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ORQUESTRA DE SOPROS E CORDAS MISSÕES: UMA POLÍTICA MUSICAL NA REGIÃO HISTÓRICA DAS MISSÕES JESUÍTICO-GUARANI Rodrigo Alves do Carmo; Muriel Pinto; Fernanda Aparecida Pereira Machado. Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) Resumo: Este artigo tem como objetivo expor a proposta de criação de uma orquestra de sopros e cordas na cidade histórica de São Borja-RS. Esta iniciativa objetiva tornar- se uma política cultural que visa promover o desenvolvimento sociocultural e econômico da cidade, e de jovens alunos e voluntários através da música erudita, criando assim, um embasamento profissional e cultural através da música. A região de execução da ação cultural faz parte das antigas Reduções Jesuítico-Guarani, onde a musicalidade é uma das principais práticas artísticas regionais. O projeto supracitado foi apresentado na disciplina de Política da Cultura do Curso de Relações Públicas: Ênfase em Produção Cultural da UNIPAMPA, Universidade Federal do Pampa. Palavras-chave: Orquestra, Música erudita, Cultura missioneira, Política cultural. O estudo proposto apresenta discussões referente ao processo de planejamento cultural do projeto intitulado Orquestra de sopros e cordas missões: Uma política musical na região histórica das missões Jesuítico-Guarani. O recorte espacial onde será realizado o projeto cultural em questão, localiza-se no município de São Borja RS. Esta municipalidade é reconhecida nacionalmente em internacionalmente pela sua importância histórica, cultural e artística, tanto para, o território brasileiro, como sul- americano. Em relação à trajetória histórica ocorrida em São Borja RS, cabe destacar que a cidade foi sede do primeiro dos Sete Povos” das Missões Jesuítico-Guarani, que levava a denominação de redução de São Francisco de Borja(entre os séculos XVII e XVIII). Conforme diversos estudos na área de história e identidades culturais, desde esse período o território samborjense, destacava-se pelas manifestações artísticas e culturais em diversas áreas. 1 Entre estas manifestações cita-se: produção cultural influenciada pelo Barroco renascentista, assim como, percebia-se a representação cultural através da música, onde as práticas do violino e flauta foram ensinadas pelos padres Jesuítas aos índios nativos 1 Ver Rodrigo Mauer (2011) e Muriel Pinto (2011).

Eixo Gestão Cultural_Orquestra de Sopros e Cordas Missões - Uma Política Musical na Região Histórica das Missões Jesuítico-guarani

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ORQUESTRA DE SOPROS E CORDAS MISSÕES: UMA POLÍTICA

MUSICAL NA REGIÃO HISTÓRICA DAS MISSÕES JESUÍTICO-GUARANI

Rodrigo Alves do Carmo; Muriel Pinto; Fernanda Aparecida Pereira Machado. Universidade

Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Resumo: Este artigo tem como objetivo expor a proposta de criação de uma orquestra

de sopros e cordas na cidade histórica de São Borja-RS. Esta iniciativa objetiva tornar-

se uma política cultural que visa promover o desenvolvimento sociocultural e

econômico da cidade, e de jovens alunos e voluntários através da música erudita,

criando assim, um embasamento profissional e cultural através da música. A região de

execução da ação cultural faz parte das antigas Reduções Jesuítico-Guarani, onde a

musicalidade é uma das principais práticas artísticas regionais. O projeto supracitado foi

apresentado na disciplina de Política da Cultura do Curso de Relações Públicas: Ênfase

em Produção Cultural da UNIPAMPA, Universidade Federal do Pampa.

Palavras-chave: Orquestra, Música erudita, Cultura missioneira, Política cultural.

O estudo proposto apresenta discussões referente ao processo de planejamento

cultural do projeto intitulado “Orquestra de sopros e cordas missões: Uma política

musical na região histórica das missões Jesuítico-Guarani. O recorte espacial onde será

realizado o projeto cultural em questão, localiza-se no município de São Borja – RS.

Esta municipalidade é reconhecida nacionalmente em internacionalmente pela sua

importância histórica, cultural e artística, tanto para, o território brasileiro, como sul-

americano.

Em relação à trajetória histórica ocorrida em São Borja – RS, cabe destacar que

a cidade foi sede do primeiro dos “Sete Povos” das Missões Jesuítico-Guarani, que

levava a denominação de redução de São Francisco de Borja(entre os séculos XVII e

XVIII). Conforme diversos estudos na área de história e identidades culturais, desde

esse período o território “samborjense”, destacava-se pelas manifestações artísticas e

culturais em diversas áreas.1

Entre estas manifestações cita-se: produção cultural influenciada pelo Barroco

renascentista, assim como, percebia-se a representação cultural através da música, onde

as práticas do violino e flauta foram ensinadas pelos padres Jesuítas aos índios nativos

1 Ver Rodrigo Mauer (2011) e Muriel Pinto (2011).

da região. É importante ressaltar que o aprendizado musical dos índios contribuiu com a

criação de novos sentidos e signos que contribuíram com as identificações

socioculturais e para as manifestações espirituais indígenas.

Além da trajetória histórica relacionada as missões, São Borja também destada-

se historicamente por ter sido um espaço territorial onde houveram conflitos militares

durante a Guerra do Paraguai (século XIX). Já no século XX, esta municipalidade

recebe o reconhecimento nacional como “Berço do trabalhismo brasileiro”, por ser

cidade natal do ex-presidentes brasileiros Getúlio Vargas e João Goulart (Jango).

O presente projeto objetiva a formação de uma Orquestra Jovem no município

de São Borja-RS, que será constituída de talentos locais e engajada com o movimento

de inclusão social, desenvolvendo através da música uma orientação educacional

artística e sociocultural para adolescentes de baixa renda. Esses jovens terão acesso aos

instrumentos de orquestra e serão instruídos e preparados para a prática de música em

grupo através de aulas e ensaios semanais gratuitos com professores experientes e com

formação musical.

Outro objetivo dessa política cultural centra-se na possibilidade de pensar a

música como instrumento de pesquisa para analisar de forma socioantropológica as

práticas musicais contemporâneas, que foram influenciadas pelo legado artístico cultural

do período missioneiro.

Figura 01 – Imagem do projeto música nas escolas

Fonte: Foto Cecílio Guimarães

A proposta de política cultural musical busca articular metodologias empregadas

em projetos já executados anteriormente, como exemplo: o projeto musica no museu, e

música nas escolas. O antigo projeto música no museu foi realizado no Memorial Casa

João Goulart2, seus objetivos a relação da música como forma de divulgação turística.

Já o projeto Música nas Escolas, centrou-se na oportunidade de disponibilizar um

primeiro contato dos jovens em idade escolar com a música (ver figura 01).

POLÍTICA MUSICAL NA CIDADE NATAL DE GETÚLIO VARGAS: UMA

REFLEXÃO TEÓRICA

O Projeto tem como escopo criar um grupo instrumental de cordas friccionadas

(violinos e violoncelos) e sopros (flautas doce sistema barroco, flautas transversais e

clarinetes). A proposição principal da orquestra é de atender crianças e jovens, no

entanto, abrigará moradores e interessados das comunidades próximas, tais quais alunos

e voluntários, criando, portanto dois grupos distintos de públicos que atuaram em

conjunto.

Esses jovens terão acesso aos instrumentos de orquestra e serão instruídos e

preparados para á prática de música em grupo, através de aulas gratuitas com

professores experientes e com formação musical.

Desenvolver um projeto cultural que utilize o aprendizado musical através de

uma orquestra de sopros e cordas, como meio de desenvolvimento e fomento da cultura

inserida no espaço Museu da Estância – Os Angueras na municipalidade de São Borja-

RS.

O projeto em si buscará a criação de um grupo instrumental de cordas

friccionadas (violinos e violoncelos) e sopros (flautas doce sistema barroco, flautas

transversais e clarinetes), grupo que dará origem a Orquestra de sopros e cordas

missões.

O desenvolvimento musical tem o intuito de servir de base para transformar os

participantes em indivíduos mais sensíveis, intelectualizados, responsáveis consigo e

com a sociedade, assim como buscará constantemente demonstrar a importância da

música para a formação histórica das práticas sociais da municipalidade de São Borja-

RS, que destaca-se pelas festividades musicas nativistas gaúchas e pela representação de

discursos missioneiros.

Nesta perspectiva o projeto possui como objetivo central: desenvolver um

projeto sociocultural que utilize o aprendizado musical através de uma orquestra de

2

São Borja destaca-se por possuir um grande número de instituições culturais, onde predominam os

museus. Entre eles, salienta-se: Museu Getúlio Vargas, Memorial Casa João Goulart, Museu da Guerra

do Paraguai, Museu Ergológico de estância (os Angueras) e Museu Missioneiro.

sopros e cordas, como meio de desenvolvimento humano e (re) construção da cidadania

de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, para tanto

pretende:

Formar a Orquestra de sopros e cordas Missões na cidade de São Borja, assim como

contribuir para a manutenção e melhoria do seu padrão de qualidade;

Proporcionar o estudo de música e o aperfeiçoamento intelectual e cultural através da

música a jovens de baixa renda a partir de 8 anos e em idade escolar;

Fomentar a educação e a cultura, especialmente no que tange à prática musical em

conjunto;

Proporcionar aos jovens um convívio sadio, alegre e respeitoso onde a boa música

será o resultado final;

Realizar eventos e/ou ações educacionais, para adultos, jovens ou crianças;

Promover a educação, a capacitação e o treinamento de profissionais da área musical,

de maneira totalmente gratuita;

Desenvolver programas de acesso de alunos e docentes das escolas aos ensaios e

concertos didáticos da Orquestra sopros e cordas missões;

Fortalecer a cultura musical regional resgatando o repertório do Barroco Missioneiro

da Região dos Trinta Povos das Missões.

Fomentar a criação de espaços de expressão e criação artística e intelectual, que

contribuam para a promoção da cidadania, e o acesso à música e às artes em geral;

Difundir o repertório de câmara brasileiro, e estrangeiro, popular, regional e erudito;

Desenvolver ações assistenciais que visem a integração ao mercado de trabalho e a

inclusão social por meio da difusão e do ensino da música;

Difundir a música erudita e popular, disponibilizando e/ou explorando apresentações

para exibição por rádio e televisão, edição de obras de compositores brasileiros e

estrangeiros, gravação de CD´s, DVD´s e outras mídias, incentivo à colaboração

voluntária e atividades afins;

Estabelecer pólo de execução de música de câmara nos demais museus da região

oeste.

O grande diferencial desse projeto cultural na região é fomentar uma célula

musical, com embasamento erudito, movimento não nativo ao Brasil, o que justifica sua

pouca propagação dentre a “cultura de massa” (LIMA, 1969 p.19) brasileira, então

dentro dessa problemática de pouca aceitação, o projeto propõe o hibridismo entre

música erudita, missioneira, nativista e regionalista, e as diversas modalidades musicais

encontradas na fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul.

Nas últimas décadas a música missioneira caracterizou-se pela influencia do tipo

musical do chamamé. Este estilo musical apresenta trocas culturais entre as

manifestações artísticas gauchas correntinas3

e do nativismo do Rio Grande do Sul.

Portanto, a região das Missões, possui uma música regionalista missioneira, que

destaca-se nas municipalidades de São Borja e São Luiz Gonzaga-RS. Em São Borja a

musicalidade misisoneira é representada pelo grupo artístico “Os Angüeras”, já em São

Luiz Gonzaga, Barbosa (2012) salienta que foi nesta municipalidade que deu-se inicio a

música regionalista missioneira, através da constituição dos chamados troncos

missioneiros4.

A cultura é o elemento que garante a todos - criadores, artistas e

plateias – o direito à celebração de sua identidade, à manifestação de

sua sensibilidade e emoção, desenvolvendo, a um só tempo, o espírito

crítico, a imaginação e o sentido de coletividade, num processo de

conscientização, socialização e transformação social. (Corrêa, 2004:

P. 31).

E a proposta de manifestação dessa identidade, vem através da música, não

somente como já é propagada na região. A transgressão de paradigmas prevê uma nova

perspectiva da atividade musical na cidade de São Borja, aliado a revitalização do

interesse da população em levantar o debate crítico sobre diversos aspectos da cultura

“samborjense”, devido a mesma aparentar não ser devidamente explorada. Ao analisar a

discussão proposta por Pinto (2010), em seu estudo sobre as políticas culturais de São

Borja –RS, percebe-se a falta de políticas musicais ao longo prazo nesta região.

O projeto Orquestra de sopros e cordas Missões, pretende em primeira instância

levar a música erudita aos museus da localidade através de eventos abertos ao público,

trazendo assim, um viés de “mão dupla” à comunidade local, onde fomentaria o

interesse pela música clássica, e abertura de novas perspectivas da veia turística da

cidade, como a maior visitação dos museus.

Na década de 30, o presidente Getúlio Vargas, como foi citado anteriormente,

cidadão samborjense, criou o Ministério da Educação e Cultura, assim como o SPHAN

3 Correntino é a denominação dada aos cidadãos nascidos na Província de Corrientes na Argentina, que

faz fronteira com a Região das Missões do Rio Grande do Sul. 4

roncos Missioneiros é o nome de um disco que re ne quatro artistas da egião Missioneira do io

rande do Sul: Jaime aetano Braun, oel uaran , enair Maicá e Pedro Ortaça Além de fomentar uma M sica egional Missioneira, o principal legado dos artistas relacionados como “ roncos

Missioneiros” está no pioneirismo da construção de uma identidade missioneira através da m sica.

(sistema de patrimônio histórico e artístico nacional. Segundo Calabre (2009, p.16) foi

partir de 1934, que o Ministro Gustavo Capanema, chefiou o MEC, que contou com a

enriquecedora contratação de Heitor Villa-Lobos na área da música, tal incentivo serviu

de berço para notáveis nomes da música brasileira, como também o movimento da

bossa nova.

O interesse dos jovens de em fazer música, tocando um instrumento clássico ou

em fazer parte de uma orquestra vem diminuindo com o passar do tempo no Brasil

graças a diversos fatores, e um deles é a involução dos investimentos na cultura musical

desde os governos militares.

Segundo Antônio Rubim (2007):

A história das políticas culturais no Brasil está marcada por tristes

tradições que podem ser condensadas em expressões como:

autoritarismo, caráter tardio, descontinuidades, paradoxos, impasses, e

desafios. Essa parte da história que o autor se refere diz respeito as

décadas de 1960 e 1970. (Calabre, 2009; p. 57).

E para sobrepor esse paradigma, entranhado na história do Brasil, o projeto

pretende se apoiar em políticas culturais atuais, que servem de base a cultura atual do

país, políticas tais como: Leis como a Rouanet, e fundos de incentivo e apoio a cultura

e também apoio de entidades privadas.

Em suma o projeto é de cunho musical, porém, o mesmo permeia em diversas

esferas socioculturais, como inclusão social, turismo e fortalecimento da cultura musical

e projeção da cultura local através da música de qualidade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DO PROJETO

A orquestra de Sopros e Cordas Missões é um resgate de uma autoestima e

histórico-cultural perdida, tanto nos espaços públicos, principalmente no museu

ergológico de estância5

e na comunidade em redor destes. A música usada como fator

inovador tendo os futuros alunos como agentes de inovação e mudança à cidade.

Portanto a Orquestra de sopros e cordas Missões, alia a música, cultura e a história de

São Borja, que vislumbra ações artísticas, educacionais e como instrumento de melhora

da autoestima cidadã, traçando uma inserção destes alunos na sociedade.

5 Este museu representa as práticas socioculturais relacionadas a lida campeira, que está inserida em toda

a região do pampa da América do sul.

O local de realização das oficinas da orquestra será o Museu Ergológico de

Estância – Os Angueras (ver figura 02). Esta instituição cultura leva esse nome por

conta da preservação do tema central: guardar o trabalho e a herança material do povo

campeiro nas estâncias e fazendas fronteiriças.

Figura 02 – Parte Interna do Museu Ergológico de Estância

Fonte: Fotografia Rodrigo Alves do Carmo

O museu além de transitar entre objetos antigos e raros tem um grande apelo

para a criação de peças e apresentações musicais, partindo desse princípio o projeto traz

á tona essa compilação de culturas,para gerar uma maior valorização, conhecimento e

preservação, tanto da cultura material e imaterial da cidade.

No Brasil diversos projetos musicais comprovaram publicamente sua eficiência

no trabalho em comunidades carentes, no que tange a inclusão e projeção social, e a

Orquestra de sopros e cordas Missões na cidade de São Borja - RS, que atenderá

crianças á partir de 8 anos de idade e voluntários, dando prioridade á crianças e jovens

até 17 anos, que tenham aptidão para a música e estejam matriculados na rede municipal

de ensino. O engajamento com o movimento de inclusão social fica com o papel de

desenvolver, através da música a orientação educacional artística e cultural.

A proposição inicial do projeto busca a prática da música em grupo, através de

aulas e ensaios semanais gratuitos com professores experientes e com formação

musical, ministrando aulas coletivas por instrumento três vezes por semana. A duração

das aulas será de 50 (cinquenta) minutos, e mais um ensaio coletivo com a participação

de todos os instrumentos semanalmente com duração de duas horas. Estas serão

prerrogativas básicas para a continuidade do aluno no projeto. Poderá haver também a

possibilidade de ensaios abertos ao público (ensaios didáticos).

Compreendendo que o projeto dar-se-á com alunos iniciantes em música, poucos

ao acaso já contariam com alguma experiência anterior com música erudita, então os

primeiros meses seriam dedicados ao aprendizado da linguagem musical e ao

desenvolvimento técnico básico do instrumento, podendo tomar por previsão o segundo

semestre do projeto para o início das apresentações em público. As obras a serem

executadas serão escolhidas em conjunto e guiados pelo diretor artístico, cabendo a esse

ajustá-las e/ou arranjá-las de acordo com as exigências específicas do grupo.

A seleção dos alunos será feita mediante inscrições e audições particulares,

todos aqueles que cumprirem os requisitos, dando preferência ao público alvo (crianças

de 8 a 17 anos, matriculados na rede pública de ensino), estarão sendo matriculados até

que se completem o número total de 50 matrículas, vagas remanescentes serão

contempladas á voluntários.

A avaliação de cada integrante será feita semanalmente pelo professor de cada

instrumento, através dos seguintes quesitos: a- Frequência(observando 75% de

assiduidade mensal), b- Desempenho pessoal e grupal, que será medido de acordo com

o método estabelecido pelo professor.

O integrante que não obtiver sucesso nos quesitos avaliativos será

criteriosamente avaliado pelo diretor artístico e pelo coordenador do projeto, podendo

perder em caráter temporário ou definitivo a vaga no projeto.

O projeto prevê uma apresentação anula comemorativa de aniversário no próprio

museu, conseguintemente escolas e comunidades do município de acordo com as

possibilidades do grupo, também como em casos extraordinários.

ORÇAMENTO INICIAL

Para dar início ao projeto foram levantados junto ao mercado valores que

complementem a dotação da orquestra.

Quadro 01: Instrumentos musicais necessários para o inicio do projeto.

Quantidade Tipo de instrumento 04 Violoncelo

04 Violas 06 Violino ¾

10 Violino 4/4

03 Flauta transversa 06 Flauta doce contralto

04 Flauta doce tenor

10 Flauta doce soprano 03 Clarinete

Fonte: Servidor músico municipal Cecílio Guimarães6

Quadro 02: Valor médio de cada instrumento musical

Quantidade Tipo de instrumento Valor unitário Valor total

04 Violoncello 3/4 Qce130 Quasar

Qce 130

R$ 809,90

R$ 3.239,60

04 Violas de arco parrot 4/4 R$ 339,87 R$ 1.359,48 06 Violino Benson ¾ R$ 149,99 R$ 809,46 10 Violino Benson 4/4 R$ 149,99 R$ 1.499,99 03 Flauta transversa em dó

Benson

R$ 320,00

R$ 640,00

06 Flauta doce contralto

barroca Yamaha

R$ 84,99

R$ 509,94

04 Flauta doce tenor yamaha R$ 249,00 R$ 996,00 10 Flauta doce soprano

yamaha

R$ 30,00

R$ 300,00

03 Clarinete winner R$ 365,87 R$ 1097,61 01 Cx (10 un) Palhetas para clarinete Riyin R$ 8,90 R$ 89,00

Valor total dos instumentos: R$ 10.541,08 (dez mil quinhentos e quarenta e um reais e oito centavos).

Fonte: Internet

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dado todo o contexto exposto, o projeto pretende ser alicerce para uma nova

geração mais sensível as questões sociais no que tange cultura não só musical, mas sim

como um novo foco de produção da cultura erudita aliadas as nuances locais,

pretendendo assim enaltecer o “ser” como um todo, podendo assim alavancar sua

projeção dentro da sociedade em que habita, tendo como produto final um conjunto uno

entre “ser” e sociedade no tocante ao desenvolvimento comunitário

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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missioneira a partir da música. Revista Para Onde? Revista do Programa em Pós

Graduação em Geografia da UFRGS, v.6, n.2, p. 171177, jul./dez. 2012.

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Música Popular Brasileira, Bagé-RS – 1988.

CALABRE, Lia; Políticas culturais no Brasil: dos anos 1930 ao século XXI. Rio de

Janeiro: FGV, 2009.

CORRÊA, Marcos Barreto. Do marketing ao desenvolvimento cultural. Belo Horizonte,

2004.

LIMA, Costa Luiz. Comunicação e cultura de massa. In: ADORNO, Theodor, et al.,

Teoria da cultura de massa. 7.ed. São Paulo: Paz e terra, 2000. Introdução geral p. 13 –

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MAURER, Rodrigo Ferreira. Do um que não é sete: o caso da antiga Redução de São

Francisco de Borja e a dinâmica da diferença. Passo Fundo, RS: Universidade de Passo

Fundo, 2011 (Dissertação de Mestrado).

PINTO, Muriel. “Primeiro dos Sete Povos das Missões” a “ erra dos Presidentes”: Uma

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PINTO, Muriel. A construção da identidade missioneira no Rio Grande do Sul e as

políticas culturais no sul do Brasil. Santa Cruz do Sul, Brasil: Programa de Pós-

Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade de Santa Cruz do Sul, 2011

(Dissertação de Mestrado).