Upload
independent
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
EDSON LillZ MICHALKIEWICZ
IMPACTO DA TELEMEDICINA NA pRATICA CLiNICA DA
CIRURGIA PEDIATRICA NO INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE
PERNAMBUCO
DissertaYao apresentada ao Programa dePos-GraduaYao em Clinica Cinirgica doSetor de Ciencias da Sande daUniversidade Federal do Parana comorequisito parcial it obtenYao do grauacademico de Mestre
Orientador Prof Dr Antonio Carlos LCampos
Co-orientador Prof Dr Roberto deAlmeida Rocha
CURITmA
2000
c
bull
EDSON LUIZ MICHALKIEWICZ
IMPACTO DA TELEMEDICINA NA pRATICA CLiNICA DA
CIRURGIA PEDlA TRICA NO INSTITUTO MATERNO INF ANTIL DE
PERNAMBUCO
Disserta~ao apresentada ao Programa deP6s-Gradua~ao em Clinica Cirurgica doSetor de Ciencias da Saude daUniversidade Federal do Parana comorequisito parcial a obten~ao do grauacademico de Mestre
Orientador Prof Dr Antonio Carlos LCampos
Co-orientador Prof Dr Roberto deAlmeida Rocha
CURITffiA
2000
f
DEDICATORIA
A Enca e Edson Jimior que pamciparam e compartilharamcomigo mais esta jomada pelo apoio compreensao ecarinho
A minha mae Marlene por estmlUlar a descobnr os segredose desafios da vida
Ao meu p81 Estanislau pelo modelo de coragem disciplinae determma~ao
11
f
L
AGRADECIMENTOS
Este trabalho nao sena possivel sem a ajuda e participayao de varias pessoas que
gostaria de agradecer
Ao Dr Raul C R1berro pel a oportumdade de desenvolver este trabalho e pelo
apOlo e ajuda iniguahivel durante 0 tempo que transcende 0 curso de desenvolvimento
dele
To Dr Bhaskar N Rao for teaching most that I know about oncological
pedIatric surgery and for helpmg planning this work from scratch
Ao Dr Gilliat Falbo que abriu as portas do seu serviyo de Cirurgia Pediatrica e
do IMIP pelo apOlO revisao e sugest6es
Ao Dr Francisco Pedrosa pela amizade acolhimento e disponibihzayao de toda
infra-estrutura de seu Serviyo de Oncologia Pediatrica para viabilizar a realizayao desta
dissertayao
Ao Dr Roberto de Almeida Rocha pela sua particlpayaO cnativa e entusiasta no
planejamento e execuyao deste projeto
Ao Dr Antomo Carlos L Campos por sua oportuna e valiosa participayao sua
reVlsao e sugest6es de detalhes que flzeram a diferenya
Ao Dr Osvaldo Malafaia pelo seu entusiasmo e apOlo decisivo na
implementayao da telemedicina no HC
Ao Professor Anselmo Chaves Neto pela orientayao estatistica
Ao Dr DaVld Negrao pela sua aJuda CruCIalna compreensao da manipulayao do
prontuano medIco do IMIP durante a coleta das mformay6es
A Ora Adelina Lehnkuhl pela sua reVlsao dedIcada contribuindo
sigmficativamente com a melhora do texto
111
t
Ao CNPQ pela bolsa de mestrado viabilizando 0 tempo necessario para 0
desenvolVllllento do projeto
A comissao de consultores clentificos e ao PAPEDCAPES por ter agraclado
este proJeto com a bolsa auxilio que tanto contribmu para facihtar 0 desenvolvimento
deste trabalho
Ao Professor Luiz Alberto Rocha de Lira Coordenador de Programas Especiais
do PAPEDCAPES pela orienta9ao e disponibilidade sempre presente na resolu9aO dos
aspectos burocniticos da bolsa auxiho
IV
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
c
bull
EDSON LUIZ MICHALKIEWICZ
IMPACTO DA TELEMEDICINA NA pRATICA CLiNICA DA
CIRURGIA PEDlA TRICA NO INSTITUTO MATERNO INF ANTIL DE
PERNAMBUCO
Disserta~ao apresentada ao Programa deP6s-Gradua~ao em Clinica Cirurgica doSetor de Ciencias da Saude daUniversidade Federal do Parana comorequisito parcial a obten~ao do grauacademico de Mestre
Orientador Prof Dr Antonio Carlos LCampos
Co-orientador Prof Dr Roberto deAlmeida Rocha
CURITffiA
2000
f
DEDICATORIA
A Enca e Edson Jimior que pamciparam e compartilharamcomigo mais esta jomada pelo apoio compreensao ecarinho
A minha mae Marlene por estmlUlar a descobnr os segredose desafios da vida
Ao meu p81 Estanislau pelo modelo de coragem disciplinae determma~ao
11
f
L
AGRADECIMENTOS
Este trabalho nao sena possivel sem a ajuda e participayao de varias pessoas que
gostaria de agradecer
Ao Dr Raul C R1berro pel a oportumdade de desenvolver este trabalho e pelo
apOlo e ajuda iniguahivel durante 0 tempo que transcende 0 curso de desenvolvimento
dele
To Dr Bhaskar N Rao for teaching most that I know about oncological
pedIatric surgery and for helpmg planning this work from scratch
Ao Dr Gilliat Falbo que abriu as portas do seu serviyo de Cirurgia Pediatrica e
do IMIP pelo apOlO revisao e sugest6es
Ao Dr Francisco Pedrosa pela amizade acolhimento e disponibihzayao de toda
infra-estrutura de seu Serviyo de Oncologia Pediatrica para viabilizar a realizayao desta
dissertayao
Ao Dr Roberto de Almeida Rocha pela sua particlpayaO cnativa e entusiasta no
planejamento e execuyao deste projeto
Ao Dr Antomo Carlos L Campos por sua oportuna e valiosa participayao sua
reVlsao e sugest6es de detalhes que flzeram a diferenya
Ao Dr Osvaldo Malafaia pelo seu entusiasmo e apOlo decisivo na
implementayao da telemedicina no HC
Ao Professor Anselmo Chaves Neto pela orientayao estatistica
Ao Dr DaVld Negrao pela sua aJuda CruCIalna compreensao da manipulayao do
prontuano medIco do IMIP durante a coleta das mformay6es
A Ora Adelina Lehnkuhl pela sua reVlsao dedIcada contribuindo
sigmficativamente com a melhora do texto
111
t
Ao CNPQ pela bolsa de mestrado viabilizando 0 tempo necessario para 0
desenvolVllllento do projeto
A comissao de consultores clentificos e ao PAPEDCAPES por ter agraclado
este proJeto com a bolsa auxilio que tanto contribmu para facihtar 0 desenvolvimento
deste trabalho
Ao Professor Luiz Alberto Rocha de Lira Coordenador de Programas Especiais
do PAPEDCAPES pela orienta9ao e disponibilidade sempre presente na resolu9aO dos
aspectos burocniticos da bolsa auxiho
IV
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
f
DEDICATORIA
A Enca e Edson Jimior que pamciparam e compartilharamcomigo mais esta jomada pelo apoio compreensao ecarinho
A minha mae Marlene por estmlUlar a descobnr os segredose desafios da vida
Ao meu p81 Estanislau pelo modelo de coragem disciplinae determma~ao
11
f
L
AGRADECIMENTOS
Este trabalho nao sena possivel sem a ajuda e participayao de varias pessoas que
gostaria de agradecer
Ao Dr Raul C R1berro pel a oportumdade de desenvolver este trabalho e pelo
apOlo e ajuda iniguahivel durante 0 tempo que transcende 0 curso de desenvolvimento
dele
To Dr Bhaskar N Rao for teaching most that I know about oncological
pedIatric surgery and for helpmg planning this work from scratch
Ao Dr Gilliat Falbo que abriu as portas do seu serviyo de Cirurgia Pediatrica e
do IMIP pelo apOlO revisao e sugest6es
Ao Dr Francisco Pedrosa pela amizade acolhimento e disponibihzayao de toda
infra-estrutura de seu Serviyo de Oncologia Pediatrica para viabilizar a realizayao desta
dissertayao
Ao Dr Roberto de Almeida Rocha pela sua particlpayaO cnativa e entusiasta no
planejamento e execuyao deste projeto
Ao Dr Antomo Carlos L Campos por sua oportuna e valiosa participayao sua
reVlsao e sugest6es de detalhes que flzeram a diferenya
Ao Dr Osvaldo Malafaia pelo seu entusiasmo e apOlo decisivo na
implementayao da telemedicina no HC
Ao Professor Anselmo Chaves Neto pela orientayao estatistica
Ao Dr DaVld Negrao pela sua aJuda CruCIalna compreensao da manipulayao do
prontuano medIco do IMIP durante a coleta das mformay6es
A Ora Adelina Lehnkuhl pela sua reVlsao dedIcada contribuindo
sigmficativamente com a melhora do texto
111
t
Ao CNPQ pela bolsa de mestrado viabilizando 0 tempo necessario para 0
desenvolVllllento do projeto
A comissao de consultores clentificos e ao PAPEDCAPES por ter agraclado
este proJeto com a bolsa auxilio que tanto contribmu para facihtar 0 desenvolvimento
deste trabalho
Ao Professor Luiz Alberto Rocha de Lira Coordenador de Programas Especiais
do PAPEDCAPES pela orienta9ao e disponibilidade sempre presente na resolu9aO dos
aspectos burocniticos da bolsa auxiho
IV
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
f
L
AGRADECIMENTOS
Este trabalho nao sena possivel sem a ajuda e participayao de varias pessoas que
gostaria de agradecer
Ao Dr Raul C R1berro pel a oportumdade de desenvolver este trabalho e pelo
apOlo e ajuda iniguahivel durante 0 tempo que transcende 0 curso de desenvolvimento
dele
To Dr Bhaskar N Rao for teaching most that I know about oncological
pedIatric surgery and for helpmg planning this work from scratch
Ao Dr Gilliat Falbo que abriu as portas do seu serviyo de Cirurgia Pediatrica e
do IMIP pelo apOlO revisao e sugest6es
Ao Dr Francisco Pedrosa pela amizade acolhimento e disponibihzayao de toda
infra-estrutura de seu Serviyo de Oncologia Pediatrica para viabilizar a realizayao desta
dissertayao
Ao Dr Roberto de Almeida Rocha pela sua particlpayaO cnativa e entusiasta no
planejamento e execuyao deste projeto
Ao Dr Antomo Carlos L Campos por sua oportuna e valiosa participayao sua
reVlsao e sugest6es de detalhes que flzeram a diferenya
Ao Dr Osvaldo Malafaia pelo seu entusiasmo e apOlo decisivo na
implementayao da telemedicina no HC
Ao Professor Anselmo Chaves Neto pela orientayao estatistica
Ao Dr DaVld Negrao pela sua aJuda CruCIalna compreensao da manipulayao do
prontuano medIco do IMIP durante a coleta das mformay6es
A Ora Adelina Lehnkuhl pela sua reVlsao dedIcada contribuindo
sigmficativamente com a melhora do texto
111
t
Ao CNPQ pela bolsa de mestrado viabilizando 0 tempo necessario para 0
desenvolVllllento do projeto
A comissao de consultores clentificos e ao PAPEDCAPES por ter agraclado
este proJeto com a bolsa auxilio que tanto contribmu para facihtar 0 desenvolvimento
deste trabalho
Ao Professor Luiz Alberto Rocha de Lira Coordenador de Programas Especiais
do PAPEDCAPES pela orienta9ao e disponibilidade sempre presente na resolu9aO dos
aspectos burocniticos da bolsa auxiho
IV
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
t
Ao CNPQ pela bolsa de mestrado viabilizando 0 tempo necessario para 0
desenvolVllllento do projeto
A comissao de consultores clentificos e ao PAPEDCAPES por ter agraclado
este proJeto com a bolsa auxilio que tanto contribmu para facihtar 0 desenvolvimento
deste trabalho
Ao Professor Luiz Alberto Rocha de Lira Coordenador de Programas Especiais
do PAPEDCAPES pela orienta9ao e disponibilidade sempre presente na resolu9aO dos
aspectos burocniticos da bolsa auxiho
IV
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
SUMARIO
LISTA DE TABELAS VI
LISTA DE ABREVIATURAS Vll
RESUMO VITI
ABSTRACT IX
1 INTRODU(AO 1
11 OBJETIVOS 3
2 REVISAO DA LITERATURA 4
3 PACIENTES E METODO 11
31 DESENHO DO ESTUDO 11
32 PACIENTES 11
33 INDICADORES 12
3 4 FONTES DE INFORMAltAo 12
3 5 METODO DE ANALISE DOS DADOS 13
36 ANALISE EST ATISTICA 14
37 REDAltAo E EDITORAltAO 14
4 RESULTADOS 15
5 DISCUSSAO 20
6 CONCLUSOES 29
6 1 PERSPECTIVAS FUTURAS 29
REFERENCIAS 30
ANEXO - FORMULARIo DE COLETA DE DADOS 36
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOSDE AVALIAltAo E ORlGEM 12
TABELA 2 - NlrMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADEDIAGNOSTICA E FOR PERlODO DE TRATAMENTO - our 1997 - SET 1999 15
TABELA 3 - FREQuENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOSPERlODOS PRE E P6s TELEMEDICINA - OUT 1997 - SET 1999 16
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NOPERlODO PRE E P6s TELEMEDICINA E ESTATISTICA 17
TABELA 5 - RELAltAo DE DISCORDANCIA ENTRE OS DIAGNOSTICOS PRE E P6s-OPERATORIO AVALIADOS - INDICADOR I 18
TABELA 6 - PROCEDIMENTOS ONDE NAo FORAM OBTIDOS MATERIAL ADEQUADOPARA DIAGNOSTICO - INDICADOR ill 18
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DEESTADIAMENTO - INDICADOR IV 19
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS FOR TUMOR E RESSECADOS - INDICADOR IX 19
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTODA CIRURGIA - INDICADOR XI 19
VI
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
ASCO
BFM
CEHOPE
EUA
HCIMIP
lOP
IPSO
JCAHO
MGH
NASA
OMS
RDSI
SlOP
SJCRH
UTI
LISTA DE ABREVIATURAS
AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY
BRITISH FRENCH MUNICH
CENTRO DE HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA PEDrATRICA
EST ADOS UNIDOS DA AMERICA
HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
INSTITIITO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO
INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM
lNTERNA TIONAL SOCIETY OF PEDlA TRIC SURGICAL ONCOLOGY
JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALm CARE ORGANIZATIONS
MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL
NA TIONAL AERO SPA 11AL ADMINSTRA nON
ORGANIZAltAO MUNDIAL DA SAOOE
REDE DIGITAL DE SISTEMAS INTEGRADOS
SOCIETE INTERNA TIONALE D ONCOLOGIE PEDIATRIQUE
ST JUDE CHILDRENS RESEARCH HOSPITAL
UNmADE DE TERAPIA INTENSIV A
V11
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
RESUMO
Telemedicina e uma alternativa moderna para transferencia de conhecImentoespecializado a obJetivo do presente estudo e avalIar 0 Impacto de urn programainternacional de telemedicina em oncologIa pediatrica na pratica climca de cirurgIoesestudando processos climcos com indicadores e avaliando a Vlabilidade e utilidade destesindicadores a programa foi focado no oncologista pediatrico clinico e nao foi desenhadoespecificamente para os crrurgioes Sete indicadores adotados pela Jomt CommissIOn mAccredItatIOn on Health OrganzzatIon e quatro sugeridos por especlalista renomadoforam aplicados em estudo de reVlsao de prontumos Cmqtienta e seis pacientes foramdivididos em dois gropos com trinta e tres procedimentos em cada grupo gropo pretelemedicina (11097-310998) e pos telemedicina (11098 - 310999) as pacientestinham os seguintes tumores lmfoma de Hodgkin (3) linfoma nao-Hodgkin (17)neuroblastoma (10) tumor de Wilms (18) rabdomiossarcoma (2) hepatoblastoma (2) etumor de celulas germinativas (4) as procedimentos avaliados foram Pun9ao pleural ouperitoneal para citologia (4) biopsia por agulha core (4) biopsia intracavitana (15)biopsia aberta superficial (11) excisao de tumor intracavitano (28) excisao superficIalamphada (2) e explora9ao cIrirrgica sem biopsia (2) Foi utilizado 0 metodo estatistIcoTeste Exato de Fisher para analise dos resultados considerando plt005 comosignificativo Nao houve diferen9a significativa entre 0 gropo pre e pos telemedicina paratodos os indicadores avaliados I - Diagnosticos pre e p6s-operatorio sac os mesmos(p=0053) II - Conversao para cirurgia aberta se endoscopia (nao aplicavel) III - Falhaem obter material para d1agn6stico histol6gico (p=0354) IV - Falha em obtermateriaVinforma9ao para estadiamento (P=0147) V - Transfusao no per ou p6s-operatorio (P=0058) VI - Necessidade de nova cirurgia dentro de 14 dias relacionada acirurgia inicial (P=0415) VII - Infec9ao da ferida operat6ria dentro de 30 dias dacirurgia (P=0146) VIII - Deficit neurol6gico nao presente antes da crrurgia (durante 0
mesmo internamento) (P=0525) IX - Ressec9ao de 6rgaos adjacentes (p=0422) X -Uso de opi6ide p6s-operat6rio (teste estatistico nao aphcavel) XI - 6bito durante 0
mesmo internamento (p=0238) Entretanto 0 indicador IV revelou que nao houve adesaocompleta aos protocolos institucionais pelos cirurgioes Conc1ui-se que com osmdicadores e amostragem utilizada nao foi possive detectar impacto significativo datelemedicina na pratica c1inica dos cirurgioes as indicadores utilizados foram viaveis euteis na avalia9ao de processos c1imcos neste cenmo Identificando areas que necessitammelhoria Especula-se que urn programa mais focado no cirurgiao possa potencialmentecausar impacto na sua pratica cirUrgica
Vlll
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
bull
bull
ABSTRACT
Telemedicine IS a modem alternative modality to transfer specIalizedknowledge The objectIve of this study IS to evaluate the impact of an ongomginternational pediatric oncology telemedicine program in the clinIcal practice of surgeonsby studymg clinical processes with indicators and evaluate the feasIbility and usefulnessof these indicators The program was focused on clinical pediatric oncologists and wasnot specmcally designed for surgeons Seven indicators adopted by Joint Commission inAccreditation on Health Organization plus four suggested by a renowned specialist wereapplied m a chart reVIew study Fifty six patients were divided into two groups with thirtythree procedures in each group pre telemedicine (10197 - 93198) and posttelemedicine group (10198 - 93199) The patients had the following tumors Hodgkinlymphoma (3) non-HodgkIn lymphoma (17) neuroblastoma (10) Wilms tumor (18)rhabdomyosarcoma (2) hepatoblastoma (2) and germ cell tumor (4) The evaluatedprocedures were collectIon of pleural or abdominal effusion for cytology (4) core needlebiopsy (4) intra-cavity biopsy (15) superficial open biopsy (11) intra-cavity tumorexcision (28) superficial wide excision (2) and surgical exploration with no biopsy (2) Itwas used the Fishers Exact Test to analyze the results considermg plt005 as significantThere was no significant difference between the group pre and post telemedicine for allmdicators evaluated I- Are pre and post-operative diagnosis the same (p=0053) II -Conversion to open surgery if endoscopy (not applicable) III - Failure to obtainadequate material for histology diagnosis (p=0354) IV - Failure to obtammaterialinformation for staging (p=0147) V - Intra or post-operative transfusion(p=O058) VI - Return to surgery within 14 days related to initial surgery (p=0415) VII- Wound infection within 30 days of surgery (p=0146) VIII - Major neurological defiCItnot present prior to surgery - within same admission (p=0525) IX - Resection ofadjacent organs (p=0422) X - Opioid post surgery (statIstical test not applicable) XI -Death within same admission (p=0238) Therefore the indicator IV revealed a partialnon-adherence to institutional protocols by the surgeons It is concluded that with theindicators and sample size used it was not possible to detect significant Impact oftelemedicine into clinical practice of surgeons The indicators used were feasible anduseful to evaluate clinical processes in this setting identifying areas that needimprovement It IS speculated that a surgery-focused program could potentIally causeimpact m surgery practIce
1)(
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
t
1 INTRODUltAO
A telemanca cIencIa que combina tecnologIa de comuruca9ao com
computador oferece grande potencIal para aplica90es na medicma1 incluindo a area
da cirurgIa2 e da educa9ao medica3 A telemedIcina que pertence ao escopo da
telematica cresceu exponencialmente nos liltImos 10 anos amplIando suas aplica90es4
Ela tern sido utilizada na educa9ao356em treinamento7 consultona 89 preceptoria5 e ja
se discute a sua utiliza9ao na certifica9ao hospitalar10
a objetivo prinCIpal deste programa e a transferencia de conhecimentos
especlalizados no tratamento da crian9a com cancer do St Jude Childrens Research
Hospltal- SJCRH para 0 Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
a SJCRH situado na cldade de Memphis Tennessee Estados Unidos da
Amenca - EVA tern como missao tratar crian9as portadoras de afec90es graves
dentre elas 0 cancer Nos wtunos 30 anos 0 SJCRH foi responsavel por grande
avan90 no tratamento e nos resultados das crian9as com cancer Apesar de todo avan90
que a oncologIa pediatrica atmgiu sornente 40000 das 240000 crian9asano com
cancer no mundo tern acesso a atend1mento medico com os avan90s atuais
ProporclOnar que as 200000 cnan9asano restantes recebam 0 atendlrnento adequado e
se beneficiem das descobertas da medicina atual e urn dos objetivos do SJCRH
atraves do InternatIOnal Outreach Program - lOP Para atingir seus objetivos 0 lOP
desenvolveu estrategias para transmitir 0 conhecimento adqwrido ao longo dos 30
anos de pesquisa do SJCRH Vma das estrategias ainda em fase piloto e a da
tranSmIssao de conhecrmento unhzando a tecnologia da telemedicma Atraves de urn
pro gram a completo ainda em implanta9ao com Vldeoconferencias educativas
teleconsultas telepatologia e futuramente teleradiologIa e telemedicina em cirurgia 0
SJCRH tern condwoes de transferir a tecnologia e conhecimento do tratamento da
cnan9a com cancer potencialmente beneficiando inumeras cnan9as de todo 0 mundo
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
2
Para 0 desenvolVlmento do projeto piloto 0 SJCRH escolheu 0 IMIP
10calIzado na Cidade de ReCIfe - PE 0 IMIP e uma enbdade nao governamental de
drreito pnvado sem fms lucrabvos com 0 objetivo princIpal de atender a cnan9a e a
mulher de baixa renda 0 IMIP atende paclentes do mterior do estado de Pernambuco
e de toda a regtao do Nordeste brasilerro Alem msso contribui para a qualifica9ao e
forma9ao de recursos humanos na area de sande Os motivos da escolha do IMIP
foram varios mc1umdo hist6na de parceria cientifica previa alta taxa de mortalidade
local em oncologia pedicitrica e profissionais locais estimulados e com elevado
potencial Alem russo na regtao Nordeste do Brasil existem mms de 44 milhoes de
habitantes onde aproXlffiadamente 40-50 possuem menos de 20 anos de idade
Conslderando a incidencia mundial de cancer mfantil de 1301000000 por ano
estima-se que ocorram aproXlmadamente 2900 novos casos de cancer por ano em
cnan9as e adolescentes abaixo de 20 anos de idade na regiao Nordeste do Brasil
A eqwpe de cirurgloes pediatricos do IMIP e formada por profissionms
altamente qualificados (doutores mestres e especialistas) e experientes em cirurgia
pediatrica porem sem especializa9ao em cirurgia oncol6gica especificamente A
equipe oncol6gica do SJCRH por outro lado e formada por especialistas com
facilidade de acesso as informa90es mais recentes sobre oncologia pediatrica alem de
desenvolver conhecimentos novos Essas informa90es podem ser repassadas atraves da
telemedicina
o programa de telemedicma IMIPSJCRH miciou-se em outubro de 1998
Os primerros 12 meses foram dedicados a reumoes focando pnncipalmente as
necessidades e interesses do oncologista clinico pediatrico mas os crrurgioes tambem
eram conVldados a participar das Vldeoconferencias Entretanto devido ao aspecto
multimsciplinar da oncologta todos os paclentes discutidos nas videoconferencias com
o SJCRH eram rediscutidos localmente com a participa9ao dos crrurgtoes Desta
bullFonte IBGE 1996
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
3
forma os crrurgioes tambem riveram contato com 0 conhecImento transnntido nas
Vldeoconferencias
1 1 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo sao
1) avaliar 0 rmpacto da telemedlcma na pnitica climca dos cirurgIoes
durante a fase iniclal de rmplanta9aO de urn pro gram a de telernedicina
em oncologIa pediatnca
2) ldentificar as necessidades de protocolos de tratamento de urn grupo de
CITurgIOeSpediatricos
3) avaliar se os mdicadores selecionados para rnomtorar os processos
clirncos SaDviaveis e utels
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
4
2 REVISAO DA LITERATURA
TelemedIcma quer dlZer l1teralmente medicma a distancia (do gr tele=
longe ao longe) Por ser urn campo relativamente novo ha varias definiyoes
diferentes e complementares que mcluem
a) telemedicina e 0 acesso rapido remoto e compartilhado a especialistas
medicos por meio de telecomumcayoes e tecnologia da mformayao nao
nnportando onde 0 paciente ou mformayao pertinente esta localizada II
b) telemedicina e urn sistema de prestayao de serviyos de saude onde os
medicos exammam os pacientes distantes atraves do usa da tecnologia de
I - 12te ecomumcayoes
c) telemedicina e a prestayao de cuidados medicos para paclentes em
qualquer lugar no mundo combinando telecomunicayoes e especialistas
d 13me ICOS
d) telemedlcina e 0 usa de telecomunicayoes e informatica para usa medico
e de saude 14
e) telemedicina e a prestayao de serviyos de saude onde a dIstancia e urn
fator critico por profissionals de saude que usam informayao e tecnologia
de comunicayao para a troca de informayoes uteis para 0 diagnostico
tratamento e prevenyao de doenyas e danos e para a educayao continuada
de provedores de saude como tambem pesqUlsa e avaliayao tudo no
interesse de melhorar a saude dos mdividuos e de suas comumdades 15
Esta UltIma definiyao fm adotada pelo grupo de consulta mtemacional
reumdo pela Organizayao Mundlal de Saude - OMS em Genebra em dezembro de
1997 para trayar uma polinca de telemanca de saude para a OMS
Telemedicina provavelmente eXlste desde que fm mventado 0 primeiro meio
de comumcayao a distancia Ela ja era praticada por telegrafo apos sua implementayao
em 184416 Durante a Guerra CIvil amencana os militares solicitaram suprunentos
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
5
medicos e transnntiram listas de mortos e feridos pelo telegrafo 17 Em 1876 Alexander
Graham BELL patenteou 0 telefone mas as hgayoes de longa distancla comeyaram a
aparecer apenas na decada seguinte 0 telefone e ate hoje 0 melO mais difundIdo de
comumcayao it dIstancIa e a grande maioria dos program as de telemedicina utilizam-se
de linhas telefOrucas digItaiS como mew de conexao Em 1923 0 hospItal uruversItirio
de Sahlgrens em Gottenburg Suecia ofereCIa aconselhamento medico por codigo
Morse15 Mais tarde a telemedicina f01 praticada por nidio 15
A primeira referencia de telemedicina na literatura medica segundo
ZUNDEL17 e de 1950 onde 0 artigo descreve a transmissao de imagens radwlogicas
por telefone entre West Chester e Filadelfia PensIlvania a uma distancia de 38 kIn 18
A Ideia basica da telemedicina e superar as barreiras do tempo e distancia
Os primeiros esforyos de telemedicina nos Estados Unidos foram desenvolvidos pela
NatIOnal AeronautIcs and Space AdmInIstratIOn - NASA no mlClO da decada de 60
Os cientistas da NASA estavam preocupados com os efeitos da gravidade zero nos
astronautas Eles demonstraram que atraves da telemetria (medida a distancia) as
funyoes fisiologicas dos astronautas no espayO - como pressao sanguinea freqiiencia
cardiaca e temperatura corporal - podiam ser monitoradas eficientemente por medicos
em terra A NASA tambem desenvolveu urn sIstema de suporte medIco que incluia
diagrIostIco e tratamento de emergencias medIcas durante 0 voo
Em 1957 WITTSON desenvolveu 0 pnmelro programa de telemedIcma
oferecendo video mterativo utilizando televisao Este projeto fazIa parte do programa
de telepsIquiatria e educayao medica de Omaha Nebraska EUA conectando 0
mstituto de psiqUlatna de Nebraska ao hospital de Norfolk a 180 kIn de distancia1920
Outro sistema plOneiro de telemedIcma onde haVla mterayao regular entre
medicos e paclentes foi instalado em Boston em 1967 Urn radiologista que trabalhava
no Massachusetts General Hospllal - MGH orgaruzou uma estayao de dIagrIOstIco
medIco no aeroporto de Logan A estayao possuia enferrnerras 24 horas por dIa e
medico durante as 4 horas de pica de usa dos passageiros As imagens de radiografias
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
6
eram capturadas por camara de teleVlsao preto e branco utilizando negatosc6pio
comum e eram transfendas para um monitor de video no departamento de radiologia
do MGH 0 mechco podia chscutir 0 caso com 0 rachologista do MGH atraves de
telefone comum 21 Estes expenmentos demonstraram que seria possivel diagnosticar
por teleVlsao mteranva
CONRATH et al publicaram estudo comparativo entre 4 modalidades de
telecomunicayoes disponivels na epoca televisao colorida televisao pre to e branco
televisao preto e branco com imagem fIxa (stIll frame) e telefone hands free 22 Mars
de 1000 pacientes de uma provincia canadense foram examinados pelos medicos local
e remotamente por uma das quatro rnodalidades de telecomunicayao Os diagn6sncos
tratamentos interayao medico-paciente e condutas medicas foram comparados tendo
como base 0 atendlrnento dos medicos local Eles nao encontraram diferenya
signifIcanva na acunlcia diagn6stica proporyao de exames laboratoriais e radlO16gicos
solicitados no tempo gasto na consulta diagn6stica e na efetividade do manuseio do
paclente entre as quatro modalidades de comunicayao Eles observaram tambern que
os paclentes tinham preferencia para modalidades de comunicayao sensorialmente
mars ncas Os autores concluiram que as quatro modalidades de comunicayao saD
19ualmente efetivas para consultas de diagn6snco remoto e que portanto 0 modo
mars barato e 0 de maior custo-beneficio
Ap6s estes estudos iniciars a telemedicina come yOUlentamente a expandir-
se anngindo crescrmento exponencial nos Ultimos 10 anos Urn metodo simples de
constatar este creSClmento e atraves da verificayao do niunero de pubbcayoes
indexadas na PubMed 23 A consulta com a palavra Telemedicine resultou em 3543
publicayoes 0 resultado desta pesquisa esta apresentado no GRAFICO 1 Nota-se 0
padrao exponenclal de creSClmento do niunero de artIgos publicados sobre 0 tern a a
partir de 1991 Em 1999 aparentemente anngm-se um plato
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
7
GRAFICO 1 - PUBLICACAo DE ARTIGOS COM A PALAVRA TELEMEDICINE INDEXADOS NAPUBMED
a~ ~ ~ i ~
~ i i i ~
$) $ Iamp~ ~ ~ v rO
8
6)- ~ amp ~ PeriodoFONTE PubMed
900 1800
ctl 700CII
8 600CIl~0 500~
11CII 400e 300CIIE~ 200z
100 200 5 14 15 3
120
349
762 746
643 0 lt i~
0 rgt
454 n l
lt y ~
- (
I -~
Este crescimento da telemedicina e resultante de varios fatores entre os
quaJSnecessldade de oferecer diagn6stico a pacientes em areas remotas e sem
condi90es de viaJar ate 0 centro medico~ necessidade de consulta entre medicos
generalistas e medicos especialistas e educa9ao medica A diminui9ao dos custos das
telecomunica90es e da tecnologia da informa9ao associado ao crescimento dos custos
de sande tambem tiveram rmportante contribui9ao na amplia9ao do uso da
telemedicina4
As perspectivas sao de que 0 crescimento persista24 A mesma rede que e
desenvolvida para telemedicina pode ser utilizada para acesso a prontuarios medicos
eletronicos e bibliotecas facilitando a comunica9ao entre memcos e especialistas e
oferecendo informa9ao medica de forma mais facil e acessivel alem de ter potencial
em otrmizar e diminuir custos da comunica9ao entre hospitals e empresas de seguro
sande4
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
8
AplIcayoes de telemedicma em cirurgia eram raras ate 1995 25 Atualmente os
cirurgIoes estao participando de Vldeoconferencias compartIlhando aconselhamento
medico e oferecendo segunda opmiao sem a necessldade de transfem pacientes26
Contudo esta participayao parece ainda ser muito lIID1tada DEMARTINES et al
mvesngaram 0 conhecimento e aceltayaO da telemedicina em cirurgia em 141 hospitals
da SUlya Mediante questiommo respondido por 69 dos hospitais contactados eles
observaram que 93 dos departamentos de cirurgia utilizavam computador 85
utilizavam regularmente a Internet e 88 participavam da rede interna no seu hospital
Enquanto 35 dos respondentes partIciparam pelo menos uma vez em
videoconferencia apenas 8 usavam telemedicina regularmente A opiniao dos
respondentes era de que aconselhamento terapeutico (87) era mais adequado para
telemedlcina do que diagn6stico primano (23) muito embora a maioria aceita 0
pnncipio de fazer (91) ou receber (94) diagn6stico remoto E sugerido neste
estudo que os cirurgIoes estao interessados na telemedicina e abertos para 0 seu
desenvolvimento muito embora sua experiencia e conhecimento nesta area sejam
limitados Finalmente os autores concluiram que a telemedicina na cirurgia pode-se
desenvolver amda malS atraves da criayao de redes para teleconsultas e educayao adlstancia em cirurgia27
Com 0 crescrmento e popularlZayao das aplicayoes de telemedicina
naturalmente surgrram questoes sobre 0 seu real valor clinico Para justificar 0
investlmento imClal em eqUlpamentos mfra-estrutura e tecnologla de comunicayao
haVla necessldade de comprovar relayao custo-beneficio adequada 28 Comeyaram a
surgir publIcayoes sobre metodologIa de avalIayao da telemedicma nas suas diversas
areaS2226293031323334 ROBIE et al testaram a tecnologia da telemedicina unlizando
eqwpamento de baixo custo (sIstema baseado em computador de mesa) para consultas
em Umdade de Terapia Intenslva - UTI neonatal 35 Obtiveram sucesso em avaliar selS
paclentes por videoconferencla e seis paclentes pelo sIstema armazenaJencaminha
(storelforward) chegando a dlagn6sticos preCISOSe a onentayao para avalIayoes e
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
bull
9
exames subseqlientes adequadas ROLLERT et al avaliaram se a telemedlcina e
adequada para fazer avaliacao pre-operatona em paclentes de cirurgia
dentanalalveolar com anestesia geral36 ObtIveram 100 de acerto na avalIacao pre-
anesteslca de 35 paclentes atraves da telemedlcina Nenhurna cirurgla foi cancelada e
nao houve nenhuma complIcacao anestesica atribuida a avaliacao pre-anestesica
inadequada Os autores conc1uiram que a telemedicina e urn meio eficiente e vantajoso
para avaliacao pre-operatoria em pacientes cujo transporte e dificil ou carD MERREL
et al investigaram a qualidade dos cuidados cirirrgicos atraves de programa de
cirurgias laparoscopicas37 0 consultor na Umversldade de Yale e conectado com a
sala cmlrgica remota com audio e video em tempo real e com capacidade de desenhar
instrucoes na tela da sala cirirrgica Os autores conc1uiram que 0 potencial para
rnelhona de qualidade e substancial e recomendaram 0 seu uso em programas de
controle de qualidade CHERIFF et al avaliaram a viabilidade de teleconsulta durante
crrurgia laparoscoplca38 Eles tiveram teleconsultas durante 6 cirurgIas laparoscopicas
complexas nefrectomia de polo superior diagnostico laparoscopico com correcao de
hernia inguinal orqwectomia cistoplastia de aurnento com suspensao de bexiga
reconstrucao de beXlga urmaria e litotomia Em cada caso urn cirurgiao laparoscopista
expenente consultou urn especialista remoto Todos os procedimentos foram
conc1uidos com sucesso sem complicacoes intra ou pos-operatorias Eles conc1uiram
que crrurgIas laparoscoplcas complexas que normalmente requerem urn especialista
podem ser reallZadas com sucesso por cirurgiao laparoscoplsta experiente desde que
tenha assessona do especialista
Contudo a telemedlcina nao pode ser aplicavel em todas as circunstancias
pelo menos com a tecnologia atual XIAO et al estudaram a aquisicao de inforrnacao
atraves de aumo video e dados em estudo experimental de diagnostico remoto Eles
apresentaram videos de cuidados iniciais de pacientes traumatIzados a
anesteslOlogistas enfermeiros e crrurgioes Durante e apos as apresentacoes dos videos
foram feitas perguntas CllJasrespostas foram pontuadas de acordo com a identificacao
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
10
de eventos criticos no material apresentado Com a metodologia utihzada observaram
que os profisslOnais de saude foram mcapazes de detectar vanos eventos criticos Eles
concluiram que quando os eventos e atIVldades remotas saD mulndisclplinares e
mudam rapldamente os especialistas remotos podem encontrar dificuldade em
compreender as atividades a distancia Conseqiientemente as mformaltoes que eles
usam para tomar decisoes podem ser deturpadas
Alem da nova relaltao medico-paciente que se estabeleceu com a
telemedicina como nos trabalhos citados acrma outra area de mteresse para os
cirurgioes e a de transferencia de conhecimento (educaltao medica) eou segunda
opmiao26 Diversos trabalhos mostraram vantagens no tratamento do paciente quando
se dlscute casos dificeis com outros especialistas atraves da telemedicina
DEMARTINES et al cnaram uma rede Europeia conectando seis hospitais
universitarios em quatro paises com a finalidade de discutir pacientes cirUrgicos
Durante 0 periodo de dois anos foram realizadas setenta videoconferencias entre as
quaIs 50 palestras educativas e 271 pacientes foram apresentados e discutidos
Sessenta casos foram randomicamente seleclOnados e avaliados quanto a acunicia do
diagnostico por telemedicina As opinioes dos participantes foram analisadas por
questionario Oitenta e tres por cento dos participantes completaram 0 questionano
Oitenta e seis por cento avaharam a atividade crrUrgIca como boa ou excelente e 76
avaliaram 0 myel clentifico como born ou excelente A dlscussao com os participantes
remotos aumentou 0 indIce de conselho terapeunco valioso de 55 antes da dIscussao
para 95 apos a discussao Oltenta e seis por cento dos cirurgioes expressaram
sansfaltao com a telematica para educaltao medica e cuidados de pacientes Eles
concluiram que 0 indIce de satisfaltao foi alto a transrmssao dos documentos climcos
foi acurada e a oportunidade de dlSCUtir a documentaltao e manuselO do paciente
melhorou slgnificativamente 0 potencial dlagnostico resultando em acuracia maiar
que 95 Fmalmente acrescentaram que teleducaltao e teleconsulta em cITUfgIaparece
ter beneficios resultando em vantagens no tratamento de pacientes cirUrgIcos 25
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
11
3 PACIENTES E METODO
3 1 DESENHO DO ESTUDO
Para a anilise do impacto da telemedicina na pnitica clinica dos cirurgioes
foi utihzado urn estudo longitudinal intervencional com controle historico A
mtervenyao (educativa) fOl 0 projeto de telemedicina do SJCRHIMIP que teve iniclO
em Outubro1998
32 PACIENTES
Cinquenta e sets pacientes foram selecionados com os seguintes criterios
pacientes admitidos entre os periodos 11097 a 310998 denominado pre
telemedicina (controle historico) e 11098 a 310999 denominado pos telemedicina
(pos-intervenyao) com os sete tumores malS freqiiente da instituiyao (IMIP) e que
possuiam participayao da ClfUfgIapediatrica no diagnostico eou tratamento
Os pacientes tinham os seguintes diagnosticos lmfoma de Hodgkin
linfomas nao Hodgkin neuroblastoma tumor de Wilms rabdomiossarcoma
hepatoblastoma e tumor de celulas germinativas A identificayao dos pacientes foi
realizada mediante consulta ao registro eletromco do serviyo de Oncologia Pediatrica
do IMIP
Procedimentos cinlrgicos nos pacientes seleclOnados relacionados acolocayao ou retrrada de cateteres (totalmente rmplantivel ou semi-implantavel de
longa durayao) foram excluidos da analIse porque estes procedimentos nao envolVlam
diagnostico e tratamento que era 0 foco primano dos mdicadores
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
12
3 3 INDICADORES
Sete mrucadores adotados pela Jomt CommISSIOn on AccredItatIOn of Health
OrganiZatIOn - lCARO e 4 sugeridost pelo Dr Bhaskar RAOt ex-presidente da
InternatiOnal SocIety of PaedIatric SurgIcal Oncology - IPSO39 com seus cntenos de
avaliayao estao apresentados na TABELA 1
TABELA 1 - INDICADORES UTILIZADOS CRITERIOS DE AVNIAcAo E ORIGEM
INDICADOR I DESCRlcAo I CRITERIOI Dlagnostlcos pre e pos-operatono sac MOnltorar dlvergenclas entre Dlagnostlcos
os mesmos pre e pos-operatonoConversao para clrurgla aberta se MOnltorar freqOencla de conversao deendoscopla clrurglas endoscoplcas para clrurgla abertaFalha em obter matenal para Monltorar dlficuldade em obter matenal paradlagnostlco hlstologlco dlagnostlco hlStologlcoFalha em obter matenaVmformacao para Monltorar estadlamento clflJrglcoestadlamentoTransfusao no per ou pos-operatono
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
XXI
Necessldade de nova clrurgla dentro de14 dlas relaclonada a clrurgla InlclalInfeccao da fenda operatona dentro de30 dlas da clrurglaDeficrt neurologlco nao presente antesda clrurgla (no mesmo mtemamento)Resseccao de orgaos adJacentes
Uso de oplolde pos-operatonoOblto durante 0 mesmo Internamento
MOnltorar usa de produtos sanguineosdurante a apos a clrurgla partlcularmentepapa de hemaclasMonltorar reoperacao devldo acomphcac6es ou clrurgla mlclal mcompletaMOnltorar Infeccao clrurglca
Monltorar sequelas neurologlcas causadapelo ate clrurglco ou pel a fatta de clrurglaMOnltorar resseccao de orgaos adJacentesdesnecessanamenteMOnltorar 0 controle da dor pos-operatonaMOnltorar causas de oblto durante 0 mesmoInternamento da clrurgla e relaclona-Ioscom 0 ato operat6no quando aphcavel
I ORIGEMJCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAO
JCAHO
JCAHO
JCAHO
RAO
RAOJCAHO
34 FONTES DE INFORMACAO
A revisao dos prontmmos selecionados fOl realizada utilizando 2 fontes de
dados com a finalidade de confirmayao das informayoes
a) prontmmo mechco do IMIP prontuario manuscrito onde constam todas
as informayoes merucas sobre investigayao tratamento e resultados dos
t Informa~o verbalt CirurgIao oncologista pedtatra do SJCRH reconheCldo llltemaclOnalmente por suas publIcac6es e
contnbwcOes it clrurgIa pedtatnca oncologJca
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
13
paClentes mtemados na mstItuIyao Neste documento foram encontrados
a maioria dos dados referente a cirurgia incluindo 0 relatorio de cirurgIa
b) prontmlno medico do Centro de HematologIa e OncologIa Pediatrica -
CEHOPE (local de atendimento ambulatorial do selVlyo de Oncologia
Peillatnca do IMIP) prontuario serm-informatizado onde a maioria das
mformayoes e digitada em sistema computadorizado Este prontuano
possui uma versao muito completa dos dados clinicos e oncologic os
dentre as quais mvestigayao estadio e acompanhamento pos-operatorio
dos pacientes abrangendo tanto informayoes sobre os intemamentos
como tambem os atend1mentos ambulatoriais Este prontuano nao possui
relatorio de cirurgia mas existem anotayoes feitas pelos oncologistas
clinicos com resumos do relatono de cirurgIa ou informayoes obtidas
atraves dos cirurgioes
Copia do formulano de coleta de dados e encontrado no ANEXO
35 METODO DE ANALISE DOS DADOS
Os prontuarios medicos do IMIP e do CEHOPE de todos os pacientes
selecionados foram reVlsados indiVldualmente em momentos diferentes gerando duas
fichas semelhantes para cada paclente Estas fichas foram entao comparadas e suas
informayoes foram combinadas de forma a preencher os dados incompletos em uma ou
outra ficha Dados incompativels ou conflitantes entre as duas fichas do mesmo
paclente foram reVlsados individualmente
Os resultados de performance clinica foram comparados com dados
existentes na literatura
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
14
36 ANALISE ESTATISTICA
Cada indicador foi submendo a analise estatistica pelo Teste Exato de FIsher
entre os periodos pre e p6s telemedicma devido a pequena amostra40 Diferenya
estatisnca sIgnificativa foi considerada quando plt005
37 REDAltAo E EDITORAltAo
a trabalho foi redigIdo de acordo com as novas Normas para Apresentayao
de Documentos Cientificos da UFPR414243444546 utilizando 0 modelo IPARDESDOC
(para Word 2000) que acompanha 0 volume 8 da sene com 0 sIstema numenco de- J A 44 4748cItayao e relerenclas
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
15
4 RESULTADOS
A distribUlcao dos procedJmentos e do nfunero de paclentes por diagnasnco
nos dOlSperiodos de tratamento (pre e pas telemedtcma) esta apresentada na TABELA
2 Trmta e tres procedimentos em 29 pacientes foram realizados no periodo pre
telemedicina (11097-310998) e 33 procedimentos em 28 pacientes no periodo pas
telemedicina (11 098-31-0999) A distribuicao do nfunero de paclentes por
diagnastico foi diferente entre os dois grupos Houve 15 pacientes com linfomas
(Hodgkin e nao-Hodgkin) no gropo pre e apenas 5 no gropo pas telemedicina Por
outro lado houve apenas 1 paciente com neuroblastoma no gropo pre e 9 pacientes no
gropo pas telemedicina 0 Unico subgrupo diagnasnco com mais de dois pacientes
com numero similares nos dois periodos e 0 do tumor de Wilms Os procedimentos
nos periodos pre e pas telemedicina estao apresentados na TABELA 3
TABELA 2 - NUMERO DE PACIENTES E PROCEDIMENTOS POR ENTIDADE DIAGNOSTICA E PORPERioDO DE TRATAMENTO - OUT 1997 - SET 1999
PRE TELEMEDICINA pos TELEMEDICINA
DIAGNOSTICO(11097 - 310998) (11098 - 310999) TOTAL DE
Ndeg I Ndeg IrPACIENTES
Ndeg aClentes Ndeg aClentesprocedlmentos p procedlmentos p
Doenca de Hodgkin 3 3 0 0 3
Llnfoma nao-Hodgkln 14 12 5 5 17
Neuroblastoma 1 1 9 9 10
Tumor de Wilms 11 9 12 9 18
Rabdomlossarcoma 1 1 1 1 2
Hepatoblastoma 1 1 2 (1)2 2
Tumor de celulas germlnatlvas 2 2 4 2 4
TOTAL 33 29 33 28 56(1) Um paclente teve procedlmento no periodo pre e pos telemedlclna
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
FREQUENCIA DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REALIZADOS NOS PERfoDOS PRE EPOS TELEMEDICINA- OUT 1997 - SET 1999
PRE4o7516o1
TABELA 3-
Cltologla (BIOpSla por agulha finalBlopsla por agulha coreBlopsla mtracavrtanaBlopsla aberta superficialExcisao de tumor IntracavrtanoExcisao superficial ampliadaExplora98o C1T1Jrgicasem blopsla
TOTAL 33
POSo4861221
33
TOTAL4415112822
66
16
Nao houve biapsia por agulha core no periodo pre telemedicina e por
outro lado nao houve maIs biapsia por agulha fina no periodo pas telemedicma
Todos os pacientes tiveram procedimentos com anestesia geral com exceyao
de 4 pacientes que tiveram anestesla local Dois deles com idade de 15 anos tiveram
biapsia por agulha fina no periodo pre telemedicina e os outros 2 com idades de 1 e 7
anos tiveram blapsla por agulha core no periodo pas telemedicina A maioria dos
pacientes em ambos os periodos tiveram ressecyao de tumor intracavitano
A relayao dos mdlcadores com os seus resultados e a analise estatistica esta
apresentada na TABELA 4
Nenhum dos mdicadores utilizados apresentou diferenya estatisoca
slgmficaova quando comparado entre 0 periodo pre e pas telemedicina Os indicadores
I e V apresentaram valores marginais de p (0053 e 0058 respectivamente) No
mdIcador I houve urn aurnento de diagnasocos discordantes entre 0 pre e pas-
operatario no grupo pas telemedicma enquanto 0 indIcador V apresentou uma
dIIDinUlyaOdo nlimero de transfusoes per e pas operataria no mesmo grupo
o mdicador II nao foi aphcavel neste grupo de pacientes porque 0 IMIP nao
dIspunha de equipamento de videoscopia cirirrgica
Todos os paclentes em que houve falba em obter material para diagnastico
(indicador III) overam necessldade de nova crrurgia (indicador VI)
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
17
TABELA 4 - INDICADORES DE PROCESSOS CLiNICOS COM SEUS RESULTADOS NO PERIODO PRE EPOS TELEMEDICINA E ESTATISTICA
PRE POSINDICADORDESCRlcAo RESUL TADO TELEMEDICINA TELEMEDICINA
TOTAL P
N I N I N I 1- Dlagn6stlcos pre e pos- Sim 26 839 18 621 44 733 0053operatonos saD os mesmos Nao 5 161 11 379 16 267
Nao dlsponfvel(1) 1 1Nao apllcavel(2) 2 3 5
II - Conversao para clrurgla aberta Nao aphcavel 33 100 33 100 66 100se endoscopla
III - Falha em obter matenal para Sim 3 94 5 156 8 1250354
dlagnostlco hlStologlco Nao 29 906 27 844 56 875Nao aphcavel 1 1 2
IV - Falha em obter matenaV Sim 8 348 14 538 22 4490147
mforma((ao para estadlamento Nao 15 652 12 462 27 551Nao apllcavel 10 7 17
V - Transfusao no per ou p6s- Sim 7 250 2 67 9 1550058
operatono Nao 21 750 28 933 49 845Nao dlsponlvel 1 2 3Nao aplicavel 4 1 5
VI - Necessldade de nova clrurgla Sim 3 111 5 167 8 1400415
dentro de 14 dlas relaclonada a Nao 24 889 25 833 49 86clrurgla mlclal Nao dlsponlvel 3 2 5
Nao aplicavel 3 1 4
VII - Infec((ao da fenda operat6na Sim 3 100 3 540146
dentro de 30 dlas da C1furgla Nao 26 100 27 900 53 946Nao dlsponfvel 3 2 5Nao aphcavel 4 1 5
VIII - Deficit neurol6glco nao Sim 1 32 1 170525
presente antes da clrurgla (durante Nao 28 100 30 968 58 983o mesmo mternamento) Nao aphcavel 5 2 7
IX - Ressec((ao de 6rgao Sim 5 185 3 125 8 1570422
Nao 22 815 21 875 43 843Nao apllcavel 6 9 15
X - Uso de oplolde p6s-operat6no Nao 20 100 25 100 45 100Nao dlsponivel 12 8 20Nao apllcavel 1 1
XI - Oblto durante 0 mesmo Sim 6 182 3 91 9 1360238
mternamento Nao 27 818 30 909 57 864
(i) Informaryao nao encontrada nas fontes pesqUisadas
(2J Quando 0 mdlcador nao se aphcava ao procedlmento Ex Para 0 Indlcador II nao havla dlsponlblhdade da tecnologla no
hosprtal
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
18
a paclente com deficit neurol6gico (inillcador VIII) teve parada cardiaca na
mdu~ao anestesla e ficou em coma por urn periodo lnmtado de tempo
A lista de diagn6sncos discordantes entre 0 pre e p6s-operat6no esta
apresentada na TABELA 5
TABELA 5 - RELAyAo DE OISCOROANCIA ENTRE OS OIAGNOSTICOS PRE E POS-OPERATORIOAVALlAOOS - INOICAOOR I
OIAGNOSTICO PRE-OPERA TORIOHepatoblastomaHldrocelefTorcao de testfculoHistiocrtoseIntussuscepcltaol1nfomaLmfomaNeuroblastomaObstrultao mtestlnalTuberculoseTumor de tlreOideTumor de WilmsTumor de WilmsTumor muco-epldermolde de parotid a
N1111122211111
OIAGNOSTICO POS-OPERA TORIOTumor de WilmsTumor de celulas germmatlvas - testfculoNeuroblastomaLlnfoma abdommalTumor de celulas germlnatlvas - ovanoNeuroblastomaTumor de WilmsLmfoma abdommalLmfoma de MedlastmoLmfoma de tlreoldeNeuroblastomaTumor rabdolde do nmRabdomlossarcoma de parotlda
as procedimentos e diagn6sticos de pacientes onde 0 primeiro procelthmento
nao obteve material adequado para illagn6stico esmo listados na TABELA 6
TABELA 6 - PROCEOIMENTOS ON DE NAo FORAM OBTIOOS MATERIAL AOEQUAOO PARAOIAGNOSTICO -INOICAOOR III
PROCEOIMENTOS I OIAGNOSTICOBlopsla por agulha fina NeuroblastomaBlopsla por agulha fina Tumor de WilmsBlopsla superficial NeuroblastomaExploraltao cmJrglca sem blopsla(1) Tumor de celulas germmatlvasLaparotomla LmfomaLaparotomla Tumor de WilmsParacentese LmfomaToracocentese Lmfoma(1)Massa testicular mterpretada chnlcamente como torltao de testfculo reallZadoclrurgla para correltao da torltao
as problemas conslderados como falha de estadiamento e seus respecnvos
diagn6sticos esrno relaclOnados na TABELA 7
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
19
TABELA 7 - PROBLEMAS IDENTIFICADOS CONSIDERADOS COMO FALHA DE ESTADIAMENTO-INDICADOR IV
DIAGNOSTICONeuroblastomaTumor de WilmsTumor de Celulas Gerrmnabvas
Ovano
TesticuloLmfomas abdomina IS
PROBLEMA IDENTIFICADOFalta de blopsla hepatica e de Imfonodos retroperrtonealsFalta de blopsla de Iinfonodos retropentoneals
Falta de colherta de IfqUldo ascltlco omentectomla e blopsla depentonloFalta de heml-escrotectomlaFatta de blopsla de figado com nodulos presentes na ultra-sonografiapre-operatona fatta de mventano da cavldade abdominal
Os 6rgaos envolvidos por tumor e ressecados sao apresentados na TABELA
8
TABELA 8 - ORGAos ENVOLVIDOS POR TUMOR E RESSECADOS -INDICADOR IX
DIAGNaSTICO I aRGAo RESSECADO I NLlnfoma nao-Hodgkln Ressecltao intestinal 6Tumor de Wilms Ressecltao segmento de figado 1Lmfoma nae-Hodgkln Ressecltao lobo tlreolde 1
Os pacientes que foram a 6bito durante 0 mesmo intemamento da cirurgia 0
procedimento cirirrgico realizado neste intemamento e sua evoluyao sao mostrados na
TABELA 9
TABELA 9 - PACIENTES QUE FORAM A OBITO DURANTE 0 MESMO INTERNAMENTO DA CIRURGIA-INDICADOR XI
DIAGNOSTICO I PROCEDIMENTOHepatoblastoma Blopsla de figadoHepatoblastoma Tnsegmentectomla Hepatica
LlnfomaLmfoma
LmfomaLlnfomaNeuroblastoma EC IV(2)Tumor Rabd61deTumor Wilms(1) PO = Pos operatono(2)EC = Estadlo Clinlco IV
LaparotomlaLaparotomla + blopsla
ParacenteseParacenteseBlopsla por agulhaUreterostomla + blopslaNefrectomla
EVOLUltAoablto - progressao da doenltaablto - Po(1) dla 1 - hemorragla e fafencla demultlplos orgaosabito - progressao da doenltaOblto - hemorragla devldo a plaquetopenlaaparentemente nao relaclonado a clrurglaabito - progressao da doenltaablto - Insuficlencla renalablto - progressao da doenltaObito - progressao da doenltaOblto - PO Imedlato - parada resplratona
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
20
5 DISCUSSAO
Em 1997 durante a fase fmal do fellowshIp em cirurgia pediatrica no SJCRH
o autor envolveu-se com 0 projeto de telemedIcma Tendo partIcipado do
planejamento 0 autor fm autonzado pelo lOP a unlizar a avaliayao do brayo cirUrgico
durante 0 periodo de implantayao do programa como dissertayao de mestrado
A oncologia pediMnca apresentou progressos significanvos na variedade
especificidade magmtude e complexidade da avaliayao e tratamento da crianya com
dincer49 alem de tornar-se obrigatoriamente mulndIsclplinar 50 0 volume e
principalmente 0 ritmo das publicayoes de novas informayoes atinge dimensoes que
dificultam a atualizayao de todos na eqUlpe de tratamento oncologIco 0 pessoal da
eqUlpe nao especialista geralmente nao dispoe de tempo e recursos suficientes para
acompanhar as novidades em diagnostico e tratamento que saD apresentados nos
congressos medicos da especialidade Alem dIsso algumas informayoes nao estao
disponiveis de forma sumarizada em publicayoes de facil acesso A falta de
atual1zayao ou treinamento especializado pode resultar em tratamento sub-otimo dos 51paclentes
Com a finalidade de transferir conhecimento especiallZado para profissionais
com dificil acesso a informayoes atualizadas52 e com IS so melhorar 0 resultado de
tratamento de crianyas com cancer 0 SJCRH lIllciou 0 programa de telemedicina em
oncologia pediatrica em outubro de 1998 Apos 0 planejamento as dificuldades
comeyaram a aparecer com a importayao dos eqUlpamentos que nao eram disponiveis
no BrasIl Enfrentou-se uma greve dos alfandegarios e uma burocracia responsavel
pela demora em meses na liberayao do equipamento Apos a dificll liberayao dos
eqUlpamentos houve a dIficuldade de instalayao e funclOnamento das linhas Rede
DIgital de Sistemas Integrados - RDSl Uma vez que naquela epoca ja se cogitava a
pnvatizayao das companhias telefOnicas estas nao estavam investindo em tecnologIa
nova devido a fase de translyao A companhia telefOmca de Pernambuco Ja dispunha
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
bull
21
de lrnhas RDSI mas com alcance apenas estadual Para conex6es interestaduais e
mtemaClOmns havia necessldade de conexao atraves da Embratel A Embratel no
entanto nao dispunha de lrnhas RDSl especmcamente A solu9ao do problema fOl a
uhliza9ao de uma linha dIgital similar dlsponivel pela Embratel denominada data
fone 64 Somente apos a configura9ao adequada das lrnhas RDSl com a data fone 64
e treinamento do pessoal do SJCRH e do IMIP e que foi possivel as primeiras
conex6es Ainda assim 0 IMIP so tinha capacidade de fazer e nao de receber
chamadas 0 problema tecnologico amda nao foi completamente resolvido uma vez
que dificuldades de conexao por congestionamento ou outros problemas nao sac
mfrequentes Contudo a partIr de outubro de 1998 foi possivel imciar 0 programa de
telemedicina provavelmente 0 primeiro do Brasil e 0 Unico com dois anos de
funcionamento ininterrupto As reuni6es vem ocorrendo com a frequencia de 1 a 3
vezes por semana em dois formatos basicos segunda opiniao (IMIP~SJCRH) e
palestras (SJCRH-j-IMIP) Reuni6es administrativas e informais bem como palestras
proferidas pelo lMIP tambem ocorrem Muito embora 0 programa tenha iniciado
focando 0 oncologista clinico 0 plano e expandir 0 programa de forma a abranger
todas as especialidades envolVldas no tratamento da crian9a com cancer incluindo
cirurgia pediatnca radiologia patologia farmacologia nutn9ao enfermagem e
posslvelmente rad1oterapla Os resultados prelrminares da analIse do programa de
oncologla clinica mostraram efetividade de 75 na mudan9a de diagnostico eou
tratamento dos casos d1scutrdos por videoconferencia como apresentado pelo Dr
Razzouk no 310 encontro da SlOP em Montreal 1999 53 Ainda e mUlto cedo para
avahar resultado de tratamento
Nao eXlstem indlcadores de quahdade globalmente aceltos em oncologia No
360 congresso da AmerIcan Soclety of Clinlcal Oncology - ASCO (Nova Orleans
MalO de 2000) 0 Dr Joseph S BAILES presldente da ASCO proferiu palestra
durante 0 SimpoSIO Presldenclal sobre avalia9ao de qualidade no tratamento do
dincer54 Ele apresentou projeto de 1lliClativa naclOnal (americana) sobre qualidade de
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
22
tratamento em cancer 0 estudo prop6e equipe muln-mstitucional e mulndisclplinar
para 0 estudo e determina9ao de indicadores de qualidade no cancer amplamente
aceitos e aplicavels Este projeto esta em fase IDlClal e resultados ainda nao estao
disponivels
Na ausencla de mdlcadores padr6es foram escolhidos arbltrariamente
mdicadores cinlrgicos do lCAHO (indicadores nfuneros 1 II III Vl VlI VlII e XI)
completando com indicadores (nfuneros IV V IX e X) sugeridos por especiahsta
reconhecido na area Dr Bhaskar N Rao (SlCRH ) ex-presldente da IPSO9 Estes
indicadores saD considerados de Classe III da classifica9ao da Canadzan PreventIve-5ServIces Task Force
Os indicadores do lCAHO foram desenvolvidos para serem coletados
sistemancamente com a [mahdade de momtorar a estabilidade de processos
existentes identificar oportunidades de melhoria identificar mudan9as que levarao a
melhorias e manter as melhorias56
o indicador I Diagn6sticos pre e p6s operat6rio saD os mesmos apresenta
valor de p marginal 0 aumento de discordancia diagn6stica pre e p6s-operat6ria no
periodo p6s telemedicina (379 versus 161) pode representar uma maior
prevalencia de tumores intra-abdominais nao linfomatosos no periodo p6s
telemedicina cujo diagn6stico diferenclal e urn pouco mats complicado Mas isso e
especulanvo baseado nos resultados encontrados A percentagem de dlscordancia
global fOl de 267 0 que esta em conformidade com dados da literatura Diagn6stico
mcorreto de tumor de Wilms e descnto em ate 10 dos casos quando baseado apenas
em imagem57 No estudo de linfomas do grupo BrItIsh French MUnich - BFM 59177
(33) paclentes com tumores abdominais apresentaram-se como emergencia
Cmlrgica sem dtagn6stico pre-operat6rio 58 Esta mesma dificuldade de diagn6snco
pre-operat6ria e confirmada por outros autores596061Estes resultados mdlcam que 0
erro de dtagn6snco pre-operat6rio nao significa tratamento inadequado MUlto embora
nao se tenha 0 diagn6snco pre-operat6rio climcamente estes pacientes apresentavam
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
23
necessldade de cirurgia 0 dIagnosnco e feito no mtra-operatorio e 0 procedunento
adequado e frequenternente reahzado Em todos os casos onde houve dlscordancla
entre os diagnosticos pre e pos-operatonos a cirurgia f01 necessana para confirmar 0
dIagnostico Urn paciente com dlagnosnco clinico 1ll1cial de tor9ao de testiculo tmha
na descn9ao da primerra crrurgia 0 testiculo torcldo e aumentado de volume
compativel com 0 que se esperaria de uma tor9ao de testiculo Provou-se mais tarde
que este paciente era portador de tumor de celulas germmativas 0 indIcador I foi
interessante em mostrar a experiencla em diagnostico diferencial do IMIP e em urn
caso identificou uma apresenta9ao atiplca que levou ao nao diagnostico micial de
tumor com possivels conseqliencias terapeuticas Desta forma ele parece ser uma boa
tnagern das anVldades do cirurgiao
Na analise do indicador III Falha em obter 0 matenal para dIagnostico
histologico verificamos que ele avaha dois aspectos distintos do processo
diagnostico a capacidade do cirurgiao em colher 0 rnatenal adequado e a do
patologista em preparar e mterpretar adequadamente 0 material colhido Sem uma
avalla9ao especifica da performance do patologIsta e dificil identificar qual dos dois
aspectos foi 0 responsavel pelo resultado indesejado rnedido pelo indicador Em 7
procedimentos 0 material nao foi adequado para 0 diagnosnco Nas biopsias
mCiSlOnaIS cuidado intra-operatorio deve ser tornado para nao amostrar areas de
necrose Exame de congela9ao (um fragmento do tumor e congelado com nitrogenio
liqmdo cortado com microtomo corado e avaliado ao microscoplO pelo patologista)
durante a cirurgia rararnente e diagnostico em pedIatna mas po de identificar se 0
matenal contem celulas viaveis para diagnostico62 Entretanto a biopsla por congela9ao
nao estava disponivel no IMIP durante 0 periodo de estudo COST A et al reafirmam
que diagnosnco de sarcoma e sempre dificIl63 Fazer dIagnosnco por citologIa eou por
biopsia de agulha necessita de patologista bem treinado mas nem sempre 0 material eborn para dlagnosnco independente da habilidade do patologIsta636465 0 mdicador III
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
24
parece ser urn born mdicador para monitorar 0 processo de dlagn6snco mas ele nao e
especifico para avaliayao da anvidade do cirurgiao
Devido a necessidade de trabalho multidisciplinar na oncologia pediatnca 0
indlcador IV Falha em obter matenaVinformayao para estadiamento fm avaliado
tendo em vista os protocolos de tratamento e estadiamento utilizados pela eqUlpe de
oncologia climca do IMIP 0 indicador IV foi 0 mais especifico para a atividade do
crrurgiao Ele avahou se 0 cirurgiao coletou 0 material ou informayao necessana para
o completo estadiamento do paciente em confofffildade com os protocolos vigentes na
instituiyao Aqui foi detectado urn problema importante de falta de conformidade que
deve ser cuidadosamente avaliado para permitir progressos no tratamento do paciente
oncol6gico pediatrico Especula-se que 0 motivo da nao adesao aos protocolos
insntucionais por parte dos cirurgi6es fm principalmente porque os protocol os eram
novos e nao haVlam sido discutidos em detalhes com os cirurgi6es
o indicador V Transfusao no per ou p6s operat6rio tern a [malidade de
monitorar a utilizayao de transfusao de produtos sanguineos mais especificamente a
papa de hemacias durante e ap6s a crrurgia A utilizayao de produtos derivados de
sangue nao esta lsenta de complicay6es por isso a indicayao deve ser ponderada66
Observou-se diminuiQao de transfus6es no periodo p6s telemerncma de significancla
estatisnca marginal enquanto 0 nfunero de cirurgias de grande porte nao diminuiu
Este achado pode estar relacionado ao preparo pre-operat6no com transfus6es
reallZadas pela oncologia clinica possivel efelto da telemerncma no gropo clinico mas
lSto e especulativo 0 inrncador V e urn born inrncador de monitoramento de
transfus6es mas nao e especifico da atividade da cirurgIa podendo tambem refletir
anvidades da oncologla climca e anesteslOlogia
o mrncador VI Necessidade de nova crrurgia dentro de 14 rnas relacionada
a cirurgIa 1illClal esta mtImamente relacionado com 0 indicador III Todos os
paclentes que nao se obteve material adequado para diagn6snco histol6gico foram
submendos a urn segundo procedimento Neste trabalho 0 indicador VI mostrou
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
25
apenas 0 reflexo das mformayoes ja vistas com 0 mdicador III mas ele pode monitorar
complicayoes cmlrgicas como sangramentos fistula deiscencia hernias etc que
necessitarao de novo procedimento para correyao do problema Estas complicayoes
nao foram observadas nos periodos de estudo na amostragem analisada mas este
mdicador parece ter boa especificidade para monitorar allvidades do crrurgiao
a indicador VII Infecyao a ferida operat6ria dentro de 30 dias da cirurgia
monitora 0 indice de infecyao ciriirgIca Rouve apenas 3 infecyoes no periodo p6s
telemedicina significando 54 de toda amostra avaliada E dificil comparar este
resultado com valores de outros hospitals porque fatores mtrinsecos de riscos de cada
paciente nao foram considerados67 Mas 0 indicador e urna ferramenta li11l por
momtorar alterayoes do indice de infecyao dentro de uma me sma institulyao Assrm
como 0 mdicador VI 0 indicador VII mOltora complicayoes p6s operat6nas mas e
diferente do primeiro porque detecta infecyoes p6s-operat6rias que nao necessltam de
re-intervenyao cirUrgica A responsabilidade de evitar infecyao ciriirgica nao e atributo
apenas do cirurgiao mas tambem envolve 0 anestesista auxiliares enfermeiros centro
de matenais etc 0 indicador VII nao e especifico de atividade do cirurgiao mas
representa urn born momtor da atIvidade da equipe cirUrgica
a mmcador VIII Deficit neurol6gico nao presente antes da cirurgIa (durante
o mesmo mtemaInento) tambem e urn monitor de comphcayoes ciriirgicas Rouve urn
paciente com parada cardiaca durante a induyao anesteslca que ficou temporanamente
em coma mas que malS tarde recuperou totalmente sem sequelas aparente Esta
tambem e urna forma de momtorar as atividades da equipe ciriirgica podendo
corresponder as atividades do anestesista e do crrurgiao
A Ressecyao de 6rgao (inmcador IX) foi sugerida pelo Dr Bhaskar RAO
com finalidade de momtorar urn dos pnncipios da cirurgia pediatrica oncol6gica que e
o de evitar cirurgIa ramcal desnecessana 39 Como regra basica durante a coleta de
informayoes fOl conslderado que em Imfomas nao e necessario ressecyao6869 Porero a
mdlcayao de ressecyao de tumores localizados principalmente quando causam
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
26
obstru9aO perfura9aO ou mtussuscep9ao esta bem defirnda70 Seis paclentes com
lmfoma abdommal apresentaram clinica de obstru9ao intestinal ou intussuscep9ao
sendo necessana a ressec9ao do tumor para comgir 0 tranSItO mtestinal Em urn
paclente com tumor de WIlms de grande tamanho 0 cirurgiao considerou que 0 tumor
estava mvadindo 0 figado e 0 segmento hepatico envolvido foi ressecado com 0 tumor
Neste caso a quimioterapia pre-operatoria podena ter evitado a cirurgta mais ampla
mas 0 paciente nao apresentou nenhuma complica9ao no pos-operatorio Urn outro
paciente com linfoma de tireoide foi submetido a herm-tireOldectonna Linfoma
primano de tireoide e urn tumor raro que ocorre tipicamente em mulher idosa 0
illagnosnco as vezes pode ser feito par biopsia por agulha fina ou biopsia por agulha
core mas ocaslOnalmente a cirurgia e realizada porque 0 diagnostico nao pode ser
defInido pela tecmca de biopsia por agulha71 0 mdicador IX e muito especifico para a
atividade do cirurgiao contudo ha necessidade de analise cuidadosa dos dados para
identificar os casos onde a ressec9ao esta inillcada
No indicador X foi avaliado Uso de opioide pos-operatorio Os
antiinflamatorios nao hormonais (aspirina diclofenaco indometacina etc) sao contra-
indicados em pacientes com cancer devido ao seu efeito inibitorio na fun9ao das
plaquetas72 Para controle de dor em crrurgia de grande porte como laparotomias e
toracotonnas normalmente e considerado 0 usa de opioides como padrao nos Estados
Unidos72 Os cirurgioes do IMIP nao usam opioide no controle pos-operatorio da dor
mas usam illpirona Diprrona nao esta disponivel para usa nos Estados Unidos
teoncamente devido ao seu nsco de causar agranulocitose mas isto tern sido
questionado por varios autores 7374 0 usa de dipirona no tratamento da dor no cancer
tern apresentado analgesIa cornparaveis a da morfina e com menos efeitos colaterais 75
o usa de diprrona no controle da dor pos-operatona parece estar adequado
o millcador XI ObitO durante 0 mesmo intemamento momtora os casos de
ObitO deVldo a ClfUfgta Houve 9 casos de obitos durante 0 mesmo intemamento da
cirurgia Sete ObitOSforam devido a progressao da doen9a nao tendo rela9ao direta
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
bull
27
com a crrurgla e dOts foram no p6s-operat6no lmediato devido a complIcayoes
cmlrgicasanesteslcas Urn deles ocorreu no periodo pre e 0 outro no periodo p6s
telemedicma Observa-se dimmUlyaO a metade do nfunero de 6bltOS no periodo p6s
te1emedicina porem sem slgnifidincla estatisnca Pode-se especular que 0 gropo de
paclentes p6s te1emedlcma foi beneficlado pelo acessoramento a distancla Em estudo
prelimmar da performance do gropo de oncologia clinico foi observada mudanya de
conduta chnicadiagn6stico em 75 dos casos 53 Este tambem e importante monitor
das anvidades da eqUlpe cIrirrgica e infra-estrutura hospitalar mas necesslta de
avahayao cUldadosa para a filtragem de casos de 6bito devido a progressao de doenya
Com os indicadores e amostra utilizados nao foi possivel detectar diferenya
slgmficanva entre 0 periodo pre e 0 p6s telemedicina Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que as reunioes possivelmente nao abordavam os aspectos
prancos avaliados pelos mdicadores As reunioes de telemedicma foram desenhadas
para dtscutir aspectos clinicos do paciente oncol6gico onde se discutiam apresentayao
c1inica estadiamento e os detalhes do tratamento qmmioterapico (dosagem ripo de
drogas efeitos colaterals etc) e suas complicayoes Este formato e pouco atrativo para
os crrurgtoes pois nao discute ou 0 faz raramente aspectos Cmlrgtcos tais como
rndlCayaO de cirurgla ressecabilidade e acesso cirirrgico Este po de ter sldo 0 principal
fator pela parncipayao esporadica dos crrurgioes nas Vldeoconferencias Da mesma
forma nas reunioes climcas locals onde os pacientes eram rediscutidos posslvelmente
nao havia detalhes pniticos da cirurgta para serem discutidos com os cirurgioes
Portanto 0 formato de reunioes que estava sendo utiltzado pela telemedicina nao
cativou 0 interesse continuado e conseqilentemente nao causou imp acto na pratica dos
crrurgioes Por outro lado a avaliayao prelimmar da fase 1lllcial de implantayao do
programa de telemedicma na equipe de oncologta c1imca demonstrou mudanya
slgnificativa na pninca c1inica mudando 75 da conduta dtagn6snca eou terapeunca
como expos 0 Dr Bassen RAZZ aUK na sua apresentayao oral no 31deg encontro da
Sociedade IntemaclOnal de Oncologia Pediatrica - SlOP em Montreal Canada
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
bull
28
(Setembro-1999)53 AS cirurgI5es podem tambem ter aprendldo aspectos climcos do
paclente oncologIco mas IStOnao fm foco de avahacaodeste estudo
A avahacaodos mmcadores utIlizados sugere que eles representam uma boa
amostragem da pnltica c1imca local as indicadores IV VI e IX sao especificos para
anvidade do cirurgIao enquanto os demais representam a anV1dade multidisclplinar da
equipe cJrirrgicaenvolvendo a equipe clinica (I e V) patologlsta (III) anesteslOlogIstas
(V VIII e XI) e os demals componentes da equipe do centro cirirrgico (VII e VIII) a
indicador II seria tambem especifico para avaliar 0 cirurgiao pOlS representaria a
habihdade de indicar e completar uma cirurgia endoscopica Este indicador podeni ser
usado no futuro quando houver disporubilidade de eqmpamento para este tipo de
cirurgia A utihzacaodestes inmcadores na continmdade do programa de telemedicina
pode contribuir na identificacao de pontos de melhona e na manutencao das melhonas
obtidas
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
r
29
6 CONCLUSOES
As conclusoes sao
1) com os mdIcadores e amostragem utilizada nao f01 possivel detectar
rmpacto slgnificativo na pnitica climca dos cITUIgIOeSdo IMIP no
periodo p6s telemedicma em compara9ao com 0 periodo pre
telemedicina
2) 0 monitoramento de processos climcos atraves dos mdicadores revelou a
necessidade de definu detalhes de protocolos de tratamento com a
partlclpa9ao da cirurgia pediatrica partlcularmente no estadiamento
Cmlrgico dos tumores s6lidos
3) os indicadores foram viaveis e utels na avalia9ao de processos clinicos
para 0 programa de telemedicma justificando seu uso na continuidade do
programa
61 PERSPECTIVAS FUTURAS
A telemedicma tern grande potencIal para transmissao de conhecimento
especlalizado e causar impacto na pnitica medica Estudos futuros deverao
desenvolver urn programa focado as necessidades da eqUlpe cirUrgica para
potenclalmente causar real imp acto na pnitica clinica dos cirurgioes do IMIP
o modelo baslco de telemedlcma empregado para oncologIa pedlatrica pode
ser expandldo para outras especialidades
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
(
1)
t(
bullJ
30
REFERENCIAS
1 BALL 1 R et al Evolution and current applIcations of telemedicine In FIELDM J Telemedicine a gUIde to assessing telecommunicatIOns ill health careWashIngton DC National Academy Press 1996 p 34-54
2 SATAVA R M VIrtual realIty telesurgery and the new world order of medicineJ Image Guid Surg Washington DC v 1 n 1 p 12-16 1995
3 BLONDE L SPENA R OSHEROFF 1 A American College of PhysIcians(ACP) medical informatics and telemedicine J Med Syst New York NY v 19 n2 p 131-137 1995
4 BROWN N A The telemedicine information exchange an onlme resourceComput BioI Med Oxford EN v 28 n 5 p 509-5181998
5 BALL K et al Video conferencing in surgery an evolving tool for educatIOn andpreceptorships Telemed J Larchmont NY v 1 n 4 p 297-301 1995
6 GUL Y A WAN A c DARZI A Undergraduate surgical teachIng utIlizmgtelemedicine Med Educ Oxford EN v 33 n 8 p 596-599 1999
7 LEE B R et al A novel method of surgical instruction internationaltelementoring World J Urol Berlin v 16 n 6 p 367-370 1998
8 BURDICK A E MAHMUD K JENKINS D P TelemedIcine caring forpatients across boundanes Ostomy Wound Manage Wayne PA v 42 n 9 p 26-4361996
9 PHILLIPS C M et al Dermatology teleconsultations to Central Pnsonexperience at East Carolina University Telemed J Larchmont NY v 2 n 2 p139-143 1996
10 CLAYMAN R V Telesurgical mentoring initial clinical experience J UrolBaltimore MD v 160 P 632-633 1998
11 TANGALOS E G MCGEE R BIGBEE A W Use of the new media formedIcal education J Telemed Telecare London EN v 3 n 1 p 40-47 1997
12 PRESTON J BROWN F W HARTLEY B Usmg telemedicine to rmprovehealth care in distant areas Hosp Community Psychiatry Houston TX v 43 n 1p 25-32 1992
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
rIr
31
13 GOLDBERG M A et al Making global telemedicine practical and affordabledemonstratIons from the Middle East AJR Am J Roentgenol Reston VA v 163n 6p 1495-15001994
14 GOTT M TelematIcs for health the role oftelehealth and telememcme m homeand communities Monograph London EN 1995
15 WRIGHT D ANDROUCHKO L Telemedicine and developmg countrIes JTelemed Telecare London EN v 2 n 2 p 63-70 1996
16 BARRETT 1 E BRECHT R M Histoncal context oftelemedicine InVIEGAS S F DUNN K Telemedicine practIcmg in the information agePhiladelplua PA Lippincott-Raven 1998 p 9-15
17 ZUNDEL K M Telemedicine history applications and impact on librarianshipBull Med Libr Assoc Chicago IL v 84 n 1 p 71-791996
18 GERSHON-COHEN 1 COOLEY A G Telediagnosis Radiology New YorkNY v 55 P 582-587 1950
19 BASHSHUR R LOVETT 1 Assessment oftelemedicme results of the initIalexperience Aviat Space Environ Med Alexandria VA v 48 n 1 p 65-70 1977
20 BENSCHOTER R A CCTV-Pioneering Nebraska Medical Center EducationalBroadcasting Omaha p 1-3 1971
21 MURPHY R L Jr BIRD K T Telediagnosls a new communIty healthresource observations on the feasibility of telediagnosis based on 1000 patienttransactIons Am J Public Health Washington DC v 64 n 2 p 113-119 1974
22 CONRATH D W et al A chmcal evaluation of four alternative telemedicmesystems Behav Sci New York NY v 22 n 1 p 12-21 1977
23 PESQUISA com a palavra telemedlcme Disponivel emltwwwncblnlmnihgovlPubMedgt Acesso em 2782000
24 Report of the AMA Council on Memcal Service to the AMA House of DelegatesWMJ Wiscons1ll v 97 n 1 p 33-36 1998
25 DEMAR TINES N et al Assessment of telemedicme in surgIcal educatIon andpatient care Ann Surg Pluladelphia PA v 231 n 2 p 282-291 2000
26 DEMARTINES N et al Prehmmary assessment of the value and effect of expertconsultatIon in telemedicine J Am Coli Surg New York NY v 190 n 4 p 466-4702000
27 DEMARTINES N et al Knowledge and acceptance oftelemedicine in surgery asurvey J Telemed Telecare London EN v 6 n 3 p 125-1312000
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
(
)
1-
rtI
32
28 FIELD M J Telemedicine a guide to assessing telecommurucations m healthcare Washmgton DC National AcademIc Press 1996
29 JACKSONVILLE TELEMEDICINE NETWORK Technical ReportJacksonvIlle 1976
30 ALLAERT F A et al Evaluation of a telepathology system behveen Boston(USA) and Dijon (France) glass slides versus telediagnostic TV-monitor ProcAnnu Symp Comput Appl Med Care New York NY p 596-600 1995
31 BAlGENT M F et a1 Telepsychiatry tele yes but what about the psycluatryJ Telemed Telecare London EN v 3 Suppl 1 p 3-5 1997
32 BUNSCHOTEN B Telemedicme gettmg down to busmess Health DataManag New York NY v 4 n 7 p 40-42 1996
33 CLARKSON M D A technical evaluation of multiple ISDN-2lines for on-linetelerachology Technical Report New York NY 1995
34 DAKINS D R Evaluation studies show telemedicines impact on outcomesTelemed Telehealth Netw San FrancIsco CA v 3 n 2 p 8 11 1997
35 ROBIE D K et al Early experience usmg telemedicine for neonatal surgicalconsultations J Pediatr Surg PhiladelphIa PA v 33 n 7 p 1172-1176 1998
36 ROLLERT M K et al Telemedicine consultations in oral and maxillofacialsurgery J Oral Maxillofac Surg PhiladelphIa PA v 57 n 2 p 136-138 1999
37 MERRELL R ROSSER 1 Integration of quality programs by telemedicine insurgIcal servIces Stud Health Technol Inform New York NY v 64 p 108-1141999
38 CHERIFF A D et al Telesurgtcal consultation J Urol Baltimore MD v 156n 4 p 1391-1393 1996
39 RAO B N et a1 The surgeon and the child with cancer A report of theInternational Society ofPechatnc Surgtcal Oncology (IPSO) Med Pediatr OncolNew York NY v 34 n 6 p 424-428 2000
40 FISHER L D VAN BELLE G Nonparametnc distribution - free andpermutation models robust procedures In FISHER L D VAN BELLE GBiostatistics a methodology for the health sciences New York Wiley Interscience1993 p 304-344
41 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosgnuicos 3 ed Curitiba EdItora da UFPR 2000
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
rl1~
i1
42 PIZZOLATO L 1 at al Normas para apresenta~ao de documentoscientificos redayao e editorayao 3 ed Curitiba Emtora da UFP~ 2000
43 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosteses dlssertayoes monografias e trabalhos acadeIDlcos 3 ed CuritIba Editora daUFP~ 2000
44 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificoscitayoes e notas de rodape 3 ed Curitiba Editora da UFPR 2000
45 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificosreferencias 3 ed Curitiba Edltora da UFP~ 2000
46 SANTOS M R A Normas para apresenta~ao de documentos cientificostabelas 3 ed Cuntiba Emtora da UFP~ 2000
47 ASSOCIAltAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6023Informayao e documentayao referenclas - elaborayao Rio de Janeiro 2000
48 ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10520Apresentayao de citayoes em documentos Rio de JaneIro 1992
49 WOLFE L C A model system integration of services for cancer treatmentCancer New York NY v 72 n 11 Suppl p 3525-3530 1993
50 EVANS A E Janeway lecture pediatric cancer treatment a model for oncologyAJR Am J Roentgenol Reston VA v 127 n 6 p 891-8951976
51 MALIN J L et al Evaluating the quality of cancer care development of cancerquality mdicators for a global quality assessment tool Cancer New York NY v 88n 3p 701-7072000
52 GRILLI R et al Do specialIsts do it better The impact of speCIalIzation on theprocesses and outcomes of care for cancer patients Ann Oncol Dordrecth NE v 9n 4p 365-3741998
53 RAZZOUK B et al An International Telememcine Program in PediatncHematology-Oncology Med Pediatr Oncol New York NY v 33 n 3 p 1751999
54 BAILES J E Assessing quality of cancer care challenges and opportunitiesDisponivel em ltwww conference-cast comascovm2000ssn521 yresldential_ synposium _assessinghtmgt Acesso em 9122000
55 The penomc health exarnmation Canadian Task Force on the Penodic HealthExamination Can Med Assoc J Montreal v 121 n 9 p 1193-12541979
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
Jf
3-l
56 1996 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals Oakbrook TerraceJomt CommissIOn 1995
57 GREEN D M et a1 WIlms Tumor In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelplua LippinCOtt-Raven 1997 p 733-759
58 KULLENDORFF C M ARNBJORNSSON E WIEBE 1 Abdommalmanifestations of non-Hodgkins lymphomas Eur J Pediatr Surg Stutgard~ GE v1 n 1 p 21-23 1991
59 ALONSO CALDERON 1 L et al Non-Hodgkins lymphoma as a cause ofmtestinal obstruction in school-age children Cir Pediatr Barcelona ES v 3 n 1p 30-34 1990
60 BROPHY c CAROW C E Primary small bowel malignant tumorsunrecognized until emergent laparotomy Am Surg Atlanta GA v 55 n 7 p 408-412 1989
61 MIRON I et a1 Initial management of advanced Burkitt lymphoma m children ISthere still a place for surgery Pediatr Hematol Oncol Bristol PA v 14 n 6 p555-561 1997
62 STEUBER C P tTpoundSBITM E Jr Clmical assessment and differentialdiagnosis of the child With suspected cancer In PIZZO P A POPLACK D GPrinciples and Practice of Pediatric Oncology 3 ed Philadelphia Lippincott-Raven 1997 p 129-139
63 COST A M J et al Fme-needle aspiration cytology of sarcoma retrospectivereVIew of diagnostIc utility and specificity Diagn Cytopathol New York NY v15 n 1 p 23-32 1996
64 MANGO L 1 Reducmg false negatives m clinical practIce the role of neuralnetwork technology Am J Obstet Gynecol St Louis MO v 175 n 4 Pt 2 P1114-1119 1996
65 BENNERT K W ABDUL-KARIM F W Fme needle asprratIOn cytology vsneedle core bIOPSYof soft tissue tumors a companson Acta Cytol St Lows MO v38 n 3p 381-3841994
66 PractIce GUldelines for blood component therapy a report by the AmencanSociety of Anesthesiologists Task Force on Blood Component TherapyAnesthesiology Philadelphia PA v 84 n 3 p 732-747 1996
67 ARCHIBALD L K GAYNES R P Hospital-acqurred infections m the UmtedStates the importance of interhospital compansons Infect Dis Clin North AmPhiladelplua PA v 11 n 2 p 245-255 1997
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
J
It
f1
35
68 SHAD A M I Malignant non-Hodgkm lymphoma in children In PIZZO P APOPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3 edPhiladelphIa Llppmcott - Raven 1997 p 545-587
69 SHAD A MAGRATH I Non-Hodgkms lymphoma Pediatr Clin North AmPhiladelphIa PA v 44 n 4 p 863-890 1997
70 LAQUAGLIA M P et al The role of surgery in abdorrunal non-Hodgkinslymphoma expenence from the Childrens Cancer Study Group J Pediatr SurgNew York NY v 27 n 2 p 230-235 1992
71 LEIGHT G S Jr Nodular gOIter and benign and malignant neoplasms of thethyroid In SABISTON D C 1 LYERLY H K Sabiston Textbook of Surgerythe bIOlogical basis of modern surgical practice 15 ed Philadelphia WB Saunders1997 p 626-637
72 COLLINS J 1 BERDE C B Management of cancer pain m children InPIZZO P A POPLACK D G Principles and Practice of Pediatric Oncology 3ed PhyladelphIa LIppmcott-Raven 1997 p 1183-1199
73 ANDRADE S E MARTINEZ c WALKER A M Comparative safetyevaluatIOn of non-narcotIc analgesics J Clin Epidemiol New York NY v 51 n12 p 1357-1365 1998
74 Risks of agranulocytosis and aplastIc anemIa A fIrst report of their relation to druguse with special reference to analgesics The International Agranulocytosis andAplastic Anemia Study JAMA ChIcago IL v 256 n 13 p 1749-1757 1986
75 RODRIGUEZ M et at Efficacy and tolerance of oral dlpyrone versus oralmorphine for cancer pam Eur J Cancer Malaga SP v 30A n 5 p 584-5871994
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
r I
I
14
1
ANEXO- FORMULARIO DE COLETA DE DADOS
36
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------
FORMULRIO DE Ibns o DE CASOS CIRURGICOS
Reg= ------
-dImssao _
D Prunano
Data da ClUfgla _
Da[a cto _
Data -Ita
Trpo de Clrurgl3 DBx -bena o -gulh3 fma o -Core OTOracoscopl3
DToracQtonua D ExClsiOampll3da 10C31 DbdommaJ
[PUIIO (cspeclficarlULJerai
Clrurglao neste513 D Local
o St Jude fOl consultado antes da Cuurgl3 OSlIn Dfu oEspmhal ~ J- ~~oj
0- r 0=
CJlnuuOoo - -- -- - cZ Z z~ 7-lt
[)( pre e pes operatonos sao os mesmos ) 0 0 0 02 Holl e necessldade de COl1 ersio para clrurgla abena caso endoscop1aD 0 0 03 FaIha em ohler matenal adequado para dIagnostlco hlstol6glco 0 0 0 04 falha em obter malerlaL infonna~o adequada para estldianlento 0 0 0 05 Transfusao (Papa Hem plasma plaq mtra Oll pOs-Qperat6no) 0 0 0 06 oa ClrnTgla em 14 dIas relaclOnada a pnmelra clrurgla) 0 0 0 07 Intecltao da fenda ltgtperat6na denlIo de ~udlas da clrurgla 0 0 0 08 DeliCtI neurolOglco owor nao prescnte anles da Clrunga 0 0 0 0(110 mesmo mlemamento)
9 Ressec~io de 6rgaos adJacemes) 0 0 0 0I0 Ll1hz~ao de opl61de p6s operalOflo) 0 0 0 01 J Obno na meSlTl3 adnussao 0 0 0 0CcmnnlS
ReVISOr Data re 1sio _---------------