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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MARCELO LUCAS MARACCI Gestão do Conhecimento: Uso de Mapa Conceitual como Ferramenta de Gestão do Conhecimento Anápolis Novembro, 2011

Gestão do Conhecimento: Uso de Mapa Conceitual como Ferramenta de Gestão do Conhecimento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

MARCELO LUCAS MARACCI

Gestão do Conhecimento:

Uso de Mapa Conceitual como Ferramenta de Gestão doConhecimento

AnápolisNovembro, 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

MARCELO LUCAS MARACCI

Gestão do Conhecimento:

Uso de Mapa Conceitual como Ferramenta de Gestão doConhecimento

Trabalho de Conclusão apresentado ao Departamento de Sistemas de Informação da UnidadeUniversitária de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Goiás, comorequisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientadora: Prof.a MSC Lena Lúcia de Moraes

AnápolisNovembro, 2011

FICHA CATALOGRÁFICA

MARACCI, Marcelo L.Gestão do Conhecimento: Uso de Mapa Conceitual como Ferramenta de Gestão do

Conhecimento, MORAES, Lena Lúcia, 2011.72f.

Orientadora: Prof.a MSC. Lena Lúcia de Moraes

Relatório de Graduação, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Uni-versidade Estadual de Goiás. Departamento Sistemas de Informação, Curso de Sistemas de Infor-mação.

1. Gestão do Conhecimento(KM). 2. Coopetição. 3. Mapa Conceitual. 4. Tra-balho Colaborativo. I. MARACCI, Marcelo L. II. Título

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MARACCI, Marcelo L. Gestão do Conhecimento: Uso de Mapa Conceitual como Ferramentade Gestão do Conhecimento. Anápolis, 2011. 72p. Relatório de Graduação. Sistemas deInformação, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadualde Goiás.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Gestão do Conhecimento:

Uso de Mapa Conceitual Como Ferramenta de Gestão do

Conhecimento

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Departamento de Sistemas de Informação da

Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Goiás,

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação.

Aprovado por:

Lena Lúcia Moraes, Mestre, UEG(ORIENTADORA)

Hellen Carmo de Oliveira Matos , Mestre, UEG(EXAMINADORA )

Anápolis, 17 de novembro de 2011.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE MONOGRAFIASELETRÔNICAS NO BANCO DE MONOGRAFIAS DA UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE

CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - UNuCET

Eu Marcelo Lucas Maracci, portador do RG n° 8049452058 Org. Exp. SJS/RS, inscrito no

CPF sob nº 515.361.290-20, domiciliado no logradouro de nome Rua VB 01 Quadra 01 Chá-

cara 01, na cidade de Anápolis, estado de Goiás.

Na qualidade de titular dos direitos de autor que recaem sobre a minha monografia de con-

clusão de curso, intitulada Gestão do Conhecimento: Uso de Mapa Conceitual Como Ferra-

menta de Gestão do Conhecimento defendida em 17/ 11/ 2011, junto a banca examinadora do

curso com fundamento nas disposições da lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, autorizo a

disponibilizar gratuitamente a obra citada, sem ressarcimento de direitos autorais, para fins de

leitura, impressão e/ou downloading pela internet, a título de divulgação da produção científica

gerada pela Universidade Estadual de Goiás / UnUCET de Anápolis, a partir desta data.

autorizo não autorizo

total resumo

Assim, autorizo a liberação total de meu trabalho, estando ciente que o conteúdo dispo-nibilizado é de minha inteira responsabilidade.

Anápolis, 17 de novembro de 2011.

XX

X

À minha esposa, meus pais e familiares que me incenti-varam e apoiaram.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha orientadora pela paciência e desafios propostos.

Agradeço aos funcionários do Núcleo Tecnologia da Informação (NTI) da UnidadeUniversitária de Ciências Exatas e Tecnológicas (UnUCET) pelo suporte na execução doexperimento, sem o qual não seria possível a coleta dos dados deste trabalho.

Agradeço aos meus professores que, ao longo do curso, compartilharam seusconhecimentos e experiências de forma generosa, mas acima de tudo pelo incentivo e amizade.

Meu agradecimento especial a minha esposa que me apoiou e incentivou desde apreparação para o vestibular até a conclusão desse trabalho.

“Aceitamos agora o fato de que a aprendizagem é um processo permanente demanter-se a par das mudanças. E a tarefa mais urgente é ensinar as pessoascomo aprender.”

Peter Drucker1.

1Acessível em:http://www.brainyquote.com/quotes/authors/p/peter_drucker_3.html

RESUMO

A capacidade das organizações competirem num mercado globalizado como o atual dependeda gestão eficiente de todos os seus recursos, inclusive os recursos intangíveis como o conhe-cimento. A presente monografia foca na possível aplicação dos mapas conceituais no processode gestão do conhecimento.Uma metodologia de trabalho colaborativo é proposta para determinar a aplicabilidade ou nãodos mapas conceituais. Tal metodologia envolve a sugestão de uma ferramenta de software paraa produção dos mapas e dos requisitos que os participantes devem possuir para que o êxito dotrabalho.O presente trabalho também explora as relações entre os integrantes de um grupo de trabalhocolaborativo, utilizando a observação direta para evidenciar a existência da coopetição naexecução de tarefas colaborativas. A identificação e o entendimento das dinâmicas sociaisenvolvidas nos processos de gestão do conhecimento contribuem na elaboração de políticasorganizacionais mais eficientes e eficazes à gestão do conhecimento.

Palavras-chave: Gestão do Conhecimento(KM); Coopetição; Mapa Conceitual; Trabalho Co-laborativo

ABSTRACT

The ability of organizations to compete in a global market as the current depends on the efficientmanagement of all resources, including intangible assets such as knowledge. This monographfocuses on the possible application of concept maps in the process of knowledge management.A methodology for collaborative work is proposed to determine the applicability or otherwiseof the concept maps. This methodology involves the suggestion of a software tool for theproduction of maps and requirements that participants must have for the success of the work.This work also explores the relationships between members of a group in a collaborative work,using direct observation to show the existence of coopetition in the performance of collaborativetasks. The identification and understanding of the social dynamics involved in the processes ofknowledge management contribute to the development of organizational policies more efficientand effective for the knowledge management.

Keywords: Knowledge Management; Coopetition; Concept Map; Collaborative Work

LISTA DE FIGURAS

Figuras 1 Tipos possíveis de relacionamento (CZAKON, 2010, p. 59). . . . . . . . . 16

Figuras 2 Atividades e tecnologias da Gestão do Conhecimento (SCHWARTZ, 2006,p. 5). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Figuras 3 Espiral do conhecimento (NONAKA; TAKEUCHI, 1997) . . . . . . . . . . . 22Figuras 4 Relacionamentos possíveis intra e extra organização . . . . . . . . . . . . 25

Figuras 5 Mapa conceitual explicando mapa conceitual (FORTE et al., 2006). . . . . . 30

Figuras 6 Experimento realizado para coleta de dados. . . . . . . . . . . . . . . . . 36Figuras 7 Representação da avaliação do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Figuras 8 Participação em projetos de Gestão do Conhecimento . . . . . . . . . . . 39Figuras 9 Participação em Brainstorm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Figuras 10 Conhecimento da existência dos mapas conceituais . . . . . . . . . . . . 41Figuras 11 Experiência anterior na construção de mapas conceituais . . . . . . . . . 41Figuras 12 Experiência com software de edição de mapas conceituais . . . . . . . . . 42Figuras 13 Avaliação da experiência do trabalho colaborativo . . . . . . . . . . . . . 43Figuras 14 Facilidade de uso da ferramenta escolhida para o experimento . . . . . . . 44Figuras 15 A duração do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Figuras 16 Avaliação do mapa conceitual produzido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Figuras 17 Participação do respondente no experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . 46Figuras 18 Domínio do tema proposto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Figuras 19 Interesse do respondente na gestão do conhecimento. . . . . . . . . . . . 48Figuras 20 Causa da participação ativa/passiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Figuras 21 Interesse do respondente na gestão do conhecimento. . . . . . . . . . . . 50Figuras 22 Qualificação do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51Figuras 23 O experimento seria aplicável em ambiente corporativo? . . . . . . . . . 52Figuras 24 Aplicabilidade do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Figuras 25 O respondente utilizaria o mapa conceitual como: . . . . . . . . . . . . . 54Figuras 26 Aplicabilidade do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55Figuras 27 Aplicabilidade do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56Figuras 28 Mapa conceitual produzido pelo grupo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Figuras 29 Mapa conceitual produzido pelo grupo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Figuras 30 Pôster Mapas Conceituais como ferramentas na Gestão do Conhecimento 65

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Informação X Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Tabela 2 Comparativo entre software testados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Tabela 3 Participação em projetos de Gestão do Conhecimento . . . . . . . . . . . . 39Tabela 4 Participação em Brainstorm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Tabela 5 Conhecimento da existência dos mapas conceituais . . . . . . . . . . . . . 40Tabela 6 Experiência anterior na construção de mapas conceituais . . . . . . . . . . 41Tabela 7 Experiência com software de edição de mapas conceituais . . . . . . . . . 42Tabela 8 Avaliação da experiência do trabalho colaborativo . . . . . . . . . . . . . . 42Tabela 9 Facilidade de uso da ferramenta escolhida para o experimento. . . . . . . . 44Tabela 10 Duração do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Tabela 11 Avaliação do mapa conceitual produzido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Tabela 12 Participação do respondente no experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . 46Tabela 13 Domínio do tema proposto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Tabela 14 Interesse do respondente na gestão do conhecimento. . . . . . . . . . . . . 48Tabela 15 Causa da participação ativa-passiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Tabela 16 Trabalhando individualmente o trabalho ficaria. . . . . . . . . . . . . . . . 50Tabela 17 Qualificação do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Tabela 18 O experimento seria aplicável em ambiente corporativo? . . . . . . . . . . 51Tabela 19 No experimento, como foi o papel de liderança? . . . . . . . . . . . . . . . 52Tabela 20 O respondente utilizaria o mapa conceitual como: . . . . . . . . . . . . . . 53Tabela 21 Características favorecedoras do experimento . . . . . . . . . . . . . . . . 54Tabela 22 As diferenças de opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55Tabela 23 Cronograma de atividades proposto no projeto do Trabalho de Conclusão

de Curso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

LISTA DE SIGLAS

Siglas Significado

IBM International Business Machines. 15

NTI Núcleo Tecnologia da Informação. 7

OWL Web Ontology Language. 29, 31

UEG Universidade Estadual de Goiás. 17, 34, 38

UnUCET Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas. 7, 17, 38

W3C World Wide Web Consortium. 29

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 15

CAPÍTULO 1 GESTÃO DO CONHECIMENTO 181.1 Dado, Informação e Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181.2 Histórico da Gestão do Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191.3 Processos da Gestão do Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

1.3.1 Coopetição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

CAPÍTULO 2 MAPA CONCEITUAL 282.1 Representação do Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282.2 Definição de Mapa Conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

CAPÍTULO 3 METODOLOGIA DA PESQUISA 333.1 Caracterização da Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.1.1 Quanto aos fins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333.1.2 Quanto aos Meios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.2 Amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.3 Planejamento do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.4 Ferramenta de Coleta de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

3.4.1 Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363.4.2 Observação Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

3.5 Tratamento dos Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383.6 Pôster . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

CAPÍTULO 4 RESULTADOS 394.1 Respostas do Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 394.2 Resultados da Observação Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 564.3 Mapas Conceituais Produzidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

CONCLUSÃO 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61

APÊNDICES 64Apêndice A – Cronograma de Atividades do Trabalho de Conclusão de Curso 2011 . . . 64Apêndice B – Pôster Apresentado no III Simpósio de Tecnologia da Informação e III

Semana de Iniciação Científica do Curso de Sistemas de Informação UnUCET-UEG/2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Apêndice C – Roteiro Experimento Mapa Conceitual Colaborativo usando CmapTools . 66Apêndice D – Transcrição do Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

INTRODUÇÃO

No mundo contemporâneo as informações assumem um papel de fundamentalimportância, tanto que é vista por alguns autores como o novo capital (ZELENY, 2005). Issose reflete no alto valor das companhias que lidam com informações, entre elas Google, IBM eOracle.

Porém a informação só tem valor se estiver acessível onde e quando é necessário,caso contrário ela é inútil (ROWLEY; FARROW, 2000). Segundo Melo (2011), 60% do tempodos executivos é gasto recuperando informações já processadas e disponíveis em algum pontoda empresa. Esse fato justifica a razão dos profissionais da Ciência da Informação seremessenciais para o sucesso de qualquer organização atualmente, seja ela pública ou privada. Estesprofissionais, que até uma década atrás nem sequer existiam, hoje são muito bem remunerados,consequência direta da sua importância.

Com o aumento da importância da informação e do conhecimento dentro dasorganizações, uma nova área de pesquisa surgiu e rapidamente ganhou importância dentro dasorganizações: a Gestão do Conhecimento.

A gestão do conhecimento é “um processo corporativo, focado na estratégia empre-sarial e que envolve a gestão das competências, a gestão do capital intelectual, a aprendizagemorganizacional, a inteligência empresarial e a educação corporativa” (SANTOS et al., 2001). Osprocessos principais da gestão do conhecimento são: aquisição, organização e distribuição doconhecimento. Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas e comercializadas para facilitar odesenvolvimento desses processos. E, como toda nova tecnologia, o custo é alto. O elevadocusto restringe o acesso às tecnologias de ponta, sendo acessíveis apenas para as empresas degrande e médio porte.

Como o aumento da competição entre empresas e uma crescente popularizaçãode técnicas eficientes de gestão, a gestão do conhecimento tem ganho maior popularidade nomeio empresarial. Tal fenômeno aumentou a pesquisa por novas maneiras de implantar seusprocessos, muitas vezes aplicando soluções já conhecidas em outras áreas, como a educacional,por exemplo.

Segundo a Stocker Group2 “a gestão do conhecimento é um projeto de recursoshumanos e não de tecnologia”. Seguindo essa premissa não é necessária a última palavra emtecnologia em mineração de dados, inteligência artificial ou qualquer uma das novíssimas tec-nologias para que qualquer empresa possa usufruir dos benefícios da gestão do conhecimento.

Um bom exemplo de ferramenta acessível, barata e de comprovada eficácia e

2Empresa de consultoria em gestão do conhecimento.

INTRODUÇÃO 16

Figura 1: Tipos possíveis de relacionamento (CZAKON, 2010, p. 59).

eficiência na transferência do conhecimento é o mapa conceitual. Desenvolvido na década desetenta e aperfeiçoada nas décadas seguintes, o mapa conceitual tem sido utilizado em diversasuniversidades ao redor do mundo como auxiliar nos processos de ensino-aprendizagem.

O presente trabalho aplica o mapa conceitual como ferramenta de gestão do conhe-cimento no processo de educação corporativa citado por Santos et al. (2001).

Dentro das organizações também existem conflitos entre o interesse da organizaçãoe o de seus empregados (colaboradores). Tal conflito surge da desconfiança dos empregados emrelação aos reais propósitos da gestão do conhecimento, consequência do comportamento daempresa que apenas revela informações com base na política do “estritamente necessário e nadamais”. O medo de tornar-se dispensável, uma vez que forneceu à empresa o conhecimento tácitoque possui, leva o empregado a selecionar o que compartilha. Ao mesmo tempo, o medo deparecer sem comprometimento com o futuro da empresa faz com que o empregado compartilhesuas experiências.

Esse relacionamento dual de cooperação e competição resulta no que é chamado decoopetição. A coopetição é uma nova linha de investigação da dinâmica das relações, baseadana teoria dos jogos de John von Neumann e no estudo dos jogos não colaborativos de John F.Nash.

Na Figura 13 verificam-se as diversas relações envolvidas num relacionamento:coexistência, cooperação, competição e coopetição.

O presente trabalho também investiga a existência da coopetição dentro de ativida-des de aprendizagem colaborativas nos processos da gestão do conhecimento.

3Tradução do autor.

INTRODUÇÃO 17

O estudo contou com um experimento, realizado durante o III Simpósio de Tecno-logia da Informação e III Semana de Iniciação Científica do Curso de Sistemas de InformaçãoUNUCET-UEG/2011. Os participantes puderam criar um mapa conceitual colaborativamente,e responderam ao questionário sobre a experiência vivida.

Nos capítulos um e dois deste trabalho é feito uma revisão teórica dos conceitosenvolvidos na gestão do conhecimento, coopetição e mapa conceitual. No Capítulo 3 sãoapresentados os aspectos metodológicos deste estudo. O Capítulo 4 trata da apresentação dosdados coletados e dos mapas conceituais produzidos. Na Conclusão é feita uma análise dosdados coletados e são listadas sugestões para trabalhos futuros sobre o tema.

CAPÍTULO 1 — GESTÃO DO CONHECIMENTO

Neste capítulo são abordados os conceitos pertinentes à gestão do conhecimento queestão relacionados com o presente projeto. Dado, informação e conhecimento são diferenciadosconforme os conceitos da Ciência da Informação. O conceito da coopetição é apresentado comoum aspecto importante da gestão do conhecimento.

1.1 Dado, Informação e Conhecimento

Até pouco tempo atrás, informação e conhecimento eram considerados sinônimos,atualmente adota-se uma distinção clara entre os termos.

Tradicionalmente, a Ciência da Informação adota uma hierarquia entre os termos,conhecida como Hierarquia DIC (dado, informação e conhecimento). A Hierarquia DIC foiinicialmente apresentada por Ackoff (1989). Segundo Ackoff, os termos são definidos como:

• dado - é a matéria-prima para a elaboração da informação, são símbolos, números ouvalores;

• informação - é o resultado do processamento dos dados, colocando-os dentro de umcontexto e agregando-lhes valor. Informações fornecem respostas do tipo “quem”, “oque”, “quando” e “onde”;

• conhecimento - está em um nível superior ao da informação. É o entendimento obtidoatravés do relacionamento de diversas informações, responde a questões do tipo “como”ou “know-how”, só existe dentro da mente do ser humano.

Na tabela 1, é traçado um comparativo entre os termos informação e conheci-mento(ZELENY, 2005, p. 4).

Tabela 1: Informação X Conhecimento

Informação ConhecimentoPode ser demais Nunca é o bastante

É uma coisa É um processoPode ser possuído Necessita demonstração

Peça por peça Sempre um todoCerto ou errado Mais ou menos

Individualmente confirmado Socialmente aprovado

Segundo Cam (2000) a maior verdade do nosso tempo é que informação não éconhecimento.

18

1.2. HISTÓRICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 19

Um exemplo prático da diferença entre informação e conhecimento é o de umescritor que escreve um livro sobre gastronomia. O fato de ter escrito um livro indica, semsombra de dúvida, que o escritor sabe escrever um livro. Porém o conhecimento do autorem gastronomia deve ser comprovado mediante a aplicação das informações contidas no livro(ZELENY, 2005).

Apesar das controvérsias, há consenso entre os cientistas da informação ao reco-nhecerem que o conhecimento possui características próprias, tais como:

• existe um relacionamento positivo entre o conhecimento e a verdade; e

• conhecimento é uma soma de crenças, valores, insights, e experiências (LAND; AMJAD;

NOLAS, 2006).

De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento pode ser dividido emduas categorias, o tácito e o explícito:

• conhecimento tácito - é todo o conhecimento que um indivíduo acumulou durante suavida, é pessoal e de difícil transferência, é transmitido principalmente pelo convívio epelo exemplo. Não está registrado de nenhuma forma;

• conhecimento explícito - é o conhecimento regrado, estruturado e registrado formal-mente, é facilmente administrado e serve de base para que outras pessoas possam cons-truir seu próprio conhecimento tácito.

O conhecimento tácito é tido como o mais valioso(FILHO; SOARES, 2007) porqueele é único. Duas pessoas submetidas à mesma situação tem percepções diferentes, senão notodo pelo menos em parte. A subjetividade inerente ao ser humano, que pode parecer ruim numprimeiro momento, é muito valiosa por permitir que pontos de vista possam ser combinados,complementando-se.

1.2 Histórico da Gestão do Conhecimento

A gestão do conhecimento é reconhecida como uma estratégia eficaz na multiplica-ção de bons resultados, apesar de ter adquirido tal denominação somente recentemente.

Um exemplo do uso dos princípios da gestão do conhecimento na história foi aestratégia, bem sucedida, adotada pelos Estados Unidos da América durante a II Guerra Mundialna chamada “Política dos Ases”. Tal política consistia em enviar de volta à América os pilotosque obtivessem dez vitórias confirmadas em combates aéreos. Política diferente dos países doEixo, que, ao contrário, mantinham seus ases em combate que fossem abatidos.

1.2. HISTÓRICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 20

A política americana tinha o objetivo de preparar os novos pilotos com instrutoresexperientes em combates aéreos. Essa atitude acabou sendo determinante na vitória obtida naguerra, porque os inimigos acabavam perdendo seus melhores pilotos, e os novatos não tinhamtreinamento suficiente para substituí-los. A consequência disso foi o decréscimo da qualidadedos pilotos dos países do Eixo (BELLOQUIM, 2007). Esta política traduz precisamente um dosconceitos centrais de gestão do conhecimento, a preservação do saber dos indivíduos quecompõem uma organização, transformando esse saber em uma vantagem estratégica.

Outro exemplo que ilustra a gestão do conhecimento, ao longo da história, ocorreuna segunda metade da década de 90, quando uma grande empresa da área militar passou poruma situação inusitada. Com o fim da Guerra Fria seus engenheiros com idade mais avançadadecidiram se aposentar. Nada preocupante, a não ser pelo fato que esse contingente consistia emcerca de 70% dos engenheiros da companhia. Para contornar esse problema a empresa teve deadotar um programa de treinamento dos novos engenheiros (PATTON, 2006). Situações como adescrita acima levaram o empresariado a tratar o conhecimento que seus funcionários possuemcomo uma nova forma de capital, o capital intelectual.

De acordo com Pires (2011) o capital intelectual pode ser definido como todos osrecursos intangíveis capazes de gerar riquezas ou de criar ativos de maior valor, o que englobaos conhecimentos (tácito ou explícito) e os recursos humanos que a organização possui.

Segundo Zeleny (2005), para algo ser considerado capital é necessário possuir trêscaracterísticas:

• poder ser comprado, vendido, transferido e realizado;

• poder ser usado, implantado e consumido;

• permanecer disponível para o próximo ciclo de produção.

A gestão do conhecimento surgiu para atender a necessidade de administrar ocapital intelectual da organização. Segundo Santos et al. (2001) a gestão do conhecimento podeser definida como:

[. . . ] um processo corporativo, focado na estratégia empresarial e que envolvea gestão das competências, a gestão do capital intelectual, a aprendizagemorganizacional, a inteligência empresarial e a educação corporativa(SANTOSet al., 2001, p. 34).

A gestão do conhecimento envolve um leque amplo de processos, atividades etecnologias.

A Figura 2 representa as atividades envolvidas na gestão do conhecimento dispostasem quatro camadas: núcleo filosófico e teórico, processos da gestão do conhecimento, aspectosculturais da organização e ferramentas de suporte tecnológico.

1.2. HISTÓRICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 21

1. Núcleo filosófico e teórico - envolve as teorias nas quais os processos da gestãodo conhecimento estão embasados, como a epistemologia, teoria da aprendizagem,semiótica, etc.

2. Processos da gestão do conhecimento - são as ações que permitem a captação,organização e divulgação dos conhecimentos pertencentes a uma organização, as trêsações principais são a aquisição, a organização e a distribuição do conhecimento,apesar de existirem outras atividades que podem atuar no processo da gestão doconhecimento.

3. Aspectos culturais da organização - são os valores e normas de conduta existentesdentro da organização e que determina a maneira como a organização se relacionacom seus integrantes e como seus integrantes agem uns com os outros (BARNEY,1986). Essa camada inclui ainda os aspectos do clima organizacional como motivaçãoe confiança.

4. Ferramentas de suporte tecnológico - viabilizam os processos da gestão do conheci-mento e influenciam na cultura organizacional. Apesar de sua importância a tecnologianão é o centro do processo da gestão do conhecimento.

Figura 2: Atividades e tecnologias da Gestão do Conhecimento (SCHWARTZ,2006, p. 5).

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 22

Figura 3: Espiral do conhecimento (NONAKA; TAKEUCHI, 1997)

Apesar do objetivo inicial da gestão do conhecimento ter sido a preservação do ca-pital intelectual da empresa, hoje é utilizada no planejamento estratégico e no desenvolvimentode novos produtos e serviços.

1.3 Processos da Gestão do Conhecimento

Os processos principais da gestão do conhecimento são a aquisição, a organizaçãoe a distribuição do conhecimento (SCHWARTZ, 2006). Estes processos tem como principalobjetivo socializar o conhecimento que cada elemento da organização possui internamente. Odesenvolvimento do conhecimento dentro das organizações ocorre em ciclos espirais. Sempreque o conhecimento é revisado algo novo é acrescentado, atualizado e melhorado. Esse processocontínuo vai lapidando esse conhecimento agregando-lhe valor e precisão. Parte do ciclo ocorreno interior do indivíduo e parte ocorre no ambiente organizacional.

A Figura 3 representa a chamada Espiral do Conhecimento com suas quatro etapas:externalização, combinação, internalização e a socialização.

• Externalização - ocorre quando o possuidor do conhecimento (tácito) estrutura esseconhecimento e o transmite. É a transformação do conhecimento tácito em explícitos.O diálogo é uma das principais ferramentas utilizadas para produzir essa externalização.

• Combinação - é a associação de diferentes conhecimentos (explícitos). Essa combina-ção não é necessariamente uma soma uma vez que pode confirmar, refutar ou ampliar o

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 23

conhecimento.

• Internalização - é a transformação do conhecimento explícito em tácito, é o aprenderfazendo.

• Socialização - é o processo de validação do conhecimento tácito adquirido, o conheci-mento necessita ser aceito socialmente.

Teóricos mais recentes afirmam que o conhecimento somente ocorre dentro doreceptor, tudo que ele lê, ouve, ou assiste são informações. Dentro do receptor é necessário queocorra um insight que é o reconhecimento de como as informações recebidas estão relacionadasentre si (ZELENY, 2005).

Um exemplo de aplicação desse processo contínuo na prática são as ferramentasdo tipo WIKI, tal como a Wikipédia. O conteúdo disponível na Wikipédia pode ser editado,acrescido, corrigido e revisado por qualquer usuário. Hoje a Wikipédia é considerada tão precisaquanto a Enciclopédia Britânica, porém muito mais abrangente (GILES, 2005).

Para Vygotsky (2004) a aprendizagem (transferência de conhecimento) é influen-ciada por dois fatores principais: os meios e os sinais. Os meios representam os instrumentosutilizados para atuar e interagir socialmente. Os signos representam a linguagem utilizada noconvívio social.

Vygotsky afirma ainda que as faculdades superiores ou funções psicológicas supe-riores do ser humano (pensar em objetos ausentes, imaginar eventos nunca vividos, planejarações a serem realizadas em momentos posteriores) são potencialidades e devem ser desenvol-vidas socialmente.

A transmissão racional, intencional de experiências e de pensamentos a outremexige um sistema mediador, que tem por protótipo a linguagem humananascida da necessidade do intercâmbio durante o trabalho (VYGOTSKY, 2004,p. 11).

O conhecimento obtido colaborativamente é maior que o obtido individualmente.Os conhecimentos individuais, uma vez compartilhados, podem ser contestados, confirmadose ampliados segundo os conhecimentos dos demais participantes do grupo. Este aprendizadocolaborativo promove a transferência de conhecimento entre os integrantes do grupo, tornandocada um professor e aprendiz ao mesmo tempo.

A teoria de aprendizagem de Vygotsky, apesar tratar do processo de formação damente na criança, serve também de base para os estudos do aprendizado colaborativo de todasas idades, inclusive dentro das organizações. O trabalho de Vygotsky serviu de base para odesenvolvimento do mapa conceitual com ferramenta de ensino colaborativo.

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 24

A aplicação da aprendizagem colaborativa dentro da gestão do conhecimento éreconhecida na literatura da área como eficaz (SHAW, 2006), o que está sendo alvo de pesquisaé a forma de realizar este aprendizado.

A transferência de conhecimento dentro da gestão do conhecimento é um processocomplexo e é mais efetiva quando (KING, 2006):

• há uma relação harmoniosa entre a origem e o destinatário;

• existe entendimento compartilhado entre a fonte e o receptor;

• o receptor está naturalmente motivado, e;

• a fonte do conhecimento tem credibilidade.

Para Lindsey (2006), o processo de transferência do conhecimento também enfrentaobstáculos, tais como:

• falta de reciprocidade entre organização e empregado;

• medo de se tornar redundante;

• medo de perder poder uma vez que o conhecimento é compartilhado;

• falta de confiança na organização;

• interesses próprios.

Um ambiente organizacional saudável e uma relação harmoniosa entre organizaçãoe empregado advinda de uma visão mais sistêmica desta relação é um dos caminhos possíveispara a superação das barreiras citadas acima. Modernamente se utiliza o termo coopetição paraessa visão sistêmica.

1.3.1 Coopetição

O termo foi oficialmente cunhado em 1996 por Adam M. Brandenburger e Barry J.Nalebuff ao lançarem o livro Co-Opetition. A fundamentação teórica da coopetição é atribuídaao livro Theory of Games and Economic Behavior, de John von Neumann e Oskar Morgensternde 1944, e aos trabalhos de John Forbes Nash no campo dos jogos não colaborativos.

As relações intra e extra organizações podem ser classificadas como sendo de quatrotipos diferentes: coexistência, cooperação, competição e coopetição.

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 25

Figura 4: Relacionamentos possíveis intra e extra organização

Coexistência - as organizações operam num mesmo ambiente, mas não há nenhum tipode relacionamento entre elas.

Competição - as organizações competem e o bom resultado de uma implica num malresultado de outra. É chamado de resultado final zero, se uma organização teve um ganhode mercado de 10% significa que a concorrente teve uma perda de 10%.

Cooperação - o objetivo principal é um bom resultado para a coletividade envolvida,mesmo que isso signifique que algum dos componentes da relação deixe de ganha o quepoderia ter ganho.

Coopetição - é onde se almeja obter o máximo de ganho coletivo sem abrir mão domelhor resultado individualmente.

Para Smith (2007), em sua teoria econômica, a reunião de competidores sempre levaos consumidores ao prejuízo.

Pessoas do mesmo ofício raramente se reúnem, mesmo que para alegria ediversão, mas, quando se reúnem, a conversa termina numa conspiração contrao público ou em algum artifício para aumentar os preços [. . . ] Mas, embora alei não possa impedir as pessoas do mesmo ofício, por vezes, de se reunirem,ela não deve propiciar tais assembleias, muito menos torná-las necessáriasSmith (2007, p. 99).

Segundo a lógica da coopetição nem sempre a associação entre empresas compe-tidoras produz prejuízo ao consumidor. Na história recente, vários padrões adotados pela in-dústria surgiram do diálogo entre empresas concorrentes. Internet, sistema operacional Linux,

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 26

sistema operacional Android e os projetos Open Source são exemplos de tecnologias desenvol-vidas ou aprimoradas por uma associação de fabricantes e organizações que concorrem em umnicho de mercado.

Outro exemplo é a associação formada pelas montadoras de automóveis Peugeot,Citroën e Toyota para baratear os custos de fabricação de seus automóveis com o consequentebarateamento dos mesmos para o consumidor, uma clara oposição ao pensamento de AdamSmith.

Para John Nash, “os melhores resultados são alcançados pela atuação não apenasvisando o interesse próprio, mas também levando em consideração os interesses de todosos jogadores envolvidos”. No cenário descrito por Nash há uma clara preocupação com acoletividade, e que a sobrevivência de todos os competidores além de possível é um dosobjetivos da relação dos envolvidos.

Para Kropotkin (2002) a cooperação não apenas garante a sobrevivência mútua, mastambém é a chave para a evolução. Adotando a perspectiva de que evolução é a adaptação àsnovas situações e cenários, percebe-se a necessidade de união entre indivíduos em posição deconflito para a resolução de problemas comuns.

A relação dentro das organizações entre esta e seus empregado também envolveesse jogo de interesses. Os empregados almejam maiores benefícios e salários, enquanto aempresa necessita cortar custos para enfrentar a concorrência externa. Aplicando o pensamentode Nash e Kropotkin, organização e empregados necessitam trabalhar arduamente na busca deum entendimento que permita a implantação de projetos de gestão do conhecimento que garantao emprego dos empregados e possibilite à organização enfrentar a concorrência.

Ainda dentro das organizações, a luta pela ascensão funcional acaba criando umambiente propício para o acirramento da competição entre os empregados, cabe à organizaçãoencontrar formas para que essa competição não torne o ambiente organizacional uma barreira àimplantação de projetos de gestão do conhecimento.

No ambiente acadêmico, vislumbra-se que a aplicação dos conceitos de gestão doconhecimento pode ajudar no processo de ensino-aprendizagem e crescimento profissional dosdiscentes e docentes. A aplicação da espiral do conhecimento (externalização, combinação,internalização e socialização) à base curricular, possibilitaria o constante amadurecimento dosconteúdos e da metodologia adotada.

No ambiente acadêmico, encontram-se, em menor grau, situações semelhantesàs das organizações, no que diz respeito aos obstáculos no processo de transferência doconhecimento, como:

• falta de reciprocidade entre discentes e docentes;

1.3. PROCESSOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 27

• medo de se tornar redundante e medo de perder confiança;

• medo de perder poder uma vez que o conhecimento é compartilhado;

• falta de confiança entre discentes, docentes e instituição;

• interesses próprios.

Além disso, pode ser identificada também a necessidade de equilibrar competiçãoe cooperação para o estabelecimento da coopetição, favorecendo o crescimento pessoal dosdiscentes e do grupo.

O presente estudo foi realizado no ambiente acadêmico com o foco de verificar apercepção da gestão do conhecimento e do trabalho colaborativo pelos discentes.

CAPÍTULO 2 — MAPA CONCEITUAL

Neste capítulo é tratada a representação do conhecimento, sua relação com o mapaconceitual e a relação do mapa conceitual com a gestão do conhecimento.

2.1 Representação do Conhecimento

A representação do conhecimento é definida como “o campo de estudo preocupadocom o uso de símbolos formais para representar as crenças de um indivíduo” (BRACHMAN;

LEVESQUE; PAGNUCCO, 2004). Segundo Davis, Shrobe e Szolovits (1993) a representação doconhecimento obedece a cinco regras:

1. é uma substituta do conhecimento, em si não é o conhecimento;

2. fornece uma representação para a organização das informações objetivando chegar auma conclusão;

3. utiliza em conjunto de conceitos e suas inter-relações dentro de um domínio;

4. é uma teoria fragmentada do raciocínio humano;

5. é um meio de expressão humana.

A representação deve possibilitar que novos conhecimentos possam ser inferidos apartir dos conhecimentos já representados, ou reproduzir o conhecimento que está representado.O raciocínio é o responsável pela geração do novo conhecimento e pela reprodução do conheci-mento representado, por isto, o conhecimento é fundamentalmente o resultado da produçãointelectual humana.

Para evitar a ambiguidade na transferência do conhecimento é importante que pro-dutor e receptor da representação compartilhem do mesmo conjunto de definições pertinentesao domínio do conhecimento representado.

A representação é um fragmento do raciocínio humano, como tal, necessita da jun-ção de diferentes fragmentos para recriar o conhecimento original. Desta forma, a representaçãodo conhecimento deve ser vista como um processo coletivo e não individual.

Sendo um meio de expressão humana, a representação do conhecimento possuiuma sintaxe e uma semântica definida e compartilhada. A existência de uma semântica e umasintaxe possibilita que o conhecimento representado possa ser recuperado e distribuído. Alémde possibilitar as máquinas entendimento do que conhecimento representado.

Muitas ferramentas são utilizadas na representação do conhecimento, tais como:lógica matemática, frame, cadeia semântica e mapa conceitual. Não se pode confundir a

28

2.2. DEFINIÇÃO DE MAPA CONCEITUAL 29

representação do conhecimento com a ferramenta utilizada para realizar essa representação.De modo semelhante não se pode confundir a ferramenta de representação do conhecimentocom estrutura computacional utilizada para sua implementação.

Um exemplo é o mapa conceitual e o “grafo”. Enquanto o mapa conceitual é aferramenta utilizada para representar o conhecimento, o “grafo” é a estrutura de dados utilizadapara modelar computacionalmente tal representação.

Dentro da representação do conhecimento, nenhuma ferramenta foi tão importantequanto a Ontologia, isso por fornecer um conjunto de conceitos e relações que possibilitam arepresentação do conhecimento de um domínio, tornando-a.

A ontologia, dentro da Ciência de Computação, segundo Guarino (1995), pode serdefinida com um modelo de dados que representa um conjunto de conceitos dentro de umdomínio e os relacionamentos entre estes. Atualmente não existe uma ontologia que possa seraplicada a todos os domínios de conhecimento.

As ontologias normalmente descrevem:

• indivíduos - os objetos básicos de uma ontologia. Exemplo: Matt, Peter, William;

• classes - conjunto, coleções, ou tipo de objetos. Exemplo: pai, mão, avô, avó;

• atributos - propriedades, características, parâmetros. Exemplo: sexo;

• relacionamentos - as formas como os objetos se relacionam. Exemplo: tem filho, éfilho, é filha (HORRIDGE, 2009).

Existem muitas linguagens que lidam com ontologias, porém a OWL, foi desen-volvida e adotada pela W3C como padrão para o desenvolvimento da Web Semântica, o queimpulsionou sua adoção.

Mesmo uma ontologia que possa ser utilizada em todos os domínios ainda não estardisponível, é possível a interoperabilidade entre ontologias de domínios distintos, ainda que issodemande um trabalho manual para sua efetivação.

2.2 Definição de Mapa Conceitual

O Mapa Conceitual pode ser definido como:

[. . . ] um artefato para organização e representação do conhecimento[. . . ]seu objetivo é representar a relação entre conceitos na forma de proposi-ções(DURSTELER, 2004).

2.2. DEFINIÇÃO DE MAPA CONCEITUAL 30

Acrescentando a Dursteler (2004), o mapa conceitual pode ser produzido manu-almente ou via computador, e é composto por etiquetas representando conceitos e arcos re-presentando a relação entre dois conceitos, o conjunto formado por dois conceitos unidos poruma relação é chamado proposição. Para Kremer (1998), o mapa conceitual é mais que umaferramenta, é uma linguagem visual para a representação do conhecimento.

Na Figura 5 há um exemplo de uso do mapa conceitual.

Figura 5: Mapa conceitual explicando mapa conceitual (FORTE et al., 2006).

Segundo Novak (1998), o mapa conceitual facilita a aprendizagem por utilizar oconhecimento prévio do participante na criação de novos conhecimentos, ele chama de aprendi-

zagem significativa esse processo. Ainda afirma que quanto mais sólidos são os conhecimentosprévios do aprendiz, mais fácil é a assimilação de novos conceitos.

A representação gráfica do conhecimento, feita pelo mapa conceitual, permite oregistro do conhecimento tácito do seu autor. Quando a autoria do mapa fica a cargo de umgrupo, numa tarefa colaborativa, favorece a combinação dos conhecimentos dos participantesdo grupo e ainda promove a organização das informações prestadas (ver Figura 3). O mapaconceitual produzido serve de ponto de partida para novos estudos sobre o tema. Dessa formao mapa conceitual cobre os três processos principais da gestão do conhecimento: aquisição,organização e distribuição do conhecimento.

“Tornar o conhecimento visível para que ele possa ser melhor acessado, discutido,avaliado, ou gerenciado é um objetivo da gestão do conhecimento de longa data.”(EPPLER;

BURKHARD, 2006, p. 551), o mapa conceitual é uma ferramenta que possibilita o cumprimentodesse objetivo. O fato do cérebro humano processar melhor o conteúdo visual que o verbal ou

2.2. DEFINIÇÃO DE MAPA CONCEITUAL 31

escrito (EPPLER; BURKHARD, 2006) transforma os mapas conceituais em um aliado importanteno processo de transferência do conhecimento.

Apesar de ser uma ferramenta simples, o mapa conceitual necessita que três requi-sitos sejam atendidos (DURSTELER, 2004):

• o conteúdo tem de ser conceitualmente claro e apresentado com linguagem e exemplosque o aprendiz possa relacionar com sua base de conhecimento já existente;

• o aprendiz deve ter conhecimento prévio relevante;

• motivação. O aprendiz deve escolher aprender significativamente. A motivação tem umpapel importante dentro da gestão do conhecimento.

Além dos requisitos citados acima, assim como na representação do conhecimento,é necessário que os participantes compartilhem uma linguagem comum, não somente no quese refere ao idioma, mas principalmente um domínio dos conceitos que estão envolvidos peloproblema abordado.

Para Hayes et al. (2011), a criação de mapas conceituais utilizando a OWL, permitea criação de uma ontologia sintaticamente válida.O uso de uma ontologia na elaboração domapa conceitual possibilita que o mapa produzido possa ser lido e entendido por um sistemacomputacional. Ainda segundo Hayes et al. (2011), a utilização de ontologia é condiçãonecessária quando se pensa em tornar o conhecimento representado inteligível às máquinas.

Citando novamente Novak (1998) a cerca dos mapas conceituais:

[. . . ] por facilitar a comunicação aumenta a eficácia da equipe na criação denovos conhecimentos e produtos úteis. Estas ferramentas, quando sabiamenteaplicada, alterará significativamente o contexto de ensino-aprendizagem ne-cessário para a criação de conhecimento(NOVAK, 1998).

Atualmente, praticamente toda grande empresa se preocupa com o treinamento deseus funcionários, o uso de ferramentas que facilitem esse treinamento é uma consequêncialógica dessa preocupação. O uso de ferramentas educacionais tem se mostrado bastante útildentro do ambiente corporativo(ROLIM; OLIVEIRA, 2006).

O mapa conceitual permite o trabalho colaborativo de duas maneiras: síncrona eassíncrona:

• trabalho colaborativo assíncrono ocorre quando uma pessoa cria um mapa conceitual eo disponibiliza para que outras pessoas possam editá-lo, aprimorando-o. Porém somenteum usuário o altera por vez, num trabalho individual;

2.2. DEFINIÇÃO DE MAPA CONCEITUAL 32

• trabalho colaborativo síncrono acontece quando várias pessoas participam da edição domapa simultaneamente. Tanto pode ser na etapa de criação do mapa quanto de revisãoou ampliação do mesmo.

Ambas as maneiras de trabalhar colaborativamente são válidas na gestão do conhe-cimento. Porém o trabalho colaborativo síncrono apresenta a vantagem de propiciar a combina-ção dos conhecimentos dos participantes (ver Figura 3) durante a edição do mapa.

Como citada no Capítulo 1, a colaboração dos empregados entre si e entre osempregados e a empresa é fundamental para o sucesso dos projetos de gestão do conhecimento.Ferramentas colaborativas como os mapas conceituais tem um importante papel a desempenharpara o sucesso da gestão do conhecimento dentro das organizações, mas para cumprir tal papelé necessário que os participantes sintam-se como integrantes de um grupo, com objetivos epropósitos comuns.

Neste estudo, foi utilizado uma ferramenta síncrona na elaboração do mapa con-ceitual colaborativo. Esta ferramenta possibilitou a experimentação do principais processos dagestão do conhecimento e da coopetição, além dos benefícios dos mapas conceituais.

CAPÍTULO 3 — METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capítulo é descrito a metodologia adotada no desenvolvimento da pesquisa.No Apêndice A encontra-se o cronograma adotado na produção do presente estudo.

3.1 Caracterização da Pesquisa

Segundo Vergara (1998), a pesquisa é classificada segundo duas característicasprincipais: sua finalidade (fins) e as técnicas utilizadas (meios). E segundo Gil (2002) aclassificação de uma pesquisa não é mutuamente excludente, ou seja, uma pesquisa podeperfeitamente atender a mais de uma classificação simultaneamente.

3.1.1 Quanto aos fins

Na classificação segundo os fins é levado em consideração o objetivo do trabalhoou o que ela objetiva produzir. A presente pesquisa pode ser classificada como aplicada emetodológica.

Para Vergara (1998):

pesquisa aplicada se caracteriza por aplicar os conhecimentos teóricos já adquiridos naresolução de um problema existente na vida prática. Objetiva ser uma ponte entre a teoriae a prática;

pesquisa metodológica se caracteriza por propor uma metodologia ou procedimentospara a obtenção de um resultado desejado.

O estudo se caracteriza por ser uma pesquisa aplicada uma vez que objetivouutilizar os conhecimentos teóricos existentes a cerca dos mapas conceituais dentro da gestãodo conhecimento.

Ao propor um método de utilização dos mapas conceituais para alcançar os objeti-vos propostos pela gestão do conhecimento o estudo assume características metodológicas.

3.1.2 Quanto aos Meios

A classificação da pesquisa em função dos meios leva em consideração as técnicase procedimentos utilizados para a coleta dos dados, não sendo considerada para tal classificaçãoa ferramenta utilizada e sim a forma de condução do estudo.

Para Vergara (1998), o estudo de caso se caracteriza por ser um:

33

3.2. AMOSTRA 34

[. . . ] estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas comouma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, umacomunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento.Pode ou não ser realizado no campo (VERGARA, 1998, p. 47).

Atendendo a definição dada por Vergara (1998), o presente estudo foi feito buscandocaracterizar e detalhar o comportamento e as percepções dos componentes da amostra perante agestão do conhecimento e o trabalho colaborativo. Sendo assim caracterizado como um estudode caso.

Para que os componentes da amostra tivessem oportunidade de interagir dentro docontexto da gestão do conhecimento, foi utilizado um experimento que reproduziu parcialmenteo processo da gestão do conhecimento. Diz-se parcialmente por ser inviável ou impossívelreproduzir a totalidade das dinâmicas da gestão do conhecimento em um ensaio laboratorial, eporque apenas a captação e a organização do conhecimento foram executadas, ficando faltandoos processos inerentes à distribuição do conhecimento captado.

Apesar de lançar mão de um experimento, o presente estudo não pode ser caracteri-zado como experimental pelo fato de que nenhuma das variáveis envolvidas foram manipuladas.Para Gil (2002) a manipulação de variáveis é quesito para a pesquisa experimental.

3.2 Amostra

Pela taxonomia de Gil (1999, p. 104), a seleção da amostra pode ser consideradacomo por tipicidade, porque os elementos que compuseram a amostra foram escolhidos porserem alunos da UEG- Anápolis, cursando o quarto ano do curso de Sistemas de Informação.

Desta forma, a amostra contou com trinta alunos, sendo que durante o experimentoos mesmos foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Cada grupo elaborou um mapaconceitual sobre desenvolvimento de software, um grupo abordou o tópico análise de requisitose o outro tratou do tópico programação.

Após a realização do experimento todos os componentes da amostra foram convi-dados a responder o questionário de avaliação disponibilizado no endereço eletrônico http:

//goo.gl/s8o4a, dos trinta convidados somente dezoito efetivamente responderam ao questi-onário.

3.3 Planejamento do Experimento

O experimento simulou a externalização e a combinação do conhecimento atravésdo uso do mapa conceitual. Desta forma pode-se verificar a aplicabilidade do mapa conceitual

3.4. FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS 35

como ferramenta de gestão do conhecimento. Bem como explorar as dinâmicas sociais queocorreram durante o mesmo.

O experimento foi inspirado no livro de Novak (1998), no qual seus alunos foramsubmetidos à tarefa de elaboração de um mapa conceitual coletivamente. O experimentoproposto reproduziu tal experimento com as tecnologias disponíveis atualmente, tais como:computador, internet e trabalho em rede.

No experimento original os alunos elaboraram um mapa conceitual individualmentee depois foram convidados a compartilha-lo com os demais. Ao final de todos haverem expostosseus mapas, um mapa conceitual foi construído pelo grupo (NOVAK, 1998, p. 190).

O experimento aplicado difere do original por três aspectos principais:

1. houve a divisão da amostra em dois grupos;

2. não houve a criação do mapa conceitual individualmente antes da criação da versãocolaborativa do mesmo; e

3. foi utilizada a tecnologia disponível atualmente.

Foram avaliadas as ferramentas de software constantes na Tabela 2.Para a execuçãodo experimento foi escolhida a ferramenta CmapTools por possuir as seguintes características:

• gratuidade da licença do produto com todos os recursos disponíveis;

• facilidade de instalação;

• facilidade de uso;

• suporte ao trabalho em rede;

• suporte ao trabalho colaborativo, síncrono ou assíncrono;

• possibilidade de trabalhar em arquitetura cliente servidor.

Na Figura 6 está representado o experimento realizado. O roteiro do experimentoencontra-se transcrito no Apêndice C.

3.4 Ferramenta de Coleta de Dados

Na Figura 7 esta representada as duas perspectivas de coleta de dados do experi-mento a dos participantes da amostra e a do experimentador. Na elipse interna está representadaa avaliação dos participantes da amostra sobre quatro aspectos principais do experimento:

3.4. FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS 36

Tabela 2: Comparativo entre software testados.

Nome CaracterísticasPersonal Brain v6.0 produz mapas mentais,

permite trabalho colaborativo na versão paga.FreeMind c0.9.0 produz mapas mentais,

não permite trabalho colaborativo.Xmind v3.2 produz mapas mentais,

permite trabalho colaborativo na versão paga.CmapTools produz mapas conceituais,

todas funcionalidades disponíveis na versão gratuita.

Figura 6: Experimento realizado para coleta de dados.

• o trabalho colaborativo;

• o produto do trabalho colaborativo;

• o ambiente onde ocorreu o trabalho colaborativo; e

• a ferramenta utilizada para o trabalho colaborativo (CmapTools).

Na elipse mais externa está a avaliação do experimentador, que avaliou, alémdos quatro aspectos avaliados pelos componentes da amostra, os recursos utilizados e opróprio experimento à luz da gestão do conhecimento. O experimentador observou tambémas interações entre os componentes da amostra.

As opiniões e avaliações dos participantes da amostra foram colhidas através de umquestionário fechado (VIEIRA, 2009).

3.4.1 Questionário

O questionário é considerado fechado por possuir somente questões fechadas. Asquestões fechadas se caracterizam por restringir as respostas a um conjunto pré-determinadode opções (VIEIRA, 2009, p. 36). Apesar de haver uma resposta do tipo Outros em algumas

3.4. FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS 37

Figura 7: Representação da avaliação do experimento.

questões, a mesma teve o significado de “nenhuma das resposta acima”. Em nenhuma questãoos respondentes tiveram a possibilidade dar uma resposta diferente das fornecidas pela questão.

Foram utilizadas questões binárias (sim/não), escala visual e de múltipla escolha. Oquestionário contou ao todo com vinte questões e também colheu sugestões para a melhoria doexperimento.

Nas questões que utilizaram escala visual foi feita uma pergunta e dado uma escalaentre dois adjetivos (um negativo e um positivo), onde os respondentes poderiam marcar suaresposta segundo a proximidade aos adjetivos. Na questão reproduzida abaixo há um exemplo.

Para a elaboração do questionário foi utilizada a ferramenta Google Docs. Suaescolha foi decorrente da praticidade com que o questionário pode ser elaborado, submetido edisponibilizado para uso. A ferramenta realiza a tabulação das respostas em planilha eletrônicaautomaticamente.

O questionário ficou disponível após o experimento (30/11/2011) e foram aceitasrespostas até o dia 15/10/2011, após essa data o questionário ficou inacessível. O questionárioencontra-se transcrito no Apêndice D.

O questionário foi possível captar a percepção dos integrantes da amostra sobrea aplicabilidade do mapa conceitual dentro da gestão do conhecimento, apesar de não haverum questionamento direto sobre a questão. Também foi possível estabelecer a ligação existenteentre o relacionamento dos componentes do grupo como o resultado final, ou seja, a importânciado sentimento de grupo para o êxito do trabalho colaborativo. O questionário possibilitou aindaidentificar disputas pela liderança e o tratamento das diferenças de opiniões.

3.5. TRATAMENTO DOS DADOS 38

3.4.2 Observação Simples

Durante o experimento, o experimentador realizou observações levando em consi-deração as condições físicas ambientais (temperatura, barulho e acomodações) e a interaçãoentre os participantes do experimento.

Os participantes do experimento não sabiam que também seriam observados peloexperimentador, característica marcante da observação simples.

Nas palavras de Gil (1999, p. 111) a observação simples é “aquela em que opesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observade maneira espontânea os fatos que aí ocorrem.”

3.5 Tratamento dos Dados

Os dados foram copiados da planilha eletrônica Google Docs para planilha eletrô-nica Microsoft Excel, para a produção dos gráficos estatísticos utilizados neste trabalho.

A utilização de planilha eletrônica foi importante uma vez que permitiu a aplicaçãode filtros às respostas, possibilitando o cruzamento de informações. Através do cruzamento deinformações foi possível responder a perguntas do tipo: dos participantes que conheciam osmapas conceituais quantos já elaboraram um mapa conceitual de fato?

3.6 Pôster

No decorrer desse estudo foi produzido um pôster com o objetivo de divulgaro presente estudo durante o III Simpósio de Tecnologia da Informação e III Semana deIniciação Científica do Curso de Sistemas de Informação UNUCET-UEG. O pôster encontra-sereproduzido no Apêndice B.

CAPÍTULO 4 — RESULTADOS

Este capítulo apresenta as perguntas feitas com a sumarização das respostas, naforma tabular e gráfica. Os dados obtidos pela observação direta também são apresentados. Osmapas conceituais produzidos durante o experimento são reproduzidos ao final do Capítulo.

4.1 Respostas do Questionário

Dezoito participantes da amostra responderam ao questionário até o dia 15 deOutubro de 2011, data em que o questionário passou a não aceitar mais respostas.

Para avaliar a quantidade dos componentes da amostra que já haviam participadode algum projeto de gestão do conhecimento foi perguntado:

01. Teve alguma participação em projetos de Gestão do Conhecimento?

, Sim

, Não

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 3 e Figura 8.

Tabela 3: Participação em projetos de Gestão do Conhecimento

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 7 39Não 11 61

Total 18 100%

Figura 8: Participação em projetos de Gestão do Conhecimento

Para determinar a experiência dos participantes em atividade de troca de ideias foifeita a seguinte pergunta:

39

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 40

02. Participou de Brainstorm (reuniões onde todos podem dar ideias sobre o temada reunião)?

, Sim

, Não

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 4 e Figura 9.

Tabela 4: Participação em Brainstorm

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 10 56Não 8 44

Total 18 100%

Figura 9: Participação em Brainstorm

O conhecimento prévio da existência dos mapas conceituais foi questionado pelaseguinte pergunta:

03. Tinha conhecimento da existência dos mapas conceituais?

, Sim

, Não

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 5 e Figura 10.

Tabela 5: Conhecimento da existência dos mapas conceituais

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 10 56Não 8 44

Total 18 100%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 41

Figura 10: Conhecimento da existência dos mapas conceituais

Para determinar se os participantes já haviam construído algum mapa conceitual foiquestionado da seguinte forma:

04. Elaborou algum mapa conceitual antes?

, Sim

, Não

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 6 e Figura 11.

Tabela 6: Experiência anterior na construção de mapas conceituais

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 6 33Não 12 67

Total 18 100%

Figura 11: Experiência anterior na construção de mapas conceituais

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 42

Para avaliar a experiência dos participantes com a edição de mapa conceitualutilizando o computador foi perguntado:

05. Tem experiência com software para edição de mapas conceituais?

, Sim

, Não

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 7 e Figura 12.

Tabela 7: Experiência com software de edição de mapas conceituais

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 2 11Não 16 89

Total 18 100%

Figura 12: Experiência com software de edição de mapas conceituais

Para determinar como foi a experiência de trabalhar colaborativamente foi questio-nado o seguinte:

06. Como foi sua experiência de trabalhar colaborativamente?

1 2 3 4 5Muito Ruim , , , , , Muito Boa

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 8 e Figura 13.

Tabela 8: Avaliação da experiência do trabalho colaborativo

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 43

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Ruim 4 22%Ruim 1 5,5%Regular 7 38,8%Boa 5 27,8%Muito Boa 1 5,5%

Total 18 100%

Figura 13: Avaliação da experiência do trabalho colaborativo

Para determinar a percepção dos participantes sobre a facilidade de uso do software(CmapTools) foi aplicada a seguinte questão:

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 44

07. Facilidade de uso do software utilizado (CmapTools)

1 2 3 4 5Muito Fácil , , , , , Muito Difícil

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 9 e Figura 14.

Tabela 9: Facilidade de uso da ferramenta escolhida para o experimento.

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Fácil 8 44,4%Fácil 4 22,2%Regular 4 22,2%Difícil 1 5,5%Muito Difícil 1 5,5%

Total 18 100%

Figura 14: Facilidade de uso da ferramenta escolhida para o experimento

Os participantes avaliaram a duração do experimento pela seguinte questão:

08. O tempo destinado ao experimento foi...

1 2 3 4 5Muito Curto , , , , , Muito Longo

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 10 e Figura 15.

Tabela 10: Duração do Experimento

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 45

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Curto 0 0%Curto 3 16,7%Adequado 13 72,2%Longo 2 11,1%Muito Longo 0 0%

Total 18 100%

Figura 15: A duração do experimento.

Foi pedido que os participantes avaliassem os resultados do experimento (o mapaconceitual produzido) através da seguinte questão:

09. O resultado do trabalho foi...

1 2 3 4 5Muito Abaixo do Esperado , , , , , Muito Acima do Esperado

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 11 e Figura 16.

Tabela 11: Avaliação do mapa conceitual produzido.

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Abaixo do Esperado 1 5,5%Abaixo do esperado 5 16,7%Dentro do Esperado 5 72,2%Acima do Esperado 6 11,1%Muito Acima do Esperado 1 5,5%

Total 18 100%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 46

Figura 16: Avaliação do mapa conceitual produzido.

Os participantes avaliaram sua participação no experimento pelo seguinte questio-namento:

10. Como foi sua participação?

1 2 3 4 5Muito Passiva , , , , , Muito Ativa

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 12 e Figura 17.

Tabela 12: Participação do respondente no experimento.

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Passiva 2 11,11%Passiva 6 33,33%Regular 2 11,11%Ativa 4 22,22%Muito Ativa 4 22,22%

Total 18 100%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 47

Figura 17: Participação do respondente no experimento.

Foi perguntado aos participantes sobre o domínio que possuíam do tema através doseguinte questionamento:

11. Com relação ao tema proposto você...

1 2 3 4 5Nenhum Domínio , , , , , Muito Domínio

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 13 e Figura 18.

Tabela 13: Domínio do tema proposto.

Parâmetro Frequência Percentual

Nenhum Domínio 2 5,56%Pouco Domínio 3 16,78%Algum Domínio 3 16,78%Domina 3 16,78%Muito Domínio 7 38,89%

Total 18 100%

Figura 18: Domínio do tema proposto.

Os participantes manifestaram seu grau de interesse na Gestão do Conhecimentoatravés do seguinte questionamento:

12. Seu interesse sobre Gestão do Conhecimento é:

1 2 3 4 5Muito vago , , , , , Muito sólido

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 48

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 14 e Figura 19.

Tabela 14: Interesse do respondente na gestão do conhecimento.

Parâmetro Frequência Percentual

Muito Vago 2 11,11%Vago 3 16,67%Regular 7 38,89%Sólido 5 27,78%Muito Sólido 1 5,6%

Total 18 100%

Figura 19: Interesse do respondente na gestão do conhecimento.

Os participantes justificaram sua participação (ativa ou passiva) com a seguintequestão:

13. Sua participação(ativa-passiva) foi devido a

, O tema proposto.

, Ferramenta.

, O entrosamento com o grupo.

, Dificuldades técnicas(computador, rede, mouse, etc).

, Falta de domínio no uso do software.

, Condições ambientais (barulho, calor, frio, etc).

, Outra.

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 49

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 15 e Figura 20.

Tabela 15: Causa da participação ativa-passiva.

Parâmetro Frequência Percentual

Tema Proposto 3 16,67%Ferramenta 1 5,56%Entrosamento com o grupo 9 50,00%dificuldades técnicas 1 5,56%Condições ambientais 2 11,11%Domínio no uso do software 0 0,00%Outros 2 11,11%

Total 18 100%

Figura 20: Causa da participação ativa/passiva.

Foi inquerido aos participantes como seria o resultado da tarefa dada se eles arealizassem individualmente, para isso foi utilizado a seguinte questão:

14. Se você fosse confeccionar um mapa conceitual sozinho sobre o tema, o mapaficaria:

, Mais objetivo

, Mais conciso

, Mais claro

, Com menos informações

, Mais desorganizado

, Outra:

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 50

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 16 e Figura 21.

Tabela 16: Trabalhando individualmente o trabalho ficaria.

Parâmetro Frequência Percentual

Outra Mais objetivo 5 27,78%Mais conciso 1 5,56%Mais claro 7 38,89%Com menos informações 0 0,00%Mais desorganizado 1 5,56%Outros 4 22,22%

Total 18 100%

Figura 21: Interesse do respondente na gestão do conhecimento.

Foi pedido aos participantes que qualificassem o experimento através da seguintequestão:

15. Você qualificaria o experimento como:

, Interessante, porém sem aplicação prática

, Interessante, com aplicação prática

, O experimento foi muito curto não pude julgar

, Desinteressante

, Outra

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 17 e Figura 22.

Tabela 17: Qualificação do experimento.

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 51

Parâmetro Frequência Percentual

Interessante, porém sem aplicação prática 0 0,00%Interessante, com aplicação prática 15 83,33%Desinteressante 0 0,00%Não pude julgar 3 16,67%

Total 18 100%

Figura 22: Qualificação do experimento.

Para colher a opinião dos participantes sobre o uso do experimento dentro doambiente corporativo foi feito o seguinte questionamento:

16. O experimento seria aplicável em ambiente corporativo?

, Sim

, Não

, Dependendo da cultura da empresa

, Outra:

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 18 e Figura 23.

Tabela 18: O experimento seria aplicável em ambiente corporativo?

Parâmetro Frequência Percentual

Sim 9 50,00%Não 0 0,00%Depende da cultura da empresa 9 50,00%

Total 18 100%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 52

Figura 23: O experimento seria aplicável em ambiente corporativo?

Para determinar como foi resolvida a questão da liderança durante o experimentofoi elaborada a seguinte questão:

17. Entre os participantes do experimento

, Alguém espontaneamente assumiu um papel de liderança.

, O grupo acordou quem teria um papel de liderança.

, Não houve liderança e ela não foi necessária.

, Não houve liderança e ela fez falta.

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 19 e Figura 24.

Tabela 19: No experimento, como foi o papel de liderança?

Parâmetro Frequência Percentual

Alguém espontaneamente assumiu um papel de liderança. 4 22,22%O grupo acordou quem teria um papel de liderança. 1 2,26%Não houve liderança e ela não foi necessária. 2 11,11%Não houve liderança e ela fez falta. 11 61,11%

Total 18 100%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 53

Figura 24: Aplicabilidade do experimento.

Para verificar que tipo de uso o participante faria dos mapas conceituais foi feita oseguinte questionamento:

18. Você utilizaria os mapas conceituais como ferramenta de:

� Aprendizado de novos conhecimentos.

� Memorização dos conhecimentos já adquiridos.

� Organização de conhecimento.

� Visualização do conhecimento.

� Não utilizaria.

� Outra:

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 20 e Figura 25.

Tabela 20: O respondente utilizaria o mapa conceitual como:

Parâmetro Frequência Percentual

Aprendizado de novos conhecimentos 6 33,33%Memorização dos conhecimentos já adquiridos 8 44,44%Organização de conhecimento 12 66,67%Visualização do conhecimento 8 44,44%Não utilizaria 1 5,56%

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 54

Figura 25: O respondente utilizaria o mapa conceitual como:

Para captar a percepção dos participantes sobre as características do ambienteorganizacional que motivariam experimentos com o mapa mental colaborativo foi elaboradaa seguinte questão:

19. Que características do ambiente organizacional facilitariam (ou facilitaram) aexecução do experimento?

� Entrosamento do grupo

� Senso de participação do grupo

� Confiança na organização

� Oossibilidade de crescimento pessoal

� Reconhecimento

� Outra:

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 21 e Figura 26.

Tabela 21: Características favorecedoras do experimento

Parâmetro Frequência Percentual

Entrosamento do grupo 11 61,11Senso de participação do grupo 11 61,11Confiança na organização 5 27,78Possibilidade de crescimento pessoal 3 16,67Reconhecimento 5 27,78

4.1. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 55

Figura 26: Aplicabilidade do experimento.

Para verificar como foi tratada a questão da liderança foi feita a utilizada a seguintequestão:

20. As diferenças de opiniões foram...

, Difíceis de contornar e não contribuíram no resultado

, Saudáveis e possibilitaram crescimento da compreensão do tema

, Difíceis, porém ampliaram o entendimento do tema

, Inexistentes

As respostas encontram-se transcritas na Tabela 22 e Figura 27.

Tabela 22: As diferenças de opinião

Parâmetro Frequência Percentual

Difíceis de contornar e não contribuíram no resultado 6 33,33%Saudáveis e possibilitaram crescimento da compreensão do tema 6 33,33%Difíceis, porém ampliaram o entendimento do tema 3 16,67%Inexistentes 3 16,67%

Total 18 100%

4.2. RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO SIMPLES 56

Figura 27: Aplicabilidade do experimento.

4.2 Resultados da Observação Simples

Durante o experimento ficou evidente certo desconforto quanto ao ambiente darealização do experimento. A sala reservada para tal ficou completamente lotada, havia umcomputador para cada dois participantes.

A falta de ventilação da sala também produziu certo desconforto.

Não houve problemas técnicos durante o experimento. A velocidade da conexão dainternet também foi adequada.

Foi verificado, a princípio, certa apatia do grupo, a qual foi sendo superada como desenrolar do experimento. O observador não produziu qualquer estímulo durante o experi-mento, quer seja de incentivo a participação ou de censura a comportamentos inadequados, aparticipação do grupo foi a mais espontânea possível.

O fato de dividir o grupo em dois produziu em efeito inesperado, ambos tiverammomentos de competição entre si, o que acabou servindo de motivação para vencer a inérciainicial. Foi um aspecto positivo do experimento. É correto afirmar que, mesmo podendo umgrupo atrapalhar o trabalho do outro, isso não ocorreu, o que evidencia a existência de uma“competição saudável” entre os grupos.

Os participantes que operavam o computador foram os que efetivamente partici-param do experimento, alguns participantes que estavam sentados sem operar o computadorcontribuíram com sugestões, mas a grande maioria deles estava realizando atividades não rela-cionadas com o experimento.

O uso do software foi assimilado rapidamente pelos participantes, confirmando afacilidade de uso da ferramenta CmapTools.

4.3. MAPAS CONCEITUAIS PRODUZIDOS 57

Figura 28: Mapa conceitual produzido pelo grupo I

O recurso de Chat online da ferramenta não foi utilizado, a comunicação foipredominantemente verbal.

4.3 Mapas Conceituais Produzidos

O mapa conceitual produzido pelo Grupo I, sobre o tópico Análise, está reproduzidona Figura 28, e na Figura 29 está reproduzido o mapa produzido pelo Grupo II sobre o tópicoProgramação.

4.3. MAPAS CONCEITUAIS PRODUZIDOS 58

Figura 29: Mapa conceitual produzido pelo grupo II

CONCLUSÕES

Neste capítulo são apresentadas as conclusões obtidas pela análise dos dadoscoletados. É feita uma relação entre as conclusões e a teoria apresentada nos capítulos 1 e2. No final são listadas as sugestões para trabalhos futuros.

O objetivo principal do presente estudo foi determinar a aplicabilidade do mapaconceitual como ferramenta de gestão do conhecimento. Pelas respostas à questão número16 dos questionários e pela análise do mapa conceitual produzido pelo Grupo II, pôde-seconcluir que os mapas conceituais são ferramentas com aplicação prática possível na gestãodo conhecimento, tanto na opinião dos participantes do experimento quanto pela análise domapa conceitual produzido. Mesmo levando em conta a inexperiência dos participantes no usodo software utilizado e o próprio desconhecimento a cerca do mapa conceitual, o grupo foicapaz de produzir um mapa conceitual com diversas informações úteis.

Realizando um estudo comparativo entre os dois mapas conceituais produzidos,ficou claro que quanto maior o domínio do grupo sobre o assunto tratado melhor é a participaçãodo grupo no processo criativo e de melhor qualidade é o mapa produzido. Conclui- se isso pelamelhor qualidade do mapa que tratou do tópico programação, tópico muito trabalhado duranteo decorrer do curso de Sistemas de Informação. A diferença de qualidade reforça o exposto noreferencial teórico quanto à influência do domínio do tema na produção do mapa conceitual.

Verificou-se também, pela observação do experimento, que os participantes commaior domínio do tema são os que tomaram a iniciativa na confecção do mapa, e “puxaram”a participação dos demais. Isso ocorre porque a insegurança constitui-se numa barreira aparticipação no trabalho colaborativo. Mesmo que todos possam contribuir, alguns participantesoptam por não fazê-lo já que com uma afirmação equivocada pode ferir sua imagem perante ogrupo.

O relacionamento entre os integrantes do grupo é determinante na participação dosintegrantes do trabalho colaborativo. Todos participantes do experimento atribuíram ao grupoinfluência na sua participação ou como facilitador do experimento colaborativo (questões 13e 19). O que reforça a importância do clima organizacional nas atividades colaborativas e aimportância de amenizar as disputas dentro da equipe.

Não foi possível determinar a existência da coopetição durante o trabalho colabo-rativo executado. O experimento fracassou em simular as condições necessárias ao surgimentoda coopetição. Como todo experimento laboratorial, não foi possível reproduzir a totalidade dasvariáveis do ambiente organizacional.

Analisando as dinâmicas sociais dentro do experimento, verificou-se a necessidadeda existência de um facilitador durante o trabalho colaborativo, uma pessoa que liderasse as

CONCLUSÕES 60

atividades. A identificação de tal necessidade ocorreu tanto pelos participantes do experimento(Questão 16) quanto pelo experimentador. Um facilitador não alteraria a horizontalidade dasrelações que caracteriza o trabalho colaborativo, uma vez que a mesma se refere à liberdade deexpressão dos participantes e não da inexistência de uma liderança que coordenaria as ativida-des. Tal facilitador poderia atuar como mediador ou conciliador na resolução das situações deconflito.

Um detalhe importante do estudo foi a verificação da baixa popularidade do uso domapa conceitual entre os alunos do curso de Sistemas de Informação da UEG Anápolis. Maisda metade dos respondentes afirmaram que nunca haviam elaborado um mapa conceitual.

Outra conclusão que merece destaque é a influência do número de participantes noresultado final do trabalho colaborativo. Assim com um número muito reduzido de participantesdiminui a precisão do resultado, um número muito elevado causa ruído (interferência nacomunicação entre os participantes), sobrecarregando os participantes com informações quenão conseguem refletir ou assimilar. É necessário um equilíbrio no número de participantespara que informações importantes não fiquem sem registro.

Trabalhos Futuros

Abaixo estão listados alguns pontos identificados no decorrer deste trabalho comosendo interessantes do ponto de vista da evolução e da aplicação prática do tema estudado.Tais pontos não foram explorados por fugirem ao escopo inicial ou por terem sido identificadosdurante a fase de finalização deste trabalho.

• Investigação da existência da coopetição dentro do trabalho colaborativo em situaçõesreais, como por exemplo em empresas que possuam os processos da gestão do conhe-cimento implantados.

• Determinação do tamanho ideal dos grupos de trabalho para a confecção do mapaconceitual colaborativo.

• Determinação da real importância de um facilitador durante a execução do trabalho deconfecção do mapa conceitual colaborativo.

• Adoção do mapa conceitual como ferramenta de estudos dentro do curso de Sistemasde Informação, como ferramenta de ensino e de avaliação de aprendizagem.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO TRABALHO

DE CONCLUSÃO DE CURSO 2011A

tivid

ades

2011

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

1ª2ª

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Tabela 23: Cronograma de atividades proposto no projeto do Trabalho deConclusão de Curso.

APÊNDICE B – PÔSTER APRESENTADO NO III SIMPÓSIO DE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E III SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍ-FICA DO CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO UNUCET-UEG/2011

Mapas Conceituais como ferramentas na Gestão do ConhecimentoAluno: Marcelo Lucas Maracci - e-mail: [email protected]: Msc. Lena Lúcia Moraes - e-mail: [email protected] Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas - Universidade Estadual de Goiás

Gestão do Conhecimento

A Gestão do Conhecimento (GC) se desenvolveem camadas que compreendem: o EmbasamentoFilosófico e Teórico; os Processos da (GC); o Am-biente Organizacional e as Ferramentas de Su-

porte Tecnológicas empregadas na sua imple-mentação.

Os processos da (GC) ocorrem de forma cíclicae contínua, pois o conhecimento está sempre emconstante evolução à medida que é utilizado e re-visado.

Os Mapas Conceituais e a Gestão do Conhecimento compartilham dos mesmo objetivos:Registrar;Organizar e Distribuir o Conhecimento. O uso dos Mapas Conceituais na Gestão do conhecimentoé uma consequência dessa afinidade de objetivos.

MetodologiaO projeto envolve um experimento que se dará em três etapas subsequentes, que ocorrerão dentroda Semana de Iniciação Cientifica do curso de Sistemas de Informação. Os alunos utilizarão umsoftware chamado CmapTools para a realização da tarefa.

A avaliação do experimento ocorrerá em duas esferas: a dos participantes do experimento e a doexperimentador.

IntroduçãoO reconhecimento da importância do conhe-cimento e de seu compartilhamento vem au-mentando consideravelmente nas últimas duasdécadas. Prova disso é o amadurecimento daCiência da Informação e o surgimento de umnovo profissional: o Profissional da Informação.

Os investimentos feitos nessa nova ciência par-tem da convicção de que o conhecimento é onovo capital, sendo investidos recursos no seuestudo e desenvolvimento.

Dentro das empresas essa preocupação como conhecimento deu origem à Gestão do Co-nhecimento, um conjunto de processos volta-dos à preservação, organização e ao desenvol-vimento do capital intelectual dentro da orga-nização.

Paralelo a isso um novo tipo de relacionamentoestá se desenvolvendo entre as empresas: a Co-opetição. As empresas concorrentes passaram acolaborar entre si no desenvolvimento de pro-jetos que as beneficiem mutuamente, enquantocompetem no mercado (LOEBBECKE; ANGEHRN,2006).

O objetivo principal deste projeto é verificar aexistência ou não da Coopetição entre os parti-cipantes de uma tarefa colaborativa e simultâ-nea. A tarefa em questão será a confecção deum Mapa Conceitual.

DesenvolvimentoO Projeto encontra-se na etapa de execução doexperimento para o levantamento dos dadosnecessários a conclusão da Monografia.

BibliografiaARIELY, G. Intellectual capital and knowledgemanagement. In: Encyclopedia of KnowledgeManagement. [S.l.: s.n.], 2011. p. 462–472.

LOEBBECKE, C.; ANGEHRN, A. Coopetition. In:SCHWARTZ, D. G. (Ed.). Encyclopedia of KnowledgeManagement. Hershey, PA: Idea Group Reference, 2006. p.58–66. ISBN 1-59140-574-2.

SCHWARTZ, D. G. Encyclopedia of knowledgemanagement. Hershey, PA: Idea Group Reference, 2006.ISBN 1-59140-574-2.

ReflexõesAinda que o presente projeto seja limitado nosrecursos disponíveis, sua importância reside nanecessidade da Universidade fomentar em seusalunos o desejo de aplicar as novas ideias e con-ceitos aprendidos na sociedade em que estãoinseridos, servindo assim de ponte entre o co-nhecimento teórico e sua aplicação prática.

Os mapas conceituais são ferramentas valiosasde ensino tanto dentro do ambiente acadêmicoquanto dentro do ambiente organizacional.

Figura 30: Pôster Mapas Conceituais como ferramentas na Gestão do Co-nhecimento

APÊNDICE C – ROTEIRO EXPERIMENTO MAPA CONCEITUAL

COLABORATIVO USANDO CMAPTOOLS

•Primeira etapa: Familiarização

Participantes:

Os participantes trabalhando individualmente;

Recursos:

Computador c/ software CmapTools para cada participante;

Objetivo:

Familiarizar os participantes do experimento com a ferramenta CmapTools;

Procedimento:

Orientar os participantes com instruções básicas sobre o uso do software;

Será pedido elaborem um mapa conceitual sobre o curso de Sistemas de Informa-ção;

Esta etapa terá duração de 15 minutos

•Segunda etapa: Colaboração

Participantes:

Os participantes do experimento divididos em dois grupos;

Recursos:

Computador c/ software CmapTools;

Acesso a internet;

Servidor CmapServer;

Espaço em disco no servidor para armazenar o trabalho;

Procedimento:

Acessar o servidor CmapServer clicando no botão Cmaps em Servidores;

Localizar e conectar no servidor UEG;

Abrir a pasta Sistemas de Informação;

Clicar na pasta Sistemas de Informação;

Clicar em Gestão do Conhecimento;

Selecionar o mapa conceitual correspondente ao seu grupo;

Apêndices 67

Solicitar colaboração no mapa carregado clicando no ícone no canto superiordireito;

O primeiro a editar o mapa aceita;

Alterar livremente o mapa Gestão do Conhecimento;

Essa etapa terá duração de 40min;

•Terceira etapa: Avaliação

Participantes:

Os participantes trabalhando individualmente;

Recursos:

Questionário de avaliação

Computador com acesso a internet;

Procedimento:

Com o link do questionário distribuído preencher o questionário sem identificação;

APÊNDICE D – TRANSCRIÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Neste apêndice está transcrito o questionário utilizado para a coleta de dados doexperimento realizado no dia 29/09/2011. O mesmo encontra-se disponível online no endereçohttp://goo.gl/s8o4a. Na versão transcrita o cor e a figura de fundo foram ignoradas.Questionário Mapas Conceituais na Gestão do Conhecimento Agradeço sua participação

até aqui, para finalizar necessito o preenchimento do questionário abaixo. Este questionáriotem como objetivo único colher dados para o Trabalho de Conclusão de Curso, requisito paraobtenção do Diploma. Todas as informações prestadas aqui serão utilizadas somente para talfim. O questionário não é identificado desse modo fica garantido seu anonimato.

Marcelo Lucas Maracci - Graduando do Curso de Sistemas de Informação

*Obrigatório

01. Teve alguma participação em projetos de Gestão do Conhecimento? *

, Sim

, Não

02. Participou de BrainStorm (reuniões onde todos podem dar ideias sobre o temada reunião)? *

, Sim

, Não

03. Tinha conhecimento da existência dos mapas conceituais? *

, Sim

, Não

04. Elaborou algum mapas conceituais antes? *

, Sim

, Não

Apêndices 69

05. Tem experiência com software para edição de mapas conceituais? *

, Sim

, Não

06. Como foi sua experiência de trabalhar colaborativamente? *

1 2 3 4 5Muito Ruim , , , , , Muito Boa

07. Facilidade de uso do software utilizado (CmapTools) *

1 2 3 4 5Muito Fácil , , , , , Muito Difícil

08. O tempo destinado ao experimento foi *

1 2 3 4 5Muito Curto , , , , , Muito Longo

09. O resultado do trabalho foi *

1 2 3 4 5Muito Abaixo do Espe-rado

, , , , ,Muito Acima do Espe-rado

10. Como foi sua participação? *

1 2 3 4 5Muito Passiva , , , , , Muito Ativa

11. Com relação ao tema proposto você *

1 2 3 4 5Nenhum Domínio , , , , , Muito Domínio

12. Seu interesse sobre Gestão do Conhecimento é: *

1 2 3 4 5Muito vago , , , , , Muito sólido

Apêndices 70

13. Sua participação(ativa/passiva) foi devido a *

, o tema proposto

, ferramenta

, o entrosamento com o grupo

, dificuldades técnicas(computador, rede, mouse, etc.)

, falta de domínio no uso do software

, condições ambientais (barulho, calor, frio, etc.)

, Outra:

14. Se você fosse confeccionar um mapa conceitual sozinho sobre o tema, o mapaficaria: *

, mais objetivo

, mais conciso

, mais claro

, com menos informações

, mais desorganizado

, Outra:

15. Você qualificaria o experimento como: *

, interessante, porém sem aplicação prática

, Interessante, com aplicação prática

, o experimento foi muito curto não pude julgar

, desinteressante

, Outra:

Apêndices 71

16. O experimento seria aplicável em ambiente corporativo? *

, sim

, não

, dependendo da cultura da empresa

, Outra:

17. Entre os participantes do experimento *

, alguém espontaneamente assumiu um papel de liderança

, o grupo acordou quem teria um papel de liderança

, não houve liderança e ela não foi necessária

, não houve liderança e ela fez falta

18. Você utilizaria os mapas conceituais como ferramenta de *

� aprendizado de novos conhecimentos

� memorização dos conhecimentos já adquiridos

� organização de conhecimento

� visualização do conhecimento

� não utilizaria

� Outra:

19. Que características do ambiente organizacional facilitariam (ou facilitaram) aexecução do experimento *

� entrosamento do grupo

� senso de participação do grupo

� confiança na organização

� possibilidade de crescimento pessoal

Apêndices 72

� reconhecimento

� Outra:

20. As diferenças de opiniões foram... *

, difíceis de contornar e não contribuíram positivamente no resultado

, saudáveis e possibilitaram crescimento da compreensão do tema

, difíceis, porém ampliaram o entendimento do tema

, inexistentes

21. Deixe sua sugestão para o amadurecimento do experimento.