21
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PÓS-GRADUAÇÃO (MTA) EM GESTÃO DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL SUCROENERGÉTICA CÁLCULOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DAS MOENDAS Suellen Caffer

Capacidade de Moagem

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PÓS-GRADUAÇÃO (MTA) EM GESTÃO DE TECNOLOGIA

INDUSTRIAL SUCROENERGÉTICA

CÁLCULOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DAS MOENDAS

Suellen Caffer

Catanduva – SP

2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PÓS-GRADUAÇÃO (MTA) EM GESTÃO DE TECNOLOGIA

INDUSTRIAL SUCROENERGÉTICA

CÁLCULOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DAS MOENDAS

Trabalho apresentado no segundo

módulo no curso de MTA em Gestão

de Tecnologia Industrial

Sucroenergética da Universidade

Federal de São Carlos.

Aluno: Suellen Caffer

Assinatura:

__________________________

Data de entrega: 25/01/2014

Catanduva – SP

2013

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Preparo e Moagem......................................8

Figura 2: Rolos do terno de moenda..............................9

Figura 3: Ranhuras do rolo de moenda............................9

Figura 4: Aberturas (Regulagem) da moenda.......................9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Fórmulas de capacidade de moenda e suas respectivas

limitações…………12

Tabela 2: Relação das dimensões e quantidade de rolos na

capacidade de moagem...13

Tabela 3: Relação das dimensões e velocidade de rolos na

capacidade de moagem…13

Tabela 4: Relação entre a capacidade máxima de moagem das moendas

e a densidade da cana (TCH )…………………………………………………………………………………14

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

rpm Rotação por minuto

TCH Tonelada de cana por horaUdop União dos Produtores de

BioenergiaÚNICA União de Indústria de Cana de

Açúcar

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................7

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA....................................7

1.2 OBJETIVO....................................................8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................8

2.1 CARACTERÍSTICAS DAS MOENDAS.................................8

3 METODOLOGIA..................................................10

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................10

5 CONCLUSÃO....................................................15

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................15

8

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

O setor de extração é um dos mais importantes no setor

sucroenergético, e existem apenas dois processos de extração do

caldo da cana utilizados, o processo de moagem e o processo de

difusão, e atualmente a moenda está presente em pelo menos 98%

das usinas e destilarias do Brasil (JORNAL DA CANA, 2012; SIMONI,

2005).

O processo de moagem requer grande atenção e o controle

terno a terno dos seus parâmetros, como por exemplo, a capacidade

da moenda. Esse controle minimiza as perdas, com consequente

ganho de produtividade (JORNAL DA CANA, 2013).

Na maioria das usinas a capacidade de processamento de

cana pelas moendas tem aumentado consideravelmente nas últimas

décadas em função de inúmeros fatores, como: criação de novas

tecnologias, aperfeiçoamentos realizados nos equipamentos,

aproveitamento integral da energia da cana-de-açúcar, expansão

dos campos e alta produtividade agrícola (MACHADO, 2012; NASTARI,

2012).

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar

(UNICA)1, a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul de

apresentou uma alta de 11,82% na comparação com o mesmo período da

safra 2012/2013, alcançando o recorde histórico de 594,10 milhões

de toneladas no acumulado desde o início da safra 2013/2014 até 1º

de janeiro.

Além desses dados, durante a safra 2013/14 foi utilizada

mais de 95% de toda a capacidade de moagem existente no país,

índice perigosamente próximo do máximo. Com índices como este há

risco das usinas não moerem tudo o que se produz no campo,

portanto há a necessidade de expansão da capacidade da moenda não

somente por causa da alta produtividade agrícola, mas devido às1 Disponível em <http://www.unicadata.com.br/> Acesso em dezembro de 2013.

9

boas perspectivas de demanda para produtos da cana (açúcar e

etanol) no mercado interno e externo (NASTARI, 2013). 

Portanto, atualmente, a maioria das usinas buscam

investir nos principais fatores que afetam na ampliação da

capacidade de moagem, como o tamanho da moenda, a densidade de

alimentação, características dos rolos e da cana a ser

processada, entre outros. E para um investimento adequado e

eficiente é preciso entender a relação desses fatores com a

capacidade de moagem.

1.2 OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo principal entender

os cálculos de capacidade de moagem e demonstrar sua evolução com

o tempo e quais são as variáveis que interferem positivamente ou

negativamente para o aumento da capacidade de moagem. Além disso,

através de cálculos ilustrativos, calcular a capacidade de moagem

de uma usina, e diagnosticar a maneira a ser feita.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CARACTERÍSTICAS DAS MOENDAS

As moendas são equipamentos destinados à extração do

caldo de cana através do esmagamento a alta pressão e possuem de

4 a 7 ternos trabalhando em série formando um conjunto de moagem,

por onde toda a cana desfibrada irá percorrer até completar o

processo de extração do caldo (LIMA e FERRARESI, 2006).

10

Figura 1: Preparo e Moagem.Fonte: LIMA; FERRARESI, 2006, p.32.

Cada terno possui três rolos incorporando um quarto rolo.

No plano superior há o rolo de pressão e o rolo superior, já no

plano inferior, há o rolo de entrada e o rolo de saída (Figura

2). Do conjunto de quatro rolos, somente o rolo superior gira no

sentido anti-horário e não é fixo, ajustado por sistema de

pressão hidráulica (PAYNE, 1989; RIBEIRO et al., 1990).

Figura 2: Rolos do terno de moenda.Fonte: http://www.ebah.com.br/alcool-e-acucar-unidade-i-extracao-e-

preparacao-doc a17225.html

De acordo com Payne (1989), para aumentar a capacidade da

moenda e promover a drenagem, os rolos são compostos de ranhuras

conforme a figura 3.

2 Disponível em <http://www.posgrad.mecanica.ufu.br/posmec/16/PDF/PM16-

0092.pdf> Acesso em janeiro de 2014.

11

Figura 3: Ranhuras do rolo de moenda.Fonte: MARQUES, 2007, p.63.

O terno de moenda apresenta duas aberturas, uma de

entrada (E), que se encontra entre o rolo de pressão e o rolo

superior, e outra de saída (S), entre o rolo superior e o rolo de

saída, sendo a primeira sempre maior do que a segunda. A abertura

de entrada visa aumentar a capacidade de moagem, enquanto que é

na abertura de saída que se objetiva a extração (MARQUES, 2007).

Figura 4: Aberturas (Regulagem) da moenda.Fonte: MARQUES, 2007, p. 58.

O acionamento de um terno de moenda se dá através do

cilindro superior, sendo os movimentos transmitidos aos cilindros

inferiores através de engrenagens denominadas de rodetes. As

moendas podem ser acionadas por turbinas a vapor, motores

elétricos ou motores hidráulicos, acopladas a redutores para

movimentar a uma velocidade de 5 a 7 rpm (RIBEIRO et al., 1990).

A alimentação de cada terno depende da capacidade dos

rolos em aceitar a cana preparada e desfibrada, e pode ser feita

através de uma bica inclinada, metálica ou através de um

alimentador vertical (Chute Donnelly), que permite alimentação

constante da moenda e aumento da capacidade de moenda (PAYNE,

1989).

Para aumentar a extração de sacarose nas moendas,

realiza-se o processo chamado de embebição, que é a adição de

água ou caldo entre os ternos para a retirada do caldo residual

ainda presente no bagaço. A embebição pode ser efetuada de

diversas maneiras, podendo ser simples ou composta (RIBEIRO et

al., 1990).

12

(a)

(b)

Figura 4: Tipos de Embebição: (a) Simples e (b) Composta.Fonte: MOENDAS, 2002.

Segundo Hugot (1969), a capacidade de uma moenda é a

quantidade de cana que se processa na moenda por unidade de

tempo. É um parâmetro que é calculado e expresso geralmente em

toneladas de cana por hora (TCH). Depende de inúmeros fatores:

comprimento, diâmetro e número de rolos, velocidade de rotação,

preparo da cana, sistema de alimentação da cana, potência

específica instalada e o teor de fibra da cana.

3 DESENVOLVIMENTO

O presente trabalho será realizado através de

levantamento bibliográfico em livros, principalmente do autor

Emile Hugot (1969), e/ou sites para mostrar e explicar as

fórmulas já utilizadas e aplicadas atualmente para o cálculo da

capacidade de moagem e as variáveis que afetam os cálculos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

São muitos os fatores que podem interferir na capacidade

de moagem, os mais importantes e sua relação com a capacidade

estão descritas a seguir:

FIBRA DA CANA (f): é o único fator inversamente

proporcional à capacidade de moagem. Quanto maior o teor

de fibra da cana a ser processada, maior a resistência ao

13

trabalho dos rolos, ou seja, menor a capacidade de

moagem. Uma fibra ideal é em torno de 12,5%, um teor de

fibra maior que o ideal, diminui a capacidade da moenda;

DIMENSÕES (L - largura e D - diâmetro) E VELOCIDADE (n)

DOS ROLOS: o tamanho dos rolos (largura e diâmetro) afeta

diretamente a capacidade da moenda, pois quanto maior o

rolo maior a superfície de contato com o bagaço a ser

moído. A velocidade é o que determina o fluxo de massa de

cana através dos rolos e depende da abertura entre os

rolos superior e de alimentação, o comprimento do

cilindro e a velocidade periférica, variando de 4 a 7

rotação por minuto (rpm) e é proporcional a capacidade de

moagem;

NÚMERO DE ROLOS (N): esse parâmetro interfere na

espessura da camada de bagaço a ser processada, já que

uma moenda com poucos ternos, ou seja, poucos rolos

precisa diminuir a espessura da camada de bagaço para

obter uma melhor extração e uma moenda com muitos rolos

(muitos ternos) pode-se trabalhar com uma espessura maior

de camada de bagaço, portanto, maior a alimentação e

capacidade de moagem quanto mais rolos na moenda;

PREPARAÇÃO DA CANA (c): quanto mais picada e desfibrada

a cana, mais densa, compacta e homogênea a cana e sua

alimentação na moenda e fácil a extração do caldo,

podendo aumentar de 10 a 30% a capacidade de moagem;

EMBEBIÇÃO: a embebição com água quente (acima de 60°C)

diminui a capacidade de moagem, pois a água quente

dissolve maior proporção de impurezas que causará maior

resistência na moagem. Portanto é preciso ter cuidado no

processo de embebição que ajuda a extrair a sacarose,

porém pode diminuir a quantidade de cana moída;

RANHURAS: as ranhuras (textura, forma e profundidade)

influenciam na “pega” dos rolos melhorando também a

drenagem do caldo, quanto mais ranhuras apresentar o

rolo, maior a moagem do bagaço, maior a capacidade;

14

APARELHOS ALIMENTADORES: a capacidade de moagem da cana

aumenta com a capacidade dos rolos em aceitar a

alimentação, quanto maior a capacidade de alimentação,

maior a capacidade dos rolos em moer e para aumentar a

capacidade de alimentação, utiliza-se aparelhos

alimentadores, como Chute Donnelly, que são dispositivos

que comprimem o colchão de cana desfibrada que vai entrar

nos rolos, aumentando a aderência por atrito.

Vários autores sugeriram fórmulas para calcular a

capacidade da moenda, e utilizavam as seguintes variáveis:

A capacidade de moagem, em TCH (toneladas de cana

por hora);

Af capacidade de moagem, em TFH (toneladas de

fibra por hora);

f teor de fibra da cana, em decimal;

L largura dos rolos, em metros;

D diâmetro dos rolos, em metros;

n velocidade do primeiro terno da moenda, em rpm;

c coeficiente relativos aos equipamentos de

preparo de cana (1,10 a 1,25);

N número total de rolos da moenda;

N1 número de ternos da moenda;

N2 número de pressões fornecidas pelo terno (um

terno = duas pressões).

B peso do bagaço de cana, em %.

Muitas fórmulas foram propostas até a obtenção da fórmula

aplicada atualmente. Essas fórmulas estão organizadas, conforme

tabela 1, com seus respectivos autores e suas limitações para não

serem mais utilizadas.

Tabela 1: Fórmulas de capacidade de moenda e suas

respectivas limitações.

AUTOR FÓRMULA LIMITAÇÕES

NoelA = 0,526N1L 2 D 2

FNão leva em

consideração a

15

Deerr

velocidade e

impossibilita a

explicação de como a

largura dos rolos

intervém ao quadrado.

Maxwel

lA = 0,54N2LD F

Não leva em

consideração a

velocidade dos rolos

e considera a

espessura da camada

de bagaço constante.Nayar

e

Pillay

A = 2,67NLD

Ambas as fórmulas não

levaram em

consideração nem a

velocidade do rolo e

nem a fibra.Parr A = 14√N . LD2

Tromp A = 22cnN2LD 2 B

Não aplicada a

moendas pequenas, com

poucos ternos devido

a variável pressão

(N2) não interferir

tanto na capacidade.

E a utilização do

peso do bagaço, fator

pouco preciso, no

lugar da fibra da

cana.

GasparA = 0,725cLD2 (1 +0,8/D) n (1,36 –0,1n) N (5,32 –20f – 0,23/f)

Fórmula complexa que

depende da ajuda de

tabelas.Fonte: Hugot, 1969.

16

Abaixo seguem a fórmula mais utilizada atualmente para o

cálculo da capacidade de moagem da usina, segundo o autor Hugot

(1969).

(I)

Através da fórmula acima descrita, verifica-se que a

capacidade de moagem aumenta conforme o aumento das dimensões e

número de rolos (Tabela 2), além da velocidade (Tabela 3). Esses

fatores para serem aumentados precisa-se de investimento dentro

do setor, além que com o aumento da moenda e sua velocidade é

necessário maior potência para o funcionamento e consequentemente

há um maior consumo energético.

Tabela 2: Relação das dimensões e quantidade de rolos

na capacidade de moagem.

CAPACIDADE DE MOAGEM (TCH)Dimensão do rolo

Diâmetro (D) x

Largura (L)

(polegadas)

4

ternos

5

ternos

6

ternos

30” x 54” 230 250 27034” x 66” 340 370 40037” x 78” 400 440 47542” x 84” 525 575 62046” x 90” 615 670 72556” x 100” 1020 1100 1200

Fonte: http://tecsucro.blogspot.com.br/

Tabela 3: Relação das dimensões e velocidade de rolos

na capacidade de moagem.

Dimensões

D x L

(em

polegadas)

Velocidade (RPM)

2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0

A = 0,8cn(1 – 0,06nD) LD 2 √N

f

17

30” x 54” 62 92 123 154 185 215 24632” x 60” 83 125 166 208 249 291 33234” x 66” 100 150 200 250 300 350 40037” x 78” 135 203 271 338 406 474 54242” x 84” 175 263 351 438 526 614 702

Fonte: Delfini Consultoria e Projetos Industriais Ltda, 2013, p.

150.

Com a evolução do setor e mudanças na matéria-prima a ser

processada, desenvolveu-se nova fórmula para o cálculo da

capacidade da moenda que foi publicada originalmente no Boletim

Técnico da Copersucar 14-81, em 1981.

(II)

A fórmula demonstra que as características da moenda (D,

L e n) continuam a influenciar a capacidade da moenda como já foi

discutido. A maior mudança no cálculo é considerar que a fibra

passa a ter pouca influência no resultado, podendo até aumentar a

capacidade com seu crescimento, e considerar a densidade da cana

com maior influência na capacidade. Na tabela 4 nota-se como que

a densidade da cana interfere na capacidade de moagem,

aumentando-a significativamente.

Amáx = 47,12 . D2 . L . n (0,97/dc) – 47,50.10-3. f

18

Tabela 4: Relação entre a capacidade máxima de moagem das

moendas e a densidade da cana (TCH )

Fonte: Brunnely S., 2011.

Portanto, é muito importante cuidar dos fatores que

influem negativamente na densidade, como a altura da cana no

Donnelly, a morfologia de cana (variedade, maturação,

isoporização, etc) e as impurezas vegetais, item crescente com a

cana mecanizada. Dessa forma, não procede mais a afirmação que se

realizou para as demais fórmulas de capacidade de moagem, de que

a moagem diminui com o aumento do teor de fibra. Isso pode

acontecer, mas devido a densidade da cana.

Através das duas fórmulas em destaque (I e II) e suas

respectivas variáveis é possível realizar o cálculo da capacidade

de moagem de uma usina e verificar a diferença obtida nos

resultados.

Por exemplo, uma usina que apresente 6 ternos, portanto

do total 18 rolos, cada rolo com 1,981 metros de largura e 0,940

metros de diâmtros numa velocidade de 6 rpm processa uma cana com

fibra de 12,5% e com índice de preparo de 1,25.

c (índice de preparo) = 1,25

n (velocidade do rolo) = 6 rpm

D (diâmetro dos rolos) = 0,940 metros

L (largura dos rolos) = 1,981 metros

Diâmetro x

largura

(polegadas)

19

N (número total de rolos) = 18 rolos

F (quantidade de fibra) = 12,5 / 100 = 0,125

Substituindo essas variáveis na fórmula (I) de Hugot para

calcular a capacidade de moagem dessa usina, tem-se:

A = 0,8 (1,25) (6) (1 – 0,06(6)(0,940)) (1,981) (0,940) 2

√18 = 236 TCH

0,125

E calculando a capacidade na fórmula II, e considerando a

densidade da cana em torno de 0,5 t/m3 tem-se:

dc = 0,5 t/m3

Amáx = 47,12 (0,940)2 (1,981) (6) =

368 TCH

(0,97 / 0,5) – 47,50 . 10-3 (12,5)

Ao interpretar os dois cálculos realizados, nota-se uma

diferença entre os resultados obtidos, em uma hora de 132

toneladas de cana, e de aproximadamente 3.168 toneladas de cana

por dia, uma quantidade significativa dentro da usina. Portanto

atualmente com a cana mecanizada é necessário levar mais em

consideração a densidade do que a fibra como fator principal e

com isso ter resultados mais próximos da realidade.

5 CONCLUSÃO

O presente estudo verificou os principais fatores que

afetam a capacidade real e máxima de moagem de uma usina como:

dimensões, velocidade e número de rolos, índice de preparo ou

densidade da cana e a atualmente a densidade da cana. Através

desses fatores é possível a realização dos cálculos de capacidade

de moagem para determinar a necessidade de ampliação ou não do

setor de extração.

A usina para aumentar a capacidade de moagem são

necessários grandes investimentos e modificações no processo de

extração e características da moenda, o que pode ser vantajoso ou

não. Para aumentar a capacidade de moagem é preciso: aumentar as

dimensões (largura e diâmetro) e /ou velocidade dos rolos, melhor

20

setor de preparo para aumentar a densidade da cana ou maior

número de ternos / rolos, além da qualidade da cana a ser

processada que muitas das vezes independe de investimentos. Todos

esses itens aumentam a capacidade de moagem, mas ao mesmo tempo

aumenta o gasto energético dentro do setor, e por isso é

necessário verificar o custo benefício do aumento da capacidade

de moagem dentro de cada usina.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUNELLI, S. Um setor maduro. Revista Opiniões. Edição

Jan-Mar/2011.

DELFINI CONSULTORIA E PROJETOS INDUSTRIAIS Ltda. Revisão na

Moenda – A Usina da Superação. 14ª SBA (Seminário Brasileiro

Agroindustrial). Centro de Eventos Taiwan - Ribeirão Preto, SP.

Outubro/2013. 197 páginas.

HUGOT, E. Manual da Engenharia Açucareira. São Paulo: Mestre Jou,

v.1, 1969.

JORNAL DA CANA. Sistema automático mantém o paralelismo dos rolos

de moenda. Ribeirão Preto/SP. Março/2013. Série 2. n° 230.

JORNAL DA CANA. Automatização da flutuação dos rolos aumenta a

extração em moendas. Ribeirão Preto/SP. Novembro/2012. Série 2.

n° 26

LIMA, A. C.; FERRARESI, V. A. Desgaste em Equipamentos de

Processamento da Cana-de-Açúcar em Destilaria de Álcool. 16º

POSMEC - Simpósio de Pós-graduação em Engenharia. Universidade

Federal de Uberlândia - FEMEC. 2006.

MACHADO, F. P. A ordem é aumentar a capacidade de moagem. Revista

Energia Mundo. Edição 25, ano III. Maio/Junho 2012, página 32

21

MARQUES, M. O. Tecnologia da Fabricação de Açúcar. UNESP, 2007.

NASTARI, P. M. Chave para a Expansão da Moagem de Cana. Revista

AgroAnalysis. Julho/2012.

NASTARI, G. Capacidade de moagem é novo gargalo: É preciso

investir para crescer. Revista O Guaruçá – Informação e Cultura.

Junho/2013.

PAYNE, J. H. Operações unitárias na produção de açúcar de cana;

tradução Florenal Zarpelon. São Paulo: Nobel S.A., 1989.

RIBEIRO, C. A. F.; BLUMER, S. A. G.; HORII, J. Fundamentos de

Tecnologia Sucroalcooleira: Tecnologia do Açúcar; Universidade de

São Paulo – Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz” –

Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. 67 páginas.

Piracicaba, 1999.

SIMONI, A. F. O processo da extração do caldo através da moagem.

Revista Opiniões. Edição Outubro-Dezembro/2005.

ÚNICA – União de Indústria de Cana de Açúcar. Disponível em

<http://www.unicadata.com.br/> Acesso em 05/12/2013.