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Luiz Flavio Menezes
Estudo de Propagacao em Ambientes
Fechados com Paredes Largas
Brasılia, DF
novembro, 2004.
Luiz Flavio Menezes
Estudo de Propagacao em Ambientes
Fechados com Paredes Largas
Orientador:
Prof. Andre Gustavo Monteiro Lima
IESBInstituto de Educacao Superior de Brasılia
Brasılia, DF
novembro, 2004.
Estudo de Propagacao em Ambientes Fechados com Paredes
Largas
LUIZ FLAVIO MENEZES
TRABALHO DE GRADUACAO SUBMETIDO AO DEPARTAMENTO DE EN-
GENHARIA DO INSTITUTO DE EDUCACAO SUPERIOR DE BRASILIA, COMO
PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCAO DO GRAU DE
ENGENHEIRO DE TELECOMUNICACOES.
APROVADA POR:
Prof. Dr. Leonardo R. A. X. MenezesUniversidade de Brasılia
Prof. Msc. Francisco Osorio de Carvalho RamosInstituto de Educacao Superior de Brasılia
Prof. Msc. Andre Gustavo Monteiro LimaInstituto de Educacao Superior de Brasılia
Brasılia, novembro de 2004.
A meus pais, a minha esposa, a meus filhos
e a memoria de um grande amigo
Eng. Ubiratan Wanderley Lins.
AGRADECIMENTOS
Inicialmente gostaria de agradecer ao Prof. Andre Gustavo, meu orientador nestajornada, por seus ensinamentos, ajuda para conseguir material de estudo e incentivo nabusca de resultados.
Ao Prof. Hugo Leonardo pela orientacao e grande ajuda na formatacao deste trabalho.
A todos os professores do IESB pelos ensinamentos que contribuiram para minhaformacao academica.
Ao Sr. Helio Polilo, Gerente de Operacao e Manutencao da TIM Brasil (Filial CentroOeste), pela gentileza de ceder os dados relativos aos testes de propagacao efetuados naCamara dos Deputados.
Aos Srs. Hamilton Balao Cordeiro e Silvio de Paula Borges, Diretor Tecnico e Diretorda Coordenacao de Audiovisual da Camara dos Deputados,respectivamente, por permitiro uso dos dados dos testes realizados pela TIM, bem como a realizacao de medidas depropagacao no interior da Camara dos Deputados.
Aos amigos e companheiros de trabalho Marcos Fernando Mendes de Brito, Gilvan-dison Cavalcante e Rosilene de Souza Garcia Maranhao, pela ajuda na realizacao dasmedidas de propagacao, sem as quais nao seria possıvel a conclusao deste trabalho.
A todos os familiares e amigos que direta ou indiretamente contribuiram e me incen-tivaram a finalizar este curso.
RESUMO
A comunicacao sem fio em ambientes fechados (indoor) e hoje uma necessidade ine-rente ao nosso cotidiano, seja para uso da telefonia movel ou para uso de WLAN (WirelessLocal Area Network) em predios comerciais ou residenciais. Prover a cobertura de recepcaode ondas eletromagneticas em tais ambientes e uma tarefa ardua e deve ser precedida deum estudo de propagacao minucioso, de forma a evitar problemas de interferencia, mantera seguranca das informacoes e evitar danos a saude pela emissao eletromagnetica. Paratal existem estudos de modelos de propagacao determinısticos e empıricos.
O objetivo deste Trabalho de Graduacao e estudar a propagacao em ambientes fe-chados com paredes largas, caracterısticas de predios como o da Camara dos Deputados,Senado Federal entre outros. Assim, atraves de comparacoes entre os valores obtidospelos modelos empıricos com medidas realizadas em diversos ambientes da Camara dosDeputados, pretende-se propor ajustes ao modelo mais adequado, de modo a asseguraruma predicao da propagacao, em ambientes fechados com paredes largas, mais precisa ecom uma expressao matematica simplificada.
ABSTRACT
Indoor wireless communication is an essential need in modern everyday life, eitherin mobile telephony or in WLAN (Wireless Local Area Network) used in commercialor residential buildings. Providing the proper covering of reception of electromagneticwaves in such environments is an arduous task and should be preceded by a meticulouspropagation study, in order to maintain the security and the health, due to electromagneticemission.
The main target of this work is to study the propagation in closed environments withlarge thick walls, such as the ones found at the buildings of the Chamber of the Deputiesand Federal Senate among others. Therefore, by means of comparisons between valuesobtained by the empiric models, with measurements taken in many differents environmentsinside the Chamber of the Deputies, it is intended to propose adjustments to the moreappropriate model in order to ensure an acurate prognostic of propagation in such spaces,with a simplified mathematic expression.
SUMARIO
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
1 INTRODUCAO p. 17
1.1 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20
2 MODELOS EMPIRICOS DE PROPAGACAO p. 22
2.1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 22
2.2 MODELO DE PERDA DEPENDENTE
DA DISTANCIA (COST231 – ONE-SLOPE ) . . . . . . . . . . . . . . p. 22
2.3 MODELO DE MOTLEY-KEENAN (COST231 para paredes multiplas) p. 25
2.4 MODELO DA ITU-R (DEFINIDO PELA
RECOMENDACAO P.1283) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28
2.5 MODELO DEFINIDO POR LAFORTUNE E LECOURS . . . . . . . . p. 29
2.6 MODELO DEFINIDO POR SEIDEL E RAPPAPORT PARA SALAS
SEPARADAS POR PAREDES DE CONCRETO OU DIVISORIAS. . p. 34
2.7 OUTROS MODELOS EMPIRICOS
DE PREDICAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 35
3 PERDA POR PENETRACAO p. 36
3.1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 36
3.2 PERDA POR PENETRACAO EM DIVERSOS TIPOS DE PAREDES p. 36
4 CLASSIFICACAO DO AMBIENTE E DAS MEDIDAS EFETUA-
DAS p. 43
4.1 DESCRICAO DO AMBIENTE DE TESTE . . . . . . . . . . . . . . . p. 43
4.2 DESCRICAO DAS MEDIDAS EFETUADAS . . . . . . . . . . . . . . p. 49
5 CALCULO E ANALISE DE RESULTADOS p. 51
5.1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 51
5.2 COMPARACAO COM MEDIDAS EM VISIBILIDADE . . . . . . . . p. 51
5.3 COMPARACAO DE MEDIDAS EM
OBSTRUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 59
5.4 ANALISE DE RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 63
5.4.1 ANALISE DE RESULTADOS PARA O CASO LOS . . . . . . p. 65
5.4.2 ANALISE DE RESULTADOS PARA O CASO OBS . . . . . . p. 68
5.4.3 CONCLUSAO DA ANALISE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 73
6 PROPOSTA DE ADEQUACAO DO MELHOR MODELO EMPIRICO
ESTUDADO p. 76
6.1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 76
6.2 PROPAGACAO EM OBSTRUCAO -
PROPOSTA 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 76
6.2.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OS
VALORES MEDIDOS EM OBSTRUCAO E OS VALORES CAL-
CULADOS PELA PROPOSTA 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 79
6.2.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 1 . . . . . . . p. 80
6.3 AJUSTE DO VALOR DO INDICE DE DECAIMENTO DE POTENCIA
- PROPOSTA 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 81
6.3.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OS VALORES ME-
DIDOS E OS VALORES CALCULADOS PELA PROPOSTA 2. p. 86
6.3.1.1 CONDICAO DE VISIBILIDADE - LOS . . . . . . . . p. 86
6.3.1.2 CONDICAO DE OBSTRUCAO - OBS . . . . . . . . . p. 91
6.3.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 2 . . . . . . . p. 91
6.4 PROPOSTA 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 94
6.4.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OS VALORES ME-
DIDOS E OS VALORES CALCULADOS PELA PROPOSTA 3. p. 99
6.4.1.1 CONDICAO DE VISIBILIDADE . . . . . . . . . . . . p. 99
6.4.1.2 CONDICAO DE OBSTRUCAO . . . . . . . . . . . . p. 104
6.4.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 3 . . . . . . . p. 105
6.4.3 VALIDACAO DAS PROPOSTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 106
7 CONCLUSOES p. 108
Referencias p. 110
Apendice A -- BANCO DE DADOS p. 113
Apendice B -- LINHAS DE CODIGO p. 116
Anexo A -- Anexo p. 124
A.1 CARACTERISTICAS DO MDT-400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 124
A.2 CARACTERISTICAS DO EAGLE PLUS . . . . . . . . . . . . . . . . p. 124
A.3 CARACTERISTICAS DA ANTENA AD2500 . . . . . . . . . . . . . . p. 124
LISTA DE TABELAS
2.1 Parametros para o modelo one-slope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23
2.2 Indice de decaimento de potencia e desvio padrao em varios tipos de
predios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 24
2.3 Fator de atenuacao e desvio medio em dois predios. . . . . . . . . . . . p. 25
2.4 Perda de penetracao em tres tipos de paredes. . . . . . . . . . . . . . . p. 27
2.5 Valores de n. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28
2.6 Perda de Penetracao Af . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29
3.1 Permeabilidade complexa relativa de alguns materiais para construcao
no interior de edifıcios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 39
3.2 Perda de penetracao media medida para os tipos de obstrucao mais co-
muns em edificacoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 42
5.1 Analise de resultados em situacao de visibilidade dos Modelos One-Slope
e de Motley-Keenan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 66
5.2 Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da ITU-R p. 67
5.3 Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo de Lafortune p. 68
5.4 Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo de Seidel e
Rappaport . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 69
5.5 Melhor modelo por tipo de ambiente e frequencia utilizada . . . . . . . p. 70
5.6 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
One-Slope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 71
5.7 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
de Motley-Keenan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 72
5.8 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
da ITU-R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 73
5.9 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
de Lafortune . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 74
5.10 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
de Seidel e Rappaport . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 75
6.1 Relacao entre a espessura de uma parede e a perda por penetracao cau-
sada por esta parede. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 77
6.2 Medidas da Perda de Penetracao de referencia em paredes do tipo di-
visoria, gesso acartonado e concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 78
6.3 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
da Proposta 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 80
6.4 Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da Proposta 2 p. 93
6.5 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
da Proposta 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 94
6.6 Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da Proposta 3p. 105
6.7 Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo
da Proposta 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 106
A.1 Medidas de Atenuacao em condicao de visibilidade em diversos ambientes
da Camara dos Deputados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 114
A.2 Medidas de Atenuacao em condicao de obstrucao . . . . . . . . . . . . p. 115
LISTA DE FIGURAS
2.1 Ilustracao do modelo One Slope que considera apenas a distancia entre
transmissor e recptor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 26
2.2 Ilustracao do modelo de Motley-Keenan que considera, alem da distancia
entre transmissor e receptor, as perdas devidas aos diversos tipos de
paredes que se encontram no percurso do sinal. . . . . . . . . . . . . . p. 27
2.3 Situacao em que ha paredes entre o transmissor e o receptor . . . . . . p. 30
2.4 Situacao em que ha portas entre o transmissor e o receptor . . . . . . . p. 31
2.5 Situacao em que ha janelas entre o transmissor e o receptor . . . . . . . p. 31
2.6 Situacao em que o transmissor e o receptor se encontam em corredores p. 33
3.1 Coeficientes de Transmissao e Reflexao de uma camada dieletrica de 13cm
de espessura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 37
3.2 Campos incidentes e transmitidos atraves de uma parede . . . . . . . . p. 38
3.3 Ilustracao do posicionamento das antenas transmissora e reptora para
medir a perda por penetracao em paredes . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 39
3.4 Perda de penetracao atraves de uma parede de concreto com 12cm de
espessura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 40
3.5 Perda de penetracao atraves de uma parede de concreto com 35cm de
espessura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 41
3.6 Perda de penetracao atraves de uma parede de gesso com 12cm de espessura p. 41
4.1 Construcao do Congresso Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 44
4.2 Plenario Ulisses Guimaraes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 44
4.3 Salao Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 45
4.4 Salao Branco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 45
4.5 Sala de Reuniao da Comissao Mista de Orcamento . . . . . . . . . . . . p. 46
4.6 Exemplo de sala administrativa com mobılia tıpica do ambiente . . . . p. 47
4.7 Corredor Tıpico com 4 metros de largura . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 47
4.8 Corredor que interliga os Anexos II e IV . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 48
4.9 Corredor que interliga o Anexo II ao Edifıcio Principal . . . . . . . . . p. 48
5.1 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
1 e 2 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 53
5.2 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
1 e 2 para frequencia de 1800MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 54
5.3 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
1 e 2 para frequencia de 2470MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 54
5.4 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
3 e 4 para frequencia de 421MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 55
5.5 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
3 e 4 para frequencia de 2470MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 55
5.6 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes do tipo 5
para frequencia de 421MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 56
5.7 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes do tipo 5
para frequencia de 1800MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 56
5.8 Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos
6 e 7 para frequencia de 1800MHz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 57
5.9 Medidas executadas com obstrucao entre o transmissor e o receptor . . p. 60
5.10 Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com
o Modelo One-Slope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 60
5.11 Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com
o Modelo de Motley-Keenan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 61
5.12 Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com
o Modelo da ITU-R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 61
5.13 Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com
o Modelo de Lafortune . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 62
5.14 Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com
o Modelo de Seidel e Rappaport . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 63
5.15 Exemplo de Acuracia x Precisao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 64
6.1 Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 1 p. 79
6.2 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421
MHz em ambientes dos tipos 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 82
6.3 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421
MHz em ambientes do tipo 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 82
6.4 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421
MHz em ambientes dos tipos 3 e 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 83
6.5 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800
MHz em ambientes dos tipos 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 83
6.6 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800
MHz em ambientes do tipo 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 84
6.7 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800
MHz em ambientes dos tipos 6 e 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 84
6.8 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 2470
MHz em ambientes dos tipos 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 85
6.9 Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 2470
MHz em ambientes do tipo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 85
6.10 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . p. 86
6.11 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes dos tipos 3 e 4 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . p. 87
6.12 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes do tipo 5 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . . . . p. 88
6.13 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . p. 88
6.14 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes do tipo 5 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . . . . p. 89
6.15 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes dos tipos 6 e 7 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . p. 89
6.16 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 2470 MHz . . . . . . . p. 90
6.17 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2,
em ambientes do tipo 3 para frequencia de 2470 MHz . . . . . . . . . . p. 91
6.18 Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 2 p. 92
6.19 Representacao da secao transversal de um predio de escritorios . . . . . p. 95
6.20 Representacao da secao transversal de um corredor ou salao de um predio p. 95
6.21 Ilustracao do Elipsoide de Fresnel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 96
6.22 Ilustracao do primeiro elipoide de Fresnel . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 97
6.23 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . p. 99
6.24 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes dos tipos 3 e 4 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . p. 100
6.25 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes do tipo 5 para frequencia de 421 MHz . . . . . . . . . . p. 100
6.26 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . p. 101
6.27 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes do tipo 5 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . . . . p. 101
6.28 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes dos tipos 6 e 7 para frequencia de 1800 MHz . . . . . . . p. 102
6.29 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 2470 MHz . . . . . . . p. 102
6.30 Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3,
em ambientes do tipo 3 para frequencia de 2470 MHz . . . . . . . . . . p. 103
6.31 Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 3 p. 104
A.1 Caracterısticas Tecnicas do MDT-400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 125
A.2 Caracterısticas Tecnicas do MDT-400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 126
A.3 Caracterısticas Tecnicas do equipamento Trango Systems Eagle Plus . p. 127
A.4 Caracterısticas Tecnicas do equipamento Trango Systems Eagle Plus . p. 128
A.5 Caracterısticas Tecnicas da antena AD2500 . . . . . . . . . . . . . . . . p. 129
17
1 INTRODUCAO
1.1 JUSTIFICATIVA
A necessidade de comunicacao e algo inerente ao homem, cujo desenvolvimento sempre
esteve ligado a este fato. A partir da invencao do telefone por Alexander Graham Bell, em
1876, e, posteriormente, com o primeiro equipamento transmissor de radio por Guglielmo
Marconi, em 1895, esta necessidade comecou a ser saciada atraves da telefonia que teve
durante o seculo XX um avanco tecnologico consideravel.
Com o aumento da demanda do uso das comunicacoes, seja de voz ou dados, no inte-
rior de predios comerciais ou publicos, fabricas, estadios e ginasios esportivos, residencias,
tuneis, etc., tem sido necessario adequar tais necessidades as restricoes impostas pela pro-
pagacao de ondas eletromagneticas nestes ambientes. Isto vem ocorrendo principalmente
nos ultimos anos, apos o grande desenvolvimento dos servicos de comunicacao movel ce-
lular ou, mais recentemente, dos servicos de comunicacao movel pessoal, dos sistemas
de telefonia sem fio (em ingles “cordless”), do aumento da necessidade de comunicacao
entre agentes que fazem a seguranca de autoridades civis e militares em tais ambientes
e, como nao se pode esquecer, do desenvolvimento e aperfeicoamento das redes de dados
sem fio (WLAN “Wireless Local Area Networks”). Assim, e preciso avaliar as condicoes
de propagacao para que se tenha certeza de que o sistema tera a cobertura necessaria
para cumprir os requisitos de grau de servico (QoS - Quality of Service) impostos ou se
a cobertura nao vai extrapolar para os limites externos da area de cobertura, de modo
a facilitar o desvio de informacoes e ate mesmo para que se tenha certeza que os nıveis
de potencia do sinal transmitido estejam dentro dos padroes estabelecidos para a taxa de
absorcao especıfica (SAR – “Specific Absorption Rate”).
A propagacao em ambientes fechados esta sujeita aos mesmos mecanismos basicos
da propagacao em espacos abertos que contribuem para a atenuacao do sinal entre o
transmissor e o receptor. Estes mecanismos sao descritos como:
18
• Reflexao – quando um sinal propagado choca-se com um objeto muito maior que
seu comprimento de onda;
• Difracao – quando o sinal propagado e obstruıdo por objetos com bordas irregulares
o que provoca uma variacao ou curvatura na direcao de propagacao da onda;
• Espalhamento – quando o sinal propagado choca-se com um objeto ou com uma
superfıcie com irregularidades menores que seu comprimento de onda, provocando
um espalhamento do sinal em varias direcoes.
No entanto, a propagacao em ambientes fechados difere da propagacao em ambientes
abertos basicamente em dois aspectos: transmissores com menor potencia e distancias
menores entre transmissor e receptor. Alem disso, esta sujeita a condicoes muito mais
variadas como a posicao das mobılias que podem ser modificadas com relativa frequencia,
posicao das antenas transmissoras e receptoras, tipo de material dos pisos e paredes, altura
do “pe-direito” do ambiente em estudo, movimentacao de pessoas e outros.
Prever as condicoes de propagacao e uma tarefa ardua para os engenheiros de teleco-
municacoes e, desta forma, varios estudos tem sido efetuados no sentido de desenvolver
modelos de predicao capazes de quantificar a atenuacao que um sinal sofrera em diversos
tipos de ambientes. Basicamente, estes modelos sao classificados como modelos empıricos
ou modelos determinısticos.
Os modelos determinısticos, por serem especıficos para cada construcao, permitem
considerar todos os aspectos envolvidos no projeto em questao. Por outro lado, os mes-
mos sao inteiramente dependentes de informacoes do ambiente ou do predio a ser ana-
lisado. Nao sao necessarias medicoes reais para realizar a predicao, porem informacoes
tais como tipo de material, posicionamento e tipo das mobılias sao imprescindıveis para
o bom funcionamento do modelo. Teoricamente, as caracterısticas de propagacao de on-
das eletromagneticas podem ser calculadas exatamente atraves das equacoes de Maxwell,
mas esta abordagem e matematicamente muito complexa. Desta forma, os modelos de-
terminısticos utilizam a forma de um raio optico, fazendo uso da tecnica de lancamento
de raios para simular os efeitos da reflexao, difracao e espalhamento da onda emitida
por um transmissor de radio. Esta tecnica envolve, basicamente, um numero de raios
lancados da antena do transmissor em direcoes especıficas. Para cada raio sao analisados
seu tracado e suas interseccoes com as paredes e pisos, determinando se os raios inciden-
tes sao penetrados ou refletidos em alguma direcao. Cada raio penetrado e refletido e
novamente analisado ate uma nova intersecao com outro obstaculo. A sequencia se repete
19
ate que: a amplitude do raio caia abaixo de um limiar; ou que, apos um certo numero
de interacoes, o mesmo nao atinja o receptor. Desta maneira a potencia recebida sera a
soma das potencias dos raios recebidos por varios percursos dos raios tracados.
Os modelos empıricos, por outro lado, sao baseados em medicoes feitas no ambientes
em estudo e com estes dados sao efetuados modificacoes e ajustes no modelo de atenuacao
no espaco livre dada pela Equacao de Friis (1.1).
Pr =PtGtGr(λ)2
(4π)2d2L(1.1)
Onde Gr e Gt sao os ganhos de recepcao e transmissao respectivamente, Pr e Pt sao
as potencias recebidas e transmitidas, λ e o comprimento da onda transmitida, d e a
distancia em linha reta entre o transmissor e o receptor e L e um fator de atenuacao que
em condicoes ideais, sem perdas nos cabos e conectores utilizados, e considerado igual a
um.
Assim a atenuacao, ou perda no percurso (A) em decibel (dB), no espaco livre e dada
por:
A0[dB] = 10 logPt
Pr
(1.2)
Substituindo a Equacao (1.1) na Equacao (1.2) pode-se determinar a atenuacao no
espaco livre atraves da Equacao (1.3).
A0[dB] = 10 log(4π)2d2
GtGr(λ)2(1.3)
O enfoque deste Trabalho de Graduacao sera nos modelos empıricos que possam ser
aplicados a ambientes fechados com paredes largas e salas e corredores acarpetados em um
mesmo andar do predio. Com o objetivo de verificar a validade e propor a adequada modi-
ficacao no modelo que melhor se ajuste ao ambiente em estudo, serao avaliados aqui apenas
cinco modelos empıricos, a saber: Modelo de perda dependente da distancia (COST231
One-Slope), Modelo de Motley-Keenan (COST231 para paredes multiplas), Modelo da
ITU-R (´´International Union of Telecommunications - Radiocommunication”) definido
pela recomendacao P.1283, Modelo de Lafortune e Lecours e Modelo de Seidel e Rappa-
port para salas separadas por paredes de concreto ou divisorias.
Estes modelos foram selecionados por apresentar caracterısticas como a variacao da
atenuacao em funcao da distancia entre as antenas transmissora e receptora, e por apresen-
tarem algum parametro de previsao das perdas por penetracao em paredes (com excecao
do Modelo One-Slope).
20
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO
O objetivo deste trabalho e o estudo da propagacao em ambientes fechados que pos-
suam caracterısticas tais como paredes largas, salas e corredores cobertos por carpetes.
Estas caracterısticas sao tıpicas de predios publicos tais como o da Camara dos Depu-
tados, em Brasılia, onde o uso de telefones celulares e de sistemas de radio (SLMP –
servico limitado movel privado) e prejudicado devido a grande quantidade de concreto e
variedade de ambiente.
Desta forma, apos uma breve introducao (Capıtulo 1), o Capıtulo 2 abordara os
conceitos basicos dos modelos empıricos selecionados para estudo. Neste capıtulo sera
apresentado cada modelo com suas caracterısticas especıficas e equacoes matematicas
usadas em sua modelagem, a qual servira de base para o estudo comparativo com medidas
realizadas.
No Capıtulo 3 sera apresentado um estudo sobre as perdas por penetracao em paredes,
parametro que e considerado em alguns dos modelos descritos no Capıtulo 2, procurando
definir uma relacao entre a atenuacao sofrida e a espessura das paredes penetradas pelo
sinal propagado.
No Capıtulo 4 sera apresentado um detalhamento dos ambientes onde foram realizadas
medidas da atenuacao de propagacao. Estes ambientes sao salas, corredores, auditorios
e saloes da Camara dos Deputados, em Brasılia, com caracterısticas que incluem aquelas
detalhadas anteriormente. As medidas efetuadas serao descritas como em visada direta
(LOS –“line-of-sight”) ou em obstrucao (OBS – “obstructed-sight”) entre o transmissor e o
receptor, em ambientes com e sem carpete. Alem disso, serao descritos os tipos de paredes
quando em situacao de obstrucao, que se encontram entre o transmissor e o receptor.
No Capıtulo 5 serao apresentados uma serie de calculos e graficos com os dados
(frequencia, distancia entre transmissor e receptor, etc.) utilizados para efetuar as medicoes,
para que se possa estabelecer uma analise comparativa entre valores teoricos e praticos.
No Capıtulo 6 serao apresentadas propostas de melhoria do modelo que, durante a
analise efetuada no Capıtulo 4, obteve os melhores resultados. Ainda neste Capıtulo o
´´novo modelo” proposto sera avaliado utilizando o mesmo banco de dados empregado
na analise dos modelos em estudo.
No Capıtulo 7 serao apresentadas as conclusoes, destacando-se tambem os trabalhos
futuros que poderao suceder este estudo. Para completar esta monografia, os apendices
21
contem o banco de dados levantado a partir de medidas efetuadas no ambiente de estudo,
onde e caracterizada a atenuacao de propagacao em funcao da distancia entre as antenas
transmissora e receptora, alem das linhas de codigo, em Matlab, utilizadas para gerar
graficos e efetuar as analises apresentadas nos Capıtulos 4 e 5.
22
2 MODELOS EMPIRICOS DEPROPAGACAO
2.1 INTRODUCAO
Os modelos apresentados neste capıtulo seguem uma ideia basica, a qual consiste na
determinacao de um valor representativo para a queda do nıvel do sinal emitido por uma
antena transmissora, conforme e observada a variacao na distancia entre esta e uma antena
receptora. Este valor e normalmente apresentado como perda ou atenuacao da propagacao
e determinados atraves das Equacoes (1.1), (1.2) e (1.3) descritas anteriormente.
Serao descritos aqui apenas aqueles modelos que melhor se ajustam as condicoes do
ambiente de estudo.
2.2 MODELO DE PERDA DEPENDENTE
DA DISTANCIA (COST231 – ONE-SLOPE)
Este modelo indica que a atenuacao (A) media do sinal transmitido aumenta expo-
nencialmente com a distancia, isto e, a atenuacao e uma funcao da distancia entre o
transmissor e o receptor, dada por:
A(d) ≈(
d
d0
)n
(2.1)
Onde n e o ındice de decaimento de potencia e indica a taxa de queda do nıvel do
sinal recebido, d0 e a distancia de referencia que para ambientes fechados e tomada como
sendo igual a 1 (um) metro e d e a distancia de separacao entre a antena transmissora e
a antena receptora.
Assim, a atenuacao media, em decibel, e definida como a atenuacao tomada a uma
distancia de referencia d0 igual a 1 metro, adicionada a atenuacao descrita pela Equacao (2.1).
23
Desta forma, com a Equacao (2.2), pode-se determinar o valor da atenuacao sofrida pelo
sinal propagado.
A(d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)(2.2)
O valor de A(d0)[dB] pode ser obtido atraves de medidas locais ou pelo calculo da ate-
nuacao no espaco livre pela Equacao (1.3), tomando a distancia igual a 1 metro e ganhos
unitarios.
O fator de decaimento n e especificado como sendo igual a 2 (dois) quando o trans-
missor e o receptor estao localizados em espaco livre. Porem, segundo (SARKAR et al.,
2003), este valor pode variar entre 1,5 e 1,8 quando transmissor e receptor estao em
ambiente fechado com visada (sem obstaculos) entre eles, ou variar entre 3 a 4 quando
colocados em salas distintas. Outro ponto e que seu valor e dependente da frequencia em
uso. E possıvel, no entanto, recorrer a tabelas que indicam valores medidos em diversos
ambientes.
A Tabela 2.1, encontrada em (MIKAS; ZVANOVEC; PECHAC, 2002), indica os valores
de A0 e n para varias frequencias, de acordo com o tipo de ambiente. Como pode ser
verificado, o valor de A0 depende basicamente da frequencia em uso, ja os valores de
n sao dependentes, alem da frequencia, do tipo de ambiente em que sao tomadas as
medidas. De um modo geral, os valores de n ficam abaixo de 2 para corredores e acima
para predios de escritorios. As medidas foram realizadas em dois tipos de predios de
escritorios, identificados aqui como #1 e #2.
Tabela 2.1: Parametros para o modelo one-slope
f [GHz] A0[dB] n Tipo de ambiente1,9 38 3,5 Predio de escritorios #11,9 38 2,0 Espaco aberto1,9 38 1,3 Corredor2,45 40,2 4,2 Predio de escritorios #12,45 40,2 1,2 Corredor2,45 40,2 3,5 Predio de escritorios #22,5 40,4 3,7 Predio de escritorios #15,0 46,4 3,5 Predio de escritorios #25,25 46,8 4,6 Predio de escritorios #1
Em (SEIDEL; RAPPAPORT, 1992), a atenuacao dependente da distancia e mostrada
como uma distribuicao log-normal da Equacao (2.2), como pode ser verificado na Equacao
24
(2.3).
A(d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)+ Xσ (2.3)
onde Xσ e uma variavel aleatoria com distribuicao Gaussiana, media zero e desvio padrao
σ. Nesta equacao, Xσ pode ser determinado, de acordo com (LIMA, 2003), pela Equacao
(2.4).
Xσ = Kσ[dB] (2.4)
Onde K e um fator de proporcionalidade e depende do percentual de cobertura dese-
jada, que para o caso mais usual de 90% da area de cobertura, pode-se admitir K = 1, 28.
A Tabela 2.2 ((RAPPAPORT, 1996)) indica os valores tıpicos do ındice de decaimento
de potencia (n) e o desvio padrao (σ) para varios locais de diversos predios. E possıvel
notar que os valores de n variam de acordo com o ambiente em questao, tendo variacoes
consideraveis e dependentes do tipo de configuracao dos andares dos predios (numero e ta-
manho das salas e corredores) e da especificidade de cada ambiente (armazem, escritorios,
etc).
Tabela 2.2: Indice de decaimento de potencia e desvio padrao em varios tipos de predios.
n σ[dB] Numero de medidasTodos os prediosTodas medidas 3,14 16,3 634Mesmo andar 2,76 12,9 501Atraves do primeiro andar 4,19 5,1 73Atraves do segundo andar 5,04 6,5 30Atraves do terceiro andar 5,22 6,7 30Armazem 1,81 5,2 89Loja varejista 2,18 8,7 137Predio #01Entrada do predio 3,54 12,8 320Mesmo andar 3,27 11,2 2385o andar da ala oeste 2,68 8,1 1045o andar da ala central 4,01 4,3 1184o andar da ala oeste 3,18 4,4 120Predio #02Entrada do predio 4,33 13,3 100Mesmo andar 3,25 5,2 37
Em ambientes de multiplos andares, pode-se calcular a atenuacao no percurso atraves
25
da Equacao (2.2), porem, variando o valor do ındice n de acordo com o andar. A Equacao
(2.5) indica a modificacao a ser feita.
A(d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n(multiplos andares) log
(d
d0
)(2.5)
Outra possibilidade e a utilizacao de um fator adicional de perda por andar na Equacao (2.2).
Assim a equacao de atenuacao, considerando que o transmissor e o receptor estejam lo-
calizados em andares diferentes, podera ser determinada pela Equacao (2.6).
A(d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)+ FAF [dB] (2.6)
Onde FAF e a atenuacao em diversos andares. A Tabela 2.3 (RAPPAPORT, 1996) indica
o fator de atenuacao em diversos andares e o desvio medio (em dB) encontradas para
diversas medidas de atenuacao em dois predios. Como pode ser observado, estes valores
nao sao lineares, ou seja, as atenuacoes entre os andares nao aumentam linearmente a
medida que se afasta, entre os andares, as antenas transmissoras e receptoras.
Tabela 2.3: Fator de atenuacao e desvio medio em dois predios.
FAF [dB] σ[dB] Numero de medidasPredio #01Atraves do primeiro andar 12,9 7,0 52Atraves do segundo andar 18,7 2,8 9Atraves do terceiro andar 24,4 1,7 9Atraves do quarto andar 27,0 1,5 9Predio #02Atraves do primeiro andar 16,2 2,9 21Atraves do segundo andar 27,5 5,4 21Atraves do terceiro andar 31,6 7,2 21
Este modelo, por ser dependente apenas da distancia entre transmissor e receptor,
e uma ferramenta de grande utilidade quando nao existem informacoes a respeito das
paredes, pisos e ambientes do predio onde se realiza o estudo de cobertura.
2.3 MODELO DE MOTLEY-KEENAN (COST231
PARA PAREDES MULTIPLAS)
Este modelo, atribuıdo a A. J. Motley e a J. M. Keenan, considera que a atenuacao
(A) entre a antena transmissora e a antena receptora e causada, tambem, por perdas na
26
penetracao do sinal em paredes e pisos, o que pode variar dependendo do tipo de material
utilizado em sua construcao e da frequencia adotada.
Desta forma, diferentemente do modelo descrito na Secao 2.2, o Modelo de Motley-
Keenan considera a atenuacao em cada parede que se encontra no percurso do sinal. As
Figuras 2.1 e 2.2 ilustram esta diferenca.
Figura 2.1: Ilustracao do modelo One Slope que considera apenas a distancia entre trans-missor e recptor.
Na Figura 2.1, como se pode ver, o unico dado considerado para o calculo da atenuacao
entre o transmissor e o receptor e a distancia d entre eles. Ja na Figura 2.2, alem da
distancia entre os transceptores, sao consideradas as perdas por penetracao nas paredes
dos tipos w1, w2 e w3.
Esta caracterıstica introduz um fator de correcao na Equacao (2.2). Assim, a ate-
nuacao no percurso para este modelo pode ser calculada atraves da Equacao (2.7).
AMW (d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)+
N∑
i=1
kwiAwi[dB] +M∑
j=1
kpjApj[dB] (2.7)
Onde:
kwi e o numero de paredes penetradas do tipo i;
kpj e o numero de andares ou pisos penetrados do tipo j;
Awi e a atenuacao ou a perda por penetracao na parede do tipo i;
27
Figura 2.2: Ilustracao do modelo de Motley-Keenan que considera, alem da distancia entretransmissor e receptor, as perdas devidas aos diversos tipos de paredes que se encontramno percurso do sinal.
Apj e a atenuacao ou a perda por penetracao no piso do tipo j;
N e o numero de diferentes paredes entre o transmissor e o receptor;
M e a quantidade de pisos entre o transmissor e o receptor.
A Tabela 2.4 (MIKAS; ZVANOVEC; PECHAC, 2002) indica que este modelo considera
tres tipos de paredes: leves (L1), pesadas (L2) e de metal (L3). Pode-se notar que a
perda por penetracao e dependente da frequencia de operacao e do tipo de ambiente em
que se executa as medidas. As medidas foram realizadas em dois predios de escritorios,
indicados aqui como #1 e #2.
Tabela 2.4: Perda de penetracao em tres tipos de paredes.
f [GHz] L1 L2 L3 Tipo de ambiente1,9 2,1 4,4 1,3 Predio de escritorios #11,9 0,5 4,2 – Espaco aberto2,45 5,9 8,0 4,1 Predio de escritorios #12,45 6,0 – – Predio de escritorios #25,0 6,5 11,7 – Predio de escritorios #2
28
2.4 MODELO DA ITU-R (DEFINIDO PELA
RECOMENDACAO P.1283)
Este modelo adotado pela ITU-R (International Union of Telecommunications - Ra-
diocommunication), atraves da recomendacao P.1283, e utilizado para predicoes de pro-
pagacao em frequencias entre 900MHz e 100GHz. A atenuacao e dada pela Equacao
2.8.
Atotal(dB) = 20 log10 f + n log10 d + Af (p)− 28 (2.8)
Onde:
n: coeficiente de perda
f : frequencia [MHz]
d: distancia [m] entre transmissor e receptor (com d > 1m)
Af : fator de penetracao no piso [dB]
p: numero de pisos entre o transmissor e o receptor (p ≥ 1).
As Tabelas 2.5 e 2.6 indicam os valores dos parametros n e Af adotados por este
modelo em diversas situacoes.
Tabela 2.5: Valores de n.
Frequencia Residencia Escritorio Comercial900 MHz – 33 201.2–1.3 GHz – 32 221.8–2.0 GHz 28 30 224.0 GHz – 28 225.2 GHz – 31 –60.0 GHz – 22 17
O modelo da ITU-R nao considera as perdas nas paredes. Assim, para o caso em
estudo, em que o transmissor e o receptor se encontram no mesmo piso, o unico avanco
em relacao ao Modelo One-Slope (Secao 2.2) e o fator de correcao Af adicionado na
Equacao 2.8.
29
Tabela 2.6: Perda de Penetracao Af .
Frequencia Residencia Escritorio Comercial9 (1 piso)
900 MHz – 19 (2 pisos) –24 (3 pisos)
1.8-2.0 GHz 4p 15 + 4(p− 1) 6 + 3(p− 1)5.2 GHz – 16 (1 piso) –
2.5 MODELO DEFINIDO POR LAFORTUNE E LE-
COURS
Neste modelo, encontrado em (LAFORTUNE; LECOURS, 1990), os autores se basearam
em diversas medidas realizadas (729 ao todo) em dois predios similares na frequencia de
917MHz, considerando dois parametros que o diferem dos modelos anteriormente descri-
tos: a perda causada por obstaculos (LOB) e um ganho devido as reflexoes do sinal nas
paredes, piso e teto (GRM), alem dos ganhos das antenas de transmissao (Gt) e recepcao
(Gr). A atenuacao deste modelo e calculada pela Equacao (2.9).
A(dB) = 20logf(MHz) + 20log d(m)− LOB −Gt −Gr −GRM − 28 (2.9)
Em (LAFORTUNE; LECOURS, 1990) foram analizadas varias situacoes e ambientes em
que foram posicionadas as antenas transmissora e receptora. Para cada uma das situacoes
analisadas por esse modelo, ha uma maneira para se determinar os valores de LOB e GRM ,
algumas delas sao aqui apresentadas:
• Caso geral com obstaculos.
Quando nao indicado o valor de GRM este sera considerado igual a zero (0).
– w paredes entre transmissor e receptor.
O que se considera, aqui, e a situacao em que ha obstrucao de paredes entre a
antena transmissora e a receptora. A Figura 2.3 ilustra esta situacao.
LOB = 3, 7− 1, 5w − 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4(2.10)
onde d′ e a distancia do transmissor a 1a parede, considerando que: uma quina
e igual a uma parede; uma parede estreita e igual a meia parede; e uma parede
30
grossa e igual a duas paredes.
Figura 2.3: Situacao em que ha paredes entre o transmissor e o receptor
– Porta entre transmissor e receptor.
Considerando y a distancia em metros do transmissor ate a porta e θ o angulo
de abertura entre a porta e a parede onde se encontra, os valores de LOB e
GRM podem ser definidos como:
∗ Porta aberta (θ > 30◦)
se y ≤ 2, LOB = 0 e GRM = 2
se 2 < y < 10, LOB = 0 e GRM = 0
se y ≥ 10, LOB = −2 e GRM = 0
∗ Porta fechada(θ < 30◦)
se y ≤ 2, LOB = −2 e GRM = 0
se y > 2, Equacao 2.10 com w = 1
∗ Portas e paredes.
Para x1 portas e x2 paredes aplicar Equacao 2.10 com w = x1 + x2
Pode-se notar que para este caso a porta e considerada estando aberta quando
o angulo θ entre a parede e a porta for maior que 30◦ e fechada nos outros casos.
Alem disso, considera-se que existira ocorrencia de reflexao do sinal com ganho
igual a 2 no caso da porta se encontrar aberta a uma distancia menor que dois
metros do transmissor.
A Figura 2.4 ilustra melhor esta situacao.
31
Figura 2.4: Situacao em que ha portas entre o transmissor e o receptor
– Janelas entre transmissor e receptor
Este item considera a situacao em que ha a possibilidade de existencia de
janelas entre o transmissor e o receptor, sem considerar, no entanto, o tipo das
janelas. A Figura 2.5 ilustra esta situacao.
Figura 2.5: Situacao em que ha janelas entre o transmissor e o receptor
∗ 1 janela, θ > 45◦ e LOB = 0
∗ 1 janela, θ < 45◦:
LOB = 3, 7− 1, 5− 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4(2.11)
32
∗ 1 janela, x paredes:
LOB = 3, 7− 1, 5x− 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4(2.12)
∗ 2 janelas, aplicar a Equacao 2.11
∗ 2 janelas, x paredes, aplicar a Equacao 2.12
∗ 3 janelas, x paredes:
LOB = 3, 7− 1, 5(x + 1)− 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4
(2.13)
– Mobılia entre transmissor e receptor
∗ Mobılia nao-metalica
LOB = 2, 7− 1, 5w − 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4(2.14)
∗ Mobılia metalica
com parede entre os transceptores:
LOB = 1, 7− 1, 5w − 10, 7 log(d)
+0 se d′ < 4
−7, 8 + 15, 3 log(d′) se d′ ≥ 4
(2.15)
sem parede entre os transceptores, LOB = −4
– Propagacao entre pisos
Neste caso devera ser considerada a perda incial por obstaculos LOBinicialno
andar em que se localiza o transmissor e o calculo da perda final podera ser
definida como:
LOBfinal= LOBinicial
− 27, 5− 41, 5 log(p) (2.16)
onde p e o numero de andares.
• Emissao em corredores.
Quando nao indicado o valor de LOB sera considerado igual a zero (0). A Figura
2.6 ilustra esta situacao.
– Corredor principal sem portas transversais
GRM = 0, 2 + 1, 8 log(d) (2.17)
33
Figura 2.6: Situacao em que o transmissor e o receptor se encontam em corredores
– Corredor principal com portas transversais fechadas
∗ em frente as portas aplicar a Equacao (2.17)
∗ atras das portas:
GRM = bk + m log(d) (2.18)
LOB = bk + m log(d) (2.19)
com:
m = −0, 0067k2 + 2, 35 e bk = Pk −m log(k)
onde k e a distancia entre transmissor e a ultima porta obstruıda, e Pk e
nıvel do sinal estimado a k metros.
• Emissao em uma sala
– Transmissor e receptor na mesma sala
se nao houver mobılia aplicar a Equacao (2.17)
34
se houver mobılia aplicar a Equacao (2.14), no caso de mobılia nao metalica,
ou a Equacao (2.15) caso a mobılica seja metalica.
– Transmissor e receptor em salas adjacentes
Aplicar a Equacao (2.10).
– Receptor localizado em um corredor
LOB = −3 log(d) (2.20)
2.6 MODELO DEFINIDO POR SEIDEL E RAPPA-
PORT PARA SALAS SEPARADAS POR PA-
REDES DE CONCRETO OU DIVISORIAS.
Para a definicao deste modelo, encontrado em (SEIDEL; RAPPAPORT, 1992), os autores
se basearam em medidas feitas em dois andares distintos de dois predios de escritorios
tıpicos, ou seja, arquitetonicamente formados por uma grande ala com paredes externas
e colunas de concreto com salas separadas por divisorias. As medidas realizadas foram
sempre com obstrucao do transmissor em relacao ao receptor apenas por paredes de
concreto e/ou por divisorias.
Durante a modelagem foi assumido que a atenuacao aumenta com a distancia da
mesma forma que a atenuacao no espaco livre (n = 2) quando nao ha obstrucao. Desta
forma, foi incluıdo um fator de atenuacao para cada divisoria e cada parede de concreto
que se encontrasse entre o transmissor e o receptor. No entanto, para simplificar o modelo,
foi considerado como uma parede de concreto todo tipo de coluna de concreto que estivesse
parcialmente ou completamente obstruindo o sinal.
A equacao definida para este modelo ficou entao assim descrita:
A(d)[dB] = 20 log
(4πd
λ
)+ p AF (divisorias) + q AF (paredes de concreto) (2.21)
Onde:
• p e o numero de divisorias entre o transmissor e o receptor;
• q e o numero de paredes de concreto entre o transmissor e o receptor;
• AF e a perda por penetracao causada por divisorias e paredes de concreto.
35
Depois de realizadas as medidas, os autores consideraram a perda nas divisorias e
paredes de concreto efetuando a diferenca entre estas medidas e a atenuacao no espaco
livre, quando considerada a mesma distancia entre transmissor e receptor utilizados nas
medidas. Para o caso de obstrucao por divisorias obteve-se uma faixa de 0, 92 a 1, 57dB
de atenuacao e 1, 99 a 2, 45dB para o caso de paredes de concreto. Assim, os autores
consideraram um valor medio para a perda por penetracao de 1, 39dB para o caso de
obstrucao por divisorias e de 2, 38dB para o caso de obstrucao por paredes de concreto.
Apesar de prever a perda por penetracao em paredes do tipo divisorias e concreto,
este modelo nao faz distincao entre paredes com espessuras diferentes.
2.7 OUTROS MODELOS EMPIRICOS
DE PREDICAO
Diversos outros modelos podem ser encontrados em publicacoes tecnicas , procurando
introduzir parametros para melhor definir as perdas na propagacao em ambientes fechados.
Em (CHEUNG et al., 1998), considera-se o angulo com que o sinal penetra nos obstaculos,
por exemplo. Entretanto, tal como os modelos determinısticos, a grande variedade de
parametros para ambientes especıficos torna inviavel uma predicao rapida. Assim optou-
se pelo estudo apenas dos modelos descritos no Capıtulo 2.
36
3 PERDA POR PENETRACAO
3.1 INTRODUCAO
A perda por penetracao em paredes e entre andares e um dos parametros que alguns
dos modelos descritos no Capıtulo 2 fazem uso para predicao da propagacao em ambientes
fechados. Assim, neste capıtulo sera dada uma enfase maior a este parametro de grande
importancia para os modelos empıricos.
3.2 PERDA POR PENETRACAO EM DIVERSOS
TIPOS DE PAREDES
A perda de penetracao em paredes e um fator que depende do tipo de material utili-
zado na construcao, do angulo de incidencia, da faixa de frequencia utilizada, do tipo de
polarizacao das antenas entre outros fatores.
Quando uma onda incide em uma parede ou em um obstaculo qualquer, estara su-
jeita ao mecanismos de difracao, reflexao e espalhamento descritos na Secao 1.1. Assim,
como pode ser verificado em (KIVINEN, 2002), para uma parede com espessura d, de um
meio dieletrico homogeneo, os coeficientes de transmissao e reflexao podem ser calculados
atraves das Equacoes 3.1 e 3.2, respectivamente.
T =(1− r2)e−jδ
1− r2e−j2δ(3.1)
R =r(1− e−j2δ)
1− r2e−j2δ(3.2)
Onde r e o coeficiente de reflexao para os campos paralelos ou perpendiculares, e a
parte real de δ (dado pela Equacao 3.3), e o comprimento eletrico do percurso que a onda
37
faz atraves do meio dieletrico.
δ =2πd(
√εr)
λcos(φ2)(3.3)
Sendo que λ e o comprimento de onda relativo a frequencia da onda incidente, φ2 e a
direcao de propagacao no interior da parede e εr e a permeabilidade dieletrica relativa ou
coeficiente dieletrico relativo do meio.
A Figura 3.1, encontrada em (KIVINEN, 2002), ilustra a transmissao e reflexao atraves
de uma parede de tijolos com espessura de 13 cm com εr = 4,1 - j0,15 a uma frequencia
de 5,3GHz. Pode-se observar que o coeficiente de transmissao praticamente nao varia
quando o angulo de incidencia varia entre 0 e 50 graus, enquanto que o coeficiente de
reflexao decaı a partir de 10 graus.
Figura 3.1: Coeficientes de Transmissao e Reflexao de uma camada dieletrica de 13cm deespessura
Desta forma, quando se supoe uma parede com espessura d, existirao duas interfaces
entre ar e parede e entre parede e ar, o que resulta em dois coeficientes de transmissao.
Assim, ocorrera uma atenuacao do sinal incidente na parede, pois havera uma perda
atraves do material de construcao da parede.
Tomando εrk2 = b− ja, onde k e o numero de onda, a e b sao os coeficientes de um
38
numero complexo, λ o comprimento de onda e ainda dcosθi
o comprimento da trajetoria
percorrida dentro da parede, segundo (SOUZA, 1998),pode-se determinar a perda em uma
parede de espessura d atraves da Equacao 3.4 descrita a seguir.
Ad = exp(−ad
cosθi
) (3.4)
Onde εr e a constante dieletrica do material e θi e o angulo de incidencia do sinal na
parede, como se pode verificar na Figura 3.2.
Figura 3.2: Campos incidentes e transmitidos atraves de uma parede
Na Tabela 3.1, encontrada em (P.1238-3, 2003), pode-se verificar alguns valores da
constante dieletrica ou permeabilidade complexa relativa de diversos materiais utilizados
em construcoes. Veja que o valor desta contante varia com a frequencia e com o tipo de
material utilizado.
A estimativa da perda de penetracao atraves da Equacao 3.4 e, de certa forma,
complicada pois e preciso quantificar os parametros eletricos dos materiais de contrucao
das paredes em questao. Desta forma, uma maneira pratica de se obter tais resultados
consiste em realizar medidas, em funcao da frequencia, do sinal recebido de um transmissor
colocado do lado oposto de uma parede.
Em (ZHANG; HWANG, 1994) os autores executaram medidas da perda de penetracao
em paredes de concreto com espessura de 12 e 35 cm e em paredes de gesso cartonado com
12 cm de espessura, com a frequencia variando entre 1GHz e 18GHz. Para determinar o
39
Tabela 3.1: Permeabilidade complexa relativa de alguns materiais para construcao nointerior de edifıcios
Tipo de Material 1 Gz 57,5 GHz 78,5 GHzConcreto 7, 0− j0, 85 6, 5− j0, 43 −Concreto ”pobre” 2, 0− j0, 5 − −Piso de resina sintetica − 3, 91− j0, 33 3, 64− j0, 37Gesso acartonado − 2, 55− j0, 03 2, 37− j0, 1Forro de madeira 1, 2− j0, 01 1, 59− j0, 01 1, 56− j0, 02Vidro 7, 0− j0, 1 6, 81− j0, 17 −Fibra de vidro 1, 2− j0, 1 − −
valor da perda de penetracao, os autores concideraram que esta e igual a diferenca entre
o nıvel do sinal recebido apos a parede e um valor de referencia.
Assim, para efetuar as medicoes, a antena transmissora foi colocada em um dos lados
da parede, a um metro de distancia e a 1,5 metros de altura. Do outro lado foi colocada a
antena receptora a mesma distancia e altura para que o nıvel de sinal recebido pudesse ser
medido, como pode ser verificado na Figura 3.3. Quanto ao valor de referencia, este foi
medido colocando transmissor e receptor de um mesmo lado da parede e a uma distancia
de 2 metros um do outro.
Figura 3.3: Ilustracao do posicionamento das antenas transmissora e reptora para medira perda por penetracao em paredes
As Figuras 3.4 e 3.5, encontradas em (ZHANG; HWANG, 1994), exemplificam a va-
riacao da perda de penetracao em funcao da frequencia para paredes de concreto com 12 e
35 cm de espessura, respectivamente. Nota-se que entre 1,7 e 4GHz a perda de penetracao
situa-se em torno de 20 dB para o caso de paredes de 35cm. Ja para o caso da Figura
3.4, em que a espessura da parede e cerca de 3 (tres) vezes menor, a perda de penetracao
apresenta um comportamento semelhante com valores de atenuacao (em dB) duas vezes
40
menor aproximadamente.
Na Figura 3.6((ZHANG; HWANG, 1994)) encontramos as medidas realizadas em uma
parede de gesso cartonado com 12cm de espessura, onde pode ser observado que para uma
frequencia em torno de 1,8GHz, faixa destinada Servico Movel Pessoal-SMP, no Brasil, a
atenuacao fica em torno de 2,5 dB.
Figura 3.4: Perda de penetracao atraves de uma parede de concreto com 12cm de espessura
Em (MENEZES, 2004), utilizando o mesmo metodo descrito em (ZHANG; HWANG,
1994), porem para faixa de 421MHz e 2,47GHz em paredes do tipo divisorias recobertas
por formica e de concreto com espessura entre 30 e 80 cm, foram executadas medicoes
no ambiente da Camara dos Deputados, em Brasılia, onde pode-se notar que, para as
paredes do tipo divisoria, a atenuacao na faixa de 1,8GHz foi de aproximadamente 2,5
dB e que em paredes de concreto a atenuacao dobra sempre que a espessura da parede e
triplicada.
A tıtulo de ilustracao, a Tabela 3.2, encontrada em (RAPPAPORT, 1996), apresenta
valores de perda de penetracao media nas frequencias de 845 e 1300 MHz para diversos
tipos de materiais. Observa-se que, exceto no caso de paredes de metal, estas perdas
raramente ultrapassam 20 dB.
41
Figura 3.5: Perda de penetracao atraves de uma parede de concreto com 35cm de espessura
Figura 3.6: Perda de penetracao atraves de uma parede de gesso com 12cm de espessura
42
Tabela 3.2: Perda de penetracao media medida para os tipos de obstrucao mais comunsem edificacoes.
Tipo de material Perda[dB] Frequencia(MHz)Material metalico em geral 26 815Canaleta de alumınio 20,4 815Lamina de isolacao 3,9 815Parede de bloco de concreto 13 - 20 1300Perdas nas quinas de 90 graus em corredores 10 - 15 1300Maquina textil de pequeno porte 3 - 5 1300
Area cercada de 6 m de altura contendo ferramentas 5 - 12 1300Cobertura metalica de 3, 6m2 4 - 7 1300Deposito metalico para produtos reciclaveis 3 - 6 1300Haste metalica pequena - 15,24 cm 3 1300Sistema de roldanas metalicas usadas para icarmaquinas metalicas
6 1300
Maquinas de pequeno porte < 3m2 1 - 4 1300Maquinas em geral 3− 6m2 5 - 10 1300Maquinas de grande porte > 6m2 10- 12 1300Escadas 5 1300Maquina textil leve 3 - 5 1300Maquina textil pesada 8 - 11 1300
Areas onde ocorem controle de produtos termina-dos
3 - 12 1300
Estoque metalico 4 - 7 1300Prateleiras para estoque metalico - 2, 5m2 4 - 9 1300Caixas vazias de papelao para estoque 3 - 6 1300Dutos no teto 1 - 8 1300Prateleira para armazenagem com partes metalicas 4 - 6 1300Caixa metalica para armazenamento - 4m 10 - 12 1300Prateleira para armazenagem de produtos de papelespalhados
2 - 4 1300
Prateleira para armazenagem de produtos de papelcompactados
5 1300
Prateleira com partes metalicas para armazenagemde produtos de papel compactados
2 - 4 1300
43
4 CLASSIFICACAO DOAMBIENTE E DASMEDIDAS EFETUADAS
4.1 DESCRICAO DO AMBIENTE DE TESTE
Para efetuar os estudos necessarios para a implementacao deste trabalho tomou-se
como parametros os predios que compoem o complexo da Camara dos Deputados, em
Brasılia.
O complexo foi construıdo na decada de 60, veja Figura 4.1, e atualmente e composto
de cinco predios denominados como Edifıcio Principal, Anexo I, Anexo II, Anexo III
e Anexo IV, alem de alguns ambientes tecnicos localizados em galerias nos subsolos e
corredores largos que interligam os predios.
A estrutura dos predios, principalmente do Edifıcio Principal, onde se encontra o
Plenario Ulisses Guimaraes, e toda constituıda de paredes e lajes de concreto com espes-
suras variando entre 12 e 40 centımetros, sendo que, em alguns trechos como na cupula
do Plenario, existem lajes duplas.
Cada predio do complexo tem suas caracterısticas e designacoes proprias, a saber:
• O Edifıcio Principal abriga o Plenario Ulisses Guimaraes, dois saloes com area va-
riando entre 1000 e 1500 metros quadrados, dois bancos e diversas salas com de-
signacoes variadas indo desde funcoes administrativas e auditorios, alem de abrigar
os gabinetes do presidente da Casa e de alguns acessores. As fotos da Figuras 4.2,
4.3 e 4.4 ilustram alguns destes ambientes.
• O Anexo I e um predio com 28 andares, construıdo em estrutura metalica e com-
posto, em cada andar, por salas separadas por paredes de divisorias. A finalidade
deste predio e basicamente abrigar os orgaos administrativos.
46
• O Anexo II possui paredes externas e algumas internas constituıdas de alvenaria e
concreto com espessura em torno de 30 centımetros, em seu andar terreo e subsolo.
Ja no andar superior existem algumas paredes do mesmo tipo, mas no geral o an-
dar tem salas separadas por divisorias. Neste predio estao localizadas salas para
reunioes das Comissoes Permanentes, onde os deputados se reunem para discussao
de temas relativos as diversas proposicoes das comissoes. No andar superior se en-
contram diversas salas para apoio administrativo e legislativo das diversas comissoes
parlamentares. Veja as fotos nas Figuras 4.5 e 4.6 que ilustram este ambiente.
Figura 4.5: Sala de Reuniao da Comissao Mista de Orcamento
• O Anexo III e semelhante ao anexo II em seu andar superior, sendo constituıdo dos
mesmos tipos de paredes e com mobiliario semelhante. Neste predio se encontram
tambem um restaurante e no subsolo alguns orgaos tecnicos.
• O Anexo IV e um predio de 10 andares e um subsolo, sendo designado principalmente
de salas onde se acomodam os gabinetes dos deputados.
Em todos os predios existem longos corredores com largura variando de tres a quatro
metros, como podemos ver na foto da Figura 4.7, alem de largos corredores que interligam
os predios do complexo (entre o Edifıcio Principal e o Anexo II, e entre o Anexo II e o
Anexo IV, como pode ser visto nas Figuras 4.8 e 4.9).
47
Figura 4.6: Exemplo de sala administrativa com mobılia tıpica do ambiente
Figura 4.7: Corredor Tıpico com 4 metros de largura
48
Figura 4.8: Corredor que interliga os Anexos II e IV
Figura 4.9: Corredor que interliga o Anexo II ao Edifıcio Principal
49
Como podemos notar nas fotos, os ambientes onde foram executados os testes sao
bem variados. Desta forma, para efetuar medidas e posterior comparacoes com valores
calculados dos modelos escolhidos foram selecionados e classificados os seguintes tipos de
ambientes:
• Tipo 1 – Corredor com 6 metros de largura e coberto por carpete (Figura 4.8);
• Tipo 2 – Corredor com 6 metros de largura com piso em paviflex (Figura 4.9);
• Tipo 3 – Salao com piso carpetado (Figura 4.3);
• Tipo 4 – Salao com piso em marmore (Figura 4.4);
• Tipo 5 – Corredor com aproximadamente 4 metros de largura (Figura 4.7);
• Tipo 6 – Sala com piso em paviflex (Figura 4.6);
• Tipo 7 – Sala com piso carpetado (Figura 4.5).
Alem disso, foram classificados tambem os tipos de paredes que obstruem o sinal
entre a antena transmissora e a receptora como sendo: divisorias, paredes com 12 cm de
espessura, paredes com 30 cm de espessura e paredes com 40 cm de espessura.
4.2 DESCRICAO DAS MEDIDAS EFETUADAS
O uso de comunicacao em radiofrequencia no ambiente descrito no item anterior e
bastante intenso, seja para comunicacao atraves de HT’s (“hand talk”) do servico de
seguranca legislativa, da telefonia movel ou do uso de computadores em rede sem fio.
Assim, diversos testes de medicao foram executados na Camara dos Deputados na faixa
de frequencia de 421 MHz, 1800 MHz e 2470 MHz.
As medidas foram efetuadas sempre em um mesmo piso, ou seja, nao serao considera-
das as perdas por penetracao em diversos andares. Assim, as medicoes foram executadas
em condicoes de visibilidade entre a antena transmissora e a receptora (LOS – ´´“line-
of-sight”) e em obstrucao (OBS – “obstructed-sight”), isto e, com um obstaculo entre as
antenas. Para o caso LOS, foram efetuadas medidas nas tres frequencias citadas em to-
dos os tipos de ambiente citados no item anterior. Ja para o caso OBS foram executadas
medidas apenas na frequencia de 1800 MHz. Estas medidas compoem um banco de dados
que esta disponibilizado no Apendice A.
50
Duas situacoes de medicao foram utilizadas, a primeira para as frequencias de 421
MHz e 2,47 GHz, e a segunda para a frequencia de 1800 MHz. No primeiro caso a
frequencia de 421 MHz, correspondente a um equipamento de radio comunicacao onde
o transmissor utilizado foi um terminal movel TeTRA modelo MDT-400 da Teltronic,
configurado para modo direto (DMO – Direct Mode Operation) com uma potencia de
transmissao de 10 Watts (Anexo A.1) e antenas de transmissao e recepcao do tipo 5/8
de onda omnidirecionais de 0 dB. Ja para a frequencia de 2,47 GHz as medidas foram
executadas utilizando um sistema de transmissao de vıdeo sem fio da marca Trango Sys-
tems modelo Eagle Plus, com potencia de transmissao de 6 dBm e antenas de transmissao
e recepcao direcionais com 10 dB, cujas caracterısticas tecnicas se encontram no Anexo
A.2 e A.3. Em ambos os casos o sinal foi recebido atraves de uma antena conectada a
um analisador de espectro, da marca IFR modelo 2398, para que se pudesse verificar sua
intensidade.
Para a segunda situacao, quando se utilizou a faixa de frequencia de 1800 MHz,
utilizou-se de um banco de dados com medidas efetuadas no ambiente da Camara dos
Deputados, no ano de 2003, por recomendacao da operadora de celular TIM para possibi-
litar a melhoria da cobertura de sinal naquele local. O equipamento utilizado nos testes
de propagacao foi o TEMSTM Transmitter, que consiste em uma fonte transmissora de
RF, intalado em um suporte provisorio para simular a altura na qual a anatena proposta
foi instalada. A antena transmissora utilizada nas medidas selecionadas para este estudo
tem ganho de 2,2 dBi e a receptora de 0 dBi. O equipamento utilizado para varredura
do espectro foi o TEMSTM Investigation.
Tanto para a faixa de 1800 MHz como para a de 2,47 GHz foi tomado o cuidado de que
as medidas utilizadas nao sofreriam interferencias externa dos sistemas de comunicacao
celular e da rede WLAN da Camara dos Deputados. Para o caso da frequencia de 421
MHz a preocupacao foi menor pois nao e uma faixa normalmente utilizada dentro daquela
Casa Legislativa. Outro ponto a ressaltar e que todas as medidas foram executadas em
horarios de pouco movimento nos corredores, salas e auditorios o que minimizou ainda
mais a possibilidade de interferencias externas.
51
5 CALCULO E ANALISE DERESULTADOS
5.1 INTRODUCAO
O que se pretende neste capıtulo e efetuar uma comparacao entre as medidas execu-
tadas e armazenadas no banco de dados (incluıdo no Apendice A) com valores calculados
atraves das formulas dos modelos empıricos escolhidos. Tais medidas serao aqui apresen-
tadas atraves de graficos gerados a partir de rotinas em Matlab (incluıdas no Apendice B)
que estao separadas como medidas em visibilidade e em obstrucao. Neste capıtulo tambem
estao incluıdas tabelas com valores dos erros quadraticos medios e quadraticos relativos
medios, calculados atraves de rotinas em Matlab (Apendice B), para que se possa afetuar
a analise do melhor modelo.
5.2 COMPARACAO COM MEDIDAS EM VISIBI-
LIDADE
Nesta condicao, o modelo de Motley-Keenan, descrito na Secao 2.3, fica com medidas
iguais ao modelo de One-Slope, descrito na Secao 2.2, pois para o caso em analise nao ha
perda por obstrucao. Pelo mesmo motivo o modelo descrito na Secao 2.6, modelo de Seidel
e Rappaport para salas separadas por paredes de concreto ou divisorias, nao se aplica.
Para o modelo de Lafortune, descrito na Secao 2.5, so foram levadas em consideracao as
condicoes em que o transmissor e o receptor estao ambos localizados em corredores e na
mesma sala.
Desta forma se utilizou dos seguintes parametros em cada caso:
• Modelo One-Slope - variacao do ındice de decaimento de potencia ”n”de acordo com
a frequencia e ambiente de teste:
52
– ambiente dos tipos 1, 2 e 5:
∗ frequencia de 421 MHz — n=2;
∗ frequencia de 1800 MHz — n=1,3;
∗ frequencia de 2470 MHz — n=1,2
– ambiente dos tipos 4, 6 e 7:
∗ frequencia de 421 MHz — n=2;
∗ frequencia de 1800 MHz — n=3,5;
∗ frequencia de 2470 MHz — n=4,2
• Modelo de Motley-Keenan - neste caso a variacao do ındice de decaimento e a mesma
para o modelo de One-Slope, alem disto foi considerado valores para atenuacao,
baseados na tabela 2.4, em paredes dos tipos:
– divisorias — A=2,1 dB;
– paredes de Concreto — A=4,4 dB.
• Modelo da ITU-R - variacao do coeficiente de perda ”n” de acordo com a frequencia
e ambiente de teste:
– ambiente dos tipos 1, 2, 5,:6 e 7
∗ frequencia de 421 MHz — n=33;
∗ frequencia de 1800 MHz — n=30;
∗ frequencia de 2470 MHz — n=30
– ambiente dos tipos 3 e 4:
∗ frequencia de 421 MHz — n=20;
∗ frequencia de 1800 MHz — n=22;
∗ frequencia de 2470 MHz — n=22
• Modelo de Lafortune e Lecours - foi considerado como variacao de parametro os
ganhos das antenas de transmissao e recepcao, alem da localizacao de tais antenas
conforme descrito anteriormente:
– frequencia de 421 MHz — Gr=0 dBi e Gt=0 dBi;
– frequencia de 1800 MHz — Gr=0 dBi e Gt=2,2 dBi;
– frequencia de 2470 MHz — Gr=10 dBi e Gt=10 dBi
53
Figura 5.1: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 1 e 2para frequencia de 421 MHz
• Modelo de Seidel e Rappaport - este modelo define apenas como parametro, alem da
frequencia de operacao, os valores de atenuacao em paredes de concreto e divisorias:
– divisorias — A=1,39 dB;
– paredes de Concreto — A=2,38 dB.
Os graficos mostrados nas Figuras 5.1 a 5.8, mostram os valores medidos atraves
de marcadores pontuais e em linhas pontinhadas ou linhas cheias os valores calculados
atraves apresentados no Capıtulo 2.
A Figura 5.1 ilustra as medidas efetuadas com frequencia de 421 MHz irradiada em
corredores de aproximadamente 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. Neste
caso, pode ser notado que existe uma diferenca de aproximadamente 7dB entre os valores
medidos em corredor com carpete e corredor com piso em paviflex, ou seja os valores da
atenuacao causada nos corredores com carpete e maior que naqueles sem carpete. Quanto
aos valores calculados atraves dos modelos selecionados neste trabalho (Secoes 2.2 a 2.6),
como nenhum considera diferencas na atenuacao devido ao tipo de material que compoem
as paredes e pisos, nao ha modificacoes nas curvas entre os valores calculados nos dois
tipos de corredores.
54
Figura 5.2: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 1 e 2para frequencia de 1800MHz
Figura 5.3: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 1 e 2para frequencia de 2470MHz
55
Figura 5.4: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 3 e 4para frequencia de 421MHz
Figura 5.5: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 3 e 4para frequencia de 2470MHz
56
Figura 5.6: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes do tipo 5 parafrequencia de 421MHz
Figura 5.7: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes do tipo 5 parafrequencia de 1800MHz
57
Figura 5.8: Comparacao entre valores medidos e calculados em ambientes dos tipos 6 e 7para frequencia de 1800MHz
Ainda com relacao a Figura 5.1 e possıvel notar que nao ha modelo ideal, ficando
os valores calculados pelo modelo da ITU-R (Secao 2.4) superestimados e dos demais
modelos ficam subestimados com relacao aos valores medidos. Neste caso os modelos que
mais se aproximaram foram aqueles que levam em consideracao apenas a atenuacao no
espaco livre acrescida de uma perda com a distancia e de um ındice de decaimento de
potencia que varia de acordo com a frequencia e tipo de ambiente.
A Figura 5.2, como no caso anterior, mostra uma pequena diferenca para mais, entre
os valores medidos, da ordem de 3 dB de atenuacao no caso corredores com carpete em
relacao aqueles sem carpete. Neste caso o modelo que mais se aproximou das medidas foi
o da ITU-R (Secao 2.4), ficando os demais com valores bem inferiores aos valores medidos.
Ainda em relacao aos ambientes dos tipos 1 e 2, a Figura 5.3 mostra que praticamente
nao ha diferencas entre os valores medidos com e sem carpete. Quanto aos valores calcu-
lados, os modelos que melhor se enquadram, neste caso, sao os modelos de Rappaport e
Seidel (Secao 2.6), Motley-Keenan (Secao 2.3) e o modelo One-Slope (Secao 2.2). Ja os
demais ficaram bem mais distantes das medidas realizadas, principalmente o modelo da
ITU-R (Secao 2.4) que apresentou uma atenuacao bem maior que a esperada.
Para os ambientes dos tipos 3 e 4, saloes com e sem carpete, foram analisadas apenas
condicoes com medidas nas frequencias de 421 MHz, Figura 5.4, e 2470 MHz, Figura
5.5, sendo que neste ultimo caso so foram efetuadas medicoes no salao acarpetado (tipo
58
3). Neste caso, observou-se uma diferenca de 17 dB a mais na atenuacao do sinal no salao
acarpetado em relacao ao salao sem carpete.
Na Figura 5.4 e possıvel notar que o modelo da ITU-R (Secao 2.4) ficou com valores
de atenuacao bem acima dos valores medidos e os demais modelos, apesar de tambem
ficarem com valores acima do esperado, ficaram com valores de atenuacao bem proximos.
Ja na Figura 5.5 o modelo de Rappaport e Seidel (Secao 2.6) apresentou valores calculados
bem proximos dos valores medifos, tendo o modelo de Laforturne (Secao 2.5) apresentado
valores subestimados e os demais modelos com valores de atenuacao bem acima dos valores
medidos.
Nos ambientes do tipo 5, corredores de 4 metros de largura com piso em paviflex, foram
efetuadas medicoes apenas nas frequencias de 421 MHz e 1800 MHz. No primeiro caso,
Figura 5.6, nenhum modelo teve seus valores calculados muito proximo dos valores me-
didos, ja para o segundo caso, Figura 5.7, houve uma aproximacao bastante consideravel
entre os valores medidos e os valores calculados com o Modelo da ITU-R.
A Figura 5.8 mostra os valores medidos em salas com e sem carpete, onde foi possıvel
notar, novamente, uma diferenca da ordem de 3 dB a mais de atenuacao, nas salas com
carpete, e os valores calculados com os modelos escolhidos para estudo. Pode-se notar
que os modelos de Motley-Keenan (Secao 2.3) e One-Slope (Secao 2.2) se aproximam
dos valores medidos, enquanto que os valores do modelo da ITU-R (Secao 2.4) fica com
atenuacao acima do esperado e o modelo de Laforturne (Secao 2.5) com valores calculados
abaixo dos valores medidos.
Para os valores calculados utilizou-se de parametros, tais como o valor do ındice ou
fator de decaimento de potencia, que foram extraıdos de tabelas encontradas nas Secoes
2.2 a 2.6 referentes a cada modelo, sendo que tais valores foram estabelecidos em ambientes
diversos como fabricas, predios de escritorios e faculdades.
Em uma analise previa dos graficos apresentados, ja se pode notar que, dentre os
modelos escolhidos para estudos, nao ha nenhum que seja conveniente para a predicao de
medidas em condicoes de visibilidade entre o transmissor e o receptor, nos ambientes em
questao.
59
5.3 COMPARACAO DE MEDIDAS EM
OBSTRUCAO
Nesta condicao, o unico modelo que claramente nao e adequado para predicao e o
modelo One-Slope, pois nao preve atenuacao por obstrucao e sim perda dependente apenas
da distancia entre transmissor e receptor. Os demais modelos, que de uma forma ou de
outra fazem tal previsao, tem possibilidades de ter eficiencia.
Os graficos, encontrados nas Figuras 5.10 a 5.14, mostram a comparacao entre os
modelos descritos nas Secoes 2.2 a 2.6 e as medidas em obstrucao por tipos de parede
encontradas no ambiente da Camara dos Deputados.
Para efetuar a comparacao entre valores medidos e calculados foram utilizados valores
medidos, na frequencia de 1800 MHz, atraves de um trabalho executado na Camara dos
Deputados pela operadora de telefonia celular TIM. Assim, foram escolhidas medidas de
atenuacoes, envolvendo obstrucoes em paredes do tipo divisorias recobertas por formica,
paredes com 15cm, 30cm e 40cm de espessura, sendo que alguns valores envolvem a
obstrucao por dois ou mais tipos de paredes.
A Figura 5.9 indica os valores medidos nos diversos ambientes e tipos de paredes em
obstrucao. As Figuras 5.10 a 5.14 mostram os valores calculados comparados com os
valores medidos.
A Figura 5.10 mostra claramente que o Modelo de One-Slope nao considera a ate-
nuacao por obstrucao, indicando apenas uma curva que varia exponencialmente com a
distancia entre o transmissor e o receptor. Desta forma fica evidente que este modelo nao
e adequado para condicao de obstrucao.
O Modelo de Motley-Keenan, Figura 5.11, e bem mais adequado que o Modelo de
One-Slope, pois alem de considerar a atenuacao pela distancia, considera tambem perdas
em paredes. Para este fim, foram utilizados valores de perda de atenuacao em paredes
ditas leves e pesadas. Desta forma, o grafico mostra uma proximidade bastante razoavel
quando comparadas com os valores medidos.
O Modelo da ITU-R, Figura 5.12, nao leva em consideracao perdas em paredes locali-
zadas entre o transmissor e o receptor, ficando assim dependente apenas da atenuacao no
espaco livre, da distancia entre os transceptores e de um fator de decaimento de potencia.
Desta forma, como no caso do Modelo One-Slope, os valores calculados ficam indicados
como uma curva exponencial e nao se ajusta as medicoes executadas.
60
Figura 5.9: Medidas executadas com obstrucao entre o transmissor e o receptor
Figura 5.10: Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com oModelo One-Slope
61
Figura 5.11: Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com oModelo de Motley-Keenan
Figura 5.12: Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com oModelo da ITU-R
62
Apesar do Modelo de Lafortune e Lecours indicar diversas situacoes que determinam
atenuacoes e ganhos por reflexao, nao considera as perdas nos diversos tipos de paredes
existentes no ambiente de teste. Assim, como pode ser visto na Figura 5.13, este modelo
nao foi o mais adequado para a situacao em que apresenta obstrucao, ficando os valores
calculados abaixo dos valores medidos.
Figura 5.13: Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com oModelo de Lafortune
A Figura 5.14, mostra os valores calculados com o Modelo de Rappaport e Seidel para
paredes de concreto e divisorias. Apesar de definir valores para perdas diferenciados para
estes dois tipos de paredes, o modelo nao considera a espessura das paredes. Desta forma,
como os ambientes em estudo apresentam paredes bastante espessas, o modelo nao se
ajustou as medidas, apresentando valores bem abaixo dos valores medidos.
Ainda que tenha sido utilizado valores para os parametros de decaimento de potencia
tabelados em ambientes diversos e diferentes daqueles encontrados na Camara dos De-
putados, pode ser observado, de forma ate visual, atraves dos graficos encontrados nas
Figuras 5.10 a 5.14 que o modelo que deve ser melhor indicado para a predicao da pro-
pagacao, em ambientes deste tipo, e o Modelo de Motley-Keenan.
63
Figura 5.14: Comparacao entre as medidas em obstrucao e os valores calculados com oModelo de Seidel e Rappaport
5.4 ANALISE DE RESULTADOS
Para analisar os resultados encontrados e apresentados aqui atraves de graficos para
comparacao entre os valores medidos e os valores calculados, serao utilizados os conceitos
de erros de medicao: erro quadratico relativo medio e erro quadratico medio. Tais erros
podem ser calculados atraves das Equacoes 5.1 e 5.2.
EQM =
√√√√ 1
N
N∑
i=1
[yi − A(xi)]2 (5.1)
EQRM =
√√√√ 1
N
N∑
i=1
[yi − A(xi)
yi
]2 (5.2)
Onde:
• N e o numero de medidas executadas;
• x e a distancia entre o transmissor e o receptor;
• y e o valor medido da perda;
64
• A(x) e o valor calculado, atraves das formulas de cada modelo, da atenuacao a uma
distancia x.
O modelo a ser considerado como sendo o melhor, entre todos aqueles analisados,
devera atender as exigencias de ser o mais preciso e com maior acuracia.
A acuracia mede a proximidade de cada valor calculado do valor medido e a precisao
indica se o metodo e disperso em seus resultados totais. A Figura 5.15, encontrada em
(MORETTIN; BUSSAB, 2004), serve para que se possa entender melhor o significado de
acuracia e precisao. Para tanto, (MORETTIN; BUSSAB, 2004), utilizou de um conhecido
exemplo que envolve um teste de quatro armas (A, B, C e D) ao atirar em um alvo, como
pode ser visto na Figura 5.15.
Figura 5.15: Exemplo de Acuracia x Precisao
Em relacao a Figura 5.15, pode-se observar que:
• arma A: pouco acurada e baixa precisao.
• arma B: pouco acurada e baixa precisao.
• arma C: muito acurada e boa precisao.
• arma D: pouco acurada e alta precisao.
65
A acuracia e aqui analisada como o erro quadratico relativo medio e a precisao como
o erro quadratico medio. Desta forma, quanto menor o EQRM (erro quadratico relativo
medio) melhor ou mais acurado sera o modelo, e de modo semelhante quanto menor o
EQM (erro quadratico medio) mais preciso o modelo.
5.4.1 ANALISE DE RESULTADOS PARA O CASO LOS
As Tabelas 5.1 a 5.4 indicam os erros encontrados entre os valores medidos e os
calculados para cada modelo no caso em que o transmissor e o receptor estao em linha de
visada (LOS).
A tabela 5.1 ilustra as situacoes em LOS para os modelos One-Slope e Motley-Keenan
que, como ja foi mencionado anteriormente, nesta condicao nao se diferem. Fazendo uma
analise para cada tipo de ambiente temos:
• corredor com carpete - o modelo apresenta boa acuracia e boa precisao nas frequencias
de 421 MHz e 2470 MHz, porem para a frequencia de 1800 MHz se mostrou ineficaz;
• corredor sem carpete - idem caso anterior;
• salao com piso carpetado - neste caso so foram efetuadas medidas para frequencias
de 421 MHz e 2470 MHz, sendo que apenas no primeiro caso o modelo apresenta
boa acuracia e boa precisao;
• salao sem carpete - para este caso foram feitas medidas apenas para frequencia de
421 MHz e os valores calculados nao apresentaram bons resultados;
• corredor de 4 metros de largura sem carpete - foram efetuadas medidas nas frequencias
de 421 MHz e 1800 MHz, sendo que o para o primeiro caso obteve-se menores erros
que na frequencia de 1800 MHz;
• sala com piso carpetado - so foram efetuadas medicoes na frequencia de 1800 MHz
e os valores dos erros sao baixos indicando que o modelo apresenta boa acuracia e
precisao;
• sala com piso sem carpete - idem item anterior.
Podemos verificar, entao, que o modelo de Motley-Keenan apresenta valores baixos
para os erros em algumas situacoes, mas nao em uma frequencia ou ambiente especıfico.
66
Tabela 5.1: Analise de resultados em situacao de visibilidade dos Modelos One-Slope ede Motley-Keenan
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 7 14,681 6m de largura 1800 20 36,54
carpetado 2470 3 5,96Corredor c/ 421 6 10,62
2 6m de largura 1800 19 31,51sem carpete 2470 4 6,68Salao com 421 4 5,43
3 piso 1800 - -carpetado 2470 24 37,47Salao com 421 13 10,91
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 8 14,48
5 4m de largura 1800 13 27,51sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 2 3,51em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 5 6,37carpetado 2470 - -
Desta forma, nao e possıvel indicar este modelo, neste momento, como o mais indicado
para predicao da propagacao em todos os ambientes e frequencias analisados.
Na Tabela 5.2, observa-se que o modelo da ITU-R apresenta valores de EQM e EQRM
bastante reduzidos para os ambientes em que existem medidas na faixa de frequencia de
1800 MHz, obtendo assim boa acuracia e precisao para estes casos. Entretanto, o mesmo
nao se verifica para as demais frequencias analisadas.
O modelo de Lafortune, Secao 2.5, apesar de apresentar diversas situacoes para loca-
lizacao do transmissor e do receptor e de prever situacoes para visibilidade e obstrucao,
nao apresentou os melhores resultados dentre os modelos analisados. Como pode ser no-
tado na Tabela 5.3, este modelo apresenta boa acuracia e boa precisao, basicamente, nos
casos em que se usa a frequencia de 421 MHz.
67
Tabela 5.2: Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da ITU-R
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 9 16,361 6m de largura 1800 3 8,43
carpetado 2470 21 35,7Corredor c/ 421 18 24,53
2 6m de largura 1800 2 4,09sem carpete 2470 22 36,19Salao com 421 10 12,92
3 piso 1800 - -carpetado 2470 14 20,85Salao com 421 22 19,36
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 11 18,37
5 4m de largura 1800 1 1,85sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 6 9,22em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 4 5,79carpetado 2470 - -
O modelo de Seidel-Rappaport, Secao 2.6, considera apenas, para o caso LOS, a ate-
nuacao dependente da distancia entre transmissor e receptor, com ındice de decaimento
de potencia igual a 2 (espaco livre). Assim, como pode ser notado na Tabela 5.4, apresen-
tou resultados bem semelhantes aos do modelo One-Slope e Motley-Keenan. No entanto,
o valor calculado que tem melhor acuracia e precisao e na frequencia de 2470 MHz no
ambiente do tipo 3.
Como e possıvel verificar, atraves da Tabela 5.5, nao e possıvel atribuir um melhor
modelo para todos os tipos de ambiente estudados e nem sequer para uma determinada
faixa de frequencia. Porem, pode-se observar que o Modelo de Motley-Keenan se apresenta
como o melhor em 5 dos casos e o Modelo da ITU-R em 4 deles.
Analisando as formulas dos modelos One-Slope e de Motley-Keenan, Secoes 2.2 e 2.3, e
do Modelo da ITU-R, Secao 2.4, pode-se notar que nao ha grandes diferencas entre eles no
68
Tabela 5.3: Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo de Lafortune
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 9 18,041 6m de largura 1800 19 34,54
carpetado 2470 11 17,72Corredor c/ 421 7 13,11
2 6m de largura 1800 18 29,59sem carpete 2470 11 17,67Salao com 421 3 4,32
3 piso 1800 - -carpetado 2470 13 20,35Salao com 421 9 7,78
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 10 18,16
5 4m de largura 1800 13 25,87sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 8 12,47em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 12 16,42carpetado 2470 - -
caso de linha de visada (LOS). Praticamente o que existe de alteracao entre tais modelos
sao os valores dos ındices de decaimento de potencia (n). Desta forma, e possıvel que um
estudo de valores adequados deste ındice possa apontar estes modelos como convenientes
para uma predicao, mais acurada e precisa, da propagacao em ambientes como os aqui
descritos.
5.4.2 ANALISE DE RESULTADOS PARA O CASO OBS
Para analise dos resultados de cada modelo na condicao de obstrucao entre o trans-
missor e o receptor, foram utilizadas 43 (quarenta e tres) medidas, na faixa de frequencia
de 1800 MHz, feitas pela operadora de telefonia celular TIM no ambiente da Camara dos
Deputados, em Brasılia. Foram selecionadas tais medidas por apresentarem obstrucao em
paredes de diversos tipos e espessuras, a saber:
69
Tabela 5.4: Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo de Seidel eRappaport
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 7 14,681 6m de largura 1800 17 30,2
carpetado 2470 4 7,05Corredor c/ 421 6 10,62
2 6m de largura 1800 15 25,22sem carpete 2470 4 6,08Salao com 421 4 5,43
3 piso 1800 - -carpetado 2470 2 3,54Salao com 421 13 10,91
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 8 14,46
5 4m de largura 1800 11 21,52sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 9 15,02em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 12 15,49carpetado 2470 - -
• divisorias, com 5cm de espessura, revestidas por formica;
• paredes de concreto com 15cm de espessura;
• paredes de concreto com 30cm de espessura;
• parede de concreto com 40cm de espessura.
Desta forma, as Tabelas 5.6 a 5.10, indicam os erros quadraticos medios (EQM) e
erros quadraticos relativos medios (EQRM) para cada tipo de obstrucao e para um caso
geral com todas as medidas, envolvendo os valores medidos e os valores calculados por
cada modelo em estudo (Veja Secoes 2.2 a 2.6).
Na Tabela 5.6, pode ser verificado que, apesar de nao considerar perdas por obstrucao,
o Modelo One-Slope apresenta baixos erros quando existem apenas obstaculos (paredes)
70
Tabela 5.5: Melhor modelo por tipo de ambiente e frequencia utilizada
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Melhor Modelo
Corredor c/ 421 7 14,68 Motley-Keenan1 6m de largura 1800 3 8,43 ITU-R
carpetado 2470 3 5,96 Motley-keenanCorredor c/ 421 6 10,62 Motley-keenan
2 6m de largura 1800 2 4,09 ITU-Rsem carpete 2470 4 6,08 Seidel-RappaportSalao com 421 3 4,32 Lafortune
3 piso 1800 - - -carpetado 2470 2 3,54 Seidel-RappaportSalao com 421 9 7,78 Lafortune
4 piso 1800 - - -sem carpete 2470 - - -Corredor c/ 421 8 14,46 Motley-keenan
5 4m de largura 1800 1 1,85 ITU-Rsem carpete 2470 - - -Sala com 421 - - -
6 piso 1800 2 3,51 Motley-Keennanem paviflex 2470 - - -Sala com 421 - - -
7 piso 1800 4 5,79 ITU-Rcarpetado 2470 - - -
dos tipos divisorias e paredes com 15cm de espessura. Entretanto, para os outros tipos
de paredes ou quando ha uma combinacao delas, o mesmo nao se verifica.
O modelo de Motley-Keenan, como pode ser observado na Secao 2.3, admite uma
perda de penetracao em paredes e pisos, alem da atenuacao pela distancia entre os trans-
ceptores. No modelo descrito pode ser observado que tais perdas foram tabeladas como
atenuacao em paredes leves (que aqui foi atribuıdo a paredes do tipo divisorias), paredes
pesadas (atribuıdas as paredes de concreto) e paredes de metal, sendo que esta ultima
nao teve aplicacao neste trabalho.
Desta forma, a Tabela 5.7, indica os valores dos erros EQM e EQRM para o Modelo
de Motley-Keenan. Como pode ser verificado, este modelo apresentou uma boa acuracia
(baixo valor de EQRM) e uma boa precisao (baixo valor de EQM), tendo valores de
71
Tabela 5.6: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo One-Slope
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 3 11,712 Parede c/ 15cm
de espessura1800 4 11,32
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 4 7,39
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 13 14,29
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 10 18,78
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 16 31,54
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 12 14,86
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 11 14,17
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 16 15,79
- GERAL 1800 8 15,04
EQRM ficado menores que 7% (sete por cento) para os diversos tipos de obstrucao, com
excessao das medidas obstruıdas por paredes com 40cm de espessura e quando ha paredes
do tipo divisoria e concreto com 30cm de espessura entre o transmissor e o receptor.
O Modelo da ITU-R, como pode ser verificado na Secao 2.4, nao considera a atenuacao
em paredes e sim pelo numero de pisos entre os transceptores, alem da perda pela distancia
entre eles. Assim, como neste trabalho as medidas foram tomadas sempre em um mesmo
piso (com ou sem obstrucao), este modelo nao obteve bons resultados de um modo geral
quando existem paredes obstruindo o percurso do sinal (veja Tabela 5.8).
Na Tabela 5.9 pode-se observar que, como no caso em visibilidade, o Modelo de
Lafortune e Lecours (Secao 2.5) nao apresenta bons resultados, apesar de considerar
diversas situacoes em que os transceptores estao localizados em salas e/ou corredores
distintos, alem de prever inclusive a presenca de mobılia. Entretanto, o modelo nao
inclui, explicitamente, valores de atenuacao ou perda por penetracao em obstaculos entre
o transmissor e o receptor.
72
Tabela 5.7: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo deMotley-Keenan
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 2 8,572 Parede c/ 15cm
de espessura1800 4 8,76
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 3 4,79
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 9 9,93
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 6 10,72
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 10 20,33
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 6 8,73
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 4 6,8
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 7 6,99
- GERAL 1800 5 9,93
O Modelo de Seidel e Rappaport, Secao 2.6, apresenta, alem da perda no percurso
(considerando a distancia entre o transmissor e o receptor), uma atenuacao devido a
obstrucao por paredes de concreto e por divisorias. No entanto, o modelo nao leva em
consideracao a espessura de tais paredes. Assim, como pode ser observado na Tabela 5.10,
este modelo so apresenta valores de erros pequenos para os casos onde ha obstrucao apenas
por paredes dos tipos divisorias e de concreto com espessura de 15cm, sem considerar a
combinacao destes tipos de paredes, como pode ser observado na Tabela 5.10.
Em uma analise geral das Tabelas 5.6 a 5.10, pode-se verificar que o modelo mais
adequado para este tipo de situacao e, sem duvida, o Modelo de Motley-Keenan, que
apresentou os menores erros EQM e EQRM. Desta forma, esse modelo e o mais acurado e
preciso, entre todos aqueles estudados neste trabalho, para o caso em que ha obstrucao por
paredes entre os transceptores. Nota-se, no entanto, que os maiores erros se encontram
quando as medidas incluem paredes mais largas (Veja Tabela 5.7).
73
Tabela 5.8: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo daITU-R
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 5 15,652 Parede c/ 15cm
de espessura1800 6 14,97
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 8 11,9
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 17 18,13
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 13 23,64
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 19 36,55
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 16 20,31
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 15 19,32
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 23 23,04
- GERAL 1800 11 19,22
5.4.3 CONCLUSAO DA ANALISE
Para efeito de uma analise geral, envolvendo condicoes de visibilidade (LOS) e de
obstrucao (OBS), sera considerado apenas as medidas na faixa de 1800 MHz, pois nao foi
possıvel compor um banco de dados com situacoes de obstrucao para as frequencias de
421 MHz e 2470 MHz.
Como pode ser verificado nas Secoes 5.4.1 e 5.4.2, considerando a faixa de frequencia de
1800 MHz, os Modelos da ITU-R e de Motley-Keenan obtiveram os melhores resultados
para os casos de propagacao em visibilidade e em obstrucao, respectivamente. Porem,
considerando que estes dois modelos apresentam formulas bastante semelhantes (Veja
Secoes 2.3 e 2.4), diferindo basicamente nos valores tabelados para o fator n (ındice ou
fator de decaimento de potencia), e ainda que para o caso em obstrucao, o Modelo de
Motley-Keenan e bastante superior aos demais, pode-se concluir que para situacoes onde e
necessario a predicao da propagacao em ambientes fechados com paredes largas o Modelo
de Motley-Keenan e o mais indicado.
74
Tabela 5.9: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo deLafortune
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 7 21,462 Parede c/ 15cm
de espessura1800 6 16,05
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 11 15,35
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 20 21,45
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 16 28,9
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 21 39,36
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 18 23,16
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 17 21,56
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 26 26,49
- GERAL 1800 13 23,03
Assim, e provavel que com um estudo que possa indicar valores mais adequados para
o ındice de decaimento de potencia (valor de n na Equacao (2.7)) para o ambiente em
estudo, o Modelo de Motley-Keenan venha a obter melhores resultados nas duas condicoes
aqui consideradas.
75
Tabela 5.10: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo deSeidel e Rappaport
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 6 20,512 Parede c/ 15cm
de espessura1800 8 19,77
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 13 18,57
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 21 22,17
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 15 27,24
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 21 38,87
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 21 26,45
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 19 23,89
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 31 31,46
- GERAL 1800 13 23,64
76
6 PROPOSTA DEADEQUACAO DO MELHORMODELO EMPIRICOESTUDADO
6.1 INTRODUCAO
O que se pretende neste Capıtulo e estabelecer melhorias ao Modelo de Motley-Keenan
que, como pode ser visto na Secao 5.4, foi o modelo mais apropriado para predicao da
propagacao em ambientes fechados com paredes largas. Assim, nas Secoes seguintes po-
dera ser verificado algumas propostas de melhoria visando a adequacao do Modelo aos
ambientes em estudo.
6.2 PROPAGACAO EM OBSTRUCAO -
PROPOSTA 1
O Modelo de Motley-Keenan, Secao 2.3, determina o calculo da atenuacao sofrida pelo
sinal propagado entre o transmissor e o recptor atraves da Equacao (2.7). Desta forma,
como pode ser verificado, a perda ou atenuacao e calculada em funcao da distancia entre
os transceptores, de uma atenuacao de referencia tomada a uma distancia de 1 (um)
metro entre os transceptores, de um ındice de decaimento de potencia que e dependente
da frequencia em uso e do ambiente em questao, alem da perda de penetracao considerada
por paredes e pisos que obstruam a propagacao do sinal entre o transmissor e o receptor.
Como o modelo considera, segundo a Tabela 2.4, valores de perda de penetracao em
”paredes leves”e em ”paredes pesadas”, sem, entretanto, descreve-las, o que se pretende
aqui e estabelecer parametros mais realistas e referentes ao ambiente em estudo.
Na Secao 3.2, foram descritos alguns experimentos feitos por (ZHANG; HWANG, 1994)
77
e (MENEZES, 2004) que apontam para uma conclusao quanto a variacao da espessura
das paredes e o grau de atenuacao que causam na propagacao do sinal. Como pode ser
concluıdo naqueles experimentos, a perda por penetracao do sinal dobra sempre que a
espessura da parede e triplicada.
Partindo desta conclusao pode-se desenvolver uma formula para a perda de penetracao
em paredes com diversas espessuras, desde que construıdas por um mesmo material.
Assim, tomando A0 como a atenuacao de referencia medida em uma parede com espessura
e0, pode-se estabelecer a seguinte relacao ilustrada pela Tabela 6.1.
Tabela 6.1: Relacao entre a espessura de uma parede e a perda por penetracao causadapor esta parede.
Espessura da Parede Perda por Penetracao1 e0 A0
2 3e0 2A0
3 9e0 4A0
4 27e0 8A0
5 81e0 16A0
p ep Ap
Analisando, separadamente, as colunas Espessura da Parede e Perda por Penetracao,
pode ser notado as seguintes relacoes indicadas pelas Equacoes (6.1) a (6.3).
ep = e0.3(p−1) (6.1)
Ap = A0.2(p−1) (6.2)
Combinando as Equacoes (6.1) e (6.2), pode-se concluir que o valor de p pode ser
determinado pela Equacao (6.3).
p =log( ep
e0) + log3
log3(6.3)
Desta forma, substituindo ”p”, encontrado na Equacao (6.3), na Equacao (6.2, encontra-
se o valor da perda de penetracao (Ap) em uma parede com uma espessura qualquer (ep)
depedendo da atenuacao de referencia (A0) tomada em uma parede com espessura e0. O
valor de Ap pode ser calculado pela Equacao (6.4).
78
Ap[dB] = A0[dB].2log3(
epe0
)(6.4)
Onde:
• Ap e a perda de penetracao, em dB, de uma parede qualquer;
• A0 e a perda de penetracao, em dB, de referencia;
• ep e a espessura, em cm, de uma parede qualquer;
• e0 e a espessura, em cm, da parede tomada como referencia.
A Tabela 6.2, indica os valores de referencia para paredes dos tipos divisoria, gesso
acartonado e concreto, tomadas atraves de medicoes encontradas em (ZHANG; HWANG,
1994) e em (MENEZES, 2004).
Tabela 6.2: Medidas da Perda de Penetracao de referencia em paredes do tipo divisoria,gesso acartonado e concreto.
Tipo de Parede Espessura da Parede (cm) Perda por Penetracao (dB)divisoria 5 2,5gesso acartonado 12 2,5parede de concreto 15 6
Desta maneira, a atenuacao no percurso para o Modelo de Motley-Keenan (Equacao
(2.7)) pode agora ser derterminada pela Equacao (6.5).
AMW (d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)+
N∑
i=1
kwiA0i.2log3(
eie0i
)+
M∑
j=1
kpjApj (6.5)
Onde:
• A(d0) e a atenuacao no espaco livre a uma distancia de referencia de 1(um) metro;
• n e o ındice de decaimento de potencia;
• d e a distancia entre o transmissor e o receptor;
• Apj e a perda de penetracao nos pisos do tipo j;
• kpj e o numero de pisos do tipo j entre o transmissor e o receptor;
79
• A0i e a perda de penetracao de referencia de paredes do tipo i;
• kwi e o numero de paredes do tipo i entre o transmissor e o receptor;
• e0i e a espessura da parede de referencia do tipo i;
• ei e a espessura da parede do tipo i.
6.2.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OSVALORES MEDIDOS EM OBSTRUCAO E OS VALO-RES CALCULADOS PELA PROPOSTA 1.
Para comparar os resultados dos valores medidos com os valores calculados atraves
da Equacao (6.5) foram utilizadas os valores medidos na frequencia de 1800 MHz pela
operadora TIM, como pode ser verificado na Figura 5.9.
Assim, como pode ser verificado atraves da Figura 6.1, utilizando os mesmos valores
do ındice de decaimento de potencia (n), indicados na Tabela 2.1, os valores de atenuacao
calculados atraves da Equacao (6.5) sao bem proximos dos valores medidos, ficando,
inclusive, com valores mais proximos daqueles calculados atraves do Modelo de Motley-
Keenan. Desta forma, pode-se concluir que a Proposta 1 tem boas indicacoes de ser uma
melhor adequacao para o Modelo de Motley-Keenan.
Figura 6.1: Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 1
80
6.2.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 1
Para proceder a analise dos resultados da Proposta 1, que na Secao 6.2.1 foi utilizado
apenas a situacao em obstrucao na faixa de frequencia de 1800 MHz, procedeu-se aqui da
mesma maneira que na Secao 5.4, ou seja, a analise e estabelecida em termos de precisao
e acuracia atraves dos erros EQM (Erro Quadratico Medio) e EQRM (Erro Quadratico
Relativo Medio), lembrando que quanto menor estes valores mais preciso e acurado e o
modelo.
Desta forma, a Tabela 6.3 mostra os valores dos erros EQM e EQRM para os tipos
de paredes que obstruem o sinal propagado entre o transmissor e o receptor, de um sinal
na frequencia de 1800 MHz, assim como um caso geral que envolve todas as medidas
realizadas.
Tabela 6.3: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo daProposta 1
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 2 8,112 Parede c/ 15cm
de espessura1800 3 8,8
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 4 5,77
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 3 3,44
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 4 8,51
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 6 11,75
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 3 3,84
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 5 5,62
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 1 1,35
- GERAL 1800 3 7,97
Assim, Comparando os valores da Tabela 6.3 com os valores da Tabela 5.7, pode-se
notar que a adequacao proposta ao Modelo de Motley-Keenan (Proposta 1) tem validade
por apresentar erros menores em todas as condicoes analisadas, sendo, desta maneira,
81
mais preciso e mais acurado que o Modelo de Motley-Keenan na sua condicao original.
6.3 AJUSTE DO VALOR DO INDICE DE DECAI-
MENTO DE POTENCIA - PROPOSTA 2
Como foi mencionado na Secao 5.4.3, uma verificacao que se faz necessaria e de um
estudo dos valores adequados do fator n das Equacoes (2.7) e (6.5). O fator ou ındice de
decaimento de potencia varia de acordo com a faixa de frequencia do sinal e do tipo do
ambiente em estudo, como pode ser verificado na Tabela 2.1.
Segundo (MOTLEY; KEENAN, 1988), o valor deste fator ou ındice de decaimento de
potencia pode ser determinado pelo coeficiente angular de uma reta ajustada, atraves
do metodo dos mınimos quadrados, aos pontos que indicam as medidas das atenuacoes
sofridas pelo sinal propagado de um transmissor localizado a uma distancia d de um
receptor. Para tal fim, um grafico da atenuacao em dBm em funcao de 10.log(distancia),
ou seja em funcao do produto do logarıtmo da distancia por 10 (dez), devera ser plotado
para cada tipo de ambiente em estudo. Desta forma, os graficos indicados pelas Figuras
6.2 a 6.9 mostram os valores de atenuacao medidos em cada ambiente estudado na Camara
dos Deputados, em Brasılia, para cada uma das frequencias de 421 MHz, 1800 MHz e 2470
MHz. Tais curvas foram ajustadas para uma reta pelo metodo dos mınimos quadrados
atraves da funcao polyfit do programa MatLab.
Comparando os valores encontrados nos graficos das Figuras 6.2 a 6.9 com os valores
utilizados nos Modelos One-Slope e de Motley-Keenan, como indicado nas Secao 5.2,
pode-se verificar que os valores de n tabelados e os valores determinados pelo ajuste a
uma reta se aproximam apenas no caso em que se utiliza sinais na faixa de frequencia de
2470 MHz em ambientes dos tipos 1 e 2.
Assim, e possıvel concluir que os valores de atenuacao calculados atraves das Equacoes
(2.7) e (6.5) devem diferir bastante daqueles calculados com os valores de n expressos na
Secao 5.2.
82
Figura 6.2: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421 MHzem ambientes dos tipos 1 e 2
Figura 6.3: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421 MHzem ambientes do tipo 5
83
Figura 6.4: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 421 MHzem ambientes dos tipos 3 e 4
Figura 6.5: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800 MHzem ambientes dos tipos 1 e 2
84
Figura 6.6: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800 MHzem ambientes do tipo 5
Figura 6.7: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 1800 MHzem ambientes dos tipos 6 e 7
85
Figura 6.8: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 2470 MHzem ambientes dos tipos 1 e 2
Figura 6.9: Ajuste das medidas de atenuacao para uma reta na frequencia de 2470 MHzem ambientes do tipo 3
86
6.3.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OS VALO-RES MEDIDOS E OS VALORES CALCULADOS PELAPROPOSTA 2.
6.3.1.1 CONDICAO DE VISIBILIDADE - LOS
Para comparacao dos valores calculados atraves da Equacao (6.5) com os valores me-
didos na condicao de visiblilidade, utilizou-se das mesmas medidas anteriores encontradas
no Banco de Dados do Apendice A, Tabela A.1, e dos valores do fator n indicados na
Secao 6.3.
Desta forma, os graficos encontrados nas Figuras 6.10 a 6.17 mostram a comparacao
dos valores medidos nas faixas de frequencia de 421 MHz,1800 MHz e 2470 MHz, nos
ambientes da Camara dos Deputados classificados na Secao 4.1.
Figura 6.10: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 421 MHz
Como pode ser verificado na Figura 6.10, os valores calculados,para os ambientes
dos tipos 1 e 2 na frequencia de 421 MHz, apresentam atenuacoes um pouco superior
aos valores medidos, principalmente no ambiente tipo 2, onde o salao nao possui piso
carpetado. Comparando este grafico com aquele apresentado na Figura 5.1, situacao
onde o valor de n nao se alterava com o ambiente apresentando o piso carpetado ou
87
sem carpete, pode-se notar que neste segundo caso os valores calculados encontravam-se
abaixo dos valores de atenuacao medidos.
Figura 6.11: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes dos tipos 3 e 4 para frequencia de 421 MHz
Na Figura 6.11,onde as medidas foram executadas nos ambientes dos tipos 3 e 4
com frequencia de 421 MHz, pode ser verificado que os valores calculados tem valores de
atenuacao maiores que os valores medidos, alem disso, o grafico mostra que nao houve
grandes modificacoes daquele mostrado na Figura 5.4.
Na Figura 6.12, ainda na frequencia de 421 MHz, e possıvel notar que os valores
calculados ficaram com valores de atenuacao superiores aos valores medidos no ambiente
do tipo 5.
Diferentemente da Figura 5.2, como pode ser observado na Figura 6.13, o Modelo
de Motley-Keenan modificado pela Proposta 2 proporciona valores calculados bem mais
proximos dos valores medidos que o modelo original para a frequencia de 1800 MHz nos
ambientes dos tipos 1 e 2.
Apesar de ter apresentado valores de atenuacoes calculados ainda abaixo dos valores
medidos no ambiente do tipo 5, para a frequencia de 1800 MHz, como pode ser observado
na Figura 6.14, as atenuacoes calculadas atraves da Proposta 2 apresentam valores mais
proximos dos valores medidos quando comparados com aqueles mostrados da Figura 5.7.
88
Figura 6.12: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes do tipo 5 para frequencia de 421 MHz
Figura 6.13: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 1800 MHz
89
Figura 6.14: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes do tipo 5 para frequencia de 1800 MHz
Figura 6.15: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes dos tipos 6 e 7 para frequencia de 1800 MHz
90
Figura 6.16: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 2470 MHz
A Figura 6.15, ainda em relacao a frequencia de 1800 MHz, mostra que os valores
de atenuacao calculados ficam abaixo dos valores medidos nos ambientes dos tipos 6
e 7, porem mantem uma inclinacao bastante aproximada daquela notada pelos valores
medidos. Isto indica que os valores do fator n utilizados neste caso na Proposta 2 sao
mais realistas do que aqueles utilizados no Modelo de Motley-Keenan, quando foi gerado
o grafico da Figura 5.8.
Como pode ser verificado na Figura 6.16 os valores de atenuacao calculados atraves
da Proposta 2 ficaram bem proximos dos valores medidos, no caso em que a frequencia
em uso e de 2470 MHz nos ambientes dos tipos 1 e 2.
Comparando as Figuras 6.17 e 5.5, onde a frequencia e de 2470 MHz no ambiente do
tipo 3, pode-se verificar que os valores de atenuacao calculados atraves da Proposta 2 sao
bem mais proximos dos valores medidos, apresentando, assim, uma adequacao melhor ao
Modelo de Motley-Keenan.
91
Figura 6.17: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 2, emambientes do tipo 3 para frequencia de 2470 MHz
6.3.1.2 CONDICAO DE OBSTRUCAO - OBS
Do mesmo modo que na Secao 6.2.1 utilizou-se, aqui, os mesmos resultados dos valores
medidos na frequencia de 1800 MHz pela operadora TIM, na Camara dos Deputados, como
pode ser verificado no Apendice A, com os valores calculados atraves da Equacao (6.5).
Entretanto, agora foram utilizados os novos valores de n determinados na Secao 6.3.
Assim, como pode ser observado na Figura 6.18, os valores de atenuacao calculados
atraves da Equacao (6.5) sao bem proximos dos valores medidos, nao obtendo aproximacao
tao grande quanto aquela observada na Figura 6.1, mas tao boa quanto a observada pelo
modelo original de Motley-Keenan (Figura 5.11).
6.3.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 2
Para realizar a analise dos resultados da Proposta 2, que na Secao 6.3.1 foi utilizado
para a condicao de visibilidade as faixas de frequencia de 421 MHz, 1800 MHz e 2470
MHz para os ambientes dos tipos 1 a 7 (descritos na Secao 4.2), e para a situacao em
obstrucao na faixa de frequencia de 1800 MHz, procedeu-se aqui da mesma maneira que
na Secao 5.4, ou seja, a analise e estabelecida em termos de precisao e acuracia atraves
dos erros EQM (Erro Quadratico Medio) e EQRM (Erro Quadratico Relativo Medio),
92
Figura 6.18: Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 2
lembrando que quanto menor estes valores mais preciso e acurado e o modelo.
Desta forma, a Tabela 6.4 mostra os valores dos erros EQM e EQRM para os tipos
de ambiente da Camara dos Deputados onde ha condicoes de visibilidade de propagacao
entre o transmissor e o receptor. Como pode ser observado os erros mais elevados sao
encontrados para a faixa de frequencia de 421 MHz e principalmente nos ambientes sem
carpete. Outra situacao a ser destacada e que para as faixas de frequencia de 1800
MHz e 2470 MHz os valores dos erros sao, de um modo geral, bem menores que aqueles
encontrados para o modelo original de Motley-Keenan (Veja Tabela 5.1).
A Tabela 6.5 mostra os valores dos erros EQM e EQRM para os tipos de paredes que
obstruem o sinal propagado entre o transmissor e o receptor, de um sinal na frequencia de
1800 MHz, assim como um caso geral que envolve todas as medidas realizadas na condicao
de obstrucao. Como pode ser observado os valores dos Erros Quadraticos Relativos Medios
(EQRM) ficam sempre abaixo de 9%, o que indica que a Proposta 2 tem boa acuracia,
sendo assim um ajuste razoavel para o modelo de Motley-Keenan.
Como pode ser verificado, a Proposta 2 apenas modifica os valores do ındice de de-
caimento de potencia (n), obtendo, assim, uma adequacao relativa ao Modelo de Motley-
Keenan, pois para a frequencia de 421 MHz na condicao de visibilidade os resultados
nao foram bons. Desta forma, o Modelo de Motley-Keenan modificado pela Proposta 2,
definido pela Equacao (6.5), se mostrou adequado apenas para as faixas de frequencia de
93
Tabela 6.4: Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da Proposta 2
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 8 15,351 6m de largura 1800 4 7,94
carpetado 2470 3 5,82Corredor c/ 421 38 54,84
2 6m de largura 1800 2 2,74sem carpete 2470 2 3,88Salao com 421 15 18,44
3 piso 1800 - -carpetado 2470 6 9,04Salao com 421 28 24,48
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 14 22,54
5 4m de largura 1800 8 15,01sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 13 21,04em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 14 18,54carpetado 2470 - -
94
Tabela 6.5: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo daProposta 2
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 4 12,262 Parede c/ 15cm
de espessura1800 4 10,13
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 3 5,41
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 8 8,08
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 8 14,29
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 8 16,79
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 7 8,75
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 5 7,73
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 8 8,46
- GERAL 1800 5 11,53
1800 MHz e 2470 MHz, ficando a adequacao para a frequencia de 421 MHz dependendo
de um melhor estudo quanto aos valores do ındice de decaimento de potencia.
6.4 PROPOSTA 3
A propagacao no interior de edifıcios esta sujeita aos mecanismos de reflexao, difracao
e espalhamento, descritos na Secao 1.1, de um modo muito mais intenso do que a pro-
pagacao em ambientes abertos. Isto porque objetos como mobılia, luminarias, tubulacoes
de ar condicionado e ate mesmo o transito de pessoas pode desencadear a influencia destes
mecanismos na propagacao do sinal.
Segundo (HONCHARENKO et al., 1992), um dos fatores que influenciam na propagacao
do sinal em ambientes fechados, quando o transmissor e o receptor estao posicionados
no mesmo andar do predio, e a altura vertical ou espaco aberto entre o piso e o teto,
ou entre as mobılias e o teto, por onde o sinal pode propagar (Veja a Figura 6.19). Este
espaco aberto, segundo (HONCHARENKO et al., 1992), e de tamanho variado entre 1,5 e 2,5
95
metros. Assim, em predios de escritorios, onde o ambiente e tomado de mesas e estacoes
de trabalho, o sinal e espalhado quando alcanca tais materias.
Figura 6.19: Representacao da secao transversal de um predio de escritorios
Figura 6.20: Representacao da secao transversal de um corredor ou salao de um predio
Entretanto, uma segunda situacao podera ocorrer quando a propagacao do sinal ocorre
em corredores, grandes saloes, halls de espera ou salas pouco mobiliadas, isto e, locais
onde o piso ou o teto podem servir como elemento refletor do sinal. Desta forma, como
pode ser verificado na Figura 6.20, o sinal recebido pela antena receptora tera influencia
de um raio direto e de outro(s) refletido(s).
Segundo (FREEMAN, 1996), a distancia em que um raio direto do primeiro elipsoide
de Fresnel toca o piso, tomando a direcao do transmissor ao recpetor, pode ser calculada
96
pela Equacao (6.6). Veja ilustracao na Figura 6.21.
Figura 6.21: Ilustracao do Elipsoide de Fresnel
Rb =4.h1.h2
λ(6.6)
Onde:
• Rb e a distancia do transmissor ao primeiro ponto onde o primeiro elipsoide de
Fresnel toca o piso;
• h1 e a altura da antena transmissora;
• h2 e a altura da antena receptora;
• λ e o comprimento de onda do sinal transmitido.
Segundo (SALEMA, 1998), o raio maximo do primeiro elipsoide de Fresnel e tomado
no ponto medio entre o transmissor e o receptor, isto e, quando d1=d2 na Figura 6.22,
que ilustra um elipsoide de Fresnel. Desta forma, a Equacao (6.7) define como calcular
este raio.
r1f =1
2
√λ.d (6.7)
Onde:
• r1f e o raio maximo do primeiro elipsoide de Fresnel;
• λ e o comprimento de onda do sinal propagado;
• d e a distancia entre a antena transmissora e a receptora.
97
Figura 6.22: Ilustracao do primeiro elipoide de Fresnel
Como exemplo pode-se determinar o raio maximo do primeiro elipsoide de Fresnel, a
uma distancia de referencia de 20 metros, para cada uma das frequencias aqui utilizadas
para estudo:
• 421 MHz - r1f = 1,89m;
• 1800 MHz - r1f = 0,92m;
• 2470 MHz - r1f = 0,78m.
Com base nestes pressupostos, e possıvel concluir que, dependendo do raio do elipsoide
de Fresnel, para cada frequencia dos sinais estudados (421 MHz, 1800 MHz e 2470 Mhz),
da distancia entre os transceptores, da altura do ”pe-direito”do ambiente e da condicao
deste estar ou nao mobiliado, podera ocorrer reflexao ou espalhamento do sinal quando
se analisa a condicao de propagacao em visibilidade (LOS).
Observando as Figuras 6.10 a 6.17 e possıvel notar que:
• frequencia de 421 MHz - em todos os ambientes os valores de atenuacao medidos
foram menores que os valores calculados atraves da Proposta 2. Observa-se que
todos os ambientes (tipos 1, 2, 3, 4 e 5) sao basicamente pouco ou nao mobiliados;
• frequencia de 1800 MHz - neste caso os valores calculados pela Proposta 2 tiveram
valores abaixo dos valores medidos;
• frequencia de 2470 MHz - como no caso anterior os valores calculados ficaram abaixo
dos valores medidos.
Sabendo que as alturas das antenas transmissoras e receptoras, conforme descrito
na Secao 4.2, e de 1,5 metros, para as frequencias de 421 MHz e 2470 MHz, e no caso
98
da frequencia de 1800 MHz a antena transmissora foi posicionada a 2,4 metros do piso
e a receptora a 1,5 metros, e possıvel notar, com base no exemplo dos raios maximos
do primeiro elipsoide de Fresnel, que pode-se esperar a influencia de reflexoes no piso e
provavelmente no teto de cada ambiente, o que pode justificar as diferencas entre valores
medidos e calculados observadas nas Figuras 6.10 a 6.17. Alem disso foram consideradas
as seguintes alturas do ”pe-direito”de cada ambiente:
• corredores dos tipos 2 e 5 - pd = 2,6 metros;
• saloes dos tipos 3 e 4 - pd = 3,5 metros;
• corredor do tipo 1 e salas dos tipos 6 e 7 - pd = 3 metros.
Com isso, a Proposta 3 introduz um fator de ajuste F a Equacao (6.5), com o intuito
de corrigir um pouco as diferencas notadas entre os valores calculados pela Proposta 2
e os valores medidos. Para o calculo deste fator de ajuste foi considerado uma relacao
entre as alturas das antenas, o raio maximo do primeiro elipsoide de Fresnel e a altura do
”pe-direito”de cada ambiente em estudo. Assim, a Equacao (6.8) define como calcular o
fator de ajuste F .
F = 20log(h1.h2
pd.r1f
) (6.8)
Onde:
• F e o fator de ajuste;
• h1 e a altura da antena transmissora;
• h2 e a altura da antena receptora;
• pd e a altura do ”pe-direito”do ambiente;
• r1f e o raio maximo do primeiro elipsoide de Fresnel.
Desta forma, o calculo da atenuacao na propagacao para o Modelo de Motley-Keenan
modificado pela Proposta 3, pode ser determinado pela Equacao (6.9).
AMW (d)[dB] = A(d0)[dB] + 10n log
(d
d0
)+
N∑
i=1
kwiA0i.2log3(
eie0i
)+
M∑
j=1
kpjApj + F (6.9)
99
6.4.1 COMPARACAO DOS RESULTADOS COM OS VALO-RES MEDIDOS E OS VALORES CALCULADOS PELAPROPOSTA 3.
6.4.1.1 CONDICAO DE VISIBILIDADE
Para comparacao dos valores calculados atraves da Equacao (6.9) com os valores
medidos na condicao de visiblilidade, utilizou-se das mesmas medidas encontradas no
Banco de Dados do Apendice A, Tabela A.1, e dos valores do fator n indicados na Secao
6.3. O que difere a Proposta 3 da anterior e o acrescimo ao calculo da atenuacao de
um fator de ajuste F , que podera ser positivo ou negativo dependendo se existe ou nao
reflexao no piso e no teto do ambiente em questao.
Desta forma, os graficos encontrados nas Figuras 6.23 a 6.30 mostram a comparacao
dos valores medidos nas faixas de frequencia de 421 MHz,1800 MHz e 2470 MHz, nos
ambientes da Camara dos Deputados classificados na Secao 4.1.
Figura 6.23: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 421 MHz
Observando a Figura 6.23, e possıvel notar que comparado com a Figura 6.10 a dife-
renca entre os valores medidos e calculados diminui, sendo que para o caso com carpete
ha uma proximidade bastante razoavel.
100
Figura 6.24: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes dos tipos 3 e 4 para frequencia de 421 MHz
Figura 6.25: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes do tipo 5 para frequencia de 421 MHz
101
Figura 6.26: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 1800 MHz
Figura 6.27: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes do tipo 5 para frequencia de 1800 MHz
102
Figura 6.28: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes dos tipos 6 e 7 para frequencia de 1800 MHz
Figura 6.29: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes dos tipos 1 e 2 para frequencia de 2470 MHz
103
Figura 6.30: Comparacao entre valores medidos e calculados, atraves da Proposta 3, emambientes do tipo 3 para frequencia de 2470 MHz
Nos ambientes dos tipos 3 e 4, para a frequencia de 421 MHz, como pode ser observado
na Figura 6.24, os valores calculados ficaram mais proximos dos valores medidos quando
comparados com a Figura 6.11.
Ainda com relacao a frequencia de 421 MHz, agora em ambiente do tipo 5, pode ser
observado, comparando a Figura 6.25 com a Figura 6.12, que utilizando a Proposta 3 ha
uma aproximacao maior entre os valores calculados e os valores medidos.
Os valores calculados pela Proposta 2, na frequencia de 1800 MHz nos ambientes tipo
1 e 2, como pode ser observado na Figura 6.13, estavam abaixo dos valores medidos. Ja
na Figura 6.26, pode-se notar que houve uma aproximacao maior entre valores medidos e
calculados com a Proposta 3.
Observando a Figura 6.27 e comparando-a com a Figura 6.14, pode-se notar que os
valores calculados ficam mais proximos dos valores medidos, ficanco, no entanto, ainda
um pouco abaixo dos valores medidos.
Apesar de ainda ter valores de atenuacao calculados menores que os valores medidos,
para o caso da propagacao de sinais com frequencia de 1800 MHz em ambientes dos tipos
6 e 7, existe uma proximidade maior entre os valores calculados utilizando a Proposta 3
104
e medidos na Figura 6.27 do que na Figura 6.14 quando calculados pela Proposta 2.
As figuras 6.29 e 6.30, ilustram a comparacao entre os valores de atenuacao calculados
e medidos na frequencia de 2470 MHz nos ambientes dos tipos 1 e 2. Comparando seus
resultados com as Figuras 6.16 e 6.17, e possıvel notar que apenas nestes casos nao ha
uma melhora consideravel no uso da Proposta 3.
6.4.1.2 CONDICAO DE OBSTRUCAO
Como nas Secoes 6.2.1 e 6.3.1 utilizou-se, aqui, os mesmos resultados dos valores
medidos na frequencia de 1800 MHz pela operadora TIM, na Camara dos Deputados,
com os valores calculados atraves da Equacao (6.9), utilizando os novos valores de n
determinados na Secao 6.3 e o fator de ajuste indicado na Secao 6.4.1.
Figura 6.31: Comparacao entre valores medidos e valores calculados pela Proposta 3
Comparando as Figuras 6.18 e 6.31, pode-se observar que os valores das atenuacoes
calculados a partir da Proposta 3 sao bem proximos dos valores medidos. Desta forma, a
Proposta 3 demonstra ser uma adequacao viavel ao Modelo de Motley-Keenan.
105
6.4.2 ANALISE DOS RESULTADOS DA PROPOSTA 3
Para realizar a analise dos resultados da Proposta 3 procedeu-se aqui, tambem, da
mesma maneira que na Secao 5.4 estabelecendo uma analise em termos de precisao e
acuracia atraves dos erros EQM (Erro Quadratico Medio) e EQRM (Erro Quadratico
Relativo Medio), de modo que quanto menor estes valores mais preciso e acurado e o
modelo.
Tabela 6.6: Analise de resultados em situacao de visibilidade do Modelo da Proposta 3
Tipo deAmbi-ente
Descricao Frequencia(MHz)
ErroQuadraticoRelativoMedio
EQRM (%)
ErroQuadratico
MedioEQM (dB)
Corredor c/ 421 3 6,221 6m de largura 1800 2 4,76
carpetado 2470 4 8,69Corredor c/ 421 32 45,17
2 6m de largura 1800 4 5,97sem carpete 2470 3 6,1Salao com 421 6 7,76
3 piso 1800 - -carpetado 2470 9 13,25Salao com 421 15 13,19
4 piso 1800 - -sem carpete 2470 - -Corredor c/ 421 7 11,62
5 4m de largura 1800 3 7,36sem carpete 2470 - -Sala com 421 - -
6 piso 1800 9 15,09em paviflex 2470 - -Sala com 421 - -
7 piso 1800 7 9,59carpetado 2470 - -
Assim, a Tabela 6.6 mostra os valores dos erros EQM e EQRM para os tipos de
ambiente da Camara dos Deputados onde ha condicoes de visibilidade de propagacao
entre o transmissor e o receptor. Do mesmo modo que a Proposta 2, os valores dos erros
para a frequencia de 421 MHz em saloes e corredores sem carpete ficaram ainda um pouco
altos, porem com valores menores que aqueles demonstrados na Tabela 6.4 referntes aos
calculos com a Proposta 2. Entretanto, nas demais faixas de frequencia os valores sao
106
bem razoaveis, ficando o EQRM sempre abaixo de 10%.
Ja a Tabela 6.7 mostra os valores dos erros EQM e EQRM para os tipos de paredes
que obstruem o sinal propagado entre o transmissor e o receptor, de um sinal na frequencia
de 1800 MHz, assim como um caso geral que envolve todas as medidas realizadas. Para
este caso os erros atingem valors bastante otimistas, fazendo com que o modelo seja
considerado muito preciso e acurado para todas as situacoes de obstrucao estudadas.
Tabela 6.7: Analise de resultados em situacao de obstrucao por paredes do Modelo daProposta 3
Tipo deParede
Descricao Frequencia(MHz)
Erro QuadraticoRelativo Medio -EQRM (%)
Erro QuadraticoMedio - EQM(dB)
1 Divisoria 1800 1 5,062 Parede c/ 15cm
de espessura1800 3 7,68
3 Parede c/ 30cmde espessura
1800 3 5,22
4 Parede c/ 40cmde espessura
1800 2 1,7
1 e 2 divisoria + pa-rede 15cm
1800 3 7,37
1 e 3 divisoria + pa-rede 30cm
1800 6 11,24
1 e 4 divisoria + pa-rede 40cm
1800 2 2,52
2 e 3 paredes de 15 e30cm
1800 6 7,54
2 e 4 paredes de 15 e40cm
1800 5 5,45
- GERAL 1800 3 6,48
6.4.3 VALIDACAO DAS PROPOSTAS
A Proposta 1 modifica o Modelo de Motley-Keenan apenas no que se refere a ate-
nuacao sofrida pelo sinal em paredes. Assim, a Equacao (6.5) se mostrou bastante eficaz
para o calculo da atenuacao em ambientes onde ha obstrucao por parede de diversos tipos
e larguras, como pode ser verificado nas Tabelas 6.3, 6.5 e 6.7.
A Proposta 2 nao altera o Modelo de Motley-Keenan modificado pela Proposta 1,
utiliza inclusive a mesma Equacao (6.5) para os calculos de atenuacao. O que foi proposto
107
nesta proposta sao novos valores para o ındice de decaimento de potencia n, que na maioria
dos casos se mostrou mais adequados que os valores tabelados na Secao 2.2. No entanto,
ainda se faz necessario um melhor estudo para os valores de n na faixa de frequencia de
421 MHz, principalmente nos ambientes dos tipos 1 e 2.
A Proposta 3 inclui na Equacao (6.5) um fator de ajuste F , que visa aproximar
ainda mais os valores calculados dos medidos, seja aumentando ou diminuindo o valor
calculado da atenuacao dependendo de parametros como o raio do elipsoide de Fresnel,
a altura das antenas transmissoras e receptoras, e da altura do ”pe-direito”do ambiente.
Como o metodo utilizado para determinar a Equacao (6.8), foi empırico e o numero de
medidas disponıveis, nos Bancos de Dados do Apendice A, e relativamente pequeno, para
a validacao desta proposta e preciso um estudo maior envolvendo um banco de dados
com um numero bastante superior de medidas, tanto em condicoes de visibilidade (LOS)
quanto de obstrucao (OBS).
Desta forma, fica aqui sugerido a adequacao do Modelo de Motley-Keenan pela Pro-
posta 1 (Equacao (6.5)), alem de um estudo mais refinado, no ambiente da Camara dos
Deputados ou de outro predio com paredes largas e piso com e sem carpete, para uma
melhor estimativa dos valores do ındice de decaimento de potencia n e uma avaliacao mais
precisa da Proposta 3.
108
7 CONCLUSOES
A propagacao de sinais eletromagneticos no interior de edifıcios tem tomado, nos
ultimos anos, uma improtancia de grande relevancia, pois com o aumento do uso do
sistema de telefonia celular para trafego de voz e dados, e do crescente interesse no uso de
redes locais sem fio, se faz necessario um bom entendimento, por parte dos engenheiros
de telecomunicacoes, dos mecanismos para predicao da propagacao em tais ambientes.
O estudo da propagacao em ambientes fechados com paredes largas e ainda pouco
explorado, no entanto, este tipo de ambiente e bem comum nos predios sedes dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciario no Brasil. Assim, procurou-se neste trabalho, dar um
enfoque do estudo da propagacao de sinais eletromagneticos nestes ambientes, de modo a
estabelecer um modelo empırico com expressao matematica simplificada que permita um
calculo rapido e preciso para a predicao da atenuacao sofrida pelo sinal propagado nestes
ambientes.
Neste contexto, no Capıtulo 1 procurou-se descrever os principais mecanismos que
governam a propagacao das ondas eletromagneticas, no Capıtulo 2 decreve-se alguns dos
modelos empıricos de predicao, encontrados na literatura tecnica, para predicao em ambi-
entes fechados, o Capıtulo 3 enfatisa o fator de perda por penetracao em paredes levando
em consideracao seu tipo de material e sua espessura. Ja no Capıtulo 4 procurou-se des-
crever o ambiente estudado e as medidas de atenuacao dos sinais nas frequencias de 421
MHz, 1800 MHz e 2470 MHz. O Capıtulo 5 descreve as comparacoes e analises feitas
entre os valores medidos (disponıveis no Apendice A) atraves de programas em Matlab
disponıveis no Apencice B, os valores calculados atraves dos modelos descritos no Capıtulo
2, visando a escolha daquele que seja mais adequado ao ambiente em estudo. Finalmente
no Capıtulo 6, procurou-se propor algumas melhorias para aquele modelo considerado o
mais adequado no Capitulo 5.
Durante o Capıtulo 6, foram analisadas tres propostas, sendo que a primeira pode ser
considerada valida por trazer uma contribuicao para o modelo de predicao da propagacao
109
em ambientes fechados com paredes largas. Quanto as duas outras propostas, ainda
dependem de um estudo mais refinado para sua validacao.
Alem de proceder a um estudo, com maior numero de medidas para comparacao,
visando a validacao das Propostas 2 e 3 descritas nas Secoes 6.3 e 6.4, os seguintes temas
sao sugeridos para investigacoes e trabalhos futuros:
• analise do efeito causado pelo carpete na propagacao de sinais eletromagneticos no
interior de edifıcios;
• analise do efeito na propagacao em ambientes fechados causado pelo trafego intenso
de pessoas em corredores e halls ;
• estudo de modelos determinısticos para predicao da propagacao em ambientes fe-
chados com paredes largas.
110
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113
APENDICE A -- BANCO DE DADOS
Todos os dados de medidas experimentais utilizadas neste trabalho sao listados neste
apendice em forma de tabela. A primeira e especıfica para o caso de visibilidade e fornece
o tipo de ambiente que foi listado no Capıtulo 4, a frequencia utilizada na transmissao e
recepcao do sinal, a distancia entre transmissor e receptor e o valor da atenuacao medida.
Na Tabela A.2, encontam-se os dados referentes as medidas executadas na situacao de
obstrucao (OBS) por paredes, classificadas quanto ao tipo como: 1- divisorias; 2- paredes
de concreto com 15cm de espessura; 3- paredes de concreto com 30cm de espessura; 4-
paredes de concreto com 40cm de espessura. Nesta tabela foram relacionados, tambem, os
seguintes dados: frequencia de operacao, localizacao da antena transmissora, distancia en-
tre a antena transmissora e o ponto de medida, numero de paredes entre os transceptores,
numero de paredes por tipo e o valor da atenuacao sofrida pelo sinal propagado.
Os valores medidos sao oriundos de medicoes feitas na Camara dos Deputados como
descrito na Secao 4.2.
114
Tabela A.1: Medidas de Atenuacao em condicao de visibilidade em diversos ambientes daCamara dos Deputados
Tipo Frequencia (MHz) Distancia (m) Valor Medido (dBm)1 1800 2 601 1800 7 811 1800 11 881 1800 16 1041 2470 3 53.351 2470 15 58.711 2470 27 60.861 2470 39 63.661 2470 51 66.151 2470 63 68.151 2470 75 71.661 421 10 50.421 421 22 58.771 421 34 67.61 421 46 68.951 421 58 77.771 421 70 75.481 421 82 89.132 1800 3 62.22 1800 7 78.22 1800 9 82.22 1800 15 94.22 2470 12 58.42 2470 24 63.862 2470 36 66.512 2470 48 66.952 2470 60 67.752 2470 72 70.032 421 15 37.712 421 27 52.372 421 39 65.042 421 51 66.662 421 63 74.082 421 75 78.553 421 10 39.683 421 22 42.663 421 34 48.313 421 46 55.483 421 58 59.573 421 70 64.313 2470 15 63.333 2470 27 66.973 2470 39 68.663 2470 51 70.063 2470 60 70.624 421 15 35.684 421 30 42.084 421 40 46.284 421 65 54.445 1800 2 61.25 1800 3 65.55 1800 4 69.35 1800 8 78.35 1800 12 80.35 1800 14 84.95 1800 16 875 421 25 61.155 421 43 67.935 421 63 69.185 421 84 82.265 421 108 86.86 1800 3 63.76 1800 4 65.36 1800 5 66.36 1800 6 67.97 1800 5 67.17 1800 7 69.97 1800 8 71.47 1800 10 72.47 1800 16 74.9
115
Tabela A.2: Medidas de Atenuacao em condicao de obstrucao
Frequencia Local/Ant.Distancia Num. Paredes Num. Paredes por Atenuacao(MHz) (m) Entre tipo de parede (dBm)
TX e RX 1 2 3 41800 III-127 12 4 1 X 3 X 1201800 III-127 12 3 1 X 2 X 90,51800 III-127 4 1 1 X X X 72,51800 II-121 16 2 1 X X 1 90,31800 II-121 18 3 3 X X X 85,31800 II-120 20 3 3 X X X 89,21800 II-120 10 2 2 X X X 76,21800 II-142 6 1 1 X X X 68,21800 II-143 12 3 3 X X X 891800 II-143 10 2 2 X X X 701800 II-143 16 4 4 X X X 971800 II-180 8 2 1 X X 1 87,31800 II-168 10 2 1 1 X X 93,41800 II-167 10 1 X 1 X X 90,11800 P-134 12 2 X 1 1 X 93,71800 P-134 7 1 X X 1 X 69,71800 P-134 2 1 X 1 X X 65,71800 P-134 9 2 X 2 X X 85,71800 P-135 6 1 X 1 X X 65,81800 P-135 11 2 X 2 X X 70,81800 P-136 2 2 2 X X X 691800 P-150 18 1 X X 1 X 841800 P-150 23 2 X 1 X 1 1011800 P-195 4 1 1 X X X 721800 P-195 6 3 1 2 X X 881800 P-151 7 2 X 1 1 X 75,11800 P-151 15 1 X 1 X X 75,11800 IV-129 13 2 2 X X X 83,21800 IV-129 5 1 1 X X X 72,21800 IV-131 15 4 3 1 X X 91,81800 IV-132 15 1 X 1 X X 85,71800 IV-187 6 1 X X X 1 77,41800 IV-187 7 1 1 X X X 75,41800 IV-188 5 2 1 1 X X 78,31800 IV-188 10 2 X 2 X X 83,31800 IV-189 6 3 2 X 1 X 92,31800 IV-189 3 2 2 X X X 71,31800 IV-189 4 2 2 X X X 73,31800 IV-191 4 1 X X X 1 74,41800 IV-191 7 1 X X 1 X 79,41800 IV-191 5 1 1 X X X 71,6
116
APENDICE B -- LINHAS DE CODIGO
Todos os programas em Matlab utilizados foram alimentados pelo banco de dados
relacionado no Apendice A, para gerar os graficos e calcular os erros quadraticos EQM e
EQRM que nos Capıtulos 5 e 6 foram usados para estabelecer as comparacoes entre os
valores de atenuacao calculados pelos modelos descritos nos Capıtulos 2 e 6, e os valores
medidos. Tais programas encontram-se anexados a este Apendice em um CD (Compact
Disk) para facilitar a utilizacao em estudos futuros com novos bancos de dados.
A seguir sera listada uma breve descricao em seguida do nome de cada programa.
•oneslope.m - calcula a atenuacao do sinal propagado atraves da formula do Modelo
One-Slope descrito na Secao 2.2.
•motleykeenan.m - calcula a atenuacao do sinal propagado atraves da formula do
Modelo de Motley-Keenan descrito na Secao 2.3.
•itu.m - calcula a atenuacao do sinal propagado atraves da formula do Modelo do
ITU-R (International Union of Telecommunications - Radiocommunication) Reco-
mendacao P.1328, descrito na Secao 2.4.
•lafortune.m - calcula a atenuacao do sinal propagado atraves da formula do Modelo
de Lafortune e Lecours descrito na Secao 2.5.
•Rappa.m - calcula a atenuacao do sinal propagado atraves da formula do Modelo
de Seidel e Rappaport descrito na Secao 2.6.
•CalculoErro.m - calcula os erros absoluto, relativo, quadratico medio e quadratico
relativo medio entre os valores de atenuacao medidos e os valores calculados atraves
de cada modelo.
•f421corredor.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibili-
dade (LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
117
de 421 MHz em corredores de 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que possam ser realizadas as comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f421salao.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibilidade
(LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia de
421 MHz em saloes com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e
calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f421.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibilidade
(LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
de 421 MHz em corredores de 4 (quatro) metros de largura sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM
para que possam ser realizadas as comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f1800corredor.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibi-
lidade (LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
de 1800 MHz em corredores de 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que possam ser realizadas as comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f1800sala.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibilidade
(LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia de
1800 MHz em salas com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e
calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f1800.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibilidade
(LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
de 1800 MHz em corredor de 4 (quatro) metros de largura sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM
para que possam ser realizadas as comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•f2470corredor.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibi-
lidade (LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
de 2470 MHz em corredores de 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que possam ser realizadas as comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
118
•f2470salao.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de visibili-
dade (LOS) e os valores calculados atraves dos modelos em estudo para a frequencia
de 2470 MHz em saloes com carpete. Neste programa sao gerados graficos e cal-
culados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•obstipoparedes.m - Plota o grafico das medidas executadas em situacao de obstrucao
por paredes dos tipos: divisoria, concreto de 15 cm de espessura, concreto de 30 cm
de espessura e concreto de 40 cm de espessura. Todas as medidas foram executadas
na faixa de frequencia de 1800 MHz e os dados estao disponıveis na Tabela A.2.
•comparaoneslopetipo.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao
de obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves do Modelo One-Slope (Secao 2.2)
para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as comparacoes
e analises de que trata o Capıtulo 5.
•comparamotleytipo.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao
de obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves do Modelo de Motley-keenan
(Secao 2.3) para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa sao gerados graficos
e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•comparaitutipo.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de
obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves do Modelo da ITU-R(Secao 2.4)
para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as comparacoes
e analises de que trata o Capıtulo 5.
•comparalafortunetipo.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de
obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves do Modelo de Lafortune e Lecours
(Secao 2.5) para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa sao gerados graficos
e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•compararappatipo.m - Efetua a comparacao entre valores medidos em situacao de
obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves do Modelo de Seidel e Rappaport
(Secao 2.6) para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa sao gerados graficos
119
e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para que possam ser realizadas as
comparacoes e analises de que trata o Capıtulo 5.
•modificado.m - Gera um vetor com os valores das atenuacoes sofridas pelo sinal
propagado em funcao da distancia entre os transceptores e da perda por penetracao
em paredes de acordo com a Proposta 1 (Secao 6.2).
•comparamodificadotipo.m - Efetua a comparacao entre os valores medidos em si-
tuacao de obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves da Proposta1 (Secao 6.2)
para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa e gerado o grafico e calculados
os erros quadraticos EQM EQRM para realizar as comparacoes e analises de que
tratam as Secoes 6.2.1 e 6.2.2.
•nf421corredor.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a
cada conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 421 MHz em corredores
com 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. O coeficiente angular da reta
ajustada sera o ındice de decaimento de potencia n para a frequencia e ambiente
indicado.
•nf421salao.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a cada
conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 421 MHz em saloes com e
sem carpete. O coeficiente angular da reta ajustada sera o ındice de decaimento de
potencia n para a frequencia e ambiente indicado.
•nf421.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a cada
conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 421 MHz em corredores com
4 (quatro) metros de largura sem carpete. O coeficiente angular da reta ajustada
sera o ındice de decaimento de potencia n para a frequencia e ambiente indicado.
•nf1800corredor.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a
cada conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 1800 MHz em corredores
com 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. O coeficiente angular da reta
ajustada sera o ındice de decaimento de potencia n para a frequencia e ambiente
indicado.
•nf1800sala.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a cada
conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 1800 MHz em salas com e
sem carpete. O coeficiente angular da reta ajustada sera o ındice de decaimento de
potencia n para a frequencia e ambiente indicado.
120
•nf1800.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a cada
conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 1800 MHz em corredores com
4 (quatro) metros de largura sem carpete. O coeficiente angular da reta ajustada
sera o ındice de decaimento de potencia n para a frequencia e ambiente indicado.
•nf2470corredor.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a
cada conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 2470 MHz em corredores
com 6 (seis) metros de largura com e sem carpete. O coeficiente angular da reta
ajustada sera o ındice de decaimento de potencia n para a frequencia e ambiente
indicado.
•nf2470salao.m - Gera uma reta, ajustada pelo metodo dos quadrados mınimos, a
cada conjunto de medidas efetuadas com uma frequencia de 2470 MHz em salao
com carpete. O coeficiente angular da reta ajustada sera o ındice de decaimento de
potencia n para a frequencia e ambiente indicado.
•modificado2.m - Gera um vetor com os valores das atenuacoes sofridas pelo sinal
propagado em funcao da distancia entre os transceptores e da perda por penetracao
em paredes de acordo com a Proposta 2 (Secao 6.3).
•f421corredormodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes me-
didos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
2 (Secao 6.3) para a frequencia de 421 MHz em corredores de 6 (seis) metros de lar-
gura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados os erros
quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e analises de
que tratam as Secoes 6.3.1.1 e 6.3.2.
•f421salaomodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medi-
dos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
2 (Secao 6.3) para a frequencia de 421 MHz em saloes com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.3.1.1 e
6.3.2.
•f421modificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medidos em
situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta 2 (Secao
6.3) para a frequencia de 421 MHz em corredores de 4 (quatro) metros de largura
sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos
121
EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam
as Secoes 6.3.1.1 e 6.3.2.
•f1800corredormodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes
medidos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Pro-
posta 2 (Secao 6.3) para a frequencia de 1800 MHz em corredores de 6 (seis) metros
de largura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e
analises de que tratam as Secoes 6.3.1.1 e 6.3.2.
•f1800salamodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medi-
dos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
2 (Secao 6.3) para a frequencia de 1800 MHz em salas com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.3.1.1 e
6.3.2.
•f1800modificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medidos
em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta 2
(Secao 6.3) para a frequencia de 1800 MHz em corredores de 4 (quatro) metros
de largura sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados os erros
quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e analises de
que tratam as Secoes 6.3.1.1 e 6.3.2.
•f2470corredormodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes
medidos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Pro-
posta 2 (Secao 6.3) para a frequencia de 2470 MHz em corredores de 6 (seis) metros
de largura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e
analises de que tratam as Secoes 6.3.1.1 e 6.3.2.
•f2470salaomodificado.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes me-
didos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
2 (Secao 6.3) para a frequencia de 2470 MHz em saloes com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.3.1.1 e
6.3.2.
122
•comparamodificado2tipo.m - Efetua a comparacao entre os valores medidos em si-
tuacao de obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves da Proposta 2 (Secao
6.3) para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa e gerado o grafico e calculados
os erros quadraticos EQM EQRM para realizar as comparacoes e analises de que
tratam as Secoes 6.3.1.2 e 6.3.2.
•modificado3.m - Gera um vetor com os valores das atenuacoes sofridas pelo sinal
propagado em funcao da distancia entre os transceptores e da perda por penetracao
em paredes de acordo com a Proposta 3 (Secao 6.4).
•f421corredormodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes
medidos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Pro-
posta (Secao 6.4) para a frequencia de 421 MHz em corredores de 6 (seis) metros
de largura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e
analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e 6.4.2.
•f421salaomodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes me-
didos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
3 (Secao 6.4) para a frequencia de 421 MHz em saloes com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e
6.4.2.
•f421modificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medidos
em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta 3
(Secao 6.4) para a frequencia de 421 MHz em corredores de 4 (quatro) metros de
largura sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados os erros
quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e analises de
que tratam as Secoes 6.4.1.1 e 6.4.2.
•f1800corredormodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes
medidos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Pro-
posta 3 (Secao 6.4) para a frequencia de 1800 MHz em corredores de 6 (seis) metros
de largura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e
analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e 6.4.2.
123
•f1800salamodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes me-
didos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
3 (Secao 6.4) para a frequencia de 1800 MHz em salas com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e
6.4.2.
•f1800modificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes medidos
em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta 3
(Secao 6.4) para a frequencia de 1800 MHz em corredores de 4 (quatro) metros
de largura sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados os erros
quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e analises de
que tratam as Secoes 6.4.1.1 e 6.4.2.
•f2470corredormodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes
medidos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Pro-
posta 3 (Secao 6.4) para a frequencia de 2470 MHz em corredores de 6 (seis) metros
de largura, com e sem carpete. Neste programa sao gerados graficos e calculados
os erros quadraticos EQM e EQRM para que se possa realizar as comparacoes e
analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e 6.4.2.
•f2470salaomodificado3.m - Efetua a comparacao entre os valores de atenuacoes me-
didos em situacao de visibilidade (LOS) e os valores calculados atraves da Proposta
3 (Secao 6.4) para a frequencia de 2470 MHz em saloes com e sem carpete. Neste
programa sao gerados graficos e calculados os erros quadraticos EQM e EQRM para
que se possa realizar as comparacoes e analises de que tratam as Secoes 6.4.1.1 e
6.4.2.
•comparamodificado3tipo.m - Efetua a comparacao entre os valores medidos em si-
tuacao de obstrucao (OBS) e os valores calculados atraves da Proposta 3 (Secao
6.4) para a frequencia de 1800 MHz. Neste programa e gerado o grafico e calculados
os erros quadraticos EQM EQRM para realizar as comparacoes e analises de que
tratam as Secoes 6.4.1.2 e 6.4.2.
Alem dos programas em Matlab o CD (Compact Disk) contem, tambem, um arquivo
chamado LOS.txt com os dados relativos as medidas em situacao de visibilidade (LOS) e
um outro chamado OBSTR.txt com os dados das medidas na situacao de obstrucao por
paredes (OBS), efetuadas na Camara dos Deputados em Brasılia.
124
ANEXO A -- ANEXO
A.1 CARACTERISTICAS DO MDT-400
As Figuras A.1 e A.2 apresentam as caracterısticas tecnicas do equipamento MDT-400
utilizado nos teste de propagacao em visibilidade na frequencia de 421 MHz.
A.2 CARACTERISTICAS DO EAGLE PLUS
As Figuras A.3 e A.4 apresentam as caracterısticas tecnicas do equipamento de trans-
missao de vıdeo marca Trango Systems modelo Eagle Plus.
A.3 CARACTERISTICAS DA ANTENA AD2500
A Figura A.5 apresenta as caracterısticas tecnicas da antena utilizada Trango Systems
modelo Eagle Plus para a frequencia de 2470 MHz.