nistrativa da Camara Munici­pal.

todos visita da

B O A S F E S T A S

-<K>-

A M o c i d a d e d e s e j a a t o d o s o s s e u s

a s s i n a n t e s , c o l a b o r a d o r e s , a n u n c i ­

a n t e s

N a t a l e

d a d e s .

a m i g o s u m a s f e l i z e s f e s t a s d o

u m A n o N o v o r e p l e t o d e f e l i c i -

os serviços quando da Inspecção á Tesouraria.

Como é natural, sensibilisa-nes em extremo ter conhecimento d i­recto da apreciação da competen­cia destes funcionários, nas altas esferas da burocracia portuguesa.

Registamos, apenas, em meia duzia de linhas a sintese do despa­cho, pois, levar para a publicida­de, mais desenvolvida a copia da doutrina que encerra, feria certa­mente a modéstia dos dois funcio­nários.

— Promovida pela troupe dramatica do Grupo Desportivo Matuzareuse, deve re- aiisar-se na primeira quinzena de Janei­

ro uma récita em que serão interpretado* o episodio trágico em um acto, de Mar­celino de Mesquita, 0 T io Pedro, a inte ressatite comedia Um Homem Politico e um acto de variedades.

B O A S F E S T A S

Visado pela comissão de censura de Portalegre

A M i n e r v a A l e n t e j a n a d e s e j a a

t o d o s o s s e u s E x . mo5 c l i e n t e s e a m i g o s

u m N a t a l f e l i z e A n o N o v o m u i t o p r ó s ­

p e r o .

A M O C I D A D EggmKiHggqroiMauat»*aa .u' '■«»•' gj&3£*ggs%%5gsg5jga«5a5g«gs^ri^^ xama msm i

S T J P L I C A

Ó loiras criancinhas que passais Cantando alegremente, em doces bandos,

Não me deixeis chorar! Levai-me assim, convosco, aos arraiais Dos pobresinhos tristes, miserandos,

Que morrem a sonhar!Levemos nessas asas infantis Um pouco de conforto e de'sperança

Àquela mãe chorosa; Sa!vemos-lhe da morte, ó colibris,Essa inocente e pálida criança

De faces côr de rosa!Vinde guardar da Parca implacavel O pólen dessa flôr que desabrocha

Numa agonia enorme!Entremos naquele antro miserável A transformar em linho a dura rocha

Onde o anjinho dorme!Vinde comigo, vós, que a sorrir,Levais a alegria ao lar paterno,

Num gorgeiar constante;E quando o sol doirado álêm surgir, Iremos demolir aquele inferno

Deveras degradante!Vamos dizer aquela pobre gente Que vai raiar, em breve, a madrugada

Da sua redenção!Dizer-lhe que álêm, no sol poente,A cáustica grilheta foi lançada

A ’ negra escuridão!Vamos levar-lhe o dôce encantamento Por entre gargalhadas argentinas

De Luz e de Verdade;E havemos de matar, num só momento, As reflexões pueris e libertinas

Da velha sociedade.Não me deixeis chorar de desespero Nesta prisão de tédio e d’amargôr

Mais negra do que a cruz;

Vamos pizar o túmulo de Nero!Vamos queimar Caím e esse traidor

Que foi vender Jesus!Vinde expulsar comigo, á chibatada,O fausto vergonhoso e imoral

Da louca burguesia!Não vêdes que ela ri, ás gargalhadas,Num deboche inaudito e infernal

De trágica orgia?!...Vamos levar álêm, aos matagais,As serpentes ignóbeis e corruptas

Que zobam da Justiça;Guardemos as donzelas virginais,Para que as não transforme em prostitutas

A sua vil cobiça!Vamos levar, enfim, a toda a parte E em cânticos d’amôr e d’alegria,

A luz deste ideal;Porque apagada a lâmpada de Marte, Teremos conquistado, num só dia,

A Paz Universal!

Os últimos clarões do pôr do sol Ha muito que dormitam na mansão

Dos campos siderais;Dissera adeus a brisa, ao arrebol, Cantando docemente uma canção

Por entre os salgueirais.E enquanto a noite espalha mansamente Pelas amplidões cósmicas da Vida

O manto negro e vil,O brilho do luar alvinitente Dá-nos ao longe a sua despedida,

No ceu azul d’anil.

Ponte do Sôr, Dezembro de 1932

João M. Calado

2

Na minha terra ha uma tradição que a aproximação do Natal sem­pre me faz recordar, saudosamente. Na noite de Natal, na praça publi­ca. em frente da igreja, acende-se se uma fogueira enorme que dura toda a noite e parte do dia seguin­te. As labaredas, gargalhando, so­bem mais alto que a torre do sino; as faúlhas lembram chuvas de es­trelas; o calor aquece centenas de pessoas e é, por vezes, tão grande que as vidraças das janelas estalam.

O poema heroíco do fogo—ouro e sangue, sensualidade e alegria pa­gãs, o fulvo himeneu das chamas, constelações rubras que sobem e tom bam -exerce, na frígida noite, um encanto irresistível sobre a multidão que ri.

Se me lembra o Natal da minha terra!

O rapazio, um ou dois mêses antes da noite festiva, começa a carrear para a Praça as ramas dos cortes e limpêsas que por essa é- poca se fazem nos olivais e mon­tados. Como é difícil manter a tradicional fogueira! O carro é le­vado para o campo sem ordem do dono. E' mister, portanto, que se tire do quintal, da travessa ou da rua, sem que êste dê por isso. Trabalho insano!

Só os mais ousados poderão realisar o empreendimento. A res­piração suspensa, pé ante pé, na escuridão da noite, êles lá vão. E' preciso que o carro deslize sem que as próprias sombras o suspei­tem. Se não —tudo perdido! O dono do carro largará o qnente aconchego da lareira ou da cama e porá em fuga o bando nocturno.

Quando não é um é outro car­ro que se consegue levar. Depois, na estrada, em plena liberdade, cada um vozeia para seu lado, em­purrando o pesado veículo alen­tejano.

Mas as estradas, meu bom Jesus, são como as que tu palmilhavas ha quasi dois m il anos. No inverno, estão cheias de lama, as sub-rodas são verdadeiros abismos, e a luz das estrelas é frouxa de mais para ilum inar suficientemente o carril dos caminhos vicinais. Só a fé, que impelia os Três Reis Magos de olhos nos astros, pode encaminhar a malta endemoinhada que ali se esfalfa em arranjar carradas de lenha para fazer uma fogueira na noite do teu nascimento.

Se lhes preguntarem quem és tu, não saberão responder; nem isso importa.

Basta que tenham de ti a lum i­nosa recordação de um feliz me­nino, rechonchudinho, de flavos caracoes, que, na nudez da sua carnação rosada, sôbre as palhas do presepe, se sente tão contente e bem-disposto como nenhum ou­tro dos mortais conhecidos.

Porque, é preciso que te diga, meu lírico Poeta, a crença das gentes da minha terra, como a de quási todo o mundo, é feita de i- gnorancia, de simplicidade, aureo­ladas pot lendas e tradições a que o povo emprestou a cândida ima­ginação dos seus cérebres obscuros. A li, naquela aldeia perdida na ex­tensão do Alentejo, a noite do teu nascimento nada seria sem a tra­dicional fogueira gentílica que por ti acendem como uma descomunal aiâmpada votiva.

Sem o festim orgíaco do fogo, que aquece as carnes e leva aos corações imagens sartilegas de con­fusas esperanças, como seria triste e monótona a noite caliginosa e infindável do Natal!

Nalgumas casas ha lume, pão, e vinho, existe a alegria da consoa­da que rescende—lombo frêsco frito , entrecôsto e toucinho da cal­

da . . . Mas, na maioria das habita­ções, pelas frinchas das portas, in ­sinuando-se com o frio e com a fome, penetrou o desalento, o ne­gro desalento dos que nada tem, e nada esperam t e r . . .

O Natal de Jesus, se foi uma aurora cheia de promessas que os povos contemplaram de olhos ine­briados, a nadar em esperança e sonho é hoje um mero simbolo inerte, perdido nos destroços duma doutrina falsificada e pervertida. As gerações assistiram á lenta extin­ção dessa aurora que os homens amortalharam em crepes. Veio a noite da mentira, pesada e maldi­ta. Dos relâmpagos que só rara­mente fulguram nessa noite, resta a Festa da Familia, com usos e cos­tumes que se prolongarão ainda pelo tempo fóra.

Penso na criança, que vai pôr o tamanquinho á chaminé Ela ouviu dizer que Jesus ha-de vír, de no i­te, para ali deixar brinquedos, bô- los, coisas maravilhosas, inéditas... Ao outro dia, quando se levanta para ver tanta maravilha—Jesus!— nada encontra! Sôb/e a lareira fria: cinza e fuligem.

Interroga a mãe com espanto— "Então, mãe?!” E a mãe que

nada tem para lhe dar, nem uma côJea negra e dura, aperta-a nos braços, fecha-lhe os olhos com beijos para que a criança não veja, não saiba, e cho ra .. .ch o ra .. .

Ponte do Sôr—19—X II—32.

Moura Junior

Eléctrico Foot Bali eiub

Para eleição dos corpos gerentes reune no dia 31 do corrente a assembleia geral deste club desportivo local.

E6RR[SP0NDENr.lAS- i k . l d . e i a , c ia , I M I a t a ,

Foi inaugurada no passado do­mingo, dia 11 a cabine telefónica N.° 1, aspiração que por toda a gente era ansiosamente aguardada.

Pelas 13 horas era aguardado á entrada da povoação o Ex.ra0 G o­vernador C iv il do D istrito e mem­bros da Câmara Municipal do Cra­to, pelas entidades mais em desta­que nesta freguesia, alunos das es­colas, Banda Municipal do Crato e muito povo.

Procedeu-se á inauguração da referida cabine, ten !o o Sr. Go­vernador C iv il comunicado com os Ex.m°* Senhores Presidente da Republica, Ministros do Interior, Obras Publicas e Justiça, Adminis­trador Geral dos Correios e Tele­grafos, Engenheiro Serrão, etc.

A este acto assistiu tambem o Ex.”10 Sr. Engenheiro Raposeiro.

Organisou-se em seguida o cor­tejo até á escola do sexo masculi­no onde pelo Sr. Antonio Tavares Valerio da Silva, foi oferecido um lauto copo de agua, durante o qual foram trocadas saudações.

Foi por varios oradores feito o eloj;iu do Governo da Dictadura, salientando-se tambem o alto inte­resse tomado pelo Sr. Engenheiro Raposeiro na divulgação dos tele­fones.

Houve quem aproveitasse a oca­sião para solicitar ao Sr. Gover­nador C iv il o seu auxilio na con­cessão de subsidios para varios melhoramentos locais, entre eles escolas, fontes e uma estrada para o apeadeiro da Mata.

Sua Exa. prometeu interessar-se por tudo, indicando no seu b r i­lhante discurso quais os meios le­gais mais viáveis, para conseguir

a satisfação de tais aspirações.Aproveitou tambem Sua Exa. a

oportunidade para destacar a bene- mereucia do Sr. Antonio Tavares Valerio da Silva, a qual é bem conhecida na região, dizendo de­vê-los ser tambem em todo o país. Em alguns olhos se viam lágrimas de satisfação por ver afonnacomo Sua Ex*. considerava a população de Aldeia da Mata.

Cremos Sua Ex*. ter ido bem impressionado com esta terra, na qual só conta amigos dedicados.

=Soubemos depois que mais uma cabine publica abrirá dentro de breve tempo, alem das particu- culares que aguardam apenas o ma­terial.

10/12,32

C.

X ^ o s il d.a. S i l - s r a S S ito e ir o ,

a ô v o S e c r e t a r i o d .e F i n a n ­ç a s

de P o u te do SorFirmado por um elevado numero de

assinaturas, foi reiebido na Secrefaria da Câmara, um telegrama de Monforte, saudando o Municipio pela felicidade da nomeação para este concelho do Sr. Ro- sil da Silva Ribeiro, um funcionário de invulgares qualidades de caracter e inte­ligencia.

Nadaextranhámos o conhecimento da resenha honrosa do telegrama, pois par­ti ularmente, algumas pessoas de nome­ada e de reconhecido merecimento social, nos tinham já feito o elogio dos dotes pessoais e de funcionário do Sr. Rosil da Silva Ribeiro. E ’ um espirito desenipoei- rado e moderno, servido da vontade de triunfar com superior distinção na carrei­ra que escolheu. Postas, portanto, em relêvo, a sua cultura, amabilidade, in­teligencia e a conducta exemplar deriva­da da sensibilidade moral que o guindou á conquista em Monforte de inúmeras a- misades, estamos convencidos que o mes­mo sucederá em Ponte do Sôr, e dentro da Repartição que vem dirig ir surgirá entre os seus funcionários subordinados uma nova época de concordia, reflexão e harmonia.

Bemviudo seja.

ssaHHMBBBBaHMBHHHOnflsnnHHDBBianEBBn

S P O H TF oot-ball

Deslocou-se no domingo passado, a esta vila, a categoria de honra do Sport Lisbôa e Portalegre, que aqui veio jogar um desafio de fo­ot-ball com igual categoria do Grupo Desportivo Matuzarense.

O encontro teve o seu inicio pelas 15 horas, no Campo de Avia ção, sob a arbitragem do Sr. Joa­quim Figueira, desenvolvendo-se as primeiras jogadas a meio campo, seguidas de dominio por parte dos visitantes que obrigaram Casaca a in terv ir em três defesas seguidas, defendendo com brilho as suas re­des. Aos 22 minutos os visitantes marcam a primeira bola da tarde, tendo os locais pouoo depoi= esta­belecido o empate por intermedio do seu avançado centro Serra, re­sultado com que terminou a p ri­meira parte do jogo.

Novamente em campo os teans, os locais começam a entender-se melhor, dominando por sua vez, não marcando contudo apesar de algumas oportunidades que os a- vançados, por morosos, deixam per­der. O guarda rede visitante é o- brigado a in te rv ir três vezes segui­das defendendo bem e mostrando que é um keeper de recursos. Nes­te meio tempo, o arbitro num er­ro de visão, certamente por se en­contrar muito longe da bola, vali­da um goal aos visitantes depois de o esférico ter estado fóra de jo­go e tocado os pés de um espec­tador, motivo porque o defesa Lei­tão a abandonou, aproveitando o avançado contrario para o ani­char nas redes. Neste meio tempo os teans jogaram com mais entu­siasmo, tendo-se feito de parte a parte algumas jogadas de valor. Desenvolveu-se por vezes jogo du­ro que não foi reprimido. S. Bento atingido por um pontapé casual ou propositado, agride com outro pon­tapé o seu adversario, seguido de uma cena de pugilato, intervindo outros jogadores e alguns especta­dores que trocaram socos entre si, o que deu lugar á intervenção da Guarda Republicana e de alguns populares que separaram os con­tendores. Serenados os ânimos o encontro continuou até final. Já aqui manifestámos o nosso desacor­do por estes anti-desportivos ges­tos que nada recomendam a nossa terra, e novamente protestamos contra eles.

Salientaram-se no jogo do lado do Matuzarense o keeper Casaca, o alf-centro Saramago e o defesa Bucho.

jÇrrem aiciçõesForam ultimamente arreamtados

na Câmara Municipal, os seguin­tes rendimentos.

Impostos indirectos para o ano de 1933.

De Galveias, pelo Sr. Manoel Rodrigues Mousinho, daquela vila pela quantia de 5.600$0. De Mon­targil pelo Sr, Joaquim Figueira de Ponte do Sor, por 4.f)20$00. De Ponte do Soi, peloSr Bernar­do Antonio Bacalhau, de Galveias, por 2 4 .1 10$00.

Fornecimento de carnes verdes durante o mesmo ano.

Em Poute d o Sor, pelo Sr. Francisco Marcelino.Em Torre das Vargens pelo Sr. Joaquim Alcaravela. Em Galveias, pelo Sr. Joaquim Lourenço Rodri­gues e em Montargil, pelo Sr. Joa­quim dos Santos Oliveira.

___ ■■■nw.aM-itnqw ■♦♦cari yi i— »

C o u r e l a

De terra de semeadura, de se­queira e regadio com muita agua e pé, sobreiros e oliveiras, situa- dauo Vale do Bispo Fundeiro. Vende-seTratar cotnjosé Cordeiro. Ponte

do Sor.

A M O C I 1 ) A 1 ) i i 3T&SK&&&VZtX3?*&V^~JV& ‘V*PK?T,S.?X»tF? -ts .~y%V. - “> —fc_- * . ,-4-/ ■. nwgMUMvii.- 11 ii ii ■ iinnnnTiTiiiMBBMBrmiiwmTMirrniiníiiídii— iimi

wSi)www

£ & * ' ■ ■ ■&'&.&&A á S d S ^ .»SL

da W

$\sTelefone Abrantes 68

£**»-•«*>• «•«•*• *osirt--«*3s**si3à> -«.ta* —osa -«rs» j**'*» f *v «as* ?<w* ■«*» r e* - aia» :g*w» 2P*3* ,u*%!.■ •«»• "■<«.• '•*» Xí .' «i»’ "«W >#. ' <W *•«>.• "<«*.• •' .•'í«!»' ,

mv/ Construclora Abrantina 9

C a r p iq ía r ia m ecartica , s e r r d ç ã o d s m a d e ir a s f a b r ic o d s g e lo

%

ti\/?&<IS

V / Fornece nas melhores condições todo o trabalho de car-

WWW

«flL

pintaria civil, taes como: soalhos, forros, todos os t i­pos de molduras, escadas, portas, janelas, etc.

VIQAMENTOS E BARROTERIASéde e oficinas em Alferrarede

C o r r e s p o n d e u c i a p a r a A B R A N T E S

. .'«V -■'w. '■»». •■*■■- ""V ■"»>. J«55? 5Sr 5? z? 57 5£>-; . * 5? y 3? 2? 5? 3? -SP 5? 3 * 3? 5

itom,9>

? f :> O O O $ $ O O O O < 5i í > $ O O O O O 0 O P C 5 p

5 ) t . ^ a u s a J à o U o

^ •« e « j« e e e « « e e *€ e e € « « < !fe

I J ta f l io Correia y í l i e r ty |$ 4

M e d i c o V e t e r i n á r i o cj® *3»® e/2x3-2^ A

- P o n te do Sôr—wt1 Consultas todos os dias. ’à

,}$S>33â998€eC€ !»9⧫$

•# ® /- ■ , 6 # r í. * fó w , lep es ?>*

- a e todos os produ

M édico-Cirurgião

Especialisado em doenças de boca e dos dentes.X Consultas em Ponte do Sor aos sábados ás 14 horas

Cj. -----------— ----------0 Consultas no Rocio de Abrantes, ás 2.as, 4.as, 5.,s e €> 6.as feiras ás 13 e meia horas

" H rV12T=Z. r -~?

ú

eles d sei iculíu ^

S a ra’ com pra José-*#® de ^atos Neves. ~||g

A Y A T A 7 A V A T A 7 A T A V A T * A A A A A A A A A A A A A A A A * Í a X ende a d u b o s^ r simples c coi11** ^

B S T â M L m M B M T Q < linoei]. Po iliilliiSF te í: 1 postos, purguei- ®J|ra, suif to de a-

^ Negociante de Pescarias, ► m o n io e d e potas-n* 1' ■ I - I I ^ Cre;;çao, Caça, Ovos e £ _in

Simplicio Joao Alves 3 ^ ^ •su.bciecime,,-■MJ m n IBMk miianiLa namvrr nmmu.ii» 1

MERCEARIAS, A Z E IT E S t Rua Rodrigues de Freitas i ^ v e " ! j i a # # |VINHOS, P A L H A S < Ponte do Sôr t* em Ponte do Sor

E CEREAIS. • * ? 7 ? V V 7 V 7 T w y v 7 V ? ^ e Longomel. ^

g ^ 5 « o o o o o © o < & > o o c i o o o < K > c < ^(§Ruenida Cidade de Lille—p. do sor

y * y a t a t a t a t a * a t a t a M B P S » 5ág9»€«@«:€©êe€;e€ee®©©»^

f f f f f tf f # í - '> >

J u i i A MÍ’í ÍVI .H >/ i V‘< j YV//Í

m

mm

José íiluss da Siluaf e t I Miiimc! ie Matos leves

<<

&W.m

i

Rua Vaz Monteiro = PONTE DO SOR

Chapelaria, camisaria, calçado e miudesas.Recebem-se chapéus pa ra consertos • transform ações

A divisa da nossa casa é

eompra e uentíe:

m

©iI

_ _ . a c e c c c c c c c e e s © e c c c c c c c e aa moc.acd^,, 13aclntcúa S1|M |COM

mi S

| C e r e a ise le g u m e s

Quinzenario noliuioso. literário, § c p m 5recreativo e deíensor dos % £

interesses da região. £ Oficina dc funileiro «E 9 . . . S| Condições de assinatura 9 Avenida Cidade de Lille g

1 Em Ponte do Sor, trimestre....... 2$10 | l J O N T K B O S O H O@ Fóra de Ponte do Sor, trimestre.. 2$40 © FiirarrpcrT «p rip tndn< n<s a2 Numero avu lso ........................ «40 © cncarrega-se ue toaos os ^® © trabalhos concernentes a sua ©

gj í»ssnlisir p o u e o p a r a v e n d e r n m ltoRevendedor da afam ada cerveja J \ IV § E X

m

P ag am en to adeantado

A N Ú N C IO SN a secção competente

Linha ou espaço de linha$40

4íp

I# -âMb (Sri?

corpo 12 « 10 • 8

.$60$80

Ramiro Pires Filipe 1— -------------------- -

Loja de Faz&ndas, IVIercearias e JYIiuetoK N p e c i n l i d i u l o c m e l i r í « c i i f é

|» Ruas Rodrigues de Freiías e 1° de Dezembro

ml »

4m4ې

1

i» O \ T E I I 4) S ÍP H

< 3 '<&fé <èfe á^3 <Ésè \k& <M> V< È S : é é > é ; Í k ã 3 j ê y á ê M

r ' ' t v í *

ISntoí i I o R. OaioP IM

^ A A A A AS Praça da Republica

P O N T E D O S O R

João Baptista da Rosa/P 0 /V 7 T £>6> 5(9 /?

Comissões e ConsignaçõesCorrespondeu ie de Bncos e

Compnhi s de SegurosEncarrega-se de todos os ser- . * . * . * + * *

viços junto das repartições publi- * .*

X --------- - < PEIMO SORENSE %T A T A T A T A T A T A T A T A T A * * R ua V a z M onte iro A T A f A V A T A T A T A V A V A T p o n t e d o s o r

TARIÂ Transporte de pas- * * *+ sageiros e mercado- ^ -k rias entre Galveias *

Sdvcr <% f igueiredo, „C.da ^ e Ponte do Sôr (ga-a- re), *

% arte garantindo o bom acaba- ag mento e solidez. ^c a© saa® sas»aa gasaaaaaaaa® »

Nâo se restituem os autografos quer sejam ou não publicados.

p i« P l n p w m

EX )E

C E RVende em Ponte do

Sor, a empregada

TEREZA M ANTA

A A A AEncarrega-se de iodos os

concertos em m áquinas des­ta marca.

A ven ida dos O le iros = o im bra

Telefone n.° 903Encarrega-se de to-

i»4V

|m

WM■'■■'-ii

Avenida Cidade de Lille #

P 0 N 7 £ D O SO R J |

Z.oya de solas e afanados das principais gw fabricas de Alcanena, Porto e Guimarães Wp

" ASortido de pelarias finas, tais como: calfs, vernizes e pe- ^

licas das melhores tnarcas estrangeiras. Formas para cal- çado, miudezas e ferramentas para sapatarias.

Oficina de sapateiro. ^

Calçado feito e por medida, para homem, senhora e criança. JL Concertos. Especialidade em obra de borracha.

Esmerado acabamento e solidez. |y /Preços ao alcance de todas as bolsas V

• m m w ® * m * -*

k dos os despachos sa- * Soalhos, forros aparelha- sim como de levan-

dos, fasquio, ripa e vigamen- * tar remessas e da sua * tos, madeiras em tosco e apa- * ^ entrega aos domici- * M relhadas. Portas, janelas e * lios. +caixilhos; Toda a especie de ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ molduras. Rodapés, guarni- * * * * * * * * * ções e colunas para escada.Escadas armadas prontas a assentar. Enviam-se orçamen­tos gratis.

Consultem os nossos pre- i ços que são os mais baixos É - domercado. '$>'

Para construcções a S preços de concorrência ^

V e n d e Gonçalo Joa- ^ ^ quim.

Avenida Cidade de Lille

PONTE DO SOR

▼ A T A T A T A T A T A T A T A T A A f A Y A T A C A V A 7 A T A T A T

p e l o u r o Coelho

A . d v o g a 3 . o

Ponte do Sôr

z ^ l a r p ^ ! o $

V 0 5 5 0 5 i n t e r Ç 5 5 ^

linunGiai 1 Mocidade"

A M O C I D A D ERSaSBBBOBMBSBasa

S E R S O C I A L I S T A

S e r s o c i a l i s t a é s e r n o m u n d o a l g u e m A l h e i o á t i r a n i a e à o p r e s s ã o ;E ’ s e r u m l u c t a d o r s ó p e l o b e m ,Q u e r e p u d i a o m a l e a a m b i ç ã o .

S e r s o c i a l i s t a é q u e r e r i r m a i s a l e m E m b u s c a d a J u s t i ç a e d a R a z ã o .E ’ q u e r e r q u e a q u e m t r a b a l h a e n a d a t e m , L h e s e j a d a d o , a o m e n o s , l u z e p ã o !

S e r s e c i a l i s t a é q u e r e r b a n i r d a T e r r a A h i p o c r i s i a , a e s c r a v i d ã o , a g u e r r a ,A p o d r i d ã o e a d e s i g u a l d a d e ;

E ’ q u e r e r q u e o m u n d o s e j a u m j a r d i m A o n d e a f l ô r d o b e m n ã o t e n h a f i m E a o n d e s e j a u m f a c t o a l i b e r d a d e !

B a r q u i n h a , 1 9 3 2 Filipe Qonçalves Bento

C S o n e t o p u b l i c a d o e m ' ‘ 0 P r o t e s t o ” )

méadura com oliveiras, par­reira e figueiras, no sitio das Texugueiras, do lugar de Va­le de Açor, desta freguesia de Ponte de Sor, descrita na Conservatorio do Registo Pre­dial, desta comarca, sob o n°. 2697 a folhas 114 do Livro B 5o, avaliada em dois mil escudos (2.000S00).

— TERCEIRO —

Uma sorte de terra de se­meadura com oliveiras, no si­tio das Texugueiras, do lu­gar de Vale de Açor, desta freguesia, com uni poço, des­crita na Conservatoria do Re­gisto Predial desta comarca sob n\ 2698 a folhas 115 do Livro B. 5". avaliada em qua­tro mil escudos (4.000$00>).

Estes bens vão á praça nos autos de execução por custas que o Digno Agente do Ministério Publico, neste juizo, move contra Manuel Ludovico e mulher Eliza Pra­tes, proprietários, moradores em Lisboa, pela quantia de mil cento e cincoenta e oito escudos e noventa eseis cen­tavos, de custas e mais des­pezas acrescidas, que devem no Tribunal da Relação de Coimbra e neste Juizo. Pelo presente são citados quaiquer credores incertos para dedu­zirem os seus direitos.Ponte de Sor, 17 de Dezembro

de 1932.

O Escrivão do 2o. oficio,

João NóbregaVerifiquei a exactidão,

O Juiz de Direilo subst0.

Rafael Lisboa

A N I V E R S Á R I O SDezembro

25=E lias Vieira Morgado Mata, em Qalveias e A rtu r Duarte Lí- 110.

2ô= franc isco Gama Reis. 2S =A nton io J. Duarte e o meni­

no Antonio Gonçalves Martins Moreira.

29==A menina Aida Augusta de Mendonça Pais, em Lisboa e Antonio Mendes Martins,

30==João Baptista de Carvalho, no Porto e D. Jerómima Baptista A lgarvio.

= J a n e i ro =

l= Jcsé Branquinho Carreiras, em Africa e Francisco da Silva Lo bato.

3=M en ina Aida Eliza de Mendon­ça Pais, em Lisboa e D. Natalia Alves Lopes, em Olivais.

4 = D . H ilarina Candida Aires da Silva.

5 = A n to n io Pais Branco.7 = D . Mariana Ebk-ves Bragn, em

Galveias, a menina Joana Na­morado Mira Crespo, em Galveias,

o menino Amiicar de Oliveira Conceição Andrade, em Porta­legre e D. Maria Joaquina Dias.

E m Ponte do S o r

Vimos ultimamente nesta vila os nossos amigos e assinantes, Snres. José Rib;iro, Angelo Monteiro e Joaquim Qalveias Mendes, da Chança. Armando Pina, de Fronteira Bernardo Antonio Bacalhau, José Jaime Feijão Joaquim Lourenço Rodrigues, de Galveias e Ar.t)iiio José de Castelo de Vide.

A N U N C I ONo dia 15 do proximo mês

de Janeiro, por 12 horas, à porta do Tribunal Judicial, desta comarca, hão-de ser ar­rematadas pelo maior lanço oferecido acima da sua avali­ação os bens seguintes:

— PRIMEIRO —Uma morada de casas ter­

reas com quintal com olivei­ras e figueiras, pateo e palhei­ro, sita no logar de Vale de Açor, desta freguesia, des­crita na Conservatoria do Re­gisto Predial, desta comarca, sob o N°. 2695 a folhas 113 do Livro B. 5", avaliada em nove mil escudos. (9.0001>00.

— SEGUNDO -

Uma sorte de terra de se-

Of. losé A. Gomes— A DV OG AD O —

Da Comarca de Lisboa

A B R A N T E S

Escritorio —na Rua do Mon­te Pio Abrantino N.° 9

Proximo da Caixa Geral de Depositos

No dia 15 de Janeiro proximo, pelas 12 horas, á porta do tribu­nal judicial desta comarca, se ha- rle arrematar em segunda praça, pelo maicr preço acima de metade porque se encontra na matriz pre­dial, o predio abaixo mencionado, penhorado na execução fiscal que o Digno Agente do Ministério Pu­blico, Como representante da Fa­zenda Nacional, move contra os herdeiros de Custodio Canejo Re­mexido, moradores em Galveias.

Trez quartas partes dum cerrado, de pequena cultura cotn oliveiras, no sitio das Pereidinhas, freguesia de Galveias, descrito na Conser­vatoria desía comarca, no livro-P ,— 5, a fs 171, sob n.° 2.810 e ins­crito na matriz predial respectiva sob o artigo 223.

Vão á praça as 3/4 partes por metade do seu valor, ou seja pe>a quantia de 635^25.

Para a arrematação se citam quaisquer credores incertos.

Ponte do Sôr, 12 de Dezembro de 1932.

O escrivão do 1.° oficio Antonio do Am aral Semblano

VERIFIQUEI A EXACTID ÃO

O Juiz de D ireito substituto, R afael Pereira Lisboa

No dia 15 de Janeiro proximo. pelas 12 horas, á porta do tr ib u ­nal judicial desta comarca, se ha- de arrematar em segunda praça, pelo maior preço acima de metade porque se encontra na matriz pre­dial, o predio abaixo mencionado, penhorado na execução fiscal que o Digno Agente do Ministério Pu­blico, como representante da Fa­zenda Nacional, move contra An­tonio Nunes Tiago e seus herdei­ros, moradores em Galveias:

Uma vinha de pequena cultura, sitnada no Vale Formoso, fregue­sia de Galveias, descrita na Con­servatória desta comarca, no liv ro B - 5, a fs. 172, sob n.° 2 812 e inscrita na matriz predial da dita fréguesia sob o artigo 820.

Vai á praça por metade do seu valor, ou seja pela quantia de 671$00.

Para a arrematação se citam quaisquer credores incertos.

Ponte de Sôr, 12 de Dezembro de 1932

[O escrivão do 1.° oficio, Antonio do A m aral Semblano

Verifiquei a exactidão

O Juiz de D ireito substituto, R afael Pereira Lisboa

queles veiculos fazer-se acompa­nhar do respectivo livrete.

Para constar se passou este e outros de igual teor, a que vai dar- se maior numero de publicidade.Ponte do Sôr, 2o de Dezembro de

1932.

O Presidente da C. Administrativa, (a) A u gu sto Camossa Nunes Saldanha

A N U N C IOV Praça

No dia 8 do proximo mez de Janeiro, por 12 horas á porta do Tribunal Judicial, desta comarca, ha-de ser ar­rematado pelo maior lanço oferecido o predio seguinte:

C o u r e l a denominada «o Falcão», sita nesta freguesia de Ponte de Sor, que se com­põe de terra de semeadura, arvoredo de sobro e casas de habitação, descrita na Con­servatoria do Registo Predial, desta comarca, sob o n.° 680 a folhas 46 do Livro B. se­gundo, avaliada em sessenta e cinco mil escudos.

Este predio foi penhorado nos autos de execução hipo­tecaria que cs herdeiros de Antonio Manoel Roças, viuvo, proprietário, morador qne foi nesta vila movem contra Mar­çal Lopes de Simas, viuvo, proprietário, mo r a d o r no Monte Falcão, pela quantia de 14.500S00, juros e mais despezas acrescidas e vai pela segunda vez á praça por metade da sua avaliação, ou seja por trinta e dois mil e quinhentos escudos

(32.500$00). Pelo presente são citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus di­reitos.

Ponte do Sor, 7 de Dezem­bro de 1932.

O Escrivão do 2.° oficio João Nóbrega

Verifiquei a exatidão

O Juiz de Direito

Manoel Ribeiro

O que publico para conhecimen­to dos interessados e para que quaisquer pessoas possam apresen­tar á comissão os esclarecimentos que julgarem conveniente.

Sala das sessões da Comissão, em20 de Dezembro de 1932

O PRESIDENTE

(a) Augusto Camossa Nunes Saldanha

E d i t a lE D IT A L

Doutor Augusto Camossa Nunes Saldanha, Presidente da Comissão Administrativa da Camara M uni­cipal de Ponte do Sôr:

Faço saber a todos possuidores de automoveis, camionetas, eami- nhõis e motocicletes, domiciliados na area deste concelho, que por virtude dos Decretos N.os 17 813, 18.319 e 20.078, são obrigados a declarar, na Secretaria desta Ca­mara desde o dia 1 a 15 de Janei­ro do proximo ano de 1933, o nu­mero e as carateristicas dos veicu­los que possuem, com a indicação de estarem ou não em condições de circular, sob pena de multa de 500$00 por cada veiculo nào de­clarado ou falsamente descritos.

Para facilitar este serviço serão fornecidos na mesma Secretaria impressos com as indicações ces­sar ias, Ucvendo os possuidores da­

M s s í t íe t a c i M É

Milildr

A Comissão, em desempenho do preceito do § I o, do artigo 33°. do regulamento dos serviços do recrutamento, faz saber que, na prim eiro quinta-feira do mês de Janeiro de 1933, terá logar a sua primeira sessão para se dar come­ço á inscrição nos recenseamentos militares de todos os mancebos que até 31 de Deze-mbro de 1932 tive­rem completado lô e 19 anos de idade, são obrigados a participar, durante o mês de Janeiro, á Co­missão de Recenseamento, que che­garam á idade de ser inscritos nos recenseamentos militares.

Igual participação deve ser feita pelos pais, tutores ou pessoas de que os mancebos dependam.

A' falta de cumprimento desta 1 n n i n n i í ' -1 1obrigação corresponda a pena de |l QQ]í|nl A 200f00 a 500$00 de multa. i lU U lU l l l 1 1 ---------------- -

A N U N C IO2a Praça

No aia 8 cio proximo mês de Janeiro, por 12 horas, á porta do Tribunal Judici­al desta comarca, hão-de ser vendidos em hasta publica pe­lo maior lanço oferecido, os seguintes prédios:

1.

Uma courela de terra de semeadura, com vinha, olivei­ras e arvores de fruto no si­tio do Recanto, da freguesia de Galveias, desta comarca, descrita na Conservatoria do Registo Predial sob o n°. 2490, folhas 10 do Livro B 5”, avaliado em quatro mil escudos.

2.

Um cerrado de terra de se­meadura com oliveiras, no si­tio das Paredinlias, da fre­guesia de Galveias, descrito na Conservatoria do Registo Predial, desta comarca, sob o N°. 2491, a folhas 10 verso do livro B. 5o, avaliado em trez mil escudos.

Estes bens foram penhora­dos nos autos de execução hipotecaria, que João Pais Branco, casado proprietário, morador nesta vila de Ponte de Sor, move contra Manuel Antonio Bacalhau e mulher Ana da Silva Marques, mora­dores na vila de Galveias, pe­la quantia de catorze mil quatrocentos e cincoenta escu­dos, juros e mais despezas a- crescidas e vão pela segunda vez á praça por metade dos seus valores, ou seja o PRI­MEIRO por dois mil escudos (2.000W0) e o SECUNDO por mil e quinhetos escudos 1.500100.

Pelo presente sâo citados quaisquer credores incertos para deduzirem os seus direi­tos.Ponte de Sor, S de Dezembro

de 1932.0 Hscriuão do 2 \ oficio

J o ã o K o D r e g a VeriSiquel a exactidão

0 I m de Direito Manuel Ribeiro

C E \ T E H OBom para semente. Vende-

se ao preço da tabela. Dirigir a Antonio Pais Branco, desta vila.

9911811774