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Irã impõe a lei marcial com tiros na multidão - Coleção Digital

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sábado, 9 de setembro de 1978 Ano LXXXVIII — N.° 154

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A 60 km/h, a ventania arrancou armações dos cartazes do Drive-In, na Lagoa,e interditou durante 10 minutos a Ponte Rio—Niterói. Os ventos, em São Paulo,derrubaram telhas e fios elétricos, e em M. Grosso, um menino morreu (Pág. 5)

Governo advertelíderes sindicaiscontra caravana/

O Ministro do Trabalho, Arnaldo Prie-to, admitiu que o Governo poderá divulgar,ainda hoje, nota de advertência aos lide-res sindicais que pretendem se reunir se-gunda-feira em Brasília, para ir ao Con-gresso em caravana criticar pontos do pro-jeto de reformas políticas do PresidenteGeisel.

Depois de uma reunião de quase duashoras, no Palácio do Planalto, com ochefe do Gabinete Civil da Presidência,Golbery do Couto e Silva, o Ministro doTrabalho, Arnaldo Prieto, afirmou que"este é um momento em que se espera amáxima colaboração de todos, para que oGoverno possa levar adiante o seu proces-so de normalização política." (Página 3)

Forças argentinassimulam guerra nafronteira chilena

Com bombardeios aéreos simulados,blackout e mobilização para posições de

defesa incluindo civis e efetivos do Exér-cito, Marinha, Força Aérea e polícia, aArgentina realizou ontem manobras nasprovíncias sulinas de Rio Negro, Chubut,Neuquen, Santa Cruz e Terra do Fogo, bemcomo em áreas da cordilheira dos Andes,na fronteira com o .Chile.'

Porta-vozes militares disseram que osexercícios visam a esclarecer a populaçãosobre o conflito fronteiriço e aperfeiçoar oadestramento das brigadas para o cumpri-mento de "qualquer missão de combate emqualquer terreno". As manobras se reali-zam poucos dias antes do reinicio das reu-niões da comissão chileno-argentina quedebate os problemas fronteiriços no canalde Beagle, ria Zona Austral. (Página 14)

Videla fechafronteira tambéma transportador

O Governo argentino, qüe há uma se-mana impede a passagem pelo seu tem-tório de 30 caminhões brasileiros exporta-dos para o Chile, fechou sua fronteiraontem também aos caminhões de frete, 80dos quais estão parados em Uruguaiana.A justificativa, nesse último caso, é quecaducou no último dia 31 um acordo bila-teral sobre transporte de carga.

Também do lado argentino estão reti-dos caminhões de frete, que pelo mesmomotivo são impedidos de entrar no Brasil.O Embaixador argentino Oscar Camilión— que ontem, em Brasília, só tinha infor-mações sobre cinco caminhões retidos emUruguaiana — afirmou que o Governo deseu país está "ultimando providênciaspara a solução do problema". (Página 17)

Euler afirma quea Justiça existeapenas para elite

O candidato do MDB à Presidência,General Euler Bentes Monteiro, disse, eraJoão Pessoa, que "a Justiça não está organi-zada, nem preparada para resolver os pro-blemas do dia-a-dia, os problemas de cadaum. Fica o sentimento de que existe paraconsumo de uma elite reduzida e não paraa massa, como mero subproduto de umaordem social fundamentalmente desigual".

No encontro com oposicionistas da Pa-raiba, sugeriu a "gratuidade absoluta paraingresso em juízo de qualquer ato relacio-nado com o seu andamento, cabendo ao con-denado pagar as custas; o custeio de todosos atos de Justiça por recursos orçamenta-rios; a multiplicação dos canais de acessoà prestação judicial; e uma ampla descen-tralização territorial da Justiça". (Página 4)

Economia do Riocresce 6% no l.°semestre de 78

A economia do Estado do Rio cresceu6% no primeiro semestre deste ano, segun-do estimativa preliminar da FIDERJ (Fun-dação Instituto de Desenvolvimento do Es-tado do Rio de Janeiro), anunciada pelo Se-cretário de Planejamento, Ronaldo CostaCouto, para quem o índice reflete "a ten-dência verificada cm todo p_períqdo da fu-"são,

de crescimento bastante superior à mé-dia brasileira".

Nos seis primeiros meses do ano, o con-sumo industrial de energia elétrica crês-ceu 11,8% e o de cimento, 8,4%; as vendascomerciais cresceram 5,4% em termos reaise a área licenciada para construção, 4,6%.Ainda de acordo com os dados preliminaresdivulgados pelo Secretário de Planejamen-to, a arrecadação de ICM no Estado do Riocresceu 7,3% reais no período. (Página 19)

Arena não forçaa extinção dovoto de legenda

O presidente nacional da Arena, Fran-celino Pereira, descartou ontem a possibili-dade da extinção do voto na legenda por ini-ciativa direta de seu Partido. Esclareceu que"nenhuma medida deve ser adotada, no quetange à legislação eleitoral, em detrimentodeste ou daquele Partido. As decisões devemser adotadas de comum acordo, se conveni-ência houver, pelas lideranças arenistas eemedebistas".

Reconheceu o presidente da Arena quea mudança do sistema de votação, defendi-da por arenistas de São Paulo, esbarrarianos propósitos do Presidente Ernesto Gei-sei, que anunciou em 1' de dezembro, noDiscurso do Alvorada, que não pretendiamudar nenhuma das regras estabelecidasno pacote de abril de 1977. (Página 3)

Irã impõe a lei marcialcom tiros na multidão

Veículos blindados e tanquesdo Exército iraniano abriram fogo,ontem, em Teerã contra milharesde pessoas que participavam demanifestações hostis ao XainxáMohammed Reza Pahlavi, desa-fiando a lei marcial imposta horasantes na Capital e em outras 11 ci-dades. A rádio de Teerã informouque 57 pessoas morreram, mas se-gundo fontes dos hospitais, citadaspela UPI, o total de mortos é supe-rior a 250.

No início, os manifestantes,quase todos jovens, tentaram con-fraternizar com os soldados qucdesde cedo ocupavam Teerã, e re-correram à ação pacífica de sen-tar no chão. Quando passaram agritar "morte ao Xainxá", os sol-dados abriram fogo; os manifes-tantes responderam com coquetéis-molotov e logo os combates sc-estenderam por vários bairros.

Israel e EUAoferecem novasopções de pas

O jornal Herald American revelou queo Primeiro-Ministro Menahem Begin apre-sentou, em Camp David, novas idéias paraa autodeterminação palestina, reduzindoa presença do Exército israelense na Cis-Jordânia e em Gaza "a uma meia-dúzia debases militares", O diário egipeio Al Ahraminformou que os Estados Unidos tambémformularam novas opções de paz.

A conferência prosseguiu ontem comreuniões separadas entre o PresidenteJimmy Carter e os líderes israelense eegipeio. Enquanto isso, organizações ára-bes exigiam, diante dos jornalistas, emThurmont, "o fim da ocupação israelense"e o "direito de os palestinos serem repre-sentados, numa ampla negociação, pelaliderança que escolheram". (Página 15)

Os choques mais violentosocorreram na Praça Jaleh, perto doParlamento. Os três maiores hos-pitais de Teerã estão repletos de fe-ridos e várias casas transforma-ram-se em clínicas improvisadas,atendendo pessoas que se recusama procurar os hospitais com medode serem presas. Durante os confli-tos, os manifestantes saquearamdois bancos e incendiaram lojas co-merciais.

O Governo designou o Coman-dante do Exército, General GholamAli Oveissi, para administrar a leimarcial, que vigorará por seis me-ses, tirando virtualmente o Poderdas mãos do Premier Jaafar Sha-rif-Emami, nomeado há 15 diasnum esforço para se chegar a umacordo com a Oposição liderada porextremistas muçulmanos. (Pág. 15)

Hidrelétricasvão reunir ostrês Chanceleres

Será nas próximas semanas, em Bra-silia, a reunião dos Chanceleres do Bra-sil, Argentina e Paraguai que definirá aquestão do aproveitamento hidrelétrico dorio Paraná. Negociações em Brasilia evo-luem favoravelmente a um acordo próxi-mo, pois os argentinos parecem admitir acota de Corpus preconizada pelo Brasil, 105metros.

Embora a cota não esteja completa-mente definida, nas reuniões recentes emBrasília o lado brasileiro expôs os dadostécnicos e politicos, argumentando que oGoverno brasileiro não aceitaria mais queosl05m. Este número, aliás, vinha sendoapontado como o "número do consenso" hámeses, desde as negociações tripartitesrealizadas em Assunção. (Página 17)

O submarino Tonelero entrou pela 1." ves nu Baía de Guanabara,ontem, com o recorde de permanência em imersão na Marinha Brasi-leira, obtido entre Tenerife e Recife, de 20 dias 1 h e 54m (Pág. 8)

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2 - POLÍTICA e governoJORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno

(-Coluna do Castello-^Avaliação otimistano setor econômicoBrasília — Identificando como de curto

•prazo as principais dificuldades econômico-financeiras do país, o Governo, por porta-vo-ses do setor, considera que a médio prazo es-tarão alcançados os objetivos globais ãa po-litica definida pelo Presidente Geisel medi-ante os seus dois planos ãe desenvolvimentoe seus programas setoriais. O Governo Geiselchega à sua etapa final convencido de queenfrentou com o êxito possível as dificulda-des com que teve ãe se defrontar desde o ini-cio, algumas originárias ão setor externo,outras ão setor interno.

O resultado menos favorável seria repre-sentado pelo índice ãe inflação. Esse índice,segundo o Ministro Reis Velloso, ultrapassouas expectativas não por erro ou insuficiên-cia da gestão financeira, mas pela inciãên-cia, no período, de fatores climatéricos con-jugados. A eles atribui parte substancial doíndice de inflação que não deverá ultrapas-sar os 39%. Sem as enchentes, as secas e asgeadas certamente o Ministro Simonsen te-ria concluíâo seu trabalho no Ministério daFazenda com uma inflação inferior a 32%,resultaâo que seria excelente. Como não seacredita na repetição ãos desastres climáti-cos, é de prever-se no próximo ano um com-portamento mais suave das pressões inflado-nárias, possibilitando à futura administra-ção obter resultados bem melhores.

Insiste o Ministro áo Planejamento emque a âíviáa externa, apesar áo seu volume,não causa preocupações além ãas normais,não só pelas reservas, que a reáuzem, comodivida líquiâa, a apenas 30 bilhões de dóla-res, como pela possibilidade de o país atendera serviços áe um enáiviãamento escalonadoem período confortável. Os negociaáores es-trangeiras que procuram investir no Brasilnão manifestam preocupação a respeito, tan-to que o fluxo áe oferta áe capitais ãe invés-timento, como efeito provável áa melhoriaáa economia mundial e áa maior áisponibi-lidade de recursos, voltou quase que ao nívelde 1973. O Brasil voltou também a selecionarcom mais rigor as propostas de investimento,orientanáo-as para os setores ãe bens áe ca-pitai e áe insumos básicos.

A respeito áesses itens o Ministro Vello-so consiáera que o pais cobriu aproximada-mente as metas que se traçara no setor. Apaticipação áa ináústria áe bens áe capitalnas obras e granâes montagens internas écrescente, tenâo tiáo o setor ampla expan-são. Em aço, alcançamos, antes áo previsto,a auto-suficiência, a ponto áe podermos re-estudar projetos anteriores adequanào-os àconjuntura áo mercaáo. Cita ele outros itensáe insumos básicos nos quais o Governo co-bríu áe80% a 85% das suas metas, havenáolançado as bases para plena efetivação dosprogramas num prazo relativamente curto.Um grande êxito que seria alcançado, emfunção da política atual, situa-se no setorpetrolífero, independentemente de futurasdescobertas ou áo êxito eventual das empre-sas que trabalham sob regime de contratosde risco. Em outras fontes que não a áo pia-nejamento, óbtivemos a estimativa áe que,com a concentração de recursos na provínciapetrolífera ãe Campos, em 1984, mesmo le-vando-se em conta o crescimento do consu-mo, o Brasil estará proáuzináo 40% do óleoconsumiáo. Isso eqüivaleria a uma proáuçãoglobal superior a 500 miUiões áe barris porano.Os-programas, energéticos estão JigetQrO-

samente em dia, mantida a auto-suficiência edesdobrando-se o cronograma áe incorpora-ção áa energia nuclear. A proáução ãe ener-gia hiárelétrica terá novo crescimento noNorte com a construção ãa usina áe Tu-curuí, que levará energia ao Maranhão me-diante linha áe transmissão contínua e alise integrará com o sistema áe Paulo Afonsoe áe Boa Esperança. O projeto áe Carajás,reduzido nas suas proporções iniciais, estásendo levado avante como um projeto brasi-leiro, implantando-se a estraáa de ferro paratransporte inicial áe 2 milhões áe tonelaãasáe minério, estanão praticamente prontos ostrabalhos áo porto áe Itaqui para escoamen-to áo produto. O plano energético global pre-vê no futuro uma interligação áe toda a re-de, ficando o pais praticamente com umarede única de abastecimento de energia.

Finalmente, o Governo tem assinaladoêxito no seu projeto áe expansão áa frontei-ra agrícola. As próximas safras já refletirãoisso e o projeto áe aproveitamento áo cerra-do dará um grande impulso ao esforço áoMinistério da Agricultura.

NAO HAVERÁ SUSPENSÃOAUTOMÁTICA DO MANDATO

O Senaáor José Sarney irá ao encontrodo Presiãente Geisel já cientificaáo pelo Se-naáor Petrônio Portella áe que o Chefe ãoGoverno concoráou pelo menos com áuasàassuas sugestões para melhorar o projeto áereformas. A mais importante áelas é a quepõe fim a suspensão automática áo exercíciodo mandato ãe parlamentar que, áenuneia-áo pelo Procuraâor-Geral, tiver essa denún-cia aceita pelo Supremo Tribunal. Segundoa fórmula Sarney, o Procuraâor, áenuncian-do o parlamentar, poderá peáir ou não a sus-pensão áo exercício do mandato. No caso depedi-la, caberá ao Supremo julgar áa opor-tunidade o« não dessa szispensão.

Outra inovação, essa menor, diz respeitoà eliminação áe referência a crimes capitula-dos na Lei áe Segurança Nacional. Depu-taáos e senaâores poderão ser denunciadospor crime contra a segurança, sem referên-cia específica àquela lei.

Carlos Caslello Branco

Bonifácio teme novo enfartee baixa hospital depois desofrer crise de hepatite

Belo Horizonte — Como medida preventivacontra qualquer possibilidade de sofrer novo enfar-te o líder do Governo na Câmara dos Deputados,José Bonifácio, depois de ser vítima na última quin-ta-feira de uma descompensação diabética, seguidade crise circulatória, provocada por forte gripe,continua internado no apartamento 355 do Hospi-tal Vera Cruz, onde não pode receber visitas.

O líder do Governo, com 74 anos, está sendoassistido por uma junta médica constituída pelosSrs Castinaldo Bastos, José Santos Henrique e Rai-mundo Melo. Ele recebeu ontem telefonemas doPresidente Ernesto Geisel e do Ministro GolberyCouto e Silva, desej ando-lhe pronto restabelecimen-to,, e a visita do Governador eleito do Estado, Depu-tado Francelino Pereira.

Stlvedor

PREVENÇÃO

Por decisão dos médicosque 'o assistiram, e por exi-gência da familia, o Depu-tado José Bonifácio deveráficar internado no HospitalVera Cruz, de quatro a oitodios. Além da junta médicaque o assiste, ele foi exami-nado pelo médico da Cama-ra dos Deputados, Renault

BrasíliaelegeráSenadores

Brasília — O GeneralFigueiredo deu ontem o si-nal verde para a EmendaConstitucional proposta pe-lo Senador Catette Pinhel-ro (Arena-PA), criandorepresentação política doDistrito Federal no Con-grtesso, com a eleição detrês senadores. "O Generalme alegrou, dizendo nãofazer objeções ao meu pro-jeto''. Acrescentou que o vêcom simpatia".

O prazo de emendas àproposta do Senador, que émembro da Comissão doDistrito Federal, foi encer-rado ontem. "A posição doGeneral Figueiredo é im-portante pára a tramitaçãoda Emenda", segundo o SrCattete Pinheiro, porqueele "é o primeiro cândida-to à Presidência da Repú-blica, desde a criação deBrasília, a montar aqui oseu escritório eleitoral einstalar a sede do planeja-mento de seu Governo". AEmenda deverá ir a plena-rio dentro de 30 dias.

Matos Ribeiro, que esbteveontem em Belo Horizonte eJá regressou a Brasilia.

A mulher do DeputadoJosé Bonifácio, Dona Vera,informou que o período derepouso que. ele terá decumprir visa garantir seutotal restabelecimento, evi-tando quaisquer anormali-dades do aparelho circula-tório.

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Comissãovai aprovaremendas

Brasília — Duas emendasc o nstibucionais ampliandoos direitos de naturalizaçãoseirão' votadas na próximasemana em Comissão Mistatio Congresso Nacional, que•deverá aprová-las. A possi-bilidade de serem aprova-das pelo plenário do Con-gresso está, porém, condi-clonada ao declínio da atl-vidade parlamentar no pe-riodo eleitoral, apesar deterem o apoio dos dois Par-tidos.

Em uma das propostas —a ido Sr Diogo Nomura(Arena-SP) — a naturali-zação será concedida aosque nascidos no estrangei-ro residam no Brasil hámais de 20 anos e não ma-nifestem o animo de con-servar a nacionalidade deorigem. O Sr Nomura aclassifica de "a grande na-turalização", mas não fazuma previsão de quantosserão beneficiados com suaemenda.

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Movimento prepara documento conclusivo pedindo anistia ampla

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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

RADIO JORNAL DO BRASIL

Políciair

transferecomício

Salvador — O DiretórioRegional do MDB na Bahiarecebeu ontem à tarde co-municação da Secretaria deSegurança Pública do Esta-do, proibindo o comício pelaanistia, marcado para hojeàs 20 horas na Praça 2 deJulho — Campo Grande —sob a alegação de que osfestejos da Semana da Pá-tria vão prolongar-se até odia 12 e que hoje haveráuma manifestação justa-mente no local que o Parti-do pretendia utilizar.

Com a proibição de se fa-zer o comício no CampoGrande, o MDB aceitouuma sugestão da própriaSecretaria de SegurançaPública e realizará manifes-tação no Largo da Lapinha,no mesmo horário embora,segundo disse o secretário-geral do Partido na Bahia,Sr Dionizio Azevedo, "o êxi-to fica bem menos garanti-do, pois teremos que deslo-car todos os carros-propa-gtanda para aquela área ho-je ainda (ontem), o que nosdeixa com pouco tempo pa-ra tentar reunir um grandepúblico".ABERTURA DACAMPANHA

Além de ser uma formade prestigiar o MovimentoFeminino pela Anistia e oComitê Brasileiro pela Anis-tia, que encerram hoje emSalvador um encontro comrepresentantes das duas en-tidades de todo o Brasil, ocomício marcará a aberturada campanha do Partido naCapital.

A decisão de ser realiza-do, embora prejudicando.

..toda -uma— eampanffâ prõ-mocional começada já hávários dias, foi tomada, se-gundo o secretário do Parti,do tm função do MDB ha-ver firmado um compromis-so com as entidades em fa-vor da anistia, "o que noideixava na obrigação derealizar a manifestação atédentro da própria sede",completou.

Com a modificação, oMDB vai tentar sensibilizaros moradores do bairro daLiberdade — mais populosoda Capital e localizado pré-ximo à Lapinha — paraparticiparem do comícioque não terá a presença docandidato ao Senado, Rô-mulo Almeida, em viagempelo interior do Estado. Fa-lará o outro candidato,Newton Macedo Campos ecandidatos à Assembléia eà Câmara Federal.

A comunicação remetidapela Secretaria de Seguran-ça Pública sugeriu também,que a manifestação do Par-tido oposicionista fosse rea-lizada no Largo do Cruzeirode São Francisco, local ondetradicionalmente eram rea-lizados os grandes comíciosdo PTB. que tinha inclusiveuma sede naquele local.

PrefeitoprocessaVereador

Belo Horizonte — O Pre-feito de Barbacena, Sr Vi-cente Paulo de Araújo(Arena), afirmou ontem

que vai procesvsar por crimede calúnlia, conforme pro-meteu fem carta enviadaao JORNAL DO BRASIL, oPresidente da Câmara Mu-nicipal da cidade, VereadorAmarilio Andrade, e o liderdo MDB, Vereador Ubira-jara Bertoletti. que denun-ciaram possíveis irrtegularl-dades numa transaçãoimobiliária envolvendo oPrefeito, o Deputado esta-dual Bonifácio José Tammde Andrada e diversos se-cretários municipais.

Encontro de Salvadordiz não à propostade anistia limitada

Salvador — "Lutamos pela anistia ampla, gerale irrestrita e não se justifica, portanto, qualquerproposta de anistia parcial ou limitada que dis-crimine os que, na luta contra o regime vigente,participaram de movimentos armados, pois, todosforam punidos pela força de atos e leis ilegítimas".

Este é um trecho do documento conclusivo doencontro nacional de entidades que lutam pela anis-tia, discutido, ontem, para elaboração final pelasentidades participantes. O documento define prin-cipios consensuais das entidades e o posicionamen-to em relação às reformas políticas e às liberdadesdemocráticas.

ControvérsiaUm dos aspectos controvertidos do documento,

em relação ao qual não havia até às 17h, unani-midade, é o posicionamento da luta pela anistiaquanto aos acusados de torturas e assassinio depresos politicos. Houve, porém, o consenso de queanistia exige a "eliminação dos atos e leis de ex-ceção, o desmantelamento do aparelho repressivodo Estado e o estabelecimento das leis e mecanis-mos de livre participação e representação popular".

A anistia vincula-se, também, à liberdade de-mocrática conforme entendem as entidades queparticiparam do encontro. Portanto, "o sofrimentodos presos políticos foi também o sofrimento dostrabalhadores desde o arrocho salarial à interven-ção nos sindicatos; desde a expulsão de suas ter-ras, à repressão em favor do latifúndio; dos estu-dantes, desde a invasão das universidades à disso-lução de suas entidades".

— Por isso lutamos pela anistia imediatamen-te e afirmamos o direito de todos à inalienável li-berdade de associação e de reunião; liberdade depalavra, imprensa, de expressão teatral e artísticae de manifestação de pensamento. Defendemos a 11-vre organização dos trabalhadores em seus sindi-catos e em seus locais de trabalho; proclamamoscomo justo e legitimo o direito de greve.

ReformasSegundo o documento, faz parte da luta pelas

liberdades democráticas no Brasil, "a denúncia dasreformas constitucionais enviadas pelo Governo aoCongresso". Afirma que o projeto do PresidenteGeisel "tem a mesma base e objetivo: a negaçãoda soberania popular, a perpetuação do arbítrio go-vernamental, a manutenção da marginalização dagrande maioria da pojiulasão^__„£>_píojeto7~aefêscenta, não considera a anistia"ampla,

geral e irrestrita e, "por isso, mantém a di-visão criada pelo arbítrio e exceção entre os bra-sileiros. As reformas representam esforço diversio-nista em relação aos fundamentais problemas po-liticos e sociais do país".

Reunião pede voltaem massa de exilados

A volta em massa dos 5 mil exilados brasilei-ros deve coincidir, efetivamente, com a concessãoda anistia ampla, geral e irrestrita. Não há condi-ções do retorno em massa sem este pressuposto. Adecisão foi tomada, ontem, por representantes deentidade de 16 Estados, que realizam, em Salvador,o encontro nacional de entidades que lutam pelaanistia.

Foi deliberado realizar um levantamento porEstado da situação dos presos políticos, banidos,cassados, exilados e condenados. Somente o núcleodo MFA de Minas Gerais levou um levantamento,informando que o Estado soma 138 pessoas, entreexilados e familiares, atualmente fora do país.

DossiêA Sra Terezinha Zerbini, presidente do MFA,

informou que o número de exilados brasileirosé .de5 mil, segundo levantamento do presidente da Co-missão de Justiça e Paz da Arquidiocese de SãoPaulo, Sr Dalmo Dalari. Somando os familiares dosexilados "esse número duplica". Os presos politicossão "cerca de 200"; desaparecidos são 49 e 4 mil568 foram cassados com base na legislação de ex-ceção.

Em Minas o dossiê do núcleo do MFA. apontaque 26 mineiros foram banidos (dois estão mor-tos), 12 estãq com pena prescrita, 15 estão exila-dos sem responder processo, 19 estão no exteriorsem processo e 10 estão presos cumprindo pena.Dos 10 presos, seis têm pena variando entre cincoe 15 anos; dois com penas de 16 a 20 anos; e doiscumprindo mais de 20 anos de prisão.

Movimento debatepapel da imprensa

Durante 30 minutos, o encontro nacional deentidades que lutam pela anistia, deixou, ontem,as discussões sobre o tema para debater o papel daimprensa na luta pela democracia. O motivo foi onoticiário de imprensa sobre as divergências entreas entidades que se reúnem em Salvador, exata-mente, para sanar os conflitos e unir esforços emprol dos atingidos pelos atos de exceção.

A presidenta do Movimento Feminino pela Anis-tia, Sra Terezinha Zerbini, abriu esse debate di-zendo-se "lesada" pelo noticiário e, por isso, pro-pugnou a retirada dos jornalistas da sala de reu-nião. Sua posição foi reforçada pelo representan-te do núcleo do Comitê Brasileiro pela Anistia deSão Paulo, advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e,às vistas dos jornalistas, foi feita uma votação:"Ficam ou saem". Somente São Paulo votou pelasaida.

Advogadosquerem salvarsociôlqgo

São Paulo — Os advoga-idos Arnaldo Malheiros eFrancisco Almeida Pradoarguirão a inconstitu-cionalidade do dispositivoinvocado pelo ProcuradorJosé Brenha Ribeiro paraconsiderar inelegível epedir ao TRE a impug-nação da candidatura do SrFernando Henrique Cardosopela legenda do MDB.

A informação foi dadaontem pelo Sr Malheiros,explicando que a lei com-plementar que trata dasinelegibilidades não fixou oprazo em que os atingidospor atos revolucionáriosnão poderão candidatar-se.Esta lei, segundo o Sr Ma-lheiros, não fixa prazo, e oTRE paulista e os TribunaisSuperiores de Brasilia, aojulgarem casos semelhantesanteriormente, firmaram ajurisprudência de que assanções não podem vigorarpor prazo superior a 10anos.

O professor FernandoHenrique Cardoso foia p o s e ntado compulsória-mente pelo AI-5 em 1969, há

9 anos, portanto. O j Tri-bunais Superiores fixaramporém em 10 anos o prazode vigência da punição.

O advogado do Sr Fer-nando Henrique Cardosolembrou casos anteriores,dentre eles o do atual Pre-sidente da Câmara muni-cipal de São Paulo, Sr Ro-bento Cardoso Alves, quechegou a ter seu mandatode deputado cassado peloAI-5 em 1968 e jà em 1976,8 anos depois, pôde can-didatar-se a vereador. O SrMalheiros lembrou aindaque o sociólogo FernandoHenrique não chegou a so-frer uma punição tão séria— perda de mandato — eque nunca foi processadonem acusado de atentarcontra a segurança nacio-nal.

PetrônioorganizaColégio

Brasília — O Presldent*do Congresso, Senador Pe-trôniò Portela (Arena-PI)anunciou ontem que reuni-rá segunda-feira a mesa doSenado para tratar dasnormas de funcionamentodo Colégio Eleitoral que es-colherá a 15 de outubro o6ucessor do Presidente Er-nesto Geisel.

Quanto à supressão dovoto na legenda, observouque "não estamos patroci-nando esta iniciativa, atémesmo porque se o fizesse-mos iriam dizer que estaria-mos agindo por casuísmo".

— Não estou articulandonenhuma reforma ria legis-lação eleitoral — assegurouo Presidente do Congresso.

Presidentevisitará5 Estados

Brasília — O PresidenteErnesto Geisel fará, até ofinal deste mês, mais cincoviagens de caráter politico,e para isso escolheu os Es-tados nos quais a Arena es-teja necessitando de maiorapoio nas campanhas. Eleirá duas vezes a São Paulo,duas vezes ao Rio Grandedo Sul e uma ao Paraná.

A primeira viagem pro-gramada será nos dias 14e 15, ao Rio Grande do Sul,onde o Presidente da Repú-blica visitará o Municípiode Uruguaiana a fim departicipar de um almoçocom os politicos da regiãoe de uma concentração po-pular na principal praça dacidade. O Chefe do Governopernoitará em Porto Alegree, antes de retornar a Bra-silia, visitará o pólo petro-químico de Triunfo.

TRE faráuma novaconcorrência

O TRE deverá escolher,provavelmente na próximaquarta-feira, entre as em-presas Datamec e Serpro,quem vai processar emcomputador os votos daseleições de 15 de novembro,no Estado do Rio.

Na segunda-feira, às 13horas, será aberta a propôs-ta do Serpro, que ofereceuum preço global em tornode Cr$ 1 milhão 648 mil,bem mais barato que o daDatamec, de Cr$ 2 milhões700 mil. Logo em seguidao Presidente do TRE. De-sembargador Moacir Rebel-lo Horta, enviará as duaspropostas à comissão quecoordena as apurações par»um parecer.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno POLÍTICA e GOVERNO - 3

Arena não mudará voto na legenda sem o apoio do MDBBelo Horizonte — "Nenhuma medi-

da deve ser adotada, no que tange à le-gislação eleitoral, em detrimento deste oudaquele Partido. As decisões devem seradotadas de comum acordo, se conve-niência houver, pelas lideranças arenis-tas e emedebistas". A afirmação foi íei-ta ontem pelo Deputado Francelino Pe-reira, fixando a..poslção da Arena íefe-rente ao projeto de lei que extingue ovoto na legenda.

A aprovação deste projeto apenaspela maioria arenista, esbarraria nospropósitos do Presidente Geisel que, a1.° de dezembro, no Discurso do Alvora-da fez questão de afirmar "enfaticamen-te, nesta oportunidade, que nao se pre-tende mudar as regras já estabelecidaspara os prélios eleitorais de 1978, a nãoser relativas a aspectos secundários ouresultantes de acordos interpartidàrios".

Sem extinção

O Deputado Francelino Pereira ne-gou, peremptoriamente, todas as infor-mações a respeito de extinção dos Par-tidos. Considerou "totalmente inveridicastodas as informações segundo as quais oGoverno estaria cogitando da dissoluçãodos atuais Partidos".

— Interpretando, inclusive, o pen-samento do Governo e da direção are-nista, reitero que tais informações sãotodas destituídas de fundamento. Tudoo que se vem dizendo sobre o assunto nãopassa de especulação, de mero exerciciode imaginação, a que não se deve darcrédito. E, tais especulações devem ces-6ar de uma vez por todas. Poderão, istoSim, ser criados novos Partidos políticos,sobretudo a partir da reformulação dalegislação vigente, em decorrência dasreformas políticas que deverão ser vota-das ainda este mês pelo Congresso Na-cional. As reformas, abrandam as exigên-cias contidas na Constituição Federalvigente para a criação de novos Partidos.

Este, aliás, é assunto cíclico. Surge, devez em quando, para desaparecer logodepois.

LegendaSobre as propostas de extinção do

voto dado só aò Partido, explicou que aposição do seu Partido é a seguinte:

— A consideração de nulidade dovoto de legenda é apenas uma idéia emdiscussão, em conseqüência de projetode lei em tramitação no Congresso Na-cional. Outros problemas relativos aosPartidos e às eleições vêm sendo examina-dos pelos congressistas e dirigentes par-tidáríos, como a instituição do voto vo-luntá/rio e do sistema de distritos paraas eleições de deputados. Projetos destanatureza sempre foram e devem ser exa-minados, sobretudo nas proximidadesdas eleições, por ambos os Partidos, apro-vados ou rejeitados em clima de enten-dimento. São medidas em exame no Con-gresso Nacional, sem que haja definiçãopor parte dos órgãos de direção parti-daria. São assuntos que devem ser exa-minados em profundidade por ambos osPartidos e as cjecisões devem ser toma-das de comum acordo, pois que nenhumamedida deve ser adotada, no que tangea legislação eleitoral, em detrimentodeste ou daquele Partido. Há numerososoutros projetos em tramitação no Con-gresso, (relacionados com a lei partida-ria e o processo eleitoral. Todos devemser examinados, se conveniência houver,pelas lideranças arenistas e emedebistas.

O presidente da Arena, referindo-seàs possibilidades de o Senador MagalhãesPinto vir a se reintegrar na Arena, sen-do, inclusive, candidato a Deputado fe-deral por Minas, disse:

— Nossa posição é de expectativaem relação ao Senador Magalhães Pinto,que ainda não fez qualquer contato coma direção partidária, para sua eventualcandidatura à Câmara Federal.

Líder do MDB confia em Geisel"Não conhecesse eu a integridade

moral do Presidente Geisel e tudo esta-ria a indicar que o golpe prossegue nasua escalada ameaçadora" — afirmou on-tem o líder do MDB na Câmara Federal,Deputado Tancredo Neves, que conside-ia a tentativa da Arena em extinguir ovoto na legenda — "uma verdadeira ma-nobra, verdadeiramente deplorável sobtodos os aspectos, e uma inominável vio-lência contra a ordem constitucional".

Segundo o candidato ao Senado porMinas, "não se alteram as regras do jo-go na reta de chegada. Alterá-las, a me-nos de dois meses do pleito, é, na hipó-teses mais generosa, um jogo sujo".Acres-centou que a extinção das legendas, queestá sendo estudada pela Arena, "é umprocesso de esmagamento da Oposição".

Mística do PartidoDisse b parlamentar que o nosso re-

gime representativo é partidário e, nesseaspecto, o Partido é mais importante queo candidato. "Levamos anos criando amística do MDB e, quando ela atinge,pelas mensagens que irradia, a consci-

ência de nosso povo, o que se pensa f a-zer é pura e simplesmente eleminá-la",afirmou."O Governo já nos tirou a praçapública, já nos tirou o rádio e a tele vi-são, através da famigerada Lei Falcãoe agora, como se não fossem poucos osartifícios eleitorais gerados pelo pacotede abril, pretende até mesmo nos confis-car a própria sigla do Partido".

. O Deputado Tancredo Neves, que es-tá em campanha pelo interior de Minas,frisou, ainda, que chega mesmo a du-vidar que se esteja cogitando a sério de"perpetrar esse atentado contra a nos-sa estabilidade e segurança".

Ao ser indagado se a tentativa da ex-tinção do voto na legenda, os discursosna área militar e outros acontecimentosnão estariam a indicar uma tendênciacontinuísta, respondeu o líder oposicio-nista:"Não conhecesse eu a integridademoral do Presidente Ernesto Geisel etudo estaria a indicar que o golpe prós-segue em sua escalada ameaçadora. Seessa decisão vier a ser adotada, repre-sentará uma violência inominável à or-dem constitucional vigente".

Proposta renasceu na 3.a-feinaBrasilia — A idéia da supressão no

voto dado exclusivamente na legendapartidária, que parece contar com o apoiodos dirigentes e líderes arenistas, ga-nhou evidência em meados do ano pas-sado, depois caiu num aparente esque-"cimento, mas voltou a ser examinada nanoite de terça-feira, durante encontro doGeneral Figueiredo com a bancada fe-deral da Arena paulista. Para os parla-mentares de São Paulo, se houver a prol-bicão de o eleitor votar apenas no Par-tido, o MDB não deverá repetir o êxitode 1974.

Os Srs Petrònio Portella, FrancelinoPereira, Marco Maciel, Jarbas Passarl-nho e outros lideres da Maioria admiti-ram, nos últimos dias, que aquela pro-posta voltou a ser examinada. Na inti-jnidade, o Partido governista defende suaaprovação e acredita nela, ainda a tem-po de vigorar nas eleições parlamenta-res de 15 de novembro.

CríticasPara o secretário-geral do MDB,

Deputado Thales Ramalho, as noticiasda imprensa envolvendo mudanças nasregras eleitorais "em cima da hora"mostram, mais uma vez, que o Partidode Oposição continua sob ameaça de sercontido nas eleições deste ano.

Em agosto do ano passado, lembrouo dirigente emedebista, o problema foimuito discutido, informando-se, então,que a Arena estava estudando pelo me-nos três propostas de alterações nas re-gras do jogo. Uma delas, considerada amais drástica, envolvia o fim do sistemaproporcional.

A sugestão era para suprimir o votode legenda — não o voto na legenda —isto é, acabar com as "sobras" eleitoraisque beneficiam os candidatos menos vo-tados do Partido.

Se aprovada a idéia, não haveriamais os votos computados referentes aocoeficiente eleitoral. Havia o receio de oMDB lançar para a Câmara nomes derepercussão popular, capazes de puxar alegenda, como a Sra Márcia Kubistchek,em Minas.

O lider do Governo no Senado, SrEurico Rezende, o secretário-geral daArena, Sr Nelson Marchezan, foram dosprimeiros a se manifestarem contra aextinção do sistema proporcional e aidéia íoi deixada de lado.

MudançasA outra alternativa — que o MDB

não criticou — pretende inverter o cri-tério da Justiça Eleitoral, que atualtnen-

-te destina ao Partido — e não ao cândida-to _ o voto dado por equivoco a candi-dato de outra legenda.

g*la atual legislação, se o eleitor vo-tar no Sr Magalhães Pinto para Depu-tado federal, por exemplo, e escrever,erradamente, a sigla "MDB", o voto dei-xa de ser contado para o candidato da

Arena mineira, computando-se para oPartido de Oposição. Pretende-se mudara lei, a fim de que, isso ocorrendo, o vo-to será considerado ao candidato noml-nalmente indicado e não ao Partido quenão é o seu.

A última sugestão 6 a mesma que osarenistas de São Paulo defenderam outrodia no encontro com o General JoãoBaptista de Figueiredo:, proibir que oeleitor vote apenas na legenda partida-ria, deixando de fazer a escolha dos can-didatos nominalmente.

Os líderes da Arena entendem que oeleitor deve ser obrigado a votar no can-didato e não exclusivamente no Partido.

O Sr Thales Ramalho, contudo, ob-serva que a intenção da Arena é muitoclara: evitar que em 1978 ocorra o mes-mo de 1974, com o Partido oposicionistacrescendo substancialmente em váriosEstados, graças à campanha desenvolvi-da com insistência, pedindo ao eleitorque desse seu voto ao MDB.

Em São Paulo, principalmente, os SrsFranco Montoro e Orestes Quércia fize-ram o apelo diariamente, nas concentra-ções públicas, pelo rádio e televisão —não existia a Lei Falcão. "Vote no MDB,você sabe por que" — foi um dos slogansutilizados. A resposta eleitoral foi posi-tiva, lembra o secretário-geral do MDB,com o Partido aumentando sua repre-sentação federal em diversos Estados.

A Arena retruca, observando o SrNelson Marchezan, que o MDB, em ai-guns

' Estados da Região Centro-Sul,inchou, em detrimento, inclusive, daqualidade de representação. As criticasarenistas são dirigidas, principalmente,às bancadas de São Paulo, do Rio e do

. Paraná.O assunto parecia meio esquecido,

até que os arenistas de São Paulo, sob aalegação de que o Partido estava me-lhorando sua posição no Estado — achamque dos 55 deputados federais, poderãoeleger de 20 a 25, quando há 30 dias asprevisões diziam que o MDB faria de 35a 40 — voltaram a reivindicar a proibi-ção no voto só na legenla.

As reações dos lideres da Arena têmsido favoráveis à idéia, mesmo com ootimismo irradiado pelo Sr FrancelinoPereira, de que o seu Partido está muitobem e que o MDB não repetirá seu com-portamento de 1974.

O. dirigente emedebista, mesmo con-denando as novas "manobras governis-tas, insiste em afirmar que a 15 de no-vembro vai se realizar um verdadeiroplebiscito e não apenas eleições parla-mentares.

"Votará com o MDB" — frisou —"quem está contra os erros acumuladosnestes últimos 14 anos, exarcebados pelopacote de abril e pela continuada mar-ginalização do povo nas decisões politi-cas".

O secretário-geral do MDB mantémsuas previsões anteriores, afirmando quenão é impossível a Oposição eleger de 12a 15 senadores pelo voto direto e maisde 200 dos 420 novos deputados federais.

Relator da reforma sugerequatro mudanças à comissão

Brasilia — As quatro principais ai-terações que o relator das reformas poli-ticas vai submeter à comissão mista doCongresso, na próxima semana, são asseguintes: prazo máximo de 60 dias pa-ra as medidas de emergência; quandodenunciados por crime de segurança, osparlamentares não terão suspenso omandato automaticamente, mas median-te decisão específica do Supremo Tribu-nal Federal; a criação de novos Partidosnecessitará do apoio de 3% dos eleitoresde nove, e não mais de 11 Estados, e acomposição do Conselho Constitucionalnão será alterada por lei complementar.Além disso, o Presidente não poderá maisdecretar as medidas de emergênciaquando considerar haver apenas ameaçade perturbações.

As informações foram prestadas on-tem aos jornalistas pelo próprio relator,Senador José Sarney (Arena-MA), O ex-Governador do Maranhão já concluiu aredação do seu parecer ao projeto doGoverno e às emendas dos parlamenta-res, pretendendo segunda-feira examinara matéria com o Presidente Geisel. Disseele que as criticas estão sendo atendidase que outras alterações poderão ser acei-tas.

GraduaçãoJustificando a fixação de prazo para

a vigência das "medidas de emergência",não previsto no projeto, disse o vice-li-der arenista que a providência foi acer-tada "para evitar o uso do arbítrio peloChefe do Executivo, segundo criticas di-vulgadas".

O Sr José Sarney explicou que oprazo de 60 dias dias foi escolhido paramanter a graduação das salvaguardas,que são complementadas pelo estado deemergência- (90 dias) e estado de sítio(180 dias).

Ele considerou procedentes por outrolado, as criticas sobre o Art. 32 do pro-jeto, que trata da inviolabilidade dosmandatos parlamentares. A alteraçãoque vai sugerir estabelece que apenas emcasos graves — crimes contra a seguran-ça nacional — os parlamentares ficarãosujeitos à suspensão do mandato, me-diante decisão do Supremo Tribunal Fe-deral. Haverá, assim, um novo mecanis-mo para que seja determinada.

— Ao invés de sofrer suspgnsão domandato, no caso de processado por cri-me contra a segurança nacional, o par-lamentar dependerá de uma decisão doSupremo Tribunal para ter seu mandatosuspenso — explicou.

Além disso, pela mudança que Intro-duziu, a suspensão do mandato pode serconcedida ou negada pelo STF,.ao apre-criar representação nesse sentido doProcurador-Geral da República.

Sem ameaçasSobre a composição do "Conselho

Constitucional" — criado no projeto — o

Sr José Sarney revelou que não constarádo dispositivo a faculdade de o Presiden-te da República indicar outros membrosatravés de lei complementar. O órgão se-rá integrado, exclusivamente, frisou, pe-lo Presidente e Vice-Presidente da Repú-blica, Ministro da Justiça, Presidente doSenado, Presidente da Câmara e um re-presentante das Forças Armadas — co-mo prevê originariamente o projeto.

O relator das reformas revelou, ain-da, que suprimiu no seu parecer a com-petência de o Presidente da Repúblicadecretar "medidas de emergências" emcaso de "ameaças" de perturbação da or-dem pública ou da paz social. As medi-das, pela sua proposta, só poderão serdecretadas para preservar ou restabele-cer prontamente a ordem pública ou apaz social, atingidas por calamidade ougraves perturbações.

PartidosO relator não aceitou emenda do

Deputado Antônio Mariz (Arena-PB)relativa à criação de novos Partidos.Acha que o parlamentar que trocar dePartido não perderá seu mandato, casoa nova agremiação não consiga o quo-rum mínimo de adesões nos Estados. Oprojeto não prevê a perda do mandato enão vê necessidade de mudar o dispo-sitivo.

O Senador maranhense, contudo,achou melhor reduzir as exigências deapoio dos Estados, sugerindo 3% emapenas nove e não mais em 11 Estados.Se um Partido novo não chegar a fun-cionar, explicou, o destino de seus inte-grantes será fixado em lei. "Os que secandidatarem por um Partido que nãovenha a funcionar deverão ficar sujeitosaos riscos de sua decisão" — frisou.

Os Deputados Célio Borja e LuizBrás, ambos da Arena fluminense, inter-romperão sua participação na conferên-cia interparlamentar que se realiza èmBonn, na Alemanha Ocidental, a fim deintegrarem a comissão mista do Con-gresso que na próxima semana vai dis-cutir o projeto das reformas politicas.

O Sr Luiz Brás, segundo se informou,regressará segunda-feira ao Brasil, porconsiderar mais importante sua partici-pação nos trabalhos da comissão mistado que na reunião do plenário do Con-gresso para votar a matéria, prevista pa-ra o dia 18. Entende que na comissãomista será mais fácil conseguir a modi-ficação dos dispositivos "rígidos" da pro-posta do Governo, principalmente sobreo funcionamento de novos Partidos eexigências para decretar "medidas deemergência".

Prieto admite advertênciaa líderes sindicais quequerem criticar reformas

Brasília — O Governo pode divulgar hoje umanota de advertência aos líderes sindicais que pre-tendem reunir-se, segunda-feira, no Distrito Fede-ral para organizarem a caravana que levará ao Con-gresso suas críticas ao projeto oficial de reformaspolíticas, segundo deu a entender, ontem, o Minis-tro do Trabalho, Arnaldo Prieto."Este é um momento em que se espera a má-xima colaboração de todos para que o Governo pos-sa levar a cabo seu processo de normalização demo-crática", acrescentou o Sr Arnaldo Prieto, que es-teve reunido no Palácio do Planalto, por quase duashoras, com o Chefe do Gabinete Civil, General Gol-bery do Couto e Silva.ANALISE

No encontro de ontem, deacordo com o Coronel Ru-bem Ludwig, porta-voz daPresidência da República,os dois Ministros estudaramas medidas que o Governopoderá tomar diante domanifesto divulgado por li-deres sindicais reunidos, se-mana passada, no Sindicatoidos Rodoviários do Rio deJaneiro.

O documento feriu aatual legislação trabalhista,de acordo com parecer ofi-ciai, já que não se permi-tem reuniões entre sindica-tos de distintas categoriasprofission a i s, "principal-mente para tratar de temaspolíticos", observou o Coro-mel Ludwig.

Para o porta-voz do Pala-cio do Planalto, "a atuaçãopolitica nos sindicatos nãoserá tolerada, pois ela deveser feita dentro dos Parti-dos". O Coronel RubemLudwig revelou ainda queo Governo já dispõe de in-formações sobre a partici-pação "forçada" de algu-mas lideranças sindicais.

Segundo ele, alguns diri-gentes de entidades maisfortes pressionaram a par-ticipação de sindicatos de

menor expressão. Diantedisso, disse, "se houver pu-nições, elas serão graduais,de acordo com a maior oumenor participação ativano encontro".

O Ministro do Trabalho,de seu lado. reundu-se on-tem com o Secretário deRelações do Trabalho, Celi-to de Grandi, o DelegadoRegional do Trabalho deSão Paulo, Vinícius FerrazTorres, e o Consultor-Ju-ridico da Pasta, Marcelo PI-mentel para avaliar a si-tuação.

No final da tarde o SrArnaldo Prieto evitou avan-çar decisões, mas frisou queo Governo se "opõe, termi-nantemente, a qualquertentativa de reorganizaçãode Centrais Sindicais, bemcomo ao desenvolvimentode atividades políticas pelosSindicatos".

Com relação à anunciadareunião da próxima segun<-da-íeira, o Ministro do Tra-balho disse que a reação go-vernamental vai dependerde "como" será feita e "comque" recursos seus partici-pantes virão a Brasília. "Oque não impede o Governoe soltar uma nota de ad-vertência, antes desses fa-tos, caso julgue oportuno",advertiu.

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2} _ política e governo JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D 1? Caderno

General garanteJoão Pessoa — Mesmo res-

salvando que não costumafazer comentários so brequestões militares, o Gene-ral Euler Bentes Monteirorevelou, ontem, neste Capi-tal, "que o pais está absolu-tamente tranqüilo e em or-dem para que se tenhaqualquer temor de que pos-sa haver um golpe". Reafir-mou que sua /candidatura é"uma candidatura civil" enegou que já esteja ad-niitindo desistir de concor-rer a Presidência da Repú-blica.

O 'candidato do MDB aPresidência d a Repúblicaveio a João Pessoa partici-par de uma concentraçãopopular, ontem, a noite, noCentro. Ele desembarcou aomeio-dia no Aeroporto dosGuararapes, no Recife, via-jando de automóvel paraesta Capital. Na entrada daCapital, ele foi recebido poruma caravana de oposicio-nistas, e com eles percorreualgumas ruas da cidade. Emsua companhia, vieram oiSèhador Paulo Brossard,candidato a' Vice-Presidência, e o Sr NelsonSena, um dos organizadoresdò' PDR. A primeira ativi-dade do General Euler Ben-ets, em João Pessoa, foi umencontro com os jornalistas,na Assembléia Legislativa.

— Há comentários deque o Sr admite renunciarà candidatura à Presidênciada República caso fiquecomprovada a impossibili-dade de vencer no Colégio

- Eleitoral. O Sr confirma is-to?

—¦. Tenho a impressão de. que nem de mim,,nem dos

companheiros do MDB hou-ve sequer esta consideração.Isto é especulação queJogam-justamente na im-prensa, para ver se tumul-tuam a campanha que es-tamos iniciando. Não há ve-raridade.

Em caso de vitória, queprogramo, o Sr adotaria pa-ra salvar a Sudene?

Todos vocês sabem quea Sudene deve ser cada vezmais reforçada. A Sudene,que foi criada em muito

boâ hora, tem um corpo de, técnicos excepcional. O queacontece é que as políticasseguidas pelos Governosnão têm sido firmes nem

i; têm tido continuidade. Parao desenvolvimento do Nor-deste é necessário, além dese reforçar a capacidade deatuação da Sudene na coor-den ação de todos os órgãosda região, que o Governoinvista maciçamente n aárea... .

As punições a militaresestariam prejudicando acampanha do Sr?

Peço perdão, mas nãofaço comentários sobre as-suntos militares.

Quais as pressões quea candidatura do Sr estásofrendo?

A única vez foi há pou-cos dias: a série de co-locações que vinham sen-do feitas por elementos res-porisáveis. do Governo, in-clusive a Arena, o Partidoido Governo, estava toman-do um caráter de ameaçaá candidatura da Oposição.Isto não poderia ser de for-ma alguma admitido, vistoque estamos junto com oMDB percorrendo estri-tamente os caminhos legais,deles não temos nos afãs-tado, e mais que isto: temosfeito; por todo o país umapregação política, mas sem-

pre no-sentido pacifico; nosentido de que a nação samantenha solidária.

General, quem ganhar,leva?

Não tenho dúvida ne-nhuma. Não. pode haverdúvida sobre Isto.

—Assumo como os Sena-dores Teotônio Vilela eMagalhães Pinto, o Sr tam-bém pode ser consideradodissidente d a Revolução.Qual sua posição atual e oque levou o Sr a esta posi-ção?

Não vejo uma basemaior em sua pergunta.Arena e MDB são Partidosde pós-Revolução. Os doisexistem depois da Revolu-ção. Evidentemente reuni-ram politicos que estavama favor do Governo e reuni-ram políticos que estavamna Oposição ao Governo.Mas os dois são Partidos depós-Revolução. O problema,no meu caso, de vir partici-par de politica, é porque oregime de exceção prolon-gado tem levado a uma sé-rie de deformações e distor-ções, quer na ordem poli-tica, mas também na ordemeconômica e por consequên-cia as questões sociais estãocada vez mais se agravan-do. E' evidente que todo opoder concentrado em sen-tido político e, também, emsentido econômico, ele éconcentrado. Portanto, pre-go a abertura politica paraque tenhamos também aabertura econômica.

A essa altura o SenadorPaulo Brossard fez umaparte: "Pediria licença pa-ra lembrar que os compro-missos do movimento de 64eram declaradamente coma democracia. De modo quese existe algum dissidente,esse dissidente nao é oGeneral Euler Benlbes".

General Euler, o grupoque apoia o Senador Maga-Ihães Pinto votara-com o Srno dia 15 de outubro?

Sempre tenho dito queo Senador Magalhães Pinto,que tem andado por todoeste pais fazendo a sua pre-gação para a volta ao es-Cado de direito .democrático,está de coração conosco. Es-pero que ele também tragaseu apoio político na eleiçãode 15 de outubro.

Como o Sr Interpretaa idéia de se tentar extln-guir o voto na leganda?

Acho inadimissível.Apesar das estreitas regraspolíticas estabelecidas paraeleições de Presidente. Vicee eleições gerais em novem-bro — fruto de uma sériede restrições que 'existem esão do conhecimento detodos — acho inadimissívelque se pense ainda e mmodificar as regras exlsten-fies.

O Sr tem a fórmula paracombater a inflação?

— Nós precisamos com-preender que dentro doprojeto politico que o MDBestá apresentando, não é avontade de um executivoque impera. Se nós restabe-lecermos o regime democra-tico, o Congresso estará naplenitude de seus poderes,o Judiciário também estarácom poder autônomo. En-tão, existirão sugestões e oCongresso, que é a casa dopovo — debate, discute, sen-te todas as pressões detodos os segmentos da soei-edade — em função dissotudo delibera, decide etransforma em lei aquiloque é melhor para o pais.

Prefeito do MDBcritica Euler

São Paulo — . O Prefeitode Campinas, Sr FranciscoAmaral (MDB), enviou on-tem- ao presidente nacionaldo Partido, Deputado UlissesGuimarães, uma carta naqual, embora não faça men-ção diretamente, critica ocandidato da Oposição àPresidência' da República,General Euler Bentes Mon-teiro

Na opinião do Prefeitocampineiro, o General Eulerhão tèm feito politica par-tidária, esquecendo os ho-mens que lutaram no MDBna fase dificil do .Partido,quando a Oposição "lutavadurante anos em busca dosol, por entre trevas • deépocas anteriores". '"

SUGESTÕES

O Sr V Francisco Amarallembra a visita que o: Ge-neral Euler fez a Campinashá uma semana, e sugereque o candidato da Oposl-ção à, Presidência, nas visi-tas qüe fizer daqui por dl-ante às cidades em que oPrefeito pertencer ao MDB,visite,o chefe do Executivomunicipal e as Câmaras deVereadores.

O Prefeito de Campinas,lembra que é "emedebistada primeira hora, na fasedificil que angustiou o Par-tido e não dos momentos devitória que se vão delinean-do hoje para'ele, exatamen-te pelo 'sacrifício daquelesque o carregaram nas costasquando não havia, em suashostes, a corte adesista doinstante presente".

— Se o MDB, desde asvizinhanças do berço, so-freu até agora toda sorte depressões, se não caiu emmeio do caminho, se não serendeu na sua caminhadaem direção às liberdadespúblicas, foi' precisamenteporque os emedebistas de .saida. e não os da chegada,sofreram com ele, lutaramcom ele, em busca de solentre as trevas de épocasanteriores — enfatiza' o. SrFrancisco Amaral.

EULER-

O Sr Francisco Amaralrecorda ainda que o "cari-didato do Partido, o Gene-ral Bentes Monteiro, pre-cisa fazer também um pou-co de politica partidária àsombra da legenda pelaqual concorrerá à Presiden-cia da República".

Procurando deixar claroque não está se queixandopor não ter recebido estavisita oficial do General Eu-ler, em Campinas; o SrFrancisco Amaral pede quesuas ponderações sejamaceitas como contribuiçãoda parte de um correligio-nário "com experiência delongos anos disputando elei-.ções no meio do povo numPartido, como o nosso, que,se hoje parte para a vitória,ontem para o sacrifício".

Ex-Deputado federal, oPrefeito de Campinas foium dos primeiros oposicio-nista de projeção nacionala encampar a candidaturado General Euler.

tranqüilidade e afasta perigo de golpeCassado d pau\0 desmente

encontro divulgadopela Convergência

Emedebistas negam renúnciaRecife — Os Senadores Paulo Bros-

sard (MDB-RS) e Marcos Freire (MDB-PE) afastaram ontem a possibilidade deo General Euder Bentes Monteiro retl-rar, até o dia 15 de outubro, a cândida-tura à Presidência da República.

O parlamentar gaúcho ignora queexista esta tendência na Oposição, en-quanto o pernambucano disse desconhe-cer "por inteiro quaisquer comentários aesse respeito. Isso apenas denuncia a de-sinformação e até mesmo a contra-ln-formação que tem havido em torno donome do ex-superintendente da Sudene".

O Sr Marcos Freire disse que não co-loca a vitória do General Euler Bentesem dúvida: "No entanto, não podemosa mais de dois meses do pleito, fazer cál-culos de natureza matemática. E' eviden-te que quando partimos para essa can-didatura, sabíamos que na realidade aArena tinha maioria em termos numéri-cos".

No entanto, pelo significado po-litico da candidatura oposicionista, es-tamos convencidos de que a própria di-namica do processo o conduzirá à vitó-ria — explicou.

O Senador Marcos Freire, a exemplodo General Euler Bentes, admitiu que ca-so o Sr Magalhães Pinto tenha condi-ções de disputar a Presidência, tirarávotos do candidato oficial da Arena enão do MDB: "E Isto é até natural, poisa situação teve um candidato imposto,enquanto o nosso surgiu numa conven-ção partidária, e fruto de decisão de-uocrática".

Na Arena, ocorre o contrário. Adecisão não foi democrática e o nomedo General João Baptista de Figueiredofoi imposto de fora para dentro. Lá hárazões para revolta, o que não ocorre noMDB, porque a candidatura Euler Ben-tes nasceu da vontade da maioria —concluiu.

0 discurso do candidataNa residência do Deputado Valdir

Bezerra, em João Pessoa, o GeneralEuler Bentes Monteiro fez o seguintediscurso para os lideres emedebistasda Paraíba:

Não há democratização sem parti-cipação popular no processo de elabo-ração das decisões. Mas, não existeautônomo. E, sobretudo, organizadoração das decisões. Mas, não existetambém ordem jurídica sem poder ju-diciário respeitado, independente eautônomo. E, sobretudo, organizadode tal maneira que possa ser efetiva-mente utilizado pelo povo.

Sou de opinião que o funcionamentoeficaz das instituições da democraciaconstitui o único e definitivo escudoda sociedade para se defender do au-toritarismo e, ao mesmo tempo, pre-servar a sua capacidade de autodeter-minação. Eis por que a idéia mesmade regime democrático é indissociáveldo exame das estruturas de poder in-dispensáveis à organização e ao fun-cionamento do regime.

Nas democracias políticas os parti-dos organizam, segundo normaspreestabelecidas, a luta pelo poder,' sendo a alternância a temporariedadedo conteúdo das normas positivas quedisciplinam essa forma de concorrên-cia.

Os grupos sociais podem, legitima-mente, exprimir suas reivindicações emanifestar suas opiniões e interesses,criando organizações que existem coma finalidade exclusiva de servir deleito a esses conflitos e reivindicações.

Ò poder, nos regimes democráticos,é obrigatoriamente distribuído por di-versas organizações sociais. Essa pul-verização gera um mecanismo de con-trole entre as múltiplas estruturasconstituídas, o que, por si só, sugerecerta moderação aos grupos em pre-sença.

O pluralismo, próprio das socieda-,des abertas e múltiplas, importa emclara e substantiva divisão de compe-tência entre os poderes do Estado, a.oque se deve acrescentar, moderna-mente, por sua função cada vez maisrelevante, o papel exercido pelosórgãos intermediários de represen-tação da sociedade. Em todos os ní-veis. Em todas as organizações.

Todas essas múltiplas formas de po-der atomizado, obriga os grupos so-ciais, a negociações permanentes, abusca constante de compromissos quetorne viável a convivência pacífica emsociedade. Essas estruturas se confun-dem com a própria idéia de democra-cia, caracterizada como sendo o únicosistema político gue permite a coexls-tência normal e civilizada de corren-tes contrárias, de tendências e ideolo-gias conflitantes.

A ordem jurídica democrática é, as-sim, a que legitima o conflito e ahsor-ve os seus efeitos exatamente namedida em que Institucionaliza oscanais para saia fluência natural.

O Poder Judiciário, nos regimesdemocráticos, sustentado por um sis-tema legal legitimo, desempenha fun-ção da maior (relevância na defesa daordem jurídica democrática.

Nenhuma, organização social, nema mais complexa, numa sociedade ju-rldicamente organizada, pode pro-mover por seus próprios meios a reali-zaçáo da Justiça. Os conflitos entre osmembros da comunidade são resol-vidos mediante apelo expresso aoPoder Judiciário, segundo procedi-mentos formalmente descritos. A Jus-tiça age, sempre, por provocação dosInteressados. Nunca por sua iniciativa.Cabe-lhe a tarefa de adminisitrar osistema normativo de sanções e deci-dir os conflitos entre as pessoas.

Diante do sistema jurídico concreto,traduaido nas normas de direito post-tivo, que-disciplina o comportamentodos Agentes sociais, é que se move oPoder Judiciário. Por isso, e paira queo sistema jurídico exprima o interesseda totalidade da nação e não de umaparcela da coletividade, é da essênciada norma jurídica democrática queela seja elaborada por representanteslegitimamente escolhidos pela nação,contemplando toda a imensa gama deinteresses. Pela mesma razão, e paraque os eventuais abusos resultantesda apliação ou desrespeito do sistemalegal existente possam ser sistema-ticamente contidos ou corrigidos, éfundamental que o controle da legaLi-dade dos atos dos diversos agentessociais seja confiada à guarda de umPoder Judiciário independente e au-tònomo em relação ao Executivo e aoLegislativo.

A reforma do Poder Judiciário,como organização democrática básica,c o nstitui preocupação fundamentalpara os que estão comprometidoscom o processo de redemocratizaçãodo Brasil. Do ponto de visita Instituci-onal e operacional, sugerimos algumasmedidas que nos parecem merecedo-ras de meditação: (a) — restituiçãoao poder judiciário de sua indepen-dência e autonomia; (b) —restituiçãoaos membros do Poder Judiciário desuas prerrogativas e garantias funcio-nais; (c) — investir generosamentenos serviços dia Justiça, inclusive namelhoria de remuneração do pessoal,não poupando recursos para dotar amáquina jucidiária dos meios moder-nos que permitem o desempenho desua função; (d) — elevai-vencimentosda magistratura, com a contrapartidada dedicação integral, .como reoonhe-cimento pelo relevante papel socialque os juizes são chamados a desem-penhar na preservação da ordem le-gal; (e) — assegurar ao Poder Judiei-ário, sem a audiência do Poder Execu- .tivo, competência para propor aoPoder Legislativo, sua proposta of-çamentária; (f) — fixar o principiode que compete ao Poder Judiciárioorganizar o seu quadro de pessoal,respeitadas as determinações doPoder'Legislativo; (g) — assegurar aoPoder Judiciário a iniciativa de pro-por ao Legislativo a organização dacarreira da .magistratura.

Ao lado dos requisitos, de nature-aa Institucional, que subtraem a Jus-tiça ao controle do Poder Executivo,é imprescindível restaurar o seu pres-tigtio perante a sociedade. Pois, a crisemaior que de pode abater sobre a Jus- 'tiça é a descrença na sua eficácia, aconvicção generalizada de que o apa-reino judicial é lento e caro para osque precisam e buscam proteção. Essesevero julgamento social — e não vemao caso indagar se ele é justo ou não— compromeite a própria confiançada sociedade na ordem jurídica e noregime democrático.

Só teremos uma Justiça social-mente valorizada e respeitada e, por-tanto, politicamente protegida, quan-do a coletividade dela conseguir fazeruso concreto, e com ela se identificar.A lei, o estado de direito, só perderãoo caráter abstirato de que se revestempara a maioria, quando se incorpora-rem à realidade de cada um.

A Justiça não está organizada,nem preparada, para resolver os pro-blemas do dia-a-dia, os problemas decada um. Fica o sentimento die queexiste pana consumo de uma elite re-duzida e não para a massa, como me-ro subproduto de uma ordem socialfundamentalmente desigual. Pois opovo, na sua maioria, como parte dasua vivência, diante dos problemasconcretos da sua vida diária, não con-sidera recorrer à Justiça em defesa decontra a prepotência e os abusos dasautoridades.

Numa sociedade democrática-mente organizada, a Justiça devetransformar-se, como à ordem júri-dica lhe compete, em instrumento dtedefesa da nação.

E' importante considerar que oproblema da Justiça não é uma quês-tão técnica. E' um problema da socie-dade democrática. E' fundamental,«ob esse aspecto,.construir canais quelnduzam a massa, sobretudo a maispobre, a procurar a Justiça para re-solver os conflitos que surgem na suaexperiência diária. Dessa forma opovo brasileiro começará a fazer o seureal aprendizado com a ordem júri-dica democrática, passando a conside-rá-ila um .poder a serviço da nação in-te grada.

Com o objetivo de apontar as di-retlvas para a implanltação de umaJustiça de índole verdadeiramentedemocrática, alinhamos algumassugestões básicas: (a) — gratuidadeabsoluta para ingresso em juizo e pa-ra a .prática, no curso do processo, dejqualquer ato relacionado com o seuandamento, cabendo ao condenado, aofinal do processo, pagar as custas in-corridas; (b) — custeio de todos osatos de Justiça por recursos orçamen-,tários, oficializando os serviços auxili-ares da Justiça; (c) — multiplicaçãodos canais de acesso à prestação judi-ciai, através da descentralização pororganizações especializadas; (d) —ampla descentralização territorial daJustiça, mediante a criação dos jui-zados sumários de bairro com com-petência para apreciar os conflitoscomuns, no .âmbito do direito públicoou privado, civil ou penal, administra-tivo ou de contravenções.

promovecomício

Natal — "A noite da voltade Aluizio. Vamos ao seuencontro levando bandeirasp galhos verdes". Essa fraseem anúncios em rádio, emimpressos e em carros vo-lantes de propaganda con-vocaram, durante todo odia de ontem, a populaçãopara uma concentração aser feita na Vila Natal,marcando a volta do ex-Governador do Estado àsatividades politicas.

O Sr Aluizio AIvps, depoisde se firmar como o maiorlider popular do Estado, foicassado em fevereiro d e1969 por corrupção. Quase10 anos depois continuaexercendo a maior lideran-ça do Estado, mesmo comos sintomas de desprestígio,fato confirmado na Con-venção do MDB. quandoperdeu a disputa para o SrRadir Pereira, que saiu can-didato ao Senado

A decisão do Sr AluizioAlves, que ainda não fala àimprensa, em participar deum comício, surgiu comoum forte Impacto, pois coin-cide com um horário áe umoutro comido do MDB, queterá a presença do cândida-to à Vice-Presldência da Re-pública, Senador PauloBrossard, na Praça GentilFerreira.

A surpresa ficava porconta da situação do pre-sidente do diretório rpgio-nal do MDB, Deputadofederal Henrique EduardoAlves. Ele é filho do SrAluizio Alves e como pre-sidente do Partido daOposição do Estado, deverápstar ao lado do SenadorPaulo Brossard, que vemacompanhado do DeputadoAlceu Colares. Os dois comi-cios se realizarão às 21h. OsSrs Henrique e Aluizio Al-ves, ontem, não deram en-trevista à imprensa. O SrAluizio Alves, através de umirmão, anunciou que estavaà disposição a parti;' dapróxima semana.

Senador fazadvertênciaa Governador

São Paulo — O Cardeal-Arcebispo de São Paulo,Dom Paulo Evaristo Arns,e a Cúria Metropolitanadesmentiram ontem que te-nha sido marcada audiên-cia — "inclusive para ospróximos dias" — commembros da ConvergênciaSocialista, para tratar dagreve de fome no SalãoBeta da PUC. Representan-tes do movimento compare-ceram a Cúria, não encon-

. traram o Cardeal, masdivulgaram depois que "foimarcada audiência comDom Paulo Arns para o dia9 (hoje), às 9h.".

Na sede da Cúria, porta-vozes do Cardeal de SãoPaulo disseram que "deveestar ocorrendo algum en-gano". Explicaram que aagenda de Dom Paulo in-clue apenas, para o fim desemana, a celebração deMissa de Ação de Graças,domingo às 18h30m n aCatedral da Sé, pela eleiçãodo Papa João Paulo I. Naresidência do Cardeal suasecretária estranhou oanúncio de uma audiênciahoje de manhã à Conver-gência Socialista, e garan-tiu: "Não existe essa audi-ência", atribuindo o caso aum mal-entendido, além defrisar: "Amanhã (hoje) aCúria está fechada".

A GREVE DE FOMEA greve de fome dos

manifestantes da Conver-gência Socialista prosseguiuontem, no seu 8"? dia, pelalibertação dos presos n oDOPS. Um comunicado —não assinado — divulgadoà tarde, informa que a au-diência com o Cardeal deSão Paulo seria para tratarda "permanência dos gre-vistas no Salão Beta, daPUC e o apoio da Igreja àluta que ora se trava".

O mesmo comunicadoanuncia que na próximaquarta-feira, no Salão Beta— onde ocorre a greve defome — o ator Renato Con-sorte fará a leitura da peçateatral A Patética, de João

Natal — Com duasdenúncias — o uso d amáquina administrativa doEstado a favor da cândida-tura do Sr João Faustino àCâmara federal e o débitode Cr$ 16 milhões relativosa ICM pela firma açuca-reira do Vale do Ceará-Mirim de propriedade do SrGeraldo José de Melo, futu-ro Vice-Governador do Es-tado — o Senador DinarteMariz enviou ao Gover-nador Tarcísio Maia, "comoforma de advertência", umrelatório cuj a íntegranegou-se a divulgar.

Parte desse relatório, noentanto, foi publicada nojornal oposicionista Tri-buna do Norte, do e x -Governador Aluisio Alves,cuja autenticidade foi con-firmada pelo Senador. Ou-trás cópias do relatório se-rão enviadas ao PresidenteGeisel e ao General JoãoBaptista de Figueiredo.

AS DENÚNCIAS

Entre as irregularidades,o Senador Dinarte Mariz,segundo o jornal Tribunado Norte, informa que "asconcorrências para a cons-trução de escolas exigem aentrega de veículos a pre-texto de serem utilizadospela fiscalização, quando naverdade esses veículos estãosendo utilizados na campa-nha eleitoral pedo Sr JoãoFaustino".

O Governador TarcísioMaia negou-se a falar sobreo assunto com um " não te-nho nada a declarar", feitoatravés do Secretário deImprensa. O Secretário deFazenda, Sr Artur Nunes deOliveira, também não sepronunciou sobre a dividada firma do Sr GeraldoJosé de Melo de Cr$ 16 ml-lhões de ICM. E outros fun-cionários preferiram ser re-ticentes: "Pode ser dividatemporária. Isso é muitonatural". Alegaram a neces-sidade de sigilo para nãoInformar de forma maisprecisa. ¦

O Senador Dinarte Marizrecusou ontem o termo decarta-denúncla: "Não éexato que tenha denuncia-do companheiros do Par-tido. O que tenho é fazerchegar ao conhecimento doGovenador aquilo que nemsempre lhe chega por ou-tros caminhos". Confirmouque mandou o relatório eque fará entrega de cópiasao Presidente Ernesto Gei-sei e ao General João Bap-tista de Figueiredo.

Ribeiro Chaves Neto. AConvergência Socialista dizque "será cobrado Ingressopara arrecadar fundos paraa greve".

IGREJA REPROVA

A edição de O São Paulo.órgão da Cúria Metropoli-tana pública esta semana,

na página dos editoriais, aposição da Igreja paulistaque endossa uma nota daComissão de Justiça e Paz,reprovando a greve de fomede membros da Convergên-cia Dom Evaristo Arns, en-quanto este permaneceu emRoma — é solicitado aosvigários e sacerdotes que adivulguem em suas comu-nidades. O pedido é doChanceler do Arcebispado,Cônego Décio Pereira.

Este é o documento daComissão de Justiça e Pazda Arquidiocese de SãoPaulo, que "se reuniu paraexaminar a greve de fomede um grupo de pessoas queocupou dependência daPUC:

Reafirmar sua posição deinconformidade com a pri-são de 22 pessoas efetuadapelo DOPS nos últimos dias,por entender que tal ato sereveste d e ilegitimidade,ainda que observados os re-quisitos formais da lei.

Comunicar que, emborasolidária à luta pela liber-tação de pessoas que se en-contram detidas, desaprovaa iniciativa da greve defome da qual participamaté mesmo familiares depresos, por entender inopor-tuna aquela forma de pro-testo no presente momento.

Referenda as gestões quevêm sendo feitas pelo seupresidente eleito, o advoga-do José Carlos Dias, comomediador entre aquele grupoe as autoridade estaduais.

Externa, no plano hu-manitário, sua preocupaçãocom o estado de saúde detodos quantos estão a pra-ticar jejum, expressandosua solidariedade no sofri-mento que experimentam".

Bispo apoia greve eRio tem nova adesão

O Bispo de Nova Iguaçu,D Adriano Hipólito, afirmouontem que continuará apoi-ando a greve de fome inici-ada há três dias por mem-bros da Convergência Sócia-lista, pois "vejo o empenhode um grupo dp jovens poruma causa que dentro daabertura politica pareciaser legítima e, de repente,é surpreendido por repres-são. Agora, eles julgam quesó podem fazer valer a suavoz através da greve".

Ontem, a partir das llh,o movimento teve maisuma adesão com a entradada estudante Sueli MaraRibeiro Figueiredo, de 22anos, aluna da Faculdadede Fisica da UERJ. Ela feza sua última refeição emcasa, uma hora antes —"comi muita carne e bebileite" — e espera "que ou-tros companheiros, em con-dições físicas boas, possamaderir à greve". Agora sãooito os grevistas, que estãorelativamentp bem, comalguma fraqueza, mas semsinal de infecção", segundoo médico Maurício Miranda.

POSIÇÃO DO BISPOO Bispo de Nova Iguaçu,

que cedeu o auditório euma sala do Centro de For-mação de Lideres da Dio-cese para o movimento gre-vista, não esteve ontem nolocal, achando "nestemomento que eles que-rem ficar mais sozinhos,meditando." Em sua re-sidência, afirmou que nãoaconselharia ninguém afazer esta greve, "sendo que,-meu apoio é estritamentecristão. Não participo daIdeologia daqueles jovens,de socialismo, mas vejo queeles, dentro do empenhopor uma causa, passaram aser reprimidos, Justamentedurante a abertura demo-cratica."

— Estou de acordo coma critica feita pelo Secreta-rio da CNBB, D Ivo Lòrs-cheider, que criticou omovimento que sua a grevede fome — continuou oBispo — mas a colocaçãonão é essa. Estou dando aminha solidariedade cristãpor uma causa que, dentrodos seus conceitos, é muitojusta, uma vez que não lhesderam a chance de partici-par. E é também pacifica,pois até Ghandi fez grevede fome dezenas de vezesna índia para defender oseu povo.

Além do médico MaurícioMiranda, os grevistas foramexaminados ontem pelamédica Marta Costa, do nú-cleo médico pela anistia daAssociação dos Médicos Re-sidentes dos Estado. Antesda adesão da. estudante Su-eli Mara, todos passarampor um exame clínico e es-tavam "bem dispostos ecom um pouco de fraque-za". Cada um deve tomardois litros de água por dia,acrescido de sal ou açúcar,em dosagens equilibradas.Foram incluídos medi-camentos à base das vlta-minas A, B, C, D, e E e seráacrescentado xarope de cio-reto de potássio, sendo queos grevistas foram orien-tados para diminuir ofumo. evitar contatos comoutras pessoas, não fazeresforço físico e continuarcom medidas de higiene,tomando um banho diárioe trocando a roupa.

Os médicos pretendemmanter contato com algumhospital de Nova Iguaçupara qualquer emergência

e estão providenciando, tam-bém, medicamentos de ur-gência, além de soro, sérin-gas e garrotes. Pretendemfazer um apelo aos colegasda Associação para que en-viem, para o Centro de For-mação, medicamentos eroupas de cama. Um dosgrevistas, Marcos de FariaAzevedo, estava muito páli-do mas, segundo ele, foi emdecorrência do período de10 dias em que esteve preso.

Ontem, quando o grupode apoio alimoçava — a can-tina do centro fica a menosde 20 metros, mas o cheiroda comida, não chegou atéo salão os grevistas liam re-vistas e jornais, e depois re-ceberam visitas de solidari-dade, tocaram violão sen-do que um deles pediu paraque tocassem E Hora doAlmoço, de Belchior, pro-vocahdo risos entre os com-panheiros. Por causa dosmosquitos, qüe atacam logoque anoitece, foi instaladouma tela plástica na janelada sala onde estão os col-chôes.

Vinte e dois presos poli-ticos divulgaram ontemuma nota de apoio aos gre-vistas de São Paulo, nãofazendo qualquer alusão aosde Nova Iguaçu, já que des-con heciam o movimentoiniciado na última terça-feira.

J0*NAl DO BRASIL ? Sábado, 9/9/78 D 1? Caderno

Lojistascondenamcamelôs

O Clube dos Diretores Lo-jistas volta a reclamar con-tra os vendedores ambu-lantes, agora por terem ob-tido na Justiça liminar queos libera para exercer suasatividades nas ruas do Rio.Os lojistas lembram queeste tipo de comércio é no-eivo à Cidade e ao Estado eargumentam que a decisãojudicial contraria leis mu-nlcipais.

Afirmam os comercian-tes que o comércio dos ca-melôs dificulta o transitode pedestres, enfeia' as ruasda cidade e, ainda por cl-ma, é lesivo aos cofres mu-nicipais e estaduais porqueas mercadorias postas àcais. Eles dizem que as ate-gações dos ambulantes nopedido são mentirosas por-venda são de procedênciaclandestina, sem notas fis-que dizem que os camelôs"são cegos e aleijados", oque, garantem os lojistas,não é verdade.

Pequenosjornaleirosfazem festa

A Casa do Pequeno Jor-nálelro comemorou ontemseu 38° aniversário e como" parte das festividades fo-ram colocadas flores no tú-,mulo de sua presidenta per-pétua, Sra Darcy Vargas, .no Cemitério São João Ba-tista. Na. sede houve has-teacmemito da Bandeira e en-.rega de medalhas aos fun-

, cionários mais antigos.Após a missa no auditório

houve palestra da presiden-ta da Fundação, Sra AlziraVargas do Amaral Peixoto.Sérgio Fabricio de Oliveira,o melhor aluno do ano, foihomenageado pela direçãoda instituição, recebendouma medalha. Seu atuaiadministrador é o ex-joma-leiro João Carlos Francisco,'que item 27 anos e se encon-tra há 15 anos na Casa.

O OBJETIVO

A Casa do Pequeno Jor-naleiro, que abriga atual-mente 200 meninos na faixade 11 a 18 anos, é Tima obra«ocial da Fundação Darcy

_ Vargas, tendo como con-dição essencial exercitar osmenores ma vendagem dejornais e outros periódicos.Nela o adolescente, estuda,pratica esportes, recebe ali-inenitação e orientação, re-sumindo assim sua metaprioritária que é educar epreparar os garotos sem re-tirá-los do convívio dospais, que visitam nos finsde semana.

Israelserá temade curso

Israel e o Povo Judeu noMundo Contemporâneo seráo tema do curso de seis au-las a partir de segunda-fei-ia até o dia 21 deste mês,sempre às 20h30m no audi-tório da Faculdade CândidoMendes, à Rua Visconde dePirajá, 351, Ipanema, numainiciativa da OrganizaçãoFeminina Wizo do Rio deJaneiro e do Centro Cultu-ral Cândido Mendes.

Durante o curso serão fo-callzados os seguintes te-mas: Cristãos Novos noBrasil; Contribuição He-braica Para o Direito noOcidente; Influência daCultura Hebraica na Civili-zação Ocidental; Economiaem Israel; e Evolução daEducação em Israel, alémdo painel Formação do Es-tado Politico e Social de Is-rael.

Orçamentodo Exércitoé reforçado

Brasília — Um crédi-to suplementar deCr$ 378 mil foi abertoao Ministério do Exerci-to para reforço de dota-ção orçamentária, naparte referente a ades-tramento das forças ter-restrês.

Decreto neste sentidofoi assinado pelo Presi-dente da República epublicado no Diário Ofi-ciai que circulou ontem.

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Providência Ventos de 60 km horáriosvai sortear derrubam cartaz na Lagoa4 imóveis e fecham Ponte 10 minutos

Com a última doação fei-ta por seis construtores, aFeira da Providência —que este ano se realizará noRiocentro de Jacarepaguá,de 5 a 8 de outubro — Jáconta com quatro imóveispara sortear entre os com-pradores de rifas: doisapartamentos em Copaca-bana, outro no Flamengo euma casa, de sala e doisquartos, na Barra da Ti-jucá.

Para ajudar a crescer arenda e a exemplo dos anospassados, jà estão tambémà venda rifas de 12 auto-móveis: seis Volkswagen,três Fiat, duas Brasilia eum Chevette. O sorteio doscarros e dos imóveis seráfeito pela Loteria Federalno sábado, dia 28 de ou-tubro.ONDE COMPRAR

Os bilhetes das rifas po-dem ser adquiridos na sededo Banco da Providência(cripta da nova Catedral,

Rua dos Arcos, 54), esta-ções rodoviárias Novo Rio,

. Menezes Cortes e MarianoOs oomoeiros fizeram demonstrações de salvamento com cordas, cintos de segurança e escadas Procópio, confeitaria co-lombo (Centro e Copacaba-na), Galeria Menescal, Ga-leria dos Empregados doComércio (Avenida R i oBranco), agência centraldo Banerj, agência NiloPeçanha do Unibanco eagências financeiras daLetra.

O" último apartamentooferecido, de sala, quarto,cozinha e banheiro, situa-do na Avenida N S de Co-pacabana, é doação dasconstrutoras Chozll, Go-mes de Almeida, João For-tes, Montesi, Santa Isabele Servenco. O outro, de sala. dois quartos, também emCopacabana, na Rua Joa-quim Nabuco e mobiliadopela Casa Gelli, foi doadopor Sérgio Dourado e Car-valho Hosken.

O apartamento do Fia-mengo, também de sala edois quartos, fica na RuaMarquês de Abrantes e de-ve-se à construtora Andra-de Gutierrez. A casa daBarra da Tijuca é pi*ssenteda Companhia Internado-nal de Seguros.

m-r i . -, Farm Lima em TeresópolisMoradores de ruas perto da ¥ r __T^r-r-ii. • inaugura obras e pede votolV-lxloDo se queixam dos ° ,.-, __ K -À1, * ! para candidatos da Arena

problemas por ela causadosA.Sociedade dos Moradores do Jardim Botani-

co e Horto vai entregar às autoridades um abaixo-assinado, com 309 assinaturas, solicitando medidasurgentes para minorar os problemas de transito ede qualidade de vida criados com a instalação e ex-pansão de uma indústria do porte da Rede Globode Televisão, nos quarteirões estritamente reslden-ciais limitados pelas Ruas Lopes Quintas, PachecoLeão e Von Martius.

Os moradores da região resolveram tornar pú-blico o seu protesto porque a direção da Rede Globodeixou sem resposta a carta que a Sociedade lheenviou em junho, dando conhecimento do que vemocorrendo no bairro, e buscando uma forma de con-ciliar "o convívio civilizado com os moradores" e"as conveniências da empresa".OS TRANSTORNOS

O Governador Faria Lima voltou a pedir on-tem, em Teresópolis, votos para a Arena, "que mos-trou neste Governo preferir gastar dinheiro emobras a gastá-lo em propaganda". Ele inaugurouuma ponte, ura novo quartel do Corpo de Bombei-ros e um abrigo para pessoas idosas, construído comauxílio do Programa de Assistência Social, que temcomo presidente a Sra Hilda Faria lima.

Em seu discurso, o Governador do Estado disseainda que a eleição do Sr Chagas Freitas, com 23votos arenistas, foi uma das maiores decepções dasua vida. E afirmou: "O adesismo ao Poder come-çou mais cedo do que eu esperava."INAUGURAÇÕES

A Sociedade dos Morado-res do Jardim Botânico eHorto alinha, no abaixo as-sinado, os principais trans-tornos causados â vida dobairro pela empresa:

1. Na Rua Lopes Quintas,a única via de acesso aobairro, os engarrafamentosde transito são freqüentes,e é difícil a movimentaçãodos pedestres, devido ao es-tacionamento caótico deveiculos sobre as calçadase na própria pista de rola-mento, além das constantesparalisações do tráfego, afim de possibilitar mano-br as e entrada e saida deveiculos no edifício sede daRede Globo de Televisão.

2. A Rua Barão de Olivei-ra Castro vem perdendo assuas condições de rua resi-dencial, transformadaatualmente em pátio de es-tacionamento e manobrasde caminhões e utilitárioscomponentes da imensafrota de veiculos da empre-sa.

3. A Rua Von Martinsencontra-se constantemen-te com uma das pistas obs-

traída pelos caminhões queservem à empresa, sendorevoltante o desprezo dosempregados da empresa pe-Io público quando se recla-ma da situação.

Os moradores das RuasLopes Quintas, PachecoLeão e adjacências escre-vem, n o abaixo-assinado,que "os transtornos já sãograndes e tendem a crescerainda mais, pois é evidentee notória a expansão da Re-de Globo de Televisão nobairro, sendo justificados osreceios de que o mesmo severá brevemente asfixiado,a ponto de perder as suascaracterísticas predominan-temente residenciais".

Além de moradores dasruas mais diretamente aitin-gidas, assinam o documentotambém os moradores detodas as ruas que têm maLopes Quintas a sua únicavia de acesso, como as RuasMarquês de Sabará, Peri,Corcovado, Engenheiro Pe-na Chaves, Visconde deItaúna, Joaquim CamposPorto, Dr Girondino Este-ves, Fernando Magalhães eInglês de Souza.

Pára-quedista que caiu emparafuso só teve fraturasem gravidade na coluna

Apenas uma fratura de coluna, sem gravidade,foi a conseqüência da queda em parafuso do pára-quedista amador Luís Antônio Rodrigues Alves, an-teontem, durante exibição comemorativa da Sema-na da Pátria para crianças do Orfanato Edgar Wer-neck, em Jacarepaguá. Era seu 61.° salto e, pelaprimeira vez, o pára-quedas principal não abriu to-talmente e o auxiliar enrolou no outro, fazendo comque caísse de 1 mil 100 metros em grande veloci-dade.

O diretor do Hospital de Traumato-Ortopediado INAMPS, Dr Oscar Rudge, disse que o Sr LuísAntônio, de 32 anos, está passando muito bem. Omédico de plantão, Dr Cylon de Souza, acrescentouque ele ficará de oito a 10 dias de repouso e só en-tão receberá gesso na coluna, "porque, por enquan-to, seu corpo ainda dói muito". A mulher do pára-quedista, filiado ao Clube ícaro Moderno desde 1966,solicitou à Superintendência do INAMPS que proi-bisse entrevistas.DISPOSIÇÃO

O Sr Luis Antônio Rodri-gues Alves é agente de in-vestimentos, casado com aSra Sueli Rocha Avena etem uma filha de cincoanos, Flávia. Segundo o mé-dico de plantão do Hospitalde Traumato-Ortopedia, foiD Sueli quem impediu a en-trada de visitantes, alegan-do que as notícias divulga-das ontem pelos jornais dei-xaram muito abalada suairmã, que está grávida. Elatelefonou para a Superin-tendência do INAMPS, que.pouco depois avisava à di-reção do Hospital estaremproibidas as visitas.

Estiveram presentes à sinaugurações, além do Go-vernador e sua mulher, oSecretário d e SegurançaPública, General Brum Ne-greiros; o Secretário deObras, Hugo de Matos; oComandante da Polícia Mi-litar do Rio de Janeiro, Co-ronel Mário Sotero de Me-nezes; o Prefeito de Teresó-polis, Sr Pedro Jahara eSra, e o presidente da CBD,Almirante Heleno Nunes.

O Governador Faria Limachegou ao Centro de Teresó-polis às lOh — ele estavaem sua casa naquela cidade— para inauguração daponte sobre o rio Paque-quer, na Rua Duque de Ca-xias. A ponte, que tem umvão de 19 metros, custouCrS 4 milhões 400 mil e foiconstruída em 180 dias.

A obra faz parte do con-junto de medidas para con-trole das cheias no Centroda cidade. Do mesmo con-junto, já foram feitas allimpeza do rio Paquequer,o desvio do rio Meldon eo alargamento da Ponte Jo-sé Correia da Silva.

A seguir, a comitiva diri-giu-se para as novas insta-lações do II Grupamento deIncêndios da VI GI, e láfoi recebida pelas sirenasdos carros de socorro. O Go-vernador passou em revistaas tropas e se dirigiu parao local de hasteamento dasbandeiras nacional, esta-dual e municipal, que fica-ram a cargo do Governa-dor, do General Brum Ne-greiros e do Prefeito PedroJahara, respectivamente.

Em seguida foi lido o Bo-letim Oficial do quartel, on-de o Comandante, Capitão-Bombeiro Antônio Carlos doVale destacou o lema dacorporação, "Proteger eServir". O General BrumNegreiros também saudou a

inauguração do novo quar-tel "mais uma obra do IPlan-Rio" falando de suabeleza: "um recanto que emnada vai desmerecer as vi-vendas em volta".

A seguir houve uma de-monstração do Corpo deBombeiros, com incêndiossimulados em edifícios, ca-sas e em combustivel; sal-vamentos por cintos de se-gurança, cordas, escadasMagirus e saltos em redesde salvamento.'

Depois, o Governador Fa-ria Lima visitou as insta-lações da guarnição: doisandares amplos com dormi-tórios para soldados, sar-gen tos e oficiais; cassinos,com sofás, três televisorese seis salas de operação.ASILO

O Governador Faria Limachegou à Instituição Mariade Nazareth ao meio-dia,para a inauguração d aMansão dos Velhinhos,construída com donativosdo Programa de AssistênciaSocial — cerca de Cr$ 330mil — presidida pela mu-lher do Governador. Apósdescerrar a placa comemo-rativa, o Governador FariaLima disse que em suas via-gens pelo interior do Estadotem notado a alta idade damaioria dos diretores dasinstituições de caridade,"com uma média de idadesuperior a 80 anos, sem tera quem passar o bastão".

Na saida, o Governadorfalou a respeito de seu fu-turo: "Só depois de entre-gar o Governo, a 15 de mar-ço de 1979, é que vou pensaro que fazer. Tenho apenas60 anos e ainda é cedo parair para casa. Acho que vouaproveitar a experiênciaadquirida nos últimos qua-tro anos, passando para ainiciativa privada, ou qual-quer outra coisa que não se-ja politica".

Magé recebeSecretário deSegurança

O Secretário de Seguran-ça, General Brum Negrei-ros, visitou ontem a Dele-gacia de Polícia de Magé,acompanhado do diretor doDepartamento de PolíciaMetropolitana, delegado Ed-gar Pires de Sá, e desmen-tiu a cobrança dá taxa deCr$ 50 para registro deocorrências, conforme quei-xas de vereadores do Muni-cípio.

O General Brum Negrei-ros foi recebido pelo Prefei-to Olívio de Mattos, pelo de»legado Artur Cruz, pelos ve-readores Heitor Goulart Pa-checo (presidente da Cama-ra de Vereadores), EuzébioPinto de Almeida, ArlindoBitencourt Mota e AtaelsoPereira, além de oficiais do6v CPA, sob o comando doCoronel Teodoro RodriguesSoares.

Durante a visita ficouacertada a construção deuma projeção (antiga sub-delegacia) em Guapimirime de um posto do InstitutoMédico Legal, com a colabo-ração da Prefeitura. Ao au-tomar a divulgação o des-mentido sobre a não co-brançá da taxa por queixa,o General Brum Negreirosesclareceu que apenas ospedidos de certidões pagamo Darj. no valor de Cr$ 50.De Magé o Secretárioseguiu para Teresópolis.

A destruição das armações dos cartazes do CineDrive-Inn, na Lagoa, a interdição da Ponte Rio—Niterói por 10 minutos e a queda de uma árvoreem Jacarepaguá foram as maiores conseqüênciasdos ventos que alcançaram velocidade de 60 quilo-metros por hora, ontem à tarde, no Rio.

Os ventos, mais sentidos nos bairros do litoral,foram causados por uma linha de instabilidade, decaráter local, detectada na costa de São Paulo eRio de Janeiro, informou o Serviço de Meteorolo-gia. A direção predominante foi de Oeste a Noroes-te, e uma rajada mais forte, às 15h, chegou a dea-prender algumas telhas de zinco, na Lagoa.INTENSIDADE 7

Segundo a Escala de Beau-fort, Almirante francês queem 1908 fixou critérios paramedição da força dos ven-tos, a ventania de ontemfoi considerada vento muitoforte. Numa escala que vaide O (calma) a 12 (furacão),os ventos atingiram intensi-dade 7, que, de acordo coma Escala de Beaufort, "per-tuba os passos das pessoas".

A Comissão Municipal deDefesa CivE não foi aciona-da e os bombeiros tiverampouco trabalho. O seumaior trabalho foi retirara árvore que caiu na RuaCunha Pedrosa, no Pechin-cha, Jacarepaguá. O bondi-nho do Pão de Açúcar, ape-sar do vento, não chegoua parar, o mesmo aconte-cendo com as barcas. Queligam a Praça 15 a Niterói,Paquetá e Ilha do Governa-dor.

No Santos Dumont, nãofoi suspenso nenhum vóo,

mas técnicos de meteorolo-gia da FAB admitiram queo vento "atrapalhou u mpouco". Na pista foi regis-trada a velocidade máximado vento: 60 Km/h. Parao Serviço de Meteorologia,a velocidade máxima alcan-cada foi de 59 km/h. Na Zo-na Sul da cidade, principal-mente na Lagoa, Ipanemae Leblon, o vento chegou amudar posição de sinais lu-minosos.

A Ponte Rio-Niterói este-ve interditada entre17h25m e 17h35m, e nãohouve acidentes com veicu-los. A maior destruição pro-vocada pela ventania foi naLagoa, onde além das ar-mações dos cartazes, algu-mas partes do muro do Ci-ne Drive In cairam. Telhasdos barracos dos trabalhosdas obras de urbanizaçãoda Lagoa foram levadas pe-Io vento até o escritório doDrive In 200 metros adian-te.

Telhas voam e fiosdesabam em S. Paulo

São Paulo — Num curtoespaço de tempo, ontem de•manhã, viaturas do Grupa-mento de Buscas e Salva-mento do Corpo de Bombei-ros foram acionadas paramais de 30 diferentes pon-tos da capital, atingidos porfortes ventos. Prédios e ca-sas foram destelhados, an-tenas de televisão foramlançadas a distancia, fiosde alta tensão partiram-see dezenas de luminosos epainéis de publicidade desa-baram.

Na Rua Afonso Celso,bairro de Vila Mariana,uma rede elétrica foi derru-bada, colocando em risco,por quase uma hora, pes-soas quo passavam pelo lo-cal. A equipe de socorro daLight demorou a chegar pa-ra as providências, pois, se-gundo os funcionários, sóaquela viatura já tinhaatendido oito locais diferen-tes. A tarde, a policia infor-mou que, durante o venda-vai, não se registraram viti-mas pessoais.

A Policia Rodoviária Es-tadual pediu, de manhã, àsemissoras de rádio quetransmitissem boletins de-sencorajando os motoristasa iniciarem viagens pelasvias Anhanguera, CasteloBranco ,e complexo Anchie-ta-Imigrantes. Ventos cru-zados atingiram vários tre-chos dessas estradas, for-çando os policiais a parali-sar o transito, pois até ôni-bus e caminhões tinhamsua estabilidade ameaçada.

O Serviço de Meteorologiado Dersa (DesenvolvimentoRodoviário S.A.), órgão quecuida da manutenção dasvias Anhanguera e Anchie-ta-Imigrantes, informouque na Anhanguera os ven-tos chegaram a soprar a40km/hora. Na interligaçãoAnchieta-Imigrantes, próxi-mo do planalto, os ventosatingiram 87 km/h. Na Ro-dovia Castelo Branco, con-siderada a mais perigosanessas ocasiões, policiais ro-doviários calculam que avelocidade do vento tenhaultrapassado a lOOkm/h.

Casas caem e meninomorre em Mato Grosso

Campo Grande — Prejui-zos superiores a Cr$ 1 mi-lhão, 600 pessoas desabriga-das, um menino morto so-bre os escombros de umacasa que desabou no bairroJardim Los Angeles, 3 0bairros com casas, paredese estruturas afetadas, sãoo saldo do temporal queatingiu essa cidade na noitede anteontem, com ventosà velocidade de 120 km porhora.

O Secretário de PromoçãoSocial do Município, Chafic

João Thomaz, disse que omenor A. D. A, de 11 meses,morreu em conseqüência dodesabamento da parede dacasa de seus pais, que ficoutotalmente destruída. Até ofinal da tarde, a Secretariaainda não tinha identifica-do os pais do menn.o. OPrefeito Marcelo Miranda(Arena) aguarda os levan-tamentos totais dos prejui»zos para solicitar ajuda aoGoverno do Estado atravésda Casa Civil.

Funcionários do Hospitalcontaram que o pára-que-dista não parece ter caídonem de 10 metros de altura.

Está com ótima aparênciae passou o dia lendo jornaise revistas, muito bem dis-posto. No Hospital GetúlioVargas, para onde foitransportado logo após oacidente, não foi constata-da fratura, mas o médicoCylon de Souza informouque ele sofreu fratura dacoluna, embora sem gravi-dade. A previsão de inter-namento é de duas sema-nas; após ser engessado, eleirá para casa, na Vila daPenha.

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JORNAL'DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D 1? Caderno

Informe JBTarefa para inateiro

A tentativa de impugnação dacandidatura do professor FernandoHenrique Cardoso ao Senado, peloMDB de São Paulo, ó demonstrativado caráter anedótico assumido pelocipoal de leis arbitrárias e ineptas quea intolerância erigiu para perseguir arazão humana neste pais.

O professor Cardoso, segundo aleitura das leis, pode ser inelegívelporque íoi aposentado em sua cate-dra da Vniversidade de São Paulo combuse no Al-5, em 19S9.

Segundo uma lei outorgada umano depois, Iodos aqueles que forampunidos administrativamente com ba-se nos atos são inelegíveis. Segundouma espécie de costume, entende-seque essa inelegibilidade terminaquando se completam 10 anos da apo-sentadoria. Como o projessor foi alve-jado em 1969, não poderia ser candi-dato em 1978.

* * •Esse raciocínio pode se amparar

em qualquer coisa, menos na razãohumana. Ele é trôpego e ninguém po-de ser atacado por formulá-lo. Narealidade, fizeram-se tantas leis Ue-gítimas e arbitrárias que hoje, noBrasil, é praticamente impossível en-contrar sustentação racional para oque deriva da irracionalidade.

O caso do professor Cardoso éacompanhado dos seguintes parado-xos:

Em 1969, o Governo quis aposen-tá-lo da USP. Em 1970, com outra lei,procurou tomá-lo inelegível. Ora, ca-so o Governo pretendesse, em 1969,impedir que se candidatasse a cargoseletivos, podia suspender seus direi-tos políticos, Se não o fêz, foi porquenão quis. Não se pode fazer por atogenérico, a lei, o que não se fez porato especifico, o uso do AI-5.

A lei complementar de 1970, nasua infinita incompetência, toma ine-legíveis aqueles que tiveram os direi-tos politicos suspensos, bem comoaqueles que foram aposentados. Nãoatinge, contudo, os que tiveram man-datos cassados. Assim, pretende pu-nir aqueles que perderam funçãoadministrativa, mas libera os que per-deram função politica. Se o Sr Fer-nando Henrique Cardoso não fosseprofessor, mas deputado, seria elegi-vel. Como se vê, é perigoso ser pro-¦fessor.

O Sr Cardoso pode ser nomeado¦ministro pelo atual Governo da Re-pública. No entanto, alega-se que nãopode ser senador.

Finalmente, tramita no Congres-so um projeto de reformas no qual sereconhece que, para aqueles que ti-veram os direitos políticos suspensospor 10 anos, a inelegibilidade só vi-gora por esse periodo. Ora, se a penatem prazo certo em relação àquelesque a sofreram, como se pode suporque as vitimas de outra punição de-vam expiar a mesma norma?

? * •

Trata-se, como se vê, de um casotípico para estudo dos especialistasem patologia politica.

Campanha nacionalDiz o Sr Said Farhat, assessor do

General Figueiredo, que ele ainda nãodecidiu se fará ou não um III PlanoNacional de Desenvolvimento.

Roga-se ao candidato que decidanão fazê-lo. Pede-se ao país que fi-que mobilizado para marchar sobreBrasília numa oração pluripartidáriapara pedir que não o faça.

« * »De qualquer forma, caso não veja

outro caminho, em vez de recorrer aum novo PND do Ministro João Pauiodos Reis Velloso, que procure a sabe-doria de Anthony Lucas.

Todos aqueles que leram o IIPND do Ministro Velloso e viram o fil-me Guerra nas Estrelas, estão con-vencidos de que o diretor Anthony

Lucas tem muito mais talento para aficção cientifica.

* * •O próprio Ministro, que cultiva

razoável gosto pelas artes cinemato-gráficas, haveria de concordar com asuperioridade de Lucas. Discordaria,com todo direito, de sua hipotéticacondição de ficcionista.

Causa finilaDepois de uma longa luta em vá-

rios rounds, durante a qual o próprioPresidente Geisel subiu ao ringue pa-ra acabar com a poça dágua em quese transformou o conhecido Buracodo Lume, na esquina da Avenida RioBranco com Nilo Peçanha, o Gover-no jogou a toalha.

* »Qualquer providência para reme-

diar a monstruosidade urbana em quese transformou o terreno, poderá re-sultar numa perigosa ação- contra oEstado, e o Planalto não vai mais in-terferir no caso.

'*¦'*

Em suma, o Governo da falecidaGuanabara deu uma praça ao faleci-do BEG, o banco a vendeu ao GrupoLume que a hipotecou ao Grupo Hal-les que acabou sendo digerido peloatual Banerj que, para glória da bu-rocracla nacional é hoje devedor ecredor, contra sua própria caixa, deuma coisa que nunca devia ser co-mercializada.

O Governo não pode fazer nada eo contribuinte deve-continuar a pa-gar.

ResultadoUma coisa é indiscutível: com o

aumento da pressão sindical, reduzi-ram-se as pressões de empresários emdefesa das liberdades econômicas e pu-liticas.

Tempo perdidoO Governador Faria Lima não

conseguirá incluir os seus dois can-didatos na chapa da Arena.

Os' que entraram e os que têmmandato estão dispostos a combateraté ao último argumento e manobrapara évitfr que suas posições fiquemameaçadas.

a • •

A Arena do Rio continua a dispu-tar com o MDB do Estado o troféu de¦representante da anomalia bipartida-rista.

AnistiaNo próximo Governo será conce-

dida anistia limitada e restrita.É provável que o Presidente Gei-

sei já conjugue o verbo anistiar de-pois das eleições de 15 de novembro.

* • •Quanto á anistia ampla, geral e

irrestrita, continua a ser um sonho denoite de verão.

FumaçaPelo menos um parlamentar bem

informado em relação ao comporta-mento do Planalto asegura que a ai-gazarra criada para se acabar com ovoto na legenda partidária vai acabarem nada, pois a providência vai parao arquivo das idéias sinistras.

As contas mostram que a Idéia 3ôfavorece a Arene de São Paulo, poisna maioria dos outros Estados o Go-verno recebeu mais votos na legendaque o MDB.

Na trincheiraO Sr Raymundo Faoro, presidente

da Ordem dos Advogados do Brasil,consome seus dias deste fim de sema-na prolongado atrás de uma trinchel-ra de livros do pensador marxista ita-liano Antônio Gramsci.

Lance-livre, O pedágio na Estrada Rio—Petró-polis, cuja cobrança estava previstapara dezembro, só vigora a partirdo próximo ano em face do atrasona entrega de equipamentos compra-dos na Europa. A cobrança, comoocorre na Rio—Teresópoiis, será fei-ta num só sentido, no valor de Cr$ 10.

, Ainda estão no Serpro 40 mildeclarações do Imposto de Renda pa-ra serem processadas.

O Presidente Geisel inaugura dia16 de outubro, em Brasilia, o 2? En-contro Nacional de Agropecuária., O Brasil desistiu de importar 1milhão de toneladas de soja em grão.A quebra da safra devida à geada noSul do pais não foi tão grande quan-to o anunciado na época., Dos 187 projetos aprovados pelaComissão Nacional do Álcool, apenas11 foram implantados no pais. A pro-dução atual de álcool é de 2,5 bilhõesde litros anuais.

Está internado numa clinica par-ticular no Rio o cx-Senador HamiltonNogueira.. Na terça-feira, cinco universitá-rios, dirigentes de órgãos estudantisde São Paulo, prestam depoimento naComissão Parlamentar de Inquéritoda Câmara dos Deputados que exami-na a situação do ensino superior nopais.a Segundo a Petrobrás, as reservasde óleo na plataforma brasileira atin-gem 73 milhões de metros cúbicos. Eas reservas de gás natural chegam a18 milhões de metros cúbicos,, A inclusão das cadeiras de Dese-nho Industrial, Programação Visual ePaisagismo no currículo das Faculda-des de Arquitetura, está provocandoprotestos dos alunos das Escolas deDesenho Industrial. Eles temem per-der para os arquitetos o seu mercadode trabalho. No Brasil funcionam 21escolas de Desenho Industrial.

lista no Bnwl o pesquisador doJardim Botânico de Edimburgh, Ja-mes Rattes. Vai fazer pesquisas sobreas plantas da reserva ecológica doBrasil Central.

Apresentado na Câmara um pro-jeto tomando obrigatória a indica-

ção da sigla partidária na propagan-da eleitoral. O seu autor, DeputadoMacDowell Leite de Castro, propõe umamulta de 50 salários mínimos'ao can-didato que omitir o nome de seu Par-tido. Se o projeto for aprovado paravigorar ainda para as próximas elei-ções, vai dar muita multa.

No dia 23 de outubro, a Embraervai comemorar o primeiro vôo do pro-tótipo do avião Bandeirante. Foi há10 anos.. A Central Nuclear Almirante Al-varo Alberto, em Angra dos Reis, de-ve entrar em funcionamento em de-zembro do.próximo ano.

O recolhimento do lixo na RuaSenador Dantas, no centro da cidade,é feito a partir das 10 horas. Até es-ta hora, os latões de lixo ficam ex-postos nas calçadas, inclusive nafrente dos hotéis.

A Secretana.de Educação do Es-tado, Mirthes Wentzel, faz uma pa-lestra na quarta-feira, no 5? Seminà-rio de Administração Escolar promo-vido pela Universidade de Santa Ma-ria, no Rio Grande do Sul.

O Governo de São Paula proibiu osanúncios comerciais em todas as es-tradas estaduais., O Governador Jayme Canet sus-pendeu todas as audiências marcadaspara a próxima semana. O Governa-dor do Paraná irá a Brasilia para umencontro com o General João Baptis-ta de Figueiredo., Será apresentada na Feira Inteivnacional de Pedras Preciosas que serárealizada em outubio, no Japão, umarubelita (variedade de turnialina ver-me.ha) encontrada na região do Va-le do Rio Doce, em Minas Gerais. Pe-sa 22 quilos e foi avaliada ein Cr$ 5milhões., A partir do dia 20, toda a gasolinadistribuída em Minas Gerais terá umamistura de 20% de álcool anidro.

A ECT inicia a distribuição, a par-tir do dia 15 de oulubro, em todo opais, dos formulários para justificara ausência nas zonas eleitorais doseleitores em transito. A empresa acre-dita que serão vendidos 3 milhões deformulários.

Jornada de Curta-Metragemcomeça em Salvador com aajuda inesperada do Estado

Salvador — Com um aumento de patrocínio —o Governo do Estado, que até então não havia des-tinado qualquer ajuda, resolveu conceder Cr$ 70mil para auxiliar na hospedagem dos convidados —começou ontem, nesta Capital, a 7a. Jornada Bra-sileira de Curta-Metragem que, pela primeira vez,terá este ano a presença de um Ministro de Es-tado: o das Comunicações, Sr Euclidés Quandt deOliveira.

O auxílio do Governo estadual, através de suaCasa Civil, somente se confirmou ontem de manhã,quando o coordenador da Jornada, Sr Guido Araú-jo, foi chamado ao gabinete para ser notificado dadoação. Segundo ele, foi uma decisão particular daCasa Civil, pois a Fundação Cultural do Estado, àqual está afeta a concessão de qualquer ajuda paramanifestações culturais, manteve a decisão de nãocolaborar.

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MOSTRAS PARALELAS

A abertura da Jornadaontem à tarde, no InstitutoGoethe, foi feita com ainauguração de duas èxpo-sições — In memoriam deOlney São Paulo e As Jor-7iadas de Salvador e a lutado Curta-Metragem — e ho-je terão inicio as mais im-p o r t antes apresentações,com destaque para umamostra paralela infanto-ju-veni}, às 18h, no Parque daCidade, cuja maioria dosfilmes pertence ao Cineduc,do Rio de Janeiro.

Também hoje começa oSimpósio dos Documentaris-tas. Haverá ainda uma reu-nião dos representantes defederações de cineclubes;uma mostra de curtas embitolas super-oito, 16 e35mm; outra mostra sobreos 20 anos da Cinematecado Museu de Arte Modernado Rio de Janeiro, com des-taque para o filme CinemaNovo, de Joaquim Pedro de

jornalistasfazem grevesimbólica

Belém — Os jornalistasparaenses farão greve sim-bólica de meia hora segun-da-feira, com o objetivo desensibilizar o Ministro doTrabalho, Arnaldo Prieto,para o problema dos jorna-listas da imprensa local quenão podem conseguir o re-gistro profissional em vir-tude do Decreto-Lei 972, queregulamentou o exercícioda profissão.

Com essa greve simbólica,decidida em assembléia ge-ral extraordinária, o Sin-

. dicato dos Jornalistas Pro-fissionais do Pará pretendemotivar o Minisro a alte-rar aquele decreto parapermitir o registro até adata em que a UniversidadeFederal do Pará diplomara primeira turma do cursode Comunicação.

A greve foi comunicadapelo Sindicato através denota oficial distribuída on-tem:

"Nosso movimento é cia-r a m e n t e relvindicatórlo:ainda acreditamos ser pos-sivel obter o apoio das auto-ridades e dos demais com-panheiros para a causa quedefendemos. Só nos restourecorrer a essa greve de ca-ráter simbólico, jâ que nãopretendemos paralisar ouprejudicar a atividade nor-mal das empresas, a fim depermitir que o jornal saiaregularmente".

Andrade, além de ser inicia-da a apresentação dos fil-mes que concorrerão ao júripopular que substituiu ascomissões de entidades quefaziam a premiação.

Este ano foi feita estamodificação, com a Intro-dução do júri popular, queserá composto pelas pessoasque adquirirem credenciaisda Jornada, obtendo comisto direito a um voto. As-sim a verba da Jornada se-rá .distribuída entre todosos participantes;

. A 7a. Jornada Brasileirade Curta Metragem, que es-te ano leva o nome de Pau-lo Emilio Salles Gomes, umdos maiores estudiosos docinema brasileiro e um dosprincipais incentivadores doconclave até morrer no anopassado, será encerrada dia14, com um debate sobrea Lei das Comunicações,com a presença do Ministro

Quandt de Oliveira.

Justiçaconvoca osDetrans

Brasília — Todos os dire-tores de Detrans do paisdebaterão durante quatrodias, reunidos no Ministérioda Justiça, projetos de am-pliação dos programas desegurança de transito e ra-cionalização do consumo decombustível. O encontro,que se iniciará segunda-feira, pretende e«tudartambém as particularidadesde cada região, a seremapresentadas por seus re-presentantes.

O alcoolismo em rela.çãoà segurança de transito se-rá tema de debate no cursodo encontro, porque do re-sultado das opiniões oMinistério da Justiça pre-tende definir ^s novos dis-positivos,, a esse respeito,que estão sendo introduzi-dos no anteprojeto de novoCódigo Nacional de Tran-sito, segundo informaçõesdo Denatran, um dos órgãosque patrocinarão a reu-nião.

O encontro começará comuma exposição do engenhei-ro Vicente Fialho sobre aprogramação do Denatransobre a segurança de tran-sito e terminará no dia 14com exposição do presiden-te da Empresa Brasileira dePlanejamento de Transpor-tes — GEIPORT — sobresua atuação na solução doproblema dos transportesurbanos. No dia 16, haveráassinatura de vários con-vênios de programas detransito.

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Diretor do Museu do Vaticano observa a Pietá da igreja dos poloneses

Redig de Campos examina edá pequeno valor à "Pietà"de igreja em Botafogo

O diretor dos Museus do Vaticano, Sr DeoclecioRedig de Campos — que volta a Roma segunda-fei-ra — atribuiu ontem "valor artístico modesto" àPietá (Nossa Senhora da Piedade), de 1864, da igre-ja dos poloneses, em Botafogo, afastando a crençade que a escultura fosse obra de discípulos do pin-tor e escultor italiano Miguel Ângelo.

Sem sequer tocar a imagem esculpida em már-more de carrara ou observá-la muito de perto, orestaurador considerou-a "em estilo correto, da úl-tima fase do neo-clássico, o período acadêmico dofim do século XVIII". Sobre o autor da escultura— L. C. Formilli — pesquisará melhor, admitindoser do tempo em que os temas iconográficos da Pie-tá eram muito repetidos, principalmente no Norteda Itália (1860).

importante obra Inacabadade Miguel Ângelo é a Bata-lha dos Centauros, em Fio-rença.

CENTRO CULTURALCÂNDIDO MENDES E WIZ0

CURSO: Israel no mundo contemporâneo. 20:30hs.

11/09 - Cristãos novos no Brasil — Carlos HeitorCony

12/09 - Contribuição hebraica para o Direito — l.Soibelnan

14/09 - A cultura hebraica na Civilização Oci-dental — Benjamin de Morais

18/09 - Economia em Israel — Ernane Galvêas.19/09 - Educação em Israel — Terezinha Saraiva.21/09 - Painel - E. Burla e A. Dines.

INSCRIÇÕES: Vise. de Pirajá, 351/7.°

Saúde negautilizaçãode veneno

Brasília — O Ministroda Saúde desmentiu on-tem que os moluscicidasFiocruz-001 e Fiocruz-002, desenvolvidos pelaFundação Osvaldo Cruz,tenham sido utilizadospelo PECE (ProgramaEspecial de Controle daEsq úistossomose), ma-tando mais peixes ecamarões do que cara-mujos transmissores dadoença.

Entretanto, a nota doMinistro Almeida Ma-chado informa que ogrupo d e coordenaçãogeral do PECE aprovouresolução do Ministériointerditando o uso dosmoluscicidas em águasonde os camarões sejamde valor econômico paraa comunidade, com basee m resultados obtidospelo professor BenjaminGilbert, do Instituto dePesquisas da Marinha,entregues a o Ministroem 8 de agosto.

Esses moluscicidas,continua a nota, con-tirtuam em estudo parase avaliar sua ação subxepeixes, crustáceos e ma-riscos que vivem nasmesmas áreas dos mo-luscos transmissores aaesquistossomose. Essetfaoalho conta com acooperação do institutoue ^eíjquisas aa Man-nha.

Escola Navalinscrevecandidatos

As inscrições para aEscola Navaí permanece-rão abertas até o pró-ximo dia 29 e no Riopodem ser feitas na Ilhade Villegaignon, da s8h30m às 12h e das13h30m às 16h. O con-curso, a ser realizado de27 de novembro a Io dedezembro, constará deprovas de Matemática,Inglês, Física, Químicae Português, todas eli-minatórias, com notamínima de quatro. Paraa matrícula é exigido o2P Grau.

(fhPUC PONTIFÍCIAUNIVERSIDADECATÓLICA

COORDENAÇÃO

CENTRAL DEATIVIDADESDE EXTENSÃO

^^ DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICAII.0 SEMINÁRIO DE RECICLAGEM EM ANÁLISE

DE SISTEMAS: TELEPROCESSAMENTO.Coordenador: Prof.: RUBENS NASCIMENTO MELOÉPOCA: 20 a 22 de setembroHORÁRIO: 4.' e 5." feira de 9:00 ãs 17:40 horas t

6." teira de 9:00 às 12:00 horas.CREDENCIAMENTO NO CONSELHO FEDERAL DE MÃO DE OBRA SOB

JONUMEÍIO 0311. INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: CCE/PUC/RJ ¦ Ru«Marques cie São V.cenle, 225 • casa XV • Tels: 274-4148 e 274-9922 •

Ramal 335

O NOVO PAPA

Com 73 anos, caminhandocom lentidão e um poucocurvado, o Sr DeoclecioRedig de Campos não sabese continuará na função dedirecor dos Musesus doVaticano, onde trabalha há45 anos. Sem responder sepoderia perder a funçãocom a escolha do novoPapa João Paulo I, disseapenas que se considerava"em tempo de aposenta.o-na"."Não conheço o sucessorde Paulo VI, mas o conside-ro prudente, o essencial pa-ra governar a Igreja. Quan-io a sua linha de ação, nãosaberia dizer se seguiria osdois últimos Papas (JoãoXXIII e Paulo VI) e achumelhor que deixemos issopara a Providencia Divina,porque tudo o mais seriajogo de adivinhação".

O restaurador foi con-vidado a examinar aimagem de Nossa Senhorada Pieda. e, no altar-mor daigreja dos poloneses pelahecre taria Municipal de Tu-rismo, cujo interesse erasaoer se o trabalho era deautoria de um dos discipu-los de Miguel Ângelo fauo-naroti, nascido em Caprese,a 6 de março de 1475, e la-lecido, em Roma, a 18 defevereiro de 1564, aos 89anos.

Num breve histórico - so-bre o artista italiano, o di-retor dos Museus do Vatica-no — são sete seções e 197funcionários, dos quais 34restauradores — lembrouque apenas a Pietá, que seencontra na basílica de SãoPedro, em Roma, foi termi-nada.

As outras três estão ina-cabadas, fato que atribuiunão só à falta de tempo deMiguel Ângelo, como à suamudança de estilo e ao pesodos anos. Duas Pietás — deiDuo7tio e di Palestrina —encontram-se na cidade deFlorença, enquanto a Ron-danini está em Milão. Outra

ÚLTIMA CAPELASegundo o Padre Pawel

Piotrowski, vigário da igre-ja Nossa Senhora da Pieda-ue, matriz dos poloneses noRio, os católicos polonesessao cerca de mil, enquantoa colônia tem 5 mil, a maio-na judeus. Um nicho sim-pies guarda a padroeira daPolônia, Nossa Senhora doMonte Claro. Ao lado do ai-tar principal está fixadoum quadro pintado d oB e m-Avemturado Maximi-liano Kolbe, polonês, faleci-do. em 1907.

Há 25 anos os polonesesocupam o templo, erguidoem 1720, em estilo gótico, eque, anteriormente, serviutambém de paróquia pes-soai dos ingleses. Desde1835, no entanto, a igrejapertence à Irmandade Im-perial de Nossa Senhora daGlória, que lá instalou suasede.

A capela pertenceu aoPalácio do antigo CaminhoNovo, atual Marquês d eAbrantes, aberta ao tráfegoem 1796. No Palácio, her-dado depois por Dom PedroI, morou a Rainha CarlotaJoaquina, mulher de DomJoão VI, que mandou res-taurar a capela privativaem 1818."E' a única que resta noRio, segundo a pesquisa deD Maria Elisa Ramalho Or-tigão, assistente da Coor-denação de Estudos e Ativi-dades Turísticas da Secre-taria Munxipal de Turis-mo". Entre os fatos anota-dos, está o roí bo de objetosde valor, como uma lam-pada de prata, na noite dp8 para 9 de novembro de1870.

Pela importância dacapela, D Maria Elisa achaque deve ser preservada etombada pelo PnhrimohiõArtístico e Cui ai doMunicip'o do Rio.

? m% PÓS-GRADUAÇAO |§rm&: • DIREITO DA EMPRESA início: 44

• DIREITO PENALm. te*

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• DIREITO PENAL i^9-78 i4> • COMUNICAÇÃO SOCIAL (JORNALISMO) 44^Informações e Inscrição: Rua do Bispo, 83 Tijuca - Fones: 22B-1494, 264-7089 e 234-5399 44

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JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D 1* Caderno NACIONAL - 7

TCU manda reclassificar ovencimento de todo servidor'aposentado por doença grave

Brasília — O Tribunal de Contas da União en-caminhou aos órgãos de pessoal sua instrução nor-mativa determinando que todos os aposentados deacordo com a Lei 1.050/50 — por motivo de doençagrave — passem a receber de acordo com os venci-mentos dos servidores em atividade ocupantes dosmesmos cargos em que eles se aposentaram.

No Tribunal calcula-se que essa decisão benefi-ciará diretamente cerca de 100 mil funcionário-.Por proposta do Ministro Luciano Brandão, o TCUjá começou a devolver às repartições de origem osprocessos dos aposentados pela Lei 1050 para quesejam imediatamente reclassifiçados.

R.cifê

OS PROCESSOS

Dois processos de aposen-tados pela Lei 1050 decidi-ram a situação de todos osoutros. Em julho de 1977,julgando o processo doex-agente fiscal RosslniGonçalves Maranhão, oTCU acolheu voto do Minis-tro Wagner Estelita e deter-minou que lhe fosse assegu-rado o direito de receber,como aposentado pela Lei1 050, vencimento corres-pondente ao do cargo emque se aposentou, pagos aosfuncionários incluídos n oPlano de Classificação.

O DASP entendeu, porémque de acordo com o Deere-ito-Lel 1 325, de 26 de abrilde 1974, o Sr Rossini teriadireito apenas ao vencimen-to do ocupante do cargo ini-ciai de sua classe, Seguindoesta interpretação, o DASPdeterminou que todos osaposentados, que não foram'beneficiados pelo Plano deClassificação quando ematividade, recebem apenasos vencimentos da categoriainicial.

Em decorrência, o DASPnão aceitou a decisão doTCU e recomendou à DP doMinistério da Fazenda quemantivesse a restrição, jáque "não prevalecia a de-cisão do TCU até resultadosde novos estudos". Anali-.ando esta recomendação, oMinistro Wagner Estelitaargumentou, em dezembrode 77, que as decisões doTCU só podiam ser revistaspelo Presidente tia Repúbli-ca ou o Congresso Nacional,de acordo com a Consti-tuição e assim mesmo emcasos específicos. O TCUmanteve, portanto, a de-cisão em relação ao Sr Ros-sini Maranhão.

Em agosto deste ano', o

TCU julgou, finalmente, oprocesso de aposentadoriade Jayme Gerarque Murta,agente fiscal de rendas in-ternas, iniciado no Tribunalem 1972.

Devido à Interpretação doDASP, o seu v

processo deaposentadoria, em que re-queria o direito concedidopela Lei 1.050/50, foi enca-mlnhado à diretoria de Pes-soai do Ministério da Fa-zenda, que mandou devol-vé-lo à Delegacia do Mima-tério do Paraná. A Delega-cia, porém, sabendo da de-cisão do TCU quanto ao SrRossini Maranhão devolveuo processo ã DP do Ministé-rio para que ela se proniun-ciasse.

A DP do Ministério, pro-curando atender a reco-mendação do DASP, resol-veu que "a aplicação da Lei1.050 só será feita aos apo-sentados cujos processos te-nham retornado do Tribu-nal de Contas da Uniãocom a recomendação dereajuste de seus proventos,como se na ativa estives-sem". Com isto, pretendiaretardar o pagamento des-tes direitos aos aposentadospela Lei 1.050, obrigando aque cada um deles recorres-se ao TCU, em processosIsolados.

Para evitar a burocraciae o prejuízo dos aposenta-dos, o TCU, acolhendo votosdos Ministros Luiz OtávioGallobti e Luciano Brandão,determinou que nos casosde aposentadoria pela Lei1.050 seja concedido o en-quadramento deferido aopessoal ativo da União e co-meçou a devolver os preces-sos semelhantes que se en-contravam em tramitação.O enquadramento, agora, éimediato.

Dirceu Nogueira conseguecooperação do Japão paraBrasil adotar "trem-bala"

Tóquio — O Ministro dos Transportes do Bra-sil, Sr Dirceu Nogueira, conseguiu ontem a coope-ração do Governo do Japão para a utilização entreRio e São Paulo da tecnologia do trem-bala que há14 anos liga Quioto a Tóquio, numa velocidade de200 quilômetros horários, sem registrar qualqueracidente fatal.

O Ministro Dirceu Nogueira fez o pedido de co-operação durante encontro com o Ministro dosTransportes do Japão, Kenji Fukunaga, o qual res-pondeu que seu Governo terá a maior boa vontadeem atender à solicitação brasileira, levando em con-ta os profundos laços de amizade existentes entreos dois países.SINAL VERDE

Antes da chegada do SrDirceu Nogueira, sabia-seem Tóquio que o governobrasileiro estava disposto aestudar o sistema de trans-,porte ferroviário a longadistancia da França e do Ja-pão para uma futura apli-cação no trecho Rio—SãoPaulo. Mas, aparentemente,o lado japonês já tinha cer-teza da vitória numa possi-vel concorrência, pois foramtomadas todas as providên-cias para a concretizaçãotio projeto. Na semana pas-s a d a, anunclou-ise oficial-mente que já fora eatabele-cldo um consórcio de 10grandes empresas japone-sas, capazes de fornecer aoBrasil todo o material ne-cessàrio. Ao mesmo tempo,o Presidente da Federaçãodas Organizações Econômi-cas, Toshio Doko, reuniu-secom o Ministro Fukunaga,para conseguir o apoio ofi-ciai à iniciativa, o que signi-fica a abertura de uma no-va linha de^.ljédito ao Bra-sil, num vá ..calculado emtrês bilhões"^ dólares icer-ca de Cr$ 60 bilhões). O Mi-nistro Fukunaga deu o sinalverde para a operação, co-mo confirmou no encontrocom o Ministro Dirceu No-gueira.

CARTA DE INTENÇÃO

O Ministro brasileiro faráhoje uma viagem até Quio-to pelo trem-bala é visitarádepois o Centro de Controlados Superexpressos japone-ses, para observar seu fun-cionamento. Ao fim de suavisita, na próxima terça-fei.ra, deverá entregar ao Go-verno japonês uma carta 'deIntenção do Brasil de adqul-

rir a tecnologia do trem-ba-Ia. O pedido que o Sr DirceuNogueira fez ao seu colegaFukunaga já não deixa dú-vidas de que o Brasil optoupelo sistema japonês, comoIndicavam as providênciastomadas nos círculos em-presarlais e oficiais d oJapão. A França, a únicaconcorrente em trem supe-rexpresso, tem apenas umalinha ligando Paris a Lyon,com quatro trens diários,que correm a uma velocida-de inferior em 60 quilôme-tros ao trem-bala japonês.FACILIDADE

A certeza da vitória naconcorrência levou os japo-s*3s a estudarem as condi-ções geográficas no trechoRio-São Paulo. As con-clusões Indicam que aadoção do sistema do su-perexpresso será mais fácilno Brasil, pois não serãonecessários tantos túneis epontes, como na linha japo-nesa, o que pode reduzir ocusto.

Como a operação está emsua fase iniciai, no momen-to, nào se saDe oficialmentequal a participação de cadaempresa japonesa no proje.to. Há a possibilidade, pelomenos, de que Ishikawaji-ma Heavy Industries se en-carregue da construção daspontes necessárias e da fa-bricação dos trilhos.

O Ministro Dirceu No-gueira mostrava-se ontementusiasmado com o siste-ma japonês e destaca o fatode que além de eficiente,é o mais seguro do mundo.O Ministro velo ao Japãoa convite da Japan Air Li-nes para a inauguração deseu vôo entre Tóquio e SãoPaulo.

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Além da televisão, funcionavam no prédio as Rádios Tamandaré e Clubeque foram também destruídas, mas não vão interromper as emissões

Nova Capitalde S. Paulotem comissão

São Paulo — O Governa-dor eleito do Estado de SãoPaulo, Sr Paulo Maluf, con-tradisse o que anunciou es-ta semana (quando garan-tiu que os estudos para amudança da capital-admi-nistrativa seriam começa-dos só depois de sua posse)anunciando, e m RibeirãoPreto, que a comissão paraestudar o assunto será for-mada em um mês.

O Sr Paulo Maluf esperauma conclusão do grupo deestudos para a mudança dacapital-admlnistratlva e mseis meses e garantiu queno fim do ano que vem, elacomeça a ser construída.Seus dois principais argu-mentos favoráveis à mu-dança são a melhoria daqualidade de vida urbanana Grande São Paulo ,e odesenvolvimento econômicopara o interior. Garantiuainda que não desistirá daidéia, "irreversível".

TRISTEZA

Em viagem de campanhapolitica pela rpgião inte-riorana de Ribeirão Preto,o futuro Governador paulis-ta disse ver com tristeza amudança da capital sendoatacada pelos, deputados doMDB, "que estão tentandotransformar um problematécnico em político."

Aproveitou ainda a oca-sião para lembrar qup gran-des obras como a Via An-chleta, o metrô e a Rodoviados Imigrantes enfrenta-ram o ceticismo de muitaspessoas que viam comoprincipal obstáculo à suarealização a falta de recur-sos, mesmo motivo alegadoagora pelos maiorps adver-sários da idéia da mudançada capital. "Pelo menos foiisso o que disseram os Jor-nais pessimistas. Eu nãovou dizer quais são, mas vo-cês sabem muito bem aquais me refiro".

Casas deEstudantestêm reunião

Porto Alegre — Limitaras Casas de Estudantes aomáximo de 30 pessoas, co-mo propôs o MEC, foi consi-derada "uma tentativa deextinção" pelos participan-tes do 3.° Encontro Nacionalde Casas de Estudantes,pois em geral elas abrigampelo menos 80 pessoas. Orepresentante do Rio co-brou maior Interesse do Go-verno.

Participam do encontro80 estudantes, representan-do 16 Casas de todo o pais.O enviado da Casa do Estu-dante Universitário do Riode Janeiro, Sr Paulo Seed,denunciou que há "um de-safio do Governo em re-lação às Casas de Estudan-tes, já que é uma obrigaçãosua auxiliar na manutençãodas Casas, mas sem interfe-rência na administração".Foram feitos relatos sobredespejos em São Paulo e noRio Grande do Sul.

TV-Rádio Clube, de Recife,pega fogo durante 4 horase tem instalações destruídas

Recife — São ainda incalculáveis os prejuízoscausados pelo grande incêndio que, durante maisde quatro horas, atingiu a TV-Rádio Clube, canal 6;Rádios Tamandaré e Clube do Recife, das EmissorasAssociadas, localizadas num só prédio na AvenidaCruz Cabugá, próximo ao Centro da cidade.

O incêndio, provocado por um curto-circuitonas instalações elétricas do estúdio da TV-RádioClube, começou às 14h30m, quando ia entrar noar o palhaço Pimpão. Crianças aguardavam paraentrar no estúdio mas foram afastadas imediata-mente. Não houve vítimas. Este é o 16.° incêndio ememissoras de televisão em 12 anos, no Brasil.ESTRONDO

NA TV-Rádio Clube.' estefoi o segundo incêndio. Oprimeiro, em 1976, não cau-sou maiores prejuízos: foiapagado pelos funcionáriosda empresa. O fogo come-çou em uma das cortinas,logo tem seguida ouviu-segrande estrondo e as laba-redas tomaram conta dasala. O locutor Marcos Mou-ra gravava comerciais queseriam levados ao ar depoisdo Grande Jornal, enquan-to Marylan Sales, o PalhaçoPimpão, se maquiava.

Cerca de 60 dos 120 fun-cionários da televisão eaproximadamente 30 dasrádios Tamandaré e Clube,localizadas no primeiro an-dar, acima do estúdio A, es-tavam trabalhando e foramos primeiros a- -retirar- -do.prédio móveis, máquinas,arquivos e tudo que conse-guiram salvar. Os bombel-ros chegaram cerca de umahora depois de terem sidochamados e com uma esca-da Magirus passaram acombater o fogo. Sete car-ros e 35 bombeiros traba-lharam no incêndio até ocomeço da noite, que tive-ram problemas com a faltade água no local. Os car-ros-pipas abasteciam-se naAvenida Norte, a quase umquilômetro de distancia.

TAPES PERDIDOS

O fogo destruiu móveis,filmes, máquinas de vídeo-tape, toda a parte die enge-nharia da televisão e equi-pamentos das rádios, alémde material administrativo.O telecine, que se encontra-va na área mais atingida,conseguiu ser salvo pelosbombeiros e tudo o que eraretirado do prédio era leva-do para um imenso galpãona mesma rua, onde estãolocalizados os transmissoresda televisão.

Apesar do fogo, a RádioTamandaré e a Rádio Clubeficaram no ar durante todoo tempo e não sairão doar, pois seus transmissoresestão localizados nos balr-ros de Peixinhos e CasaAmarela, respectivamente.Mas a televisão só voltaráa funcionar com progra-mação local dentro de ai-guns dias.

Segundo o seu superin-tendente, jornalista RicardoPinto, os prejuizos na TVforam enormes: "Nós en-tramos no ar às 20h, comprogramação de São Pauloe assim o público não ficarasem a Rede Tupi. Nós tam-bém não vamos ter comer-ciais locais. Enfim, ficare-mos fora do ar até que con-sigamos um empréstimo pa-ra importar todo o material

que foi destruído. Aindanão identificamos a causaexata do incêndio e sabe-mos apenas que foi um cur-to-circuito. Mas tudo issoserá apurado. Todo o siste-ma de prevenção de incên-dio funcionava no prédio,mas o fogo alastrou-se rapi-damente não foi possívelcontê-lo com os extintores".

PIONEIRA NO NORDESTE

Fundada há 19 anos, aTV Rádio Clube, Canal 6 foia primeira emissora do Nor-deste. Além dos equipamen-tos que perdeu, o fogo des-truiu também boa parte doseu arquivo, perdendo-se as-sim mais de 10 anos de do-cumentários sobre os prin-cipais acontecimentos d aregião. No Departamento de-Jornalismo, muita -coisa seconseguiu salvar como má-quinas de escrever, arquivofotográfico e de reporta-gens, mas suas instalaçõesforam totalmente danifica-das.

Os maiores danos rpgis-traram-se nas rádios. AClube, fundada em 1936, ea Tamandaré, fundada há25 anos, nunca haviam so-frido incêndios. Apesar dosdiretores e funcionáriosmais graduados da empresagarantirem que tudo estavasegurado, ninguém soubeinformar o montante do se-guro, nem qual a segurado-ra.

No final da tarde, com to-da a Avenida Cruz Cabugáinterrompida e grande áreaisolada para conter os queobservavam o incêndio, osbombeiros tiveram que tra-balhar mais rapidamentequando souberam que trêspessoas ainda se encontra-vam próximas ao local maisatingido no prédio: doisconseguiram ser retiradosimediatamente mas, a nãoser pelos olhos bastante ir-ritados com a fumaça, elesnão chegaram a se intoxi-car. E ao chegarem ao últi-mo degrau da escada, ime-diatamente tomaram leite.

A terceira pessoa, um ho-mem de aproximadamente30 anos, continuava no se-,gundo andar. A expectativaaumentou até que ele apa-receu em um dos terraços.Os bombeiros colocaram aescada e, tentando se acal-mar, ele ficou quase 10 mi-nutos sem se mexer, en-quanto embaixo, funciona-rios e diretores pediam queele tivesse calma. Desceusem problemas.

Carter saúdaGeisel pelaIndependência

Brasília — O PresidenteJimmy Carter telegrafou aoPresidente Geisei pelo Diada Independência. Tambémem nome de sua mulher,Rosalynn, afirmou que "VExa pode orgulha-se comjustiça das realizações bra-sileiras e da posição inter-nacional que o Brasil ailcan.çou sob sua a d m inis-tração! E termina:

"Alegra-me que a intimaamizade que tem distingui-do o relacionamento entrenossos dois paises por maisde um século e meio, e quefoi tão claramente demons-trada na calorosa hospital!-dade com que nos acolheudurante nossa recente visi-ta, constitui o fundamentofirme e duradouro sobre oqual continuaremos a tra-balhar juntos por um mun-do mais próspero e maisjusto."

O Presidente Geisel en-vlou a seguinte resposta:"Em nome do Governo e dopovo brasileiros e no meupróprio, multo agradeço oscumprimentos que a SraCarter e V Exa tiverama gentileza de enviar-me eà minha esposa, por motivodo aniversário da Indepen-dência do Brasil.

"As gratas palavras de VExa inserem-se no contex-to positivo das relações en-tre nossos dois paises, ali-cercadas em longa tradiçãoe na fraterna amizade queune nossas duas nações".

O Secretário de EstadoCyrus Vance também tele-grafou ao Chanceler Azere-do da Silveira, que respon-deu. Os telegramas foramdivulgados pelo Itamarati,que, no entanto, não soubeInformar se outros gover-n a n t e s telegrafaram aoPresidente Geisel.

Geisel vêexposiçãodo Mobral

Brasília — O PresidenteErnesto Geisel visitou on-tem pela manhã, durante50 minutos, a exposição Mo-bral — 8 anos, montada nasede do Touring Club deBrasília, na estação rodo-viária. Durante toda a per-manência do Chefe do Go-verno no local,, o transitoda área, uma das mais mo-vimentadas da cidade, foiInterrompido pela seguran-ça.

Ao ser recebido à entra-da, pelo Governador do Dis-trito Federal, Sr Elmo Sere-jo Farias, às 10h45m, o Pre-sidente Geisel foi saudadopelo presidente do Mobral,Sr Arlindo Lopes Corrêaque destacou ds esforços deseu Governo "para atenderas aspirações mais vivas donosso povo: as aspiraçõesde ver garantidos os seusdireitos humanos e atendi-das as suas necessidadesbásicas".

Euro Brandão acha censuranecessária mas é contra apassagem dela para o MEC

Brasilia —¦ "Nos bons colégios, sempre que umaluno é chamado à atenção pelo diretor, é estimu-lado pelo vice-diretor, ou vice-versa, para contra-balançar. Na sociedade acontece o mesmo. Nós nãopodemos censurar e estimular através do mesmoórgão."

O Ministro Euro Brandão deu o exemplo parailustrar sua posição contrária à transferência dacensura da Polícia Federal para o MEC, como admi-tia seu antecessor, Er Ney Braga. Entretanto, obser-vou que "uma censura moderada e adequada deveexistir, assim como deve existir a polícia (...) den-tro de limites que respeitem a criatividade e a in-tegridade do homem".CASSADOS

O Sr Euro Brandão duvi-da de que seja necessáriauma interferência do MECjunto ao Ministério da Jus-tiça para que se obtenhaa volta ao Brasil dos cien-tistas banidos ou exilados.Nega ter conhecimento es-pecifico do assunto, afir-mando que as declaraçõesque prestou no Rio de Ja-neiro não foram bem com-preendidas.

"O quef eu sei, a respeitodo assunto, é o que está nosjornais. Não haveria senti-do numa interferência do'MEC, tanto mais que esteé um problema mais amplo,dentro do bojo do Ministé-rio da Justiça. O que eu dis-se realmente no Rio de Ja-neiro , e que foi mal-inter-pretado por parte da im-prensa, é que sou a favorde que se aproveitem todosos nossos cientistas. Afinal,

Família deexilado tempassaportes

Aluizio MachadoCorrespondente

Buenos Aires — A mulherdo exilado brasileiro PauloSchilling, Sra Ingeborg Ma-ria Wesp Schilling, p duasde suas filhas conseguiram,depois de os solicitarem hàmuito, passaportes brasl-leiros, por instruções d oChanceler Azeredo da Sil-veira.

O Sr Paulo Schilling viveem Buenos Aires desde 1974.Antes estivera no Uruguai,de onde foi expulso, diz ele,por pressões do Governobrasileiro". Ele está conde-nado a 10 anos de prisãono Brasil por envolvimentona guerrilha do CoronelJefferson Aguiar ("Únicoprocesso em que estou abso-lutamente inocente").

Sua filha mais velha, ca-sada com um uruguaio, viveem Montevidéu e uma ou-tra, Flâvia, é prisioneira noUruguai e está condenadaa 10 anos de prisão, acusa-da de ter pertencido à orga-nização Tupamaros. Alémdo processo em que estácondenado, o Sr PauloSchilling responde a váriosoutros e se voltar ao Brasilserá prpso.

nós estamos gastando for-tunas para formar cientis-tas, seria um erro afirmai'que podemos dispensá-los.Todos devem dar sua con-t r i b u iç ã o ao desenvolvi-mento do pais".

Para o Ministro, há umangulo da questão que nãodeve ser menosprezado: odas possíveis atividades pa-ralelas e "antibrasileiras"de tais cientistas. Afirmou

que não existem "cientistaspuros", há "cientistas sereshumanos" que, como tais,desenvolvem outras ativida-des.

"Se estas atividades fo-ram atividades antibrasi-leiras, eu, como brasileiro,não posso aprová-las. Senão foram, quem tomou ati-tudes contra estes cientis-tas, na época, que faça algoagora. Não me incluam nomérito da questão: eu nãosei por que foram cassados,não estava aqui."

Professorespropõem ofim da greve

Londrina — Retorno àsaulas na segunda-feira seráa proposta dos professoresde Londrina ao CongressoEstadual de Paranavai, ho-je. A decisão foi aprovadaontem em assembléia-geral,com a ressalva de que obe-decerão à decisão da maio-ria, depois de admitirem oesvaziamento da greve, quecaiu de 97 cidades para 17,após um mês.

Os professores analisa-ram o movimento e conclui-ram que as reivindicaçõesbásicas não foram atingidasporque a mobilização nãofoi suficientemente forte.Uma das' conquistas foi aunião de todos os professo-res, acabando a divisão en-tre primários, suplementa-ristas, licenciados e efeti-vos.

A assembléia propôs a co-ligação de todas as entlda-des de professores do Para-ná numa só, além de apro-var a criação de um jornalpara defender as reivindi-cações básicas (piso salarialde Cr$5 mil e estabilidadepara os suplementaristas).

Leia editorial'Descarrilamento"

_ Q número mais bem informadode Campo Grande.

Durante algum tempo, 067121 vai ser onúmero mais chamado em Campo Grande,Estado de Mato Grosso.

É que, de 9 de setembro em diante, todoo sistema de telefonia local estará sendoampliado e aperfeiçoado.

E para que essas melhorias possamacontecer, todos os números de todos ostelefones da cidade estarão sendo mudados.

Então, antes de falar com qualquer pessoaem Campo Grande, pelo DDD, ligue para067121 e peça ao Serviço Telefones a Chamar-Informações o novo número desse assinante.

Como esta ligação é gratuita e é feitacom a mesma rapidez de qualquer outrachamada pelo DDD, não custa nada você §discar para 067121.

Você vai ver como /É_^=**¦__._-__*-*-«-.Campo Grande está IIEMBRATELmudando para melhor. W enp™.*»»™™«

8 - JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno

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Ausentes há muitosmeses, os tripulantes do Toneleroi reencontraram ontem as famílias no Rio 0 Metrô considera a Rua da Carioca liberada, mas o Detran prefere esperar o fim das obras

Secretaria de Saúde pedeajuda à população para afiscalização de alimentos

"Fiscalizar é um direito de qualquer cidadão.Ajude as autoridades de Saúde Pública na defesade sua própria saúde." Este é o slogan do PlanoIntensivo de Fiscalização Alimentar, a ser desen-volvido pela Secretaria Municipal de Saúde, duran-te uma semana, através do Departamento de Saú-de Pública, a partir de segunda-feira, até o dia 19.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde, SrFelipe Cardoso, a finalidade do Plano é conscienti-zar os consumidores do Rio dos direitos que têm aoadquirirem um produto alimentício ou ao seremservidos em bares, restaurantes ou similares. O se-cretário disse que já está pronto um roteiro em to-das as Regiões Administrativas, onde uma equipeformada por 57 médicos-veterinários e 132 fiscaisatuarão durante a campanha.

cidade, senão em todos, issoocorre, e respondeu:"Esta é uma prova de queainda não estamos comuma fiscalização ideal, poisestes supermercados jádeveriam ter sido autua-dos".

Marinha recebe submarinoque navega por satélite eatinge 6 alvos de uma vez

Sistema de navegação por satélite — navisat— e computação digitalfque dirige os torpedos paraseis alvos ao mesmo tempo, são as novidades dosubmarino Tonelero, recebido ontem, no Rio, pelossubmarinos Amazonas, Rio áe Janeiro, Goiás, Hu-maitá e Rio Granâe do Sul, que o recepcionaramfora da barra e o acompanharam em sua primeiraentrada na Baía de Guanabara, em formatur.

O Tonelero saiu no dia 25 de julho dos estaleirosVickers, em Barrow-in-Furness, Inglaterra, fazendoescalas em Lisboa, Tenerife, Recife e Salvador. Natravessia Tenerife—Recife, permaneceu submerso20 dias, uma hora e 54 minutos, recorde na Ma-rinha brasileira. É a 10.a unidade da Força de Sub-marinos e tem 64 tripulantes.recepção

PELO TELEFONE

O secretário Felipe Car-doso explicou que, ao assu-mir a Secretária de Saúde,encontrou um serviço defiscalização bastante defici-tário e centralizado e, paradiminuir a s deficiências,uma das primeiras medidasque tomou foi contratar 40médicos-veterinários e 3 0fiscais para o serviço.

O secretário admitiu quea fiscalização ainda nãodispõe de recursos humanossuficientes, "pois temos quecobrir cerca de 80 mil esta-belecimentos que comer-ciam com produtos alimen-ticios e, por isso, precisamosmuito da cooperação da po-pulação". Ele alerta os con-sumidores que, caso sejaconstatada alguma irregu-laridade quanto à qualidadede alimentos ou falta .de hi-giene em estabelecimentoscomerciais do ramo, todasas reclamações serão exa-minadas através do Serviçode Higiene e Tenologia Ali-mentar, da Divisão de Me-dicina Veterinária, telefo-nes 224-9429 e 221-5718.

Para o Secretário, "infe-lizmente, a maioria das pes-soas desconhece os fatosque lhe dão direito de recla-•¦ mar—às autoridades e que"resultam em penalidadesao infrator". Entre algumasrecomendações que ele fazao consumidor, "principal-mente às donas-de-casa",estão as seguintes: As latasestufadas ou enferrujadasdevem ser • recusadas; Osfrutos do mar ou os alimen-tos que os contenham de-vem ser rejeitados, se apre-sentarem cheiro amoniacal,a carne deve ser moída napresença d o consumido-,pois é proibida a venda decarne pref molda; as xica -ras, nos bares, restaurantese similares, devem ser lava-das com água e sabão e es •terilizadas em água ferveu-do; os restaurantes e baresdevem dispor de filtro <wágua; é proibido o uso a.*toalha e copa coletivo; s,íinstalações sanitárias d -ebares e restaurantes devemestar Enseadas, os emprega-dos devem estar adequada-mente uniformizados e seapresentar enj perfeito as-seio ccporal e não devemser ace-tos os alimentosmanipulados por emprega-dos que manuseiam dinhei-ro.

Ao cimentar a proibiçãoda venda da. carne pré-moida, o Secretário FelipeCardoso foi informado porum repórter que, na maio-ria dos supermercados da

INFRAÇÕES

A gradação das penas aocomerciante infrator, infor-mou o Sr Felipe Cardoso,começa com a advertência,seguida de termo de in-timação, auto de infração,auto de multa, interdiçãocautelar e apreensão. Nocaso de interdição, o estabe-lecimento fica fechado atéque sejam cumpridas asexigências da fiscalização e,no caso de reincidência, ocomerciante paga multaque varia de Cr$ 2 mil aCr$ 80 mil. De um modo ge-ral, as multas variam entreCr$ 500,00 a Cr$ 10 mil.

Do inicio do ano até ju-lho, foram visitados pelafisaallzaçãodo Depar-tamento de Saúde Pública49 mil 655 estabelecimentos,resultando em 8 mil 177 ad-vertências; 3 mil 599 termosde intimação; 1 mil 670 au-tos de infração e 1 mil 404multas, gerando uma arre-cadação de Cr$ 3 milhões,.860 mil" 446. No mesmo pe-riodo, foram interditadosnove estabelecimentos.Segundo o Secretário FelipeCardoso, o Bar Arataca, emBotafogo, está fechado háseis meses.

De acordo com levan-tamento feito pela Secreta-ria de Saúde, o maiornúmero d e advertênciasocorreu em Bangu (2 mil440), seguido de MadureiraU mil 216). Copacabana li-dera o número ae Intima-ções, com 450 comerciantesintimados, seguida de Ra-mos com 397. Os autos deinfração foram registrados,em maior numero no Cen-tro (197), seguido de Copa-cabana, com 160. Tambémfoi no Centro onde houvemaior número de multas(136), seguido de Madureira(131). As multas aplicadasaos comerciantes de Copa-cabana geraram uma arre-cadação de Cr$ 442 mil eaos de Ramos, Cr$ 385 mil.

O Secretário Felipe Car-doso explica que o Plano In-tensivo de Fiscalização Ali-mentar não Implicará naparalisação da fiscalizaçãode rotina, "tanto é que oPlano será desenvolvido das13h às 18h, porque, pelamanhã, as viaturas estarãoservindo às equipes normaisde fiscalização".

O Comandante da Forçade Submarinos, Contra-Al-mirante Henrique RubemCosta Velloso, estava a bor-do do Tonelero quando onavio entrou na Baia deGuanabara. Às llh30m, osubmarino atracou na BaseAlmirante Castro e Silva,na ilha de Mocanguê Gran-de, e oito marinheiros de-sembarcaram para formara guarda de honra. Ocordão de isolamento foirompido por parentes destripulantes Walter AraújoGuimarães e Dimas Sam-paio Peixoto, para ab.va-çá-los.

Depois que um grupo deantigos submarinistas subiua bordo, o Chefe do Esta-do-Maior do Comando deOperações Navais, Vice-Al-mirante Alfredo K a r a n,saudou a tripulação do sub-marino, ausento do pais deoito meses a um ano e seismeses, pois acompanhou ofinal da construção do na-vio e teve um periodo detreinamento com a Mari-nha inglesa.

Depois da solenidade, amaioria dos tripulantes pô-de desembarcar e se encon-trãr com parentes é amigos.Um dos militares, sargentoMonroe, conheceu então

sua filha, Alexandra, nasci-da em abril.

CUSTO

O Comandante do Tone-ler o, Capitão-de-FragataMurillo Carrazedo Marquesda Costa, informou que onavisat permite, através desatélite, saber instantânea-mente a posição do subma-rino, e na América Latinaapenas o Chile tem dois na-vios iguais, que não estãoequipados com computaçãodigital, que dirige os torpe-dos para seis alvos ao mes-mo tempo. O Toiielero podelevar seis torpedos nos tu-bos e 18 nos berços, que po-dem ser substituídos porminas. O sist°ma de pro-pulsão é diesel-elétrica.

O Tonelero é o terceirosubmarino da classe Oberonencomendando nos esta-leiros Vickers — os outrossão o Humaitá e o RTachm-Io — e em 1972, quando co-mecou a ser construído, seucusto era de 7 milhões delibras, quantia que terá cor-reções devido à inflação in-glesa. A Força de Submari-nos passa a ter agora seteunidades de tecnologiaamericana e três de tecno-logia inglesa, além doGastão Coutinho, utilizadopara operações de salva-mento. Os novos submari-

. -nos do.Brasil passarão a ser.,construídos no Arsenal deMarinha do Rio de Janeiro,dentro de dois anos.

Universidade de Sta. Mariacomeça até o fim do mêso rastreamento de satélites

Porto Alegre — Com o objetivo de fornecer in-formações sobre meteorologia, auxiliar no serviçode proteção e segurança de vôo, além de ensino etreinamento de pessoal, entrará em funcionamento,até o final deste mês, a estação de rastreamento desatélite da Universidade Federal de Santa Maria.

"O objetivo da estação de rastreamento é for-mar um centro de informação meteorológica nointerior do Rio Grande do Sul, reunindo para issorecursos materiais e humanos, e contando com oapoio do Instituto de Pesquisas Espaciais do Insti-tuto Tecnológico da Aeronáutica de São José dosCampos", segundo o engenheiro Gilberto Moresco,pres-dente do grupo de trabalho de operação da es-tação.FABriCAÇÃO NACIONAL

"Of* equipamentos da es-tação rastreadora de satéli-tes ue Santa Maria foramprojetados e fabricados noInsti'uto Tecnológico daAeronáutica — ITA, em SãoJosé dos Campos. Atual-mente os sistemas utiliza-dos são os satélites norte-a-mericanos NOOA 4 e NOOA5", informou Gilberto Mo-resco.

Ressaltou que "a imagem

da estação de Santa Mariaserá mais precisa que aimagem atual dos NOOA,pois estes já estão antigose os Estados Unidos irãolançar este mês outros saté-li.tes mais modernos. A lma-gem da nova estação derastreamento será mais ni-tida e com maior contraste,devido à presença de umsistema de raios Infra-ver-mellios, que permitirá atransmissão de imagens du-rante o dia".

Supletivoencerrainscrições

Com grandes filas emquase todos os 200 postosno Estado, as inscrições pa-ra os exames supletivos de19 e 2"? graus foram até as23h de ontem, último dia,uma hora além do estabe-lecido. Os 2 mil menores de18 anos e 21 anos que nãoconseguiram mandado desegurança não se puderaminscrever (para as provasde 19 e 29 graus, respectl-vãmente».

O edital de convocaçãolimitou as idades, mas a 3a.Vara da Fazenda Públicadeu liminar a estudantesabaixo do limite, que íize-ram as quatro primeirasprovas e muitos até se ma-tricularam no vestibular doCesgranrio. Entretanto amedida caiu, com a Justi-ça se baseando em parece-res do Conselho Federal deEducação. As provas serãoem 18, 19, 25 e 26 de no-vembro.

Trabalhona Marinhatem projeto

Brasília — Os alunosdas Escolas de MarinhaMercante do país terãode trabalhar três anosem frotas do Governodepois d e diplomados,determina projeto de leiaprovado ontem porunanimidade da Comis-são de Educação e Cul-tura da Câmara. O ob-jetivo principal é evitara evasão de pessoal paraa iniciativa privada.Ao justificar seu pro-jeto, o Deputado Jorge

:, Aíbage. J Arena)... afirma..que "a Marinha Mercan-te se defronta com umcrônico problema de fal-ta de pessoal habilitado,já que os alunos dasduas escolas existentes,em Belém e no Rio deJaneiro, após concluíremseus cursos de formaçãode pessoal especializado,deixam a instituição,sendo recrutados por in-dústrias que atuam noeixo Rio—São Paulo".

No entender do Depu-tado, a evasão dá irrepa-ráveis prejuízos ao país,que investe vultosos re-cursos para formar essepessoal especializado. Aintenção do projeto éaplicar à Marinha Mer-oante os mesmos prin-cípios adotados pela Ma-rinha de Guerra, criandoum tempo de trabalhoobrigatório.

O relator do projetona Comissão foi o Depu-tado Antunes de Oliveira(MDB-AM), que o con-siderou "de elevrdo ob-jetivo para corrigir umainjustiça contra o órgãoformador de pessoal qua-lificado na área ás. Mari-nha".

Variante encurta caminhopara a Região dos Lagos eevita trânsito de Tribobó

Antes mesmo da conclusão do trevo elevado deTribobó, prevista para março de 78, os motoristasque se destinem à Região dos Lagos podem evitaros congestionamentos daquela área e encurtar emtrês quilômetros sua viagem. Basta usar a varianteMaria Paula—Rio Douro, como o fez ontem à tarde,em visita de inspeção, o Secretário de Transportes,Antônio Carlos de Almeida Pizarro.

Além da variante, a ser inaugurada nos pró-ximos dias pelo Governador Faria Lima, o Secre-tário percorreu duas outras ligações regionais naárea de Niterói—São Gonçalo (Estradas Sete Pon-tes e Tenente Baldeador) é visitou as obras do via-duto e dos acessos no entroncamento de Tribobó.Todas as obras, segundo ele, destinam-se a aliviaro transito no eixo Rio—estradas fluminenses.

pela superficie, havendoainda as alças para as In-terligações dos três eixosrodoviários (Amaral Pei-xoto. BR-101 e Niterói-Tribobó).

Em dezembro, segundo oSecretário de Transportes,a ligação entre Niterói e Al-cantara (BR-101) será feitapela variante a ser constru-ida sob o viaduto, de modoa interditar o trecho atual(que passa ao lado do Posto

de Patrulha Rodoviária Es-tadual) e permitir a terra-planagem e aterro da ram-pa do viaduto.

LONGE DE TRIBOBÓ

Ainda chamada de Estra-da Velha de Maricá pelosmoradores locais, a varian-te Maria Paula—Rio Dourofoi construída, asfaltada esinalizada pelo DER a umcusto de Cr$ 25 milhões,com recursos da Fundrem.Começa no Km 4,5 da Es-trada Niterói—Tribobó (queserve também de acesso aPendotiba e Itaipu) e ter-mina no Km 7 da RodoviaAmaral Peixoto, num totalde 5,4 quilômetros (novos)e mais 2 quilômetros jaexistentes, encurtando emtrês quilômetros o percursopo: Tribobó.

¦¦ A variante está inteira-mente concluída e só res-tam trabalhos d e asfal-tamento na Interseção coma Rodovia Amaral Peixoto,na localidade de Rio Douro,que podem durar apenasuma semana, ficando a car-go do Governador Faria Li-ma marcar a data da inau-guração. A variante servirátambém de acesso à Regiãodos Lagos para os morado-res da Zona Sul de Niterói(Icarai, São Francisco, Cha-ritas, Jurujuba e outrosbairros).

SOBRE TRIBOBÓ'....

Em Tribobó, o SecretárioAlmeida Pizarro inspeclo-nou as obras que vão eli-minar o entroncamento Rordovia Amaral Peixoto- -BR-101: compõem-se de umviaduto de 80 metros de ex-tensão e várias alças, ram-pas e retornos numa exten-são de quatro quilômetros.O viaduto terá sua concre-tagem iniciada d.mtro deuma semana e ficara pron-to no finai de outubro, massó poderá aer Inauguradoem fevereiro ou março por-que os espaços para as ram-pas exigem desapropriaçõese o DER encontra dificul-dades de negociar com osproprietários de terrenos.

Além da extensão 5 0vezes maior que o trevo (8Umetros contra 4 mil me-tros). o .viaduto .'epresentaapenas a metade do invés-timento total (Cr$ 15 mi-lhões). mas o conjunto teráum preço final de CrS 19milhões porque será neces-sário canalizar e construir240 metros de bueiros. Osrecursos são da EBTU (Em-presa Brasileira de Trans-portes Urbanos).

O viaduto de Tribobó per-mitirá transito em mão du-pia entre Niterói (pela Es-trada de Tribobó) e aBR-101 (em direção a Al-cantara, Itaborai, Rio Boni-to), enquanto o transito en-tre Niterói e a RodoviaAmaral Peixoto será feito

OUTRAS OBRAS

O Secretário de Transpor-tes visitou ainda as obrasda Estrada Sete Pontes (6,4quilômetros; Cr$ 3 7 mi-lhões; inauguração emmarço) que liga a BR-301,em Alcântara, à Covanca,em São Gonçalo e as daTenente Baldeador (4.3 qui-lômetros; Cr$ 15 milhões;inauguração em março},que vai do Km 2 da Nite-rói—Tribobó ao bairroTenente Jardim, quase noBarreto, a 500 metros doacesso direto à Pont*; leio—Niterói.

As duas servem de alter-.nativa para a utilização daTribobó—Niterói" e para àAlameda São Boaventura.Embora exista uma equidis-tancia desses pontos em re-lação à Ponte Rio—Nite-rói, a primeira ligação sótem o inconvenlent2 d eatravessar um núcleo ui-bano, na Covanca, mas aEstrada Tenente Baldeadorjá se apresenta como umaopção mais viável porquedesemboca p r í; x : m o Joacesso da chamada Letradado Contorno (Niterói—SãoGonçalo).

O Secretário comparou üsefeitos desse conjunto deobras no transito local ° re-gional aos resultados ob-t:dos com as obras reali-zadas, no Rio, na área doGasômetro: desafogar o in-tenso transito pré-rodoviário através de umamalha de alternativas. Re-conheceu, entretanto, quselas teriam sido relativa-mpnte desnecessárias paraesse objetivo (cor.tmuandoporém importantes como li-gações locais) se o DNERtivesse concluído a ligaçãoNiterói—Manilha.

"Mesmo depois idessa obrado DNER, que não sei quan-do será concluída, pois hamuitos problemas envolven-do sua construção, as obrasdo DER não perderão sensignificado e importância,pois passariam a tornar-seopções para ü eixo principale melhorias para o transitolocalizado", disse.

Cariocacontinuainterdita

Apesar da Companhia doMetropolitano informar quea Rua da Carioca está libe-rada ao público desde se-gunda-feira, o quarteirão daUruguaiana até RamalhoOrtigão está ocupado porcavaletes e compressores,enquanto operários do me-trô e da Ligth trabalhamem galerias e valas.

A rua foi interditada noinicio de julho, por causado rompimento de um canode esgoto, na esquina coma Rua Uruguaiana; a re-de da Telerj foi atingida e2 mil telefones do Centrodanificados. Para o conser-to foi necessário desmontara ponte metálica que corta-va a Uruguaiana, e o metrôdecidiu fazer logo a passa-gem definitiva, obra previ*-ta para agosto.

CONTRADIÇÃO

Segunda-feira o metrôcomunicou a liberação darua. mas a abertura aotransito dependeria de por-taria do Detran. No dia se-guinte, técnicos do Detranfizeram uma vistoria e ve-rificaram que a rua só es-tava utilizável a partir daRua Ramalho Ortigão.

Ontem, operários da em-preiteira Itapema trabalha-vam numa vala aberta emfrente ao n? 6 da Rua daCarioca, enquanto pessoalda Ligth instalava tubos ecabos para reforços do for-necimento ao Centro, ser- -viço que deverá terminarsegunda-feira.

Na esquina de Assembléiacom Uruguaiana, a Ligthcomeçou ontem a ampliaruma caixa de inspeção, pa-ra completar o remaneja-mento das redes subterra-neas, deslocadas por causado metrô. O serviço vai du-rar 30 dias, tempo em queficará interditada a Rua daAssembléia entre Rio Bran-

... co.. e_.Uruguaiana. .„

ProtocolointegraMinistérios

Brasília — Integrar a po-lítica educacional e a orga-nização do mercado do tra-balho é o objetivo do proto-colo que o MEC e o Ministé-rio do Trabalho assinarãosegunda-feira, o qual facili-tara a ação do Sine (Siste-ma Nacional de Emprego)junto às instituições de en-sino superior e técnico (2»grau) mantidas pelo Gover-no federal.

Haverá troca de infor-mações entre os dois Minis-térios e serão criados servi-ços para orientar os for-mandos para estágios e em-pregos; também serão feitaspesquisas e estudos sobre asestruturas de educação e detrabalho, colhendo dadospara orientar a apreciaçãodas propostas de criação eautorização de novos cur-sos. O protocolo tem por ba-se diretrizes do 2? PlanoNacional de Desenvolvi-mento.

um a jecâo mftoumfts c couipaíticíitoi' AA EDIÇÃO DE 2 FEIRA

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JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D I9 Caderno CIDADE/ESTADO - 9

Jovem acusa cabo que o baleou sem motivoLuis Cláudio Lucena

Sampaio — o jovem de 18anos que foi metralhado pe.lo cabo José GonçalvesDias, do 1» BPM, na portade sua casa, quarta-feira úl-tima — disse qüe vai ratifi-car, na 18a DP, a queixadada pelos seus irmãosEdilson e José Carlos: "Eleatirou em mim de propósitoe não por engano, e só mesocorreu porque aparece-iam os meus parentes".Com a perna direita que-brada pelo tiro, Luis Cláu-dio f61 removido, ontem, doHospital Souza Aguiar paraa Casa de Saúde Santa Te-resinha, na Tijuca. Ele dis-se, ainda, que os moradoresde sua vila, no Rio Compri-do, estão fazendo um abai-xo-assinado contra o mili-tar, que já passou por ali,várias veaes, de madrugada,disparando tiros para o ai-to.

DE PROPÓSITOÍ í_rLuís Cláudio contou quetinha saido do trabalho,

numa empresa de engenha-ria, e passou em casa parajantar, antes de ir ao cursonoturno. Na entrada da vi-Ia, o cabo mandou-o parare perguntou ondte ele mora-va. O Jovem apontou paraa casa em frente e o mili-tar, depois de olhá-lo poralgum tempo, deu-lhe ascostas. De repente, voltou-se e disparou a submetra-.lhadora, atingindo a pernadireita do rapaz.

O disparo atraiu a aten-ção dos moradores e, en-tão, o militar decidiu le-var Luis Cláudio para oHospital Sousa Aguiar. Aopolicial de plantão, o caboJosé Gonçalves disse que,em tiroteio com a quadrilhade traficantes de tóxicos, ti-nha acabado por atingir òjovem. O irmão Edilson, queíoi depois & 18a DP regis-trar queixa, lá encontrou ocabo, travando-se, então, oseguinte diálogo:

Tenha piedade demim, não fiz por mal, disseo militar.

Como posso ter penade você? Por acaso, você te-ve pena do meu limão, quenunca lhe fez nada? res-pondeu Edilson.

Edilson está de posse dacápsula disparada pelo ca-bo, mas diz que a entrega-rá somente ao delegadoNelson Madjelany, titularda 18a. DP.

SEM ÓDIO

A mãe de Luis Cláudio,dona Nailza, ainda nao foivisitar o filho na Casa deSaúde Santa Tereslnha:desde que o marido morreude acidente, ela nãoagüenta ver sangue nementrar em hospital. Mas jàsabe que o filho está beme se tranqüilizou um pouco,conseguindo falar dele semchorar, embora precise da

ajuda de Edilson para co-locar os pensamentos emordem.

Pernambucana, de 47anos, ela mostra os livrose apostilas de Luis Cláudio,manchados de sangue, masnão demonstra raiva contrao policial e até está contrao abaixo-assinado dos mo-radores. Para ela, a justiçadeve resolver o caso, punln-do quem for culpado. Acasa onde mora com os cln-co filhos, todos homens,tem estado cheia de vlzl-nhos que vêm perguntarpelo rapaz e manifestar suasolidariedade. Para cadaum, o cafezinho ou um copode Coca-Cola.

NEM VINGANÇA— Moramos aqui há 21

anos, somos todos amigos,nunca tivemos problemascom a policia. Quando oLuis Cláudio íoi baleado,todo mundo correu para olocal e até tive medo deque alguém quisesse lincharo policial — conta a viúva.

Apesar da revolta da vlzl-nhança, dona Nailza diaque não deseja vingança:"só quero o que manda alei". Já o filho Edilson dlss»que, quando a Delegaciaabrir o inquérito, ele tenta-rá conseguir um advogadopaTa atuar no caso. "Issonão pode ficar assim" —acrescenta — "pois não é sóo problema do meu irmão,mas todos aqui Já nos sen-timos sem segurança, atódentro de casa".

OUTRO CASO

O cabo da PM José Gon-çaives Diias, já era conhe-cido no local. Alguns diasantes, ele tinha prendido,na subida do morro, RuiGuedes da Silva, de 20 anos,sem explicar o motivo •apesar do rapaz ter mostra-do sua carteira de identlda-de, CPF e carteira d* es-tudante.

Os irmãos e vizinhos deLuiz' C lá u d lo lembraramque o policial, depois do dis-paro, disse que "isso acon-tece porque vocês dão pro-teção a bandido", o que re-voltou ainda mais a todos.

D Nailza mona com trêsfilhos em uma casa peque-na, com uma sala, cozinhae um quarto, que comprouem 1960 por Cr$ 50,00. Elarecebe Cr$ 934,00 de pensãodo INPS- desde que seu ma-rido morreu e todos os fl-lhos t ra b a 1 h a m paraajudar. Edilson, de 27 anos,é casado, e trabalha comoassistente de camera naSupysaua Filmes; Edvaldo,24 anos, é auxiliar de escri-tório; José Carlos, 28, estáempregado n a FaculdadleEstácio de Sá; Carlos Ro-berto, 22, é desenhista naempresa ineal, e Luiz Cláu-dio, dé 18 anos, mensageiroda Ineal. ,

Jornaleiro aponta PMsque mataram seu filho

O jornaleiro Helênio Ben-to Vieira, pai do menorGervano, de 14 anos, mortona semana passada com umtiro no.J>esçoç.o, na .íayiela.Nova Hoíanaa, em Bon-sucesso, prestou depolmen-to, ontem, nk 21a. DelegaciaPolicial e afirmoy que "ospoliciais militares quemataram meu filho perten-cem ao Destacamento dePoliciamento Ostensivo, dafavela Nova Holanda".'

Ele disse, ainda, que nodia. do crime, os soldadosestavam fardados e o fatoocorreu de dia, por voltadas 16hs, Sobre as ameaçasque ele estaria sofrendo,declarou que, pessoalmente,nunca os PMs lhe disseramnada, mas quando passampor ele, ficando olhando-ofixamente e sacam das ar-mas, dando tiros para o ai-to.

DEPOIMENTOS

O delegado Mauro Maga-lhãtes, da 21a. DP, aguardapara a próxima semana oslaudos do IML sobre a cau-sa, mortis do menor e jà so-

Acidentesem rodoviasmatam 5

São Paulo — Em 24 ho-ras, as rodovias paulistasregistraram acidentes com32 veículos, deixando umsaldo de cinco mortos, 25feridos graves e 56 leves. NaCapital, no mesmo período,ocorreram outros 323 aci-dentes, dos quais 117 comvitimas; três pessoas mor-reram na madrugada deontem.

Os desastres nas estradasenvolveram 21 automóveis.10 caminhões e um ônibus,tendo sido oito capotagens,cinco batidas, três atropela-menos, dois choques, doisabalroamenos, um tomba-mento e um incêndio emveículo.

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Com a perna quebrada, Luís Cláudio deixa o S. Aguiar numa maça

Testemunha viu professor morta

licitou o compareclmento,para prestar depoimento,na próxima segunda-feira,de Sebastiana Gomes Gal-vino, dona do barraco onda"ò" menino, perseguido"""pelossoldados, escondeu-se napalafita e acabou sendo ba-leado.

Também v5o prestardepoimento os soldadosIvam Aires Fontes e LuisCarlos da Rocha, da 2a. Ciado 16"? BPM, que estavamdie serviço no Destacamentode Policiamento Ostensivo(DPO) de Nova Holanda. Osdois soldados levaram omenor para o Hospital Pau-lino Werneck e depois fo-ram à 21a. DP declarar que"tinham socorrido um ra-paz, baleado por desconhe-cidos".

O Deputado Edson Khalr,a quem o Jornaleiro foipedir ajuda e que o levouà policia, solicitou, ontem,a colaboração do serviço Ju-ridico da Arquidiocese doRio de Janeiro, "a fim deque a Igreja, sempre deten-sora dos direitos humanosneste pais, assista, Jurídica-mente, o pai de Gervano".

Traficanteé preso noseu barraco

O traficante de tóxicos,Jorge Pereira da Silva, de21 anos de idade, foi presoem flagrante, com 300g demaconha, por soldados do20<? Batalhão da PM,comandados pelo TenenteNes tor.

Ele foi surpreendido pelossoldados no interior de umbarraco na Favela Caminhodo Padre, em Anchieta.quando fazia trouxinhas demaconha para vender. Jor-ge foi entregue à 31a DP,onde foi autuado.

"O professor Paulo Roberto de Aze-redo foi assassinado friamente pelo sol-dado da Policia Militar, Del Dédio Gon-çaives dos Santos, que não teve nem oreceio de circular com o carro roubadoda vitima, em cujo interior o corpo es-tava exposto na parte de trás (era umaVariant) e que deve ter sido visto por' outras pessoas que têm medo de ir à po-licia".

A declaração foi dada, ontem, peloSr Edson Ornellas Vieira, em cuja casa,no bairro Coelho, em São Gonçalo, o sol-dado esteve no dia 2 de julho último,pouco depois de ter dado um tiro natesta do professor. "Só não contei à po-licia" — disse — "com medo de repre-sálias do soldado que é tido pór aqui co-mo um matador profissional".

Denúncia anônimaSegundo o delegado Ronaldo Men-

des Coelho, de Itaboraí, em cuja júris-dição o corpo do professor de Antropo-logia foi encontrado por moradores daRua Goiás, no bairro da Marambaia,.o assassino foi identificado através.deum telefonema anônimo (era voz demulher) que apontou o Sr Edson Ornei-las Vieira como sendo a única pessoacapaz de revelar o autor do homicídio.

Após quase um mês de buscas, a po-licia conseguiu localizar a testemunha,que é dona de um ferro-velho no bairroCoelho. Edson confirmou que, por voltadas 4h30m do dia 2 de julho último, oPM Del Dédio Gonçalves dos Santos es-teve na sua casa, na Rua Armando Ran-ce, 19, dirigindo uma Variant branca,que mais tarde, soube que pertencia aoprofessor assassinado.

"Eu e minha familia estávamos ain-da dormindo" — disse ontem o Sr EdsonOrnellas Vieira — "quando a minha mu-lher. Zanetty me acordou, dizendo quehavia um carro parado dentro da gara-ge da nossa casa, e cujo motorista nãolhe era estranho. Não quis levantar, masela Insistiu, lembrando de que talvezfosse alguém precisando de ajuda, e aca-bei indo lá fora". Segundo ele, o dia jáestava começando a clarear^ _J,

Confissão"Quando cheguei perto do carro" —

prosseguiu — "vi que o Del Dédio co-locou alguma coisa na mala traseira daVariant, dizendo palavrões porque nãoconseguia fechar a porta de trás. Foientão que vi o corpo de um homem, deboa aparência, todo ensangüentado, mascuja identidade só vim a tomar conhe-cimento através dos jornais".

O soldado, que ele conheceu no seuferro-velho, porque costumava comprarpeças para veiculos da Policia Militar,conforme alegava, contou que havia ma-tado o homem porque "simplesmenteele o havia desrespeitado" e, por isso,"mereceu morrer". Segundo o Sr Edson

Ornellas Vieira, a razão daquela visitanoturna foi para apanhar um arame eassim prender a porta traseira da Va-riant no pára-choque."Atendi ao pedido de Del Dédio" —disse — "e sem querer maiores'explica-ções, uma vez que o pouco revelado foio bastante para me chocar, mandei quefosse logo embora, no que fui atendido.Eram aproximadamente 5 horas de do-mingo, ele saiu calmamente com o car-ro e o corpo à vista, e imediatamentecontei tudo para a minha mulher, quesugeriu que eu fosse logo à policia".

Outros sabiamO Sr Edson Ornellas Vieira, que tem

cinco filhos menores e niora perto doferro-velho, comentou o fato com algunsmoradores do bairro, onde mora desdeque nasceu (ele tem 41 anos). Assim,não se surpreendeu com a chegada dapolicia, na sua casa, semana passada,levada por uma denúncia anônima.

Ontem de manhã, no seu trabalho,ele e seus familiares não escondiam omedo de represálias por parte, não sódo assassino, como de outros soldados,que têm aparecido no local, inclusive demadrugada, desde que o seu testemunhose tornou público. Mas, mesmo assim,,na acareação que terá, terçarfeira pró-'xima, com o soldado, na Delegacia deItaboraí, confirmará tudo que já dissesobre o assassinio do professor, que, se-gundo lhe contou o PM, foi morto aolado da usina de asfalto da Prefeiturade São Gonçalo e abandonado em Ita-borai.

A testemunha lamenta que as ou-trás pessoas com as quais comentou ofato, mas cujos nomes não revelará, nãotenham tido a coragem de enfrentar asituação. Contudo, ele e sua mulher Za-netty não escondem que só contaram oque viram por causa da denúncia anô-nima, uma vez que os antecedentes deDel Dédio "são de meter medo a qual-quer um". Eles souberam, mais tarde,que o policial é' acusado de outras mor-tes e do estupro de uma telefonista daCeasa de São Gonçalo, há dois .anos, -~Õ"sMdãdo7qiie

pertence ao BPM, emNeves, mas que estava lotado no 5.° Co-mando de Policiamento de Área da PM,servindo como motorista do Subcoman-dante, Coronel Amilcar, já teve a suaprisão preventiva decretada pelo JuizMathatias Bussinger, da Comarca de Ita-boraí. Segundo informou, ontem, o Co-mando do 11.° BPM, Coronel Gerino deOliveira Mota, ele está detido no quar-tel do Batalhão de Polícia e AtividadesEspeciais, em Olaria, à disposição daJustiça.

Del Dédio Gonçalves dos Santos, ca-sado, 33 anos e com três filhos, que sófoi preso anteontem, na sua casa nobairro do Columbandê, em São Gonça-lo, após uma luta corporal com dois po-liciais da Delegacia de Itaboraí, negouter matado o professor de Antropologia.

A cada 42h, PM expulsa um^

O envolvimento com o crime jálevou à expulsão, somente este ano,de 144 soldados, cabos, sargentos eate oficiais da Policia Militar, segun-do números revelados pelo Comando-Geral da corporação. Essa estatísticarepresenta uma média significativa: acada 42 horas, um policial é expulsopor crimes que vão desde o roubo decarros e o tráfico de tóxicos a tortu-ras e assassinios.

Logo no começo do ano, em ja-neiro último, a Policia Civil, depoisdc uma trabalhosa investigação, des-cobriu uma quadrilha de ladrões decarros chefiada pelo sargento PM Jo-sé Carlos Correia da Silva e contan-do com 18 soldados e cabos, num to-tal de 23 membros. Todos os milita-res acabaram confessando e foramexpulsos da polícia.

Roubos e tóxicosAinda em janeiro último, foi des-

mantelada outra quadrilha, que tro-cava carros roubados por cocaína,Preso, o puxador Camilo Malicio con-tou que levava os carros para a ofici-na mecânica do soldado Antônio Ber-nardes dos Santos Filho e apontou oCapitão Antônio Francisco de Paulocomo o chefe da quadrilha, que ti-nha ligações com o Departamento deTransito e possuía até mesmo uma

gráfica para adulterar os documentosdos carros roubados.

Uma outra quadrilha de' ladrõesde carros também tinha um militargraduado como chefe, o sargento Ubi-rata, denunciado por um membro quefora preso anteriormente, o soldadoCarlos Alberto Reis. Com inquéritoinstaurado na 38.a Delegacia Policial,no mês passado, o sargento e o sol-dado já tiveram as suas expulsões pe-didas à Polícia Militar.

Torturas e mortesDurante uma operação, policial, a

Marimbondo 11, realizada semana pas-sada, soldados saquearam d caso deLaura de Oliveira, segundo ela regis-trou na policia, roubando Cr$ 4 mil500 e um cordão de prata. Os poli-ciais prenderam outra mulher, EdnaMaria Ferreira, levando-a para oquartel do IP BPM, onde ela foi es-pancada e torturada com fósforos, se-gundo a queixa que apresentou à6.° DP.

Agentes do Serviço Secreto da PMmataram a tiros, mês passado, noSilvestre, o estudante Paulo CésarReis Soares, ex-campeão brasileiro denatação, alegando, depois, que o ti-nham confundido com um trafican-te de tóxicos.

Políciaexpõe carrosroubados

Vinte carros roubados es-tão estacionados em frentuà Delegacia de Homicídios,na Avenida Presidente Var-gas. A partir, de. segunda-feira, estarão à disposiçãodos seus proprietários. Eleseram vendidos numa agên-cia em Volta Redonda, por.uma quadrilha que atuavanó Rio e na. Baixada, Flu-minense.

A maioria dos carros é. Brasilia e tem placa dé Vol.

ta Redonda. Os 15 lntegran-tes da quadrilha, entre osquais um sargento da Poli-da Militar e o chefe do pos-to do Detran em Parati, fo-tam presos por um. grupoespecial dè policiais, coman-dados pelo delegado Amai-do Campana.

GRUPO ESPECIAL

Os carros são 13 Brasíllas,cinco Volkswagens, umMaverick e um Passat. Dos20 apenas um estava semplacas, 11 tinham licença deVolta Redonda, dois deCampos, outros dois do Rioe os demais de Juiz de Fora,Resende, Angra dos Reis eParati. Estacionados na pis-ta central da PresidenteVargas (que está interdita-da), todos tinham um papelcolado no pára-brisa com apalavra roubado, o que des-pertava a atenção das pes-soas que por ali passavam.

Segundo o delegado Ar-naldo Campana, a Secreta-ria de Segurança Pública,preocupada com os crescen-tes roubos de automóveis,criou um grupo especialcom quatro delegados e 20agentes para cuidar do pro-blema. Dia 17, os policiaispre nderam o recepfeadorValdivino Pedro da Silva e,através dele, toda a quadri-lha.

Dela participavam oitopuxadores, quu agiam noRio e na BaUuda. Os carrosroubados eram entregues aJoel Amorim, que os guar-tínva em sua casa, em Be»-foi d Roxo. Fie tirava a.splacas originais e rec*blaCr$ 200 poi cada veiculo,entregando-os depois a Vai-divino. Este passava-os aosargento Milton, do 101?Bl^M, sediado em Barra doP.iaí.

O sargento comprava do•J.efe do Detran em Parati,Mmuel Nascimento Reis,certificados de propriedale,guias da Taxa RodoviáriaOnica e certidões de NadaConsta, preenchendo-os

. com nomes e endereços íai-sos. Os carros, então, eramnegociados na Agência CidAutomóveis Ltda, na Aveui-da Getúlio Vargas, em Vil-ta Redonda, de propriedadede Farid Kurãiemi. A poii-cia conseguiu recuperar 31carros.

Depoimento das testemunhascontradiz versão do médicoque assassinou o decorador

O depoimento do médico Antônio Olavo Tor-reão — que matou o decorador Márcio Silva na por-ta do prédio onde ambos moravam — apresentavárias contradições com os das duas testemunhasdo crime. Foi isto que constataram os. advogados.contratados pela família da vítima, ontem, quandoentão tiveram acesso ao inquérito aberto na 18a. DP,que estava sendo mantido em sigilo.

Também não há referências, nos três depoimen-tos, à mulher que acompanhava o médico e queconseguiu o táxi no qual os dois tentaram fugir.O porteiro do prédio, José Dinarti, descreveu-a como"uma morena bonita, de uns 25 anos" e revelou,ainda,- qüe ela era companheira habitual de Antô-nio Olavo, dormindo muitas vezes no apartamentodele. .CONTRADIÇÕES

Em seu depoimento, omédico Antônio Olavo ale-gou legítima 'defesa, «tan-do ter sido agredido pelocunhado da vitima. CarlosSouza Dl Célio. Mas, tantoDi Célio como o sindicoIvan Marsilac — as duastestemunhas do crime —negaram esse fato e des-mentiram as declarações domédico de que elé já estavaarmado quando começou adiscutir com o decorador arespeito do estacionamentode carros no prédio.

Di Célio e Marsilac- disse-ram que, na hora da discus-são, não tinham visto ne-nhuma arma com o médicoe afirmam que ele, ao invésde ter deixado o local paraprocurar o porteiro, a fimde resolver o problema —conforme alegou Torreãoem seu depoimento — foiapanhar o revólver calibrt38 com o qual assasinou od e corador, dlsparando-lheum tiro à queima-roupa.

A mulher que acomipa-nhava o médico na hora do

crime não é cltatta no la-quérüto, embora o porteiroJosé Dinarti confirmasse asua presença. Antônio Oia-vo referiu-se apenas a un»cliente, que identificoucomo Osmiair Barros, que,momentos antes, Hie procu-raira para pegar uma recei-ta de remédios. As duas tes-temunhas disseram que oex-legista parecia estarbêbado e negaram as duasagressões que Antônio Oia-vo diz ter sofrido de Márcioe seu cunhado, obrlgando-ua matar em legitima defe-sa.

O delegado LoonamSiqueira ouvirá novament*o porbelro José Dinantl e aviúva de Márcio, Nina DlCélio Silva, mas náo mar-cou data para os novosdepoimentos. Os advogadosda familia do decorador,Silvio Ricart e Edson Barro-so, afirmaram que "a testde legitima defesa levan-tada pelo homicida é falsa;se não, ele não precisariajogar a arma no mar e stapresentaria logo à policia,não cinco dias depois".

Menor foge em táxi roubadoapós assaltar o motoristae morre ao bater em poste

Depois de assaltar o motorista e roubar o seutáxi, o menor A. S. M., de 17 anos, morreu e seucúmplice Gastão dos Santos, de 35, ficou ferido, aocolidirem com um poste na Rua Bulhões Marcial,próximo à Parada de Lucas. Os dois fugiam emalta velocidade, depois do assalto, quando levaramCr$" 700, o relógio e a aliança do motorista Seve-rino Machado de Oliveira.

O choque de dois ônibus, no Centro da cidade,deixou-12 pessoas feridas. Um ônibus 125, Estradade Ferro—General Osório, entrou em alta velocida-de na Avenida Presidente Antônio Carlos, saindoda Avenida Almirante Barroso, e bateu no da linhaPraça 15—Lins, que estava estacionado. Os feridosforam todos levados para o Hospital Souza Aguiar.

trole de sua Brasília, qu*subiu na calçada, bateunum Volkswagen estácio-nado e acabou caindo noCanal do Mangue, ontem d*madrugada. O comerciárloconseguiu sair do carro #nadar até a margem, «o-frendo apenas algun» anra-nhões, e o seu carro foidepois içado por uma guar-nicão do Corpo de Bombel-ros.

NA CALÇADA _i

Um ônibus da linha Copa-c a b ana^-Castelo, dirigidopor Aldáci Gomes de Olivei-ra, subiu a calçada da Pra-ça Marechal Floriano, naCinelandia, causando feri-mentos em quatro pessoas,às 6h45m de ontem.

Dirigindo em' alta velo-,cidade, o comerciárlo Rai-mundo Corrêa'da Silva Al-meida Filho perdeu o con-

Depois de passar tanto tempo pendurada nas lapelas de homenselegantes, hoje enfeito com minhas cores

Sou conhecida por todos e e até bem fácil me achar.Este mès, poi exemplo, estarei na exposição de flores

no Riocentro usando o meu melhor perfume.Venha me visitar.

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VII Exposição de Flores de 22 a 24 de Setembro, no Riocentro.Promoção

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JORNAL DO BRASIL BNRMWMfcSj\__ i-. _; .. . —I.

JORNAL DO BRASILVlc<.Preild>nli Executivo: M. f. êo Naicimanto BritaEditora Walter Fontoura

Ria da Janalre, 9 da setembro da 1978Diretora-Preildcnta: Candaiia Pereira Carnalra Direlor: Bernard da Catta Campai

Dií8'on lywal Salles

DescarrilamentoCaminha de maneira estranha a greve de

professores de São Paulo iniciada a 21 de agos-to, e que se recusa a chegar ao- fim embora te-nha havido oportunidade para isso, e mesmo sa-bendo-se que não foi obtido o apoio total da cias*ce.

Os grevistas recusaram, de início, a media-ção da Associação dos Professores do Ensino Ofi-ciai do Estado de São Paulo, teoricamente repre-sentativa da classe, e indicaram como mediadoro Bispo Mauro Morelli.

Merece reprodução, pelo conteúdo comopela forma, a primeira nota oficial do anônimoComando da greve: "Nosso movimento grevistatem como objetivo ver resolvidas de vez todasas nossas reivindicações e encaramos que os ace-nos de atendimento parcial feitos pelo Secreta-rio de Educação apenas referendam a força denosso movimento grevista, de nossa união. A is-so temos uma resposta: não aceitamos acenos.Queremos ver atendidas todas as nossas reivin-dicações — e imediatamente".

Colocadas as coisas nesses termos, a fase dediálogo encerrou-se a 6 deste mês, 15 dias de-pois do início da greve.

Justificando a atitude que foi caracteriza-da como de intransigência o Secretário deEducação de São Paulo, Sr José Bonifácio Cou-tinho Nogueira, informou ter recebido a primei-ra reivindicação dos professores em outubro de1977, quando os professores solicitavam um au-mento dè 67%.

A partir dessa data, os professores recebe-ram aumentos sucessivos e parcelados da seguin-te forma: 10% concedidos em outubro de 1977sob a forma de gratificação; 38% a 40% emmarço de 1978; 20% a partir de outubro pró-ximo, concedidos pelo Governo do Estado; emais 7% correspondentes ao termo médio doEstatuto do Magistério que está sendo votado cque inclui uma série de benefícios.

Estas duas últimas parcelas eqüivalem aoaumento .de 27% que era a exigência da grevedeflagrada a 21 de agosto. Os grevistas queriameste aumento vigorando a partir de Io de julho.

.A explicação do Secretário de Educação é deque o orçamento da sua Secretaria, que era deCr$ 13 bilhões, foi alargado, com os últimos be-nefícios, para Cr$ 18 bilhões, com o que atin-giu o limite máximo de elasticidade.

Os grevistas, entretanto, visando a obtertodas as suas reivindicações, estão preparandoum substitutivo para o Estatuto do Magistérioenviado à Assembléia Legislativa, que seriaapresentado pelo MDB.

Assiste-se, assim, melancólica mas didática-mente, ao descarrilamento de uma greve. Ondenão se levou em conta, sequer, que o sistemaeducativo não é uma fábrica, e que uma grevedesta natureza, conduzida desta maneira, podeprovocar pouco mais do que irritação contra osprofessores.

ConvulsãoDe 40 em 40 dias, a partir do último ja-

neiro, e a terminar quando ninguém pode pre-ver, o pêndulo da morte baixa sobre o Irã. Dè40 em 40 dias — a duração do luto muçulmano— desde que na cidade santa de Qom, onde jaz ocorpo venerado de Fátima, a irmã de Riza, o sé-timo e mais respeitado dos ímãs da religiãochiita, a reação do Exército a uma manifestaçãode fato pacífica deixou 100 mortos pelo chão.Entre cada um desses 40 dias, o medo e a revol-ta alastraram-se por todos os ambientes e todosos setores da vida iraniana; e o Xainxá mais nãoconseguiu que alternar com medidas de transi-gência cada vez maior — e mais inútil — decla-rações sucessivas de energia e determinação.

Quem é contra o Imperador? Que preten-.dem os contestadores? São de resposta múltiplaas interrogações, hoje constantes da análise in-ternacional. São contra o Xainxá os principaischefes religiosos do Império. Eles, a quem obe-decem, em princípio, 90% da população, paraquem os Profetas permanecem a fonte única dalegitimidade e da própria lei, e os descendentesdos Profetas constituem a sede de qualquer au-toridade. São contra, também, os meios juvenisuniversitários de tendência liberal e, obviamen-te, um núcleo marxista-lenin|sta...agu«r-ridorpo-lítiea, financeira "e" estrategicamente apoiado pe-Ia Organização de Libertação da Palestina. É,sobretudo, contra Reza Pahlevi e seu sistema

'.

de Governo, a situação geográfica do Irã, en-cravado no universo do petróleo, entre o Cáspioe o Golfo Pérsico, a União Soviética, à Turquia,o Afeganistão e o Paquistão. É contra, por fim,o contraste entre a riqueza do país e a pobrezade grande parte de sua população, e o contrasteainda maior, para as forças ditas progressistas,entre a que é a Monarquia mais velha do mun-do e o ambicioso programa de vitalização eco-

nòmica e progresso social que o Xainxá vinhatentando promover.

Por conseguinte, não existem nesta amál-gama de descontentamentos e paradoxos que po-larizam a oposição ao regime e ao Governo deTeerã, princípios, bases, ideologia ou objetivosconstantes e comuns. Há apenas o ódio ao Xain-xá e à Família Imperial e, sobretudo, ao que re-presentam. E há também um sentimento nacio-nalista (no caso, mais um caso, definido peloantiamericanismo) de cunho religioso e faná-tico, que acusa o soberano de traição a cada de-grau de progresso que tem vindo a decretar.

Mas existe ainda um pormenor: o Irã éuma superpotência regional, com um Exércitopoderosamente armado. É, das potências islami-cas, a mais rica e a mais promissora. Sendo ia-lamioa, contudo, seus interesses alinham decla-nulamente com os de Israel, num conflito de quenunca poderá alhear-se inteiramente.

Com uma Oposição unida apenas por fina-lidades negativas de destruição, e pelos márti-res que lhe estão sendo dados todos os dias; lu-tando, regime e oposição, por manterem-sc des-vinculados de todas as tendências; aliado, estra-tégica e economicamente, dos| grandes.-países-oci-dentais em especial dos Estados Unidos mas,progressivamente, cada vez mais abandonado àsua sorte por estes mesmos aliados; e a braçoscom violentas exigências de reformas políticase sociais que, quando empreendidas, constituemoutros tantos estopins de revolução para os meiosconservadores e nacionalistas, que destino seráo do último grande Império desta época? Porenquanto, só uma conclusão: a de que nem oprogresso e a determinação de reforma e aber-tura social e política podem bastar para assegu-rar a evolução serena de um regime quando opoder autocrático e centralizador continua do-minando a vida inteira de um país.

DiagnósticoEm mesa-redonda sobre a Tecnocracia e

eeus Controles nos Países em Desenvolvimento,promovida pela International Political ScienceAssociation e realizada pelo Conjunto Universi-tário Cândido Mendes, vêm à tona alguns bonsargumentos para a eliminação do que o profes-sor Simon Schwartzman, participante dos deba-tes, chamou de "mitos tecnocráticos do impe-rialismo científico que herdamos do século XIX".

A abolição, ou ao menos, a atenuação doefeito desses mitos é tanto mais necessária quan-to disto poderia resultar uma revalorização daatividade política, atingida pela expansão da tec-no-idolatriá.

O que define, de fato, a tecnocracia, nosseus efeitos mais contundentes sobre a vida so-ciai, é — como observou o professor Kari Deu-tsch — a tomada de decisões na política ou navida da sociedade em bases estabelecidas porespecialistas em tecnologia e em necessidadessupostamente alegadas por técnicos.

Se, entretanto, vivemos décadas e décadassob a grande mistificação que era a aplicação àvida social do critério de necessidade e de lógi-ca absoluta que só pode ser verdadeiro quandoaplicado ao não humano, e ao que é, por suavez, produto da tecnologia, a hora parece pro-pícia, finalmente, a uma nova Declaração deDireitos do Homem — dirigida, desta vez, à ra-

cionalidade cega dos grandes organismos esta-tais que formam o terreno de proliferação daepidemia tecnocrática.

Essa mudança de clima pode ser identifica-da na própria clareza com que um scholar comoDeutsch propõe a lista dos "pecados capitais"da tecnocracia. A tecnocracia tende, de início,a ignorar o meio-ambiente — o que a torna, des-de logo, antiquada. Tende, em segundo lugar,a menosprezar a força da resposta humana — eo exemplo citado por Deutsch é o do Vietnam,onde a pura resistência humana alterou os cal-culos de uma prodigiosa máquina de guerra. Osoutros vícios estão, de certa maneira, relaciona-dos entre si: a tecnocracia produz um tipo deespecialista que calcula mal o efeito de suasações e a situação global do homem sobre a ter-ra. É, assim, precisa no detalhe, mas pode ge-rar o absurdo coletivo. Atendendo apenas às ne-cessidades técnicas, cuja compreensão está aoseu alcance, despreza as necessidades humanasmais concretas. Todos esses motivos bastariampara incompatibilizá-la com o atual espírito dotempo. E a descoberta da doença é sempre aprimeira etapa da terapêutica. A doença, en-tretanto, já vai longe nos seus desenvolvimen-tos. A reação deve vir antes que se torne super-flua, por inútil.

ChicoEnquanto isso, cm Camp David...

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CartasAcordo rompido

Fiz um acordo de cavalheiroscom um engenheiro do metrô, queconstava do seguinte: quando o ba-' rulho infernal das britadeiras edos tratores ultrapassasse as 22h,telefonaria para a casa dele, a fimde que tomasse providências. Oacordo acaba de ser denunciadopelo engenheiro, deixando os mo-radores do Catete em completoabandono.

Hoje, quem mora na Rua doCatete é torturado até alta ma-drugada por um barulho infernal,que não respeita sequer os sábadose domingos. O engenheiro, ex-pro-tetor dos residentes do bairro, meconfessou que as frenéticas brita-deiras estão trabalhando à sua re-velia, sintonizadas com o ritmo dis-sonante dos politicos em fim degestão, os quais pretendem mostrarboa, imagem ao público eleitor. Osmoradores do Catete, que, como eu,sofrem o barulho provocado pelospoliticos vigentes, devem agrade-cer, em novembro, a cortesia deque são vítimas. E façam do seuvoto umâ verdadeira britadeiracontra os Noéis de Almeida, Mar-cos Tamoyos e outros torturadoresdo silêncio. José Alberto Braga —Rio de Janeiro.

PerigoA CBEE — Companhia Bra-

sileira de Energia Elétrica —-ao mesmo tempo que eletrifi-ca a Zona Rural, põe em pe-rigo a vida de seus habi tan-tes permanentes ou temporários oude quem passa. A razão é simples:os condutores de energia de baixaaltura são de aluminio, desencapa-dos. Da criança com pipa ao pesca-dor com caniço todos correm pe-rigo de tocar o fio e cair eletro-cutado. Além disso, galho que toqueo fio pode provocar um incêndio,como aconteceu há alguns mesesem Vargem Grande, 3? Distrito deTeresópoiis. A Companhia já foialertada, mas não deu resposta.Mariliah de Castro — Rio de Ja-neiro.

Linha de ônibusApelo a quem de direito para

conseguir uma linha de ônibus que,saindo da Vila da Penha, pela Ave-nida Brás de Pina, percorra a Ave-nida Lobo Júnior em toda a suaextensão. Já fiz um abaixo-assina-do, com cerca de 300 assinaturas,de funcionários e alunos do Cole-gio Estadual Heitor Lira (Rua Cuba,320, Penha), pois os moradoresdeste bairro não têm meios de lo-comoção para o Colégio — grandeem número de alunos, pois funcio-na em três turnos, com curso nor-mal, e em prestigio, pois é a escolanormal da Zona da Leopoidinamais procurada, pela qualidade. Es-peramos que os diretores da Via-ção Nossa Senhora de Lourdes, quefaz a linha Grotão—Mercado SãoSebastião, possam nos atender, au-m.entando seu percurso até o Largoda Vila da Pcnhà. Thereza da SilvaAguiar — Rio de Janeiro.

CobradoresAs empresas de coletivos do

Grande Rio de viam. selecionar me-lhor os cobradores. Paio no pluralporque o mal é geral. Está cadadia mais dificil entrar-se num ôni-bus e encontrar um trocador, já nãodigo competente, mas pelo menoshonesto.

Tenho encontrado alguns quesão verdadeiros mestres na arte deenganar. O passageiro entrega o di-nhelro, digamos Cr$ 3, para pa-gar Cr$ 2,50. O artista recebe aquantia e fica olhando o vazio, co-

mo que distraído. Se o passageironão reclamar, lá se vão Cr$ 0,50.Se reclamar, recebe o troco, masfaltando Cr$ 0,10. Se reclamar ain-da, recebe o troco certo, mas a fi-cha errada, de uni percurso menor.E o passageiro (kafkiano, de certomodo) pode prosseguir ad nauseam.

É claro que a maioria dos pas-sageiros tem consciência de que es-tá sendo roubado. No entanto, édeprimente discutir por causa de10 ou 20 centavos. Mais deprimen-te ainda é aceitar-se a idéia de quese está sendo furtado às claras. Éclaro que quem discute não o fazpelo dinheiro, mas pela afronta.Macéias Nunes — Rio de Janeiro.

Ensino em MinasSob o titulo Professor Critica

Conselho de Educação que NãoAtaca Ação do Governador Mineiro,publica esse jornal na edição deS0/8/78 noticia que em mais de umponto fere a verdade. Em primeirolugar, jamais fiz qualquer reparoà ação do Governador OzanamCoelho no que se está chamandoa "crise de Montes Claros", já pelasimples circunstancia de que desço-nhecia qualquer participação deS Exa no episódio. A minuta dodecreto que delega poderes ao Se-cretário de Estado da Educação, eque foi submetida ao pronuncia-mento do Conselho Estadual deEducação, lá não chegou por inicia-tiva do Sr Governador. Portanto étotalmente descabido atribulr-mequalquer ataque a ação do Gover-nador, pela razão elementar de quetal ação — repito — não existiu, aomenos que fosse die meu conheci-mento. Não sei se "as dezenas def u ndiações educacionais mineiraspassam por dificuldades" e não oteria dito com esta total illmitação. )Mas é verdade que afirmei, emmeu parecer, ficarem as oficiaisentregues à própria sorte, depoisde instituídas pelo EstadajQu&ato-—â Fundação Norte-Miiíéfra de Ensi-no Superior, estou convencido resi-dir na falta de . recursos um dosIngredientes principais da crise.Não creio, entretanto, que a sim-pies Injeção de dinheiro, por si só,resolva o problema. Nem o declarei.Solicito a retificação da noticia, co-mo de dever, para o pleno restabe-lecimento da verdade. João Baptis-ta Villela — Belo Horizonte (MG).

Emancipação do índioLi no JORNAL DO BRASIL que

o Ministro Rangel Reis quer, comcerteza para permitir a usurpaçãodas terras dos nossos índios, já tãofustigados, emancipá-los. Não sepode acreditar na ignorância dasconseqüências de tal absurdo, o queleva a crer na intenção maldosa.O respeito e o amparo governa-mental ao indio são um dever enão um favor. Proteger seus terri-tórios e garantir-lhes a posse é es-sencial à sobrevivência desses bra-slleiros que ainda não se deixaramescravizar pela máquina político-social do civilizado neurótico,amargurado, estafado pela lutainútil em busca do supérfluo, doartificial, do desnecessário, é preci-so que mais vozes se levantem emdefesa dos direitos do índio, pois,como disse o Sr Darcy Ribeiro, eleé relativamente incapaz e precisada tutela dos civilizados, e não deemancipação. O que o Sr RangelReis pretende é abominável. Cláu-dio L. Rangel — Rio de Janeiro.

PoliciamentoMuito boa e oportuna a carta

publicada a 30 de agosto de 1978pelo Sr Haroldo Guanabara acercada criminalidade que avassala aCidade. Os índices de criminalida-de no Rio, segundo dados apresen-

tados pela televisão, jâ superam osde Nova Iorque e Tóquio, metrópo-les bem maiores que a nossa. O queestá faltando, realmente, é policia-mento; os ladrões e assassinos sa-bem disso e por isso agem tranqui-lamente sem serem incomodados.Se o efetivo da Policia Militar é in-suficiente para ser empregado nopoliciamento ostensivo, porque nãorequisitar tropas federais para po-liciar a Cidade? A providência nãoiria resolver definitivamente o pro-blema, mas diminuiria em muito osíndices de criminalidade e trariamais sossego e confiança à popula-ção. Que os nossos administradoresabram os olhos e atentem para tãograve problema. Armando Teixeira— Rio de Janeiro.

VHF e UHFSugiro que a Policia Militar

instale, como força de reserva emtelecomunicações, sistemas UHF eVHF para transmissões em FM. Es-tes sistemas revolucionaram o na-dioamadorismo e sâo de grandeutilidade. João de Paula Leite —Rio de Janeiro.

Democracia nas ruas

... Como falar em democracia,num pais em que, dos muitos abu-sos ao direito alheio, ressalta comodos mais abomináveis o hábito deestacionar automóveis sobre calça-das destinadas ao transito de pe-destres?

Como se isto não bastasse, umnovo atentado ao direito do seme-lhante está sendo instituído: indi-víduos que obtêm alvará para ins-talação de loja para comércio deautopeças e amplia sua atividade,com prejuízos a outrem. (...)

Um exemplo insofismável des-sa agressão é o constituído pela ofi-

•_ çinaJnstaíad«-n*T55quiiia Uas Rtras~Dr Bulhões e Borja Reis, no En-genho de Dentro. Aquele local seconstitui numa curva perigosa, emvirtude do intenso tráfego dos ôni-bus provenientes dos subúrbios.Pois, em virtude dos carros estácio-nados na calçada e fazendo meca-nica, os pedestres, freqüentemente,são obrigados a andar pela rua.

(...) Parece que a nossa demo-cracia deve ser precedida de um le-ma: Educar para Redemocratizar.Mesmo que a educação tenha queser obtida à força. Paulo Jaroszews-ki — Rio de Janeiro.

Depósito compulsórioMantém-se nestes dias uma

acalorada discussão em torno daabolição do depósito compulsóriopára viagens ao exterior e suasubstituição por uma taxa fixa. Aointroduzir essa estranha medida, oGoverno justificou-a com o déficitno turismo brasileiro, sendo que asviagens ao exterior superam consi-deravelmente as vindas de turistasestrangeiros ao Brasil (...)

Levanta-se, pois, a questão: porque motivo o Governo não quer se-guir o exemplo de outros paises,' co-mo a Inglaterra, concedendo a sai-da do pais, sem ônus, porém semadjudicar-lhes divisas? (..)

Revela-se, pois que o argumen-to do Governo na instituição dessaanormalidade não foi válido, mas,em contraponto, prejudicou o movi-mento das companhias de' aviaçãoe as marítimas. Não possuo estatis-ticas sobre o efeito dessa restrição,mas suponho que de<e ter criadoum número de desempregados. Al-fredo Gartenberg - Rio de Janeiro.

Ai cartas ttrão selecionadas para publicaçãono todo ou em part* entre as que tiveremassinatura, nome completo • legível *endereço que permita confirmação prévia.

JORNAl DO BRASIL LTDA., Av. Brasil, 500CEP-20940. Tel. Rede Interna: 264-4422 - End.Telegráficos. JORBRASIL. Telex números21 23690 e íl 23262.

Assinaturas: Tel.: 264-6807.

SUCURSAIS

São Paulo — A. Paulista n9 1 294 — 15?andar — Unidade 15-B — Edifício Eluma.Tel.: 284-8133 PABX.

Brasilia — Setor Comercial Sul — S.C.S. —Quadra I, Bloci K, Edificio Dcnasa, 2? and.Tel.: 225-0150.

Belo Horiionte — Av. Afonso Pena, 1 500,79 and. - Tel.: 222-3955.

Niterói — Av. Amaral Peixoto, 207 — Loja103. Telefone: 722-2030.

Curitiba — Rua Presidente Faria, 51 — Con|.1 103/05 - Ed. Surugi Tel.: 24-8783.Porto Alegra — Av. Borges — de Medeiros,915, 4? andar. Tel.: Redação: 21-8714, SetorComercial: 21-3547.Salvador — Rua Conde Pereira Carneiro s/n9(Bairro de Pernambues). Tel.: 244-3133.Recife — Rua Gonçalves Maia, 193 — BoaVista. Tel.: 222-1144.

CORRESPONDENTES

Macapá, Boa Vista, Porto Velho, Rio Branco,Manaus, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleia,Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Cuiabá,Campo Grande, Vitória, Florianópolis, Goia-nia, Washington, Nova Iorque, Paris, lon-dres, Roma, Mascou, Los Angeles, Tóquio,Madri, Buenos Aires, Bonn e Jerusalém.

SERVIÇOS TELEGRÁFICOS

UPI, A, AFP, ANSA, DPA, Reuters, e EFE.

SERVIÇOS ESPECIAIS

The New York Times, The Economist.

- M

O grande encontroDom Eugênio de Araújo Sales

Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro

-fM UEM esteve presente¦ M à solenidade de do-^^W mingo último na*•- Praça dei São Pedroou assistiu ao raio aconteci-mento pela rádio (é televisão,tomou conhecimento de quealgo extraordinário ocorria.Tentemos ir às raízes dessagrandiosa manifestação delé.

A missa, presidida peloSanto Padre Papa João Pau-lo I e concelebrada por 104Cardeais, tornou-se o centroao universo. Todas as aten-çues se voltavam para aIgreja. A multiaao íoi ievaaanao por mera curiosiaaue.lua participava cie um atorengioso, que em toda a suapureza revelava o poder e aenergia do espiritual. Em ummundo dividido, ali estavaalgo que unia. Entre tantasdores e desesperos havia, na-quela tarde, esperança e ale-gria. Deus no meio de seus fi-inos, representado por Seuhumilde servo que ainda con-seguia sorrir para os Car-ueais, seus companheiros noConciave quanao, um a um,üe joeüios, me prometiam íi-üelidade.

Indubitavelmente, foi amaior manifestação de apre-ço à obra do Redentor ou, apmenos, aos valores transcen-dentes que ela defende e pro-paga. A rapidez da eleição doSucessor do grande Paulo VIfizera ruir múltiplas suposi-çòes terrenas e brilhar, porobra exclusiva do EspiritoSanto, a unidade.

E naquele dia, vindos detodos os Continentes, 300 milpessoas, conforme os cal-culos, aglomeravam-se dian-te da Basílica do Vaticano.Os calorosos aplausos, quan-do o Papa utilizou na homi-lia uma língua estrangeira,indicavam a presença de ou-tros povos.

Subiam a 125 as delega-ções à cerimônia. Noventa enove nações vieram homena-gear o Vigário de Cristo. En-tre elas, cinco tinham à fren-te seus Monarcas e sete osPresidentes de República;outras mandaram seus Pri-meiros-Ministros, Ministrosde Estado, Embaixadores emmissão especial. Dez organis-mos internacionais se fize-ram representar e 16 Igrejascristãs não católicas, pelos

mais altos dirigentes, expri-miram fraternos sentimen-tos quando o Sucessor de Pe-dro assumia sua Cátedra. Ecentenas e centenas de mi-lhões de crentes e hão cren-tes, em pelo menos 48 países,graças aos meios de comuni-cação social, partilharamdesse extraordinário mo-mento de espiritualidade. Acerimônia atingiu os quatrocantos do universo e, comela, a pregação do Evange-lho. Pensei na presença doBrasil e em sua imensa res-ponsabiliuade de seriem to-uo o òf be; a maior populaçãoque se declara católica.

Na Praça de Sao Pedro,teve João Paulo I seu gran-de encontro com o mundo.A ninguém foi feito convite,mas Deus chamou seus íi-lhos. Árabes e judeus ali es-tavam sentados. Regimescomunistas c os do Ocidente,todas as raças e culturas,inimigos de ontem, persegui-dores do nome do Senhor,ricos e pobres participavamde uma mesma solenidade.A explicação è que, apesardas limitações e paixões ter-renas, permanece a imensabondade e o infinito pooerdo Pai de todos.

Segundo o Papa, a ora-ção caracterizou esse gestode tamanha importância.Disse ele em sua homilia:"É necessário que o Pontíii-ce, antes de tudo, ensine es-te mundo a rezar". E o co-mentador, ao microfone, ex-plicava:

"Esta atitude ma-niiesta a desproporção entrea grandeza de uma missão éo peso que é colocado sobreos frágeis ombros de um ho-mem".

O acontecimento regis-tra a eficácia da ação divina.Entretanto, o que dizem des-se homem que, para nos ca-tólicos, representa Cristo ecomo Pedro, recebeu tão ai-ta e difícil missão? No inter-valo entre a eleição e a so-iene concelebração pelo ini-cio do ministério do Supre-mo. Pastor, como os grandesjornais leigos de seis naçõeseuropéias se referiram ao no-vo Papa? Eles refletem aopinião pública nesses pai-ses. Assim eles se expressam:A simplicidade e sua atitu-de humilde retratam um Pa-pa apolítico que será chama-

dó a tomar posição sobre osingentes problemas mun-diais, dentro da dupla fun-ção de Chefe da Igreja e guiaespiritual da Humanidade."Um homem, aparentemen-te ingênuo, um Bispo santo,simples, fotogênico, com abondade & transparecer ecujo sorriso já conquistou opovo"."O duplo nome indicaseu gosto pela tradição e apropensão a resolver os pro-blemas démodo equilibrado'."Continuidade e consolida-ção". A escolha veio mostrara unidade por ser o eleito umdos candidatos "de quem setinha menos informações"."Um sacerdote de origemmodesta e um homem fervo-roso em sua fé". Parece des-tinado a ser "o grande conci-liador; o Papa da confiança eda humanidade, após umaépoca particularmente agi-tada". A figura pastoral doSanto Padre é relacionadacom uma afirmação contidaem sua tese de doutorado:"O verdadeiro teólogo náodeve apenas falar de Deus esobre Deus mas. igualmentefalar a Deus".- Ele oferece to-das as garantias de prosse-guimento ha difusão dos va-lores humanos. "O novo Pa-pa é filho de operário emi-grante". E acredito que, portoda a parte, a linguagemnão difere.

Esse rápido escorço so-bre o que pensam do SantoPadre ajuua também a en-tender tão calorosa mani-festação no domingo último.

Muitos se entusiasmampelo novo Pontífice por as-pectos meramente humanos.Sem querer invalidá-los, háentretanto, motivos maisprofundos e eficazes que fun-damentam uma obediênciaàs diretrizes pontifícias. Pa-ra nós, a grande explicaçãonos vem da fé: o Papa JoãoPaulo I é mais um na longacadeia que nasceu de Cristo,nos vem de Pedro e passa porPaulo VI. Posto na Igrejapara confirmar os irmãos eser a pedra fundamental, eleé o sinal da unidade. Assimo cremos. Muito nos poderáser pedido como decorrênciadessa perspectiva sobrenatu-ral. Estaremos sempre dis-postos a seguir, com alegria,o Supremo Pastor.

Complexo de gregoFelix de Athayáe

ALGUÉM

me sopra uma fra-se para começar este ar ti-go: "No Brasil não é só b

Estado que não é democrático, asociedade também não é demo-crata."

Como não tenho borracha àmão, faça o leitor que não leu afrase acima, eu faço que não a es-crevi e a quem ma sugeriu peçoque a esqueça: nossos ouvidos nãoestão preparados para essas fra-ses de efeito, isto é, que obrigama pensar muito. Frase por frase,vou preferir uma do francês Ser-ge Leclaire, psicanalista enfezadoque recentemente esteve no Rio.

A frase é esta; "Assim que alógica da instituição (lógica dosua própria sobrevivência) se tor-na mais poderosa que a funçãoque ela deveria preencher, a úni-ca conduta coerente de seu fun-

to.'Curiosamente, em psicanálise,a isso, chama-se surto.

Só os que acreditam ingênua-mente (ou matreiramente) naeternidade das estruturas tememsituações de crise, nas quais lobri-gam sempre o fim do mundo. Apsicanálise, esse cão com a dor,fez ver que toda crise implica per-da e ganho ao mesmo tempo eocorre precisamente quando aquantidade se muda em qualida-de. Às vezes, a psicanálise é dialé-tica e tem mais de 2 mil anos.

Num país em desenvolvimentocomo o nosso, o'conceito de crisecentra-se mais na superação de es-truturas — princípio de mundo.Nessa situação, quando as coisasmudam necessariamente, poucüsperdem e muitos ganham. Mas, ospoucos resistem muito. E então apsicanálise confunde-se com po-lítica.

dador é a de assegurar a dissolu-ção, a fim de que ela renasça dascinzas e de que cada um tenha as-sim a oportunidade de manifestarsua responsabilidade."

Esta, sim, uma bela frase —-serve tanto para psicanálise comopara a politica brasileira. Tem lò-gica. Quem sabe, um 'dia, a psi-canálise será uma ciência social!Da cabeça de alguns homens —esses animais de cabeça-de-vento— ela já espantou o medo pânicoda ocorrência de crises.

Em psicanálise, crise é deses-trutura, sim. E ocorre quando oselementos componentes do egoperdem suas forças de coesão, to-do o conjunto entra em desarmo-nia. Os elementos componentesnão perdem seus valores em si,mas o significado do conjunto éalterado, é o rompimento do pac-

Há quem chame a esse fenô-meno Complexo de Grego. Tam-bém há quem o chame de demo-craeia. E há gregos e troianos queoferecem a cura psicanalítica pa-ra daqui a três anos, ou para de-pois de amanhã. Espartanos háque oferecem uma cura graduale lenta. Mas, o diabo é que brasi-leiro quando quer passar por gre-go termina cheio de complexos. Efaz regime para tornar-se PeterPan, isto é, tem medo de "crês-cer, criar, subir" — autogover-nar-se.

Neste país até psicanálise dásamba. Portanto, a gregos etroianos, e a espartanos, que meoferecem laranja madura da bei-ra da estrada, lembro o que Ataul-fo Alves (cuja'elegância ó impe-diria de aceitar o cargo de líderdo Governo na Câmara) adver-tia: "Td bichada, Zé / ou tem ma-

rimbondo no pé". Matreiramentepolítica, a psicanálise ensina queeu é que tenho de conquistar oque eu tenho direito. (Só não dizcomo!) Dos mecenas do estadode direito, quer-se apenas que as-segurem a dissolução da estrutu-ra, da qual são fundadores, édêem a todos a oportunidade demanifestarem a sua responsabili-dade.

Só assim poder-se-á evitarque ocorra o movimento de trans-ferência, tão comum na psicaná-lise e tão vezeiro e maléfico na"política, quando o Poder apenasmuda de mãos edestrói no nas-cedouro qualquer esperança deabertura para o mundo. Afinal,uma abertura política significatambém dispor-se a receber in-fluências exóticas, de fora. Talvezseja apenas uma questão de mé-todo. Eles acham que é uma quês-tão de timing.

Trata-se de crise, no entan-to. E ocorre é que a lógica dainstituição está-se sobrepondo aosurto. Está ganhando tempo. Eao ganhar tempo, ganha seu es-paço — na acepção do modismopsicanalítico. No mais, a casuís-tica é um instrumento da Lógicae muitos dos nossos governantesestudaram com jesuítas.

Anda-se a falar muito eracrise. Tagarelice. Um elementoque pode dar consistência e con-seqüência a uma instituição é opovo; curiosamente, no Brasil, opovo referendou — lá vão 14 anos— a instituição e a instituição oalijou. E não há crise quando umpovo procura a democracia den-tro da mais estreita legalidade.

Há casuísmos. Mas, se há ca-suísmos é porque a realidade ob-jetiva permite ainda esse tipo demanipulação política. Numa so-ciedade dividida agonicamenteem povo e Estado, onde o Esta-do é o grande criador dos fatospolíticos, o casuísmo é a regra depermanência no Poder. Se nãofor a regra, é a exceção. Dá nomesmo nestas plagas.

De novo alguém aproxima-se do meu ouvido e lembra umgrego que, por seu reinado e fa-ma, deu glória a Tebas e, quan-do morreu, essa cidade nem suascinzas quis receber — Édipo. Mas,essa não é lembrança que meocorra agora. Nem, talvez, daquia algum tempo.

ó Penélope, vejo que voltasa desfiar o teu tapete.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

SECRETARIA NACIONALDE DEFESA AGROPECUÁRIA

DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

AVISOEm cumprimento as determinações contidas no

art. 86, item I do Regimento Interno da Divisão deAdministração e Finanças, estamos convidando asFirmas em geral, para se inscreverem no Cadastro deFornecedores e/ou Prestadores de Serviços para finsde licitações.

Os interessados deverão se dirigir à Seção deMaterial e Patrimônio, Edifício Super Center Venân-cio 2000, n.° 60 3.° andar, sala 57, das 9:00 às12:00 e das 15:00 às 17:00 horas a fim de re.cebe-.rem formulário próprio e relação dos documentos aserem apresentados.

(a) MAURÍCIO ANDRADE COURAResponsável — DIAF

fl»

Estique seu domingo.Se o seu time ganhou„com o Caderno deEsportes você pode continuar curtindo avitória. Se ele perdeu, você encontra láótimas explicações.

Caderno de Esportesdo Jornal do Brasil

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Numa área de quase 600 milquilômetros quadrados, Paraná,Santa Catarina e Rio Grande do Sulestão em busca de uma políticacomum de desenvolvimento.

Mas.de que maneira estãoorientando seu crescimento?

O que está sendo realizado naregião a curto, médio e longo 'prazose quais os benefícios querepresentam para o País?' Os Novos Rumos do Sul- o suplemento especial do Jornal doBrasildodia 29 de setembro - vaitraçar um perfil detalhado dos trêsEstados abordando os setoresindustrial, energético, comercial,turístico e até mesmo étnico.

O suplemento vai levantar pontosda maior importância como" osignificado do pólo petroquímicogaúcho para o sul do Brasil.E mostrar a fase de expansão por queestá passando o carvão, durantetanto tempo a base da economiacatarinense. Há estudos já bastanteavançados no sentido de seaproveitar a pi ri ta do carvão paraa fabricação de ácido sulfúrico e ácidofosfórico pela.indústria carboquímicacatarinense, que se está implantandoem Imbituba.

Você vai saber por que, mesmo seindustrializando, os três Estadosjamais perderão sua característica deceleiros, continuando a garantir soja,trigo, milho, cale e umaagroindústria crescente.

Itaipu é a maior hidrelétrica doMundo, mas o que vai representai'para o Sul? •

Quem sabe da importância dainstalação da Volvo em Curitiba?

Santa Catarina tem a maiorindústria cerâmica da Américado-Sul, mas caiem está - ,¦ .sabendo disso?

A iniciativa privada também seráconsultada pelo suplemento.

As cooperativas agrícolas falarãosobre a questão dos fertilizantese insumos básicos.

As atividades da rede bancáriavão ser abordadas assim comoo turismo, que tanto contribui paraa receita da região.

O suplemento Os Novos Rumosdo Sul náo é uma análise abstratasobre estes três Estados cada vezmais importantes para o País. É umestudo concreto, uma projeção bemorientada para o mturOy.de interessede todos os brasileiros.Anuncie no suplementoOs Novos Rumos do Sul.

JORNAL DO BRASIL

1.2_. JORNAL DO BRASIL Cábado, 9/9/78 U 1? Caderno

INFORMEESPECIAL

ESAL realiza 780 projetoscoordenando e pesquisando

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|~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~^^0 prédio da administração da Escola Superior de Agricultura de 'Lavras

Lavras (MG) — Com 11departamentos de 186 pro-fessores, na sua maioria anivel d'e mestrado _ doutou-rado, a Escola Superior deAgricultura de Lavrasdesenvolve uma atividadeda pesquisa que pode seravaliada pelos 780 projetosatualmente catalogados náCoordenadbria de Pesquisa.

Quase 200 trabalhos já fo-ram apresentados em con-gressos científicos diverso:.,no país e ho exterior, con-forme os dados da Coor-denadoria de Pesquisa, ór-gão responsável pelo Incen-tivo, programação, controlee avaliação de todas as pes-quisas desenvolvidas pelosdepartamentos da ESAL.

A Coordlenadorla de Pes-quisa responsablliza-se tam-

Dém pelo intercâmbio entrea escola e outros órgãos die'pesquisa, estaduais e fede-rais, entre eles a Emtorapa,Epamig, Finep e ConselhoNacional de Pesquisas, alémdie empresas .partlcu-ares.

As pesquisas na ESAL,c e n t raiizam-se principal-mente nas culturas do café,feijão, mandioca, frutlcul-tura, horticultura e zootec-nia. Os trabalhos experl-mentais são instalados qua-se sempre no Sul de Minas,área die influência da ESAL.

Até o ano passado, o cur-so de pós-graduação e mFltotécnia com 49 alunosapresentava 11 teses defen-didas, contra à_ quatroteses do Curso de Solos eNutrição de Plantas, n oqual se matricularam . 12alunos.

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, A área di.tuas-Oda Furí-açãe. dt Apoio «o Ensino, Petquiia» Extemão ' muito-ampla • deidt tua funda.ão cia mantém intercâmbio com várioi órgão»

0 que é a Fundação de Apoio aoS Ensino, Pesquisa e Extensão

,.' .No dia. 14 dè'junho de 1976,. fói: institui--da pela Associação dos Professores da Escola•ã y pér, i o r,. de .Agricultura de Lavras. —"ASPESÀL", em Assembléia Extraordinária; con-voc-da para este fim, a FAEPE —Fundação deApoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão. -

A área de atuação da Fundação, em re-sumo, 'corista

j do seguinte: apoio à pesquisafundamental e aplicada na área de CiênciasAgrárias, formação de recursos humanos a ní-.vel de pós-graduaçãò; cooperação técnico-cien-tífica e-financeira, visando a execução.de pes-quisas, estudos e-projetos necessários ao pia-nejamento e desenvolvimento sócio-econômicoe cultural, prestação de assistência técnica econsultoria científica na área de ciências agra-rias; formação de mão-de-obra especializada;levantamento de situação administrativa parafundamento e proposta de racionalização deserviços administrativos; prestação de serviçosadministrativos,-, prestação de serviços e con-cessão de bolsas-de-estudo; administração decursos em diferentes níveis; planejamento fí-sico de Campus Universitário.

A FAEPE, desde sua criação, tem procura-do manter permanente intercâmbio com órgãosgovernamentais e particulares, bem como com.entidades congêneres, a fim de bem cumpriros seus objetivos. Como exemplo desta intè-gração enumeramos alguns dos principais tra-balhos em andamento:

— Materiais Corretivos e Correção deAcidez de Solos sob Cerrado - Convênio Ban-co do Brasil S/A - FIPEC/FAEPE.

— Diagnóstico Sócio-Ecònomico do Se-tor Agrícola da Região Sul do Estado de Mi-nas Gerais - Convênio M. A. SUPLAN/FAEPE.

— Situação da Pecuária Leiteira no Suldo Estado de Minas Gerais - Convênio M. A.SUPLAN/ FAEPE. .

- Fatores que afetam a Renda da Em-presa Rural: O pónto-de-vista do EmpresárioAgrícola - Convênio M. A. SUPLAN/FAEPE.

— Estudos e levantamentos de Espé-cies em Extinção e Conservação de RecursosNaturais - Convênio M. A. IBDF/FAEPE.

— Implantação do Sistema de Planeja-mento do Setor Florestal do Brasil - ConvênioM. A. IBDF/FAEPE.

— Levantamento Socioeconômico, con-servacipnista e descrição do Sistema de Pro-dução da Mandioca, da Região de Pirapora —MG, para produção de 30 mil litros de álcool.'dia a partir da mandioca como matéria-primat Convênio EMA/FAEPE.

Para consecução dos seus objetivos, aFAEPE mantém estreito relacionamento com aEscola Superior de Agricultura de Lavras —ESAL; contando com todo o seu Corpo Do-cente, e suas instalações, etravés de acordode cooperação mútua. Instalada na parte ve-lha do Campo da ESAL, onde dispõe de am.pia e bem montada sede, além de um hotelde nível internacional, com capacidade para84 hóspedes, onde se alojam os técnicos, ealunos dos cursos realizados pela Fundação, aFAEPE está em condições de atender quaisquerpedidos de pesquisas, estudos, projetos oucursos na área de Ciências Agrárias.

.-A FAEPE acha-se registrada no Cadastro. Gerai de Contribuintes do Ministério da Fa-

zenda sob o n.° 19084599/0001-17 e Regis-tro Civil como Pessoa Jurídica no Cartório deRegistro de. Títulos e Documentos (Protocolo

n.° 216, registro n.° 008, fis. 216, livro n.°ISCPJ em 05 de julho de 1976)! Declarada deUtilidade Pública Municipal, pela Lei n.° 1.147de 07/12/77. Registrada no Conselho Nacio-nal do Serviço Social do MEC, em 16/02/78,oelo Processo 223.823/77. Registrada no Con-selho Federal de Mão-de-Obra sob o n.° 0553,em 31/01/78. Isenta de pagamento de lm-posto de Renda Pessoa Jurídica, pelo Ato De-claratório STRTPJ n.° 243/77, datado de10/11,/77.

A FAEPE tem os seguintes cursos, cominscrições abertas, programados para 1978:

CURSOS:Capacitação de técnicos na cultura damandioca.Convênio INT/FUNAT/FAEPE.Curso de Produção e Tecnologia daSfirtifinfesConvênio" MA-DEMA/FAEPE.

•3 cursos intensivos para treinamentode mão-de-obra conservacionista.Convênio MA-DEMA-MG/ FAEPE.Curso de Reciclagem para EngenheirosAgrônomos e Atividades Conservado-nistas de Cerrados.Convênio MA-DEMA-MG/FAEPE.Curso de Aperfeiçoamento em Conser-vação e Manejo do Solo e Água.Convênio MA-DEMA-MG/FAEPE.

Para maiores informações:Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa

e Extensão "FAEPE"Campo da ESAL — Telefones: (035)

821-1418 e 821-1106 Cx. Postal 3737200 - Lavras - MG.

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Usina de álcool produz60 mil litros por dia

Lavras (MG) — Partici-pando do 2." Encontro depesquisa, Ensino e Produçãode Mandioca, realizado estasemana na Escola Superiorde Agricultura de Lavras, oGeneral Thorio B e n e d r oSousa Lima. assistente dedireção da Petrobrás. afir-mou quie ainda em novem-bro próximo a usina de ál-cool de mandioca da Petrò-brás, em Curvelo. atingirásua capacidade operacionalde 60 mil litros por dia. ¦

O encontro de Lavras' foipromovido pela Epamig —Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais eESAL, com a participaçãode várias instituições dire-tamente interessadas no as-sunto, como a Petrobrás,Instituto Nacional de Tec-nologia, Instituto de Desen-volvimento Industrial deMinas Secretaria de Agri-cultura, Cooperativa deProdutores Rurais de Cur-velo e agentes financeiros.

O projeto da Usina de Al-

cool de Curvelo, uma real)-zação conjunta do INDI eda F.trobiás, teve sua im-plantação iniciada em ouwi-bro de 1976 e prevista suainauguração para outubrodo ano passado mas vemfuncionando ainda em fasede pré-operação não tendoatingido a capacidade espe-rada.

Os maiores problemas en-frentados pelo projeto pio-neiro de Curvelo relacio-nam-se com a baixa pro-dutividade agrícola alcan-cada nos campos de cultivocontratados para o forneci-mento de matéria prima eque se situa muito abaixodas 25 toneladas por hecta-re estimadas.

"As condições metereoló-gicas adversas, a bacteriosee outros fatores contribui-ram para a reduzida pro-dução de mandioca noscampos de plantio durantea safra de 1978. Nas pró-ximas safras, mediante ummelhor controle da pro-

dução, espera-se aumentaro rendimento por hectare"Informa a Petrobrás.

Entretanto, mesmo com apequena produção alcan-cada na usina, reflexo tam-bém de problemas adminis-trativos e de sustentaçãofinanceira do projeto, apartir do próximo dia 15, ototal acumulado de 2 mi-lhões 400 mil litros de álcooljá conseguidos em Curvelocomeçará a ser ministradoa gasolina para utilizaçãodos automóveis na regiãometropolitana de Belo Hori-zonte. Na mistura seraacrescido também álcool decana. oriundo de outrasusinas.

O processo de' produçãode álcool anidro a partir demandioca foi desenvolvidopelo Instituto Nacional deTecnologia Industrial e aimplantação da Usina deCurvelo já exigiu invés-timentos superiores a Cr$95 milhões.

Centro de sementes preparatécnico a nível de mestrado

Lavras (MG) — Criadohá apenas quatro anos, oCentro de Estudos e Tecno-logia de Sementes, dd De-partamento de Agriculturada ESAL, já participa ativa-mente da .produção, proces-samento e análise de se-mente, além de treinamen-to de ténicos para o setor.

Desde o inicio de funcio-namento do Centro, foi mi-niatrada a disciplina deprodução e tecnologia de se-mentes, a nível de mestra-do. Este àno ampliou-se aárea de ensino, com o ofere-cimento de quatro discipli-nas: embrlologia, produção,beneficiamento e análise desementes.

As atividades desse Cen-tro colocarão a Escola Supe-rior de Agricultura de La'vras em posição de desta-que na área do ensino em

sementes, devendo consti-tuir-se na primeira entida-de a oferecer, no curso depós-graduação em fitotec-nia, área de concentraçãoem sementes.

No ano passado, atravésde convênio com o Ministé-rio da Agricultura, o Centrose comprometeu a orientardois técnicos por ano, comtrabalhos d e dissertaçãonessa área, além de ofere-cer cursos de especialização,para técnicos em produçãoe tecnologia de sementes.

Ano que vem será ofereci-da a disciplina produção,técnologiae comerciali-zação de sementes, para osacadêmicos em Engenhariaagronômica. E desde 1976 oCentro tem oferecido disci-plina optativa sobre sêmen-

tes aos alunso de gra-duação. Atualmente, e 1 etem sob sua orientação di-reta, seis dissertações dosalunos dc pós-graduação em.fltotécnia. ¦ „

A primeira tese defendi-da, no ano passado, consti-tuíu-se numa avaliação daqualidade das sementes dearroz, milho e feijão, se-meadas pelos agricultoresde alguns municípios minei-ros. No atendimento diretoaos agricultores, o Centrovtm se encarregando deprocessar e' analisar suassementes e de orientá-lossobre a importância do usode sementes de alta quali-dade. Por convênio, com aEmprapa o Centro produz,beneficia, analisa e armaze-na também sementes bási-cas de diversas espécies.

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Vista parcial do campo que já dá a medida de seu tamanho e estrutura

ÉBÂNCO DO BRASIL S. A.

O Banco do Brasil faz-se presente às

comemorações dos 70 anos de Fundação

da Escola Superior de Agricultura de La-

vras, com votos de louvor à grandiosida-

de do tr-balho desenvolvido pela ESaL,

em prol da Agricultura Nacional.

" Praça Dr. Augusto Silva, 48 ';;

Lavras — MG

Os 70 anos da Escola Superior de Agriculturade Lavras - ESAL - são extremamente significativos

para a Agropecuária de Minas Gerais e do Brasil:

Nós, da EMATER-MG, que lutamos pela moder-nização deste setor vital para o desenvolvimentobrasileiro, rendemos as nossas homenagens aquelaInstituição, com a certeza de que sua presença serácada vez mais marcante na vida nacional.

Por outro lado, temos plena consciência de queo nosso trabalho de Assistência Técnica e ExtensãoRural, crescerá na medida em que fortalecermos aintegração com o trabalho de ensino e pesquisa daESAL. i

Por isso, estamos juntos.

ÓTICAS SANTA LUZIAESAL: 70 anos bem vividos de ENSINO, PES-QUISA E EXTENSÃO.

Parabéns.Rua Dr. Francisco Salles, 16 Fones: 821-3053

821-2504821-3381

Lavras — MGip

Oficina Santo Antônio Ltda.SERRALHERIA - ESTRUTURA METÁLICA -INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - FUNILARIA

Homenagea a ESAL pelos seus 70 anos

Rua Com. José Esteves, 143 - Tel.: 821-2261Lavras — MG

EMATER MG

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais

CIA. FABRIL MINEIRALAVRAS IMG /

Congratula-se com a ESAL pelo seu 70.° aniversário.

Av. Vaz Monteiro, 328Lavras — MG

úzóa ÕÊíemMtaz*MATERIAIS ELÉTRICOS

Parabéns ESAL pelo seu significativo trabalho deentrosamento entre os homens.

Rua Francisco Sales, 401

Fones: Loja 821-1277 - Escritório 821-2702Lavras - MG

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno

INFORMEESPECIAL

Respeito deuma escolade 70 anos

Lavras — Ao comple-tar 70 anos de cxistên-cia, a Escola Superior deAgricultura de Lavras éuma das mais respel-tadas instituições de en-sino do país, dedicando-se exclusivamente às ci-ências agrárias e dandotoda fundamentação pa-ra a política de desenvol-vimento das atividadesagropecuárias do país.

Fundada em 1908 porum missionário norte-americano, Benjamim H.Hunnicutt, permanecen-do por alguns anos comoparte integrante do Ins-tituto G a m m o n —educandário criado noSul de Minas em d893 —í. Escola Superior d eAgricultura de L a v r a sfoi federalizada em 1963e tornada autarquia em1972. É a primeira escolade agronomia do Estadoe a terceira do país.

Atualmente, a escolaoferece, a nível de gradu-ação, os cursos de Enge-nbaria Agronômica, En-genharia Agrícola, Tec-nologia em Administra-ção Rural, e Zootecnica.Ministra, ainda, a nívelde pós-graduação, cursosde Filotecnica, Adminis-tração Rural, Ciênciados Alimentos, Zootec-nia e Ciência dos Solose Nutrição de Plantas.

Para o próximo ano,pretende criar um cursode graduação de Enge-nharia Florestal e doisde pós-gradução, nasárea de Fitossanidade eEstatística aplicada aocampo. ¦,. Com mais de 1 milalunos e 166 professores,oriundos de praticamen-te todos os Estados, ocampus da ESAL em La-vras ocupa uma área de500' hectares, onde, alémdós prédios que abrigamas instalações da escola,existem campos dedemonstração, áreas decultivo, estação de pis-cicultura, alojamento epraça de esporte para osestudantes.

A escola possui ainda300 hectares em três ou-trás cidades mineiras e,através de convênio como Ministério da Agricul-tura, é. responsável porquatro campus avan-çados, em Baependi, Cal-das, Jacuí e Delfim Mo-reira, nos quais desen-volve atividades de en-sino, pesquisa e exten-são.

No momento, a. ESALpossui 470 pesquisas emandamento, 158 publi-cadas, 105 teses concluí-das, 65 em andamento e188 pesquisas apresen-tadas em congresso.

A Escola mantém ain-da intenso programa deintercâmbio com escolas,instituições cientiricas eórgãos de estudo dediversos países, manten-do, no * Brasil, convêniocom quase todas as ins-tituições, públicas e pri-vadas, ligadas às ativl-dades agropecuárias.Seus professores partici-pam freqüentemente desongressos, defendendoteses elaboradas dentroda Escola.

Para festejar seu 70°aniversário, a ESAL estápromovendo, desde o dia4 deste mês, a semanaesaliana, cuja coordena-ção está sob a respon-sabilidade da AssociaçãoEsaliana, presidida peloprofessor Amoldo Jun-queira. Neste domingo, asemana se encerra comum almoço de confrater-nização, do qual partici-parão, entre outras auto-ridades, os MinistrosAlysson Paulinelli, d aAgricultura, e EuroBrandão, da Educação eCultura.

Escola de Lavras visaatender produtor rural

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Lavras —• única escola superiordo pais que mantém suas ativlda-des voltadas exclusivamente paraa área de Ciências Agrárias, a Es-cola Supeior de Agricultura de La-vras procura, antes de tudo, con-forme acentua seu diretor, profes-sor Jair Veira, fazer chegar os re-sul tados da pesquisa e do ensinoao produtor rural, atendendo àsnecessidades de um piais essencial-mente agrário. N

Para o professor e engenheiroagrônomo, que há três anos dirigea instituição, o Brasil, apesar doinusitado desenvolvimento indus-trial que experimenta nos últimosanos, não deixará de seo- um paiseminentemente agrícola, destinadoa se tornar verdadeiro celeiro domundo.

Vocação do paísO professor Jair Veira argu-

menita que, como 59 pais em ex-tensão territorial, dotado de exce-lentes solos e condições climáticase pródigo em recursos naturais, oBrasil nunca poderá desenvolveruma sólida economia industrial senão considerar o desenvolvimentodas atividades agropecuárias, o es-tilo de seu crescimento econômico.

."Nesse quadro; salienta, assu-me importância fundamental o

•trabalho que desenvolvem as esco-las agrícolas e, em particular, aEscola Superior de Agricultura deLavras que, em seu 70? aniversário,constitui quase a única instituiçãode ensino superior que mantémsuas atividades total e exclusiva-mente voltadas para a agropecuá-ria".

Segundo ele, a maior preocu-pação da ESAL é buscar um ensinomais condizente com a realidadedo pais e com os anseios de desen-volvimento de nosso povo. "Trata-se, na verdade, de .preparar os fu-turos dirigeni.es e responsáveis pe-los destinos do pais, em uma área,a das ciências agrárias, que maisfielmente traduz a vocação destepais".

Prioridade

Explica que a ESAL tem comofinalidade básioa formar pessoalcapacitado para gerir uma agricul-tura moderna; formar e prepararpesquisadores, responsáveis pelacriação e melhoramento de novasraças e variedades, mais produtivase mais adaptáveis às nossas con-dições; e fazer chegar ao produtorrural os resultados da pesquisa edo ensino.

E' importante que nós, atuan-do na área acadêmica, ajudemoso agricultor a se taçnar ciente desua responsabilidade social de pro-duzir, e de produzir cada vez mais,dentro de técnicas adequadas ecom bons Índices de produtividade— frisou o diretor da ESAL.

para o professor Jair Vieira, sãopromissoras as pregações do candi-dato à Presidência da República,General João Baptista de Figueire-do, que promte conceder prioridadeà agricultura em seu Governo,"sem se descuidar da consolidaçãodo parque industrial brasileiro".

Nós da ESAL vemos comgrande entusiasmo essa pregaçãoe estamos dispostos a participardessa politica de prioridade à agri-cultura, pois nela reconhecemos apromoção de nossos recursos natu-rais — acentua o diretor da Escola.

Entre os cursos que a EscolaSuperior de Agricultura de Lavraspatrocina, o diretor dá ênfase especiai ao curso de Ciências dos ali-mentos. cujo objetivo é apontar omelhor aproveitamento dos produ-tos de que o país dispõe e pesquisarnovas variedades.

— Muitas vezes nós produzi-mos, mas não sabemos se o produtoé o desejável, o ideal, se apresentaa maior soma de qualidades deseja-veis. Devemos, então, procurar me-lhorar a qualidade de nossos pro-dutos ou, a partir de um modeloideal, criá-lo no campo,

O curso de Ciências dos Ali-

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Professor Jair Vieira

mentos da Esal fornece infor-mações ao pesquisador para que eleoriente o produtor a produzir o ali-mento ideal e buscar novas varie-dades. "Procuramos, por exemplo,identificar a laranja que se adaptamelhor a um tipo de solo, qual avariedade que apresenta maior teorde açúcar, qual o teor de açúcarideal, qual o tipo que se presta me-lhor ao consumo direto, qual amais indicada para a indústria dedoce ou de sucos, e assim por diau-te".

Um dos cursos d e pós-gra-duação mais procurados na Esal èo de Administração Rural O dire-tor da instituição, ao apontar a im-portancia desse curso, cita teóricosque "não .acreditam na existênciade paises subdesenvolvidos, mas empaises subgerenciados". Vamos,então formar administradores docampo, pontifica.

Cita outro recurso de impor-tancla capital na área de ciênciasagrárias, o de Solos e Nutrição dePlantas. Entende que o solo é abase do s 1 s t e m a agropecuário,razão peia qual a ESAL lhe dedicaum curso de pós-graduação.

— Reparem no que está ocorren-do em São Paulo e Paraná, ondea erosão está acabando com o quetemos de mais caro. A defesa dosolo deve ser a primeira bandeirade qualquer movimento pela pre-servação do meio .ambiente, peiofato de que dele ia humanidade tiraparcela preponderante para a suasobrevivência.

O curso de Solos e Nutrição dePlantas da escola revela aos alunoscomo procurar alternativas de nu-'trientes no país e como extrair omelhor proveito do solo e dos nu-'trientes que 'temos.

Pesquisas

Na área de pesquisa, a EscolaSuperior de Agricultura de Lavrasestá desenvolvendo uma série deprojetos considerados prioritáriospara a agropecuária nacional.

As diversas qualidades de café,a adequação de cada espécie a umtipo de solo determinado, as pragase doenças que assolam as plan-tações, tudo isso é objeto de umaminuciosa pesquisa que a Esal estádesenvolvendo no momento sobreo oafé.

Esclarece o diretor da escolaque essa pesquisa é fundamentalimportância para Minas, diante datransferência, para o Sul do Esta-do, da produção cafeeira do pais,que está enfrentando grandes difi-cuidades no Paraná e São Paulo.Localizada no Sul de Minas, a Esal,

Material para construção.

Nossos cumprimentos a ESAL pelos 70 anos dedicadosao ensino rural e ao aprimoramento técnico do

homem do campo.LOJA: Rua Francisco Sales, 686 tel. 821-1255

DEPÓSITO: Rua Lourenço AAenicucci, 219LAVRAS - MG

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Auto Máquinas Ltda.=^==r. il^Awmmmmmmmmmm^AAAAAAAA-'

Orgulha-se de participar da homenagem a"ESAL"

pelos 70 anos de trabalho cultural etécnico.

Rua José dos Reis Vilela, 6-12-18Lavras — MG

como centro irradiador de pesquisae ensino, desfruta de posição estra-téglca para dar apoio logístico àcultura cafeeira que se expande naregião.

Outra pesquisa importante de-senvolvida em Lavras refere-se apiscicultura, cujo, objetivo primor-dial é estimular o produtor rurala diversificar suá produção, alémde criar,-no Estado, um forte mer-cado de consumo de peixes."Qualquer pequena proprieda-de rural dispõe de açude, represaou mesmo tanques-reservatóriosque podem se prestar à cultura deespécies selecionadas, de grandeprodutividade e teor alimentar.Com esse projeto de pesquisa, vaihaver uma grande transformaçãono Estado do consumo de peixe,alimento que, a despeito de suasqualidades protéticas, é pouco con-sumido em Minas em relação a ou-tros tipos de carne, "disse o profes-sor Jair Vieira.

O aleitamento de bezerros comleite de soja, em substituição ao lei-te natural, está sendo pesquisadocom bastante sucesso em Lavras.O baixo custo do leite de soja —quase 1/10 do custo do leite de vaca— permite a obtenção de ariimaisnovos para matança a preços maisbaixos.

Em sintonia cóm o ProgramaNacional do Álcool, que visa à subs-tituição de importação de combus-tivel liquido, a Escola de Agricultu-ra de Lavras está pesquisando e'orientando o cultivo da mandiocadestinada à produção de álcool car-burante da usina da Petrobrás emCurvelo. As fazendas responsáveispelo fornecimento do produto àusina, nas regiões de Curvelo e Fe-lixlandia, recebem toda assistênciatécnica da Escola.

No campo da extensão univer-sitária, a ESAL, em convênio coma Emater-MG, está patrocinandoum grande levantamento das em-presas rurais no Estado, com o ob-jetivo de elaborar um diagnósticoda situação agrária e produtiva deMinas que servirá de bases parafuturos planejamentos na área.

IntegraçãoEvidência da preocupação da

escola em adequar o conhecimentoacadêmico às necessidades do paisé o programa através do qual oprodutor rural é freqüentementeconvidado a dar aulas para os estu-dantes, "com seu linguajar simples,sua forma de conhecimento rudi-mentar e, ao mesmo, tempo, suáprofunda sabedoria pragmática, dehomem acostumado a entendermistérios da natureza", afirma" oprofessor Jair Veira.

O professor entende que, atra-vés desses contatos com o agricul-tor, o estudante pode comparar asofisticação das técnicas ministra-das na escola e a realidade dentroda qual trabalhará futuramentecomo profissional. "Ele aprende, as-sim, a adequar seus conhecimentos,tanto teóricos como práticos, à rea-lidade rural expressada pelo agri-cultor."

Outro exemplo dessa inte-gração da escola com a comunida-de será a realização, no próximodia 17, do encontro de liderançasrurais do Sul de Minas, promovidopela ESAL, quando os lideres docampo irão a Lavras "não para re-ceber aulas, mas para discutir, em.igualdade de condições, com proles-sores e alunos da ESAL".

O diretor credita ainda o suces-so da instituição no cumprimentode suas finalidades à excelência dorelacionamento entre professores ealunos:

"Aqui, não fazemos distinçãoentre professores e alunos. Todossão companheiros lutando por ummesmo objetivo: a valorização daagropecuária nacional. Aqui, o estu-dante encontra uma cidade aberta,um ambiente propício à aprendiza-gem e à vida em comunidade. Issoporque nós não procuramos formarapenas técnicos, mas sobretudo ho-mens, na acepção mais integral dotermo"

HjH LflVROMDQ - lavras máquinas ltda. iLa

Nossa homenagem a ESAL pelos 70 anosdedicados à formação técnica e profissio-nal para uma melhor conscientização dohomem.

Caminhamos juntos com o mesmo obje-tivo.

Av. Pedro Salles, 371

Telefone: 821-2011 - Lavras - MG

A ESAL promoveconfraternização

Lavras — Dentro das comemora-ções dp 70:° aniversário da Escola Su-perior de Agricultura de Lavras, en-cerra-se nesse domingo a Semana Esa-liana, promovida pela Associação Esa-liaria, com um almoço de confraterni-zação ao'qua| estão presentes, entreoutras autoridades, os •Ministros Alys-son Paulinelli, da Agricultura, e EuroBrandão, da Educação.

Durante toda a semana, de 4 a10, a Associação Esaliana, presidida pe-Io professor Amoldo Junqueira Netto,promoveu desfile de atletas, campeo-natos de vôlei, futebol de salão, fute-boi de campo, andebol, basquete eatletismo, com a participação de di-versas agremiações mineiras e do Riode Janeiro.

A Semana Esaliana Gomeçou nodia 4, com. sessão inaugural. No dia .5, terça-feira, o professor Silvio doAmaral Moreira proferiu palestra so-bre "a Esal de ontem e de hoje". Nó*dia seguinte, quarta-feira, as competi-ções foram abertas com desfile de .atletas. À noite, houve disputa de fu-tebol de campo e de atletismo, quan-do se defrontaram as equipes da Esale do Flamengo dó Rio de Janeiro e ostimes da Escola da Aeronáutica e daseleção colegial de Lavras.

Na quinta-feira, data da Indepen-déncia, houve desfile militar pela ma-

nhã e, à noite, jogos de vôlei femi-nino - entre as equipes da Escola deEducação Física da UFMG e o com-binado ESAL/Lel — e masculino, en-tre a Escola de Educação Física daUFMG e a ESAL.

Os festejos pelo 70.° aniversárioda Escola prosseguiram na sexta-feira.Nas provas de atletismo, defrontaram-se a ESAL e o Flamengo, a Escola deAeronáutica e a seleção colegial deLavras. No jogo de basquete femini-no, disputaram os times da ESAL e daEscola de Educação Física da UFMG.Equipes da ESAL e da Escola de Edu-cação Física da UFMG disputaram ain-da jogos de andebol masculino e fu-tebol de salão.

Hoje, sábado, ESAL, o Flamengo,Escola de Aeronáutica e Seleção Co-legial disputam as provas de atletis-mo, enquanto o Asperal joga contraos-Veteranos Olímpicos uma partidade'futebol de campo. No basquetemasculino, disputam a ESAL e o OKm-pico de Belo Horizonte, e no futebolde salão, as equipes do Asperal e dosex-alunos da Escola Superior de Agri-cultura de Lavras.

Com partida de futebol de cam-po, disputada pelo Asesal e o Asmece com almoço de confraternização, en-cerra-se amanhã a semana esaliana.

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A Escola de Agricultura d« lavrai promova novo vestibular em janeiro

Lavras — A Escola Superior deAgricultura de Lavras promove, a par-

-tir do dia 7 de janeiro do próximoano, novo concurso vestibular a seusquatro cursos de graduação. As ins-crições serão abertas a partir do dia1.° de novembro.

Para a área de Agronomia, a Es-cola oferecerá 38 vagas no sistemapreferencial, para filhos de produto-res rurais, e mais 38 vagas para oscandidatos em geral. Serão concedidas25 vagas para o curso de EngenhariaAgrícola, 25 para a área de Zootecniae 30 vagas para o curso de Tecnolo-gia em Administração Rural. .

Os candidatos deverão apresen-tar, no ato de inscrição, os seguintesdocumentos: fotocópia autenticada dacarteira de identidade, recibo do pa-gamento da taxa de inscrição, cujovalor ainda não foi divulgado, duasfotos e formulário próprio fornecido

pela Escola. Informações sobre os cur-sos poderão ser solicitadas por corres-pondên.cia.

Além da excelência do' ensinoque proporciona aos estudantes, a Es-cola Superior de Agricultura de Lavraspossui toda uma infra-estrutura neces-sária para o desenvolvimento do en-sino, pesquisa e extensão na área deCiências Agrárias. Seu campus é do-ftdo de modernas . instalações paraabrigar salas de aula, alojamento pa-ra os alunos, praça de esportes, pré-diòs administrativos e grande área pa-ra cultivo e prática de técnicas agri-colas.

Situada no.Sul de Minas, no Mu-nicípio de Lavras, a 226 quilômetrosda Capital, a ESAL desfruta de loca-Iização privilegiada, pois está ligadaa rodovias asfaltadas, com acesso fá-ci| aos centros de Belo Horizonte, SãoPaulo e Rio de Janeiro.

Vestibular da ESALvi?*-, * »•* lili

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Na área de agronomia a Escola oferecerá 38 vagas no sistema preferencial para os filhos dos produtoresrurais e 38 para outros candidatos

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14 - INTERNACIONAL

CrawforddeixaMoscou

Moscou — O- empresárionorte-americano, FrancisJay Crawford, condenadona quinta-feira a cinco anosde prisão com suspensãocondicional da pena por umtribunal soviético que oacusou de especulação cam-bial, recebeu ontem visto'de;saida da União Soviética, ique lhe dá permissão paravoltar quando quiser parvseu pais.

A Embaixada dos EstadosUnidos em Moscou afirmouque Crawford não foi expul-so pelas autoridades sovié- 'tlcas, mas que recebeu vistonormal de saida. Crawfordera vice-diretor de uma fir-ma industrial norte-americana — InternationalHarvester — em Moscou.

Com suas Lotas .de cow-boy brilhando e o senso dehumor intato, Crawford, de37 anos, partiu ontem mes-mo da URSS com sua noivaamericana rumo a Frank-fürt, na Alemanha Ociden-tal, de onde seguirá depoispara Chicago. "Estou felizpor estar indo embora, masgostaria de voltar. Não gos-to de pensar que estou prol-bido de entrar na URSS". .Crawford foi detido no dia12 de junho passado e liber-tado da prisão, onde per-maneceu durante 15 dias,um dia depois da libertaçãonos EUA de dois cidadãossoviéticos acusados de espi-onagem.>

Kennedyaconselha

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D 1? Caderno

BrejnevMoscou — O Senador'

norte-americano EdwardKennedy afirmou ontemque pretende pedir áo lídersoviético, Leonid Brejnev,que faça algo para amenl-zar o sentimento anti-sovié-tico generalizado nos Esta-dos Unidos, caso contrárionão será aprovado pelo Se-nado o novo Acordo de Li-mitação de Armas Estraté-gicas (SALT).

Kennedy, que chegou naterça-feira a Moscou paraassistir a uma conferênciasobre saúde, disse que espe-rava ser recebido hoje porBrejnev, e acrescentou quegrande parte do debatesobre qualquer tratadoSALT que o Governo doPresidente Jimmy Carterapresentar. ao Senado serábaseado no atual clima dasrelações norte-ameri-cano-soviéticas."Teremos que aguardar ever que medidas as autori-dades soviéticas tomarãopara melhorar a situação.Apenas espero poder ex-pressar o ponto-de-vista deum senador sobre algunsfatores que podem causarimpacto e influir", disseKennedy, que não respon-deu se conversará ou nãocom Brejnev sobre o casodo dissidente detido, Anato-ly Sharansky.

URSScelebraTolstoi

Moscou — A imprensa so-viética, inclusive o órgãooficial do PCUS, o Pravda,dedicou ontem pelo menosuma página à figura deLeon Tolstoi, o famoso ro-mancista russo que hoje co-memoraria seu 150» aniver-sário de nascimento.

Tolstoi é para o romancesoviético o que AlexandèrPushkin é para a poesia, se-gundo os soviéticos, paraquem ele não é apenas umgrande' escritor, mas tam-

i bém um componente damentalidade nacional russa.Em 1908, quando' Tolstoiainda vivia, Lênine o defi-niu como "o espelho da Re-volução Russa".

Pontecorvoexplicaneutrinos

Roma — Ao falar ontem— em inglês — no Institutode Física da Universidadede Roma, o fisico nuclearBruno Pontecorvo, que seestabeleceu na União Sovié-tica há 28 anos, disse queos neutrinos — partículasinvisíveis e ultravelozes quepercorrem todo o globo ter-restre — podem ser artlfi-clalmente produzidos e mreatores para estabeleceruma exata distribuição deplutónio e urânio.

Lendo um trabalho sobreA Fisica e ,os Neutrinos,Pontecorvo traçou a histó-ria de quase 50 anos de in-vestlgações n a especial!-zação. Citou numerosos es-peciallstas, entre eles oalemão Hans Pauli e o ita-liano Enrico Fermi, masnão a si mesmo.

Polícia alemã continuasem pistas do terroristacúmplice de Willy Stoll

Ricardo KotschoCorrespondonte

Bonn — Após 48 horas de buscas que moblll-zam praticamente todos os órgãos de segurançada Alemanha Federal, a policia ainda não conse-guiu localizar nenhum outro membro do grupodo terrorista Willy Peter Stoll, morto quarta-feiranum restaurante de Dusseldorf.

A ünlcà descoberta feita ontem pela policia foium apartamento suspeito da Augusta Strasse, 28,nos arredores de Dusseldorf, que teria sido utilizadopor Stoll e outros membros do grupo nas últimassemanas.

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Denúncia anônima, O aparamento foi localizado graças a uma de-

núncia anônima às.2li da madrugada de ontem noprimeiro andar de um prédio dé~düàtro andares.As 4h30m da manhã os policiais decidiram invadiro apartamento, que tinha indícios de moradia cons-pirativa.

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, oapartamento teria sido alugado a uma mulher comcerca de 28 anos, em abril último. Após uma rápidainvestigação, os. agentes concluíram que os do-cumentos apresentados pela mulher eram rouba-dos e falsificados.

Vizinhos do apartamento informaram à poli-cia que ele estava sendo habitado pela mulher edois homens, que se assemelham a Stoll e Chris-tian Klar — o outro terrorista que está sendo pro-curado — até o dia 6 de setembro, quando Stoll foimorto.

Todos os moradores do prédio foram proibidosde dar declarações à imprensa, enquanto a policiase dedicava a recolher Impressões digitais e mate-rial considerado subversivo no apartamento.

Owen debate situação daRodésia com emissários doGoverno norte-americano

Londres — O Ministro do Exterior britânico,David Owen, se reunirá este fim de semana com ai-tos funcionários do Governo norte-americano paradiscutir a situação na Rodésia, agravada nos últi-mos dias com a intensa perseguição aos guerrilhei-ros. Em Salisbury se informou que só esta semanaforam mortas mais de 200 pessoas na Rodésia, sen-do que ontem morreram 17 guerrilheiros.

Chegaram ontem a Londres dois representan-tes do Departamento de Estado dos EUA, RichardMoose e Tony Lake. Nas discussões sobre as possi-bilidades de reabrir as negociações sobre a Rodésia,participarão também o diplomata britânico, JohnGraham, e o Embaixador dos EUA na Zâmbia, Ste-phen Low.

RepresáliaZâmbia pediu à Grã-Bretanha que, inter-

venha junte ao Governo de Salisbury porque temeum possível ataque aéreo, rodesiano em represáliaà derrubada de um avião comercial da Rodésia porguerrilheiros nacionalistas negros que têm suasbases em território zambiano.

Há grande expectativa em Salisbury e em Lon-dres em torno do discurso que deverá ser pronun-ciado no domingo pelo Primeiro-Ministro lan Smith,quando anunciará às novas medidas de seu Governodiante da situação atual.

Petróleo à Rodésia,episódio obscuro

Robert Dervel EvànsCorrespondente

Londres — O rompimento ão bloqueio petroli-fero à Rodésia por duas multinacionais com sedena Grã-Bretanha,-Shell e British Petroleum (BP),está há mais de uma semana nos jornais, sem quetenham sido revelados claramente todos os fatosem torno do episódio.

Mesmo depois da publicação do relatório de 600páginas da Comissão Bingham sobre o caso, o quedeverá ocorrer nas próximas semanas, é duvidosoque emerja um quadro completo dessas complexastransações. ,

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Após o encontro wo^olar^mÁndres Perez, Adolfo Suarez dançou num restaurante

Suarezchega hojea Havana

Havana e Caracas — Aochegar hoje a Havana, pro-cedente de Caracas, o Pre-mier Adolfo Suarez se tor-nará o primeiro Chefe deGoverno espanhol a visitarCuba desde o descobrimen-to da América e um dos pri-meiros governantes ociden-tais a ir à ilha depois dainstalação do regime de Fi-dei Castro, a quem, possi-velmerite, Suarez convidaráa visitar Madri em 1979 emnome do Rei Juan Carlos.

Entre os temas principaisa serem tratados em Hava-na figuram questões rela-cionadas com a saida de es-panhóis de Cuba e indeni-zações por antigas proprie-dades espanholas, bem co-mo a negociação de um no-vo acordo comercial entreos dois paises, visto que oatual termina em fins desteano.

Argentina faz manobraide defesa na fronteira

Circunstâncias complexasO Relatório Bingham foi enviado pelo Ministro

do Exterior, David Owen, para o Procurador-Geral,que decidirá, à luz do seu conteúdo, se há base pa-ra se acusar criminalmente as duas companhias eseus diretores de terem violado ã lei que proíbe ofornecimento de petróleo à colônia rebelde desdeque se declarou Independente unllateralmente em1965.

As circunstancias são muito complicadas. Pe-tróleo não é apenas o artigo mais importante nocomércio internacional; por ser liquido e Inflama-vel, exigindo instalações especiais para seu arma-zenamento, transporte e marketing. Ouíra comple-xidade é o fato de as maiores áreas de consumo seacharem muito longe das principais fontes de for-necimento, o que gerou a criação de grandes em-presas internacionais para comercializar o petro-leo através das fronteiras.

Antes, essas empresas eram controladas rígi-damente pelas matrizes, que no caso da BP estaem Londres, e no da Shell parte em Londres e par-te em Haia, na Holanda. Mas esse controle agorapraticamente desapareceu.

Sob o proceso áe regionalização e descentrah-zação introduzido na década de 60, as subsidiáriasdessas e outras multinacionais petrolíferas estãohoje registradas nos paises onde funcionam. Em ge-ral, seus administradores são nacionais desses pai-ses. Assim como a Shell do Brasil é uma companhiabrasileira sujeita às leis do pais, a Shell sul-africa-na é uma empresa sujeita às leis da África do Sul.- As leis aprovadas pelo Parlamento britânico sopodem vigorar em território britânico e se aplicara companhias registradas na Grã-Bretanha. Dessaforma, as sanções contra a Rodésia só teriam deser observadas pelas matrizes da BP e Shell, e nãopor suas subsidiárias na África do Sul, que se en-contraram assim entre dois fogos: as ordens rece-biãas de Londres e o.cumprimento das leis locais.

Consentimento tácitoAté recentemente, o Governo norte-americano

permitia a importação de cromo da Rodésia, a des-peito das sanções das Nações Unidas, por causa desua Importância estratégica para a fabricação dearmas. ¦: ,

Aparentemente com.o consentimento tácito aoGoverno britânico, o petróleo das refinarias da BPe Shell na África do Sul começou a chegar à Ro-dêsia, primeiro através de Moçambique, quando oterritório se achava sob controle português, $ de-pois da África do Sul.

Numa declaração pessoal feita quinta-feira, oex-,Primeiro-Ministro Harold Wilson confessou queele e seu Gabinete tiveram algum conhecimento deviolação das sanções, mas disse que não dispunhade maiores detalhes. A BP e a Shell só deverão fa-zer declarações oficiais depois da publicação do Re-latório Bingham.

Buenos Aires — A fim de prepararas Forças Armadas e o povo contra ata-quês aéreos, a Argentina deu inicio on-tem a maciços exercícios de mobiliza-ção militar e civil nas províncias sulinasde Rio Negro, Chubut, Neuquen, SantaCruz e Terra do Fogo e em áreas dacordilheira dos Andes, na fronteira como Chile.

Os exercícios, que Incluíam a simu-lação de bombardeio aéreo, começaramuma dia depois da reunião especial en-tre o Presidente Jorge Videla, a JuntaMilitar e o recém-criado Comitê Militare às vésperas do reinicio das negociaçõescom o Chile sobre a questão de limitesno canal de Beagle, Zona Austral.

Conflito fronteiriçoUm porta-voz do Ministério da De-

fesa, Major Eduardo Garcia Prado, ex-plicou que "a principal tarefa do mo-mento consiste em esclarecer a popula-ção sobre o conflito fronteiriço".

Além desse treinamento para a po-pulação civil, houve exercícios de deíe-sa na cidade de Ushuaia, Capital da pro-vincia da Terra do Fogo, com a partici-pação de efetivos do Exército, Marinha,Força Aérea e polícia.

O exercício, realizado de madruga-da, consistiu em alertas à população, pormelo de toques de sirena, enquantoaviões simulavam um bombardeio ini-migo, obrigando os efetivos militares aocuparem posições de defesa em terra.Além disso, foi usado o blecaute no pe-rimetro urbano de Ushuaia.

Na província de Córdoba, efetivosdo Terceiro Corpo do Exército intensifi-caram seus exercícios de combate e ti-ro, para, segundo um porta-voz militar,"aperfeiçoar o nivel de instrução e capa-citar as brigadas ao cumprimento dequalquer missão de combate, em qual-quer terreno". Manobras semelhantes es-tão sendo efetuadas na província de Ca-tamarca por parte do Regimento de In-fantaria Aerotransportada.

BOAS RELAÇÕES

Depois dos Estados Uni-dos, Cuba é o cliente maisimportante da Espanha naAmérica, com um volumede negócios da ordem de150 milhões de dólaresanuais.

As relações entre Espa-nha e Cuba, que foi colôniaespanhola até 1898, forambastante intensas mesmodurante o franqulsmo, ape-sar dos receios norte-ameri-canos.

Na Venezuela, o Primei-ro-Ministro espanhol con-versou durante duas horascom o Presidente CarlosAndrés Pérez e mantevecontatos também com osprincipais candidatos à Pre-sidência e dirigentes do se-tor econômico privado, pro-vocando o comentário deque a visita serviu para darum novo impulso às rela-ções políticas e econômicasentre os dois paises.

Tropa atacaigreja naNicarágua

Managuá — Soldados daGuarda Nacional da Nicará-gua abriram fogo ontemcontra uma igreja e umaescola católica e prenderamvários comerciantes, ao darprosseguimento à ofensivado Governo do GeneralAnastasio Somoza contra agreve nacional decretadano país.

O sacerdote católico denacionalidade costarriquen-se, José Maria Pacheco, foiexpulso da Nicarágua porterem encontrado armas —rifles, carabinas, granadas— e material subversivo emsua igreja — Pacheco, queera diretor do Colégio Sa-lesiano e Pároco da igrejaMonimbo, foi preso por umapatrulha militar depois decelebrar oficio religioso.

ADVERTÊNCIA

A Igreja Católica Roma-na acusou ontem o Governode Somoza de ter lançadouma onda de repressão con-tra padres e igrejas »ameaçou os soldados d aGuarda Nacional com a ex-comunhão. A advertênciafoi feita numa circular daArquidiocese de Managuá _etransmitida pela rádio cato-lioa na noite de quinta-fei-ra. O diretor da emissoradisse que recebeu ordem detirar imediatamente do ara leitura da circular.

Centenas de manifestan-tes saíram ontem às ruasde Masaya para protestarcontra a expulsão do PadrePacheco e o ataque à escolacatólica. No México, o lídersandinista Éden Pastora, ocomandante Zero, declarounuma entrevista à televisãomexicana que "nenhumexercito de ocupação trata-ria o povo como o faz odo General Somoza".

Junta Militar prefere negociar

Buenos Aires — O chamado ComitêMilitar, formado pelos três integrantesda Junta Militar e o Presidente da Re-pública, General Jorge Videla, decidiuinstruir o delegado da Argentina encar-regado do assunto que continue nego-ciando com o Chile as divergências emtorno do canal de Beagle, segundo co-municado divulgado após a reunião doComitê.

O Comandante-Chefe da Marinha,Almirante Emílio Massera, criara certaexpectativa ao anunciar que dessa reu-nião, na qual daria sua opinião sobre otema, sairia uma resolução governa-mental. Dizia, ao mesmo tempo, que pre-tendia ver solucionado o problema com oChile antes de deixar seu lugar no co-mando da Marinha e da junta, o que de-verá ocorrer no próximo dia 15, quandopassará à reserva.

Sem alteraçãoNo entanto, apesar da disposição de

Massera, parece que, pelo menos nessareunião, nenhuma medida foi tomadaque possa ser interpretada como uma ai-teração na atual posição argentina- emrelação às negociações que recomeçarãodia 13 em Santiago, reunindo os inte-grantes da comissão n° 2.

Durante a reunião, os integrantes docomitê — Generais Videla e Roberto Vio-Ia, Comandante do Exército,. AlmiranteMassera, Comandante dá Marinha, eBrigadeiro Orlando Agosti, Comandanteda Força Aérea — ouviram um longo re-latório do Ministro da Economia, JoséAlfredo Martinez de Hoz.

Aluíziq MachadoCorrespondente

A questão de Beagle continua sendoo tema dominante na Argentina, espe-cialmente à medida em que aumentaramos rumores sobre a possibilidade de umaguerra.com o Chile. Os apelos à defesaa qualquer preço da soberania nacional,feitos por grupos nacionalistas, ocupamgrandes espaços nos jornais, e o próprioMassera lembrou o refrão que diz: "Sequeres a paz, prepara-te para a guer-ra".

Além dessas declarações pelos jor-nais, as noticias sobre realização de ma-nobras no Sul do pais adensam o climade tensão, propiciando o surgimento derumores sobre a eminência de um cho-que armado a partir de uma inlciatl-va da Argentina, que, segundo algumasversões, poderia ser a ocupação de umaou mais ilhas da região a fim de forçara mudança do status quo e levar o Chi-le a enfrentar uma situação de fato.

Outra polêmica está em formação,entre um novo jornal argentino, Con-vieción, que está no numero 34, e o cor-respondente de O Estado de São Paulo,Marcos Wilson.

Em sua primeira página de ontem,Convicción publica num quadro nota in-titulada Ação Psicológica no Brasil, naqual se refere a Marcos Wilson como"habilidoso e nocivo escriba", por enviarnoticia que seu jornal publicou sob otitulo A Argentina pode ir à guerra emdefesa do canal de Beagle.

"A atitude de intoxicação desenvol-vida pelo correspondente brasileiro —afirma Convicción — tem um nome cia-ro e preciso na linguagem politico-mili-tar contemporânea: ação psicológica".

Cubillos faz restrição à AtaSantiago — O Ministro das Relações

Exteriores do Chile, Hernan Cubillos,discordou da afirmação do Governo ar-gentino que confere caráter de tratadointernacional a uma ata assinada pelosPresidentes dos dois paises, em PuertoMontt, a respeito do problema de limi-tes no canal de Beagle, zona austral.

A.nota argentina, depois de reiterarque considera nulo o laudo arbitrai bri-tanico que deu ao Chile jurisdição sobreas ilhas do canal de Beagle, assinalaque, por uma decisão soberana, Chile e

Argentina estão em entendimentos dire-tos "através de um tratado intemacio-nal" (a ata de Puerto Montt) para exa-minar os problemas pendentes sobre li-mites.

Embora a Argentina dê caráter detratado internacional à ata assinada emfevereiro pelos Presidentes Jorge Videlae Augusto Pinochet, os chilenos conside-ram que o documento apenas estabelecea intenção dos dois paises no sentido dechegar a acordos sobre seus problemasde delimitações marítimas.

As ilhas da discórdiaA disputa entre Chile e Argentina

sobre o canal de Beagle vem, pratica-mente, desde 1830, quando Charles Dar-win explorou a região a bordo do naviobritânico que deu nome ao canal. Em1902 os dois paises firmaram um trata-do concordando em que suas disputasterritoriais deviam ser arbitradas pelaCoroa Britânica, mas os argentinos nun-ca mostraram entusiasmo em recorrer aLondres.

Em 1967 o problema foi relançadopelo Governo chileno de Eduardo Frei,e retomado posteriormente pelo Gover-no Allende, e os dois países resolveramlevar a disputa a um tribunal sob res-ponsabilidade de Londres, que o orga-nizou com juizes da Grã-Bretanha,França, Estados Unidos, Suécia e Nigé-ria, todos eles integrantes da Corte ln-ternacional de Haia.

O tribunal instalou-se em setembrode 1976 e deu seu veredito em maio dc1977, concedendo ao Chile jurisdição so-bre as ilhas de Lennox, Picton e Nueva,bem como sobre todas as demais forma-ções no canal ãe Beagle. decisão com a

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qual a Argentina não se conformou, viu-do a consiâerar nulo o laudo arbitraibritânico em janeiro de 1978.

Desde o laudo britânico, por diver-sas vezes a Argentina efetuou movimen-tações de tropas na região, como emdezembro de 1977, quando reforçou osefetivos na fronteira, ou em janeiro ae197S, quando enviou uma esquadra aocanal. ., ,„_,

Em janeiro último, os presidentesJorge Videla e Augusto Pinochet assl-naram a Ata de Puerto Montt (Chile),assinalando a intenção de resolveremsuas disputas por meio de negociações,organizando-se comissões para estudare resolver, ainda este ano, o caso Beagle.

Foi com base nessa Ata que a Argen-tina resolveu declarar a nulidade dolaudo britânico, contra o que se insurgiuo Presidente chileno, em discurso emfevereiro, dizendo que a Ata de modoalgum substituirá a decisão do tribunal.

Agora, mais uma ves a divergênciase agrava, a poucos dias do reinicio dasreuniões da comissão mista chüeno-ar-gentina que examina o problema. ,

Chileprorrogaemergência

Santiago — O Governo ".•

militar chileno prorrogoupor maís seis meses o es-tado de emergência e mtodo o pais que restringe asliberdades civis no Chiledesde 1973, quando foi ins-tituido, e que desde entãovem sendo prorrogado.

O decreto, que tambémdesigna ds Chefes das Por-ças Armadas encarregadosde cada uma das regiões eprovíncias do país, é apenasmais uma prorrogação doestado de emergência queo Governo renova a cadaseis meses, segundo fontes ••militares,

Em março deste ano oGoverno levantou o estadoide sítio que se prolongoupor quatro anos e que foi.reimplantado há cerca deuma semana na região Nor-te do pais onde os mineirosde cobre de Chuquicamatamantinham um c o n f 111 otrabalhista.

Christina efotógrafofazem acordo

Heisinqui — As fotogra- >fias em que Christina Onas-sis aparece nua, tiradas àsua revelia na Capital fin-landesa no último fim de se-mana, serão destruídas, se-gundo acordo judicial entreo fotógrafo e os advogadosdela, Informou ontem o jor-nal Helsingin Sanomat.

As fotografias foram ba- r'tidas através da janela doquarto de hotel onde Chris-tina Onassis se hospedava,no momento em que se pre-parava para dormir. Ironi-camente, a milionária con-seguirá antes driblar os foto-grafos que a perseguiam emlojas e restaurantes da cirdade, onde foi fazer com-pras.

O acordo, segundo o Jor- "'nnal, estipula que as fotogra-fias não serão distribuídas "."nunca, devendo ser destrui-das "de forma a ser preci- ^sada posteriormente". De- . ;pois da destruição, Christi-na Onassis se compromete [),,;a não processar o fotógrafo. ..

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EUA negamvisto aitaliano

Veneza — O presidenteda Bienal de Veneza. CarioRipa di Meana, náo obtevevisto da Embaixada ameri- .,,cana para participar de vi-sita oficial de membros doPartido Socialista Italianoaos Estados Unidos, a partirde amanhã.

Segundo nota divulgadapela Embaixada, Ripa diMeana só a l°lde setembro •foi Incluído no grupo decinco representantes do PSI •convidados desde o inicio dejulho a participarem da vi- -sita, em substituição a ou-tro que desistiu. "A Embai-xada", prossegue a nota,"informou ao PSI e ao SrRipa di Meana que não ha-via tempo suficiente paralevar a cabo os procedimen-tos administrativos para aconcessão do visto antes de10 de setembro". Ripa diMeana foi então convidadoa visitar os EUA a partirde 1.° de outubro.

DATAS FALSAS •

Respondendo, Ripa dlMeana declarou que as da-tas citadas na nota da Em-baixada não sâo exatas."Encontrei-me com o diplo-mata americano Spats", ex-plicou, "encarregado de or-ganizar a viagem, no dia 28de julho, no escritório deCláudio Martelll, responsa-vel pelo setor de infor-mação e cultura do PSI echefe da delegação. Em ml-nha presença, Martelll ln-formou ao diplomata ame-ricano de minha partici-pação, e durante cerca deduas horas elaboramos ostrês o programa da via-gem".

Acrescentou o presidenteda Bienal que telefonou dia6 de setembro a Spats paracomunicar-lhe que não re-cebera ainda o visto, tendoa resposta de que não havia '

tempo para a emissão dovisto de partida no dia 10,apesar de decorridas cincosemanas. Ripa di Meana foino passado membro do Par-tido Comunista Italiano. Eembora numerosos mem-bros do PCI tenham visita-do os Estados Unidos ulti-mamente, qualquer ligaçãocom o Partido complica eprolonga os procedimentospara a concessão de visto.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D 1* Caderno INTERNACIONAL - 15

IrãTeerã — O Governo do Irã repri-

mlu com tanques e fogo de artilha-ria leve, matando mais de 250 pessoas,uma manifestação de protesto emTeerã contra o Xalnxá MohammedReza Pahlavi, e que desafiava a leimarcial decretada na Capital e em12 cidades cinco horas antes.

Durante oito horas as forças ar-madas atiraram para destruir enor-mes barricadas levantadas em váriasruas importantes da Capital. No ini- (cio, os manifestantes, quase todos jo-vens, tentaram confraternizar com osmilitares e recorreram a ação paciíl-ca de sentar no chão. Quando o Exér-cito abriu fogo, os Jovens tambémresponderam com violência.

Combate nas ruasf

A manifestação inlclou-se poucoantes das 7h (Oh de Brasilia), cincohoras depois da imposição da lei mar-ciai. Apesar da proibição, milhares depessoas reuniram-se na Praça Jaleh,onde os distúrbios do último dia 1'causaram 10 mortes.

O Exército chegou logo depois,com grande reforço de blindados, pa-ra dispersar os jovens, que não flze-ram caso das ordens e iniciaram umamanifestação (sit in). Depois de umbreve período de tensão, os soldadosdispararam várias rajadas, que, se-gundo as primeiras informações, ma-taram mais de 10 pessoas. A luta ini-ciou-se imediatamente e estendeu-sea todos os bairros da região Sudestede Teerã.

Os manifestantes bombardearamos soldados com coquetéis molotov erapidamente levantaram barricadasnas ruas principais. Sem o controleda situação, o Exército continuou atl-rando e terminou por ordenar a In-tervenção da artilharia. Cerca das 14h(local), o principal foco rebelde foraesmagado, mas prosseguiam os dis-paros, explosões e incêndios em vá-rios bairros.

Durante os conflitos, segundo aUPI, os manifestantes saquearamdois bancos e incendiaram vários es-tabelecimentos comerciais, inclusiveuma loja de quatro andares. Os trêsmaiores hospitais de Teerã estão lo-tados de feridos, acompanhados porseus familiares.

Diversas casas, próximas à Pra-ça Jaleh, foram transformadas emclinicas improvisadas, onde médicossimpatizantes dos manifestantesatendiam os feridos que temem serpresos caso se dirijam, aos hospitais.Fontes dos hospitais, citadas pelaUPI, indicaram que o número de mor- .tos é superior a 250, além de cente-nas de feridos. A rádio oficial de Te-erã, no entanto, divulgou que os com-bates fizeram apenas 57 mortos e 205feridos.

Testemunhas disseram que ai-guns soldados relutaram em cumprira ordem de atirar contra a multidãoe que um deles se suicidou. Desmen-tiram também as acusações da opo-sição de que os soldados que dirigi-ram a repressão eram israelenses, queteriam chegado ao Irã nos últimostrês dias. As testemunhas destacaramque todos pareciam iranianos.

O Exército iraniano (200 mil sol-dados) tem três divisões blindadas,que dispõem de 1 mil 500 tanques In-gleses e norte-americanos e foguetesnorte-americanos Hawk. Á Força Aé-rea conta mais de 300 modernosaviões, entre os quais o F-14 Tomcat,o melhor caça dos Estados Unidos. AMarinha tem 18 mil 500 homens, trêsdestróiers, quatro fragatas, quatrocorvetas e numerosas naves auxilia-res.

Os gastos militares absorvem 17%do orçamento nacional e são, propor-cionalmente, dos mais altos do mun-do. Embora as Forças Armadas pa-reçam o mais seguro apoio ao regi-me do. Xainxà, seus oficiais são se-veramente vigiados pela policia ml-litar.

O Governo decidiu Impor a leimarcial por seis meses nas 12 cida-des alegando qüe as recentes manl-festações de protesto "fazem parte de

. um vasto plano,.que recebia apoio fi-nanceiro e incentivo do exterior".

A nota oficial prossegue: "Mes-mo depois da proibição do Governo,no dia 6, impedindo a realização demanifestações públicas, e embora oschefes religiosos da seita xiíta garan-tissem que manteriam a paz e deixa-riam de provocar lutas e perturba-ções, podem-se identificar esses reli- .giosos trabalhando contra o Gover-no".

Segundo o Governo, os manifes-tantes "recorreram a slogans vlolen-tos, contrários à Constituição, agiramfora da lei e recorreram à perturba-,ção da ordem, paralisaram a vidanormal do país e as atividades eco-nômicas e espalharam o temor entrea população, o que não pode ser to-lerado por nenhum cidadão Iranianopatriota". A declaração afirma aindaque o Governo decidiu "fazer cum-prir a Constituição e garantir as li-herdades básicas com firme determi-nação e consciência atenta".

O Comandante do Exército, Gene-ral Gholam Ali Oveissl, foi designa-do administrador da lei marcial, ti-rando virtualmente o poder das mãosdo Primeiro-Ministro - Jaafar Sharif-Emani, nomeado há 15 dias num es-forço para se chegar a um acordo coma Oposição liderada por extremistasmuçulmanos, que desejam a volta aoregime islâmico e o retorno do diri-gente muçulmano Ayatollah Khome-ni, exilado no Iraque.

Além de Teerã, a lei marcial vi-gorará também nas cidades santas deMashad, no Leste do pais, e Qom, aoSul da Capital. Outros centros atin-gidos pela medida são: Karaj, subúr-bio de Teerã; Qazvin, cidade indus-trial a Oeste da Capital; Tabriz, naregião Oeste; e Ahvaz, Abadan, Shi-raz, Kazeroun, Jahorm e Isfahan, noSul. Em todas essas cidades vêm-serepetindo as manifestações contra oXainxá, sempre reprimidas com vio-lèncra e seguidas da prisão de váriaspessoas.

Leia editorial "Convulsão"

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O Xainxá recorreu ao Exército argumentando que o protesto era uma rebelião contra o Governo

Israel nega qualquer vinculação

Jerusalém — Os Ministérios da Defesa ede Relações Exteriores de Israel negaram comveemência as acusações da Oposição iranianade que soldados israelenses estariam partici-pando, ao lado. das tropas do Xainxá, das ope-rações de repressão às manifestações popula-res ora em curso em Teerã e outras cidadesdo pais.

Naltali Lavie, pelo Ministério da Defesa,e Dan Weinreich, pela Chancelaria, disseramque as acusações "carecem de fundamento enão merecem o menor crédito". Assinalaramque Israel não ¦ mantém qualquer espécie depresença militar no Irã, "muito menos parase envolver em problemas internos daqueltpais".

.Temor das concessões' Embora se recusassem a comentar o as-

sunto, sabe-se que os desdobramentos da crisepolitico-religiosa que sacode o Irã já causamsérias preocupações em alguns setores israé-lenses onde se acredita que, para restabelecera tranqüilidade, o Xainxá terá de fazer con-cessões, sobretudo aos religiosos xiitas, que sebatem pela clericalização do pais.

Israel teme que o novo Governo iraniano,chefiado pelo Premier Jaafar Sharif-Emanti— um mulçulmano xiita — lance uma duchafria sobre as relações entre os dois paises. Aolutar pelo retorno do Irã ao Islã, os xiitasquerem que o Xainxá apoie mais efetivamen-te a causa árabe em detrimento de Israel, queTeerã reconheceu em 1950 e com quem man-tém boas relações. desde então. O Irã fornececerca de 80% do petróleo consumido pelo Es-tado judeu..

A preocupação israelense foi externada,ainda que discretamente, através de progra-ma qüe a rádio Israel emite em lingua persa,dirigidos à comunidade judaica do Irã — cer-ca de 70 míl pessoas. Também a imprensa es-crita tem-se referido à "grande inquietudepela sorte do judaísmo iraniano, hoje "alvode fanáticas manifestações religiosas". On-tem, foi a vez do Yedioth Aharonoth assina-lar que "círculos muçulmanos extremistas es-tão conduzindo, no Irã, uma venenosa campa-nha antijudaica, ao mesmo tempo em que se

Mário ChimanovilchCorrespondente

utilizam de slogan antiisraelenses no âmbitode suas atividades contra o regime do Xainxá".

Há cerca de um mês, noticias de que oIrã e a Arábia Saudita realizavam negocia-ções secretas com o Iraque para a assinaturade um pacto de defesa mútua no Golfo Pérsi-co causaram sobressalto nos meios oficiais is-raelenses, a ponto de o encarregado de ne-gócios iraniano em Jerusalém ter sido con-vocado pelo Chanceler Moshé Dayan. Tudoporque o Iraque exigia o cancelamento -totaldo fornecimento de petróleo iraniano a Israel,como condição sine qua non para romper comMoscou e aderir ao esquema proposto por Tee-rã e Riyad.

Apesar do reconhecimento oficial e do in-tenso-intercâmbio comercial, industrial e mi-litar, Israel e Irã não têm relações diploma-ticas regulares. Teerã mantém aqui um enenr-regado de negócios, cujo nome não consta dalista de diplomatas elaborada pela Cancela-ria israelense, e sim da relação de 'diplomatasestrangeiros acreditados em Berna, Suiça.

É virtualmente impossível se saber o mon-tante exato dos negócios entre Teerã e Jeru-salém, pois o assunto está permanentementesujeito à censura militar. Estima-se que su-bam a centenas de milhões de dólares anual-mente, englobando construção civil, forneci-mento dé alta tecnologia siderúrgica e petro-química e, igualmente* assistência militar.

Além de suprir a quase totalidade das ne-cessidades israelenses de petróleo, .o Irã uti-liza-se do oleoduto Eilat-Ashkelon para otransporte de óleo cru para a Romênia e aItália. Por seu turno, centenas de oficiais dasForças Armadas iranianas são treinadosanualmente em Israel, existindo, simultânea-mente, uma estreita cooperação entre os ser-viços de informações dos dois paises.

Houve comentários de que os israelensesassessoraram o Xainxá na constituição ria Sa-vak — a temida policia secreta iraniana. Aimprensa internacional especulou que Israelforneceu ao Irã grande quantidade de mate-rial bélico de procedência soviética, captura-do aos árabes em 1967 e 1973, para ser enca-minhado aos rebeldes curelos e norte-iemeni-tas, na época em que o Xainxá estava empe-nhado numa campanha de desestabilizaçãocontra o Iraque e o Iémen do Norte.

O ano "vermelho e negro" do Xainxá"O Xainxá está diante de uma gra-

ve opção. Estas manifestações que todasemana lembram, agora, as vitimas darepressão 40 dias antes (prazo do lutomuçulmano) não podem durar indefini-damentè. O Poder terá de romper estaengrenagem, seja levando em conta asrazões do descontentamento, seja repri-mindo ainda mais".

¦ Em maio deste ano, um escritor eeditorialista iraniano já alertava parao caráter insustentável da situação po-litica no pais. As manifestações de fun-do religioso contra a dinastia Pahlavi eo programa de modernização ocidentali-zante do Xainxá vêm acumulando cen-tenas de mortos e feridos desde o iniciodo ano (para não falar dos cerca de 15mil presos politicos mencionados porgrupos de oposiçãoj.

Uma relativa liberalização do regi-me permitiu, nos últimos meses, a re-constituição de numerosos grupos opo-sicionistas, à margem do Partido único,o Rastakhiz. O principal deles — a Fren-te Nacional — tolerado dentro de cer-tos limites, reúne o-Partido Irã (liberal),o Mellat Irã (nacionalista, eminente-mente de classe média) e a Liga Sócia-lista do Movimento Nacional Iraniano.

No terreno religioso, tentam convi-ver lado a lado, nas investidas de relvin-dicação islâmica, alguns lideres xiitasmais moderados e os seguidores doayatollah Ronhollah Khomeyni. Exiladono Iraque desde 1963, ele tem deixadoclaro que não considera possível qual-quer compromisso com a dinastia e quenenhuma real liberalização poderá ocor-rer enquanto o Xainxá estiver no trono.

Dos religiosos conservadores aos po-lilicos ocidentalizados, dos pequenos co-

Ptiqutta

merciantes aos intelectuais, dos gruposde esquerda aos estudantes, no entanto,todos são unanimes, por motivos diver-sos, na condenação do regime.

A principal reivindicação das: lide-ranças muçulmanas — que representam90% da população — é o respeito à Cons-tituição de 1906, que concede a -umacomissão de chefes religiosos o direito dezelar "pela conformidade das leis comas Santas Escrituras e a doutrina islã-mica". Insatisfeita ainda com o progra-ma de modernização iniciado em 1963,que lhe retirou grande parte de suaspropriedades e formas de influência ci-vil, a liderança xiita conduz a luta dosdemais setores pela abolição da policiasecreta (Savak), a anistia geral, a liber-tação dos presos politicos, a realizaçãode eleições livres, a autorização de no-vós Partidos politicos, a liberalização daimprensa, a reintegração dos estudan-tes expulsos das universidade etc. .

Em resposta, o Governo pouco maissabe que acusar, a oposição e suas ma-nifestações de serem inspiradas pelo"marxismo vermelho e negro" (o negrodas vestes muçulmanas). Acuado, oXainxá atribui os distúrbios a "pobrescoitados ignorantes", imputa a "marxis-tas islâmicos" o incêndio de um cinemaem Abadan, com a morte de mais de 400pessoas, e que para setores da oposiçãonão passaria de provocação da Savak.Contradizêndo-se cabalmente sobre suasintenções democráticas, ele se declarapartidário das "liberdades democráticasno sentido que têm nas democracias eu-ropéias" (S de agosto) depois de afirmarque o sistema de Partidos de tipo Oci-dental não é um modelo para o Irã (17de maio).

Begin sugere;planos sobreas colônias

Thurmont, Maryland, EUA— Na aridez de informações so-bre o que acontece em Camp Da-vid, destacou-se ontem o relatodo jornal de Boston, HeraldAmerican, de que o Primeiro-Ministro Menahem Begin ofere-ceu ao Presidente Anwar Sadate a Jimmy Carter "novas idéias"para a autodeterminação pales-tina e uma moratória na criaçãode novas colônias judaicas .naCisjordania.

Citando um membro da dele-gação israelense, o jornal reve-lou que Begin sugeriu uma for-ma de se chegar "a eleições le-gislativas diretas pelo milhão emeio de.palestinos cisjordania-nos", Informando ainda que oPremier está muito flexível emrelação ao seu antigo plano de26 pontos.

Herald American citou algu-mas das "novas idéias" de Be-gin: "O Exército- israelense re-nunciaria a seu papel de força' policial na Cisjordania e em Ga-za, retirando-se para uma meiadúzia de bases militares. O novoplano de consulta popular de-veria levar à autodecisão, semum Estado palestino, mas com aeleição de um Parlamento repre-sentativo".

O jornal egipcio Al Ahram,por sua vez, informou que osEstados Unidos apresentaram"novas idéias e alternativas" emCamp David, prevendo "o reco-nhecimento da soberania ára-be" sobre Cisjordania e Gazapor Israel, depois de um perio-do em que ficariam sob contro-le israelense. .

De resto, pelo menos no té-nis, a rivalidade entre o Secreta-rio de Estado, Cyrus Vance, e oAssessor Presidencial para a Se-gurança Nacional, ZbigniewBrzezinski, está empatada: cadaum ganhou uma das partidasque disputaram em Camp David.A negra será jogada neste fimde semana, aproveitando os in-tervalos nas negociações.

Sírios elibanesesainda lutam

Beirute — As tropas síriasdas Forças Árabes de Dissuasão(FAD; entraram novamente emchoque com as milícias cristãslibanesas na noite de ontem, emtrês bairros cristãos do setororiental de Beirute. Segundo apolicia, pelo menos três pessoasmorreram e seis edifícios pega-ram fogo.

Um porta-voz da FAD acusoups milicianos de provocar o con-flito com suá decisão de cavarnovas trincheiras e erigir posi-ções com sacos de areia emfrente a postos sirios. Os direi-tistas, por sua vez, afirmaramque os sirios estão utilizando oLibano para sabotar a confe-rência de Camp David.

As lutas se verificaram nosbairros de Ain-Rumaneh, FurnEl-Schubak e Hadath. Um aten-tado destruiu o escritório do Mi-nistro libanês da Educação, As-sad Rizk, queimando todos osoeus documentos. Depois da ad-vertência israelense para que aSíria pare de hostilizar os cris-i,ãos libaneses, teme-se que umconilito entre Jerusalém e Da-masco dificulte um acordo depaz no Oriente Médio.

Delegação árabequebra silêncioem Camp David

Thurmont, Maryland;EUA — O silêncio de CampDavid foi ontem repentina-mente quebrado pelos ecosde uma outra realidade,quando uma delegação detrês organizações árabesvelo até aqui para declarar"a futilidade de discussõesque excluam os palestinos".Foi, pelo menos, algo dife-rente do mistério propositale pesado que cai das mon-tanhas de Cactoctin, emMaryland, onde se reúnemo Presidente Carter, o Pre-sidente Anwar Sadat e oPrimeiro-Ministro MenahemBegin.

Cerca de duas horas maistarde, o porta-voz da CasaBranca, Jody Powell, apare-ceu para uma nova reuniãocom os repórteres, da qual,outra vez, pouco transpirou.Seguramente motivado pe-' los rumores da véspera t>mtorno de dificuldades opôs-tas pela delegação de Israel,o porta-voz disse enfati-camente que seriam pre-clpitadas quaisquer conclu-soes extraídas do seco es-queleto da agenda cumpri-da em Campa David etransmitida, por seu inter-médio, em nome das trêsdelegações.

O PAPEL DE CARTER

Powell também disse queos rumores sobre uma mo-ratória no estabelecimentode colônias ^israelenses naCisjordania definitivamente"não tinham vasado" deCamp David. A especulaçãofoi gerada pelo fato de que,antes do summit, Begin ob-teve o congelamento depropostas de novas colôniasna margem ocidental doJordão, ocupada por Israel.As propostas atenderiam apressões sobre o Parlamen-to por parte da linha maisdura do Likud, seu próprioPartido, e dos segmentosreligiosos mais ortodoxos.

Ontem, a natureza dasperguntas pelos correspon-dentes norte-americanostambém revelou a preo-cupação sobre até que pon-to dificuldades ou impassesem Camp David poderão re-sultar em um envolvimentomaior e mais direto dosEstados Unidos. Relutan-temente, o porta-voz daCasa Branca disse que opapel do Presidente Carter,até agora, tem sido o de"participante ativo", contri-buindo para resultadossatisfatórios, mas "apresen-tando sugestões em umabase informal".

Isto significa, decodlfi-cando-se a rebuscada lin-guagem usada .pela CasaBranca nestes dias, que um"plano formal" norte-americano ainda não foiposto sobre a mesa, ou, pelomenos, que as sugestões fei-tas ainda não assumiramesse titulo. Mesmo assim, élegitimo especular sobreformas de compromissonorte-americano com oprocesso em debate emCamp David, pois estafoi uma das pré-condiçõsssolicitadas pelo próprio Pre-sidente Carter aos repre-sentantes de Israel e doEgito, para garantir a via-bilidade do summit.

A chave para CampDavid, segundo um dos ana-listas da área, bem pode es-tar no exemplo do segundoacordo do Sinai, em 1975,resultando num papel a serdesempenhado pelos Es-tados Unidos, não só comomediador, mas em termosde sua própria substancia.Naquele acordo, a adminis-tração Ford prometeu a Is-rael um forte apoio militar,político e econômico, colo-cando' também 200 técnicoscivis em estações de obser-vação militar no Sinai. Des-ta vez, manifestações deapoio a um engajamentomais expressivo dos EstadosUnidos já vieram de con-gresslstas do peso de umJacob Javits (Senador repu-blicano por Nova Iorque) ede William Fulbright, hojeadvogado em Washington.

No entanto, qualquer pro-posta de um envolvimentomilitar direto de tropasnorte-americanas nessaárea (chamado, por JodyPowell, de uma das maioreshistórias inexistentes d etodos os tempos) desperta-m forte reação do Congres-so, mesmo levando-se emconta as distinções entre oOriente Médio de hoje e oVietnam de ontem, ondenão existia uma presençadominante e forte como ado próprio Estado de Israel.

Noênio Spínola "<¦Correspondente

Os palestinos que vieram '

iaté aqui Jogam com várioselementos, além da evidên- ,4cia de que se colocaram ••numa posição muito mais ..cômoda no Líbano, quando •.-o Exército sírio estacionadonesse pais passou a pressio- -•nar os segmentos cristãos -apoiados por Israel. A dele- •gação que velo á Thurmont, •representando "lideres da".,comunidade árabe-ameri- -<•cana", incluiu porta-vozes ..,da campanha palestina pe-los direitos humanos, da As- ,01sociação Nacional de Árabes .Americanos e dos árabes ^formados por universidades ,udos Estados Unidos, lidera- _dos pelo Dr Hishan. Shara- „„tol.

Eles afirmaram, puta pro—nunciamento escrfto em"três parágrafos curtos, que--.,o sucesso de Camp David"1idepende de dois passos. Pri- 'meiro: o "fim da ocupação nide Israel em todas as terras "árabes", o que consideram •••como violação dos seus dl-reitos humanos. Segundo: ..pediram a observância das""resoluções das NaçõesUnidas, além do "direito de^serem representados numaampla conferência de paz ápela liderança que escolhe-, „rem", mencionando dire-tamente a Organização pa-ra a Libertação da Pales- «itina (OLP).

Begin tem sido impene- ••'travei na aceitação do diá- '"logo com a OLP, seja pela "constante prática de atos "*ue terrorismo comandadospor essa organização contra'"Israel, seja por divergências""politicas f o r n t a 1 s , que ¦ • •'tocam no próprio balanço 'do Poder no Oriente Médio.Na realidade, a despeito de^recentes evidências de frag-mentação interna, quepodem permitir a emergên-cia de correntes moderadas,

a OLP volta-se, por força de ;seu próprio estatuto, contraa natureza do Estado de Is-rael, alinhando-se entre as -vanguardas esquerdistas ra-dicais inspiradas no modeloguerrilheiro vietnamita.

A ESPERA DA FUMAÇA

Por este aspecto, conside-ra-se aqui que a questão pa-

",lestina seja um dos maioresempecilhos a uma paz,'negociada e para que umafumaça branca apareça emu;Camp David. Enquanto per-.,,,dura o silencio, e talvez por ; ¦isso mesmo o local da reu-,innião começa a ser bombar-deado de fora para dentro e,,,,já é visível a preocupação -da Casa Branca em conteras versões, que estão as-sumindo o lugar dos fatos.»Sinal disto está também na

• movimentação politica em .Tel Aviv e no Cairo, de on-de chegaram até aqui, on-tem, ecos desfavoráveis ou"pelo menos- pessimistas.

Na agenda de ontem, emCamp David, vários encon-tros se desdobraram em ca-wráter bilateral, em nível...ministerial e também en-..„volvendo o Presidente Car- fter. Até o inicio da tarde,..entretanto, não se anun-,,,"ciou outro encontro trilate--ral envolvendo Carter,Begin e Sadat. Como o feri-"ado religioso judaico come- ~ça no fim da tarde de sexta •e se estende até o fim da-tarde de sábado, é impro- •vável que outro encontro''trilateral ocorra antes danoite de hoje ou até ama-nhã. Mesmo assim, discus-soes Informais terão lugar,segundo o porta-voz da-'Casa Branca

Na pescaria de sutilezas iempreendida por muitos-jornalistas, pergunla-se so-bre o motivo pelo qual o-Presidente tinha voltado"aos encontros bilaterais.Powell esquivou-se e disse fapenas que isto "eventual-mente pode ser mais pro-dutivo". Mas nem sequer oestado de espirito dos par-"'ticlpantes de Camp David"foi descrito. Em compen- ¦sação, a sala de imprensa'^da Casa Branca distribuiu ;várias fotos onde todos "saparecem sorrindo. Esta é, !portanto, a versão oficial-'dos fatos.

Enquanto o tempo passa,..,os jornalistas não raro en-trevistam-se a si mesmos e, •singularmente, um corres-pondente do Jerusalém Postdisse que a idéia do Sum-mit tinha partido de Rosa-lynn Carter. Por seu lado,os egípcios pareciam mais' *cautelosos e preocupados.

16 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno

Informe Econômico ~-s

Só depoisO Ministro Shigeaki Ueki já deveria es-

tar escaldado.Depois das investigações que estão em

andamento na Comissão áe Valores Mobiliá-rios para apurar se houve inside informationque insuflasse as ações áa Petrobrás, guando-foi confirmada a descoberta áe petróleo emSantos, o Ministro áeveria conhecer as res-ponsabiliáaães do aàministraáor público quetem acesso a informações privilegiadas a res-peito áe empresas com ações negociaàas empúblico.

Pois, mesmo assim, o Ministro declarouontem que vai "arrumar áinhelro e comprarações áas empresas instalaáas no pólo petro-químico áe Camaçari".

Roga-se que o Ministro só compre essasações depois que deixar o Ministério das Mi-

¦ nas e Energia.Por enquanto, ele detém informações

. privilegiadas, que poáeriam colocar sob sus-peita seu investimento pessoal. Por seu ga-¦binete passam toáas as áecisões — ou de-veriam passar — referentes à Petroquisa, asubsiáiária ãa Petrobrás que âomina a cenano pólo baiano. Como também passam —ou deveriam passar — as informações sobrea política ãe venâa áo gás baiano às em-presas ão pólo.

E como sabe áe tudo isso, o Ministroáeve saber também que essas empresas po-áem ser, na verâaáe, um bom investimentopessoal. Tantos foram os privilégios conce-

-. âiáos ao pólo, que é muito âificil suas em-presas ãeixarem áe ganhar áinheiró.

Enxugando

Em agosto, o superávit áo Tesouro Na-cional foi áe uns Cr$ 2 bilhões.

Acompanha o comportamento áe todosos meses deste ano, quando só houve supe-rávits. * * *

Pelo menos aí não se aáuba a inflação.

"Prime rate"

A explosão ontem áas cotações áe che-ques BB — que os bancos compram para co-brir as peráas áe caixa, na compensação —que ultrapassaram os 4%, foi provocaáa pe-lo violento enxugamento promoviáo peloBanco Central na última quarta-feira.

Ocorre que a semana abriu com a afir-mativa áo Ministro Mário Henrique Simon-sen de que os juros deveriam cair.

Como?

Dentro do possívelSe não houver nenhuma praga ãe gafa-

nhotos — que é, em matéria áe calamida-des, só o que nos está faltanão — o próxi-mo lance crucial na batalha áa inflação seráa negociação, este mês, áo aumento áos pro-dutos siderúrgicos.

Diz alguém cuja voz ressoa dentro doCIP: "Vai sair àentro áo possível".

Em outubro, o Governo áeve fazer ai-guns ajustamentos áe preços que estão hojena tabela CIP-Sunab.

Ócio

O movimento ãa Bolsa áo Rio ontem,numa sexía-feira imprensada entre o feria-ão è o fim áe semana, foi uns 30 % menoresque o normal.

Já a Bolsa áe São Paulo movimentouapenas a metaáe áo que tem operaáo, namédia.

* * *

Depois dizem que o carioca não gosta detrabalhar.

PlágioEm 1975, o então Deputado Parsifdl

Barroso (Arena-CE), apresentou na Cama-ra projeto disponáo sobre a política nacionaláe irrigação. Dizia no seu Artigo Io: "A po-lítica nacional áe irrigação tem como obje-tivo o aproveitamento racional de águas esolos para a implantação e deseyivolvimentoda agricultura irrigada."

Foi rejeitado pela liderança da Arena.

Há àias, o Ministério áo Interior, áepoisáe passar pela Presiáência áa República, en-caminhou ao Congresso projeto áe lei coma seguinte ementa: "Dispõe sobre a políticanacional áe irrigação e ãá outras providên-cias". Seu Artigo Io estabelece: "A politicanacional de irrigação tem como objetivo oaproveitamento racional áe recursos áe águae solos para a implantação e desenvolvimen-to da agricultura irrigada."

Os dois projetos, além dessa coineidên-cia, são praticamente idênticos.

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Alice Cooper (E) e Margaux Hemingway foram alguns dos logrados

Personalidades caemno "conto do carvão"

Boston — O modelo e atriz Mar-gaux Hemingway, o cantor AliceCooper, o ator David McCallum, opresidente da Warner Brothers, FrankWells, e o falecido cantor Elvis Pres-ley, entre outras personalidades, fa-zem parte de um grupo de 800 norte-americanos logrados por uma redenacional de advogados, contadores eassessores financeiros que promoveufalsos investimentos de cerca de 20milhões de dólares, inclusive em mi-nas de carvão inexistentes.

A rede foi denunciada ontem aoTribunal Federal do Distrito de Bos-ton pela Comissão de Valores Mobi-

liários dos Estados Unidos (SEC), e osnomes dos principais envolvidos fo-ram revelados pela emissora de tele-visão WCVB, que transmitiu uma sé-rie de informes sobre ¦ o assunto. ASEC alegou que a fraude consistia emvender ações de uma empresa de car-vão no Estado de Wyoming, onde amaior parte do carvão fica em ter-ras de propriedade do Governo fe-deral.

A ação acusa 33 pessoas de vio-lar a lei de valores por não haverinscrito as ações em questão, além deindicar que 23 delas violaram ascláusulas contra fraude desta lei.

Sauditas limitam investimentosWashington — O Vice-Subsecre-

tário do Tesouro Lisle Widman disseontem que funcionários sauditas de-terminaram a seus agentes de investi-mento nos Estados Unidos que a par-ticipação saudita no capital votantede qualquer empresa norte-america-na não deve passar sob nenhuma hi-pótese do limite de 5%.

Em depoimento perante umasubcomissão da Câmara sobre Ciên-cia e Tecnologia, Widman disse que

os sauditas esperam evitar mudançassúbitas ou em grande escala de seusdepósitos, além de transações es-peculativas ou investimentos delica-dos em imóveis. Estimou em 36 bi-lhões de dólares as propriedades deprodutores de petróleo do OrienteMédio nos Estados Unidos, cifra pe-quena para um mercado de capitaisde cerca de 3 trilhões 300 bilhões dedólares.

EUA abrem a todos a competiçãopelo serviço aéreo de Oakland

Embraer vende7 Bandeirantes

Washington. — Numareviravolta históricadecidida a aumentar aconcorrência entre a sempresas de aviaçãocomercial, o Governonorte-americano decidiu,permitir que um númeroilimitado de empresas te-nham acesso ao mercadode Oakland, Califórnia.Normalmente, a Direto-ria de Aeronáutica Civilteria selecionado umaempresa para aumentara ligação de Oaklandcom outras cidades quepudesse comprovar umnúmero substancial depassageiros.

Desta vez, porém, adiretoria decidiu per-mitir que qualquer em-presa tenha acesso a Oa-kiand, que atualmentetem um serviço aéreo li-mitado por causa de suaproximidade do Aeropor-to Internacional de SãoFrancisco, um dos prin-cipais do mundo. Mas

sua população crescentefez com que várias em-presas pedissem permis-são para estabelecer li-nhas aéreas. Atualmen-te, ela está ligada dire-tamente a 16 outrascidades americanas.

FORÇAS DE MERCADO*

Defensores da medidaargumentam que "o pú-blico deveria decidir qualempresa deseja tomarpara qual cidade a quepreço". Para o Dresiden-te da diretoria, AlfredoKahn, a decisão permiteàs forças do mercadosubstituir a intervençãodo Governo federal comomeio de determinar qualo serviço mais eíicientepara a comunidade lo-cal.

A diretoria adiou, en-tretanto, uma decisão arespeito da proibição dese fumar charutos ou ca-chimbos a bordo de avi-ôes.

Londres — A Embraerassinou ontem contratosde venda de sete aparelhosBandeirante de passageirosnum valor total de 8,5 mi-lhões de dólares e está emnegociações para a vendade outros 40 a um compra-dor americano, que pode-ria resultar em negócios damais 55 milhões de dólares.Alguns dos pedidos foramformalizados previamenteesta semana no Brasil e ou-tros na mostra aeronáuticainternacional de Frarnbo-rough, Inglaterra.

Com as vendas, a •empre-sa supera o número dos200 aviões vendidos e en-tregues desde que foi cria-da em 1970, em São Josédos Campos, São Paulo. Es-pera-se que' o avião número200 chague à Inglaterra aofim de um mês.

Maria Stella Brasil, re-presentante do Itamaratina exposição de Farnbo-rough, disse que três apare-lhos foram vendidos à AeroIndustries de Los Angeles,Califórnia, com uma opçãode compra para outras no-vas unidades, mas recusou-se a identificar o possívelcomprador de 40 outrasunidades.

V?EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL SA. PORTOBRÁS

Tomada de Preços ru08/78

AVISOA EMPRESA DE PQRTOS DO BRASIL S/A. - PORTOBRÁS,

empresa pública de direito privado, vinculada ao Ministério dos Trans-

portes, localizada no setor de Autarquias Sul, Quadra I, Blocos E e F,Brasília - DF, torna público, para conhecimento dos interessados, quefará realizar às 15 horas do dia 27 de Setembro de 1978, TOMADA DEPREÇOS para fornecimento, transporte e montagem de uma "Grua"

para o Terminal de Carga .Geral do Porto Fluvial de Ladário, no RioParaguai, Estado do Mato Grosso do Sul. .

As especificações técnicas, edital e desenhos, se encontram à dis-

posição dos interessados na seção de compras e licitações desta Empresa,no endereço acima mencionado.

Brasília, 6 de Setembro de 1978.

SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL

Meany exorta senadoresa liquidarem lei do gásdefendida por Carter

Washington — George Meany, presidente dainfluente Central Sindical norte-americana AFL-CIO, escreveu numa carta a cada um dos senadoresque o compromisso acertado para a aprovação dalei do gás natural é lnflacionário e contrário aosinteresses dos trabalhadores e consumidores e de-ve ser rejeitado. "Não faz sentido aumentar enor-

. memente os preços do gás natural num momentoem que a inflação já se encontra num ritmo perl-goso", afirmou.

O Senador deverá abrir os debates sobre a lei,qu< elimina gradualmente os controles sobre ospreços do gás natural, a partir de segunda-feira,informou ontem o lider do Partido Democrata noSenado, Robert Byrd. A primeira votação deveráocorrer na quarta-feira, quando adversários da leitentarão devolvê-la à Comissão Mista do Senado eCâmara, que a vinha examinando, e propôs a atualforma de compromisso, considerada imperfeita masimprescindivel pelo Presidente Carter.

PrestígioCarter joga todo seu prestigio politico em cima

da aprovação da lei, só tendo interrompido os es-forços para sua aprovação ao se dirigir à Confe-deração de Cúpula em Camp David, com MenahemBegin e Anwar Sadat. A aprovação de uma lei ener-gética completa se arrasta há um ano e meio noCongresso e os Estados Unidos enfrentam dificul-dades com o dólar, devido à falta de uma orien-tação energética suficiente e definida.

Preços caem pela 2."ves em dois anos

Washington — Pela primeira vez em dois anos,os p-eços no atacado caíram em 0,1% no mês deagosto nos Estados Unidos, acompanhando a quedade preços dos alimentos, que foi de 1,5%, segundo oDèpariamento do Trabalho. Os demais itens tam-bém diminuíram de 0,8% em julho para 0,4%.

O Assessor Presidencial para o Combate à Infla-çào, Robert Strauss, prometeu para as próximas se-manas novas medidas governamentais e disse que oGoverno Carter está considerando tudo, exceto ocontrole de preços e salários. Jà o ex-assessor pre-sidenciál Herbert Scein previu que o pais se enca-minha para este tipo de controle, apesar de rei-teradas negativas do Presidente Carter a respeito.

Comércio com a Chinaganha novo '"status"

Wasninglon — O Senado norte-americano apro-vou ontem a concessão á China da cláusula de na-çao mais favorecida no que se refere às relações co-merciais agrárias. A lei, que deverá ir ainda à Ca-mara, sò teve um voto contrário. O Secretário deAgricultura, Bob Bergland, informou que visitará aChina durante 10 dias no inicio de .novembro.

Após três dias de negociações sobre exporta-ções agrícolas houve sinais de progresso mas nen-hum acordo ainda entre os Estados Unidos e o Ja-pão, disse ontem o Ministro da Agricultura japo-nês Ichiro Nakagawa, que chefia a delegação deseu pais.

EVÂ decidem voltar àmesa de negociações denovo acordo de pesca

Brasília — A retomada das negociações paraum novo acordo de pesca entre o Brasil e os Esta-dos Unidos, bruscamente interrompidas em feveréi-ro passado, poderá ser definida terça-feira, duranteas conversações que os dois funcionários do Gover-no norte-americano manterão com diplomatas bra-sileiros, no Itamarati.

. A reunião, da qual participarão também repre-sentantés dos Ministérios da Marinha e Agricultu-ra, foi solicitada pelos norte-americanos, e nãodebaterá uma agenda definida. Sabe-se apenas queos funcionários dos dois Governos conversarão so-bre os entendimentos interrompidos há sete meses.

ExigênciasO acordo de pesca entre Brasil e Estados Uni-

dos expirou em 31 de dezembro do ano passado, e osentendimentos para a sua renegociação, em feve-reiro último, foram interrompidos pelos represen-tantes rtorte-americanos, que não concordaram comos termos do projeto de novo acordo apresentadopela delegação brasileira — o mesmo que serviu debase ao acordo firmado com Trinidad Tobago se-manas antes.

Os norte-americanos fizeram duas restriçõesbásicas ao texto apresentado. Em primeiro lugar,não concordaram com o item sobre a necessidadede criação de joirit-venture entre empresas dosdois paises, cujo capital deveria ser majoritária-mente brasileiro, alegando que o Governo não po-deria assumir compromissos que forçassem empre-sas privadas norte-americanas a se submeterem aestas exigências.

O segundo item rejeitado está relacionado como compromisso que as empresas norte-americanasdeveriam assumir, ao se associarem a empresasbrasileiras, de transferir tecnologia e know-how.

MINISTÉRIO DO INTERIORSUPERINTENDÊNCIA DO

DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIATOMADA DE PREÇOS N.° 15/78 - SUDAM

AVISOA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DA

SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DAAMAZÔNIA.- SUDAM, torna público que às 10horas do dia 28 de setembro do ano em curso, farárealizar à Avenida Almirante Barroso n.° 426, emBelém, Estado do Pará, TOMADA DE PREÇOS, paraexecução de serviços de impressão do trabalho téc-nico intitulado "ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA DA EXPLORAÇÃO MECANIZADA EMFLORESTA DE TERRA FIRME REGIÃO DE CURUÁ-UNA", estando o Edital afixado om local acessívele à disposição dos interessados na CPL/Sede e noEscritório Regional do Rio de Janeiro (ERRJ), à Ave-nida Franklin Roosevelt n.° 126 — 10.° andar, ondeserão prestados quaisquer esclarecimentos.

Belém (PA), 04 de setembro de 1978A COMISSÃO

ip

Áustria criaproblemaspara têxtil

A Austria quer limitarsuas importações de têxteisbrasileiros e, nesse sentido,invocou a cláusula de dano,alegando necessidade d eproteger sua indústria. Téc-nicos governamentais c mcomércio exterior disseram,ontem, que os negociadoresseguem para Viena no ini-cio da semana, mas o climana Europa não ajuda muitoa posição brasileira: há 6milhões de desempregados,criando novas pressões pro-tecionistas.

Além das dificuldades naEuropa, técnicos governa-mentais aebam que elasvão aumentar, também, nosEDA, principalmente n aárea dos fios e tecidos, poiso défict na balança comer-ciai dos norte-americanosestá crescendo, e dos 26 bi-lhões de dólares ao final doano passado, já chegou altí bilhões este ano. "Des-fez-se o equilíbrio entre asmoedas fortes, e isso podelevar a novas medidas pro-tecionistas" — disse um téc-nico. O Brasil exportou 61milhões de dólares e impor-tou 33 milhões de dólaresda Austria, no ano passado,com superávit de 30 mi-lhões de dólares.

ESTAGNAÇÃO EDESEMPREGO

Autoridades brasileiras decomércio exterior estão exa-minando um relatório daCâmara de Comércio Inter-nacional, divulgado em Pa-ris, e que afirma: "A si-tuação do crescimento nãovai melhorar", o que levouà conclusão de que "as me-didas protecionistas e assubvenções à exportaçãoadotadas hoje em dia pelosGovernos não visam maisa corrigir os desequilíbriosdo balanço de pagamentos,como acontecia nos anoscinqüenta e sessenta, masprocuram somente evitar odesemprego nas indústriasnacionais que perderam suacapacidade d e concorrên-cia".

Segundo a Câmara de Co-mércio Internacional, estáocorrendo "recusa dos Go-vemos de se adaptarem àaparição de indústrias com-petitivas em outros países".Nesse sentido — de adap-tação do parque industrialà nova realidade do comer-cio internacional — há umoutro estudo, da OIT — Or-ganizaçâo Internacional dó'T r a b alho, demonstrandoque na República Federal'da Alemanha, por exemplo,uma liberalização das im-portações provocaria, até1980, significativa reduçãoda oferta de empregos: 70mil pessoas se desemprega-riam na indústria têxtil ede confecções, 11 mil pes-soas na indústria mecani-ca, e outras 5 mil pessoasnos setores de artigos decouro. Um outro estudo, es-pecificamente sobre o mer-cado de calçados, revela quehá preocupação nos PaisesBaixos com as Importaçõeseuropéias de novas áreasprodutoras: em 10 anos, onúmero de pessoas empre-gadas nesse setor baixou de14 mil 600 para 5 mil 800.

Os Estados Unidos (1 bi-lhão 283 milhões de dóla-res), a Alemanha (533 mi-lhões de dólares), e os Pai- 'ses Baixos (369 milhões dedólares), são, segundo as es-tatisticas da Cacex para oprimeiro semestre desteano, os três maiores merca-dos do Brasil.

Pennzoildeixa poçode Santos

A empresa americanaPennzoil abandonou ontemaos 2.750 metros de profun-•dldade o seu primeiro poço'na Bacia de Santos de con-trato de risco firmado com|a Petrobrás, após ter cons-'tatado indícios de óleo, semexpressão comercial.

A Pennzoil reiniciará den-tro de alguns dias a perfu-*ração de seu segundo poçocom aplataforma Sed-co-706, localizado a uma dis-tancia de 2 km do primeiroe a 150 km a Sudoeste do.Rio ^e Janeiro. A Pennzoilé a quinta empresa estran-gelra que firmou contratode risco com a Petrobráse concluiu o seu primeiropoço sem resultados comer-ciais.

A primeira empresa aperfurar no Brasil sob o re-g!me de contrato de riscofoi a British Petroleum, quetambém encontrou indíciosde óleo na Bacia de Santos,mas segundo a Petrobrás,sem expressão comercial. Asegunda a explorar a costabrasileira foi a Shell, na'Foz do Amazonas, mas semresultados positivos assimcomo o consórcio Elf-Aglp,;também na Foz do Amazo-nas, e a Esso, na Bacia de'Santos.

JORNAL DO BRASIL ? Sábado, 9/9/78 D 1* Caderno ECONOMIA 17

Argentina fecha suafronteira também acaminhões de frete

Tripartite de chanceleres sai em duas semanas

Porto Alegre — A Argen-tina, que há mais de umasemana impede a passagempelo seu território de cami-nhões brasileiros exportadospara o Chile — há 30 delese dois ônibus retidos emUruguaiana — fechou suafronteira, ontem, tambéma caminhões de carga, 80dos quais, com frutas tropl-cais e outros produtos pe-recivels, foram impedidosde prosseguir viagem. Háinformações de caminhõesretidos também do lado ar-gentino.

O motivo é que nâo foramcumpridas, pelo DNER, for-mal ida des previstas noacordo bilateral para trans-porte de carga entre osdois paises. O órgão brasi-leiro deveria ter encami-nhado, até o último dia 31,ao órgão correspondenteargentino uma lista detransportadores autônomosque poderiam operar Juntocom as frotas de empresasautorizadas a entrar emterritório argentino.

ACORDO

O acordo de transporteterrestre, assinado por Bra-sil, Argentina e Paraguaiem 1966 — e ao qual,mais tarde, aderiram Chile

e Uruguai — previa, até 31de junho deste ano, parti-cipação de transportadoresautônomos no transportena proporção de 100% dacarga autorizada para ca-da pais. A partir de 31 dejunho, essa participação d»autônomos cairia para80%.

Houve, no entanto, dis-cordancia entre o DNER eas empresas transportado-ras brasileiras em relaçãoaos critérios para distribui-ção da tonelagem adicionalque lhes seria destinada.Diante do impasse, a decl-são foi adiada para 31 deagosto, quando o DNER de-veria fornecer à Argentinaa lista de transportadoresautônomos autorizados, re-cebendo, por sua vez, a lis-ta dos carreteiros argentl-nos. Como essa formalida-de não foi cumprida pelosdois países, a Argentinaaparentemente decidiu fe-char a fronteira a todos oscarreteiros, embora, no Rio,o diretor de TransporteRodoviário do DNER, LuisCarlos de Urquiza Nóbrega,tenha informado que até18h de ontem não havia to-mado conhecimento de ne-nhum caso de transporta-dor autônomo brasileiro re-tido em Uruguaiana.

Brasília — Será nas próxi-mas semanas, em Brasilia, areunião dos chanceleres do Bra-sil, Argentina e Paraguai quedefinirá a questão do aproveita-mento hidrelétrico do rio Para-ná. As conversações sigilosas le-vadas a efeito em Brasilia têmapresentado evolução nítida-mente favorável a um acordopróximo, pois os argentinos pa-recém admitir a cota máximade Corpus preconizada pelostécnicos brasileiros e avalizadapelo Presidente Geisel: 105 me-tros.

A questão da cota ainda nãoestá completamente. definida.Mas nas reuniões secretas emBrasilia,. o lado brasileiro colo-cou os dados técnicos e os da-dos politicos, acrescentando quede forma alguma o Governo bra-sileiro aceitaria mais que os 105metros. Este indice, aliás, não é

Caminhões vendidosao Chile não passam

Porto Alegre — Trintacaminhões e dois ônibusvendidos ao Chile conti-iiuam retidos em Uruguaia-na, na fronteira com a Ar-gentina, e o problemamaior, a partir de ontem,começa a ser o da falta dedinheiro dos caminhoneiros,todos autônomos. Paracomprar comida mais bara-ta, eles estão se quotlzandoe adquirindo panelões nosbares daquela cidade a634__m da Capital

Em Brasilia, a Embaixadaargentina não havia recebi-do até o final da tarde deontem qualquer comuni-ção oficial de Buenos Ai-rés sobre a reabertura dafronteira aos caminhõescom destino ao Chile. Se-gundo o Embaixndor OscarCamillon, "ainda não seconformou a veracidade dasnoticias , publicadas ontemoa imprensa brasileira". NaOpinião de diplomatas ar-gentlnos, a decisão, por sertransitória, não afetará oconvênio internacional detransportes firmado no anopassado pelos dois países.SEM SAÍDA

Embora o tráfego de vei-culos seja normal na pas-sagem de Uruguaiana paraa cidade argentina de Paso•ae los Libres, as cargas des-tinadas ao Chile estão proi-bidas de transitar pela Ar-gentina: outros três veicu-los brasileiros estão paradosno outro lado da fronteira,nà aduana de Paso de losLibres, embora, se desejas-sem, possam voltar ao Bra-sil, informou o diretor doDNER em Uruguaiana, JoãoCelestino Alves.

Segundo o presidente dóSindicato dos Transpor-tadores Antônomos de Car-ga de Uruguaiana, NelsonSantos, desde que surgiu aproibição da passagem nairon loira, os caminhoneirosforam parando nos estacio-

namentos junto à fronteiranos últimos 10 dias, chegan-do ontem a se elevar para32 o número de caminhõese ônibus retidos. O Sr Nél-son Santos manifestou asua impotência em ajuda-los, e, mesmo sem muita es-perança, dirigiu-se à adua-na argentina, para saberquando a fronteira seria li-berada para a passagem decarga que se destina aoChile.

Segundo o diretor d oDNER dè Uruguaiana, JoãoCelestino Alves, "as cargaspassam, mas não os veicu-los automotores com des-tino ao Chile, como proíbea aduana de Paso de los Li-bres". Já nos depósitos dastra nsportadoras, sediadosem Uruguaiana — acres-centou — "a carga é supe-rior ao normal", enquantoo gerente da transportado-ra Coral naquela cidade,Romano Kunz, não quis re-velar a situação dos depó-sitos da empresa por se tra-tar ae "questão interna".

Na fronteira com a Ar- .gentina, entretanto, o pro-blema maior é sentido peloscaminhoneiros que já es-tavam viajando para Uru-guaiana, quando foi proi-bida a passagem dos veicu-los.

Brasília — O Itamaratiinformou ontem à noiteque não havia recebidonenhuma informação arespeito da abertura daf r o n teira brasilelro-ar-gentina para a passagemde caminhões e ônibusbrasileiros vendidos aoChile. O porta-voz interi-no Gelson Fonseca afir-mou que o Governo ar-gentino, até a noite deontem, não havia respon-dido às interpelações bra-sileiras a respeito do fe-chamento d a fronteirapara aqueles veiculos.

Navio cobra US$ 2 mila mais por caminhãoO frete marítimo para caminhões e veiculos

médios de portos brasileiros até portos chilenosestá em torno de 4 mil 500 dólares, enquanto orodoviário atinge apenas 1 mil 500 dólares, o queexplica a dependência pela rodovia das expor-tações brasileiras de veiculos para aqu le pnis,segundo dados do Departamento Nacional de Es-tradas de Rodagem.

Participando com 5,7% no valor do comer-cio bilateral Brasil-Chile no período janeiro-ju-nho de 1978, o transporte rodoviário representouum movimento de 10 milhões 802 mil dólares noperiodo, de um total de 186 milhões 945 mil dó-lares.

Cerca de 50% das exportações brasileiras porvia rodoviária para o Chile no periodo janeiro-junho de 1978 representaram veiculos especiais,ônibus, automóveis e caminhões l.ves e pesados.Nos últimos anos, entretanto, o transporte ma-ritimo vem elevando sua participação na exporia-ção brasileira de automóveis para o Chile, alémde peças para outros tipos de veiculos terrestres.

Além dos veiculos, os produtos mais expres-sivos na exportação brasileira para o Chile porvia rodoviária têm sido papel, têxteis e maqui-nários, enquanto o óleo de soja a granel, a erva-mate e peças de máquinas e aparelhos mecani ostêm tido a maior participação na receita de fre-tes das empresas de navegação conferenciodas.

No primeiro semestre de 1978, a importaçãofeita por transporte rodoviário respondeu por Cr$38 milhões 555 mil è 2 mil 480 toneladas de cargas,enquanto a exportação atingiu Cr$ 165 milhões83 mil, e 3 mil 314 toneladas. Em 1977, o frete au-ferido na exportação brasileira atingiu 7 milhões282 mil dólares, representando 76 mil 92 ton -ladas, enquanto o frete de imporl.ai.'ão atingiu 17milhões 360 mil dólares, representativos de 374mil 649 toneladas. Segundo o frete g rndo duran-te 1977, a bandeira brasileira participou com 35,i.%do total (importação e exportação), cabe do àbandeira chilena uma participarão de 62,77c dototal.

novidade: ele vinha sendo apon-tado como o "número de con-senso" há meses, desde a épo-ca das negociações tripartltes deAssunção.

Ao contrário do que foi pu-blicado a respeito, o próximo en-contro para acerto final não foiconseguido em Roma, no en-contro dos Chanceleres Azeredoda Silveira e Oscar Montes. Oschanceleres, ao se encontraremformalmente, apenas utilizaramuma fórmula bastante simpáti-ca de tratamento, abrindo ca-minho entre as dificuldades psi-cológlcas que cercam o tema.Mas no inicio da semana pas-sada, o Embaixador Oscar Ca-mllion, em um encontro secre-to de trabalho com d Embaixa-dor João Hermes de Araújo, che-fe do Departamento das Amérl-cas do Itamarati, e com o Em-baixador paraguaio Moreno Ru-

finelli, apresentou um relatórioverbal, em forma de proposta,considerado bastante favorávelpelo Itamarati.

Camillon, em primeiro lugar,trouxe a palavra do Governo ar-gentino de que o famoso "Do-cumento de 27 de Maio" — queprovocou o cancelamento dareunião de chanceleres marcadapara 8 de junho, depois de apre-sentado pela Argentina — seriaretirado. Nas negociações que seseguiram, ficou acertado que odocumento não seria formalmen-te retirado pela Argentina, porquestões táticas, mas ficaria apalavra do Governo do Presi-dente Videla de que ele não se-ria avocado nas negociaçõessubstantivas. Com a retirada doDocumento de 27 de Maio, ascondições de negociação volta-ram à situação anterior, ou se-ja, ao ponto próximo da reuniãodefinitiva de chanceleres.

Foram, assim, abertas ascondições para a reunião final.Nesta reunião, os três embaixa-dores começaram a acertar de-talhes técnicos referentes ã co-ta final da hidrelétrica de Cor-pus, tendo o Embaixador JoãoHermes mostrado a Camillon —repetindo o que já havia sidofeito nas negociações tripartitesanteriores — as vantagens deCorpus a. 105 metros. Este nú-mero, ultimamente, tinha sidomencionado pelo presidente dacomissão para a bacia do Pra-ta argentina, General reforma-do Marlano Nevares, e pelo Ge-neral Costa Cavalcanti, diretor-geral da Itaipu Binacional, háduas semanas, em São Paulo.

O Sr João Hermes deixoubem claro que o Governo argen-tino, com base em argumentostécnicos e politicos, que não erapossivel — nem viável para oBrasil — aceitar Comus a mais

de 105 metros. Ao contrário, pa-ra a Argentina, a hidrelétrica aesta cota seria viável econômica-mente e plenamente aceitável,em termos politicos e estratégl-cos. Camillon manifestou reaçãofavorável à exposição brasileira eremeteu um relatório completo aseu Governo.

Como se espera que o Go-verno argentino vá aceitar asrazões brasileiras, nada mais fi-cará restando para o encontrodefinitivo depois da resposta ofi-ciai, que deverá chegar a Bra-silia nos próximos dias. Quandoesta resposta chegar, os três Go-vemos terão condições de anun-ciar. a data definitiva do encon-tro de chanceleres, para assinaro que vem sendo chamado se-cretamente no Itamarati de "Atado Rio Paraná", definindo asnormas de atuação de cada paisno aproveitamento do potencialde energia que lhe couber.

BANCO MERCANTIL DE SAO PAULO S.A.

CAPITAL •_•. Cr$RESERVAS CrSLUCROS ACUMULADOS CrSTOTAL .-rCrS

1225.000.000,001.511.605.942,72

8,541,712,736,614.484,43

GASTA0 VIDIGAL (Fundador)Fundado em 1938

Cadastro Geral de ContribuintesIno-nrinn»fil 065421

RESUMO DO BALANCETE PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 1978COMPREENDENDO MATRIZ EM SAO PAULO E AGENCIAS NO PAÍS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOGastão Eduardo de Bueno Vidigal - Presidente' Lucas Nogueira Garcez - VicePresidenle

Adolpho LindenbergÁlvaro Augusto de Bueno VidigalAluizio Rebello de AraújoAntônio Fernando de Bulhões CarvalhoCaio de Alcântara MachadoEduardo Caio da Silva Prado

Eduardo Lacerda de CamargoGastàodeMesqu1-NetoJosé Ermirio de Moraes FilhoLuiz Eduardo CampelloMauro Lindenberg Monteiro

ATIVO

Cr$ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 26.735.462.747,83

Disponibilidades 767.937.271,73Operações de Crédito ..' 8.708.166.790,40Relações Interbancárias e Interdepartamentais 9.867.276.957,92Créditos Diversos 3.510.953.227,86ValoreseBens .' '. 3.881.128.499,92

ATIVO PERMANENTE 2.836.809.921.84Investimentos (em ações e outros) 1.812.597.284,57Imobilizado 924.093.736.27Diferido (gastos a amortizar em semestres futuros) 100.118.901,00

29.572.272.669,67

PASSIVO

CrSPASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZO 26.132.768.892.11

Depósitos 12.367.041.408.23Relações Interbancárias e Interdepartamentais 10.227.303.630.96Obrigações por Empréstimos 2.071.983.696.60Obrigações por Recebimentos- Tributos e Encargos Sociais 457.072.648.54Outras Obrigações 1.009.367.507,78

PATRIMÔNIO LIQUIDO 2.736.614.48443CapitalSocial 1.225.000.000.00Reservas Diversas 1.511.605.942,72Lucros Acumulados 8.541,71

CONTAS DE RESULTADO 702.S89.293.1329.572.272.669.67

' Diretores Vice-Presidentes

(a) Gastão Vidigal Baptista Pereira(a) Geraldo Machado(a) Wilton Paes de Almeida Filho(a) Mário Gonçalves Luz(a) Levi da Costa Mesquita

São Paulo. 6 de setembro de 1978(a) Gastão Eduardo de Bueno Vidigal - Diretor Presidente

Diretores Gerentes '\,~'.(a) Fábio Luiz Alves Lima(a) Gastão Augusto de Bueno Vidigal(a) Ruy Marques(a) Luiz Carlos Vescovi Plaster

Diretores(a) Milton Centini(a) Paulo Francisco da Costa Aguiar Toschi(a) Léo do Amaral(a) Ary da Silva Graça Filho

(a) Antônio Soriano.Contador CRC SP 55096)

BANCO FINASACAPITAL CrJRESERVAS CrSLUCROS ACUMULADOS CrSTOTAL CrS

600.000.000,00464.386,378,63

160.264,401.064,546.643,03

DE INVESTIMENTO S.A.Cadastro Geral de Contribuintes.

Inscrição n'60.664.844.

RESUMO DO BALANCETE PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 1978COMPREENDENDO MATRIZ EM SAO PAULO E AGENCIAS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOGastão Eduardo de Bueno Vidigal - Presidente

Lucas Nogueira Garcez • Vice-PiesidenteAntônio Carios de Bueno Vidigal José E. MindlinArneR.VisserCasimiro Antônio RibeiroEduardo Andrade GonçalvesErnstGuntherLipkauH.HoracioCherkasskyHélio Dias de MouraJ.M. Pinheiro Neto

• João Gustavo HaenelJoãoUchóa Borges

Justo Pinheiro da FonsecaKeisakuMitsumatsuManuel Alfredo Gomes PedrosoPaulo Ayres de Almeida Freitas FilhoRegis SoulasRobert Henry Barbour Jr.Roberto Costa de Abreu SodréRoberto da Silva Porto

ATIVO

Cr$ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.444.107.031,25

Disponibilidades 10.350.221,26Operações de Crédito 7.787.993.094,18Relações Interdepartamentais 110.471.153,35Créditos Diversos 416.731.356,01ValoreseBens 118.561.206,45

ATIVO PERMANENTE" 702.221.681.02Investimentos (em ações e outros) 500.211.132,41Imobilizado 201.714.092,15Diferido (gastos a amortizar em semestres futuros) 296.456.46

9.146.328.712,27

PASSIVO

CrSPASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZO 7.985.752.723.00

Depósitos 4.139.942.492.52Relações Interdepartamentais 112.951.611.22Obrigações por Empréstimos 3.335.316.250.68Outras Obrigações 397.542.368.58

PATRIMÔNIO LIQUIDO .• 1.064.546.643.03

Capital Social 600.000.000.00Reservas Diversas 464.386.378.63Lucros Acumulados 160.264,40

CONTAS DE RESULTADO 96.029.346,249.146.328.712.27

Diretores Vice-Presidentes(a) Casimiro Antônio Ribeiro (a) Justo Pinheiro da Fonseca(a) Regis Soulas (a) Eduardo Andrade Gonçalves

São Paulo, 6 de setembro de 1978(a) Gastão Eduardo de Bueno Vidigal - Diretor Presidente

Diretores Gerentes(a) Luiz de Paula Figueira Júnior(a) Raul Carlos Pereira Barretto

Diretores(a) Tito Enrique da Silva Neto(a) José Ferraz Ferreira Filho(a) Antônio Carlos Vidigal

(a) Roberto Kasmanasi Técnico em Contabilidade CRC SP 35.5821

CAPITAL CrSRESERVAS CrSLUCROS ACUMULADOS CrSTOTAL CrS

650.000.000,00215.967.754,16

101,456,79866,069,210,95

FINASACRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S. A..

Cadastro Geral de ContribuintesInscrição n' 61.594.784

RESUMO DO BALANCETE PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 1978

CONSELHO CONSULTIVOVirgílio Alves de Carvalho Pinto ¦ Presidente

Dario Ferreira Guarita Filho Luiz de Paula FigueiraGastão Vidigal Neto Pedro Paula Leite de Barros

ATIVO

CrSATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 9.032.245.577,25

Disponibilidades 42.362.848,92Operações de Crédito .• 8.885.566.848.60Créditos Diversos 39.807.854,56ValoreseBens 64.508.025,17

ATIVO PERMANENTE 344.065.827.32Investimentos (em ações e outros) 233.954.945,09Imobilizado 110.110.882,23

9.376.311.404,57

PASSIVO

CrS

PASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZO S.380.029.589.69

Captação de Recursos '. 8.189.119.324.64Outras Obrigações . 190.910.265,05

PATRIMÔNIO LIQUIDO 866.069.210.95

CapitalSocial 650.000.000,00Reservas Diversas 215.967.754,16Lucros Acumulados '. 101.456,79

CONTAS DE RESULTADO 130.212.603.939.376.311.404.57

São Paulo. 6 de setembro de 1978(a) Gastão Eduardo de Bueno Vidigal • Diretor Presidente

Diretores Vice-Presidentes(a) Gastão Vidigal Baptista Pereir*(a) José Mario Cardoso de Almeida(a) JoàoUchôa Borges

Diretores(a) Cas»io Vidigal Neto(a) Pedro Carvalho de Andrade(a) José Bernardino Cerqueira Cintra

(a) Carlos Alfredo Sozio(a) Ruy Baptista Pereira Filho

(a) Dorival Silva -[Contador CRCSP-348.

18 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL D Sábado, 9/9/78 D l9 Caderno

Estatais lideram em vendae lucro líquido entre 100maiores empresas no país

São Paulo — A Petrobrás e a Petrobrás Distri-buidora são líderes na relação das 100 maiores em-presas brasileiras por faturamento, no levantamentoanual realizado pela revista Visão, publicado noQuem é Quem na Economia Brasileira, que come-çou a circular ontem nesta Capital. As duas em-presas faturaram Cr$ 95 bilhões 71 milhões e Cr$ 37milhões 978 mil, respectivamente.

A Petrobrás lidera também a relação das 100maiores empresas por lucro líquido, com Cr$ 16,7milhões, seguida pela Eletrobrás, com Cr$ 6,7 bi-lhões e CESP, com Cr$ 4,1 bilhões. Nota-se, nestalistagem, a predominância das empresas geradorase distribuidoras de energia elétrica, nas primeirascolocações. O maior lucro líquido da indústria au-tomobilística foi o da Mercedes Benz, com Cr$ 2,1bilhões. A Volkswagen, quinta colocada em fatura-mento, ocupou a 23a. posição na lista das 100 maio-res por lucro líquido, com Cr$ 746,3 milhões.AS 15 MAIORES

A Shell, terceira colocadana relação das 100 maioresem faturamento — Cr$ 31,2bilhões — ficou em 36?. lu-gar na lista das 100 quemais acusaram lucro llqul-do, com Cr$ 571 milhões 400mil. A Esso Brasileira, quar-ta naquela relação, com Cr$22,3 bilhões ficou em 36? lu-

gar na listagem das que ob-tiveram maior lucro líquido,com Cr$ 533,2 milhões.

Os dois quadros abaixoindicam as 15 empresas queacusaram o maior fatura-mento e o maior lucro llqul-do, entre as 100 companhiasque melhor se posicionaramnos dote levantamentos rea-lizados pela revista Visão.

FATURAMENTOPOSIÇÃO - EMPRESA Cr$ Milho»01 Petróleo Brasileiro S/A Petrobrás 95 07102 Petrobrás Dist. S/A 37 97803 Shell Brasil 31 20404 Esso 22 35405 Volkswagen 21 71706 Light 18 51407 Copersucar 15 12508 Cia. Atlantic de Petróleo 14 57409 Mercedes Benz do Brasil S/A 14 33110 Texaco Brasil S/A 14 32311 Usiminas 12 94112 General Motors do Brasil 11 62113 Ford 11 22414 Cia Vaie do Rio Doe» 11 01915 Cia. Siderúrgica Nacional 10 845

LUCRO LIQUIDOPOSIÇÃO - EMPRESA Cr$ Milhõei01 Petróleo Brasileiro S/A Petrobrás 16 77602 Centrais Elétricas Brasileiras Eletrobrás 6 72203 Cia. Energética São Paulo — CESP 4 19704 Light 2 49105 Centrais Elets Sul do Brasil S/A 2 26606 Mercedes Benz do Brasil S/A 2 18107 Cia. Souza Cruz 2 05408 Centrais Elétricas S/A 1 74709 Petrobrás Dist. S/A 1 74610 Telesp 1 34611 Pirelli S/A 1 21312 Cia. Vale Rio Doce 1 18113 Petroquímica União S/A 1 16414 Constr. Camargo Corrêa S/A 1 12015 Telecoms. Rio de Janeiro S/A Telerj 937

V, >

Comérciopaulistacresceu 57%

São Paulo — A Federaçãodo Comércio entregou aoMinistro do Planejamento,Sr Reis Veloso, um docu-mento apresentando u mbalanço do comér.lo paulls-ta nos sete primeiros mesesdo ano. O crescimento dejulho último em relação ajulho de 1977, foi de 57%.Os setores de revenda deveiculos, lojas de depar-tamento e de utilidades, re-presentaram em julho, 48%do faturamento global docomércio.

O grupo de pior desempe-nho no comércio, segundoa federação, no período dejulho, foi o de vestuário,tecidos e calçados. Os in-dlces de vendas nesses seto-res foram inferiores aos in-dices inflaclonários, isto é,a presentaram crescimentoreal negativo. "Ha a cort-tinuidade na tendência ve-rificada a partir de junhodc ano passado, isto é, faltade inverno", diz o documen-to.

O estudo enumera a sseguintes dificuldades que ocomércio diz estar enfren-tando: "altos custos finan-ceiros e dificuldades tri-butárias". Diz ainda que asvendas globais em relaçãoao mesmo mês de 1977, deforma nominal, apresenta-ram o seguinte compor-tamento: janeiro, 55%;fevereiro, 56% março, 60%;abril, 61% maio, 59%; ju-nho, 53%; e julho, 57%.

COMÉRCIO VAREJISTA - VARIAÇÃOPERCENIUAI DO VALOR NOMINAL

. DAS VENDAS - 78(1) Comércio pouco sensível ¦ con*

iunlura.

Dedini afirma que empresasse debilitam porque margemde lucro não é estimulante

São Paulo — O presidente da Siderúrgica De-dini, Sr Mário Dedini Ometto, afirmou ontem que"a empresa nacional está perdendo vitalidade, emrazão das dificuldades que encontra para obter lu-cros. Não há o retorno esperado pelos empresários,e o lucro insignificante não permite novos invés-timentos".

O industrial recebeu apoio do presidente da As-sociação de Empresas Fabricantes de Aparelhos deAr Condicionado, Sr Paulo Francini, que declara"estar na distorção provocada pelo sistema finan-ceiro a razão da queda nos investimentos nos se-tores produtivos do país".

tativa de facilidades paraos consumidores, que não seconcretizam na v e r d a d e,pois como retribuição exi-gem altas taxas de juros.Ressaltou também que pe-quena parte do empresaria-do prefere socializar os pre-juízos da empresa e apon-tou o Governo como o prin.cipal culpado. E acrescen-tou:

— Considero o Governoculpado e dou até exemplo:o caso Lutfalla. Quem de-cidiu pelos empréstimos aessa empresa foi o Governo.Se o Governo deixasse obanco navegar normalmen-te, o caso Lutfalla não teriaocorrido. Mas enquanto is-so, inúmeras empresas sé-rias que necessitavam deauxilio faliram. Inúmerasacreditaram no Plano Na-cional de Desenvolvimentoe investiram na expansão.No mfu entender é precisoque se identifiquem os ver-dadeiros culpados.

m

Mês Ano No mil%Janeiro -f 46 — 26Fevereiro -\- A2 — 2

Março +47 +18Abril +40 — I'Maio +53 +8Junho +45 +1Julho +48 +3(1) Supermercados, farmácias, droga-

rias e perfumar.es.(2) Comércio do itens do grande valor

unitário.Mês Ano No mês%Janeiro +63 — 26Fevereiro 4-71 OMarço +61 +27Abril +85 +3Maio +69 +12Junho

'+71 +13

Julho + 64 - 15(2) Veículos, utilidades domésticas e

lojas de departamento.(3) Comércio «penalizado tm ves*

fuá rio.Mês Ano No mil%Janeiro +32 — 53Fevereiro +32 — OMarço +29 +9Abril +25 - 2Maio + 52 + 46Junho +21 — 14Julho +52 +36(3) Vestuário, calçados t tecidoi.

INVERSÃO DE VALORES— Os atrativos oferecidos

pelo sistema financeiro, on-de há uma retribuição ade-quada às aplicações — dizo Sr Francini — fazendocom que o sistema produti-vo seja relegado a um se-gundo plano. Há uma in-versão de valores que preci-sa ser reformulada urgente-mente, sob pena de compro-meter o desenvolvimento dopais, como já ocorre naprática.

O Sr Dedini Ometto, porseu lado, salientou que "er-rado mesmo é o nosso siste-ma financeiro, tal como es-tá formulado. E' inadmissí-vel que instituições como oBanco do Brasil e o BancoNacional de Habitação te-nham grandes lucros: afi-nal de contas são bancosde sustentação".

No seu entender, as insti-tuições financeiras, de for-ma geral, criam uma expec-

São Paulo quer todosno combate à inflação

São Paulo — "Se a in-fiação é um fenômeno poli-tico, o seu combate exigedecisões de natureza politi-ca, o consenso e a partici-pação de torla a r.^°í'" ' -de, pois o controle do pro-cesso inflacionano ..... .-sacrifícios a todos por elaatingidos, sem distinção deposição social", disse ontemo presidente da AssociaçãoComercial de São Paulo, SrMário Germanos.

— E' necessário, porém,que esses sacrifícios sejampro porcionalmente distri-buídos entre os vários seto-res, de acordo com as suaspossibilidades e responsabi-lidadas, para evitar que o

controle da inflação agravedistorções por ela provoca-das e a excessiva penall-zação de determinadas ati-vidades, cujo único pecadoé pesarem na composiçãodos índices de preços.

Segundo ele, "grande par-te dos problemas e dis-torções que enfrentamos,como as excessivas taxas dejuros, o avanço da partici-pação do Estado na econo-mia e a concentração derenda, tem sua origem ousão agravados por uma in-fiação crescente e imprevl-sível, que impede o setorprivado de planejar suasatividades de forma consis-tente".

6000.

5500.

5000.

4000.

IBVNO ANO

M

4500-M

as o n d i f m a m j j

6000. NO MÊS

5750_->>»^^ .^jBi^-JMí::, ¦

5250~ r—128/7 48 U/S 18/8 25/8 01/9

ONTEM

5840-

5820

5800 -T

- sem ^0^r——i —n—-~I

1100 11:30 12-00 1230 1200

Fechamento: 5889 Evokiçâo%:+0,9Média: 5836

Bolsa do Rio

Os números do pregãoPapei» mais nagociadoi à viiU, om dinhtiro: Petrobrás PP

EX/B (30,65%), Unipar PE (15,93%), B. Brasil PP EX/D

(13,37%), B. Brasil ON (5,86%), Petrobrás ON (3,94%).

Na quantidada de titulo»: Petrobrás PP EX/B (25,86%), B.

Brasil PP EX/D (14,63%), B. Brasil ON (7,37%), Uni-

par PE (5,96%), Nova América OP (4,95%).Papéis governamentais (Cr$ mil): 50 480 (64,93%).Papéis privados (Cr, mil): 27 269 (35,07%).IBV: 5836 (mais 0,9%). Final: 5889 (mais 0,9%).IPBV: 433 (mais 0,9%).Média SN: ontem: 88 473, anteontem: 88 226, hí uma «e-

mana: 89 132, há um mês: 89 782, hí um ano: 84 536.

Oscilação: Das 26 ações do IBV, 13 subiram, cinco caíram,cinco ficaram estáveis e três não foram negociadas

(BNBPP , Ferbasa PE e Pet. Ipiranga PP).Maiores altas: Nova América OP (5,83%), Docas OP

(2,03%), Riograndense PP (1,83%), Petrobrás PP EX/B

(1,68%), e Fertisul PP EX/B (1,41%.Maiores baixas: Mannesmann PP (2,56%), Belgo OP (1,64%),

Vale PP (0,81%), B. Brasil ON (0,61%) a Mannes-mann OP (0,49%).

Volume negociado

A vistaA termoTotalMais baixo do ano (2/1)Mais alto do ano (28/6)

Quantidada

30 057 2907 437 000

37 494 29024 044 694

107 689 128

Cr$

61 351 228,1016 398 840,0077 750 068,1051 065 927,91

310 714 740,37

EMPRESASCerca de 203 milhões de

ações preferenciais de 26empresas nordestinas serãoleiloadas pelo Banco doNordeste dia 28, na Bolsadc São Paulo. Segundo aS u d e n o r — Supcriflten-dência de Desenvolvimentodo Norte de Minas, uma -dasvantagens desse invés-tlmento "é a perspectiva deretorno em prazo reduzido,geralmente até inferior aum ano".

Em agosto, as obras dausina hidrelétrica de Itam-biara, de Furnas, registra-ram um dos maiores índicesmundiais de produtividade,com a colocação de 1 mi-lhão 757 mil 80 metros cúbl-cos de argila compactadana barragem. O pique dostrabalhos chegou a atingira colocação de 80 mil me-tros cúbicos num só dia. Oinicio dos testes da primei-ra máquina da usina estaprevisto para março de1980.

Dias 19 e 20 deste mês,a A 11 a n tica-Boavista deSeguros vai realizar umseminário sobre "RiskManagement" com a par-ticipação de diretores de-sua associada sueca, aSkandia Insurance Co., deEstocolmo. No auditório daempresa, no Rio.

Vai ser lançado aindaeste mês um sistema micro-programado para proces-samentfj de texto e dados'— o Poiy 101 — com projetoaprovado pela Capte. >Desenvolvido pelo PoiymaxSistemas e PeriféricosLtda., o indice de nacional!-zação é de 40% na primeirafase. ""-

Começa segunda-feira,na Bolsa do Rio, o curso deA d minis tração Financeiraministrado pelos professo-res Moysés Glat, Virgílio'Gibbon e José Barbosa Me-lo.

A Robert Bosch do Bra-sil, indústria de autopeças,assumiu com o Governo!federal o compromisso deexportar nos próximos 10anos um volume total de148 milhões de dólares. Pa-ra isso, vai ampliar sua li-nha de' produtos e sua capa-cidade de produção.

A Feira Industrial deAmericana abre segunda-feira sua 18a. mostra detecidos, fios, confecções emáquinas. Reunindo 700 Ia*,dústrias, responsáveis pet*200 mil metros de tecidos/a-no, será instalada no Pala-cio das Indústrias de Ame-ricana (SP).

Dia imprensado faz volume cair 53%São Paulo — Foi de apenas Cr$

36 milhões 196 mil o volume apu-rado ontem na Bolsa paulista, re-gistrando um declínio de 53,9% emrelação ao verificado na últimaquarta-feira. O indice acusou po-réiri ua alta de 1,6%, devido ã evo-

lução das cotações médias das açõesblue-chips e das ações de segundalinha, em 2,2% e 1,1%, respectiva-mente. Petrobrás PP liderou a rela-ção e Anderson Clayton OP regis-trou a maior alta, 5% fechando aCr$ 2,10.

Cotações da Bolsa de São Paulo

Atío Ab.rl. Méd. Fach. Quant.

I 000

Acesila opAços Vill ppAlpargatas ppAnd Clayton opAnhanguera opAntarctica opAmo ppArfex op

Bandeirantes onBanespa onBanespa ppBelgo Mineira opBcsc pp/bBic Monark opBrad Invesf onBrad Invest pn .

'Bradesco onBradesco pnBrahnia ppBrasil onBrasil ppBrasimet op

Cacique ppCai Brasília opC*f Brasilia ppCEV Inds Mec ppCemig ppCcsp pnCetp ppCi'« ppOm Itau ppC:mof opOnieoar opCmetal ppC^hrasma DPC—i e Ind SP pnOi "Mo opC—'-io pn/bOnsi A Und ppC-'i5ul ppbOp-s ppCrcd Real MG on

Disl Ipirang ppDuratcx pp

Ecisa opEc'ss. ppErmôinico pnEl"mn ppEri*sson opEst Paraná pnEstrrla opÈsir«la ppEstrela ppEternit ppa

Fer Lam Brás ppFer Lam Brás ppFin Bradesco pnFrancês Ital onFund Tupy opFund Tupy pp

Guararapcs op

Heleno Fons opHeleno Fons pp

Ibcsci opIbesa ppbIguaçu Café ppaInd Hering opInd Hering ppaInd Villares ppInds Romi opItaubanco onItaubanco pnllausa onItausa pnLacta opLiqht opLoias Atneric op

Madeirit ppb

0,981,782,802,100,801,653,601,02

0,891,401,591,201,100,651,651,652,001,912,101,651.811,06

2,901,101,534,800.660,740,561,453,363,002,350,502,051,000,310.450,908,001.040,68

3,001,45

0,901.00

0,901,451,191,002,803,913.90' 3,00

1,221,20

. 1,401,300,921,12

0,981,782,802,100,801,653,651,02

0,891,401,601,201,100,651,651,652,001,912,141,641,861.09

2,901,101,534,800,660,720,561.453,363,002,350,502,111,000,310.450,908,001,040,68

3,161,45

0,901,00

0.901,451,191,002,803,913,903,00

1,161,201,401,300.931,12

0,971.782,782,100,801,703,651,02

0,891,401,651,211,100,671,651,652,001,912,141,631,871,10

2,901,101,534,800,660,720,561,453,363.002,350,502,151,000,310,450,908,001,040,68

3,201,45

0,901.000,901,451.191,002,803,913,903,00

1,151,201,401,300,931,12

28973

4504250

101202100

235

345536

51 688

21023

154319420407722

90

804

208

10020

518830

525

11389

10150• 49

87

2029

35020

2229622

1723550

33

1040

84251

221128

2,52 2,52 2,52

0,680,60

2,152.302,701,061,182,103,101,781,394.053,401,600,813.60

0,680,60

2,152,342,701,061,182,103,041.781,404,053,401,600.803,60

0.680,60

2,152,352,701,061,182,103,001,781,404,053,401.600,793,60

20121

100929

233

50264

3376

24251027

7

Ação Ab.rt. Mid. Fach. Quant.

1 000

1,45 1,45 1,45

Magnesíta opMagnesita pp AManasa opManejeis Indi. opMendes Jr. poMerr. Brasil pnMerc. S. Paulo ppMesbla opMesbla ppAAet. Barbará opMet. Gerdau ppMetal leve ppMoinho Flum. opMoinho ¦ Sant. op

Nakata ppNord Brasil onNorosste Est. onNoroeste Est. ppNova América op

Orniex pp

Paul. F. Luz opPetrobrás onPetrobrás p?Pir. Brasilia pp APirelli opPirelli opPirelli ppPirelli ppPia Monsanto ppProsdócimo pp

Real onReal pnReal Cia. Inv. onReal Cia. Inv. pnReal Cons. pn AReal Cons. pnReel Cons. pnReal Cons. onReal de Inv. onReal de Inv. pnReal dc Inv ppReal Part pnaReal Part pnbReal Part onReal café opaReal Café ppaRef Ipiranga pp

Samitri opSchlosser ppServix Eng opSharp opSharp ppSid Açonoret ppaSid Gusira ppSid Riogrand ppSopave opSopave ppSorana opSouza Cruz opSpringer Adm pp

Teka ppTeleri onTelerj pnTelesp oeTelesp onTelesp peTelesp pn.cx G Calfat ppTransauto ppTransbrasil onTransbrasil pnTransparana ppTur Brsdesco pn

Unibanco onUnibtnco pnUnibpnco pp

Vslc R Doce ppValmet opVarig ppVidr Smarlna op

0,950,731,681,26

0,950,731,631,26

0,98 0,991,02 1,021,052,903,482,401,553,253,501,41

1,401,271,602,651,21

1,052,903,482,401,553,253,501,42

1,401,271,602,651,21

3,05 3,05

0,821,802,382,931,501,431,401,363,101,05

0,800,801,631,661,021,021,020,901,231,231,131,021,020,904,403,902,55

o,ao2,300,612.462,900,750,851,121,201,202,002,800,70

1,400,150.470,160,150,470,470,952,300,900,900,921,20

0,821,802,422,931,531,431,391,333,101,05

0,800,801,631,661,021,021,020,901,231,221,131,021,020,904.473,902,55

0,782,300,642,462,900,760,851,121,201.202,002,810,70

1,400,150,470,150,150,470,470,952.300,900,900,921,20

0,950,781,681,261,001,021,052,903,482,401,553,253,501,44

1,401,281,602,651,21

0,05

0,811,802,432,931,551,431,331,303,101,05

0,800,801,631,661,021,021,02-0,901,231,221,131,021,020,904,503,902,55

0,782,300,642,462,900,760,851,121,201,202,002,750,70

1,400,150,470,150,140,460,470,942,300,900,900.921,20

0,94 0,94 0,940.75 0,75 0,740,80 0,80 0.80

1.23 1,23 1,240,66 0,66 0,661,37 1,39 1,372,90 2.90 2,90

5599860

15530177

49200100

10100175

1507

3070

1 650

50

2513

0421

1966

1791155

254534354232

713610

• 15770

4169

744

20

35400680

37146II731030

1452

13922

165141416

12210B704

20155

702

162027

2385

43910

Cotações da Bolsa do RioCOTAÇÕES (CRS) % t/ Ind. d* Quant.

Titulei Abtrt. Fach. Mid. mad. do lucrai.

dia ant. am 71 (1 000)

(iin=1001

AcesilaAlpargatasAratuC. BanhaBarbará

BasaB. BrasilB. Brasil ex/dB. BoavistaBelgo

Baner|Banerj ex/dB. ItaúB. NacionalB. Nacional

BNBBozanoBradescoBrahmaBrahma

Café SolúvelCBEECespCemlgS. Cru* c/d

S. Cruz ex/dC. BrasíliaCSN ex/sDocas SantoiDuratea

«Popaoopop

pppnop

«mPPpn

PPpnopPP

PPopppopOp

ppppOPop

Duratex ppAbramo Eberle ppEcisa opEstrela ppFertisul ex/b pp

teopoldlna ppC. I. Flnor eiC. I. Fiset eiC. I. Flsat Tur. etTec. S. José pp

AAet. Gerdau opDocas Imbilúba opLight ex/d opL. Americanas opl. Brasileira» op

t. Brasileiras ppManguinhos ex/b onManguinhoi ppMannesmann opMannesmann pp

Mesbla 53Mesbla 53MontrealNova AméricaNova América

opPPPPopPP

0,982,950,851,452,45

0,861,621,821,001,21

0,770,791,400,?40,94

1,231,101,952,062,12

2,900,760,720,66;,bo2,681,460,541,482.00

1,452,800,903,903,60

¦0,800,320,250,235,25

1,554,450,803,612,98

3,V50,802,202,071,90 ,

3,003,551,211,251,30

onPetrobrásPetrobrás ex/b poPirelli c/s opRio-Grandense cpRlo-Grandens* pp

SamllriSanoSupergasbrásSharpSpringer

Santa CecíliaTecnosoloTelerj ex/sTel.rjTeleri ex/s

1,822,401,570,901.12

1,002,950,851,422,45

0,851,651,871,001,23

0,770,801,400,940,94

1,231,121,952,082,13

2,900,780,720,652,80

2,651,450,541,522,00

1,452,800,903,903,60

0,800,340,250,325,25

1,554,500,803,652,98

3,150,802,202,061,90

2,953,531,201,231,30

1,872,441,570,901,10

opPPODpppp

opopoponPP

0,821,781,652,850,69

0,902,700,170,180,49

Teleri pn 0,49Tlbrás pa 4,00Transparana pp 1,0DTeehnos ex/dbj op 2,00Unibanco on 0,94

UnibancoUniparVale R. DoceW. Martins c/s

pn 0.725,74

PP 1,22op 3,17

0,831,781,652,900,70

0,902,700,170,180,52

0,504,051,002,000,94

0,725,721,213,30

0,972,950,851,44

2,45

0,851,621.861.C01,20

0,770,801,400,940,94

1,231,101,952,072,13

2,90C./70,720,652,80

2,691,480,541,512,00

1,452,800,903,903,60

0,800,330,250,275,25

1,554,430,803,622,98

3,130,802,202,041.90

2,933,541,211,271,30

1,852,421,570,901,11

0,831.781,652,880,70

93,27131,11106,25175,6199,19

125,0083,9480,87

120.'882.19

135,09i:9,í0133,3313',44104,44

66,49159,421'59,84197,14176,03

151,04l;0,98

144,44134.62

133,83211,43

175,78116,96

105,84197,18257,14

1,41 181,82

Est.

0,70Est.

2,300,611,091,96

• 1.64

¦ 1,28Est.

Est.Est.Est.

Est.Est.

2,630,490,95

Est.2,671,521,08

0,752,071,822,03Est.

3,70

0,902,700,170,180,52

0.494,031,002,0.0,94

0,725,711,223,21

Est.Est.

Est.0,22

Est.0,56

Est.-11,11

0,492,56

o» *

0,341,141,635,836,56

1,091,68

1,83

Est.1,113,13

6,36

6,255.88Est.

2,080,74

2,56

Est.Est.

0,810,63

114,29165,00

127,05678,79163,27148,97154,40

208,61

112,09126,67

166266

2057

300

302 2164 395

40719

62530

8242

43526C0205231

2011935

9824

1754560

7053

36

213180

6

1403<0103

5310

1203

1194S030

4105

61811

193,51 60148,74 70113,08 159201,59 1487149,43 ^65

144,53 1 160150,31 7.72

1C096,77 2

119,36 38

69,17 370103,4? 5250.C0 5119,01 29287,50 73

1217,74 51130.77 600I5C,"0 2 4140,54 32

136 11175 98C2.C320202123,6'8

96,00179,-á85,32

188,32

922

154080

11 71

759196

Queda de preços fazBolsa se recuperar

Nova Iorque — Ao contrário do que es-peravam os operadores, o anúncio de quedados principais indicadores econômicos moti-vou forte recuperação na Bolsa de Valores deNova Iorque, ontem. O indice industrial DowJones fechou a 907,74 pontos, com uma alta

^de 14,03 pontos em relação ao dia anterior,'quando havia registrado pequena baixa.As compras das ações foram estimuladas

pelo anúncio do Departamento do Trabalhodos EUA sobre a queda de 0,1% no indice depreços por atacado de agosto, sendo a pri-meira verificada em dois anos. Além disso, oBanco da Reserva Federal informou que osmeios de pagamento tiveram um declíndo de1 bilhão 800 milhões de dólares, segundo seuúltimo informe semanal.

Contações da Bolsa deValores de Nova Iorque

Nova lorqut — Foi a seguinte a média Dow Joncs naBolsa de Valores de Nova Iorque ontem;

Acóec Abart."RK

Min. TícTT30 Industriais20 Transportes15 Serviços Públicos65 Ações

899,43261,39107,34313,35

909,91263,78108,32316,65

895,62 907,74258,86 261,49106,94 107,92311,56 315,26

PREÇOS FINAIS

Foram os seguintes os preços finais na Bolsa de Valoresde Nova Iorque, ondem, em dólares;

Airco IncAlcan AlumAllied ChemAllis ChalmersAlcoaAm AirlinesAm CyanamidAm Tel & TelAmf 'ncAsarcoAtl RichfieddAvco CorpBendtx CorpBen CPBethlehem SteelBoeingBoise CascadeBord WarnerBraniffBrunswickBcurroughs CorpCampbell SoupCanadianCaterpillar TracCBSCelaneseChase Manhat BkClwssíe SystemmChrysler CorpCitícorpCoca ColaColgate PalmColumbia PictCommunications Satel

llteCons EdisonContinental OilControl DalaCorning GlassCPC IntilCrown Zellerba:hDow ChemicalDresser IndDupontEastern AirEastman KodakEt Passo CompanynEasmarkExxonFairchildFirestoneFord MotorGen DynamicsGen ElefricGen FoodsGen MotorsGTEGen TireGrtly OilGoodrichGoodyearG^accwGT Ali & PacGulf OilGulf & Western

383339384718316i19153434422624733

33IS1386372164604235301227462124

432330436354363046

1311464172351.191346925434663031412.717277

2515

1/21/41/4

7/33/81/4

3/47/8

1/81/85/81/2

3/43/83/83/81'23/8

5/87/8

1/4

1/21/41/4

3/43/81/47/81/41/23/41/81/41/23/41/45/87/83/4'/2

1/43/4

1/85/81/41/43/43/83/4I '43/83,4

IBMInt HarvesterInt PaperInr Tel & TelJohnson & JohnsonKaiser AluminKennecott CopLiggett & MyersLitton IndustLockheed AircLTV CorpManaÍ3Ct HanoverMcdonell DougMerckMobil OilMonsanto CoNabiscoNat DistilliersNCR CorpN L IndustNortheast AirlinesOccidental PetOlin CorpOwens IllinoisPacific Gas & ElPan Am World AirPenn CentralPepsico IncPfizer ChásPhillip MorrisPhillips PetPclaroldProcter & GambleRCAReynolds Ind YReymolds MetRockwell InllRoval Dutch PetSafeway StrsScott PaperSears RoebuckShell OilSinger CoSmithkeline CorpSperry RandSTD Oil CallfSTD Oil IndianaStownStudewTeledyneTennecoTexacoTexas InstrumentsTextronTrans World AirTwent Cent FoxUnion CarbideUniroyalUnited BrandsUS IndustriesUS SteelWest Union CorpWesth ElectWoolworth

Café em Nova Iorque[Setembro]Cents por Libra

180.

100H ?& . .O' N' D' J • F'M' A' WjTjTaJIP >

O café sofreu baixa limite de 4 centavos dedólar por libra-peso em todos os contratos. A ¦causa apontada foi a proximidade da reunião

da OIC, que desacelerou os negócios \

Mercado externo

30443 3/448 5/833 3/488 1/4

1/423 1/435 1/426 7/835 1/410 5/839 1/255 3/465 1/470 1/258 1/426 1/821 3/866 7/823 3/836 5/820 1/416 5/823 5/824 1/410 3/8

1/331 7/838 5/876 1/8346091 3/433 3/861 5/833 3/43563 1/445 3/417 1/423 7/834 3/419

100il 7/B4852 1/246 7/865 1/8

114 3/430 1/224 3/490 3/8322036 5/842

1/814 7'8

3/J27 3/820 3/423 ,/422 5/8

Chicago a. Nova lorqua — Cota-ções fururas nas Bolsas dt Merca-dorias de Chicago e Nove Iorque,ontem:M« Fachamante Dia

«nteriorAÇÚCAR (NY)

cantl por libra (454 g)N9 11

OutubroJaneiroMarço

MaioJulhoSetembroOutubro

8,04/058,59/60 BA8,768,95/999,17/209,35/40 BA9,45/50 BA

7,838,308,498,728,929,159,25

ALGODÃO (NY)canji por libra (454 j)

OutubroDezembroMarçoMaioJulhoOutubroDezembro

62,20/2164,50/6566,65/8067,5067,75/8,0065,60/75 BA65,55/60 BA

62,5764,8166,8567,5567,7465,6965.59

CACAU (NY)cents por libra (454 g)

SetembroDezembroMarçoMaioJulhoSetembroDezembro

171,13168,90165,90162,50159,65157,20154,00

171,00169,00166,00162,60160,00157,50154,10

CAFÍ (NY)cents por libra (*54_g^

SetembroDezembroMarçoMatoJulhoSetembroDezembro

151,50/2,50 BA 156,50144,38 148,38135,00 139,00130,38 134,38129,00 133,00127,00 130,50124,00/6,00 BA 128,00

COBRE (NY)cents por libre (454 9?

Setembro "

63,70 62,85Outubro 64,10 63,05Novembro 64,65 63,85Dezembro 65,25 64,45Janeiro 65,70 64,95Março 66,65 65,95Maio 67,45 66,75Julho 68,30 67,55

FARELO DE SOJA (CHICAGO)dólares porroneleda

SetembroOutubroDezembroJaneiroMarçoMaioJulhoAgosto

170,30/50170,50/30173,00/2,50173,50/80175,00176,00/50178,00/7,00

167,70168,30170,40171,30172,70173,90175,10

177,50/8,00 BA 175,70MILHO (CHICAGO)

cents por bushel (25,46 kg)SetembroDezembroMarçoMaioJulhoSetembro

212 3/4222 1/4 22231 1/2 1/4237 1/4240 1/4241

213221 1/2230 3/4236 1/2239 3/4241 1/4

Mil Fechiment» Dia¦nterier

6LEO DE SOJA (CHICAGO)canti por libra (454 9)

SetembroOutubroDezembroJaneiroMarçoMaioJulhoAgosto

26,55/5025,45/3524,55/5024,1023,75/8023,5023,25/2023,00/22,95

26,1325,1324,2723,9623,7223,4823,2723,05

SOJA (CHICAGO)canti por bushal (27,22 kg)

64977 1/2 646 1/4647 49 638 1/2654 55 645 1/2660 1/2 61 652 3/4663 1/2 64 1/2655665 64 1/2 657659 58 1/2 650

SetembroNovembroJaneiroMarçoMaioJulhoAgosto

TRIGO (CHICAGO)canti por bushal (27,22 kg)

Setembro 337 37 1/4 337 1/2Dezembro 333 3/4 34Mar.o 331 1/2Maio 327 1/2 28Julho 314 1/2Setembro 317 1/2

334 1/4331 1/2327 l/jT314 •317 .•"

MetaisLondres — Colações dos metais em ¦

Londres, ontem:

Cobre ? '""'

vistameses

Estanho (Standart)

733,00746,00

733,50746,50

vistameses

70306930

Estanho (High grade)

vistameses

70306950

70406940

70406970

Chumbo

à vista3 meses

Zinca

À vista3 meses

Prata

338,75 339,00344,50 344,75

3

Ouro

vislameses

à vista

313,50322,50

283,0289,9

205,75

314,00,323,00

283,1290,1

Nota: Cobre, Fstnnho, Chumbo e Zfr.»1co — em libras por toneladas.Prata — em pene» por onça1>ny (31,103 grpmas). *rOuro — em dólares por onçt.

JORNAL DO BRASIL ? Sábado, 9/9/78 ? 1? Caderno ECONOMIA 19

Serviço financeiro

Cadernetas somam atéagosto Cr$ 239 bilhões

¦ Os depósitos em caderne-tas de poupança somaramCr$ 239 bilhões 879 milhõesaté o último dia 25 de agos-to, segundo dados divulga-dos ontem, pelo Banco Na-cional de Habitação. O to-tal, se comparado a estatis-ticas do Banco Central so-bre o saldo de depósitos emjulho,, revela um aumentoreal de 2,02% apenas nomês de agosto, mas de so-mente 6,90% durante todoe*te ano, se forem descon-tados os reajustes da cor-reção monetária e juros noperiodo (ligeiramente supe-rior aos 27%).Do volume global, a Caixa

Econômica Federal deteveGr$ 115 bilhões 654 milhõese as caixas estaduais, Cr$47 bilhões 424 milhões — so-ma que corresponde a67,98% do total de depósi-tos. As entidades privadas(sociedades de crédito imo-biliário e associações d epoupança e empréstimo)f o ram responsáveis por32,02% do volume das ca-dernetas.

^Entretanto, as empresasprivadas tiveram o maioraumento real no período ja.neiro/agosto deste ano.Seus depósitos atingiramCr$ 76 bilhões 800 milhões,com crescimento de 12,02%sebre dpzembro. Nas entida-des- oficiais, o aumento foide-4,61% até agosto, sendoque na CEF, os depósitoscresceram apenas 3,15% eas caixas estaduais, o in-cremento real íoi de 8,32%.

Cheque BB(%aoano-osultimot

stisdiasl80-

" 60-

*>- ,Ag.

..,, O j--v»Y-'-''|-'-;i.v;--ji,V;V;,^5a 6a 2a 3a 4a onlem

Overnight(taxas anuais emLTNos

últimos seisdiasl80-,

60-

40-

20-fefi

T-i—i—r—n—i5a 6a 2a 3a 4a nnre

Mercado de LTNO mercado aberto de Leiras do

Tejourp Nacional não registrou ne-nhUifi»' operação de compra e vendadt títulos ontem, já que o reduzidonúmero de instituições que compare-«râhf* aó -mercado concentraram seusinteresses apenas nos financiamentosde posição para segunda-feira, inclu-sive para cobrir operações realizadasna quarta-feira anterior ao feriado. Osfinanciamentos iniciaram à taxa de1,60% ao mês, elevaram-se até 3,50%no decorrer do período, para decli-narem a 3,00% ao mês no fechamen-to, embora o mercado ainda apresen-tassa maior pressão tomadora. Osoperadores comentaram que a reduçãodo nível de liquidez e o conseqüenteaumento nas taxas foram reflexos dosnegócios realizados na última. quarta-feira, quando o Banco Central inje-.tou papéis no mercado, que iá ope-rava com posições elevadas. O totaldt operações com LTNs atingiu ape-nas CrS 30 bilhões 318 milhões, se-gundo emostragem da ANDIMA. Aseguir, as tairas médias anuais de des-conto de todos os vencimentos:

Vencimento Compra

13/09 24,8030,7531,50

Vende

23,4028,6029,35

27/0904/1011/1018/1020/1025/1001/1108/1115/1117/1122/1129/1106/1213/1215/1220/1227/1203/0110/0117/0119/0124/0131/0107/0214/0221/0223/0228/0207/0316/0320/0418/0522/0620/0717/08

32,2032,9533,1833,403375033,7033,9334,0534,1334,1734,1534,1434,1034,1934,2134,1534,0634,2034,1734,1334,0934,0634,0233,9233,8033,6333,5533,0033,4333,1532,7532,0531,5030,9530,40

30,3031,3531,7832,1032,5032,9033,3333,4033,8533,8733,8533,8533,8033,8933,9133,8433,8633,8533,8233,7833,7433,7133,6733,6833,5533,4833,3032,7532,7532,7032,3031,6031,0530,5029,95

Títulos públicosO mercado secundário de títulos públicos e pri-vados de renda fixa manteve-se praticamente pa-rado ontem, sem que fossem realizadas operações

de compra e venda de papéis. As Obrigações Rea-justaveis do Tesouro Nacional, cujo valor nomir^ldeste mês é de Cr? 295,57, nem chegaram a ter suascotações fixadas pelas instituições. As poucas ope-rações concentraram-se nos financiamentos de posi-çao para segunda-feira, que se iniciaram equilibradose tornaram-se ligeiramente procurados no fecha-mento. Suas taxas giraram entre 2,15% e 3,10% aomes, situando a média dos negócios em 2,90%. O vo-™je operações com ORTNs somou apenas Cr$

.1 bilhão 451 milhões, segundo- dados da ANDIMA.

Economia do Estado Presidente da Ericsson vai Assessor de Prieto contestado Rio cresce 6°/ono primeiro semestre

Os dados do BNH mos-tram, ainda, que o total deletras imobiliárias somouOr$ 10 bilhões 142 milhõesaté. o último dia 25, o queeleva para Cr$ 250 bilhões21 milhões o total de ativosfinanceiros do mercadoimobiliário. .

REDESCONTO DE LIQUI-DEZ

O redesconto de liquidezdo Banco Central esta sen-do estimado pelos operado-res do mercado aberto numvolume em torno de Cr$ 4bilhões, atingido ontem. Se-gúndo disseram, os negócioscom cheques do Banco doBrasil estiveram muito pro-curados no mercado mone-tário, inclusive por algumascorretoras que procuravamcobrir compras de Letras doTesouro Nacional realizadasna última quarta-feira,quando o Banco Central in-jetou papéis no mercado.

Como os bancos utiliza-ram os cheques BB paraelevar suas médias no com-pulsório, os recursos se tor-naram escasso e suas taxas,que iniciaram a 3,15% aumês, chegaram a alcançar4,35% no fechamento, emmercado procurado. Os fi-nanciamentos de p o s iç ã opara segunda-feira, tam-bém procurados, giraramentre 1,60% e 3,50% ao mês.O total de negócios comcheques BB somou Cr$ 1 bi-lhão 939 milhões, segundoa Andina.

Interbancário BolsaO mercado InterbancJrio de cim-b« para contratos prontos apresentouum yolume bastante franco de nego-cioi ontem» com reduzido interesse por

parte das instituições, muitas, inclusive,nao comparecerem» ao mercado, pro-longando o fim de semana com o feria-do da quinta-feira. As operações foramrealizadas nas taxas entre Cri 18,830 eCt% 18,835, para telegramas e cheques.O bancário futuro manteve o mesmocomportamento, situando o reduzido vo-lume de negócios na taxa média deCrJ 18,850 mais 2,60% ao mês, paracontratos de 180 dias de prazo.

Taxa de câmbioO dólar foi negociado ontem e

Cr$ 18,750 para compra e Cr$ 18,850para venda. Nas opsrações com. bancossua cotação foi de Cr$ 18,775 para' re-passe e Cri 18,835 para cobertura. Astaxas médias que se seguem tomam porbase as cotações de fechamento nomercado de Nova Iorque.

londrei - A Bolsa de Valores de Lon-dres apresentou forte alta ontem, depoi»que o Primeiro-Ministro James Calla-ghan surpreendeu o panorama politico,anunciando que não pretende convocareleições no momento. Entretanto, o mer-cado fechou com as cotações abaixo dosmelhores níveis registrados durante operiodo. O indise de 30 ações indus-*r|als do Financial Timts subiu 8,3 pon-tos sobre a véspera, fixando-se em 517pontos no fechamento. Os bônus do Go-verno britânico, do longo prazo, tive-ram alta de 50 pannies e os de curtoorazo, 25 pennlei.

EurodólarA taxa interbancária de cambio de

Londres, no mercado do eurodólar, fe-chou ontem, para o periodo de seis me-ses em 9 1/16%. Em dólares, francossuíços e marcos foi o seguinte o seucomportamento.

Dólares

ArgentinaAustréli»BolíviaInglaterraCanadáChile.FrançaHolandaHong-KongItillaJapãoKuwaitLíbanoMéxicoPeruArábia SauditaSuéciaSuíçaUruguaiVenezuelaAlemanha Oc.

lm USS

0,00121,14850,04971,93550,86300,03040,22830,46180,21060,0011970,0052093,65030,33960,04370,00580,30030,22450,61250,15330,23280,4973

Em CrJ

0,022621,64820,9368

36,484216,26760,57304,30358,70493,96980,02260,0982

68,83326,40150,82370,10935,66074,2318

11,54562,88974,38839,3741

diasmêsmesesnvsessmesesano

Francos suíços

mesmesesmesesmesesano

Marcos

mesmasesmesesmesesano

%1/25/83/4

13/161/81/4

1/29/165/8

1 1/8I 1/4

3 1/23 1/23 9/163 3/4

15/16

%8 3/83 9/168 11/163/41/16

9 1/8

3/87/161/2

11 l/B

3/83/37/165/813/16

A economia do Estado doRio de Janeiro cresceu 6%no primeiro semestre desteano, taxa bastante próximada que obteve no ano pas-sado, revelou o Secretáriode Planejamento, RonaldoCosta Couto, com base emestimativa preliminar daFIDERJ (Fundação Institu-to de Desenvolvimento aoEstado do Rio de Janeiro).

Segundo o Secretário, em-bora as informações dispo-níveis até o momento nãopermitem completa avalia-ção . do desempenho porsetores, "há um bom con-junto de indicadores parei-ais sobre todos eles. No casoda , agricultura, por exem-pio, foram colhidas no pri-meiro semestre as safras dearroz, feijão e milho, cujosresultados foram aumentode 14% (arroz), decréscimode 10% (milho), enquantoa safra de feijão mantinhao nível do ano anterior,bem como as de abacaxi,cana-de-açúcar e mandio-ca".

OUTROS INDICADORES

A comercialização de hor-bif rutigran jelros pelaCeasa-Grande Rio alcançoucerca de 580 mil t, represen-tando acréscimo de 14,2%em relação ao primeirosemestre de 1977. Os pro-dutos provenientes do Es-tado já representam quase40% do total comercializadoinforma o Secretário.

No primeiro semestre, oconsumo industrial de ener-gia elétrica cresceu 11,8% e,pela úlitima Sondagem Con-juntural da Fundação Getú-lio Vargas e os indicadoresrecolhidos pela FIDERJ,"são boas as perspectivasde desempenho do setor in-dustrial, sendo razoável es-perar que cresça mais doque no ano passado(6,8%)".

O consumo aparente decimento aumentou 8,4% nosemestre, sendo que, até ju-nho, a taxa acumulada em12 meses continuava bas-tante superior à do pais —12% contra 8,6%. A área re-sidenciál licenciada paraconstrução no Município doRio aumentou 13,7%, em re-lação a Igual periodo doano passado, sltuando-senum nivel quase Idêntico ao

do primeiro semestre de1976. Em termos de áreatotal licenciada, o aumentodo semestre foi de 4,67o."Quanto às obras públicasem execução pelo Estadoeste ano, que estão envol-vendo investimentos de Cr$16 bilhões", prossegue o Se-cretário, "salienta-se, no pri-meiro semestre, a do me-trô: tomando-se por baseigual periodo de 1977, as es-cavaçôes, concretagens e re-aterros mais que duplica-ram. O total de empregadosnas obras atingiu quase 17mil em junho de 78, conltra11 mil 355 em igual mès de1977".

As aplicações do BNHno Estado "apresentaram,também, substanciais acres-cimos no periodo. O valordas operações destinadas àconstrução habitacional ex-pandiu-se em 100% e as re-íerentes ao item Desenvol-vimento Urbano, em 50%"."Entre os demais indica-dores dp comportamento dae c onomia estadual", con-tinua o Sr Ronaldo CostaCouto, "merecem menção osfinanciamentos contratadospelo BD-Rio, que atingiramCr$ 1 bilhão 562 milhões,contra Cr$ 412 milhões noprimeiro semestre dos anopassado. A s contrataçõesrealizadas até junho 78eqüivalem a 70% do totalcontratado pelo Banco em1977, e o valor das ropera-ções aprovadas pelo BNDE,que beneficiaram empresassituadas no Estado, situou-se em cerca de Cr$ 2 bi-lhões 300 milhões, 70% mai-ores do que as do primeirosemestre de 1977".

As vendas comerciais noMunicípio do Rio aumenta-ram 5,4% em termos reaisno primeiro semestre, con-tra redução de 9,8% emigual periodo de 1977. O Se-oretário de Planejamentomenciona ainda que, até ju-nho, os projetos empresari-ais significativos, decididosou em execução no Estado,atingiram o total de 698,"correspondendo a invés-Itimentos superiores a Cr$12 6 bilhões". Finalmente,"dados preliminares in-dicam que a arrecadação doICM cresceu 7,3% reais emrelação a igual período doano passado".

ouvir de Quandt explicaçãosobre sua desclassificação

Brasília — O presidente da L. M. Ericsson,Bjorn Lundval, será recebido pelo Ministro das Co-municações Euclidés Quandt de Oliveira na pró-xima quarta-feira — véspera da assembléia-geralconvocada pela empresa para definir sua posiçãodiante de sua desclassificação, no dia 22 último, daconcorrência para a escolha da fabricante das cen-trais telefônicas programadas por armazenamentoCPA.

Na entrevista que o Sr Bjorn Lundval irá man-ter com o Ministro Quandt, segundo as informa-ções obtidas do gabinete do próprio Ministro, eleouvirá uma exposição sobre as razões que provo-caram a desclassificação da empresa. Assim, deacordo com a fonte ligada ao Ministro, o encontrodeverá fornecer subsídios para a posição que o pre-sidente da L, M. Ericsson assumirá perante seusacionistas, convocados para esta análise em assem-bleia-geral, na quinta-feira próxima.ALTERNATIVAS

As alternativas avaliadascomo possíveis e ainda nãoexternadas pela Ericssonsão basicamente três: 1) aconformação com a decisãoadotada pelo Ministério dasComunicações em virtudedo descumprimento de exi-gências da política indus-trial desse Ministério; 2)apelo judicial para que estadecisão seja revista, ou 3)o afastamento do grupo domercado brasileiro.

O mais provável é que aEricsson acate a decisão doMinistério, já que uma con-testação judicial será poucocabível na medida em queo presidente da empresa co-nhecer os detalhes qup le-varam ao resultado apre-sentado pelo Ministro

Quandt. Foi também consi-derada bastante remota adeserção da Ericsson domercado nacional, pois mes-mo com as dificuldades en-contradas para as enco-mpndas no setor de teleco-municações, a fabricação deequipamentos ainda é con-s 1 derada economicamentecompensadora, comentou amesma fonte.

A presença no pais dopresidente mundial da L.M. Ericsson, Bjorn Lundval,é encarada por observado-res como uma demons-tração de irritação diantedo comportamento daEricsson no Brasil e umatentativa pessoal de ava-liação das causas que leva-ram a subsidiária a ser des-classificada de uma concor-rència tão importante.

órgão técnico do Congressono caso do decreto de greve

Brasília — O consultor-jurídico do Ministériodo Trabalho, Marcelo Pimentel, disse ontem que oParágrafo 1° do Artigo 55 da Constituição permiteao Executivo editar o Decreto-Lei 1 632, por tratar-se de matéria de segurança nacional, contestandoparecer em contrário feito por um órgão de asses-soria técnica do Congresso.

O estudo foi solicitado pelo Senador FrancoMontoro (MDB-SP) e sugere a rejeição da matériapelos parlamentares, argumentando que questõesde greve sao de natureza trabalhista e não do am-bito da Lei de Segurança Nacional, que trata doproblema genericamente apenas em um dos seus107 artigos.

Na próxima quarta-feira,a comissão mista do Con-gresso encarregada de apre-cl<a.r a matéria estará reuni-da, sob a presidência do Se-nador Franco Montoro, quefará do parecer seu

' voto

contrário à aprovação damatéria. Na Arena, a orien-tação é pela aceitação.

O Decreto-Lei 1632, noentanto, deverá ser aprova-do por decurso de prazo. Adata limite é 14 de outubro.Em se tratando de deore-to-lei baseado no Parágrafo1? do Artigo 55 da Consti-tuição, o Congresso não po-de oferecer emendas, masapenas aprová-lo ou rejei-tá-lo. Como a matéria nãochegará a plenário, o Par-tido do Governo evita oeventual desgaste de apoiar

e aprovar a medida.

DEFESA

Segundo o consultor-ju--•rldlco do Instituto de Pes-quisas, Estudos e Assessoriado Congresso (IPEAC), SrAfonso César, o decreto-leinão encontra apoio no Pa-rágrafo 19 do Artigo 55, le-gisla de maneira restritiva,apesar dp dizer o contrário,e entra em uma contra-¦dição ao proibir a greve emum setor onde é permitidafl sindicalização.

Na opinião do consultor-Jurídico do Ministério doTrabalho, no entanto, a ca-racterização das atividadesrelacionadas no decreto-leicomo "essenciais à vida danação" atribui a condiçãode matéria de segurançanacional ao texto, que proi-be a paralisação do traba-lho nos setores relaciona-dos.

ESTADO DO RIO DE JANEIROINDICADORES SELECIONADOS - 1976-78

Sunamam atrasa documentose Mauá perde 811 dias paraentregar 1.a série de navios

A primeira série de navios contratados pelo es-taleiro Mauá no 2o Programa de Construção Navalestá com um atraso de 811 dias, porque as listas denacionalização de equipamentos, que deveriam serapresentadas em 90 dias pela Sunamam, levaram721 dias para serem elaboradas, segundo informouontem o presidente da Companhia Comércio e Na-vegação, Paulo Ferraz.O armador grego Georges Tsavliris esclareceuontem que o atraso para a entrega do navio grane-leiro Alexanáros G. Tsavliris, construído pelo Mauá

para uma empresa do grupo que dirige, deu-se pelafalta de dique próprio no Brasil que permitisse aultima docagem da embarcação para sua vistoria.O atraso representou as negociações com a Cacexpara que ela permitisse que o navio fosse docadono exterior", acrescentou Paulo Ferraz.ESTOQUE

DISCRIMINAÇÃO

VARIAÇÃO (%)

Jan — Jun/77 Jan — Jun/78

Jan- -Jun/7614,5Consumo Aparente de Cimento Portland

Área de Construção Licenciada —

Município do Rio de JaneiroTotal -13,9Residencial — 9,2

Consumo Total de Energia Elétrica 13,3Consumo Industrial de Energia Elétria — Light 23,6Produção de Lingotes de Aço 35,7Produção de Laminados de Aço 23,9Produção de Derivados de Petróleo — 6,3Produção de Cimento Portland 20,5Produção de Veículos 18,4Produção de Açúcar Refinado — 4,2Produção de Barrilha —17,4Produção de Borracha Sintética e de Lálices 9,3Consumo de Derivados de Petróleo — 0,6Vendas Comerciais — Município do Rio

de Janeiro (2) — 9,8Arrecadação Total de Tributos Federais (3) (2) 10,7Arrecadação do IPI (3) (2) - 7,7Arrecadação do ICM (2) — 1,6Financiamentos Contratados pelo BD — Rio (2) —34,9

Operações Aprovadas pelo BNDE (2) 19,7Empréstimos do Banerj (2) (4) — 0,8

Jm-Jun/778,4

4,6 (1)13,7 (1)7,1

12,17.2 (1)

25,7 (1)0,8 (1)4,15,12,34,92,3

14,4 (1)

5,44,5

2,77.3 (1)

178,122,6

8,0

O presidente da Compa-nhia Comércio e Navegaçãoesclareceu que o EstaleiroMauá encontra-se com ma-terial estocado no valor deCr$ 2 bilhões. "Estes equi-pamentos", disse ele, "fo-ram encomendados parafazer parte dos navios do IIPrograma, mas como as lis-tas de equipamentos queseriam nacionalizadas nãosaíram, a construção dasembarcações não pôde seriniciada".

Abordando a questão dasobrigações contratuais en-tre armadores e estaleiros,na construção de embarca-ções, disse Paulo Ferraz nãoadmitir que também os di-reitos contratuais do esta-

leiro deixem de . ser reco-nhecidos. . "E' direito dopresidente da empresa no-tificar a transgressão deseus direitos 'contratuais anivel administrativo ou ju-dicial quando ela ultrapas-sa um nivel suportável doponto-de-vista econômico,financeiro ou moral", afir-mou ele.

O estaleiro tem por obri-gação a entrega do navioencomendado, mas no as-pecto formal do contratonão lhe pode ser imputadauma culpa que resulta danão observação de deveresae terceiros para com o es-taleiro no que diz respeitoa prazos", afirmou PauloFerraz, citando o caso doatraso nas listas de racio-nalização.

Ueki afirma que levantarádinheiro para aplicaçõespessoais na petroquímica

(1) Dados sujeitos a retificação.

(2) Variações Reais.(3) Variações referentes ao período jan-abrií.(4) Saldos ao final de junho.

'Bolsa de Valores' do Rio de Janeiro

INFORMAÇÃOAO PÚBLICO

Esta entidade recebeuontem, nos horários indicados,o(s) Demonstrativo(s)Financeiro(s) da(s) seguinte(s)empresa(s) que se encontra(m)a disposição dos interessado(s)'na Divisão de Comunicação Social,Praça XV de Novembro, 20 -1? andar-Rio de Janeiro, RJ-CEP 20.010.

Brasília — "Vou arrumar dinheiro e comprarações das empresas instaladas no Pólo Petroquími-co de Camaçari. Provo em qualquer tribunal queisto não é crime. Ao contrário, é um ato patrióticopois fortalece o capital nacional. Além disso, seracionista dessas companhias é vantajoso do ponto-de-vista financeiro, já que há incentivos fiscais e asempresas petroquímicas têm um futuro garantido."Com essas palavras, o Ministro das Minas eEnergia, Sr Shigeaki Ueki, voltou ontem a rebater„™ TV" f^s*,.^ as cntlcaf do Deputado João Cunha (MDB-SP),Cm 11, lOraue que recentemente o acusou de estar favoreeftido asmultinacionais instaladas em Camaçari, na BahiaNegou, no entanto, que pretenda processar o nar-lamentar do MDB.

Caie sofrebaixa limite

EMPRESAS HORÁRIO

FERBASA - CIA. DE FERROLIGAS DA BAHIA S/A 10:29

ENGESA - ENGENHEIROS ESPECIALIZADOS S/A 10:41

CIA. MINEIRA DE ElETRICI-DADE (Balanço semestralencerrado em 31/12/77) 13:06

Telefone para264-6807e faça uma

assinatura do

O preço . do café sofreuontem baixa lifmlte de quatrocentavos de dólar por libra-].eso em todos os contratosfuturos na Bolsa de NovaIorque, em conseqüência dodesinteresse dos torrefado-res norte-americanos, queesitão com estoque bastantepara aguardar as decisõesda reunião da OrganizaçãoInternacional do Café, quecomeça na semana que vemtm Londres. No contratomais próximo, setembro, ocafé fechou sem negócios,em torno de 1,51 dólar porlibra-peso, depois de ter ai-cançado 1,60 dólar no últi-mo dia 5. Em Londres omercado também caiu, fe-chando entre 23 e 32 librasesterlinas por toneladap baixo da véspera.

Em Hamburgo, o diretor-geral da Associação Alemãde Café, Karl-Heinz Sanfile-ben, vatiemou que a reu-nião da OIC não chegaráa nenhum acordo sobrepreços caso os produtoreslatino-americanos insistamnos níveis propostos.

NOVA RESPOSTA

Na entrevista de ontem,além dos repórteres, foramconvocados o presidente doCNP, General Oziel AlmeidaCosta, e representantes dediversos departamentos doMinistério que a assistiramsem fazer nenhum comen-tário.

Ele fez questão ,de voltara rebater as acusações doDeputado João Cunha, por-que considerou "infeliz" aresposta dada durante aentrevista coletiva no Hos-pitai Heliópolis, em SãoPaulo, no dia 31 de agosto,quando disse simplesmenteque não tinha ações dasempresas do Pólo Petroqui-mico de Camaçari, mas nãoaprofundou o assunto:"Realmente não tenho evolto a confirmar isso hoje.Mas vou fazer economia pa-ra comprar. Não é crimenenhum ter ações de em-presas estrangeiras, desdeque tenham sido compradas

com o dinheiro ganho ho-nestamente. Se uma pessoaganha essas ações em trocade favores, aí sim, é um atoimoral e criminoso. Tenhoações dos Bancos Reafe daAmazônia, mas assim quesobrar dinheiro, comprareitambém das petroquímicasde Camaçari e quero ver ai-guém provar que estou co-metendo um ato desonesto.

O Ministro Ueki falou so-bre os trabalhos de pesqui-sa e produção de petróleono Brasil. No seu entender,a descoberta do poço de Ju-ruá, no Amazonas, qualifi-cado pelos técnicos comosubcomercial, mas com umacapacidade de produção de3 528 barris/dia, "tem doissignificados importantes: éo primeiro poço de umaárea pioneira e que alémdisso possui grande poten-ciai de produção". Segundoele, a sonda será deslocadadois quilômetros, para umfuro de extensão.

Banqueiros e bancáriosnão chegam a acordo

Banqueiros e bancáriosdo Rio novamente não che-garam a acordo na me-sa-redonda realizada ontemna DRT (Delegacia Regio-nal do Trabalh). O presi-dente da Federação Nacio-nal dos Bancos, Sr Teófilode Azeredo Santos, afirmouque "se os bancários nãoaceitarem a proposta querecusaram ontem defende-rá na audiência no TRT(Tribunal Regional do Tra-balho), já marcada para apróxima úa-feira, a tese dsaumento de acordo com oindice oficial que deveráser de 41%".

O presidente do Sindicatodos Bancários do Rio de Ja-neiro. Sr Renè Reno, afir-mou que "as condições pro-postas pelo representantedos banqueiros são inaceitá-veis e, se não forem refor-muladas na segunda-feira,convocará uma assembléiada categoria". O Sr Azeredodos Santos impôs a nãoparticipação da comissãosaJarial da mesa-redonda.Por isso, o diretor de re-lações públicas do Sindicatodos Bancários, Sr SidneyGodinho, também se recu-sou a assistir à reunião.

O presidente d a Fede-ração dos Bancários, SrLaecio de Figueiredo, decla-rou que "o representantedos banqueiros condicionouqualquer acordo à renúnciados bancários à ajuda à ali-mentação com base em 5%do salário minimo mensal".Disse que "o Sr AzeredoSantos propôs ajuda à ali-mentação com base em 5%do salário diário, o que sig-nifica CrS 1,10 para 1976,Cr$ 1,84 para 1977 e para

1978, 20% do salário mínimodiário, que eqüivale a Cr$10,40". O Sr Renê Fenó dis-se que "não aceita assinaracordo nestes termos, por-que significa renunciar àsentença do Tribunal Supe-rior do Trabalho". O pres:-dente do Sindicato dos Ban-cários também recusou oescalonamento de aumentoacima do indice de 3,5% a10%, proposto pelo represen-tante dos banqueiros.

O assessor jurídico d aDRT, Sr Francisco Brasil,afirmou que na reunião oSr Azeredo Santos concor-dou em estudar uma redu-çao na gratificação porfunção para conceder au-mento acima do índice de5 a 15%, conforme o Sr Aze-redo dos Santos, à noite,disse que "se a DRT o con-vocar para uma mesa-re-donda na segunda-feira pa-ra aumentar sua proposta,nào comparecerá, porqueesta decisão da DRT estariacontrariando a política sa-larial do Governo".

Ao sair da reunião, o SrSidney Godinho acusou orepresentante dos banquei-ros de "subversivo por to-mar atitudes que'visam in-suflar os bancários a umagreve fadada ao fracasso".O Sr Azeredo dos Santosdisse que "seu acusador nãotem argumentos e por issoprocura um bode expiató-rio". Em nota à imprensaacrescentou que "a sua pro-posta significa um aumentoda ordem de 51%, o maiorde 1964 a 1978" e que "oambiente no Rio, apesar doimpasse, é de absoluta tran-quilidade."

MKMXKKMKKKKKXKKKKKMMKKMltiOClOCICKKMIKMMCMC

S®S CASA DA MOEDA DO BRASILCADASTRAMENTO DE FIRMAS

A Casa da Moeda do Brasil convida, para fins de cadastra-mento, as firmas de engenharia interessadas na prestaçãode serviços de reformas (construção civil e instalações), namodalidade de Carta-Convite.Os interessados deverão comparecer à Casa da Moeda doBrasil/Gerência Geral do Projeto Santa Cruz, Praça da Re-pública n.° 173/2.° andar, a partir de 11-09-78, no horáriode 14:00 às 18:00 hs. (pl«t»OCHH»0«»OfKH»0«IO€»«í»«€»0€KHKKH»<»OfHKH»€fO«HK

CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS DEADMINISTRAÇÃO - 7a. REGIÃO - RJ E ES

DIA DO ADMINISTRADORO Conselho Regional de Técnicos de Administra-

ção da 7a. Região, congratula-se com a classe dos Téc-nicos de Administração, desejando-lhes completo êxi-to em suas atividades profissionais, bem como naparticipação efetiva no processo de desenvolvimentobrasileiro.

Como órgão fiscalizador do exercício profissio-nal, aproveita o CRTA - 7a. Região para reafirmar,

à classe, seu firme propósito de continuar lutandona defesa dos direitos assegurados pela Lei n.°4.769/65 a fim de que o campo de atividades dosTécnicos de Administração continue sendo, progres-sivamente, caracterizado como de sua exclusiva com-petência, com vistas à grandeza e expressão do tra-balho que o Brasil espera de todos nós.

(a) Antônio José de PinhoPresidente

20 - JORNAl DO BRASIL ? Sábado, 9/9/78 D I9 Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

João das Neves, 52, naSanta Casa de Miserl-córdla. Nascido no Riode Janeiro, solteiro, mo-rava em Jacarepaguá.Aneurisma.

Paula Luciana da Sil-va, 69, na Santa Casa deMisericórdia. Natural doRio de Janeiro, solteira,morava na própria San-ta Casa, onde trabalha-va como cozinheira. In-suficiência cardíaca.

Osmar Américo Gou-veia, 55, topógrafo, noHospital da BeneficênciaPortuguesa. Natural doRio Grande do Sul, mo-rava em Porto Alegre.Casado com Zilda GoltzGouveia, tinha cinco fl-lhos. Acidente automobi-lis tico.

Daniel Joaquim Gra-cindo, 66, funcionáriopúblico, na residêncianas Laranjeiras. Carioca,casado com HenriquetaLuquez Gracindo, tinhaum filho. Insuficiênciacardíaca.

Pedro Zlese de Olivei-ra, 71, funcionário públi-co, no Hospital da CruzVermelha. ' Nascido noRio de Janeiro, moravaem Copacabana. Casadocom Alayde Chagas Zie-se de Oliveira, tinha umfilho. Edema pulmonar.

Edmundo Cid, 84, co-merciante, no Hospitalda Penitência. Naturaldo Rio de Janeiro, mora-va no Flamengo. Eraviúvo de Branca Eugêniade Medeiros Cid. Embo-lia cerebral.

EstadosConstantino Corrêa da

Silva, 74, pecuarista, noHospital Dornelles emPorto Alegre. Nascido emLavras do Sul (RS) eaposentado do Funrural,era casado com EdorildaAntunes da Silva. Tinhacinco filhos: Anecy An-tunes da SUva, proprle-tário das fábricas Mi-nuano de Balanças eTroncos e uma de carro-çarlas, além de ser pe-cuarista em Guaíba(RS); Sady AntunesCorres, r e p resentantecomercial; Clair AntunesCorrêa, dentista em La-jeado (RS); José AntônioAntunes da Silva, fun-cionário público estadualdo Serviço de Processa-mento de Dados do Esta-do; e Enedy Au tunesVieira, professora em

Porto Alegre. Tinha ain-da cinco netos. Câncer.

Raimundo Assis An-drade, 41, policial e fun-cionário da empresa Ir-mãos Garcia S.A., noHospital São Francisco,em Uberlândia (MG).Casado com JasmindaAlves de Andrade, tinhatrês filhos: Edson, Catlae Lilian. Edema pulmo-nar.

Genário Evangelistados Santos, 53, vaqueiro,no Hospital Getúlio Var-gas, em Salvador. Baia-no do Município de San-ta Bárbara, trabalhavana Fazenda Santiago.Conduzia para o curralum touro que, enfureci-do, investiu contra ele esua montaria. Ainda com •vida foi transportadopara o Pronto-Socorro.

m_wm>COMUNICA

003.103.103.103.103.103.103.103.103.107.203.?03.203.203.208.303.303.303.303.303.403.503.603.

009030364503794069741051915 2331733421068213530031202923159421756218184022680138705973081711686321887010251897600861

9,075

.02.9

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.01.3

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.01.6

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.02.1

.01.2

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.02.0

.01.3

.01.5

.08.2

.03.8

.02.7

.01.2

.02.7

ExteriorRicardo Zamora, 77,

goleiro espanhol dosanos 30 e um dos maisfamosos personagens dofutebol em todas as épo-cas, em Barcelona. Pa-rada cardíaca. (Página23).

Leopoldo Torre Nils-son, diretor de cinema,em Buenos Aires. (Ca-demo B).

José Ivan Alegrette,General-em-C h e f e deOperações da GuardaNacional da Nicarágua,nas proximidades dafronteira com a CostaRica. Ele pertencia aoEstado-Maior do Exerci-to de seu pais e viajavacom dois cidadãos nor-te-americanos. Aciden-te de aviação.

AVISOS RELIGIOSOS

0LYMPIA BARRADASDE MENDONÇA

(MISSA DE 7.° DIA)

+

0 Desembargador Orlando Carlos da Silva,esposa, Agostinho Barradas, esposa e fi-lhos e demais sobrinhos, convidam os ami-gos de sua cunhada, irmã e tia OLYAAPIA

BARRADAS DE MENDONÇA, para a missa de 7.° diaque, em sufrágio de sua alma, mandam rezar terça-feira, às dez horas na Catedral de Petrópolis.

PEDRO LAFAYETTEJornalista

(MISSA DE 7.° DIA)

+

Sua família convida parentes e amigos para' a missa em sufrágio da alma do inesque-cível PEDRO LAFAYETTE, domingo às 11horas, na Igreja São João Batista, Rua Vo-

luntários da Pátria.(RPV N.o 04545)

Boato alarmafazendeirosem Minas

Belo Horizonte — A Equi-pe de Pastoral Rural deTeófilo Otoni, no Nordestemineiro, advertiu em circu-lar, ontem, que contadoresinescrupulosos estão levan-do fazendeiros da região aexpulsar os trabalhadoresda fazenda, ao espalharemboatos de novas exigênciasda fiscalização do Ministé-rio do Trabalho"."A verdade ê que não temnenhuma lei nova", esclare-ce a circular, que aconselhase denunciem na policia ouno sindicato rural os expio-radores. "Ninguém tenhamedo. Ninguém vendaterra por causa disso. Nin-guém expulse os trabalha-dores de seu serviço". E ex-plica que o Ministério doTrabalho quer apenas quetodo proprietário, pequenoou grande, possua o livrode inspeção de trabalho,que custa Cr$ 55 nas livra-rias e pode ser preenchidopor qualquer pessoa.

O último informativo pas-tcral da Diocese de TeófiloOtoni lembra que apesaruas reclamações dos vizi-nhos dos índios machacali,em Bertopolis, jul-to à Fu-nai e ao .Governo de Minas,até agora não houve so-lução satisfatória. para osconflitos que ali se regis-tram.

Os machacali, afirma,"são gente pacifica, mas,apertados pela fome, uliti-mamente começaram a ma-tar criação dos vizinhos ea tirar produtos das roças".Como único resultado dasreclamações, "a Polícia Mi-litar aumentou seus efeti-vos na região, mas não con-segue defender os pequenosproprietários que moramperto e, muito menos, con-segue resolver os problemasdos indios".

DONA NINA(FIRMINA DA COSTA GRILL0)

(MISSA DE 30.° DIA)

¦ j Seus filhos Bento, Geraldo, João (ausente), Samuel e Manuel

BWi e demais familiares agradecem o apoio da presença e todas

as manifestações de pesar e convidam para a missa que man-

dam celebrar .na Igreja de N. Sr.a. da Conceição e Boa Morte - Rua do

Rosário, eqüina de Av. Rio Branco - dia 11, segunda-feira próximaàs lOh. Renovam o pedido de orações por sua alma.

JOÃO CALIXTO ALEXANDRE KEGEL(FALECIMENTO)

+

H. Camargo - Arquitetura Promocional e Paisagismo Ltda. através deseu diretor Horácio de Oliveira Camargo, comunica o falecimento deseu grande amigo JOÃO CALIXTO ALEXANDRE KEGEL e convida osamigos para o sepultamento hoje, dia 9, às 12 horas, saindo o féretro

da Capela do Cemitério Parque da Colina, (Itaipu - Niterói), para a mesmanecrópole. '

Falcão mudadefesa daeconomia

Brasília — O Ministro daJustiça, Armando Falcão,baixou Portaria aprovandoa reformulação do regimen-to Interno do Conselho Ad-mlnistrativo de DefesaEconômica — CADÊ. Onovo regimento não alteraas atribuições do órgão, quepermanecerá atuando combase na sua legislação es-pacifica de 1962. As únicasalterações se deram na suaorganização administrativa.

Pelo novo regimento, todaa estrutura administrativado CADÊ se orientará por22 artigos que especificamas finalidades do órgão e acompetência de suas divi-soes, ficando o aspecto doprocesso operacional dlscl-plinado pela legislação an-terlor (Lei 4137, de10/9/1962). A Portaria foipublicada no Diário Oficialdo dia 4 último.

REFORMULAÇÃO

A distribuição da estrutu-ra organizacional, antes ln-serida no texto da legisla-

ção operacional, ficou agoraseparada. O regimento, ago-ra dividido em capítulos,dispõe sobre a estrutura decada unidade e suas obri-gações, além de acrescen-tar-lhes seções com tarefasespecificas da atividade desuas divisões.

A única ênfase dada, nonovo documento, foi ao ca-ráter reservado dos docu-mentos e processos em tra-mitação no CADÊ e ao cum-primento das normas do re-gulamenito para salvaguar-das dos assuntos sigilosos.

Aeronáuticapromove49 médicos

O Ministro da Aeronáuti-ca, Brigadeiro Araripe Ma-cedo, promoveu no Quadrode Oficiais Médicos da Re-serva de Primeira Linha de2a classe da Aeronáutica, aoposto de Segundo-Tenente,a contar de 1" de agostoúltimo, 4 9 aspiran-íes-a-oficial.

Os promovidos são: Ade-nauer Marinho de OliveiraGóes. Antoninho Lopes Ba-tista. Antônio Carlos Lusto-sa Correia, Antônio SérgioBraga da Silva, Armandode Oliveira Neto, AudlsloBessa Queiroz, Augusto Leo-poldo de Deus Vieira, BorisJordan Athanasof, Domin-gos Savio Bonelli, EdivaldoFeitosa Daniel, Eduardo Je-sé Corrêa.

Efraim de Souza Campos,Emanoel Antônio Amorimde Almeida, Erivaldo de Je-sus Abreu Pereira, Fernan-do Alberto Bauk, FranciscoCarlos Misse, Geraldo AyalaPereira, Hiram Pereira Ca-choeira, Hugo CarvalhoFranco Filho, Isaias de Cas-•tro Pinto, Ivan Carlos Gia-nello Gnoato, Jair PauloKoarich, Janilson AugustoGuanabara da Silva, JoãoRodrigues Barbosa Filho,Joaquim Laranjeira Sobri-nho, Joel da Rosa Gonçal-ves;

Jorge Augusto L u c asFleury da Fonseca, José Al-ves de Macedo Neto, JoséAmbrósio Guimarães, JoséSala Pereira, Júlio CésarSilva, Lude Simioli Cação,Marciano Fernandes Teixei-ra Lopes, Marco AntônioPereira de Campos, MarcosAugusto Alves Pe reiraMauro Pontes Langui, Os-waldo Luiz Fortes Paschoal,Nelson Machado da SUvaLima, Paulo Eduardo Wel-lauen Vieira, Paulo HélioPereira, Percival Ricardodos Santos, Roberto Na-kashima, Rosivaldo PereiraNunes, Sérgio Rodrigues deFreitas, Valdenor BotelhoGodinho, Walber Ribeirodos Santos, William Der To-•rossian Torres, Wolney Vil-lauen Vieira, Paulo HélioSouza Ramos.

IlMÉ

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Juiz homologa a prisão derepórter acusado de atacarPM durante ato da Anistia

Porto Alegre — O auto da prisão em flagrantedo repórter Gerson Schirmer — indiciado por lesõescorporais no cabo PM João Vanderlei Ferreira deSouza — foi homologado, ontem, pelo Juiz CanísioBinsfeld, da 4a. Vara Criminal. A agressão teriaocorrido na noite de terça-feira última, durante oato público em favor da anistia, realizado nestaCapital.

O jornalista, da sucursal de O Globo, respon-dera ao processo em liberdade, depois que seu pro-curador pagou a fiança de Cr$ 400. Ao mesmo tem-po, o sindicato gaúcho enviou ofício ao Ministroda Justiça, Armando Falcão, protestando contra "asviolências cometidas em Porto Alegre contra umamanifestação popular em favor da anistia" e de-nunciando o espancamento e prisão de dois jor-nalistas.

Trânsito fácil, praiascheias: o Rio teve ontemum áia calmo espremi-ão entre um feriaão eum fim de semana. Mui-ta gente saiu áa ciâaãe,enforcou a sexta-feira.Mesmo assim, o movi-mento nos bancos e nocomércio foi granãe e asfilas para receber o PIS/Pasep não foram meno-res que nos áias nor-mais. Nas escolas ãas re-áes estaãuais e munici-pais as professoras nãoâeram aulas por falta áealunos e os colégios par-culares não funciona-ram. O mar esteve cal-mo e o áia quente, masventou muito. As inãús-trias funcionaram nor-

malmente

REPRESENTAÇÃO

O criminalista JorgeKrieger, que defende o re-pórter, considerou a homo-logação do ato de prisão"uma medida normal, quenão implica no reconheci-mento ou não da infraçãoapontada" e anunciou queestá preparando uma re-presentação ao Tribunal deJustiça contra a Secretariade Segurança "por atenta-do contra a liberdade detrabalho".

— Já tenho duas teste-munhas de que o Jornalis-ta não esfaqueou o PM eque não estava de posse denenhuma arma. A não sero seu instrumento ds tra-balho, a máquina fotogra-fica, talvez consideradaperigosa pelos policiais,que impediram a sua ativi-dade profissional — isto,sim, um crime previsto pe-Ia legislação em vigor, de-clarou o advogado.

DESCONFIANÇA

O presidente do Sindica-to dos Jornalistas Profis-sionais de Porto Alegre, An-tonio Manoel de Oliveira,achou "muito rápida" a de-cisão da Justiça, o que, se-gundo ele, "provoca a des-confiança, quando se sabeque vários atentados à im-prensa, em Minas Gerais eoutros Estados, até agoranão tiveram nenhuma so-lução".

O Sr Antônio de Oliveirarevelou que a Secretaria deSegurança, ao divulgar arelação de detidos, come-

TACIEL CYLLENO(7.° DIA)

+

A Diretoria do Instituto Cylleno con-vida para a missa de 7.° dia por almade seu diretor fundador — Professor

TACIEL CYLLENO que será rezada no dia 11de setembro, às 10 horas, na Matriz de SãoJanuário e Santo Agostinho, na Rua de SãoJanuário, 249.

{RPV N.o 045421

+JUDITH BASTOS PENHA BRASIL

(Viúva do Marechal Nestor Penha Brasil)

(MISSA DE 7." DIA)

Marechal Joaquim Justino Alves Bastos e Dr. Anibal Alves Bastos, irmãosde D. Judith, seus sobrinhos e demais parentes, agradecem aos amigos

.. „ . todos\4»_- l-í. fWWIMIj .J^-W-J www w — w _-,.. w

que piedosamente compareceram ao ato de seu sepultamento e a toconvidam para a Missa de 7." Dia que farão realizar às 11,30 ho

feira, diá 12,quela boníssima alma.

iras,de terça-feira, diá 12, na Igreja da Santa Cruz dos Militares, pelo repouso da

Telefone para 264-6807

e faça uma assinatura do

JORNAL DO BRASIL

teu "um .rro difícil de serjustificado, ao qualificar ofotógrafo da sucursal deBloch Editores, Paulo Ro-berto Franken, como estu-dante". O dirigente sindi-c a 1 protestou, também,contra os termos da notaoficial da polícia, de que osdois repórteres estavamfaz. ndo "arruaças na viapública".

OFÍCIO AO MINISTRO

Em oficio ao Ministro daJustiça, o Sindicato dosJornalistas gaúcho declarao seu "repúdio a esse tipode comportamento, porparte das autoridades poli-ciais, que refletem a filo-sofia do Governo". Acres-centa, ainda, que "o povobrasileiro Já chegou aexaustão, não mais supor-tando o ônus que lhe calsobre as costas, ou seja. docinto apertado e ainda ten-do de enfrentar os desman-dos d. uma organizaçãopolicial, que vê nas relvm-dicações populares maisjustas um crime de lesa-pátria".

O representante de BlocnEditores em Porto Alegre,Edgar Wallau Jr, envioudocumento ao Secretário deSegurança pedindo que st-jam Identificados os poli-ciais que espancaram o fo-tógrafo Paulo Frankem.Em anexo, encaminhou fo-tos publicadas na impren-sa local, mostrando a pri-são do repórter, e a agres-são que sofreu ao iSsr con-duzido para uma viaturada Brigada Militar.

Curitibafesteja apadroeira

Curitiba — Numa cildadepraticamente deserta pelaextensão do feriado e pelachuva fina que caiu duran-te todo o dia, a Capital pa-r a naense comemorou on-tem a festa de sua santapadroeira: Nossa Senhorada Luz dos Pinhais. Diver-sas celebrações eucarlstteasforam realizadas, instalou-se uma feira paroquial aolado da Catedral Metrópoll-tana e no final da tardesaiu a tradicional procissãoque percorre as ruas cen-trais com a imagem da san-ta.

Ex-beatlecasa-se commexicana

Lonãres — Numa ce-rimônia discreta emHenley-on-Thames, naZona Oeste desta Capi-tal, o ex-beatle GeorgeHarrison casou-se on-tem com Olivia TrinidadÁrias, jovem mexicanacom quem tem um fi-lho de cinco semanas.Harrison, de 35 anos,estava desquitado desdeo ano passado de PattyBoyd, com quem se ca-sara em 1966.

Previdênciapaga dívidaa hospitais

Salvador — De uma divi-da que estava em quaseCi$90 milhões com os nos-pitais baianos, Cr$33 ml-lhões foram depositados on-tem pelo INAMPS nas con-tas bancárias da rede e ou-tros Cr$ 22 milhões deverãoser depositados até terça-feira próxima, contornandoparcialmente a crise finan-ceira em que se encontramos hospitais da Bahia.

O presidente da Asso-ciação dos Hospitais do Es-tado da Bahia, Sr Silio An-drade, informou que a par-tir deste mês o INAMPS pas-sara a enviar todo mês aquantia certa e necessáriapara os pagamentos aoshospitais com que mantémconvênios, o que não vinhaocorrendo, dai o resíduomensal pendente que aca-bou se acumulando na divi-da de quase Cr$ 90 milhões.

O Sr Sllio Andrade reba-teu os argumentos apresen-tados pelo Ministro da Pre-vidêncla Social, Sr Nasci-mento e Silva, de que oshospitais particulares sãobastante lucrativos e que aprevidência já beneficiaconsideravelmente a ex-pansão dos serviços priva-dos.

— A lucratividade médiaé de 3,38% e uma empresaque tem um lucro dessesnão pode se agüentar, jáque só a reposição de mate-riais nobres — como instru-mental e prótese de modogeral, está toda importada— vai a mais de 10%. Arentabilidade mínima teriade ser de 20 a 25%, de modoa se reinvestir parte delana expansão e melhoria dosserviços — explicou o Sr Si-ho Andrade.

Ele também negou a afir-mação do Ministro Nasci-mento e SUva de que a pre-vidêncla efetiva o pagamen-to correspondente a 80% daconta no ato da apresen-tação da fatura: "Isso nãoé norma comum no Brasil,como conduta sistemática.Se ocorre, é por favoritos-mo".

Juiz adiajulgamentode"Lou"

O julgamento de Mariade Louraes Leite de Olivei-ra, a Lou, e Wanderlel Gon-çalves Quintão — acusado*dos assassinios de Wantuilde Matos Lima e de Almirda Silva. Rodrigues — íoiadiado para o. próximo dia19, pelo Juiz Martinho Alva-res da Silva Campos, do IITribunal do Júri. A decisãose deve à falta de peças es-senciais ao processo, Inclu-sive o relatório da períciasobre diligências de locais.

O Juiz Martinho Camposdecidiu, ainda, mandar in-terrogar, no próximo dia 15,as testemunhas Sinval Cor-rea Sampaio. Jalper Barrose José Januário, que envia-ram cartas ao assistente deacusação, advogado SérgioNogueira Ribeiro, retratan-do depoimentos feitos ante-riormente.

Mansão paulista tem roubode Cr$ 5 milhões e políciadá duas versões diferentes

São Paulo — Jóias no valor de Cr$ 5 milhõese Cr$ 3 mil em dinheiro foram roubados ontem àtarde na mansão do industrial Sérgio Gabriel Cal-fat, no Morumbi, e à noite havia duas versões dofato: a da polícia civil, de que três ladrões imobi-lizaram a dona da casa e um guarda particular pa-ra recolher jóias e dinheiro, e a da Polícia Militar,segundo a qual o industrial foi assaltado quandotransportava as jóias em uma maleta.

Os primeiros policais a chegar à mansão foramos da radiopatrulha 962, que, imediatamente, co-municaram o crime ao delegado Rubens Cintra,; do34.° Distrito Policial, na Vila Sônia. O delegadonão foi ao local e comunicou o fato, por telefone,ao DEIC — Departamento Estadual de Investiga-ções Criminais — que acionou o carro 12 do GrupoArmado de Repressão a Roubos e Assaltos.

foi jogado ao chão mas nãose machucou.

O 34" Distrito Policial, deVila Sônia, informou que osladrões eram três e teriamatacado a mulher do Indus-criai e um guarda particu-lar oa residência, lmobili-zando-os num dos cômodose recolhendo todas as jóiase o que havia de valor ede fácil transporte namansão:

Duas horas e mela depoiáda ocorrência, o delegadoDalles Luche, que respondiapelo delegado-geral de poli-cia, no Centro de Operaçõesda Policia Civil, não estavaa par .:'o fato, por completo,Informando apenas que, nasua opinião, não se tratavaae um assalto, mas de furtoqualificado, com base naiinformações do delegadaRubens Cintra, que não fo-ra ao local, e de uma equipeda Policia Civil, qule nioquis identificar.

VERSÕES

Agentes especializados doServiço • >e Investigações Es-peciais do DEIC foram mo-bilizados, juntamente comperitos do Instituto de Cri-miiíalistica. A primeira pro-vidêncla foi levantar possi-veis impressões digitais dei-xaüas pelos ladrões e mos-trar as vítimas álbuns foto-gráficos com delinqüentesprocurados pela polícia, nu-ma tentativa de reconheci-mento dos autores do rou-bo. O maior contra residên-cia no pais.

O Quartel-General da Po-licia Militar informou quedeis ladrões teriam ataca-oo Sr Sérgio Gabri.l Calfat,quando ele fechava a portada casa carregando a malacom as jóias. Segundo essaversão, o.s ladrões já esta-riam dentro da mansão, es-perando pelo industrial que

°'JÒRNAl DO BRASIL '

D Sábado, 9/9/78" D l9 CadernoTURFE - 21

Montariásde amanhãna Gávea19* Pir.o - As 14 heras - 1 000 me.

-i tios - CrS 45 mil - (Grama) - (Pre-va Especial)

Kg.

.1-1 Top Speed, G. Meneses 582-2 P. Pinta II, J. M. Silva 533-3 Quadratura, J. Queirox 49.. " Tavasca, J. Ricardo 484-4 Emlssldn, J. Malta 51

.* i -.." Bold Faced, C. F. Almeida Se,„¦„" Idezinha, F. Esteves .... 54

29 Pireo - At 14h30m - 1 MO me-Iros - CrS 35 mil - (Orama) - (DuplaExata)

Kg.

1-1 Blast II, F. Esteves ... 58• *": 2 Salafrirla, G. Guimarães 58

2-3 Josefllla, A. Abreu • - 4 Tareka, J. Ricardo 3-5 Fan Araby, Juarez Garcia

6 P. Quick, G. F. Almeida -;'* -7 Bandílrola,- R. Freire .... 584-B Trouvaille, G. Meneses .. 58

. -9 Astiicia, J. M. Silva ... 57» "10 lady Yama, E. Ferreira 10 58

."ij? Pireo - As 15 horas - 1 MO me-tros - CrJ 35 mil - (Grama)

.ii:»V. • Kg.

Top Speed faz aprontoveloz para correr ProvaEspecial no quilômetro

<S---M Sa

8 57.

'-1-T Abaphar, J. L. Marins ..ü k ,2 Indlo loco, A. Oliveira .

2-r3 Fangal, M. Vaz ' 4 Huevo, M. Andrade 3-5 Festejado, Juarez Garcle

" Kalok, C Amestely ....*4-6Jerlon, l. Januírio .(,.-'7 Thunder, E. Alves .'....'.

.," Dindinho, J. Pinto

4» Pireo - As 1Sh30m ~ 1 4. Iros - Cri 46 mil - (Areia) -'Concurso Site Pontos)

(Inide

Kg.'•'1-1 Queen Norma, A. Oliveira<t S 2 Jlelva, F. Pereira

2-3 lanaria, G. F. Almeida ..*'°* 4 Faceta, J. Ricardo -í-3t-5 Apple Pie, H. Cunha ...

.-,,.-'.' Trothllde, A Ramos ....'4-6 Jobrasil, G. Meneses ...

7 Farceuse, F. Esteves ....íri-.-8 Clagny, J. M. Silva

8 56

•í-89-Pâreo - Al 16 horai - 1 600 me-„-,lto» - CrS 35 mil - (Grama)

..Jrrl Dardillon, A. Ramos ...."Reide, G. F. Almeida ..""'2-Radi, J; M. Silva

...*a-r3-'Hlpo, A... Abreu j* 4 Três Belle, J. Ricardo ..."V""S Zagote, H. Vasconcelos ..

- 3-6 Harmonlum, L. Gonzalez ."' Hendrlka, M. Carvalho .."* "7 Demagogo, G. Alves ....8 Torricelli, Juarez Garcia

„,4-9 Xadir, F. Esteves .10 Xis Crack, J. Queiroz ...

--'•II-Bahadur, J. Mendes 12 Dizzy Dance, R. Freire ..

11 52

12 5210 5713 5714 48

5653

6? Pirão - As 16h30m - 1300 me-tros - CrS 42 mil - (Grama) - (Dupla-Exala)

¦}—\ Vineland, F. Freire .... 572 Seiva, W. Gonsalves ... 16 57', 3Gurlrl, J. Queiroz 15 57

••» 4 Allez' Frence, 1. Machado 57

2-5¦¦¦..

6

I"3-8

94-10

111213

Fly By Night, A. AbreuI. de Bayona, J. RicardoLatlxa, E. Freire .Buena Fé, J. Pinto She Cat, G. F. Almeida .Scold, A.' RamosIn The Mood, A. OliveiraDavis Cup, G. GuimarãesCz.Norachka, F. EstevesD. Esperança, E. R. Fer.Deslumbrada, Juar. GarciaLesina; J. Malta —...Lançada/ D. Neto ......

. 17 57

Top Speed, sob a direçãodo bríd&o chileno Gabrielíileneses,1 agradou ao encér-xar os tretoos para correio -primeiro páreo da corridade amanhã, uma Prova Es-peclal, no quilômetro,, mar-©ando 35s3/5 para a reta dèchegada, com 12s cravadospara os últimos 200 metros,numa boa demonstração develocidade.

Great Bllss, inscrito nosétimo páreo, deixou claroque sua corrida de estréianão faleu ao marcar 43s2/5para os 700 metros, comação das melhores, oom12s2/5 para os últimos 200metros, sob a direção diofreio Gildásio Alves. A raiade areia estava macia, masboa para marcas na manhãde ontem no Hipódromo daGávea. • •

FACETA BEM

19 Páreo: Puna Pinta II(J. M. Silva) — 600 metrosem 40s, sempre de carrei-rão, sem ser apurada emmomento algum. Emisslon(J. MaUta) — 360 metros em22s, mostrando velocidade.Bold Faced (Gi F. Almeida)— 600 metros em 37s3/5,sempre num' ritmo igual.Idezinha (L. Oartosi — 600mietros em 35s3/5, finalizan-do com violência, com12sl/5 ipara os últimos 200metros.

2o Páreo — Trouvaille (A.Pinheiro) — 800 metros em51s3/5, apurada no final,com firmeza, em 13s de ar-remate.

3? Páreo: Abaphar (J. L.Marins) — 800 metros em54s3/5, firme.

4o Páreo: Faceta (J. Ei-cardo) — 700 metros em43s2/5, com disposição dasmelhores, mostrando boaforma para a corrida de es-tréia. Jobrasil (G. Meneses)— 700 metros em 44s3/5,

num apronto dos melhores,com 12s3/S para os últimos200 metros.

59 páreo: Três Belle (lad)'600 metros em 38s, finall-

zando com sobras. XisOrack (J. Queirós) — 700metros em 443, correndomulto nos últimos instan-1tes. Bahadur (J. Mendes)

700 metros em 45s3/5,terminando com sobras.

69 Páreo: Seiva (W. Gon-çalves) — 700 metros em44s, mostrando progressos.Izarra de Bayona (J. Ricar-do) — 600 metros em 418,controlada em todo o pre-curso. Czaritza Noratchka(F. Esteves) — 700 metrosem 45s, firme.

79 Páreo: Ele Era (J. Es-tevês) — 700 metros em 45s,com firmeza.

89 Páreo: Kavalier (J.M.Silva) — 700 metros em 45s, terminando com boaação, com 13s para os 200metros finais. Honey Win-ner (E. Ferreira) — 800 me-tros em 50s 2/5, num apron-to surpreendente, com açãodas melhores. Postmaster(G. Alves) — 800 metros em51s, apurado e firme. AggelPream (F. Peneira Filho)*— 700 metros em 44s3/5,depois de subir ao contrário:até à seta dos 800 metros.. 99 Páreo: Brigaria (J. Bi-¦cardo) — 700 metros em43s 3/5, correndo multo nosimetros finais.' Bajiro (E.Freire) — 600 metros em-3&S2/5, terminando firme,Salter (A. Ramos) —Aprontou do Partido, lar-,gando velozmente.

109 Páreo: Czaritza Sve-.tilana (E. Freire) — 360 me-tros em 24s, de carreirão.Call Me (G. F. Almeida) —600 metros em 36s3/5, comdisposição das melhores. Es-tourada (G. Guimarães) —360 metros em 22s2/5, fir-•me. Gay Melody (M. Peres)— 600 metros' em 38s, de•carrearão.

Pura ÀntalíaproTdou suavemente na reta final, com J. M. Silva

Veronique volta em boa forma1» Páreo - it Uh - 1 300 metros - Recorde - Yard - Iml8s3/S - (Areia)

1-1 tize, G. Alves 55" Eguel, J. M. Silva .... 552-2 Jarlene, G. F. Almeida . . 55

3 Andima, J. Ricardo ... 553-4 Quequle, A. Oliveira ... 55

5 lógica, F. Pereira .... 5*4-6 Esaga, G. Meneses .... 55

7 Gulanca, A. Abreu .... 55

39 ( 7) Quadratura e long.Lady49 ( 7) Quadratura e long iady19 (12) Queen Norma e Janarlna59 (7) Quadratura e long lady19 ( 9) Que Maza e Yvonina19 ( 8) Honey Flower e Anhingí19 ( 9) Jobrasil e Kratie79 ( 9) D da Planície e Hammese

I200200300200000000400000

NLNLNLNLNLNPAPAU

114"31'14"31'22"41*14"31*02"1'03"21*30**31'01"2

I

S. MoraiesS. AAoralosJ. A. limeiraR. CarrapitoA. Mora.'sG. I. F?rrciraJ. B. SilvaN. Pires

29 Páreo - it 14h30m - 1 600 metros Recorde - Luccarno a Indaial

- DUPlA-EXATA -"

lm33t4/5 - (Orame)

13- 5711 5714 5712 57

79 Pireo - At 17 horat - 1 300 me-trát - CrS 50 mil - (Areia) - (ProvaEspecial leilão) **9-

5612 5611 5615 56

5616 56

5614 56

5656565656

IO 567 56

13 56

1-1 Number One, J. Malta .." Roger Bacon, C. Amestely2 Felicceto, M. Vaz

. .-a•Great Bliss, G. Alves ....?Í22ã P. Selvagem, F. Esteves .-i-»ií-5'Acarapé, G. F. Almeida .

-,.,.•$• Alirion, H. Cunha ...7 Fanfarròn, Juarez Garcia

ti~3~8 Farahoun, S. Silva .....um.* Calibrado, A. Abreu ....

. '

lÕEIe Era, J. Esteves 'fifi.slí Juílto, J. ¦ Pinto K,H-\2 Heraclito, J. Ricardo ....

13 Gallus, A. Oliveira ....¦*•* V 1*4 Fankaro, E. Farrelre . . .

" Hester, W. Gonçalves ...

89 Páreo - At 17h30m - 1600 me-Si tf et - CrS 35 mil - (Areia) - (Varian-'*•» Kg.

-. .1-1. Furibond, A. Oliveira .... 582 Milagre, P. Vlgnolat .... 58

2-3 Kavalier, J. M. Silva .... 56.-, • 4 Honey Winner, E. Ferreira 56

3-5 Postmaster, G. Alves ... 56'(."' 6 Angel Dream, F. Pereir» 58- 4-7 Fartin, D. Neto 58* ".,..8 Harfango, J. Ricardo ... 57

99. Páreo - At 18 horat - 1 200 me-,¦ Irot - CrS 42 mil - (Areia)

Kg.

Hoje, em Viracopos, ainvicta Emerald Hillcomeça nova aventura

1-1 Swing, E. Freire . . .2 Sandman, M. Silva . .

2-3 Tonto, E. Ferreira . . .Sucre D'Orge, J. RicaByblos, J. Queiroz . .

3-6 Elder, E. Alves . . .¦ '.! Endro, J. Malta . .

7 Peléia, G. F. Almeida4-8 Debt, F. Esteves . . .

9 Naduca, G. Alves .10 Camelot, l. Gonzalez .

¦do

,1565657 I57 I55 I58 !50 '55585357

I29 (10)99 (10)29 (10)99 (10)19 I 9)89 (10)69 ( 9)49. (10)59 (10)59 (12)39 (IQ)

Donovan e Gimelot IGrande Volte e Tonto |Grande Volta e Peléia ' IDonovan e Swing IVoejo e Dr. BalblnoDonovan e Swing IByblos e Voeio |Donovan e Swing . IDonovan e Swing ¦Samarlqulnha e CanteborDonovan e Swing I

1 5001 6001 6001 5001 6001 5001 6001 5001 5001 200* 1 500

APNPNPAPAPAPAPAPAPNLAP

J. B. SilvaM. SilvaL. AcunaR. TrlpodiR. CostaR. Morgado

, „., R. MorgsdoV35"4 I P. Morgado1'35"4 | J. I. Pedrosa1*15" ! S. Moraies1'35"4 I Z. D. Guedes

.

1"*<5"41'44"21'44"21'35"41*44"1'35"41*44

39 Páreo - is 15h - i 300 metros - Recorde - Ya,d - lm18s3/5 - (Areia)

1-1....... 22-3

4

3-678

4-9ff 10*»»tl

Rubi Ruivo, F. Pereira ... 57Brlgand, J. Ricardo ... 57Alares, W. Gonsalves ... 56Androcles, G. F. Almeida 57Ballro, E. Freire 11 57Aciano, F. Esteves 57Tranzado, L. Gonzalez .. 57Salter, A. Ramos 10 57El Jaguar, S. Oliveira ... 57Purucotó, G. Meneses ... 56Agradable, J. M. Silva 57

109 Páreo - Às ieh30m - 1 000 me-Irot - CrS 4*2, mil - (Areia) - (DuplaExata)

. RB-

Mí-1 C. Svetlana, E. Frelr» ..12 57Vittel, M. Carvalho :.... 10 57Begun, A. Abreu 56

. 2-4 Call Me, G. F. Almeida . 56r'.. -5 Estourada, G. Guimarães 57

. 6 lembrada, Juarez. Garcia 573-7 Serifap, L. Gonzalez .... 57

B 8 Flnland, J. Mendes ... 57, 9 Ia Baronne, J. Ricardo .. 57" '4-10

Caldivana, Excluída .... 57.-. 11 Princequilha, E. R. Ferreire 57

12 Gay Melody, M. Peres ..11 57

RETROSPECTO

São Paulo — EmeraldHill, por Locris em Embuja,por Sunny Boy, viaja hojepara os Estado Unidos, umanova aventura em sua vida,onde cumprirá campanhapara depois ingressar na re-produção. Recordista nacio-nal dé somas ganhas, comCr$ 4 milhões 475 mil, adefensora do Haras Rosa doSul embarcará as 12h noAeroporto de Viracopos, le-vando a lembrança de to-aosos turfistas que a viramcorrer, nos Hipódromos daGávea e Cidade -Jardim, on-de sua classe, beleza e raçaforam mostradas em vitóriascontra os melhores cavalosdo Pais.

NOS EUA

A filha de Locris secapreperada pelo treinadorLázaro Barreira, respon-sável pelo tríplice coroadoAffirmed, para correr noHipódromo de BelmontParle. A decisão de embarca-Ia para,os Estados Unidossurgiu há pouco mais áeum mês, quando seu propri-etário, Mathlas Machlmu,'considerou cumprida suamissão em pistas brasi-leiras. A outra alternativaseria colocá-la no naras já,para a reprodução.

. Mos Estados Unidos Es-merald Hill será cobertapor um dos iprincipais gara-nhões norte-americanos e aexpectativa de seu produtocomeça a ser discutidacomo uma antevisão daqui-Io que poderá ser um filhoou filha dessa famosa égua,ganhadora dos mais impor-tantes carreiras brasileiras.Esmeralri Hill esteve paracorrer o Grande PrêmioBrasil, realizado em agosto,no Hipódromo da Gávea,mas um problema em suamão esquerda acabou porafastá-la da competição.

Enquanto esteve em ativi-dade no Brasil, a potrancaíoi uremáda por Pedro Nic-kel, que deixou recentemen-ve u Haras Rosa do Sul.Animal manso, que cos-tumava "brincar com seutreinador e que tinha hora¦certa para treinar", era as-sim definida por Pedro Nlc-kel:

— Ela não gosta de sairda cocheira fora de hora,fica um pouco assustada,mas isso é normal numanimal que não cria proble-mas nos treinamentos. Emansa, reconhece quemtrabálna co-m ela. E umaverdadeira taça de cristal.Por isso, todo cuidado comela é pouco.

1-1 Rueck. F. Esleves . . . .2 Gratldius, A. Garcia . . .

2-3 Abilio, J. Ricardo . .* . .4 Torplller, G.. F. Almeida .

3-5 Dine Bird, J. M. Silva . .6 Boftolo, D. Neto . . . .

4-7 Hentol, C. Amestely . . ." Eliseu, J. Esteves . . . .8 Pereiero, E. R. Ferreira . .

56 I 29 ( 8) Tijolo e Falmon56 109 (13) Inscrito e Hentol56 : 49 (13) Inscrito e Hentol56 1 139 (13 Freitas e El iol56 19 (10) H. Flete e Ouro Fosco56 69 (15) Torilo e Fumai

56 ' 29 (13) Inscrito e Jooiro56 Estreante

56 ! 119 (13) Inscrito e HentolI

1 300 AP 1'21"3 I W. Aliano1 200 NM 1*16*2 ; l. Ferreira1 200 NM !'16"2 I A. Nahid1 300 GL 1*19" A. Mirando1 200 NL 1*15" I f. R. Poaanhi1 000 NP 1*01 "4 1 H. Toblas1 200 NM 1'16"2 ! C. I. P. Nunes

Estreante I C. I. P..Nunes1 200 NM . 1*I6"2 F.. Abreu

4? Páreo - it IShíOm - ríoo melros '- Recorde - Unlett, 8. Idée o Sweat Spy») iV&Aitf 'A/iVil' . 6

lm07a - (Areia)

INICIO DO CONCURSO -

1-1 Think, ,M. Vaz 55r 2 Boots, l. Gonzalez .... 562-3 Armelin, J. Ricardo ... 56**• 4 Quiebelro. I. Corrêa . . 503-5 Quallty Place, A. Oliveira 55

6 Príncipe Negro, G. F. Al. 554-7 Tutankan, F. Pereira . . 55

8 Rei ligeiro, F. Esteves . 559 Alsacien, A. Ramos .... 56

129 (14) Singe e Funny Sun79 ( 9) Elca e Iron love39 ( 7) Beagle e Tutankan19 (15) Rúdy e Alsacien89 (15) laleme e Barinez

159 ((18) Aporema e Barinez• 79 ( 9) Piriapólls e Bernardo

69 ( 9) Elca e Iron love89 (.9) Piriapólls e Bernardo

000400300000300600300400300

GtNPALALAMGLNINPNL

57"! I W. Penelet1'28"1 ! G. Ulloa1*21" | A. Nahid1*01 "2 i A. Viera1*23"* I A. Moralet1'3S"4 I Fl Abreu1*22" 1 G. Feiió1'28"1 S. d'Amo.-e1*22" I J. A. limeira

I

5? Pireo - ás Hh - 1 SOO metrot Recorda - Dominó, Foreignar • Sliek Poker - lm29s - (Grama)

1-1 Veronique, G. Meneses . 562 Cartuxa, A. Oliveira . . 10 57

2-3 Quenomá, J. Ricardo . 554 Safia, G. F. Almeida ... 56

3-5 Dlgdug, G. Alves ....... 55" Cartaza, F. Esteves . . 556 Show Beti, J. Malta ... 55

4-7 Venusioy, E. Freire ... 57" Arremetida, M. Vaz . . 56B Meluza, J. M. Silva ... 55

50 (15) E. Hill e.V. Reineio ( 9) Adiléa e Vanlteuse ¦4° ( 8) Digdug e Can I Say59 ( 8) Digdug o Csn J Say19 ( 8) Can I bay o Cartaza39 ( 8) Digdug e Can I Say69 ( 8) Digdug e Can I Say40 ( 8) Abilene e Golden legend19 (10) Diamlla e Bustanen79' ( 8) Digdug.e Can I Say I

000500600600600600600300300600

GIAPGIGIGIGL*GLNiAlGI

2'02"1 : F. Saraiva1'35"3 | W. Penelasl'37"3l'37"31*37**31'37"31'37"31*20"1'23"11'37"3

1

W. Ali.inoA. MirandoS. MoraletS. Mlorn-MH. TobiasR. CarrapitoR. CarrapitoA. P. Silva

69 Páreo - ás Hh30m - 1 600 metros Recorde - Luccarno e Indalal

- DUPlA-EXATA -

1m33i4/5 - (Grama)

1-1 Muscadet, G. F. Almeida 3Czar Ruslan, F. Esteves . . 4lord Bruno, J. Malta . . . 9

2-4 Capable, D. _Nelo .... 6Gogóia, J. Queiroz . . . IGraduate, A. Garcia . . . 2

3-7 Vogler, J. Ricardo ... 13" Vallon, G. Meneses . . . 5

Vertex, A. Ramos . :;l. .8Kinetlc, F. Pereire .... 14

4-10 Zé Luis, E. Ferreira . . . 111 Nassovian, J. M. Silvs . 1012 Salmo, A. Oliveira . . . ]213 Sir Patriota, G. Alves .,*.*.11

57 I57 I57 |57 155 |57 I57 I56 I57 I57 |57 |57 :57 |57 I

1

29 ( 9)69 (13)29 (10)69 ( 9

129 (12)119 (14)i9 (11)49 ( 8)59 (11)

109 (11)89 (13)69 | B)19 (13)

.119 (13)

Pluto e Rucav .itz e EgocêntricoMc laren o Easy lovoPluto e MuscadetSnow Joe o BacIonicus o ExpidicloBamborial e Capi.blelord Johnny o PlutoBamborial e CapetfcHalcon de Oro (CJ)Wltz e Egocêntrico .L Rodrigues e M KidVergobret e Gran FitlWltz e Egor.3n*rico

I1 4C01 4001 600

J00.000

i 6001 4001 400

400000.

1 400I 6C01 3001 400

NPAPNMNPGLALGIGIGLGLAPALALAP

l'I8"41'28"31*41 "41'28**42*01 "41'40"31*24**31'24"1I'24**32'03"2!'28**31'40"31'22"21 28"3

I A. MirandaI A. Palm 19I W. AlianoI O. J. V. DiasI l. Ferreiroj L. FerreiroI F. Sarulvo

F. Saraivai J. A. limada| R. TrloodlI O. Cantos»| A. P. 511*»

W. Ploto' F. Abreu

: .

79 Páreo - it 17h - 1 400 metrot - Recorde - Tzarina, D. Toul e II Trovalore 1mJJt2/5 - (Orama)

-.- ».l o

CAmER

1.°. Páreo: l Jarlene -"'"Éize'— Lógica > '

'-¦¦'-.2.° Pái*o: Sucre d'Orge -TM Swing - Élder ,

3.° Páreo: — Rueck - Di-" "ne Bird — Abílio

í.o -.-, 4.° Páreo: Alsacien —'T"?PWncipe Negro - Phink-O't'

5.° Páreo: Veronique —í" Digdug1 — Quenomá

" 6." Páreo: Salmo — ZéLuís — Capable ,

-Y 7.° Páreo: Royal Diademr'.'!"-'FrÍtz Klanner — Freitas

.. 8.8 Páreo: Colaborador —•" Joshua - Quiet Run

¦'*¦. 9.° Pár«o: Belo Rei - Cin-¦'i^anoi— Tycoon

w* 10.° Páreo: Frexal - Fo-^'•*'(íg — Radium.

• O treinador Felipe Pe-reira Lavor voltou de Cida-de Jardim onde assistiu àcorrida fracassada do ala-zão Barinei no Grande Prê-mio Ipiranga, primeira pro-va da Tríplice Coroa paulis-ta, achando que o íilho deSabinus estranhou a pistade grama, muito pesada,devendo voltar para o Hipó-dromo da Gávea na terça-feira, onde será preparadopara reaparecer no GrandePrêmio Linneo de PaulaMachado, Grande Crite-rium de potros.• Mister Sun, que se estápreparando para participardo clássico Prefeitura doMunicípio, na pista deareia, marcou lm05s para-o quilômetro, em partidapreparatória para treinoque será realizado no finalde semana. Xengo, que cor-rerá a mesma prova, de fai-xa * com Mister Sun, dimi-nuiu para im04s3/5 no mies-mo percurso, com JuvenalMachado da Silva, que tam-bém dirigiu o filho de Sola-zo.• O craque Agente já tema sua participação confir-mada no importante clás-sico regional do Paraná, nodia 8 de outubro no Hipó-

Idromo do Tarumã. O filhode Nermaus em Starlta, es-tá sendo preparado em.Cidade Jardim, visando àsua exibição naquela com*petição.• Na Agrícola Comercial eHaras João Jabour, os gara-nhões Piduco, Pioleto, Sa-ratoga Skiddy, Pó, GordoQuico, Taifu e Rontress co-briram as seguintes éguas,nesta temporada: Piduco,cherry Soap; Noneyde;. Sta-rita, Saus, Sibile, Cramón-tana, Poor Clare, Lamuu,Saraviglia, La Mis.trale,Tigana, Uauçu, Shilla II eTechant. Pioleto, Elmeria-na, Cote Vite, Novara, BienPagada, Holly, La Sevovia-na, Botany Bess, Higra,Tatié, Charlies Moon, GranDia e Catruna. SaratogaSkiddy, Espandable, Myso-re, Bubeba, Dama Arabt,Salema, Xis, Air Liss, Ujala,tndulation, Alaya, Xalaya,Urubaiana. P ó, Otisbone,lntocable, Giuliana. Algéria,My Secret, Serige, DengosaiVlaria. Gordo Quico, Xipo-cas, Acácia Negra, Neucrid-ge, Puançá, Teeta, Uiapuça.Taifu, Ignia. Maviata, Star,Sinha Só, Diflage. Rontress,Celiinene e Sagalá, no totalsão 64 coberturas.

1-1 Freitas, J. Ricardo.. ... 3 552 Royal Diadem, G. F. Al. • 9 • 55

2-3 Frltz Klanner, J. M. Siiva 8 55" Fardeau, E. Freire ... 2 564 Bernardo, C. Amestely . . 11 36

3-5 Iron Love, J. I. Marins*. 5 55Quadrillion, A. Oliveire / 55Olden Times, E. Ferreira . 1- 55

4-8 Ace of Aces, G. Meneses 1 10 559 João, E. Alves ..... 6-55" Jei, J. Machado .... 4 55

29 ( 9)39: 939 { 9)89 ( 9)29 { 9)29 ( 9)59 I 9)89 (¦ 9)49 ( 9)19 (11)99 ( 9)

Bagdan e FreitasGarbet e HammesePiriapólls e Berna'doBagdan e FreitasPiriapólis e F KlannerElca e Quiet NowElca e lion LoveElca e Iron LoveElca e l-on loveFine Gold e JustinianElca a Iron Love

1 6001 6001 3001 600'1 3001 4001 4001 4C01 4001 4001 400

GUGPNLGUNL

.NPNP-NPNPGLUP

1'38"3l'37"31*22"1'38"3

.1*22"|'28"1V28"l1'28"11'28"11'26"21*28"!

W. PeneiasF. An-euA. P. SilvaA. P. Sil/aC. I. P. N;s«iW. VlevellesA. M>ra'esA. Nahid

, F. Saraiva1 l. CoelhoI l, Coelho

19 Pireo - i. 17h30m - 1 300 metrot* - Recorde - Yard - 1ml8s3/5 - (Areia)

1-1 Joshua, F. Esteves . . . 562 Bazuc, Juarez Garcia . 10 50

2-3 Príncipe Orientei, J. M. 56,4 lassus, E. R. Ferreiro ... 56

3-5 Jovino, J. Esteves .... 56" Paian, D. Guignoni ... 566 Colaborador, A. Ramos 56

4-7 Quiet Run, A. Oliveira . 56Estallium, G. Meneses . 56Andrada, G. F. Almeida 56

59, (1379 (13,49 (10!99 (151

119(11)129 (14)

59 ( 8)119 (15)

EstreanteEstreantesInscrito e HentolInscrito e HentolO. Times e F. KlannerF de Polha e S RichardLago Nero e TutankanTate e EzrachTijolo e Rueck ¦Frltz Klaitter e Blu

I 2001 2001 2001 5001 000I 4001 3001 300

EstreanteEstreanteNM ¦ l'16"2NMNLAPAlAMAPNL

. 1'16"21'15"3l'35*'l1'02"l1 2Í"I ...t'21"3 I J.1*20"-» :g.

I

W. P. lavo»F. AbreuJ, MsrchantE. P. CoutlnboC. I. P. NunesC. I. P. NunesA. Nahida Mom et

B. 3'ivaFeiió

99 Pireo - it ISh 1 300 metros - Recorde - Yard - lm!8s3/5 - (Areia)

I

1-1 Tycoon, G. Meneses ... 102 t Isso Ai, G. F. Almeida 4

2-3 laso Forte, E. R. Ferreira 5Gay Bucaneer, J. M. Silva 8Dupl, J. Malta ..... 3

3-6 Don Daniel, J. Ricardo . ...;]Belo Rei, G. Alves ••••''Takanlr, S. Silva .... 9

4-9 Clnzano, A. Oliveira . . . 2" Ephori, E. Ferreira .... 6

10 Feno, E. Pereira '

¦ 39 ( 8)49 (15)39 ( 9)99 ( 9)79 (10),19 ( 8)19 ( 6)19(7)

109 (10)89 (11)69 11)

El Cauto e Sang D'orUltimo Garufo e B. StreakBororó e Don DanielTuccon (CJ)Embalador e Sang DOrArmênio e AbacanVoyou (BH)Hlguere e D Daniel (CP)Hugolo (CJ)Humorístico e TuxauaHumorístico e Tuitaua

1 5001 3001 3001 5001 aOO1 3001 2001 0001 500I 0001 000

APNPNPNLAPNP'AlN\ANiN?NP

i'35"r;'."41*23"1*35"1'43"11'23**11*18"3- 1'02"41")4"41*01 "4V0I"3

F. SaraivaA. N?hidJ. MarcnantS. MoraiesR. Cerraoito

, A. RlcfdoZ. D. Ciuedes

I W. O Oli.niía! W. G. OliveiraI R. Morojcb

109 Pireo - is 18h30m - 1 000 R.cord. - Unles. B. Idée . Sweet Spy - lmOOt - (Arei.)

- DUPlA-EXATA -

I

1-1 Coravl, A. Oliveira . . .Ópio, Juarez Garcia . . .Jagui, l. Carlos

2-4 Dançarino, D. Neto . . .Prince Twist, C. PensabemFolig, F. Esteves

3-7 Bip, J. MaltaKerensky, J. Mendes . .Cainboury, E. R. Ferreira .

4-10 Radium, M. Andrade . . .11 Frexal, A. Ramos . . . .12 Cliana, J. Ricardo . . .13 ínfimo, A. Souza . . . .

575756

11 5656

10 5B575658

12 5858

13 5457

49 (12)59 (12)79 (949 (11)69 ( 9)89 ¦ 9)69 (17)59 ( 9)79 (11)99 (11)39 ( 9)99 ( 9)69 (10)

Citheron o DançarinoCitheron e DanéarlnoLa Néia e ParmellaOloto o GalienlSobidor o BigonierHumor (CJ)Calamlur e BitokSplrlt e Flythirteen (CP)Vic Garbo o BigonleiDr. Balbino e FrexalTeco Teco e EatrumSobibor e BigonierDependente e Cllfwron

10001000*, 00011001 4001 3001 3001 1001 3001 3001 300t 4001 000

NL 21. ' O. CardosoNi 1 '04' I A, OrcuoiiNP '04,2.1 e, Morqado "l0NM ri0"l IS. M. AlmeidaGL '*26"3 ! M. CaneioNL l'21"l ' C. I. P. NunesNL 1".'3"1 P. DurintiNI. 1'13" i R. Marciucs1 NP 1*25'.' E. C. PeroitaM. 1'23".1 B. SilvaNP ' .M *3 J. BoiicniGL 1*26"! ¦ P. MofadoNI 1'03"1 J. M. A-agão

-— Volta fechada-—Escoriai

PELAS

informações e pela descrição,as Two Thousand Guineas de Cida-de Jardim deste ano, grande clás-sico Ipiranga, milha, primeira pro-

va da Tríplice Coroa local, disputadas an-teontem, foram particularmente emocio-iiantes. Emocionante pela regularidade doresultado, obeâecenáo, felizmente, à lógica,emocionante, igualmente, por uma reta on-ãe dois potros confirmaram as qualidadesexibidas anteriormente e proporcionaramum belo espetáculo.

Sem a menor sombra de dúvida, e so-bre isto tivemos a oportunidade de escreveranteontem, tanto Orient Express (Milord emErcira, por Código), criação do Haras Ho-mero Oliva e propriedade de Atílio Irulegui,quanto Rhiadis (In Command em Urutá,por Hurcade), criação áo Haras Preto e Ou-ro e propriedaâe de Cláudio Sperb, estavam,teoricamente, entre os mais sérios cândida-tos ao importante triunfo do ponto-de-vistaseletivo. E os dois foram dominadores abso-lutos e esmagadores.

DESTE

modo, as justificadas duvidaslevantadas sobre a validade do re-sultado do grande clássico JoãoAdhemar de Almeida Prado, a Taça

de Prata de potros, pelo menos imediata-mente, deixaram de existir. Orient Expressconfirmou seu triunfo, empregando para talo mesmo estilo de correr. Mantido bem atraspor seu piloto, trouxe impressionante atro-pelada no direito a tempo de dominar, ain-da com autoridade segundo experts autori-zados, o neto de Jour et Nuit III. Ao queconsta, seus galões foram extremamentesignificativos indicando, realmente, estar-mos diante de um três anos dos mais Jm-tigantes.

Rhiadis voltou a produzir performancealtamente meritória e indiscutivelmente é,por enquanto, dos nomes mais poderosos desua turma. Se, por um lado, este filho deIn Command é invicto na areia e possuiderrotas na grama, o que, à primeira vista,demonstra uma preferencia por aquele tipode raia, por outro lado, o fato de ter ter-minado em segundo em um clássico da im-portancia fundamental de um Dois Mil Gui-néus, indica, ao mesmo tempo, não ser elemau corredor na raia clássica por excelen-cia. Teve participação ativa na prova ao sairem perseguição a um dos representantes dosHaras São José e Expedictus, African Boy(Felicio em Liselotte, por Maki), quebrou-ona entrada da reta e partiu para o espelhocom uma facilidade aparente que provocouem muitos a impressão de que outro não se-ria o ganhador. Perdeu lutando para umadversário em evolução. Talvez, se bem le-vado, estejamos diante de um miler dos maisfuturosos.

• j nosso ver, a confirmação do padrão/§ de carreira destes dois potros é bas-

/¦% tante estimulante em relação dp•4 •*•*¦*¦"• nível qualitativo da ala masculinada geração nacional nasciãa em 1975 (e otriunfo áe Garve nos 2 mil 200 metros ãoclássico Protetora áo Turfe, no Cristal, nomesmo dia, não deixa de ser igualmente elo-quente). Muito possivelmente, trata-se ãefornada das mais interessantes.

Se Orient Express e Rhiadis não decep-cionaram, muito pelo contrário, outros no-mes, contuáo, não tiveram a mesma sorte.É veráaáe que a grama pesaáa poãerá ser-vir áe explicação para muitas defaillancese ninguém em sã consciência poãerá nega-Ia. Assim, a moáestíssima apresentação deBarinez (Sabinus em Leve Brisa, por El As-teróide), criação e propriedade do Stud Re-gina, muito possivelmente terá sido causa-da por uma má adaptação ao terreno anor-mal. Não se poáe esquecer que suas duaspromissoras atuações na Gávea foram rea-lizaáas em pista leve e com o potro correndoâesferrááo. Neste sentiáo, teremos que espe-rar por uma próxima exibição sua para me*lhor avaliação. No mesmo caso, possivel-mente, poáerão estar Granáote (Itamaraty

¦ em Sardenha II, por Earshot), criação doHaras Malurica, muito longe ãa impressãocausada com seu segundo lugar no grandeclássico JoàoxAdhemar de Almeida Prado, oinvicto Andrew (Felicio em Granfina, por

¦¦ Fort. Napoléon), criação e propriedade dosHaras São José e Expedictus, embora estafosse a sua primeira tentativa clássica, BU-vant (King Buck em Queen Paradise, porPantheon), criação do Haras São Luiz, mui-tocomentaáoe, mais uma vez, decepcionan-âo,e Artung (Zenabre em Argúcia, por Ti-nião), áo.Haras Tibagi.que, novamente, emprova nobre, não justificou as esperanças ea alta conta de seus responsáveis. Para to-áos estes, malgré tout, o benefício da dúvidapelo estado da raia.

O

panorama téonico dos Dois Mil Gui-neüs foi completado por duas pos-síveis revelações: Dampierre (Kur-rupako em Redcoat, por Crimea),

criação e propriedade do Haras Ipiranga, oterceiro colocado, ganha status clássico emsüa primeira incursão em prova nobre, eLaughing Boy (Eylau em Caçulinha, porCoaraze), criação e propriedade do HarasFaxina, quinto, após percurso um tanto in-certo, mostra que a atual fornada do campode priação de Henrique de Toledo Lara é

' bastante curiosa e, esperamos, Eylau, o belofilho de Ogan, um bom garanhão em po-tencial.

22 - ESPORTE JORNAl DO BRASIL tf Sábado, 9/9/78 tf 1» Caderno_:!

Italianos já comemoram título de Andrettií¦:¦;¦.:^WV yyjsq^iii, ^^^^^^^SSS^Ss3t_m _?_-___ __^***I__*___Y___^___WW__™

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p|pf|||B ^^ÉÉM ¦&£ ¦______!

Ândrettfpode obter a pole position ftoje e igualar amanhã o recorde de 7 vitórias de Jim Clark

Sued estáà frenteno golfe

Com quatro tacadas dediferença para seu princi-pai perseguidor, Lauro Sued(handicap 14) lidera a pri-meira categoria da Taça In.dependência de Golfe, queserá disputada ainda hojee amanhã no campo do Te-resópolis. Efe cumpriu osprimeiros 36 buracos com135 net, voltas de 66 e 69.O vice-lider Anthony Talbot(seis) marcou cartões de 69

c 70 net, totalizando 139, e.o terceiro colocado, RupertKellock (nove), soma 143,com 72 e 71 net.

O melhor escore da se-gunda categoria é o de IvoZauli (23), que possui trêstacadas de vantagem sobrea segunda colocada, MarlonAppel (17). Ele conseguiu146 net, com voltas de 68e 78, e ela soma 149, comf4 e 75 net nos 36 buracos.John Guthrie (16) ocupa aterceira posição, com 152net (79 e 73).

TAÇA IPIRANGA

Os Jogadores com handi-cap acima de 24 estão dis-putando paralelamente, noTeresópolis, a Taça Ipiran-ga, que tem Steve Schnabel(31) na liderança, com 133net (65 e 68) — 10 à frentedo segundo colocado, Ar-nold Wolfson (27), que mar-cou cartões de. 71 e 72 net.Silvia Schanabtel é a tercei-Ta colocada, com 144 net (76e68).

O calendário de golfemasculino do Itanhangáprossegue hoje com a dlspu-ta da rodada inicial da Ta-ça Tintas International, em18 buracos, stroke-play. Acompetição reunirá jogado-res de uma só categoria ze-ro a 24 de handicap e ter-mina amanhã. No Gávea, odia hoje é livre no calendá-rio, que prossegue amanhãcom um mixed foursome,em 18 buracos, stroke-play,tacadas alternadas.

Pam Shriver surnreende Curso dei- n/r +- j Dança temao eliminar Martina do outr* aula

Aberto de Tênis dos EUANova Iorque — A tenista

norte-americana Pam Shri-ver foi responsável pelamaior surpresa do Campeo-nato Aberto de Tênis dosEstados Unidos, pois naro-dada de ontem derrotou acampeã de WimbledonMartina Navratilova, por V6 e 7/6. Shriver, de 16 anos,resistiu bem ao jogo violên-to de Navratilova e tevecalma suficiente para der-rotá-la em dois tie-breaks.No último, Shriver ganhoude 7 a 3, quando na match-point Martina errou oun vo-ledo, jogando na rede.

Com este resultado, PamShriver é a rnaás Jovem te-nista a chegar à final doAberto dos Estados Unidos,este ano disputado pelaprimeira vez em FlushingMeadow, complexo de qua-dras que substitui ForestHills. Como adversária nafinal, Pam deverá ter avencedora da partida entrea norte-americana ChrisEvert e a australiana Wen-dy TurnibuH.

SEMIFINAIS MASCULINAS

O sueco Bjorn Borg, tri-campeão de Wimbledon evencedor em Roland Gar-ros, terá hoje na semifinaldo Campeonato Aberto deTênis dos Estados Unidos,o seu adversário mais dificilno momento, o norte-ameri-cano Vitas Gerulàitis, quar-to colocado no rankingmundial. Segundo o própriotemisita sueco — considera-do imbativel atualmente —Vitas é o único que podederrotá-lo, pois sabe icomoenírentá-lo.

Borg e Gerulàitis vão re-potlr a semifinal de Wim-bledon do ano passado,quando os dois durantequase quatro horas lutarampelo direito de chegar à f i-nal, ficando a vitória como sueco. Pelo tipo de jogo

que os dois costumam fazer,espera-se uma partida paracinco sets.

Na outra semifinal, tam-bém uma repetição: os nor-te-americanos Jiunmy Con-nors e John McEnroe, quejogaram na semifinal", deWimblendon do ano passa- 'do, enfrentam-se novamen-te. Connors é consideradofavorito, más pode ser traí-,do pelo jogo rápido do jo-vem McEnroe, de 19 anos,que terá a seu favor o pisoda quadra.

NO RIO

A Copa Natu Nobilis deTênis terá mais um movi-mentado fim de semanareunindo cerca de 105 tênis-tas nas 13 quadras particu-lares do Barra Sul, naAvenida das Américas km13, cedidas à Federação deTênis do Rio de Janeiro pa-ra a realização da competi-ção. Para hoje estão pro-gramadas 20 partidas, sen-do 5 da quarta classe, mas-culina, e 15 da quinta cias-se, também masculina.

O jogo de destaque é oque será disputado entreSantiago Molina, do BúziosBeach Club, e Antônio Bor-ges, do Country. A progra-mação começa a partir das14h para a quarta classe,seguindo-se os demais Jogos.Amanhã o total de jogos éde 33, no mesmo local, co-meçando às 9h.

As tenistas de terceira-classe terão hoje sete Jogos;seguindo-se depois os 14jogos da categoria de 22 a34 anos, onde se destacamas partidas entre B r e n oMascarenhas (Country) xLuis Bezerra (Flamengo) eDaniel Azulay (Country) xLúcio Lopes (Leme). A par-tir das 14h começam aspartidas da categoria de 35a 44 anos, que chegam a umtotal de 12.

O mais difícil na apren-dizagem das aulas do Cur-so Internacional de DançaElementar, orientado . pelaprofessora alemã - 'GrazielaPadilla que prossegue hojeno Clube Militar, em pro-moção do JORNAL DOBRASIL, é a volta ao maissimples, o que pode parecercontradição.

Segundo a professora, osucesso de um curso comoesse só é possível se osalunos procurarem

"ésque-

cer" tudo o que já apren-deram anteriormente emtermos de movimentos dedança, desde o bale clássi-co até o jazz moderno.

— É válido criar novosmovimentos a partir dos Jáconhecidos, mas uma aber-tura para a compreensãodo trabalho — a volta aooriginal — é necessária pa-ra se obterem resultados.

ADAPTAÇÃO AO GRUPO

A palavra "original" é osentido que Graziela atri-bui ao termo elementar, is-to é, as pessoas só podemacrescentar algo à perso-nalidade se conhecerem seucorpo e sua função.

Na aula de ontem, osalunos repetiram os exer-cicios de adaptação ao gru-po, que Graziela acha mui-to difícil de conseguir ape-sar do interesste e do esfor-ço geral. Ele está satisfeito,porém, com os resultadosobtidos até agora, houveuma pequena evolução.

Hoje, o Inicio está mar-cado para às 16 horas eamanhã não havterá aula.A duração do curso é de 10aulas.

Monza — Torcedores Ita-lianos foram ontem ao cir-cuito de Monza e comemo-raram bastante o melhortempo do ítalo-americanoMario Andretti,. dandoInicio à euforia nos boxesda Lotus, pois Andrettipode conquistar o titulomundial de Fórmula-1 desteano por antecipação, bas-tando se colocar entre osseis primeiros na prova deamanhã, no GP da Itália.

Andretti foi o único, en-tre os 28 pilotos que tenta-ram marcar tempo na sériede ontem, a percorrer os 5,8quilômetros do circuito deMonza, em menos de umminuto e 38 segundos. Nemmesmo seu companheiro d<_equipe, e segundo colocadonos treinos, o sueco RonniePeterson, acompanhou avelocidade de Andretti,fazendo sua melhor voltaem Im38s25. O brasileiroEmerson Fittipaldi ficou em169 lugar (Im40sl7) e Nél-«on Piquet em 21°(Im40s84), podendo 'melho-rar. na série de hoje à tar-de. ¦'•"

LOTUS NA FRENTEO fato de obter as duas

primeiras ppsiçoes nos trei-nos já se tornou hábito dosdois pilotos da Lotus, masòiutem o próprio Andrettificou surpreso com o públi-co italiano, que reagiu éufo.ricamente quando soubeque ele havia marcado omelhor tempo da série,.: aur

mentando a possibilidadede vencer o CampeonatoMundial de Fórmula-1 porantecipação, já que RonniePeterson, segundo colocadona competição (51 pontos,12 menos do que Andretti),tem ordens para não ul-trapassá-lo nos GPs que íal-tam.

Andretti ainda tem a seufavor a possibilidade deigualar e de até ultrapassarò recorde de sete vitóriasobtido na temporada de1963 pelo escocês Jim Clark.Niki Lauda,: campeão doano passado e 8o. noa trei-nos de ontem, é o terceirona classificação geral (35pontos) e dificilmente ai-cançará Andretti, caso estefique entre os seis colo-càdos, nos dois GPs restan-tes nos Estados Unidos(Leste) e Canadá.'' A terceira colocação nostreinos de ontem do francêsJean Pierre Jabouille, comum Renault, foi vista comosurpresa mas o carro estavarendendo bem e ele se colo-cou na frente dos Ferraride Giles Villeneuve (4? colo-cado) e Carlos Reutemann(69) e dos Brabham de NikiLauda e do irlandês (JohnWatson (5?).

Os 28 pilotos voltam àpista, hoje para a segundasérie e somente os 24 pri-meiros largarão amanhã noGP da Itália, que serátransmitido para o Brasil apartir das 10h30m pela Re-de Globo de Televisão.

Ontemi.2.3.4.S.6.7.8.9.

10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.

Mario Andretti (EUA) lotuj >Ronnie Peterson (Suécia) lotutJean Pierre Jabouille (Franja) RenaultGilles Villeneuve (Canadá) FerrariJonn Watson (Irlanda) BrabhamCarlos Reutemann (Argentina) FerrariJody Scheckter (África do Sul) WolfNiki Lauda (Áustria) BrabhamAlan Jones (Austrália) WilliamsJames Hunt (Inglaterra) McLarenJacques Laffite' (França) LigierClay Regazzoni (Suiça) ShadowHans Stuck (Alemanha) ShadowRicardo Patrese (Itlália) ArrowsDerek Dali (Inglaterra) EnsignEmerson Fittipaldi (Brasil) CopersucarPatrick Tambay (França) McLarenBruno Giacomelli (Itália) McLarenPatrick Depailler (França) TyrrellVittorio Brambilla (Itália) SurteesNilson Piquei (Brasil) McLarenHector Rebaque (México) LotusDidier Pironi (França) TyrrellArturo Merzario (Itália) MerzarioMichael Bellekmolen (Holanda) ATSHarald Ertl (Áustria) ATSBrett Lunger (EUA) McLarenCario Frannchi (Itália) Surtees¦} OE

lm 37s 78lm 38s 25lm 38s 43lm 38s 51lm 38s 61lm 38s 95lm 39s 01lm 39s 09lm 39a 14lm 39s lilm 39s 19lm 39s 62lm 39s 70lm 39s 83lm 40s 07lm 40s 17lm 40s 29lm 40s 72lm 40s 77lm 40s 80lm 40s 84lm 41s 06lm 41s 22lm 41s 56lm 41s 67lm 43s 35lm 44s 28lm 46s 80

Chulan tenta liderar naFórmula-Volkswagen

Porto Alegre — O cariocaMaurício Chulan, da equipeBrahma, realizou ontem, napista de Tarumã, um treinode acerto de máquina, mos-trando que seu carro estábem preparado para a pro-va de amanhã, quando serádisputada a sétima etapado Campeonato Brasileirodie Fórmula VW.

Chulan, com 61 pontos,vai tentar a liderança dacategoria 1 mil 600 CC, quetem o paulista Alfredo Gua-raná Menezes na primeiracolocação, com 72 pontos.A pista molhada da tardede ontem, oferecendo risco,impediu que os pilotosexigissem muito de seuscarros, empregando um rit-mo menos veloz do que ocostumeiro. Durante asduas horas de trelnamen-tos, não houve acidentes napasta de Tarumã, em Via-mão, a 24 km de Porto'Ale-gre.

Além do bom treino deMaurício Chulan, o líder Al-

fredo Guaraná Menezestambém apresentou bomrendimento, o que faz pre-ver uma corrida bem dis-putada, amanhã. Na cate-goria 1 mil 300 CC, o líderErnest Qereny, de . SãoPaulo, (também mostrou umbom desempenho de seucarro e deverá consolidar-sena primeira colocação; desua categoria.

Hoje, a partir das 9h, ospilotos iniciam os treinosoficiais de tomadas de tem-po, para as duas categorias,que serão disputadas emduas baterias, cada uma,num total de 16 voltas paracada bateria. Na categoria1 mil 300 CC, estão Inscritos30 pilotos, enquanto que a

mil 600 CC deverá ter 20competidores.

A sétima etapa do Cam-peonato Brasileiro de Fór-mula VW será iniciada asII h. de amianhã, quandoserá, dada a largada paraa primeira bateria de 1 mil300 CC.

João SaldanhaFlamengo tem razão

f jr-j ERCEIRA rodada, e o CampeonatoÈ com pinta de que vai ser disputado

m bem no duro. Os grandes já mos-• -*- tratam o que têm. Falta, é claro,

saber-se o que renderão.O Vasco tem como meta anunciada o

tricampeonato. E' lógico que antes necessitaser bi. O anúncio desta meta.foi anterior àvenda de Dirceu e Zanata e antes tambémdo caso do Zé Mário ser considerado maissério do que parecia. O Vasco facilitou, ven-deu jogadores sem ter necessidade de di-nheiro e um Campeonato, que poderia real-,mente ser considerado barbada, endureceuvisivelmente. Entrou perdendo um ponto epassou mal contra o Madureira. Os jogos in-termediários já dificultam a arrumação deum time. Ainda mais, amistosos cansativos efora ãe propósito. Não se brinca em serviçono Campeonato Carioca.

O Fluminense entrou firme e a vindados pernambucanos (Nunes é sergipano) en- ¦cheu a bola. Mas o Edinho entornou o caldode uma boa arrancada. Por sorte, parece quesua suspensão será somente na fase em queos pontos são mais fáceis.

O Botafogo saiu bem com sua vitóriasobre um grande. Mas está com sérios pro-blemas. Paulo César parece coisa de ummês (meio Campeonato) e a defesa não estámuito sólida, apesar áe que a entrada ãeJaime tenha dado boa consistência. Um pou-quinho de sorte, quem sabe?

O Flamengo está estraçalhando. Com aqueda de produção visível áo Vasco, o gran-de favorito, a massa está vendo o Flamengo.Cada jogo é uma festa. E' justa a preocupa-ção da direção ãe ver o time contra umgrande o mais cedo possível. Mas a tabelaincrível está dando a pinta de que o clássicodo Flamengo somente acontecerá lá para ooutro domingo. Seria uma boa, contra o Vas-co. Daria um renãão e, a preços de Belo Ho-rizonte, recorde mundial ãe arrecadação. Agalera está impossível com o que o Adílio eZico estão fazendo e o aproveitamento nasfinalizações ãe Cláudio Adão. Mas com todaesta bola cheia, o Flamengo prefere o Vascoao América para o primeiro clássico. E temrazão.

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Cariocas que vão nadarno Maracanã competemà tarde na Gama Filho

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Korchnoi e Futebol de salão aindaconta com 4 faculdadesinvictas no JB/Shell

Os nadadores convocadospara o Torneio Internado-nal de inauguração do Par-que Aquático Júlio de La-maré, no Maracanã, no pró-ximo fim de semana, sáoos destaques do 159 Torneiode Juvenis A e Sêniores, ho-Je às 14h30m e amanhã às8h30m, na piscina da Uni-versidade Gama Filho, emPiedade.

Jorge Luís Fernandes,que disputou o 39 Campeo-.nato Mundial de Natação,em Berlim, há duas sema-nas, é o mais destacado dosnadadores inscritos no 159Torneio. Já Maria ElisaGuimarães, inscrita nos400m livres hoje à tarde,não competirá. Ela aindanão chegou da Europa, masiseu nome está entre os con-vocados para a Inauguraçãoda piscina Olímpica do Ma-racanã.

A PROGRAMAÇÃO

O 159 Torneio de JuvenisA e Sêniores servirá de trei-no para os atletas convoca-dos para a equipe brasileiraque competirá com os es-trangelros na Inauguraçãoda piscina do Maracanã.

Alguns dos convocados "so""chegarão na próxima sema-'"na. Rómulo Arantes Júnior,Djan Madruga e MarcosMattioli vêm dos Estado^Unidos, onde estudam étreinam. Maria Elisa Gui-''marães, que aproveitou os.dias de folga depois doMundial para visitar países ,europeus, também chega na "próxima semana. Mas Flá"-'via Nadalutti não virá para .o Torneio Internacional.Ela está na França, de onderetorna só no fim do mês.

A programação do 15 9Torneio consta de 22 provasem cada dia. Nas provas de ;hoje destacam-se os 200m .borboleta, com a partici-pação de José Getúlio Fon-seca Filho e Cyro Delgado, _do Tijuca, e de Ivan CeljarJúnior, do Fluminense; os .lOOm costas feminino, com iRita Neves, os 100 costaa .masculino, com Paul Jouan- ¦neau e Ivan Celjar Jún;or,do Fluminense, e ainda os >lOOm peito, com a disputaei.tre Vera Lúcia Cottin-e .Maria Clara Matta, do Flu- .•minense, e Agnes Nilsson,do Flamengo. Jorge Fer- •nandes nadará os 400m 11-vres mas süa especialidade •é a prova de lOOm livres »,

. WS**0> -3? _$

Karpov vãopara a 20.a

Baguio, Filipinas — Coma presença dé StephenDwyer e Victoria Sheppard,seus instrutores em medi-tação transcendental e aosquais está sendo creditadaa tranqüilidade com quepassou a se apresentar,Victor Korchnoi tenta ho-je, com a Realização da 20a

, partida, obter sua segundavitória no ntatch contraAnatoly Karpov, em dlspu-ta do titulo mundial dexadrez.

Korchnoi, que perde de 4a 1 (o vencedor será o queobtiver primeiro seis vitó-rias), está podendo . agorase concentrar mais, segun-do seus instrutores de ioga.Stephen e Victoria, acusa-dos de tentativa de assas-sinato a um Embaixadorda índia nas Filipinas eque gozam de liberdadecondicional, são Integrantesda seita Anand Marg, che-

. fiado por P. R. Sarkar, pos-to em liberdade recente-mente após cumprir penapor assassinato na índia.

— Agora Korchnoi senteque está jogando xadrez.Zoukhar (um parapsicólo-go da equipte de Karpov)não o incomoda mais —disse Dwyer.

As equipes da SUAM, So-mley, PUC e UFRJ, todasInvictas, são as mais cota-das para conquistar o titulodo Campeonato Carioca deFutebol de Salão dos Jogos.Universitários JORNAL DOBRASIL/Shell. A da NunoLisboa, considerada pormuitos a revelação deste*ano, também tem boaschances de chegar às finais,apesar de participar pelaprimeira vez do Campeona-to e de jà ter uma derrota.

A Universidade Gama Fi-lho, campeã do ano passa-do, era uma das favoritaspara liderar a chave X, aunais difícil, mas ao perdersua invencibilidade para aUERJ, por 1 a 0, em jogomuito disputado, ficou sempossibilidade de ser cabeça-de-chave. A equipe em me-lhores condições de ser aprimeira da chave é a daPUC, com três empates euma vitória.

EQUILÍBRIO

Na chave G, a mais equi-librada, a SUAM e a UFRJsão as melhores colocadas,sendo que a SUAM tem três

•vitórias e um empate (ven-ceu a Simonsem por 3 ad, a FAG por 4 a 1, a ó-'hhe Souza por 9 a 1 e empatoucom a Estácio de Sá por2 a 2) e a UFRJ dois empa-tes e duas vitórias — derro-tou a Souza Marques por4 a 2, a Santa úrsula por1 a 0 e empatou com a Nu-no Lisboa por 7 a 7 e coma Fahup por 1 a 1.

A Somley é a única dachave H que está invicta,com quatro vitórias (venceua Escola Naval por 3 a 0,a Cândido Mendes por 3 a0, a Rural por 6 a 2 e aPlindo Leite por 3 a 2). Asequipes das chaves X, H e Gdisputam do primeiro ao129 lugar, e as das chaves1, J _ K do 139 ao 249.

A próxima rodada doCampeonato será no dia 16,com jogos na quadra daSanta Ürsula, a partir das13h (Bennet x Escola Naval,Sílvio Souza x Celso Lisboa,FAG x Castelo Branco eUCP x Souza Marques) ena quadra da Somley, apartir das 14h (Simonsen xPlínio Leite, UERJ x PUC,SUAM x Nuno Lisboa e Es-tácio de Sáx UFRJ).

pólti

Hotéis lotados causammudança de datas dotorneio de water-

A Confederação Brasi-leira de Natação transferiupara o próximo fim de se-mana o Início do TorneioInterclubes de Water-pólo,que seria ontem, na piscinado Fluminense( porque nãoconseguiu vaga nos hotéispara alojar os três times derião Paulo que viriam com-petir.

O Torneio Interclubesreúne os times paulistasdo Pinheiros, Paulistano eHarmonia, e os cariocasBotafogo, Fluminense, Tiju-•ca, Guanabara e Gama Fi-lho. No fim da competiçãoa CNB convocará a SeleçãoBrasileira para os JogosPan-Americanos de PortoRico, no próximo ano.NOVO TÉCNICO

A CBN Indicou um novotécnico para dirigir a Se-leção que se formará ao fi-nal do Torneio Interclubes,o paulista Paulo Carotini,ex-jogador do Pinheiros.Carotini integrou a SeleçãoBrasileira dos Josos Olímpi-cos de 1964, em Tóquio, e

íoi considerado um dos m'ê-lhores jogadores de water-pólo brasileiro até parar decompetir. ' •

Carotini acompanhará tó-dos os jogos do Torneio fri-terclubes e seu objetivo élevar a equipe brasileira'aclassificar-se entre as trêsprimeiras nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico.

A Idéia de formar umaequipe com jogadores expe-rlentes é também defendidapor Márvio Kelly dos San-tos, diretor de water-póloda CBN e ex-jogador da Se-leção Olímpica.

Tínhamos uma concepçãoerrada do que era melhorpara.nossa Seleção — afir-mou Márvio — porque con-slderava-se veterano umjogador de 25 anos. O timeda Itália, campeão do mun-do, tem a média de idadede 26/27 anos, enquanto nósestávamos com uma equipemuito jovem. Mas no Water-pólo, como no futebol, sóum excepcional jogador, co-mo Pele, pode entrar na Se-lecão com 18 anos.

JORNAt DO BRASIL g Sábado, 9/9/78 D 1* Caderno ESPORTE - 23

Sete paísesdisputammotocross

Wm» — o brasileiro Pe-dro Raymundo, Morongul-nho, defenderá amanhã edomingo, no circuito deManchay, a 25 quilômetrosa leste de Lima, durante aterceira etapa do Campeo-nato Latlno-Amerlcano deMotocross, sua supremaciana categoria 125 cc. Seusprincipais adversários são ovenezuelano Alfredo Herre-ta, os chilenos Felipe Hortae Manuel Larraln, os equa-torianos Bolívar Mendoza,Rafael Ferreti, MarceloMena e Ramon Perez, alémde dez peruanos.

O Campeonato Latino-Americano d e Motocrosscontará com 31 motociclis-tas de sete paises. Argen-tina, Chile, Equador, Peru,Uruguai e Venezuela, alémdo Brasil, que tem aindacomo representante Nica-nor Bernardi. A quarta •última rodada da competi-«ão será disputada em ou-tubro, no Uruguai. As duasprimeiras íoram realizadasna Argentina e Colômbia.*

Vôlei de 78no Rio teráoito equipes

O Campeonato Municipalde Vôlei Feminino Adultode 78, que começa na terça-feira, dia 12, contará coma participação de oito equi-pes: Tijuca, Canto do Rio,Monte Sinai, Fluminense,Flamengo, Grajaú, AABB eCIB. Todos os jogos do pri-meiro turno — que terásete rodadas — começarãoàs 20 horas.

Para a primeira etapa,terça-feira, estão progra-mados quatro jogos. Tijucaenfrenta, em seu próprioginásio, o Canto do Rio:Monte Sinai joga com.oFluminense, na Tijuca; Fia-mengo enfrenta o Grajaú,na Gávea; e a equipe daAABB joga com a do CIB,na Lagoa. O campeonatocontinuará todas as terçase quintas.

Na segunda rodada, oTijuca, jogando novamenteem seu ginásio, enfrenta oMonte Sinai. A equipe doGrajaú jogará contra a doCanto do Rio; o Fluminen-se, nas Laranjeiras, enfren-ta a AABB, e o Flamengo,na Gávea, jogará com oCIB.

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SÚMULA

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4 1? proua do Sul-Americano de Saltos teve uma atuação perfeita do conjunto Quinones-Cry Cry

Ostergren, campeão domundo, lidera com seuSnipe o Sul-Brasileiro

Carlos Quinúnes vencea Ia prova hípica doSul-Americano de Saltos

O gaúcho Boris Oster-gren, atual campeão mun-dial d<e Snipe, assumiu a 11-derança d o CampeonatoSul-Brasileiro ao obter umterceiro e um primeiro lu-gares nas duas regatas dis-putadas ontem à tarde naBaia de Guanabara. IvanPimentel, do Clube dos Cai-caras e campeão brasileiro,chegou em segundo emuma das etapas e quebrouo leme na outna. mas aindaassim, descartando seu piorresultado, ocupa a quartacolocação geral, atrás dePeidiro Paulo Petersen. seucompanheiro de clube e Jó-sé Augusto Barcelos.

A primeira regata foicorrida com ventos força 3,direção norte e na segunda,disputada logo em seguida,o vento aumentou bastantepassando, à direção nordes-te, com força 5. Além disso,o mar ficou multo virado.com grandes ondas quaseao final da última regata.A competição prossegue Ho-je à tarde com mais duasregatas, a partir das 13 Ho-ras, em frente & Escola Na-vai.

PONTA A PONTA

Na primeira regata, comlargada normal die 41 bar-cos, a dupla campeã cariocaJosé Augusto Barcelos/JoséPaulo Barcelos, represen-bando o Iate Clube do Rio

ãb Janeiro, assumiu a lide-rança logo apus a saída,vencendo de ponta a ponta,com pequena vantagem pa-ra Ivan Pimentel/Alex Weil.Em terceiro chegou BorisO s Cergren/Ernesto Neuge-bauer.

Bdgiard Hasseiman e Fia-vio Pimentel, correndo porBrasilia, obtiveram a quar-t a colocação, cliassifican-do-se a seguir Eduardo Sou-za Ramos (SP) com o proei-ro Luis Felipe Oampos. Adupla Ricardo Lebreiro/Geraldo Sasse, do Iate Clu-be Brasileiro, encerrou opercurso do tipo triangularolímpico em sexto lugar.Nils Ostargren/Elbe Farias,do Iate Clube do Rio de Ja-neiro, ficaram em sétimp,lugar, classificando-se a se-guir Pedro Paulo Petersen/Eduardo Martins, MárioSimões/Carlos Gordilho eCarlos Dohnert/RicardoStabUle.

Após breve descanso, ostimoneiros deram nova lar-gada, e o vento fortíssimoexigia muito preparo físicodas tripulações. A primeirasaida foi anulada e emseguida os barcos largaramnormalmente com Bóris Os-tergren fazendo valer suacategoria: cruzou a linhacom grande diferença paraos irmãos Barcelos e PedroPaulo Petersen.

São Paulo — MontandoCry-Cry, o argentino CarlosQuinones venceu ontem àtarde a primeira prova ofi-ciai do Campeonato Sul-A-mericano de Saltos, que serealiza no Clube HípicoSanto Amaro, dentro do 7?Torneio Saíra de Hipismo.O segundo lugar foi do bra-sileíro José Roberto Reyno-so Fernandes, com TamboNuevo (0 em87s6).

Pela manhã, a provaMontevidéu — obstáculos al,30m x l,60m, tabela C —teve brasileiros em suascinco primeiras colocações efoi vencida por Renildo Fer.reira, com Lanceiro (60si.

BRASIL LIDERA

Na classificação .por equi-pes no Sul-Americano deSaltos — que reúne repre-sentantes do Brasil, Uru-guai, Argentina, Chile e Bo-livia — o Brasil lidera com136,1 pontos, seguido doChile, com 139,15 e da Ar-gentina, com 146,2. A Boli-via não participa da conta-gem por equipes porque só

. trouxe um representante,José Maria Gamarra.

Na primeira prova do dia,de adestramento — RepriseIntermediária ,— a brasi-leira Diana Osward, mon-tando Rio de Janeiro, obte-ve 1.365 pontos e venceu acompetição. Os demais colo. {cados foram:- Gerson Bor-ges (Brasil), com Uirapurá— 1.363, Renata D. Hasp

(Argentina), com Atila —1.289, Adhemar Marques(Brasil), com Carinhoso —1.288 e Mana Diniz (Brasil),com Marko —1.285.

A prova Paulo Machadode Carvalho apresentou es-ta classificação; 1. CarlosQuinones (Argentina), comCry-Cry — O em 84s9; 2.José Roberto Reynoso Fer-nandes (Brasil), com Tam-bo Nuevo, u em 87s6; 3. Re-né Varas (Chile), com La-nin, 89s7; 4. Ricardo Gon-çalves Filho, (Brasil) comFiskus, U em90s; 5. José Ma-ria Gamarra (Bolívia), comBagual.

Na prova Montevidéu, se-rie preliminar, atrás dovencedor Renildo Ferreirachegaram Luis Canos Sll-veira, com Milco i 61 s 2).Marcelo Artiaga de Castro,com Tangarã (62sl), VitorAlves Teixeira, com Atlas(62s8) e Roberto Luis Jop-pert, com Athleta (63s>.

Para hoje estão previstasuma prova de adestramen-to, para as 10 horas, Repri-se Intermediária II — váll-da pêlo Campeonato Sul-A-mericano de Adestramento

a prova Santiago do Chi-le (série preliminar) — per-curso à americana, comobstáculos a l,30m x i,60m

e, às 16 horas, a 2a. pro-va do Sul-Americano deSaltos, denominada BancoSafra. O.Torneio encerra-seamanhã, côm quatro pro-vas.

Fracassada a tentativade se transferir para o In-ternacional, o goleiro Leãoquer agora jogar no futebolcarioca. Ele disse ontem quemandou um emissário aoRio para iniciar entendi-mentos com um grande clu-be, mas se negou a confir-mar se se trata do Vasco,que mostrou interesse dec o ntratá-lo recentemente.No inicio ãa semana, o pre-sidente do Inter, MarceloFeijó, esteve em São Paulopara contratar Leão, masdesistiu, porque o Palmeirasexigiu Cr$ 2 milhões 500 mil,os passes de Benitez e LuisFernando e a quitação dadivida do passe de Escuri-nho, no valor de Cr$2 mi-lhões 200 mil.

Acompanhado do diretor. Orlanio Monteiro Alves e

do preparador físico Juli-nho, o presidente do Corin-tians, Vicente Mateus, via-jou ontem para Montevidéucom ó objetivo de contrataro apoiador Taborda, do Na-cional. Se não tiver êxitonas negociações, Mateus iráa Buenos Aires tentar acontratação die Larrosa, do

¦ Independiente. O presiden-te do Coríntians conversoucom dirigentes do Nacionalhá uma semana e pediu areaução do preço do passedie Taborda, fixado em 250mil dólares — Cr$ 5 milhões— e ontem decidiu viajarpara Montevidéu, dizendo-se disposto a fazer o possi-vel para trazer o jogador,recomendado pelo técnicoJosé Teixeira.

Além da fratura da tibiae do perônio direitos sofridapelo zagueiro uruguaio Sa-lomon, a violência do últi-mo Gre-Nal, na quinta-fei-ra, provocou mais dois ca-sos de contusão no Interna-cional: o centroavante Rei-naldo, ex-Santos, fraturou opé esquerdo, conforme asradiografias acusaram on-tem, e o "zagueiro PauloMarcos distendeu o músculointerno da coxa direita. Sa-lomon deve ficar em recu-peração até o fim do anoe, em conseqüência de suaidade — 29 anos — suspeí-ta-se que ele não volte ajogar futebol. Segundo omédico do Inter, ReinaldoSlonka, só daqui a três se-manas se poderá avaliar ascondições do zagueiro.

Com 10 jogadores con-tundidos, o Atlético aindanão sabe qual time vai esca-lar para enfrtentar a Cal-dense no programa duplode amanhã no Mlneirão cque reunirá América e Ube-raba. Além de ReinaWo, emrecuperação da op e r aç ã odos mteniscos, estão contun-didos Ângelo, Modesto, Van-tulr, João Leite, Hilton Bru-nis, Marcelo, Serginho,Marcinho e Jorge Campos.

Futebol espanhol perde seusímbolo com Ricardo Zamora

Gênova, Itália, 25 de maio de1934. Os brasileiros treinam nocampo do Nafta para enfrentaremos espanhóis pelas oitavas de finalda II Copa do Mundo. Num dosgols, Waldemar de Brito exercita-sena cobrança de pênaltis. O goleiro,Roberto Gomes Pedrosa, esforça-seinutilmente: todos os chute entram' fortes e certeiros tio canto direito.Na arquibancada atrás do gol, mis-turado entre anônimos curiosos, es-tá um espanhol sério e discreto,óculos escuros, golas do capotão delã levantadas até as orelhas, semser reconhecido por inguém. Olhosfixos na marca do pênalti, o espa-nhol observa atentamente os chu-tes de Waldemar.

Gênova, Itália, 27 de maio de1934. Os brasileiros perdem para osespanhóis porá 3 a 1, quando ovigoroso zagueiro Quincoces derru-ba Waldemar de Brito dentro daárea. O juiz alemão Birlem nemvacila: pênalti contra os espanhóis.O próprio Waldemar prepara-sépa-• ra bater, sem desconfiar que debai-xo dos paus está aquele mesmo su-jeito sério e discreto que dois diasantes, de óculos escuros e golas le-vantadas, o observara no campo daNafta. Waldemar de Brito bate opênalti com o chute forte e certeirode sempre. Mas o espanhol, ágil,astuto, elegante, voa no canto di-reito e defende. Os brasileiros e&tãoeliminados.

Agilidade, astúcla e elegânciaforam apenas algumas das virtuaeaque fizeram de Ricardo Zamora omaior goleiro do mundo nos anos30 — e um dos maiores jogadoresde toda a história do futebol espa-nhol. Craque, idolo, herói, homeme lenda, seu nome íoi cultuado porquase três gerações. Sua morte, aus77 anos, anteontem, em Barcelona,representa o fim de uma "épocade ouro" da qual ele foi o símbolo.

Zamora nasceu em 21 de janei-ro de 1901, em Barcelona. Filho demédico, o pai queria que seguissea mesma profissão. Quem sabe po-

deria ser um dia, como ele, o tltu-lar da Plaza de Toros da cidade.No colégio de padres em que estu-dou até os 15 anos, dirigido paraas ciências médicas, o garoto erarealmente uma sensação, mas de-íendendo no gol da equipe de estu-dantes.

Do time escolar passou ao aoClub Universitário, quando entrou'na faculdade de Condal. E aos 15anos começava sua carreira defini-tivamente voltada para a grandepaixão: o futebol. Jogou no Espa-nol, foi para o Barcelona, que ocedeu à primeira seleção olímpicaespanhola — medalha de prataapós quatro vitórias nos Jogos de1920 — e retornou em 1922 ao Espa-nol. Só saiu de lá por acaso.

Com Zamora no gol é lmpos-sivel perder/E nenhuma equipe po-de comprá-lo — disse o presidentedo clube após uma vitória sobreo Real Madri, em 1930.

Diga um preço — desafiou

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No México, aos 70 anos

Pablo Hernandez Coronado, o pre-sidente do Real Madri que ao ladose lamentava pela derrota.

Que tal 150 mil pesetas? —brincou o colega catalão: a quantiana época daria para comprar cincotimes completos. Mas a palavra es-tava empenhada e no vestiáriocheio soou a resposta:

De acordo — e Zamora per-tência ao Real Madri.

No novo clube, formou uma dasmais fortes defesas européias entre1930 e 36, com Qulnconces e Cirla-co, zagueiros da Seleção. Pelas equi-pes nacionais — olímpica e profis-sional — Zamora jogou 46 parti-das, de 1920 a 1936, só perdendosete vezes. Embora nunca quisesserecordar o primeiro gol sofrido ("oatacante devia estar em impedi-mento", respondia), jamais esque-ceu os 7 a 1 aplicados pela Ingla*terra, em 1931, no Estádio de Wem-bley:

— Quis que a terra me tragas-se, tanta era a minha vergonha— afirmou — mas foi uma grandeexperiência para meu futuro.

No Real Madri a carreira dejogador foi encerrada. Após jogartambém as Olimpíadas de 1924, 28e 32, chegou finalmente a partidada despedida, em 1936, quando es-táva com 35 anos. Fez de tudo,lembrou aos torcedores as defesasmilagrosas e defendeu um canona-zo imparable do atacante Escola,do Barcelona, chutado a quatrometros de distancia. Escola íoi sedespedir pessoalmente do El Magoou El Divino, — como o chamavamcom lágrimas nos olhos.

El Divino tornou-se então téc-nico do Atlético de Madri, do Celtade Vigo, do Espanhol e da Seleção

Venezuelana. Escreveu ainda paraos jornais Ya, de Madri, e La Van-guardiã, de Barcelona. Na ediçãode ontem, o madrilenho Ei Paisresumiu tudo numa frase: 'Morreuo maior goleiro da história do fute-boi".

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Em Florença, um goleiro que se fes lenda

Campo NeutroJosé Inácio Werneck

_- -mM leitor, confuso ante à noticiárioÊ I dos jornais, escreve-me para saberml se o local onãe vem-se disputando

o U.S. Open é Flushing Meadow ouFlushing Meaáows, no plural. E eu respon-do que, se é o lugar que eu conheço, emboraapenas de passagem; é Flushing Meadowsmesmo, com s, e fióa em Long Island, nãomuito longe do aeroporto internacional deKennedy.

O lugar é uma beleza, embora o nomenão seja dos mais elegantes, pois FlushingMeadows significa Pradarias Viçosas. E nãodeixa de ser curioso que justamente nesselugar optou-se por um tipo de piso artifi-ciai — cimento revestido de borracha — quevem causando os maiores protestos entre osjogadores.

Se bem que acabe ganhando quem me-rece, como é o caso de Borg. Dele áizia-seque só sabia jogar em quadra de argila. Borgfoi e ganhou Wimbledon, não uma mas trêsvezes seguidas. Agora, no cimento com bor-racha de Flushing Meadows, lá está ele cias-sificaáo para uma áas semifinais, contra Vi-tas Gerulaitis.

A partiáa deve ser sensacional, a acre-ditarmos no próprio Borg, que há semanasdizia encontrar-se em tal forma que, no mo-mento, nem Connors nem Vilas poáem en-frentá-lo em conáições áe igualáaâe.

— No momento só há um jogaáor nomundo que pode derrotar-me — disse Borg.E ele é Vitas Gerulaitis.

Equem

é esse Vitas Gerulaitis de nomeassim tão estranho? Pode-se dizer queno Brasil é um desconhecido, pois nãome lembro de nenhum jogo seu para

cá transmitido pela televisão. Pilho de imi-grantes da Lituânia, boa-pinta e meio sobreo nouveau riche — em sua casa tem umapiscina em forma de raquete — Vitas oscilano momento entre o terceiro e o quarto lu-gares do ranking mundial e só não passoua ocupar melhor posição porque seu estilode vida é mais chegado a uma noite de dis-coteca do que a uma manhã de treinamen-to. Há algum tempo acompanhava com ire-quência a modelo Chçryl Tiegs ao Studio 54e, segundo alguns, é capaz mesmo de terquebrado o recorde mundial estabelecido poraquele produtor brasileiro de televisão, quealega já ter levado mais de 900 damas aoleito.

Fiquemos contudo com as atividades deVitas no âaytime. £ uma pena que ele en-frente Borg na semifinal, pois isto significaque não veremos um ou outro na final deamanhã, a ser mostrada na televisão.

E espero que a televisão desta vez mos-tre o jogo completo e não apenas o primeiroset, como no ano passado. Conheço muitorubro-negro disposto a abrir mão da alegriade assistir ao ressuscitado rolo compressorno Maracanã, frente ao temível Madureira,pelo prazer de ver a final em Flushing Mea-dows.

Eles só querem saber se a programaçãovirá na íntegra, pois no ano passado, de re-pente tiveram que se contentar com um jo-go de futebol no interior de São Paulo. Mascom nossa televisão nunca se sabe. Lembro-me que, certa vez, transmitiram ao vivo afinal carioca da Ia. Copa Itaú de Tênis, noCountry Club. Era entre Thomas Koch e,se não me engano, Fernando Gentil.

Tudo ia muito bem quando, lá pelo meiodo segundo set, locutores, cameras e técni-cos, todos levantaram acampamento e fo-ram saindo de fininho. Ante ò espanto doscircunstantes e envergonhado de confessarque o equipamento não servia para mostraro jogo com iluminação artificial, o produtorabotoou o colarinho e murmurou, à guisade explicação:

— É- o sereno. Minha patroa me dissepara não ficar na rua depois das seis, por-que há muita gripe por aí.

DE PRIMEIRA: Edinho foi culpado,mas querer jogar agora toda a responsabülidade em cima dele, como se está preten-àendo no Fluminense, parece-me um exa-gero. Afinal, Edinho não é culpado de se es-calar Marinho no meio-de-campo, nem é cul-pado de se manter Fumanchu no time atéo fim do jogo, mesmo sem fôlego, enquantoRobertinho sentava-se na reserva. /// Taran-tini deve estrear hoje no Cosmos, jogandocontra o Boca Juniors. Foi por 450 mil dóla-res, o que é baratíssimo, a preços interna-cionais, por um jogaáor campeão do mundo.Tarantini é o terceiro jogador da SeleçãoArgentina venáiáo em pouco tempo. Por 450mil áólares, na Europa, os americanos nãoconseguem comprar nem jogaáor áa Ter-ceira Divisão. /// Recebi e agraáeço o con-vite áo Barra Tênis Clube.

Flamengo exige fiscalização maior das rendasCBD tentaidentificarpichador

O assunto dominante naCBD, nestes . últimos dias,íoi o surgimento de frasesdo ripo "Fora Atailranlte" e"Fora Mozart", escritas atinta em portas de várias

•dependências da sede, prin-cipalmente nos banheiros.A primeira providência seráa intensificação da vlgilan-cia, na esperança de apa-nhar o autor (ou autores)das frases em plena aitivl-dade.

Embora sejam citados opresidente da OBD, Alml-.rante Heleno Nunes, e umde seus assessores, Mozartdi Giorglo, os dirigentes daentidade estão propensos aacreditar que as frasessejam a forma de protestoencontrada por um ou maisfuncionários da casa, in-satisfeitos com a nova poli-tica de trabalho adotadapelo diretor administrativo,Válter Vilela, que iniciou aImplantação na CBD de umregime de funcionamentointerno semelhante ao daPetrobrás e de outras gran-des empresas, para descon-tentamento dos empregadosda entidade. Estes se con-sideram mal pagos para as-sumir os inúmeros encargoscriados por Válter Vilela.

Niteróiluta porseu estádio

Informado de que, por 11-citação pública, o EstádioCaio Martins, de' Niterói,poderia ser cedido a Fia-mengo ou Fluminense —que nele realizariam seusjogos pelo Campeonato Ca-rioca — o presidente emexercido da Federação Flu-minense, Eduardo AugustoViana, enviou oficio ao CNDpedindo providências queImpeçam "uma nova crisede proporções incalculáveis,no futebol do Estado do Riode Janeiro".

1

Ao mesmo tempo, o presi-tíente Interino da FFF ofi-ciou também ao superinten-dente da Suderj, Coman-dante Antônio Jovino Pa-van, pedindo permissão pa-ra a utilização do Caio Mar-tins pelas equipes de Nite-rói, no Campeonato Flumi-nense, que terá Inicio nopróximo dia 24 e que é, pordecisão da CBD, fase classl-flcatória para o I Campeo-nato Estadual de Futeboldo Rio de Janeiro, que serealizará, como primeiro re-sultado prático da fusão nofutebol estadual, nos pri-meiros meses de 79.

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Mais uma preleção de Cláudio Coutinho na Gávea. O Madureira é o próximo adversário e todo time está otimista

Contundidos não serecuperam e Vasco vaimanter a escalação

De todos os jogadores quecontinuam em tratamentono Departamento Médicodo Vasco não há previsãode ser aproveitado ao me-nos um titular ou primeiroreserva. Integram a relaçãoZé Mário, Abel, Geraldo —titulares — Ramon e Fer-nando, todos antecipada-mente excluídos dos planos'para o jogo de amanhã coma Portuguesa, embora osmédicos admitiam uma pos-sibilidade remota de liberarAbel após os testes a queo zagueiro deverá ser sub-metido hoje de manhã.

Zé Mário, caso que maispreocupa — chegou a circu-lar a versão de que estariacom os meniscos compro-metidos e seria obrigado auma cirurgia —, -deverá vol-tar aos treinos com bola nocomeço da próxima sema-na, quando então os medi-cos do clube terão condiçõesde fazer o diagnóstico con-clusivo sobre a contusão dojogador.

Memórias dePele causamreclamação

Londres — O ex-juiz defutebol Jim Finney vaiexigir que Pele peça descul-pas publicamente dasacusações que lhe faz emsua autobiografia. Pele con-ta no livro que Finney, res-ponsável pelo jogo Brasil xBulgária, na Copa' de 66,permitiu que os Jogadoresbúlgaros o 'perseguissem emcampo com jogadas de ex-trema violência e sem mun-ca serem sequer advertidos.

Jim Finney, hoje ad-ministrador de um clube daLiga Inglesa, o HerefordUnited, lembra que no diaem que Brasil e Bulgária seenfrentaram no GoodisonPark de Liverpool, pelaCopa de 66, ele estava a 240quilômetros d e distancia,em Middlesbrough, onde àmesma hora foi bandeiri-nha da partida União Sovl-ética x Coréia do Norte.

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Ruço jápode jogarno América

O apoiador Ruço, ex-Co-rintians, teve sua situaçãoregularizada ontem na Fe-deração Carioca de Futebole deve estrear no time do

; América no jogo contra oBangu, amanhã, em VilaIsabel. Embora ,o técnico.Jaime Valente tenha deixa-do a definição da equipepara hoje, Ruço tem muitaspossibilidades de ser apro-veitado, sobretudo porque jGérson Sodré, com umacontusão nos ligamentos aojoelho, e César, com- trau-matismo facial, dificilmentese recuperarão a tempo. j

Os titulares foram libera-dos depois da partida dequinta-feira contra o Olaria— 0 a 0 — e se apresentamhoje para o treino recreati-vo, seguindo para a concen-tração do Km 18 da Rio—Petrópolis. Os que não jogarram se exercitaram na salade musculação, ontem, como preparador-fisico LuisHenrique.

O único que enfrentou oOlaria e compareceu ontemao clube foi Bráulio. Atéagora ele não aceitou setransferir para o Américade São José do Rio Preto,em troca do atacante PauloCésar, e só admite Ir paraSão Paulo se receber umaproposta capaz de melhorarmuito seus rendimentosatuais. Ele explicou:

— Tenho minha vida or-ganizada no Rio e não pre-tendo sair daqui assim derepente, a não ser se formuito bem recompensado.Além disso, acho que aindaserei útil ao América, lutan-do para recuperar a con-dição de titular.

Após conversar com opresidente Agatirno Gomes

que continua no Méxicopelo telefone Internado-

nal, o vice-presidente de f a-tebol, Luís Henrique, infor-mou que Roberto não foie nem será cedido a umclube do México, porque opresidente disse "não seroportuno vendter. agora, umjogador que é artilheiro eídolo da torcida. Agatirnoaproveitou o contato telefô-nico para pedir a Luis Hen-rique què aguarde sua vol-ta, no fim da próxima se-mana, antes de acertar como Londrina a compra dopasse de Carlos AlbertoGarcia.

Em melo a esses dementl-dos— à saída de Robertoe à entrada de Garcia —,o treinador Fantoni festeja-va, sorridente, a noticia deque Jésum dos poucos refor-ços que pediu ao clube, podevir a qualquer momento doBahia para São Januário.

io naomexe naescalação

Apesar dos testes de Renêe Luisinho, marcados parao treino recreativo da ma-nhã de hoje, em MarechalHermes, o técnico Zagalonão tem a menor intençãode mexer no time do Bota-fogo para o jogo de ama-nhã, contra o Olaria, noMaracanã, na preliminar deFlamengo x Madureira. SeRenê e Luisinho passaremno teste, no máximo vãoficar no bancb de reservas.

- Zagalo pretende man-dar a campo o mesmo timeque venceu o Fluminensepor 3 a 2, quinta-feira. Aescalação é Zé Carlos, Peri-valdo, Osmar, Jaime e Ro-drigues Neto; Wecsley,Mendonça e Manfrini; Cré-milson, Gil e Dé. Como sem-pre faz nas vésperas dos-jogos, Zagalo dirige hoje demanhã um treino de recre-ação em que os mais exigi-dos são os jogadores demeio-campo e ataque noschutes em gol. A concentra-ção começa à noite, na casade Jacarepaguá.

O não aproveitamento deRenê e Luisinho de imedia-to se deve ao.fato de os doisjogadores ficarem longotempo afastados da equipee Zagalo receia que eles nãose saiam bém, ainda maisque Jaime e Wecsley atua-ram satisfatoriamente, con-tra o Fluminense. Por outrolado, os dois jogadores que-rem voltar ao time o maisrápido possivel e, se nãosentirem nada no treino dehoje, farão um apelo aocontra o Olaria, pelo menostreinador para que atuem

. meio tempo.

Incidente do estádio dioAndarai já foi esclarecido

O incidente da evasão de rendano jogo entre o São Cristóvão e aPortuguesa, quinta-feira, no campodo América, no Andarai, íoi justifi-cado pelo vice-presidente de finançasda Federação Carioca de Futebol,Alemiidre Antônio da Silva, como umerro involuntário do funcionário daFederação, Justino Maria Soares, gueremeteu para as bilheterias os blocosde ingressos para militares e arqul-bancada da mesma cor branca.

No entanto, disse que houve fa-lha administrativa também de outrofuncionário, Paulo Roberto Pinheiro,encarregado da venda dos ingressos,pois ,oo constatar o erro, preferiu de-volver a importância de Crf S85 à Fe-deração, em vez de computá-la comovenda de arquibancada rio borderô,providência vara a qual teria autori-zação desde que se comunicasse comseus superiores. Segundo a explicaçãode Alexandre Antônio da Silva, nãohouve má fé dos bilheteiros nem doresponsável pela venda áos ingressos,mas apenas falta de experiência.

O funcionário Justino Maria Soa-res admitiu o erro na seleção dos in-gressos, pois deveria ter remetido osde cor azul para militares e brancapara arquibancada, em reunião como presidente da Federação, OtávioPinto Guimarães, ontem, no Departa-mento de Finanças. O presidente exi-giu que o incidente fosse explicadonos mínimos detalhes, inclusive paraa imprensa.

O erro foi descoberto quando vâ-rias pessoas entraram no estádio doAndarai com ingressos de militares(Cr$ 15), pelos quais pagaram o pre-ço de arquibancada (Cr$ 30). A ati-tude assumida pelo funcionário Pau-lo Roberto Pinheiro depois de desço-berto o erro, tentando escondê-lo eimpedindo a apuração do fato, deu atodos a impressão de fraude, inclusi-ve aos dirigentes da Portuguesa, quefizeram sérias acusações sobre evasãode renda, dizendo não sér a primeiravez que isto acontece, tanto que desig-iiarám vários funcionários e dirigen-tes âo clube como fiscais nos jogos fo-ra do Maracanã.

Os dirigentes do Flamen-go levantaram ontem a sus-peita de desvio de rendanos jogos do CampeonatoCarioca e, por sugestão dovice-presidente Je relaçõesexternas, Dunshee deAbranches, vão pedir à Fe-deração Carioca que abrauma sindicância em tornoda venda e fiscalização dosIngressos não só nos está-dios pequenos, mas tambémno Maracanã.

— Fiquei impressionadonestas duas últimas parti-das no Maracanã. Achoque o público do jogoentre Flamengo e CampoGrande não correspondeu àrenda, inferior a Cr$ 500mil, e no Fluminense x Bo-tafogo a coisa foi pior: oMaracanã estava cheio,com as arquibancadas qua-se lotadas, e tivemos poucomais de 75 mil pagantes.— disse Dunshee de Abran-ches.

DETETIVES EM CAMPO

O vice-presidente de fute-boi Walter Clark tambémtomou; conhecimento dessasreclamações e chegou até alembrar que, no tempo dofestival da canção no Mara-canãzinho, houve desvio derenda e manipulação de in-gressos. O Flamengo v a iexigir da Federação a con-tratação de detetives paraque todo o processo de arre-cadação seja controlado. Oclube está tão Interessadono assunto que já tinha atéseparado três ingressos con-siderados, em princípio, fal-sos, referentes à partidacontra o Campo Grande. Noentanto, chegou-se à con-clusão, depois, de que os bi-lhetes foram realmente ad-quiridos na bilheteria do es-tádlo e tudo não passou deum mal-entendido.

O Flamengo, que preten-dia jogar um clássico omais cedo possivel, aprovei-tando a data de domingo,dia 17 já não considera queele seja realmente necessá-rio. Segunda feira, na Fede-ração, o representante doclube vai sugerir que Vascoe América joguem o próxi-mo clássico e que o Flamen-go continue enfrentando os

pequenos. Em termos <Jt)renda uma partida com oBotafogo, no dia 17, seriaindicada, especialmente seas duas equipes venceremamanhã, mas há o receio

. de uma nova vitória do Bo-tafogo, o que o colocaria emposição multo destacada noturno e capaz de prejudicaras rendas dos clássicos sub-sequentes:

Ando espalhando quequero jogar com o Botafogologo, mas só para agitar —disse Dunshee de Abran-ches — pois o que pretendomesmo é pegar o Bangu emMoça Bonita, dia 17, e de-pois preparar a equipe parajogar os clásólcos, enfren-tando de preferência oAmérica.

CAUTELA NA PRELEÇÃO

Ontem, na Gávea, os Jo-gadores se reapresentarampara os treinamentos e otécnico Cláudio Coutinhovoltou a falar sobre a boafase da equipe, chamandoa atenção de todos para ssuperioridade do Madureiraem relação aos dois peque-nos já goleados.Goleada é acidente dejogo — disse Coutinho —e não podemos contar comisso sempre. Acho que tere-mos uma partida difícilcontra o Madureira, quepassou multo tempo invicto .e vem jogando bem. Elesusam uma tática de impedi-mento que o Olaria utilizouno ano passado pelo mesmotreinador, mas acredito queo Flamengo vá manter suaposição.

Coutinho não vai fazeralterações em relação ao ti-me que derrotou o CampoGrande e mudou apenas obanco de reservas porqueJorge Luís se contundiu noamistoso de uma equipemista em Teresópolis e serásubstituído por Lino. On-tem, Carpeggiani continuouo tratamento, e CláudioAdão ficou fora do treinotécnico para se recuperarfisicamente. Os dirigentespagaram a gratificação deCr$ 2 500,00 pela goleada dequarta-feira. Zico deve rece-ber todas as suas luvas atéo fim do mês.

Cláudio Adão se senteperto da recuperação

Vl

Edinho falta em dia queNunes treina sem precisar

A derrota na estréia nãoabalou psicologicamenteNunes, que, mesmo liberadodos treinamentos, esteveontem nas Laranjeiras.Com os jogadores que nãoatuaram contra o Botafogo,participou de todos os exer-cicios para o jogo contra oCampo Grande, amanhã,em Moça Bonita.

Edinho, que tinha de trei-nar — Já que foi expulsoainda no primeiro tempo dojogo contra o Botafogo —não apareceu no clube, nemdeu satisfação ao supervisorJosé Bonetti e ao diretorPaulo Ribeiro, que o aguar-daram toda a manhã paraconversar sobre os proble-mas e prejuízos sofridos pe-lo Fluminense causados porsua expulsão.

Ao aparecer ontem pelamanhã nas Laranjeiras epedir para treinar, Nunessurpreendeu muita gente.Ninguém esperava que oatacante fosse ao clube par-ticipar dos exercícios, prin-cipalmente porque a equipehavia sido derrotada —sempre que isso acontece osjogadores aparecem no clu-be sem animo para nada.

Nunes explicou que sem-pre, treinou intensamenteno Santa Cruz.

— O Santa Cruz é umclube muito bem estrutura-do e quando ultrapassa asfases eliminatórias do Cam-peonato Nacional e disputaas finais, não é por sorte.Todos encaram os treinoscom muita seriedade, • porsentir que ainda posso me-lhorar meu estado físicovim ao Fluminense paratreinar.

Nunes mostrou multo em-penho nos exercícios. Aoconversar com outros joga-dores e alguns torcedores,deixou evidenciado que suapreocupação atual é a par-tida contra o Campo Gran-de. Quis saber todos os de-•talhes do campo do Bangu(local da partida): o estadodo gramado, principalmen-te.

Nunes conversou tambémcom o diretor Paulo Ribeiropara saber quando poderábuscar sua familia em Re-cife. O dirigente explicouque este problema — o mes-mo de Fumanchu — seráresolvido tão logo consigaalugar um apartamento.Tanto Nunes quantoFumanchu estão morandono Hotel Glória.

PALAVRA DE EDINHO

Embora reconheça quesua expulsão contribuiudecisivamente para que oFluminense acabasse derro-tado,para o Botafogo, Edi-nho disse estur com a cons-ciência tranqüila, pedindoinclusive que jogadores doBotafogo testemunhassemque não ofendeu ValquirPimentel.

— E muito fácil para umjuiz justificar a expulsão deum jogador. Basta colocarna súmula que foi ofendidomoralmente. Acho que osjogadores deveriam se unire esquecer a cor da camisaque vestem. Os do Botafogo,que estavam próximo ao ár-bitro, sabem que não oofendi moralmente.

Disse, inclusive, que mes-mo se a alegação fosse ver-dadeira, Valquir Pimentelnão teria moral para expul-sá-lo por que os jogadoresdos dois times vinhamofendendo-o seguidamente.

— Colocaram-me comocapitão da equipe e me diri-gi ao Valquir Pimentel paradialogar. Não sei por querazão mostrou-me o cartãoamarelo. Fiquei realmentenervoso, mas volto a repetirque não o ofendi. Pergunteiapenas o que ele estavadizendo, porque não sabe seexpressar e gritava comigo.Lamento que tenha puxadoo cartão vermelho paramim, pois prejudicou o Flu-minense. Gostaria que o pú-blico, a imprensa e os diri-gentes pudessem saber oque se passa num campo defutebol e a forma como osjogadores são tratados poralguns juizes. Infelizmenteisso não é possivel e fica anossa palavra contra a de-les, que escrevem na súmu-Ia.

Edinho não está preo-cupado' quanto a uma pos-sivel punição por parte dosdirigentes, pois tem ar-gurnentos suficientes parase defender.

Os jogadores se apresen-tam esta manhã para umarecreação no campo do 24?Batalhão de InfantariaBlindada, na entrada daIlha do Governador, e aequipe para a partida con-tra o Campo Grande é amesma que enfrentou oBotafogo, à exceção de Edi-nho, que, expulso vai sersubstituído por Dário.

Há pouco mais de ummês, Cláudio Adão era umnome que os dirigentes doclube procuravam até evi-tar nas conversas com jor-nalistas e torcedores. O altopreço de seu passe, a inuti-lidade de suas atuações atéo mês de julho — depoisde mais de um ano na Gá-vea — e um atrito com otécnico Jouber o colocavamma lista de dispensáveis, aoponto dc ser cogitada suatroca de Geraldão, do Co-rintians, ou o empréstimo"ao Fluminense.

No entanto, a excursão àEuropa e, especialmente, oscinco gols marcados nasduas últimas partidas de-ram a Cláudio Adão umanova perspectiva no clubee até a esperança de queele poderá formar, ao ladode Zico, a mais perigosa du-pia de área do futebol ca-rioca:

— Ainda não estou comonos bons tempos de Santos— diz Cláudio Adão — esei que posso render multomais. Joguei realmentemuito mal no ano passadoe, apesar de ter me aborre-.cido com as criticas, achoque a imprensa tinha razão

em falar mal do meu fute-boi.

Cláudio Adão lembra d*que precisou fazer multo es-forço para se recuperar •ainda deu azar ao tentarse afirmar na equipe, Justa-mente no momento que elaatravessava uma fase má,com problemas em todos ossetores.

— Agora o Jogo ficoumais fácil e há bom enten-dimento em todos os seto-res. Chuto com mais con-fiança e o importante écontinuar marcando gols.

O técnico Cláudio Couti-nho se mostra também em-polgado com o atacante efala com entusiasmo sobreseus boris deslocamentos, amaior facilidade de partirpara cima do adversárioutilizando o drible, as tro-cas de bolas rápidas e amaior constância nos chutesa gol:

De qualquer forma, embo-ra a boa fase e a mudançade ambiente, o jogador tseus preparadores reconhe-cem que só uma seqüênciade boas atuações em clássi-cos dará à torcida a certezadefinitiva de que valeumesmo a pena tanta esperae tanta paciência.

Campeonato CariocaPrimeiro Turno

Taça GuanabaraPróximos jogos

Amanhã

Vasco x Portuguesa (São Januário, 15hl5m)Bonsucesso x São Cristóvão (T. Castro, 15hl5m)América x Bangu (Andaraí, 15hl5m)Campo Grandex Fluminense (Moça Bonita,Olaria x Botafogo (Maracanã, 15h)Flamengo x Madureira (Maracanã, 17h)

15hl5m)

Classificação

PG V E D1. Flamengo 2 0 0

Botafogo 2 0 03. Vasco 110

• América 1 1 05. Fluminense 10 1

Bonsucesso 10 1Olaria 0 2 0Madureira 10 1

9. São Cristóvão 0 1 1 •Portuguesa 0 11

11. Bangu 0 0 2Campo Grande 0.2002

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro ? Sábado, 9 de setembro de 1978

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se o ganhador for Reutemann (D)ATTetti(ÊneTencer amanhã, iguala o recorde de Jim Clark. Uma vitória dele ou de Peterson (C) dará à Lotus a liderança entre as marcas, que poderá ser da Ferrari, se o ganh*

NUNCA HOUVE UM GRANDE PRÊMIO ASSJM

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Para começar, será o 30Q.°Grande Prêmio da história doMundial de Automobilismo. Enele, mais do que a vitória dequalquer dos pilotos, impor-tara o desfecho de um prova-vel sensacional desempate en-tre marcas: a Ferrari e a Lotus,com 71 triunfos cada uma naFórmula-l, disputam esse pegaestatístico particular, a serexaltado como notável feito datecnologia britânica ou italia-na. Mas não só as máquinasbrilharão amanhã em Monza:se vencer o GP, o que também

MANHA será dispu-tado o GP número300 do Mundial dePilotos. O cancela-mento do Grande

Prêmio do Japão permitiu queessa marca coincidisse com a rea-lização do Grande Prêmio da Itá-lia, a ser. disputado em Monza,que iorma com Le Mans e índia-nápolis as três pistas mais conhe-cidas no mundo automobilístico.'"'

o Grande Prêmio da Itália eó da Inglaterra são os únicos quenunca deixaram de se realizar em29 anos de disputa do Mundial dePilotos. Para atingirmos o 300°GP foram precisos 29 anos. Osprimeiros 100 foram atingidosapós 13 anos de disputa, no anode 1962; com mais nove anos ecinco meses chegava^-se à marcade 200. Até o de número 300, ape-nas mais seis anos e quatro meses.

Monza é a mais famosa pistada Itália e das mais conhecidas nomundo. Foi construída em 1922no interior do Parque Real deMonza, situado a cerca de 20 qui-lômetros, ao Norte, de Milão.

A pista com vários traçados;curvas com rèlevé é inclinaçãomáxima de 21 graus, permitiaque se disputassem provas em vá-rios circuitos diferentes.

No ano de 1929, usando-seunicamente o anel de velocidade,a média de 200 quilômetros porhora foi atingida pela primeiravez, pelos pilotos italianos Achil-le Varzi, com Alfa Romeo, e Alfie-ri Maserati, com Maserati.

Após a guerra, quando Mon-za serviu como depósito de ma-terial militar, o Autódromo foireconstruído no ano de 1948. Em1955, uma grande reforma foi fei-ta, voltando o traçado de suas pis-tas a ser praticamente igual aode 1922.

Todos os Grandes Prêmios daItália do Mundial de Pilotos fo-ram disputados na pista de Mon-za, usando-se diversos traçados.E a maior média já obtida emuma prova de Fórmula-l foi re-gistrada no Grande Prêmio daItália de 1971 por Peter Gethin,pilotando uma BRM, no maisdisputado GP de todos os tempos.Peter Gethin, que marcou a mé-

parece muito possível, o pilo-to americano Mario Andrettiigualará um recorde estabele-cido em 1963 por Jim Clarke que parecia inalcançável; ode sete vitórias numa mesmatemporada. Por tudo isso emais alguma coisa os cronôme-tros deverão estourar na velhapista italiana, o que já é, aliás,um hábito: foi ali que HenriPescarolo, em 1971, registrouo recorde absoluto de melhorvolta em provas do Mundial,com a fantástica marca de247,01 km/h.

dia horária de 242,615 km, ven-ceu a prova com uma diferençade apenas 1/100 de segundo sobreRonnie Peterson, o segundo co-locado. De Peterson para Fran-çois Cevert, a diferença foi de8/100; de Cevert para Mike Hail-wood, 9/100 e de Hailwood paraHowden Ganley, o quinto coloca-do, de 43/100, o que dá uma dife-rença entre o vencedor e o quintocolocado de somente 61/100 desegundo. Essa foi a única vitóriade Peter Gethin no Mundial dePilotos.

Nessa mesma prova tambémfoi registrada a maior média pa-ra uma volta e que é o recordeabsoluto para provas do Mundialde Pilotos: 247,01 km/h, obtidapor Henri Pescarolo.

A Ferrari, que é resultado dogênio do Comendador Enzo Fer-rari, hoje com 80 anos, e a Lotus,resultado de outro gênio que sechama Colin Chapman, atingemo 300.° GP com o mesmo númerode vitórias através dos 299 Gran-des Prêmios já disputados, 71 pa-ra cada marca.

E salvo uma surpresa, poisde 13 provas disputadas em 1978as duas máquinas venceram 11(Lotus oito e Ferrari três), o de-sempate deverá ocorrer amanhãna casa do Comendador, na uni-ca prova a que Enzo Ferrari com-parece para ver seus carros com-petirem. E se a lógica.prevalecer,um dos carros pretos de Chap-man deverá cruzar a Unha decíiegada em primeiro, desempa-tando essa estatística a seu favor.

As duas marcas estavamtambém empatadas em númerode Campeonatos de Construtoresdisputados até 1977, seis títulospara cada uma, mas com as vitó-rias já conquistadas este ano, aLotus já garantiu por antecipa-ção seu título, e assim lidera ago-ra com o escore de 7 x 6.

Já com relação aos pilotosque conseguiram títulos mundiaiscom as duas marcas, a Ferrari le-va vantagem, pois conseguiu qusseus pilotos vencessem oito cam-peonatos enquanto os da Lotus sóvenc«rnm até hoje cinco. Os quevenceram para a Ferrari foram

Ascari (1952/1953), Fangio(1956), Hawthorn (1958), PhilHill (1961), John Surtees (1964) eNiki Lauda (1975/1977). Para aLotus venceram Jim Clark (1963/1965), Graham Hill (1968), Jo-chen Rindt (1970) e Emerson Fit-tipaldi (1972).

A Ferrari disputa os mun-diais desde sua. implantação em1950, enquanto a Lotus só entrouna disputa no ano de 1958. Assim,se fizermos a média pelo númerode anos ou pelo número de pro-vas disputadas, a Lotus liderariade maneira destacada.

Nas 71 vitórias de cada mar-ca, os pilotos mais vitoriosos fo-ram Jim Clark com 25, Andretticom 11, Emerson e Ronnie Peter-son com nove, para a Lotus. NaFerrari, Niki Lauda foi o mais vi-torioso com 15 primeiros lugares,seguido de Alberto Ascari com 13.

DISPUTADAS

299 pro-vas, somente 52 pilo-tos conseguiram ins-crever seus nomes en-tre os vitoriosos. Três

deles venceram em dupla com ou-tros, caso em que se colocam Fa-gioü e Musso que ganharam emdupla com Fangio, e Brooks, quevenceu uma prova com Moss.

Destes 52, apenas 32 conse-guiram vencer mais de uma vez.Os outros 20 conseguiram apenasuma vitória. Com mais de 10 vi-tórias temos só 12 pilotos, entreeles o brasileiro Emerson Fittipal-di com 14, o que o coloca em sex-to lugar, empatado com JackBrabham e Graham Hill. Commais vitórias do que Emerson te-mos Jackie Stewart (27), JimClark (25), Juan Manuel Fangio(24), Stirling Moss e Niki Lauda(16). A seguir vêm Alberto Asca-ri (13), Mário Andretti (12), Ja-mes Hunt e Ronnie Peterson (10).

Até hoje apenas 15 pilotosconseguiram chegar ao títulomáximo do automobilismo mun-dial, mas já é certo que estenúmero passará a ser de 16 no fi-nal deste ano, pois os que podemvencer. o Campeonato de 1978,Andretti e Peterson, ainda nãoconseguiram o título. Estes são oscampeões mundiais desde 1950:Juan Manuel Fangio com cincotítulos, sendo quatro em segui-da (1951,1954,1955,1956 e 1957).Sobre Fangio existe um fatocurioso: venceu cinco Campeona-tos com quatro marcas diferen-tes: em 1951 com Alfa Romeo,1954 com Maserati e MercedesBènz, 1955 com Mercedes Benz,1956 com Ferrari e 1957 com Ma-serati.

Com três títulos cada um te-mos o australiano Jack Brabham(1959, 1960 e 1966) e Jackie Ste-wart (1969, 1971 e 1973). Vence-ram duas vezes o italiano AlbertoAscari (1952 e 1953), o inglês Gra-ham Hill (1962 e 1968), o escocêsJim Clark (1963 e 1965), EmersonFittipaldi (1972 e 1974) e o aus-tríaco Niki Lauda (1975 e 1977).Com apenas um título ficam Giu-seppe Farina (1950), Mike Haw-thorn (1958), o americano PhilHill (1961),DennyHulme (1967),

Jochen Rindt (1970) e JamesHunt (1976).

Somente 10 pilotos fazem par-te do Clube dos 100, ou seja, depilotos que já disputaram 100 oumais provas valendo pelo mun-dial.

O recordista absoluto é o in-glês Graham Hill que disputou177 provas, não se contando nes-sé total aquelas onde ele estevepresente aos treinos sem,conse-guir se classificar para largar.Aliás Graham Hill foi o único pi-loto a conseguir vitórias nos trêseventos mais importantes,do au-tomobilismo mundial, aquilo quepode ser chamado de "tríplice co-roa do automobilismo": vencerIndianápolis, Le Mans e o Cam-peonato Mundial de Pilotos.

Depois de Graham Hill, o quemais provas disputou foi JackBrabham como total de 127. Ron-nie Peterson está com 122, Emer-son Fittipaldi e Denny Hulme com

112, Clay Regazoni e John Surteescom 111, Jacky Ickx tem 108, Joa-kim Bonnier 104 e Bruce McLa-ren 101.

Alguns dos recordes registra-dos até hoje ainda não foram su-perados.

O piloto com maior númerode vitórias consecutivas em pro-vas do mundial é Alberto Ascari,'italiano, que no ano de 1952 ven-ceu as seis últimas provas do anoe em. 1953 venceu as três primei-ras, totalizando nove vitórias con-secutivas. Esse recorde dif icilmen-te será batido.

O recordista de vitórias emuma só temporada é ainda JimClark, que no ano de 1963 venceu7 dos 10 GPs disputados. Esse re-corde poderá ser igualado e atébatido nesta temporada de 1978,pois Mário Andretti já tem seisvitórias e ainda faltam três pro-vas do mundial a serem dispu-tadas.

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[SERVIZIO ANTtNCENDIOBUT^r v^,-^|- *|^,sEm 1972, havia torcida e bandeira brasileiras em Monza:

era o, tempo em que Emerson Fittipaldi vencia

Mauro Forjaz

E' de Jim Clark também o re-corde de vitórias consecutivas emum mesmo GP. Ele venceu porquatro anos seguidos os GPs daInglaterra e da Bélgica nos anosde 1962, 1963, 1964 e 1965.

Ainda é de Jim Clark, juntocom Graham Hill, o recorde demaior vencedor de um mesmo GP.Clark venceu o GP da Inglaterraem 5 oportunidades e Hill conse-guiu o mesmo com o GP de Mô-naco, daí ter o. apelido de Mr. Mô-naco.

Inegavelmente, Jim Clark po-de ser considerado a maior estre-Ia que já apareceu no automobi-lismo mundial. Ficam com ele atéhoje os recordes de maior deten-tor de pole-positions, 33, e tam-bém o de melhores voltas, 28.

O piloto que somou até hojeo maior número de pontos, consi-derando-se todas as provas dispu-tadas, é Jackie Stewart, que tem360 pontos através de 99 GrandesPrêmios disputados. Stewart sónão ingressou no Clube dos 100por não ter disputado o GP dosEstados Unidos de 1973, devido àmorte de François Cevert nos trei-nos de classificação, o que fez aEquipe Tyrrell se retirar da pro-va.

FINALMENTE

um últimorecorde que tambémdificilmente será supe-rado: o do motor FordCosworth, desenvolvido

por Mike Costin e Keith Duckwor-th, que conta até hoje com 117 vi-tórias desde que começou a equi-par os carros de Fórmula-l no anode 1967.

Com as médias atingindo nú-meros incríveis, iniciou-se um mo-vimento a favor da maior segu-rança, fazendo-se com que as pis-tas tivessem algumas chicanas pa-ra diminuir a velocidade máximados carros de F-l.

Assim a pista de Sap foi con-denadá para provas de F-l, poislá a maior média obtida foi de241, 140 km/h por John Surteescom uma Honda, no ano de 1968.Outras pistas como Monza, Dijon,Silverstone, etc., tiveram de cons-truir as chicanas para diminuir amédia.

Hoje com essa política adota-da pela FIA, a pista mais rápidado circuito da Fórmula-l é a deSilverstone, na Inglaterra, onde orecorde da volta está em poder deJames Hunt com a velocidade de215,543 km/h.

A segunda mais veloz é a deOesterreichring, na Áustria, ondeJohn Watson com a Brabham-Al-fa obteve a média de 211,892km/h. Fuji no Japão vem a se-guir com a média de 211,203km/h, obtida por Jody Scheckter.Com média acima dos 200 temosainda Hóckenheim, Alemanha,onde Lauda com Ferrari conse-guiu 210,711 km/h na sua melhorvolta, e Monza, Itália, onde An-dretti com Lotus, conseguiu em1977 a média de 210,696 km/h.

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PÁGINA 2 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978

—CartasApelo teatral

No momento em que estou,, of)-cialmente, dirigindo-me ao Exmo SrPrefeito do Município do Rio de Ja-neiro, Dr Marcos Tamoyo, pedindo re-consideração, em último grau de re-curso, das decisões anteriores que menegaram o pedido de instalação demeu pequeno teatro, 120 lugares, sitoem Santa Teresa, venho, por inter-médio da presente, tentar sensibilizar,todos aqueles que se Interessam porteatro, e por julgar importante maisum teatro, embora pequeno, para onosso Município, que façam o que es-tiver ao alcance de cada um no sen-tido de tentar que o Exmo Sr Prefei-to, em sua decisão final, permita queo teatro em questão'possa existir.

O histórico é o seguinte: a RuaBarão de Petrópolis é CB-1 até a RuaCândido de Oliveira e ZR-2 no seufinal, até a Rua Prefeito João Felipe,& qual se liga, e que é ZE, Zona Es-pecial. O teatro está construído no n"897, a 36 metros da Rua Prefeito JoãoFelipe. No entanto, existe o PAI. 210J.1,aprovado pelo Município, no qualexistem quatro lotes comerciais, e to-dos eles posteriores ao citado limiteCB-1, Rua Cândido de Oliveira, razãona qual estribou o peticionário suasesperanças de ver aceito o seu projeto.

O pedido de transformação de

uso, após negativas que foram repli-cadas e treplicadas, tudo de acordocom a Lei, foi à Secretaria de Plane-jamento, a pedido da Vereadora DeiseLúcidl, e da Dra Elsa Osborne, da Re-gião Administrativa de Santa Teresa,na esperança de se transformar a RuaBarão de Petrópolis totalmente emCB-i. Dessa Secretaria, o resultadottftnbém foi negativo e peço vênia pa-ra refutar os seguintes argumentos:do Sr Armando Leitão, quando disse:"Sempre haverá problemas de estacio-namento", e do Sr Ivo de Carvalho. ¦"Não há justificativa para a alteraçãopretendida".

Ao primeiro respondo que S Sanão percebeu que a metragem que ofe-reco como estacionamento é plana einterna, e está de acordo com a Lei,além de contar, com o lote adjacente,plano, com área de 400m2 úteis; e,quanto ao segundo, que, sinceramen-te, de interesse maior qu3 um teatroou escola só um hospital, além doque S Sa se coloca, indiretamente,contra o I-PLA — Plano de Teatros,no qual a Governadoria do Estaciodestinou Cr$ 50 milhões, em finan-ciamento, para instalação de novascasas de espetáculos para o Munici-pio.'

Assim mesmo, por formação, acatoas decisões superiores. S.ugeri então,no intuito de conciliar a minha pra-tensão.com os pareceres já exara-dos, que se transformassem, apenas,os 36 metros que me separam da RuaJoão Felipe em Zona Especial, e as-sim alcançar o teatro. É neste senti-do, pois, que peço a ajuda dos que melêem, atores, diretores, produtores,sindicatos de cla.se, políticos, público'¦ e amigos do teatro, neste momento dedecisão final, pois o processo, ém ul-timo grau de recurso, se encontra emmãos do Exmo Sr Prefeito do Munici-pio do Rio de Janeiro. Que me possamoferecer, em particular, e no geral àprópria comunidade, o seu apoio eajuda, que pode objetivar-se, por car-ta ou pessoalmente, ho contato como Exmo Sr Prefeito, a fim de que SExcia possa deferir o meu pedido.

Esclareço, por final, que não setrata de pedido de financiamento, esim, apenas, de permissão. O teatrofoi construído com meus próprios re-cursos, sofridos, aliás. O peticionário,ator, diretor, autor e jornalista,agradece as manifestações de solida-rledade que vem recebendo, e esperacontar com a sua ajuda, amigo leitor.Dirceu de Mattos — Rio de Janeiro.

te, comprova-se fácil esse aforismoapós atenta meia hora com o Progra-ma Flávio Cavalcante. Acredito quemilhares de espectadores que não sãoimbecis devem estar acachapados comtanta estultícla, alienação e engodotrazidos à tona com o quadro do ca-sal que viajou a bordo de uma naveintergaláctlca. Se não forem esqulzo-frênlcos, os dois não resistirão ao de-tetor de mentiras, pois obviamente es-tão mentindo e não é preciso ser es-tudloso de psicologia e flslognomonlapara percebê-lo. A farsa, aliás, é malensaiada, não se sabendo se orienta-da ou não pelo animador. Afinal, quese poderá pensar depois de Seu 7 daLira, do tipo que virava lobisomem edo triângulo amoroso, quando o co-nhecldo homem de TV chegou aocúmulo de pedir que o amante lar- .gasse a mulher do outro?.João Batis-ta de Paula — Fortaleza (CE).

PolivalênciaApelo ao Sr Ministro da Educação

e Cultura no sentido de que examinea questão da instituição da cadeira deEstudos Sociais em LicenciaturaCurta, englobando História, Geografiaa OSPB numa só matéria. Um profes-sor de História ou Geografia, para terum bom domínio dessas matérias epoder, assim, ministrar aulas, estudadurante quatro anos. Será que um pro-fessor polivalente, formado em ape-nas dois ou três anos, teria um domi-nio razoável nessas matérias pairatransmiti-las, de uma forma eficien-te, a jovens em formação cultural?

Há de se constatar que sériasconseqüências advirão, pois, além deprovocar uma vertiginosa queda noensino de 1' grau, isso baixará o ni-vel de formação profissional e agra-vara ainda mais o mercado de traba-lho para o professor daquelas mate-rias, já tão restrito, formando um nú-mero muito maior de professores emmulto menos tempo, aumentando aconcorrência e causando, assim, umadesvalorização profissional. WagnerCarr da Fonseca — Rio de Janeiro.

Cortina de papelTrês Cortinas, já disse, existem:

a de Ferro, dos paises socialistas; ade Bambu, da China; e a de Papel,do Brasil. E esta parece ser a maisimpenetrável, tão lentos circulam osprocessos através dos departamentosde Estado. Entre esses processos, háo de reconhecimento da Faculdade deFilosofia, Ciências e Letras de CaboFrio, inaugurada em 1974, que perma-nece encalhado há um ano e oito me-ses no Conselho Estadual de Educa-ção. A documentação está correta e osdocumentos que perdem validade sãoregularmente substituídos. A Faculda-de é séria. Tem direção competentee corpo docente do mais alto nivel,com excelentes professores. Qual o en-trave? Léa de Abreu — Rio de Ja-neiro.

Cinema

SainbódromoEm fevereiro de 76, nas Cartas

do JB, sugeri a construção de um sam-bódromo, para os desfiles de cama-vai, ensaios das escolas e outras apre-sentações durante o ano. Agora, quan-do se cogita de armar ás arquibanca-das em ruas próximas à PresidenteVargas, volto ao assunto: por favor,levem o desfile (que é para turistas enão para o povo) para o autódromo,ocioso na época do carnaval, trans-formem aquelas belas pistas na passa-rela do samba. A Riotur, assim, eco-nomizarla os recursos públicos e evi-taria, para o povo do Rio, o sacrifi-cio do transito Insuportável durantea construção e desmonte das arqui-bancadas no Centro. Walter LhamasFerreira — Rio de Janeiro.

Lucro impossível

Se o cineasta Hugo Carvana esti-ver notando evasão de renda em seufilme Se Segura Malandro!, mandefiscalizar os porteiros dò Cine NovoPax. Na noite de primeiro de setem-bro, última sessão, os ingressos eramdobrados e colocados sobre a urna. De-pois, dizem que filme nacional não dálucro. Carlos Palestrino — Rio de Ja-neiro.

CarapuçaParecem-me ridículos os protestos

de alguns espectadores do filme AsTaradas Atacam, quando o ator Pe-dro de Lara — que no filme nadamais faz do que aquilo que apresentana televisão, conservando uma ima-gem que inteligentemente criou e olevou à vitória — grita que "aí hámuitos tarados", reação que, de resto,indica que eles aceitaram a carapuça.Expedito Daniel Cordeiro — Rio dcJaneiro.

Previsão latina

Numeras stultorum infinitus esl,já dizia a sabedoria latina. Realmen-

PrivilégiosEstudo na PUC, na Rua Marquês

de São Vicente, e todos os dias vejoos .engarrafamentos locais provocadospor caminhões da Coca-Cola. Eles es-tacionam do lado esquerdo e, às vezes,também na saída da curva, e conti-nuam impunes, sem falar nas mano-bras que fecham a rua, nas horasmais críticas. Nos colégios da Marquêsde São Vicente ainda existem filas deaté três carros esperando cômoda-mente as crianças enquanto o transi-

. to se engaveta atrás. Nas oficinas daRua Bambina, e em tantas outras, oscarros a serem consertados ficamamontoados na porta, causando omaior tumulto nas horas de rush. Per-gunto: por que esses privilégios se nós,motoristas, por multo menos, recebe-mos gordas multas dos guardas? Sa-muel Chuster — Rio de Janeiro.

Ônus femininoDesejo fazer saber ao Senador

Nelson Carneiro que a apresentaçãodo projeto que concede aposentadoriaàs mulheres aos 25 anos de trabalhoé uma tentativa que, pelo menos, me-rece a nossa admiração, pelo conteú-do social da medida.

A mulher, além de trabalhar forade casa o dia todo, multas vezes depé, para ajudar o marido na manu-tenção do lar, é sobrecarregada com osafazeres domésticos, pois a cada diase torna mais difícil poder contar coma ajuda de empregadas domésticas.

Os maridos continuam achandoque arrumar a casa, lavar a roupa ecozinhar são "serviços de mulher", es-ta é a realidade. E, em caso de sepa-ração, a mulher carrega, voluntária-mente, porque o amor materno aguen-ta qualquer sacrifício, o ônus de terque se desdobrar para cuidar dos fi-lhos e educá-los. (...) Helena de Ma-tos — Rio de Janeiro.

Aviso

Quero avisar aos usuários daTelerj que, decidida a competência so-bre a Telerj, já podemos recorrer aoSupremo Tribunal Federal para re-clamar suas falhas. Maria Elza Dutra— Rio de Janeiro.

PROBLEMASBRASILEIROS E O

BLOQUEIO "PORNÔ"Ely Azeredo

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Dona Flor e Seus Dois Maridos ganhou distância

de Xica da Silva e permanece como o campeão brasileirobilheteria no mapa de receitas de 77

de

As cartas serão selecionadas para publicação

no todo ou em parte entre as que tiverem

assinatura, nome completo e legível e

endereço que permita confirmação prévia.

RECEBO

com atraso anota em que o Sin-dicato Nacional daIndústria Cinemato-

gráfica "lamenta o mandadode segurança concedido limi-narmente a empresas exibido-ras, contra a compulsoriedadeda compra à Embrafilme dasbobinas usadas nas máquinasregistradoras dos cinemas". Asbobinas substituíram os antigostalões de ingresso padronizado— sistema criado pelo extintoInstituto Nacional do Cinema,responsável também pela ado-ção das máquinas registrado-ras. A ação de exibidores con-tra a compulsoriedade da com-pra (antes dos talões, hoje dasbobinas) é um problema her-dado pela Empresa Brasileirade Filmes» em cuja receita, defato, "representa importanteitem". Lembra o Sindicato queo custo das bobinas recai "igual-niente sobre exibidores e produ-tores" e afirma que o mandadode segurança "tem o aspecto deuma tomada de posição contra-ria aos interesses do cinemabrasileiro".

Importante registrar que,referindo-se ao fato de estar empreparação o 1° Simpósio doCinema Brasileiro ("com a par-ticipação dos órgãos represen-tativos dos exibidores, e ao ní-vel da iniciativa privada, em-presarial e profissional"), a no-ta diz que "a atitude desses exi-bidòres não deve servir de pre-texto para o recrudescimentoda antiga animosidade, quetantos inales tem trazido aonosso cinema". Também diz danecessidade de descobrir noSimpósio "as causas profundasda crise de relacionamento en-tre os exibidores e a Embrafil-me, para que se formulem eprocurem soluções".

Além do tom conciliatóriodo documento assinado pelopresidente do Sindicato, MiguelBorges, importa notar que re-presenta uma pausa no tompredominante (entre o triunfa-lismo e a autocomiseração) nospronunciamentos que acompa-nham reivindicações dos pro-dutores brasileiros. "A receitada Embrafilme se apoia numsistema de reconhecida precari-edade, por ser autofágico —desde que a presença mais am-pia do filme nacional no mer-cado interno repercute nega-tivamente na arrecadação daempresa — e por ter uma frágilsustentação consensual e jurl-dica. Urge que a Embrafilme sereformule nas suas fontesfinanceiras, apresentando umprograma de ação coerente eabrangente". Segue-se um ape-Io ao Poder Judiciário: "medi-das concedidas liminarmente(...) representam para o cine-ma brasileiro graves prejuízos,que podem destruí-lo nomomento em que ele já reúnecondições para formular o pro-jeto de sua definitiva afirmaçãocultural e econômica".

Também do Sindicato, re-cebo uma pesquisa realizada

por Paulo Neves sobre O desem-penho do cinema brasileiro em1977, na qual se verifica quemais da metade das 50 maioresreceitas nacionais do ano cou-beram a pornochanchadas, por-nomelodramas e similares. Adecadência comercial da pomo-chanchada (ou comédia pican-te, como prefere classificá-la opesquisador) encontra desmen-tido nas cifras.

Eis os 10 campeões de re-ceita, segundo esta pesquisa(que abrange também filmes'lançados nos anos anteriores,cuja presença no mercado con-tinuou):

1." — Dona Flor eSeus Dois MaridosO Trapalhão noPlanalto dos MacacosJecão, umFofoqueiro no CéuO Meninoda PorteiraXica da SilvaGente Finaé Outra CoisaO SeminaristaSimbad, oMarujo Trapalhão19 Mulherese um HomemPresídio deMulheres Violentadas.

2.° -

3.° -

4.° -

5.°6.8

7.°8.°

9.° -

10.° -

Apesar de assinalar pontospositivos (como "uma razoáveltendência de crescimento do ín-dice de ocupação dos lugaresoferecidos aos filmes brasileirospelo mercado exibidor"), o es-tudo observa qué somente 16das estréias de longa metragemde 1977 proporcionaram lucros,obtendo receita bruta superior .a Cr$ 4 milhões, e que quatro"apenas se pagaram obtendo areceita máxima de Cr$ 3 mi-lhões 600 mil". Acrescenta que"uma razoável parcela" dos fil-mes que não registraram lucros"tem possibilidade de cobrir oseu custo durante os cinco anosde circulação no mercado",

Para o crítico (apesar donível de qualificação industrialde Dona Flor e Xica da Silva)ê constrangedor apontarapenas um filme plenamentesatisfatório entre os 20 campe-ões de receita: Marília e Marina(ainda assim, em 209 lugar).Com o tempo, Dona Flor (quefigura com Cr$ 62.747.539,00,em primeiro lugar, enquantoosegundo colocado, O Trapalhãono Planalto ãos Macacos, regis-tra Cr$ 31.385.856,00), ganhoudistancia de Xica da Silva que,nó quinto lugar, aparece compouco menos de Cr$ 12 milhões500 mil.

Além dos filmes grossosque figuram entre os 10 cam-peões de receita, é lamentávelencontrar, na lista dos 50, por-nôs como Internato das Meni-nas Virgens (11° lugar), JáNão se Faz Amor Como Antiga-mente (13?), O Mulherengo(179), Emmanuele Tropical(189), Torturadas Pelo Sexo(199), Loucuras de um Sedutor(219), Nem as Enfermeiras Es-capam (239), Possuídas PeloPecado (259), Como ConsolarViúvas (269), O Sexualista(279), A Praia do Pecado (319),Pura Como um Anjo, Será Vir-gem? (32°), As Meninas Que-rem e os Coroas Podem (349),Sete Mulheres Para Um Ho-mem Só (379), As Mulheres áoSexo Violento (389), As Aman-tes de um Canalha (399), ODia das Profissionais (409),Socorro, Eu Não Quero MorrerVirgem (419), Sabenâo UsarNão Vui Faltar (439), As Mas-sagistas Profissionais (459)Elas São áo Baralho (489).Além de alguns títulos suspei-tos, sobre os quais não temosdados, como Guerra é Guerra.O bloqueio lançado pela pomo-chanchada, portanto, agravou-se.

Uma surpresa entre as 50receitas mais significativas de77: "32 foram conquistadas porfilmes paulistas" e apenas "16por filmes cariocas" (além dedois gaúchos, naturalmentecom Teixeirinha). Também ",edestacável o fato de que somèn-te seis das 50 maiores arrecada-ções" — no mesmo ano —"contaram com alguma partici-pação da Embrafilme". No pe-ríodo, as grandes figuras de bi-lheteria foram os Trapalhões(Renato Aragão e sua turma),com quatro campeões de recei-ta; Mazzaropi, com dois; e o jacitado Teixeirinha, com dois.

Esses dados nem parecemprovir do mesmo país onde sefala de cultura em quase tudoo que se diz ou se escreve sobea produção nacional.

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Gente Fina É Outra Coisa, sexta bilheteriatle 1977, reúne as especiarias preferidas da pornochanchada,

inclusive as relações entre mulheres

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CONVERSASEMPREIGUAL

Maria Helena Dutra

A

Embrafilme patro-cina dois progra-mas semanais naTelevisão Educa-

tiva com o objetivo de divul-gar o cinema nacional. Aidéia é boa mas falta muitosal. Um deles é Cinemateca,quinta-feira às 10 da noite,que geralmente apresentareportagens e entrevistas ao-bre o assunto. Mas há umafalha básica, poucas vezesausente do espetáculo, queo toma extremamente enfa-donho. Sendo a produção de .uma empresa govemamen-tal, e transmitida por umatelevisão idem, há sempre oextremo cuidado de não sefalar sobre idéias. E quandose evita á matéria-prima dequalquer arte, inevitável-mente esta vira mercadoriaapenas. E tome então deconversar sobre a sua colo-cação no comércio, preços,custos, mão-de-obra e liqui-dez. E haja paciência paraagüentar a inevitável sínteseque é sempre longa disserta-ção sobre como é mau e per-verso nosso exibidor. • . 'f, ¦ .

Acreditamos que os pro-dutores, diretores e atores,os mártires do mercado ci-nematográfico nacional te-nham toda a razão em suasqueixas, lamúrias e campa-nhas. E que o problema eco-nômico e financeiro de suaprofissão seja lancinante.Não há, porém, compreensãoque ature a sempre igualconversa na qual projetosde lei substituem totalmenteos filmes. Para dificultarmais ainda a desejada adesãopopular à causa, Cinemate-ca, complementa o quadrodas reclamações com mate-rial ao mesmo tempo ama-dor e ufanístico. Toda a pro-dução brasileira, principal-mente quando distribuídapela Embrafilme, é genial. Areportagem, que afirma isso,é entretanto imprecisa, tec-nicamente primária e impro-visada. A cobertura que fi-zeram, por exemplo, do úl-timo Festival de Brasília foibem típica. Uma frase ape-nas sobre o tema dos filmesconcorrentes, rápidas cenasdeles, muitas entrevistas so-bre suas excelsas qualidadese nenhuma crítica. Tudomuito mal editado e com mi-nimas informações no texto.

Receita certa para tornar;.insosso e precário qualquer'trabalho de divulgação. E;que, por isso, perde paraCoisas Nossas, segunda-fei-ra às 11 da noite, o outroprograma da Embrafilme no¦canal 2. Este se limita aapresentar curta-metragens,geralmente três, intercala-,dos por apresentação lidapela atriz Sura Berditchevs-ky. Embora pudesse ter maisinformações sobre tema eautores, o comentário é con-ciso, objetivo e não padecede delírios apoteóticos. Emuma de suas últimas edições,mostrou opiniões de umaplatéia de estudantes secun-dários sobre os filmes emexibição. Recurso bom por-que os jovens, apesar de lau-datórios, fizeram comenta-rios bem pertinentes sobre aqualidade e o tratamentodispensado à nossa culturapopular que era o tema dostrabalhos exibidos. Picousimpático e íugiu ao falso1didatismo e pretensas liçõesque tanto assolam as produ-ções da Televisão Educativa.

Ao mostrar maié cine-ma, Coisas Nossas é mais efi-ciente e claro em sua propôs-ta. Coisa que a discursivaCinemateca só poderia con-seguir caso seus debates so-bre mercado pudessem, semnenhuma censura alheia ouprópria, abranger tambémas idéias que afinal são ocerne ou a razão única deexistência de seu produto.

CADERNO B ? JORNAL DO BRÂSILJD—Rio-deJaneira^- sáhada_9 de setembro de 1978 ? PAGINA 3

JAMES BONDÜÍVIAS EXTERNAS NO

RIO COM A JOVEMy SENSACIONAL

DE PLANTÃOte.íY;^^:í^'';v.:;''' .'¦' #^Pi'^«wfiSliâ;,, úmtiittê* yf^mMmfjÉm•W*-' *Ç?W AmmWÈkmm]amf\ 1aC*4^^BvW^B

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Roger Moore nunca sonhouem interpretar Hamlet

PARIS

— Com umorçamento milio-nário, uma novaheroina diploma-

da em História e RogerMoore já perfeitamenteentrosado com seu perso-nagem, muitas emoçõesaguardam os fãs das in-criveis aventuras cinema-tográficas de James Bond.O novo filme, com orça-mento recorde de 25 mi-lhões de dólares, exploratodas as fantasias, e estásendo rodado num estúdioem Paris, com tomadasexternas em Veneza e noRio de Janeiro, sob a di-reção do veterano LewisGilbert.

Os estúdios da Epinay,nos arredores da Capitalfrancesa, são severamen-te guardados contra as in-discrições da imprensa.Apesar disso, sabe-se queo agente secreto a serviçode Sua Majestade Britani-ca estará às voltas nova-mente com uma espécie degênio do mal, protagoni-zado pelo francês MichelLonsdale, disposto a des-truir o mundo.

Para isso, esse novo DrMabuse, versão 78, empre-gará as técnicas especiaismais avançadas, contandocom um decorador que em-pregou boa parte do orça-mento para construir apa-relhos que fariam empall-

decer de inveja os própriostécnicos da NASA. Este é o11.° filme mais ou menosbaseado nos romances delan Fleming. Os sete pri-melros foram interpretadospor Sean Connery, e emseguida entrou em cenaRoger Moore, há muito co-nhecido pela televisão, nasséries O Santo e Persua-ders.

Como em todas as coisasque acontecem com JamesBond, há sempre uma jo-vem sensacional, um dessessonhos que desencadeiamtorrentes de adrenalina emtodos os espectadores. Des-ta vez, a escolhida foi LoisOhiles, uma belíssima ame-ricana que, depois de terestudado na Universidadedo Texas, sua terra, de on-de saiu professora de His-tória, compreendeu que seufísico poderia lhe propor-clonar algo diferente doensino pu da pesquisa.

Lols Ohiles tem uns olhosverdes que cativarão oclnquentão Roger Moore, eela espera, com as intér-pretes anteriores da série,que o novo James Bond aleve a sério. A moça jácontracenou com RobertRedford, e o último filmede que participou íoi To-gether for Days, de MichelSchultz. Agora anda pelosestúdios ajudando o boni-tão Moore a destruir omonstro que ameaça a hu-manldade com seus terrí-veis Inventos.

Roger Moore sabe que es-tá jogando pela quarta vezuma carreira perfeitamenteestruturada, graças sobre-tudo à TV, que lhe deu fa-ma internacional. Mas, co-mo as outras aventuras deBond que ele viveu, entreelas The Man With theGolàen Gun, correram mui-to bem, ele está menos pre-ocupada Milionário, pro-dutor de várias de suas fitaspara a TV e o cinema, essebritânico com pinta de LordCálavera, diz modestamen-te, e com um sorriso: "Nãosou pessoa muito amblcio-sa, e não creio ter sonhadonunca em interpretar Ham-let. Mas hoje, lançando osolhos sobre minha carreira,posso dizer que sempre fizas coisas o melhor que pu-de. A falta de paixão tam-bém me permitiu ser maisnatural e severo comigomesmo, encontrando certoencanto em personagens àsvezes violentos".

O MO I ilü !¦MARAVILC322EaniZ52í

PlfiALLE — " sempre movimentado restaurante do Posto Seis, com suas mesas no calçedão,ofereça iscas d* fígado e bacalhau, carapaus fritos, diversos outros petiscos p«fa

acompanhar icu chopinho. Bacalhau de todas as maneiras. Almoço e jantar. Também, culinária inter-nacional. Av. Atlântica, 4 206-A. Copacabana.

QUEIJOS& VINHOS

IA CAVE AUX FROMAGES — De ^°m'm^0 * quinta (exceto segunda-feira), o PierreBloch espera V. com um maravilhoso plattau de quei-• ioi, para duat pessoas, por apenas CrJ 250,00. Vinho á parte. Também chope tirado pelo experi

Manollo Mascarenhas (do Castelinho). e salgadinhos. Av. Delfim Moreira, 80. Tels.: 267-8198/287-5921.

COZINHA INTERNACIONAL

I E PQIM _- U"1 restaurante que é a continuidade de sua casa; tratamento fraterno • atencioso.Cozinha internacional, com destaque para oa pratos franceses, mas sem faltar •

.nossa tradicional Feijoada, aos sábados, e o Cozido Especial, aos domingos. Também entrega tdomicílio. Almoço e iantar. Av. Ataulfo de Paiva, 658. Tel.: 294-2599.

COZINHA FRANCESAESPACE «17 — ^ qu< co'oca e5,a ,uxuo»» «s» om relevante posição nos meios gastronô-"*""'*'*•" ^* ""* micos i a excelente cozinha que oferece aos teus habitueis. Entre suas su-gestõet sempre deliciosas, um prato recém-lançado pelo chef Guy Gallozi: Filet de Sole aux Amandes.Rua Farme de Amoedo, 47. Tel.: 227-0743.

RIVE GAUCHE/BIBLOS —• Em seu menu a' aP,eciac,:íssim" receitas da renomada cozinhafrancesa, entre as quais pode-se citar o Crevettes à Rivt

Gaúche, com maçã à Ia creme, curry, gratinado com arroz passas. E o Biblos, com seu ambienteinteressante, apresenta Sérgio Scollo e discoteca. Av. Epitácio Pessoa, 1.484. Tel.: 247-9993.

Q TECLAD0/L6S TolflDlífirS — *9ora' ma's uma raza0 P>'> aquela esticada noturna' durante qualquer dia da semana: Luizinho Eça ao piano,com seu cardápio muscical de fino gotto. Antes jante no restaurante magnificamente dirigido porAlain-Claude Jacquemin e Jacques Le Safre. Paladar francês. Av. Borges de Medeiros, 3.207. Tel.:

266-1901.

ALMOÇO NO CENTRO

RESTAURANTE DO MAM — Ca'e90,'a aliadd é0 know-how de 20 anos de bons servi-ços,. prestados no Museu, caracterizam este restaurante,

agora funcionando no andar térreo, em ambiente tranqüilo • amplo, cozinha internacional e preços .justos. Quem ainda não o conhece, não deve perder essa oportunidade. Abre para almoço de si-gunda a sexta. Res.: 231-1977.

COZINHA CHINESA

ORIENTO — Eml:>ora rnilenar, a culinária chinesa é cheia de nuances e mistérios que até hoj»ainda não foram desvendados, apesar do grande interesse d* seus inúmeros adap-

tos, dispostos a reproduzir suas receitas. Fica o consolo de se encontrar um restaurante a altura dasatisfazer o paladar mais exigente. Rua Bolivar, 64. Tel.: 257-8765.GREAT CHINA —- As '"S"'0" do "'dápio á*''0 «sa *-**° do exótico Frango Xa-

drez com Amendoim até a Carne de Porco Do:e-Azedo, passandopelas sobremesas, também exclusivas, como Lychees em calda. Almoço e jantar. Atendimento per-feito. Fica no melhor ponto de Copacabana. Rua Siqueira Campos, 12-B. Tel.: 235-3157.

COM SHOWTEM TUDO — As churrascarias sáo um conviie àqueles que apreciam carnsj às farias, com

muito ou pouco tempero, preparadas de todas as maneires, como elas sãonesta casa de Madureira. À noite, música para ouvir ou dançar. Shows nos fins-de-semana. Domi.igo,no almoço. Circo do Carequinha. Rua Padre Manso, 180. Tels.: 390-60547/359-4422.

COZINHA BRASILEIRACHALÉ BRASILEIRO - Neste restaurante, em estilo colonial de fino gosto, todos os

dias são consagrados ao feijão, marca registrada da nessaculinária, que é servido em forma da tradicional Feijoada, diariamente, no almoço e Iantar. Tambémpratos baianos. Rua da Matriz, 54 — Botafogo. Tels.: 286-0897 / 246-4856.

COZINHA PORTUGUESA

LISBOA A NOITE — ^'ei,° Pe'os brasileiros, especialmente os cariocas, como o mais au-téntico local lusitano do Rio: garrafeira selecionada, cozinha típica e

internacional e thow com Maria Alice Ferreira, Lúcia dos Santos e Manoel Taveira. Abre somentepara jantar de segunda a sábado, flua Pompeu Loureiro, 99, Tel.: 255-1958.

COZINHA ITALIANA

PIZZA PINO/VALENTINO'S BÁR — ° eixo mais descon,raído da ,Cidad» M8ra-vilhosa: jante ouvindo boa música com Ju-

randy, Salobinho e Jacy e suas violas enluaradas. No piano-bar, Christine, Hélio, Nelson Melim eZe Carlos. Até às cinco da manhã. Almoço aos domingos. Rua Carlos Góis, 83 - leblon. Tel.: 267-5365.

IL TROMBONE — " vero r,s,oranle italiano di Rio de Janeiro, 40 piatti di antipasti t didolci e Ia vera pasla italiana "ai dente". Penne ai 4 formaggi, Penne

allarrabbiata, Spagholti alia marinara, Spaghetti ai burro e pomodoro, Lesagne alia Casalinga, Cannel-loni delia monna, Gnochi alia Bolognese. Av. Min. Viveiros de Castro, 51 — Copa.

Dicas para esta seção: 243-0862

Cidadede sonho

Quem viajou para forado Rio durante o longofim de semana não sabe oque está perdendo.

Reduzida a densidadepopulacional a índicesmais razoáveis, a cidadeestá até amável. O transi-to corre solto, é possívelassistir a um filme comconforto, os garçons dosrestaurantes multiplicam-se em atenções aos espar-sos clientes.

Pelo menos num aspec-to, justiça seja feita, oBrasil é capaz de rivalizarcom as grandes naçõesdesenvolvidas: enforca-seum dia útil encravado en-tre um feriado e um fimde semana sem dó nempiedade..

¦ ¦ ¦ *.'"CAN-CAN" NO .

MUNICIPALa O coro *do Teatro Muni-cipal está aprendendo a dan-çar o can-can, que terá umdos pontos altos da enoena-ção da opereta Ia Périchole,de Offenbach, que estréiadia 28.

Dois franceses — a can-tora Jane Rhodes e o mães-tro Mareei Couraud, ambosgrandes especialistas em ope-retas de Offenbach — enca-beçam o elenco.

A nota é dada com asmaiores reservas. >., Primeiro, porque parecemeio arriscado .promover :'erepente as solenes senhorasdo coro a dançarinas de can-can. Nunca se sabe o que po--de acontecer.

Segundo, porque por suacaracterística popular o can-can pode vir a sofrer restri-ções da direção do Municipal,que torce o nariz para todamanifestação que não se si-tue no nivel dos pincaros doEverest.

Tudo ou nadaA Confraria dos Gastrô-

nomos teve sempre como nor-ma programar seus almoçospara as quartas-feiras, emrestaurantes, d i v i dindo osconfrades as despesas.

Ao coordenador do encon-tro, escolhido segundo umrodizio entre os membros daConfraria, cabia apenas esco-lher os pratos, os vinhos ecuidar para que tudo saísse acontento.

Essa norma foi rompidaoutro dia pelo confrade Al-berto Pittigliani, que organi-zou elegantemente o almoçoem sua própria residência,num sábado. Evidentemente,por ser o host e receber emcasa, não houve divisão dedespesas, arcando ele com oônus integral do • ágape, re-gado a fartíssimo champã.

Agora, novamente serárompida a norma, realizan-do-se numa residência par-ticular o próximo almoço, pa-ra o qual estão chegando aosconfrades comunicações aler-tando-os de que a comidacorre por conta do anfitriãomas a bebida será paga pe-los comensais.

Trata-se, no mínimo, deuma gafe. Quem dá almoçoem casa não pode cobrar asdespesas dos convidados. Senão puder fazê-lo sem cobrar,que se submeta à rotina daConfraria, que sempre almo-çou, e muito bem, em restau-rantes, sem constrangimen-tos.

Zózimo

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Ana Luíza Capanema em noite formal

ROIIA-VIVAA Sala Cecília Meireles abre na segunda-feira o

ciclo Chopin — oito programas sobre a obra integraldo compositor — com a apresentação de Artur Mo-reira Lima. Y--¦•'.

Maria Alice e José Halfin, ele em viagem de tra-balho, seguiram para Paris ontem por uma semana.

Margaux Hemingway e Bernard Foucher, noivoshá alguns meses, estão de casamento marcado paraa última semana de outubro.

. • A Sra Adelaide Castro recebe sexta-feira próximapara um almoço só de mulheres.

Estará funcionando até o final do mês o novo res-taurante de Arnaud Mesquita, Cantina 102, no Leblon.

Novembro será um mês gordo para as artes plàs-ticas. Abre-se no Rio o IP Salão Nacional de ArtesPlásticas e em São Paulo a l.a Bienal Latino-Ame-ricana. -v '"'"":

A Atlântica-Boavista acaba de comprar mais umaseguradora, a Sagres, a 10a na ordem de aquisição.

Na noite do Le Chat Noir, em-mesa de muitosamigos, o arquiteto e Sra Paulo Case.

É a PUC que patrdeina, a partir do dia 12, noCTI da Santa Casa, o primeiro curso de aperfeiçoa-

-. mento em Terapia Intensiva em nivel de pós-gradua-ção. Coordenando-o e dirigindo-o está o Dr Júlio Po-lisuk.

Jorsre Guinle voa sexta-feira que vem para umanova temporada em Los Angeles:

Angela Junqueira Bastos usará um modelo com agriffe de João Miranda na cerimônia de seu casamen-to, dia 14, na igreja N Sa de Bonsucesso, com CarlosFernando Miranda Barros.

A revista Veja está festejando 10 anos de exis-tência.

/• Fechado durante o verão, o Studio 54, de Nova lor-que, reabre terça-feira as portas com uma grandesoirée.

A Sra Josefina Jordan hospedada no fim de se-mana com Teresinha e Hilâegardo Noronha em Pe-trópolis. .

Mary Ann e Pedro Pedrosa festejaram bodas deprata com uma grande recepção na Rua D Mariana.

Regina Coelho e Paulo Bastos movimentando noweek-end o seu bem montado La Serre, em Petrópolis.

O Nova Friburgo' Country Clube promove hoje asua tradicional Festa da Cerveja.

O Ministro e Sra Raul Fernando Leite Ribeiro es-tão convidando para jantar no dia 20.

Sob a supervisão da brigada de chefs do Aviz, ba-calhaus sobem hoje a serra e aterrissam na mesa deD Mariazinha Guinle, que recebe para almoço em Te-resópolis,

Ronaldo Freire e Eduardo, de Castro fecham oMykonos dia 14 recebendo um grupo grande de amigos.

Boca pequena•. Consta no Salão Aeronáutico deFarnborough, aberto desde o dia 3 emLondres, que a Varig acaba de assinar acompra de dois Boeing-747 — Kombi emais dois DC-10.

Estaria, assim, concretizado projetoda empresa de ampliar sua frota de jatosintercontinentais a partir de 1980.

¦ ¦ ¦

POR BAIXOA eleição a deputado federal pelo Es-

tado do Rio de Janeiro custará a qual-quer candidato no mínimo de Cr$ 2 a 3milhões, calculando-se as despesas porbaixo.

Quem não puder ou não estiver dis-posto a despender essa quantia, terá umachance remotíssima de se eleger.

• Os cabos eleitorais e vendilhões devotos agradecem comovidos à Lei Falcão.

¦ ¦ ¦

Toda razãoOs tenistas europeus e sul-americanos que

reclamam do piso (cimento revestido de bor-racha) das quadras de Flushing Meadows,onde está.sendo jogado o Aberto dos EstadosUnidos, têm toda razão,

O piso extremamente duro, como pareceser o de Flushing Meadows, criticado entreoutros por Guillermo Vilas e Bjorn Borg, con-•corre para equilibrar forças diferentes nive-lando os jogadores por baixo.

Uma vitória passa às vezes a depender deum bom saque, impondo-se a força fisica àtécnica, ao jogo sutil, ao toque de bola, jus-tamente onde reside a beleza maior do tênis.

A verdade é que a velha e já quase forade uso, pelo menos nos Estados Unidos, qua-dra de saibro ainda é, pela lentidão, o lugarideal para um tenista provar suas diferentesqualidades. Quanto mais variadas forem elas,maiores são as possibilidades de exibi-las.

A pior coisa que pode acontecer para otênis no futuro, como espetáculo e como es-porte, é o rompimento definitivo do equilí-brio entre as três forças que o sublimam:habilidade, vigor e inteligência.

Limitá-lo à expressão exclusiva do vigorserá reduzi-lo à dimensão da atividade deum lenhador.

¦ ¦IRRESPONSABILIDADE

Estão-se tornando comuns no Túnel Re-bouças os casos de ultrapassarem em alta ve-locidade pela pista de acostamento, à direita.s A manobra numa via normal já é um ab-surdo. Dentro de um túnel, chega a ser cri-minosa.a Pelo perigo a que expõem os demais mo-toristas, os infratores devem ser punidoscom o maior rigor. A perda pura e simplesda carteira de habilitação é pouco. Deveriamir para a cadeia.

¦ ¦

Prevenirnão ofende

Durante muito tempo, apenas a velocidadee a impericia dos motoristas eram as culpa-das pelos acidentes que ocorriam na curvaonde está .plantado o posto da Petrobrás, em *frente ao morro da Catacumba, na Lagoa.

Agora, essa culpa passou a ser divididacom as obras que darão ao morro jardinse um mirante.

O movimento de terras na encosta e achuva combinam-se numa lama que acabainevitavelmente depositada no meio da rua,o que aumenta o risco de derrapagens e aci-dentes.

Já que enquanto durarem as obras seráimpossível contornar o problema, convinhapelo menos colocar algumas placas prevenin-do os motoristas do risco que correm.

Zózimo Barrozo do Amaral

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PAGINA 4 ? CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978

MUSICA POPULARCLARA NUNESMOSTRA EM

"GUERREIRA"QUE GANHOU A

BATALHAJ. R. Tinhorão

A

cantora Clara Nunes, nasci-da durante ali GuerraMundial na cidadezinha mi-neira de Paraopeba, apesar

de filha de violeiro e tirador de mar-chás de folias de reis, não encontroufacilmente o caminho da arte do po-

vo, em sua trajetória de intérprete demúsica popular. Seduzida pelas pro-messas das grandes cidades — primei-ro Belo Horizonte (cantou na RádioInconfidência e TV Itacdlomi), e de-pois o Rio de Janeiro (TV Continen-tal e boates) — Clara Nunes empres-

tou durante vários anos a sua boa vozà interpretação de boleros, música deconsumo fácil, chegando à heresia demisturar composições de criadores deescolas de samba com músicas de Cae-tano Veloso em seu LP Clara, Clarisse,Clara, em 1972. De repente, porém,após tomar parte, ao lado de PauloGracindo, do espetáculo Brasileiro,Profissão Esperança, no Canecão, em1974, Ciara Nunes sofreu uma espéciede iluminação. E, assim, ao mesmotempo em que descobria a riqueza es-piritual da religião negro-brásileira,aderiu definitivamente ao tipo dé sam-ba mais castiçamente popular (videsua paixão pelas músicas de NelsonCavaquinho), e que lhe permitiria ai-cançar sucesso com sambas como MeuSapato Já Furou, de Elton Medeirose Mauro Duarte e acertar até na es-colha sentimental do parceiro amoro-so, ao casar-se com o competente com-positor-poeta Paulo César Pinheiro,também preocupado em suas letrascom a realidade brasileira e popular.

Transformada em grande vende-dora de discos a partir de sua tomadade posição ao lado da música realmen-te popular, a neoconversa Clara Nu-

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Clara Nunes:depois da iluminação

nes não abandonou mais a trilha deinterprete de criadores do povo — oua ele ligados por eleição, como JoãoNogueira, Paulo Vanzolini ou o pró-prio Paulo Qesar Pinheiro — e o re-sultado foi, além do sucesso, a proje-ção crescente da sua figura como can-tora.

Uma prova de que Clara Nunesacertou em sua opção é fornecida no-vãmente, agora, com o lançamento doseu LP Guerreira, da Odeon-EMI. Empleno apogeu de seus dotes de intér-prete, Clara Nunes, apesar da hete-rogeneidade do repertório — que in-clui desde músicas de sabor rural, co-mo Zambele, de Catoni e Rosa (NoelRosa de Oliveira?), a sambas-cançõesclasse média como Mente, de EduardoGudin e Paulo Vanzolini, e Amor Des-feito, de Gisa Nogueira, sambões degosto fácil, como Moeda, de Romildoe Toninho, a quase modinhas de liris-mo antigo, como Tu Me Deste o TeuCuidado, música de Capiba sobre ver-sos do poeta Manuel Bandeira — fir-ma-se definitivamente como uma dasmelhores cantoras de música popularbrasileira. E por isso merece ser ouvi-da.

5» lia

AGENDADo início da carrei-

ra, quando começou emdisco com a música Co-co Verde, até seu atualrepertório de inéditas:Sérgio Sampaio apre-senta esse percurso ho-je no horário de meia-noite no Teatro Opi-nião.

Amanhã, dois encer-ramentos. Em CampinaGrande, Paraíba, ter-mina o 5.° CongressoNacional de Violeiros,iniciado quinta-feira,sob o patrocínio da As-sociação de Repentistase Poetas Nordestinos,Funarte e MEC. Com opatrocínio das mesmasentidades, e mais o Ins-tituto Nacional de Mú-sica, a TV Globo levaao ar, a partir dás 9h15m, a final do 2.° Cam-peonato Nacional deBandas. Com um movi-mento de 900 conjun-tos regionais, o cam-peonato chega a quatroconcorrentes para a es-colha da vencedora:Banda Filarmônica Vis-conde do Rio Branco(MG), Banda Sinfôni-ca da Escola de Músicade Brasília, Banda Mu-nicipal do Recife e Ban-da Dona Luíza Távora,do Ceará. No júri, osmaestros Júlio Meda-glia, Edino Krieger,Marlos Nobre, Alceu Bo-chino e João BatistaGonçalves.

Rais e Fruto, com os.portelenses Monarco eGisa Nogueira, acompa-nhados do violonistaNilton Barros, é o show• que ocupa o horário dasseis e meia na Sala daFunarte, de segunda asexta próximas. Apenas,segunda, como sempre,esse mesmo horário, noMuseu da Imagem e doSom, pertence à Feirade Choro. Desta vez, es-

Tárik de Souza

tão escalados o conjun-to Com Casca e Tudo ea cantora AdemildeFonseca.• Desta segunda até apróxima, com uma infi-nidade de eventos para-lelos, conferências e ex-posições, desenrola-seno Palácio das Conven-ções do Anhembi, o 1.°Festival Internacionalde Jazz, filial do queocorre todos os anos emMontreux, Suíça, nomês de julho. O eventocoloca, pela primeiravez, concretamente, oBrasil no calendário damúsica popular mun-dial. Seu roteiro:

Segunda — AstorPiazzolla e seu conjun-to, Dizzy Gillespie eQuarteto, Benny CarterTrio, Nelson Ayres e aTexas Arlington Band.

Terça — Wagner Tisoe seu grupo. Os canto-res Al Jarreau e EttaJames, cada um comseus acompanhantes.

Quarta — O trio deLuís Eça, o conjuntoAzimuth e o saxofonis-ta Nivaldo Orriellas, e oagrupamento Jazz Atthe Philarmonic: Jim-my Rawls, Roy Eldrid-ge, Harry Sweets Edi-son, Mickey Rocker,Milt Jack son, ZootSims e Ray Brown.

Quinta — Raul deSouza e seu grupo como convidado especialFrank Rosolino. GeorgeDuke e seu conjunto eMilton Nascimento,também -acompanhadode seus instrumentis-tas.

Sexta — Larry Co-ryell e Philipe Catheri-ne, ambos guitarristas.O saxofonista PauloMoura, o gaitista Mau-rício Einhorn e a RioJazz Orquestra. E mais,o trio do pianista Ah-

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Monarco: raize fruto portelense

mad Jamal, o multi-ins-trumentista E g b e rtoGismonti e sua acade-mia de danças.

Sábado — Quartetodo saxofonista VictorAssis Brasil, o grupo doguitarrista e composi-tor Taj Mahal e o sexte-to de Stan Getz.

Domingo — HermetoPaschoal e grupo, o te-cladista Patrick Moraze o percussionista Djal-ma Corrêa no comandode outros ritmistas.Chick Corea e seu sexte-to, com participaçãodestacada de Joe Far-reli.

Segunda — MárcioMontarroyos e o Gru-po Um; Banda de Fre-vos de José Menezes, doRecife; o guitarristaJohn McLaughlin e seugrupo.

De quarta a domingopróximos, no Clara Nu-nes, a cantora Oliviaapresenta seu e s pe-táculo Corra o Risco. Oshow vem de superlota-da e elogiadíssima per-manência n o TeatroIpanema, onde, no últi-mo dia, obrigou a casade espetáculos a dobrara lotação.

A sambista Alcione,companhada do TodaTransa, lança seu LpAlerta Geral, num showdo mesmo nome, a par-tir de quinta-feira noTeatro Galeria. Nomesmo dia, em SãoPaulo, depois dé tem-porada no mesmo Gale-ria, o vitorioso Nos diasãe Hoje, de Ivan Lins,estréia no Tuca.

A partir da próximasexta, no seis e meia doDulcina,. João Nogueira,Sérgio Cabral e Maurí-cio Tapajós fazem o no-vo trio do Projeto Pi-xinguinha, que percor-rerá os Estados. E, nopróximo sábado, o nos-tálgico baile Parece quefoi Hontem, com a or-questra Som Global, noA u tomóvel Clube doBrasil, promoção daABI.

O Golden Room doCopacabana Palace vol-ta à'atividade a partirdo dia 21 de setembro.Promete mudar a pro-gramação, consagradaanteriormente às gran-des estrelas internacio-nais, inacessíveis aosbolsos menos estufados.Os produtores DuduCampos e Don Lewisanunciam para a es-tréia da nova fase dacasa os grupos Azimuthe Água.

Alceu Valença en-cerra domingo tempo-rada de seu eletrizanteespetáculo no TeatroIpanema. Edu Lobo.prossegue seu refinadoCamaleão até dia 17,no Casa Grande. EBelchior, embalado pa-ra todos os gostos, ves-te e desveste camisas eblusões em Todos osSentidos, no Tereza Ra-chel, até dia 24.

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Olivia:dobrando lotações

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Belchior: embaladopara todos os gostos

ACONTECEAlém do advanced a que normalmente

tem direito, no ato de renovação do con-trato de mais quatro anos com a gravadoraChantecler, a dv.pla sertaneja Milionário eJosé Rico, fazendo jus ao nome artístico,recebeu dois automóveis Brasília zero km.Explica-se: desde o lançamento de seu pri-meiro disco, eles já venderam 1 milhão deexemplares naquela etiqueta, o que demons-tra que a polca, a guarania, o huapango, obolero e mesmo a rancheira continuam osritmos favoritos do público do interior.Basta ouvir Rei Sem Troco, recente LP deMilionário e José Rico: a influência latinacontinua dominando os sertanejos.

No Rio Grande do Sul, o mensário Agri-cultura "è Cooperativismo não faz por me-hos'— dirige a seu público de criadoresagrupados em cooperativas, somente astrosda região: de Noel Guarani, "índio xucro"que defende a música tradicional gaúcha,à não menos representativa Slá Maria,, gai-teira com 50 anos de serviços prestados nosfandangos da campanha.

Em. Montreux, a sumidade da guitarraelétrica John McLaughlin, inglês formadona escola de Miles Davis, promoveu umaiam session com os brasileiros Gilberto Gil,Rubão Sabino e Djalma Corrêa. Seu instru-mento foi a guitarra de Pepeu, este em êx-tase, perseguindo o idolo com uma máquinafotográfica' para registrar a façanha. NoFestival de Jazz de São Paulo, encontram-se de novo os dois guitarristas, e Pepeu —modestamente — promete um acirrado diá-logo de guitarras.

Da mesma forma que Roberto Carlos,Alternar Dutra e tantos outros gravam ver-soes espanholas de seus discos para o mer-cado vizinho, americano e europeu, o mes-mo acontece com o cantor espanhol JúlioIglesias, potentado em.vendas em seu pais.Dia 12 próximo, ele chega ao Rio para di-vulgar seu LP, inteiramente gravado emportuguês.

A Funarte abriu uma janela na progra-mação da Rádio MEC para produção deprogramas especiais sobre música e cultura

populares. De segunda a sexta, às 21h30m,o Horário Funarte apresenta entre outros oCafé Com Letras, às terças, produção ¦ deHeloísa Buarque de Holanda e Charles Pei-'xoto, a respeito da poesia e literatura. Naquarta-feira, meia hora de Música. Latino-Americana, produzida por José Emílio Ron-deau: um panorama da cultura musical docontinente, dos cantos de guerra dás tribosdo Alto Xingu ao tango eletrônico de AstorPiazzola. Em pauta, um programa de.revi-são do fenômeno festivais de música, e ain-da outro, dedicado à sofrida classe do ins-trumentista brasileiro.

Entristecedora perda para um dos últi-mos conjuntos — realmente — vivos dorock. Morreu quinta-feira, dia 7 passado,em seu apartamento no bairro de Mayfair,em Londres, o inquieto e gozador KeithMoon, baterista do grupo The Who. Nasci-do em agosto de 1947, em Wembley, educa-do em Harrow, o maluquete Moon, alémde gravar com o quarteto, tinha movimen-tada carreira solo, onde misturava discosamalucados e escândalos pessoais, tipo atl-rar um Lincoln conversível numa piscina,aparecer em público caracterizado de Hl-tler, ou jogar um gigantesco bolo de ani-versário na cara de um sheriff. Keith Moon— ao seu estilo — comemoraria a mortecom irreverência; nada mais certo, nestemomento, então que ouvir Two Siães ofThe Moon (Polydor). Ou no mínimo garga-lhar com a capa, a janela de uma luxuosalimusine ocupada por alguém de calças ar-riadas. Na contracapa, fleumátlco e matrel-ro, o baterista, impecável de terno, grava-ta, colete, bengala e chapéu, desce do car-ro, auxiliado por seu motorista.

O filme está sendo exibido em Londres,mas a semana Buddy Holly chegou ao Bra-sil, através de fartos releases, selos e bo-toes de lapela scom estampas do lendárioCharles Hardln Holley, nascido a 7 de se-tembro de 1936. Pouco conhecido no Brasil,Holly terá seu culto ampliado (até chegaraqui, provavelmente) por um pacote deseis LPs que a MCA colocará na praça, aopreço de 14 libras. Acompanha The Com-plete Buddy Holly, um livro ilustrado de60 páginas.

A propósito, em edição especial, de ape-nas 1 mil exemplares, ao preço astronômi-co de 116 libras, George Harrison lança umlivro com 50 canções (l Me Mine) na In-glaterra. A editora, Gênesis, promete ou-tros livros igualmente raros e caros, provade que o rock, excessivamente massiflcado ediluído, procura encontrar sua identidadeoutra vez (afinal, a maioria dós rockeirosainda está na faixa dos 30-40 anos, restaaposentar-se cum dignitate?). Mesmo queisso resulte no acúmulo de um público se-leto e milionário.

Uma série de debates sob o tema Pers-pectivas da Cultura Brasileira reunirá naABI, sob a coordenação de Moacy Clrne eJoão Ricardo Moderno, expressivos repre-sentantes do setor. O capitulo música foiagrupado aos quadrinhos e será discutidono auditório da ABI, dia 25, às 20h30m, pe-lo maestro Guerra Peixe, pelo compositorSidney Miller e pela jornalista Ana MariaBahiana.

Escolhido através de enquete da revis-ta Playboy, edição brasileira, o melhor per-cusslonlsta do ano, Djalma Corrêa aboca-nhou CrS 10 mil da Fundação Cultural daDistrito Federal. Prêmio pela trilha sonorade Ponto das Ervas, a melhor do XI Fes-tival de Brasília.

O octeto vocal formado pelos rapazesdo MPB-4 e as moças do Quarteto em Cy,no espetáculo Cobra de Vidro, dissolve-semomentaneamente, após grande êxito natemporada, paulista, no Tuca (lotação de1 mil 110 pessoas por noite, num teatro com1 mil 200 lugares). Dorinha, do Quartetoem Cy, em período de gravidez, afasta-se.O MPB-4 segue viajando pelo Interior pau-lista. Mas o LP com as melhores passagensdo show já está nas lojas, via Phonogram.

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Júlio Iglesias:em português

• A partir do Olympia de Paris (com TomJobim, Vinícius e Toquinho), onde estreouquinta-feira, a cantora Miúcha faz excur-são européia. Visita ainda Roma, Florençae Londres. Antes de viajar, ela gravou comsua filha Bebei a música Cálice, do irmãoChico Buarque e de Gilberto Gil, em com-pacto RCA, a ser lançado este mês.

ARTE E PODERDepois de liberadas

para gravação no Lpde estréia de Vital Fa-rias na Phonogram fo-ram proibidas pela cen-sura para apresentaçãoem público as músicasVia Crucis da MulherBrasileira e Alice noCurral das Maravilhas.O veto ocorreu dia 31passado no ato de libe-ração do show de Vital,na Faculdade de Comu-nicação Hélio Alonso.Detalhe: o Lp, com asmúsicas já está nas lo-jas — e tocando nas rá-dios — há dois meses.Pergunta-se se haverásentido nesse desmem-bramento de tentáculosda Censura, já que aprópria Censura nãoforma sentido.

"Acho que atual-mente está havendouma desvalorização dointérprete. E eu culpoisso a essas editoras egravadoras. Olha quan-tos compositores novoseu levei à editora paramostrar músicas. In-clusive eu dizia para

deixarem a fita comigoque eu mesmo mostra-ria a música a outroscantores e, quem sabe,o cara poderia conse-guir várias gravações.A gente leva os caraspelo braço às 'gravado-ras e daí a um mês oudois fica sabendo que ocara já gravou aquelasmúsicas e vai ser lan-çado como cantor. En-tão, atribuo às editorase gravadoras a culpadessa .calamidade. Aseditoras querem arre-banhar para si os com-positores novos. E, co-mo a maioria delas per-tence à s gravadoras,tudo fica mais fácil seo cara for lançado co-mo cantor. É um olhogrande incrível. E agente fica sem repertó-rio". (Jair Rodrigues àrevista Business DiscoShow).

• A relação entre oEstado e a produção ar-tística no Brasil serádebatida com o públicoe o Centro de Do-cumentação da Funar-

te, através de um pro- ,,.grama de bolsas-de-es-tudo e pesquisa, cominscrições .abertas atédia 30 de setembro. Ointeressado encaminha :seu projeto de pesquisasobre o tema e, caso .aprovado, recebe um te-to máximo de até Cr$> -180 mil para trabalharnele. Interessa à Funar-te "aprofundar os pro-blemas decorrentes darelação entre o Estadoe a produção artísticano Brasil, tal como elase processa e em suadimensão histórica. Otema não se restringe,n o entanto, somenteaos exames dos meca-nismos de ação do Esta-,do na área cultural..'Abre-se a questão dacomplexidade da rela-ção do Estado, em suadimensão ampla.de po-der, com a produção ar-tística". Em outras pa-lavras, e x aminam-se,como costuma fazer es-ta coluna, as interliga-ções — quase nuncaocasionais — entre "ar-te" e "poder". - -

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CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio c

LEOPOLDO TORRE NILSSON& 1924 f 1978

O CINEMA ARGENTINO SEM O SEU ESTETA

Janeiro, sábado, 9 de. setembro de 1978 D PAGINA 5

B UENOS Aires— O dire-tor cinematog r á í i c oLeopoldo Torre Nilssonmorreu ontem depois de

ter-se submetido' à uma operaçãoem que extraiu a glândula hipó-fise, há uma semana. Após umarecuperação razoável, Torre Nils-son, teve seu estado agravado naquinta-feira e foi internado emum centro. de tratamento inten-sivo, Onde'morreu.

Os • médicos Pedro Basso eGuillermo Arce, responsáveis pelaoperação, utilizaram um novo mé-todo. para extração, da hipófise,que. substituiu o da trepanação. Ocineasta estava casado com a es-critora Beatriz Guido, co-roteiris-ta de alguns dos seus filmes, e ti-nha dois filhos. . r..

Torre Nilsson dirigiu 33 fil-mes e em vários deles abordou te-mas relativos ao passado históricoargentino. Obteve diversos pré)-mios nacionais e internacionais,principalmente nos festivais in-ternacionais de Cannes, na Fran-ca; Taormina, Itália, e Rio de Ja-neiro. .:':¦-'

— Cinematográfico em seus.meios, mas romanesco em suas es-truturas intelectuais, é um estetaprofundo.

Assim o critico francês André'Bazin se referiu .â Leopoldo. TorreNilsson, papa do cinema argenti-no. Havia quem o comparasse aBergman, o que muito o honrava,"na medida que a comparação serefere á uma semelhança qualita-tiva das obras, pois mais do queIsto seria plágio ou cópia simples,idéia que eu sequer posso admi-tir". .Tòrrè Nilsson gostava mes-nio era de Fellini, que "tem ummérito fabuloso: o de fazer che-gar a verdadeira obra de arte aogrande público, porque seus filmesrendem .comercialmente comoqualquer filme puramente comer-ciai, embora sejam obras de arte;no mais alto conceito".

Começou no cinema como as-sis tente de seu pai, Leopoldo Tor-res Rios, hos filmes El Crimen deOribe, e El Hijo dél Crack em1939, encabeçando um movimentorenovador no seu país. Preocupa-va-se com uma revolução cinema-tográf ica total è coerente em todasas frentes. ;

$- Faralisso-i dizia -— é ne-. cessário acabar .com o monopólioda distribuição, rebentar côm acensura—seja ela oficial, policial,velada ou social — e adquirir, semperda de liberdade de criação, ascondições1 econômicas mínimaspara fazer filme.

Achava oportuna uma inten-sificação das relações culturais

. Brasil-Argentina e defendia a te-se de qüe "se a América Latinacontinuar dividida, será, inevitá-velmentè, .devorada pelo imperia-lismo Internacional".

'Seu primeiro roteiro data de1946. Foi também assistente dédireção e roteirista dos diretoresLuiz Bayon Herrera e Miguel Ta-

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Torre Nilsson, de óculos,;filmando Martin Fierro, em 1968

to. Escreveu Cuatro Espacios paraei Cielo, uma peça de teatro. Naliteratura, é responsável por Tran-sito de Ia Gota de Água, a novelaEl Protegido e o conto Entre Sa-jones y ei Arrabal. Ainda no tea-tro, dirigiu El Pátio de las Macetase Reunion de Familia.

.Torre Nilsson fez apenas umcurta-metragem, El Muro. A lon-ga e bem-sucedida' carreira noslongas-metragens começou comDias de Ódio e La Tigra (1954), econtinuou com' Para Vestir Santos(1955), Graciela e El Protegido(1956), La Casa dei Angel (1957),El Secuestrador (1958), La Caída(1959),, Fin de Fiesta eJLTm Guapodei 900 (1960), La Mano en IaTrampa, prêmio de crítica no Fes-tival de Cannes, e Piei de Verano(1961), Setenta Veces Siete e Ho-menaje e Ia Hora de Ia Siesta(1962), La Terraza (1963), OnceUpon a Tractor e El Ojo en Ia Cer-radura, representante da Argenti-na, exibido hors-concours no 1°Festival Internacional do Filme,em 1965; La Chica dei Lunes eLos Taridores de : San Angel(1966), Martin Fierro (1968), ven-cedor do 2' Festival Internacionaldo Filme, em 1969.

Esteve no Rio em 1965 e 1972,quando foi lançado seu filme LaMafia. Reiterou, então que "a cen-sura é o maior inimigo do cine-ma" e que a falta" de penetração

das indústrias, tanto no Brasil,quanto na Argentina, é decorren-te "da grande máfia que são osdistribuidores norte-americanos".Explicou que na Argentina, "a Má-fia tem um desenvolvimento simi-lar ao dos Estados Unidos, prolife-rando no período entre 1915 e1930, depois da forte imigraçãoitaliana, principalmente paraBuenos Aires". .

Seu filme mostra que na Ar-gentina a máfia se concentrou naexploração de prostituição, jogo edrogas, para em seguida infiltrar-se no Poder Público, corrompendofuncionários, políticos e policiais.Dos seus filmes mais recentes, LosSiete Locos ganhou o Urso de Pra-ta do Festival de Berlim, em 1974;Boquitas Pintadas é de 1975 èPiedra Libre foi censurado na Ar-gentina em 1976.

Torre Nilsson não concordavacom a afirmação de que a obça li-terária de seu amigo Jorge LuísBorges tivesse exercido influêncianele como diretor cinematográfi-co. Admitia a influência,'mas a li-mitava ao início de sua carreira.Pará elé, não havia lugar no mun-do onde um diretor cinematográfi-co tivesse plena liberdade de cria-ção, como teve, por exemplo, Hen-ry Miller, ao. escrever os seus Tró-pico de Câncer, e Trópico de Capri-córnio. Essa limitação era explica-da pela consciência que têm os di-

retores de que suas obras serãoexibidas em uma sala pública.

Não vejo barreira algumaentre o cinema e a literaturacostumava dizer. — O primeiro é,de certa forma, a segunda, ape-nas com uma linguagem diversa.Cinema e literatura se completam,ao invés de se prejudicarem, umavez que pretendem a mesma coisa,usando apenas meios diferentesde linguagem.

Na minha obra cinemato-gráfica — declarou — ocorreuuma evolução estilística, embora atemática continuasse a mesma.Para escolher a melhor coisa deminha obra, teria de julgar reco-lhendo ás melhores cenas de to-dos os meus filmes. E* verdadeira'a influuência literária que minhamulher, Beatriz Guido, e meu ami-go, Jorge Luís Borges, exercemsobre ela. Entretanto, Beatriztambém acha que há muito'demim na obra de Borges.

Sobre a televisão, dizia que abaixa qualidade acabou por viciaros telespectadores a um tipo es-tereotipado dé programa inteira-mente avesso ao cinema. Mas ad-mitia uma evolução.

A televisão tende num fu-turo próximo a tornar-se aliada eforma única de distribuição cine-matográfica. O envenenamento aque a televisão submete o espec-tador terminará por educá-lo pa-ra um cinema mais profundo esério, veículo condutor do alto ní-vel artístico dos canais de produ-ção e distribuição comerciais.

O filme de Torre Nilsson maisconhecido no Brasil é Martin Fier-ro, -um épico adaptado do poemade José Hernandez, e consideradopela crítica um brilhante símbolode rebelião contra a injustiça.Martin Fierro é um bom gaúcho,feliz com sua mulher e pai de doisfilhos. E' recrutado para lutarcontra os índios num posto dafronteira. Efe realmente não luta,mas tem que trabalhar. Sente-seinadaptado para matar. Sua indis-ciplina atrai castigos. Sem rece-ber ordenado, é guardado sob ar-mas. Foge e volta para casa, masa encontra em ruínas, a mulher eos filhos desaparecidos.

Desesperado, Martin Fierroentrega-se ao álcool. Luta comum negro e o mata. Foge, torna-sè perseguido da Justiça. Cercadopor uma" patrulha, luta tão cora-josamente, que Cruz, um gaúchoque se tornara policial,j vem em...seu auxílio. Depois de matar amaioria dos seus perseguidores afaca, os dois decidem fugir paraum acampamento índio, onde osbrancos eram aceitos. Vivem mui-tos anos entre os selvagens, equando Cruz morre, Fierro volta àcivilização com uma prisioneiraque havia libertado. Depois de en-contrar os filhos e estar a pontode começar vida nova, ele é desa-fiado por um irmão do negro mor-to. Na luta, Fierro mata de novo.Ele, seus filhos e o filho de Cruzescapam da polícia, dirigem-se pa-ra um local ermo nos pampas, on-de cada um toma um rumo dife-rente. ...

V* MESA, como convém ¦SS

%Apicius

Copacabana Palace Hotel- ?Av. Atlantic», 1702 - TW.i

'257-1818

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_^~M OISA que gosto é de olhar rui-fl ;.. nas. E não por morbidez. Acho\W%, que o tempo e a decadência

T"íf acabam dando aos edificiosuma»especial dignidade, que talvez emvidassiunca tiveram. Pergunto-me seo Coliseu foi belo quando servia derestaurante às feras. (Verdade é quecontinua feio). Ainda há pouco, quar-do começaram a derrubar o desgra-cioso Monroe, houve um momento emque sua estrutura, com os tijolos des-pidòti de enfeites, ganhou uma nobrezainsuspeitada. Parecia até monumen-''" to rornano. Penso mesmo que deve-riam'ter conservado a carcaça, comoexeirtplo para as gerações futuras."Aqui' foi o Senado", ouviriam os jo-vens «e amanhã, e imaginariam o edi-íiclo?— Já então coberto de musgo earbuStos — povoado por sombras ve-nerávels de varões graves e honestos,mal Suspeitando de que ele foi, naverdèfae, um covil de intrigas e ma-nobrffs.

Com os hotéis acontece a mesmacoisas Prefiro — e de muito — os maisvelhqs às modernidades americanas.Não f erão tão bons os encanamentose talvez falte geladeira nos quartos.Mastjá respira-se ar de outras épo-cas, certamente mais civilizadas. Porisso i_ gosto do Copacabana e tremoquando alguém fala em derrubá-lo.(Porque não o tombam enquanto étemp»?).

Ha, porém, decadência e decadên-cia. ÍA do Copacabana Palace não éf isicsk. (f alo aqui só do restaurante).Pelo ». contrário, a modernização dobar ejcla pérgula foi inteligente:' trou-xe vida nova ao local,-sem tirar-lheo caráter. _Confesso que acho o Bifede Ouro' algcflúgübre. Mas, para almo-

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ço, me encanta a pérgula. Ou melhor:me encantaria, não fosse a comida.'£ indesculpável. Ninguém pede requin-tes bizantinos! Bem sabemos que osque vão a hotéis caros são, em geral,norte-americanos, que prezam o sen-sabor. Mas nem só deles é feito o mun-do dos ricos. E mesmo "o mais simplesprato pode ser motivo de prazer.

Quem procurar prazer no restau-rante dò Copacabana Palace, sairátristemente decepcionado. Fui lá coma Sra M, a Sra O. C. II e o Sr O. C. UI,que todos o conheciam de melhorestempos. Tristes tempos os nossos! Nãoque o clima estivesse ruim. Pelo con-trário. Não estava frio nem quente, eo sol brilhava com discreção. Dentroda pérgula, entre as grandes arcadasque olham para o mar e para a pis-cina, sentavam-se pessoas, quase todasbem-vestidas. Garçons atenciosos. Me-sas largas. O piano um pouco baru-lhento, mas basta sentar-se afastado.

Os drinks iniciais estavam decentes.O Sr O. C. chegou mesmo a elogiar oMoody-mary, o que é elogio a ser pre-zado, pois ele gosta de fazer cocktailse, como se sabe, não há raça maismaníaca e exigente que essa.

Não estávamos em dia de grandesguias. Dlscretissima, a Sra M. pediuum frango grelhado com champlgnons.Coisa mais simples, imagino, nem emconvento de carmelitas descalças. Es-tava bom o frango. Os champignons,porém! Tinham gosto de lata e só delata. Acho que não tiveram, na co-zinha, nem o cuidado de jogar fora aágua que vinha junto deles. Já nãopeço nem mais qUe comprem cham-pignons frescos. Existem — juro — enão envenenam! Mas, que ao menospreparem com decência as borrachu-das coisas que comprarem.

A Sra O. C. foi mais bem servida.De seu Bandejo aux Fruits de Mer, sópoderia objetar-se que faltava sal. Oque, aliás, não a desagradou, pois estácom' a pressão alta. Os fruits de mer,porém, resumiam-se em camarões, bi-chos que, convenhamos, não são fru-tos marítimos nem em casa econômi-ca, como a da qual falamos. E pergun-to-me — como ela se perguntou — porque essa indesculpável mania brasl-leira de encher os pratos até a borda?Tivesse o prato menus purê de batatase alguns mexilhões que- fossem — pa-ra justificar seu nome — e sairia ga-nhando.

O Vol au Vent aux Poisson et auxFruits de Mer do Sr O. C. era muitobem feito. Excelente a massa folheada.Más os peixes, anunciados no cardá-pio, não chegaram à mesa. E os fruitsde mer (sem dúvida trata-se de há-bito do hotel) resumiam-se nos cama-rões nossos conhecidos. Bem tempe-rados, porém.

Mas a tristeza foi meu filet Dia-ne. Era o prato mais famoso do an-tigo Bife dé Ouro. O que me servemagora peca pela forma e pelo conteú-do. O prato, como outrora, Já não émais feito a nossa frente. Não serágrave. Mas o bife! Do filet Diane sótem o formato. £ fino. Quanto ao gos-to, restíme-se em molho inglês. "E mo-lho Inglês nacional", reclama, com ummuxoxo, a Sra M.

Das sobremesas, salva-se uma tor-ta de chocolate, que seria boa empa-daria: sem grandes pretensões. Mas amassa do éclair é borracha pura.

Pobre a carta de vinhos. O quenão seria imperdoável, pelas dlfi-culades de importação, mas fica maisgrave quando se lembra o que já foio Cqpacabana-Palace. Escolho umDão. "Que Dão é?" pergunto ao mai-tre.' "£ Dão", limita-se a dizer, espán-tado, como se só existesse úm da es-pécie. £ verdade que.se espanta comtoda a delicadeza. Como é delicado ogarcon que se esquece de trazer o die-til que as senhoras exigem. Resumln-do: a Pérgola é um lugar adorável.Para tomar-se um, dois ou até 10drinks. Mas nunca para almoçar.

Aberto todos os dias para almoçoe jantar. A cozinha da Pérgola e doBife de Ouro, ao lado, é a mesma.Aceita cheques e 'cartões de crédito.

COTAÇÕES

Cozinha: -f{ ruim; -fa^C regular; -j(-j(^l boa;"A-fc*"jV muito boa; _--)í_-)C-k excelente.Ambiente: • simples; •• confortável; •••muito confortável; •••• luxo; ••••• mui-ts luxo.

CarlosDrummondde Andradei

O COLÉGIOLÁ NO ALTO

(Boitempo-III)

.Cl

ESPLENDOR E DERROTA DA RAPADURA

Os meninos cariocas e paulistasde alta prosopopéianunca tinham comido rapadura.Provam com repugnânciao naco oferecido pelo mineiro.Pedem mais.Mais.Ao acabar, há um pequeno tumulto.

Daí por diante todos encomendamrapadura.Fazem-se negócios em torno de rapadura.Há furtos de rapadura.Conflitos por causa de rapadura.

Até que o garoto de Botafogo parte um denteda cristalina coleção que Deus lhe deue a rapadura é proscritacomo abominável invenção de mineiros.

FÓRMULA DE SAUDAÇÃO

As flores orvalhadasparecem pressurosasde ofertarao amado Reitorao bondoso Ministroao querido Prefeitoa fragrancia de suas pétalas.Colhei-as e aspirai-ase que o suave olorpor elas derramadovos permite esquecerpequenos dissabores,passageiros desgostosque nossa irreflèxãoe frqquinhas virtudes 's ¦ '<

já vos tenham causado.Arrependidos, pois,ousamos implorarum indulto completo,bem assim prometemosenvidar mil esforçospara que d'ora em diantenosso procedimentosó vos desperte júbilocomo indenizaçãopelo passado.Feliz aniversário,muitas felicidades!

i.w.

O DOCE

A boca aberta para o docejá prelibando a gostosura,e o doce cai no chão de areia, droga!

Olha em redor. Os outros viram.Logo aquele doce cobiçadoa semana inteira, e pago do seu bolso!Irá deixá-lo ali, só porque os outrosestão presentes, vigilantes?

A mão se inclina, pega o doce, limpa-qde toda areia e mácula do chão."Se fosse em casa eu não pegava não,mas aqui no colégio, que .mal faz?"

SACRIFÍCIO

Otávio, Otávio, que negócio é este?Vadias ano inteiro e te despedescom o peito faiscando de medalhas.

E', troquei-as por bombas e briochessemana após semana, mês a mês,e muito me custou esta grandeza.Passei fome... e alimento-me de glória.

PAVÃO

A caminho do refeitório, admiramos pela vidraçao leque vertical do pavãocom toda a sua pompasolitária no jardim.De que vale esse luxo, se está presoentre dois blocos do edifício?O pavão é, como nós, interno no colégio.

PÁGINA 6 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978

Cinema ***** EXCELENTE *•** MUITO BOMUM BOM -K* REGULAR * RUIM

ESTRÉIASAS CESTAS DO CORAÇÃO. (Les Fitei Galantes),de René Clair. Com Jean-Plerre Cassei, Jean RI-chard e Philllpe Avron. lido-2 (Praia ds Flamen-

go, 72 - 245-8904): 14h40m, 16h30m, 18h20m,20h10m, 22h (livre). História passada no téculo -

XVIII, contando as aventurai dt' um soldado' mercenário e um camponês que é recrutado è

força para lutar numa guerra dá qual nio en-tende nada. Francêi.

LARANJA MECÂNICA (A Cleckwork Orange), dtStanley Kubrlck. Com Malcolm McDowelI, Pa-

trlek Maget, Mlchatl Bates, Warren Clarke,. John

Clive t Adrienne Corri. Veneu (Av. Pasteur,

184 — 226-5843), Comodoro (Rua Haddock Lo-

bo, 145 - 264-2025): 13h, 15h50m, Í8h40m,21h30m (18 anos). Em um futuro próximo, nu-

ma sociedade dominada por Governo autoritá-

rio não definido, jovens te divertem com tstu-

prós, drogas e ultnvlelêncla. Altx, aprisionado,é submetido a Experiência lúdovico, tratamento

quei visa a privá-lo dt seu livre arbítrio e torná-locldadão-modalo. Produção Inglesa.

•O BOM MARIDO (brasileiro), de Antônio Cal-

mon.' Corri Maria Lúcia Dahl, Paulo César Pe-

relo, Sandra Pêra, Nuno Leal Mala, RenatoCoutinho t Hélber Rangel. Palácio (Rua do Pas-

•elo, 38 - 222-0838), leblon-1 (Av. Ataulfo de

Paiva, 391 - 287-4224), Rian (Av. Atlântica,

964 — 236-6114), Ópara-1 (Praia de Botafogo,

340 - 246-7705), América (Rua Conda de Bon-

fim, 334 — 248-4519): 13h40m, 15h20m, 17h,

I8h40m, 20h20m, 22h. Sio lulx (Rua Machado

da Assis, 74 - 225-7679): de 2a. a 4a. • 6a.,

is 19h50m, 21h30m. 5a., sábado e domingo, ás

T6h30m, 18hl0m, 19h50m, 21h30m. Rotirio (Rualeopoldina Rego, 52 - 230-1889): de 2a. t 4a.

• 6a. is 16h30m, 18hl0m, 19h50m, 21h30m, 5a.,

lábado t domingo, t partir das 14h50m. Madu-

reira-l (Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):

13hl0m, 14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m, 21h

30m. Méier: 15h, 16h30m, 18h, 19h30m, 21 h.

(18 anos). Pornochanchada. Um casal mo-

derno t apaixonado procura suptrar dificulda-

des financeiras com transas sexuais: a mulher

aceita as sugestões do marido t st tnvolvt tm

variadas aventuras para tirar proveito de ini-'

eletivas' de empresas multinacionais. ;

DESAFIO AO LOBO BRANCO (II Ritorno di Zin*

na" Blanca), de Lúcio Fulci. Com Franco Nero,"virni Usl, John Steiner t Rtnato Castlé. Rio

(Rue Condi de. Bonfim, 302 - 254-3270), Rio-

Sul (Rua Marquês de Sio Vlcentt, 52 -

274-4532), Ricamar (Av. Copacabana, 360 —

237-9932): Uh, lóh, IBh, 20h, 22h. (14 anos).

Aventuras i época da corrida it ouro de Klon-

díke, 1887. Realização Italiana, tm co-produção

ítalo-franco-alimi. ,_ .

•A DEUSA DO SEXO I OS DIAMANTES FATAIS(Lady Ict), da Tom Gries. Com Dontld Suther-land, Jennifer 0'Neil t Robert Duvall. Piai»(Rua do Passeio, 78-222-1097): de 2a. a 4a.t 6a., às lOh, 12h, 14h, lóh, 18h, 20h,.22h.5a., sábado e domingo, e partir daa 14h (18anos). Aventura envolvendo uma redt dt con-trabendistai dt jóias qúé funciona por trás dtuma agência de tutomóvtls. Produção amtrl-cana,....—r- ^p :EMMANUELO... O BELO (brasileiro), dt Nilo Ma-

chadi. Com Sylvio Kristal, Zana Braz, Mara Telles

t Fenelon Paul. Pathí (Praça Floriano, 45 —

224-6720): de 2a. a 6a., it 12h, 13h40m, 15h

20m,' 17h, 18h40m, 20h20m. Sábado • domingo,

t partir das 13h40m. Paratedot (Rüa. Arquiát

Cordeiro, 350 - 281-3638): 15h, 16h40m, 18h

20m, 20h, 21h40m (18 anos). Pornochanchada.

CONTINUAÇÕES

•••**PAI PATRÃO (Ptdro Padront), de Paolo • Vitto-

rio Tavianl. Com Omero Antonuttl, Saverio Mar-

eoni, Marcella Michelangeli t Fabrizio Forte.Cintma-2 (Rua Raul Pompéia, 102 - 247-8900):15h, 17h20m, 19h40m, 22h (16 anos). Italiano. Ver-

tão do romance autobiográfico de Gavino Ltdda.Palma dt Ouro t Prêmio da Critica Internado,nal no Festival de Cannes 77. Na Sardenha, um

pai tirânico manipula a família como st fosstuma pequena empresa. O filho Gavino, arran-cado i escola para cuidar das ovelhas, perma-nect analfabeto ati os 22 anos, quando vai str-vir ao Exército, aprende a ler t, de volte icasa,, revolta-se contra o pai.

***•UM DIA MUITO ESPECIAL (Una Giornatt Par*ticolare), de Ettore Scola. Com Sophia Loren,Marcello Mastróianni, John Vernon t FrançoistBerd. Jóia (Av. Copacabana, 680 - 237-4714): 14h,16h, 18h, 20h, 22h (14 anos). A 6 de maio de 1938,Antonieta (Loren), dona-de-casa, casada comum homem qut e trata como uma utilida-dt doméstica, fica sozinha porque toda t fa-mllia saiu para at manifestações fascistas de re-gozljo pele visita dt Hitltr a Roma,. Umi ocor-rência banal promove seu encontro com o vi-zinho, comentarista dt rádio, proibido dt traba-lhar sob acusações de homosséxuallsmo t;,1nde-finição política. Produção italiana.

SI SEGURA, MALANDRO! (brasileiro), de HugoCarvana. Com Hugo Carvana, Denise Bandeira,Cláudio Marzo, Lutero Luiz t Louise Cardoso.Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 286 - 275-4546),Novo Pax (Av.. Visconde de Pirajá, 351 —287-1935), lido-1 (Praia do Flamengo, 72 -245-8904), Art-Copacabana (Av. Copacabana, 759

235-4895), Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim,406 - 288-6898). Art-Méier (Rua S. Rabelo, 20

249-4544), Art-Madurtira (Shopping Center. deMadureira), Condor-Largo do Machado (Largo doMachado, 29 — 245-7374), Metro-Boaviita (Ruado Passeio, 62 - 222-6490): 14h, lóh, 18h, 20h,J2h (16 anos). Emissora de rádio clan-destina, montada em barraco de f ave-Ia, faz cobertura dos mais estranhos ou colidia-nós acontecimentos, como o seqüestro de umelevador, a ação de um ladrão de rua em per-manente exercício do método de Cooper, o roubode cães dt luxo por um casal de nordestinosque vive de gratificações dos donos.

ALTA ANSIEDADE (High Anxiety), de Mel Bro-eks. Com Mel Brooks, Madeline Kahn, Cloritleachman, Harvey Korman t Ron Carey. Roxy(Av. Copacabana, 945 - 236-6245): 14h, lóh,

18h, 20h, 22h (16 anos). Comédil americana,Inspirada noi filmei dt Hitchcock. Mel Brookt In.ttrprett um psiquiatrt qut assumi • dirtçio doInstituto Psiconturótico pari is Pestoat Mui-to, Muito Nervosas, onde encontra uma tramacom o objetivo dt não dar tlta aos clientesricos. . .

OS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE (SáturdiyNight Ftvtr), di John Badham. Com John tra-volta, Karen lynn Gorney, Barrt Mllltr, JosephCali t P,aul Pape. Copacabana (Av. Cp-'pacabana, 801 - 255-0953): 14h45m, 17h05m,19h25m, 21h45m. Scala (Praia dt Botafogo, 320- 246-7218): 19h25m, 21h45m. Attor (Rua Mi-nistro Edgard Romtro, 236): 14h, 16h20m, 18h40m, 21 h. Tijuca-Palact. (Rua Condt dt Bonfim,214 - 228-4610): 14h30m, 16h50m, 19hl0m, 21h30m (16 anos). O filma qui projetou Tra-volta como personalidade-fenômeno da indústriacinematográfica americana. FazopapeJ dt empre-gado de uma loja dt tintas qui aos sábados életriza -com danças vigorosas t ttmuaii et freqüentado-rei' dt uma diicottca. Ganha um concurso, matprocura motivação de vida mait Importante do

. que oi embaloi temanail. ¦••

O CORTIÇO (brasileiro), dt Francitco RemilhoJr. Com Betty Faria, Mário Gomei, ArmandoBogus, Beatriz Segall, ítala Nindi e Mauricio doValle. Império (Praça Floriano, 19.'- 224-5276):13h40m, 15h45m, 17h50m, 19h55m, 22h(18anos).Nova vtrsio do romanct dt Aluizio Aze-vedo. Retrato dl vldi em um cortlço do Rio.no final do téculo passado, abordando ampla ga-laria dt personagens. Entre tstet, um rico por-fuguêi, dono do Imóvel, qut Inveji i riquezade teu vizinho, um bario do Império, Rita Baianae tua paixão por um jovem português recém-emigrado. ___ .AMADA AMANTE (brasileiro), dt Cláudio Cunha.Com Sandra Bréa, Luiz Gustavo, Rogério Frótt,Neuza Amaral t Ana Maria Kreisler. ltblen-2(Av. Ataulfo dt Paiva, 391 - 227-7805), Cariou

(». Condt de Bonfim, 338 — (223-8178), Óptra-2

(Praia de Botafogo, 340 — 246-7705), Odeon(Pça. Mahatma Gandhi, 2 - 221-1508): 14h, lóh,18h, 20h, 22h. Imperator (R. Dias da Cruz, 170 —249-7982), Vitória (Bangu), Olaria: 15h, 17b, 19h,21 h. Madureira- (R. Dagmar da Fonseca, 54 —390-2338): a partir das 13h (18 tnot). Comédiadramática. As dificuldades dt adaptação dtuma família classe média que st muda.do in-ttrior dt São Paulo para o Rio, sofrendo atri-tos decorrentei dai .eações de stua integrantesem .um ambiente de permissividadt.

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REAPRESENTAÇÕES

Gary Grant e Joan Fontaine em Suspeita,de Alfred Hitchcock: suspenso em torno de uma mulher que acredita

que o marido quer assassiná-la '¦.',./"'' .'C.~*í.

EXTRACURTA/,LONGA LUTA - Exibição de Brasil dePedro • Pedro, de Fernando Coríi Campos, Ca-tate a Meu- Ver, de Sebastião Fogaça de França,Rebolo Gomalei, de Fernando Conl de Campos,Mútict' Brasileira: dat Origens ao NacionalismoMusical, de Iberê .Cavalcanti, e Flor dl Ptdrt,de Prítextato Taborda NÈtto. Filmes psirocina-'dot pefo DAC / MEC — Embrafilme. Comple-méritos: le Vit dt l'Abtillt, de J. M. Bouflé eR. H. Noaillet (filme cedido pelo Consulado-Ge-ral da França), e Modelos, de Planificação Urba-na ,e Regional na República Federal da Alemã-nha, de Rudiger Proske (cedido pelo Consulado-Geral da, Alemanha).. Às lóh, ná Cinema-teca. Sérgio Bernardes, Av. Sernambetiba, 4446— Barra da Tijuca.

ANJOS DE CARA SUJA (Ang.lt with DÍrty factt),de Michael Curtiz. Com Humphrey Bogart, Ja-mes Cagney, Ann Sheridam e Pat CBrien.At* 20h, no CINJ-23, Avenida Afranio deMelo' Franco, 300 (Paróquia dos Santos An-jos). Dois jovens saem de um bairro, pobre deNova Iorque: um se torna padre e o outrogangtter. , Apót -a tetsão, debates entre ot

presentes.' . :'. ••*•

'~TyyiSUSPEITA (Suspieion), de Alfred Hitchcock. ComCary. .Grant, Joan Fontaine e Nigel Bru-ce. Às 20h, _ no Cintclubi Santa Teresa,Rua , Mauá, 136 • —. Largo

' dot Guimarãea

(18 anos). Mulher progressivamente chocada eaterrorizada com a suspeita de que. o maridopretende matá-la. Americano. Preto* branco.~T~~r~'

, .¦•

•***•'- •

. ¦ "

FOGO MORTO.(Brasileiro), de Marcos Farias.-ComJofre Sosres, Othon Bastos, Rafael de Carvalho,Angela Leal e Rodolfo. Arena. Às

' 19h,

ho Cineclube Paulo Pontas, Ay. Cesário de Mel-Io, 3 670' (Colégio Nossa Senhora do Rosário)— Campo Grande (16 anos). Baseado no roman-ce de José. Lins do Rego. A história se passapor volta dt' 1910, com retrospectos ao séculopassado. Entre os personagens, um decadentesenhor de engenho, um seleiro, qüe este expulsade sua terra, um velho capitão de muitas aven-turas, um tenente de volante policiai e o can-gaceiro Antônio Silvlno.

+* : '¦¦ "^VOZES DO MEDO (Brasileiro), filme em episódioscoordenados por Roberto Santos. Episódios diri-gidos por Roberto Santos, .Maurice Capovilla,Gianfrancesco Guarnieri, Cyro dei Nerò, RuyPerotti, Adilson Bonini, Manor Muião,. PlácidoCampos, Román Stuibach e Aloysio -Raulino.Às 21 h, no Cineclube Macunatma, Rua Araú-jo Porto Alegre, 71 — 9.?

' andar (18 anos).

Vários episódios, bastante diferentét entre .ai, .unidos por uma motivação comum: reação . a.opressão social. Produção de característica tx-perimental.

CURTA-METRAGEMNO PANTANAL DO PIQUIRI— De Reynaldo Paes de Bar-ros. Cinemas: Vitória e Caruso.CALENDÁRIO - De RtnatoNeuman.. Cinema: Roxy.WILSON GREYCinema: Rex.

' De Jessel Bus.

BRINCADEIRA DOS VELHOSTEMPOS — De Ramon Alvará-do. Cinemas: Studio-Paissandut Cintma-3.

LUÍS SA' - Dt Roberto Macha-do Jr.,Cinemas: Bruni-Copicaba-.na e Bruni-TIjuca.

VERDES, OU FAVOR NÃO CO-MER A GRAMA - De AntônioMoreno. Cinemas-.-Tijuca e Dom'Pedro .(Petrópolis). -j

RODA LU-O-BRASILEIRA - DePhydias Barbosa. Cinemas: Scalat Santa Alice.

CENSO - HIHÓRIA E INFOR-

MAÇÃO — Dt Renato CésarFranco Nunes. Cinema: Coral.CONSTRUÇÃO - Dt GeraldoMiranda. Cinemas: Cepacabanae Alameda (Niterói).RAIMUNDO FAGNER - De Sér-gio Santos. Cinemas: Astor eCentral (Niterói).ALÔ, TETÉIA - De José Joffi-ly. Cinema: Plaza..ROCINHA BRASIL / 77 - DeSérgio Péo. Cinema: Cinema-2.MISSA DO GALO - De RomanStuibach. Cinema: Jóia.SEM VERGONHA - De Marce-ceio. .rança. Cinema: Icaral (Ni-terói). ' .CORES BRASILEIRAS - De Fá-bio Porchat. Cinema: LagoaDrive-ln.FORTALEZA DE SANTA CRUZ— De Roland Henze. Cinema:Stúdio-Tijuct.

ESPERANÇA - De Roberto Pa-ce; Cinime: Éden (Niterói).ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA-r, De César Nunes. Cinema:Orly.NEIKE - Oe José Eduardo Al-cazar.' Cinema: Tijuca-Palace.A BANDA DA PEDRA DE GUA-RATIBA — De José Maria Bezér-ril. Cinema: New Alàska (dias4 a 6). '

'¦ ¦¦

A JANGADA - De Roland Hen-ze. Cinema: New Altlki (dias7 e 8).NAIDA-16 — De Augusto-Cor-rêa. Cinema: New Alaska (diasti 10). ,PA|NEl TIRADENTES / PORTI-NARI — De Coni Campos. Ci-nema: Rio-Sul.TIRADENTES / PORTINARI -De Gerson Tavares. Cinema:Rio.

O PLANETA DOS MACACOS (Planei of the Apes),de Flahkllnj. Schaffner. Com Charlton .Heston,'Rorfdy,.McDowali, Kjm .Hunter,. 'Maurice .Evans eJames Whltmore." New Alaska (Av. Copacabana,1241 - 247-9842): 14h, lóhi 18h, 20h, 22h (10anos). Cosmonautas em viagem pioneira avan-çam no tempo e desembarcam em planeta do-minado pior símios, descobrindo aos poucos,qua é a Terra, Produção americana.

• ¦ ,. **•• %y:>~

~'

TOMMV (Tommy), de Ken Russel. Com RògerDaltrey, Ann-Margret, Jack Nicholson, OliverRaed, Elton John t Tina Turner. Bruni-Copaca-bani (Rua Barata Ribeiro, 502 — 255-2908), Bru-nl-TIjuct (Rua Conda.de Bonfim, 379 — 268-2325):14h, lóh, I8h, 20h, 22h (16 anos). Versão daópara-rock. Inglês.

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**••- .; y ' ':

, LIÇÃO DE AMOR (brasileiro), de Eduardo Escorei.,Com Lilian Lemmertz, (rene Ravache, RogérioFróes e Marcos Tequechel. Roma-Bruni (Rua Vis-conda, dt Pira|á, 371 -^9994): 14h, 16^ 18h,• 20h, 22h (16' anos). Adaptação do \ romanceAmar, Verba Intransitivo, de Mário de Andradi.Na Sio Paulo dotanos -20, uW Industrial contraiauma .governanta alemã, bela e culta, a fim de

ilnlclar o filho adolescente nai "coltai da! vida'',entra lições dt piano e alemão.'>T~y~rr-' •*** V-è<. •A ÚLTIMA LOUCURA DE MEL BROOKS (SilentMovle), de Mel Brooks. Com M*. IBrooks ,MartyFejdinan, Dom DeLuoise, Bemadette Peters e Sid.Caeser. Coral (Praia.de Botafogo, .316 — . ;•"

'246.721a): 18h, 20h,' 22h; (Livre). Comériia. Umcineasta e seus dois maiores amigos realizam um'filme

Inteiramente mudo, valendo-se de sua ex-periência no passado é. procurando recuperara fami; perdida.'Produção"i.mericana.

¦'..'-• ¦'"•' ':¦::¦¦ y.,^**

'¦¦•¦¦¦• ¦O.PLANETA SELVAGEM (La Planeta Sauvagt), diRené Laloux e/.Roland -TopóíT, baseado, no .llvrode Stefín Wul; Studio-Tiiuea (Rua Desembarga-dorllldro, 10'4i 2ói8-Í5014): Mh, 16h30m, 19h,21h30m (livre), premiado em Çèqnei, este .de-senho de longa metragéh., /eallzádp com técnl-

. ca, lntelrarhente;,cl)verta.vda. dos-Idesenhos norte-imérlcanosjV conf«-,:atrài»jíi ¦ da. ficção científicauma história de luta enjre opressores e oprimi-dos, trazendo io fina! umá. mensagem "de

i.morTé paz. Produção'rfraincesa.; '

¦~i ¦ "/: '*** - •" ; y':.

HELP! / SOCORRO! (Helpl), da Richard' Lester.Com Paul McCartney, ' John Lennon; GeorgeHarrison, Rlngo Starr e Eleanor Bron. Cinema-3(Rua Conde de Bonfim, 229), Studio-Paissandu(Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653): 14h30m, 17h45m, 21h (livre). Os Beatles.sofrem,por misteriosas' razões, perseguição dos segui-dores de uma seita oriental, adoradores daDeusa Kali. Segunda realização de Lester comos Beatles, foi premiada no 19 Festival Int _i-nacional do Rio (1965). Produção inglesa, comnúmeros musicais de The Beatles t Ray Simm.

OS REIS DO IÊ-IÊ-IÊ (A Hard Day's Night),de Richard Lester. Com The Beatles, Wilfrid Bram-bell, Norman Rossingfone Victor Spinetti. Ci-

. nenia-3 (Rua Conde dé Bonfim, 229), Studio-Pais-tandu (Rua Senador Vergueiro,'35 — 265-4653):16h25m, 18h25m (livre). A produção' (inglesa)dt lançamento dos Beatles no sucesso cinema-

tográflco. Comédia Irreverente, em torno dt umfio de história: urna viagem do con|unto parauni show de TV im Londres. Preto e bráVco.'.".'

. .••.'- . ¦':•!. ;

ALICE NO PAIS DAS MARAVILHAS (Alict InWonderland), desenho animado dirigido .por Cly-de Geronlml, Hamilton luske • Wllfred Jackson.'Produção Walt Disney. Vltérit (Rua Senador Din.tas, 45- 242-9020), Tijuca (Rua Condèdi Bon-fim," 422 - 288-4999), Caruso (Av. Copacabana,1 362 - 227*544): ,14hl0nv'.I6h, 17h50m,19h40m, 21h30m. Santa Alict (Rua Barão dtBom Retiro, í0.95 - 201-1299): de 2a. a 4a.;e''óa., is 17h20m, 19hl0m, 21h. 5a., sábado edomingo, a partir das 15h30m (livre). Dublado emportuguês; : '. ,.¦'¦..•—— ^- _—_KEOMA (Keoma), de Enzo G. Castellarl. Com -Franco Nero, Woody Stroode, William- Berger e ,

. Olgo Karlatos. Programa, complementer: Shaelin, ,o Monge Budista. Orly (Rua Alcindo Gua-

; nabara, 21): de 2a. a 4a. e 6a., is lOhlOm, 13h45'm, 17h20m, 19h30m. 5a., sábado e domingo, •

apaVtir das a13h45m (16 anos). Adotado quan--do'criança por um famoso pistoleiro, o índioKeoma participa da Gutrra Civil e, aci voltar,enfrenta a quadrilha da qual fazem parti seutdesafetos- Western italiano.~ ~~*~. ; ir.PECADO VENIAL (Paccato Venial), de SalvatoreSamperi. Com Laura Antonelli, Alessandro Momo,Orazio Orlando e Lila Brlgnone. Programa cem-plementar: O Valente Arqueire de Shao Lin. Rtx(Rua; Álvaro AÍvim, 33 - 222 63J7): dt 2a,, *4a. ,e 6a„ às 12h30m, 16h45m, 19h20m. 5a.,sábado e domingo, is 13h, 17hl5m, 19h50"n(18 anos).. Elementos de comédia, algum tenti-.mentalismo e irrelevante critica de costumes,cercados de dosei dl erotismo.

DRIVE-IN ~^-_ _

O VELHO FUZIL (Le Vieux Futil) dt Robert En-.rico. Com Philippe Noiret, Romy Schneidtr, JeanBouise e Joachim Hansen. Ilha Auteclne (Praiade São Bento — Ilha do Governador): 20h3$m.'22h30m (18 anos). Filme ambientado no Sul daFrança em, 44, nos últimos dias da ocupação

-'alemã. História de um médico que se vinga donazismo aniquilando a. patrulha qui matou suamulher e filha. Último dia. ¦'..-,

' '"t4X.- ' '

SEÜ PRIMEIRO AMOR (First love), de Joan Dar-ling. Com William Katt, Susan Dey, John Heard.t Beverly D'Angelo. Lagoa Drive-ln (Av. Borgesde Medeiros, 1 426'-274-7999): 20hl5m, 22h30m (18 anos). O caso de um jovem univenité-rio com uma colega, as hesitações t decepções-dè ambos: ele, descobrindo a relação desta comum homem casado, ela, encontrando dificuldades

para fazer com qüe este cumpra a promessa d|divórcio. Produção americana. Até amanhã.

MATINÊSO HOMEM DE SEIS MILHÕES DE CRUZEIROSCONTRA AS PANTERAS -Coral; 14h50m a16h20m (Livre).; ' .

.' ' ,

O TRAPALHÃO NAS MINAS DO REI SALOMÃOScala: 15h55m, 17h35m (livre).

SESSÃO INFANTIL - Os Filhos do Trovie -

Ilha Autocine: 18h30m (livre).

SESSÃO COCA-COLA - As Aventurai "de

FuscaLagoa Drivt-ln: 18h30m (livra). .-"¦•;-

GRÁNBE RIO

NITERÓI SAO GONÇALOALAMEDA — Jici e Seu Filho Preto, com Maz-zarqpi. Àt 15h,,17h, 19h,21h (Livre).

BRASIL — O Bom Marido, com Paulo César Pe-

reco. Ãs 14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m, 21h

3Óm. (18 anos).^ - ' ¦

CENTER — Amada'Amante, com Sandra Brea. Àt

14h, lóh, 18h, 20h, 22h, (18 anos).

CENTRAL — Os Embalos de Sábado i Norte, cóm

John Travolta. Às 14h30m, 16h50, 19hl0, 21h

30m (16 anos).

CINEMA-1 - O Bom.Marido, com Paulo César Pe-

reio. As 13h40m, 15h20m, 17h, 18h40m, 20h20m,

22h. (18 anos). '__'

ÉDEN — A Dtusa do Sexo t et Diamanttt Fa-

tait, com Donald' Sutharland.. As 14h, lóh, 18h,

20h e 22h. (18 anos).

ICARAI' — Alta Ansiedade, com Mel Brooks.

Ãs 14h, loh, 18h, 20h, 22h (1,6 anos).

NITERÓI — Amada Amante, com Sandra Brea.

Às 14h, 16h,.18hr 20h; 22h: (18^anos).,

DRIVE-IN ITAIPU -Contatos Imediato» do Tir-

ceiro Grau, com Richard Dreyfuss. Às 19h30m •

,22h (livre).

TAMOIO — Amada Amante, com Sandra fria.Às 15h, 17h, 19h, 21h (18 anot).'

'

DUQUE DE CAXIASPAZ — Amada' Amante, com Sandra Bria. Pcp- ',

grama complementar: Rebarta, a Moderna Gutkxa do Sexo. Às 14hl0m, 17h35m, 19h20m (18anos). .. ?.-

SANTA ROSA - O Bem Marido, com Paulo Cé-sar Pereio. Às 16h30m, 18hÍ0m, 19h50m,'21h30m (18 anos).

NOVA IGUAÇUPAVILHÃO - Amidi Amante, com Sandra Bréa.Às 13h, 15h, 17h, T9h, 21h. (18 anos). , ,{,'

PETRÓPOLISDOM PEDRO - Alice ne Pah dat Maravilhas,desenho animado de Walt Disney. Àt_15h30m,17h20m, 19hl0m, 21h (livre).

PETRÓPOLIS - O Bom Marido, com Raulo Cé-sar Pereio. Às 14h50m, 16h30m, IBhlOm^^h

. 50m, 21h30m (18 anos). ... ,.'¦; te . <y .

TERESÓPOLISALVORADA - Momento di Decisão,*éom '«nne

Bancroft. Às 20h, 2,2h. (?.. anos). Matinê: A Últimiloucura de Mil Brookt, com Mel Brooks. Àt 'lin.

(Livre), ¦'v" ;-':*i*T.-.

TeatroA RAINHA DO RADIO - Txeto de José SaffiotiFilho. Direção de Dina Moscovici. Com BeylaGenauer. Teatro Nacional da Comédia, Av. RioBranco 179 (224-2356). Hoje, is 20h. Ingressosa CrS 60,00 e Cr$ 40,00, estudantes. Uma neu-rótica locutora de rádio conquista seu grandimomento de verdade.

¦... EM CADEIRA DE RODAS - Texto de Ro-nald Radde. Dir. de Miguel Oniga. Com Fernan-do Palitot e Antônio Antonino. Teatro Eperi-mente) Cacilda Becker, Rua do Catete, 338(265-9933). Hoie, is 21 h. Ingressos, a Cr$ 40,00e Cr$ 20,00 estudantes. Dois personagens quedependem um do outro, numa situação quesimboliza os conflitos de' interesse entre patrõese empregados. Até dia 24.

ÓPERA DO MALANDRO - Texto de ChicoBuarque de Holanda. Direção de Luiz AntônioMartinez Correia. Direção musical de John Nes-chling. Cenários de Mauricio Sette. Coreografia

. de Fernando Pinto. Direção vocal e interpretai.-va de Glorinha Beutenmiler. Com Otávio Au-gusto, Marieta Severo, Ari Fontoura, Elba Ra-malho, Uva Nino, Nadinho da Ilha, Maria AliveVergueiro, Emiliano Queiroz, Toni Ferreira e ou-tro. Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha, 187(221-4484). Hoje, is 21h15m. Ingressos a Cr$ '

150,00. No período do Estado Novo, ma-landros, prostitutas e contrabandistas se lançamha corrida pelo domínio de negócios mais oumenos escusos.

DOLORES... TRÊS VEZES POR SEMANA - Co-média dramática de João Bithencourt. Direção doautor. Com Suely Franc, Nelson Caruso e Fe-lipe Wagner. Teatro Serrador, Rua Sen, Dantas,15 (232-8351). Hoje, is 20h e 22h30m. Ingressos

a CrS 100,00. As dificuldades de relacionamentode um casal expostas no diva dt um psicana-Htti.

ERA NMA VEZ NOS ANOS 50 - Texto de Do-mignos de Oliveira. Dir. do autor. Com CláudioCavalcanti, Ricardo Blat, Osmar, Prado, CarlosGregório, Viniciut Salvatori, Lúcia Alves, MariaCristina Nunes, Tessy Callado, Catita Soares, Dio-go Vilela e Élcio Romar. Teatro. Glaucit Gill,Praça Cardeal Arcoverde (237-7003). Hoje, is20h e 22h30m. Ingressos a Cr$ 80,00 e Cr$40,00, estudantes (Ia. sessão) e a Cr$ 80,00 (2a.sessão). Dois antigos companheiros de escola seencontram casualmente depois de muitos anose evocam suas vivências de hé 20 anot (14anos.

CEGO, SURDO, MUDO,. PORÉM SENSUAL- Tex-to de Aurimar Rocha. Dir. do autor. Com AgnetFontoura, Isis Koschdoski, Miguel Carrano, HugoMayer e Aurimar Rocha. Ttatre dt Bolse, Av.Ataulfo de Paiva, 269 (287-0871). Hoje,-.is 21 h15m. Ingressos a Cr$ 100,00 e CrS 50,00, es-tudantes. A peça conta a paixão de um professorde Latim por uma ex-guerrilheira d. Israel. Atédie 17.

' • ¦ ¦

OS VERANISTAS - Texto de Máximo Gorkl.Dir. de Sérgio Brito. Com luis de lima, RenataSorrah, Pedro Veras, Angela Vasconcelos, ElziSimões, Nildo Parente, Jorge Gomes, RodrigoSantiago, ftalo Rossi, Tetê Medina, Sérgio Bott,Walter Marins, Suzana Faini, Yara Amaral, Fran-cisco Nagen e Paulo Barros. Teatro dot Quatro,Rua Marquês de São Vicente, 52/2°, ShoppingCenter da Gávea (274-9895). Hoje, is 19h45me 22h30m. Ingressos a Cr$ 120,00. Numa tem-porada de verão, três núcleos familiares se de-dicam a um jogo de agressões mútuas e de de-monstrações de fraqueza e incapacidade de mu-dar qualquer coisa em suas vidas.

APARECEU A MARGARIDA - Texto de RobertoAthayde. Com Marília Pera e Francisco Ozana.

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¦<SÍÊ^''%mMSÊ*k'''"'\. m >w9y ¦ MÊÊÊÊÊ&x&-*.mEJm¦ :¦'"! •' :'*jJg$PPÍSHWfeÀ^Êr ____B^____I" * ^i^íçPu ____W _____Hf____ ^B

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Marília Pera encerraamanhã a carreira de

Apareceu'a Margarida, noTeatro Princesa Isabel

Teatro Prineeca Isabel, Av. Princesa Isabel, 136

(275-3346). Hoie, às 20h30m. Ingressos a CrS

100,00 e CrS 60,00, estudantes. Professora des-

pótica numa aula anárquica na qual são re-

velados os mecanismos do poder absoluto. At*

amanhã.

LÃ EM CASA É TUDO DOIDO - Comédia deJoão Bethencourt. Dir. do autor. Com Milton

Carneiro, Heloísa Mafalda, Rogério Cardoso, Es-

telita Bell, Lúcia Marina Accioly, João Marcos

Fuentes, Jacques Lago, César Montenegro. Tea-

tro Copacabana, Av. Copacabana, 327 (257-1818,

R. Teatro). Hoje, is 20h e 22h30m. Ingressos a

Cr$ 100,00. A neurotizada classe média reage i

violência ou através da violência ou através da

loucura.(16 anos). '

RODA COR DE RODA - Comédia de leilah

Assunçio. Dir. dé Gracindo Júnior. Com Aríete

Sales, Gracindo Jr. e Natália do Vale. Ttatre

Glória, Rui do Russel, 632 (245-5527). Hoje', is

20h t 22h30m. Ingressos ao preço único de Cr$

50,00, sob o patrocínio do DAC-MEC e Funarte.

A trajetória de Amélia, uma mulher de verdade,

de esposa submissa; a dona de um fantástico

prostíbulo (18 anos). Até dia 17.

NO SEX... PLEASE -Comédia de Anthony Mar-•rlott e Alistair Fopt." DÍr. de Flávio Rangel. Com

Elizabeth Savallá,' Marcelo Picchl, André Vali,

Laura Suarez, André Villon, Gracinha Couto, M«'-

tim Francisco, Sérgio dt Oliveira, Idelar Baldisse

e Maria Anderson. Ttatre Metbla, R. do Passeio,

42/56 (242-4880). Hoje, is 20h e 22h30m. In-

gressos a Cr$ 120,00. A moral sexual dos brita-

nicos discutida numa comédia de grande sucesso

em Londres (18 anos); '

A FLOR E O FATO — Texto de Antonin Artaud,

Tristan Tzara t André Breton. Direção e adapta-

ção de Jesus Chediak. Com Célia Maracajá, He-

lena Straus e Maria Célia Malheiros.. Sala Corpo

Som do Museu de Arte Moderna, Av. Beira-Mar

(231-1871). Hoie, às 21h. Ingressos a Cr$ 80,00

e CrS 40,00), estudantes. Até amanhã.

INSTITUTO NAQUE DE QUEDAS E ROLAMENTOS— Texto de ísis Baião. Direção de Júlio Wohlge-

muts. Com Duca Dodrigues, Jorge Alberto, Ma-

ria Cristina Gatti, Miriam Carmo, Roberto Cruz,

Rubem Araújo t Sebastião lemot, Ttatro di

Casa do Estudante Univtrsitário, Av. Rui Barbo-

ta, 762., Hoje, à.t 21h. Ingressos a Cr$ 60,00 t

Çr$ 30,00, estudantes. Uma fantasiosa repartição

pública feita para o ócio dos funcionários e di-

rigentes.

A HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA - Texto de Mil-

lor Fernandes. Dir. de Jô: Soares. Com Antônio

Fagundes, Sandra Bréa e Olney Cazarré. Teatro

Vanueti, Rua Marquês de S. Vicente, 52, Shop-

ping Center da.Gávea (274-7246). Hoje, is 20h

30m e 22h30m. Ingressot a Cr$ 150,00. Um

passeio' irreverente por várias etapas da História

Universaj.

É... — Texto deu Millôr Fernandes. Direção de

Paulo José. Com Fernanda Montenegro, Fernan-

do Torres, Neila Tavares, Miriam Pérsia e Nil-

son Conde. Teatre Maison.de France, Av. Antô-

nio Carlos, 58 (252-3456); Hoje, às 20h e 22h

30m. Ingressos" a Cr$ 120,00. Problemas de ca-

samento, relacionamento e maternidade na visão

de diferentes gerações. -

MUSEU DE CERA — Criação de Leonardo Alves

e o Grupo Mãos i Obra. Texto de Carlos Drum-

mond de Andrade, Cecília Meireles, Fernando

Fonseca e outros. Ettúdio do Teatro Leonardo Al-

ves, Rua Correia Dutra, 99, sobreloja 218

(205-6371). Hoje, às 21h. Ingressos a CrS 50.00

e Cr$ 30,00, estudantes.

1848 — Texto de Ana Lúcia Bruce. Dir. de Ri-

chard Roux. Com Ana Lúcia Bruce, Silvia Heller,

Hilário Stanislaw, Leon Zilberstain, Luiz Marcoli-

ni, Paulo Dalcol. Aliança Francesa da Tijuca, Rui

Andrade Neves, 315. Hoje, às 21 h. Ingressos a

CrS 50,00 e Cr$ 30,00, estudantes. Análise dra-

mática da Insurreição Praieira de Pernambuco.

Até dia 15 de outubro.

A CASA DE BERNARDA ALBA - Drama poélircde Garcia Lorca. Dir. da Elenice Bráganti. Com

Angela Boa Nova, Dora Cohen, Elenice Bra-

gantl, Eurydes Reis, Fábio José de Almeid»"*

outros. Teitre Opiniie, ..Rua Siqueira1 Campos,

143 (235-2119). Hoje, às 20h e 22h. Ingressos a

CrS 80,00 e Cr$ 40,00, estudantes. Trágicas frus-

trações pesam sobre uma família composta, ape-

nas de mulheres. Até dia 15^ j.„

QUITANDA VERBAL (CENTENÁRIO, 24 *,ÇlA.

LTDA.) — Texto de Gilson Moura. Dir. do autor.

Com Gilson Moura, David Domingo; Vanedt

Nobre. Aliança Francesa da Botafogo, Rua Mu-

niz Barreto, 54. Hoje, às 21h. Ingressos a 'CrS

50,00 e CrS 30,00, estudantes, lembranças de

infância em Pernambuco, girando em torno cj«

quitandas mantidas por portugueses e espanhó,!».-

Até dia Io de outubro. ' ¦ ''' ¦

CAMAS REDONDAS, CASAIS QUADRADOS; -

Comédia de Roy Cooney e John Chappman. ,D1r..

de José Renato. Com Dirce Migliaccio, Gina-Téi-

xeira, Felipe Carone, lúcio Mauro, lone Catrambl,

Anilza Leone, Fernando José, Miriam Colher

t Carlos leite. TeitroDulclm, Rua Alcindo ^a'-nabara, 17. Hoje, às 20h e 22h30m.' Ingressos

a CrS 80,00. Comédia de equívocos reunlndt

vários casais que procuram vencer_ Irúmeros obs-

táculos para consumar seus projetos de aduítéjje.

QUITANDA VERBAL (CENTENÁRIO, M * CIA.

Fraga- Melo. Dir. de Gene Morais. Com" Ana

d'Hora, Clarisse Moraes Eli Batista, Leda Borges

e outros. Teatro Iracema de Alencar, Retiro' dos

Artistas, Jacarepaguá. Hoje, às 21h. Ingressos a

Cr$ 30,00, em benefício da Casa dos Artistas.

• História de quatro Vlcentes, quatro Silvias, _ •

de suas ligações co ma morte. ¦— .

STRIP-TEASE EM ALTO MAR - Texto de Mrozek.

Apresentação do Grupo Corpo Presente. íltt

de Madureira, Av. Edgard Romero, 81 — co-

bertura. Hoie, às 21 h. Ingressos'. Cr$ '4ti,00.e

CrS 20,00, associados.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978 D PÁGINA 7tm nov.

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• ••••

Televisão.1 ., A! -¦¦.¦¦¦¦

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•»c,,i CANAL 2llh30m — Reencontro — Programa religioso com

¦ ó pastor Fanini.'isrti — Süadium — Programa «obre esporte «ma-5 °dor?'Ho|e: compacto «obre recreaçío e Inicia-

çao.14h — lota 2 — Debates e entrevistai espor-

tivat. Apresentação de Luh Orlando.

Wh -u.Sftio do Plça-Pau-Aitwelo - Compacto.- :->Nov8la Infanto-lúvenll ba«eada na obra de-.flMonteiro Lobato..Com Zilka Salaberry, Jacira

"íSarrçrtio, Reny de Oliveira, Alexandra Mar-"•'queiVM

.-J7h ab Stadium II — Retrospectiva doi melho-"'•'reitltfomen^ji da «emana.o|a|,. j Arcéjjry - Programa Infanto-juvenil com'"•'filirrôtf, desenho» animado». Oa Batutinha», Ab-";;"hol'!ê Cotfello. Participação de Daniel Aiur

lay (cartunista e desenhista)."ííh

—""teatro Municipal — Reportagens e nú-

, wmeMs de música clássica. Hoje: apresentação

,.,,„¦ integral do bale Romeu e Julieta, com Margol•,.wFonte, n, Rudolf Nureiev e o corpo de baile

»*."•' do «Royal Ballet.• Mh -*o Coitas Nossa» — Documentários sobre a

Oi cultÚM brasileira produzidos pela Embrafilme.•¦'^Hoje:. Cinema, de Paulo César Serraceni, Ro-"meiro» da Guia, de João Ranairo de Mello e

•"•'• Vladimir de Carvalho, e Colagem de Davi

Neves.

lOMOm — Show de Turbino — Programa apre-

tentado por Paulo Monte.Uh40m — Reencontra — Programa religioso.

12h - Orand Prix — Programa , a>itomobl-

llstlco com Fernando Calmon.12h30m - Aírton Perllngeiro ihow - Progra-

ma de variedades.ISh — Futebol. Jogo Coimot x loci Junloni,

direto de Nova Iorque.17h - Rio De Sambo - Musical apreientado

por João Roberto Kelly.I7h45m - Programa Mauro Montalvão — Varie-

dade».IShSSm — João Bretileiro • Iam . Salino j

—' Novela de Geraldo.Vletri. Com Jona» Melo,

Nalr Belo, Eunice Mende», Laura' Cardo»o.;V

19h35m - O Direito de Naicer — Novela de

Félix Caignet adaptada por Talxèlre Filho. Dir.

de Antonino Seabra. Com Cario» Áugyito

Strazer, Eva Wllma, Clea Siijnõe», Beth Gou-

lart, Aldo César, Adriano Reli,' lolita Rodri- \gues, Johnny Herbert, Elliebeth Gatper.

20hl5m - Rod» da Fogo -Novela do Sérgio

Jockman. Com Eva Vilma, Cláudio. Mano, Os-

waldo Loureiro, Maria Esteia, Francisco Milani,

Geraldo dei Rey.

20h40m — O Orand» Jornal — Noticiário com

Cévio Cordeiro, Ferreira Martin» a Fauito Ro-

cha.21h — Program» Cerlo» Imperial — Variedade».

23h - Seuéa Proibida - Filme: O» Amores de

Angélica.IhJOm - Thrüler - Seriado.

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Wm KKJIP' HP .^S HjM.C í &mW£$£'" wO:-'-

Show

CANAL 4Audrey Hepburn e Burt Lancaster

em 0 Passado não Perdoa (canal 11, 21h)

CANAL .7 OS FILMES DE HOJE"

thl5ro - Abertura.¦h30m — Telecuno 2a Grau — Aula .

"~lh45m"- Telecuno 2* Grau (reprise de» aula»

. da, .semana).

, ]0h - Globo Repórter - Vale a Pena Ver de

j*" Nova Ho|e: A* í»trela» Não Morrem Jamai».•Hb —Festival de Daienhot.12h - O Globa em qu» Vivemo» - Documen-',6°tá^

blf iluSitf — Globo Esporte — Noticiário esportivo'P1'

corrjiéo Batista.

fsh -'Hoje - Noticiário.''Wh ^"Comedi» Nacional - Hoje: Roberto Cer-

•so:;|ot:shm W|mo d# Avénturi,

TYih -;j»ock Concert - Hoje: Cream, Rolling Sto-;?'J'

nes, led Zeppelin, lui» Cario» Porto a Gileno.?C17h

!¦£"O» Wehon» - Seriado. Colorido.lShlim - Gina - Novela de Rubens Ewaldo

_ Filho baseada em obra da Sra Leandro Dupré.

«GADWÃle Sérgio Matta e.Herval Rossano. Com

a i Cbrittiane Torloni, Teresa Amayo, Miriam Pi-

res, Paulo Ramo», Fátima Freire.

nj9fí';ft-,-HB 78 - O Trapaleão - Desenho.Í9hl5nt — Pecado Rasgado — Novela de Sílvio— de-Abreu. Dir. de Regis Cardoso. Com Aracy

Balabanian, Jucá <íe Oliveira, Renée de Viel-

mond a outros.•JÍOh »*¦ Jornal Nacional — Noticiário com Cid

Moreira e Carlos Campbell. Colorido.20h20m — Dancin'D»y» — Navela d» Gilber-

to Braga. Dir. de Daniel Filho a Gonzaga

Blota. Com Sônia Braga, Antônio Fagundes,—"Psplta Rodrigue»>-Gláudio Corrêa e Castro, Má-

rio Lago,, Milton Moraes, Joana Fomm,. José-.lewgoy, Reginaldo Farias.

'ÜlhíSm — Primeira Exibição - Filme: O Mail. longa dot.Dia».'..

OhlOm — Jornalismo Eletrônico — Noticiário

v". apíeientado por Berto"Filho..„ib15»„r- S»«»ão d» Gala — Filme: A» Corçai...2h20«».r- Coruja Colorida — Filme: Morrendo a

Ceda Inttant».

9h30m — Deienho» '10h30m — O Grand» Circo. *

Hh30m — Rin Tin Tin — Filma.Uh - R»ino Selvagem - Filme.12h30m — Flipper — Filme.13h - Primeira Edição - Noticiário local.

13h20m — TV Bolinha — Variedades.

I7h45m — Jacques Cousteau,— Documentário

sobr» o mar.

18h45m — Rhod» — Seriado.

19hlSm - Jornal d» Bandeirante» - Noticiário.

19h45m - Attrot do Ring — Luta-livre.

20hS5m - Cinama n» T»l»vi»ão - Filme: El' Condor.

23h — O» Premiado» - Filme: Cicatrize» D'

Alme

0h30m — Cinema na Madrugada — lohga-me-tragem: A Vid» Intima d» Sherlock Hõlme».

CANAL 6£-Bh40n«"»- TVI.

th40m — Caravela d» Saudade - Programa

folclórico português.

CANAL 1112h — Plca-Pau — Desenho.12h30m — Ligeirinhe a Sau» Amigo» - Dese-

nho.

13h — Batman — Filme.

13h30m — Jornada nat Estrela» - Desenho.

14h — Papa-léguat — Desenho.

. I4h30m — At Aventura» d» Gullivar — Dese

nho.

ISh — Super Seit — Desenho. -

13h30m — A Familia Adamt — Desenho.

16h — A Turma do Pica-Pau — Desenho.

16h30m — Frankenstein Jr. — Desenho.

17h — A Prince» o o Cavaleiro — Deienho.

17h30m — A Turma do Zé Colmei» — Desenho.

ISh — Krofft Supar Show — Filme.19h _ o» Invasores — Seriado de ficção cientí-

fica.

20h — Hotido — Seriado: A Marca Mortal.21h - Senão dai Nova - Filme - O Panado

Nãe Pardo». . ,23h— Histórias Policiai» — Seriado: Eamon Kit-

tal» Royca.

John Huston conduz com habili-dade um drama de racismo no Oesteamericano, O Passado não Perdoa;com bons desempenhos de AudreyHepburn, em seu-primeiro western,e Burt Lancaster. Billy Wilder devassaA Vida Intima de Sherlock Holmes emostra ao mundo que o famoso dete-tive de Baker Street não era um1 mi-sógino, mas um homem discreto eamante de suas liberdades. Excessi-vãmente longo, O Mais Longo dos Dias

Teconsíiíui a invas/ío da Normaridiae se aconselha aos amantes \de filmesde guerra. \

.' ¦ ¦ ¦O PASSADO NÃO PERDOA

TV Studios - 21 h

(Tha Unfergiven). Produção norte-americana de

1960, dirigida por John Hustojn. Elencoi Burt

Lancaster, Audrey Hepburn, Audia Murphy, Lil-

lian Gish, Charles Bickford, John Saxon, Joseph

Wiseman. Colorido.

+CÍC+C A insistência com qua o» índio» Kiowa

querem capturar a filha (Hepburn) dt um catai

d» celenot no Oatta americano, a qual dizem

pertencer è lua tribo, levanta a suspeita d» qu»•I» é mestiça • fruto d» um amor proibido,transformando-a numa mulher marcada.

í

O MAIS LONGO DOS DIASTV Globo - 21hl5m

(Th» longe»! Day). Produção norte-americana de1962, dirigida por Andrew MartonJ Ken Anna-kin, Bernhard Wicki. Elenco: Henry Fonda, RobertMitchum, Robert Ryan, Rod Steiger, Jeffrey Hun-ter, Richard Todd, Mel Ferrer,. Richard Burton,Sean Connery, Bourvil,; Curt Jurgens. Preto obranco. :"ifir Reconitituição da invasão d» Normandla— o Dia D — na Segunda Guerra Mundial vist»

pala ótica americana, britânica, francesa aalemã. .

CICATRIZES D'ALMATV Guanabara - 23h

(In tha Caol of tha Day). Produção norte-ameri-'cana de 1962, dirigida por Robert Stevens. Elen-

co: Peter Finch, Jane Fonda, Angela Lansbury,

Áitfour Hill. Constance Cummings. Colorido.

W( Jovem da saúde frágil (Fonda) «egue paraa Grécia, onde vem a falecer, • teu marido des-

cobra mait tarde qua ala teve um «manca com

um da ttut colegat da trabalho, o qua o deixa

duplamente amargurado.

AS CORÇASTV Globo - 0hl5m

(Lei Bichei). Produção franco-italiana de 1968,

dirigida por Claude Chabrol. Elenco: Jean Louis

Trintignant, Jacqueline Sassard, Sléphani» Au-

dran, Serge Bento, Dominique Verdi, Nane Ger-

mon. Colorido.Mick Interessada pel» obra de uma pintorade rua (Sassard), uma mulher de poises (Audran)convida-a a morar om seu apartamento, mas

quando surge um arquiteto (Trintignant) em suas

vidat tem inicio um estranho relacionamento quese encaminha para um desfecho dramático.

A VIDA ÍNTIMA DE SHERLOCKHOLMES

TV Guanabara — OMOm

(Tha Privata Life of Sherlock .Holmes). Produçãobritânica de 1970, dirigida por Billy Wilder. Elen-

co: Robert Stephens, Geneviève Page, Çolin Bla-

kely, Christopher Lee, Stanley Holloway. Colo-

rido.mrf( ¦ A descoberta d» um manuscrito se.cre-

to do Dr Watson (Blak»ly) revela qua o deietiye

de Baker Street nãe era um mitógino e que lave

pelo menos duat aventurai commulheret.

MORRENDO A CADA INSTANTETV Globo - 2h20m

(I Died a Thoutand Timei). Produção norte-ame-ricana de 1955, dirigida por Stuart Heisler. Elen-

eo: Jack Palance, Shelley Winten, Lori Nelson,

Lee Marvin, Lon Chaney, Dennis Hopper, Earl

Holliman. Colorido.

4C-£ Apaixonado por uma bela jovem (Nelson)com um defeito fisico, um gangster (Palance) de-

cida custear tua" operação o planeja um assalto

para conseguir a dinheiro necessário, ma» i trai-

do por teut companheiroi.

ENQUANTO SEU DISCO NÃO VEM - Apresenta,

ção do cantor, compositor e violonista Sérgio

Sampaio. Teatro Opinião, Rua Siqueira Campos,

134. Hoje, à meia-noite. Ingressos a Cr$ 60,00.

ROUPAGEM DE SETEMBRO - Show do folcloris-

ta Heitor da Pedra Azul (violão e voz). Aliança

Francesa de Copacabana, Rua Duvlvler, 43. Hoje,

às 21h30m. Ingresso» i Cr$ 30,00.

PALCO SOBRE RODAS — Show de música popu-

lar brasileira com Lula Xavier, a cantora Janaína

e o conjunto Exporta Samba. Conjunto d» Policia

Militar, Rua Major Jorge Martins, Olaria. Hoje, às

19h50m. Entrada franca. __^... ATE' A AMAZÔNIA?) - Show do Quinteto

Violado, formado por Marcelo Melo (violão), Fer-

nando Filizola (viola), Toinho Alves (baixo), Lu-

dano Pimentel (percussão) e Zé da Flauta. Dire-

ção de Vital Santos. Taatro Municipal de Niterói,

Rua XV de Novembro,, 35. Hoje, às 21 h. Ingres-

sos a Cr$ 50,00. '

SANGUE E RAÇA — Show do cantor, compositor

e violonista Raimundo Sodré. Aliança Francesa de

Botafogo, Rua Muniz Barreto, 54 (286-4248). Hoje,

às 18h30m. Ingressos a Cr$ 60,00 e Cr$ 40,00, es-

tudantes, Até dia 30. .

SEMPRE LIVRE — Show com o conjunto Coisas

Nossas) formado por Nonato (voz), Caola (violão e

voz), Henrique (cavaquinho e voz), Luita (violão e

voz), Dazinho (flauta e voz), Beto (percussão a

voz) e Bolão (percussão e voz). Direção musical da

Luita.. Teatro do Sesc da Tijuca R. Barão de Mes-

quita, 539. Hoje, às 19h e 22h. Ingressos a Cr$¦50,00 e Cr$ 30,00 (estudantes) e CrS 15,00 (asso-

ciados do Sesc). Até dia 14.

TODOS OS SENTIDOS — Show do cantor e com-

positor Belchior acompanhado de Tuca (piano),

Odilon (baixo), Palhinha (guitarra), Duda (bateria),

Gangle (sax e flauta) e Paulinho (teclados). Dire-

ção de Aderbal Júnior. Taatro Teresa Raquel, Rua

Siqueira Campos, 143 (235-1113). Hoje, às 21 h.

Ingressos a Cr$ 100,00. Até dia 24.

CAMALEÃO — Show do cantor, compositor e

violonista Edu Lobo acompanhado do Quarteto

Boca Livre, (formado por Davi Tygel (violão),

Maurício Maestro (contrabaixo), José Renato a

Cláudio Nuccl (violões), e dos instrumentista»

Nlltlnho (trompete e flagelhorn), José Carlos dax

tenor, soprano e flauta), Raimundo Nlclóll (plano)e Cid de Freitas (bateria e percussão). Direção

de Fernando Faro. Direção musical de Edu Lobo...- Teatro Casa-Grande, Av. Afrano de Melo Fran- '

co, 290 (227-6475). Hoje, às 20h30m e 22h30m.

Ingressos a CrS 100,00. Até die 17.

ALCEU VALENÇA EM NOITE DE BLACK-TIE - .Show do cantor, compositor e violonista acom-

panhado do Wilson Meireles (bateria), Paulo Ra-

fael (guitarra), Dlcinho (contrabaixo) e Zé Amé-

rico (acordeão a flauta). Teatra Ipanema, Rua

Prudente de Morais, S24 (247-9794). Hoje, á» 21h

30m. Ingressos a CrS 100,00 a CrS 80,00 (estu-dantes). Até amanhã.

O HUMOR DE SÉRGIO RABELO - Show do hu-

morlsta com direção de Paulo José. Teatro Sanac, •-

Rua Pompeu Loureiro, 45 (256-2746), Hoje; às

20h e 22h. Ingressos a Cr$ 120,00.

MÁRCIO MONTARROYOS E STONE AILIANCE '

— Concerto de jazi do trumpetista brasileiro

acompanhado do conjunto norte-americano. Par-

ticipação do guitarrista Sérgio Dias Batista.

Teatro Clara Nunei, Rua Marquês de São Viccn-

te, 52 (39 andar). Hoje, às 21h30m. Ingressos, e

CrS 100,00 e CrS 60,00, estudantes.

CAFÉ-CONCERTO RIVAL - Hoje, três progra-mações. Às 20h30m — Elas Cobram Taxa d»

luxo, com Tutuca. Àt 22h30m — Show d» Bo-

neca», Show de Travestis. Às 24h — Strip Show,

com Tutuca, Eddy Star, Everaldo César Monte-

negro e Gugu Olimecha. Rua Álvaro Alvim, 33

(224-7229). Couvert de CrS 70,00 sem consu-

mação mínima.

CHICO TOTAL — Show do humorista Chico Ani-

sio. Textos de Chico Anísio, Arnaud Rodrigues,

Ziraldo, Haroldo Barbosa, Max Nunes, Artur da

Távola e Roberto Silveira. Direção de Cario»

Manga. Arranjos e regência de Laércio de Frei-

tas. Canecão, Av. Venceslau Braz, 215 (286-9343

e 266-4149). Hoje, às 23h30m. Ingressos à CrS

175,00.

RÁDIOJORNAL

DO BRASILZYJ-453

Crianças"TEATROATIREI O PAU NO GATO - Taxto a direção da

Gedivàn. Apresentação do grupo Luzes da Ri-Ija. Com Cristina Francescutti, Carlos Roberto

JSnua "Rimos, Maritè Castro • outros. Taatre

da Aliança Francesa da Tijuca, Rua Professor An-

,fl^ratle .Neves, 315., Hoie, às 16h. Ingresso

„• |bÇrS ÍJÓJM. Até dia 30. ¦

'

-O-LEÃO SONHADOR NA CIDADE EGOÍSTA -

.Texto e direção de Luis Sorel. Apresentação do

grupo Kabuki-No. Teatra da Grajaú Tini» Clube,""Rua'

Engenheiro Richard, 83. Hoje, àt lóh''¦'S&OM. IKgressos e Cr$ 15,00. Até amanhã.

AS BRAVATAS DO PROFESSOR TIRIDA'~NA USI-"RlA*

DO CORONEL DEJAVUNDA - Teatro debonecos com texlo de Mestre Ginó. Apresentação

•í.íÍO.igrupPr-Carroça. Sesc de; Madureira, Av. Ed-

.j.flar.; Rornero, 81 — cobertura. Hoje, às

,16h.' Ingressos a Cr$ 25,00 e CrS 15,00, asso-'"'ciados. p__ '

CALIBAN, CALIBAN - Sátira musical, adepta-lc- dM.de uma história de Joan Aiken pelo gru-

.-podisa.-Direção de Maria Luísa Prates. Cenáriose figurinos de Luiz Carlos Figueiredo. Iljmina-

"SW.í'8 Jqrginho de Carvalho. Teatro Isa Pratas,Rua' FraWsco Otaviano, 131 (287-0563). Hoje,

•¦às"1'7h.Htigressos a CrS 40,00 (5 anos)."OTJRAGÃO E A FADA — Texto e direção de

.Carlos Liraí Músicas de Carlos Lira e Nelson Lins-ide-? Barros. Com Caca Silveira, Ligia Diniz, Ali-

ce Viveiros, Pratinha, Elvira Rocha e o.Jtros.Teatro Vanucci, Rua Marquês de S. Vicente, 52/

:t"-'Jf.*,(274-')'246). Hoje, às lóh. Ingresso! a CrS&<50fX>. :¦'•¦ ¦'_ __.

'rA 'REVOLUÇÃO DOS PATOS - Texto de Walter

"'Qúaglia. Direção de José Roberto Mendes. Mú-

Tfíícãí~de Cijfço Buarque, Octávio Burnier e Wrigg.

Comprando Otelo, Ruth de Souza, Alby Ramos,

Beth"Erthaí Aline Molinari e outros. Teatro dos7fl<íuatres,

Rua Marquês de S. Vicente, 52/29''"^

(if4$B9èp. Hoie, às 17h. Ingressos a CrS 60,00.TeXto fraco em produção cuidada e direção inte-

....... gente resylta em espetáculo simpático e diver-

t ti<J,ò>.,(A,M.M.)JOÀO DA LUA — Peça com máscaras, mario-

netes-e bonecos de Pierre Denervaud. Tradu-

çao áe Neusa Rocha. Com Neusa Rocha e o

grupo' Catávento. Cenários, figurinos, máicaras• e animação de- Jean Bisilliat Gardel. Teatro Ca-

-tilda .Becker, Rua do Calete, 338 (265-9933).

Hoje/ às' lóh. Ingressos a CrS 30,00 e

CrS 20,00 crianças. Até diaj^ cte outubro;

O JARDIM DOS VENTOS ,- Peça infanlo-juve-

nil de João Gomes Noto. Direção de Rose Vieira.

Com o Grupo Cortina Aberta • Picadeiro. TeatroBrigitte Bliir. Rua Miguel Lemos, 51 (236-6343).

-Hoje, à» lóh. Ingresso» a Cr$ 30,00.

O CANHÃO ELETRÔNICO - Texto e direção d»

Ricarck^Mick Filgueiras; Com o Grupo O Ponto:

Arnaljjçi.iGome*, Nancy Marón, Olivia Hime, Nir-da Port»lla e outros. Música de Sérgio Fayne.Teatro Nacional de Comédia, Av. Rio Branco, 179

(224-2356). Hoje, às . lóh. Ingressos a CrS~2p;bo.': •'>./• '

; ¦';¦

QUEM MATOU O LEÃO? - Peça infanto-juvenilde Maria Clara Machado. Dir. da autora. ComSara Berditchevsky, Maria Clara Mourthé, Maria

Cristina Gani, Bia Nunes, Milton Dobbin, Bernar-

do Jablonskl e Cristina Rego Monteiro. TeatroTablado. Av. Lineu de Paula Machado, 796

(226-4555). Hoje, às lóh e 17h30m. In-

gressos a CrS 40,00. Espetáculo muito bonito •

cheio' de recursos, com ótima interpretação; ce-

nários, figurinos e música. (A.M.M.) ^ _O MAGO DAS CORES — Texto de Veronique Ra-teau com tradução de Olga Savary. Direção deSesge Ruest e Pato. Com Dirceu Rabelo, JoséRoberto Mendes. ^.Música de Jean Denis Benette cenários de Jean Philipe Bonn. Teatro do Sesc

da Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539

(228-6197). Hoje, às lóh. Ingresso» a Cr$

50,00 e CrS 30,00, esludantes. Dom., às 10h30m.Ingressos a CrS 20,00. Excelente utilização de

marionetes, em linguagem poética capaz de atin-

gir até mesmo os pequeninos. (A.M.M,)

A VIAGEM DE UM BARQUINHO - Texto e di-

reçãò de Sylvia Orthof. Com o grupo Casa de

Ensaio: Fátima, Gê, Menezes, Robson Guima-

rãe»,, João Moita e Zé Carlos. Teatro Glaucio

OU.-'Pça. Cardeal Arcoverde (237-7003). Hoje, àslóht Ingressos a Cr$ 40,00. As peripécias diver:tidat.íj»'comoventes da busca da liberdade em

uma montagem de grande vitalidade. (A.M.M.).

SEU SOL, DONA LUA — Musical infanto-juvenilde Marcos Sá. Com Jorge Alberto, Jorge Fernan-do, Danton Jardim, Josephine Helene e outros.Músicas de Eduardo Souto Neio. Teatro Casa-Grande, Av. Afranio de Melo ' Franco, 290

(227-6475). Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 50,00.

CHA' DAS BRUXAS - Texto de Oscar Felipe.Direção de Dino Romano. Com Sueli Poggio,.V.aria de .Oliveira, Joselito Cunha, Bia Montes

e outros. Teatro da Gávea, Rua Marquês de S.

Vicente, 52 / 4.° and. (274-1016). Hoje, às IBh.Ingressos a Cr$ 40,00.

VIAGEM AO MUNDO AZUL DE ITAPORANGA— Musical infantil de Adalberto Nunes. Dire-

ção do aulor. Com o grupo Os Ciganos. Taatro

d» Caia da Estudante Universitário, Av. Rui Bar-bosa, 762. Hoje, às lóh. Ingressos a Cr$ 40,00.

A REUNIÃO DOS PLANETAS - Texto de SérgioCarvalho. Direção de Charles Nelson. Com o

grupo Os Adolescentes. Teatro Armando Gon-zaga, Rua Gal. Cordeiro de Farias, s/n9, Mal.Hermes. Hoje, às lóh. Ingressos a Cr$20,00 e CrS 10,00, crianças. Até domingo.

OUEM CONTA UM CONTO AUMENTA UM PON-TO — Com o grupo na Corda Bamba. AliançaFrancesa do Méier, Rua Jacinto, 7. Hoje,à» 16hl5m. Ingressos a CrS 20,00 e CrS 15,00,

. crianças.

OS HOMENS DA FLORESTA NA CIDADE DE Cl-MENTO •• Texto » direção de Nilo Bivar. Como grupe?. Arte jJe Teatro Aberto — GATA. TeatroLeonardo Alvas, Rua Correia' Dutra, 99, sobre-loja 218. Hoje, às 16h30m. Ingressos a'Cr$'3<i|p.;

.EXPEDIÇÃO AO CASTELO DO PRÍNCIPE AMIGO— Texto de lone Matos. Direção de Nobel Me-deiros. Com Sueli Poggio, Guilherme Sant'Ana e

Roberto Andrel. Teatro de Gávea, Rua Marquêsde São Vicente, 52 / 4.°. Hoje, às 18h.Ingressos a Cr$ 40,00.

TA' NA HORA, TA' NA HORA - Criação cole-

tiva. Direção de lúcia Coelho. Com o grupo Nave-

gando. Teatro Opinião, Rua Siqueira Campos,

.143 (235-2119).. Hoje, às lóh. Ingressos •

CrS 40,00. Magnífico espetáculo com ato-

res e bonecos, para todas as idades. A me-

lhor surpresa da temporada. (A.M.M.) '

O LEITEIRO E A MENINA NOITE - Musical de

João da» Neva». Direção de Jorginho de Car-

valho. Com o grupo Mixirico. Taatro Municipal

do Niterói, Rua 5 de Novembro, 38. Hoje,

às lóh. Ingressos a Cr$ 20,00. Excelente

texto mágico e lúdico, com especial destaque

para a beleza visual da montagem. (M. de A.)

Até domingo.

MATUTA - Texto de M. Cena. Direção de Mar-

condes Mesqueu. Com o. grupo Asfalto Ponto

de Partida. Teatro Arthur Azevedo, Rua Vitor Al-

vés, 454, Campo Grande. Hoje, às 16h.

Ingressos a CrS 20,00 e CrS 10,00, crianças.

Partindo de uma Idéia muito criativa, a mon-

tagem se perde num espetáculo confuso e dis-

persivo. (M. d» A.)

FESTA NO SITIO — Texto e direção de Brigitte

Blair. Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos,

51 (236-6343). Hoje, às 17h. Ingressos a Cr$

30,00. .

CHAPEUZINHO VERMELHO - Produção de Ro-

berto de Castro. Com • irupo Carrosiel. Teatra

de Bolio, Av. Ataulfo de Paiva, 269. (287-0871).Hoje, às 17h. Ingresso» a Cr$ 40,00.

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU - Tex-

to e direção de Jair Pinheiro. Com o grupo Walt .

Disney. Teatro da Bol«o, Av. Ataulfo de Paiva,

269 (287-0871). Hoje, às lóh. Ingresso» a

CrS 40,00. ':\,Q\ ' -

'

JOÃOZINHO E MARIA NA FLORESTA ENCAN-

TADA - Texto e direção de Jair Pinheiro. Tea-

tro Terei» Raquel, Rua Siqueira Campos, 143,

(235-1113). Hoje, à» lóh. Ingressot a Cr$

40,00. "

CINDERELA, A GATA BORRALHEIRA - Texto

e direção de Jair Pinheiro! Com o grupo Walt

Disney. Teatro T»r»i» Raqu»l, Rua Siqueira Cam-

pos, 143 (235;1113). Hoje, às 17h. Ingres-

«os 'a'Cr$ 40,00.K . , ,

O BRUXO -Texto «direção d» Roberto Argol-

lo. Com Miriam Fischer, Frida Richter, Cláudio-

mar Carvalhal e outros. Teatro da Galeria, Rua

Sen. Vergueiro, 93 (2J5-9185). Hoje, is lóh. In-

gressos a CrS 35,00 eCr$ 25,00, crianças. .

CASA DE BONECAS -'Texto de Carlos Nobre.

Direção de Roberto Argollo. Com Àlina Veiga,

Joana Darc, Regina Raposo e outros. Teatro da

Galeria,. Rua Sén. Vergueiro, 93 (225-9185); Hoie,

às 17H.; Ingresso» a "CrS

35.00 e :Cr$ 25,00,

crianças., '

PALCO SOBRE RODAS - Às 17h45m, «ensibili-

zação lúcida, teatro Gibi e a Banda Carioca. Às

19h, ,a peça Tá Na Hora, Tá Na Hora, lexto a

direção coletiva do grupo Navegando. No Con-

junto da Polfci» Militar, Rua Major Jorge Martins,

Olaria. Hoje, com entrada franca.

PÃO DE AÇÚCAR — Programação: Teatro d»

Marionete» — Hoje, às 10h30m, 12h30m,

14h30m, 15h30m. Museu Antônio da Oliveira— mostra de 1 mil 200 figuras esculpidas ení ma-

deira e mecanizadas. Aberto da» 9h às 18h.• Av. Pasteur, 520 (221-0768). Ingressos a'CrS

24,00, crianças de quatro a 10 anos, e CrS

48,00, adultos, Incluindo a passagem do bon-

dinho. Ar

PLANETÁRIO — Hoje, três programaçõesdiferentes: Padrinho a o Vagalume, para crian-

ças de quatro a sele anos, às lóh, Dança das

Estrelas, para público de oito a 11 anos, às 17h

e Estrelas, Deuses e Heróis, para adolescenlesa partir dos 12 anos, às 18h30m. Rua Padre

Leonel Franca, 240, Gávea. Ingressos a Cr$ 3^00.

DIRETORIA DE PARQUES E JARDINS - Hoje, às

lOh, Chapeuzinho Vermelho e O Circo Mágico

de Big Jones, na Praça do Trabalhador, em Ban-

gu. Ãs lOh e às 15h, no Teatro de Fantoches do

Parque do Flamengo, Mamulengos do Pedro e

Rocha. Amanhã, às lOh, Oncilda e Zé Buscapé,

com o 'grupo Dayse Lucidi e Mamulengo's City,

com o Grupo de Fantoches do Parque d» Fia-

mengo.

. ÂM 940 Kz - OT-4875 KHz

Diariamente dai óh ài 2h30m

' 8h30m - HOJE NO JORNAL DO BRASIL'Apresentação de Eliakim Araújo.

¦ ¦ 8h35m — ROTEIRO — Produção e apre-' sentação de Ana Maria Machado,

9h - INFORME ECONÔMICO - Produ-

ção de Alcides Machado e apresentação de

Eliakim Araújo.

15h - MÚSICA CONTEMPORÂNEA -

Programa: Moody Blue», Chicago e Tha Band.

Produção de João Leopoldo Modesto Leal e

apresentação de Orlando de Souza.

• 23h — NOTURNO — lançamentos mu-

sicais, destaques internacionais e entrevistas.

Produção e apresentação d» Luis Carlos Sa-

roldi.

JORNAL DO BRASIL INFORMA - 7h30m,

12h30m; 18h30m, 0h30m. Dom. 8h30m, 12h

30m, 18h30m, 0h30m. Apresentação d»

Eliakim Araújo, Antônio Carlos Niederauer e

Orlando de Souza.

FM-ESTÉREO - 99.7 MHzZYD-460

["][][ DOLBY SYSTEM

Diariamente, da» 7h 1 lh

HOJE l

20h — Batuque, de Lorenzo Fernandez

(Filarmônica de N. Iorque a Bernstein — 3:40),

Sonata am Ré Maior, para Flauta a Violão,

de Scheidler (Rampal e Lagoya — 7:08), Con-certo am Fá, para Fagote, Cerda» a Continuo,P. 305, de Vivaldi (Thunemann a I Musici —

10:45), El Albacin, de Álbéniz (Alicia de Lar-

rocha — 6:40), Sinfonia n» I, em Dó Maior,

de Weber (Boetcher — 25:00), Concerto para2 Pianos a Orquestra, de Vaughán William!

(Vronsky e Babin com a Filarmônica da Lon-dres — 25:40), Suita da Balo da lei Indat

. Galantes, de Rameau (Collegium Aureum —

42:38), Ta Deum, Op. 22, de Berlioz (Taglia-vilii. Coro e Sinfônica de Londres a Colin

Davis - 52:10).

Rádio CidadeZYD-462

Diariamente, dai 7h 1 lh

Os grandes sucessos da música populardos anos 70 i oi melhorei lançamento»em música nacional e internacional. Editormusical: Alberto Carlos de Carvalho.O SUCESSO DA: CIDADE - As músicas maissolicitada» da programação da RÁDIO CIDA-DE. De 2a. a óa., das 18h às 19h. Apresenta-

ção de Romilson Luís.CIDADE DISCO CIUB - O som das discote-cas cariocas. De 2a. a 5a., das 22h às 23h.óa. e sáb. das 22h. às 24hs. Produção a apre-«entação de Ivan Romero.

MúsicaORQUESTRA DE CÂMARA DA RADIO MEC -

Concerto sob a regência do maestro Nelson Ni-

lo Hack. Programa: Concerto em Lé Maior, da

Vivaldi, Sinfonia n9 9 "e

Concerto am Ré paraPiano, Violino a Orquestra da Corda», de Men-

delssohn (solistas: pianista Lilian Barreto e Vio-

linista Paulo Bosisio). Sala Cacilia Meirele», lgo.'

da Lapa, 47. Amanhã, às 21h.' Entrada franca.

PRÓXIMA SEMANA

ALAÚDE E VIOIÃO — Recital do instrumentista

Nicolas de Souza Barros. No programa, obras de

Alonso Mudarra, Agustin Barrios, Antônio Lauro,

Francisco da Milano, Luis Milan, Anthony Olbor-

ne, William Byrd, Moreno Torroba. Fundação Ca-

«a de Rui Barbo»a, R. São Clemente, 134. Se-

gunda-feira, às 20h30m. Ingressos a CrS 15,00.

PETER ZAZOFSKY - Recital do violinista norte-

americano acompanhado -*o piano de Andrew

Willis. Programa: Variações sobre um Tema d»

Corelli, de Tarlini-Kreisler, Sonata am Sol Maior

Op. 30 n.° 3, de Beethoven, Sonata, de Irving

Fine, Fonte de Arethusa Op. 30 n.° 1, de Karcl

Szymanowski, e Tzigane, de. Ravel. Auditório do

IBAM, Rua Visconde Silva, 157. Ssgunda-feira,

às 21h. Entrada tranca. ¦

CICLO CHOPIN — Primeiro concerto da série,

com o pianista Arthur Mo.-eira Lima interpretando

Variações sobre um tem» de Mozart, Quatro

Mazurkas Op. ó, Improviso Op. 29, Polonaise

Op. 44, Dois Noturnos Op. 55, Quatro Mazurkas

Op! 17 e Sonata Op. 35. Sala Cecília Meireles,

Lgo. da Lapa, 47. Segunda-feira, às 21 h. Ingres-

sos a Cr$ 60.M, platéia superior e CrS 25,00,

esludanles.

SEBASTIÃO TAPAJÓS - Recital do violonista in-

.erpretondo peças do Leopoldo Wais, Gaspar

Sainz, Napoléon Coste, Emilio Pujol, Albeniz,

Falia, J. Sagreras, Schubert, e Concerto em lá

Maior e Concerto em Ré Menor, de Vivaldi, com

a participação de Michael Bessler (violino), Ma-

noel Sternlck (viola) a Ralph Norman (violonct-lo). Teatro do» .Quatro, Rua Marquês da São

Vicente, 52 — 2.° andar. Segunda-feira, àt 21 h.

Ingresso» a CrS 70,00. -

ORQUESTRA DE CÂMARA DO BRASIL - Concor-

to sob a regência do maestro José Siqueira. Pro-

grama: Sinfonia em Sol Maior, de Vivaldi, Suita

n.» 2 para Violoncelo o Orquestra, de Calx

D'Hermelois (solista: Peter- Dàuelsberg), Concerti-

no pera Piano e Orquestra, de Ricardo Tãcuchian,

em primeira audição c sob a regência do autor, ,

e III Divertimento pare Quarteto do Corda» a

Orquestra, de José Siqueira (solista: Quarteto da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Sala Cecília Meireles, lgo. da'Lapa, 47 Terça-

feira, às 21h. Ingressos a CrS 40,00 e Cr$ 20,00,

estudantes^

ANTÔNIO MENEZES — Recital do violoncelista

acompanhado ao piano de Sônia Vieira. Progra-

ma: Sonata em Mi Menor Op. 38, de Brahms,

Suite n.° 2 em Ré Menor para Violoncelo Solo,

de Bach, e Sonata em Lá Maior, de César Fraeík.v

Auditório do IBAM, Rua Visconde Silva, 157.

Quarta-feira, às 21 h. Entrada franca. _^

CONCERTO COM AS ESTRELAS - Apresentação

da Camerata Gama Filho sob a regência do mães-

tro Isaac Karabtchewsky. Programa: Concerto

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45 (A Despedida), de Haydn, Boda» Sam Figaro,

de Cláudio Santoro, e Divertissements, ds J.

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pianista Jacques Klein interpretando Prelúdio

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kas Op. 30, Noturno Op. 62 ri." 1 em SI Maior,

Impromptu n.° 2 em Fá Sustenido Maior Op. 36,

Scherzo n.° 1 e n.» 4, e 24 Prelúdios Op. 28.

Sala Cecilia Meireles, Lgo. da lapa, 47. Quar-

ta-feira, às 21 h. Ingressos a CrS 60,00, Cr*

40,00 e Cr$ 25,00.

PÁGINA 8 ? CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, sábado, 9 cie setembro de 1978

LUIZ MONREAL E OOS MUSEUS PRESTESA SAIR DO GUETO

-^^t-y OS próximosl^^J 15 anos, o

¦I I ^B museu se de-•A- ^ senvolverá no

sentido de sair do guetocultural que lhe foi impôs-to .para tornar-se uma ins-titulção aberta, um fórumpara a comunidade — afir-ma Luiz Monreal, secreta-rio-geral do Conselho In-ter-nacional de Museus, oICOM, organização querealiza os programas daUNESCO no campo dosmuseus através de 23 co-mitês que atuam em 109países.

Natural de Barcelona eautor de The Paintings inthe Great Museums, cole-ção de sete volumes que es-tuda 35 museus de váriospaíses do mundo, Luiz Mon-real velo ao Rio para dis-cutlr projetos culturaiscom a Funarte e o Minis-tério da Educação e Cul-tura, participar da Ia. Jor-nada Brasileira de Museo-logia e fazer uma confe-rência sobre a proflsslona-lização do museólogo nomundo atual.

— Nesse momento, noBrasil, o museólogo lutapara alcançar um status,.um reconhecimento dasautoridades e da opiniãopública, para o fato de eleser um profissional. NoBrasil o museólogo aindanão obteve o reconheci-mento de outros setoresprofissionais e do públicoem geral.

Acompanhado da repre-sentante da ICOM no Bra-sil, a museóloga FernandaCamargo, Luiz Monreal es-teve em Brasilia, para dis-cutlr projetos com o Minis-tro da Educação, Sr EuroBrandão, e com o represen-tante da UNESCO no Bra-sil, Sr Gustavo Lopez. Nes-ses encontros levantou-se apossibilidade da formaçãode um centro de documen-tação no Brasil, ligado aocentro de documentação nasede da UNESCO em Parla.Esse centro, seria um or-ganismo de auxílio técnicoa todas as atividades liga-das a museus e ã profissãode museólogo no país. Nes-se contexto, como primeiropasso, seria criada umaequipe de especialistas queestaria sempre pronta aauxiliar na conservação,melhoria e até criação, denovos museus.

— Esse e outros projetosnecessitarão de apoio tan-to humano quanto finan-ceiro do Brasil, mas tam-bém conseguiremos recur-sos técnicos e financeirosda ICOM, da UNESCO eprovavelmente da Organi-zação das Nações Unidas,devido ao seu caráter in- ,ternacional. Achei a atmos-fera, de modo geral, multoreceptiva, particularmentena Funarte e no Ministé-rio das Relações Exteriores.A filial da ICOM no Brasil,com suas várias formas deatividade, seria a infra-estrutura de todos os nos-sos projetos.

Devido à rapidez de sua.vlòita ao Brasil eà série decompromissos que aqui oesperavam, Luiz Monrealsó pôde visitar dois mu-seus brasileiros, ó MuseuNacional de Belas-Art ís eo Museu do Índio, que seráinaugurado em outubro.O terceiro seria o MAM,que Luiz Monreal visitou por fora "para ver oque-restou desse museu", esentiu não ter chegado aoBrasil a tempo de conhe-cer seu acervo.

Na sua opinião, o MuseuNacional, de Belas-Artestem muitos problemas, sen-do o principal a sua pró-pria localização: no centroda cidade, exposto a todoo tipo de poluição, e numprédio que não tem os re-qulsltos mínimos necessá-rios para servir a um mu-seu. "Por esta" razão, a con-servação se torna difícil eurgentemente necessária.Os quadros expostos pare-cem sujos e abandonados,obviamente devido à pesa-da poluição, falta de con-dições arquitetônicas e au-sência de ar condicionado".

— Mas c um museu In-teiessante. Eu adio que oproblema ali, tanto quantode outros museus brasilei-ros, é sempre o mesmo —

a luta contra a verba mi-nima, falta de profissionaisbem treinados.

Segundo Monreal, nocampo dos museus, o maiorproblema do Brasil, assimcomo de outros países, é ofato de não estar bem co-locado na escala das prlo-ridades culturais. Outrasinstituições são considera-das mais importantes.

— E não obstante o mu-seu no Brasil deve ser en-carado como instituição ex-tre ma men te necessária,por ser um centro educa-

cional, e não apenas ummero repositório de cultu-ra, ajudando a formaçãode novos cidadãos. E porser uma Instituição queajuda o povo brasileiro amelhor entender a varie-dade étnica e pluralidadede culturas, explicandosuas raízes e assim ajudan-do o povo a melhor convi-ver entre si. São razões queos politicos e administra-dores brasileiros devem en-tender e justificam invés-timentos que o pais podee deve fazer em museus.

Monreal:o MAMvisto

: apenas( por fora

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NOVA IORQUEDepois de conquistar o Brasil, Guilherme Guimarãesinvade Nova Iorque com sua coleção Ready-tò-Wear

que desfilará também na Quinzena Brasileira da, Neimann Marcus, em Dallas.

I- MMMT*a ^'<ra******™^W&^^-~'-'mW\MTm^mmmmW'¦-:-''~'mMMmmWí^'W^Smmmmm M! "í-m^PT ^'=:3&:i*Wmmm^mm1^mmmmmmlmmm^m um rmmmm\3 mi «ft 11 ATmtTÉl mÜ mmmWrl fllt m » À BB I 1 WM L W i ¦ ¦ ¦1 ríwJ â m 11H rSáffl>¦ mmw .>Jm. ^mw m [_f_^^J^^^^^fl

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Na Revista do Domingo »desta semana:

NAVEGAR É POSSÍVEL ., .Até agora esporte dos privilegiados, o latismo esta com seupanorama evoluindo rapidamente, permitindo, pouco a.pouco, que mais gente usufrua do prazer de velejar.

A NEVE, CAINDO DE CHARMEUrriachuvinhafinae, de repente, a neve começa ai cair noSul do Brasil, levando moradores e turistas a partilharemda alegria de- fazerem alvos bonecos.

EMAIS:

VOLTAM OS BALÕESInvenção francesa do século 18,.esporte nos EstadosUnidos hã15 anos, os balões sâo hoje coquelucheeuropéia. Em apenas três anos o seu crescimento naFrança foi de 400%.

HENFIL , „ , __. ,VERÍSSIMO: O Caso do Grande TaradoTEATROHORÓSCOPOJOGOS: Xadrez, iridge, cruzadas etc.

Domingo

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LOGOGRIFOCADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978 D PÁGINA 9

JER6NIMO FERREIRA

PROBLEMA N.° 338

C

DT

***v

HORÓSCOPO

1. ANTES EM LUGAR OU TEMPO (6)2. ATO DE DECRUAR (6)3. CONFEITEIRO (7)4. DANTESCO (7)5. DAR DOTE A (S)6. DIALETO DOS DÓRIOS (6)7. DIGNIDADE MORAL («)

ESTENDER AO COMPRIDO (6)ESTRAGO (4)ORUPO DE DEZ (7)IR EM DECADÊNCIA (6)NA PARTE INTERIOR (6)

13. NATURAL DA DÁCIA (S)14. MEMBRO MAIS VELHO DE UMA

CORPORAÇÃO (6)PONTO MAIS ELEVADO DAPOPA DO NAVIO (6)QUE ESTA EM LINHA RETA (6)

17. REGIME ALIMENTÍCIO (5)18. RIJO (4)19. SIGNIFICAR (7)20. TRIBUTAR (5)PALAVRA-CHAVE: 11 LETRAS

a.9.

10.11.12.

IS

16

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-i» determinado vocábulo, cujas con-soantes iá estão Inscritas no quadroacima. Ao lado, a direita, 4 dadauma relação do 20 conceitos, devendoser encontrado um sinônimo paracada um, eom o número de letraaentre parênteses, e todos começadospela letra Inicial da palavra-chave.As letras de todos os sinônimos estãocontidas no termo encoberto, e res-peltando-se as letras repetidas.

Soluções do problema n.* 337. Pala-vra-chave: GENEALÓGICA. Pardals,

glacê; galane; gola; galego; gonalgla;

genial; gilla; geogenla; glnge; goela;

gaiola; gana; gala; galanica; gago;

goiania; gaelico; genal; galelo; giga.

JEAN FERRIER

í_ FINANÇAS AMOR SAÚDE PESSOALJCÀRNEIBO-Í2 Ide março e 20 de abril

PUVocê recebera a ajuda quenecessita. Todavia, limiteainda as suas despesas enão assine documentos lm-portantes.

A pessoa amada o (a) can-surari por causa «le sua in-diferença. Procure agir demodo qu* ela entenda qu*você tem problemas profis-sionals.

Cuidado, pois hide intoxicação,

risco

TOURO - 21 de abril a 20 de maio

Anlea tle tomar umacise* cuidada cem"fofocas".

H Dia benéfico, pois a ajudade amigos lhe será assegu-rada. Mas, pense bem an-tes de comprometer-se, poisnão será desinteressada.

Saiba qu* o plano senti-mental t*rf ainda maléficodurante esta temana, porque Vênui encontra-se emoposição. Não force o das.tino.

OJMEOS - 21 de maio a 20 de junho

Risco de acidentes. Cul-dado com o seu nervo-slsmo.

Cuidado cem ume im*

piraçto (nfelii qu* vo-ci puder ter.

V<,«**j '

Você fará coitas inúteis, osaspectos não são benéficos.Felizmente, você terá umasatisfação no setor financei-ro.

Satisfações no decorrer deuma reuniio improvisada.Todavia, você dev* guardersegredo d* seu. amor. Tei».tão ne t*u lar.

. <$NCER - 21 de junho a 21 de julho

Uma dieta severa pode-ré prejudicar a sua saú'de.

Não mude de decitã*,tig* o teu cernindo.

H .Boa notícia com relação aum problema financeiro, te-ja enérgico (a). Se tiver von-tade de Iniciar um empreen-dimento, espere mais umpouco.

Se você for solteiro (a), semcompromisso, poderá teruma aventura. Caso contra-rio, fique tranqüilo (a) poisa felicidade está ao seu ai-cance.

L-ttO - 22 de julho a 22 de agosto

Vocâ nio estará em boaForma • tentirá cansaço.

Mais uma veí a amiiedso aliviará de «ms «le*cepçáo.

HVÍRGEM

Dificuldades no setor pro-fissional, negócios prejudl-cados. Falta de sorte. Vocêdeverá tomar multo cuida-do com uma proposta deassociação.

A pessoa amada precisa detua compreensão, etteja par-to dela. Os seus probltmatfamiliares podem ser resol-vidos facilmente.

Nenhum problema desaúde, você terá umgrande dinamismo..

23 de agosto a 22 de setembro

Não acredita ter tup*<rlor aot outras, teiamais timplet.

m No decorrer de uma dis-cussão, você poderá serbem-sucedido (a). Você sa-berá mostrar as suas quali-dades. Não mude de em-prego.

A pessoa amada ¦ lhe daráuma verdadeira prova deamor. Nio a decepcione.Novidades no setor familiar.

BALANÇA¦¦- 23 de setembro a 22 de outubro

Um nervosismo excessi-vo prejudicará o seuequilíbrio.

Nio recute aquilo qu*cair do cáu.

m Este dia lhe dará a oportu-nidade de progredir no seutrabalho. Você pode pro-curar o dinheiro que neces-titã e falar com um amigoa respeito de seus negócios.

Plano sentimental bem influ-enciado. Nio ceda ás aven-turas pois as contequênciatpodem ter gravai. Aborre-cimentot familiares.

ESCORPIÃO - 23 de outubro a 21 de novembro

Sela multo prudente sevocê for viajar ou guiar,

Será fácil convencerquem vecê quiser.

a Não conte com uma melho-ria no setor financeiro. Odia não será propício partprocurar um novo emprego.

No plano sentimental, nãot* iluda. Mat, no plane deamiiade o ambienta terá ex-celente e as reuniõet bem-tucedidet.

| SAGITÁRIO. ,m ;—-

Você poderá ter febree mal-estares.

22 de novembro a 21 de dezembro

Ot conselhos de teut

próximos lh* terão va-liosos.

LJNPode iniciar os

"tramites que

forem indispensáveis paraseu futuro. Recebimento fi-nanceiro. Estudos favoreci-dos.

O domínio sentimental teráneutro. Aproveite para fa-zer um exame de consciên-cia a ver os seus erros pas-sados.

Lfr CAPRICÓRNIO - 22 de dezembro a 20 de janeiro

Não pratiqueviolento.

esporte Mostre e tue coragem ¦você terá dinâmico.

Você . poderá encontrar-senuma situação que exigirámuita firmeza. Saiba serínérgico (a). Evite todas atinovações.

Procure não mostrar-se in-juste (a) com a pessoe ama-da, pois itto poderá lhe tra-ter complicações.

AQUÁRIO- 21 de janeiro a 19 de fevereiro

Você nada deve temerneste plano.

Você não tem interettenenhum d* mentir aotteut próximos.

I *'ll I

a

Não perca tempo tratandode coisas inúteis. O. dia se-rá benéfico e você podeagir em todos os domínios.

Em caso d* mcl-entendidos,dê o primeiro passo. Toda-via, cuidado para nio dis-cutir, poit itto Itvará a umaruptura.

PEBCEj — 20 de fevereiro a 20 de março

Dentes frágeis, consulteum dentista.

Aja com muito tato •discrição.

m Consolidação de sua situa-ção financeira e profissio-nal. Dia benéfico para to-das as associações e parapôr em dia a sua corres-pondêncla.

Não dramatize as pequenacoisas. Esqueça ai criticaida passo* amada, pois tãoinjustificadas. Boni clima fa-miliar. '

CRUZADAS

Hoje você deve vigiara sua alimentação, evi-re as gorduras.

Ouça ot contelhot deume peito* mais velhado que vct.

CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS - I - fazer carícias, dar beijos. 8 - fi-gura' artífice) presente em alguns escudos, sempre repre-sentada de metal e como elemento falante. 10 — tecidoquadriculado em preto e branco (pi.). 12 — copo alto eestreito, usado geralmente para beber choque ou cerveja.13 — espécie de pedra dos pejls dos candomblés, lavadaem água corrente em cerimônia especial. 14 — tornar quai-quer escrito picante,, malicioso ou mordaz. 16 — troncode madeira onde o condenado deitava a cabeça para serdecapitado, nas Igrejas, coluna oca onde se depositamesmqjas. 17 — palhaço de circo que faz papel de ingênuo,de pateta (pi.). 18 — ocre vermelho, ferruginoso. 19 —peça de madeira ou de ferro, cilíndrica ou fusiforme, quecruza num mastro ou maslaréu, ou que se prende porum dos extremos em um mastro, e na qual é preso ogurutil da vela. 20 - pequena imagem de três cabeças equatro braços, que os calmucos e mongóis levavam doTibete e usavam como amuleto, pendurada ao pescoço.

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21 — os ovos postos por uma ave durante certo temoo,preceito municipal escrito, que obriga os municípios *cumprirem certos deveres de ordem pública. 23 — prepara-do farmacêutico cuja base é o almlscar. 24 — Interjelçáoque exprime afetos vivos e lmpresos súbitas. 26 — gênerode plantas gramíneas originárias do Cabo da Boa Esperan-ça. 27 — sulco que alguns cavalos apresentam nas coxa*28 — írvore indiana da família das Tereblntáceas, cujacasca ê usada para aromatjzar o- vinho.VERTICAIS — 1 — vício de pronúncia que consiste em tro-car certas letras por m, b e p. 2 — vedação de teto pa-redes, janelas, etc, feita com esteira semelhante a uru-perna. 3 — sopapo, estado. 4 — designação do gênero deplantas labiadas a que pertence o manierição. 5 — espéciede abelha negra do Brasil, 6 — suposto reaparecimentode defunto ou de alma penada, em geral sob forma inde-finida e evanescente, quer no seu antigo aspecto, querusando atributos próprios (pi.). 7 — deus da vida. 8 —diz-se de um tipo ou forma de família que se desenvolveuem certas épocas, como, p. ex., na Antigüidade Clássica,e em que o chefe de família ou patriarca, duma autoridadeabsoluta, resumia toda a instituição social do tempo. 9

braço de moinho de vento. 11 — restringe, aperta. 15tormento que se infligia a um acusado para conseguir

dele certas respostas ou denúncias. 19 — tivera enlevosde êxtase e de arroubo espiritual. 21 — cais construídoperpendicularmente à linha da costa. 22 — vila da Espanha,na Província de Navarra. 25 — (filos. chinesa) o que nio émuito fraco nem muito forte. Léxicos: Melhoramentos, Mo-rais, Fernando, Aurélio e Casanova. ,

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — fis, cefala, ama, alotar, gazofilada, onl,Ixe, om, cinofaga, ida, abri, tatare, odin, nutro, secatorio,elisio. VERTICAIS — fagocitose, imanidade, sazonatlco, ca-fifar, elixa, folega, ata, lado, aramaico, abatis, ana, enol,uri, roi, te.

Correspondência • remessa de livros * revistas parasRua das Palmeiras, 57, ap. 4 — Botafogo — ZC-02.

VERÍSSIMO

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O MAGO DE ID BRANT PARKER E JOHNNY HAM -

/COfVXO OON-SEGUE DOR-

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MELHOR t=ALANDO: QUEESPÉCIE DE EMPREGO éESSE DE ENFORCARGENTE ?'

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AVIV — "Você.podeescrever o que bem en-tender. Eu não vou con-firmar ou desmentir na-

da. Não vou emitir o menor co-mentário, a menor reação. Maspreste atenção: você está brincan-do com fogo, e quando queimaras mãos não venha.se lamentar".

As palavras do homem sãopronunciadas em bom português.Ele está furioso, certamente, masmantém autodomínio sobre suasemoções. Não fosse o crispar dosdedos, sua contrariedade estariadissimulada. "Eu não tenho nadacontra os jornalistas, mas nãogosto deles e prefiro mantê-los àdistancia":

Waldemar Henrique Stern-berg ou Zvi Steinberg ou Zvi Har-Evènrst Har-Even ou simplesmen-te Zvika é brasileiro, nasceu rioRio de Janeiro em 18 de agostode 1943 e é membro daquele queé considerado pelos especialistasdo ramo como o melhor serviçosecreto do mundo: o Mossad-— oInstituto em hebraico — de Is-rael. Foi difícil chegar a Stein-berg: quase seis meses de buscase pistas falsas — endereços friose uma barreira de silêncio erigi-da ém torno desse personagemque nada tem de James Bond eque poderia ser confundido comum cidadão comum em qualquerrua do mundo, em Xangai ouNova Iorque.

Um mês atrás aproximada-mente, a leitura de um livro, HitTeam, escrito pelo jornalista nor-te-americano David Tinnin, darevista Time, onde o brasileiro émencionado várias vezes, permi-tiu ao repórter sua localização emIsrael. Hit Team aborda o proble-ma da guerra .travada nas prin-cipais capitais da Europa entreagentes do Mossad e os membrosda organização terrorista Setem-bro Negro. Waldemar HenriqueSteinberg, atuando com seu nomehebraico Zvi,, integrou a equipede agentes profissionais israelen-ses encarregados de eliminar oterrorismo árabe-palestino emsuas bases na Europa e OrienteMédio. As operações vinham sedesenvolvendo com a mais abso-luta perfeição até o incidente Lil-lehammer, pacata cidadezinha daNoruega, onde os agentes israe-lenses mataram por engano umtrabalhador marroquino, AhmedBouchiki, pensando tratar-se deAU Hassan Salameh, o cérebro dasoperações levadas a cabo pelo Se-tembro Negro. Salameh, segundoo Mossad, seria o homem que ha-via orquestrado a chacina dosatletas israelenses nas Olímpia-das de Munique, nos primeirosdias de setembro dè 1972..

A morte de Bouchiki provo-cou a prisão de seis agentes doMossad que operavam na Norue-ga. Waldemar Henrique Steinbergestava entre eles. E foi capturadoporque o seu telefone em Oslo es-tava anotado na página do pas-saporte de um outro agente presoem Lillehammer. E embora as au-toridades norueguesas não conse-guissem provar sua implicaçãodireta no assassínio do traba-lhador marroquino, Steinberg foicondenado a um ano de prisãopor delito de espionagem. Elecumpriu seis meses de setença efoi agraciado com um indulto.Retornou a Israel e desapareceuuma vez mais nas malhas da es-pionagem.

O livro de Tinnin mencionaparte dos depoimentos prestadospor Waldemar , Henrique Stein-berg na corte norueguesa. Ali eleafirma que imigrou muito jovempara. Israel e que viveu algumtempo no kibutz, Gan-Shmúel, lo-calizado a 60 quilômetros ao Nor-te de Telaviv. Em Gan-Shmuel vi-ve até hoje Mordechai, irmão deSteinberg, também brasileiro, querecebe o repórter com suspeitas.

Não vou lhe dar o endere-ço do meu irmão, porque ele nemse encontra no país.

E onde ele se encontra?Não sei. Meu irmão nunca

me falou sobre suas atividades.Mas ele deve estar em algum lu-gar seguro. Após o que aconteceuem Lillehammer os árabes por cer-to andam à sua procura, para ma-tá-lo. E as polícias européias ain-da continuam procurando os res-ponsáveis pelas mortes dos ter-roristas árabes. *

Então você admite que seu ir-mão é o homem que eu quero en-trevistar?

Cuidado. Não estou admi-tindo nada. Meu irmão envolveu-se acidentalmente na história. Ecomo ele tem mulher e filhos, de-ve necessariamente tomar precau-ções.

Foi o acaso que me conduziufinalmente ao verdadeiro endere-ço de Waldemar Henrique Stein-berg: outro brasileiro, que haviavivido algum tempo no kibutzGan-Shmuel e que se recordavade Zvi, afirmou tê-lo visto numarua de subúrbio elegante ao Nor-te de Telaviv, preparando-se paraentrar num carro e levando àsmãos uma sacola de compras. As-sim, após algumas semanas detrabalho detetivesco, acabei baten-

do na porta do apartamento queme levaria a Zvi.

O seu nome não constava narelação de moradores normal-mente afixada à entrada dos edi-ficios, em Israel. E antes da por-ta ser aberta, uma voz de homemperguntou-me em hebraico quemeu era e o que queria. Respondiem português; a porta abriu-se euma figura barbuda, de ar jovem,respondeu em castelhano, quandolhe disse que.estava à procura deWaldemar Henrique Steinberg.

Yo soy de Buenos Ayres.Vivo aca hace algum tiempo enunca he escuchado hablar deisenor... senor??? Como se llamamismo? Ah, si. Una familia bra-silena ha vivido aca e creo mismoque han partido a Europa haceunos dos anos.

O homem barbudo explica-me que o apartamento foi-lhe alu-gado por uma sociedade imobiliá-ria é entre uma palavra e outra in-daga-me a razão pela qual estouprocurando Steinberg. Explico-lhe que sou correspondente doJORNAL DO BRASIL e que queroentrevistar Steinberg, "um patrí-cio famoso".

Si, si. Entiendo. Sinto queno pueda ayudar-le. Bueno, bue-nas noches, passe bien.

Saí frustrado do edifício. Osotaque e o espanhol do homemeram absolutamente falsos. Ealém do mais ele fazia perguntassutis sobre o meu interesse pelopersonagem. O acaso voltou aajudar-me na manhã seguinte,quando consegui uma foto deWaldemar Henrique Steinberg:era exatamente o homem comquem eu havia falado na noiteanterior, só que sem barbas. Vol-tei ao apartamento, só que eu éque estava tenso, dessa vez.

Foi o próprio Steinberg quemabriu a porta novamente. Amega-lou os olhos e voltou a falar noseu espanhol de má qualidade.Então eu disse que tinha uma fo-to de Steinberg. Mostrei uma có-pia e expliquei que diante dela,não havia necessidade de conti-nuar a comédia em espanhol.

—- Olha Chimanov-tch,, vápara o diabo... Mas fique saben-do que se veio aqui fazer umagrande entrevista vai'perder seutempo. Eu não falo nada, nemquando estou dormindo. Escrevao que quiser mas só lhe peço umfavor: não publique meu endere-ço, em hipótese alguma.

Você,pode dar uma entrevis-ta sem revelar segredos de estado.Dizer coisas que não comprome-tam a organização para a qual vo-cê trabalha.

Não pertenço a organiza-ção nenhuma. Que organização éessa a que você se refere? Mossad?Ouço falar de vez em quando. Porque você não procura quem querfalar? Está atrás de mim só por-que sou brasileiro?

Só porque você é brasileiro.Se você fosse um agente japonêsno serviço secreto israelense, acre-dito que os repórteres do AsahiShinbun é que estariam à sua pro-cura.

O apartamento da famíliaSteinberg é decorado com bomgosto discreto, mas com um gran-de número de plantas. Há vasospor toda a parte. A mulher deSteinberg, uma bonita morena,também brasileira, entra na salatrazendo um bule de café e umprato de bolo: "Ah, o Zvi adoraas plantas. E' ele quem cuida de-las..."

Disco de Elizete Cardoso navitrola, o cachorrinho lulu, asplantas, a afabilidade da mulher,o café passado no coador e, final-mente o bolo caseiro, tudo parececonstrastar com a imagem que setem normalmente de um agentesecreto, principalmente no casode Steinberg, que participava deum hit team, isto é uma equipeda morte, da destruição.

.Quando você foi recrutado pe-lo Mossad? Qual a sua primeiraoperação?

Já lhe.disse que não voufalar nada. Não fui recrutado pororganização nenhuma. Eu estavana Europa, a negócios, e resolvivisitar um amigo que morava naNoruega e aí fui preso numa em-brulhada.

O amigo que Steinberg es-tava visitando na Noruega eraYgal Eyal, registrado como"agente de segurança" da Embai-agente de segurança da Embai-agente do Mossad, não foi presopor gozar de imunidade diplo-mática, mas teve que deixar a No-ruega depois de ser declaradopersona non grata naquele país.A prisão de Steinberg deu-se lo-go após o assassínio do traba-lhador marroquino em Lilliham-mer. Steinberg, juntamente comoutro agente israelense, MichaelDorf, estava de malas prontas,prestes a deixar o país.

.— Nada se provou acerca deuma eventual participação namorte de Bouchiki. Você vê por aí

(DE ISRAEL)QUE VEIO

DOS TRÓPICOSMário Chimanovitch

Correspondem*

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Nome: Waldemar Henrique SteinbergNascido no Rio de Janeiro em 18/8/1943Pai: Mosco SteinbergMãe: Laya SteinbergCart. Identidade do IFP n.° 4154 945, expedida em 28/12/66Título de Eleitor número 349557. Expedido em São PauloCertificado de Reservista de Terceira Categoria n.° 341338Último endereço no Brasil: Rua Ásia, 756, São PauloProfissão constante dos documentos: industrialJulgado em 1.° de janeiro de 1974 em Oslo e condenado a 1 ano deprisão por espionagem. ^

que eu, de fato, não sou a pessoaque você procura.

Mas você foi condenado a umano de cadeia por delito de espio-nagem.

Isso vai entrar para a his-tória do judiciário norueguês co-mo um erro terrível — diz Stein-berg, sorrindo.

Mas como explica o fato deestar na Noruega no momento emque o Mossad executa um inocen-te pensando que fosse o Salamehdo Setembro Negro?

Já lhe disse que estava lãa passeio, visitando um amigo. Ese você insiste com essas pergun-tas, é melhor que vá embora,

A. voz de Steinberg é nova-mente metálica, fria.

Quanto tempo você viveu naEuropa? Onde, exatamente?

Algum tempo. Fui choferda Embaixada israelense em Pa-ris e estudava Economia na Sor-bonne.

Chegou a desempenhar ai-guma missão no Brasil ou emqualquer país latino-americanopor conta do Mossad?

Sem comentário, Chima-novitch.

Que tipo de trabalho vocêcontinua exercendo? Imagino quese trato agora de um serviço bu-rocrático, porque após Lilliham-mer você ficou queimado.

You are talking nonsense— você está dizendo absurdos, re-truca Steinberg em inglês, acres-centando que leva uma vida tãonormal quanto qualquer outro ci-dadão israelense e adverte:

Olha, não tenho o menorinteresse em publicidade. Vê seme deixa em paz e estamos con-versados. Se quiser falar de fute-boi ou de política, estou de acordo.

Como você analisa a atual si-tuação? Pensa que Sadat e Be-guin chegarão a um acordo emCamp David?

E* possível, nada como serotimista.

Mas e os palestinos? Você nãoacha que sem a solução do pro-blema palestino não se chega alugar nenhum?

Olha, rapaz, não devemosaceitar jamais o estabelecimentode um Estado palestino. Seriauma loucura, seria colocar per-manentemente em perigo a segu-rança de Israel.

Voltando à nossa conversainicial, você acha ético que umEstado se nivele aos terroristas doSetembro Negro numa guerrasubterrânea pelas ruas da Euro-pa, com o emprego de métodos queos líderes israelenses costumamabominar publicamente?No comments, Chimano-vitch. Eu só quero que meu filho,quando for homem, entenda su-

ficientemente as razões de seupai. Que seu pai enfim se terá ba-tido para fazer com que Israelcontinue a ser um dos lugaresmais livres do mundo.

Isso soa como uma confissão,Steinberg.

— Interprete como quiser,meu caro. Agora, se você quiser,posso levá-lo até o ponto de táximais próximo.

Aceito e desço com Steinberg.Entramos no seu carro, umDauphine modelo 1958.

¦ ¦ ¦Episódios bizarros acontece-

ram-me nas semanas após o con-tato com Steinberg: durante duasvezes recebi estranhas visitas ànoite em minha casa. O primeirovisitante chegou por volta das 22horas e disso que era fiscal do ser-viço da Prefeitura, encarregadoda prevenção de acidentes, e que-ria inspecionar minhas instala-ções elétricas. No dia seguinte oserviço de relações públicas daPrefeitura informava-me que nãoexiste tal departamento na mu-nicipalidade e que se existisse"dez horas da noite não é horáriode trabalho para fiscalização ai-guma, a não ser a de diversões pú-blicas".

O segundo visitante veiotambém à noite e afirmou pro-curar um de seus amigos — "umvelho amigo dos tempos do exér-cito", que moraria na minha ça-sa. Pediu para tomar um copodágua, fez-me perguntas banais eobservou atentamente o recinto.Voltei a encontrar-me com Stein-berg em sua casa e ele, como daprimeira vez, recebeu-me comevasivas. Mencionei os dois visi-tantes; ele sorriu e disse que nadasabia ou tinha a ver com o assun-to. .;¦

Finalmente, Waldemar Hen-rique Steinberg confessa-me-quegostaria de retornar ao Brasil.Mas está impedido porque hádois anos e meio o Consuladodo Brasil em Tel Aviv não renovao seu passaporte. Indaguei a res-peito no Consulado e um funcio-nário informou-me confidencial-mente que o passaporte de Stein-berg já estava pronto para ser as-sinado quando uma zelosa funcio-nária achou que ele era o mesmoenvolvido no caso Lillihammer.Então resolveu-se fazer uma con-sulta por telex ao Itamarati e aChancelaria brasileira até hojenão respondeu. "Essa é a manei-ra de o Itamarati dizer não" argu-mentou o mesmo funcionário,acrescentando que "o único cri-me" cometido por Steinberg terásido o de utilizar um passaportebrasileiro (o seu, o real) para efe-tuar missão de espionagem a ser-viço de potência estrangeira emum terceiro país.

A EQUIPE DA MORTEA guerra contra o terror já transcendeu

as fronteiras de Israel. O Estado de Israel estápraticamente lutando contra o terror em

todo o mundo. (Golda Meir, em 29/07/1973)

FOI

após a tristemente célebre "chacina deMunique", em setembro de 1972, quando 11atletas israelenses foram mortos numa açãorealizada por um comando do Setembro Ne-

gro, que a Primeirá-Ministra Golda Meir finalmenteautorizou a formação de uma equipe destinada a com-bater o terrorismo árabe onde quer que ele se encon-trasse. O objetivo principal dessa equipe seria Ali Has-san Salameh, o responsável pela "chacina de Muni-que" e cérebro das operações do Setembro Negro.

Essa equipe deveria ser pequena, constituída porveteranos. altamente experimentados, e seu equipa-mento não deveria trair jamais o envolvimento deIsrael nas operações. Quinze agentes foram escolhi-dos a dedo — e Waldemar Henrique Steinberg se en-contrava entre eles. Foram divididos em cinco esqua-drões: Aleph (a primeira letra do alfabeto hebraico)— seria constituído por dois agentes provenientes doMossad ou das unidades militares de elite cujos mem-bros são instruídos também na arte do assassínio si-lencioso. Beth (a segunda letra) — constituída pordois elementos que operariam em conjunto com oesquadrão "aleph", protegendo-os em caso de dificul-dade e garantindo a sua rota de fuga após umaexecução. Heth (a oitava letra), responsável pela "co-bertura" destinada a habilitar o resto da equipe a ope-rar sem riscos de detecção. Integrada sempre por duaspessoas — um homem e uma mulher — uma vez queum casal atrairia sempre menos atenção do que doishomens. Esse esquadrão seria responsável pelo alu-guel. de apartamentos, reservas de hotéis, aluguel decarros, e suprimento de todo o apoio logístico' neces-sário ao bom desenvolvimento das operações. Ayin(a décima sexta letra) — composta por seis a oitopessoas, responsável por duas funções cruciais: seguira vitima afim de conhecer seus hábitos e movimentosafim de determinar o tempo e o local mais propicio àsua execução e prover um corredor de proteção me-diante o qual as esquadras "aleph" b "beth" pudessemdesaparecer rapidamente e deixar o pais. Quph (adécima nona letra) — a esquadra responsável pelascomunicações, formada por dois homens: um, man-ter-se-ia em contato com o resto da equipe atravésde um posto secreto estabelecido perto dos locais deoperação; o segundo, estacionado temporariamentenuma embaixada israelense, iria atuar como uma es-pécie de elemento-de-ligação entre o posto e a esta-ção central do Mossad na Europa Ocidental, o qual,a sua vez, proveria uma ligação direta entre a equipee o quartel-general da organização em Tel Aviv.

A embaixada de Israel em Haia, na Holanda, foiescolhida como a "central" do Mossad para as opera-ções, e Zvi Steinberg foi encarregado de manter osapartamentos que serviriam de refúgios e esconderi-jos aos agentes. De 1968 a 1971 Steinberg havia vividoem Paris sob sua verdadeira identidade, HenriqueWaldemar Steinberg, trabalhando como chofer ám Em-

baixada israelense naquela Capital. Conhecia, portan-to, suficientemente bem os pontos considerados como"seguros" naquela cidade. Steinberg identificava achave de cada apartamento não pelo nome de seueventual ocupante, mas sim pelo do cinema mais pró-ximo onde o imóvel era localizado.

A busca a Ali Hassan Salameh, denominada comooperação de "caça ao príncipe vermelho" durou vá-rios meses e desde que não conseguiam localizá-lo osagentes israelenses passaram a se dedicar aos outrosnomes que constavam de duas listas: nada menos, doque 12 importantes personalidades ligadas ao Setem-bro Negro e ao terror árabe em geral. Os assassinatosforam cometidos em Roma, Paris, Londres e outrascapitais européias, através do emprego de explosivose armas de fogo. Suas ações, quando a "caça ao prin-cipe vermelho" tornava-se cada vez mais difícil, aca-baram posteriormente desdobrando-se a Chipre e aoLibano, resultando ho assassinato de inúmeros lide-res palestinos. A verdade é que o "time da morte" doMossad jamais conseguiu botar as mãos em Salamehe os erros cometidos em Lillihammer, que resultaramna morte de um trabalhador marroquino, restam atéhoje como uma mancha indelével naquele qúe é con-siderado, ainda assim, como talvez o melhor serviçosecreto do mundo.

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.TORNAL DO BRASIL

RIO DE JANEIRO, 9 DE SETEMBRO DE 1978 O N* 101 GUIA SEMANAL DE IDÉIAS E PUBLICAÇÕES NAO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

•«ay O Rio de Janeiro a revls-, I^^l ta Alguma Poesia, vol-

I ^B tada para o autor nacio-J^

™ nal, pretende tirar dasgavetas e dos arquivos poemasinéditos, sufocados pelo concretis-mo e o excesso de teoria, que "to-lheu toda uma geração de poetasbrasileiros". Alguma Poesia não sefilia a nenhuma corrente poética.E' aberta a todos e se propõe aresponder uma pergunta: como vaia saúde da poesia brasileira?

Publicação trimestral, tiragemde 3 mil exemplares e o desejo demanter o mesmo número de pági-nas — 80 — a revista não tem pu-bllcidade. Sua distribuição se fazatravés de livrarias (embora algu-unas não a aceitem, mesmo emconsignação, porque não acredi-tam em poesia) e paralelamente,através dos próprios poetas emseus Estados, nas universidades eteatros. Para os editores de Algu-ma Poesia Márcio Schiavo e Car-los R. Lima, "sente-se no Brasiluma retomada da poesia discursi-va, após tanta indexação, concre-tização e processação. E o resulta-do foi a volta da palavra, tolhidapor 14 anos de silêncio e tambémpelo excesso de teoria e da críticamanipulada na direção do concre-tismo".

, . Em gestação há um ano, a re-vista teve problemas com a censuraprévia e beneficiou-se com a sus-pensão da censura. O título foi to-mado por empréstimo a CarlosDrummond de Andrade e do poetaos editores receberam carta, naqual escreve: "Espero que vocêsconsigam desenvolver esse trabalho,de criação e de informação poéticatão útil em qualquer ocasião, e par-ticularmente nesta, de perplexida-de e insatisfação". O número doisde Alguma Poesia publicará ensaiossobre a nova poesia brasileira ede 20 a 25 produções de poetas bra-sileiros, ao lado de poetas cubanosmodernos, entre os quais Retamar,Roberto Branly e Nancy Moregon.

Ao argumento de que poesianão vende, os editores respondem:

— Mesmo assim é importanteeditar uma publicação séria, como trabalho de pessoas de talento,que jamais conseguirão chegar aoseditores. Principalmente no Nor-deste, no Norte. Os poetas devemmandar no mínimo cinco poemas,:para avaliação. Por enquanto, assu-mimos o custo de produção e oseventuais prejuízos, em termospessoais. Infelizmente não podemosfazer revista de poesia como noMéxico, onde há seis excelentes re-vistas literárias, com publicidadede universidades e empresas esta-tais. O Octávio Paz, por exemplo,edita uma revista com 54 páginas,das quais 16 com publicidade. Algu-ma Poesia vai tentar ocupar essplugar, e poetas, tradutores, críticose. ensaístas podem mander seus tra-balhos para a Rua Senador Dantas,118, sala 413.

Em São Paulo, a Editora Brasi-liense lançou este ano sua Cademe-' ta' de Poesia, cujo único número>.publicado no primeiro semestre, te-ve uma tiragem de 3 mil exempla-"' rSà, com trabalhos de poetas deOriíiné-Bissau, Cabo Verde, São To-" mê e Príncipe, Angola e Moçambi-que. O segundo número deverá sairaté o final deste ano, provavelmen-te em setembro ou outubro, segun-do informa o editor Caio GracoPirado, diretor da Brasiliense.

Para ele, o nível tia poesia bra-sileira no momento é excelente enà sua segunda edição a Cadernetade Poesia deverá manter os trêsmil exemplares.

Com o Jornal do Poeta — deSão Paulo — o poeta Ulisses Tavares' tentou inovar no ramo, fazendo umjornal de 10 mil exemplares, dosquais 7 mil foram vendidos de mãoem mão pelos próprios Autores, Oprimeiro número saiu em setembrode 1977 e o segundo e o terceiroem 1978. Hoje o Jornal ão Poetaé formado por um grupo de jovensentre os quais se destacam Aristi-

A POESIA EM REVISTAPARA MUITOS ELA

É NECESSÁRIA, MAS CONTINUAA VENDER POUCO

A poesia é necessária? Poetas e editores, espa-lhados por todo o país, afirmam que sim. E anima-dos com os melhores propósitos lançam revistasde poesia, a maioria das quais não ultrapassa o

primeiro ano de vida. E, claro, as tiragens e ven-das são muitas ve-zes inferiores ao nú-mero de poetas pu-blicados. Indiferen-ça do leitor? Máqualidade da poe-sia veiculada? Édifícil fazer umdiagnóstico preciso.

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Mas é fácil constatar que, apesar de todos os pro-blemas, as revistas de poesia aí estão. No Rio e emSão Paulo, em Brasília e cm Salvador. Algumasdelas com propostas sérias e definitivas. Outrasmais indefinidas quanto aos objetivos e sem

grande consistênciaeditorial, para vi-ver, mas de qual-quer forma pro-curando uma saídapara os jovens poe-tas que não têm co-mo ou onde publi-car os seus poemas.

des Flafke e Arnaldo Xavier, am-bos editando seus livros pelo siste-ma de cooperativa, nas EdiçõesPindaíba. Ulisses Tavares, o poe-ta-editor, quer levar o movimentoadiante, promovendo debates econferências em faculdades do in-terior do Estado e do pais, paravender suas obras e idéias. Alémdo O Jornal do Poeta, e da Cader-neta ãe Poesia, São Paulo tem umapágina de poesia no jornal Versuscoordenada pelo poeta Cláudio Wil-ler.

Enquanto isso em Belo Hori-zonte pelo menos quatro publi-cações de poesia disputam a prefe-rència do público. São elas Poesia,Fala, 1 e Poesia em Saquinhos. Ou-trás revistas literárias mineirastambém publicam poesia, como To-tem de Cataguases, Vagão e ArsMedia de Belo Horizonte e os suple-mentos literários do Jornal ãe Mi-nas e do Minas Gerais, diário ofi-ciai do Estado.

Mas em Minas, além da poesiahá também a antipoesia. E os anti-poetas, "comprometidos com umaideologia e não com a poética", se-gundo explica Mário de Almeida,ganhador do prêmio Emílio Mourade poesia de 1977, vendem seus ver-sos nas iruas e nos bares. Em orien-tação parecida trabalham os jo-vens da revista I, cuja idade média éde 20 anos, e que procuram expll-car tudo o que vinha sendo produ-eido em Minas em termos dê inte-gração do plástico, do visual coma palavra e o desenvolvimento dasformas. Carlos Ávila, o editor deí, é filho do poeta Afonso Ávilae encontrou o título da revista emsoneto do poeta barroco mineiroFrancisco Zaver da Silva, intitula-do A inteireza do I. A revista / évendida a Cr$ 25 em livrarias enas ruas e recebeu uma ajuda fi-nanceira do Conselho Estadual d«Cultura ido Minas.

A revista Poesia começou a sereditada em fina do ano passadopela Fundação Brasileira de Bolsas-de-Estudo, já está em seu quintonúmero e tem em seu cadastro 500assinantes. A asisnatura comumcusta Cr$ 200 e a de benfeitor, Cr$400. Este ganha um seguro que criauma bolsa-de-estudo para a pessoaque indicar.Poesia ainda é deficitá-ria e sobrevive graças a um mece-nas que não quer ser identificado.Segundo o editor, Rubens HoskenFerreira, o preconceito que existecontra a poesia dificulta a ob-tenção de anúncios.

— Recentemente, 10 cândida-tos às próximas eleições recusa-ram-se a programar sua campanhana revista. Eles temem até que oseleitores os julguem políticos-poetas, distanciados da realidade.

O próprio Governo mineiro se recu-sou a publicar anúncios na revista,o que nos prejudicou. Portanto, ébom reafirmar que existem poetas,produzindo boa poesia — e existeuma revista disposta a publicá-los.O que falta é o apoio das empresase das entidades públicas.

Fala é uma revista singular.Com 34 páginas, é inteiramentemanuscrita, tiragem de algumascentenas de exemplares. O primei-ro número foi publicado no mêspassado e o segundo sairá em se-tembro. Segundo Antônio LaersonCamargo, editor, " a poesia estámuito marginalizada no pais e aIdéia é abrir a revista aos poetasque têm muito o que dizer masnão dispõem ide meios para divul-gar suas mensagens."

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Em Ouro Preto, um grupo deartesãos e artistas jovens produzdesde o começo do ano uma expe-riência editorial inteiramente nova:a poesia em saquinhos. Quase todossão poetas bissextos, que vivem deoutras artes e vendem sua pro-duções poéticas em saquinhos, dotipo usado em supermercados. Parafinanciar o trabalho, conseguiramajuda da Fundação de Arte de OuroPreto e de algumas firmas comer-ciais da cidade, inclusive da pró-pria gráfica que imprime os folhe-tos. Cada saquinho é vendido nasruas e praças da cidade por Cr$110.

Na Bahia existem duas revistasde poesia Serial, relançada mêspassado, depois de cinco anos deInterrupção, com circulação nacio-nal e publicando Autores de todo opaís e Hera, que se limita aos jo-vens poetas de Feira de Santana.Ambas são dirigidas pelo poeta An-tonio Brasileiro. Lançada em 1968,em sua primeira fase Serial circu-lou apenas em Feira de Santanae depois para a Editora Cimape,em Salvador, deixando de circularno oitavo número. Agora, cincoanos depois sai o número nove,com tiragem de dois mil exempla-res. Hera, também dirigida por An-tonio Brasileiro, só publica poetasde Feira de Santana onde é edita-da e já está no seu nono número.

Há em Brasilia, atualmente,apenas uma revista de poesia —A Revista de Poesia e Critica, quesai duas vezes por ano com cercade 100 páginas e uma tiragem deaproximadamente dois mil exem-plares. Sem aceitar anúncios, para"não assumir compromisso algumalém dos puramente literários", arevista é inteiramente custeada pe-los seus editores Afranio Zuccolot-to, Cyro Pimentel, Domingos Car-valho da Silva, Péricles Eugênio daSilva Ramos e Waldemar Lopes. Al-guns exemplares são vendidos emduas ou três livrarias a Cr$ 30.Mas, como explica o poeta Domin-gos Carvalho da Silva, trata-se ape-nas de uma "venda simbólica". Arevista é distribuída, gratuitamen-te, para professores, intelectuais,escritores e jornalistas.

— A Revista de Poesia e Críti-ca é feita por um ideal — explicaele. — Nos últimos anos, desapare-ceram os suplementos literários dosjornais, o jornalismo literário en-trou em crise. A revista foi criadapara arregimentar poetas que esta-vam parados há anos.por não teronde publicar seus trabalhos.

Domingos Carvalho da Silvafaz questão de salientar o fato deque a RPC "não é uma revista parapoetas ocasionais". Todos os seuscolaboradores já têm livros publi-cados, já tem um "currículo poéti-co", e adotam uma posição de defe-sa da poesia contra coisas que con-sideram antipoéticas, "como o con-cretismo, por exemplo, legítimo co-mo arte visual mas não como poe-«ia".

No Rio Grande do Sul, apesardo grande número de poetas, nãoexiste uma revista inteiramentededicada à poesia. A única publi-cação dedicada à literatura, ao Es-tado, é a revista Cultura Contem-poranea, publicada pela editora domesmo nome, que aborda proble-mas de cultura em geral, com arti-gos Inéditos e poesias de Autoresgaúchos e de outros Estados. Comtiragem de 10 mil exemplares e

venda em livrarias, Cultura Con-temporanea tem publicado poemasInéditos de Carlos Drummond deAndrade, Carlos Nejar, Mario Qui-tana, Ferreira Gullar e outros.

E em Recife, em dezembro doano passado deixou de circular aúnica publicação pernambucanadestinada exclusivamente à poesia.Depois de 12 anos de circulaçãoIninterrupta, o Jornal de Poesia,de propriedade da poetisa pernam-bucana Evangelina Maia Cavalcan-ti, de 80 anos, resolveu 6uspendersuas atividades.

Os crimes repugnantesde Charles Manson esua família, descobertosapós o assassinato deSharon Tate, foram mi-miciosamente descritos eestudados por um advo-gado e um jornalista.Marinho de Azevedo leuo livro, publicado noBrasil pela Record, e dizque se trata de um tra-balho honesto.

PÁGINA2

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CHARLES MANSON

Antes, elas eram ape-nas contadas, causan-do risos ou arrepiosnas crianças. Hoje, ashistórias de fadas ebruxas são objeto demuitas análises, entreas quais se sobressaia de Bruno Bettc-lheim, que as estuda

do ponto-de-vista dapsicanálise. DanusiaBarbara diz que seulivro é um clássico no

PAGINA3

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MràMsímãsAirão R deHàindaFerreim

?EDITORA

NOVAFRONTEIRA

"MAR DE HISTORIAS": Será a mais completaantologia do Conto Mundial pubHcada até hojeem qualquer país. Seus autores são Aurélio_Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai,nomes que por si sós já garantem a qualidade daobra.Preço: Cr$ 120,00 - págs, 248

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Página 2 O UVRO O JORNAL DO BRASIL O Ri° de Janeiro' sábado, 9 de setembro de 1978

OS NOVOS DEMÔNIOSMarinho de Azevedo

M.n»on: Retrato d. um Cima Repugnante, de Vlncent Bugliosi a

Curt Gentry. Trad. A. B. Pinheiro de Lemos. Record, 1978, Rio.

705 pp. CrS 250.

sempre secretamente agradável saber de

É

monstros. Principalmente os da vida real.Eles nos fazem sentir tão saudáveis i Mas, pa-ra tanto, é preciso caracterizá-los como

monstros: seres que vivem em um mundo a parte,talvez ao nosso lado, mas sem nada a ver conosco,isso explica o subtítulo da tradução brasüeira deHelter Skelter: Retrato de Um Crime Repugnante. Olivro pelo contrário, embora escrito pelo procuradoroue fez condenar Charles Manson e vários membrosde sua familia - culpados, entre outras coisas, dachacina na casa de Sharon Tate — não e tao sim-plista.

Ele retrata todo o horror do que íoi feito e é pos-sivel que. durante sua leitura, mesmo o mais veemen-te adversário da pena de morte chegue a torcer paraoue Manson e suas crianças assassinas acabem senãocondenadas à câmara de gas. Bugliosi, porem, vaimais íuuao. Ele ínuii que, embora monstruoso, o queaconteceu em 19(59 em Los Angeies é o ponto extremode uma paranóia bem mais endêmica do que se pen-sa Não que ele assuma a fácil atitude hipócrita, in-nenua ou medrosa dos que dizem que nao ha malnem crime e de que a culpa ê sempre, no fundo, dasociedade, da família, do stablishment enfim. Pelocontrario, não esconde que é a favor da pena de mor-te e para defendè-ia, invoca o mais velho dos cli-chás- seu vaior exemplar. Mas, ao mesmo tempo, sen-te que está diante de coisa mais grave que uma seriede crimes repugnantes que podem (ou poderia) sercontidos pela policia e pela Justiça. "O legado assus-tador do caso Manson" — diz no fim do livro - ede que pode acontecer novamente".

Seguindo por este caminho perde-se, é verdade,em divagaçoes apressadas e. até pueris. Manson ecomparado a Hitler e, no final das contas, o culpadointelectual por tanto sangue derramado acaba sen-do para variar... Nietzsche! Não devemos, porem, co-bràr demais do Autor. Ele não é nem mesmo um au-tor Para escrever seu relato, teve de recorrer a aju-da'profissional de Curt Gentry. Bugliosi é só um ad-vogado inteligente. Mas, mesmo que fosse muitíssimomais não estaria à altura de seu assunto. Para tan-to, precisaríamos de um gênio do calibre de Dostoie-vsky, que nos daria, então, Os Demônios do séculoXX Helter Skelter limita-se a fornecer os dados tec-nicos do que poderia vir a ser uma grande obra.

O livre é indubitavelmente mal escrito. Será? Co-mo explicar, então, que apesar de suas repetições,confusões, tecniclsmo e mil detalhes desnecessários,suas 700 páginas sejam fascinantes? Morbidez nossa?Ela se esgotaria ao fim de pouco tempo. Talvez aúnica coisa mais cansativa que a literatura eróticaseja a sádica. E, pior que ela, a jurídica. Mesmo sa-

bendo que é verdade aquilo que estamos lendo, não oleríamos até o fim só por curiosidade. O que tornaHelter Skelter especial é ter Bugliosi mergulhado tãoa fundo no assunto que seu depoimento — como o detantos viajantes despretensiosos — nos dá uma fo-tografia do real.

Os crimes passam de moda. Exceto os forjadospelos romancistas policiais. Estes, com suas sofistica-ções, nos consolam da tristeza e da monotonia dasdoenças que fazem com que as pessoas se mantêmumas as outras. Hoje, sem dúvida, quase todos teriamesquecido dos trinta e tanto assassinios da familiaManson se, entre as vítimas, não constasse a bela epouco talentosa Sharon Tate, mulher de Roman Po-lanski. O que Bugliosi, com seu estilo torto, nos mos-tra é como foi fácil a paranóia de Manson contam!-nar dezenas de pessoas e fazer com que centenas deoutras achassem que ele era um herói, um santo, umJesus Cristo recruclficado.

Manson é uma figura fascinante. Pilho natural,cheio de carências, educado em ireformatórlos e pri-sões, descobriu que o único lugar que poderia ter nasociedade era o de Deus, Senhor absoluto de todosos que o haviam martirizado. Imbuído sabe-se lá deque idéias tiradas da Biblia e dos demonismos quevicejam na costa Oeste dos Estados Unidos, fez suafilosofia. Adubou-a com mensagens dos Beatles: emseus discos encontrava recados que o avisavam daproximidade do helter skelter, momento de confusãoe pânico. Os negros, seres inferiores, revoltariam-see destruiriam o establhisment, matando todos os por-cos burgueses. Só escapariam do massacre Manson esua tribo, refugiados em um poço sem fundo. Mas osnegros vitoriosos acabariam descobrindo que eramincapazes de tomar conta do imundo e iriam pedira Manson & Cia. que os liderasse. Começaria, então,um Novo Mundo.

Revoltava, porém, a Manson, que os negros aindanão tivessem tido coragem de começar o massacre.Era preciso ensiná-lo. Para Isso, fez assassinar Sha-ron Tate, seus convldodos e o casal La Bianca. Coisaque foi feita com requintes de horror tais que, du-rante o julgamento, hesitou-se em mostrar ao júrias fotografias dos mortos.

Tudo Isso seria só nojento se, no meio dos cri-mes e da Insensibilidade com que foram cometidos,não se misturasse uma ânsia de paz e amor que opróprio Bugliosi é o primeiro a reconhecer. "E' pre-ciso ter um amor de verdade no coração para se fa-zer isso pelas pessoas", disse Susan Atkins, uma dasmais cruéis irmãs da família, contando por que esfa-queara Sharon Tate. Doença? E' claro. Mentira?Abundado nos depoimentos das meninas que que-riam inocentar Manson. Bugliosi não se deixa enga-nar. Nem perde um só instante a consciência de quesua missão é, provada a culpabilidade dos criminosos,empurrá-los, com o máximo de eficiência, para den-tro da câmara de gás. Mas... E é este mas que fazde Helter Skelter um livro honesto.

AS FADAS NO DIVADanusia Barbara

A Plicanálita do» Conto» da Fada, de Bruno

Bottelhelm. Trad. Arlene Caetano. Paz a

Terra, 1978, Rio. 365 pp. Cr$ 160.

A

menina vai-se tornandolinda. A mãe, que não su-porta, o fato, manda ma-tá-la ou comete pessoal-

mente quatro tentativas de homlci-dio. Numa delas, quando por enga-no toma o coração que lhe trazemcomo sendo o dá criança, ceva seuódio com uma cena de caniballs-mo. Mas vem o final feliz: salva detodo o morticínio, a garota faz comque a mãe calce sapatos de ferroem brasa e dance até morrer.

Assim são os contos de fadas.Certas educadtaras, hoje em dia,tendem a considerar tais históriascomo barbaridades a que as crian-ças — coutadas — não devem swexpostas. Por outro lado, LewisCavroll, Autor sensibilissimo, escri-tor de primeiro plano, fala dos con-tos de fadas como "um presentede amor". Nesita controvérsia quejá se airasita, Bnuno Bietteilh,eitn,psiquiatra de formação, .analítica,psicólogo de renome, famoso porseu trabalho /com crlançais esquizo-

Irènicas, tem um livro luminar. Pa-ra ele, não tem sentido "preservara criança". Em vez die se horrorizarcom todas estas barbaridades, dizBruno, a criança na verdade reco-nhece nelas seus próprios desejose pensamentos mais profundos.Absurdo (ie neste ponito cita Piageit)é querer que a criança se satisfaçacom narrativas racionais, ad usumdelphini, que acabam sendo multomais violentas para a IndlvidualL-dade infantil

Os contos de fadas não sãofanitásiticoa nem inverossímeis. Oque se conta neles é a .realidadeda vida interior da criança, de umaforma em que a identificação é fa-cilitada e os problemas mais fácil-mente tfesoMdos. Mas é preciso no-tar; .uma fábula, com sua moralexplícita, um mito, com seus heróissobre-humianoa, ou uma historietatriste como a dos soldadinhos dechumbo de Grimm, não são histó-rias de fadas.

Também não são contos de f a-das as versões Disney, onde cadaanãoziniho tem um nomie e umapersonalidade própria, cada deitla-lhe ooloridamente mais humano.A .eflcáicia psicológica de um contode fadais se baseia no conflito, nomurado animiata, no conjunto depersonagens esquejmlálticos, no final

Marinho dt Azevedo i redator do JQRNAl DO BRASIl

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Fadas como as queaparecem nesta

rústica xilogravurainglesa do século

XVI são agoraanalisadas por

Bruno Bettelheim

feliz. Aliás, sobre este aspecto quetantos adultos julgam irreal, o Au-tor mostra como o conto de fadasencoraja a criança à luta por seusvalores, como a incentiva a ama-durecer: se ficar agarrada aos pais,'não conseguirá crescer e acabaráapenas cruelmente forçadla à sepa-ração, icomo João e Maria. . '•_.

Após algumas análises malÉ|superficiais de narrativas (primelí'ra parte do livro, intitulada Um.Punhado de Mágica), que usa paraexemplificar sua posição, BrunoBettelheim destrinça com vagar ashistórias mais conhecidas. Em Bor-,ralheira, vê o conflito com as ir-mãs mascarando o problema dacompetição pelo amor do pai; em,Branca de Neve, revela o tema do •narcislsmo e do destenvolvimentoda criança; em Cachinhos de Ouro,a questão é a busca de identidade.Nesta parte do livro (Na Terra das:Fadas), Bruno faz um estudo evo-,lutivo dos contos, apontando comoum completa e destenvolve a tema-,tica apresentada por outro: se João,.e Maria saem empurrados de casa,Chapeuzinho já não teme o mundo.:externo e Branca de Neve se casa,:embora ninguém mencione se gos-*:'tava ou não do respectivo príncipe.Já Bela opta por ficar com a Peraquando descobre que a ama, quan-do descobrle o que é o Amor. Aofinal, temos ò ciclo dos noivos-bichos; o sapo que era príncipe, oporco encantado e tantos mais, on-de se aprende que não basta ao,,casal que o herói enfrentle uma sé-rie de perigos e obstáculos; o casal,enfrenta e opta junto, e assim nas-..ce e f rutlf ica a união madura.

Apesar de toda aparência sei-vagem. Bruno Bettlheim concluique Os contos de fadas são real-mente uma dádiva de amor. O pai,ao contar as histórias, está estabe- •lecendo uma ponte entre seu mun-'do e o inconsciente infantil, tran^'sigindo e aceitando seus desejos e.'medos. Ao ouvir somente histórias"construtivas, que façam rir, a cri*:anca desconhece e estranha o-'mundo dos adultos, pois sabe que,dentro de si, as coisas não são1'naturalmente tão realistas nemtão construtivas.Danusia Barbara, reportar do JORNA1 DO BRA;.Sll, • Autora de uma teta «obra literatura paracrlansu. . ¦

TRABALHOPRODUTIVORegina Maria cté Abreu

Clanet Soelait a Trabalho Produtivo, de

André Villalobo» e outros. Cedec/Paz a

Terra, 1978, Rio. 143 pp. Cr$ 80.

1 ESPERTAR polêmicas. Alar-

D

gar os horizontes (tão es-treltos) dos esquemas con-ceituais. Abandonar teorias

monolíticas. Suscitar discussões embusca de uma melhor compreensão docircuito por onde se movem as cias-ses sociais no atual estágio de desen-volvimento do modo de produção ca-pitalista. Estes parecem ser os objeti-

¦ vos dos autores de Classes Sociais eTrabalho Produtivo.

Ao longo do tempo, uma série de• novos agentes sociais foram sendo ge-rados a partir da introdução de novasfunções no interior da esfera produ-tiva. Como pensar o surgimento des-tes novos agentes, quais são eles, quelugares ocupam relativamente ao es-paço da produção e sob que lógicasuas existências estão determinadas —eis perguntas presentes em todo o li-vro.

Não se trata, portanto, de eliml-nar os pressupostos enunciados pelosclássicos, pois é fora de dúvida quemuitos desses pressupostos vêm sen-do verificados na prática; trata-se,ao contrário, a partir dos novos fatoscolocados pela realidadj social, de re-ler esses Autores estabelecendo comeles o início de um debate.

A questão central do livro partede uma necessidade concreta: noçóescomo as de trabalho produtivo/im-produtivo precisam ser redefinidas, namedida em que o capitalismo vemdemonstrando modificações substan- ,ciais nas formas de produzir riqueza ie, portanto, gerando novos agentes,que desempenham novas funções noprocesso produtivo.

Abstraindo a existência dessesnovos agentes, o trabalho operáriopode ser considerado como o protó-tipo do trabalho produtivo. Venden-do sua força de trabalho a um capi-talista que o assalaria, o operáriocria riqueza no momento em que pro-duz uma mercadoria concreta, pai-pável e intercambiável. E principalmente porque nessa mercadoria é de-positada uma parte de trabalho ope-rário não paga pelo capitalista. Essaparte de trabalho não paga (mais va-lia) é a fonte do valor.

Agora, quando nos indagamos arespeito do l\igar social ocupado pe-los novos agentes, a questão se com-plexiflea. Como assinala André Villa-lobos, "o médico assalariado, valori-zando o capital por intermédio de seutrabalho, já é uma figura do nosso co-tidiano". O que isto significa? Que ca-da vez mais determinadas institui-ções, como, por exemplo, as institui-ções médicas, podem ser geradoras deriqueza.

Os outros Autores seguem a mes-ma linha de discussão. Eduardo Vio-Ia, por exemplo, sugere a possibilida-de de se considerar o trabalhador ci-entifico enquanto trabalhador produti-vo, isto é, como gerador de valor e demais valia. Situando a prática cienti-fica em seus contextos históricos, J.

A. Guilhon de Albuquerque analisa asrelações sociais que esta prática en-volve. Ele constata que ó "produto in-telectual, ou seja, a ciência, a tecno-logia e mesmo o discurso ideológico,transformam-se em mercadoria comooutra qualquer. Como todo o produtoindustrial, o produto científico cons-titul uma demanda, circula, tprriá-sè.quantitativamente intercambiável eequivalente a seu valor em dinheiro.(...) Tudo é industrializável, taclusi-ve a consciência". Lúcio Kowarlckpropõe que a polêmica entre trabalhoprodutivo e improdutivo seja coloca-da em função do processo de acumu-lação e chama a atenção para as im-plicações políticas da questão. LuizOrlandi desenvolve uma reflexão, atécerto ponto filosófica, acerca dastransformações operadas a nível dasrelações dos homens entre si e das re-lações destes com a natureza, enfo-cando o duplo aspecto que elas en-volvem, o de apropriação e o de des-truição.

Os Autores dão especial relevan-cia a tais questões na medida de suasimplicações práticas e políticas. Comos canais de informação e o própriodesenvolvimento do saber científicocontrolados por emgjeesas onde o lucroé o principal objetivo, não há comomanter ilusões acerca de uma possi-vel neutralidade dos agenter subme-tidos nesta relação. Apesar do feti-che da palavra cientifica, o que exis-te é uma seleção prévia dos objetos aserem tratados, assim como da ma-neira de tratá-los.

Então, como caracterizar as novasclasses de servidores do capital? Po-demos considerar o trabalho científi-co realizado sob o domínio do capi-tal como gerador de mais valia? E quepapel a classe operário desempenhanesse contexto? Os. Autores de Cias-

ses Sociais e Trabalho Produtivo nãopretendem dar respostas mágicas atodas essas questões. Apenas iniciamum debate, oportuno na medida emque a realidade social parece já terultrapassado em muito o quadro teó-rico existente.

Regina Maria de Abreu • toeiòlooa a vem naliundapesquisai'sobra o trabalho operário atravéa da »ub-sídios do Centelho Nacional de DesenvolvimentoCientifica a Tecnológico.

DOUTRINADISSECADAGisálio Cerqueira Filho

A Ideologia da Segurança Nacional, de Joseph

Comblin. Civilização, 1978, Rio, 254 pp., Cr$ 120.

Aguerra-fria

está para a déca-da de 50 como a ideologia dasegurança nacional está pa-ra as décadas de 60 é 70. Es-

ta concepção básica informa e atra-vessa b estudo qjie Joseph Comblinfaz da dita ideologia; doutrina (e teo-ria) que fez sucesso na América La-tina, despolitizou várias nações docontinente e, em nome da ordem e datranqüilidade, marginalizou amplossetores da população, apesar da an-gustiante insegurança individual des-ses mesmos setores.

Muito mais do que isto, e esta éuma questão primordial para as For-ças Armadas latino-americanas, aideologia da segurança nacional afãs-tou os militares das tradições liberta-doras de Bolívar, San Martin, Artlgas,Sucre, 0'Higgins. Essa é a conclusão

do Autor, que faz um adendo: paraas Forças Armadas do continente, odesafio maior é "reencontrar as ver-dadeiras tradições nacionais, com opovo que é preciso libertar" (pág. 246).

O estudo do professor Comblin épolêmico, devendo suscitar muitasquestões tanto nos meios politicos eacadêmicos quanto nos meios milita-res e religiosos. Antes de mais nada,o Autor é padre, professor lemérito deTeologia, com vários trabalhos publi-cados na linha da teologia da liber-tação. Atualmente lecionando emHarvard e Louvain, já esteve no Semi-nário Teológico do Recife, Pernam-buco, onde despertou as mais vivassimpatias e as mais ardorosas antipa-tias. Como se não bastasse essa suaclara demarcação politico-teológlca, oprofessor Comblin se aventura a pes-quisar num terrieno reservado, já nãodigo aos cientistas sociais, mas aosmilitares de formação geopolítlca,muito preocupados com a presença deestranhos. Além do mais, há o claroobjetivo do Autor de escrever umaobra die cunho científico sem perdera simplicidade e clareza da lingua-gem, renunciando, assim, de saída,não só aos preconceitos do meioacadêmico, mas também aos conceitostrabalhados de forma mais sofisticadae, talviez, mais densa.

O livro é fruto de minuciosa pes-qulsa, não há dúvida. O Autor revelaque áomina praticamente toda a bi-bliografia sobre o toma da segurançanacional, mas se Insere mais numa li-nha de esclarecimento poliitlco-ideoló-gico do que numa linha de produçãodo conhecimento; em que pese nãohaver uma nítida separação entreestas duas linhas, ao contrário,um intereruzamento. Comblia diedica

metade do livro à demonstração dasrelações lentre a segurança nacionaldos EUA e a influência da doutrinaamericana nos Estados dependentes.Esses tópicos são pouco estudados ecompreendidos. Comblin opta por in-formar e esclarleoer o leitor.

Com acuidade, o Autor nota que"a extensão da doutrina e do sistemade segurança nacional, com todas assuas implicações políticas, sociais,econômicas e outras, não teria sidopossível se não tivesse havido a revo-lução de Cuba" (pág. 243). Dssconhe-cida de seus vizinhos latino-americanos, Cuba realizou transíor-mações decisivas no seu próprio terri»tório, com reflexos diretos na vida detodas as nações do continente. O Au-tor sugere, embora não aprofunde,que na América Latina o "movimentonascido da Revolução Cubana passouda epopéia de uma liberação paraum terrorismo de desesperados" (pág.243). Dai o recrudesclmento nãoapenas da ideologia da segurançanacional, mas„ sobretudo, do enormee custoso sistema de repressão insta-lado em sieu nome.

Comblin indica ainda que a causado fracasso do movimento revolucio-nário na América Latina foi o erro deter sido, desde o seu início, um movi-mento de intelectuais, separado dascamadas popularles da população. Tra-tou-se, arremata o Autor, da "maisdolorosa e lamentável expressão dascontradições dos intelectuais na Amé-rica Latina". Mas agora estamos nolimiar da década de 80 e os tempossão outros. São?

Gisálio Cerqueira Filho, tociilogo, • Autor da umHvro tobro »t lutat toclait no Brasa».

ESSA OUTRA LITERATURAMoacyr Cirne

história da literatura deJ^k massa é uma história li-jwk near: seus avanços edito-

j, "mi riais, por exemplo, subor-

dinam-se aos avanços industriaisda cultura de massa. Mesmo assim,não podemos ignorar os problemassociais, politicos e Ideológico» que amarcam. Veja-se o caso dá influên-cia religiosa, nos Estados Unidos.Até 1915, dos 279 livros mais vendi-dos na terra de Lincoln, pelo me-nos 87 continham este ou aquelemodo qualquer de religiosidade.

Mas a literatura de massa, en-tre nós, com sua bagagem estran-geira de romances policiais, aventu-ras de espionagem e de ficção cien-tífica, ent traduções quase sempreligeiras, ainda não fora estudada asério. Os literatos e os professoresde letras simplesmente a ignora-vam. Ou a ignoram. Na verdade,sempre foi mais fácil analisar osAutores e os discursos literáriosconsagrados por uma intelectuali-dade de formação européia. De pre-ferência, clássica.

O professor e ensaísta MunizSodré, contudo, soube romper comos vícios bacharelisticos de um sis-tema intelectual imposto ideologi-

camente pela instituição escolar.E, como resultado prático, já sevoltou para a cultura de massa to-mada em seu sentido mais amplo(A Comunicação do Grotesco), paraa science-fiction(A Ficção do Tem-po), para a televisão (O Monopólioda Fala) e, agora, para a literaturade massa como um todo. E é, bomnotar, com um interesse crítico atu-ante e combativo.

Seu livro, aqui em pauta, de-tém-se nos aspectos teóricos e prá-ticos da literatura impulsionadapor um Rex Stout, por um ConanDoyle, por um Maurice Leblanc,por um Isaac Asimov. A primeiraparte (pp. 19/78), fundada em ri-goroso aparato epistemológico (comapoio bibliográfico em Macherey,Balibar, Foucault, Mauss, Heideg-ger), engloba uma subdivisão cen-trada, de inicio, na literatura "cul-ta" (Machado de Assis), e, em se-guida, na teoria da própria literá-tura de massa, com sua particularideologia.

A segunda parte (pp. 79/125)encerra, de igual maneira, uma sub-divisão bastante precisa: um pri-meiro momento, sobre o serttido e aespecificidade do folhetim e da lite-ratura de massa enquanto tal; umsegundo momento, sobre o roman-ce policial e a ficção científica, to-

WO A J i * v

MUNIZ SODRÉ

mados como modelos no interiorda indústria cultural dirigida paraos diversos mecanismos de comuni-cação da literatura. Esta parte, co-mo não poderia deixar de ser, sópode ser compreendida no contextoteórico elaborado pelo Autor.

Mas não se espantem. Emborabastante rico em suas formulaçõesMuniz Sodré sabe ser claro. E obje-tivo. Como nestas colocações inici-ais que norteiam todo o seu traba-lho. A primeira, de ordem geral:"A literatura é uma formação ideo-lógica c, como tal, procura resol-ver contradições ao nível das cias-ses sociais. Mas a ideologia literá-ria não pode ser confundida comoutras formações ideológicas... eem sua especificidade produtiva é

capaz de atingir um verdadeiro co-nhecimento, um saber da consci-ência do sujeito" (p. 17).

A segunda, de ordem particular:"O texto romanesco da literaturade massa constituiria não umasubliteratura ou mesmo uma para-literatura, mas uma outra literá-tura, voltada primordialmente pa-ra a consolidação da função de su-jeito, mas usando o mito como in-dultor ideológico. Isto quer dizerque 6 mito, na literatura de massa,é um instrumento do discurso ideo-lógico" (p. 18). Através de nova ci-tação, particularizemos mais ain-da o projeto crítico do Autor: "Aocontrário da literatura culta, a li-teratura de massa tem, entre suasdeterminações produtivas, o apa-relho informativo-cultural" (p. 80).

O ensaio de Muniz Sodré, a ri-gor, oferece um complexo leque deopções metodológicas para que pos-samos compreender melhor a teo-ria literária, e não só a literaturade massa. Se o romance policial ea ficção científica são questiona-dos enquanto discursos artísticos,sua visão da literatura dita cultatambém será crítica. Esta crítica— o seu alcance político e social_ está na raiz do pensamento doAutor, desde A Comunicação doGrotesco.

Moaev Cirne • professor de Comunicação deMassa no ícAS

"dl Universidade Federal Flu-

minonse. .

CINQÜENTASAMBISTAS

Lena Frias

Sambista» Imorlait (Vol. 1: 1850/1914), da J.

Muniz Jr. Edição do Autor, 1978, São Paulo.

216 pp. Cr$ 100.

JORNALISTA

radicado em San-toe, o alagoano J. Munia Jr.vem pesquisando com serleda-de a música popular brasilei-

ra nos aspectos ligados à escola desamba. Em 1969, publicou uma sériede artigos sobre O Samba e sua Gen-te; em 1976, lançou quase simultânea-mente os livros Panorama ão SambaSantista e Do Batuque à Escola áeSamba, além do Volume 1 de Samois-tas Imortais, que agora reedita . èn-quanto prepara o Volume 2. Nessemeio-tempo, entregou ao público amonografia X-9: Escola Pioneira,' co-memorativa do 34° aniversário daagremiação santista, com dados pre-ciosos para o estudo do samba, emSão Paulo.

A proposta de Sambistas lmor-tais é simples e direta. O livro é, umaapresentação de dados biográficos demeia centena de sambistas nascidosentre 1850 e 1914. Parte, portanto,da gênese do samba e chega ao mo-mento da sua estruturação como gê-nero hoje conhecido. Que teve batis-mo e certidão via um dos biografadosno livro, Donga (Ernesto JoaquimMaria dos Santos), em partitura re-gistrada na Biblioteca Nacional noano de 1916. ,

Muniz Jr. oferece informaçõessobre pessoas que — como Caninha,Amor, Bidê. Carlos Cachaça, as tiasbaianas (em cujas casas de santo osamba nascia nos mesmos runs,'rum-pis e lês que marcavam o candom-blé), Sinhô e Maçu — foram impor-tantes para a história dessa formamusical. Se deixa fora alguns.nomesigualmente significativos, convémnão esquecer que se trata apéipâs doprimeiro volume de uma séri& Poroutro lado, inclui nomes comoPixin-guinha — cuja relação com o chorofoi multo mais estreita e definitivado que com o samba — e outros co-mo Ary Barroso e Herivelto Martins— mais profissionais do disco e dorádio do que criadores populares. ,

Sambistas Imortais não é,,um li-vro analítico, não se propõe a resol-ver os graves problemas que assolamo samba e as agremiações sambíáti-cas de agora. Mas é um trabalho sua-do de pesquisa, realizada naqueles lu-gares em que o samba se guaffla, te-velando-se a quem se decide a ir iaprocurá-lo. O seu valor esta em tra-zer à luz informações - num campoem que elas são tão escassas e con-traditórias - sobre os estivadoresda música popular, os "velhos batu-queiros e humildes sambistas que,através de uma vida dura e difícil,deram tudo de si ou que continuamainda servindo incansavelmente -âcausa do samba", como diz o Autorna dedicatória do livro. Hoje, entreos que dão tudo à causa, esta certa-mente o próprio Muniz.lena Frias, repórter do JORNAl .DO BRASIl, éestudioss de música populai brasiloira.

UM MUNDODE SOMBRAS

Salim Miguel

OA Sonda Uretral, de Holdcmar Menezes. Co-decri, 1978, Rio. 117 pp. Cr$ 65.

coloquial e o aparentemen-i te aliterário marcam íun-laamente a ficção de Hol-

demar Menezes. Num esti-lo correntlo, como quem conversa,

o Autor vai desvendando um mun-áo de sombras, colocando o leitorem contato com sua humanidadesoírida, diante dos pequenos-gran-des dramas do dia-a-dia, de onderedoilie a matéria-prima para oseu trabalho. A retratação quasefotográfica da realidade, com seusauaurúos e ínconsequencias, e aprincipal característica desses co.n-tos. Com eles, de forma direta,Hoidemar Menezes dá um recaaohumana e esteticamente valido,em que situações e personagens seentrelaçam, lunaem è compiemen-tám no estranho jogo da vida e damorte. Levando mais adiante a' proposta de seu livro de contosanterior, A Coleira de Peggy, pro-cura atingir o leitor de chotre, en-volvendo-o e tornando-o partici-pe daqueles dramas.

Violência e sexo, miséria morale fisica, desencontros e desenoan-tos, entrechoques onde sobressaemprostitutas e traficantes, contra-bandistas e desajustados de variai,categorias sociais, atravessam a li-teratura de Holdemar Menezes, quese aproxima, pelo clima e peio tra-tamento, por exemplo, da familiade um Rubem Fonseca. Correntenaturalista que é talvez a vertentemais em voga na prosa brasileiraatual.

Nos contos de A Sonda Uretrala tragédia se mlstuia o sarcasmo,ao humor se junta a piedade peloshomens. E contar um caso, trans-mitir algo, emocionar e atingir ooudío, seu semelhante — eis o queimporta mais especialmente paraesie cearense/catarinense. Emborasua literatura possa ser considera-da de denúncia, o Autor se propõetáo só a mostrar os fatos como elessão. A análise critica fica por contada sensibilidade do- leitor. Umaconstante de seus trabainos é oaniDiente médico. Sendo médico,exviai de sua vivência um painel asma.-> das vezes amargo daqueiemundo.

Do que ficou dito não se dedu-za que não haja, também, na lite-ratura de Holdemar Menezes umapreocupação com a maneira de di-zer e de se expressar. Há. Dai o"aparentemente aliterário". Pois,no caso, descompromisso formal é„.igualmente, uma forma do narrar,dó fazer literário propriamente di-to. A constatação do fato está naretilização enxuta dos trabalhos emque a economia de meios, as fusõese."elipses, as situações que ele criacom a prosa densa e carregada deintenções lhes dão até um toquejornalístico. Mas essa não é certa-nuate a preocupação principal, oumaior, de quem parece querer darseu recado sem pensar muito emfórmulas ou técnicas, em inovaçõesou experimentos. Bom ou mau? Éum problema que exigiria outro ti-po de consideração.

Exemplos expressivos de suatécnica narrativa se encontram emdois contos-chave que se asseme-lham no enfoque, no desenvolvi-mento, na propositura e até mesmoem alguns aspectos do tema.

Em Longa è a Noite, narradona primeira pessoa, como a maioriadas histórias, a personagem come- ,' ça dizendo: "Eu estava lendo osClassificados e nem podia imaginarque o coroa ia me oferecer traba-Ino..." Logo, a partir dai, nos envol-va num clima áspero, violento,üociitio. Observe-sp, contudo, pri-nuiramente, alguns detalhes signi-ücutlvos e esclarecedores neste pe-riodo. Antes de sabermos o que onarrador é ou busca, ja ficamosimaginando, através de algumasdas palavras citadas, qual a si-tuação. "Classificados" insinua queti. procura algo; "coroa" hos escia-rece que se trata de um jovem;trabalho nos explicita o que fica-ra implícito, isto é, que ele procuramesmo trabalho. E é então quandonos defrontamos com uma dasconstantes da temática do Autor:ele parte do corriqueiro e do banalpara o insólito que se esconde pordetrás das aparências.

Veja-se agora Acertando osPonteiros, publicado orginaria-mente por Ficção e talvez a peçaei-iiisticamente mais realizada do'yoiunie,

narrada igualmente napnmeira pessoa. Começa assim:"Eu estava no Veleiros quando o te-lefone me chamou. Droga já nemse pode tomar um aperitivo sos-segado, eu pensei..." A estruturada frase é idêntica nos dois contos,a ambiência também, a alternart-cia, onde a expectativa logo se fazpresente — e num repente estamosenvolvidos n.a trama, no clima mór-bido. O telefone, aqui, substitui

'_

coroa no desencadeamento da ação.E até num conto-piada, como

A Arma do Crime, ou num dramade profundas ressonâncias existen-ciais, como A Sonda Uretral, Hol-demar Menezes mantém o mesmoritmo da frase e a mesma lingua-gem encadeada. A lição que parecequerer nos deixar, por fim, é quetanto nas grandes urbes (onde sepassam os contos die um RubemFonseca), como nas pequenas cida-des (seu cenário preferido), o bichohomem é o mesmo, envolvido pelamesma violência que domina omundo, capaz igualmente demomentos de grandeza e mesqui-nharia.

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LIVRO O JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978 O Pá9ina 3

MARIO POLÍTICO

DANTE TRADUZIDO (OU RECRIADO) POR HAROLDO DE CAMPOS

DANTEDE CAMPOSFelix de Athayde

Sois Cantos do Paraíso, de Dante Ali-

ghieri. Trad. Haroldo de Campos. Ilust.

João Câmara Filho. Fontana, 1°78, Rio97 pp. Cr$ 50.

ENQUANTO

os homenspensarem, mesmo quepoucamente como ago-rá, o Danti. será lido e

traduzido. E verbi-voco-visuali-do como propõe e extrema Ha-roldo de Campos na "traduçãocriativa — transcriação" de seiscantos do Paraíso.

O próprio Haroldo de Cam-pos afirma que "sua mira é pro-duzir um texto isomórfico em re-lação à matriz dantesca, um tex-to que, por seu turno, ambicioneafirmar-se 2omo um original au-tônomo, par droit de conquête."Uma obra que seja "figlia de suofiglio" e não uma simples tra-dução.

Mestre e matriz, Dante énuminoso, "luce intellettual, pie-nia d'amore". há sete séculos cri-ado e recriado. Traduzi-lo nãoimplica apenas um desempenhode vocação poética e sim, tam-bém, um esforço de erudição —duas virtudes que se casam emHaroldo de Campos, poeta delingua viva em Servidão de Pas-sagem e tradutor capaz de libe-rar "a linguagem pura que o ori-ginal vela "nas transcrições quefez de poetas russos, por exem-pio. "...fracassaria na perfeiçãoda arte aquele que só procurassea forma final, sem preocupar-sedos meios pelos quais dita formase obtém", conforme adverte opróprio Dante no Livro n, DaMonarquia. Fracassaria Haroldode Campos * não tivesse apotência da luz para aclarar os

meios que levou Dante' a obter"a maJíor e mais coerente estru-tura poética de todos os tem-pos", no dizer de Otto MariaCarpeaux, e a eie, Haroldo deCampos, para dizer "com poucoo quanto, inteiro" e nos dar es.jaestrela de seis cantos da conste-,lação que é o Paraíso.

''O Paraíso, em que Danteconsegue tornar visível o invisí-vel e dizívcl e inefável — diz Ot-to Maria Carpeaux — é o maisalto cume que a expressão hu-mana jamais atingiu; talvezseja o cume da literaturauniversal." Além de ser "a partemais moderna do poema."

E é precisamente essamodernidade do Paraíso e doDante que Haroldo de Campos,esse topógrafo da modernidadenos antigos, recupera para a po-es!a brasileira. Ele vê (o sentidoda vista aqui é proposital) o Pa-raiso como um poema abstrato,"na acepção em que um moder-no crítico de arte poderia falarem 'construtivismo abstrato', pa-ra definir certas tendências emoperação e evolução desde Mali-évitch e Kandinski até asmanifestações mais recentesda arte op. 'Ele vê no Paraísoaqueles "sujets d'immaginationpurê et complexe ou intelect",que também moveram o últimoMallarmé.

Então, os seis cantos do Pa-raíso transcriados por Haroldode Campos não são mais, eapenas, uma tradução do Dante:é um original autônomo do quehá de mais moderno no Dante,um esplêndido tour de force.

Poetas novos aprenderãomuita poesia nesta tradução, naqual Haroldo de Campos "haposto marco e cielo e terra".Félix d« Athayde, noeta,JORNAL DO BRASIL.

• redator do

HISTÓRIAE FICÇÃO

Clarisse Fuhelinan

Salim Migutl, iornali-la • .lecionistt, i odltordi Ficção.

A Conspiração dos Búzios, de Gramiro de

Matos. Edição Ramiro Silva Matos, 1978, Sal-

vador. 90 pp. Cr$ 100.

«RAMIRO

DE MATOS lan-ça mais um livro. Já ten-

do enveredado nos cami-nhos do romance, do conto

e da poesia, escreve agora um tex-to em que procura articular histó-ria e ficção. Procura discutir as re-lações entre colonizador e coloni-zado em nossa formação cultural,bem como estabelecer um diálogoentre o passado e o presente do-país.

Essa proposta não nos chegapor nenhum prólogo explicito doAutor ou narrador; é transmitidano decorrer da própria leitura. Al-guns equívocos na construção daobra parecem provir exatamenteda dificuldade que terá tido emsolucionar, ao nivel da produção"' do texto, a inserção da informaçãohistórica no universo fictício. So-me-se a preocupação de oferecerum romance que servisse simulta-neamente de roteiro para uma pos-sivel filmagem, intenção esta su-gerida na contracapa, e na cons-trução dos capítulos sob a formade "tomadas" (filmagem 1, 2 etc).

Não há mudanças na apresen-tação das diversas partes do livro.Na seqüência inicial somos levadosao dia 8 de novembro de 1799,quando o povo assiste, na cidade deSalvador, ao enforcamento e es-quartejamento de quatro baianosinconfidentes. Esse episódio, jun-tamente com os mitos, história e agente da velha Bahia, constituemo material sobre o qual o artistaresolve trabalhar. Estabelecido oambiente tenso que cerca os per-sonagens principais, símbolos dacondição em que vive a maioriaoprimida, detém-se nas implicaçõese motivações de cada condenado nomovimento d e libertação, apro-«imando-se, sem muita profundida-de, dos seus hábitos e pensamentos.Tenta revelar, a partir dai, a in-tranqüilidade que o cenário daépoca oferecia e, ao mesmo tempo,

COSTUMA-SE

considerar boaaquela critica que é benevo-lente com o texto analisado.Talvez esse seja mais um

dado do subdesenvolvimento que JoanDassin aponta a todo instante em seuensaio. Digo isto porque me pareceque, nos países latino-americanos, acritica da critica dialoga mais com oAutor e o minúsculo grupo criador doque com os leitores potenciais. E, nomáximo, a dissensão é aceita porquerestrita a quatro paredes.

Politica e poesia em Mário de An-drade têm aspectos legítimos, mas so-frem-de algumas limitações. O grandemérito dé Joan é tler tentado estabele-cer um modelo critico que compreen-da a literatura como fenômeno social,e com esse fim não desdenhou a mo-bilização de considerável aparato do-cumental retirado do arquivo do escr1-tor, assim como de farto instrumentalcritico em que salienta os teóricos deFrankfurt, Para uma critica acos tu-mada a trabalhar com conceitos nãoliterários, como o de nativismo ou es-pirito die nacionalidade, mas que aomesmo tempo esforça-se em limitaro campo ao ddmínio do- imanente aotexto, o trabalho de Joani é promissor,quer dizer, promete e cumpre comos requisitos dte uma pesquisa sériae documentada.

Sua metodologia, porém, tem si.'oeclética, como a própria autora reco-nhece. Joan trabalha alternativa-mente com material primário e secun-dário, de naturfcza literária ou históri-ca, servindo,, às vezes, uma situaçãoficcional como exemplo de um conflitopolítico, restrição agravada pelo fatode não estabelecer as mediações de-vidas. Para tal ecletismo, parece terauxiliado a premissa de que' ainterpretação pura aplicada aosestudos sobre cultura brasileira é umluxo impensável. Ao menos poç em-quanto. O processo seria, pois, de bus-ca; localização, descrição e só poste-riormente explicação de documentos.

Sinto dizer que discordo. A inter-pretação é um luxo e não é. Porquese, por um lado, há o perigo de cairna generalização sem apoio documen-tal, existe a contrapartida: trabaíhcsque embora dispondo de forte arsenalde textos, muitas vezes pouco conheci-dos, desmoronam pelas limitações notocante à interpretação dos documen-

Raul Antelo

Politica o Poesia om Mário de Andrado, de JoanDassin. Trad. Antônio Dlmas. Duas Cidades, 1978,São Paulo.

'212 pp. Cr$ 150.

tos. Joan realiza uma descrição bas-tante minuciosa, que na hora de bus-car a articulação do fato literário como contexto politico, falha porque cimcerta ingenuidade parte de um princi-pio inconteste: o nacionalismo, a açãosocial do intelectual fora do campoda linguagem. Assim, esses faturespassam a comandar a própria organi-zação da forma literária. A limitação,a meu ver, não reside apenas no fatode não cuidar devidamente da espeçif 1-

reconstituir o ambiente mágico quepermanecia vivo naquela populaçãomestiça.

Como se' vê, o tema escolhidoé fecundo. Diríamos ató que Gra-miro deteve-se com cuidado no es-tudo da cultura de sua terra, embo-ra, visivelmente identificado comas aspirações populares,1 deixe-selevar às vezes por uma visão mani-queísta. Não se decidindo por umtipo de linguagem, ou buscandoinaugurar um outro tipo de ficção,o resultado é uma obra bastantedesigual. Se pensarmos em termosde adaptação para o cinema, teré-mos um texto por demais descri-tivo, com poucos diálogos e per-sonagens mal delineados. Se pen-sarmos em termos de um romancerevolucionário, não o será peloaproveitamento do histórico. Nempela linguagem, menos compro-metida com o esmero formal, embusca de neologismos, mas ias- .sumindo por vezes uma tonalidadeexcessivamente didática, ou mesmoem alguns trechos, transmitindoama pobreza lingüística e imagis-,ica flagrante.

Ò projeto do Autor seriauma composição interessante seele conseguisse maior domíniosobre a linguagem telegrá-Eica/informativa/lirica e com o ro-mance/documentário. Indefinido,vê-£ie obrigado a explicitar ó cine-mabog'ráfico no transcurso da nar- .rativa usando expressões do tipo"como vimos filmando", ou, paraaproximar o leitor do texto, saispi-rar, aqui e ali, "oh meus oamaradi-nhas", lamentos pelas traições epelo destino trágico dos heróis.Também pela n e c e s s i d a d e desuperpor presente e passado, açãoe reflexão, coloca na boca de per-sonagens da época pensamentostormulàveis apenas depois deMarx, dos estruturalistas etc, queresultam em imiplausibilidade por-que nem se adaptam ao nível deinstrução esperado para o persona-gem, nem são irônicos, nem encon-tram uma preparação adequadapara a transposição.

Em resumo: se ainda nos êdado avaliar uma obra pelo sen-timento que nos transmite, o me-lhor adjetivo aqui seria cansativo,apesar do assunto interessantecomi. ponto de.partida e das pas-sagens líricas que, contrariando aexpectativa do livro, são o seu ladoforte.

—^EjS^^V^I

MÁRIO DE ANDRADE

cidade literária, mas também de nãoaprofundar a discussão dessa varianteque determina o texto. Parece-me in-gênua a concepção que estrutura par-te da obra no sentido de entendera passagem de Mário pelo Departa-mento de Cultura como uma tentativade redistribuição equi tativa dos bensculturais. Esta concepção voluntaristaencontra-se facilitada) não, só pelaspróprias contradições do escritor pau-lista — seu humanltarlsmo filantrópi-co — mas acha instrumental teóricoque a suporte. Com efeito, o próprioAdorno é consciente da aporia do pen-samento dos frankfurtianos. Sem ilu-minismo, somos presa fácil da para-nóia populista; com iluminismo, intro-duzimos a modernização autoritáriae forçosamente elitista. É no estudodo impasse do Modernismo, parti-cularmente notável no caso de Mário,que a abordagem pode trazer conse-

quênclas úteis para os dias que cor-rem. Carece, então, não cair no exage-ro de considerar o intelectual sempreacertado porque dotado de infalívelespirito critico, e em contrapartida,a sociedade política desprezível por-que fatalmente autoritária. Prequen-temente, tal visão leva o lamen".o ha-giográflco: Mário morreu pela mágoaque lhe causou não conseguir instiu-mentar seus planos no Departamentode Cultura.

Valeria a pena levar em contaas Incertezas de Mário. Lembre-seque, embora tentasse vincular suaprodução intelectual ao projeto detransformações da sociedade subalter-na — o que, em última análise, repre-senta uma tentativa de arar o desen-volvimento da sociedade capitalistadependente — Mário de Andrade con-fiava, às vezes com excessiva boa von-tade, na possibilidade de corrigir essadeformação dentro do próprio siste-ma. E quando essa experiência falha,não pode deixar de invejar sincera-mente a arrogância individualista decertos intelectuais que em vez de vin-cular-sé organicamente ao Estado decompromisso preferiam continuar ser-vindo aos interesses do Estado nacio-nal (oligárquico, logo desenvolvi-men tista).

Se o próprio Mário lida freqüente-mente com conceitos políticos ambi-

.guos ou hesitantes, a critica politico-cultural deve redobrar seus esforçospor restituir clareza ao pensamentodo Autor. Pára tanto não deve esque-cer que sua base de sustentação deveser tríplice: o belo, o bom e o real.Em uotras palavras, realizar uma este-tica zelosa do necessário e conscientedo possivel. Talvez a ambição de mui- 'to abranger que se manifesta no enfò-que terceiro-mundista de Mário e da.cultura brasileira — enfoque que nãopor difícil deixa de ser imprescindível— tenha conspirado contra a chance deJoan limpar a área. É o risco quese corre- quando se abomina do esteti-cismo e se lança mão de uma discipli-na como a sociologia da literaturaque, a nós, latino-americanos, aindanos fornece instrumental provisório.

Raul Anttlo pripira Imo dt mostrado na Ftculdtd»dt -tiras da USP sobro o ttmt "Inltrcomuniçntodt Mário dt Andrada t os seus contomporintospan*imeritanos". ¦

VIGÍLIAFORÇADA

Danilo Maia

O Sono Provisório, de Antônio Bar-reto. Francisco Alves, 1978, Rio.89 pp. Cr$ 55.

_^-^_ UANDO conscienteU S e lnteressado nasV V dramas de sua^^£ própria época, o

^- poeta dispõe deUm único Instrumento paracom ele ajudar no equacio-¦ namento dos problemas quetais dramas suscitam: apalavra. E' pela palavraque se apodera da realida-de para interpretar e re-criar os fatos. Assumindoessa postura de testemunhacrítica de um momento his-tórlco, o poeta pode levar oleitor a repensar o modocomo o homem está situa-do no mundo.

No livro de Antônio Bar-reto, O Sono Provisório sãoevidentes a intenção deaceitar o desafio destestempos de crise e o propó-sito de introduzir na poesiao toque de documento dascontradições em que vive-mos. A cada passo, seuspoemas estão procurandomostrar que o provisório eo permanente, o presentee o futuro, a morte e avida caminham lado a la-do. Quando diz, por exem-pio: "e nós filhos de umtempo secreto/possuímos'no entanto livres as mãos/num par de algemas de du-ro".

O livro é dividido emquatro módulos, cujos titu-los já dizem muito sobreaquilo que contém: IraDoméstica, Fantasias daFala, Fluviária e Incer-to Concerto. O tratamento,da linguagem é igualmenteforte em cada um deles. Oritmo que Barreto imprime

a seuT versos é — parausar a Imagem já sugeridapela própria capa do livro— uma corrente que desli-za como a flor afiando _faca: "Em palavras vos di-go/ do pouco do pássaro/Em parábolas vos digo/da seiva e do fruto/ / Eassim postos : apóstolos/Pássaros e frutos/ só meresta a semente/ a ser lan-cada no escuro".

As influências sofridaspelo Autor estão confessa-das nos poemas Violênciado Imóvel, Deus e Noé,

ANTÔNIO BARRETO

O Gado e Para PeroGonçalves de AndradeDrummond. Em tais poe-mas ele retoma idéias anti-gas, no que estas podemDferecer de novo, com o ob-jetivo de "engatilhar o pas-sado è mirar a memóriado futuro". No poema Fá-bula do Sono o leitor en-contra uma síntese do li-vro, quando o Autor ex-pressa com clareza a Idéiade transltoriedade do mo-mento em que vivemos, umtempo ásfixlante, que nãopermite. ao homem viver,sorrir, dormir.

As qualidades do livro deAntônio Barreto foram no-tadas pelo júri do ConcursoRemington de Poesia, qualhe atribuiu, por isso, o pri-meiro lugar. O leitor fami-liarizado com a boa poesiabrasileira de Oswald deAndrade a Drummond eJoão Cabral, não terá,igualmente, dificuldade pa-ra reconhecer os méritosde O Sono Provisório.Danilo Maia do Nascimtnto á gra-duade am letras pela UFF.

CONTATOAFETIVO

Jorge de Sá

Eu Choro do Palhaço, de AlcieneRibeiro leite; Rua do Vai QuemQuar, de João Valle Maurício. Co-municação, 1978, Belo Horizonte.107 pp. Cr$ 70. 115 pp. Cr$ 70.

(>*

ONSIDERANDO a' litera tura uma

queda de braçoi? com a vida, Alcie-

ne Ribeiro Leite afirma queseu principal objetivo éprovocar "perguntas e re-flexões, raiva, ternura eprincipalmente d i á 1 o g o".Esse propósito inicial apro-xima o leitor da obra, tor-nando mais agradável aleitura dos dezessete con-tos desta antologia, por-que convida ao elogio e àcritica. O leitor, portanto,convidado a participar dotrabalho da vigorosa con-tista mineira, vê-se estimu-lado a pensar. E o livrocumpre satisfatoriamentesua primeira função.

Estabelecido ocontatoafetivo, torna-se mais fácilreconhecer que a simplici-dade da narrativa é usadapara a revelação de algunsaspectos do cotidiano, tan-tas vezes ignorados pornós, em nossa pressa de vi¦'•ver. Principalmente quan-do lemos "Mais que perfei-ta", "Teúda e manteúda","Trivial de sempre", "So-nho quebrado" e "Vinteanos de Amélia". Aí temosexcelentes perfis femininostraçados por uma escrito-ra, e não pela visão mascu-lina predominante na lite-ratura orasileira. Sem ra-dicalismos, Alciene denun-

cia a coisificação da mu-lher: "Acessório de lavar,passar, cozinhar. Mero re-ceptáculo para as crises depaixão do marido. Máqui-na reprodutora de perdõespulsantes. Serviu, serviu,serviu. Só"."Germens do ódio" e"Pássaro sem asas", porexemplo, são mal realiza?,dos. Entretanto, o fato dealguns textos merecerem,cortes, uma outra estrutu--ração, pois óeram um certodesequilíbrio na antologia,

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ALCIENE R. LEITE

não impede que "Doutor dealma" nos envolva com to-da a sua carga de denún-cia. Nem impede que asimpatia inicial se trans-.forme em admiração pelacontista que, certamente,.continuará aprimorando adificil arte ficcional.

João Valle Maurício en-cara a literatura de outraforma. Ao organizar o" a m arrado de estórias"Rua do Vai Quem Quer nãopretendeu fazer folclore.Apenas desconfiou que "ai-guns leitores, bem lá no es-condido, até que apreciama sem-vergonhice e o mal-feito". E o resultado foi umlivro semelhante a Alexan-dre e Outros Heróis, massem a força de GracilianoRamos, sem a garra neces-sária para transformar ahistória que corre na bocado povo em texto literário.

Jorgt dt Si, professor dt LittraturiBrasileira na UFF

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página 4 O llVR0 O JORNAL DO BRASIL Q Rio ds Janeiro, sábado, 9 do setembro de 1978

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l|«r. ' JmmWÊm

SCOTT FITZGERALD

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de Joan M. Allen. Nascido de"„'üma familia de origem escocesa,"o romancista norte-americanoF. Scott Fitzgerald quando jo-"vem

pensou em ser padre e du-"rante a vida esteve sempre pre-

r,9Cupado com problemas religio-' sos. O ensaio detecta a presen-

_cja de elementos católicos naobra do Autor de O GrandeGatsby (New York UniversityPress. 179 pp. 12 dólares).

A Double Life, de KarolinaPavlova. Tradução de um ro-mance russo do século XIX. Ami-ga de Lermontov, Pavlova pu-Jjlicou seu único livro em 1848,com o fim de questionar a rs-pressão da mulher jovem poruma sociedade que consideravahipócrita e corrupta (Anna Ar-

_bor, 133 pp. 12 dólares).Delilah, de Marcus Goodrich.

Romance, retratando seis meses""de vida em comum numa basenaval dos Estados Unidos nas^Filipinas, nos últimos meses dai.a Guerra Mundial. Escrito há"muito tempo e só agora publi-cado, o livro, segundo a critica,tem mais valor como documen-to do que como arte (Carbonda-le. 512 pp. 15 dólares).

An Economic History of Ar-gentina, de Laura Randall. Aná-lise provocativa das causas pro-"fundas da instabilidade politica*• da Argentina nos últimos 50"anos, em relação com o desem-penho irregular de sua econo-Ihia (Columbia University Press.500 pp. 21.90 dólares).

ROMAReligione Popolare in un'

Ottica Protestante, de H. Mottue M. Castiglione. Os Autores

.procuram descobrir o significa-|'do profundo das crenças popu-

lares na Itália, estabelecendo'_\.ma clara diferença entre essasmanifestações de fé e a teolo-""gia das igrejas estabelecidas'"'(.Claudiana, 112 pp., 2 mil liras).

Bartolomeo de Ias Casas, deReinhold Schneider. Biografiaromanceada do fidalgo e domi-' 'Tucano espanhol que acompa-nhou Colombo em sua segunda"viagem à América e que depoisse notabilizaria pela criííca àbrutalidade de seus compatrio-tas no trato com as populações

. .indígenas. Considerado, na épo-ca, subversivo, antipatriota e

..anticristão, Las Casas passou a-história como "o pai dos índios"

.Jaca Book, Milão, 154 pp., 3.. mil 500 liras).

Vldea, de Kazimierz Bran-flys. Romance de um destacado.'iccionista polonês da atualida-

_,uâe, que através de uma narra-tiva intimista e rica de achados"estilísticos mostra as reações

_ humanas aos problemas politi-cos de seu pais (Riuniti, Roma,

___145 pp., 2 mil liras).La Proviíicia delVUomo, de""Elias Canetti. Diário de um dos

maiores narradores do mundoaustro-húngaro no final do sé-culo XIX e inicio do século XX,ouja influência é visível na obrade ficcionlstas e poetas tão re-presentativos quanto Musil, Hof-mannsthal, Trakl, Kraus e Her-mann Broch (Adelphi, Milão,476 pp., 7 mil 500 liras).

wst Í^*"^_B5 ^ Si M^i_ji?

Chouraqui. Estudo sobre as con-dições de vida dos homens deque fala a Bíblia, especialmentenos livros do Antigo Testamento.O que emerge das páginas deChouraqui é uma sociedade cam-ponesa, cujo dinamismo internoanima-se entre dois pólos: anostalgia do paraíso perdido e aesperança na restauração, dainascendo uma nova escala devalores (Hachette, 416 pp., 49francos).

Le Journal et VÊcole, de Jac-quês Gonnet. Análise do abismoque separa a escola e a impren-sa na França: o jornal refletedefeituosamente a realidade dcsistema educacional, enquantoeste não sabe aproveitar conve-nientemente o material que oveiculo lhe oferece. O livro com-põe-se de um ensaio, seguido deentrevistas com adolescentes,que em geral não lêem jornais(Casterman, 175.pp., 39 francos).

Les Grandes Heures'de Pa-ris, de René Heron de Villefosse.Crônica dos grandes momentosna vida da Capital francesa: oheroisrro medieval, o entusiasmocriado, ao século XIII, as tra-gédias do século XVI, os derra-mamentos de sangue, as horastristes sob o tacão do invasorestrangeiro (Perrin, 380 pp., 65francos).

LONDRESA Poetic for Sociology, de

Richard Harvey Brown. Recor-rendo a fontes diversas, o Autordesenvolve a idéia de uma "este-tica cognitiva", mostrando comociência e arte, sem esquecer osestudos humanos, dependem dopensamento metafórico, no qualresidia uma "lógica da desço-berta". A relação entre ciênciae arte já foi tratada por outrosAutores, mas Brown é o primei-ro a aprofundá-la e a tentar asua metódização (Cambridge.202 pp. 4.50 libras).

The Volun-teers, deR ay mo ndWilliams.Ficção politi-ca. No finalda.década de80 um minis-tro do gabi-nete britani-co é assassi-nado; o casoé investigadopor um re-pórter de te-

levisão, que procura estabelecera relação entre o criminoso eum movimento juvenil de cará-ter radical (Methuen. 208 pp.4.95 libras).

Aggro, de Peter Marsh. Dire-tor do Centro de Pesquisas sobre

'á: Violência. Contemporânea, deOxford, Marsh usa o termo"aggro" para referir-se à agres-são ritualizada — do esporte,por exemplo — em oposição àviolência destrutiva. O Autoracha que esse tipo de agressãodeve ser aproveitada beneiica-mente pela sociedade (Dent. 165pp. 5.95 libras).

Knuckle Sandioich, de DavidRobins e Philip Cohen. Os Au-tores investigam o novo niilismode jovens da classe operária, re-sidentes em um bairro na áreaindustrial de Manches.er. Elesmostram como as suas atitudesforam mudando a partir do fi-nal dos anos 60, conduzindo íi-nalmente a uma espécie de fas-cismo, que consideram altamen-te perigoso (Pelican, 135 pp. 1libra).

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RAYMOND WILLIAMS

LISBOA

ELIAS CANETTI

PARISLe Fils Eternel, de Claude

Delarue. Retomando o tema do.iilho pródigo, o Autor contaneste romance a história de umglobe-trotter que ao chegar ãmaturidade dá por encerradasas suas aventuras pelo mundo etenta adaptar-se ã vida na ter-ra natal, um pais calvinista dchábitos e costumes muito estri-tos (Balland, 290 pp., 49 frà,n-cos).

La Vie Quotidienne desHommes de Ia Biblie, dc André

Os Mais Antigos Cinemas deLisboa, de M. Félix_ Ribeiro. Aprimeira obra do gênero em Por-tugal, através da qual se traçauma história da introdução docinema no pais e sua repercus-são na vida cultural lisboeta aolongo do século XX. O Autor di-rige a Cinemateca Nacional. Aobra é ilustrada com numerosasfotografias (Instituto Portuguêsde Cinema).

A Mestria de Eros, de Vas-co Graça Moura. Conhecido en-saista, o Autor analisa neste li-vro a obra poética de DavidMourão Fereira, uma poesia defeição clássica mas voltada paraos temas dà atualidade e, nogeral, percorridos pela "mestriade"Eròs". Em apêndice, 20 poe-mas, inéditos de Mourão Ferrei-ra (Brasília Editora).

Espanha, Primeiro Amor, deVladimir Pozner. Romance so-bre "a miséria e a grandeza deuma Espanha bela e humilhada,porém altiva, a Espanha de 1936,a caminho do êxodo". Francêsdescendente de russos, o Autorviveu nos EUA, trabalhou emliollywood e hoje escreve rotei-ros para o cinema francês (Edi-tora Antônio Ramos).

Vintila Horia, de João Bi-gotte Chorão. Ensaio sobre a vi-da e a obra do escritor romeno,exilado no Ocidente, Autor deuma série de romances e contossobre os camponeses danubia-nos, antes e depois da introdu-ção do socialismo em seu pais(Edições do Templo).

Chaves, Cidade Heróica, deFrancisco Gonçalves Carneiro.Reconstituição das origens e de-senvolvimento da velha cidadede Chaves, surgida à época dadominação romana. A publica-ção do livro, ilustrado com va-liosas gravuras, coincide com o19009 aniversário de fundaçãoda cidade (Editora Pax).-

MORAVIACONTRA

TODOS OS MITOS

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O último romance do escritor italianoé uma alegoria sobre a autodestruição

do mundo burguês e a faláciada emancipação social

ROMA

— O últimoromance de Al-berto (Pincher-le) Moravia, que

deixou os críticos italia-nos na expectativa dolançamento durante seteanos, feito e refeito quefoi pelo Autor, levou ape-nas sete dias para sofrera mais severa crítica de-dicada a um de seus li-vros.

Vita Interiore (Vida In-terior), anunciado pelosencartes publicitários daEditora Bompiani como"o maior romance domaior escritor italiano",mantém viva uma polê-mica talvez nem tantopor seus méritos e demé-ritos, mas em torno dapostura intelectual doAutor.

O tema deste últimoromance de Moravia já épolêmico: uma alegoriasobre o fim da burguesia.Ou sua autodestruição.Tudo provocado pelo rom-pimento do equilíbrio en-tre o real e o simbólico, oque leva, na trama do es-critor, ao desprezo pela vi-da humana, à utilizaçãodo crime, ao terrorismo.

Em forma de entrevistada primeira à última pági-na, Vita Interiore (408pp., 6 mil 500 liras) tem,segundo a crítica italiana,uma forma antinarrativapor exelência, o que per-mite não só uma certa iro-nia, mas uma distancianecessária para que, commaior lucidez, o romancis-

ta fale através de seu per-sonagem principal, Deside-ria. E alcance, pela técnicanarrativa, o romance ale-górico. Uma voz comandaDesideria, a exemplo doque ocorreu com JoanaD'Are. Uma voz que diztudo que ela tem a fazer,que a manda destruir tudonum plano sistemático, afamília, a cultura, o di-nheiro, o amor e a própriavida humana.

Mas as críticas, para Al-berto Moravia, são o preçoa ser pago por um escritorque escreveu seu primeiroromance aos 20 anos ecomeçou a viver paralela-mente ao que escrevia.Uma característica especí-fica de sua literatura seriaa cbntemporaneidade. "Eusou uma pessoa que escre-ve enquanto vive, escrevepor saber o que escreve evive por saber por quevive."

Em que estaria baseadoeste romance, a ponto degerar tanta polêmica? Emuma idéia "muito simplese importante", segundo opróprio escritor. "A vidainterior consiste num flu-x o emocional tremendo,sem nenhuma caracterís-ca mecânica clara. Éuma espécie de tempes-tade. E ele tentou fazeruma "cibernética espiri-tual, como a retroação".Na origem de sua literatu-ra, situa o sentimento, aexpressão do reprimido, oinconsciente. E cita Piran-dello: "Ele começou comorealista, pressupondo umarealidade fora de si, mas

em um d e t er minadomomento descobriu que arealidade do escritor nãoera em relação à socie-dade, mas em relação aoseu próprio inconsciente."

Pela primeira vez per-sonagem de seu próprioromance. Moravia admiteem Vita Interiore um certopirandelismo. Ele escutaDesideria, num monólogocontínuo e brevemente in-terrompido. E trata do he-roísmo moderno, atual,"em que o herói sabe quecaminha para a derrota,mas vai assim mesmo, pie-no de convicção". E mDesideria, a chave do ro-mance: a vida interior éuma vida em que tudo éene a m i nhado simboli-camente, na qual tudo seresolve e se reduz à inten-ção. Desideria é a burgué-sia que se rebela contra aprópria burguesia. E esta,segundo Moravia, é a ori-gem do maio de 1968. Osestudantes, os jovens se re-voltaram contra o con-surhismo e a vulgaridadeburguesa.

Indo mais ao fundo dopote, Alberto Moravia fazcom que sua personagemchegue até o povo, desilu-dida que está com sua pró-pria classe social. Mas,chegando ao povo, atraídapelo mito do proletariado,ela se decepciona maisuma vez. E o porquê destadecepção é explicado peloromancista: a emancipa-ção das massas não com-porta necessariamente aemancipação do indivíduo.Isto é o mais importante,é o que procuro mostrar.A revolução social não éainda a_reYOlução_jndiyi-dúaT. Desideria se confron-ta com esta incapacidadede resolver seus própriosproblemas existenciais.

Seu pensamento poli-tico, sua postura intelec-tual estariam mais na ori-'gem desta polêmica do quea qualidade literária deseu último romance. E en-tremeiam-se nas críticas,frases como estas: "Mora-via é o único escritor itali-ano contemporâneo comcérebro de europeu"; ouainda, "é um escritor queleu na adolescência Rim-baud ao invés de Pascoli,Dostoievski no lugar deCaradelli, Proust e Joyceao invés de Baldini."

Mas Alberto PincherleMoravia, nascido em Ro-ma em 1907, responde ementrevistas às críticas eseu livro vende cada vezmais. Filho de um arqui-teto da burguesia italiana,autodidata, conheceu afama ao publicar seu pri-meiro romance em 1929,Os Indiferentes. Pinturadesabusada dos primeirosanos do fascismo na socie-/dade romana, este livrovermelho obrigou-o a dei-xar a Itália. Outro, crô-nica de uma ditaduraimaginária, foi apreendidopela polícia fascista. E A-gostinho, publicado e m1945, valeu-lhe o primeirogrande prêmio literárioconcedido após a guerra.O Autor faz suas as pala-vras finais da personagemDesideria: "Esta históriavai continuar infinitamen-te..."

A VAAPvende: tudo

PARIS

— Quais são os escritores que sepode publicar no estrangeiro? Quaisos que não devem ser publicados? Nãoexiste uma regra, um critério. Parado-

xalmente, a Agência Soviética para os Direitosdo Autor (VAAP) vende de tudo: obras de Axio-nov ainda não editadas em russo, um livro deTrifonov que foi "demolido" pela União dos Es-critores e pela Gazeta Literária, uma novela deVladimov, membro do grupo moscovita da Anis-tia Internacional (Três Minutos de Silêncio, aser lançado neste mês pela Gallimard), ao mes-mo tempo que uma obra do mesmo Autor tran-sita pelo samizdat.

E é verdade que se os editores franceses en-comendassem os muito oficiais Tchakovski ouSafronoy, a VAAP os venderia também. A que sedeve esta liberalização de fachada? Será para"fazer divisas" com a literatura, a exemplo doque se faz com o caviar? Ou para se dar no es-trangeiro uma imagem de qualidade? Ou ainda— explicação mais maquiavélica — trata-se decomprometer os principais a fim de provar queeles "comem em todos os potes"?

Estas questões são colocadas por NicoleZand, em Le Monde, num artigo em que apre-senta cinco escritores soviéticos traduzidos pa-ra o francês este ano. A liberdade de sua temáti-ca e seu tom refutam, em sua opinião, o precon-ceito sobre o conformismo total da literaturapublicada na União Soviética. Eis os livros emquestão:

Le Fidèle Rouslan (O Fiel Rouslan), deGuéorgui Vladimov. Seuil, 176 pp., 39 francos.Fábula sobre a perversão dos bons sentimentos,num romance iniciado há 14 anos, em fins doperíodo Kruschev. Admirado por todos que o le-ram em samizdat. E a história de um cão deguarda. De um cão de campo, ou mais precisa-mente, de um cão de Gulag. Treinado paraguardar prisioneiros, para fazê-los andar em filade cinco conforme o regulamento, para perse-guir os evadidos.

La Maison du Quai e Une Autre Vie (ACasa do Cais e Uma Outra Vida), de Iouri Tri-fonov, Gallimard, 380 pp., 90 francos. Dois ro-mances curtos do filho de um bolchevista ex-purgado em 1938, e ele mesmo Prêmio Stalin em1951, aos 25 anos. A casa existe. É um grandeimóvel, em frente ao Kremlin, construído nosanos 20 para abrigar os privilegiados do regime,dos quais a maior parte foi exterminada porStalin. Trifonov viveu ali, entre 1930 e 1949. Oromance evoca as traições, grandes ou peque-nas, de um cínico que foi severamente julgadopor dirigentes da União dos Escritores.

¦ -L'Envie (O Desejo), de Iouri Olecha, L'Âge

D'Home, 33 francos. Publicado há 50 anos emMoscou e depois esquecido, é agora editado emParis. Homem de um só livro, escolheu, comoseu herói, a indiferença, a submissão, antes de"se esconder atrás do alcoolismo e da mendican-cia. Morreu quase anônimo.

¦Matouchka, de Valentin Raspoutine. Laffont

e Editores Franceses Reunidos, 296 pp., 49 fran-cos. Siberiano, 40 anos, um dos mais importan-tes escritores de sua geração. É a história deuma velha senhora que, morrendo em sua camade ferro, começa a receber a visita de seus cincofilhos. Mas notando a ausência da predileta, Ta^tiana, resolve viver de novo. A espera é longa,todos se cansam, e Ana aproveita para lembrar-se ainda uma vez de seu passado.

¦Le Livre de Glaise (O Livro de Barro), de

Oljas Souleimenov. Publicações Orientalistas daFrança, 166 pp., 34 francos. Considerado umdos maiores poetas de sua geração, formado emGeologia, dedicou-se a pesquisas de lingüística,línguas turca e eslava, antes de se tornar poe-ta. O livro se apresenta como um poema épico,do qual fragmentos esparsos são recolhidos porum estudante, especialista em poesia popular,da boca de um pastor com 97 anos e de um kol-kosiano, todos mortos depois. A riqueza está novaivém de todas as formas de versos, versículos,prosa reimada, paródias, jogando com a sono-ridade das palavras.

Aristóteles,2 mil 300 anos

Na segunda quinzena deagosto, realizou-se em Salônica,na Grécia, um Congresso mun-dial comemorativo do 23? cen-tenário da morte de Aristóteles.Participaram da reunião, em ca-ráter individual, mais de duascentenas de estudiosos da obrado filósofo grego, além de re-

presentantes de academias e so-ciedades científicas de 36 paises.Os temas do Congresso dividi-ram-se em três sessões: estudoda obra de Aristóteles, sua im-portancia na história: e análisedas suas doutrinas à luz do pen-samento contemporâneo.

"Estafeta Literária" ressurge na Espanha

Uma importante revista li-terária espanhola, que havia de-saparecido com a morte de seufundador, o romancista e histo-riador Ramon Solis, Estafeta Li-terária volta agora sob a dire-ção do poeta e acadêmico LuisRosales. Em seu primeiro nume-ro, os editores proclamam a in-tenção de dar-lhe maior campode ação e proporcionar-lhe um |

Antologia sobreEram muitos e todos bons os

poetas que integraram a chama-da geração de 27 na Espanha,üm será, sempre, o mais lem-brado e o mais importante — Fe-derico Garcia Lorca. Sem esque-cer Vicente Alexandre, que che-gou ao Prêmio Nobel. Mas é na-tural que o brilho de tantos as-tros empalidecesse algumas es-trelas, não menos brilhantes. Nasegunda fila, por exemplo, ficou

"vôo mais alto". Publica artigosdo poeta Feliz Grande sobre aobra de César Vallejo, de JorgeArrutia analisando alguns tex-tos de Miguel Hernandez e evo-ca o uruguaio Horacio Quiroga.Traz ainda um estudo de CarlosAeran sobre a pintura de Ale-jandro Obrergon, considerado omaior pintor abstrato da Co-lômbia.

Emílio PradosEmílio Prados com seus cantosde Málaga, popular e artesão,colaborador incansável da revis-ta Litoral, que lançou todos eles.Agora o professor da Sorbonne,José Sanchis-Babus publica umacuidadosa antologia de sua obra,tia qual estuda a trajetória dePrados e praticamente recupe-ra um bom poeta esquecido demuitos.

ENCONTROEM

QUITOEscritoreshispano-americanose espanhóis têmencontro marcadopara o mês denovembro emQuito. Organizadopelo Círculo deLeitores e pelaCasa da CulturaEquatoriana,tem-se comocertas no encontroas presenças deJorge Luís Borges,Mário VargasLlosa, Juan Rulfo,Carlos Fuentese Luís Goytisolo.

CARLOS FUENTES

C. S. LEWIS

C. S. LEWISDESCOBERTONA AMÉRICA

Depois de Tolkien, os ame-ricanos descobrem agora umoutro Autor inglês: C. S. Le-wis. Não por suas qualidadescomo professor que foi de Li-teratura Medieval numagrande universidade britani-ca, onde ensinou até sua mor-te em 1963, ou como grandeteólogo e Autor de ficção cien-üfica. Surge como Autor deliteratura infantil. Uma lite-ratura que tanto pode ser li-da pelas crianças, como de-leitar os adultos. São histó-rias de aventuras passadasnum pais onde os animaisfalam e um lfão sobrenatu-ral reina. Com uma juba ilu-minada como o sol, fazendoas vezes de um Cristo ou deum Buda, agindo num mun-do mitológico, paralelo aonosso. As Crônicas de Narniaformam esta pequena coleção

que coloca C. S. Lewis ao la-do de Selma Lagerlof, Saint-Exupery ou Lewis Carrol, naopinião dos críticos america-nos. No Brasil, C. S. Lewis te-ve traduzido o primeiro volu-me de uma bela trilogia deficção cientifica, que trata doproblema do bem e do mal:Para Além do Planeta Silen-cioso.

COOPERATIVADE DISSIDENTESTodos os dissidentes que

estejam realmente à margemdas ideologias dominantes —marxistas ou liberais — pode-rão agora editar seus livros.Sejam ensaios eruditos outextos de pesquisa. Com essefim, uma cooperativa foi cria-dá em Paris (Edüíons Dissi-dence, le Moulin-de-la-Quer-che, 44 250, Saint-Brévinles-Pins), aberta aos que se con-sideram dissidentes em qual-quer pais do mundo.

PRÊMIO PARABERGIER

O Autor de um dos maioresbesl sellers dos anos 50/60,com mais de 300 traduções emtodo o mundo e dezenas deedições no Brasil, O Despertardos Mágicos (escreveu juntocom Louis Pauwels), JacquesBsrgier acaba de ganhar umprêmio. Concedido" pela Fun-dação Internacional para aExpansão das Artes e das Le-trás, o prêmio destinado aoescritor cuja obra "serviu pa-ra divulgar a língua france-sa no mundo".

IIVRO O JORNAL DO BRASIL Q Rio de Janeiro, sábado, 9 de setembro de 1978 O Pá9ina s

vjG•LIVROS & AUTORES1 REVISTAS

Mulheres escrevem

A escritora Edla Van Steenestá preparando o lançamentono Rio, no próximo dia 20, dolivro O Conto da Mulher Brasi-leira, antologia de narrativas es-crltas por mulheres que ela or-ganizou para a editora Vertente.Participam da antologia as es-crltoras Llgia Fagundes-Telles,Nélida Plnon, Ana Maria Mar-tlns, Cristina de Queirós, DinahSilveira de Queirós, Helena Sil-veira, Maria de Lourdes Teixei-ra, Tarda Jamardo Paillace, So-nia Coutinho, Vilma Arêas, Mi-íiam Campello, Julieta de GodoyLadeira, Márcia Denser, HildaHil_t, Vlvlna de Assis Viana, Zul-mira R. Tavares, Judith Gross-man, Rachel Jardim € a própriaEdla Van Steen. No posfáclo,um estudo critico de Nelly No-vaes Coelho.

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SÔNIA COUTINHO

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Contrato-tipoDiante da falta de equllibrio

nas relações entre autor e edi-tor, face a supremacia econômi-ca do último, o Sindicato dosEscritores no Estado de SãoPaulo apresentará um projetode contrato-tipo de edição, paradebate no Congresso Nacional deEscritores, que está sendo prepa-rado pela UBE. Na esfera inter-nacional a solução encontradafoi este tipo de contrato-padrão,elaborado pela OrganizaçãoMundial da Propriedade Intelec-tual (OMPI), com sede en: Ge-nebra, e pelo Centro Internacio-nal de Direito do Autor da Unes-co. O contrato do Sindicato sepreocupará com a defesa dos di-reitos morais do autor,- a reservapara os autores do direito deadaptação da obra ao teatro, ci-nema, televisão. Outro aspecto

está na previsão dos meios decontrole da reprodução, evitandoque o escritor seja espoliado pe-las edições, além do número deexemplares contratados, proble-ma de numeração dos exempla-res e outros. O presente, LuizToledo Machado, chamou aindaa atenção para ó fato de queos autores devem estar alertaspara as desvantagens da cessãodo direito patrimonial.

Contos e humorA Revista do Clube do Livro,

em seu numero 4, está divulgan-do os contos, charges e cartunspremiados em seu concurso, quereuniu mais de 200 trabalhos. Node humor,, ganhou Flávio JoséT. de Almeida, do Rio, e no decontos, Maria Auxiliadora Mo-reira Duarte, que além do pre-miado Tarde sem Amanhã, obte-ve menção honrosa com A Rebe-Hão. Estão abertas as Inscriçõespara os concursos de poesias(até o dia 31 de outubro, Cr$3 mil para a melhor e direitode publicação na revista) e ode contos de humor (mesmapremiação, texto no mínimo dequatro e máximo de 10 laudas,mesma data de inscrição). Infor-mações adicionais no Clube doLivro, Rua Conde do Pinhal, 78,São Paulo.

De laboratórioOs integrantes do laborató-

rio de criação literária do Mu-seu de Arte Moderna vão publi-car uma revista para divulgaros seus trabalhos de poesia eprosa. O laboratório é criaçãodo Curso de Literatura que vemfuncionando no MAM desde oinicio do ano. A revista deverásair ainda este mês.

AutógrafosNa próxima terça-feira, dia

12, Socorro Trindad aiuitogirafiaseu livro de contos Cada Cabeçauma Sentença, 'recém-ipublicadopela Editora Atica. Na LivrariaMuro (Visconde de Pirajá, 82,suhsc.0), ài9 20 horas.

Escritoras de 70

te o prêmio Bemington de poe-sia), Isabel Câmara, Maria Amé-lia Mello, Reca Polettl e a atrizNomia Bengiell.

Nélida nos EUAA escritora Nélida Pinon 3e-

guiu esta semana para os Esta-dos Unidos, onde dará um cursode literatura brasileira na Uni-versidade de Colúmbia. No mêsde outubro Nélida Interromperáseu curso por uma semana.parair até Madri, a fim die assistiro lançamento da tradução parao espanhol de seu romance AForça do Destino. ,,

sioorata.., Smith e Ricardo, se-gélida de uma nova interpre-tação da 'Uecwia de Marx.

Dois em um ano

Com o 'título agressivo deMulheres da Vida, sairá nos pró-ximos dias pela Editora Vertente,de São Paulo, uma antologia diepoemas escritos por Autoras bra-sileiras literariamente lançadlasnesta década, cujo clima socialproounam refletir. A organizaçãoé de Leila Míocolis. E entre asescritoras reunidas estão EuniceArruda, Glória Perez, Ana MariaCastro (que ganhou irecenitemen-

Novo prazoO Concurso Universitário de

Literatura da PUC/Rio teve seuprazo de inscrição dilatado. Oscandidatos poderão mandar seustrabalhos, conto, ensaio, oupoesia, até o dia 5 die novembro.Maiores informações no Depar-tamento de Letras da PontifíciaUniversidade Católica.

PensamentosO Livro dos Pensamentos do

General Figueiredo, que a édito-ra paulista Alfa Ontega lançarános próximos dias, pretende' ser"um dü-uim-nto dos tempos queestamos vivendo, retratados apartir da noção quie o candidatoà Presidência da República, temdo seu pais". A seleção dos tex-bos é do publicitálrio e jornalistaCarlos Wagner.

Brasileiro eleitoO lingüista brasileiro Fran-

cisco Gomes de Matos foi ©leitopar» o comitê de direção da AS-socLação Internacional de Lin-giuística Aplicada, durante' con-gresso realizado pela entidadeno Canadá. Diretor do

"Centro

de Lingüística Aplicada Yazig eprofessor da PUC — SP. apre-sentou um projeto de inglês pa-ra adolescentes brasileiros, o Ju-rilor English Program.

Novo Irwin ShawO Pobre Homem Rico foi um

dos livros mais vendidos e co-montados de Irwin Shaw. Agorao Autor retoma a saga da fami-lia Jordache, em livro que sairábrevemente no Brasil: Vida queSegue, icoim o selo da Beeof d.

FisiocratasPela Graal, sai na próxima

semana Smith, Ricardo _ Marx,do economista italiano CláudioNapolèoni. É uma exposição sis-temática do pensamento dos fi-

Funcionário do Banco doBrasil em Pernambuco', EveraldoMoreira Veras conseguiu o quesó Autores consagrados alcan-çam: editou dois livros em me-nos die um ano. Depois de muitoperaonibuilar com os originais de-baixo do braço, ganhou dois prê-mios com ia ficção infanto-juv_-nil O Menino dos Óculos de Arode Metal, publicado no final doano passado. E agora lançou Fis-suras, poesias, ou "124 fissurasde vida . amor", como defineseu segundo livro. Everaldo Mo-reira Veras, que mora em Olin-da, tem sete livnos prontos e umde seus contos será editado' nu-ma coletânea ao lado de conhe-cidtos fdecionistas brasileiros.

DepoimentosQua.ro livros da coleção De-

poimenitc-, da Avenir Editora,serão, lançados dia 13, a partirdas 20 honas, na Galeria Sara-menna, no Shopping Oenter daGávea. São eles: A Forma naArquitetura, de Oscar Niemeyer,O Marginal Clorsndo Gato, deCarlos Drummond de Andrade,UnB: Invenção e Descaminho,de Damy Ribeiro, ie A Verdadesobre o ISEB, de Nelson Wer-neck Sodré.

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¦ ÇtorSièiCiito..,v • ;

Anuário reformuladoA edição do Anuário Estatis-

tico do Brasil para 1977 traz no-vidades: informações sobre o ba-lanço energético, destino da po-pulação ir-imeral, situação ali-mentar ida população, consuimoe despesa familiar. Dividido emsete seções, subdivididas em 69capítulos, tem 848 páginas. Paramelhor compreensão do conteú-do das tabelas e, do significadodas estatísticas divulgadas, o A-nuário ir_clui, pela primeira vez,textos em que figuram conceitos,definições, características dos le-vantam.nbos estatísticos e indi-cações sobre a metodologia ado-tada em pesquisas censitárias.

).tn

LANÇAMENTOS

CONHEÇA OS VENCEDORES IPEA (Brasília): Tecnologia Moderna para i Agricultu-ra, de vários autores, volume III, a indústria nacional derações balanceadas e concentrados (227 pp., Cr$ 120).

-^^t-y UMA semana fra-I^^J ca em lançamen-I ^B tos editoriais, os

-*- ™ destaques vãopara a publicação, pelaMcGraw-HilI do Brasil, dos31 contos premiados noconcurso do Paraná, paraum estudo das estruturasdo poder através dos quaisos Estados Unidos exercemsua hegemonia na Amérl-ca Latina, na visão de Dar-cy Ribeiro, e para um no-vo livro de Carlos Casta-fieda. A Paz e Terra, doRio, inclui novamente emseu catálogo Razão e Re-vOlução, de Herbert Mar-cuse.• Humberto Mariotti, Fia-vio Moreira da Costa, Idel-

-ma Ribeiro de Faria, Nei-son Padrella, Jeter Neves,Renato Modernell e Júlio

orges Gomide são os prin-

cipais vencedores do VIIIConcurso Nacional de Con-tos do Paraná. Ao lado deoutros novos contistas, elesestão apresentados nestaedição da McGraw-H.il doBrasil por Vicente Ataíde,intitulada Os Vencedores(142 pp).

O Dilema da AméricaLatina, de Darcy Ribeiro,propõe novas classificaçõestanto dos regimes políticose das classes sociais comodas forças e movimentosinsurgentes, já foi editadono México, na Itilia e estásendo, traduzido para o in-glês pela Vozes, de Petró-polis <~63pp., Cr$120).

' Do Autor de A Erva doDiabo, ou a viagem aomundo da feitiçaria, a Re-cord publica agora O Se-gundo Circulo do Poder(238pp.). Neste livro, Carlos

OUTROS TÍTULOS

Castaneáa elege como per-sonagem central Dona So-ledad, cujos poderes vêmdo aprendizado com DonJuan, e a transformam deuma velha grisalha e en-curvada, numa mulhersensual, ágil e profunda-mente misteriosa. Um mun-do também envolvido pelafeitiçaria.• A editora Paz e Terrareedita Razão e Revolução,(413pp., Cr$ 200), de Her-bert Marcuse. Em traduçãode Marília Barroso, o livroexpõe as idéias a respeitodas bases psicológicas e fi-losóficas do mundo moder-no. Marcuse dedica a pri-meira parte de sua obraa um estudo da estruturado sistema de Hegel, a se-gunda ao advento da teo-ria social e a terceira aofim do hegelianismo.

....; Ao livro Técnico (Rio): Manual Profissionalizante diMedicina Física e Reabilitação, de Hildebrando Castro Gon-

çalves. Destinado aos técnicos, auxiliares e profissionais(128. pp).

>; -Brasiliense- (São Paulo): Xande, O Grande, de MariaTeresa Noronha. Literatura infantil recomendada parairianças a partir da 4a. série (104 pp., Cr$ 35).

Clube do Livro (São Paulo): O Criador de Centauros,

de Maria de lourdes Teixeira. Contos que "se detém na

inálise delicada e miúda das almas,- dos sentimentos, das¦paixões humanas" (159 pp).

Edição do Aulor (Rio): Fragmento» no Prato, poesiasde George Iso. O Autor publicou seu primeiro livro em

1971 (112 pp).

Forense (Rio): Novo Manual do Delegado, de Amintas

Vidal Gomes, obra em dois volumes, atualizada e revista-por Antônio Malfitano e Luiz Alexandre lafayete Stock-

ler (798 pp., Cr$ 630). Oireitos Reais, de Orlando Gomes,

-ÍVtendências, limitações e responsabilidades na evolução•db: direito da propriedade (445 pp., Cr$ 320). Da Ação

¦ Penal, de Jorge Alberto Romeiro, monografia sobre o ins-

titulo jurídico versado, no seu aspecto exclusivo de direi-

to nalural (308 pp-, Cr$ 350). Divórcio e Separação Judi-

ciai de Pedro Sampaio, de forma resumida, comentários

a cada um dos artigos da nova lei (303 pp., CrS 250). In-

trodução ao Direito Processual Civil Brasileiro, de Emane:Fiaélis dos Santos, estudo comparativo dos códigos de

1939 e 1973 (327 pp., Cr$ 330). Execução Fiscal • Em-

bargos do Devedor, de Ronaldo Cunha Campos, destinado

especialmente a advogados de empresas e magistrados

(302 pp). Estatuto da OAB, 12a. edição, lei n? 4215, de"27 de abril de 1963 (CrS 550).

Fundação Prefeito Faria Lima (São Paulo): Tributos

Municipais, de Adalmir da Cunha Miranda, anteprojeto de

código tributário municipal (259 pp).

Hucitec (São Paulo): Noites do Relampogo, de Ipiapa-

ba Martins, quarto e último volume da série Bocainas do

Vento Sul, que pode, no entanto, ser lido separadamente

(182 pp). Partidas de Xadrez, de Mareio Elisio de Freitas,

comentário didát'o de 96 partidas com jogo combinati-

vo, disputadas em competições nacionais e internacionais,

por um especialista (325 pp).

Interlivros (Belo Horizonte): Comportamento Assertivo,

de Robert E. Alberti 8, Michael L. Emmons. Trad. de Jane

Maria Corrêa, um guia da auto-expressão (147 pp).

I' ti'*> " -iw.' *.' ' r. f"'

| yé£ü&ílc\ L_!^o^^}

i —^ ] L!_»*> /'MMvíí_3__^/

Nova Fronteira (Rio): A Aventura dd Pudim de Natal,contos de Agatha Christie, nos quais reaparecem HerculePoirot, em grande forma, e Miss Marple (191 pp., Cr$ 85).

Nórdica (Rio): Novas Fábulas Fabulosas, de Millôr .

Fernandes, em ilustrações de Ivan Fernandes, as fábulas

que Millôr escreveu para seu filho ilustrar (80 pp., Cr$

45).

Record (Rio): A Ouedi Final, de Emmanuel Todd, oanalista internacional defende a tese de que a União So-viética está próxima de seu fim, caso não adote o comu-

nismo alternativo que floresce fias democracias popula-res , e se encaminhe a passos seguros para a socialjde-

mocracia (275 pp). Retrato Sincero do Brasil, de Limeira

Tejo, a parte intitulada A Dança da Crise é um libelo con-

tra a ditadura de Vargas, o que quase provocou a apre-

ensão do livro na época do lançamento. Em sua quintaedição, atualizada (266 pp). Três reedições de Agatha

Christie: dois romances — O Segredo dos Chimneys, an-

tiga mansão inglesa, onde o Príncipe herdeiro de um

país dos Bálcãs é misteriosamente assassinado (254 pp-,Cr$ 70), e

*0 Homem do Terno Marrom, no qual uma jo-

vem afoita empreende sozinha a caçada a um perigosoassassino (233 pp., Cr$ 70), e 11 histórias, 11 dos me-

lhores casos de Poirot, reunidos em. Poirot Investiga (202

pp., Cr$ 70).

Revista dos Tribunais (São Paulo): Evolução dos Di-

reitos da Mulhir, de Silvia Pimentel, o enfoque filosófico,

jurídico e sociológico (188 pp). Responsabilidade dos Ad-

ministradores de Sociedades, de P. R. Tavares Paes, o re-

gime aplicável aos administradores que sejam pessoas fí-

sicas (132 pp). Tratados das Ações, de Pontes de Miranda,

neste tomo VII, « jurista trata das ações executivas (465

pp). Estudos • Pareceres de Direito Tributário, em dois

volumes, de Geraldo Ataliba, as soluções práticas e o em-

basamento doutrinário (413 pp e 253 pp).

Rio Editora (Rio): Programa de Direito Civil, II, de

Santiago Oantas, edição histórica, encadernada (378 pp.,

CrS 280). Registros Públicos • legislação Correlata, organi-

zação, seleção e notas de'Eduardo Sócrates Cástanhelra

Sarmento (263 pp., CrS 190). s

Símbolo (São Paulo): Em legítimi Defesa, de Álvaro

Alves de Faria, do iniciador, em 1965, de um movimento

em que declamava poesias em praças públicas, na cidade

de São Paulo (90 pp, CrS 45).

Summus (São Paulo): Reuniões Podem Funcionar, de

Michael Doyle e David Straus, as técnicas do método de

interação (248 pp., Cr$ 100).

Vozes (Petrópolis): Crucificaram um Operário, de Luís

Maria A. Sartori, O. F. M., o Autor, franciscano, dedicou

toda sua vida ao apostolado operário nas empresas (108

pp., Cr$ 50). Janeli di Johari, de Silvino José Fritzen,

exercícios vivenciais de dinâmica de grupo, relações hu-

manas e de sensibilidade (115 pp., Cr$ 50). A Luta pela

Terra, de Octávio lanni, a história social da terra e da

luta pela terra numa área da Amazônia, no extenso Muni-

cípio de Conceição do Araguaia (235 pp-, CrS 120). Teo-

logia da Igreja PrimMt-, de Frei Fernando Antônio Fi-

gueiredo, O. F. M., o homem na visão histórica do mártir

Justino (81 pp., Cr$ 40). Vamos Todos a Puebla, A Trai-

ção de Tibiriçá e A História do Padre Rodolfo • do índio

Simão, folhetos populares de nova coleção iniciada pela

editora, assinados por Adélia Carvalho (18 pp., 16 pp.,

22 pp.)

Eslão circulando:. O número 127 da Rovlsta Ju-rldlca Lomi, referente ao mês de

|unho, publica uma entrevista doSobral Pinto, sobre as roformas

políticas propostas polo Governoo as candidaturas militares, o umartigo de Sebastião Geraldo Bre-

guez sobre o fim da censura naimprensa.c A Mi* Educando, número 107.Publicação da Associação Minei-ro de Ação Educacional e do Ins-titulo de Educação de Minas. Trazartigos de Maristela Miranda Ri-beiro Gondim (Redação ni Esco-Ia de Primeiro Grau) de MariaAuxiliadora Campos Araújo Ma-chado (Em Busca di Escola Reno-vada), entre outros.

. OAB/RJ, ano IV, n9 7. Revistado Conselho Seccional do Rio,da Ordem dos Advogados do Bra-

sil. Exames de diversas matérias,entre as quais a situação de bra-

sileiros no exterior sem passapor-tes, por Técio Lins e Silva, pare-ceres sobre anistia, comentários àlei que aumentou os impostos

predial e urbano.. No Boletim da FEEMA, núme-ro 2, a íntegra de dois trabalhossobre o desperdício da , energiae a necessidade de aumentar a

produção de alimentos, do infor-me do Programa das Nações Uni-das para o Meio-Ambiente. E

mais: conferência de Paulo C. da

Costa Moura, no X Encontro de

Líderes e Homens com Poder De-

cisório, promovido pela Arquidio-cese do Rio de Janeiro, sobreValores e Mudança Social, além

dos Aspectos Ambientais da Ener-

gia Nuclear, analisados por Ru-

bens Voz da Costa, ex-presidentedo BNH.• Publicada cm Brasília, Educa-

ção, em seu número 25, tem di-

versos artigos, entre os quais: A

lingua Portuguesa nos Meios de

Comunicação de Massa, de Esaú A.

de Carvalho. A Experiência nos

Primeiros Anos de Vida, de Zaida

Grinberg Lewin, Currículo de 19

Grau Numa Sociedade em Mudan-

ça, de Terezinha Saraiva, e Edu-

cação • Cultura no Estado do Rio

de Janeiro, de Myrtes de Luca

Wenzel. Revista do Ministério da

Educação e Cultura.

a A incorporação de tecnologiasao processo educacional nem

sempre acarreta o impacto dese-

jado. Na realidade, o simples

enxerto de recursos tecnológicos

produz frustrações, além dos ai-

tos custos. Em Tecnologia Educa-

cional, publicada pela ABT, Mar-

tim Miranda analisa a efetividade

dos projetos de teleducação. Ber-

nardo Restrepo, por sua vez, preo-cupa-se em definir o âmbito da

teleducação, e João Batista Araú-

jo Oliveira contrapõe ao enfoque

racional uma abordagem inovado-

ra.• Iniciada; com o fac-simile da

carteira de identidade de Noel

Rosa, a revista Artefato, do Con-

selho Estaduol de Cultura (coor-denoção de Dirce Riedel, Marcela

Mortaza e Fausto Cunha, direção

,.de Paulo Pimenta), dedica seu

número 3 i música popular bra-

sileira. Em suas páginas são de-

batidos temas como Alguém

Aprende Samba no Colégio?, tra-

tado em artigo de Mareio Yunes,

e se mostra porque o Rio é a

Capital do samba, o que fica a

cargo de Lúcio Rangel. Outros

artigos publicados pela revista

são: Samba de Botequim, de Ve-

ra Lúcia Follain, O Canto Tímido

do Homem Fluminense, de Dulce

Lamas, Não Hé Mais Mane Fo-

gueteiro, de Moacir Andrade, O

Trem nos Trilhos da Imaginação

Popular, de limar Carvalho, O

Choro Alegre do Povo, de J. R.

Tinhorão ,e A Pauta da Ilusão,

de Julia Levy.

¦ MHNHMHI"KB~!lIl~'l"n_tia_l'8B

COMODIZER,O QUEDIZER

Pedro Lyra

NO PRELO

Montagem em Invenção de Orfou,de Luiz Busatto. Âmbito, 1978,Rio. 132 pp. Cr$ 95.

I

livros anunciados para os pro-ximos dias:

Pela Ao Livro Técnico (Rio):Brasil: Nossa Terra, Nossa Gente,

de Marina Quintanilha Martinez.Estados do Brasil: Paraná, de San-

dra Regina Huarte Terra.Pela Cátedra (Rio): Visitas de

Médico, de Walter Benevides. Eu

Herberto Sales, de Eneida Leal.

Durante o Canto, de Manoel Cae-

tano Bandeira de Melo.Pela Cultura Médica (Rio): Fi-

siologii do Esforço: Bases Fisiolá-

cas das Atividades Físicas e Des-

portistas, de Jurgen Stegemann.Pela Forense-Universitária (Rio);

legitimidade • Coação no Brasil,

Pós 64, de Marcus F. Figueiredo

e Lúcia Klein.Pela Francisco Alves (Rio): O

Espaço Dividido: Os Dois Circui-

tos da Economia Urbana dos Pai-

ses Subdesenvolvidos, de Milton

Santos.Pela Graal (Rio): Alceu Amoroso

lima, por Otto Maria Carpeaux.

Dom Hélder, o Bispo da Esperan-

ça, por Marcos de Castro.Pela José Olympio (Rio): titef

ratura Oral no Brasil, dè Luís

da Câmara Cascudo, 2a. edição.

Beira-Mar: Memórias 4, de Pedro

Navo.Pela Interlivros (Belo Horizon-

te): Psicologia como Ciência Hu-

mana: Uma Abordagem de Base

Fenomenológica, de Giorgi Ame-

deo. iPela Livros Técnicos e Clentífi-

cos (Rio): Fundamentos d» Gene-

tiea, de James F. Crow.Pela Nacional (São Paulo): A

Religião dos Tupinambás, de A.

Métraux. História da Psicologia,

de Fernand-Lucien Mueller. lógi-

ca, de L. Liard. Filosofia da Edu-

cação, de O. Reboul.

Pela Nova Fronteira (Rio): Diá-

rio, de Joseph Goebels.Pela Poz e Terra (Rio): Huasi-

pungo, de Jorge Icaza. Conceito

de Modo ds Produção, de Philo-

mena Gebran (coordenadora). O

Vapor do Diabo, de José Sérgio

Leite Lopes, reedição. A Devassada Devassa, de Kenneth Maxwell,reedição. O 18 Brumário e Cartas

a Kugelman, de Karl Marx.

NVENÇAO DE OR-FEU, do alagoanoJorge de Lima, é ge-ralmente considera-

da uma das mais comple-xas obras da literaturabrasileira e, por muitos, amaior obra poética do nos-so Modernismo. Como to-da obra-prima, tem desa-fiado a critica, que somen-te agora — sobretudo emnivel de pós-graduação —começa a lê-la em profun-didade.

O Professor Luiz Busattoretoma essa tradição re-cente (Cf. Leitura de In-venção de Orfeu,. da Prof.Dirce C. Riedel, publicadoem 1975, não incluído nasua bibliografia), caracter!-zando o poema de JL comouma montagem — processode estruturação de um tex-to a partir de fragmentosde outros textos. No caso,fragmentos de quatro dasmaiores epopéias ociden-tais: a Eneida de Virgilio,a Divina Comédia de Dan-te,- Os Lusíadas deCamões e o Paraíso Perdi-ão de Milton (além da pró-pria Invenção de Orjeu, re-tomada em diversas passa-gens) — que Busatto amali-«sa transcrevendo os tre-chos onde a colagem semostra mais evidente. Esseprocesso, que o poeta defi-niu como "visão de palimp-sesto", não pode — comotambém demonstrou Gil-berto Mendonça Teles emseu elucidativo prefácio —ser condenado como plágioirem reduzido ao nível desimples influência, pelaforte razão de que se tratade apropriação consciente.Em muitas ocasiões, JLaproveita versos inteirosde todos os poetas referi-dos, mas sempre deixandoclara a sua fonte para oleitor informado.

Palimpsesto, informa oA., é um termo raro quesignifica u m manuscritoem pergaminho, raspadopor copistas e polido commarfim para permitir novaescrita. A raspagem, pormais acurada e perfeita,permitia que se observas-sem, de diversos modos, ostraços do texto apagado.Visão de palimpsesto é,portanto, aquela que deixaver no texto presente umtexto anterior. No caso: aepopéia ocidenal em In-venção de Orfeu.

Essa prática, que emépocas passadas não foibem compreendida pela Li-teratura Comparada, rece-beu em nossa época umaabordagem mais aprofun-dada e coerente, através doque ficou conhecido comoTeoria da Intertextua-lidade, definida pela tche-co-francesa Júlia Kristevacomo o espaço semânticoonde todos os textos se en-trecruzam: o poema deixade ser visto como um sim-pies texto (ou melhor: co-mo um texto simples), pro-duto absoluto de seu autor,para ser visto como um in-íertexto (ou um texto piu-ral), produto relativo desua cultura. JL teve essaintuição metapoética: para

cie, o seu é um "intensissl-mo poema / onde os outrosse entrelaçam".

A teoria da intertextua-^lidade — e a montagem*que lhe corresponde — co-loca em xeque a crlativida-"de do- poeta e a origlnallda-.de do poema: no fundo, o,trabalho poético se redua.a um remanejo de códigos.Isso justifica o projeto jde,LB, de estudar não o que.disse o poeta, mas apenaso modo como o disse. Aopôr em xeque a crlatlvlda-de / originalidade do escrl-,tor, restrita ao plano daexpressão — até o ponto,extremo de ele considerar,,o texto que lhe absorveutanto tempo de vida como,"um poema alheio" — essa-teoria acaba por conduzirà aniqullação do próprio;sujeito como criador e, com;Isso, também do conceditode arte como criação: no-lugar de criar um texto no-:vo, ele -¦ cria apenas uma»forma nova para um texto'preexistente. Pode ser_o.caso (ainda assim, Jamais-em sua totalidade) de In-venção de Orfeu - mas nãoserá o caso de poetas que,'além de criarem uma tor-ma nova, criam também,expressando-a em seu poe-ma, uma nova visão domundo. Aceitando a leituraintertextual, entende-se que'o A. defina o sujeito cria-dor como um "sujeio néu-:tro". No entanto, o radica-lismo típico dè nossa épocabaniu qualquer espécie deneutraidade: o neutrali_-mo é, em si mesmo, uma,força conservadora, como ocatolicismo do último Jorgede Lima.

Tudo isso não passa, emsuma, de reflexo da pre-sente crise de identidadedo sujeito, perdido na mas-,sificação do nosso tempo —e é por uma neoessidadehistórica que essa teoria só.foi descoberta nesta era demassificação. O modo de,dizer, em qualquer prática'literária, nunca será mais.que instrumental — mas a.intertextualidade o eleva àcondição de substancia dopoema: com essa postura,'de efeito nibidamente ideo-lógico, toda a verdadeiraárea substancial do poema'fica fora de discussão, táti-ca que sempre interessouà ideologia dominante. Asociologia da Arte tambémvê o texto poético comoproduto da cultura de umaépoca, mais que de um in-d i v í d u o carismático. Po-rém, no lugar de definiro seu autor como um "su-jeito neutro", define-o co-mo um "sujeito transinBi-vidual" — como um agenteda classe a que pertence.'(Lucien Goldmann)

Certo: aqui, trata-se.deuma tese de pós-graduaçãoe o Autor teve que dellmi->tar seu tema cóm toda ni-'tidez. Mas não podemosevitar uma certa sensaçãode frustração, ao perceberque tão séria pesquisa- —embora praticamente esgo-'te os pontos de contato te-mático entre JL e os seus'modelos, sobre todos a Enei-da — não se tenha propostoa penetrar o universo ideo-'lógico do poema pesquisa-do, completando o como-di-zer com o que-dizer e o pa-ra-que-dizer: afinal, o co-\mo está, sempre, a serviço.do que; e o que, a serviçodo para.

Apesar desta limitação, oestudo de Luiz Busatto ofe-,rece mais uma boa conitri-buição para a compreensãodeste que é o maior "caso",do Modernismo brasileiro enão pode ser ignorado em.suas análises futuras.Pedro Lyra, critico < ensaísta, i Mts-tra em Poétl-a pala UFRJ.

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O aumento da capacidade de produção de animais domes-

ticos, provocado pelo homem através do melhoramento genético,

trouxe como conseqüência imediata a necessidade de fornecer

a esses animais alimentos de maior valor nutr.tivo, nao ex^ten-

tes nas condições naturais em que primitivamente vmam. Para.

sobreviver e produzir economicamente, bovinos, suínos • aves,

passam a depender de toda uma tecnologia bastante complexa.

As perspectivas da indústria nacional de rações soo, por outro,

lado, bostonte promissores. O presente livro procura demonstrar

e provar, em todos os seus capítulos, a importanaa desse setor

r.a estrotégia político-econêmico-social do país, e também que no

Brasil toda a atenção que lhe possa ser detsmad. deverá ter

caráter prioritário.

Um trabalho pioneiro visando a indústria nacional dl rações,

e o desenvolvimento da agropecuária nacional.

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JORNAL DO BRASIL

çAlba

AVENTURA BRASILEIRACOM MOLHO DE "CHAMPIGNON

ARARAS,

papa-gaios, palmeiras,ruídos de mataescura e inson-

dável. Que o Brasil é paísde exotismo e mistério, ne-nhum estrangeiro duvida.Para prová-lo aí estão, naslojas do Rio, jacarés em-palhados, borboletas feitasprato, peixes, pedras pre-ciosas. E há o ritmo dosamba, pandeiros, tambc-rins, a macumba evocandotemores pagãos, ecos dostempos dos escravos, ca-sas coloniais, doces debaiana, pratos de saborforte e apimentado. Ele-mentos mais do que sufi-cientes para espicaçarqualquer imaginação. Co-mo a de Zulfikar Ghose,precursor estrangeiro deromances passados no Bra-sil Colonial e sucesso ab-soluto em países de línguainglesa. E agora a dos ir-mãos Gail, que lançampela Editora Monterrey —com um prefácio de Car-men Mayrink Veiga — aversão portuguesa de seubest seller francês Alba:Casa Granáe e Pecaâo, noqual se misturam amor erevolta, o doce moer dacana e castigos cruéis. Tu-do isto no Pernambuco dasegunda metade do séculoXIX. José Alberto Gueiros,diretor da Monterrey, mos-tra-se muito confiante nosucesso do livro.

— Imagine a minhasurpresa de brasileiro di-ante do sucesso de um ro-mance francês baseado emtema brasileiro, e mais queisso, regional, evocativo depassagens de GilbertoFreyre e do melhor JoséLins do Rego, como obser-va Carmen Mayrink Veigano prefácio.

Aliás, foi através de Car-men que Gueiros chegouaos autores.

Quando cheguei em Pa-ris, no inverno passado —conta ela — fui a uma li-vraria para comprar ossucessos do momento. En-tre todos, um me chamouespecialmente a atenção

Alba, le Pain et le Fouetpor causa dos autores,

bons amigos meus. Três ouquatro dias mais tarde,

jantando com um deles, oFrançois, soube que estavainteressado em editar o li-vro no Brasil. Remeti umexemplar para meu amigoJosé Gueiros, que logo pro-videnciou a compra dos di-reitos autorais.

No entender de Gueiros,o livro tem tudo para agra-dar também o leitor nacio-nal:

— a começar pela curió-sidade de ver o tema abor-dado com humor e ironiapor estrangeiros apaixona-dos pela terra e seus ha-bitantes. Alba, a persona-gem principal, é filha deThomé de Jesus, senhor deengenho. Criada na Fran-ça, regressa ao Brasil paraver o pai, mas vai logo sedecepcionando com a vidasem a finesse francesa, es-cravos, o cheiro forte dassenzalas. Aí vem o toquedos irmãos Gail. QuandoAlba tapa o nariz por cau-sa do cheiro, um escravoobserva: "Sinhazinha, nãosão os escravos, mas a es-cravidão que cheira mal".Alba conta uma históriabrasileira com certo molhode champignon. E' umaespécie de minueto docanavial.

Na oapa da edição fran-cesa, uma jovem de bustonu emerge do telhado deuma casa grande. Na bra-sileira, a casa diminuiu detamanho, e Alba é maisopulenta, mais amazônica,irmã, nas cores como napostura, de Brigitte Mont-fort. O pão e o chicote dotítulo original foram subs-tituídos pela casa grandee o pecado, que para os ir-mãos Gail não- só existecomo também mora do la-do de baixo do Equador, emais especificamente emPernambuco.

— Fizemos tudo maisao gosto brasileiro — ex-plica Gueiros. A capafrancesa resultaria, aqui,um pouco hermética. Epão e chicote não chama-riam a atenção para o as-sunto real do livro.

Pura mas inquietante,inocente mas capaz de em-barcar sem problemas mo-rais em aventuras damaior sensualidade, sain-

do delas, aos olhos do lei-tor, sempre como vítimainduzida, jamais comosedutora — eis, na opiniãodo editor, a receita parauma boa heroína de folhe-tim. "Foi a que funcionoucom a doce Angélique,Marquesa dos Anjos, bustosempre meio-descoberto,olhar límpido, rodando decastelo em castelo, de covilde bandidos a alcovas aris-tocráticas, dos braços deum rude herói de um olhosó aos do perdido e reen-contrado marido, alqui-mista, coxo e rico de segre-dos inconfessáveis. Golonsoube aproveitar o gostofrancês pelo folhetim, mis-turando numa alquimiatoda particular aventurasnos lugares mais exóticos.Sempre com alguma piau-sibilidade. Os irmãos Gail,usando um cenário que

Vivian Wyler

por si só já desperta a eu-riosidade, um período ne-gro da História deste país,capaz de atrair piedade —especialmente nummomento em que se falatanto de direitos humanos

criaram Alba, parecidacom Angélique e nãoapenas na inicial de seunome".

Para prefaciar a. ediçãobrasileira do livro, Gueirosescolheu a própria Car-mem Mayrink Veiga, que,como já foi dito, apresen-tou-o aos autores. Carmeme , Albá não estão, aliás,muito distantes uma daoutra. Carmem é morena,bonita, faz parte da me-lhor sociedade. Lê muito

de Truman Capote aHenri Troyat, de Elsa Mo-rante a Max Gallo — mas,romântica, confessa queestá feliz com o sucesso da

nova corrente editorialamericana e européia, gra-ças à qual são revividos oslivros à moda de M. Dely.Carmem leu Alba de umfôlego, considera-o leituradas mais agradáveis e temseus autores na conta de"brasilianistas da melhorcepa".

Gueiros admite que háalgumas impropriedades,mas mesmo assim a pes-quisa dos autores foi séria.

— Obviamente eles nãosão Gilberto Freyre. Nemse trata de um ensaio, masde um romance. Possodizer, no entanto, que elestiveram um cuidado quaseecológico na descrição docen ário pernambucano,suas matas e seus passa-ros. O tratamento é folhe-tinesco, mas nada implau-sível. Não sei se havia due-los como o que aparece no

Carmen Mayrink Veigacom François Gail,

um dos autores de Alba,Casa Grande e Pecado,cuja edição brasileira

prefaciou para a Monterrey

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ífinal do livro, mas nãocreio que isso tenha real-mente importância.Afinal, todos os dias, pelasesquinas e botequins, temalguém se matando peloamor de uma mulher, enão faz diferença se isso éfeito a faca, pistola ou agarrafadas.

Alba — sabiamente —não é completamente bra-sileira, mas pelo menosmetade francesa. O queexime os Autores de pene-trarem a fundo no psiquis-mo brasileiro. Ela vê comolhos de européia tanto ocatimbó quanto as tortu-ras infligidas aos escravoscom requintes de sadismo(por exemplo besuntarcom doce de goiaba o cor-po de uma escrava feridae cobri-lo de formigas). Eé como européia — e' nãocomo a brasileira submissae preguiçosa descrita porGilberto Freyre em CosaGrande e Senzala — queela ama o herói do livro,Miguel Berminda, mestiçode quatro gerações e líderda revolta dos escravos,não fosse ele rei do Congo.No desenrolar dos acon-tecimentos ela c o n h e c etambém o amor do Viscon-de de Suassunna e desço-bre no dia-a-dia a sensua-lidade e o aconchego daconvivência com muca-mas, moleques e sinhás,dominados por aquele"fogo" que só podia ser"apagado com muita ora-ção".

—Temos um leitor inte-ressado em livros de fundohistórico, em biografias —garante José Alberto Guei-ros. _ Claro, não existe noBrasil tanto materialcomo em Paris, cidade dedois mil anos. Ou como naInglaterra. Mas temosuma Marquesa dos Santos,que se fosse irancesa ]â te-ria dado mais de mil ro-mances. É uma chalaça. Eum Pedro I, figura incrí-vel, que adorava mulherese se metia em brigas, emesmo perdendo não per-guntava ao outro: "Sabecom quem está falando?"O romance histórico, éuma boa pedida, desde quefundamentado. Não im-

porta ao leitor que tragamentiras. Ele só pede aoscéus que sejam mentirassimpáticas e bem arqui-tetadas, não óbvias. Por-que senão fica parecendoaqueles filmes épicos deantigame»te, em que Cé-sar era Victor Maturecom um tremendo relógiode pulso. E no caso de Al-ba. é preciso não esquecerque, mesmo no Brasil, é es-casso o conhecimento so-bre a escravidão. Ninguémsabe qual era.o preço deum escravo (proporcional-mente, era mais ou menoso de um Volkswagen hojeem dia), qual a lingua quefalava aò chegar da África.Esses dados geralmentenão vêm nos livros escola-res.

— E a plausibilidadedos personagens, ora agin-do de uma maneira, ora deoutra?

Em termos franceses olivro sempre agradará,pois corresponde àimagem que eles fazemdos brasileiros, impetuo-sos, dominados por pai-xões. Em termos brasi-leiros não será muito dife-rente. Terá o sucesso quetêm as novelas de tele-visão, com seus persona-gens d e comportamentosenoidal. Surpresas sem-pre agradarão. Quem nãogosta de ver Agatha Cris-tie fazer do médico dafamília o assassino nofinal do romance?

Seguindo a trilha de An-gélique, Alba já se preparapara uma segunda aventu-ra, desta vez na Amazônia,durante o ciclo da borra-cha. E José Alberto Guei-ros adianta uma sugestãoaos Autores:

Por que não, emseguida, as Minas Geraisno ciclo do ouro?

Quanto a Carmen May-rink Veiga, que prefacian-do o livro dos irmãos Gailviveu a sua primeira aven-tura literária, talvez ouseamanhã um vôo mais alto.

Você admite escreverum livro algum dia? •

Quem sabe. Tempoeu tenho.

UM ARTIGOir CONTRA

O ESCRITOR

S ÃO PAULO — O Sindi-cato dos Escritores noEstado de São Pauloenviou carta ao Minis-

tro da Previdência Social, Nas-cimento e Silva, solicitando se-ja reexaminada a situação doescritor perante o sistema pre-videnciário, quanto ao periodode carência de cinco anos, esta-

belecido para o fim de aposeh-tadoria dos trabalhadores auto-nomos, entre eles o escritor.

Na carta, afirma a diretoriado Sindicato que anteriormenteà Lei 5 890/73 e seu "nefastoArtigo 64, permitia-se, pelos de-pendentes, regularizações pós-tumas de débitos do ex-segura-do, inclusive por parcelamento.Outra solicitação íoi no senti-do de se contar, para o efeitoda aposentadoria que de acordecom a lei atual só chegará em1995, os períodos anteriores decontribuição, "embora esta con-tribuição não tenha sido efeti-vada em época própria".

Em suas explicações ,ao Mi-nistro, o Sindicato dos Escritores

argumenta que o trabalhadorautônomo, figura impar entre asdiversas categorias de contri-buintes, utilizando apenas a ha-bilidade técnico-profissional, é li-vre, no sentido lato, "porém su-jeito de inúmeros condiciona-mentos que o tornam submisso adeterminadas regras de discipli-na, de zoneafnento, de ética, demercado etc" Isto lhe retira aimagem de autonomia plena".

"Na realidade" — afirmam—"o trabalhador autônomo, nocampo da legislação social, é ogrande esquecido. Suas dúvidassão equacionadas por decisõesindividuais; contraditórias, refle-tindo apenas a opinião pessoaldo Autor. Logo, nada representa-tivas como principio normativode direito. E, na realidade, ogrande marginalizado de • todas •as conquistas sociais".

Como o vinculo do escritorcom a Previdência Social, foi es-tabelecido de forma- definitiva,recentemente, é irrisório o nú-mero de filiações, tornando-se oescritor um convidado sempreextemporâneo do sistema previ-denciário. Cabe portanto, escla-i-ecc o Sindicato em sua carta,imediata revisão do texto legal,reinstltüido pelo Artigo 64 já ci-tado, para permitir que o traba-lhador autônomo reingresse nacondição de segurado em todaa plenitude de seus direitos.

B

MINASEM TOM DENORDESTE

, ELO HORIZONTE —A Zona da Mata mi-neira está ligada aoEio de Janeiro; o Sul

e o Triângulo,, a São Paúló;o Norte, ao Nordeste do pais.Em Montes Claros, espécie deCapital do Norte de Minas, ainfluência nordestina é clara.Também o é em Teófilo Oto-ni, cortada pela rodovia Rio—Bahia. A integração do Nor-te mineiro com o Nordeste dopais, devida principalmenteao rio São Francisco, explica-ria o florescimento de uma li-teratura popular Norte-minei-ra ao jeito da nordestina, em-bora só conhecida, ao contra-rio da primeira, em círculosmuito restritos.

Mineiro de Pires de Albu-querque, distrito de Bocaiúva,que apesar de estar no Valedo Jequitinhonha se insere nogrande Norte do Estado, o te-pentista Teófilo de AzevedoFilho, o Téo, acaba de lançaro livro Literatura Popular doNorte de Minas (A Arte deFazer Versos), reunindo a sua

e .a iproldiuição de outros poetaapopulares da região. Poeta,cantor, compositor e folcloris-ta autodidata, Téç> Azevedoherdou sua arte'do pai, Izidó-rio, um.dos-três famosos can-tadores da região que cria-ram a Toada de Pires, na de-cada de 1930.

Segundo Téo, Izidório, JoãoDadão e Pauto Maia se reu-niam pana cantar modinhassertanejas, abolo e calango e,da mistura desses folguedos,surgiu a toada. "Eta 1967, dis-se Téo, com. Travessia e Mor-ro Velho, Milton Nascimentoapareceu cantando no mesmoestilo, sendo seguido pelos;Irmãos Marcos ,è Paulo, SérgioVale".

Não houve até. hoje qual-quer regisitro. de. .toada

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TEO OE AZEVEDO

Norte de Minais, nem essesautores falaram dela, peloque me consta. O conheci-enito.da toada, por paiitede -Milton Nascimento, talvez seexplique pelo fato de que eletocou com Beto Guedes, queé daquela região — comentouo repentista.

Dois daqueles pioneirosanônimos morreram áe formatrágica: João Dadáo, na misé-ria, bebendo; e Izidório, emSão Paulo, de tifo, contraídanum dos trens que, nos pri-¦meiros anos • da década de1950 levavam para o Sul osfugitivos da seca. Téo Azeve-do começou sua carreira ar-tistlca cantando repentes,emboladas, abrindo roda paraque um camelô que vendia re-médio nas feiras da região co-

• locasse miais facilmente seuproduto, já que o povo sedetém ante qualquer coisaque tenha um quê de espeta-culo.

Larfçado nia Bienal de SãoPaulo, o livro é uma antologiados poetas e repentistas desua região, que só agora seapresentam a um públicomaior. "O próprio mineironão sabia que nós temos mui-tas modalidades de repente,pois nenhum folciorista sedeu ao trabalho de pesquisaio assunto", lamenta Téo.

UM LIVROCONTRA OMASSACRE

-«-^DRTO ALEGRE — Ba-Bieado em sua experiên-

mo cia de iuase 40 anos-™- como analista de aci-dentes de transito, ArnrindoBeux lança o quarto volume dasérie Acidentes de Transito naJustiça, ém que estabelece a in-teração existente entre o com-portamento humano e esse tipode acidentes.

O livro apresenta aspectosoriginais relacionados com apsicodinamica nos acidentes detransito, baseados em estudosdo autor para a elaboração deseus laudos e pareceres técnicoi-Entre os aspectos novos, Armin-do Beux ressalta a interação en-tre os quatro protagonistas doacidente: o homem, a máquina,' a estrada e o ambiente (polui-ção visual, sonora, movimenUno tráfego, chuvas etc), quepodem influir no comportamen-to do motorista, devendo serlevados em conta quando daapuração da responsabilidade.

Ete também introduz e con-ceitua o sentido cinestésico (sex-

to sentido), pelo qual 0 motoristapressente a ocorrência de um in-cidente externo, como o estourode um pneu. Outro fator apre-sentado como responsável pornumerosos acidentes é o fenô-meno aquaplenagem (água acu-mulada nos leitos das testradasi,que faz com que um veículo q *trafegue em velocidade elevadadesuse sobre o pavimento, semqualquer aderência ao solo, pri-vando o motorista do poder ^9direção e tornando ineficaz amanobra de f reagem.

Armindo Beux, em sieu livro,propõe a criação do InstitutoBrasileiro de Segurança noTransito, sob a forma de fun-dação, como entidade privada,sem fins lucrativos, "para somaresforços junto às autoridades, afim de reduzir a um minimocompatível o massacre motoriza-do que estamos vivendo".

O livro é editado pela Edito-ra Sulina, tem 233 páginas e vaicustar entre CrS 200 e CrS 300.Armindo Beux é presidente daFederação Nacional dos Enge-nheiros/RS e analista de aeiden-tes no transito desde 1940, tendoparticipado de congressos nacio-nais e internacionais, apresen-tando estudos sobre a engenha-ria nos serviços de transito, pre-venção de acidentes de transitoe nai trabalho, entre outro».