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JOSIMAR PEREIRA SANTOS O GÊNERO SENNA MILL. (LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE, CASSIEAE) NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL, COM ÊNFASE NAS ESPÉCIES OCORRENTES NO ESTADO DE GOIÁS Goiânia _ GO 2013

JOSIMAR PEREIRA SANTOS

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JOSIMAR PEREIRA SANTOS

O GÊNERO SENNA MILL. (LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE,

CASSIEAE) NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL, COM ÊNFASE

NAS ESPÉCIES OCORRENTES NO ESTADO DE GOIÁS

Goiânia _ GO

2013

Josimar pereira Santos

O GÊNERO SENNA MILL. (LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE,

CASSIEAE) NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL, COM ÊNFASE

NAS ESPÉCIES OCORRENTES NO ESTADO DE GOIÁS

Orientador: Dr. Marcos José da Silva

Goiânia, 2013

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal da

Universidade Federal de Goiás _ PPGBV/UFG

como requisito para a obtenção do título de

Mestre em Biodiversidade Vegetal.

O GÊNERO SENNA MILL. (LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE, CASSIEAE) NA

REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL, COM ÊNFASE NAS ESPÉCIES

OCORRENTES NO ESTADO DE GOIÁS

JOSIMAR PEREIRA SANTOS

Orientador: Prof. Dr. Marcos José da Silva

(Universidade Federal de Goiás – UFG, GO)

Dissertação defendida e aprovada pela banca examinadora:

Prof

a. Dr

a. Roseli Lopes da Costa Bortoluzzi

(Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV –

UDESC, SC)

Prof

a. Dr

a. Edivani Villaron Franceschinelli

(Universidade Federal de Goiás _ UFG, GO)

Prof

a. Dr

a. Ana Paula Fortuna-Perez

(Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, MG)

Goiânia – GO

2013

Dedico

A minha família, meus

verdadeiros alicerces, a Deus pelo

dom da vida e sempre presença, e

aqueles, que de forma direta ou

indireta, contribuíram para o que

eu sou.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Jesus Cristo, pela vida, por todas as bênçãos como proteção e por me

guiar para lugares onde existem pessoas que buscaram ou buscam o melhor para a minha vida.

Aos meus queridos pais, Dinalva dos Anjos e Cosme Pereira Santos, por me concederem a minha

maravilhosa e abençoada vida, bem como, a minha irmã Rita de Cássia, aos meus avós, Dona Aurentina e

Gerson, a Dona Carmem e Emílio “in memorian”, as minhas sobrinhas Ingrid e Ítinea Ketlen.

À Maristela Carvalho, Beth, Marilda Fontes, Maria Inácia, Dona Cordolina, Dona Glória e Dona

Dalva, bem como aos seus familiares, por me acolhida carinhosa e preocupação quando em seus lares

estive.

Ao meu orientador Profº. Dr. Marcos José da Silva, o responsável por todas as minhas conquistas

nesta etapa, por me transmitir seus ensinamentos de maneira pacienciosa, e também pelos conselhos e

oportunidades, como esta de me tornar um Mestre em Biodiversidade Vegetal, que era um dos meus

grandes sonhos.

Ao Profº. M. Sc. Manoel Losada Gavilanes por ter me apresentado a Botânica, ciência que tanto

amo e na qual busco formação.

Ao Profº. Dr. Haroldo Cavalcante de Lima pelo estímulo para que continuasse a sonhar com a

minha formação em Botânica.

Ao professor Dr. Luciano Paganucci de Queiroz pelo intermédio no auxílio de minha bolsa de

estudos, sem a qual se tornaria difícil minha permanência em Goiânia e consecutiva execução da pesquisa

de mestrado.

Aos curadores dos herbários CEN, CGMS, COR, EAC, EMBRAPA, ESA, F, HISA, HJ, HUEFS,

HUFU, IAN, IBGE, INPA, IPA, K, NY, MBM, MG, MO, SP, UB, UEC, UFG e UFMT, por terem me

recebido com carinho e presteza em suas instituições ou por terem me emprestado suas valiosas coleções

para complementação dos meus estudos.

Aos Professores do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal pelos ensinamentos e

auxílios.

Aos pesquisadores e professores Dra. Ana Paula-Fortuna Perez (Universidade Federal de Ouro

Preto), Dra. Edivani Villaron Franceschinelli (Universidade Federal de Goiás), Dr. Marcelo Simon

(Cenargem), Dra. Reseli Lopes Bortoluzzi (UDESC-Universidade de Santa Catarina) e Dra. Vera Lúcia

Gomes Klein (Universidade Federal de Goiás) pelas valiosas sugestões ao meu trabalho de mestrado.

Aos colegas do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal, da Universidade Federal

de Goiás, especialmente ao Carlos Melo, José Neiva, Márcia Yurico, Túlio Freitas e Yada Anderson pela

agradável companhia, atenção e bons momentos.

Aos meus padrinhos Meirilane, Reginaldo e Ana Carolina que sempre me deram força e

conselhos.

Aos meus primos, especialmente a Ana Luiza, Barbara, Bruno, Bruno Carvalho, Calebe, Carlos

Antônio, Claudio, Cristiane, Dudu, Emílio, Gabriela, Graziele, Jean, Jeanelly, Jeanne Carolina, Lúcia

Maria, Lúcia, Lucimeire, Lúcio Antônio, Miralva, Rafael Carvalho, Rian, Rodolfo, Rosiane, Rubinéia,

Rutinéia, Saulo, Silvan, Thiaguinho, Vera Lúcia, Verônica e Wanderson por estarem sempre presentes me

encorajando e me ajudando conforme as suas possibilidades.

Aos meus tios Juraci, Adonai e Carlos Almica “in memorian”, além de Antônio, Arlinda, Auzito,

Benedito, Blair Ribeiro, Carlos, Carmélia, Etevaldo, Isabel, Ivan, Izabel, João, Linda, Eliane, Maria

Emília, Marlene, Mauro, Miralva, Nega, Sibele, Tia Zenilda, Tio Damião, Tio Lê, Walter e Zezito por

todo carinho, sempre presteza e estímulo.

Aos professores que passaram por minha vida deixando seus ensinamentos e também sua amizade

e confiança como: Carlos, Dalbia Garcia, Déia, Divina “in memorian”, Ediane, Índio, Claudete, Luciene,

Lucila, Marilda Fontes, Marilda da Garça, Neusinha, Terezinha, Tia Maristela, Vera Lúcia, e aos demais

professores e funcionários da Escola Estadual Paula Carvalho, Coronel José Garcia Pereira e Engenheiro

Adelmar pelo conhecimento, a amizade e auxílio em distintas.

Aos meus amigos companheiros Angélica Camilo, Adriana Castro, Bianca Lemos, Bila “in

memorian”, Camila Stefânia, César Egídio, Cíntia, Dorinha, Darci, Eveline, Igor Carvalho, João Paulo,

Jonas, Lé, Luan, Lúcia, Marco Antônio, Marcos Vinícius (Dega), Maria do Mozar, Maria do Seu João da

Vila, Mozar “in memorian”, Neco, Pierre, Seu João, Sérgio Carvalho, Simone, Terezinha, Thuane, Lena,

Lorena, Wisman e seus respectivos familiares por sempre me apoiarem, especialmente Rodrigo, Rogério,

Seu Antônio e Dona Sida.

Aos Prefeitos de Iguatama, Minas Gerais, Gestão 2007-2013, Sr. Manoel Bibiano e Sr. Leonardo

Muniz de Carvalho, e suas respectivas equipes, por terem colaborado de diferentes formas para minha

formação, especialmente ao amigo Marco Antônio.

Aos funcionários e amigos da Faculdade em Meio Ambiente Alto São Francisco Ângelo Macedo,

Antônio Carlos de Mendonça, Diolinda, Farlen Geraldo, Florzino, Marina, Renata, Sandra e Tiana pelo

apoio quando da minha época de graduação e agradável companhia.

Aos meus amigos e colegas do Curso Ciências Biológicas, período 2007-2010, da Faculdade em

Meio Ambiente Alto São Francisco, especialmente Amanda Ribeiro, Camila Coutinho, Ednei Lopes,

Joyce Poleane, Lílian Rozendo, Lorena Gontijo, Mariana Teixeira, Messias e Thiago Ruan, bem como,

Gleice, Izabela Gonçalves, Kelley Taiara, Luciana Goulart, Mateus, Renata Taiara e Yanco, pela

agradável companhia e interessantes discussões.

Aos professores da Faculdade em Meio Ambiente Alto São Francisco Andréia Capaneli, Emerson,

Fernando Sergio Barbosa, Karine Bicalho, Lívia, Lucivane Lamounier, Manoel Losada Gavilanes,

Patrícia Lage, Riquelme Geraldo, pelos ensinamentos indispensáveis à minha formação como Biólogo,

apoio e crédito.

Aos amigos de Rio das Ostras, Fábio Carvalho, Flávio Fontes, Marta e Vinícius Macedo, por

terem me dado apoio, atenção e a oportunidade de apreender quando da minha capacitação profissional

em Consultoria Ambiental.

Aos meus colegas do Laboratório de Morfologia e Taxonomia Vegetal da Universidade Federal de

Goiás, Alessandro A. O. Souza, Cátia, Celini, Francielly Carla, Gustavo, Ikio Aline, José Eustáquio do

Carmo Junior, Lorena Antunes, Luciene, Marco Antônio, Murilo M. Dantas, Rodolfo Carneiro Sodré,

Rodolph Sartin e Sandro pelo agradável convívio e apoio e contribuição ao meu crescimento pessoal e

profissional.

Ao Senhor José Marcos (responsável) pelo Setor de Transporte da UFG bem como a sua equipe de

profissionais por terem viabilizado minhas coletas ou me transportado durante elas aos mais belos lugares

de Goiás.

Aos funcionários do ICB I e IV, especialmente a Tizuko, Rafael, Fernando e Gleice por viabilizar

a tramitação das questões relativas à documentação de solicitação de viagens e afins.

Ao Cristiano Gualberto e Vinícius Yano pelas belíssimas ilustrações botânicas do meu trabalho.

A todos amigos, colegas ou conhecidos de Iguatama e outros lugares pelo apoio incondicional aos

meus estudos, quer de maneira financeiramente ou logística, ou simplesmente pela carinhosa e atenção.

Meus Sinceros Agradecimentos!!!!!

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

RESUMO

ABSTRACT

RESUMO GERAL Pag.

1. Introdução ....................................................................................................................... 1

2. Revisão de Literatura ...................................................................................................... 4

2.1. Histórico do gênero Senna Mill ............................................................................... 4

2.2. Estudos Morfológicos e Biológicos em Senna ........................................................ 6

2.3. Representatividade em floras .................................................................................. 7

3. Referências bibliográficas ............................................................................................... 8

MANUSCRITOS 14

MANUSCRITO I 15

Sinopse taxonômica do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae,

Cassieae) para a região Centro-Oeste do Brasil .............................................................

16

Resumo ............................................................................................................................... 18

Abstract .............................................................................................................................. 18

Introdução .......................................................................................................................... 19

Material e métodos ............................................................................................................ 19

Resultados e Discussão ...................................................................................................... 20

Chave para identificação das espécies de Senna ocorrentes na Região Centro-Oeste

.............................................................................................................................................

24

1. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ................................................ 27

2. Senna alata (L.) Roxb. .................................................................................................... 27

3. Senna cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby ........................................................ 27

3.1. Senna cana var. cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby .................................. 28

3.2. Senna cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ...................... 28

4. Senna cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 28

5. Senna chrysocarpa (Desv.) H.S. Irwin & Barneby ......................................................... 29

6. Senna corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................. 29

6.1. Senna corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby var. corifolia ................................. 29

6.2. Senna corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby ...................... 29

7. Senna georgica var. georgica H.S. Irwin & Barneby ...................................................... 30

8. Senna hilariana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................ 30

9. Senna hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby ..................................................................... 30

9.1. Senna hirsuta var. hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby ......................................... 31

9.2. Senna hirsuta var. hirta H.S. Irwin & Barneby ..................................................... 31

9. 3. Senna hirsuta var. leptocarpa (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ............................ 31

9.4 Senna hirsuta var. puberula H.S. Irwin & Barneby .............................................. 32

10. Senna latifolia (G. Mey.) H.S. Irwin & Barneby .......................................................... 32

11. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby ....................................... 32

11.1. Senna macranthera var. macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby

.........................................................................................................................................

33

11.2. Senna macranthera var. micans (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .......................... 33

11.3. Senna macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ......................... 34

11.4. Senna macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................ 34

12. Senna macrophylla var. gigantifolia (Britton & Killip) H.S. Irwin & Barneby ............ 35

13. Senna mucronifera (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ....................................... 35

14. Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................ 35

14.1 Senna multijuga var. multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby ............................ 36

14.2 Senna multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby ..................... 36

15. Senna neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby ................................................ 37

16. Senna oblongifolia (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ....................................................... 37

17. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................... 37

18. Senna occidentalis (L.) Link ......................................................................................... 38

19. Senna paradictyon (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ....................................................... 38

20. Senna paraensis (Ducke) H.S. Irwin & Barneby .......................................................... 38

21. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby ............................ 39

21.1. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................... 39

21.2. Senna pendula var. paludicola H.S. Irwin & Barneby ......................................... 39

21.3. Senna pendula var. tenuifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ............................ 40

22. Senna pentagonia var. valens H.S. Irwin & Barneby ................................................... 40

23. Senna pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 40

23.1. Senna pilifera var. pilifera ................................................................................... 41

23.2. Senna pilifera var. subglabra (S. Moore) H.S. Irwin & Barneby ........................ 41

23.3. Senna pilifera var. tubata H.S. Irwin & Barneby ................................................ 42

24. Senna quinquangulata var. quinquagulata (Rich.) H.S. Irwin & Barneby ................... 42

25. Senna reticulata (Willd.) H.S. Irwin & Barneby ........................................................... 42

26. Senna rostrata (Mart.) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 43

27. Senna rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby ............................................................. 43

28. Senna septemtrionalis (Viv.) H.S. Irwin & Barneby ..................................................... 43

29. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby ................................................................ 44

30. Senna silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 44

30.1. Senna silvestris var. silvestris H.S. Irwin & Barneby .......................................... 44

30.2. Senna silvestris var. guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby ....... 45

30.3. Senna silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby ………….............................. 45

30.4. Senna silvestris var. unifaria H.S. Irwin & Barneby ............................................ 45

30.5. Senna silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby ............................................ 46

31. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby ………………………............……… 46

31.1. Senna spectabilis var. spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby ......................... 46

31.2. Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin & Barneby ......................... 46

32. Senna spinescens var. spinescens (Hoffmanns. ex Vogel) H.S. Irwin & Barneby ........ 47

33. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ........................................................... 47

33.1. Senna splendida var. splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .......................... 48

33.2. Senna splendida var. gloriosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................ 48

34. Senna tapajozensis (Ducke) H.S. Irwin & Barneby ...................................................... 48

35. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................... 48

36. Senna velutina (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 49

4. Considerações Finais ..................................................................................................... 49

5. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 50

Manuscrito II 66

Sistemática e diversidade do gênero Senna Mill.

(Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) no estado de Goiás, Brasil

67

Resumo ............................................................................................................................... 69

Abstract .............................................................................................................................. 69

Introdução .......................................................................................................................... 70

Material e métodos ............................................................................................................ 70

Resultados e Discussão ...................................................................................................... 71

Chave para identificação das espécies de Senna ocorrentes em Goiás ......................... 72

1. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ................................................ 75

2. Senna alata (L.) Roxb. .................................................................................................... 76

3. Senna cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby ........................................................ 79

3.1. Senna cana var. cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby .................................. 80

3.2. Senna cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ...................... 81

4. Senna cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 82

5. Senna corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 83

5.1. Senna corifolia var. corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ................................. 84

5.2. Senna corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby ...................... 85

6. Senna georgica var. georgica H.S. Irwin & Barneby ...................................................... 86

7. Senna hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby ................................................................... 88

7.1. Senna hirsuta var. hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby ......................................... 89

7.2. Senna hirsuta var. hirta H.S. Irwin & Barneby .................................................... 89

8. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby ......................................... 89

8.1. Senna macranthera var. macranthera ...................................................................... 91

8.2. Senna macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................ 91

8.3. Senna macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................... 92

9. Senna mucronifera (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby ......................................... 92

10. Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................ 94

10.1. Senna multijuga var. multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby ............................. 95

10.2. Senna multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby ....................... 97

11. Senna neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby ................................................ 98

12. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................... 98

13. Senna occidentalis (L.) Link ......................................................................................... 101

14. Senna pendula (Humb.& Bonpl.ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby ............................... 103

14.1. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................... 104

14.2. Senna pendula var. tenuifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby ............................ 106

15. Senna pentagonia var. valens H.S. Irwin & Barneby ................................................... 107

16. Senna pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ............................................................... 108

16.1. Senna pilifera var. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ................................... 110

16.2. Senna pilifera var. subglabra (S.Moore) H.S. Irwin & Barneby .......................... 110

16.3. Senna pilifera var. tubata H.S. Irwin & Barneby .................................................. 111

17. Senna reticulata (Willd.) H.S. Irwin & Barneby ………………………....................... 111

18. Senna rostrata (Mart.) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 113

19. Senna rugosa (G.Don) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 114

20. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby ................................................................ 118

21. Senna silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 119

21.1. Senna silvestris var. silvestris .............................................................................. 120

21.2. Senna silvestris var. guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby ...... 122

21.3. Senna silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby .............................................. 123

21.4. Senna silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby ............................................ 126

22. Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin & Barneby ................................... 127

23. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby ........................................................... 128

23.1. Senna splendida var. splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .......................... 129

23.2. Senna splendida var. gloriosa H.S. Irwin & Barneby ......................................... 130

24. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby ............................................................... 130

25. Senna velutina (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .............................................................. 132

Referências bibliográficas ................................................................................................ 136

LISTA DE FIGURAS

MANUSCRITO I Figura. 1. A-C. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby: A. ramo florido; B.

ramo com acúleos e estípulas; C. detalhe da inflorescência e brácteas; D e E. S. alata

(L.) Roxb.: D. Hábito; E. detalhe da inflorescência e brácteas; F. S. obtusifolia (L.)

H.S. Irwin & Barneby: hábito. G. S. occidentalis (L.) Link: ramo fértil; H. S. rugosa

(G. Don) H.S. Irwin & Barneby , ramo fértil. I. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin &

Barneby: hábito. Imagens: M. J. Silva .............................................................................

53

Figura 2. Padrões de folhas e estípulas nas espécies estudadas. Folhas A. Senna alata (Pohl ex

Benth.) H.S. Irwin & Barneby; B. S. cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin

& Barneby; C. S. mucronifera (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby; D. S. multijuga

var. multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby. E. S. pendula var. glabrata (Vogel) H.S.

Irwin & Barneby. F. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby. G. S.

corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby. H. S. mucronifera. I. S.

occcidentalis (L.) Link. Imagens: M. J. Silva & J. P. Santos. ..........................................

54

Figura 3. Padrões de flores nas espécies estudadas. Flores zigomorfas. I. Corola rebatida. a.

Pétala posterior. b. pétala postero-laterais. c. Pétalas antero-laterais. II. Androceu e

gineceu. 1. Estame centro- abaxial. 2 e 3. estames latero-abaxiais. 4. estames

medianos. 5. estaminódios. 6. ovário. A. Senna alata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin &

Barneby; B. S. cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby; C. corifolia var. caesia (Taub. ex

Harms) H.S. Irwin & Barneby. D. S. hirsuta var. hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby; E.

S. neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby. F. S. occcidentalis (L.) Link. G. S.

pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. H. S. siamea (Lam.) H.S. Irwin

& Barneby. I. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby J. S. silvestris var.

guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby. Imagens: M. J. Silva & J. P.

Santos .............................................................................................................................

55

Figura 4. Padrões de florais e de frutos nas espécies estudadas. Flores assimétricas. I. Senna

spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin & Barneby. Corola rebatida. a. Pétala

posterior. b. Pétala postero-laterais. c. Pétalas antero-laterais. II. Androceu e gineceu e.

1. Estame centro-abaxial. 2 e 3. estames latero-abaxiais. 4. estames medianos. 5.

estaminódios. 6. ovário. Flores. A. S. spectabilis var. excelsa. Frutos. B. S. aculeata

(Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby. C. Senna alata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin &

Barneby. D. S. cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby. E. S.

corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby. F. S. rugosa (G. Don)

H.S. Irwin & Barneby. G. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby. Imagens: M.

J. Silva & J. P. Santos. ......................................................................................................

56

Figura 5. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Estípula. 3-4. S.

alata (L.) Roxb.: C. Folha; D. Estípula. E-F. S. cana var. cana (Nees & Mart.) H.S.

Irwin & Barneby: E. Folha; F. Nectário foliar. G e H. S. cana var. hypoleuca (Mart. ex

Benth.) H.S. Irwin & Barneby: G. Folha; H. Nectário foliar. I e J. S. cernua (Balb.)

H.S. Irwin & Barneby: I. Folha; J. Nectário. K e L. S. chrysocarpa (Desv.) H.S. Irwin

& Barneby: K. Folha; L. Nectário foliar (A e B: J. P. Santos & J. Neiva Neto 291 –

UFG; C e D: J. P. Santos 17 – UFG; E e F: H. S. Irwin et al. 14487 – MO; G e H: J. P.

Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 385 – UFG; I e J: J. P. Santos 424 – UFG; K e L:

L. D. Caliente 174 – HISA). .............................................................................................

57

Figura 6. A e B. S. corifolia var. corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Nectário

foliar. C e D. S. corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby: C.

Folha; D. Nectário foliar. E e F. S. georgica var. georgica H.S. Irwin & Barneby: E.

Folha; F. Nectário foliar. G e H. S. hilariana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby: G. Folha;

H. Nectário foliar. I e J. S. hirsuta var. hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby: I. Folha; J.

Nectário foliar. (A e B: J. P. Santos et al. 282 – UFG; C e D: J. P. Santo, M. J. Silva &

M. M. Dantas 386 – UFG; E e F: J. P. Santos 420-b – UFG; G e H: G. Hatschbach et

al. 46209 – NY; I e J: J. P. Santos et al. 509 – UFG). ....................

58

Figura 7. A e B. Senna hirsuta var. hirta H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Nectário foliar. C e

D. S. hirsuta var. leptocarpa (Benth.) H.S. Irwin & Barneby: C. Folha; D. Nectário

foliar; E. Face adaxial do folíolo; F. Face abaxial do folíolo. G-J. S. hirsuta var.

puberula H.S. Irwin & Barneby: G. Folha; H. Nectário foliar. I. Face adaxial do

folíolo; J. Face abaxial do folíolo. K e L. S. latifolia (G. Mey.) H.S. Irwin & Barneby:

K. Folha; L. Nectário foliar. M-O. S. macranthera var. macranthera (DC. ex Collad.)

H.S. Irwin & Barneby: M. Folha; N. Nectário foliar; O. Sépala interna. P-R. S.

macranthera var. micans (Benth.) H.S. Irwin & Barneby: P. Folha; Q. Nectário foliar;

R. Sépala interna. (A e B: J. Neto Neiva 1 – UFG; C-F. D. K. Naguchi et al. 147 –

CGMS; G-J: C. N. da Cunha et al. 1046 – UFMT; K e L: V. C. Souza 1355 – ESA; M-

O: J. P. Santos & M. J. Silva 811 – UFG; P-R: L. F. Boabaid 1 – COR)..........................

59

Figura 8. A-C. Senna macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B.

Nectário foliar; C. Sépala interna. D-F. S. macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin

& Barneby: D. Folha; E. Nectário foliar; F. Sépala interna. G e H. S. macrophylla var.

gigantifolia (Britton & Killip) H.S. Irwin & Barneby: G. Folha; H. Nectário foliar. I e

J. S. mucronifera (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby: I. Folha; J. Nectário foliar.

K-M. S. multijuga var. multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby: K. Folha; L. Nectário

foliar; M. Estípula. N-P. S. multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby:

N. Folha; O. Nectário foliar. P. Estípula. (A-C: J. P. Santos & M. M. Dantas 379 –

UFG; D-F: A. A. Santos et al. 6041 – CEN; G e H: A. Krukoff 1570 – IPA; I e J: J. P.

Santos et al. 450 – UFG; K-M: J. P. Santos et al. 426 – UFG; N-P: J. A. Rizzo 8981 –

UFG). ................................................................................................................................

60

Figura 9. A e B. Senna neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Nectário

foliar. C e D. S. oblongifolia (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: C. Folha; D. Nectário

foliar. E e F. S. obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby: E. Folha; F. Nectário foliar. G e

H. S. occidentalis (L.) Link: G. Folha; H. Nectário foliar. I e J. S. paradictyon (Vogel)

H.S. Irwin & Barneby: I. Folha; J. Estípula. K e L. S. paraensis (Duke) H.S. Irwin &

Barneby: K. Folha; L. Nectário foliar. (A e B: E. P. Heringer, A. E. H. Salles & F. C.

Silva 16996 – NY; C e D: Sellow 41440 – IPA; E e F: J. P. Santos & M. M. Dantas 376

– UFG; G e H: J. P. Santos &M. M. Dantas 371 – UFG; I e J: J. A. Ratter et al. 7537 –

UB; K e L: J. G. Kuhlmann 17795 – K). ..........................................................................

61

Figura 10. A-C. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B.

Nectário foliar; C. Estame latero-abaxial. D e E. S. pendula var paludicola H.S. Irwin

& Barneby: D. Folha; E. Nectário foliar. F-H. S. pendula var. tenuifolia (Benth) H.S.

Irwin & Barneby: F. Folha; G. Nectário foliar; H. Gineceu. I e J. S. pentagonia var.

valens H.S. Irwin & Barneby: I. Folha; J. Nectário foliar. K-M. S. pilifera var. pilifera

(Vogel) H.S. Irwin & Barneby: K. Folha; L. Nectário foliar; M. Antera latero-abaxial.

N-P. S. pilifera var. subglabra (S. Moore) H.S. Irwin & Barneby: N. Folha; O. Nectário

foliar; P. Antera latero-abaxial. (A-C: J. P. Santos et al. 347 – UFG; D e E: F. M. Alves

et al. 365 – CGMS; F-H: G. Pereira-Silva et al. 10738 – CEN; I e J: G. Hatschbach, A.

Schinini & E. Barbosa 70998 – MBM; K-M: J. P. Santos et al. 307 – UFG; N-P: J. A.

Rizzo 9945b – UFG). ......................................................................................................

62

Figura 11. A-C. Senna pilifera var. tubata H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Nectário foliar;

C. Estilete e Estigma. D e E: S. quinquangulata var. quinquangulata (Rich.) H.S. Irwin

& Barneby: D. Folha; E. Nectário foliar. F e G. S. reticulata (Willd.) H.S. Irwin &

Barneby: F. Folha; G. Pecíolo e estípula. H e I. S. rostrata (Mart.) H.S. Irwin &

Barneby: H. Folha; I. Nectário foliar. J e K. S. rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby:

J. Folha; K. Nectário foliar. L e M. S. septemtrionalis (Viv.) H.S. Irwin & Barneby: L.

Folha; M. Nectário foliar. (A-C: J. P. Santos & L. L. C. Antunes 859 – UFG; C e D: V.

C de Souza et al. 15681 – ESA; J. P. Santos 900 – UFG; A. Macedo 1899 – SP; J. P.

Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 382 – UFG; L e M: A. Griffiths 5116 – NY)

..............................................................................................................................

63

Figura 12. A e B. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby: A. Folha; B. Fruto. C-E. S.

silvestris var. silvestris H.S. Irwin & Barneby: C. Folha; D. Folíolo; E. Face abaxial do

folíolo. F e G. S. silvestris var. guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby: F.

Folíolo; G. Face abaxial do folíolo. H-K. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin &

Barneby: H. Folíolo; I. Face adaxial do folíolo; J. Face abaxial do folíolo; K. Fruto. L.

S. silvestris var. unifaria H.S. Irwin & Barneby: L. Fruto. M_P. S. silvestris var.

velutina H.S. Irwin & Barneby: M. Folíolo; N. Face adaxial do folíolo; O. Face abaxial

do folíolo; P. Sépala interna e externa. Q. S. spectabilis var. spectabilis (DC.) H.S.

Irwin & Barneby: Q. Folha. R-T. S. spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin &

Barneby: R. Corola rebatida; S. Androceu e gineceu; T. Folha. (A e B: J. P. Santos 134

– UFG; C-E: M. A. Batalha 2439 – ESA; F e G: J. P. Santos et al. 335 – UFG; H-K: J.

P. Santos & M.M. Dantas 381 – UFG; L: R. R. Silva et al. 1754 – UFMT; M_P: H.S.

Irwin, H. Maxwell & D. C. Wasshausen 21326 – UB; Q: Carla s/n – CGMS 11387; R-

T: J. P. Santos 259 – UFG).

64

Figura 13. A e B. Senna spinescens var. spinescens (Hoffmanns. ex Vogel) H.S. Irwin &

Barneby: A. Estípula; B. Folha. C-E . S. splendida var. splendida (Vogel) H.S. Irwin &

Barneby: C. Nectário foliar; D. Folha; E. Sépalas. F. S. splendida var. gloriosa H.S.

Irwin & Barneby: F. Sépalas. G e H. S. tapajozensis (Ducke) H.S. Irwin & Barneby: G.

Nectário foliar; H. Folha. I e J. S. uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby: I. Nectário

foliar; J. Folha. K e L. S. velutina (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: K. Nectário foliar; L.

Folha. (A e B: V. C. Souza, C. P. Caliari & P. B. Garcia 32329 – ESA; C-E: J. A. Rizzo

& A. Barbosa 802 – UFG; F. R. C. Martins et al. 311 – UB; G e H: V. C. Souza et al.

18545 – ESA; I e J: G. Hatschbach 39108 – NY; K e L: J. P. Santos & L. L. C. Antunes

868 – UFG).

65

MANUSCRITO II

Figuras 1-5. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby: 1. Ramo florido; 2. Pétala

posterior; 3. Pétalas postero-laterais; 4. Pétalas antero-laterais; 5. Androceu e

gineceu. 6-10. S. alata (L.) Roxb.: 6. Ramo florido; 7. Pétala posterior; 8. Pétalas

postero-laterais; 9. Pétalas antero-laterais; 10. Androceu e gineceu. 11-16. S. cana

var. cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby: 11. Ramo florido; 12. Estípula; 13.

Pétala posterior; 14. Pétalas postero-laterais; 15. Pétalas antero-laterais; 16.

Androceu e gineceu. (1-5: J. P. Santos & J. Neiva Neto 291 – UFG; 6-10: J. P.

Santos 17 – UFG; 11-16: H. S. Irwin et al. 14487 – MO). ..........................................

138

Figuras 17-22. Senna cana var. hypoleuca (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby: 17. Ramo

florido; 18. Estípula; 19. Pétala posterior; 20. Pétalas postero-laterais; 21. Pétalas

antero-laterais; 22. Androceu e gineceu. 23-27. S. cernua (Balb.) H.S. Irwin &

Barneby: 23. Ramo com flores e frutos; 24. Pétala posterior; 25. Pétalas postero-

laterais; 26. Pétalas antero-laterais; 27. Androceu e gineceu. 28-33. S. corifolia var.

corifolia H.S. Irwin & Barneby: 28. Ramo florido; 29. Nectário foliar; 30. Pétala

posterior; 31. Pétalas postero-laterais; 32. Pétalas antero-laterais; 33. Androceu e

gineceu. 17-22. J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 385 – UFG; 23-27: J. P.

Santos 424 – UFG; J. P. Santos et al. 282 – UFG). ..................................................

139

Figuras 34-38. Senna corifolia var. caesia (Harms) H.S. Irwin & Barneby: 34. Ramo florido; 35.

Pétala posterior; 36. Pétalas postero-laterais; 37. Pétalas antero-laterais; 38.

Androceu e gineceu. 39-45. S. georgica var. georgica H.S. Irwin & Barneby: 39.

Ramo florido; 40. Nectário foliar; 41. Pétala posterior; 42. Pétalas postero-laterais;

43. Pétalas antero-laterais; 44. Androceu e gineceu; 45. Fruto. 46-50. S. hirsuta var.

hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby: 46. Ramo frutificado; 47. Pétala posterior; 48.

Pétalas postero-laterais; 49. Pétalas antero-laterais; 50. Androceu e gineceu. (34-38:

J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 386 – UFG; 39-45: J. P. Santos 420-b –

UFG; 46: J. P. Santos et al. 509 – UFG; 47-50: E P. Heringer 16975 – CEN). ..........

140

Figura 51. Senna hirsuta var. hirta (L.) H.S. Irwin & Barneby: 51. Ramo frutificado. 52-56. S.

macranthera var. macranthera (Collad.) H.S. Irwin & Barneby: 52. Ramo florido;

53. Pétala posterior; 54. Pétalas postero-laterais; 55. Pétalas antero-laterais; 56.

Androceu e gineceu. 57-60. S. macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin &

Barneby: 57. Folha; 58. Nectário foliar; 59. Sépala interna; 60. Fruto. 61-64. S.

macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 61. Folha; 62. Nectário

foliar; 63. Sépala interna; 64. Fruto. (51. J. Neto Neiva 1 – UFG; 52-56. J. P. Santos

& M. J. Silva 811 – UFG; 57-60. J. P. Santos & M. M. Dantas 379 – UFG; 61-64:

A. A. Santos et al. 6041 – CEN) ..................................................................................

141

Figuras 65-72. Senna mucronifera (Mart. ex Benth) H.S. Irwin & Barneby: 65. Ramo fértil; 66.

Estípula; 67. Ápice do folíolo; 68. Pétala posterior; 69. Pétalas postero-laterais; 70.

Pétalas antero-laterais; 71. Androceu e gineceu; 72. Fruto. 73-78. S. multijuga var.

multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby: 73. Ramo florido; 74. Estípula; 75. Pétala

posterior; 76. Pétalas postero-laterais; 77. Pétalas antero-laterais; 78. Androceu e

gineceu. 79 e 80. S. multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby: 79.

Ramo florido; 80. Estípula. (65-72: J. P. Santos et al. 450 – UFG; 73-78: J. P.

Santos et al. 426 – UFG; 79-80 J. A. Rizzo 8981 – UFG). ........................................

142

Figuras 81-86. Senna neglecta (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 81. Ramo florido; 82. Nectário

foliar; 83. Pétala posterior; 84. Pétalas postero-laterais; 85. Pétalas antero-laterais;

86. Androceu e gineceu. 87-92. S. obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby: 87. Ramo

florido; 88. Nectário foliar; 89. Pétala posterior; 90. Pétalas postero-laterais; 91.

Pétalas antero-laterais; 92. Androceu e gineceu. 93-98. S. occidentalis (L.) Link: 93.

Ramo fértil; 94. Nectário foliar; 95. Pétala posterior; 96. Pétalas postero-laterais;

97. Pétalas antero-laterais; 98. Androceu e gineceu. (81-86: E. P. Heringer, A. E. H.

Salles & F. C. Silva 16996 – NY; 87-92: J. P. Santos & M. M. Dantas 376 – UFG;

93-98: J. P. Santos & M. M. Dantas 371 – UFG).

143

Figuras 99-104. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 99. Ramo florido;

100. Pétala posterior; 101. Pétalas postero-laterais; 102. Pétalas antero-laterais; 103.

Androceu e gineceu; 104. Fruto. 105-108. S. pendula var. tenuifolia (Benth.) H.S.

Irwin & Barneby: 105. Pétala posterior; 106. Pétalas postero-laterais; 107. Pétalas

antero-laterais; 108. Androceu e gineceu. 109-115. S. pentagonia var. valens (Mill.)

H.S. Irwin & Barneby: 109. Ramo florido; 110. Pétala posterior; 111. Pétalas

postero-laterais; 112. Pétalas antero-laterais; 113. Androceu e gineceu; 114. Fruto;

115. Corte transversal do fruto. (99-104. J. P. Santos et al. 347 – UFG; 105-108: G.

Pereira-Silva et al. 10738 – CEN;109-115: G. Hatschbach, A. Schinini & E.

Barbosa 70998 – MBM). .................................................................................

144

Figuras 116-121. Senna pilifera var. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 116. Ramo florido;

117. Pétala posterior; 118. Pétalas postero-laterais; 119. Pétalas antero-laterais; 120.

Androceu e gineceu; 121. Fruto. 122-125. S. pilifera var. subglabra (S. Moore)

H.S. Irwin & Barneby: 122. Pétala posterior; 123. Pétalas postero-laterais; 124.

Pétalas antero-laterais; 125. Androceu e gineceu. 126-129. S. pilifera var. tubata

H.S. Irwin & Barneby: 126. Pétala posterior; 127. Pétalas postero-laterais; 128.

Pétalas antero-laterais; 129. Androceu e gineceu. 130-135. S. reticulata (Willd.)

H.S. Irwin & Barneby: 130. Ramo florido; 131. Pétala posterior; 132. Pétalas

postero-laterais; 133. Pétalas antero-laterais; 134. Androceu e gineceu; 135. Fruto.

(116-121: J. P. Santos et al. 307 – UFG; 122-125: J. A. Rizzo 9945b – UFG; 126-

129: J. P. Santos & L. L. C. Antunes 859 – UFG; 130-135: J. P. Santos 900 – UFG).

145

Figuras 136-142. S. rostrata (Mart.) H.S. Irwin & Barneby: 136: Ramo florido; 137. Nectário

foliar; 138. Pétala posterior; 139. Pétalas postero-laterais; 140. Pétalas antero-

laterais; 141. Androceu e gineceu; 142. Fruto. 143-148. Senna rugosa (G. Dom)

H.S. Irwin & Barneby: 143. Ramo florido; 144. Nectário foliar; 145. Pétala

posterior; 146. Pétalas postero-laterais; 147. Pétalas antero-laterais; 148. Androceu

e gineceu. 149-153. S. siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby: 149. Ramo florido;

150. Pétala posterior; 151. Pétalas postero-laterais; 152. Pétalas antero-laterais; 153.

Androceu e gineceu. (136-142: A. Macedo 1899 – SP; 143-148: J. P. Santos, M. J.

Silva & M. M. Dantas 382 – UFG; 149-153: J. P. Santos 134 – UFG). ......................

146

Figuras 154-159. Senna silvestris var. silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby: 154. Ramo

florido; 155. Folíolo; 156. Pétala posterior; 157. Pétalas postero-laterais; 158.

Pétalas antero-laterais; 159. Androceu e gineceu. 160-166. S. silvestris var.

guaranitica H.S. Irwin & Barneby: 160. Folíolo; 161. Face adaxial; 162. Face

abaxial; 163. Pétala posterior; 164. Pétalas postero-laterais; 165. Pétalas antero-

laterais; 166. Androceu e gineceu. 167-172. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin &

Barneby: 167. Folíolo; 168. Face abaxial; 169. Pétala posterior; 170. Pétalas

postero-laterais; 171. Pétalas antero-laterais; 172. Androceu e gineceu. 173-178. S.

silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby: 173. Folíolo; 174. Face adaxial do

folíolo; 175. Pétala posterior; 176. Pétalas postero-laterais; 177. Pétalas antero-

laterais; 178. Androceu e gineceu.179-183. S. spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S.

Irwin & Barneby: 179: Ramo florido; 180. Pétala posterior; 181. Pétalas postero-

laterais; 182. Pétlas antero-laterais; 183. Androceu e gineceu. (154-159: M. A.

Batalha 2439 – ESA; 160-166: J. P. Santos et al. 335 – UFG; 167-172: J. P. Santos

& M.M. Dantas 381 – UFG; 173-178: H.S. Irwin, H. Maxwell & D. C. Wasshausen

21326 – UB; 173-183: J. P. Santos 259 – UFG). ........................................................

147

Figuras 184-189. Senna splendida var. splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 184. Ramo

florido; 185. Botão floral; 186. Pétala posterior; 187. Pétalas postero-laterais; 188.

Pétalas postero-laterais; 189. Androceu e gineceu.190-194. S. splendida var.

gloriosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 190. Botão floral; 191. Pétala posterior;

192. Pétalas postero-laterais; 193. Pétalas antero-laterais; 194. Androceu e gineceu.

195-200. S. uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby: 195. Ramo fértil; 196. Pétala

posterior; 197. Pétalas postero-laterais; 198. Pétalas antero-laterais; 199. Androceu

e gineceu; 200. Fruto. 201-205. S. velutina (Vogel) H.S. Irwin & Barneby: 201.

Ramo florido; 202. Pétala posterior; 203. Pétalas postero-laterais; 204. Pétalas

antero-laterais; 205. Androceu e gineceu. (184-189: J. A. Rizzo & A. Barbosa 802 –

UFG; 190-194: F. R. C. Martins et al. 311 – UB; 195-200: G. Hatschbach 39108 –

NY; 201-205: J. P. Santos & L. L. C. Antunes 868 – UFG). .......................................

148

RESUMO: Leguminosae é cosmopolita e a terceira maior família de angiospermas com cerca de 727

gêneros e 19.325 alocadas nas subfamílias Mimosoideae, Papilionoideae e Caesalpinioideae. No Brasil é

o táxon mais diverso com aproximadamente 171 gêneros e 2.694 espécies, embora seja ainda pouco

estudado. Caesalpinioideae destaca-se pela sistemática controversa de muito de seus táxons, como

Chamaecrista, Cassia e Senna membros da tribo Cassieae subtribo Cassiinae. Senna com 350 espécies,

280 das quais americanas, é um gênero monofilético e pouquíssimo conhecido taxonomicamente,

especialmente no Brasil onde se representa por cerca 80 espécies. Motivados pelo escasso conhecimento

taxonômico das espécies brasileiras de Senna e pela atraente e intrigante morfologia de seus táxons, esta

dissertação teve como objetivos: 1) realizar uma sinopse taxonômica para o gênero Senna na Região

Centro-Oeste, com intuito de elucidar sua diversidade na região em questão, bem como subsidiar estudo

florísticos e taxonômicos considerando a família Leguminosae; e 2) executar um estudo taxonômico para

as espécies de Senna ocorrentes em Goiás visando contribuir com a sistemática de Senna e com o

conhecimento da diversidade florística do estado de Goiás. Ambos os estudos foram baseados em

metodologias usuais em taxonomia vegetal. No primeiro estudo foram encontrados 75 táxons distribuídos

em 36 espécies, quatro subespécies e 35 variedades, sendo Mato Grosso e Goiás com 26 e 25 espécies,

respectivamente, os Estados onde o gênero se mostrou mais rico, seguido pelo Mato Grosso do Sul e

Distrito Federal com 23 e 18 espécies cada. No segundo estudo foram encontradas 25 espécies, 4

subespécies e 26 variedades sendo Senna pilifera var. tubata, S. silvestris var. guaranitica, S. splendida

var. splendida e S. splendida var. gloriosa primeiramente referenciados para o Estado de Goiás, enquanto

que S. latifolia e S. spinescens, embora citadas para Goiás, foram excluídas deste estudo, porque suas

distribuições condizem com os limites atuais do Estado de Tocantins. Para ambos os estudos são

apresentados chave para a identificação, ilustrações com caracteres diagnósticos para o reconhecimento

dos táxons, além de comentários sobre a ecologia e distribuição geográfica dos mesmos. No segundo

estudo, além das informações anteriores, são fornecidos comentários sobre relações morfológicas entre os

táxons.

Palavras-chave: Senna, Fabaceae, Cassiineae, flora do Cerrado, diversidade, taxonomia.

ABSTRACT: Leguminosae is cosmopolitan and the third largest family of flowering plants with about

727 genera and 19,325 species allocated in the subfamilies Mimosoideae, Papilionoideae and

Caesalpinioideae. In Brazil, this family, is the most diverse with approximately 171 genera and 2,694

species, although it is poorly studied. Caesalpinioideae stands out by systematic controversial of the

majority of its taxa, as Chamaecrista, Cassia and Senna members of the tribe Cassieae subtribe Cassiinae

subtribe. Senna with 350 species, 280 of which American, is a monophyletic genus and very little known

taxonomically, especially in Brazil, where it is represented by 80 species. Motivated by the limited

taxonomic knowledge of the Brazilian species of Senna and the attractive and intriguing morphology of

its taxa, this dissertation aimed to: 1) to perform a taxonomic synopsis of the genus Senna in the Midwest

Region, in order to elucidate its diversity in the region in question, as well as subsidizing floristic and

taxonomic study considering the family Leguminosae, and 2) to execute a taxonomic study of the species

Senna occurring in Goiás aiming to contribute to the systematic of the genus, as well as, with the

knowledge of floristic diversity of the Goiás state. Both studies were based on usual methods in plant

taxonomy. In the first study were found 75 taxa belonging to 36 species, four subspecies and 35 varieties,

with Mato Grosso and Goiás with 26 and 25 species respectively, the states where the genus showed more

rich, followed by Mato Grosso do Sul and District Federal District with 23 and 18 species each. In the

second study we have found 25 species, 4 subspecies and 22 varieties, being Senna pilifera var. tubata, S.

silvestris var. guaranitica, S. splendida var. splendida and S. splendida var. gloriosa new records to the

state, while S. latifolia and S. spinescens although cited for Goiás, were excluded of this study because

their distributions correspondig with the current limits of the State of Tocantins. For both studies are

presented identification key, illustrations with diagnostic characters for recognizing of the taxa, and

comments about ecology and geographical distribution of the same. In addition, in the second study, are

provided comments about morphological relationships among taxa.

Keywords: Senna, Fabaceae, Cassiineae, Flora of the Cerrado, diversity, taxonomy.

1

1. INTRODUÇÃO

Leguminosae Adans. é cosmopolita e considerada a terceira maior família de angiospermas com

cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies, alocadas nas subfamílias Caesalpinioideae, Mimosoideae e

Papilionoideae (Lewis et al. 2005). No Brasil é a família mais diversa com aproximadamente 2.694

espécies em todos os biomas (Forzza et al. 2010). Seus representantes apresentam destacada importância

econômica, como valiosa fonte de alimentos, madeiras nobres, plantas ornamentais, melíferas, resiníferas

e taníferas, além de serem empregadas na produção de fibras, extração de óleos essenciais e compostos

químicos utilizados farmaceuticamente (Lewis 1987; Lewis & Owen 1989).

Caesalpinioideae DC. compreende cerca de 171 gêneros e 2.250 espécies, ocorrendo

principalmente na região tropical e menos frequentemente nos subtrópicos sulamericanos, africanos e no

sudeste asiático (Lewis et al. 2005). Caracteriza-se principalmente pelas folhas pinado ou bipinado-

compostas, flores com pré-floração imbricada ascendente, embrião com radícula estreita e sépalas livres

(Cowan 1981; Lewis et al. 2005).

Filogeneticamente, Caesalpinioideae é parafilética e seus limites genéricos, tribais e infratribais

precisam ser revisados (Lewis et al. 2005). Entre as Caesalpinioideae a tribo Cassieae Bronn, destaca-se

com 5 subtribos (Cassiineae Bronn, Ceratoniinae H.S. Irwin & Barneby, Dialiinae H.S. Irwin & Barneby,

Duparquetiinae H.S. Irwin & Barneby e Labicheinae H.S. Irwin & Barneby) e 732 espécies. Destas

subtribos, Cassiineae é mais diversa com cerca de 660 espécies distribuídas nos gêneros Cassia L.,

Chamaecrista Moench e Senna Mill., táxons já considerados como único sob a denominação de Cassia

por Vogel (1837), Bentham (1870; 1871), Colladon (1816) e De Candolle (1825), entre outros, porém

tidos como distintos por Miller (1754) e Moench (1794) e, sobretudo, desde o trabalho de Irwin &

Barneby (1982).

Senna foi descrito por Miller (1754) para reunir as espécies com propriedades purgativas

pertencentes à Cassia. Consta de cerca de 350 espécies, 280 das quais americanas (Marazzi et al. 2006) e

as demais africanas, australianas e asiáticas. No Brasil, o gênero está representado por cerca de 80

espécies em todos os biomas, 33 das quais endêmicas (Souza & Bortoluzzi 2013), especialmente das

áreas savânicas ou rupestres do Brasil Central. Inclui espécies de hábitos variados, folhas paripinadas com

2

2 a muitos pares de folíolos opostos, estipuladas e usualmente com nectários peciolares ou entre os pares

de folíolos, flores amarelas a raramente brancas, 5-meras, zigomórficas ou assimétricas com androceu

com 6_7 (10) estames férteis e 3 estaminódios, além de frutos deiscentes ou não, e sementes piriformes a

rômbicas, uni ou bisseriadas (Irwin & Barneby 1982; Randell & Barlow 1998; Marazzi et al. 2006).

Embora historicamente relacionado à Cassia e Chamaecrista, Senna distingue-se de Cassia

principalmente pelos filetes abaxiais não sigmoides, anteras rostradas e deiscentes por poros apicais e

pela presença de nectários extraflorais (maioria das espécies), e de Chamaecrista, principalmente pela

ausência de bractéolas, androceu zigomorfo ou assimétrico, e frutos que podem ser indeiscentes ou

deiscentes e não elásticos (Irwin & Barneby 1982).

Senna teve sua taxonomia estudada principalmente por De Candolle (1825), Bentham (1870;

1871) e Irwin & Barneby (1981; 1982). No entanto, De Candolle (l.c.), considerou Senna como parte de

Cassia (= Cassia subg. Senna), o que foi corroborado por Bentham (l.c.), enquanto que Irwin & Barneby

(1982) o trataram como gênero independente. No Brasil, o gênero Senna só foi monografado

taxonomicamente para a flora da Bahia (Lewis 1987), de Santa Catarina (Bortoluzzi et al. 2011), do Rio

Grande do Sul (Rodrigues et al. 2005) e de Pernambuco (Lima 1999). No entanto, informações

biogeográficas, fenológicas, taxonômicas e ecológicas sobre espécies do mesmo são encontradas em

alguns estudos florísticos pontuais ou regionais, quer sob a denominação de Cassia (Andrade-Lima 1950;

1960; Barroso 1965; Fernandes 1962; Mattos 1983; Rambo 1953) ou Senna (Alves & Sartori 2009;

Bortoluzzi et al. 2007a; Carvalho & Martins 2007; Dantas & Silva 2013; Ducke 1953; Dutra et al. 2008;

Fernandes & Garcia 2008; Filardi et al. 2009; Garcia & Monteiro 1997; Harley & Simmons 1986; Lewis

1987; Lewis 1995; Lewis & Owen 1989; Lima 1999; Lima et al. 2007; Lima & Mansano 2011;

Mantovani et al. 1987; Oliveira et al. 2011; Pott & Pott 1994; Queiroz 2009; Queiroz et al. 2004; Rando

2007; Silva & Tozzi 2010).

Em termos filogenéticos Senna é monofilético (Bruneau et al. 2001; Marazzi et al. 2006).

Entretanto, conforme Marazzi et al. (l.c.), das seis seções propostas por Irwin & Barneby (1982) para o

gênero, apenas Psilorhegma (Vogel) H.S. Irwin & Barneby é monofilética, enquanto que Chamaefistula

(Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Peiranisia (Raf.) H.S. Irwin & Barneby e Senna são parafiléticas, e as

3

monoespecíficas Astroites H.S. Irwin & Barneby e Paradictyon H.S. Irwin & Barneby surgem inclusas

nas seções Chamaefistula e Senna, respectivamente.

Considerando-se a escassez de estudos taxonômicos sobre Senna no Brasil, sua complexidade e

diversidade morfológica e o escasso conhecimento das Leguminosae brasileiras, Senna foi contemplado

para estudos taxonômicos na Região Centro-Oeste, principalmente no estado de Goiás.

4

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Histórico do gênero Senna Mill.

Senna possui história taxonômica relacionada à dos gêneros Cassia L. e Chamaecrista Moench e

tem sido assim alvo de diversas discussões entre os sistematas que o estudaram conforme os parágrafos

subsequentes.

O gênero Cassia foi estabelecido por Linnaeus (1753) na obra Species Plantarum baseado em 26

espécies, diferenciadas pelo número de folíolos, formas das estípulas, presença, número e disposição dos

nectários nos folíolos.

Apesar de Cassia ter sido descrito por Linnaeus (1753), de acordo com Irwin & Barneby (1964)

menções a espécies de Senna, tratadas como Cassia, remontam a Grécia Antiga, quando Theophrastus

aplicou o nome “Cassia” a uma espécie com propriedades medicinais, correspondente a C. acutifolia L.

(= Senna alexandrina Mill.). Nesta mesma época, segundo Bentham (1871), Dioscorides seguiu

Theophrastus e empregou o termo “Cassia” a plantas cujas cascas apresentavam aplicações similares a de

C. acutifolia como, por exemplo, Cinnamomum cassia Blume e outras Lauraceae.

Miller (1754), a partir da observação de diferenças morfológicas florais e do fruto em Cassia

sensu Linnaeus (1753), estabeleceu o gênero Senna baseado em S. alexandrina e S. italica Mill. No

entanto, esta opinião não foi aceita por botânicos posteriores (Persoon 1805; Colladon 1816; De Candolle

1825; Vogel 1837; Bentham 1870; 1871), os quais admitiram o conceito genérico de Linnaeus (1753)

para Cassia, excetuando-se Persoon (1805), que embora tenha citado 74 espécies para o gênero,

estabeleceu Cathartocapus baseado em C. bacillaris L.f., C. fistula L., C. grandis L.f. e C. javanica L.,

táxons antes pertencentes à Cassia.

Colladon (1816) ampliou a circunscrição de Cassia reconhecendo 125 espécies alocadas nas

seções Chamaesenna DC., Chamaecrista Breyn. e Fistula DC.

Nove anos após, De Candolle (1825) alterou significativamente a circunscrição de Cassia ao

mencionar para o mesmo 211 espécies alocadas em oito seções (C. sect. Absus DC., C. sect. Baseophylum

DC., C. sect. Chamaecrista Breyn., C. sect. Chamaefistula DC., C. sect. Chamaesenna DC., C. sect.

Fistula DC., C. sect. Herpetica DC. e C. sect. Senna Tourn), diagnosticadas por caracteres relacionados

5

as folhas (número de folíolos, presença, disposição e número de nectários), flores (simetria, número de

estames férteis, tamanho dos estames) e frutos (tipo de deiscência, disposição das sementes), entre outros.

Vogel (1837) admirado com o elevado número de espécies reconhecidas por De Candolle (l.c.)

para Cassia admitiu o conceito infragenérico proposto por este último autor para o gênero e mencionou

para Cassia 278 espécies, 50 das quais estabelecidas por ele, além de ter propostos Senna sect.

Lasiohegma correspondente atualmente ao gênero Chamaecrista.

Bentham (1870), em monografia sobre a família Leguminosae para a Flora Brasiliensis,

posicionou Cassia na tribo Cassieae juntamente com os gêneros Martia Benth., Dicorya Benth., Apuleia

Benth. e Dialium L. Para Bentham (l.c.) Cassia era composto por 189 espécies distribuídas em três

subgêneros e nove seções: C. subg. Senna Benth. com as seções Senna, Chamaefistula, Oncolobium,

Prososperma e Chamaesenna; C. subg. Fistula Benth., com sua seção típica; e C. subg. Lasiorhegma

Benth. com as seções Apoucoita, Absus e Chamaecrista. Neste estudo, o autor considerou o número de

estames férteis, aspecto dos funículos nas sementes, tipo de abertura dos frutos e forma dos mesmos como

principais caracteres para delimitação de suas infracategorias.

Um ano após, Bentham (1871) revisou o gênero Cassia apontando 338 espécies arranjadas nas

categorias reconhecidas por ele em 1870 e informou que Cassia se tratava de um táxon bem definido,

embora com considerável diversidade de hábito, formas de vida, tipos florais e de frutos, quando

comparado a outros gêneros de Leguminosae.

Mais de um século após, Irwin & Barneby (1982) embasados especialmente nas peculiaridades

florais (número, tamanho e fertilidade dos estames e tipos de aberturas de suas anteras) e dos frutos

(deiscência e forma) exibidas pelos táxons infragenéricos de Cassia, propuseram o reconhecimento de

Cassia, Chamaecrista e Senna como gêneros distintos e os posicionaram na subtribo Cassiinae. Para estes

autores, Chamaecrista pode ser reconhecido principalmente pelo androceu com todos os estames férteis,

legumes deiscentes elasticamente e flores com pedicelos bibracteolados, enquanto que Cassia possui

flores com pelo menos três estames sigmoides, anteras com poros basais e frutos indeiscentes, e Senna

possui androceu com pelo menos três estaminódios e estames com deiscência poricida apical, além de

flores sem bractéolas no pedicelo e frutos indeiscentes. Neste estudo, os autores reconheceram para Senna

6

202 espécies e o subdividiram em seis seções: Astroites (1 sp.), Chamaefistula (146 spp.), Paradictyon

(1), Peiranisia (41), Psilorhegma (2) e Senna (11) e 35 séries, diferenciadas com base na distribuição

geográfica, tipos de hábitos, número de folíolos, simetria floral, padrões de venação das sépalas e pétalas,

número de estames férteis no androceu, deiscência dos frutos e arranjo das sementes nos mesmos.

Atualmente embora Senna e Chamaecrista tenham sido reconhecidos como monofiléticos por

Conceição et al. (2009) e Marazzi et al. (2006), respectivamente, a relação destes gêneros com Cassia

precisa ser reavaliada (Lewis 2005). Mesmo assim, o gênero Senna pode ser identificado também pelas

flores enantiostílicas com androceu usualmente com 3 estaminódios, sem bractéolas no pedicelo e folhas

usualmente com nectários (pecíolo e, ou raque) e frutos indeiscentes ou tardiamente deiscentes.

2.2. Estudos Morfológicos e Biológicos em Senna

O gênero Senna destaca-se pela diversidade morfológica inter e intraespecífica, o que dificulta a

delimitação de seus táxons. Por este motivo, trabalhos envolvendo a anatomia, fitoquímica, palinologia

citogenética e, mais recentemente, a filogenia, auxiliam na compreensão do grupo.

Oliveira (2009) e Silva et al. (2010) em estudos fitoquímicos para espécies de Senna,

reconheceram para o gênero, antraquinonas, triterpenos pentacíclicos, alcalóides, esteroides, entre outros,

os quais podem atuar na intoxicação de animais, como alelopáticos e também inibitórios para

determinadas cepas de fungos.

Moreira-Coneglian & Oliveira (2006) estudando a anatomia comparada em limbos cotiledonares e

eofilares de dez espécies de Caesalpinioideae citaram para Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby

tricomas tectores na face abaxial dos cotilédones, compostos fenólicos, cristais de oxalato de cálcio,

cavidades secretoras e idioblastos fenólicos e cristalíferos na matriz do mesofilo. Resultados semelhantes

foram obtidos por Rodrigues et al. (2009) para S. alata (L.) Roxb.. Tais autores mencionaram que estudos

anatômicos foliares em Senna podem revelar caracteres importantes na sistemática do gênero.

De-Paula & Oliveira (2007) em estudos sobre a estrutura carpelar em seis espécies de Cassiinae,

trataram Senna multijuga e S. rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby e apresentaram que tais espécies

possuíam dimensões, formas e organização celulares distintas.

7

Piccinini (2008) e Carneiro (2009) apontaram que Senna alata, S. obtusifolia (L.) H.S. Irwin &

Barneby, S. multiglandulosa (Jacq.) H.S. Irwin & Barneby, S. martiniana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby

e S. occidentalis (L.) Link são usadas no tratamento de distúrbios respiratórios e estomacais; gonorréia,

malária, vermífugo, erisipela, cólera, diarreia, hepatite, fígado, cefaléia, infecções, diabetes, entre outras.

Irwin & Barneby (1982) em um estudo revisional sobre Senna referiram a importância da

morfologia e distribuição dos nectários extraflorais na taxonomia do gênero, o que também pode ser

verificado no estudo de Melo et al. (2010) que apontou o número de nectário, sua localização na folha e

sua forma, como úteis na distinção das espécies de Senna por eles abordadas.

Estudos citogenéticos realizados por Bortoluzzi et al. (2007b) indicaram para 41 espécies de

Senna, número cromossômico básico igual a 12, porém, reconheceram para o gênero os seguintes

números cromossômicos: =12, 16, 18, 22, 24, 26, 28, 32, 42, 48, 52, 56, ca. de 100 e 104, evidenciando

assim, a poliploidia como mais eficiente que a diploidia na evolução cariotípica do grupo.

Marazzi et al. (2006) em um estudo filogenético para Senna com base em três regiões do DNA

platisdial (rpS16, rpL16, e matK) o reconheceram como monofilético com 100% de bootstrap,

corroborando com os trabalhos de Bruneau et al. (2001) e Herendeen et al. (2003), estes últimos

amostrando apenas 11 espécies do gênero. Conforme Marazzi et al. (l.c.) das seis seções reconhecidas

para o gênero por Irwin & Barneby (1982), Psilorhegma foi a única a emergir como monofilética,

enquanto que Chamaefistula, Peiranisia e Senna mostraram-se parafiléticas e Astroites e Paradictyon

surgiram inclusas nas seções Senna e Chamaefistula, respectivamente.

2.3. Representatividade em floras

Além dos estudos brasileiros que mencionam espécies de Senna para a flora de áreas pontuais e ou

estaduais, conforme citado na introdução, citações de espécies de Senna são encontradas também para

floras de outras regiões e ou países, dentre as quais podemos destacar a Flora da Argentina (Bianco &

Kraus 1997; Bravo 1978; Burkart 1943, 1987; Fortunato 1999), Austrália (Randell & Barlow 1998),

Colômbia (Quiñones 2005), Índia (Singh 2001), Paraguai (Marazzi et al. 2007), Peru (Macbride 1943),

entre outras.

8

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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14

MANUSCRITOS

15

MANUSCRITO I

SINOPSE TAXONÔMICA DO GÊNERO SENNA MILL. (LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE, CASSIEAE)

PARA A REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL

16

Sinopse Taxonômica do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) para a

Região Centro-Oeste do Brasil

A ser enviado ao

periódico:

17

Sinopse taxonômica do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) para a região

Centro-Oeste do Brasil1

Josimar Pereira Santos2,3

& Marcos José da Silva2

1Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em

Biodiversidade Vegetal da Universidade Federal de Goiás.

2Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Geral,

Campus Samambaia II, CP. 131., 74001-970, Goiânia, GO, Brasil.

3Autor para correspondência: [email protected]

18

RESUMO – (Sinopse taxonômica do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae)

para a Região Centro-Oeste do Brasil). Análises de coleções herborizadas, levantamento de literatura

especializada e trabalhos de campo, especialmente, no estado de Goiás revelaram a ocorrência de 75

táxons representados por 36 espécies, quatro subespécies e 35 variedades para o gênero Senna na Região

Centro-Oeste. Os estados do Mato Grosso e Goiás foram os mais representativos com 26 e 25 espécies,

respctivamente, seguidos pelo Mato Grosso do Sul e Distrito Federal com 23 e 18 espécies, cada.

Quatorze espécies foram comuns aos quatro Estados da região estudada, cinco (S. corifolia, S. neglecta,

S. pentagonia, S. rostrata e S. uniflora) foram encontradas apenas em Goiás, quatro (S. latifolia, S.

macrophylla, S. paraensis, S. quinquangulata) no Mato Grosso, uma (S. hilariana) no Mato Grosso do

Sul, e uma (S. septemtrionalis) no Distrito Federal. São apresentadas chaves, descrições, ilustrações com

caracteres diagnósticos dos táxons e comentários sobre a distribuição geográfica deles.

Palavras-chave: Fabaceae, flora da Região Centro-Oeste, diversidade, taxonomia

ABSTRACT – (Taxonomic synopsis of the genus Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae,

Cassieae) for the Midwest Region of Brazil). Analyses of herbarium material, survey of specialized

literature, and fieldwork especially in the state of Goiás revealed the occurrence of 75 taxa represented by

36 species, four subspecies and 35 varieties of the genus Senna in the Midwest Region. Mato Grosso and

Goiás with 26 and 25 species, respectively were the states where the genus was more representative

followed by Mato Grosso do Sul and Distrito Federal with 23 and 18 species each. Fourten species were

common to the four states in the studied region, five (S. corifolia, S. neglecta, S. pentagonia, S. rostrata

and S. uniflora) were found only in Goiás, four (S. latifolia, S. macrophylla, S. paraensis, S.

quinquangulata) in Mato Grosso, one (S. hilariana) in the Mato Grosso do Sul, and one (S.

septemtrionalis) in the Federal District. Identification keys, descriptions, illustrations with diagnostic

characters of taxa and comments on the geographical distribution of them are presented.

Keywords: Fabaceae, flora of the Midwest Region, diversity, taxonomy

19

Introdução

Senna pertence à tribo Cassieae, subtribo Cassiinae juntamente com os gêneros Chamaecrista

Moench. e Cassia L., dos quais se diferencia pelos estames heteromórficos com filetes não sigmóides,

flores sem bractéolas no pedicelo, folhas usualmente com nectários entre os pares de folíolos e frutos

indeiscentes ou tardiamente deiscentes (Irwin & Barneby 1982). Possui distribuição pantropical e reúne

cerca de 350 espécies agrupadas em 6 seções e 38 séries (Irwin & Barneby 1982; Randell 1988), mas

embora seja monofilético e irmão de Cassia, a maioria de suas infracategorias não o são (Marazzi et al.

(2006).

No Brasil, Senna está representado por 80 espécies, 33 das quais endêmicas (Souza & Bortoluzzi

2013). Entretanto, no país sua taxonomia precisa ser acessada, pelo mesmo ser um gênero complexo e

também pelos trabalhos de Lewis (1987), Lima (1999), Bortoluzzi et al. (2011), Rodrigues et al. (2005) e

Queiroz (2009) para a Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o para o bioma Caatinga,

respectivamente, serem os principais sobre o gênero para o país, após os estudos de Bentham (1871) na

Flora Brasiliensis.

Diante da escassez de estudos sobre Senna no Brasil, é aqui fornecida uma sinopse taxonômica

para este gênero na Região Centro-Oeste com chaves para identificação e ilustrações com caracteres

diagnósticos para os táxons, além de comentários taxonômicos e biogeográficos sobre os mesmos.

Material e métodos

A Região Centro-Oeste, com uma área de 1.606.371,505 km², é a segunda maior do Brasil e

engloba os estados do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Seu relevo

compreende três feições dominantes: o Planalto Central, o Planalto Meridional e a Planície do Pantanal,

os quais juntos formam um expressivo bloco de rochas cristalinas, sobre as quais se apoiam camadas

sedimentares onde são comuns chapadas com topos planos e encostas que caem repentinamente

denominadas de serras, além de planícies, inundáveis ou não (Embrapa 1999; PNUD 2008). Seu clima é o

tropical quente e chuvoso (Köppen 1948), caracterizado por um verão chuvoso, entre os meses de outubro

a março, e um inverno seco, entre os meses de abril a setembro e sua vegetação é savânica (cerrado s. str.,

cerrado rupestre, campos limpo, sujo e rupestre) ou florestada (cerradão, veredas, florestas estacionais,

perenifólias, de galeria e ciliares), e está assentada sobre solos predominantemente do grupo latossolos,

embora também existam manchas de neossolos, areias quartzarênicas, baixadas lateríticas e calcárias,

plintossolos, entre outros, o que propicia uma flora rica e ainda pouco conhecida (Embrapa 1999; IBGE

2010; Jacomine 1969; Ribeiro & Walter 2008)

Este estudo resultou de 50 coletas, especialmente no estado de Goiás, entre outubro de 2010 a

abril de 2013, baseadas na metodologia proposta por Mori et al. (1989), observações de populações em

campo e consulta a coleções herborizadas (CEN, CGMS, COR, EAC, ESA, F, HISA, HJ, HUEFS,

20

HUFU, IAN, IBGE, INPA, IPA, K, NY, MBM, MG, MO, SP, UB, UEC, UFG e UFMT, acrônimos

conforme Thiers 2012), além de levantamento das seguintes literaturas: Irwin & Barneby (1982), Lewis

(1987), Bortoluzzi et al. (2011), Rodrigues et al. (2005) e Queiroz (2009), as quais também foram

utilizadas para a identificação dos táxons.

As terminologias empregadas para as estruturas vegetativas e reprodutivas designadas neste

estudo foram obtidas da literatura consultada e, quando necessário, complementadas por Radford et al.

(1974) e Harris & Harris (2001). As informações sobre a distribuição geográfica e habitats preferenciais

dos táxons foram retiradas a partir de coletas, de informações contidas nas etiquetas das exsicatas

consultadas e da literatura consultada para identificação dos táxons.

A abreviação das obras em que os táxons foram publicados seguem o Botanico-Periodicum-

Huntianum (Lawrence et al. 1968), Botanico-Periodicum-Huntianum/Supplementum (Bridson & Smith

1991) e o Taxonomic Literature (Stafleu & Cowan 1976-1988), enquanto que as abreviações de suas

autoridades fundamentaram-se em Brummit & Powell (1992).

Foram ilustrados os caracteres diagnósticos para a identificação dos táxons com auxílio de câmara

clara acoplada a microscópio estereoscópico Carl Zeiss, os quais foram posteriormente cobertos em

nanquim sobre papel vegetal.

Quanto às citações das coleções estudadas, selecionou-se, quando possível, pelo menos um

material testemunha para uma das unidades federativas que compõe a área estudada. Optou-se por

considerar as categorias infraespecíficas reconhecidas para o gênero por Irwin & Barneby (1982) pelas

mesmas serem tradicionalmente reconhecidas e também por este estudo tratar-se de uma sinopse.

Resultados e Discussão

Foram encontrados 74 táxons do gênero Senna na região Centro-Oeste, correspondentes a 36

espécies, 4 subespécies e 35 variedades. As espécies encontradas representam 45% e 13% daquelas

registradas para o Brasil e Américas, respectivamente. O estado do Mato Grosso se destacou com o maior

número de espécies (26), seguido de Goiás (25), Mato Grosso do Sul (23) e Distrito Federal (18).

Senna cana var. hypoleuca, S. corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby e suas respectivas

variedades, S. macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, S. neglecta var. grandiflora H.S.

Irwin & Barneby, S. pentagonia var. valens H.S. Irwin & Barneby, S. rostrata (Mart.) H.S. Irwin &

Barneby, S. silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby, S. splendida var. gloriosa H.S. Irwin & Barneby

e S. uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby foram encontrados somente em Goiás, enquanto que S. hirsuta

var. puberula H.S. Irwin & Barneby, S. latifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, S. macrophylla var.

gigantifolia (Britton & Killip) H.S. Irwin & Barneby, S. paraensis (Ducke) H.S. Irwin & Barneby, S.

quinquangulata (Rich.) H.S. Irwin & Barneby var. quinquangulata e S. tapajozensis (Ducke) H.S. Irwin

& Barneby foram registradas só para o Mato Grosso. Senna hilariana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, S.

21

hirsuta var. leptocarpa H. S. Irwin & Barneby e S. pendula var. paludicola H. S. Irwin & Barneby

ocorreram apenas no Mato Grosso do Sul, já S. septemtrionalis (Viv.) H.S. Irwin & Barneby se restringiu

ao Distrito Federal, no entanto, há dúvidas quanto a espécie ser ou não nativa.

Quanto ao hábito, os táxons de Senna encontrados neste estudo, variam de subarbustos a árvores.

Entre as árvores estão Senna cana (Ness & Mart.) H.S. Irwin & Barneby, S. georgica H.S. Irwin &

Barneby var. georgica, S. macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, S. multijuga (Rich.) H.S.

Irwin & Barneby, S. silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, S. macrophylla var. gigantifolia, S. siamea

(Lam.) H.S. Irwin & Barneby e S. spectabilis, entretanto, alguns indivíduos de S. silvestris (Fig. 1I), S.

cana e S. macranthera mostram-se arbustivos em ambientes abertos no cerrado e em bordas de florestas

estacionais, ciliares ou de galerias. Algumas destas árvores como S. siamea, S. spectabilis, S.

macranthera e S. multijuga são frequentemente cultivadas na arborização urbana pelo porte adequado e

belas flores.

Os arbustos são representados por Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, S. alata

(L.) Roxb. (Fig. 1D), S. cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby, S. chrysocarpa (Desv.) H.S. Irwin &

Barneby, S. hilariana, S. latifolia, S. neglecta var. grandiflora, S. oblongifolia (Vogel) H.S. Irwin &

Barneby, S. pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, S. quinquangulata var.

quinquagulata, S. reticulata, S. rostrata, S. rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby (Fig. 1H), S.

septemtrionalis, S. splendida, (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, S. spinescens (Hoffmanns. ex Vogel) H.S.

Irwin & Barneby var. spinescens, S. tapajozensis (Ducke) H.S. Irwin & Barneby e S. velutina (Vogel)

H.S. Irwin & Barneby, sendo que em alguns casos, indivíduos de S. cernua, S. neglecta e S. rostrata

mostram-se subarbustivos em ambientes perturbados ou ruderais. Estes arbustos são usualmente retos ou

cespitosos, e podem ou não apresentar ramos pendentes ou apoiantes como S. chrysocarpa, S. latifolia, S.

splendida, S. spinescens, S. pendula e S. quinquangulata var. quinqungulata, inermes ou armados em S.

aculeata (Fig. 2F).

Senna hirsuta (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, S. paradictyon (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, S.

paraensis, S. pentagonia var. valens, S. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, S. obtusifolia (Vogel)

H.S. Irwin & Barneby (Fig. 1F), S. occidentalis (L.) Link (Fig. 1G), S. mucronifera (Mart. ex Benth.)

H.S. Irwin & Barneby e S. uniflora, são subarbustos com caules usualmente delicados, eretos ou flexíveis.

De uma maneira geral, os subarbustos e os arbustos são comuns em trechos abertos do cerrado e menos

frequentemente ocorrem na borda de florestas ou no interior destas, em clareiras, além de também serem

frequentes como ruderais e invasores de culturas, principalmente de pastagens (e.g. S. hirsuta, S.

occidentalis, S. uniflora, S. obtusifolia e S. pilifera).

Os táxons estudados possuem ramos cilíndricos a angulados, glabros (maioria deles) ou com

indumento variando desde o tomentelo ao hirsuto, ou velutino (e.g. S. velutina e S. uniflora), com

coloração hialina ou ferrugínea.

22

As estípulas, em Senna, são precoces ou tardiamente caducas, raro persistentes, membranáceas

(maioria delas) a coriáceas (S. corifolia) ou raramente lenhosas e espinescentes (S. spinescens var.

spinescens) e variam de lineares a lanceoladas (maioria das espécies, e.g. Fig. 2H), mas podem ser

também triangulares (Figs. 2I e 5D), reniformes em S. corifolia (Figs. 2G e 6A e C) e em alguns idivíduos

de S. velutina e S. latifolia ou oval-auriculadas em S. aculeata (Fig. 2F). Estas podem apresentar bases

auriculadas (S. aculeata), assimétricas e secretoras (S. alata, Fig. 5D), planas (maioria das espécies) ou

retorcidas em S. multijuga subsp. multijuga var. multijuga (Fig 8M) e S. multijuga subsp. lindleyana var.

lindleyana respectivamente.

As folhas, em Senna, são paripinadas, alternas e espiraladas e possuem folíolos de formas,

dimensões e coloração variados. Nas plantas estudadas variam de 2,5 cm, em S. mucronifera, até 70 cm

em S. alata (Fig. 2A), podem ou não apresentar nectários no pecíolo ou entre os pares de folíolos e

possuem folíolos variando de (1) 2 até 36 pares, sempre opostos com formas, dimensões, consistências e

indumento variados, embora a maioria deles seja oblongo a oblongo-oboval (Fig. 2A) ou oblongo-elíptico

a lanceolado (Fig. 2B) e cartáceo.

Folhas com dois pares de folíolos são encontradas em S. chrysocarpa, S. georgica H.S. Irwin &

Barneby, S. latifolia, S. macranthera, S. macrophylla, S. pilifera, S. quiquangulata, S. rugosa, S.

splendida e S. tapajozensis, sendo que em alguns casos ocorrem um ou três pares de folíolos em

indivíduos de S. rugosa e S. corymbosa. Senna obtusifolia, S. mucronifera (Fig. 2C), S. paraensis e S.

pentagonia possuem folhas predominantemente com três pares de folíolos, mas há casos em que

encontramos folhas com dois pares de folíolos em S. mucronifera (especialmente em ramos jovens) e S.

corymbosa, e raramente quatro em S. obtusifolia. Nas demais espécies as folhas apresentam 4 a 8, menos

frequentemente 16 a 32 pares de folíolos como em S. multijuga (Fig. 2D) e S. spectabilis.

Nectários foliares estão presentes na maioria dos táxons estudados com exceção de S. aculeata, S.

alata, S. paradictyon, S. reticulata, S. siamea, S. silvestris e S. spectabilis. Estes ocorrem na base do

pecíolo em S. cernua, S. hirsuta, S. neglecta (Fig. 9B), S. oblongifolia e S. occidentalis (Fig. 9H), ou entre

os pares de folíolos (demais espécies) e apresentam disposição, formas e dimensões variadas (e.g. Figs.

5F, H e J; 6D, F, H e J; 7B, D, H, L, N, Q, e 8B, E, H, L, e O). Entre as espécies com nectários entre os

pares de folíolos estão S. corifolia (Fig. 6B e D), S. multijuga, S. rugosa (Fig. 11K), S. spinescens e S.

velutina, enquanto que nas demais espécies estes podem estar ausentes nos pares proximais ou distais

como em S. cana, S. georgica (Fig. 6H), S. macrophylla, S. splendida e S. tapajozensis, S. pendula e S.

uniflora.

As flores nas espécies estudadas seguem o padrão do gênero, pois são zigomorfas (Fig. 3A-J) ou

assimétricas (Fig. 4A), pentâmeras, diclamídeas e bissexuais com cálice verde ou amarelado, raro

ferrugíneo ou vináceo e corola de pétalas amarelo-claras a escuras. Tanto o cálice quanto a corola

obedecem a uma sequência de distributiva padrão, sendo no caso das sépalas duas externas menores e três

23

maiores e no caso das pétalas, uma posterior, duas postero-laterais e duas antero-laterais, uma destas

últimas usualmente côncava envolvendo o sistema reprodutivo e voltada para direita ou esquerda (Fig.

4A).

O androceu é usualmente heteromórfico e composto por 10 estames, sendo 3 abaxiais, um deles

central (ausente ou vestigial em S. occidentalis) e dois laterais, 4 medianos (dois maiores e dois menores

ou todos iguais em altura) e 3 estaminódios adaxiais com lâminas planas ou onduladas como em S.

aculeata e S. alata (Fig. 4II5 e 3II5). As anteras nesses estames são menores ou maiores que os seus

filetes, abrem-se por poros apicais, e geralmente possuem bicos com exeção de S spectabilis (Fig. 4A) e

S. uniflora.

Quanto à simetria, as flores são zigomorfas em S. alata, S. aculeata, S. cernua, S. cana, S.

corifolia, S. corymbosa, S. hilariana, S. hirsuta, S. neglecta, S. paradictyon, S. pendula, S. obtusifolia, S.

occidentalis, S. reticulata, S. septemtrionalis, S. siamea e S. silvestris, enquanto que as demais são

assimétricas (e.g. S. multijuga e S. spectabilis). Estas flores são sempre pediceladas e em S. cana, S.

corifolia, S. uniflora e S. velutina o pedicelo apresenta nectário.

As inflorescências são do tipo racemo ou panícula e podem ser axilares e, ou terminais. Os

racemos são plurifloros (mais que seis flores) com flores regularmente distribuídas na raque (maioria das

espécies), agregadas a partir do terço superior de seu comprimento (S. alata, Fig. 1A, S. aculeata, S.

reticulata e S. paradictyon) ou paucifloros com 1-3, raro 4, flores, muito próxima ao ápice conferindo à

inflorescência um aspecto corimbi- ou umbeliforme (e.g. S. mucronifera, S. obtusifolia, S. paraensis, S.

pentagonia, S. pilifera, S. rostrata, S. splendida e S. uniflora). Panículas ocorrem em S. mutijuga, S.

macranthera, S. oblongifolia, S. georgica, S. siamea, S. silvestris (Fig. 1I) e S. spectabilis, e podem

possuir eixos secundários corimbiformes como em S. siamea e S. silvestris. Estas inflorescências possuem

brácteas variando de lineares a largamente elípticas, algumas das quais petaloides como em S. aculeata

(Fig. 1C), S. alata (Fig. 1E), S. paradictyon e S. reticulata.

Os frutos são indeiscentes ou tardiamente deiscentes, possuem formas, tamanhos, texturas e

coloração variadas. Quanto à forma, os frutos são usualmente planos, lineares a oblongos (e.g. S. alata e

silvestris (Figs. 4B e G), retos ou curvos (maioria das espécies), lomentáceos (e.g. S. uniflora),

subquadrangulares ou quadrangulares (S. cernua, S. georgica, S. occidentlis, S. paraensis, S. pilifera, S.

pentagonia, S. spectabilis, S. velutina e em alguns indivíduos de S. obtusifolia) ou cilíndricos (e.g. S.

pendula, S. rugosa) e outras espécies. Estes são alados em S. alata (Fig. 4C) e S. pentagonia, costados em

S. cana (Fig. 4D), S. velutina e S. paraensis ou sem costas (demais espécies).

As sementes possuem formas oblongas, quadrangulares a trapezoidais ou rômbicas com um curto

pronunciamento apical e podem se arranjar em uma (maioria das espécies) ou duas séries (S. alata, S.

hilariana, S. macrophylla, S. pendula, S. quinquangulata, S. septemtrionalis, S. silvestris var. bifaria e S.

splendida).

24

Chave para as espécies de Senna ocorrentes na Região Centro-Oeste

1. Folhas sem nectários.

2. Planta com acúleos. ......................................................................................................... 1. S. aculeata

2. Planta sem acúleos.

3. Subarbustos; folhas com 2_6 pares de folíolos; estípulas oval-deltoides ........... 19. S. paradictyon

3. Arbustos a árvores; folhas com mais que 6 pares de folíolos; estípulas lineares a triangulares.

4. Estípulas triangulares; folíolos obovais a oval-assimétricos brácteas amarelas e petaloides.

5. Pecíolo 5_7 cm; frutos sem alas. ..................................................................... 25. S. reticulata

5. Pecíolo 1_4 cm; frutos alados. .................................................................................. 2. S. alata

4. Estípulas lineares a lanceoladas ou ovais; folíolos oblongo a oblongo-elípticos, raro ovais;

brácteas esverdeadas e não petaloides.

6. Panículas com eixos secundários racemosos; flores assimétricas ............... 31. S. spectabilis

6. Panículas com eixos secundários corimbiformes; flores zigomorfas.

7. Folíolos com ápices retusos; frutos com superfície irregularmente ondulada ...................

......................................................................................................................... 29. S. siamea

7. Folíolos com ápices obtusos a acuminados; frutos com superfície plana .... 30. S. silvestris

1. Folhas com nectários.

8. Nectário apenas no pecíolo.

9. Folhas com 6_9(10) pares de folíolos; folíolos oblongo-elípticos ................................ 4. S. cernua

9. Folhas com 3_5(6) pares de folíolos; folíolos oval-elípticos a elípticos.

10. Frutos oblongos com região seminal ligeiramente demarcada, glabros a glabrescentes.

11. Folíolos glabros a glabrescentes .............................................................. 18. S. occidentalis

11. Folíolos curtamente tomentosos ......................................... 15. S. neglecta var. grandiflora

10. Frutos lineares com região seminal não demarcada; tomentosos a hirsutos ........... 9. S. hirsuta

8. Nectários entre os pares de folíolos.

12. Folhas geralmente com 2 pares de folíolos, raro 1 ou 3 em S. rugosa.

13. Nectário presente apenas no primeiro par de folíolos.

14. Folíolos oblongos a oblongo-elípticos, papiráceos; nectários subulados .......................

.................................................................................................................. 33. S. splendida

14. Folíolos obovais ou largamente elípticos, cartáceos; nectários não subulados.

15. Folíolos com ápices acuminados e bases discretamente assimétricas.

16. Estípulas oblongas, oblongo-obovais a reniformes com nervuras destacadas ........

............................................................................................................ 10. S. latifolia

16. Estípulas lineares com nervuras discretas.

25

17. Nectários cilíndricos; face abaxial dos folíolos tomentosa; inflorescência com

eixo principal reto ................................... 12. S. macrophylla var. gigantifolia

17. Nectários falides; face abaxial glabra a glabrescente; inflorescência com eixo

principal flactiflexo .............................................. 7. S. georgica var. georgica

15. Folíolos com ápices obtusos a agudos e bases conspicuamente assimétricas.

18. Frutos com 14-33 cm compr.; ovário com 180-220 óvulos ....... 34. S. tapajozensis

18. Frutos com 4-9,5 cm compr.; ovário com 76-104 óvulos ............ 5. S. chrysocarpa

13. Nectários entre os dois pares de folíolos, raro apenas no primeiro par em S. macranthera e S.

pilifera.

19. Subarbustos; frutos subcompressos; sementes romboides ............................ 23. S. pilifera

19. Arbustos a árvores; frutos planos ou cilíndricos; sementes elipsoides, orbiculoides ou

oblongoides.

20. Ramos 5-angulados; androceu subisomórfico; frutos com margem espessada e valvas

lenhosas; sementes bisseriadas .............. 24. S. quinquangulata var. quinquangulata

20. Ramos cilíndricos ou subcilíndricos; androceu heteromórfico; frutos com margem

não espessada e valvas cartáceas; sementes unisseriadas.

21. Arbustos cespitosos; folíolos coriáceos; flores em racemos; frutos com valvas

flexíveis quando maduros ................................................................ 27. S. rugosa

21. Árvores ou arbustos não cespitosos; folíolos cartáceos; flores em panículas; frutos

com valvas rígidas quando maduros ......................................... 11. S. macranthera

12. Folhas com três ou mais pares de folíolos, raramente dois em S. mucronifera e S. corymbosa.

22. Arvoretas à árvores.

23. Folhas com mais de 12 pares de folíolos; pedicelo sem nectário; pétala latero-abaxial

direita falcado-oboval; panículas; frutos oblongos ................................. 14. S. multijuga

23. Folhas com (3) 4_8(

_11) pares de folíolos; pedicelo com 1 ou 2 nectários na base; pétala

latero-abaxial direita largamente oboval; racemos; frutos lineares ................... 3. S. cana

22. Subarbustos a arbustos.

24. Folíolos com ápices agudos a acuminados; estípulas lenhosas e espinescentes

......................................................................................... 32. S. spinescens var. spinescens

24. Folíolos com ápices obtusos; estípulas membranáceas, cartáceas ou coriáceas, não

espinescentes.

25. Folíolos coriáceos; estípulas largamente reniformes, coriáceas ............... 6. S. corifolia

25. Folíolos papiráceos, membranáceos a cartáceos; estípulas lineares a lanceoladas, não

coriáceas.

26

26. Racemos com (1)2-3(4) flores arranjadas no ápice semelhante a uma umbela ou

corimbo.

27. Folhas com 5-7 pares de folíolos; nectário geralmente globoso-apiculado

....................................................................................................... 26. S. rostrata

27. Folhas com 3 pares de folíolos, menos frequentemente, 2; nectários de outras

formas.

28. Caule e ramos hirsutos a velutino-ferrugíneos; frutos lomentáceos ............

............................................................................................... 35. S. uniflora

28. Caule e ramos glabros a tomentelos; frutos não lomentáceos.

29. Frutos alados ou costados.

30. Plantas glabras; frutos alados ......... 22. S. pentagonia var. valens

30. Plantas indumentadas; frutos costados ................ 20. S. paraensis

29. Frutos sem alas ou costas.

31. Flores 1,5-2,3 cm compr.; pedúnculo da inflorescência quando

presente (4) 5-8 mm compr.; sépalas internas 6-9 mm compr.

............................................................................. 17. S. obtusifolia

31. Flores cm 4-6 cm compr.; pedúnculo da inflorescência quando

presente até 3,5 mm compr.; sépalas internas 12-20 mm

.......................................................................... 13. S. mucronifera

26. Racemos com mais que 6 flores regularmente distribuídas na raque32. Frutos

cilíndricos; estames latero-abaxiais conspicuamente curvos, voltado um para o

outro e para o centro da flor.

32. Folíolos oblongo-obovais ou obovais de ápice obtuso a arredondado; nectário

foliar ovoide ................................................................................. 21. S. pendula

32. Folíolos elípticos a oblongo-elípticos de ápice curto acuminado; nectário foliar

geralmente subulado.

33. Folhas com 3 ou 4 pares de folíolos; nectários cilíndricos ................

...................................................................................... 28. S. septemtrionalis

33. Folhas com 5-7 pares de folíolos; nectários cônicos................. 8. S. hilariana

34. Folíolos predominantemente obovais com ápices conspicuamente

mucronados e velutinos em ambas ou apenas na face abaxial; frutos

quadrangulares .................................................................... 36. S. velutina

34. Folíolos predominantemente oblongos com ápices obtusos e glabros;

frutos cilíndricos .......................................................... 16. S. oblongifolia

27

1. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 478. 1982.

Cassia aculeata Pohl ex Benth., Fl. Bras.15(2): 128, pl. 39. 1870.

Figs. 1A-C, 3A, 4B e 5A e B.

Espécie Neotropical registrada desde o Caribe (Cuba) até a América do Sul (Bolívia, Brasil,

Paraguai, Venezuela), Irwin & Barneby (1982). No Brasil ocorre nas Regiões Centro-Oeste (GO, MT,

MS), Nordeste (PI), Norte (TO) e Sudeste (MG) em ambientes antropizados próximos a cursos d’àgua

associadas ao cerrado s. lat. e a florestas estacionais, ciliares ou de galerias entre 10 e 700 m. (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Na Região Centro-Oeste é encontrada em ambientes

semelhantes ao de sua distribuição no país, porém é mais frequente em ambientes antropizados

associados ao cerrado s. lat.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, pasto próximo a avenida que dá acesso ao

Bairro Nossa Morada, 9/II/2012, fl., J. P. Santos & J. Neiva Neto 291 (UFG). Mato Grosso: Poconé, ca.

de 120 km da Rodovia Transpantaneira, Fazenda Santa Isabel, 23/VIII/1992, fl., A. L. do Prado et al.

5411 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Baía do Cocho, Fazenda Leque, 19º14`S, 57º03`W, 95 m,

15/II/1990, fl. fr., V. J. Pott et al. 1293 (UB).

2. Senna alata (L.) Roxb., Fl. ind. 2: 349. 1824.

Cassia alata L., Sp. Pl. 1: 378. 1753.

Figs. 1D e E, 3I, 4C e 5C e D.

Amplamente distribuída no continente Americano, mas, introduzida e cultivada na África, Ásia e

Austrália (Irwin & Barneby 1982; Randell 1988). No Brasil é registrada para todas as regiões, crescendo

em áreas alagadas ou brejosas associadas a bordas de florestas estacionais, ciliares e de galerias, bem

como, ruderal ou invasora de culturas. Neste estudo foi encontrada em todos os Estados da região

estudada, em ambientes similares aos acima citados.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Riacho Fundo, Perto da estrada

para o aeroporto, 15º51`S, 45º56` W, 1005 m, 12/VIII/1980, L. G. Amaral 199 (UFG). Goiás: Alto

Paraíso de Goiás, antes da cerca do PNCV sentido Alto Paraíso de Goiás para Pouso Alto, 14º04`11,1``S,

47º30`28,7``W 1412 m, 20/IV/2012, fl., J. P. Santos et al. 389 (UFG). Mato Grosso: Fazenda São José,

rio Peixoto de Azevedo, 8/VIII/1980, fr., Werner (MG 72965). Mato Grosso do Sul: Campo Grande,

imediações da RPPN da UFMS, 20/III/2013, fl., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 866 (UFG).

3. Senna cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 226. 1982.

Cassia cana Nees & Mart. Nova Acta Phys. Med. Acad. Caes. Leop.-Carol. Nat. Cur. 12: 34. 1824

Espécie brasileira dispersa em todas as regiões, com exceção da Região Sul. Irwin & Barneby

reconheceram para a mesma cinco variedades, duas das quais foram encontradas neste estudo.

28

Chaves para variedades de Senna cana presentes na Região Centro-Oeste

1. Folhas com 3 a 5 pares de folíolos; estípulas irregularmente orbicular-setiformes devido à base

dilatada, persistentes. ........................................................................................................... 3.1. var. cana

1. Folhas com 5 a 8 (-11) pares de folíolos; estípulas lanceoladas ou falcado-lanceoladas; precocemente

caducas ....................................................................................................................... 3.2. var. hypoleuca

3.1. Senna cana var. cana

Fig. 5E e F

Táxon registrado para Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará e Pernambuco,

crescendo em áreas abertas do cerrado s. lat. e de caatinga próximas a afloramentos rochosos (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013).

Material examinado. Goiás: Posse, 6 km ao Sul, Rio da Prata, 800 m, 7/IV/1966, fl., H.S. Irwin et al.

14487 (MO, NY, UB). Distrito Federal: Brasília, estrada Parque Contorno (DF-001), próximo a

Marinha, 10/VI/1991, fl., M. L. M Azevedo & D. Alvarenga 962 (NY).

3.2. Senna cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New. York Bot. Gard.

35: 230. 1982.

Cassia hypoleuca Mart. ex Benth., Fl. Bras. 15 (2):117.1870.

Figs. 2B, 4D e 5G e H.

Distribuí-se pela Bahia, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Tocantins habitando

em bordas e interiores de florestas estacionais, cerrado s. str., e caatinga, sobre solos areno-pedregosos,

afloramentos rochosos de arenito e quartzito entre 900-1300 m (Irwin & Barneby 1982; Souza &

Bortoluzzi 2013).

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, estrada de terra, após o fim asfalto, que leva

à Vila São Jorge nas, 20/IV/2012, fl, J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 385 (UFG).

4. Senna cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 419. 1982.

Cassia cernua Balb. Cat. Hort. Taur. 22. 1813.

Figs. 3B e 5I e J.

Espécie sulamericana com ocorrência na Venezuela, Paraguai e Brasil (Irwin & Barneby 1982),

sendo neste último encontrada em todas as regiões (BA, DF, ES, GO, MG, MS, PA, PR, RJ, SP) em

bordas de florestas estacionais, pastagens e beiras de estradas. Neste estudo, foi encontrada em cerrado s.

lat., pastagem, e em bordas de floresta ciliar e estacional sobre solos argilosos e em afloramentos de

rochas, no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, sendo neste último, aqui citada primeiramente.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Bacia do Rio São Bartolomeu,

9/IV/1982, E. P. Heringer 6757 (NY). Goiás: Goiânia, rua que permite acesso do Itatiaia ao Nossa

29

Morada em meio à pastagem, 8/V/2012, fl. fr., J. P. Santos 424 (UFG). Mato Grosso do Sul: Bonito,

Fazenda Harmonia, Parque Nacional da Bodoquena, 7/IX/2005, fr., A. Pott & V. J. Pott 13377 (CGMS).

5. Senna chrysocarpa (Desv.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 171. 1982.

Cassia chrysocarpa Desv. J. Bot. Agric. 3: 72. 1814.

Fig. 5 K e L

Espécie sulamericana (Bolívia, Brasil, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela), Irwin &

Barneby (1982). No Brasil é citada de norte a sul (AL, AP, BA, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RN, RO, RR

e SP) ocorrendo em bordas de florestas litorâneas ou interioranas, incluindo as da Amazônia, e áreas

abertas da caatinga e do cerrado (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo foi

registrada para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em área de florestas estacionais em regeneração, e é

primeiramente referida para o estado de Pernambuco.

Material selecionado examinado. BRASIL. Mato Grosso: Santo Antonio de Leverger, Fazenda

experimental da UFMT, 10/IX/1996, fl., H.B.N. Borges 35435 (UEC). Mato Grosso do Sul: Três Lagoas,

Horto Palmito, 29/IV/1993, fl., Caliente, L.D. 174 (HISA).

Material adicional examinado: Tocantins: Santa Isabel, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia,

10 ao Norte da sede do parque, 18/VI/1979, fl., F. C. da Silva 201 (SP). Pernambuco: Cabo de Santo

Agostinho, Porto de Suape, 1/XI/1967, fl., Andradce-Lima & Medeiros-Costa 63 (IPA).

6. Senna corifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 221. 1982.

Cassia corifolia Benth. Fl. Bras. 15(2): 120. 1870.

Endêmica do Brasil com distribuição em Goiás e Minas Gerais, Irwin & Barneby (1982). Neste

estudo mostrou-se representada por duas variedades.

Chaves para as variedades de Senna corifolia presentes na Região Centro-Oeste

1. Folhas com 2 ou 3 pares de folíolos oblongo-orbiculares ou orbiculares ...................... 6.1. var. corifolia

1. Folhas com 3_6 pares de folíolos predominantemente oblongos ....................................... 6.2. var. caesia

6.1. Senna corifolia var. corifolia

Figs. 6A e B

Táxon restrito ao Estado de Goiás (Chapada dos Veadeiros e região circunvizinha) habitando no

cerrado s. str., menos frequentemente em bordas de floresta estacional e, ou ciliar, bem como em campo

sujo, em áreas montanas entre 800_1300 m de altitude.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, cerrado s. str. à direita em

direção o Vale da Lua, 20/I/2012, fr., J. P. Santos et al. 267 (UFG).

6.2. Senna corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 222. 1982.

30

Cassia caesia Taub. ex Harms, Repert. Spec. Nov. Regni Veg., 24: 123. 1924.

Figs. 3C, 4E e 6C e D.

Encontrada em Goiás e Minas Gerais, sendo que no primeiro Estado ocorre em ambientes

similares e às vezes simpátrica a outra variedade (Irwin & Barneby 1982).

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, 12/IV/2012, fl., J. P. Santos, M.

J. Silva & M. M. Dantas 387 (UFG).

Material adicional examinado. BRASIL. Minas Gerais: Grão-Mogol, estrada Grão-Mogol-Cristália, ca.

de 6 km de Grão-Mogol, 16º35`47``S, 42º54`05``W, 11/VII/2001, fl. fr., V. C. Souza et al. 25694 (ESA).

7. Senna georgica H.S. Irwin & Barneby var. georgica, Mem. New York Bot. Gard. 35 (1): 193. 1982.

Cassia hoffmannseggii var. gardneriana Benth. Fl. Bras. 15(2): 104. 1870.

Fig. 6G e H

Ocorre disjuntamente em Cuba e na América do Sul (Brasil, Guiana, Paraguai e Peru). No Brasil,

é referida para as regiões Norte (AM, PA, TO), Nordeste (exceto Sergipe) e Centro-Oeste (GO, MT),

(Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo foi encontrada em bordas de florestas

estacionais, ciliares e de galeria inclusas no domínio do cerrado s. lat., entre 114-1000 m de altitude.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, Setor Itatiaia na rua do mercadinho

Caçulinha, 8/III/2012, fl., J. P. Santos 420-B (UFG). Mato Grosso: Cáceres, Fazenda Baia das Pedras,

16º28`26,3``S, 58º09`19,5``W, 114 m, 1/VII/2008, fl. fr., Silva, R. R. & Da Silva, J. E. 1738 (UFMT).

Material selecionado examinado adicional. BOLIVIA. Santa Cruz: Nuflor de Chavez Province, 13 km al

Norte de la comunidad La Trancas, Camino al área de aprovechamieto 94, 16º31`13``S, 61º50`47``W, 450

m, 17/VI/1995, fl., F. Mamani & M. Saucedo 890 (USZ).

8. Senna hilariana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 396.1982.

Cassia hilariana Benth. Fl. Bras. 15(2): 108.1871.

Fig. 6I e J.

Distribuí-se pela Bolívia, Brasil, Paraguai e Argentina (Irwin & Barneby 1982). No Brasil é

encontrada nas Regiões Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e Sul, em campos, pastagens e cerrado s. str.

entre 200-800 m (Irwin & Barneby 1982; Rodrigues et al. 2005; Souza & Bortoluzzi 2013).

Material selecionado examinado. BRASIL. Mato Grosso do Sul: Amambaia, 15 km ao Leste, 14/II/1983,

G. Hatschbach 46209 (NY).

9. Senna hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby, Phytologia 44(7): 499. 1979.

Cassia hirsuta L. Sp. Pl. 1: 378. 1753.

Ocorre desde os Estados Unidos até a Argentina, e é referida como cultivada para a África, Ásia e

31

Austrália (Irwin & Barneby 1982; Randel 1988; Souza & Bortoluzzi 2013). No Brasil ocorre em todas as

regiões entre 70-2000 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo mostrou-se

representada por quatro, das sete variedades reconhecidas por Irwin & Barneby (l.c.).

Chave para as variedades de S. hirsuta presentes na Região Centro-Oeste

1. Folhas hirsutas ou tomentosas em ambas as faces.

2. Ramos, folhas e frutos hirsutos; frutos 11_15 cm compr., espessos e retos ............... 9.1 var. hirsuta

2. Ramos, folhas e frutos curtamente tomentosos ou ligeiramente hirsutos; frutos 15_27 cm compr.,

delgados e curvos ..................................................................................................... 9.2 var. hirta

1. Folhas puberulentas ou glabras em uma ou ambas as faces.

3. Folíolos puberulentos em uma ou ambas as faces .................................................. 9.4 var. puberula

3. Folíolos glabros em ambas as faces. ..................................................................... 9.3 var. leptocarpa

9.1. Senna hirsuta var. hirsuta

Figs. 3D e 6K e L

Táxon citado para a Bolívia, Brasil, Colômbia e Panamá, porém introduzido na Ásia e África

(Irwin & Barneby 1982). No Brasil pode ser encontrado nas regiões Norte (PA, RR), Nordeste (BA, CE,

MA) e Centro-Oeste (DF, GO), em bodas de florestas, ambientes perturbados, pastagens e áreas

agricultáveis, entre 600-900 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Está sendo

primeiramente referido aqui para o estado do Mato Grosso do Sul.

Material examinado selecionado. Brasil. Goiás: Terezópolis de Goiás, RPPN Santa Branca, 2/VII/2012,

fr., J. P. Santos et al. 509 (UFG). Mato Grosso do Sul: Dourados, 9/VI/1994, fl., M. I. Fiji 8 (CGMS).

9.2. Senna hirsuta var. hirta H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 433. 1982.

Cassia leptocarpa var. hirsuta Benth., Trans. Linn. Soc. London 27: 531. 1871.

Fig. 7A e B.

Táxon com distribuição desde o México até o Brasil, incluindo Bolívia, Colômbia e Equador

(Irwin & Barneby 1982). Ocorre em todas as regiões do Brasil, exceto a Região Sul, sendo que na Região

Centro-Oeste tem sua distribuição aqui ampliada para o Mato Grosso do Sul, pois era referido por Souza

& Bortoluzi (2013) apenas para o estado de Goiás e Distrito Federal.

Material Selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Área de Proteção Ambiental (APA) da

Cafuringa, Fazenda Palestina, córrego da Laje, 16/VI/1997, fr., M. Aparecida da Silva 3342 (NY). Goiás:

Cristalina, acesso a saída para Palmital, 16º12`35``, 47º20`24``, 15/V/2002, fr., A. A. Santos et al. 1159

(CEN). Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, Rodovia BR-060 km 498, a 2 km de Nioaque,

21º12`49``S, 55º31`32``W, 2/IV/2001, fl. fr., A. L. B. Sartori et al 412 (CGMS).

9.3. Senna hirsuta var. leptocarpa (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

431. 1982

32

Cassia leptocarpa Benth., Linnaea 22(5): 528. 1849.

Figs. 7C_F

Táxon citado até então por Irwin & Barneby (1982) e Souza & Bortoluzzi (2013) para a Região

Sudeste do Brasil (Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro). Tem sua distribuição ampliada neste

estudo para o Estado do Mato Grosso do Sul, onde cresce no Chaco no município de Porto Murtinho.

Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, Dique 3, 21º41`26.4``S, 57º52`30``W, 4/IV/2005, fl. D. K.

Naguchi et al. 147 (CGMS); ib., Dique 4, 21º41`59.8``S, 57º52`12.8``W, 16/IV/2005, fl. fr., D. K.

Nagushi et al. 187 (CGMS); ib., D. K. Nagushi et al. 217 (CGMS).

9.4. Senna hirsuta var. puberula H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 429. 1982.

Cassia occidentalis f. ovatolanceolata Chodat & Hassl., Bull. Herb. Boissier, sér. 2, 4: 692. 1904.

Figs. 7G_J

Táxon nativo da Argentina, Brasil, Bolívia, México e Paraguai e introduzido na Ásia e Europa

(Irwin & Barneby 1982). No Brasil, conforme Irwin & Barneby (l.c.) e Bortoluzzi et al. (2011) é

registrada para todas as regiões (AC, BA, CE, MA, MG, PA, RJ, RS, SC e SP). Na região estudada foi

encontrada apenas no Mato Grosso.

Material examinado: Mato Grosso: Nobres, BR 364 Nobres, caminho para Porto de Candinha,

22/IV/1983, fl., C. N. da Cunha et. al. 1046 (UFMT); Road to Santa Isabel from Jofre, 17º7`S, 56º55`W,

13/VI/1979, fr, G. T. Prance, G. B. Schaller & M. Becker 26178 (NY).

10. Senna latifolia (G. Mey.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 143. 1982.

Cassia latifolia G. Mey. Prim. Fl. Esseq. 166. 1818.

Figs. 7K e L.

Espécie registrada para a Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela (Irwin &

Barneby 1982). No Brasil é encontrada em todos os Estados da Região Norte com exceção do Amapá e

para Alagoas, Maranhão, Piauí e Pernambuco, na Região Nordeste (Souza & Bortoluzzi 2013). Está

sendo aqui citada primeiramente para o estado do Mato Grosso, onde habita floresta estacional

semidecídua.

Irwin & Barneby (1982) e Souza & Bortoluzzi (2013) mencionaram a ocorrência de S. latifolia

para o estado de Goiás, no entanto, verificou-se a partir de análises de exsicatas que a região apontada

para ocorrência da mesma por aqueles autores, é atualmente correspondente ao Estado de Tocantins.

Material examinado. BRASIL. Mato Grosso: São Félix do Araguaia, 17/III/1997, fl., V.C. Souza et al.

14355 (ESA).

11. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 181.

1982.

33

Cassia macranthera DC. ex Collad., Hist. Nat. Méd. Casses 99, t.8. 1816.

Espécie do Sul da América (Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela). No Brasil ocorre em

todas as regiões, habitando bordas em florestas interioranas e litorâneas, incluindo as ciliares e de

galerias, áreas abertas no cerrado, caatinga e carrasco, além de ser comumente utilizada na ornamentação

urbana.

Mostrou-se comum em todos os Estados da região estudada crescendo em ambientes similares ao

de sua distribuição no país, e representada por quatro, das oito variedades reconhecidas por Irwin &

Barneby (1982).

Chave para as variedades de S. macranthera presentes na Região Centro-Oeste

1. Caule e ramos densa e curtamente tomentoso-amarelados ou dourados; sépalas maiores com 3,5_7 mm

compr.

2. Folhas glabras ou estrigilosas ao menos na face abaxial; nectário, em geral, no primeiro par de

folíolos. ............................................................................................................ 11.1. var. macranthera

2. Folhas densa a esparsamente tomentosa em ambas as faces; nectário, em geral em ambos os pares

de folíolos.

3. Plantas arborescentes; frutos 12_36 cm compr. .................................................... 11.3. var. nervosa

3. Plantas arbustivas; frutos 7_13 cm compr. ............................................................ 11.2. var. micans

1. Caule e ramos glabrescentes ou pubescente-cinéreos; sépalas maiores com 7_14 mm compr.

.......................................................................................................................................... 11.4. var. striata

11.1. Senna macranthera var. macranthera

Fig. 7M-O

Endêmica do Brasil (BA, DF, ES, MG, MS, PR, RJ, RS e SP) sendo encontrada em florestas

litorâneas ou interioranas, incluindo de galeria ou ciliares entre 10-1450 m. Está sendo citada aqui

primeiramente para Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Material examinado selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, 30 km ao Norte, região da Fercal,

15º35`S, 47º52`35``W, 900-950 m, sem data, fr., P. C. Ramos 3 (UB). Goiás: Goiânia, UFG Campus II

em frente ao ICB-I, 29/I/1988, fl., B. de Souza et al. 3 (ESA); ib., UFG Campus II, ICBI, 29/I/1988, fl., E.

G. Correia et al. 1 (ESA). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, cerrado as UFMS, 25/X/1997, fl. A.

Sanches et al. (CGMS).

Material adicional examinado. Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 31/I/1983, fl., A. Fernandes & P.

Bezerra (EAC 11755).

11.2. Senna macranthera var. micans (Nees) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

181. 1982.

Cassia micans Nees Flora. 4: 303. 1821.

Fig. 7P-R

34

Táxon endêmico do Brasil e registrado por Irwin & Barneby (1982), Silva (2006) e Souza &

Bortoluzzi (2013) para a região Nordeste (AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN) e Centro-Oeste (MT) crescendo

em caatinga, áreas transitórias entre esta e o cerrado, e carrasco entre 600-1500 m. Constitui uma nova

referência para os estados do Mato Grosso do Sul e Alagoas.

Material examinado selecionado. BRASIL. Mato Grosso: Poxóreu, região de Alto Coité, 30/III/2000, fl.,

Germano et al. 1452 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Serra Santa Cruz, Planalto Residual do

Urucum, 14/13/1990, fl., L. F. Boabaid 1 (COR).

Material adicional examinado. Alagoas: Pedra Talhada, 9º14`22`S, 36º25`09``W, 11/VII/2012, fl., C.

Melo-Silva 156 (UFG).

11.3. Senna macranthera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby var. nervosa, Mem. New York Bot. Gard. 35:

184. 1982.

Cassia nervosa Vogel Gen. Cass. Syn. 39. 1837.

Fig. 8A-C

Táxon, até então, referido apenas para o Brasil (BA, DF, GO, MG, MT, RJ, SP), crescendo

usualmente bordas de florestas de galeria, ciliares e estacionais, além de ser utilizada na ornamentação

urbana, entre 700-1600 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Está sendo citado

primeiramente neste estudo para o Paraguai e também para Mato Grosso do Sul, no Brasil.

Material examinado selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Jardim Botânico de Brasília, caminho para

cantina, 15º52`S, 47º51`W, 1025 m, 17/V/1996, fr., M. G. Nobrega 455 (CEN). Goiás: Alexânia, Fazenda

Cafundó, pequeno riacho próximo a Fazenda, 16º18`35``S, 48º34`54``W, 880 m, 15/V/2002, fl., G.

Pereira-Silva et al. 7223 (CEN). Mato Grosso do Sul: Amambaí, Arredores da tribo Cuiabá, sem data,

fl., W.B.G. Garcia 13871 (UEC).

Material adicional examinado. PARAGUAI. Canindeyú: cerca del General Bernardino Caballero, 450 m,

3/II/1982, fl., F. J. Fernández Casas & J. Morelo 5859 (NY).

11.4. Senna macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

185. 1982.

Cassia striata Vogel Gen. Cass. Syn. 39. 1837.

Fig. 8D-F

Reportado por Irwin & Barneby (1982), Queiroz (2009) e Souza & Bortoluzzi (2013) para as

regiões Centro-Oeste (GO), Nordeste (BA, PE) e Norte (TO) habitando no cerrado s. lat. e caatinga até

600 m. Tem aqui sua área de ocorrência ampliada para o Ceará e Minas Gerais, no Brasil, e também

Paraguai.

Material examinado selecionado. BRASIL. Goiás: Cristalina, área de empréstimo a esquerda da estrada

que dá acesso á guarita para Palmital, 16º13`16``S, 47º20`36``W, 13/V/2002, fr., A. A. Santos et al. 6041

(CEN).

35

Material adicional examinado. BRASIL. Ceará: Crato, Vila Padre Cícero, 10/VIII/2008, fl., J. R. Sousa

74 (EAC). Minas Gerais: Cabeçeira Grande, Fazenda São Bento, cachoeira do rio Bezerra, 16º01`32``S,

47º17`50``W, 12/III/2003, fl., A. A. Santos & J. B. Pereira 1920 (CEN). PARAGUAI. San Pedro:

próximo ao rio Aragaray-mí, ruta 3, 13/II/2003, fl., B. Marazzi et al. 82 (NY).

12. Senna macrophylla var. gigantifolia (Britton & Killip) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35:139. 1982.

Chamaefistula gigantifolia Britton & Killip, Ann. New York Acad. Sci., 35(3):171. 1936.

Fig. 8G e H

Frequente na porção setentrional da América do Sul (Brasil, Colômbia, Equador, Guianas, Peru e

Venezuela), sendo no Brasil predominante em áreas florestadas da Região Norte (AC, AM, RO, RR) entre

130-1300 m (Irwin & Barneby 1982) e ocasional em florestas de terra firme do Mato Grosso na divisa

com Rondônia.

Material examinado selecionado. BRASIL. Mato Grosso: source of the Jatuaraha River, Machado River

Region, XII/1931, fl., B. A. Krukoff 1570 (NY).

13. Senna mucronifera (Mart. ex Benth) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35 (1): 247.

1982.

Cassia mucronifera Mart. ex Benth., Fl. Bras. 15 (2): 116.

Figs. 2C e H; 8I e J.

Distribui-se na Bolívia, Brasil e Paraguai, sendo no Brasil, encontrada nas Regiões Centro-Oeste

(GO, MT, MS), Nordeste (BA), Norte (TO) e Sudeste (MG, SP) em cerrado s. str. e bordas ou clareiras de

florestas estacionais entre 300-1000 m de altitude (Irwin & Barneby 1982).

Material examinado selecionado. BRASIL. Goiás: Cavalcante, Fazenda Forquilha, 20/VII/2012, fl., J. P.

Santos 435 (UFG). Mato Grosso: Nova Xavantina, 400 m, 8/VI/1966, fr., H.S. Irwin & Barneby et al.

16771 (UB). Mato Grosso do Sul: Bela Vista, estrada que liga Bela Vista ao rio Jabuti, 15/II/2007, fl., K.

R. Laitart 54 (CGMS).

14. Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 492. 1982.

Cassia multijuga Rich., Actes Soc. Hist. Nat. Paris 1: 108. 1792.

Espécie Americana, mas introduzida no continente Asiático (China, Índia e Malásia) conforme

Irwin & Barneby (1982). No Brasil é comum em todas as regiões, associada a florestas litorâneas e

estacionais, embora alcance também a caatinga e o cerrado na transição com florestas e seja bastante

comum como ornamental em avenidas, escolas e parques (Irwin & Barneby 1982; Bortoluzzi & Souza

2013). Na região Centro-Oeste está representada por duas, das três subespécies (S. multijuga subsp.

36

multijuga e S. multijuga subsp. lindleyana) reconhecidas por Irwin & Barneby (l.c.).

Chave para as variedades de S. multijga ocorrentes na Região Centro-Oeste

1. Ramos usualmente com tricomas tomentoso-amarelados; estípulas triangulares com base

conspicuamente dilatada, persistentes; nectários cilíndricos a clavados, em geral, ausentes na porção

mediana das folhas. ................................................................................................... 14.1. var. multijuga

1. Ramos predominantemente glabros; estípulas lineares a subuladas, precocemente caducas; nectários

fusiformes em todos, ou na maioria dos pares de folíolos ....................................... 14.2. var. lindleyana

14.1. Senna multijuga var. multijuga

Figs. 2D; 8K-M

Repete a distribuição da espécie, sendo, portanto, o táxon mais comum na América quer como

nativo ou cultivado desde 750-1000 m (Irwin & Barneby 1982). Neste estudo foi encontrada no Distrito

Federal, em Goiás e no Mato Grosso, e está sendo citada primeiramente para o Mato Grosso do Sul,

Amazonas, Pará, Roraima e Tocantins, crescendo em ambientes similares ao de sua distribuição.

Material examinado selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Asa Norte, Parque Olhos d’água,

8/XI/2002, fr., J. G. A. de Paiva & S. F. de Carvalho 84 (UB). Goiás: Barro Alto, Fazenda Buritizinho, 7

km da GO-342 na região próxima ao Córrego Pombal e Rio das Almas, 14º44`S, 49º03´W, 6/VII/1992, fl.

fr., B. M. T. Walter et al. 1694 (HUEFS). Mato Grosso: Cotriguaçu, 18/IV/2004, fl., P. V. Ryn 16 (ESA).

Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Bairro Monte Castelom, 7/IX/1998, fl., L.V.C. Oliveira (CGMS

6314).

14.2. Senna multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 498. 1982.

Cassia lindleyana Gardner. London J. Bot. 2: 341. 1843.

Fig. 8N-P

Táxon americano e principalmente brasileiro. No Brasil ocorre de norte a sul, porém de maneira

mais restrita, quando comparada com o táxon típico, e também em ambientes similares aos de ocorrência

dele (Bortoluzzi et al. 2011; Morim 2006; Souza & Bortoluzzi 2013). Além das referências anteriores, o

táxon tem sua distribuição ampliada aqui para Mato Grosso do Sul, na região estudada.

Material examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Setor de mansões internas Norte, 18/XI/1986,

fl. fr., A. A. Mireyza 17 (UB). Goiás: Mossâmedes, Serra Dourada, na ponte do córrego do Piçarrão, mata

ciliar, 2/I/2012, est., J. P. Santos et al. 296 (UFG); Ipameri, estrada de acesso a Fazenda das Pedras, a 4

km da ponte São Bento, 17°44`24``S, 48°29`07``W, fl., T. B. Cavalcanti et. al. 1945 (CEN, HUEFS);

Itumbiara, margem esquerda do Rio Paranaíba 20 km de Itumbiara seguindo rio acima, 23/IV/1973, fl., J.

A. Rizzo 8981 (UFG). Mato Grosso do Sul: Rochedo, Campo Grande, 3/II/1983, fl., A. Fernandes (EAC

11775).

Material adiconal examinado. BRASIL. Espírito Santo: Sooretama, Reserva Florestal de Sooretama,

37

19º11`49``S, 40º05`5``W, 9/VIII/1965, fr., R. P. Belém 1498 (NY). Minas Gerais: Hervália, 19/VI/1945,

fl. fr, coletor não identificado 5439 (INPA). Paraná: Antonina, rio Xaxim, 25° 25`43``S, 48°42`42``W,

15/II/1979, fl., G. Hatschbach 41975 (NY). BOLÍVIA. Santa Cruz: Santa Cruz, Jardin Botánico, A.

Krapovickas & A. Schinini 31636 (NY). ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Califórnia. Los Angeles,

14/X/1960, fl., A. Griffiths & H. A. McCandless 3897 (NY).

15. Senna neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 423. 1982.

Figs. 3E e 9A e B.

Táxon endêmico do Brasil (Bahia, Goiás e Minas Gerais), ocorrendo em florestas ciliares,

próximo a afloramentos rochosos e na transição destas com o cerrado entre 121-960 m.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Corumbá de Goiás, ca. 900 m, 8/III/1978, fl., E. P. Heringer, A. E.

H. Salles & F. C. Silva 16996 (NY).

16. Senna oblongifolia (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 374. 1982.

Cassia oblongifolia Vogel. Gênesis Cass. Syn. 23. 1837.

Fig. 9C e D.

Distribui-se na Argentina, Brasil e Uruguai (Irwin & Barneby 1982), e está sendo aqui

primeiramente referida aqui para a Bolívia. No Brasil é encontrada nos seguintes estados: Amazonas,

Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catariana e

Tocantins (Souza & Bortoluzzi 2013) e está sendo citada primeiramente neste estudo para o Estado do

Mato Grosso, onde cresce em capoeira.

Material examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, sem data, fl., Sellow s/n (IPA 39958). Mato

Grosso: sem localidade, 15/12/1976, G.J. Shepherd, 4117 (MBM, UEC).

17. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35(1): 252. 1982.

Cassia obtusifolia L. Sp. Pl. 1: 377.

Figs. 1F e 9E e F.

Espécie provavelmente americana, mas subespontânea na África, Ásia e Oceania (Irwin &

Barneby 1982; Randell 1990), habitando ambientes perturbados associados a diversos tipos vegetacionais

entre 0-1680 m (Irwin & Barneby 1982). Ocorre de norte a sul do Brasil e em todos os Estados da Região

Centro-Oeste, sendo mais frequente como ruderal ou invasora de culturas e pastagens.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Parque Nacional de Brasília,

cascalheira perto da sede, 15º53`S, 47º56`W, 5/XI/1990, fl., fr., P. C. M. Ramos 277 (UB). Goiás:

Silvânia, beira de estrada em direção ao escritório do ICMbio, 4/IV/2012. fl., fr., J. P. Santos & M. M.

Dantas 371 (UFG). Mato Grosso: Barão de Melgaço, 50 m da Baía do Acorizal, 6º15`30,3``S,

38

82º12`08``W, 140 m, 16/XI/2007, fr., R. R. Silva 1402 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Cassilândia,

várzea do rio que separa Aporé de Cassilândia, 18/III/2013, fl. fr., J. P. Santos & Antunes L. L. C 853

(UFG).

18. Senna occidentalis (L.) Link, 2:140. 1829.

Cassia occidentalis L., Sp. Pl. 1: 377. 1753.

Figs. 1G, 3F, 2I e 9G e H.

Espécie paleotropical (Irwin & Barneby 1982; Randell 1989). No Brasil se distribui de norte a sul

em ambientes perturbados, como ruderal, em áreas de pastagens e agricultáveis associadas a distintos

tipos vegetacionais (Irwin & Barneby 1982; Lewis 1987). Foi encontrada em todos os estados da Região

estudada em ambientes semelhantes aos de sua distribuição no país.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Campus UnB, 15º37`S, 47º40`W,

1200 m, 17/XI/1986, fl. fr., J. S. Kaya (UB). Goiás: Anápolis, Vale das Brisas, 18/XII/2011, fl., J. P.

Santos 261 (UFG). Mato Grosso: Aragarças, 3/I/1968, fl., D. Philcox & A. Ferreira 3858 (UB). Mato

Grosso do Sul: Campo Grande, rua próximo ao Hotel Real, saída para São Paulo, 22/III/2013, est., J. P.

Santos & L. L. C. Antunes 867 (UFG).

19. Senna paradictyon (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 485. 1982.

Cassia paradictyon Vogel, Gen. Cass. Syn. 45. 1837.

Fig. 9I e J.

Ocorre no Brasil e Paraguai, sendo no primeiro, registrada para as regiões Sudeste (SP) e Centro-

Oeste (MS e MT) no Chaco e em campos inundáveis e áreas associadas até 400 m (Irwin & Barneby

1982, Souza & Bortoluzzi 2013).

Material selecionado. BRASIL. Mato Grosso do Sul: a 7 km da Fazenda margarida na estrada para Porto

Murtinho, 21º30`S, 56º30`W, 26/IX/1996, fl., fr., J. A. Ratter et al. 7537 (UB).

20. Senna paraensis (Ducke) Barneby & H.S. Irwin, Mem. New York Bot. Gard. 35: 245.1982.

Cassia paraensis Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 3. 113. 1922.

Fig. 9K e L.

Registrada para a Bolívia e Brasil (Irwin & Barneby 1982), sendo neste último encontrada nas

regiões Centro-Oeste (MT) e Norte (AC, AM, RO, PA) em floresta ciliar ou de galeria e vegetação

savânica, na Amazônia (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Apesar de não ter sido

encontrado um voucher desta espécie para a Região Centro-Oeste, optou-se aqui por manter o ponto de

vista de Irwin & Barneby (1982) os quais citaram sua ocorrência para a região em questão.

Material examinado. BRASIL. Amazonas: Rio Madeira, 30/VII/1943, fl., J. G. Kuhlmann 17795 (K).

39

Roraima: Canta Galo, rio Mucajaí, 22/I/1967, fr., G. T. Prance et al. 21582 (K).

21. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

378. 1982.

Cassia pendula Willd., Enum. pl. l. 440. 1809.

Ocorre desde o México até a Argentina, como nativa (Irwin & Barneby 1982), e é introduzida

na Austrália e Europa (Randell 1988). No Brasil é encontrada em todas as regiões associadas a florestas

litorâneas e interioranas, de várzea ou terra firme, incluindo ciliares e de galerias, e também no cerrado s.

str. e na caatinga (Irwin & Barneby 1982; Silva & Tozzi 2010; Souza & Bortoluzzi 2013). Irwin &

Barneby (1982) reconheceram 19 variedades para S. pendula, três destas foram confirmadas neste estudo

conforme a chave a seguir:

Chave para as variedades S. pendula ocorrentes na Região Centro-Oeste

1. Folíolos membranáceos; estiletes 1,5-5 mm compr.; filetes latero-abaxiais 6-10 mm compr.; frutos com

mais de 15 cm compr. ................................................................................................ 21.3. var. tenuifolia

1. Folíolos cartáceos; Estilete 6-10 mm compr., filetes latero-abaxiais 11_20 mm compr.; frutos com

menos de 15 cm compr.

2. Nectário no primeiro e ocasionalmente no segundo ou até o quarto par de folíolos; sépalas internas

7,5_11 mm compr. ............................................................................................... 21.2. var. paludicola

2. Nectário somente no primeiro par de folíolos; sépalas internas 13-15 mm compr. ...............................

................................................................................................................................. 21.2. var. glabrata

21.1. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 382.

1982.

Cassia indecora var. glabrata Vogel. Gen. Cass. Syn.19. 1837.

Figs. 2E, 3G e 10A -C.

Táxon sulamericano (Brasil e Paraguai), porém cultivado na Austrália, Estados Unidos e Bahamas

(Irwin & Barneby 1982, Randel 1988). Distribui-se por todo o Brasil no cerrado s. lat., em bordas de

florestas litorâneas e interioranas, pastagens e ambientes antropizados.

Material examinado selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, Guará, Horto do Guará,

4/IV/1961, fl., E. P. Heringer 8177 (UB). Goiás: Alto Paraíso, Camping Pesqueiro, 14º09`99``S,

47º37`40``W, 1154 m, 15/VI/2001, fl., L. H. Soares-Silva et al. 1067 (UB). Mato Grosso: Cáceres,

14/VII/2004, fr., J. A. Pedrosa 332 (UFMT); Cuiabá, arredores do aeroporto, 5/II/1979, fl., M. G. Silva &

A. Pinheiro 4469 (MG). Mato Grosso do Sul: Corumbá, 19º11`S, 57º28`W, 90 m, 8/VIII/1984, fl. fr., A.

Pott 1308 (UB).

21.2. Senna pendula var. paludicola (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New

York Bot. Gard. 35: 393. 1982.

40

Cassia pendula Humb. & Bonpl. ex Willd., Enum. Pl. 1: 440. 1809.

Fig. 10D e E.

Registrado por Irwin & Barneby (1982) para a Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai,

sendo que no Brasil ocorre disjuntamente no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul em bordas de

florestas estacionais, ciliares e de galeria, ou na transição destas com áreas campestres inundáveis como

no pantanal (Irwin & Barneby 1982; Alves & Sartori 2009; Souza & Bortoluzzi 2013).

Material examinado. BRASIL. Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, 8/V/2007, fl., F.M. Alves et al. 365

(CGMS).

21.3. Senna pendula var. tenuifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

394. 1982.

Cassia bicapsularis var. tenuifolia Benth., Fl. Bras. 15(2): 107. 1870.

Fig. 10F-H

Referido para o Brasil e Peru (Irwin & Barneby 1982). No Brasil possui distribuição principal na

Região Norte (AM, PA, RO e TO), mas adentra-se no estado de Goiás, na Região Centro-Oeste, como

verificado por Souza & Bortoluzzi (2013). É aqui citada primeiramente para o Mato Grosso onde cresce

em bordas de florestas ciliares e de galeria entre 260_1050 m.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Minaçu, encontro do córrego Mucambão com o rio Tocantins,

13º09`09``S, 48º08`44``W, 260 m, 15/VI/2006, fl., G. Pereira-Silva et al. 10738 (CEN, UFG); Leopoldo

de Bulhões, ca. 1050 m, 4/IV/2012, est., estrada em direção a cidade, J. P. Santos & M.M. Dantas 381

(UFG). Mato Grosso: Cáceres, 14/VII/2004, fr., J. A. Pedrosa 332 (UFMT).

22. Senna pentagonia var. valens H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 257. 1982.

Fig. 10I e J

Ocorre na Bahia, Maranhão, Goiás e São Paulo em áreas abertas do cerrado s. str., bordas de

florestas estacionais e ciliares e na caatinga entre 500-800 m (Irwin & Barneby 1982). Foi registrada

apenas para Goiás, neste estudo, crescendo próximo a afloramentos de calcário no cerrado s. str.

Material selecionado. BRASIL. Goiás: Campos Belos, estrada entre Campos Belos e Pouso Alto,

13º01`02``S, 46º22`19``W, 600 m, 24/IV/2001, fl. fr., R. C. Mendonça et al. 4171 (CEN, IBGE, NY).

23. Senna pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 241. 1982.

Cassia pilifera Vogel, Gen. Cass. Syn. 23. 1837.

Distribuí-se desde o México até a Argentina (Irwin & Barneby 1982), sendo no Brasil presente em

todas as regiões (Bortoluzzi et al. 2011), inclusive em todos os estados da região estudada.

Irwin & Barneby (l.c.) reconheceram três variedades para S. pilifera, as quais ocorrem no Centro-

Oeste e podem ser identificadas na chave abaixo.

41

Chave para as variedades de Senna pilifera ocorrentes na Região Centro-Oeste

1. Ramos densamente hirsutos; raque foliar 7_15 mm compr.; sépala interna 3-8 mm compr; anteras

abaxiais, excluindo-se o bico, (9) 10_15 mm compr. .................................................... 23.1. var. pilifera

1. Ramos glabrescentes ou espaçadamente hirsutos; raque foliar 3_6(9) mm compr.; sépala interna

4,5_7,5(8,5) mm compr.; anteras abaxiais, excluindo-se o bico, 4,5

_9,7mm compr.

2. Folíolos puberulentos em ambas as faces e inconspicuamente reticulados na face abaxial; estilete

claviformes; anteras abaxiais 6,5_9,7 mm compr. ................................................ 23.2. var. subglabra

2. Folíolos glabros em ambas as faces, conspicuamente reticulados na face abaxial; estilete em forma

de trombeta; anteras abaxiais 4,5_5,5 mm compr. ...................................................... 23.3. var. tubata

23.1. Senna pilifera var. pilifera

Fig. 10K_M

Encontrado na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai (Irwin & Barneby 1982). No Brasil

é registrado para todos os estados da Região Centro-Oeste, Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste,

e, Paraná e Rio Grande do Sul, na Região Sul, em bordas de florestas estacionais e áreas abertas de

cerrado s. str. entre 200_1200 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013).

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Abadiânia, Fazenda Mato Seco, margem do rio

Corumbá, 16º10`23`` S, 48º23`03``W, 9/V/2003, fl, G. Pereira-Silva et al. 7609 (CEN). Mato Grosso:

Alta Floresta, Fazenda Pontal, 10º33`19``S, 56º15`54``W, 19/IV/1997, fl., V. C. de Souza et al. 15113

(ESA). Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, Horto Barra da Moeda, 8/IV/1993, fl., A. D. Caliente 30 (UB).

23.2. Senna pilifera var. subglabra (S. Moore) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

243. 1982.

Cassia pilifera var. subglabra S. Moore, Trans. Linn. Soc. London, Bot. 4(3): 346. 1895.

Fig. 10N_P

Táxon americano (Norte no México, América Central, incluindo Cuba, e América do Sul - Bolívia,

Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), Irwin & Barneby (1982). No Brasil é registrada em todas

as regiões, sendo aqui primeiramente referenciado para os Estados do Ceará e Tocantins. Cresce

principalmente no cerrado e na transição deste com florestas em áreas pantanosas, ambientes em que foi

encontrada neste estudo.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, rio das Salinas, 28/IV/1981, fl., M.

Piedade 9 (NY). Goiás: Cocalzinho de Goiás, 70 km ao Norte de Corumbá de Goiás 20/I/968, fl., H.S.

Irwin et al. 18866 (NY). Mato Grosso: Novo Mundo, 9º34`49``S, 55º54`54``W, 291 m, 4/III/2007, fl., G.

S. Hanicka et al. 33 (INPA). Mato Grosso do Sul: Corumbá, 2/VIII/1985, fl., F. Chagas & Silva 794

(CEN).

Material adicional examinado. Ceará: Redenção, 5/VI/1983, fl., A. Fernandes & P. Bezerra (EAC 12068)

Tocantins: Santa Izabel, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia, 6 km da sede, 18/VI/1979, fl., F.

42

C. da Silva 186 (SP).

23.3. Senna pilifera var. tubata H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 245. 1982.

Fig. 11A_C

Referido para o Brasil, Bolívia e Paraguai (Irwin & Barneby 1982). Porém, no Brasil era citada

apenas para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Região Centro-Oeste), São Paulo e Minas Gerais

(Região Sudeste) e Paraná (Região Sul), sendo, portanto, referida primeiramente para Goiás, neste estudo.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Jataí, RPPN Pousada das Araras, 18º26`22``S,

51º59`43``W, 620 m, III/V, fl., L. S. Souza 2982 (HJ). Mato Grosso: Alto Paraguai, Serra das Araras, Vale

do Curupira, 4/VII/1994, fl. fr., B. Dubs 1457 (NY). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, RPPN da

UFMS, 20/III/2013, fl. fr., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 876; ib., 877 (UFG).

24. Senna quinquangulata (Rich.) H.S. Irwin & Barneby var. quinquangulata, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 153. 1982.

Cassia quinquangulata Rich. Actes Soc. Hist. Nat. Paris 1: 108. 1792.

Fig. 11D e E

Distribuí-se desde o México a Bolívia (Irwin & Barneby 1982), sendo no Brasil encontrado de

norte ao sudeste, embora, seja mais frequentemente nas regiões Centro-Oeste (MT), Norte (Roraima,

Amapá, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia) e Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,

Pernambuco), associada a florestas litorâneas ou interioranas, mas também em trechos savânicos na

Região Amazônica (Irwin & Barneby 1982; Lima 1999; Souza & Bortoluzzi 2013). Em concordância

com Souza & Bortoluzzi (2013) a ocorrência deste táxon foi confirmada para o Mato Grosso.

Material examinado. BRASIL. Mato Grosso: Matupá, BR-080. Agropecuária Cachinho. Fazenda São

José, Cemitério dos Cavalos, 10º12`S, 54º47´W, 25/IV/1997, fl., V. C. de Souza et al. 15681 (ESA).

25. Senna reticulata (Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 458. 1982.

Cassia reticulata Willd., Enum. Pl. 1: 443. 1809.

Fig. 11F e G

Ocorre desde o México até Bolívia (Woodson 1951; Irwin & Barneby 1982). No Brasil é registrada

para as regiões Centro-Oeste (MT, MS), Norte (AC, AM, AP, PA, RO), Nordeste (BA, CE, MA, PE, PI)

conforme Irwin & Barneby (1982), Queiroz (2009) e Souza & Bortoluzzi (2013), e está sendo aqui

primeiramente referenciada para a Região Sudeste (MG, SP) e para o Estado de Goiás, na Região Centro-

Oeste. Irwin & Barneby (l.c.) referiram este táxon para o estado de Goiás, no entanto, analisando a

coleção indicada por eles como voucher verificamos que o município de Filadélfia, onde a planta foi

coletada, pertence atualmente ao estado de Tocantins.

Material selecionado. BRASIL. Goiás: Goiânia, Campus II da UFG em frente ao Centro de aulas B,

43

20/04/2013, est., J. P. Santos 900 (UFG) Mato Grosso: Poconé, Pantanal, Rio Pixaim. 16°45`S, 56°51`W,

27/X/1991, fl., B. Dubs 1251 (NY). Mato Grosso do Sul: Paranaíba, Fazenda Nova Ponte, 16/04/2004,

fl., E.L. Jacques 1306 (CGMS).

Material adicional examinado. Tocantins: Filadélfia, 10/VII/1955, fl., fr., sem col. (4028 SP).

26. Senna rostrata (Mart.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 528. 1982.

Cassia rostrata Mart., Verh. Vereins Beford. Gartenbaues Konigl. Preuss. Staaten 3: 99. 1827.

Fig. 11H e I

Ocorre no Paraguai e no Brasil, sendo neste último encontrada em Minas Gerais, na Bahia e em

Goiás, crescendo em capoeiras, cerrado e cerradão entre 800-900 m (Irwin & Barneby 1982).

Material examinado. BRASIL. Goiás: Jataí, Queixada, 5/VII/1899, fl. fr., M. Macedo 1899 (NY, SP, US).

27. Senna rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 188. 1982.

Cassia rugosa G. Don, Gen. Hist. 2: 440. 1832.

Figs. 1H, 4F, 11J e K

Espécie Sulamericana, Bolívia, Brasil e Paraguai, (Irwin & Barneby, 1982). No Brasil é

encontrada de norte a sul, especialmente em trechos abertos de cerrado s. lat., em capoeiras de florestas

estacionais e como ruderal e invasora de culturas. Na região Centro-Oeste é bastante comum em todos os

estados nos ambientes citados anteriormente.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, próximo ao Palace Hotel,

13/V/1966, fl. fr., D. R. Hunt & J. F. Ramos 5464 (UB). Goiás: Chapadão do Céu e Mineiros, Parque

Nacional das Emas, 17º49`-18º28`S e 52º39`-53º10`W, 04/I/1999, fr., M. A. Batalha 5658 (ESA). Mato

Grosso: Barra do Garça, 500 m, 4/III/1973, fl., W. R. Anderson 9682 (UB). Mato Grosso do Sul: Três

Lagoas, 7/VI/1993, fr., A. Caliente et al. 503 (UB).

28. Senna septemtrionalis (Viv.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 365. 1982.

Cassia septemtrionalis Viv., Elench. Pl. 14. 1802.

Fig. 11L e M

Espécie nativa da América (México até a Argentina) e introduzida na África, Ásia e Austrália

(Irwin & Barneby 1982, Randell 1988). No Brasil ocorre disjuntamente no Distrito Federal e Santa

Catarina (Irwin & Barneby 1982, Souza & Bortoluzzi 2013) habitando florestas litorâneas, incluindo

ciliares e galeria.

Material examinado: BRASIL: Distrito Federal: Brasília, 20 km a Noroeste do córrego Landin, 900 m,

4/III/1966, fl., H.S. Irwin et al. 15611 (NY).

44

29. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 98. 1982.

Cassia siamea Lam., Encycl. 1 (2): 648. 1785.

Figs. 3H, 12A e B

Originária da Ásia, mas introduzida em diversos países do mundo (Irwin& Barneby 1982; Randell

1989). No Brasil é registrada de norte a sul na ornamentação urbana pelo seu porte satisfatório, belas

folhagens e flores. Na Região Centro-Oeste é comum em todos os estados.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, estrada de Goiânia para Anápolis,

26/XI/1976. fl., G. J. Shepherd et al. 3582 (MBM). Mato Grosso: Barra do Garça, Friboi, rua de terra

perto da Vila Militar, 23/X/2006, fl., K. Peixoto & O. Peixoto 40 (CGMS). Mato Grosso do Sul: Campus

da UFMS, 20/III/2013, fl., J. P. Santos & Antunes L. L. C. 857 (UFG).

30. Senna silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 87. 1982.

Cassia silvestris Vell. Fl. Flumin. 169. 1829.

Espécie com distribuição na América do Sul (Brasil, Colômbia, Paraguai e Venezuela) segundo

Irwin & Barneby (1982). Ocorre em todas as regiões do Brasil desde ambientes savânicos ate florestais

do litoral ao interior (Irwin & Barneby 1982).

Irwin & Barneby (1982) reconheceram para Senna silvestris duas subespécies (silvestris e bifaria),

e seis variedades, sendo três para a subespécie bifaria (bifaria, unifaria e velutina) e três para a silvestris

(guaranitica, sapindifolia e silvestris). Neste estudo, só nãofoi encontrado S. silvestris var. sapindifolia.

Chave para os táxons de Senna silvestris ocorrentes na Região Centro-Oeste

1. Folíolos usualmente glabros em ambas as faces

2. Folíolos predominantemente oblongos a oval-elípticos com bases não ou discretamente cordadas e

nervuras proeminentes na face abaxial .................................................................. 30.1. var. silvestris

2. Folíolos predominantemente ovais com bases conspicuamente cordadas; nervuras impressas na face

abaxial ............................................................................................................... 30.3. var. guaranitica

1. Folíolos indumentados em ambas as faces ou menos frequentemente apenas na abaxial.

3. Sépalas internas velutino-douradas externamente; frutos com 26-30 óvulos .......... 30.5. var. velutina

3. Sépalas internas glabras externamente; frutos com 30-58 óvulos.

4. Frutos verde-escuros, não ou discretamente reticulados; sementes unisseriadas ............................

............................................................................................................................. 30.4. var. unifaria

4. Frutos vináceos, com margens verde-escuras, conspicuamente reticulados; sementes bisseriadas

............................................................................................................................... 30.2. var. bifaria

30.1. Senna silvestris var. silvestris

Fig. 12C_E

Táxon citado para a Bolívia, Brasil, Guiana e Peru (Irwin & Barneby 1982). No Brasil foi referida

45

por Irwin & Barneby (1982) e Souza & Bortoluzzi (2013) para a Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso,

Tocantins, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e, é aqui citada primeiramente para o Acre, Amapá, Goiás,

Mato Grosso do Sul e Roraima, e também para a Colômbia. Cresce em bordas de florestas ciliar e de

galeria e em formações savânicas adjacentes entre 90-15000 metros (Irwin & Barneby 1982).

Material examinado selecionado. BRASIL. Goiás: Mineiros, Parque Nacional das Emas, 13/V/1995, fl.,

H. D. Ferreira 3931 (UFG). Mato Grosso: Rio Juruena, 700 m, 1/VIII/1963, fl. fr., J. B. Maguire 56525

(UB). Mato Grosso do Sul: Aquidauana, 50 km da estrada entre Aquidauana e Campo Grande, 20º26`S,

15º06`W, sem data, fl., S. S. Bridgewater et al. 505 (UB); Corumbá, Fazenda Itaporá, 19º14`S, 57º23W,

85 m, 10/IX/1989, fl. fr., A. Pott 4928 (UB).

Material examinado adicional. Acre: Rio Branco, Ilha Amapá, próximo de Rio Branco, 8/VII/1965, fl., J.

M. Pires 10030 (IAN). Amapá: Camaipi, reserva da EMBRAPA, 0º10`S, 51º37`W, 18/XI/1983, S. Mori

et al. 16335 (MG). Roraima: Planalto da Serra Tepequém, 1200 m, 19/II/1967, fl., G. T. Prance et al.

4544 (INPA). COLÔMBIA. Leticia: sem loc., 22/VIII/1946, fl., Schutes & G. A. Black 46-57 (INPA).

30.2. Senna silvestris var. guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 91. 1982.

Cassia guaranitica Chodat & Hassl., Bull. Herb. Boissier, sér. 2, 4: 824. 1904.

Figs. 3J e 12F e G

Mencionada por Irwin & Barneby (1982) para o Brasil e Paraguai, sendo no primeiro país até então

reportada apenas para o estado do Mato Grosso e, portanto, citada para Goiás neste estudo. Habita

solorargilosos e afloramentos rochosos no cerrado s. str., principalmente, na região da Chapada dos

Veadeiros.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Cavalcante, 13º37`07``S, 48º06`10``W, 21/V/2002, fl., G. Silva-

Silva, E. S. G. Guarino 6455 (CEN). Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, arredores, 12/VII/1997, fl.

fr., G. Hatschbach, A. Schinini & E. Barbosa 66717 (NY).

30.3. Senna silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 94.1982.

Figs. 1I, 3I, 4G, 12H-K

Táxon restrito ao Brasil (BA, DF, GO, MG, MT, MS, PR, SP, TO) em ambientes perturbados no

cerrado s. lat., pastagens, clareiras de florestas estacionais e bordas de floresta de galeria (Irwin &

Barneby 1982, Souza & Bortoluzzi 2013).

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Planaltina, cerca de 6 km sudoeste, rio

Piripau, 1000 m, 19/II/1970, fl., H.S. Irwin et al. 26388 (UB). Goiás: Leopoldo de Bulhões, ca. 1050 m,

estrada em direção à cidade, 4/IV/2012, fl., J. P. Santos & M.M. Dantas 381 (UFG). Mato Grosso:

Cuiabá, Vila Boa Esperança, 15/III/1982, fl., M. Marques 1 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Três Lagoas,

Horto Barra da Moeda, 20º59`S, 51º46`W, 10/II/1994, fl. P. Tavares 1519 (UB).

30.4. Senna silvestris var. unifaria H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 93. 1982.

46

Fig. 12P

Ocorre na Bolívia, Brasil e Paraguai, sendo que no Brasil era citada somente para o estado do

Mato Grosso do Sul por Irwin & Barneby (1982), crescendo no cerrado entre 300-500 m. Neste trabalho

está sendo primeiramente referenciado para o Mato Grosso.

Material selecionado examinado. BRASIL. Mato Grosso: Rosário do Oeste, Fazenda Nossa Senhora da

Conceição, 15º00`09``S, 56º18`63.4, 300 m, 22/III/2008, fl. fr., R. R. Silva et al. 1754 (UFMT). Mato

Grosso do Sul: Rodovia de Miranda para Campão, 15/12/1976, fl., G. J. Shepherd 4108 (SP, UEC).

30.5. Senna silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby Mem. New York Bot. Gard. 35: 93. 1982.

Fig. 12M_P

Endêmica do Brasil (Bahia, Goiás, Maranhão, Pará e Tocantins) ocorrendo em áreas abertas de

cerrado e na caatinga entre 150-550 m (Irwin & Barneby 1982).

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: 10 km ao Sul de Guará, 18/III/1968, fl., 550 m,

18/III/1968, fl. H.S. Irwin, H. Maxwell & D. C. Wasshausen 21326 (UB).

31. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 600. 1982.

Cassia spectabilis DC. Gato. Pl. Horti Monsp. 90. 1813.

Distribui-se desde os Estados Unidos até a Argentina, em florestas estacionais, capoeiras e

também como cultivada (Irwin & Barneby 1982). No Brasil é reportada para todas as regiões nos mesmos

ambientes cidados anteriormente até 1800 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Irwin &

Barneby (l.c.) reconheceram duas variedades para este táxons, ambas aqui também encontradas.

Chave para as variedades de Senna spectabilis presentes na Região Centro-Oeste

1. Folíolos com ápices acuminados .............................................................................. 31.1. var. spectabilis

1. Folíolos com ápices obtusos e mucronulados. ............................................................... 31.2. var. excelsa

31. 1. Senna spectabilis var. spectabilis

Fig. 12Q

Repete a distribuição da espécie, sendo no Brasil referido por Irwin & Barneby (1982) e Souza &

Bortoluzzi (2013) para as regiões Centro-Oeste (MT, MS) e Norte (AC, PA) em florestas úmidas e

estacionais, pastagens e também como ornamental até 800 m. Aqui é reportada primeiramente para Minas

Gerais, onde cresce em áreas brejosas no cerrado próximo a floresta estacional.

Material selecionado examinado. BRASIL. Mato Grosso do Sul: Antônio João, Fazenda Pérola do Vale,

14/II/2007, fl., K. R. Laitant 3 (CGMS).

Material adicional examinado. Minas Gerais: Iguatama, imediações da Fazenda da Gicia, Comunidade

Rural da Pedrinha, 5/V/2012, fl., J. P. Santos 417 (UFG)

31. 2. Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

604. 1982.

47

Cassia excelsa Schrad., Gött. Gel. Anz. 1 (72):717. 1821.

Figs. 12R_T

Reportada para o Equador e Brasil, sendo neste último, citada para toda a região Nordeste e para as

Regiões Centro-Oeste (DF, GO, MT), Norte (PA) e Sudeste (MG), no cerrado, caatinga e bordas de

florestas, entre 350-1100 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Na Região Centro-Oeste

está sendo citada primeiramente para o Mato Grosso.

Material examinado selecionado. BRASIL. Distrito Federal: Parque Nacional de Brasília, 4/II/1992, fl.,

M. A. G. Barros 2260 (UB). Goiás: Goiânia, próximo ao Setor São Judas, 8/XII/2011, fl., J. P. Santos 259

(UFG). Mato Grosso: Bela Vista, Rodovia para Ponta Pora, 16/III/1985, fl., G. Hatschbach & F. Zelma

(F) (falta numero). Mato Grosso do Sul: Bonito, 16/III/2004, fl., G. Hatschbach 77244 (MBM).

32. Senna spinescens (Hoffmanns. ex Vogel) H.S. Irwin & Barneby var. spinescens, Mem. New York

Bot. Gard. 35:213. 1982.

Cassia spinescens Hoffmanns ex Vogel, Gen. Cass. Syn. 27. 1837.

Fig. 13A e P

Distribui-se desde a América Central até a do Sul (Bolívia, Brasil, Peru e Venezuela), (Irwin &

Barneby 1982). No Brasil ocorre nas regiões Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e Norte

(Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins) em florestas ciliares, de galerias ou alagadas,

especialmente da porção norte do Brasil. Apesar ter sido referida para Goiás por Irwin & Barneby (1982)

e Souza & Bortoluzzi (2013) reiteramos que a mesma não ocorre no estado em questão, pois a porção do

Estado de Goiás na qual a mesma era citada corresponde atualmente ao estado de Tocantins.

Material selecionado examinado. BRASIL. Mato Grosso: Poconé, área do Sesc Pantanal, beira do Rio

Cuiabá, 13/VII/2006, fl., V. C. Souza, C. P. Caliari & P. B. Garcia 32329 (ESA). Mato Grosso do Sul:

Aquidauana, 50 km da estrada entre Aquidauana e Campo Grande, ca. 20`26`S, 15`06`W, sem data, fl., S.

S. Bridgewater et al. S505 (UB).

33. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 190. 1982.

Cassia splendida Vogel, Gen. Cass. Syn. 17. 1837.

Espécie nativa no Brasil, Paraguai e Uruguai, mas introduzida na Ásia e África (Irwin & Barneby

1982). No Brasil foi referida para toda a Região Nordeste e Sudeste, para o Paraná, na Região Sul, e para

o estado de Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste, habitando bordas e interiores de matas ciliares,

galerias e florestas estacionais semideciduais, além de caatinga e formações abertas no cerrado. (Irwin &

Barneby 1982, Souza & Bortoluzzi 2013). Irwin & Barneby (1982) reconheceram para esta espécie as

variedades splendida e gloriosa, ambas confirmadas neste estudo.

Chave para as variedade de Senna splendida ocorrentes na Região Centro-Oeste

48

1. Sépalas internas e externas discretamente distintas em tamanhos, as externas com ápices arredondado a

obtusos ........................................................................................................................ 33.1.var. splendida

1. Sépalas internas e externas semelhantes em tamanho, as externas com ápices acuminados ................

....................................................................................................................................... 33.2. var. gloriosa

33. 1. Senna splendida var. splendida

Fig. 13C_E

Repete a distribuição da espécie e está sendo primeiramente citada aqui par a o estado de Goiás.

Material selecionado examinado. BRASIL. Goiás: Teresópolis de Goiás, RPPN Santa Branca,

2/VII/2012, est., J. P. Santos et al. 507 (UFG), 22/V/1973, fl., Rizzo, J. A. & Barbosa, A. 9035 (ESA,

UFG). Mato Grosso do Sul: Bela Vista, córrego Capei, 17/III/1985, fl., G. Hatschbach & J. M. Silva

49181 (NY).

33. 2. Senna splendida var. gloriosa H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 192. 1982.

Fig. 13F

Táxon brasileiro registrado por Irwin & Barneby (1982), Queiroz (2009) e Souza & Bortoluzzi

(2013), até então registrado apenas para a região Nordeste (AL, BA, CE, MG, PB, PE, RN), crescendo

caatinga, cerrado s. lat. e áreas ecotonais, e também litorâneas. Está sendo aqui primeiramente referida

para a Região Centro-Oeste, onde foi encontrada em área antropizada no estado de Goiás.

Material eaxaminado: BRASIL. Goiás: Mambaí, 14º28`S, 46º10`W, 734 m, 30/V/2003, fl., R. C. Martins

et al. 311 (UB).

34. Senna tapajozensis (Ducke) H.S. Irwin, Mem. New York Bot. Gard. 35:175 1982.

Cassia tapajozensis Ducke., Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro. 4: 57. 1925.

Fig. 13G e H

Ocorre na Bolívia e no Brasil, sendo neste último encontrada nas regiões Norte (exceto RR) e

Centro-Oeste (MT, MS) entre 25-450 metros em áreas savânicas, especialmente na Região Amazônica, e

abertas do cerrado (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2012).

Material selecionado examinado: BRASIL. Mato Grosso: Aripuanã, beira da estrada Juruena-Aripuanã,

10º22`S, 58º48`W, 9/VI/1997, fl., V. C. Souza et al. 18545 (ESA).

35. Senna uniflora (Mill.) H.S.Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 258. 1982.

Cassia uniflora Mill., Gard. Dict., ed. 8, Cassia n° 5. 1768.

Fig. 13I e J

Distribuí-se do México até a América do Sul (Brasil, Equador e Venezuela), Irwin & Barneby

49

(1982). Habita diversos tipos de ambientes, mas é mais frequente como ruderal, em áreas agricultáveis,

antropizadas e de pastagens, associadas ao cerrado e a florestas estacionais. No Brasil, é encontrada em

todas as regiões, exceto a Sul, em ambientes semelhantes aos de sua distribuição original.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Rodovia BR-020, 20 km de Alvorada do Norte, 10/X/1976, fl., G.

Hatschbach et al.39108 (MBM).

36. Senna velutina (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 232. 1982.

Cassia velutina Vogel, Gen. Cass. Syn. 24. 1837.

Fig. 13K e L.

Espécie sulamericana registrada para a Bolívia, Brasil, Guiana, Paraguai e Venezuela (Irwin &

Barneby 1982). No Brasil é registrada para Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Goiás Minas

Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, São Paulo e Tocantins, crescendo em bordas de florestas

estacionais, ciliares e ou de galeria, bem como, no cerrado s. str.

Material selecionado examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, fundos do palácio Buriti,

28/XII/1973, fl., E. P. Heringer 13051 (UB); ib., H.S. Irwin et al. 21333 (MO, NY, UB). Goiás: Caipônia,

estrada para a Serra do Caiapó a 5 km, 15/IX/2012, fr., J. P. Santos, M. J. Silva & M. Y. S. Hashimoto 555

(UFG). Mato Grosso: Barra do Garça, ca. 35 km, 4/V/1978, fr., W. R. Anderson 9703 (UB). Mato

Grosso do Sul: Campo Grande, cerrado na saída em direção a Cuiabá, 21/III/2013, fl., J. P. Santos & L.

L. C. Antunes 868 (UFG).

Considerações finais

Das 36 espécies de Senna ocorrentes na Região Centro-Oeste, apenas S. siamea não é nativa, pois

é de origem asiática, embora seja difundida por vários países do mundo. Onze táxons foram registrados

como endêmicos do Brasil (Senna cana var. cana, S. cana var. hypoleuca, S. corifolia var. corifolia, S.

corifolia var. caessia, S. hirsuta var. leptocarpa, S. macranthera var. bifaria, S. macranthera var.

macranthera, S. macranthera var. nervorsa, S. macranthera var. micans, S. macranthera var. velutina, S.

neglecta var. grandiflora e S. pentagonia var. valens) e os demais são amplamente distribuídos nas

Américas, sendo que S. alata, S. hirsuta, S. obtusifolia, S. occidentalis ocorrem em outras regiões do

mundo como cultivadas ou subespotâneas, associadas a ambientes pertubardos.

Na Região Centro-Oeste do Brasil, o estado do Mato Grosso se destacou com o maior número de

espécies (26 spp), seguido de Goiás (25), Mato Grosso do Sul (23) e Distrito Federal (18). No entanto, a

menor representatividade do gênero estudado no Distrito Federal pode ser consequência de um menor

esforço de coleta, ou ainda, da carência de botânicos taxonomistas. O elevado número de táxons

encontrado mostra a importância da Região Centro-Oeste no que diz respeito à diversidade taxonômica

do gênero Senna evidenciando a necessidade de estudos taxonômicos mais aprofundados sobre o mesmo

50

e a necessidade de preservação dos tipos vegetacionais presentes nesta.

Agradecimentos

A CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão da

bolsa de estudos ao primeiro autor através do projeto “Padrões de diversidade de leguminosas nos Biomas

brasileiros: ligando taxonomia e moléculas para o entendimento da evolução da biota do Brasil”

coordenado pelo professor Dr. Luciano Paganucci de Queiroz; ao Cristiano Gualberto pela confecção das

ilustrações; a Universidade Federal de Goiás pelo uso das instalações do Laboratório de Morfologia e

Taxonomia vegetal, e apoio no transporte durante as expedições botânicas; e aos curadores dos herbários

listados pela agradável recepção e empréstimo de suas coleções para complementação deste estudo.

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Acesso em 4/2013.

53

Figura. 1. A-C. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby: A. ramo florido; B. ramo com acúleos

e estípulas; C. detalhe da inflorescência e brácteas; D e E. S. alata (L.) Roxb.: D. Hábito; E. detalhe da

inflorescência e brácteas; F. S. obtusifolia (L.) Irwin & Barneby: hábito. G. S. occidentalis (L.) Link: ramo

fértil; H. S. rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby, ramo fértil. I. S. silvestris var. bifaria H.S. Irwin &

Barneby: hábito. Imagens: M. J. Silva 2012.

A B C

D

G

E

I

F

H

54

Figura 2. Padrões de folhas e estípulas nas espécies estudadas. Folhas - A. Senna alata (Pohl ex Benth.) H.S.

Irwin & Barneby; B. S. cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby; C. S. mucronifera

(Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby; D. S. multijuga var. multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby. E. S.

pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. Estípulas. F. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S.

Irwin & Barneby. G. S. corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby. H. S. mucronifera. I. S.

occcidentalis (L.) Link. Imagens: M. J. Silva & J. P. Santos 2012.

BA

D

C

G H I

FE

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

Manuscrito II

Sistemática e diversidade do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) no estado

de Goiás, Brasil

67

Sistemática e diversidade do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) no

estado de Goiás, Brasil1

A ser enviado ao

periódico:

68

Sistemática e diversidade do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) no

estado de Goiás, Brasil1

Josimar Pereira Santos2,3

& Marcos José da Silva2

1Parte da dissertação de Mestrado do primeiro autor desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação

em Biodiversidade Vegetal da Universidade Federal de Goiás.

2Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Geral,

Campus Samambaia II, CP. 131. 74001-970, Goiânia, GO, Brasil.

3Autor para correspondência: [email protected]

69

RESUMO – (Sistemática e diversidade do gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae,

Cassieae) no Estado de Goiás, Brasil). É apresentado o tratamento taxonômico para as espécies do gênero

Senna presentes no estado de Goiás. Foram encontradas 25 espécies, 4 subespécies e 26 variedades.

Senna pilifera var. tubata, S. silvestris var. guaranitica, S. splendida var. splendida e S. splendida var.

gloriosa são primeiramente referenciados para Goiás, enquanto que S. latifolia e S. spinescens, embora

citadas para Goiás, foram excluídas deste estudo, porque suas distribuições condizem com os limites

atuais do Estado de Tocantins. São apresentados chave de identificação, descrições, ilustrações, e

comentários sobre relações morfológicas, ecologia e distribuição geográfica dos táxons.

Palavras-chave: Cassiineae, Fabaceae, taxonomia, novas ocorrências

ABSTRACT – Systematics and diversity of the genus Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae,

Cassieae) in the state of Goiás, Brazil). It is presented the taxonomic treatment to species of the genus

Senna presents in the state of Goiás. Twenty five species, 4 subspecies and 26 varieties were founded.

Senna pilifera var. tubata, S. silvestris var. guaranitica, S. splendida var. splendida e S. splendida var.

gloriosa are first recorded for Goiás, while S. latifolia and spinescens, although cited for Goiás, were

excluded this study because their distributions are consistent with the current limits of the State of

Tocantins. Key to identification, descriptions, illustrations, and comments on morphological relations,

ecology and geographic distribution of taxa are presented.

Key words: Cassiineae, Fabaceae, taxonomy, new records

70

Introdução

Senna com aproximadamente 350 espécies tropicais, 280 das quais americanas e cerca de 80

presentes no Brasil é o maior gênero da tribo Cassieae, subtribo Cassiienae (Irwin & Barneby 1982;

Souza & Bortoluzzi 2013). O gênero inclui espécies de hábitos variados, folhas paripinadas usualmente

com nectários entre os pares de folíolos, flores zigomorfas ou assimétricas com androceu heteromórfico e

pelo menos três estaminódios, pedicelo sem bractéolas e frutos usualmente indeiscentes (Irwin & Barneby

1982).

Senna foi descrito por Miller (1874) e estava mantido em Cassia s. lat. juntamente com os gêneros

Cassia L. e Chamaecrista Moench até 1982, quando então foi revisado e segregado como gênero

independente por Irwin & Barneby, que reconheceram para o mesmo, as seções: Astroites H.S. Irwin &

Barneby, Chamaefistula (Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Paradictyon H.S. Irwin & Barneby, Peiranisia

(Raf.) H.S. Irwin & Barneby, Psilorhegma (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, e Senna, a maioria das quais

não monofiléticas (Marazzi et al. 2006).

Desde que Senna foi revisado, poucos são os estudos taxonômicos considerando suas espécies nas

Américas, particularmente no Brasil onde o mesmo, embora bem representado (ca. 80 spp.), tem sua

taxonomia tratada apenas nos estudos de Lewis (1987) para a Bahia, Lima (1999) para Pernambuco,

Bortoluzzi et al. (2011) para Santa Catarina, Rodrigues et al. (2005) para o Rio Grande do Sul e Queiroz

(2009) para o bioma Caatinga. Apesar disto, o gênero é frequentemente citado em estudos florísticos e

fitossociológicos, o que demonstra a necessidade de estudos taxonômicos sobre o mesmo no país.

Considerando a escassez de estudos sobre Senna no Brasil, principalmente na região Centro-

Oeste, a difícil delimitação de seus táxons, principalmente os infraespecíficos, é aqui fornecido um

tratamento taxonômico sobre o gênero para o estado de Goiás.

Material e métodos

O estado de Goiás com uma superfície de aproximadamente 642.092 km², localiza-se a leste da

Região Centro-Oeste delimitando-se com os estados de Tocantins (norte), Bahia (noroeste), Minas Gerais

(sudoeste), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (leste). Possui relevo desde plano a montanhoso com

altitudes entre 200 e 1800 metros, sendo suas cotas mais expressivas na Serra dos Pireneus, dos Cristais e

na Chapada dos Veadeiros. Seu clima é o AW Köppen (1948) com duas estações bem definidas, sendo

uma seca (entre abril e setembro) e uma chuvosa (outubro a março) com precipitações por volta de 1500

mm e temperatura entre 18-26ºC. Inclui tipos vegetacionais savânicos (cerrado s. str., cerrado rupestre),

campestres (campos sujos e limpos, campo rupestre) e florestais (cerradão, florestas perenifolias a

deciduais, além de ciliares e de galeria), os quais abrigam uma flora diversificada e ainda pouco

conhecida (Gomes 1966; Rizzo 1981).

Foram realizadas 45 excursões a diferentes municípios de Goiás entre agosto de 2011 e novembro

71

de 2012 para coleta de material botânico e observação das populações em campo conforme a metodologia

de Mori et al. (1989). O material coletado foi depositado no acervo do Herbário UFG da Universidade

Federal de Goiás. Para descrição das espécies analisou-se todos os espécimes coletados, bem como

exsicatas provenientes dos herbários CEN, CGMS, COR, EAC, ESA, F, HISA, HJ, HUEFS, HUFU, IAN,

IBGE, INPA, IPA, K, NY, MBM, MG, MO, SP, UB, UFG e UFMT, listados conforme Thiers (2012).

A identificação dos espécimes baseou-se em Irwin & Barneby (1982), na consulta a protólogos e

por comparação com coleções herborizadas, incluindo typus. A terminologia das estruturas vegetativas e

reprodutivas usadas no trabalho seguiu Irwin & Barneby (1982) e, quando necessário, complementou-se

com Radford et al. (1974) e Harris & Harris (2001). Os comentários sobre a distribuição geográfica dos

táxons foram baseados principalmente nas informações obtidas durante as coletas, contidas nos rótulos

das exsicatas e nos trabalhos de Irwin & Barneby (1982) e Bortoluzzi et al. (2011).

As ilustrações dos táxons foram feitas em um estereomiscrocópio Zeiss com câmara clara

acoplada e constam principalmente de um ramo fértil e de caracteres relevantes para o

reconhecimento dos mesmos. A abreviação das obras segue o Taxonomic Literature (Stafleu &

Cowan 1976), o Botanico-Periodicum-Huntianum (Lawrence et al. 1968) e o Botanico-

Periodicum-Huntianum/Supplementarum (Bridson & Smith 1991), enquanto que a dos nomes dos

autores estão de acordo com Brummitt & Powell (1992).

Resultados e discussão

Senna Mill., Gard. Dict. Abr. ed. 4, v. 3. 1754.

Subarbustos, arbustos ou árvores. Ramos eretos, escandentes ou apoiantes, cinlíndricos a

angulados, glabros a variadamente indumentados. Estípulas lineares a reniformes, membranáceas a

coriáceas, persistentes ou caducas, com ou sem base nectarífera. Folhas paripinadas, alternas e espiraladas

com (1)2-36 pares de folíolos, opostos, membranáceos a coriáceos com bases oblíquas. Nectáros

pedicelares e, ou foliares, sésseis ou estipitados, quando foliares, na base do pecíolo ou entre os pares de

folíolos com formas e dimensões variadas. Racemos ou panículas, axilares ou terminais, os racemos com

(1) 2-multifloros, típicos, umbeli- ou corimbiformes, as panículas com eixos secundários racemosos ou

corimbiformes; brácteas verdes, verde-amareladas ou amarelas e, neste caso, petaloides, caducas ou

persistentes; bractéolas ausentes. Flores 5-meras, pediceladas, bissexuais, zigomorfas ou assimétricas,

pétalas heteromórficas, usualmente côncavas, unguiculadas e visivelmente nervadas, sendo uma posterior,

duas postero-laterais e duas antero-laterais; sépalas livres, heteromórficas, sendo duas externas menores e

três internas maiores, verdes a amareladas ou ferrugíneas, androceu heteromórfico a subisomórfico,

estames 10, 3 abaxiais, sendo 1 central vestigial, ou não, e 2 laterais, 4 medianos e 3 estaminódios,

anteras poricidas, iso ou anisomórficas, com ou sem bico, glabras ou indumentadas. Ovário séssil ou

estipitado, usualmente voltado para um dos lados da flor, glabro a variavelmente indumentado, estigma

72

punctiforme a dilatado. Legumes indeiscentes ou tardiamente deiscentes, cilíndricos, quadrangulares ou

planos, glabros ou indumentados, alados ou não, retos ou curvos, ascendentes ou pêndulos. Sementes

retangulares a elipsoides, castanho-claras a escuras ou oliváceas, uni ou bisseriadas e com ou sem linhas

fraturais.

No estado de Goiás, Senna está representado por 25 espécies, quatro subespécies e 22

variedades, sendo a diversidade específica aqui encontrada correspondente a 30% da encontrada no

Brasil. O gênero constitui um importante elemento florístico estando presente em todos os tipos

vegetacionais onde chama atenção pelas flores com pétalas amarelas, o que auxília seu reconhecimento.

Taxonomicamente, Senna pode ser confundido com Chamaecrista e Cassia, onde difere de

Chamecrista, pelas folhas usualmente com nectários, não côncavos, entre os pares de folíolos, flores sem

bractéolas no pedicelo e frutos não elasticamente deiscentes e de Cassia, pelas folhas com nectários e

flores com estames abaxiais não sigmoides com anteras abrindo-se poros apicais.

As espécies de Senna presentes em Goiás se diferenciam pricipalmente pela presença e

localização ou ausência de nectários foliares, número de pares de folíolos, simetria floral, tipo e

estruturação das flores nas inflorescências, orientação do fruto e seu contorno em seção transversal e

arranjo das sementes. Estas espécies podem ser reconhecidas pela chave abaixo:

Chave para identificação das espécies de Senna ocorrentes em Goiás

1. Folhas sem nectários.

2. Ramos e raque foliar aculeados; estípulas e folíolos com ápices espinescentes ............. 1. S. aculeata

2. Ramos e raque foliar sem acúleos; estípulas e folíolos sem ápices espinescentes.

3. Folíolos distais obovais; estípulas com base provavelmente secretora, persistentes; racemos com

flores agregadas no ápice; brácteas amarelas e petaloides.

4. Frutos com duas alas laterais ............................................................................................ 2. S. alata

4. Frutos sem alas laterais ............................................................................................17. S. reticulata

3. Folíolos distais oblongos a oblongo-elípticos; estípulas sem base secretora, caducas; panículas;

brácteas verdes-claras e não petaloides.

5. Eixos secundários das panículas corimbiformes; flores zigomorfas; anteras com bico; frutos

planos.

6. Folíolos com ápices retusos; frutosquebradiços com superfície ondulada e não reticulada,

ligeira a fortemente curvos .................................................................................... 20. S. siamea

6. Folíolos com ápices obtusos a agudos ou acuminados; frutos não quebradiços com superfície

conspicuamente reticulada, retos ........................................................................ 21. S. silvestris

5. Eixos secundários das panículas racemosos; flores assimétricas; anteras sem bico; frutos

subquadrangulares a subcilíndricos .................................................. 22. S. spectabilis var. excelsa

1. Folhas com nectário.

73

7. Nectário na base do pecíolo.

8. Folhas com (5) 6_10 pares de folíolos .......................................................................... 4. S. cernua

8. Folhas com 3_5(6) pares de folíolos.

9. Caule, ramos e folíolos glabros a glabrescentes; brácteas com máculas vináceas; estame

centro-abaxial ausente ou vestigial ............................................................... 13. S. occidentalis

9. Caule, ramos e folíolos hirsutos, tomentelos a velutinos; brácteas sem máculas; estame centro-

abaxial presente e desenvolvido.

10. Folíolos com ápices obtusos; frutos planos em secção transversal ....................................

.............................................................................................. 11. S. neglecta var. grandiflora

10. Folíolos com ápices acuminados; frutos subquadrangulares a subcilíndricos em seção

transversal ........................................................................................................... 7. S. hirsuta

7. Nectário entre os pares de folíolos.

11. Folhas com dois pares de folíolos, muito raramente um, em alguns indivíduos de S. rugosa.

12. Nectário no primeiro par de folíolos.

13. Arbustos a árvores com ramos pendentes; folíolos largamente elípticos a oval-elípticos

com ápices acuminados, cartáceos; nectário faloide; inflorescência com eixo principal

reflactiflexo ........................................................................... 6. S. georgica var. georgica

13. Subarbustos a arbustos com ramos eretos ou apoiantes; folíolos oblongos com ápices

arredondados, papiráceos; nectário cilíndrico-clavado; inflorescência com eixo

principal reto ......................................................................................... 23. S. splendida

12. Nectário nos dois pares, raro apenas no primeiro par de folíolos em S. macranthera.

14. Ramos esparsa a densamente hirsutos; nectários fusiformes a subulados; racemos com

1-3 flores; frutos lineares ............................................................................. 16. S. pilifera

14. Ramos tomentosos; nectários globoso-apiculados a ovóides; inflorescência com mais

que 6 flores; frutos cilíndricos.

15. Arbustos cespitosos; folíolos geralmente oblongo-obovais com ápices obtusos e

bases ligeiramente assimétricas; flores em racemos ........................... 19. S. rugosa

15. Arbustos a árvores; folíolos geralmente elípticos com ápices acuminados e bases

fortemente assimétricas; flores em panículas ............................. 8. S. macranthera

11. Folhas geralmente com três a muitos pares de folíolos, raro dois em S. mucronifera e S. corifolia

var. corifolia.

16. Folíolos coriáceos; estípulas reniformes e coriáceas .............................................. 5. S. corifolia

16. Folíolos cartáceos ou papiráceos; estípulas não reniformes e não coriáceas.

74

17. Racemos curtos (até 3 cm compr.), geralmente com 1-3, raro 4 flores, reunidas no ápice

semelhante um umbela ou corimbo; folíolos obovais de ápices obtusos ou arredondados e

mucronulados.

18. Frutos subquadrangulares 4-alados ........................................................ 15. S. pentagonia

18. Frutos subcompressos ou cilíndricos não alados.

19. Ramos, pedicelo, eixo da inflorescência, face externa das estípulas, brácteas, sépalas e

frutos geralmente velutino-ferrugíneos; anteras sem bico; frutos lomentáceos

................................................................................................................ 24. S. uniflora

19. Ramos, pedicelo, eixo da inflorescência, face externa das estípulas, brácteas e sépalas

e frutos glabros a tomentosos não ferrugíneos; anteras com bico; frutos não

lomentáceos.

20. Folhas com 5 a 6 pares de folíolos; nectário pedicelar presente ...... 18. S. rostrata

20. Folhas com 3, raro dois pares de folíolos; nectário pedicelar ausente.

21. Plantas glabras a glabrescentes; nectários fusiformes; bico das anteras

abaxiais < 2 mm compr.; frutos cilíndricos, raro subquadrangulares ...........

................................................................................................ 12. S. obtusifolia

21. Plantas curto-tomentosas; nectários cilíndricos; bico das anteras abaxiais > 2

mm compr.; frutos subcompressos ....................................... 9. S. mucronifera

17. Racemos longos (> 3,5 cm compr.) com mais que seis flores regularmente distribuídas na

raque ou panículas; folíolos de formas e ápices variados, mucronulados ou não.

22. Folhas com 8-36 pares de folíolos predominatemente oblongos ou oblongo elípticos com

ápices retusos a arredondados; flores em panículas ................................ 10. S. multijuga

22. Folhas com 3-8 (11) pares de folíolos de formas e ápices variados; flores em racemos ou

falsas panículas quando na terminação de ramos desfolhados.

23. Arbusto com ramos pendentes ou apoiantes, glabros a glabrescentes; folíolos

glabros a glabrescentes; flores zigomorficas sem nectários no pedicelo; estames

latero-abaxiais muito curvos e voltados um para o outro ...................... 14. S. pendula

23. Arbusto com ramos retos e não apoiantes, tomentosos a velutinos; folíolos

indumentados; flores assimétricas com nectários no pedicelo; estames latero-abaxiais

ligeiramente curvos e não voltados um para o outro.

24. Ramos, densamente velutinos; folíolos predominantemente oblongo-obovais a

obovais com ápices conspicuamente mucronados e com pelo menos a face abaxial

velutino-ferrugínea; frutos subquadrangulares ................................. 25. S. velutina

75

24. Ramos, curta e esparsamente tomentosos; folíolos predominantemente ovais a

oval-lanceolados com ápices não ou discretamente mucronulados e com a face

abaxial glabrescente a esparso-tomentosa; frutos lineares ....................... 3. S. cana

1. Senna aculeata (Pohl ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 478 1982.

Cassia aculeata Pohl ex Benth., Fl. Bras.15(2): 128, pl. 39. 1870.

Figs. 1_5

Nomes populares: quebra-de-dourado (MS), mata-pasto, mata-pasto amarelo (CE), canafistula-de-lagoa

(PI)

Arbustos 0,9_3 m alt.; ramos jovens e face dorsal da raque foliar aculeados, verde-claros a

glaucentes. Estípulas 1,7_5,3×1

_3,4 cm, oval-oblongas a oval-triangulares, base cordada, ápice

espinescente, cartáceas, persistentes. Folhas 15,5_26 cm compr.; folíolos 9

_16 pares, 1,7

_5,8×1,1

_1,7 cm,

oval-oblongos, oblongos a ovais, ápices espinescentes, margem plana, cartáceos. Nectários foliares

ausentes. Racemos 6_62 cm compr., terminais com mais de 6 flores, usualmente agregadas no ápice, eixo

com tricomas captados. Brácteas 1,2_2×1

_1,6 cm, largamente elípticas a obovais, ápice obtuso a

arredondado, petaloides, amarelas com tricomas capitados externamente, caducas. Flores 2,2_2,8 cm

compr., zigomorfas, pétalas amarelo-ouro; pedicelo 1_1,5 cm compr. com tricomas captados; sépalas

1,3_1,7×0,6

_0,8 cm, obovais a oblongo-elípticas, ápice arredondado, pubescente externamente, amarelas;

pétalas 1,4_1,6×0,7

_1,3 cm, ovais a orbiculares, ápice arredondado a levemente truncado, base cuneada a

truncada; estames abaxiais 3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 6,6_7 mm compr.,

anteras 2,1_2,4 mm compr. e 0,4

_1 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 3

_4 mm compr., anteras

7,8_8,2 mm compr. e bico 0,8

_1 mm compr., estames medianos 4, filetes 2,1

_3,5 mm compr., anteras

3_3,2 mm compr. e bico 0,8

_0,9 mm compr., estaminódios 2,8

_3,8 mm compr., lâmina irregularmente

enrolada; ovário 18_20×0,23

_0,35 mm, glabro, estilete 5

_7 mm compr., estigma punctiforme, estípite

1,2_2 mm compr., óvulos 24

_26, unisseriados. Frutos 9,2

_11×2

_2,6 cm, oblongos, planos, retos a

levemente curvos, com máculas castanho-claras quando imaturos ou enegrecidos, quando maturos,

indeicentes, estípete 2,5_5 mm compr. Sementes 0,8

_1×0,3-0,5 cm, oblongo-elípticas, castanho

_claras a

escuras, lustrosas.

Distribui-se nas Américas Central e do Sul (Irwin & Barneby 1982). No Brasil é registrada para

todas as regiões com exceção da Região Sul crescendo frequentemente em ambientes úmidos e brejosos

associados a distintos tipos vegetacionais, e ainda em área perturbada ou como ruderal. Neste estudo, foi

encontrada em ambientes semelhantes ao de sua distribuição no país e também em áreas de pastagens, ou

próximas de cursos d’água entre 95_550 metros.

Senna aculeata é a única entre as espécies estudadas a possuir ramos jovens e face dorsal da raque

foliar aculeados, além de folíolos com ápices espinescentes e estípulas oval-oblongas a oval-triangulares

76

com base cordada com acúleo e ápice espinescente e frutos oblongos, o que a torna fácil de ser

reconhecida.

Assemelha-se morfologicamente a S. alata pelas inflorescências com flores agregadas no ápice e

brácteas amplas (1,2_2×1 cm compr.), petaloides e amarelas. No entanto, S. alata é uma espécie sem

acúleos, com frutos alados, estípulas triangular assimétricas ou falcado-triangulares de base

provavelmente secretora e ápice agudo. Floresce de agosto a julho e frutifica de maio a outubro.

Material examinado: BRASIL. Goiás: Flores de Goiás, Fazenda do Senhor Santos, 14º31`53``S,

46º48`42``W, 8/XII/2003, fl., G. Pereira-Silva et al. 8336 (CEN); Goiânia, Bairro Goiânia II, imediações

da Praça, 8/VI/2012, fl. fr., J. P. Santos, M. M. Dantas & M. J. Silva 431 (UFG); ib., avenida que dá

acesso ao Bairro Nossa Morada, 9/II/2012, fl., J. P. Santos & J. Neiva Neto 291 (UFG); Indiara, GO-320

de Indiara à Paraúna, km 7, 17º08`S, 50º05`W 550 m, 13/VII/1993, fl. fr., G. P. da Silva et al. 1485

(CEN); Piranhas, 10 km a leste de Goiás, 25/VII/1977, fl., G. Hatschbach 40113 (NY).

Material adicional examinado. Mato Grosso: Poconé, ca. de 120 km da Rodovia Transpantaneira,

Fazenda Santa Isabel, 23/VIII/1992, fl., A. L. Do Prado et al. 5411 (UFMT); ib., Capão dos Macacos,

14/VI/1998, fl., M. M. Pinto 6815 (UFMT); ib., sentido ao Hotel Pixain, 16º40`88,40``S, 56º48`97,1``W,

4/VI/2008, fl., R. R. Silva 1804 (UFMT); ib., Fazenda Ipiranga aproximadamente 10 km ao Sul de

Poconé, 19/IX/1991, fl., M. Schessl s/n (UFMT 35528); ib., 26/VII/1977, fl. fr., A. C. Allem & G. Vieira

1019 (CEN); ib., Fazenda Nossa Senhora Aparecida, 30/III/2004, fl., L. Rebellato 261 (UFMT); sem

mun., Fazenda Jofre, 17º10,17`S, 56º50`W, 14/VI/1979, fl. fr., G. T. Prance, G. B. Schaller & M. Becker

26207 (CEN); ib., 26135 (CEN). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Baía do Cocho, Fazenda Leque,

19º14`S, 57º03`W, 95 m, 15/II/1990, fl. fr., V. J. Pott et al. 1293 (UB); ib., área do Pantanal,

19/VIII/1991, fr., A. C. Cervi et al. 3346 (UB); ib., 6/VII/1997, fr., V. F. Kinupp 1090 (UB). Piauí: Buriti

dos Lopes, entre Jurema e Esperança, 31/V/1979, fl. fr., A. J. Castro & E. Nunes (EAC 6248); Corrente,

entre Corrente e Cristalândia, 14/V/1982, fr., A. Fernandes (EAC 11277). Tocantins: Porto Nacional, em

direção a Ponte Alta do Norte, 20 km de Ponte Alta do Norte, 6/X/1973, fl. fr., J. A. Rizzo 9318 (UFG).

2. Senna alata (L.) Roxb., Fl. ind. 2: 349. 1824.

Cassia alata L., Sp. Pl. 1: 378. 1753.

Figs. 6-10

Nomes populares: candelabro (RS), fedegoso (GO, MT, MS), mangiroba-grande (PA) e maria-mole (PI),

mata-pasto (GO).

Arbustos a arvoretas 08-3,5 m alt.; ramos verde-claros a escuros, glabros a puberulentos incluindo

raque foliar e da inflorescência, pedicelo, face externa das estípulas brácteas e sépalas. Estípulas

1,3_2,2×0,8

_1 cm, triangular-assimétricas ou falcado-triangulares, ápice agudo, às vezes mucronulado,

base provavelmente secretora, cartáceas, persistentes. Folhas 31-70 cm compr., folíolos 7 a 14 pares, 7-

77

15×2_6,5 cm, oblongo-obovais a obovais, raro oval-oblongos, ápice arredondado a obtuso e mucronulado,

margem plana, cartáceos ou membranáceos. Nectários foliares ausentes. Racemos 12_32 cm compr.,

terminais, com mais de 6 flores, usualmente agregadas no ápice. Brácteas 2_2,7×1,3

_1,6 cm largamente

elípticas a ovais, ápice obtuso a arredondado, petaloides, amarelas, caducas. Flores 2_2,3 cm compr.,

zigomorfas, corola amarela; pedicelo 0,5_1,2 cm compr.; sépalas 1,3

_1,5×0,7

_1 cm, oblongo-elípticas a

obovais, ápice arredondado a levemente obtuso; pétalas 1,4_2,3×0,6

_1,3 cm, obovais, a pétala posterior

panduriforme, base cuneada a truncada, ápice arredondado a emarginado; estames abaxiais 3, anteras

anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 8_8,3 mm compr., anteras 4,8

_5 mm compr. e bico 0,9

_1 mm,

os latero-abaxiais com filetes 3,5_5 mm compr., anteras 10

_11 mm compr. e bico 0,3

_0,8 mm compr.,

estames medianos 4, filetes 2_3,1 mm compr., anteras 3,4

_3,7 mm compr. e bico 0,8

_1,2 mm compr.,

estaminódios 3, 3,2_5,1 mm compr., ovário 1,6

_1,8×0,1

_0,2 cm, tomentelo, estigma punctiforme, estípite

2,5_3,2 mm compr., óvulos 42

_43, bisseriados. Frutos 11

_14,3×1,5

_2,5 cm, oblongos, planos, com duas

alas laterais de margem onduladas, estípite 0,4_0,8 mm compr., indeiscentes. Sementes 0,5

_0,7×0,5

_0,6

cm, rômbicas, foveoladas, cinéreas.

Espécie Americana, mas intoduzida na África, Ásia e Austália (Irwin & Barneby, 1982). No Brasil

é encontrada de Norte a Sul (Queiroz 2009; Rodrigues et al. 2005; Souza & Bortoluzzi 2013) e em Goiás

ocorre comumente em beira de estradas, como ruderal e em ambientes perturbados próximos a florestas

estacionais, ciliares e cerrado s. lat.

Senna alata assemelha-se morfologicamente a S. reticulata pelas inflorescências com flores

agregadas no ápice, brácteas amarelas e petaloides, estípulas com base provavelmente secretora, além de

folhas amplas (12-70 cm compr), e folíolos adultos grandes (7-15 cm compr) e usualmente oblongo-

obovais a obovais. Entretanto, S. alata possui frutos com duas alas laterais, enquanto que em S. reticulata

estes não possuem alas. Floresce de outubro a maio e frutifica de outubro a julho.

Material examinado. BRASIL. Goiás. Alto Paraíso de Goiás, em direção a Serra do Pouso Alto,

14º04`11,1``S, 47º30``28,7``W 1412 m, 20/IV/2012, fl., J. P. Santos, M.M. Dantas & M. J. Silva 389

(UFG); Caçu, UEH Salto do rio Verdinho, 18º44`S, 50º23`W, 18/IV/2009, fl. fr., F. A. G. Guilherme et al.

1631 (HJ); Campinorte, 39 km de Uruaçu em direção a Porangatu, 14º09`S, 49º08`W, 590 m, 22/V/1990,

fl. fr., G. Pedralli et al. 3304 (NY); Cavalcante, ca. 8 km ao sul da cidade, 1000 m, 10/III/1969, fl., H.S.

Irwin et al. 24181 (NY); Formosa, ca. 6 km ao Sul da cidade, rio da Prata, 800 m, 6/IV/1996, fl. fr., H.S.

Irwin et al. (MO); ib., rio da Prata, 800 m, 6/IV/1966, fl. fr., H.S. Irwin et al. 14418 (NY, UB); Ipameri,

estrada de Ipameri para Caldas Novas, a 1 km da cidade, 17°43`S, 48°10``W, 780 m, 12/VI/1996, fr., T. B.

Cavalcanti et al. 1981 (CEN, HUEFS, NY); Jataí, UFG, Campus Jatobá, sem data, fl., L. F. Souza 4950

(HJ); Monte Alegre de Goiás, 700 m, 13/III/1973, fl., W. R. Anderson 6961 (MO, NY); Mossâmedes,

Serra Dourada ao lado alojmento, 1/X/2011, fl. fr., J. P. Santos et al. 17 (UFG); Piranhas, 17 km ao norte,

23/II/1982, fl., P. I. Oliveira 429 (NY, MBM); Ribeirão dos Macacos, Rodovia Brasília-Fortaleza,

78

10/I/1965, fl., R. P. Belém & J. M. Mendes 158 (IPA, NY); Silvânia, entrada da estrada que leva a

FLONA, 4/IV/2012, fl. fr., J. P. Santos & M. M. Dantas 372 (UFG); Uruaçu, próximo a Vila Água

Branca, 14°22`S, 48°59``W, 27/VI/1996, fr., B. T. M. Walter et al. 3373 (HUEFS, NY).

Material adicional examinado. Amazonas: Manaus, rio Cuieiras, 2º30`S, 60º20`W, 23/XII/1980, fl., B. W.

Nelson et al. 934 (UFMT); Lago Caioé, 26/VII/1973, fr., C. Berg, F. A. Bisby & O. P. Monteiro (UFMT

4566); Parintins, Lago Preto, Paraná dos Ramos, 12/X1957, fr., R. L. Fróes 337333 (IAN) Bahia:

Barreiras, estrada do antigo aeroporto, 12º05S, 45º01`W, 1.200 m, 17/V/1984, fl., S. B. Da Silva & R. A.

Viegas 342 (UFMT). Ceará: Fortaleza, Horto de plantas medicinais, 18/VII/2009, fl. fr., L. E. L. Moreira

(EAC 44947). Distrito Federal: Brasília, Guará, ca. de 10 km ao Sul, 555 m, 18/III/1968, fl., H.S. Irwin,

H. Maxwell & D. C. Wasshausen 21304 (MBM, MO, NY,UB); ib., Riacho Fundo, Perto da estrada para o

aeroporto, 15º51`S, 45º56` W, 1005 m, 12/VIII/1980, fr., L. G. Amaral 199 (UFG); ib., 20/XI/1976, fl., E.

P. Heringer 16248 (UB). Mato Grosso: Fazenda São José, rio Peixoto de Azevedo, 8/VIII/1980, fr.,

Werner (MG 72965); Tapurah, estrada em direção à Juara, 28/V/2008, fl. fr., R. R. Silva & J. E. Da Silva

1727 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, imediações da RPPN da UFMS, 20/III/2013, fl., J.

P. Santos & L. L. C. Antunes 866 (UFG); Cocalinho, margem da estrada, 9/X/1997, fl., M. Macedo et al.

6319 (UFMT); Corumbá, Fazenda Rabicho, 57º27`01``S, 19º01`16``W, 80 m, 21/XII/1994, fl. fr., G. A

Júnior et al. 445 (UFMT); Cuiabá, Cerrado do C.P.A.I., 22/II/1982, fl., M. F. Leão (UFMT 4505); Nova

Brasilândia, km 30 a partir da cidade, 21/XII/1998, fl., M. Macedo et al. 6510 (UFMT); Poconé, Pantanal

Matogrossense Fazenda Nova Berlim, 16º56`S, 56º56`, 100 m, 27/VII/1992, M, Schessl 3197 (UFMT).

Maranhão: Anajatuba, 26/I/1976, fl., B. G. S. Ribeiro & G. S. Pinheiro 1203 (IAN). Minas Gerais: Mar

de Espanha, área do UHE Simplício 21º57`32``S, 42º51`10``W, 240 m, 4/VII/2006, fl., G. Pereira-Silva et

al. 10833 (CEN). Pará: Bragança, penísula de Ajurunteua, 0º54`53``S, 46º40`55``W, 27/X/2006, fl., L. O.

Santos 94 (MG); Palestina do Pará, Fazenda Andorinha sede 2, 06º07`08``S, 48º25`02``W, 160 m,

18/IV/2004, fl., G. Pereira-Santos et al. 8829 (CEN); Peixe Boi, Vila do Ananim, Fazenda da Senhora

Catarina, 24/XI/1999, fl., J. Oliveira et al. 255 (MG); Santarém, estrada da Atler do Chão, 03/III/1979,

fl., I. A. Rodrigues & M. Dantas 445 (IAN); Tomé-Açu, 27/III/1997, fl. fr., A. Nitta 17772 (MG); Tucuruí,

Breu Branco, 9/VI/1980, fl., M. G. Silva & C. Rosário 5433 (MG); Viseu, base do rio Gurupi, 6 km a

sudeste da FUNAI, 18/VIII/1985, fr., W. L. Balée & B. G. Ribeiro 1593 (MG). Piauí: Buriti dos Lopes,

Rosário, 31/V/1979, fr., A. J. Castro & E. Nunes (EAC); Gilbués, rodovia Correntes-Bom Jesus, 2 km

leste da cidade de Gilbués, 9º48`S/45º19`W, 18/VI/1983, fr., L. Coradin et al. 5839 (CEN). Rondônia:

Pimenta Bueno, rodovia Cuiabá-Porto Velho, BR-364, km 18, 19/VI/1984, fl. fr., C. A. Cid et al. 4647

(INPA). Tocantins: Arraias, estrada para Palmas, 12º54`S, 46º57`W, 630 m, 2/II/1999, fr., M. F. Simon

101 (UB); Mateiros, rio Novo, 10º33`S, 46º39`W, 6/V/2001, fl., L.C. Milhomens et al. 171 (UFG, UB);

Natividade, início da subida da Serra da Natividade, 11º39`39``S, 47º42`24``W, 17/VII/2000, fr., V. C.

Souza et. 24044 (ESA); Palmeirópolis, Ilha Canteiro do rio Tocantins, 12º54`34``S, 48º11`15``W, 260 m,

79

22/III/2007, fl., G. Pereira-Silva et al. 11442 (CEN); Paranã, Fazenda do Senhor Mário Franco de Morais,

12º49`19``S, 48º13`25``W, 260 m, 7/VI/2006, fr., G. Pereira-Silva et al. 10483 (CEN); Tocantinópolis,

estrada para Tocantinópolis, 10/VII/1964, fr., G. T. Prance & N. T. Silva 58654 (NY).

3. Senna cana (Nees & Mart.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 226. 1982.

Cassia cana Nees & Mart., Nova Acta Phys.-Med. Acad. Caes. Leop.-Carol. Nat. Cur. 12: 34. 1825.

Arbustos a árvores 2-6 m alt.; ramos densa a esparsamente tomentoso-amarelados a castanhos

incluindo face externa das estípulas, abaxial dos folíolos e brácteas, pecíolo, raque foliar e da

inflorescência e pedicelo. Estípulas 0,5_1×0,2

_0,6 cm, lanceoladas ou irregularmente orbicular-

acuminadas com base dilatada, persistentes ou caducas. Folhas 4,4_18,6 cm compr., folíolos (3)4-8(11)

pares, 0,5_7,6×0,3

_2,4 cm, oval-lanceolados, obovais a oblongo-elípticos, ápices agudo ou obtuso, raro

retuso, não ou discretamente mucronulados, margem revoluta, cartáceos. Nectários 1_3,1 mm compr.,

usualmente presentes a partir do terceiro ou quarto par de folíolos, fusiformes a globoides, sésseis a

estipitados. Racemos 3_18,5 cm compr., terminais compostos por mais de 6 flores. Brácteas 5

_6×1,8

_2,1

mm, oval a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, foliáceas, esverdeadas, caducas. Flores 4_7(8,1) cm

compr., zigomorfas ou ligeiramente assimétricas, corola amarela; pedicelo 1,5_3,9 cm compr., 1 ou 2

nectários 1,2_2,5 mm compr., na base, ovoides ou fusiformes, sésseis a estipitados; sépalas 0,5

_2,3×0,3

_2

cm compr., oval-deltoides, obovais, oblongo-orbiculares ou elípticas, ápice arredondado, amareladas,

glabras a puberulentas; pétalas 2,6_3,7×2,2

_3 cm, largamente obovais a oblongo-obovais, ápice

arredondado ou emarginado na pétala posterior, base curneada, truncada ou levemente assimétrica,

estames abaxiais 3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 4,3_10 mm compr., anteras

5,1_10 mm compr. e bico 1,2

_1,8 mm, os latero-abaxiais com filetes 8

_13 mm compr., anteras 10

_14,4 mm

compr. e bico 08_1,8(2) mm compr., estames medianos 4, filetes 1,1

_5 mm compr., anteras 4

_8 mm

compr. e bico 1,3_1,8(2) mm compr., estaminódios 3, 3,5

_7,1 mm compr.; ovário 16

_23×0,2

_0,3 mm,

velutino, estilete 1,7_2,2 mm, estigma punctiforme, estípite 3,5

_5 mm compr., óvulos 24

_30, uniseriados.

Frutos 10_18,5×0,4

_0,6 cm, lineares subquadrangulares, curvos, discreta a fortemente costados

lateralmente, tardiamente deiscentes. Sementes 3,2_4,3×2,8

_3 mm, oblongoides a romboides, raro

orbiculoides, acuminadas, dilatada no centro, castanho-escuras, opacas.

Espécie brasileira com ocorrência em todas as regiões do país com exceção da Região Sul. Cresce

usualmente em afloramentos de rochas no cerrado, caatinga e em florestas estacionais (Irwin & Barneby

1982; Lima 1999; Souza & Bortoluzzi 2013), entre 700 e 1100 metros.

Os folíolos conspicuamente discolores de margem revoluta e com nectários no terceiro e quarto

pares de folíolos, associados às estípulas com base dilatadas e frutos costados lateralmente identificam

facilmente S. cana quando comparada às demais espécies estudadas. Coletada com flores de fevereiro a

dezembro e com frutos de uma mesma estação de julho a março.

80

Irwin & Barneby (1982) reconheceram para S. cana, as variedades cana, calva, hypoleuca,

phyllostegia e pilosula, com base principalmente no número de pares de folíolos, forma, tipo de inserção

e persistência das estípulas, e presença e densidade de tricomas nos ramos e folhas. Destas, apenas as

variedades cana e hypoleuca ocorrem em Goiás conforme a chave abaixo.

Chave para as variedades de S. cana presentes em Goiás

1. Folhas com 3 a 5 pares de folíolos; estípulas irregularmente orbicular-acuminadas devido a base

amplamente dilatada, amplexicaules e persistentes ............................................................ 3.1. var. cana

1. Folhas com 5 a 8(11) pares de folíolos; estípulas lanceoladas ou falcado-lanceoladas com base

ligeiramente dilatada, não amplexicaules e precocemente caducas .......................... 3.2. var. hypoleuca

3.1 Senna cana var. cana

Figs. 11-16

Táxon registrado para a Bahia, Minas Gerais, Pará e Pernambuco, crescendo em áreas abertas do

cerrado e da caatinga ou na transição do cerrado com florestas estacionais ou campos rupestres (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo foi encontrado em floresta estacional na porção

norte do Estado.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Posse, 6 km ao Sul, Rio da Prata, 800 m, 7/IV/1966, fl., H.S.

Irwin et al. 14487 (MO, NY, UB).

Material adicional examinado. Bahia: Barreiras, antigo aeroporto, 12º05`S, 45º01`W, 17/V/1984, fl., S. B.

da Silva & R. A. Viegas 342 (UFMT); Catolés, em direção a Serra do Barbado, 20/IV/2006, fl., R. M.

Valadão 12242 (EAC); Rio de Contas, 31 km de Jussiape, 13º36`56``S, 41º45`54``W, 960 m, 20/I/2005,

J. Paula-Souza et al. 5112 (ESA); Correntina, 4 km a sudoeste da cidade em direção a Posse, 700 m,

27/VII/1989, B. M. T. Walter et al. 267 (CEN); Ibotirama, BR-242 em direção a Barreiras no km 86,

12º07`S, 44º02`, 7/VII/1983, fr., L. Coradin et al. 6616 (CEN); Morro do Chapéu, 18/II/1986, fl., A.

Fernandes & Matos (EAC 14124); Umburanas, Serra do Curral Feio, cerca de 20 km ao sul de Delfino,

10º22`S, 41º19`W, 1000-1200 m, 10/IV/1999, L. P. Queiroz et al. 5227 (CEN). Morro do Chápeu, ca. de 7

km ao Sul, 17/II/1971, fl., H.S. Irwin, R. M. Harley & G. L. Smith 32396 (INPA). Ceará: Crato, Flona do

Araripe, 8/VI/200, fl., Lima-Verde, L. W. et al. 2166 (EAC). Maranhão: Grajaú, Transamazônica,

6/VIII/1978, fl., A. Fernandes & Matos (EAC 4079); Loreto, 20/IV/1980, fl., A. Fernandes & E. Nunes

(EAC 8452). Minas Gerais: Grão-Mogol, estrada Grão-Mogol/Cristália, ca. de km de Gão Mongol,

16º35`47``S, 42º54`05``W, 11/VII/2001, fr., V. C. Souza et al. 25699 (ESA); ib., ca. 2 km de Grão-Mogol

próximo à antena de televisão na estrada para Virgem da Lapa, 16º33`39``S, 42º52`31``W, 900 m,

13/VII/2001, fr., V. C. Souza et al. 25862 (ESA); Itacambir, estrada para Juramento ca. 25 km,

17/XII/2003, fl., V. C. Souza, H. Lorenzi & G. O. Romão (ESA); Rio Pardo de Minas, Areião,

15º29`39``S, 42º28`09``W, 960 m, 3/XI/2006, fr., A. C. Sevilha et al. 4642 (CEN). Pernambuco: Buíque,

estrada Arcoverde/Buíque, 10/VII/1997, fl., A. C. Lacerda et al. 03 (EAC); Tacaratu, Serra Grande

81

próximo torre de TV, 9º4`20,7``S, 38º7`34,2``W, 802 m, 23/XI/2009, fr., A. P. Fontana & G. Rodrigues

6245 (INPA).

3.2. Senna cana var. hypoleuca (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New. York Bot. Gard.

35: 230. 1982.

Cassia hypoleuca Mart. ex Benth., Fl. Bras. 15(2):117.1870.

Figs. 17-22

Ocorre nas regiões Nordeste (BA, MA, PI, PE), Cento-Oeste (GO) e Sudeste (SP), (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013), sendo em Goiás econtrada nas porções Norte e Nordeste do

estado, especialmente na Chapada dos Veadeiros, habitando afloramentos rochosos no cerrado s.str. e no

cerradão, ou na transição destes tipos vegetacionais com campos rupestres entre 950 e 1075 m. Floresce e

frutifica de março a dezembro.

Material examinado. BRASIL. Goiás. Alto Paraíso de Goiás, estrada GO-327 a 11 km de São João Jorge,

14º14`S, 47º54W, fl., S. S. Sousa et al. 1 (CEN); ib., 3-5 km de São Jorge direção a Colinas do Sul,

14/VI/1993, fl., G. Hatschbach & E. Barbosa 59534 (NY); ib., morro rochoso do Rio das Almas 46 km de

Alto Paraíso de Goiás em direção a Teresina de Goiás, 13º55`S, 47º23`W, 31/V/1994, fl., J. A. Ratter et

al. 7322 (UB, UFG); ib., RPPN, Fazenda Volta da Serra, 14º09`22``S, 47º44`11``W, 1075 m, 4/VII/1998,

fl., R. C. Mendonça et al. 3534 (IBGE, NY); ib., lado esquerdo da estrada de terra que leva a Vila São

Jorge, 20/IV/2012, fl, J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 385 (UFG); Cavalcante, Balsa Serra da

Mesa em direção a Vila Veneno, km 2, 13º34`06``S, 48º05`50``W 950 m, 26/VI/2001, fl., A. F. Alves,

5176 (UFG); ib., RPPN Serra do Tambor, 13º40`39``S, 47º49`49``W, 807 m, 31/X/2011, fr, R. C. Oliveira

et al. 2672 (UB); ib., Bacia do Tocantins, 13º42`03``S, 47º27`55``W, 920 m, 5/VII/2009, fl., B. A. S.

Pereira & J. G. L. Almeida 3555 (EAC, ESA, NY, UB); Colinas do Sul, 46 km em direção a Alto Paraíso

de Goiás, 700 m, 13º50`S, 47º20`W, 2/VII/1996, fl., B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 3106 (ESA 25760,

IBGE, NY, UB); ib., estrada de acesso a cidade, Serra da Mesa, 11/VIII/1999, fr, A. A. Santos et al 145

(CEN); ib, estrada de terra em direção a Alto Paraíso de Goiás, 14º12`7``S, 47º51`23``W 913 m,

27/IV/2009, fr. D. Cardoso 2563 (HUEFS); São José da Aliança, 19/X/1990, fl., G. Hatschbach &. J. M.

Silva 54751 (NY); Teresina de Goiás, 12 km da cidade rumo a Cavalcante, 13º45`S, 47º20`W, 850 m,

20/VI/1995, fl., B. A. S. Pereira, M. P. Neto & D. Alvarenga 2784 (NY); ib 11 km em direção a

Cavalcante, 8/X/1997, fl, fr., M. A. da Silva et al. 3357 (NY).

Material adicional examinado. Maranhão: Grajaú, Transamazônica, 6/VIII/1978, fl., A. Fernandes &

Matos (EAC 4079); Loreto, 20/IV/1980, fl., A. Fernandes & E. Nunes (EAC 8452). Piauí: Landri Sales,

7/VII/1980, fl., E. Nunes & A. Fernandes (EAC 8801). Tocantins: Palmas, Parque Ecológico do

Lageado, 8/X/1993, fl. fr., M. Alves et al. 1114 (UB).

82

4. Senna cernua (Balb.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 419. 1982.

Cassia cernua Balb. Cat. Hort. Taur. 22. 1813.

Figs. 23-27

Arbusto ca. 2 m alt.; ramos vináceos a verde-escuros, puberulentos a tomentelos, incluindo a face

externa das estípulas, brácteas, sépalas e abaxial dos folíolos, pecíolo, raque foliar e da inflorescência.

Estípulas 0,3_1,9×0,9

_0,3 cm, lanceoladas, membranáceas, caducas. Folhas 6

_19,5 cm compr., folíolos

(5)6-9(10) pares, 1,7_6,3×0,7

_2 cm, oblongo-elípticos, raro oval-elípticos, ápice obtuso e mucronado,

margem revoluta, cartáceos. Nectários 1_1,8 mm compr., globoides, na base do pecíolo, ladeado por

papilas, sésseis. Racemos 5_7 cm compr., axilares e terminais com mais de seis flores. Brácteas

2_2,3×0,6

_0,9 mm, lanceoladas, ápice agudo, não petaloides, verde-vináceas, caducas. Flores 2,8

_4 cm

compr., zigomorfas, corola amarelo-alaranjada; pedicelo 1,2_2,5 cm compr.; sépalas 0,7

_1,5×0,5

_1,4 cm,

largamente obovais, ápice arredondado, glabrescente ou glabras externamente; pétalas 2,1_2,5×0,9

_2,3

cm, obovais, base cuneada, ápice arredondado a emarginado na pétala posterior; estames abaxiais 3 com

anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 9_10 mm compr., anteras 6,8

_7,2 mm compr. e bico

1,2_2 mm, os latero-abaxiais com filetes 0,7

_2,2 mm compr., anteras 4

_5 mm compr. e bico 0,9

_1 mm

compr., estames medianos 4, filetes 2,5_3 mm compr., anteras 4

_6 mm compr. e bico 1

_1,1 mm compr.,

estaminódios 3, 3_4,2 mm compr.; ovário 1,2

_1,4×0,05

_0,07 cm, velutino, estilete 3,1

_4 mm compr.,

estigma subgloboso, 0,2_0,4 cm compr.; óvulos 92

_104, unisseriados. Frutos 19

_26,4×0,2

_0,3 cm compr.,

lineares, compressos, fortemente curvos, indeiscentes, margens esverdeadas, estípite 0,4_0,5 mm compr.

Sementes não observadas.

Ocorre no Brasil, no Paraguai e na Venezuela, sendo, no primeiro país, encontrada nas regiões

Nordeste (BA), Centro-Oeste (DF, GO e MS) e Sudeste (MG, SP e RJ), em áreas abertas do cerrado e

florestas estacionais semideciduais ou ainda pastagens, beiras de estradas e imediações de cursos d´agua

entre 300 e 1800 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013).

Em Goiás é pouco frequente e foi coletada em pastagem e capoeira por volta de 700 m de altitude

com flores e frutos em maio.

Senna cernua juntamente com S. hirsuta, S. neglecta e S. occidentalis, espécies também presentes

em Goiás, compartilham de um nectário na base do pecíolo. No entanto, S. cernua diferencia-se destas

pelas folhas, predominantemente, com 6 a 10 pares de folíolos e frutos grandes (19_26,4 cm compr.) e

lineares.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, Setor Itatiaia, 8/V/2012, fl. fr., J. P. Santos 424 (UFG).

Material adicional examinado. Distrito Federal: Brasília, Bacia do Rio São Bartolomeu, 9/IV/1982, fl.,

E. P. Heringer 6757 (NY). Mato Grosso do Sul: Bonito, Fazenda Harmonia, Parque Nacional da Serra

da Bodoquena, 7/IX/2005, fl. fr., A. Pott & V. J. Pott 13377 (CGMS). Minas Gerais: Iguatama, Bairro

Garças de Minas, pasto ao lado do bar do Leno, 5/V/2012, fl., J. P. Santos 420 (UFG); Ouro Branco,

83

estrada para Ouro Preto, km 169, 19/II/2002, fl., V. C. Souza et al. 28025 (ESA). Rio de Janeiro:

Cascambeí, 31/I/1971, fl., P. Occhioni 4453 (UFMT). São Paulo: São Paulo, Jardim Botânico,

30/XII/1935, fl., O. Handro 7 (CEN).

5. Senna corifolia (Benth.) H.S.Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 221. 1982.

Cassia corifolia Benth. Fl. Bras. 15(2): 120. 1870.

Arbustos a arvoretas 0,9_3 m alt.; ramos castanhos a avermelhados, glabros a glabrescentes,

incluindo estípulas, brácteas, sépalas, folíolos, pecíolo, raque foliar e da inflorescência. Estípulas

1,3_5,5×0,9

_3,3 cm, reniformes, coriáceas, persistentes. Folhas 5,5

_15,8 cm compr., folíolos 2 a 6 pares 3-

5,1×3,2-8,2 cm, oblongos, oblongo-elípticos a oblongo-orbiculares, ápice arredondado, coriáceos,

margem plana. Nectários 0,8-2 mm compr., ovoides a cônicos, entre todos os pares de folíolos, sésseis.

Racemos 3,7_9,5 cm compr., axilares, com mais de 6 flores, quando na terminação dos ramos

paniculiformes. Brácteas 2,9_4,2×0,9

_1,3 cm, ovais, ápice agudo, verdes, caducas. Flores 3

_6 cm compr.,

zigomorfas, corola amarelo-ouro; pedicelo 1_3,5 cm compr., com 1, raro 2, nectários ovoide e sésseis

acima da porção mediana; sépalas 0,7_2,2×0,5

_1,6 cm, oblongo a oblongo-orbiculares, ápice arredondado

a obtuso, amareladas; pétalas 1,8_3,5×1,3

_3 cm, largamente obovais, ápice arredondado a discretamente

emarginado na pétala posterior, base cuneada a discretamente assimétrica, estames abaxiais 3 com anteras

anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 0,6_1,4 mm compr., anteras 4

_5 mm compr. e bico 0,9

_1 mm

compr., os latero-abaxiais com filetes 4,9_5,3 mm compr., anteras 7

_8 mm compr. e bico 1

_1,3 mm

compr., estames medianos 4, filetes 2,5_4 mm compr., anteras 7

_10 mm compr. e bico 1,4

_2 mm compr.,

estaminódios 3, 3_4,2 mm compr.; ovário 16

_19×1,6

_2,1 mm, glabro a glabrescente, estilete 0,9

_2,2 cm

compr., estigma puntiforme, estípite 0,8_4,5 mm compr; óvulos 23

_26, unisseriados. Frutos 5

_14×1,2

_1,5

cm, oblongos, planos, retos a ligeiramente curvos, castanho-escuros, discretamente reticulados,

tardiamente deiscentes, estípite 5-13 mm compr. Sementes 0,6_0,7×2,1

_3,8 mm, oblongas a elípticas,

castanho-escuras, discretamente foveoladas.

Senna corifolia é endêmica do Brasil com ocorrência em Goiás e Minas Gerais (Irwin & Barneby,

1982) crescendo em afloramento de rochas no cerrado s. str. ou em campo rupestre entre 600-1600

metros.

Entre as espécies estudadas é facilmente reconhecida pelas folhas com 2 a 6 pares de folíolos

coriáceos, predominantemente oblongos e glabros a glabrescentes e estípulas reniformes, amplas (1,3_5,5

cm compr.), coriáceas e persistentes. Relaciona-se morfologicamente com S. velutina pelo número de

folíolos, nectários entre todos os pares de folíolos, simetria floral, pétalas amarelo-ouro e nectário

pedicelar. Porém, S. velutina possui ramos, pelo menos a face abaxial dos folíolos, raque da

inflorescência, pedicelo e face externa das sépalas e pétalas velutino-ferrugíneos (vs. glabros a

glabrescentes em S. corifolia), folíolos cartáceos a membranáceos com ápice conspicuamente

84

mucronulado (vs. coriáceos com ápice obtuso a arredondado), glândula do pedicelo basal (vs. entre a

porção mediana e superior do pedicelo) e frutos subquadrangulares (vs. oblongos e planos).

Ambas as variedades reconhecidas por Irwin & Barneby (1982) para S. corifolia ocorrem em

Goiás e são identificadas pela chave abaixo:

Chave para as variedades de S. corifolia ocorrentes em Goiás

1. Folhas com dois a três pares de folíolos predominantemente oblongo-orbiculares ou orbiculares

.......................................................................................................................................... 5.1. var. corifolia

1. Folhas com mais de três pares folíolos predominantemente oblongos .............................. 5.2. var. caesia

5.1. Senna corifolia var. corifolia

Figs. 28-33

Táxon provavelmente restrito ao estado de Goiás onde cresce usualmente em áreas montanas da

Chapada dos Veadeiros e vizinhança em afloramento rochoso no cerrado s. str. e também em campo

rupestre ou na transição destes com cerrado rupestre sobre solos litólicos ou areno-argilosos. Floresce e

frutifica de maio a outubro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Abadiania, Fazenda Capão do Mel, 900 m, 8/V/2003, fl., G.

Pereira-Silva et al. 7626 (CEN); Alto Paraíso de Goiás, Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional,

próximo ao rio José Jacó, 14/V/1986 fl., S. Romanino Neto et al. 436 (NY, SP); Cavalcante, estrada obra,

rio do Carmo km 10, 13º37`07``S, 48º06`10``W, 380 m, 21/V/2002, fl., G. Pereira-Silva & E. S. G.

Guarino 6451 (CEN); Colinas do Sul, 2-3 km ao Norte, 15/VI/1993, fl. fr., G. Hatschbach, M.

Hatschbach & E. Barbosa 59577 (HUEFS, MO, NY); ib., Serra da Mesa à 41 km de Colinas, ca. de 7 km

após a Vista, 13°53`50S, 48°07`20``W, 24/VI/1999, fl., B. M. T. Walter et al. 4363 (CEN, HUEFS, UFG);

Luziânia, ca. de 8 km da cidade, Fazenda Traíras, 29/V/1996, fl., A. da Silva & G. N. De Jesus (EAC

25909); ib., ca. 15 km ao Sul, 1000 m, 21/I/1972, fl., H.S. Irwin et al. 34641 (NY, UB); Niquelâdia,

estrada vicinal GO-237, 14/IV/1972, fl., B. M. T. Walter et al. 1312 (NY), ib., estrada de chão com

entrada no km 8 da Rodovia Niquelândia/Uruaçu, Fazenda Traíras, 14º29`19´´S, 48º33`26``W,

8/VIII/1995, fr., M. L. Fonsceca et al. 411 (IBGE, NY); ib., estrada de acesso a ponte da Barragem, Nossa

Senhora da Abadia do Moquém, 14°26`00`S, 48°09`50``W, 22/V/1996, fl., Cordovil-Silva et al. 462

(CEN, HUEFS, NY, UFG); ib., km 05 em direção a reserva do IBAMA, 14º29`46``S, 48º27`00``W,

29/VI/1996, fr., M. L. M. Azevedo et al. 1018 (NY); ib., Niquelândia/Uruaçu, Fazenda Traíras,

14º29`19``S, 48º33`26``W, 29/V/1996, fl., M. A. da Silva. & G. N de. Jesus, 2947 (IBGE, EAC, NY,

UFG); ib., estrada de Uruaçu em direção a Barro Alto, 14º32`22``S, 48º41`52W, 600 m, 15/VII/2000, fl.,

V. C. Souza, J. P. Souza & G. O. Romão 23971 (HUEFS); ib., estrada que sai da Rodovia

Uruaçu/Niquelândia, ca. de 60 km de Uruaçu, em direção a Barro Alto, 14º31`18``S, 48º42`14``W, 600

m, 15/VI/2000, V. C. Souza, J. P. Souza & G. O. Romão 23979 (MBM).

85

5.2. Senna corifolia var. caesia (Taub. ex Harms) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

222. 1982.

Cassia caesia Taub. ex Harms, Repert. Spec. Nov. Regni Veg., 24: 123. 1924.

Figs. 34-38

Reportada para Minas Gerais e Goiás, sendo que em Goiás habita desde a porção central até o

nordeste do Estado entre 600-1600 metros em afloramentos, especialmente nas Serras Dourada e dos

Pireneus e na Chapada dos Veadeiros, onde cresce simpatricamente com a variedade típica. Coletada com

flores e frutos de março a julho.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, ca. 20 km da cidade, 1250 m, 19/III/1971,

fl., H.S. Irwin et al. 32699 (MO); ib., Chapada dos Veadeiros, 4/V/1972, fl., J A. Rizzo 8073 (UFG); ib.,

16-17 km pela estrada ao Norte de Alto Paraíso, 1600 m, 8/III/1973, fl. fr., W. R. Anderson 6630 (UB);

ib., Rodovia para Colinas do Sul, 14/VI/1993, fl., G. Hatschbach, M. Hatschbach & E. Barbosa 59513

(NY); ib., estrada em direção a Teresina de Goiás, 14º02`S, 47º29`W, 23/IV/1994, fl., S. Bridgewater et

al. 192 (UB, UFG); ib., 27/V/1994, fl, fr., J. A. Ratter et al. (UB 7247); ib., Parque Nacional da Chapada

dos Veadeiros, 14º03`59``S, 47º38`16``W, 1/VI/1995, fl., J. M. Felfili et al. 321 (NY); ib., Chico Preto, 12

km a direita de Alto Paraíso de Goiás em direção a São Jorge, Chapada dos Veadeiros, 31/V/1997, fl., C.

Munhoz et al. 394 (HEPH, UB); ib., Fazenda Portal da Chapada, trilha de visita, 4º09`48``S,

47º35`35``W, 1/V/2004, fl., E. Chaves et al. 16 (UB); ib., estrada para Teresina de Goiás GO-118, ca. 22

km de Alto Paraíso, 13°58`19``S, 47°29`17``W, 1523 m, 22/VII/2007, fr., M. M. Saavedra et al. 474

(ESA, HUEFS); ib., estrada em direção ao Vale da Lua, 20/I/2012, fr., J. P. Santos et al. 267 (UFG); ib.,

ca. 17 km de Alto Paraíso em direção a Terezina de Goiás, a km do Cruzeiro, 14º04`11,1``S,

47º30``28,7``W 1412 m, 20/IV/2012, fl. J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 386, 387, 390 (UFG);

Cavalcante, 15 km ao Norte dos Veadeiros, 1000 m, 19/III/1969, fl., H.S. Irwin et al 24659 (UB); ib.,

13º37`07``S, 48º06`10``W, 21/V/2002, fl., G. Pereira-Silva & E. S. G. Guarino 6451 (CEN); ib., estrada

entre Cavalcante e Araí, 1190 m, 14/IV/2004, fl., R. C. et al. 5536 (EAC); ib., RPPN Varanda da Serra,

750 m, 20/V/2004, fl., Fonseca, M. L. et al.5371 (EAC); Cristalina, ca. 20 km ao Norte, 1000 m,

7/III/1966, fl., H.S. Irwin et al. 13704 (NY, UB); Formosa, rio Tiquiri, 25/V/1967, fl., E. P. Heringer

11449A (UB); ib., Fazenda João Teles, próximo ao rio Paraná, 800 m, 29/IV/1996, fl., H.S. Irwin et al.

15445 (MO, NY, UB); Goiás Velho, ca. 20 km ao sul da cidade, 800 m, 20/I/1966, est., H.S. Irwin et al.

11827 (UB, NY); ib, ca. de 15 km, 1000 m, 10/III/1973, fl., W. R. Anderson 10007 (MO, NY); Luziânia,

margem direita do rio Alagado, 16º17`13``S, 48º11`55``W, 827 m, 11/IV/2005, fl., G. Pereira-Silva et al.

9893 (CEN); Niquelândia, estrada de chão a 8 km da Rodovia Niquelândia/Uruaçú, Fazenda Traíras,

14º29`19``S, 48º33`26``W, 29/V/1996, fl., M. A. da Silva. & G. N de. Jesus, 2947 (UFG, IBGE);

Pirenópolis, alto da Serra dos Pireneus na base dos três picos, 5/V/1971, J. A. Rizzo & A. Barbosa 6298

(UFG); ib., estrada lateral em direção ao Portal do sol, ca. 4 km da estrada principal para o parque,

86

15º47`29``S, 47º54`01``W, 1020 m, 27/V/2007, fl., P. G. Delprete & V. L. Gomes-Klein 10196 (NY, UB);

São João da Aliança, 16 km ao Norte de São João da Aliança, 19/V/1956, fl., E. Y. Dawson 14446 (NY);

ib., Rodovia GO-12, 23/V/1975, fl., G. Hatschbach 36721 (MBM, NY).

Material adicional examinado. Minas Gerais: Grão-Mogol, estrada Grão-Mogol-Cristália, ca. de 6 km de

Grão-Mogol, 16º35`47``S, 42º54`05W, 11/VII/2001, fl. fr., V. C. Souza et al. 25694 (ESA).

6. Senna georgica H.S. Irwin & Barneby var. georgica, Mem. New York Bot. Gard. 35: 193. 1982.

Cassia hoffmannseggii var. gardneriana Benth. Fl. Bras. 15(2): 104. 1870.

Figs. 39_45

Arbusto a árvore 1,8_5 m alt.; ramos eretos a apoiantes, verde-claro a escuros, glabros a

glabrescentes, incluindo estípulas, brácteas, sépalas, folíolos, pecíolo, raque foliar e da inflorescência.

Estípulas 2,4_×0,8

_1,1 mm, lineares, caducas. Folhas 5

_13,8 cm compr., folíolos 2 pares 3,5

_19,4×2,8

_8,2

cm, largamente elípticos a oval_elípticos, ápices acuminados, margem plana, cartáceos. Nectário 1

_4 mm

compr., no primeiro par de folíolos, faloide séssil a curtamente estipitado. Panículas 6-26 cm compr.,

terminais com eixo principal reflactiflexo. Brácteas 1,3_1,5×0,8

_0,9 cm, lineares a lanceoladas, com ápice

agudo a obtuso, não petalóides, caducas. Flores 5,5_8,1 cm compr., assimétricas, corola amarelo-ouro;

pedicelo 1_5,4 cm compr., sépalas 0,4

_1,9×0,45

_0,51 cm, ovais a oblongo-ovais, ápice arredondado a

obtuso, verde claras; pétalas 1,6_4×1,2

_2 cm, obovais ou oblongo-obovais, base cuneada a assimétrica,

ápice arredondado a truncado; estames abaxiais 3, anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 5_6

mm compr., anteras 8_9 mm compr. e bico 2,8

_3 mm compr. os latero-abaxiais com filetes 8,9

_10 mm

compr., 9_10 mm compr. e bico 3

_3,5 mm compr., estames medianos 4, filetes 3

_4 mm compr., anteras 6

_7

mm compr. e bico 0_0,2 mm compr., estaminódios 3, 3,2

_4,1 mm compr.; ovário 1,9

_2,3×0,1

_0,16 cm,

glabrescente a estrigiloso, estilete 0,3_0,6 mm compr., estigma dilatado, estípite 4,6-8 mm compr., óvulos

156_161, unisseriados. Frutos 10,7

_17×0,4

_0,6 cm, lineares, subquadrangulares, pêndulos, retos, estriados,

enegrecidos, estípete 1_2 cm compr., indeiscentes. Semente 3,1

_5×2,3

_3,3 mm, oblongoides, castanho-

claras, lisas.

Espécie americana com ocorrência no Brasil, Cuba, Paraguai e Peru (Irwin & Barneby 1982). No

Brasil é encontrada nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte em bordas de florestas estacionais,

ciliares e de galerias entre 80 a 1000 m (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Em Goiás

ocorre de norte a sul em ambientes similares ao de sua distribuição no Brasil, embora seja mais frequente

em bordas de florestas estacionais próximas a cursos d’água. Floresce de maio a outubro e frutifica de

setembro a novembro.

É reconhecida pelas folhas glabras a glabrescentes com dois pares de folíolos largamente elípticos

ou oval-elípticos com base ligeiramente assimétrica, nectário falóide apenas no primeiro par de folíolos,

inflorescências com eixo principal reflactflexo e frutos lineares a subquadrangulares e estriados.

87

Compartilha do mesmo número e em alguns casos da mesma forma dos folíolos com S.

macranthera. Entretanto, em S. georgica var. georgica os ramos e as folhas são glabros a glabrescentes,

os folíolos possuem ápices acumidados e bases ligeiramente assimétricas e os frutos são

subquadrangulares, enquanto que em S. macranthera os ramos e uma ou ambas as faces dos folíolos são

tomentosos, a base dos folíolos é fortemente assimétrica e os frutos são cilíndricos.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Divinópolis, Fazenda Cursino, 23/V/2008, fl., J. Cordeiro, J. M.

Silva & J. Vaz 2681 (MBM); Monte Alegre de Goiás, Fazenda Nica 13º08`53``S, 46º39`35``W, 545 m,

31/X/2000, fl. fr., F. C. A. Oliveira 1170 (NY); Goiânia, na margem direita da GO-06, 16 km de Goiânia,

24/V/1968, fl., J. A. Rizzo 1062 (UFG); ib., GO-02 para Bela Vista, atravessando o Rio Meia Ponte,

5/IX/1968, fr., J. A. Rizzo & A, Barbosa 2178 (UFG); ib., 14/VI/1968, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 1496

(UFG); ib., a 2 km da margem esquerda do rio Meia Ponte na Fazenda Lousandira, 26/VI/1970, fl., J. A.

Rizzo & A. Barbosa 5269 (ESA); ib., morro do Medanha na estrada para Trindade, 2/IX/1968, fl. fr., J. A.

Rizzo & A. Barbosa 2033 (UFG); ib., Campus UFG II, Bosque August Saint-Hilaire, 28/IV/1980, fl., J. A,

Rizzo et al. 10123; ib., 13/VIII/1992, fl. fr., V. L. G. Klein et al. (UFG); ib., 10/VI/1997, fl., J. A. Rizzo &

Norma 138 (UFG); Nerópolis, Parque Altamiro de Moura Pacheco, trilha do tamanduá, 16º31`28.7``S,

49º08`33,7``W, 750 m, fr., B. A. S. Pereira et al. 3226 (UB, UFG); Niquelândia, Fazenda São João,

afluente do Rio Traíras a 5 km de Indianápolis, 14º16`S, 48º35`W, 9/VI/1992, fl., B. M. T. Walter et al.

1507 (CEN, HUEFS, NY); ib., Morro próximo ao Clube dos Engenheiros, 14º21`34``S, 48º26`27``W,

30/VI/1996, fl., F. C. A. Oliveira et al. 655 (NY); Uruaçu, Fazenda Grotão, margem esquerda do rio

Maranhão, 14º32`S, 49º03`, 9/VII/1992, fl., W, B. M. T. Walter et al. 1733 (CEN).

Material adicional examinado. Ceará: Capistrano, Sítio Pedra D´agua, 16/X/1979, fl. fr., E. Nunes & A. J.

Castro (EAC 7107); Guaramiranga, Pico Alto Cialne, 9/X/2007, fl. fr., Edilberto, Otílio & Goret (EAC

41630). Maranhão: Carolina, entrada da Fazenda Ressaca, 7º14`10``S, 47º36`48``W, 190 m, 22/05/2010,

fl., G. Pereira-Silva et al. 15304 (CEN); Passagem Franca, Coco Nanico, 15/XII/1979, fl., E. Nunes & P.

Martins (EAC 7801). Mato Grosso: Cáceres, Fazenda Baia das Pedras, 16º28`26,3``S, 58º09`19,5``W,

114 m, 1/VII/2008, fl. fr., Silva, R. R. & Da Silva, J. E. 1738 (UFMT); Castanheira, estrada Juína-Juruena,

10º57`S, 58º44`W, 8/VII/1997, fl., V. C. Souza et al. 18369 (ESA); ib., próximo ao rio Vermelho, 11º00`S,

58º43`W, 12/VII/1997, fl., V. C. Souza et al., 18810 (ESA); Novo Horizonte, estrada vicinal, 11º24`57``S,

57º21`53``W, 9/VIII/1997, fl., A. G. Nave et al. 1784 (ESA). Pará: Abaetuba, margem da estrada Dr. João

Miranda, 20/IX/1952, fl., J. M. P. Araujo 7 (IAN); Altamira, Rodovia Transamazônica entre Altamira e

Itaituba, km 23, Estação Experimental da EMBRAPA, 14/VIII/1978, fl., R. P. Bahia 29 (MG); Santarém,

km 20 da estrada para Mujuí dos Campos, 19/VII/1969, fl., M. Silva & R. Souza 2316 (MG); São

Francisco do Pará, 13/XII/1978, fl. fr., N. C. Bastos et al. 139 (MG); Tucuruí, 9/XI/1983, fr., F. E.

Miranda et al. 505 (INPA). Rio de Janeiro: Limoeiro, próximo a Magé, 20/III/1979, fl., Occhioni, P.

8753 (UFMT). Tocantins: Filadélfia, 7º29`31``S, 47º38`02``W, 154 m, 6/VI/2005, fl., E. Lenza & R. M.

88

Brito 647 (UB).

7. Senna hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby, Phytologia 44 (7): 499. 1979.

Cassia hirsuta L., Sp. Pl. 1: 378. 1753.

Subarbustos a abustos 0,7_2 m alt., ramos esverdeados, pubescentes, tomentelos a hirsutos,

incluindo face externa das estípulas, brácteas e sépalas, pedicelo, pecíolo, folhas e eixo da inflorescência.

Estípulas 7_13×2

_1 mm, linear-lanceoladas, ápice agudo, membranáceas, caducas ou persistentes. Folhas

4,8_7,7 cm compr., (3)4-6 pares de folíolos, 2,3

_8,3×1,5

_2,7 cm, oval-elípticos, ovais a oval-lanceolados,

ápice acuminado a agudo e mucronulado, margem plana, papiráceos a cartáceos. Nectário 0,5_1,2 mm

compr., na base do pecíolo, ovoide, séssil a ligeiramente estipitado. Racemos 2_8 cm compr., axilares,

com 1_6 flores. Brácteas 0,8

_1,2×0,3

_0,5 cm, lineares a lanceoladas, esverdeadas. Flores 3

_5 cm compr.,

zigomorfas, corola amarelo-ouro; pedicelo 1,2_2 cm compr.; sépalas 5

_2,2×5

_6 cm, ovais, elípticas a

oblongas, ápice arredondado, esverdeadas; pétalas 1,3_1,6×0,6

_1 cm, obovais, ápice arredondado ou

emarginado na pétala posterior, base cuneada a levemente assimétrica; estames abaxiais 3 com anteras

anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 4_5 mm compr., anteras 4,9

_5,3 mm compr. e bico 0,6

_0,8

mm compr., os latero-abaxiais com filetes 2,6_7,2 mm compr., anteras 2,8

_5,8 mm compr., e bico 1

_1,8

mm compr., estames medianos 4, filetes 1,8_1,2 mm com, anteras 4

_5 mm compr. e bico 0,8

_1 mm

compr., estaminódios 4_5 mm compr.; ovário 9

_12×0,6

_1 mm, pubescente a velutino, estilete 3,8

_4 mm

compr., estigma subgloboso, estípite 1,6_2 mm compr., óvulos 70-71, unisseriados. Frutos

12,6_14×0,4

_0,7 cm, subquadrangulares a subcilíndricos, eretos ou fortemente curvos, castanho-claros,

cinéreos a ferrugíneos, hirsutos a tomentelos, estípite 1,4_3 mm compr., tardiamente deiscentes. Sementes

2,8_3×2,3

_2,5 mm, oval-orbiculares, castanho-escuras, lisas.

Espécie americana com ocorrência desde os Estados Unidos até a Argentina, incluindo Antilhas,

mas cultivada na África, Ásia e Austrália (Irwin & Barneby 1982; Randel 1988). No Brasil ocorre em

todas as regiões associadas ao cerrado s. lat., bordas de florestas estacionais, de galeria ou ciliar, e em

alguns casos, margem de estradas e áreas agricultáveis associadas a estes biomas, entre 70-2000 m.

Senna hirsuta é diagnosticada especialmente pelos ramos, folhas e frutos tomentelos, hirsutos ou

velutino-ferrugíneos, frutos lineares subquadrangulares a subcilídricos caracteres que em conjunto a

diferencia de S. cernua, S. occidentalis e S. neglecta com as quais compartilha o nectário na base do

pecíolo. Irwin & Barneby (1982) reconheceram para S. hirsuta sete variedades, diferenciando-as

principalmente pelo tamanho e aspecto do fruto e pela densidade e orientação dos tricomas. As variedades

hirsuta e hirta foram encontradas neste estudo e podem ser reconhecidas pela chave abaixo:

Chave para as variedades de S. hirsuta presentes em Goiás

1. Ramos, folhas e frutos predominantemente hirsutos; frutos robustos e retos ...................7.1. var. hirsuta

1. Ramos, folhas e frutos predominantemente curtamente tomentosos e tomentelos ou ligeiramente

89

hirsutos; frutos delgados ligeiramente e curvos ................................................................. 7.2. var. hirta

7. 1. Senna hirsuta var. hirsuta

Figs. 46-50

No Brasil é encontrada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, habitando principalmente

bordas de florestas, ambientes perturbados, pastagens e áreas agricultáveis entre 800-1900 m de altitude

(Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Coletada com flores e frutos de janeiro a agosto.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Caldas Novas, Serra de Caldas, Termas do Rio Quente, 6/I/1997,

fl. fr., E. P. Heringer 16975 (IBGE); Cristalina, área de acesso à saída para Palmital, 16º12`35``S,

47º20`24``W, 15/V/2002, fr., A. A. Santos er al. 1159 (CEN); Formosa, Serra do Morcego, Córrego

Estrema, ca. 40 km Nordeste da cidade, 800 m, 20/IV/1966, fr., H.S. Irwin et al. 15076 (NY); Goiânia,

Morro do Medanha na estrada para Trindade, 13/IV/2008, fr, J. A. Rizzo 324 (UFG); Niquelândia,

Fazenda Córrego d´Anta na margem esquerda do Rio Maranhão, 14°26`S, 48°59`W, 4/VIII/1992, fr., B. T.

M. Walter et. al. 1873 (CEN, HUEFS, NY); Terezópolis de Goiás, RPPN Santa Branca, 2/VII/2012, fr., J.

P. Santos et al. 509 (UFG).

Material adicional examinado. Ceará: Baturité, Convento Jesuíta, 21/IV/1986, fl. fr, A. Fernandes (EAC

14206). Mato Grosso do Sul: Dourados, 9/VI/1994, fl., M. I. Fiji 8 (CGMS). Pará: São Domingos do

Capim, Rio Capim, 5/VII/1974, fl. fr., P. Cavalcante 3004 (MG).

7.1. Senna hirsuta var. hirta H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 433. 1982.

Cassia leptocarpa var. hirsuta Benth., Trans. Linn. Soc. London 27: 531. 1871.

Fig. 51

Táxon randomicamente disperso desde o México até a Região Sudeste do Brasil entre 600-1600 m

(Irwin & Barneby 1982), sendo neste último ausente apenas na Região Sul. Foi coletado na região meio

norte de Goiás em áreas abertas de cerrado s. lat. com flores e frutos em março e maio.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Catalão, imediações da margem esquerda da Hidrelétrica da Serra

do Facão, ca. 800 m, 20/V/2012, fl.fr., J. N. Neiva 1 (UFG); Jandaia, estrada para Goiânia, 6/II/1959, fl.

fr., H.S. Irwin 2586 (NY).

Material adicional examinado. Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, Rodovia BR-060 km 498, a 2 km

de Nioaque, 21º12`49``S, 55º31`32``W, 2/IV/2001, fl. fr, A. L. B. Sartori et al 412 (CGMS). São Paulo:

Monte Mor, Haras Vanguarda, Rodovia SP-101, km 32, 12/III/1998, fl. fr, J. P. Souza 2357 (ESA);

Piracicaba, Bairro Godinho, 22º37`51,3``S, 47º37`32,1``W, 03/XI/1993, fr., K. D. Barreto et al. 1546

(ESA); ib., Parque da Esalq, 5/IV/2000, fl., G. O. Romão 56 (ESA).

8. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 181.

1982.

Cassia macranthera DC. ex Collad., Hist. Nat. Méd. Casses 99, t.8. 1816.

90

Nomes populares: pau-fava (RJ)

Arbustos a árvores 3_10 m alt.; ramos cinéreos ou dourados, tomentosos a glabrescentes, incluindo

face externa das estípulas, das brácteas e sépalas, folhas, raque da inflorescência, pedicelo e ovário.

Estípulas 7_15×0,2

_0,4 mm, lineares, retas ou ligeiramente curvas, ápice agudo, persistentes. Folhas

2,1_8,3 cm compr., folíolos 2 pares, 4,4

_18,5×1,8

_6 cm, elípticos, oval-elípticos a lanceolados, base

fortemente assimétrica, ápice agudo a curto acuminado, margem plana ou revoluta, cartáceos, glabros,

estrigilosos ou tomentosos, ao menos na face abaxial. Nectários 0,8_2,8 mm compr., no primeiro e, ou no

segundo par de folíolos, ovoides, globoides ou cônicos, sésseis a curtamente estipitados. Panículas 2,7_20

cm compr., terminais com mais de 6 flores. Flores 4,5_8,1cm compr., assimétricas, corola amarelo-ouro.

Brácteas 2,2_3,1×1,4

_1,8 cm, ovais a oval-lanceoladas, ápice agudo a obtuso, esverdeadas, persistentes;

pedicelo 1,8_4,5 cm compr., sépalas 0,3

_0,7×0,2

_0,4 mm, oblongo-elípticas, ápice arredondado a obtuso,

verde-claras; pétalas 2,6_3,5×1,2

_3,1 cm, oblongo-obovais a obovais, ápice arredondado, base cuneada a

assimétrica; estames abaxiais 3 com anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 2_3 mm compr.,

anteras 7_8 mm compr. e bico 1,7

_2 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 2,2

_3,3 mm compr., anteras

9_10 mm compr. e bico 1,7

_2 mm compr., indumentados, estames medianos 4, filetes 2,1

_4 mm compr.,

anteras 6_9 mm compr., indumentadas na região dos poros, bico 0,1

_0,2 mm compr., estaminódios 3, 3

_5

mm compr.; ovário 7_11×0,9

_1 mm compr., glarescente a tomentoso, estilete 3

_4 mm compr., estigma

punctiforme, estípite 2,5_3,5 mm compr., óvulos 190

_240, unisseriados. Frutos 16

_33×1

_2,4 cm compr.,

cilíndricos, ondulados, retos, enegrecidos na maturidade, estípete 0,6-0,9 cm compr., indeincentes.

Sementes 0,9_2×0,7

_1,6 cm, elipsoides, castanho-escuras.

Ocorre na Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Brasil (Irwin & Barneby 1982), sendo neste

último país encontrada em todas as regiões como nativa em bordas de florestas litorâneas ou interioranas,

incluindo as de galeria e ciliares, na caatinga, no cerrado e como cultivada para ornamentação urbana pela

beleza de suas flores e porte baixo, entre 10-1600 m de altitude (Irwin & Barneby 1982; Queiroz 2009;

Bortoluzzi et al. 2011; Rodrigues et al. 2005).

Os folíolos conspicuamente assimétricos de ápices agudos a acuminados com uma ou ambas as

faces tomentoso-amareladas ou cinéreas, associados aos ramos tomentosos, às folhas sempre com dois

pares de folíolos e com nectário predominantemente globoso ou cônico no primeiro, e ou segundo par de

folíolos, e os frutos cilíndricos identificam prontamente S. macranthera, a qual já teve suas relações

morfológicas discutidas nos comentários de S. georgica, sua espécie afim.

Em Goiás conforme a chave abaixo ocorre três, das oito variedades reconhecidas para a espécie por Irwin

& Barneby (1982)

Chave para as variedades de S. macranthera ocorrentes em Goiás

1. Plantas arbóreas; sépalas maiores com 3,5-7 mm compr.

2. Folhas glabras ou estrigilosas ao menos na face abaxial; nectário, em geral, no primeiro par de

91

folíolos. .................................................................................................................. 8.1. var. macranthera

2. Folhas densa a esparsamente tomentosa em ambas as faces; nectário, em geral, em ambos os pares

de folíolos. ...................................................................................................................... 8.2. var. nervosa

1. Plantas arbustivas; sépalas maiores com 7-14 mm compr. ................................................ 8.3. var. striata

8.1. Senna macranthera var. macranthera

Figs. 52-56

Ocorre no Paraguai e Brasil (BA, DF, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, SP) sendo neste último

encontrada em florestas litorâneas ou interioranas, incluindo de galerias ou ciliares, ou em cultivo para

ornamentação (Irwin & Barneby 1982, Souza & Bortoluzzi 2013, Dantas & Silva 2013). Em Goiás,

parece pouco frequente e foi encontrada como cultivada no Campus da Universidade Federal de Goiás,

com flores nos meses de janeiro e fevereiro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, UFG Campus II em frente ao ICBI-I, 29/I/1988, fl., B. de

Souza et al. 3 (ESA); ib., UFG Campus II, ICBI, 29/I/1988, fl., E. G. Correia et al. 1 (ESA).

Material adicional examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, 30 km ao Norte, região da Fercal,

15º35`S, 47º52`35``W, 900-950 m, sem data, fr., P. C. Ramos 3 (UB). Mato Grosso do Sul: Campo

Grande, cerrado as UFMS, 25/X/1997, fl. A. Sanches et al. (CGMS). Minas Gerais: Espera Feliz,

30/III/1979, fl., P. Occhioni 8893 (UFMT); Ouro Preto, 28/I/1942, fl., M. Magalhães 1383 (IAN); Santa

Bárbara, 26/I/1986, fl., A. Fernades (EAC 14003); Viçosa, ao leste do Colégio Agrícola, 700 m,

15/III/1930, fr., Y. Mexia 4701 (IAN); ib., 24/III/1930, fl., Y. Mexia 4509 (IAN). Rio de Janeiro:

Petrópolis, Itaipava, Vale do Sossêgo, 22º25`25``S, 43º09`19``W, fl., H. C. de Lima 6519 (K). Rio

Grande do Sul: Porto Alegre, 31/I/1983, fl., A. Fernandes & P. Bezerra (EAC 11755). São Paulo:

Piracicaba, Parque da Esalq, 3/III/1989, fl., E. Kampf 6 (ESA).

8.2. Senna macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

184. 1982.

Cassia nervosa Vogel, Gen. Cass. Syn. 39. 1837.

Figs. 57-60

Distribui-se pelo Brasil (BA, CE, DF, GO, MG, MS, RS, RJ, SP) e Paraguai (Irwin & Barneby

1982; Souza & Bortoluzi 2013) em bordas de florestas estacionais, de galeria e ciliares, e também como

ornamental em áreas urbanas, entre 700-1600 m. Em Goiás cresce em cerrado, capoeiras, bordas de

floresta de galeria ou ciliares entre 880-1000 metros, e também como ornamental, florescendo de janeiro

a maio, e em outubro e frutificando de março a abril.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alexânia, Fazenda Cafundó, pequeno riacho próximo a Fazenda,

16º18`35``S, 48º34`54``W, 880 m, 15/V/2002, fl., G. Pereira-Silva et al. 7223 (CEN); Cabeceiras, 10 km

de Cabeceiras, 1.000 m, 19/XI/1965, est., H.S. Irwin et al. 10505 (NY, UB); Campo Alegre, 35 km ao N.

92

de Campo Alegre, Rodovia BR-50- Brasília-Belo Horizonte, 4/IV/1985, fl., fr. C. Proença & M. F. Bean

463 (UB); Campo limpo de Goiás, 16º16`20``S, 49º06`52``W, 16/VII/2003, est. F. Bucci & C. Verano

1802 (UB); Corumbá de Goiás, 12 km ao Sul de Corumbá de Goiás, 1000 m, 3/XII/1965, est. H.S. Irwin

et al 10964 (UB); ib., H.S. Irwin et al. 10968 (NY, UB); Cristalina, 25 km ao Sul de Cristalina, 8/III/1996,

fl., H.S. Irwin et al. 13783 (MBM, NY); Formosa, próximo a nascente do rio Paraná, 850 m, 29/IV/1966,

fr., H.S. Irwin et al. 15474 (MO, NY, UB); ib., margem direita do rio Bezerra, ca. 1 km a Leste da Lagoa

Perta Pé, 15º59`06``S, 47º11`35``W, 8209 m, 5/III/2002, fl., G. Pereira-Silva et al. 5990 (CEN); Leopoldo

de Bulhões, ao lado da rodoviária, 4/IV/2012, fl. fr., J. P. Santos & M. M. Dantas 379 (UFG); São João da

Aliança, 20 km ao Sul de São João da Aliança, 1000 m, 17/III/1971, fl., H.S. Irwin et al. 32075 (NY, UB);

Vianópolis, 16º46`S, 48º32W, 21/III/1989, fl., B. M. T. Walter et al. 164 (IBGE, UB).

Material adicional examinado. BRASIL. Distrito Federal: Brasília, estacionamento do Clube do Servidor

Público, L4, 25/I/1980, est., J. H. Kirkbride, JR. & M. C. G. Kirkibride 3128 (UB); ib., Jardim Botânico

de Brasília, caminho para cantina, 15º52`S, 47º51`W, 1025 m, 17/V/1996, fr., M. G. Nobrega 455 (CEN);

ib., Samabaia, Parque Boca da Mata, 15º52`S, 48º03`W, 09/V/1997, fr., J. M. de Rezende 481 (UFG).

Mato Grosso do Sul: Amambaí, Arredores da tribo Cuiabá, sem data, fl., W.B.G. Garcia 13871 (UEC).

São Paulo: Iracemopolis, Piracicaba, Fazenda Bertiogasantana, 22º47`S, 47º37`W, 28/VII/1993, est., K.

D. Barreto et al. (ESA 13556). PARAGUAI. Canindeyú: cerca del General Bernardino Caballero, 450

m, 3/II/1982, fl., F. J. Fernández Casas & J. Morelo 5859 (NY).

8.3 Senna macranthera var. striata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

185. 1982.

Cassia striata Vogel Gen. Cass. Syn. 39. 1837.

Figs. 61-64

Táxon reportado para o Brasil e Paraguai, sendo que no Brasil ocorre nas regiões Nordeste (BA,

PE) e Centro-Oeste (GO) em Cerrado, Caatinga e bordas de florestas estacionais e também como

ornamental entre 600-1000 m (Queiroz 2009; Souza & Bortoluzzi 2013).

Em Goiás foi encontrado no cerrado s.l. sobre solos argilosos frutificando em maio, em torno de 1100 m.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Cristalina, área de empréstimo a esquerda da estrada que dá acesso

á guarita para Palmital, 16º13`16``S, 47º20`36``W, 13/V/2002, fr., A. A. Santos et al. 6041 (CEN).

Material adicional examinado. PARAGUAI. San Pedro: próximo ao rio Aragaray-mí, ruta 3, 13/II/2003,

fl., B. Marazzi et al. 82 (NY).

9. Senna mucronifera (Mart. ex Benth) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 247.

1982.

93

Cassia mucronifera Mart. ex Benth., Fl. Bras. 15 (2): 116.

Figs. 65-72

Subarbustos 0,8_1 m alt., retos ou decumbentes, cespitosos; ramos sem acúleos, verdes, glabros a

tomementosos, incluindo face externa das estípulas, brácteas e sépalas, folhas, raque da inflorescência e

gineceu. Estípulas 7_15×0,6

_0,8 mm, lanceoladas, persistentes, ápice agudo, membranáceas, persistentes.

Folhas 2,5_5,9 cm compr., folíolos 2-3 pares, 5,5

_6,3×2,2

_3 cm, obovais, oblongo-obovais a elípticos,

ápice obtuso a truncado e mucronulados, margem plana, membranáceos. Nectários 1_3 mm compr., nos

dois primeiros pares de folíolos, às vezes no terceiro, cilíndricos a colunares, sésseis a curtamente

estipitados. Racemos 0,5_1,2 cm, axilares, 1

_2 flores umbeliformes. Brácteas 2

_4×0,3

_0,4 mm, ovais,

lineares, ápice agudo, esverdeadas, persistentes. Flores 4_6 cm compr., assimétricas, corola amarelo-ouro;

pedicelo 2_3,3 cm compr.; sépalas 0,8

_1,8×0,5

_1,8 cm compr., oval-oblongas a oblongo-elípticas, ápice

arredondado a obtuso, esverdeadas; pétalas 3,1_3,5×1,5

_2,1 cm compr., obovais a elípticas, ápice

arredondado a emarginado na pétala posterior, base cuneada a assimétrica; estames abaxias 3, com anteras

isomórficas, o centro-abaxial com filetes 7,8_8,1 mm compr., anteras 10

_11 mm compr. e bico 2

_2,2 mm

compr., os latero-abaxiais com filetes 7,9_10 mm compr., anteras 8

_11 mm compr. e bico 2,2

_3 cm compr.,

estames medianos 4, filetes 2,5_3,3 mm compr., anteras 5,8

_6,3 mm compr. e sem bico, estaminódios 3,

3_4 mm compr.; ovário 2

_2,1×0,7

_1,1 cm, glabrescente a tomentoso, estilete 5,1

_6,3 cm compr., estigma

obtuso, estípete 1,8_2,4 mm compr., óvulos 48

_43, unisseriados. Frutos 16×0,2

_0,3 cm, lineares

subquadrangulares, verdes, curvos. Sementes não observadas.

Ocorre na Venezuela, Bolívia, Paraguai e Brasil (Irwin & Barneby 1982). No Brasil distribui-se

nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, em cerrado s.l. e bordas de florestas estacionais (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo mostrou-se pouco frequente e associada ao

cerrado s. str. e a borda de floresta estacional entre 800_950 m, florescendo de março a agosto e

frutificando entre junho e julho

Senna mucronifera é prontamente reconhecida pelas folhas com dois ou três pares de folíolos,

conspicuamente mucronulados e tomentosos, ao menos na face abaxial, racemos paucifloros (1-2 flores),

pétala antero-lateral esquerda recobrindo o androceu e frutos lineares e subquadrangulares, em secção

transversal. Compartilha com S. pentagonia e S. obtusifolia o número, a forma e a textura de folíolos,

porém, nestas as folhas possuem sempre três pares de folíolos, glabros a glabrecentes. Associado a isto, S.

obtusifolia e S. pentagonia possuem frutos cilíndricos e quadrangulares e alados, respectivamente (vs.

lineares e subquadrangulares e sem alas em S. mucronifera).

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alvorada do Norte, Rodovia Belém-Brasília 10 km de Alvorada do

Norte, 23/VIII/1978, fl., A. Allem & G. Vieira 2103 (CEN, HUEFS); Campos Belos, 8 km da cidade em

direção a Taquatinga, 3/V/1972, fl., J. A. Rizzo 8054 (ESA, UFG); Cavalcante, 10 km ao sul em direção a

Teresina de Goiás, 27/V/1975, fl., G. Hatschbach et al. 36916 (NY); Mambaí, 13/III/1979, fl., G.

94

Hatschbach 42141 (MO); Fazenda Forquilha, 20/VII/2012, fl. fr., J. P. Santos et al. 435 (UFG); Minaçu,

Reserva da Cana Brava, 13º28`12``S, 48º15`50``W, 8/VI/1995, fl., E. Regina & S. R. Silva 14 (UB); ib.,

24/IV/2001, 500 m, fl. fr., G. Pereira-Silva et al. 5150 (CEN); Piranhas, ca. de 6 km a nordeste da cidade,

700 m, 21/VI/1996, fl., H.S. Irwin et al. 17720 (NY, MO).

Material adicional examinado. Mato Grosso: Nova Xavantina, 400 m, 8/VI/1966, fr., H.S. Irwin &

Barneby et al. 16771 (UB); ib., 8/VI1996, fl., D. R. Hunt & J. F. Ramos 5868A (NY). Mato Grosso do

Sul: Bela Vista, estrada que liga Bela Vista ao rio Jabuti, 15/II/2007, fl., K. R. Laitart 54 (CGMS);

Corumbá, Fazenda Leque, 16/X/1953, fr., E. Pereira 349 (NY). Tocantins: Tupirantins, a 6 km da cidade

na margem esquerda da estrada, 15/V/1974, fl., J. A. Rizzo &. V. C. Souza 9834 (ESA, UFG).

10. Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 492. 1982.

Cassia multijuga Rich., Actes Soc. Hist. Nat. Paris 1: 108. 1792.

Árvores 5_20 m alt.; ramos verde-claros a escuros, glabros, esparsa ou densamente tomentoso-

amarelados, incluindo face externa das estípulas, brácteas e sépalas, e abaxial dos folíolos, raque foliar e

da inflorescência e pedicelo. Estípulas 0,5_1,3×0,3

_0,9 cm, lineares a subuladas ou irregularmente

triangulares, ápice agudo a obtuso, base retorcida ou linear, verdes, rígido-membranáceas, caducas ou

persistentes. Folhas 8,6_29,1 cm compr., folíolos 8-36 pares, 1,1

_3,2×0,3

_1,3 cm, predominantemente

oblongos a oblongo-elípticos, raro oval-oblongos ou lanceolados, ápice retuso a arredondado e

mucronulado, margem plana, papiráceos. Nectários 1_3 mm compr., entre todos os pares de folíolos, ou

ausentes na região mediana foliar, subulados, cilíndricos a clavados, sésseis a estipitados. Panículas

5,4_75 cm compr., terminais, com mais de 6 flores. Brácteas 0,2

_1,1×0,2

_0,3 mm compr., oblongas, ápice

agudo, verdes a amareladas, não petaloides. Flores 3,3_5,3 cm compr., assimétricas, corola amarelo-ouro;

pedicelo 1_3,5 cm compr.; sépalas 4,9

_8,9×2,9

_6,1 mm, ovais, oblongo-elípticas, ápice arredondado,

amareladas; pétalas 1,8_1,9×0,8

_1,3 cm, oblongo-elípticas, ovais a obovais, a antero-lateral direita

oblongo-falcada, base cuneada a assimétrica, ápice arredondado a emarginado na pétala posterior;

estames abaxiais 3, com anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 1,8_3,1

mm compr., anteras

3,9_5,1 mm compr. e bico 1,8

_2,1 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 10

_14 mm compr., anteras

10_13 mm compr. e bico 1,5

_2,2 mm compr., estames medianos 4, filetes 3

_1,8 mm compr., anteras

0,5_0,8 mm compr. e bico 0,4

_0,8 mm compr., estaminódios 3, 6

_7,3 mm compr.; ovário 11

_13×1

_2,1 mm

compr., glabro ou glabrescente, estilete 2,6_3,2 mm compr., estigma punctiforme, estípite 1,4

_1,7 mm

compr., óvulos 62_80, unisseriados. Frutos 5

_2×0,6

_1,8 cm, oblongos, planos, castanho-escuros,

discretamente reticulados, retos, estípite 0,6_1,6 cm compr., tardiamente deiscentes. Sementes

0,6_0,8×0,5

_0,6 cm, oblongoides a elipsoides, castanho-escuras, lustrosas.

Espécie americana (Estados Unidos até a Argentina), introduzida na África e Ásia e amplamente

distribuída em todas as regiões do Brasil em bordas, clareiras ou capoeiras de florestas litorâneas e

95

interioranas, mas também em cerrado s. lat. e áreas antropizadas, pastagens abandonadas e capoeiras em

regeneração (Irwin & Barneby 1982, Silva & Tozzi 2010, Bortoluzzi & Souza 2013).

Pode ser reconhecida, entre as demais espécies estudadas, pelo hábito arbóreo, folhas com 8 a 26

(36) pares de folíolos membranáceos a papiráceos, usualmente oblongos a oblongo-elípticos com ápices

ápice retuso a arredondado e mucronulados, flores conspicuamente assimétricas com uma das pétalas

antero-laterais recobrindo o androceu. Pode ser relacionada com S. spectabilis por esta apresentar mais de

8 pares folíolos e flores fortemente assimétricas, mas esta não possui glândulas foliares.

Conforme Irwin & Barneby (1982) Senna multijuga compreende as subespécies multijuga,

lindleyana e doylei. Tais autores reconheceram ainda as variedades tipica e verrucosa, para a subespécie

multijuga e lindleyana e peregrinatrix para a subespécie lindleyana. Destas, as subespécies multijuga e

lindleyana representadas por suas variedades típicas foram encontradas neste estudo.

Chave para as variedades de S. multijuga ocorrentes em Goiás

1. Ramos usualmente com tricomas tomentoso-amarelados; estípulas triangulares com base

conspicuamente dilatada, persistentes ..........................................................................10.1. var. multijuga

1. Ramos predominantemente glabros; estípulas lineares a subuladas, precocemente caducas ..........

..................................................................................................................................... 10.2. var. lindleyana

10.1. Senna multijuga var. multijuga

Figs. 73-78

Repete a distribuição da espécie, sendo, portanto o táxon mais comum na Amárica, quer como

nativo, ou cultivado, desde 50 até 1800 metros (Irwin & Barneby 1982). Em Goiás foi encontrada em

bordas de florestas estacionais e ciliares e, menos frequentemente em cerrado s.s. e em áreas urbanas

entre 320-1100 m. Foi coletada com flores de janeiro a julho e com frutos de junho a novembro.

Material examinado. Goiás: Alexânia, Fazenda Engenho Monjolo, margem esquerda do rio Corumbá,

16º11`28``S, 48º30`30``W 900 m, 9/V/2003, fl., G. Pereira-Silva et al. 7661 (CEN); Anápolis, 13/V/1957,

fl., M. Magalhães 9656 (NY); Barro Alto, Fazenda Buritizinho, 7 km da GO-342, 14º44`S, 49º03W,

6/VII/1992, fl. fr., B. M. T. Walter et al. 1694 (HUFS, NY); Caldas Novas, beira do rio Corumbá, próximo

ao eixo da barragem de Corumbá II, 17º33`S, 48º29`W, 6/IV/1993, fl., R. F. Vieira et al. 1498 (CEN);

Cavalcante, 5 km de Colinas do Sul, 14°11`29``S, 48°05`13``W, 21/VI/1999, fl., B. M. T. Walter et al.

4270 (CEN, HUEFS, UFG); ib., as margens do rio Macacão, Serra Branca, 13º35`56``S, 48º04`13``W

440 m, 24/I/2001, fl., G. Pereira-Silva et al. 4631 (CEN); ib., margem direita do rio São Félix km a 6 km

da Vila Veneno, 13º31`47``S, 48º03`20``W, 320 m, 27/VI/2001, fl., G. Pereira-Silva & M. Carvalho-Silva

5211 (CEN); Colinas do Sul, rio Jacaré, 15/VI/1993, fl., G. Hatchsbach, M. Hatschabach & E. Barbosa

59575 (MBM, MO, NY); ib., ente o km 10-15, 500-700 m, 18/II/2000, fl., G. Hatchsbach, M. Hatschbach

& O. S. Ribas 70328 (MBM); Formosa, 15 m da margem do rio Cana Brava, 28 km de Formosa,

20/III/1956, fl., E. Y. Dawson 14999 (NY); Rodovia J.K. 23/VI/1976, fl., Heringer, Rizzini e Mattos

96

15894 (UB); ib., BR-020 Formosa-Alvorada do Norte km 82, 14°48`S, 47°05``W, 7/VII/1993, fl., G. P.

Silva et. al. 1306 (HUEFS, CEN); Goiânia, 30 km ao sul, 7/VI/1964, fl., J. M. Pires 57895 (NY, UB); ib.,

Jardim Goiás, 20/V/1968, fl., Rizzo, J. A. & A. Barbosa 908 (UFG); Luziânia, 40 km da BR/040 DF-BH,

16º40`S, 47º35`W, 950 m, 6/V/1997, fl., B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 3349 (IBGE, NY); Minaçu,

margem do rio Mucambão, 13º11`33``S, 48º14`53``W 330 m, 10/VII/2007, fl., G. Pereira-Silva et al.

11908 (CEN); Niquelândia, Fazenda Serra Negra, 15°06`S, 48°22``W, 8/VI/1992, fl., B. T. M. Walter et

al. 1484 (HUEFS, NY); ib., 22/VI/1995, fl., H. D. Ferreira, Klein, V. L. G. & Roseli 3007 (UFG); ib.,

estrada de terra a direira da Fazenda Traíra, 14º27`53``S, 48º34`00``W, fl., M. L Fonseca, F. C. A.

Oliveira & B. S. Barros 401 (NY); ib., estrada de acesso a Rosariana após a CODEMIM, 14º07`52``S,

48º22`01`W, 540 m, 21/V/1996, fl., Cordovil-Silva et al. 428 (CEN, HUEFS, NY, UFG); ib., AHE Serra

da Mesa, estrada de terra Niquelândia/Colinas do Sul, ca. 29 km ao Leste de Niquelândia, 14º22`35``S,

48º16`15``W, 470 m, 3/VI/1998, fl., B. M. T. Walter et al. 4182 (CEN, NY); Nova Glória, km 65 da BR-

153, entre Rialma e Uruaçu, 15º20`S, 49º40`W, 29/VI/1996, fl., B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 3093

(NY); Piracanjuba, margem do Rio Meia Ponte, 12/VII/1951, fl., Macedo, A. 3235 (SP); Pirenópolis,

Fazenda Engenho São Benedito 15º51.14`S, 49º03.19`W, 1000-1100 m, 28/IX/2004, fr., C. Proença 2996

(UB); Porangatu, 55 km ao Sul, 13º50`S, 49º03 W, 380 m, 15/XI/1997, est., J. A. Ratter et al 7989 (UB);

Silvânia, margem esquerda do ribeirão São Roque, 16º17`31``S, 48º24`27``W, 800 m, 2/VI/2003, fl., G.

Pereira-Silva et al. 7690 (CEN, ESA); Trindade, Fazenda Marcelino, 17/VI/1993, fl., H. D. Ferreira

3139 (ESA, UFG).

Material adicional examinado. Amazonas: Manaus, 2000, fl., A. M. Pohlit (INPA 209488). Distrito

Federal: Brasília, APA da Cafuringa, Fazenda Cafu, 22/V/1992, fl., V. V. Mecenas & F. Q. Leite (EAC

25924); ib., rio Contagem, ca. 35 km ao Norte de Brasília, 900 m, 8/V/1996, fl., H.S. Irwin et al. 15742

(MO, NY, UB); ib., Asa Norte, Parque Olhos D´agua, 8/XI/2002, fr., J. G. A. de Paiva & S. F. de

Carvalho 84 (UB); ib., IX/2004, fl. fr., A. M. Teles et al. 170 (UB); Brazlândia, estrada de Brazlândia para

Padre Bernado, ca. de 17 km de Brazlândia próximo ao córrego Curalinho, 15º33`S, 48º12`W, 900 m,

16/VI/1982, fl., Jr. J. H. Kirkbride 4845 (UB). Maranhão: Anajatuba, 26/I/1976, fl., B. G. S. Ribeiro & G.

S. Pinheiro 1203 (IAN); Vargem Grande, após a terceira saída para Croatá, 26/X/1995, fl., A. Fernandes

et al. (EAC 23345). Mato Grosso: Cotriguaçu, 18/IV/2004, fl., P. V. Ryn 16 (ESA); Juruena, estrada de

Juruena para Aripuanã, 10/VII/1997, V. C de. Souza et al. 18748 (ESA); Vila Rica, estrada para a Fazenda

Ipê, 09º56`25``S, 51º08`43``W, 4/VI/1997, fl., F. R. Diário et al. 1203 (ESA). Mato Grosso do Sul:

Campo Grande, Bairro Monte Castelom, 7/IX/1998, fl., L.V.C. Oliveira (CGMS 6314). Pará: Pau D´arco,

Marajoara, 14/VI/1997, fl., J. Grogan 190 (MG). Roraiama: Boa Vista, IV/1952, fl., D. Magalhães (IAN

073760); Mucajaí, 2º30`S, 60º55`W, 6/VII/1986, fl., E. L. S. Silva 700 (INPA). Tocantins: Paranã, estrada

São Salvador, margens do córrego Rosário, 12º57`51``S, 48º07`46``W, 300 m, 15/VI/2006, fl., G.

Pereira-Silva et al. 10542 (CEN); São Salvador, córrego Obá, 12º49`38``S, 48º15`59``W, 260 m,

97

10/VI/2006, fl., G. Pereira-Silva et al. 10704 (CEN).

10.2. Senna multijuga var. lindleyana (Gardner) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 498. 1982.

Cassia lindleyana Gardner. London J. Bot. 2: 341. 1843.

Figs. 79 e 80

Táxon americano e principalmente brasileiro, porém, apesar de ocorrer de norte ao sul do Brasil,

tem uma distribuição mais pontual do que o típico, e principalmente associada às florestas, incluindo de

galerias e ciliares. Encontrada com flores de março a maio e com frutos em maio.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Ipameri, estrada de acesso a Fazenda das Pedras, a 4 km da ponte

São Bento, 17°44`24``S, 48°29`07``W, fl., T. B. Cavalcanti et. al. 1945 (CEN, HUEFS); Itumbiara,

margem esquerda do Rio Paranaíba 20 km de Itumbiara seguindo rio acima, 23/IV/1973, fl., J. A. Rizzo

8981 (UFG); Silvânia, FLONA de Silvânia, acima da sede ao lado do casarão, 13/III/2013, fl., A. O.

Souza et al. 186 (UFG)

Material adicional examinado. Distrito Federal: Brasília, APA da Cafuringa a Nordeste, Fazenda

Palestina, 15º31`S, 48º10`W, 770 m, 21/V/1996, fl., V. V. Mecenas, F. Q. Leite & E. S. Cardoso118 (UB);

ib., campus da UnB próximo ao prédio do Serviço de Proteção Patrimônio, 8/III/1980, fl., A. G. Braga 1

(UB); ib., estacionamento de água mineral, 27/IV/1980, fr., Jr. J. H. Kirkbride & M. C. G. de Kirkbride 27

(UB); ib., área de jardins próxima ao Clube Cota Mil, 7/V/1983, fl. fr., I. A. R. Novato 3 (K); ib., Setor de

mansões internas Norte, 18/XI/1986, fl. fr., A. A. Mireyza 17 (UB); ib., Campus da Universidade de

Brasília 21/II/1983, Est. P. A. Wolff 4 (UB). Mato Grosso do Sul: Rochedo, Campo Grande, 3/II/1983, fl.,

A. Fernandes (EAC 11775). Minas Gerais: Araçuaí, estrada de Baixa para Lufa, 9/IV/1959, fl., M.

Magalhães 15423 (IAN); Caxambú, Fernão Dias, km 47,5 Bairro Rosário, Atibaia/SP/BR, 5/IV/2007, fl.,

D. M. Gonçalves (UFMT 37700). São Paulo: São Paulo: Atibaia, Rodovia Fernão Dias, km 47, 5, Bairro

do Rosário, 5/IV/2007, fl., D. M. Gonçalves s/n (CGMS 22506); Eldorado, Parque Estadual de

Jacupiranga, 24º30 43``S, 48º23`36``W, 400 m, 23/III/2005, fl., M. B. dos Santos 10 (ESA); Monte Mor,

Haras Vanguarda, Rodovia SP-101, km 32, III/1998, fl., J. P. Souza 2140 (ESA); Pariquera-Açu, Estação

Experimental do Instituto Agronômico, 24º36`S, 47º53`W, 12/III/1996, fl., N. M. Ivanauskas et al. 901

(ESA); Piracicaba, Parque da Esalq/USP, 23/V/1990, fl., A. F. Rozza 214 (ESA); ib., 2/IV/1991, fl., N. M.

Ivanauskas 9 (ESA); ib., 10/IV/1992, fl., N. M. Ivanauscas 3 (ESA). Pará: Oriximiná, estrada entre

Oriximiná e Poção, 11/VI/1957, fl., G. A. Black et al. 57-19973 (IAN). BOLIVIA. Santa Cruz: Santa

Cruz, Jardin Botánico, A. Krapovickas & A. Schinini 31636 (NY). ESTADOS UNIDOS. Califórnia. Los

Angeles, 14/X/1960, fl., A. Griffiths & H. A. McCandless 3897 (NY).

98

11. Senna neglecta var. grandiflora H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 423. 1982.

Figs. 81-86

Arbustos ca. 2 m alt.; ramos verdes, curto-tomentosos a velutinos, ferrugíneos, incluindo face

externa das estípulas, brácteas e sépalas, folhas, raque da inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas

4_7×2

_3 mm, triangulares, ápice agudo, membranáceas, persistentes. Folhas 7,5

_8,5 cm compr., folíolos 4

ou 5 pares, 3_7×1,8

_2,5 cm, oblongo-elípticos a obovais, ápice obtuso e mucronulado, cartáceos.

Nectários 1,2_2 mm compr., na base do pecíolo, ovoides, sésseis. Racemos 3,5

_5,2 cm compr., axilares ou

terminais com mais de 6 flores. Brácteas 1,1_1,6×1

_3 mm, oval-lanceoladas, ápice acuminado,

esverdeadas, persistentes. Flores 1,7_3,6 cm compr., zigomorfas, corola amarela;

pedicelo 1,5

_2,3 cm

compr.; sépalas 0,8_1,3×0,5

_0,8 cm, ovais a oblongo-obovais, ápice arredondado, esverdeadas; pétalas

1,9_2,3×0,9

_1,25 cm, obovais, ápice arredondado ou emarginado na pétala posterior, base cuneada a

truncada; estames abaxiais 3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes ca. 3,1 mm compr.,

anteras ca. 5 mm compr. sem bico, os latero-abaxiais com filetes 9_11 mm compr., anteras 7

_7,8 cm

compr. e bico 1,9_2,1 mm compr., estames medianos 4, filetes 15

_32 mm compr., anteras 5

_6,3 mm

compr. e bico 0,2_0,8 mm compr., estaminódios 3, 4,5

_6 mm compr.; ovário ca. 1,2×0,11 cm, velutino,

estilete 5,7_5,8 mm compr., estigma subgloboso, estípete 4,7-4,8 mm compr., óvulos ca. 50, unisseriados.

Frutos 18×0,85 cm, oblongos, planos e indeiscentes. Sementers não vistas.

Táxon brasileiro reportado para Bahia, Goiás e Minas Gerais (Irwin & Barneby 1982, Souza &

Bortoluzzi 2013). Em Goiás parece raro e mostrou-se representado por apenas uma coleção proveniente

da porção central do estado habitando na floresta ciliar por volta de 900 m. Flores em março.

Senna neglecta var. grandiflora compartilha da presença de um nectário na base do pecíolo com S.

cernua, S. hirsuta e S. occidentalis, porém é mais semelhante morfologicamente a S. hirsuta, por esta

apresentar indumento em todas as partes vegetativas, nas sépalas e nos frutos. Senna neglecta var.

grandiflora possui comumente ramos, folhas e eixo das inflorescências curtamente velutino-ferrugíneos e

frutos oblongos, enquanto que em S. hirsuta, apresenta ramos, folhas, eixo da inflorescência e frutos

hirsutos a tomentelos, sendo seus frutos lineares.

Material examinado. Goiás: Corumbá de Goiás, ca. 960 m, 8/III/1978, fl., E. P. Heringer, A. E. Heringer

Salles & F. Chagas Silva 16996 (IBGE, NY).

12. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35(1): 252. 1982.

Cassia obtusifolia L., Sp. Pl. 1: 377. 1753.

Figs. 87-92

Nomes populares: fedegoso (MT), fedegoso-bravo (MS) e fedegozinho (GO, MG), mata-pasto liso (CE).

Subarbustos 0,4_1,5 m alt.; ramos verde-claros, glabros a glabrescentes, incluindo face externa das

estípulas, brácteas e sépalas, folhas, raque da inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas 8_16×0,1

_0,5

99

cm, lanceoladas, verdes, membranáceas, persistentes. Folhas 3,2_6,5 cm compr., folíolos 3, raro 4 pares,

2,5_5,2×1

_3,3 cm, obovais a oblongo-elípticos, ápice obtuso e mucronulado, margem plana,

membranáceos. Nectários 1_3 mm compr., no primeiro, ou às vezes no segundo par de folíolos,

fusiformes, sésseis ou curtamente estipitados. Racemos 0,15_1,2 cm compr., axilares e terminais,

umbeliformes com 1_3 flores. Flores 1,5

_2,3 cm compr., assimétricas, corola amarelo-alaranjada a

amarelo-claras; pedicelo 1_2 cm compr. Brácteas 3

_5×0,3

_1 mm compr., linear-lanceoladas, verde-claras,

persistentes; sépalas 7_8×5

_7 mm, ovais, ápice obtuso a agudo, esverdeadas; pétalas 1,1

_1,4×0,6

_1,1 cm,

obovais a oblongo-elípticas, ápice arredondado a emarginado na pétala posterior, base cuneada a

assimétrica; estames abaxiais 3 com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 1,2_2,1 mm

compr., anteras 3_4 mm compr. e bico 0,8

_0,9 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 2,1

_3 mm

compr., anteras 4_5 mm compr., bico 0,8

_1 mm compr., estames medianos 4, filetes 1

_3 mm compr.,

anteras 2_3,5 mm compr. e bico 0,2

_0,3 mm compr., estaminódios 3, 1,5

_2 mm compr.; ovário 13

_16×1

_3

mm, glabro a glabrescente, estilete 2,2_3 cm compr., estigma puctiforme ou truncado, 0,1

_0,3 cm compr.,

óvulos 35_38, unisseriados. Frutos 4

_10×0,3

_0,5 cm, cilíndricos ou raramente subquadrangulares, curvos,

estípete 2_3 mm compr., indeiscentes. Sementes 2

_3×4

_6, rômbicas, lustrosas, castanhas.

Espécie provavelmente americana, incluindo Antilhas, porém ocorre como subespontânea na

África, Ásia e Austrália (Irwin & Barneby 1982, Randell 1999) crescendo em ambientes perturbardos

associados a diversos tipos vegetacionais e também como ruderal, em pastagens e áreas agricultáveis

(Irwin & Barneby 1982). No Brasil ocorre em todo o país em ambientes similares ao de sua distribuição

original, e é provavelmente a espécie do gênero mais facilmente encontrada, fato que se repete também

em Goiás. Floresce e frutifica o ano inteiro.

Diferencia-se de S. pentagonia espécie com a qual compartilha o hábito e aspecto geral das folhas,

incluindo disposição do (s) nectário (s) e inflorescência umbeliforme curto pedunculadas a subsésseis e

sementes areoladas, pelo tamanho das flores que é de 1,5_2,3 cm compr. (vs. > 2,5 em S. pentagonia),

anteras com bicos discretos (vs. conspícuos) e legumes comumente conspicuamente curvos (vs. retos a

ligeiramente curvos e alados). Associado a isto em S. obtusifolia as folhas possuem pecíolo e pedicelo

frutificado de 2-2,5 e ca. 2 cm compr., respectivamente, enquanto estes medem 4,3-5 e 3-3,5 cm compr.,

em S. pentagonia.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, ca. de 40 km ao sul, 600 m, 24/III/1968, fl.,

H.S. Irwin et al 21780 (MO, NY, UB); Cabeceiras, ca. de 15 km ao leste, 1000 m, 17/X/1965, fl., H.S.

Irwin et al. 10410 (UB); Caldas Novas, Pouso quente, 22/III/1976, fl. fr., G. Hatschbach & R. Kummrow

38246 (MBM, NY); Formosa, margem do córrego Estrema, ca. de 35 km a noroeste, 800 m, 21/IV/1966,

fl., H.S. Irwin et al. 15221 (UB); ib., próximo ao Rio Formoso, 1/III/1984, fl., Rizzo, J. A. 10368 (ESA,

UFG); Goiânia, GO-07 a 10 km de Goiânia, 10/IV/1968, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 153 (ESA); ib.,

esquerda da estrada GO-01 em direção a Leopoldo de Bulhões a 9 km de Goiânia, 2/IV/1970, fl. J. A.

100

Rizzo 6736 (ESA, UFG); ib., Horto da Faculdade de Farmácia da UFG, 16º`40`33,3``S, 49º14`39,5``W,

768 m, 19/II/2005, fl., J. R. Paula 45 (UFG); Goiás Velho, ca. 17 km ao Sul, 700-780 m, 12/III/1973, fl.,

W. R. Anderson 10172 (NY, UB); Jataí, UFG, Campus Jatobá, 19/III/2003, fl., L. F. Souza 160 (HJ);

Minaçu, Sítio Copaíba, 13º30`19``S, 48º8`5``W, 310 m, 10/IV/2000, fl. fr., F. Bucci 1027 (UB; UFG);

Monte Alegre de Goiás, 24 km da cidade, 600 m, 11/III/1973, fl., W. R. Anderson 6817 (UB);

Niquelândia, 17 km ao Sul da cidade, 750 m, 23/I/1972, fl., H.S. Irwin et al. 34887 (UB); Piranhas, 700

m, 23/VI/1996, fl., H.S. Irwin et al 17669 (UB); Posse, ca. de 6 km ao Sul, 800 m, 7/IV/1966, fl., H.S.

Irwin et al. 14477 (SP, UB); São João da Aliança, 14º30, 47º30`W, 19/IX/1956, fl. fr., E. Y. Dawson

14392 (NY); ib., 3 km a Noroeste, 1070 m, 22/III/1973, fl., W. R. Anderson 7699 (UB); Silvânia, estrada

em direção ao escritório do ICMbio, 4/IV/2012, fl., J. P. Santos & M. M. Dantas 370, 371 (UFG).

Material adicional examinado. Amapá: Macapá, 25/IV/1985, fl, fr., B. V. Rabelo et al. 3283 (NY).

Amazonas: Boa Vista, Taiano Village, 65 km a Noroeste de Boa Vista, 160 m, 11/X/1977, fl. fr., L.

Coradin & M. dos R. Cordeiro 587 (INPA); Itaituba, São Luiz dos Tapajós, 23/XI/1999, fr., R. Lisboa et

al. 6807 (MG); Manacapuru, comunidade Nossa Senhora das Graças, VII/2010, fl., M. F. Cassino 101

(INPA); Manaus, estrada para o Parque, 4/V/1971, fr., J. J. M. & Maas 299 (INPA); Estação Experimental

de Hortaliça, km 14 da AM-010, 24/II/1999, fl. fr., E. S. C. Gurgel 40 (INPA); Maués, 3º23`S, 57º43`W,

29/VII/1983, fl, fr., J. M. Zarucchi et al. 3227 (NY); Parintins, comunidade Vila Nova I, 26/XI/2009, fl.

fr., O. A. Santos 514 (INPA). Bahia: Santo Estevão, próximo a BR-166, 12º29`55.1``S, 39º20`53,5``W,

29/VII/2001, fl. fr., V. C. Souza et al. 26682 (ESA). Ceará: Itaiçaba, Morro do Ereré, 10/IV/1982, fl. fr.,

E. Nunes (EAC 11172); Lagoa do Razio, Estação Ecológica de Auiaba, 18/IV/1990, fl. fr., P. Martins. &

Angélica (EAC 8321); Morada Nova, Fazenda Serraia, 25/IV/1997, fl. fr., M. A. Figueire (EAC 25377).

Distrito Federal: Brasília, Parque Nacional de Brasília, 15º53`0``S, 47º56`W, 5/XI/1990, fl., P. C. M.

Ramos 277 (UB); Universidade de Brasília, 975 m, 6/VI/1966, fl. fr., H.S. Irwin & Barneby et al. 15641

(UB). Mato Grosso: Barão de Melgaço, 50 m da Baía do Acorizal, 6º15`30.3``S, 82º12`08``W, 140 m,

16/XI/2007, fr., R. R. Silva 1402 (UFMT); Cuiabá, Rio dos Peixes, 18/XI/1998, fl., C. Santos et al.

(UFMT 22258); Ladário, 7/XI/1982, fl., E. de Paula & C. A. Conceição 1596 (UB); Nova Marilândia,

córrego Sonho Azul, 14º23`16``S, 55º59`00``W, fl. fr., 7/X/2010, Soares, G. F. & Silva, R. R. (UFMT

32836); Sinop, Rio Nandico, 308 m, 13/X/2007, fl. fr., R. R. Silva & J. E. da Silva 1603 (UFMT). Mato

Grosso do Sul: Cassilândia, várzea do rio que separa Aporé de Cassilândia, 18/III/2013, fl. fr., J. P.

Santos & Antunes L. L. C 852, 853, 854 e 855 (UFG); Corumbá, Fazenda São Bento, Distrito Nabileque,

17/XI/1977, A. C. Allem & G. Vieira 1290 (CEN); ib., Fazenda Ipanema, 7/XII/1979, fr., J. A. Comastri

Filho 25 (CEN). Maranhão: Vitória do Mearim, 16/V/2005, fl. fr., L. S. Carneiro 42 (IAN). Paraíba:

Brejo do Cruz, de Catolé do Rocha para Brejo do Cruz, 6º20`S 37º33`W, 180 m, 2/VI/1984, fl. fr., J. E. R.

Collares et al. 163 (UFMT). Pará: Tucuruí, 3/X/1983, fl., J. Revilla et al. 8459 (NY); ib., 9/IX/1983, fl.

fr., F. E. Miranda et al. 502 (NY). Paraná: Maringá, atrás do RU, 6/V/1985, fl., W. Silvia et al. 457

101

(ESA). Tocantins: Araguaína, Rua Novo Norte 926, 7°29`S, 48°33`W, 290 m, 13/IV1988, fl., L. A.

Skorupa & J. N. da Silveira 460 (CEN, HUEFS); Paranã, 11/III/1962, fl. fr., G. Eiten & T. Eiten 3567

(NY); Porto Nacional, Rua Liduína Pereira, 4/III/1993, fl., E. R. Santos 135 (UB); Presidente Kennedy,

estrada a BR-153 para Itaporã, 3º25`S, 48º37`W, 400-500 m, 2/II/1980, fl. fr., T. Plowman et al. 8295

(NY); São Salvador do Tocantins, acesso à draga do canteiro de obras UHE São Salvador, 12º48`46``S,

48º12`11``W, 290 m, G. Pereira-Silva & G. A. Moreira 11480 (CEN).

13. Senna occidentalis (L.) Link, Handbuch 2: 140. 1831.

Cassia occidentalis L., Sp. Pl. P . 377. 1753.

Figs. 93-98

Nomes populares: manjeiroba, manjeiroba-grande (PA), mangeiroba (CE), fedegoso, fedegoso-

verdadeiro, mamangá, manjeroba, mata-pasto, lava-pratos e pajamaroba (SP).

Subarbustos 0,6_1,8 m alt.; ramos verde-vináceos, glabros a glabrescentes, incluído estípulas,

pecíolo, raque foliar e da inflorescência, folíolos, face externa das brácteas e sépalas, pedicelo e ovário.

Estípulas 6_16×3

_7 mm, triangulares, membranáceas, caducas. Folhas 4

_10 cm compr., folíolos (3)4-6

pares, 3_10,3×1,2

_3,3 cm, elípticos, oval-elípticos a elíptico-lanceolados, ápice acuminado, margem

plana, cartáceos. Nectário 1_1,3 mm compr., na base do pecíolo, ovoide a globoide, séssil. Racemos

0,7_1,3 cm compr., axilares com 3

_5 flores. Brácteas 0,7

_1,8×4

_7

mm, lanceoladas, não petalóides, com

máculas vináceas. Flores 1,3_3,3 cm compr., zigomorfas, corola amarelo-claro ou escuro; pedicelo 6

_12

cm compr.; sépalas 7_11×4

_6 mm compr., ovais a elíptico-obovais, ápice obtuso a arredondado,

membranáceas; pétalas 1,1_1,8×0,9

_1,7 cm, obovais, ápice arredondado a emarginado na pétala posterior,

base cuneada; estames abaxiais 3 com anteras anisomórficas, o centro-abaxial ausente ou vestigial, os

latero-abaxiais com filetes 7,1_7,2 cm compr., anteras 4,9

_5 mm compr. e bico 1

_1,3 mm compr., estames

medianos 4, filetes 3_3,5 cm compr., anteras 4,8

_4,9 mm compr. e bico 1,2

_1,3 cm compr., estaminódios

3, 3,5_5 mm compr.; ovário 12

_14×8

_11 mm, glabro a glabrescente, estilete 3,2

_4 mm compr., estigma

subcapitato, estípite 0,2_0,4 mm compr., óvulos 40

_44, unisseriados. Frutos 10

_12,3×0,5

_1 cm compr.,

oblongos, planos, retos ou ligeiramente curvos, estípite 0,2_0,4 mm compr., indeiscentes. Sementes

4_5×3,6

_4 mm, oblongas a oval-elípticas, lisas, oliváceas a castanho-escuras.

Espécie paleotropical (Irwin & Barneby 1982; Randell 1988) sendo no Brasil, registrada de norte

a sul em ambientes perturbados, como ruderal, em áreas de pastagens e agricultáveis associados a

distintos tipos vegetacionais (Irwin & Barneby 1982; Lewis 1987; Bortoluzzi et al. 2011; Queiroz 2009).

Em Goiás é frequente em todo o estado, crescendo em ambientes similares aos de sua distribuição no

Brasil. Floresce e frutifica o ano inteiro.

Senna occidentalis pode ser reconhecida pelos ramos, raque foliar e da inflorescência, sépalas e gineceu

verde-vináceos, folhas com 3_6 pares de folíolos com ápices predominantemente acuminados e com

102

nectário peciolar, androceu com estame centro-abaxial vestigial ou ausente e frutos oblongos até 15 cm

compr. É melhor relacionada morfologicamente com S. cernua por esta apresentar nectário base do

pecíolo, coloração dos folíolos e raque similares e flores zigomorfas, mas S. cernua é facilmente

diferenciada de S. occidentalis por possuir (5)6_9(11) pares de folíolos, ápice obtuso mucronado, sépalas

amareladas e frutos lineares fortemente curvos e com 19_26,4 cm compr.

Material examinado. Goiás: Anápolis, Vale das Brisas, 18/XII/2011, fl., J. P. Santos 261 (UFG);

Aragarças, 3/I/1968, fl., D. Philcox & A. Ferreira 3858 (NY, UB); Caçu, UHE Salto, 19º07`S, 50º45`W,

16/I/2009, fl. fr., F. A. G. Guilherme et al. 1500 (HJ); Caldas Novas, Termas do Rio Quente, 4/I/1977, fl.

fr., E. P. Heringer 16667 (NY); Cavalcante, Foz do rio do Carmo, 13º24`42``S, 48º08`19``W, 310 m,

20/II/2001, fl., fr. G. Pereira-Silva et al. 4694 (CEN); Corumbá de Goiás, 60 km ao Norte, 750 m,

23/I/1968, fl. fr., H.S. Irwin et al. 19086 (UB); Formosa, BR-020 de Formosa para Alvorada do Norte, km

82, 14º48`S, 47º05`W, 7/VII/1993, fl., G. P. Silva 1310 (CEN); Goiânia, pátio entre ICHL e restaurante,

Campus UFG II, 6/V/1981, fl. fr., ILenir 5 (UFG); lote vago rua nº 205 Setor Coimbra, 18/XII/1980, fl.,

N. V. Ferro 6 (UFG); Paragantu, Setor da Praça Velha, 7/X/2001, fl., R. D. Tridente 126 (UFG); Goiás

Velho, 650 m, 22/I/1996, fl. fr., H.S. Irwin et al 11960 (UB); Leopoldo de Bulhões, trevo que direciona a

Silvânia, 4/IV/2012, fl. fr., J. P. Santos & M. M. Dantas 375 (UFG); Monte Alegre de Goiás, 24 km da

estrada para Monte Alegre de Goiás, 600 m, 11/III/1973, fl. fr., W. R. Anderson 6810 (NY); Niquelândia,

17 km ao Sul, 750 m, 23/I/1972, fl. fr., H.S. Irwin & Barneby et al. 34886 (NY, UB); Ouro Verde de

Goiás, 16º13`S, 49º14`W, 1140 m, 15/I/2006, fl., C. S. P. Silva & M. A. G. D. Preta 51 (UB).

Material adicional examinado. Amazonas: Maués, 3º23`S, 57º43`W, 22/VII/1983, fl. fr., J. L. Zarucchi et

al. 3164 (INPA); São Gabriel da Cachoeira, rio Negro, 0º10`86``S, 66º50`98``W, 12/VIII/2009, fl., L. A.

G. de Souza & A. Cortês 43 (INPA). Ceará: General Sampaio, Fazenda Natália, 26/V/2007, fl. fr., M. F.

Moro et al. 196 (EAC); Limoeiro do Norte, 22/VII/2005, fl. fr., A. V. Vieira (EAC 37725); Parambu,

Fazenda Pau Preto, 23/V/1982, fl. fr., E. Nunes (EAC 11477); Reriutaba, 13/IV/1979, fl. fr., A. J. Castro

(EAC 5660). Distrito Federal: Brasília, FAL UnB, 15º37`S, 47º40`W, 1200 m, 17/XI/1986, fl. fr., J. S.

Kaya (UB); ib., 15º37`S, 47º53`W, 10/XI/1986, fl., D. M. Pinheiro (UB); ib., 15º37`S, 47º40`W,

20/XI/1986, fl., V. B. de. Lima (UB); ib., Gama, Parque Recreativo Ecológica do Gama, 16º30`S,

48º03`W, 25/I/2001, fl., D. S. Brito et al. 156 (UB). Mato Grosso: Barra do Garga, 50 km ao Sul em

direção a Xavavantina, 300-400 m, 14/X/1964, fr., H.S. Irwin & T. R. Soderstom 6857 (UB); Cuiabá, Rio

dos Peixes, 30/IX/1998, fl., M. Macedo & M. Cruz. S. Silva (UFMT 18450); Nova Marilândia,

14º23`16``S, 55º59`00``W, 27/IX/2007, fl., R. R. Silva & G. F. Soares 1565 (UFMT); Poconé, ca. 110 km

da Transpantaneira, 17º8`S, 56º55`, 100 m, 21/II/1992, fl., M. Schessl 08/1-16 (UFMT 19695); ib., área

do SESC Pantanal, 17/VII/2006, fl. fr., V. C. Souza, C. P. Caliari & P. B. Garcia 32407 (ESA); Poconé,

Fazenda Campo Largo, ca. de 44 km de Poconé, 16º40`49.1``S, 56º45`46.0``W, 107 m, 3/VI/2008, fl. fr.,

R. R. Silva et al. 1763 (UFMT); Santo Antônio do Leverger, 11/V/1980, fl. fr., S. A. J. Schirlei 7 (UFMT);

103

Zoológico UFMT, 8/V/1997, fl., A. Macedo, A. Silva & J. D. R Mirandir (UFMT 9918). Mato Grosso do

Sul: Campo Grande, rua próximo ao Hotel Real, saída para São Paulo, 22/III/2013, est., J. P. Santos & L.

L. C. Antunes 867 (UFG). Maranhão: Alto Alegre do Pindaré, povoado de Alzilândia ca. 30 km da

cidade, 3º45`S, 46º05`W, 0-100 m, 11/XII/1978, fl. fr., J. Jangoux & R. P. Bahia 358 (MG). Paraíba:

Brejo do Cruz, estrada de Catolé do Rocha em direção a Brejo do Cruz, 06º20`S, 37º33`W, 180 m,

2/VI/1984, fl. fr., J. E. R. Collares & L. Dutra 163 (UFMT). Pará: Altamira, 29/XI/1986, M. Sousa et al.

611 (MG); Oriximiná, cachoeira Porteira, VII/1980, fl. fr., C. Davidson & G. Martinelli 10688 (INPA);

Tomé-Açu, 12/XI/1996, fl. fr., A. Nitta 17486 (MG). Piauí: Altos, 5º09`S, 42º23`W, 19/III/1984, fl., S. B.

Silva & F, M. D. Hora 319 (UFMT 4476). Rio de Janeiro: Nova Iguaçu, 30/IV/1965, fl. fr., P. Occhioni

2210 (UFMT). São Paulo: Ipeúna, 26/X/1990, fl., J. A. Zandoval & C. A. Soares 5791 (ESA). Tocantins:

Araguaína, 2 km de Araguaína, 7º12`S, 48º14`W, 2/I/1970, fl. fr., G. Eiten & T. Eiten 10145 (NY);

Filadélfia, banco do Rio Tocantins, 8 km ao Norte, 4/VIII/1964, fr., G. T. Prence & N. T. Silva 58547 (NY,

UB).

14. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

378. 1982.

Cassia pendula Willd., Enum. pl. l. 440. 1809.

Nomes populares: canudo-de-pito e fedegoso (RS).

Arbustos 1_3 (5) m alt.; ramos verde-claros, glaucentes a cinéreos, eretos, pendentes ou apoiantes,

glabros a glabrescentes, incluindo face externa das estípulas, brácteas e sépalas, folhas, raque da

inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas 3_8×10-15 mm, lanceoladas, ápice agudo, membranáceas,

caducas ou persistentes. Folhas 4,3_10 cm compr., folíolos (3)4

_5(6) pares, 1,3

_6,1×0,8

_2,3 cm, obovais,

oblongo-obovais, raro oblanceolados, ápice obtuso a arredondado, raro retuso, mucronulado, margem

plana, membranáceos a cartáceos. Nectários 2_4 mm, no primeiro, raro no segundo e demais pares de

folíolos, ovoides a subulados, sésseis a estipitados. Racemos 3_15,5 cm compr., axilares ou terminais,

típicos ou subcorimbiformes, solitários ou em 3_4, com mais de 6 flores, e neste caso paniculiformes.

Brácteas 1_6×0,10,3 cm, lanceoladas, membranáceas, verde-claras, caducas. Flores 2,3

_5,5 cm,

zigomorfas, corola amarelo-clara; pedicelo 1_3,3 cm compr.; sépalas 9

_15×5

_16 mm, oblongas, oblongo-

elípticas a obovais, ápice arredondado; pétalas 20_25×10

_20 mm, obovais, ápice arredondado a

emarginado na pétala posterior, base cuneada a assimétrica; estames abaxiais 3, anteras anisomórficas, o

centro-abaxial com filetes 5,3_6,1 mm compr., anteras 8

_10 mm compr. e bico 0,9

_1,2 mm compr., os

latero-abaxiais fortemente curvos e voltados um para o outro com filetes 6_25 mm compr., anteras 7

_11

cm compr. e bico 0,4_0,8 mm compr., estames medianos 4, filetes 2

_3 mm compr., anteras 5,8

_7 mm

compr. e bico 0,2_0,4 mm compr., estaminódios 3, 3,5

_4 mm compr; ovário 2

_2,4×0,8

_0,1 cm compr.,

estilete 5_8 mm compr., estigma punctiforme, estípite 0,8

_1,4 cm compr., óvulos 81

_105, bisseriados.

104

Frutos 4_15×0,6

_1 cm, cilíndricos ou subcilíndricos, planos ou ondulados na região seminal, retos; estípite

0,4_1cm compr., indeiscentes. Sementes 4

_7×3

_5 mm ovais a oblongo-elipticas, castanho-clara a

oliváceas, lisas.

Registrada desde o México até a Argentina, sendo no Brasil, encontrada de norte a sul em bordas

de florestas estacionais, litorâneas e interioranas, incluindo as ciliares e de galeria e cerrado s. lat. (Irwin

& Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). A espécie pode também ser encontrada como cultivada na

Austrália (Randell 1989).

Senna pendula pode ser reconhecida pelas folhas usualmente com (3)4-5(6) pares de folíolos

predominantemente obovais a oblongo-obovais, raro oblanceolados, glabros a glabrecentes, estames

latero-abaxiais fortemente curvos, voltados um para o outro e para o centro da flor, frutos cilíndricos e

sementes bisseriadas. Pode ser confundida com S. rostrata por compartilhar do mesmo aspecto dos ramos

e folíolos, mas difere pelos racemos com mais de duas flores regularmente distribuídas na raque (vs.

racemos usualmente com 2 flores no ápice da raque em S. rostrata), nectários no primeiro e, às vezes,

segundo pares de folíolos (vs. sempre no primeiro pare folíolo), frutos cilíndricos (vs. oblongos) e

sementes bisseriadas (vs. unisseriadas).

Irwin & Barneby (1982) reconheceram 19 variedades para S. pendula, duas das quais

reconhecidas neste estudo, conforme a chave abaixo:

Chave para as varieades de S. pendula ocorrentes em Goiás

1. Folíolos cartáceos com nervuras secundárias e terciárias cospícuas em ambas as faces; nectário no

primeiro e, às vezes, até o quarto par de folíolos; frutos com região seminal plana ou ligeiramente

ondulada; filetes dos estames abaxiais (10)11_20 mm. .................................................... 14.1. var. glabrata

1. Folíolos membranáceos com nervuras secundárias e terciárias incospícuas em ambas as faces; nectário

apenas no primeiro par de folíolos; frutos com região seminal conspícuamente ondulada; filetes dos

estames abaxiais 6_11 mm compr. ................................................................................. 14.2. var. tenuifolia

14.1. Senna pendula var. glabrata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 382.

1982.

Cassia indecora var. glabrata Vogel. Gen. Cass. Syn.19. 1837.

Figs. 99-104

Táxon sulamericano (Brasil e Paraguai), porém também cultivado nos Estados Unidos e em

Bahamas (Irwin & Barneby 1982). No Brasil ocorre de norte a sul, no cerrado, cerradão, florestas

litorâneas, incluindo restinga, interioranas, ciliares e de galeria, bem como em pastagens, ambientes

também encontrados neste estudo.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Abadiânia, Fazenda Mato Seco, margem do rio Corumbá,

16º10`23``S, 48º23`03``W, 830 m, 9/V/2003, fl., G. Pereira-Silva et al. 7609 (CEN); Alto Paraíso,

Camping Pesqueiro, 14º09`99``S, 47º37`40``W, 1154 m, 15/VI/2001, fl., L. H. Soares-Silva et al. 1067

105

(UB); Anápolis, 5 km ao norte, 26/II/1982, fl., P. I. Oliveira 454 (NY); Cabeceiras, 3 km ao Sul da

cidade, 1000 m, est., H.S. Irwin et al. 1055 (UB); Aparecida de Goiânia, a 4 km da cidade, 5/III/1966, fl.,

J. A. Rizzo 12 (UFG, IPA); Caiapônia, 20 km ao Sul de Caiapônia, 840 m, 29/IV/1973, fl. fr., W. R.

Anderson 9459 (MO, UB); ib, 40 km ao Sul de Caiapônia, Serra do Caiapó, 900 m, 26/VI/1966, fr., H.S.

Irwin et al. 17737 (MO, UB); Caldas Novas, Cia Termas do Rio Quente, 7/I/1976, fl., E. P. Heringer

15311 (UB); ib., arredores da cidade, 28/I/1976, fl., G. Hatschbach & Ramamoorthy 38158 (MO);

margem rio Corumbá, 17º33`S, 48º29`W, 30/IV/1993, fl., R. F. Vieira et al. 1475 (CEN); Catalão, BR-

050, 8-10 km ao Norte, 29/XI/1992, fl., G. Hatschbach & E. Barbosa. 58245 (MBM); ib., GO-330, km

285, 10/II/2000, fl., G. Hatschbach et al. 69966 (MBM); Corumbá de Goiás, 15 km ao Norte, estrada para

Niquelândia, 1150 m, 18/I/1968, fl., H.S. Irwin et al. 18807 (UB); Cristalina, ca. 600 m, 7/III/2002, fl., G.

Pereira-Silva et al. 6103 (CEN); Formosa, rio Paraná, ca. de 35 km Norte de Formosa, 30/III/1966, fr., H.

S. Irwin et al. 14304 (SP, UB); ib., 35 km a Noroeste, 800 m, 18/IV/1966, fl., H.S. Irwin et al. 14977

(MO, NY, SP, UB); ib., rio Tiquiri, ib., ca. 800 m, próximo ao córrego Estrema, ca. 40 km ao Norte de

Formosa, 20/IV/1966, fl., H. S. Irwin et al. 15092 (UB); ib 25/V/1967, fl. fr., E. P. Heringer 11484 (UB);

ib., Lagoa do Perta Pé, 26/III/2002, fl., G. Pereira-Silva et al. 6267 (CEN); ib., 850 m, Fazenda J. Teles,

ca. de 10 km a Noroeste de Formosa, 29/IV/1966, fl., H. S. Irwin et al. 15491 (MO); Goiânia, estrada de

Goiânia para Guapó, 3/III/1969, fl., J. A. Rizzo. & Barbosa, A. A. 3884 (UFG); Goiás Velho, 21/I/1970,

fl., H. S. Irwin et. 25007 (UB); ib., 17 km ao Sul, 750 m, 09/V/1973, fr., W. R. Anderson 9936 (UB);

Goiatuba, rio dos Bois, 23/V/1993, fl., V. L .G. Klein et al. 2087 (UFG); Ipameri, rio Corumbá, 21 km da

cidade em direção Caldas Novas, 27/V/1993, fl., H. dos. Santos et al. 74 (CEN); Jaroquara, Serra de

Santa Rita, 26/II/1972, fl., J. A. Rizzo 7709 (UFG); Luziânia, 27/III/1980, fl., L. P. Heringer 17698

(IBGE); Niquelândia, ca. 14 km ao Sul, 750 m, 22/I/1972, fl., H.S. Irwin et al. 34798 (UB); Vila Boa,

Engenho dos Bois, sem data, fl., Pohl 5702 (NY); Pirenópolis, Fazenda Solar dos Pireneus, 12/II/2000,

fl., G. Hatschbach et al. 70019 (MBM); Terezina de Goiás, Chapada dos Veadeiros, 1080 m, 17/III/1973,

fl., W. R. Anderson 7314 (UB).

Material adicional examinado. Amazonas: Maraã, rio Japurá, 30/X/1982, fl. fr., I. L. Amaral et al. 249

(INPA); Senhor do Bonfim, povoado da Estiva, 10º21`57``S, 40º11`57``W, 689 m, 13/VII/2005, fl., D.

Cardoso et al. 705 (CEN, HUFS). Ceará: Crato, Flona do Araripe, 24/VI/1999, fr., Lima-Verde et al.

1530 (EAC). Distrito Federal: Brasília, Guará, Horto do Guará, 4/IV/1961, fl., E. P. Heringer 8177

(UB); Parque Nacional de Brasília, 4/II/1992, fl., M. Barros et al. 2260 (UB); APA da Cafuringa, Fazenda

Palestina, 15º31,19`S, 48º10,50`W, 790 m, 20/IV/1997, fl., V. V. Mercenas 234 (UB); Parque Olhos

D´agua, 7/V/2002, fl., T. C. U. Brasília 1571 (UB); Fazenda Sucupira, 15º89`47``S, 48º00`05``W,

16/IV/2007, fl., P. S. Carvalho & C. A. S. Correa 236 (UB). São Paulo: Matão, Fazenda Cambuhy,

25/V/1995, fl., A. Rozza 22 (ESA); Piracicaba, Sítio Boa Vista, 14/VII/1994, fr., C. V. D. Berg et al. 91

(ESA). Maranhão: Alcântara, 4/VI/1979, fl., A. J. Castro & Matos (EAC, 6352); Buriticupu, Reserva

106

Florestal da Floresta Rio Doce, 29/VII/1991, fr., R. Monteiro 2111 (IAN); Caxias, 48 km de Caxias,

17/IV/1979, fl., E. Nunes & P. Martins (EAC 5797); Dom Pedro, entre Dom Pedro e Codó, 29/IV/1978,

fl., A. Fernandes & Matos (EAC, 3826); Perdizes, 5/VIII/1954, fl., G. A. Black et al. 54-16470 (IAN).

Minas Gerais: Cabeçeira Grande, 16º12`22``S, 47º12`22``W, fl., G. Pereira-Silva et al 6371 (CEN);

Unaí, 16º12`56``S,47º19`32``W, 850 m, fl., G. Pereira-Silva 6165 (CEN). Mato Grosso: Cuiabá,

arredores do aeroporto, 5/II/1979, fl., M. G. Silva & A. Pinheiro 4469 (MG); Matupá, BR-080, 10º12`S,

54º47`W, 24/IV/1997, fl., V. C de Souza et al. 15692 (ESA); Nortelândia, Fazenda Camargo, Reserva

Florestal da Fazenda, 14º18`S, 56º42`W, 21/V/1997, fl., V. C. Souza 16772 (ESA); Nova Ubiratã,

12º58`81``S, 55º14`54``, 28/IV/1997, fl., A.G. Nave et al. 1335 (ESA); Nova Xavantina, Campus

UNIMAT, 20/XII1998, fl., R. H. O. Viana 110 (UB); Novo Mundo, estrada entre o rio Teles Pires e a

Serra do Rochedo, 14 º18`, 56º42`W, 20/IV/1997, fl., V. C. Souza et al, 16772 (ESA); ib., 09º51`- 9º53`S,

55º36`- 55º40`W, 20/IV/1997, fl. V. C. Souza et al. 15202 (ESA); Tapurah, estrada de acesso à Nova

Maringá, 12º48`51,2``S, 56º47`08,7``W, Nova Xavantina, 75 km ao Norte, 550 m, 5/VI/1966, fl., H.S.

Irwin et al. 16649 (NY). Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, 21º55`S, 48º47`W, 17/VI/1964, fl., J. C.

Gomes Jr. 1932 (UB). Pará: Tucuruí, rio Tocantins, 10/V/1978, fl., M. G. Silva & R. Bahia 3472 (MG);

ib., Fazenda Guaripé, 12/V/1980, fl., N. A. Rosa 3657 (MG); ib., PA-149, 19/X/1983, fl., E. Lima & A.

Silva 54 (INPA); Aeroporto de Sete Varas, 0º95`S, 54º92`W, 7/VIII/1981, fr., J. J. Strudwick (INPA

125713). Rondônia: Cacoal, BR-364, km 234 ao Norte da cidade, 11º12`S, 61º62`W, 23/VI/1984, fr., C.

A. Cid et al. 4752 (INPA). São Paulo: Piracicaba, Fazenda Pinhal, 29/IV1993, fl., K. D. Barreto 373

(ESA). Tocantins: Paranã, Fazenda Chaparral, 12º56`46``S, 47º32`14``W, 332 m, 29/III/2004, fr., A. C.

Sevilha et al. 3975 (CEN).

14.2. Senna pendula var. tenuifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

394. 1982

Cassia bicapsularis var. tenuifolia Benth., Fl. Bras. 15(2): 107. 1870.

Figs. 105-108

Táxon com ocorrência no Brasil (AM, GO, MT, PA, RO, TO) e no Peru, conforme (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo mostrou-se pouco frequente e foi coletado em

mata ciliar ou borda de cerradão, com flores em abril.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Minaçu, encontro do córrego Mucambão com o rio Tocantins,

13º09`09``S, 48º08`44``W, 260 m, 15/VI/2006, fl., G. Pereira-Silva et al. 10738 (CEN, UFG); Leopoldo

de Bulhões, na borda direita da estrada em direção a cidade, 4/IV/2012, est., J. P. Santos & M. M. Dantas

381 (UFG).

Material adicional examinado. Amazonas: Manacupuru, Rio Solimões, lago Grande de Manacupuru,

3º03`S, 61º35`W, 18/VI/1992, fl., S. Mori & C. Gracie 22397 (INPA); Maraã, 30/X/1982, fl., I. L. Amaral

et al. 249 (INPA); Parintins, Ilha Tupinambarana, 3º50`S, 58º30`W, 09/VII/1983, fl., R. H. Steven 13040

107

(INPA). Mato Grosso: Cáceres, 14/VII/2004, fr., J. A. Pedrosa 332 (UFMT). Pará: Tucuruí, km 20 da

estrada para o Breu, 13/VI/1980, fr., M. G. Silva 5495 (INPA). Pará: 20 km da estrada para o Breu,

próximo ao matadouro, 13/VI/1980, fr., M. G. Silva 5495 (INPA). Tocantins: Araguatins, rio Piranhas,

30/IV, fl. fr., E. Oliveira 1657 (UB); Santa Izabel, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia, 4 km ao

Norte da sede, 14/VI/1979, fl., F. C. da Silva & G. F. Santos 107 (SP, UB); Xambioá, rio Corda,

20/III/1961, fl., E. Oliveira 1488 (UB); sem mun., Foz do Rio Javaés, 19/VIII/1978, fl., N. T. Silva 4859

(INPA).

15. Senna pentagonia var. valens H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 257. 1982.

Figs. 109-115.

Nomes populares: mata-pasto de quatro quinas (CE).

Subarbustos 0,5-2 m alt.; ramos verdes, glabros a glabrescentes, incluindo face externa das

estípulas, brácteas e sépalas, folhas, raque da inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas

0,8_2,1

_2,6×0,12

_0,3 cm, lanceoladas, ápice agudo, membranáceas, persistentes. Folhas 2,8

_9 cm compr.,

folíolos 3 pares, 1,3_7,2×0,9

_3,4 cm, obovais a oblongo-obovais ou -elípticos, ápice obtuso e

mucronulado, margem plana, papiráceos a membranáceos. Nectários 1,8_5 mm compr., no primeiro e

segundo par de folíolos, cilíndricos, subsésseis. Racemos 1_6 mm compr., axilares com 1

_2 flores,

umbeliformes. Brácteas 2_5×0,1

_0,2 mm, lanceoladas, ápice agudo, verde-clara, não petaloides, caducas.

Flores 4,3_6 cm compr., assimétricas, corola amarelo-ouro; pedicelo 1,6

_4,2 cm compr.; sépalas

0,6_1,6×0,2

_0,6 mm ovais, ápice obtuso a agudo, esverdeadas; pétalas 2,5

_2,7×1,1

_2,7 cm, obovais a

elípticas, a antero-lateral esquerda assimétrico-oboval, ápice arredondado a emarginado na pétala

posterior, base cuneada a assimétrica; estames abaxiais 3, anteras isomórficas, o centro-abaxial com

filetes 4,8_5,1 mm compr., anteras 7,8

_8,3 mm compr. e bico 5

_6 mm compr., os latero-abaxiais com

filetes 4_5 mm compr., anteras 9

_10 mm compr. e bico 5

_6 mm compr., estames medianos 4, filetes 2

_3

mm compr., anteras 5_7,2 mm compr. e bico 0,03

_0,05 mm compr., estaminódios 3, 4

_5 mm compr.;

ovário 1,2_2,5×0,2

_0,3 cm, 4-alado, tomentoso, estilete 6

_8 mm compr., estigma dilatado, estípete 4

_5 mm

compr, óvulos 25-27, unisseriados. Frutos 6_8,5×0,8

_1 cm, quadrangulares, 4-alados, eriçados, curvos,

castanho-claros na maturidade, tardiamente deiscentes. Sementes 3_3,8×1,8

_3 mm, romboides a

obovoides, lisas, oliváceas.

Senna pentagonia é reportada por Irwin & Barneby (1982) como disjunta entre o México a

América Central e o Brasil. Estes mesmos autores reconheceram, para a espécie, as variedades valens e

pentagonia diferenciando-as especialmente pelo tamanho das flores (incluindo sépalas, pétalas estames

abaxiais e estilete), além de distribuição geográfica. Conforme as dimensões das peças florais associada à

distribuição geográfica, as coleções de S. pentagonia presentes em Goiás correspondem à variedade

valens, táxon que é também registrado para a Bahia e Maranhão (Souza & Bortoluzzi 2013).

108

Em Goiás este táxon é encontrado em ambientes perturbados, próximo a córregos, bordas de

florestas estacinais e ciliares, e também em cerrado s. str. próximo a afloramentos de calcário. Floresce de

março a julho e frutifica apartir de abril.

Morfologicamente, este táxon se relaciona com S. obtusifolia conforme apresentado nos

comentários desta última. Coletada com flores e frutos de março a julho, mas pelo seu amplo espectro

ecológico deve florescer e frutificar o ano inteiro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alvorada a 270 km de Brasília para Fortaleza, rio Correntes,

2/VII/1964, fr., J. M. Pires 58126 (UB); ib., entre Posse e Alvorada, 17/IV/1966, fl., fr., J. W. Grear et al.

14940 (UB); Campos Belos, estrada entre Campos Belos e Pouso Alto, 13º01`02``S, 46º22`19``W, 600 m,

24/IV/2001, fl. fr., R. C. Mendonça et al. 4171 (CEN, IBGE, NY); Catalão, área de pastagem, ao lado

Hidrelétrica Serra do Facão, 8/VII/2012, fr., J. P. Santos & J. N. Mesquita Neto 505b (UFG). Colinas do

Sul, RPPN Cachoeira das Pedras Bonitas, 21/V/2004, fl., M. L., D. Alvarenga & E. Cardoso 5393 (EAC);

Divinopólis de Goiás, 3 km a oeste na rodovia para Campos Belos, 13/V/2000 fl. fr., G. Hatschbach, A.

Schinini & E. Barbosa 70998 (MBM); Formosa, Córrego Estrema, ca. 35 km a nordeste da cidade, 800

m, 20/IV/1966, fl., H. Irwin et al. 15119 (NY); Mambaí, arredores de Goiás, 13/III/1979, fl., G.

Hatschbach 42141 (NY); Minaçu, próximo à antena de rádio comunicação da obra, 500 m, fl., G. Pereira-

Silva (CEN); Monte Alegre, Fazenda Ponta da Serra, 13º13`06``S, 46º47`36``W, 545 m, 11/IV/2000, fl.fl.,

M. L. Fonseca et al. 2251 (NY); ib., Mandaçaia, 23/V/2008, fl.fr, J. Cordeiro, J. M. Vaz & J. Vaz 2674

(MBM); Nova Roma, estrada entre Nova Roma e Montes Belos próximo ao povoado de Brejo,

13º40`50``S, 46º49`35``W, 30/VII/2000, fl., V. C. Souza et al. 24680 (ESA, UB); São Domingos,

Frazenda Olho D´água, 15/IV/1999, fl. fr., A.A. Santos et al. 408 (CEN); ib., afloramento de calcário do

proprietário Gilberto, 13º46`47``S, 46º37`29``W, 15/III/2004, fl., A. A. Santos et al. 2407 (CEN).

Material adicional examinado. Maranhão: Loreto, Fazenda Barrerio em área agrícola, 21/IV/1980, fl. fr.,

fr., A. Fernandes & E. Nunes (EAC 8467). Tocantins: Aurora do Tocantins, estrada para Lavandeira, ca.

10 km de Aurora do Tocantins, 12º43`30``S, 46º27`33``W, 22/VII/2000, fl.fl., V. C. Souza, J. P. Souza &

G. O. Romão 24530 (ESA).

16. Senna pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 241. 1982.

Cassia pilifera Vogel, Gen. Cass. Syn. 23. 1837.

Nomes populares: fedegoso-de-cachoso (CE)

Subarbustos 0,6_2,5 m alt.; ramos verde-claros a escuros, eretos a decumbentes, esparsa ou

densamente pubescentes a hirsutos entremeados com tricomas tomentelos, incluindo face externas das

estípulas, brácteas e sépalas, abaxial dos folíolos, raque da inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas

0,4_1,9×0,1

_0,4 cm, lineares, ápice agudo, membranáceas, persistentes. Folhas 2,3

_9,5 cm compr., folíolos

2 pares, 4,2_10,8×2

_4,8 cm, elíptico-obovais, oblongo-elípticos, oblongo-obovais, raramente orbiculares,

109

ápice arredondado a obtuso e mucronulado, margem revoluta, membranáceos a papiráceos. Nectários

0,5_4,3 mm compr., no primeiro e, ou segundo pares de folíolos, fusiformes a subulados, sésseis ou

estipitados. Racemo 1_4 cm compr., axilares com 1-3 flores, corimbiformes. Brácteas 1,3

_3×0,6

_2 mm,

lanceoladas, ápice obtuso, esverdeadas, não petaloides, persistentes. Flores 3,5_5,2 cm compr.,

assimétricas, corola amarelo-ouro; pedicelo 1,2_2,2 cm compr.; sépalas 4

_14×2

_6 mm, ovais a oval-

elípticas, ápice arredondado, agudo a obtuso, esverdeadas; pétalas 1_3,9×0,9

_2,3 cm, obovais a elípticas,

ápice arredondado a emarginado na pétala posterior; estames abaxiais 3, com anteras isomórficas, o

centro-abaxial com filetes 3_4,1 mm compr., anteras 7

_12 mm compr. e bico1,4

_1,8, 2 mm compr., os

latero-abaxiais com filetes 3_6 mm compr., anteras 4,5

_15 mm compr. e bico 1

_1,5 mm compr., estames

medianos 4, filetes 1,8_2,6 mm compr., anteras 5

_7 mm compr. e bico 0,2

_0,3 mm compr., estaminódios

4_5 mm compr.; ovário 1,8

_2,3×0,7

_1,2 cm, pubescente a velutino, estilete 8

_10 mm compr., estigma

subcapitado, estípite 2,5_4 mm compr., óvulos 33-41, unisseriados. Frutos 10

_18×0,18

_0,4 cm, lineares

eriçados, curvos ou retos, castanho-claros, estípite 2_5 mm compr., tardiamente deiscentes. Sementes

1,1_5×0,18

_4 mm, oblongoides a retangulares, lisas, castanho-escuras.

Ocorre no México, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Argentina e Brasil (Irwin & Barneby 1982).

No Brasil se distribui de Norte a Sul (Irwin & Barneby 1982; Bortoluzzi et al. 2011; Souza & Bortoluzzi

2013). Neste Estado foi coletada em bordas de florestas estacionais e cerrado antropizados, entre 650_760

m. Floresce e frutifica de outubro a abril.

Senna pilifera é reconhecida por ser um subarbusto com ramos usualmente hirsutos, entremeado

com tricomas tomentelos, folhas com 2 pares de folíolos conspicuamente assimétricos, e com nectários

entre os dois pares de folíolos, ou menos frequentemente apenas no primeiro par, racemos corimbiformes

com 2-3 flores e frutos lineares. Compartilha com S. obtusifolia o tipo de inflorescência, com S. georgica,

S. macranthera, S. rugosa e S. splendida o número de folíolos, no entanto, estas espécies não apresentam

hábito subarbustivo, exceto S. obtusifolia, que se diferencia de S. pilifera pelos ramos glabros e folhas

com três pares de folíolos.

Conforme Irwin & Barneby (1982) esta espécie compreende três variedades, duas das quais,

ocorre em Goiás.

Chave para as variedades de S. pilifera presentes em Goiás

1. Raque foliar predominantemente maior que 1 cm compr.; sépalas internas 8_14 mm compr.; anteras

abaxiais 10_15 mm compr.; pétalas maiores 24

_39 mm compr. .................................... 16.1. var. pilifera

1. Raque foliar predominantemente menor que 1 cm; sépalas internas 4,5_7,5 mm compr.; anteras abaxiais

4,5_9 mm compr.; pétalas maiores 10

_23 mm compr.

2. Estilete colunar com estigma subcapitado ............................................................ 16.2. var. subglabra

2. Estilete claviforme com estigma truncado ................................................................. 16. 3. var. tubata

110

16. 1. Senna pilifera var. pilifera

Figs. 116-121

Ocorre na Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil, sendo neste último país registrada para

Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul (Irwin &

Barneby 1982, Bentham 1871). Neste estudo foi coletada crescendo em áreas abertas de cerrado s. str. e

em campos entre 620-104 metros florescendo em frutificando de dezembro a março.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Abadiânia, Fazenda Mato Seco, margem do rio Corumbá,

16º10`23``S, 48º23`03``W, 9/V/2003, fl, G. Pereira-Silva et al. 7609 (CEN); Aparecida do Rio Doce,

18º07``49``S, 51º09`26``W, 18/XII/2012, fl., F. A. G. Guilherme et al. 949 (HJ); Caldas Novas,

17º33`00``S, 48º29`00``W, 30/IV/1993, fl., R. F. Vieira et al. 1494 (CEN); Goiânia, margem da Rodovia,

Goiânia-São Paulo, Jardim Goiás, 7/XII/1968, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 3046 (UFG); ib.,,

31/XII/1968, fl. Rizzo, J. A. & Barbosa, A. 3271 (UFG); Itumbiara, 27 km a Noroeste na estrada para Rio

Verde, 1/II/1959, fl., H.S. Irwin 2539 (NY); Guapó, BR-060, 20/II/1975, fl., G. Hartschbach 37731

(MBM); Jandaia, 148 km a Noroeste de Rio Verde na estrada para Jandaia, 5/II/1959, fl., H.S. Irwin 2585

(SP). Material adicional examinado. Mato Grosso: Alta Floresta, Fazenda Pontal, 10º33`19``S,

56º15`54``W, 19/IV/1997, fl., V. C. de Souza et al. 15113 (ESA); Diamantino, 22/V/1997, fl., V. C. Souza

et al. 16935 (ESA); Nortelândia, Fazenda Camargo, 14º18`S, 56º42`W, 21/V/1997, fl., V. C. Souza 16772

(ESA); Poconé, Estação Experimental da EMBRAPA, 16º17`S, 56º38`W, 110 m, 17/V/1989, fl. fr., A.

Pott 4799 (UB). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Fazenda Leque, 1/III/1976, fl. A. C. Allem 18 (CEN);

ib., Fazenda Nhumirim, 3/X/1976, fl., A. C. Allem 60 (CEN); ib., aeroporto de Corumbá, 6/III/1976, fr., A.

C. Allem 647 (CEB); ib., 18º59`56º39W, 89 m, II/1992, fl. fr., A. Pott 1844 (UB); ib., 2/VIII/1985, fl., F.

Chagas & Silva 794 (CEN)Três Lagoas, Horto Barra da Moeda, 8/IV/1993, fl., A. D. Caliente 30 (UB).

16.2. Senna pilifera var. subglabra (S. Moore) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35:

243. 1982.

Cassia pilifera var. subglabra S. Moore. Trans. Linn. Soc. London, Bot. 4(3): 346. 1895.

Figs. 122-125

Distribuí-se nas Américas (Brasil, Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Peru e

Venezuela), Irwin & Barneby (1982). No Brasil ocorre de norte a sul (CE, DF, GO, PA, MA, MT, MS,

MG, PR, SP e TO), habitando florestas de galeria, especialmente encravadas no cerrado e áreas de

pastagem (Sousa & Bortoluzzi 2013). Em Goiás foi registrada em ambientes similares ao reportado para o

Brasil com flores e frutos de janeiro a abril.

Material examinado. BRASIL. Goiás: sem muni. Fazenda São Pedro após atavessar o rio Javaé,

conhecido por Varjão, 11/VIII/1974, fl. fr., J. A. Rizzo 9945b (UFG); Cocalzinho de Goiás. 70 km ao

Norte de Corumbá de Goiás 20/I/968, fl., H.S. Irwin H., Maxwell & D. C. Wasshausen 18866 (NY);

111

Formosa, córrego Estrema, ca. de 35 km a Noroeste, 22/IV/1996, fl. fr., H.S. Irwin et al. 15267 (NY, UB);

ib., margem direita do rio Bezerra, ca. de 1 km da Lagoa Preta, 15º59`06``S, 47º11`35``W, fl., G. Pereira-

Silva et al. 5989 (CEN); São João da Aliança, 1040 m, 23/III/1973, fl., W. R. Anderson 7826 (UB);

Terezópolis de Goiás, Parque Altamiro de Moura Pacheco, trilha do tamanduá, 16º33`06``S, 49º07`57``W,

III/1974, fl., R. C. Mendonça et al. 5919 (UFG).

Material adicional examinado. BRASIL. Ceará: Redenção, 5/VI/1983, fl., A. Fernandes & P. Bezerra

(EAC 12068); Palestina, Serra da Meruoca, 24/VIII/1979, fl. fr., A. Fernandes (EAC 6893). Distrito

Federal: Brasília, côrrego Landim, ca. 20 km Nordesde de Brasília, 17/III/1966, fl., H.S. Irwin et

al.14045 (NY); ib., rio São Bartolomeu, 15°46`47``S, 47°55`46`` W, 24/III/1981, fl. fr., E. P. Heringer et

al. 6527 (NY); rio das Salinas, rio Salinas, 28/IV/1981, D. Borgatto 12 (NY); ib., M. Piedade 9 (NY).

Mato Grosso: Novo Mundo, 9º34`49``S, 55º54`54``W, 291 m, 4/III/2007, fl., G. S. Hanicka et al. 33

(INPA). Poconé, área do Sesc Pantanal, 16º29`42,5``S, 56º18`13.1``W, 120 m, 12/VII/2006, fl., V. C.

Souza, C. P. Caliari & P. B. Garcia 32263 (CEN); ib., Fazenda Espírito Santo, Sesc. Pantanal, 6/V/2004,

fl., G. A. Lima Jr & H. D. Ferreira 289 (UFMT). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Urucum, IV/1927, fl.

D. Smith 65 (NY); ib., 2/VIII/1985, fl., F. Chagas & Silva 794 (CEN). Maranhão: Loreto, Fazenda

Barreiro, 21/IV/1980, fl., A. Fernandes & E. Nunes (EAC 8477). Minas Gerais: Cabeceira Grande,

16º12`22``S, 47º12`22``W, 800 m, 28/III/2002, fl. fr., G. Pereira-Silva et al. 6373 (CEN). Tocantins:

Santa Izabel, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia, 6 km da sede, 18/VI/1979, fl., F. C. da Silva

186 (SP); ib., f. fr., F. C. da Silva 186 A (SP).

16. 3 Senna pilifera var. tubata H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 245. 1982.

Figs. 126-129

Táxon referido na Bolívia, Paraguai e Brasil, sendo, neste último, encontrada nas regiões Centro-

Oeste (GO, MT e MS), Sudeste (SP) e Sul (PR), habitando áreas de pastagens, bordas de florestas

estacionais e cerrado s.s. entre 300-1500 (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste

estudo foi encontrada em cerrado s.s. na porção sudoeste do Estado.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Jataí, RPPN Pousada das Araras, 18º26`22``S, 51º59`43``W, 620

m, III/V, fl., L. S. Souza 2982 (HJ).

Material adicional examinado: Mato Grosso: Alto Paraguai, Serra das Araras, Vale do Curupira,

4/VII/1994, fl. fr., B. Dubs 1457 (NY). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, RPPN da UFMS,

20/III/2013, fl. fr., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 876; ib., 877 (UFG); Bataguaçu, 13/V/1970, fl. fr., G.

Hatschsbach 24228 (NY, MBM).

17. Senna reticulata (Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 458. 1982.

Cassia reticulata Willd., Enum. Pl. 1: 443. 1809.

112

Fig. 130_135

Arbustos 08_1 m alt.; ramos verde-claros a escuros, glabros a puberulentos, incluindo pecíolo, raque foliar

e da inflorescência, face externa das brácteas e sépalas, pedicelo e ovário. Estípulas 0,3_0,7×0,2

_0,6 cm,

triangular-assimétricas, ápice agudo, ligeiramente curvas, base provavelmente secretora, cartáceas,

persistentes. Folhas 12_30 cm compr., folíolos 5-7 pares, 3

_13×7,8

_6,5 cm, oblongo-obovais a obovais,

ápice arredondado, margem plana, membranáceos. Nectários foliares ausentes. Racemos 13_32 cm

compr., terminais com mais que 6 flores agregadas no ápice. Brácteas 1,4_1,6×0,9

_1,3 cm largamente

elípticas a ovais, ápice obtuso, petaloides, amarelas, caducas. Flores 1_1,7 cm compr., zigomorfas, corola

amarelo; pedicelo 0,4_0,8 cm compr.; sépalas 1,2

_1,5×0,5

_1,1 cm, oblanceoladas a oblongo-elípticas,

ápice agudo a obtuso; pétalas 1,4_1,7×0,8

_1,1 cm, obovais a elípticas, base cuneada a assiméticas, ápice

arredondado; estames abaxiais 3, anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 7,1_8,1 mm compr.,

anteras 3,5_4,1 mm compr. e bico ausente, os latero-abaxiais com filetes 2,1

_3,5 mm compr., anteras

0,9_1,1 mm compr. e bico 0,4

_0,6 mm compr., estames medianos 4, filetes 2,1

_2,5 mm compr., anteras

3_4,1 mm compr. e bico 0,8

_1 mm compr., estaminódios 2,8

_3,5 mm compr.; ovário 1,1

_1,4×0,11

_0,14

cm., puberulento, estigma punctiforme, estípite 1_1,6 mm compr., óvulos 38

_41, unisseriados. Frutos

7_11,5×1,2

_1,6 cm, oblongos, planos, estípite 0,6

_1 cm compr., indeiscentes, castanho- claros a escuros.

Sementes 6_8×2,2

_2,8 mm, oblongoides, foveoladas, castanho escuras.

Espécie registrada para a Bolívia, Honduras e Brasil, sendo neste último encontrada nas regiões Centro-

Oeste (GO, MT, MS), Norte (AC, AM, AP, PA, RO), Nordeste (BA, CE, MA, PE, PI) e sudeste (MG, e

SP) em bordas de florestas, cerrado s. lat., caatinga, campos e vázeas inundáveis ou permanentes entre

100 e 1100 m (Irwin & Barneby 1982; Queiroz 2009; Santos & Silva 2013; Souza & Bortoluzzi 2013).

Neste estudo foi encontrada como cultivada no Campus Samambaia II da Universidade Federal de Goiás.

Senna reticulata, entre as espécies estudadas, relaciona-se morfologicamente com S. alata conforme já

discutido no comentário desta última.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, Campus II da UFG em frente ao Centro de aulas Baru,

20/IV/2013, est., J. P. Santos (UFG).

Material adicional examinado. Acre: Rio Branco, estrada Dias Martins, 23/VII/1990, fl. fr., L. Pereira 41

(INPA). Amazonas: Manacapuru, Comunidade Nossa Senhora das Graças, Costa do Porto II, VII/2010,

fl., M. F. Cassino 78 (INPA); Lago Tefé, 13/VII/1973, fl. fr., E. Lleras 16663 (UFMT); Manaus, estrada

Manaus para Porto Velho, 5/VI/1976, fl. fr., T. R. Bahia 99 (IAN); ib., rua Recife, 11/VIII/1976, fl. fr., J.

Ramos & M. Moreira (INPA 59595); Ib., estrada do Puraquequera, km 9, 10/X/2000, fl., S. F. da Silva

060A (INPA); ib., Coroado II, Conjunto Petro, 6/II/2003, fl. fr., A. C. A. Cortez (INPA 212539);

Tabatinga, próximo ao aeroporto, 1/V/1976, fl. fr., C. D. A. Mota (INPA 60144). Pará: Bélem,

Embrapa/Cpatu, 22/X/1996, fr., A. Nitta 17398 (MG); Tomé-Açu, 25/III/1997, est., A. Nitta 17640 (IAN).

Mato Grosso: Poconé, Pantanal, Rio Pixaim. 16°45`S, 56°51`W, 27/X/1991, fl., B. Dubs 1251 (NY).

113

Mato Grosso do Sul: Paranaíba, Fazenda Nova Ponte, 16/04/2004, fl., E.L. Jacques 1306 (CGMS).

Roraima: Boa Vista, Reserva Ecológica de Maracá, 20/III/1987, fr., G. P. Lewis 1559 (EAC). Tocantins:

Filadélfia, 10/VII/1955, A. Macedo 4028 (SP). GUIANA. Região de Barina-Waini: Matthews Ridge

railyrd Fo Railway Bond Blfg, 7º30`S, 60º08`W, 107 m, 30/IV/1991, T. Mc. Dowel, D. Gopaul & J.

Bowdre 4511 (INPA). PERU. Loreto: Maynas: mouth do rio Tamshyaco and rio Amazonas, 4º00`S,

73º03``W, 120 m, 15/VIII/1990, fl. fr., E. Stijfhoorn 2 (MG).

18. Senna rostrata (Mart.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 528. 1982.

Cassia rostrata Mart., Verh. Vereins Beford. Gartenbaues Konigl. Preuss. Staaten 3: 99. 1827

Figs. 136-142

Arbusto ca. 1 m alt., ramos verde-claros, glabros a glabrescentes, incluindo face externas das

estípulas, brácteas e sépalas, folhas, eixo da inflorescência, pedicelo e gineceu. Estípulas 4_6×2

_6 mm,

lanceoladas, membranáceas, caducas. Folhas 3,8_7,9 cm compr., folíolos 4

_6(8) pares, 1

_2,5×0,6

_1 cm,

oblongo-obovais a obovais, oblongo-elípticos, ápice obtuso, mucronulado, margem revoluta, cartáceos.

Nectário 2_4 mm compr., no primeiro par de folíolos, globoso. Racemos 2

_3 cm compr., axilares 1

_2

flores, umbeliformes. Brácteas 1,2_2,3×0,1

_0,4 mm, ápice agudo, membranáceas, não petaloides, caducas.

Flores 4_5 cm compr., assimétricas, corola amarela; pedicelo 2

_2,7 cm compr., nectário 1,4

_2,8 mm

compr., elipsoide a obcônico basal; sépalas 0,6_1,3×0,2

_0,9 cm compr., ovais a orbiculares, ápice

arredondado a obtuso, membranáceas, verde-claras; pétalas 1,8_3,6×0,9

_2,1 cm, ovais a elípticas, base

cuneada a assimétrica, ápice arredondado a truncado na pétala posterior; estames abaxiais 3, com anteras

isomórficas, o centro-abaxial com filetes 10_11 mm compr., anteras 7

_8 mm compr. e bico 3

_4 mm

compr., os latero-abaxiais com filetes 7_8 mm compr., anteras 6

_8 mm compr. e bico 4

_5 mm compr.,

estames medianos 4, filetes 1,8_2 mm compr., anteras 6,2

_6,3 mm compr. e bico 3

_4 mm compr.,

estaminódios 3, 4,3_3,4 mm; ovário 15

_17×1,1

_1,3 cm, pubescente, estilete 2

_4 mm compr., estigma

dilatado, estípite 1,8_5 mm compr., óvulos 50

_57, unisseriados. Frutos 8

_9×4,8

_5,2 cm, oblongos, planos,

eriçados, retos, castanho-escuros, tardiamente deiscentes, estipe 2-4 m compr. Sementes não vistas.

Ocorre no Brasil e Paraguai (Minas Gerais, Bahia e Goiás) em capoeiras, cerrado, cerradão (Irwin

& Barneby 1982).

Espécie rara no Estado de Goiás, sendo representada por duas coleções proveniente de área de

pastagem do sudoeste do estado, com flores março e julho. Relaciona-se com S. pendula conforme

discutido nos comentários desta última.

114

19. Senna rugosa (G. Don) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 188. 1982.

Cassia rugosa G. Don, Gen. Hist. 2: 440. 1832.

Figs. 143-148

Nomes populares: besouro (CE) e taboquinha (GO).

Arbustos 1,5_3 m alt., cespitosos ou não, eretos ou pendentes; ramos cinéreos a esverdeados, curta

e densamente tomentosos, incluindo face externa das estípulas, abaxial dos folíolos, brácteas e sépalas,

pecíolo, raque foliar e da inflorescência e gineceu. Estípulas 5_7×1,2

_2 mm, lineares, ápice agudo, base

linear, membranáceas, tardiamente caducas. Folhas 1,8_4 cm compr., folíolos 2, raro 1 ou 3 pares,

4_11,2×1,7

_5 cm compr., obovais a oblongo-elípticos a oblongos, ápice obtuso a arredondado, raro retuso,

margem revoluta, cartáceos. Nectários 1_3,1 mm compr., em todos os pares de folíolos, ovoides, sésseis a

estipitados. Racemos 4_12 cm compr., axilares e terminais com mais de 6 flores. Brácteas 2,8

_3,5×1

_3

mm, ovais, ápice acuminado, verde claras, membranáceas, persistentes. Flores 3_5,8 cm compr.,

assimétricas, corola amarelo-ouro; pedicelo 3_4,3 cm compr.; sépalas 0,7

_1,2×0,4

_0,7 mm compr., ovais a

oval-elípticas, ápice arredondado, verde-claras a amareladas, membranáceas; pétalas 1,5_3,5×1

_1,9

largamente oblongo-elípticas a oblongo-orbiculares, base cuneada a assimétrica; estames abaxiais 3, com

anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 2_2,3 mm compr., anteras 6

_7 mm compr. e bico 1,6

_1,9

mm compr., os latero-abaxiais com filetes 2_3,5 mm compr, anteras 7

_8 mm compr., bicos 1,2

_2 mm

compr., estames medianos 4, filetes 3_3,2 mm compr., anteras 6,5

_7,8 mm compr. e bico 1,7

_1,9 mm

compr., estaminódios 3, 3_3,6 mm compr.; ovário 11

_16×0,9

_1 mm, velutino, estilete 0,7

_1,4 cm, estigma

dilatado, estípite 5_9 mm compr., óvulos 40

_77, bisseriados. Frutos 4

_12,3×1

_1,5 cm, cilíndricos, retos a

levemente curvos, enegrecidos na maturidade, lustrosos, estípite 0,5_0,8 cm compr., indeiscentes.

Sementes 7_9×4,9

_5,9 mm, oblongo-elípticas, lisas, castanho-escuras, bisseriadas, testa areolada.

Irwin & Barneby (1982) reportaram a ocorrência de S. rugosa para a América do Sul (Brasil,

Bolívia e Paraguai). No Brasil a espécie ocorre de norte a sul, predominantemente em áreas abertas do

cerrado s. lat., caatinga e pastagem. Em Goiás é bastante frequente em áreas abertas de cerrado e

cerradão, mas pode ser encontrada também como ruderal ou em pastagens associadas ao cerrado. Floresce

e frutifica de abril a outubro.

Senna rugosa é prontamente reconhecida pelas folhas predominantemente com dois pares de

folíolos oblongos a oblongo-obovais, com nervuras reticuladas destacadas, estames abaxiais e medianos

com anteras indumentadas ao redor do poro, legumes cilíndricos, negros e com região sutural marron,

quando maturos, e com sementes bisseriadas de testa areolada.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alexânia, Serra do Ouro, 23/III/2003, fl., D. Alvarenga et al. 4442

(EAC); Alto Paraíso de Goiás, ca. 19 km ao Norte, ca. 1250 m, 20/III/1971, fl., H.S. Irwin et al. 32807

(MO, UB); ib., Chapada dos Veadeiros, 6/IV/1972, fl., J. A. Rizzo 7976 (UFG); ib., ca. 20 km de Alto

Paraíso, ca. 1600 m, 3/III/1978, fl., W. R. Anderson 6214 (UB); ib., Parque Nacional da Chapada dos

115

Veadeiros, estrada para Cavalcante, 8/II/1987, fl., S. Romanio Neto et al. 596 (SP); ib., estrada de São

Jorge para Colinas do Sul, ca. de 3 km de São Jorge, 14°13`43``S, 47°53`52`` W, 14/XI/1996, R. C.

Mendonça (IBGE 40); loteamento Novo Horizonte, 26/IX/1997, fl., C. Munhoz et al. 524 (HEPH, UB);

GO-118, ca. 5 km ao Sul, 14º9`12``S, 47º31`12``W, 31/X/2000, fl. fr., L. P. Queiroz 15141 (HUEFS);

cachoeira Cristais, V/2002, fl. fr., V. L. C. R. Uliana et al. 714, 715 (ESA); ib., lado direito da estrada, em

frente ao Morro do Buracão em direção a sede do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,

19/IV/2012, fl., J. P. Santos, M. J. Silva & M. M. Dantas 382, 383, 384 (UFG); Anápolis, Bairro Jardim

Alvorada, 18/XII/2011, fl., J. P. Santos 260 (UFG); Aragarças, ca. 70 km a sudeste na estrada para

Piranhas, 700 m, 23/VI/1966, fr., H.S. Irwin et al. 17657 (UB); Bezerras, ca. de 3 km ao Leste, 15º29`S,

47º05`W, 24/III/1980, fl., J. H. Kirkbride Junior & M. C. G. de Kirkbride 3502 (INPA, UB); Cabeceiras,

ca. 5 km ao Leste, Serra do Rio Preto, 18/X/1965, fr., H.S. Irwin et al. 10474 (UB); Caçu, UHE Salto, rio

Verdinho, 18º42`S, 50º28`W, 4/III/2009, fl., F. A. G. Guilherme et al. 1555 (HJ); Caldas Novas, Alto da

Serra de Caldas, 25/IV/1970, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 5109 (UFG); ib., 28/IV/1970, fl., J. A. Rizzo &

A. Barbosa 4926 (ESA, UFG); ib., 2/VIII/2008, fr., J. V. O. Iglesias et al. 77 (ESA); ib., 26/VI/2008, fr.,

J. V. O. Iglesias et al. (ESA 104875); ib., 31/VII/2008, fr., J. V. O. Iglesias et al. (ESA 104196); Catalão,

área da COPEBRÁS, 18º09`48``S, 53º51`51``W, 20/II/2005, fl., J. A. Rizzo et al. 12985 (UFG); ib., 26/II

/2005, fl., J. A. Rizzo et al. 13039 (UFG); Chapadão do Céu, Chapadão do Céu e Mineiros, Parque

Nacional das Emas, 17º49`-18º28`S e 52º39`-53º10`W, 11/XII/1998, fr., M. A. Batalha 2475 (ESA); ib.,

2/V/1999, fr., M. A. Batalha 3353 (ESA); ib., 4/I/1999, fr., M. A. Batalha 5658 (ESA); Cocalzinho,

Parque Estadual dos Pireneus, 15º48`29``S, 48º48`55``W, 1230 m, 10/XII/2005, fr., P. G. Delprete 9379

(UB); Corumbá de Goiás, ca. de 15 km de Corumbá de Goiás, Serra dos Pireneus, 1000 m, 30/VIII/1965,

fl., H.S. Irwin et al. 10826 (UB); ib., 25 km ao Norte de Corumbá de Goiás na estrada para Niquelândia,

Vale do rio Corumbá, 13/I/1968, fl., H.S. Irwin et al. 18564 (UB); ib.,13/I/1968, fl., H.S. Irwin et al.

18546 (UB); ib., 1150 m, 16/I/1968, fl., H.S. Irwin 18658 (UB); ib., ca. 10 km a Nordeste de Corumbá de

Goiás, 1050 m, 15/III/1973, fl., W. R. Anderson 10364 (UB); ib., 26/III/1978, fl., E. P. Heringer et al.

17035 (IBGE); Corumbaíba, próximo a foz do córrego Gameleira, 25/V/19934, fr., H. G. P. et al. 20

(CEN); Cristalina, ca. 3 km, 1200 m, 3/III/1966, fl., H.S. Irwin et al. 13394 (UB); ib., 12 km da estrada

ao Norte de Cristalina, 1060 m, 3/IV/1973, W. R. Anderson 7990 (UB); ib., 35 km pela estrada Leste de

Cristalina, 990 m, 6/IV/1973, fl., W. R. Anderson 8300 (SP); ib., Serra Topázio 20 km antes de Cristalina,

Rodovia Brasília/Belo Horizonte, 28/III/1973, fl., J. A. Rizzo 8920 (UFG); ib., 7 km Noroeste da estrada

de Cristalina, 1100 m, 3/IV/1978, fl., W. R. Anderson 8072 (UB); ib., RPPN Linda dos Topázios, 16º45`S,

47º40`, 23/III/1996, fl., G. L. Moretto 042 (MBM, UB); Jaraguá, Serra do Jaraguá, próximo à cidade,

14/IV/1984, fl., J. A. Rizzo 10415 (UFG); Formosa, BR-20 km 47, 12/III/1977, fl., A. C. Allen 884 (UB,

CEN); ib., Fazenda Barroquinha na GO-440 entre Formosa e Flores de Goiás ca. 40 km de Formosa,

15º11`29``S, 49º28`33,4``W, 625 m, 18/III/2003, fl., R. C. Mendonça et al. 5410 (UB); Goiânia, GO -07

116

Goiânia em direção a Guapó, 5/VI /1968, fr., J. A. Rizzo 1229 (ESA, UFG); ib., a esquerda da GO-7 no

córrego Pindaíba, 15/VII/1968, fl. fr., J. A. Rizzo & A. Barbosa 739 (ESA, UFG); ib., de Goiânia para

Guapó, 17/IV/1968, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 452 (UFG); ib., 20/V/1968, fr., J. A. Rizzo & A. Barbosa

971 (ESA, UFG); ib., J. A. Rizzo & A. Barbosa 970 (UFG); ib., a esquerda do rio Dourado, 29/I/1969, fl.,

J. A. Rizzo & A. Barbosa 3390 (ESA, UFG); ib., 26-31 km ao Sul de Goiânia, Rodovia BR-153, 860 m,

10/IV/1976, fl., G. Davise et al. 12268 (MO, SP); ib., 26-30 km ao Sul de Goiânia ao longo da BR-153,

860 m, 10/IV/1976, fl., G. Davidse, T. P. Ramamoorthy & D. M. Vital 12268 (MO); Goiás Velho,

16/X/1965, fl., H.S. Irwin et al. 10302 (UB); Jeroaquara, Serra de Santa Rita, 22/V/1971, fl., J. A. Rizzo &

A. Barbosa 6347 (UFG); Leolpodo de Bulhões, 16º35`27``S, 48º45`21``W, 20/III/1989, fl., B. M. T.

Walter 144 (UB); ib., entrada da cidade, 4/IV/2012, fl., J. P. Santos & M. M. Dantas 376 (UFG); ib., J. P.

Santos & M. M. Dantas 378 (UFG); Luziânia, borda Norte da Chapada, 16º20`52``S, 48º12`08``W, 940

m, 10/IV/2003, fl., G. Pereira-Silva et al. (CEN), Mineiros, Parque Nacional das Emas, 13/V/1995, fl., H.

D. Ferreira 3930 (UFG); Morrinhos, entre Morrinhos e Itumbiara, 7/VI/1964, fr., J. M. Pires 57907 (UB);

ib., 31/I/1976, fl., G. Hatschbach 38030 (MO); Mossâmedes, Serra Dourada, área da UFG, 18/III/1993,

fl., J. R. Filho 10 (UFG); Nazaré, 11/II/1974, fl., fr., Sem coletor (UFG, ESA 9616); Padre Bernado,

15º18`S, 48º10`W, 23/IV/1991, fl., R. F. Vieira 705 (CEN); Perenópolis, ca. 20 km ao Leste Perinopólis,

Serra dos Pireneus, 1000 m, 16/I/1972, H.S. Irwin et al. 34370 (UB); ib., 4/II/1995, fl., H. D. Ferreira

2802 (ESA); ib., GO-338, ca. de 15 km do trevo em direção a Goianésia, 15º48`01``S, 49º01`27``W, 790

m, 24/III/2002, fl., M. L. Fonseca 3323 (UB); ib., Parque Estadual dos Pireneus, 15º47`59``S,

48º48`48``W, 1110 m, 7/VII/2006, fl., L. de B. Bosquetti & T. da S. Valente L.B.B. 330 (ESA); ib., Parque

Estadual do Pireneus, 15º47`02``S, 48º51`20``W, 1125 m, 23/IV/2006, fl., L. de B. Bosquetti & T. da S.

Valente L.B.B. 284 (ESA); ib., Morro de São João, 29/V/2008, fl. fr., M. Y. Hashimoto 2467 (UFG);

Posse, ca. 6 km, rio da Prata, 800 m, 6/IV/1966, fl., H.S. Irwin & Barneby et al. 14417 (SP, UB); Rio

Verde, ca. 8 km, 13/I/196, fl., D. Philcox 3979 (UB); São Domingos, Rodovia GO-110, alto da Serra

Geral de Goiás, 18 km, 800 m, 15/V/2000, fl., G. Hatschbach, A. Schinini & E. Barbosa 71055 (MBM);

São João da Aliança, estrada para São João da Aliança, 19/III/1969, fl., H.S. Irwin et al. 24654 (MO, UB);

ib., ao Sul de São João da Aliança, 850 m, 16/III/1971, fl. fr., H.S. Irwin et al. 31893 (UB); ib.,

21/III/1973, fl., W. R. Anderson 7609 (UB); ib., 1100 m, 22/III/1973, fl., W. R. Anderson et al. 7656 (NY,

UB); ib., estrada ao Leste São João da Aliança, 1000 m, 24/III/1973, fl., W. R. Anderson et al. 7851 (UB,

MO); Silvânia, beira da Rodovia em direção a entrada de Silvânia, 4/IV/2012, fl.fr., J. P. Santos & M. M.

Dantas 373 (UFG).

Material adicional examinado. Bahia: Riacho das Neves, 12/XI/1995, est., G. Pereira-Silva et al. 3301

(CEN); Ceará: Batalha, Flona do Araripe, 2/VIII/2000, 870 m, fl., I. R. Costa & L. W. Limma-Verde 40

(EAC); ib., 42 (EAC); Guaraciaba do Norte, 30/V/1980, fl., A. Fernandes & P. Bezerra (EAC 8763).

Distrito Federal: Brasília, próximo ao Palace Hotel, 13/V/1966, fl. fr., D. R. Hunt & J. F. Ramos 5464

117

(UB); ib., Guará, Horto do Guará, 24/IV/1974, fl., E. P. Heringer 13251 (UB); ib., Fazenda Água Limpa,

Universidade Federal de Brasília, 16/III/1976, fl., J. A. Ratter & S. F. da Fonscêca (UB 2782); ib.,

III/1980, fl. fr., P. Cesar & R. M. de. Oliveira (UB 51604); ib., 13 km ao Sudoeste de Brasília, 1025 m,

23/I/1980, M. C. G. Kirkibride 1001 (UB); ib., Centro Olímpico da UnB, 15/III/1980, fl., R de. B. das. N.

Alves 05 (UB); ib., 1 km ao Sul da fonte de água mineral Indáia, 15º24`S, 47º28`W, 22/IV/1983, fl., Jr. J.

H. Kirkbride 5235 (UB); ib., Mata da Universidade Federal de Brasília, 31/X/1986, fl., M. S. Rossi 018

(UB); ib., 1 km á esquerda do trevo do Posto Colorado, na rodovia Brasília/Sobradinho, 15º37`S, 47º46`,

1200 m, 1/IV/1992, fl., R. F. Vieira et al. 1214 (CEN); ib., Reserva Biológica do Jardim Botânico de

Brasília, 15º52`S, 47º51`W, 16/IV/1993, fl., C. Proença 886 (UB); ib, Fazenda Sucupira, IV/1999, fl., B.

M. T. Walter 39 (CEN); ib., Parque Recreativo do Gama, 28/IV/2000, fl., A. M. de. Carvalho 9 (UB);

29/IV/2000, fl., Taxonomy Class of Universidade de Brasília 1436 (UB); ib Campus da UnB, Centro

Olímpico, 15º53``S, 52`W, 26/VI/2000, Taxonomy Class of Universidade de Brasília 1450 (UB); Parque

Olhos D´agua, 5/VII/2001, fr., Taxonomy Class of Universidade de Brasília 1530 (UB); ib., margem

esquerda do rio Belchior, 15º53`56``S, 48º13`04``W, 950 m, 10/III/2003, fl., G. Pereira-Silva et al. 7310

(CEN); ib., Parque Ecológico Burle Marx, 8/IV/2004, fl., J. R. Santos & G. A. Moreira 184 (CEN); ib.,

Parque Nacional de Brasília, 15º43.52`S, 47º55.36`, 20/IV/2004, C. R. Martins 349 (UB); ib., Parque da

Sucupiras, Setor Sudoeste, 15º46`S, 47º55`W, 11/IV/2005, fl. fr., C. A. S. Correia 44 (UB); ib., Parque

Nacional de Brasília, 10/IV/2007, 15º46`11``S, 47º59`05``W, 800 m, fl., J. R. Santos et al. 832 (UB); ib.,

17/IV/2007, fl., M. R. V. Zanatta 50 (UB); ib., Parque Nacional de Brasília, 22/III/2007, fl., J. R. Santos et

al. 803 (CEN, UB); ib., Centro Olímpico, 15º45`S, 47º54`W, 1050 m, 17/VI/2008, fr., M. R. Lima & M.

R. Almeida 20 (UB); ib., Centro Olímpico, 15º45`S, 47º54`W, 17/VI/2008, fr., E. Z. Zanella et al. 10

(UB); ib., Centro Olímpico da Universidade de Brasília, 28/III/2008, fl., M. R. V. Zanatta et al. 165 (UB);

ib., Apa da Cafuringa, a 3 km do córrego do Ouro, 15º30`50``S, 47º53`58`` W, 1004 m, 1/XI/2010, fl., R.

G. Chacon et al. 735 (UB); Planaltina, Sobradinho/Planaltina, 3/IX/1995, fr., C. Fonsceca & Landrum

1300 (UB); ib., Serra da Biboca, próximo a Fazenda Quintas, 15º23`19.6``S, 47º41`07.5``W, 1095 m,

20/III/2003, fl., M. L. Fonseca et al. 4406 (UB). Mato Grosso: Alto do Araguaia, alto do Araguaia na

estrada para Itiquira, 17º15`0``S, 53º21`03``W, 18/IX/1996, est., C. Proença et al. 1508 (UB); Barra do

Garça, 500 m, 4/III/1973, fl., W. R. Anderson 9682 (UB); Barra do Garça, 22/IV/1991, fl., Cris & Nádia

43 (UFG); Diamantino, Fazenda Cocal, 14º30´S, 56º15W, 17/V/1997, fl., V. C. Souza et al. 16229 (ESA);

ib., estrada de Sumidouro BR-364 para São José do Rio Claro, 14º10`S, 56º48´W, 18/V/1997, fl., V. C.

Souza et al. 16376 (ESA); Poconé, próximo ao município de Diamantino, 23/IV/1983, fl. fr., V. L. M. S.

Guarim, M. S. F. D. Ferreira & L. Amorim Neto, 1061 (UFMT); ib., Transpantaneira km 128,

22/IX/1989, fl. fr., Projeto “Estudos Florísticos Criptogâmico e Fanerogâmico no Pantanal de Poconé”,

Equipe Pantanal Poconé 275 (UFMT); Santo Antônio do Laverger, estrada para Fazenda Aguassú,

12/IV/1996, fl., M. Macedo & R. Godinho 4603 (UFMT); Thapura, estrada do Capixaba, cerca de 20 a

118

Nordeste, 12º37`S, 56º22W, 12/IV/1997, V.C. de Souza 17868 (ESA); Xavantina, km 266 estrada de

Xavantina-Cachimbo, 3/III/1968, fl., D. Philcox & A. Fereira 4408 (UB). Mato Grosso do Sul: Coxim,

Reserva do Exército, 18º31`74``S, 54º43`30``W, 220 m, 19/IX/1996, est., M. F. Simon et al. 21 A (UB);

Três Lagoas, 7/VI/1993, fr., A. Caliente et al. 503 (UB); ib., Horto Barra da Moeda, 20º59`S, 51º46`S,

14/IV/1993, fl., A. D. Caliente 81 (UB). Minas Gerais: Diamantina, Serra do Espinhaço, 9/VI/1973, fl.,

P. Occhioni 5657 (UFMT); Paraopeba, 30/V/1970, fr., P. Occhione & E. Carmem 293 (UFMT); Santana

do Riacho, arredores do córrego Chapéu de Sol, 4/VI/1996, fl., V. C. Souza et al. 11698 (ESA). Paraná:

Campo Mourão, 18/III/1999, fl., Lu et al (UFG, 29371). Piauí: Uruçuí, 8/VII/1980, fl., A. Fernandes & E.

Nunes (EAC 8831). Tocantins: Araguarina, 10 km ao Sul, 300 m, 16/III/1968, fl., H.S. Irwin et al. 1968

(UB); ib., H.S. Irwin et al. 21236 (UB); Mateiros, 10º34`59``S, 46º29`42``W, 470 m, 3/V/2001, fl., Farias

et al. 365 (UB, UFG); ib., Jalapão, proximidades do rio Preto, 10º35`S, 46º25`W, 3/V/2001, fl., A. B.

Sampaio et al. 352 (UB); ib., Jalapão, 10º33`S,46º8`W, 640 m, 7/V/2001, fl., L. H. Soares et al. 889

(UB); Novo Jardim, estrada para Placas, 11º49`17``S, 46º21`44``W, fl. fr., V. C. Souza et al. 24251

(ESA). Rondônia: Colorado do Oeste, BR-364, Porto Velho-Cuiabá, 12º13`S, 60º61`W, fl. fr., C. A. Cid

et al. 4322 (INPA). São Paulo: Itirapina, estrada entre Itirapiana e São Carlos, ca. de 9 km de Itirapina,

22º10`49``S, 47º52`59`, 17/IV/1994, fl., V. C. Souza et al. 5794 (ESA); ib., 22º10`16.4``S, 47º53`03.3``W,

21/III/2002, fl., G. O. Romão, & J. Chaddad Jr. 803 (ESA).

20. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 98. 1982.

Cassia siamea Lam., Encycl. 1(2): 648. 1785.

Figs. 149-153

Árvores 7_14 m alt.; ramos castanho-escuros a cinéreos, glabrescentes a curtamente tomentosos nas partes

jovens, incluindo face externa das estípulas, pecíolo, raque foliar e da inflorescência, pedicelo e ovário.

Estípulas 0,9_1,3×0,01

_0,03 mm, lineares, crassa, caducas. Folhas 3,2

_15,6 cm compr., folíolos 7-13

pares, 2,9_7,7×1,7

_3,6 cm, oblongos, raro a oblongo-elípticos, ápice retuso e mucronulado, margem plana,

cartáceos. Nectários ausentes. Brácteas 3,8_6,2×2,1

_2,4 cm, lanceoladas, ápice acuminado, crassas, verde-

claras, caducas. Panículas 9-60 cm compr., terminais com eixos secundários corimbiformes com mais de

6 flores. Flores 3,5_4,2 cm compr., zigomorfas ou assimétricas, amarelo-claras; pedicelo 1

_1,9 cm compr.,

sépalas 6_7×3,4

_4,2 mm compr., ovais, ápice arredondado, verde-claras, crassas; pétalas 1,3

_1,9×0,9

_1,5

cm, obovais, ápice arredondado a truncado na pétala posterior, base cuneada a assimétrica; estames

abaxiais 3, com anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 6,3_7,1 mm compr., anteras 4

_5 mm

compr. e bico 0,8_1,2 mm compr., estames medianos 4, filetes 2,2

_3,1 mm compr., anteras 4,9

_5,7 mm

compr. e bico 0,3_0,6 mm compr., estaminódios 3, 2

_3 mm compr.; ovário 9

_12×1,1

_1,3 mm, tomentoso a

velutino, estilete 5_7 mm compr., estigma subgloboso, estípite 4

_5 mm compr., óvulos 26

_29,

unisseriados. Frutos 13_20×1,2

_1,3 cm, oblongos, plano-ondulados, quebradiços, curvos, castanho-claros

119

a escuros, estípite 0,8_4 mm compr., indeiscentes. Sementes 7,5

_8,2×5,8

_6,2 mm, orbiculares, castanho-

escuras, lustrosas.

Espécie asiática cultivada em diversos países tropicais (Irwin& Barneby 1982). É encontrada em

todas as regiões do Brasil como cultivada pelo porte satisfatório, belas folhagens e flores, estas últimas

encontradas o ano inteiro.

Senna siamea compartilha com S. silvestris e S. spectabilis da ausência de nectários foliares e

inflorescências do tipo panícula. No entanto, é facilmente reconhecida pelos folíolos predominantemente

oblongos com ápice retuso e mucronulado e frutos planos e ondulados.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, estrada de Goiânia para Anápolis, 26/XI/1976, fl., G. J.

Shepherd et al. 3582 (MBM); ib., Campus II UFG, estacionamento em frente ao ICB-I, data., fl. fr., J. P.

Santos (UFG); Goiás Velho, estrada em frente à Igreja de São João Batista, 15º54`S, 50º06`W, fl., Jr. J. H.

Kirkbride 3410 (UB).

Material examinado adicional. Ceará: Cariré, Sítio Jaburu, 27/VI/2010, fl. fr., R. L. Oliveira (EAC

47196); Crato, Vila Guilherme, 6/XI/2009, fl., J. R. Sousa 82 (EAC); Fortaleza, Aldeota, 13/XII/1959, fr.,

A Fernandes (EAC, 1933). Mato Grosso: Barra do Garça, Friboi, rua de terra perto da Vila Militar,

23/X/2006, fl., K. Peixoto & O Peixoto 40 (CGMS). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Campus da

UFMS, 4/III/1992, fl. fr., K. N. Cação & R. Farias 03 (CGMS); ib., Campus da UFMS, 20/III/2013, fl., J.

P. Santos & Antunes L. L. C. 857 (UFG). Pará: Belém, I/1963, fl. fr., J. M. Pires 8240 (IAN); ib.,

10/III/1963, fl., J. M. Pires 7685 (IAN); ib., área do CPATU, 17/VII/1999, fl. fr., M. G. C. Souza 15

(IAN); São Paulo: Campinas, Fazenda Santa Elisa, 25/II/1944, fl., A. Hein 7280 (IAN).

21. Senna silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 87. 1982.

Cassia silvestris Vell. Fl. Flumin. 169. 1829.

Nomes populares: canela-de-velho (MT), falso barbatimão (GO), paricá (AM) e pau-de-moleque (TO),

manduirana (RJ).

Arbustos a árvores 3_6 m alt., ramos glaucentes a castanho-escuros ou dourados, glabros a

tomentoso ou velutino-dourados a ferrugíneos, incluindo uma ou ambas as faces dos folíolos, face externa

das estípulas, brácteas, raque da inflorescência e ovário. Estípulas 0,6_1×0,5-1,5 mm, lineares a

subuladas, ápice agudo, membranáceas, caducas. Folhas 9_36 cm compr., folíolos 5- 8, raro 4 ou 10 pares,

2,7_13×1,1

_5,5 cm, predominantemente oblongos, oblongo-elípticos ou ovais, ápice obtuso a agudos ou

curtamente acuminados e mucronulado, margem plana, cartáceos. Nectários ausentes. Panículas 19,5_70

cm compr., terminais com eixos secundários corimbiformes com mais que 6 flores. Brácteas

1,6_3×0,4

_2,1 mm, ovais a oval-lanceoladas, cartáceas, esverdeadas, caducas. Flores 2,7

_5,2 cm compr.,

zigomorfas, corola amarela com nervuras às vezes avermelhadas próximas a base; pedicelo 1,2_3,5 cm

compr., sépalas 0,4_2,1×0,4

_1,1 cm compr., oval-elípticas a oblongo-elípticas, ápice arredondado a

120

obtuso, verdes, membranáceas; pétalas 1,6_2,7×0,9

_2,5 cm, obovais, raro oval-oblongas a orbiculares,

ápice arredondado a emarginado na pétala posterior, base truncada a cuneada ou assimétrica; estames

abaxiais 3, com anteras isomórficas, o centro-abaxial com filetes 4,5_5 mm compr., anteras 5,7

_6,3 mm

compr. e bico 0,4_0,6 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 4

_6 mm compr., anteras 6

_8 mm compr. e

bico 0,4_1,1 mm compr., estames medianos 4, filetes 2,9

_3,5 mm compr., anteras 3

_5,2 mm compr. e bico

0,3_1,1 mm compr., estaminódios 3, 3

_5 mm compr.; ovário 15

_18×2,2

_2.4 mm, estilete 3

_4,2 mm compr.,

estigma punctiforme a dilatado, estípite 0,9_3 mm compr. compr., óvulos 30

_62, unisseriados alternos ou

sequenciais. Frutos 8,5_17,5×1,1

_2,5 cm, planos oblongos a estreito oblongos, verde-vináceos ou

castanhos, retos, ligeira a conspicuamente reticulados, lustrosos ou não, estípite 0,4_1 cm, indeiscentes.

Sementes 3_9×2

_5 mm, oblongo-elípticas ovais, lisas, castanho-escuras.

Espécie Sulamericana (Brasil, Colômbia, Paraguai e Venezuela), crescendo em cerrado s. lat.,

bordas de florestas litorâneas e inteiroranas, especialmente no Brasil onde ocorre de norte a sul (Irwin &

Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013).

De acordo com Irwin & Barneby (1982) Senna silvestris inclui duas subespécies (silvestris e

bifaria) diferenciadas principalmente pela presença ou ausência de tricomas nos folíolos, área de

distribuição e número e arranjo dos óvulos no ovário. Estes mesmos autores reconheceram as variedades

bifaria, unifaria e velutina para a subespécie bifaria e as variedades guaranitica, sapindifolia e silvestris

para a subespécie silvestris. Destes táxons quatro, foram aqui reconhecidos, conforme a chave abaixo:

Chave para as variedades de S. silvestris presentes em Goiás

1. Folíolos usualmente glabros em ambas as faces

2. Folíolos predominantemente oblongos a oval-elípticos com bases não ou discretamente cordadas e

nervuras proeminentes na face abaxial .................................................................. 21.1. var. silvestris

2. Folíolos predominantemente ovais com bases conspicuamente cordadas; nervuras impressas na face

abaxial ............................................................................................................... 21.2. var. guaranitica

1. Folíolos indumentados em ambas as faces ou menos frequentemente apenas na abaxial.

3. Sépalas internas velutino-douradas externamente; óvulos 26-30; sementes unisseriadas

.................................................................................................................................. 21.4. var. velutina

3. Sépalas internas glabras externamente; óvulos 30-58; sementes bisseriadas ........... 21.3. var. bifaria

21.1. Senna silvestris var. silvestris

Figs. 154_159

É registrada na Bolívia, Brasil, Guiana e Peru (Irwin & Barneby 1982). No Brasil ocorre de norte

a sul em bordas de florestas, incluindo ciliares e de galerias, e em cerrado s. lat., entre 90-1500 metros

(Irwin & Barneby 1982; Bortoluzzi et al. 2011).

Em Goiás foi encontrada em cerrado s. str. sobre latossolo laterítico, entre 700-1100 m com flores

e frutos de dezembro a julho.

121

Material examinado. BRASIL. Goiás: Mineiros, Parque Nacional das Emas, 13/V/1995, fl., H. D.

Ferreira 3931 (UFG); ib., 17/II/1995, fl. fr., C. H. Monteiro & R. C. Araújo 103 (UFG); ib., C. H.

Monteiro & R. C. Araújo 103 (UFG); ib., 24/V/1991, fr. H. D. Ferreira & O. Fernando 2460 (UFG); ib.,

17º49`-18º28`S e 52º39`-53º10`W, 10/XII/1998, fl. fr., M. A. Batalha 2439 (ESA); ib.,7/VII/1999, fr., M.

A. Batalha 3625 (ESA).

Material adicional examinado. Acre: Rio Branco, Ilha Amapá, próximo de Rio Branco, 8/VII/1965, fl., J.

M. Pires 10030 (IAN). Amapá: Camaipi, reserva da EMBRAPA, 0º10`S, 51º37`W, 18/XI/1983, S. Mori

et al. 16335 (MG); Macapá, Parque Florestal da Fazendinha, 12 km Sul de Macapá, 3/III/1983, fl. fr., B.

V. Rabelo et al. 2283 (MG). Amazonas: Cadajás, próximo ao Castanhal do Sr. Rocha, 23/IV/1958, fl. fr.,

E. Ferreira 58-280 (IAN); Itapiranga, rio Utumã, margem direita a 300 m da cabeceira da cahoeira

Morena, 10/VIII/1979, fl., C. A. Cid et al. 207 (INPA); Monte Dourado, rio Jarí, 9/IX/1968, fl. fr., E.

Oliveira 4852 (IAN); ib., serrinha, entre Monte Dourado e Planalto, 12/IX/1968, fl., N. T. Silva 960

(IAN); Santa Isabel do Rio Negro, arredores da cidade, 10-15 km, norte da Serra Jacamim, 29/IX/1871,

fl. fr., G. R. Prance et al. 15672 (INPA); São Paulo de Olivença, rio Solimões e Rio Javari, 17/VII/1973,

fl. fr., E. Lleras et al. 17388 (INPA, UFMT); Tefé, no entorno do IOPEAAQ, 12/VII/1973, fl., E. Lheras

et al. 16627 (UFMT); ib., rio Solimões, 22/X/1982, fl. fr., I. L. Amaral et al. 177 (INPA); Urucu, para

Porto Hélio, 7/V/2008, fl., F. D. Matos 52 (INPA); Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, floresta do rio

Aripuanã, abaixo da cachoeira Andorinha, 10º12`S, 59º21`W, 19/X/1973, fl., C. C. Berg et al. 18688

(UFMT); Gaúcha do Norte, 13º12`10``S, 53º20`40``W, 3/VI/20, N. M. Ivanauskas 4314 (UB); Nova

Marilândia, córrego Preto, 14º20`59.8``S, 57º01`13.8``W, fl. fr., G. F. Soares & R. R. Silva (UFMT

32835); Nova Xavantina, estrada para Cachimbo, 145 km de Xavantina, 26/V/1966, fl., D. R. Hunt 5595

(UB); ib., ca. 210 m de Xavantina, 27/V/1966, fr., H.S. Irwin et al. 16073 (UB); ib., 12/V/1968, fr., J. A

Ratter et al. 1409 (UB); Sinop, Rio Nandico, 308 m, 13/X/2007, fr., R. R. Silva & J. E. da Silva 1596

(UFMT); Tapurah, estrada entre a Fazenda Contagro e o assentamento do INCRA, 12º22´S, 56º43`W,

7/VI/1997, fr., V. C. Souza et al. 17263 (ESA); ib., estrada após Escola Municipal Vinícius de Moraes,

12º34`03.8``S, W 56º35`85.1``, fl. fr., Silva, R. R. da Silva, J. E. & Leôncio Filho, E. F. 1729 (UFMT);

Vilhena, 20 km ao Leste de Vilhena, 24/VIII/1963, fl. fr., J. M. Pires 56810 (UB). Mato Grosso do Sul:

Aquidauana, 50 km da estrada entre Aquidauana e Campo Grande, 20º26`S, 15º06`W, sem data, fl., S. S.

Bridgewater et al. 505 (UB). Material examinado adicional. Maranhão: Alcântara, depois de Porto

Itaúna, 4/VI/1979, fl., A. J. Castro & E. Nunes (EAC 6354); Imperatriz, BR-010, perto de Açailândia,

4/VIII/1978, fl., A. Fernandes & Matos (EAC 4050); Nova Esperança, Rio Alto Turiaçu, Nova

Esperança, 2º55`S, 45º45`W, 0-100 m, 5/XIII/1978, fl., J. Jangoux & R. P. Bahia 255 (MG). Pará:

Abatetuba, arredores de Abatetuba, 22/IX/1952, fr., J. M. P. Araujo 14 (IAN); Barra de São Manoel, rio

Tapajós, 14/X/1973, fl., B. G. S. Ribeiro 352 (IAN); Belterra, 13/X/1947, fr., G. A. Black 47-1647 (IAN);

Marabá, rio Itacaiunas af. Do rio Tocantins, Serra Buritirama, 12/VIII/1970, fl., J. M Pires & R. P. Belém

122

(IAN 128703); ib., 28/IX/1970, fl. J. M Pires & R. P. Belém 12554 (IAN); ib., estrada para Marabá, perto

de São Felix do Tocantins, 22/I/1971, fl., B. S. G. Ribeiro & O. C. Nascimento 16 (IAN); Monte Alegre,

Airí, 6/V/1958, fl. fr., D. de Andrade-Lima 53.1364 (IAN); Monte Dourado, Lago Preto, 12/X/1957, R.

Fróes 33733 (IAN); ib., rio Jarí, Planalto Monte Dourado, 24/I/1968, fl., E. de Oliveira 3972 (IAN);

Oriximiná, rio Trombetas, margem esquerda do lago Erepecu,16/VII/1980, fl., C. A. Cid et al. 1551

(MG); Ourilândia do Norte, Adeia Aúkre, II/1999, est., M. R. Cordeiro 3104 (IAN); Paraíso, margem do

rio Jamaxim, fl. fr., 30/VIII/1973, B. G. S. Ribeiro 336 (IAN); Porto de Móz, beira do Rio Jaraucú,

10/X/1955, fl. E. L. Fóes 32181 (IAN); São Geraldo do Araguaia, 6º13`14``S, 48º25`55``W, 130 m,

21/IV/2004, fl., G. Pereira-Silva et al. 8871 (CEN). Rondônia: Jaci Parana, canteiro de obras UHE, Jirau,

margem esquerda do rio Madeira, 9º16`23``S, 64º40`09``W, 80 m, 09/VI/2009, fl. fr., G. Pereira-Silva et

al. 14443 (CEN); Nova Minas, rio Branco, 14/IX/1975, fl., M. R. Cordeiro 793 (IAN). Roraima: Planalto

da Serra, Tepequém, 1200 m, 19/II/1967, fl., G. T. Prance et al. 4544 (INPA); Porto Velho, localidade

Tanuqes, território do Guaporé, 16/VI/1952, fl. fr., J. F. Silva 133 (IAN); sem loc. Perimetral Norte, km

30, 2/V/1979, fl., A. Irenice et al. 856 (IAN); sem loc., rio Ajarani, 29/IV/1974, fl. fr., J. M. Pires 14415

(IAN). Tocantins: Araquacema, 9º10`04``S, 49º24`12``W, 180 m, 22/III/2010, fl., F. C. A. Oliveira et al.

1743 (ESA); Macaúbas, ca. de 2 km de Macaúbas 10º30`S, 50º30`W, 18/IX/1980, fr. J. A. Ratter, M. P.

Rocha & R. A. de Castro 4437 (UB); Tocantinopólis, estrada para Tocantinópolis, VII/X/1964, fl., G. T.

Prance & N. T. Silva 58649 (UB); ib., Rodovia Transamazônica, 27/III/1976, fl., G. Hatschbach 38406

(NY). COLÔMBIA. Leticia: sem loc., 22/VIII/1946, fl., Schutes & G. A. Black 46-57 (INPA);

21.2. Senna silvestris var. guaranitica (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby Mem. New York Bot.

Gard. 35: 91. 1982.

Cassia guaranitica Chodat & Hassl. Bull. Herb. Boissier, sér. 2, 4: 824. 1904.

Figs. 160-166

Táxon reportado por Irwin & Barneby (1982) para o Brasil (Mato Grosso) e Paraguai. e, portanto,

primeiramente citado aqui para o estado de Goiás onde habita ambientes de afloramento rochosos e borda

de cerrado s. str. entre 440-1050 m, principalmente da região da Chapada dos Veadeiros. É encontrada

com flores e frutos entre abril e setembro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alto Paraíso de Goiás, Fazenda Oréades-Sítio Arqueológico Pedra

Escrita, 1/VII/2011, J. R. B. Vidal et al. 138 (HEPH); Cavalcante, 13º37`7``S, 48º6`10``W, 21/V/2002, fl.,

G. Silva-Silva, E. S. G. Guarino 6455 (CEN); Colinas do Sul, 2-3 km ao Norte, 15/VI/1993, fl. fr., G.

Hatschbach, M. Hatschbach & Nicolack 59566 (MBM); ib., á margem direita do rio Tocantinzinho,

13º55`32``S, 48º15`45``W, 470 m, 22/VI/1999, fl. fr., G. Pereira-Silva et al. 4157 (CEN); Niquelândia,

próximo a ponte do rio Bagagem, estrada Niquelândia/Colinas do Sul, 14º22`S, 48º12`W, 440 m,

12/IV/1992, fr., B. M. T. Walter et al 1157 (CEN, HUFS); ib., estrada vicinal a GO-237, 14º09`S,

48º13`W, 600 m, 14/IV/1992, est., B. M. T. Walter et al. 1320 (CEN, NY); ib., km 2 da estrada para

123

Macedo Velho, 14º21`03``S, 48º24`52``W, fl. fr., M. L. M. Azevedo et al. 988 (NY); ib., CODEMIM, ca.

de 40 km de Niquelândia, 14º11`20``S, 48º20`40``W, 15/VIII/1995, fl., M. L. Fonseca, F. C. A. Oliveira,

G. Nunes 740 (NY); ib., ao lado do trevo para Macedo Velho, 14º21`30``S, 48º25`10``W, 30/V/1996, fl.

fr., M. A. da Silva & F. C. A. Oliveira 2994 (NY); ib., Macedo, ca. de 8 km a direita da mina de níquel,

14º24`59``S, 48º25`16``W, 25/VI1997, fl. fr., M. L. Fonseca et al. 1443 (NY); ib., entrada para Colinas do

Sul, ca. de 41 km de Niquelândia, 14º23`53``S, 48º04`37``W, 7/V/1998, fl., M. L. Fonsceca et al. 1784

(NY); ib., 48 km em direção a Colinas de Goiás, 14º23`53``S, 48º04`37`` 485 m, 7/V/1998, fl., M. P. A da

Silva 3780 (IBGE, NY); ib., margens do Rio Tocantizinho, 13º59`S, 48º18W, 450 m, 22/VII/1995, fl., fr.

T. B. Cavalcanti et al. 1607 (CEN); ib., em direção a Barro Alto, 14º32`22``S, 48º41`52``W, 600 m,

15/VII/2000, fl. fr., V.C.Souza, J.P.Souza & G. O. Romão 23919 (ESA).

Material adicional examinado. Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, arredores, 12/VII/1997, fl. fr., G.

Hatschbach, A. Schinini & E. Barbosa 66717 (NY).

21.3. Senna silvestris var. bifaria H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 94. 1982.

Figs. 167-172

Restrito ao Brasil e encontrado em todas as regiões, exceto na Região Sul, em cerrado s. lat.,

bordas de florestas estacionais, de galeria ou ciliares, pastagens e bordas de estradas associadas a estes

tipos vegetacionais (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi 2013) entre 400 e 1049 metros.

Em Goiás está amplamente distribuída ocorrendo em bordas de florestas estacionais e ciliares,

associada ao cerrado e também em áreas de pastagem e beira de estradas. Floresce e frutifica de fevereiro

a julho.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Abadiânia, 16º05`38``S, 48º46`49``W, 1025 m, 12/III/2002, fl. fr.,

L. C. Mendonça et al. 4658 (UB); Alto Paraíso de Goiás, 6-7 km Leste na estrada para Nova Roma, 1400

m, 7/III/1973, fl. fr., W. R. Anderson 6505 (K, MO, NY); Anápolis, 5 km ao Norte, 26/II/1982, P. I.

Oliveira 460 (MBM, NY); Aparecida do Rio Doce, PCH Irara, 18º05`S, 51º08`W, 5/III/2007, fl. fr., F. A.

G. Gulgerme et al. 458 (HJ); Aragarças, 85 km de Aragarças, 700 m, 22/VI/1996, fr., H.S. Irwin et al.

17611 (NY, UB); Cabeçeiras, 8 km ao Leste, 1000 m, 18/IX/1965, fr., H.S. Irwin, R. Souza & R. R. dos

Santos 10440 (UB); Caiapônia, ca. 45 km ao Sul, 900 m, 28/VI/1966, fl., H.S. Irwin et al. 17904 (NY,

UB); ib., ca. 16 km ao Sul de Caiapônia, 800 m, 1/III/1973, fl., W. R. Anderson 9539 (MO, NY, UB); ib.,

estrada para Doverlândia, Fazenda Maracanã, 14/XI/1993, est., C. Proença 1050 (UB); Cabeceiras, ca. de

8 km ao Leste, 18/XI/1965, fl., H.S. Irwin et al. 10439 (NY, SP, UB); Caldas Novas, alto da Serra de

Caldas Novas, 28/III/1970, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 4074 (UFG); ib., J. A. Rizzo. & Barbosa, A. 4827

(ESA, UFG); ib., Ponte São Bento, estrada Caldas Novas-Ipameri, 19 km de Caldas Novas, 17º43`S,

48º30`W, 24/III/1993, fl., A. B. Terezinha et al 489 (CEN); ib., beira do rio Corumbá, próximo ao eixo da

barragem Corumbá II, 17º33`S, 48º29`W, 30/IV/2009, fl., B. M. T. Walter 1498 (CEN); Campos Belos, 8

km de Campos Belos para Itaguatinga, 3/II /1972, fl.. J. A. Rizzo 7531 (ESA, UFG); ib., rio Bezerra, 600

124

m, 15/II/1990, fl., G. Hatschbach, M. Hatschbach & V. Nicolack 5407 (MBM, NY); Catalão, ca. 25 km a

Nordeste da cidade, 875 m, 21/I/1970, fl., H.S. Irwin et al. 25013 (NY, UB); ib., 18º02`29,8``S,

47º42`9,1``W, 23/I/2005, fl., J. A. Rizzo et al. 12929 (UFG); Cavalcante, estrada vicinal à esquerda, cerca

de 1,5 km após a balsa da COTERRA, 13º33`47``S, 48º05`05``W, 310 m, 21/II/2001, fl., G. P. da. Silva

4755 (CEN); Colinas do Sul, ca. 30 km ao Norte de Corumbá na estrada para Niquelândia, 1150 m,

18/I/1968, fl., H.S. Irwin et al. 18818 (NY, UB); ib., próximo ao Norte da cidade, 30/X/1969, fl., G. Eiten

& L. T. Eiten 10118 (K,NY, SP); ib., 2-3 km ao Norte, 15/VI/1993, fl. fr., G. Hatschbach, M. Hatschbach

& Nicolack 59566 (MBM, NY); Corumbá de Goiás, 12 km ao Sul de Corumbá de Goiás, 1000, 1/X/1965,

fl., H.S. Irwin, R. Souza & R. R. dos Santos 10854 (NY, SP, UB); ib., 75 km ao Norte de Corumbá de

Goiás na estrada para Niquelândia, 700 m, 21/I/1968, H.S. Irwin et al. 18940 (NY, UB); ib., estrada de

chão de Alexânia para Corumbá de Goiás, 15º58`56``S, 48º43`49``W, 1110 m, 25/III/2002, fl. fr., M. L.

Fonsceca et al. 3366 (UB, NY); Edéia, margem direita do rio dos Bois, 14 /II/1994, fl., V. L. G. Klein &

Menezes 2193 (EAC, ESA, UFG); Goiânia, a esquerda da Rodovia GO-7, Goiânia par Guapó, 15/V/1968,

fr., J. A. Rizzo & A. Barbosa 723 (ESA, UFG); margem do ribeirão Dourado, 6/IV/1968, fl., J. A. Rizzo &

A. Barbosa 134 (ESA, UFG); ib., km 14 de Goiânia para Inhumas, 20/V/1968, fr., J. A. Rizzo & A.

Barbosa 836 (ESA, UFG); GO-07 de Goiânia para Guapó, próximo ao córrego Guapó, 3/II/1969, fr., J. A.

Rizzo & A. Barbosa 3610 (UFG); 2 km da margem esquerda do rio Meia Ponte, Fazenda Louzandira,

18/IV/1970, fl. fr., J. A. Rizzo & A. Barbosa 5004 (ESA, UFG); ib., Rodovia Goiás-Araguapaz, GO-164,

ca. de 13 km de Goiás, XII/1992, fl., M. R. Silva & C. E. Jr. Rodrigues 596 (MO); Goianésia, 30 km de

Goianésia para Vila Precipício, 15º24`54``S, 48º54`30 W, 6/VI/1995, fl. fr., M. L. Fonseca et al. 296

(NY); Goiás Velho, ca de 30 km da Serra Dourada, 650 m, 20/I/1966, fl., H.S. Irwin, R. Souza & R. R. dos

Santos 11879 (MO, NY, UB); ib., ca. 15 km ao Sul da cidade, 1000 m, 11/III/1973, fr., W. R. Anderson

10088 (MO, NY, UB); ib., Fazenda das Esmeraldas, 15º54`, 50º07`, 6/II/1980, fl., Jr. J. H. Kirkbride et al.

3254 (NY, MBM, UB); ib., estrada da Igreja São João Baptista, ca. 5,5 km a Nordeste, 15º55`S, 50º04`W,

11/II/1980, fl., J. H. Kirkbride Jr. 3409 (NY, UB); Hidrolândia, BR-153, 10 km ao Sul, 21/I/1978, fl., T.

M. Pedersen 12089 (NY); ib., Morro Feio, 5 km de Hidrolândia, 16º55`S, 49º14`W, 900 m, 8/IV/1988, fl.

fr., R. R. Brooks et al. 23 (MO); Ipameri, margem esquerda do rio Corumbá em frente à Estação de

Medição de Vasão, 23/III/1993, fr., G. P. da Silva et. al. 1252 (CEN, HUEFS, NY); Israelândia, 500 m do

posto de Israelândia, 17º19`S, 51º48``W, 26/XI/1996, fl., S. Bridgewater et al. 511 (UB); Jataí, PCH Jataí,

17º55`S, 51º39`W, 9/III/2007, fl., F. A. G. Gulgerme et al. 651 (HJ); Jeroaquara, Serra de Santa Rita,

27/III/1971, fl. fr., J. A Rizzo & A. Barbosa 6129 (ESA, UFG); Leopoldo de Bulhões, saída da cidade,

abaixo do trevo para Anápolis, 4/IV/2012, fl. fr., J. P. Santos & M. M. Dantas 381, 380, 381 (UFG);

Luiziânia, 27/III/1980, fl., E. P. Heringer 17697 (IBGE, NY); Minaçu, Reserva da Cana Brava,

13º29`37``S, 48º16`11``W, 8/VII/1995, fl. fr., A. P. Afonso et al. 11 (ESA, UB, UFG); ib., ca. de 200 m do

portão de entrada da barragem, 13º21`22``S, 48º08`20``W, 350 m, 13/III/2001, fl. fr., G. Pereira-Silva &

125

J. B. Pereira 4805 (CEN); Montes Claros de Goiás, Fazenda Vereda, 15º54`04``S, 51º33`26``, fr., M. V.

Zanatta, J. E. Q. Faria & D. R. Oliveira 437 (UB); Monte Alegre de Goiás, Serra do Atalaia, ca. 600-800

m, 12/III/1973, fl. fr., W. R. Anderson 6932 (NY, UB); Morrinhos, estrada de Morrinhos para Caldas

Novas, córrego Samambaia, 6/III/1971, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 6027 (ESA, UFG); ib., 28/I/1976, fl.

fr., G. Hatschbach 38122 (MBM, NY); Mundo Novo, sítio São Francisco, lote 41, 13º55`46``S,

49º58`04``W, 420 m, 10/II/2011, fl., B. M. T. Walter 6095 (CEN); Niquelândia, 5 km a Oeste de

Niquelândia, ca. 750 m, 25/I/1972, H.S. Irwin et al. 35027 (MO, UB); ib., Rodovia Para Colinas do Sul,

km 17, G. Hatschbach, M. Hatschbach E D. Guimarães 56266 (MBM); ib., estrada de acesso a Rosariana

após a CODEMIM, 14º0752``s, 48º22`01``W, 540 m, 21/V/1996, fr., Cordovil-Silva et al. 433 (CEN,

HUEFS, NY); ib., km 5 da estrada de asfalto para Macêdo, 14º25`27``S, 48º26`09``W, fl. fr., M. L.

Fonsceca & B. S. Barros 802 (NY); ib., morro ao lado esquerdo do trevo para Macedo Velho,

14º21`30``S, 48º25`10``W, 30/V/1996, fr., M. A. da Silva & F. C. A. Oliveira 2995 (NY, UFG); Nova

Roma, 13º43`42``S, 46º52`44``W, 1/III/2000, fl. fr., D. Alvarenga et al. 1296 (NY); Paraúna, escarpa

rochosa, 7/XI/2002, fl., M. G. Botges et al. 1550 (HEPH, UB); Piranhas, ca. de 16 km da cidade de

Piranhas em direção a Aragarças, 16º22`4``S, 51º54`38``W, 16/IV/2005, fl., L. P. de Queiroz et al. 10352

(HUEFS); Posse, Rodovia Brasília-Fortaleza, 220 km de Formosa, 9/I/1965, fl. fr., R. P. Belém & J. M.

Mendes 133 (NY); Pirenópolis, Mina de Quartzito da Prefeitura, X/1996, fl., A. E. Brina (NY 0098128);

ib., RPPN Flor as Águas, 15º49`10``S, 48º59`26``W, 810 m, 18/VII/1998, fr., R. C. Mendonça et al. 3636

(NY); Poragantu, 65 km ao Norte de Santa Teresa, 13º16`S, 49º13`W, 25/XII/1969, fl., G. Eiten & L. T.

Eiten 9980 (ESA, NY, SP, UB); Silvânia, 16º39`S, 48º36`, 11/I/1989, fl., T. S. Filgueiras et al. 1660 (UB);

Santa Rita do Araguaia, ponte sobre o rio Babilônia, 30/III/2004, fl. fr., D. M. S. Rocha 295 (SP, UB); São

João da Aliança, 1040 m, 23/III/1973, fl. fr., W. R. Anderson 7840 (UB); Sivânia, margem do rio Antas,

16º17`23``S, 48º26`26``W, 820 m, 11/III/2003, fl. fr., G. Pereira-Silva et al. 7342 (CEN)

Material adicional examinado. Bahia: Barreiras, Cachoeira do Acaba-Vida, 30/I/1978, fl., A. Fernandes

& Matos (EAC 3698). Formosa do Rio Preto, 14/V/1982, fl., A. Fernandes & Matos (EAC, 11295).

Distrito Federal: Brasília, APA da Cafuringa, 15º30.39`S, 48º09.47`W, 810 m, 19/II/1997, fl., V. V.

Mecenas, L Q. Leite, M. M. Augusto 253 (UB); Planaltina, ca. de 6 km SSE, rio Piripau, 1000 m,

19/II/1970, fl., H.S. Irwin et al. 26388 (UB); Simolândia, BR-020, 18º25`43,9``S, 46º27`18,1``W,

18/II/2003, fl., M. L. Fonsceca et al. 4118 (UB). Mato Grosso: Cuiabá, Vila Boa Esperança, 15/III/1982,

fl., M. Marques 01 (UFMT)ib., Reserva Ecológica da Mineração Santa Elina, 9/I/1997, fl., A. R. Ferreira

& L. A. Neto 4887 (UFMT); Porto Estrela, Estação Ecológica Serra das Araras, 23/II/2007, fl., R. Segalla

222 (UFMT); Santa Elina, Reserva Ecológica da Mineração, 9/I/1997, fl., A. R. Ferreira & A L. Neto

(UFMT); Ribeirãozinho, estrada Ribeirãozinho para Ponte Branca, 15/I/1988, fl., A. E. Ramos et al. 234

(UB); Rosário do Oeste, Fazenda Nossa Senhora da Conceição, 15º00`09``S, 56º18`63.4, 300 m,

22/III/2008, fl. fr., R. R. Silva et al. 1734 (UFMT); Nova Xavantina, 400 m, 8/VI/1966, fr., H.S. Irwin et

126

al 16791 (UB); Selvíria, Fazenda de Ensino e Pesquisa da UNESP, 23/I/1991, fl., O. Tititam & M. Paiva

404 (UB). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Serra do Amolar, Fazenda Mandioré, 1/IV/2003, fl. fl., M.

C.V. Sanros, E. C. Arruda & L. Rebellato 216 (UFMT); Três Lagoas, Horto Barra da Moeda, 20º59`S,

51º46`W, 10/II/1994, fl. P. Tavares 1519 (UB). Minas Gerais: Alpinópolis, 1997, fr., L. V. B. Bufo et al.

(ESA 63774); Belo Horizonte, Horto Florestal, 7/I/1940, fl., M. Magalhães (IAN 013968); Bonfinópolis

de Minas, 16º43`S, 45º4`W, 790 m, 3/III/2001, fl., L. H. Soares et al. 835 (UB); Caeté, base da Serra da

cidade, sem data, M. Magalhães 17710 (IAN). São Paulo: Piracicaba, Godinhos, 29/IX/1992, fl., N. M.

Ivanauskas (ESA, 10597). Tocantins: Araguaina, próximo ao rio Lontra, Fazenda Baixa, 13/I/1974, fl., J.

A. Rizzo 9551 (UFG); Araguantins, em direção a Araguantins a 80 km, Rodovia Brasília-Bélem,

11/12/1974, fl. fr., J. A. Rizzo 9621 (ESA, UFG); Dianápolis, ca. de 10 km de Taipas, próximo ao Morro

da Cabeça Branca, 11/II/1987, fl. fr., J. R. Pirani et al. 1948 (NY); Natividade, Serra da Natividade a 28

km, 14/III/1974, fl. fr., J. A. Rizzo 9649 (ESA, UFG); Paraíso, Chácara da Magda, 20/I/2000, fl., Arnaldo

et al. 2 (UB); Ponte Alta do Norte, estrada para o Monte Carmo, 10º41`42``S, 47º49`36``W, 18/VII/2000,

fl., V. C. Souza et al. 24179 (ESA); Porto Nacional, área da FAB, 2 km antes da ponte do rio Tocantins,

2/IV/1998, fl, fr., R. S. Oliveira & J. A. N. Batista 299 (UB).

21.4. Senna silvestris var. velutina H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 93.1982.

Figs. 173-178

Táxon com distribuição na Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins e Goiás, sendo neste último Estado

representado por uma coleção proveniente dos limites entre Distrito Federal e Goiás onde cresce em

trecho aberto de cerrado. Floresce e frutifica entre março e agosto.

Material examinado. BRASIL. Goiás: 10 km ao Sul de Guará, 18/III/1968, fl., 550 m, 18/III/1968, fl. H.

S. Irwin, H. Maxwell & D. C. Wasshausen 21326 (UB).

Material adicional examinado. BRASIL. Bahia: Barreiras, rio Piau, ca. 225 km S.W. de Barreiras on road

to Posse, 12/IV/1966, fl., 12°09'00"S, 44 59'24"W, 850 m, fl., H.S. Irwin et al. 14670 (NY); Correntina,

Serra de São Domingos, 21/V/1983, fl., J. A. Rizzo & H. D. Ferreira 10300 (UFG). Maranhão: Carolina,

Veredão do Relâmpago, duas léguas de Carolina, 28/V/1950, fl., J. M. Pires & G. A. Black 2429 (UB).

Piauí: Ribeiro Gonçalves, estrada Bom Jesus à Estação Ecológica de Uruçuí-Uma, 14/IV/1981, fl., A.

Fernandes & M. R. Del`Arco (EAC 9988). Tocantins: Araguaína, rio Piranha, 28/IV/1961, fl., E. Oliveira

1631 (IAN); ib., 11/VIII/1963, fl., B. Maguire et al. 56096 (IPA, UB); Palmas, 10º15´13``S, 48º5`45``W,

18/III/1994, fl., F. Bucci, F. p. R. de Jesus & G. V. Barros 187 (UB); Porto Nacional, área da FAB,

7/V/1994, fl., R. C. Aires 03 (UB); ib., 7/IV/1994, fl. fr., S. Fonseca 02 (UB); ib., Serra do Lagedo,

Fazenda Três Irmãos, 2/IV/1998, fl., R. S. Oliveira & J. A. N. Batista 311 (UB).

127

22. Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 604.

1982.

Cassia excelsa Schrad., Gött. Gel. Anz. 1 (72):717. 1821.

Fig. 179-183

Nomes populares: canafístula (CE), canafístula-comum (RN).

Árvore 5_8 m alt.; ramos verdes a castanhos, curtamente tomentoso-dourados, incluindo face

externa das estípulas, brácteas e sépalas e abaxial dos folíolos, pecíolo, raque foliar e da inflorescência,

pedicelo e ovário. Estípulas 4_11×0,7

_1 cm, lanceoladas, ápice agudo, caducas. Folhas 7,5

_35(39) cm

compr., (9)12-17(20) pares de folíolos, 2,5_5,8×1,3

_2,1 cm, oblongo-elípticos a oblongos, ápice obtuso e

mucronulado, margem plana, cartáceos. Nectários ausentes. Panículas 5_15 cm compr., terminais, eixos

secundários racemosos com mais de 6 flores. Brácteas 1,3_1,5×0,48

_0,56 cm, oval-lanceoladas, verde-

amareladas, não petaloides, membranáceas, caducas. Flores 4,5_5,5 cm compr., assimétricas, corola

amarelo-ouro; pedicelo 3,5-3,7 cm compr.; sépalas 0,3_1,1×0,3

_0,9 cm, obovais, ovais ou oblongas, ápice

arredondado, amareladas; pétalas 2_4,4×1,3

_2,1 cm, obovais a elípticas, a antero-lateral direira falcado-

oboval, ápice arredondado, base cuneada ou assimétrica; estames abaxiais 3, com anteras isomórficas, o

centro-abaxial com filetes 2,9_3,2 mm compr., anteras 5,5

_6,2 mm compr. e sem bicos, os latero-abaxiais

com filetes 2,1_4,1 mm compr., anteras 6,5

_8 mm compr., sem bicos, estames medianos 4, filetes 1,7

_3

mm compr., anteras 6_7 mm compr., sem bico, estaminódios 3, 2,1

_3,3 mm compr.; ovário 17

_25×0,9

_1,2

mm, glabro, estilete 2,7_4,9 mm compr., estigma punctiforme, estípite 4,1

_5,5 mm compr., óvulos

107_140, unisseriados. Frutos 13

_27×0,7

_1 cm compr., lineares, subcilíndricos a subquadrangulares, em

secção transversal, enegrecidos lustrosos quando maduros; estípe 0,7_1,4 cm compr, indeincentes.

Sementes 3_7×3

_5 mm, oblongo-eliptícas, lisas, castanhas.

Referida para o Equador e Brasil (Irwin & Barneby 1982), sendo neste último país encontrada na

regiões Centro-Oeste (GO, MS), Norte (TO) e Sudeste (MG) em bordas de florestas litorâneas e

interioranas, cerrado s. lat., caatinga, e como cultivada, entre 350-1100 m de altitude (Irwin & Barneby

1982; Souza & Bortoluzzi 2013). Em Goiás é encontrada em bordas de florestas estacionais, e também

como cultivada em áreas urbanas.

Distingue-se das demais espécies estudadas pela seguinte combinação de caracteres: hábito

arbóreo, folhas sem nectários com folíolos membranáceos, panículas com eixos secundários racemosos,

flores assimétricas com anteras sem bicos e frutos subcilíndricos a subquadrangulares. Floresce o ano

todo e frutifica de a partir de julho.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alvorada do Norte, rio Santa Maria, 9/III/1979, fl., G. Hatschbach

42011 (MBM, NY); Goiânia, próximo ao Setor São Judas, 8/XII/2011, fl., J. P. Santos 259 (UFG);

Guaraní de Goiás, km 18 da estrada Guaraní/Claretiana, ca. 800 m, 13º55`, 14º00`S e 46º30`, 46º20 W,

27/IV/1996, fr., B. A. S. Pereira & D. Alvarenga 3004 (NY); Monte Alegre, Fazenda Ponta da Serra,

128

13º13`06``S,46º47`36``W, 555 m, 11/IV/2000, fl., M. L. Fonseca 2259 (NY); Nova Roma, Fazenda Santa

Clara, 13º41`28``S, 46º51`04``W, 410 m, 2/III/2000, fl., M. A. da Silva, R. C. Mendonça & D. Alvarenga

4320 (IBGE, NY); Posse, Rodovia Brasília-Fortaleza, 220 km de Formosa, 9/I/1965, fl., R. P. Belém & J.

M. Mendes136 (NY); ib., entre Posse e Alvorada, 17/IV/1966, fl., 600 m, fl., H.S. Irwin et al. 14948 (NY,

UB); São Domingos, área de reserva da Fazenda Flor do Ermo, 13º39`24``S, 46º45`10``W, 480 m,

2/II/2000, fl., A. C. Sevilha 1917 (CEN); ib., 23/II/2000, fl., A. C. Sevilha 1922 (CEN); ib., Fazenda São

Vicente, 13º31`02``S, 46º28`59``W, 579 m, 9/III/2004, fl., A. A. Santos et al. 2238 (CEN).

Material examinado adicional. Bahia: Campo Alegre de Lourdes, a 1 km da cidade, 9º35`38``S,

42º54`50``W, 660 m, 2/III/2000, fl., T. Ribeiro 80 (K); Jussiape, estrada próximo a Abaíra, 21/V/1999, fl.,

V. C. Souza et al. 23022 (ESA). Ceará: Aiuaba, Estação Ecológica de Auiaba, 9/VII/1997, fl. fr., Lima-

Verde et al. 657 (EAC); Araripe, XII/1945, fl. fr., R. Miranda 58 (IAN); Barreira, 23/XII/1954, est., G. A,

Black 54-17696 (IAN); ib., Cachoeira do Acaba-Vida, 30/I/1978, fl., A. Fernandes & Matos (EAC 3692);

Beturité, Serra de Beturité, 14/X/1975, fl., A. Fernandes (EAC 2593); Brejo Santo, estrada para Açude

Atalho, 38º55`14``S, 7º33`22``W, 434 m, 9/II/2009, fl., J. G. Carvalho-Sobrinho et al. 1920 (EAC);

Mombaga, estrada Mombaga a Mineirolândia, 5º39` S 39º36`W, 280 m, 6/VI/1984, fl., J. E. R. Collares

& L. Dutra 180 (UFMT); Palmeiras, BR-242 entroncamnento para Irece, 12º27`S, 41º38`W, 750 m,

6/X/1995, fr., G. Pereira-Silva et al. 3084 (CEN; UFG); Parambu, 11/II/1982, fl., M. A. Figueiredo (EAC

11104). Maranhão: São João dos Patos, entre São João dos Patos e Passagem Franca, 15/XII/1979, fl., fr.

P. Martins & E. Nunes (EAC 7798). Minas Gerais: Alpinópolis, 1997, fl., L. V. Bufo et al. 187 (ESA);

Corinto, estrada Corinto-Santo Hipólito, ca. 9 km de Santo Hipólito, 18º18`31,1``S, 44º17`05,4``W, 600

m, 21/II/2002, fl., V. C. Souza et al. 28118 (ESA); Grão-Mogol, estrada Grão-Mogol-Vargem da Lapa, ca.

10 km de Grão-Mogol, 16º32`14``S, 42º44`39``W, 680 m, 12/VII/2001, fr., V. C. Souza et al. 25731

(ESA); Santana da Pirapama, Serra do Cipó, distrito de São José da Cachoeira, 20/IV/2007, fl., J. G.

Rando et al. 279 (ESA). São Paulo: Campinas, CATI, Av. Brasil, 9/II/1988, fl., R. R. Rodrigues 172

(ESA). Pernambuco: Areia, 10/VI/1953, fl. fr., J. C. de Moraes 880 (IAN); Buíque, Fazenda Pititi,

80º37`30``, 37º709`15``W, 799, fr., K. Andrade et al. 357 (K). Rio Grande do Norte: BR-304, próximo

ao km 230, estrada Mossoró-Natal, 9/III/1979, fr. A. Fernandes et al. (EAC 5672).

23. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 190.

Cassia splendida Vogel, Gen. Cass. Syn. 17. 1837.

Nomes populares: erva-de-são-joão (CE).

Arbustos 2_5 m alt.; ramos eretos ou apoiantes; verde-escuros a cinéreos, glabros, a glabrescentes,

incluindo face externa das estípulas, brácteas e sépalas e raque da inflorescência. Estípulas 5_9×0,1

_0,5

mm, linear-oblanceoladas ou falcadas, membranáceas, verde-clara, caducas. Folhas 3,7_7,7 cm compr., 2

pares de folíolos, 3,5_12,5×1,8

_6 cm, oblongos, oblongo-elípticos, raro oval-oblongos, ápice arredondado

129

a obtuso, margem revoluta, papiráceos. Nectário 2_4 mm compr., no primeiro par de folíolos, cilíndrico-

clavados, estipitados. Racemo 5_11 cm compr., axilares com 2

_4 flores corimbiforme. Brácteas

2,6_4×1,1

_2 mm, membranáceas, lanceoladas, verde-clara, não petaloides, caducas. Flores 3

_7 cm compr.,

assimétricas, corola amarela; pedicelo 2,6-5,6 cm compr.; sépalas 0,8_2×0,4

_1,1 cm, oblongo-elípticas ou

ovais, ápice obtuso a acuminado e apiculado, papiráceas, verde-clara; pétalas 2,7_4,5×1,8

_3 cm, obovais a

oblongo-elípticas, ápice arredondado a emarginado na pétala posterior, base cuneada a assimétrica;

estames abaxiais 3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 6_8 mm compr., anteras

12,8_13,6 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 9

_14 mm compr., anteras 4

_5,3 mm compr. e bico 2

_4

mm compr., estames medianos 4, filetes 2,5_3,8 mm compr., anteras 5

_8 mm compr. e bico 0

_2 mm

compr., estaminódios 2_4 mm compr.; ovário 19

_44×1

_1,4 mm, velutino, estilete 4

_5 mm compr., estigma

punctiforme, óvulos 189-210, unisseriados. Frutos 17-22×05-0,7 cm, cilíndricos, retos a levemente

curvos, castanho-escuros, indeiscentes. Sementes 4_4,3×2,7

_3,3 mm, orbiculares, castanho escuras, lisas.

Os ramos apoiantes glabros a glabrescentes, as folhas com dois pares de folíolos

predominantemente oblongos, papiráceos e glaucentes na face abaxial e sempre com um nectário clavado

no primeiro par, associado aos frutos cilíndricos, identificam S. splendida dentre as congêneres estudadas.

Pode ser relacionada com S. rugosa por apresentar dois pares de folíolos, corola assimétrica e

frutos cilíndricos, no entanto, S. rugosa é um arbusto cespitoso com ramos curto-tomentosos, folíolos

com base conspicuamente assimétrica, e as folhas possuem nectários ovoides sempre entre os dois pares

de folíolos.

Irwin & Barneby (1982) reconheceram para S. splendida as variedades splendida e gloriosa, as

quais podem ser reconhecidas pela chave a seguir:

Chave para as variedades de S. splendida ocorrentes no estado de Goiás

1. Sépalas internas e externas discretamente distintas em tamanhos, sendo o ápice das externas

arredondado a obtuso ................................................................................................. 23.1. var. splendida

1. Sépalas internas e externas semelhantes em tamanho, sendo o ápice das externas acuminados ................

....................................................................................................................................... 23.2. var. gloriosa

23. 1. Senna splendida var. splendida

Figs. 184_189

Nativa da América do Sul (Brasil, Paraguai e Uruguai), e introduzida na África e Ásia (Irwin &

Barneby 1982). No Brasil ocorre na Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

Pernambuco, Piauí, São Paulo e Sergipe, crescendo desde as florestas litorâneas até interioranas,

incluindo florestas de galerias, no domínio na caatinga e cerrado entre 700-1300 m (Irwin & Barneby

1982; Queiroz 2009; Souza & Bortoluzzi 2013). Neste estudo, onde foi encontrada em subosque de

floresta ciliar e áreas brejosas próximas a estas.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia, GO-02 em direção para Bela Vista atravessando o rio

130

Meia Ponte, 17/V/1968, fl. fr., J. A. Rizzo & A. Barbosa 802 (ESA, UFG); a margem esquerda do rio

Paranaíba, 20 km de Itumbiara seguindo rio acima, 22/V/1973, fl., J. A. Rizzo & A. Barbosa 9035 (ESA,

UFG); ib., após atravessar o rio Javaé para Fazenda São Pedro a 20 km, conhecido também como Varjão,

11/VIII/1974, fr., J. A. Rizzo 9945 (UFG).

Material adicional examinado. Bahia: Morro do Chapéu, 20 km do trevo do Morro do Chapéu em direção

a Iracê, 11º29`29``S, 41º19`40``W, 945 m, 21/VII/2006, fl., J. Paula-Souza et al. 6227 (ESA). Mato

Grosso do Sul: Bonito, G. Hatschbach, M. Hatschbach & E. Barbosa 74712 (MBM); Bela Vista, córrego

Capei, 17/III/1985, G. Hatschbach & J. M. Silva 49181 (NY). São Paulo: estrada para Raposo Tavares

próximo a Itapetinga, 27/V/1978, fl., P. Occhioni 8553 (UFMT); Monte Mor. Haras Vanguarda, Rodovia

SP-101, km 32, 14/V/1998, fl., J. P. Souza 2231 (ESA); São Manuel, Fazenda Nossa Senhora da

Conceição, Rodovia SP-191, 9/VI/1996, fl., V. C. Souza & J. P. Souza 11443 (ESA); Taquarivaí, ca. 10

km de Itapeva, 27/V/1995, fl., P. H. Miyagi et al. 541 (ESA).

23.2. Senna splendida var. gloriosa H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 192. 1982.

Figs. 190_194

Táxon endêmico do Brasil, sendo citado para as regiões Nordeste (AL, BA, CE, PB, PE, RN) e

Sudeste (MG) por Irwin & Barneby (1982) e Souza e Bortoluzzi (2013) em cerrado s. lat., caatinga e

restinga, entre 450-1000.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Mambaí, 14º28`S, 46º10`W, 734 m, 30/V/2003, fl., R. C. Martins

et al. 311 (UB).

Material adicional examinado. Bahia: Seabra, 23/VI/2000, fl. fr., L. F. G. Paschoalleti 6 (CEN). Ceará:

Crateús, Serra das Almas, 7/VI/2002, fl., fr., M. S. Sobrinho 114 (EAC); Crato, Flona do Aripe, 930 m,

13/VIII/1999, fl., Lima-Verde et al. 1633 (EAC); ib., 26/V/1999, fl., Lima-Verde et al. 1459 (EAC); ib.,

26/V/199, fr., Lima-Verde et al. 1529 (EAC); São Gonçalo do Amarante, Estação Ecológica do Pecém,

033400S, 384900W, IV/1999, fl., H. Magalhães 43 (EAC); Tianguá, km-330, 26/VIII/2010, fl., fr.

Edilberto & Goreti (EAC 47388); Vila Mulungu, Sítio Jardim, Mata do Damásio, 800 m, 14/VII/2008, fl.

fr., J. R. Lima 687 (EAC).

24. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 258. 1982.

Cassia uniflora Mill. Gard. Dict. ed. 85. 1768.

Figs. 195-200

Nomes populares: babuja (CE), mata-pasto (Nordeste) e mata-pasto-cabeludo (PI).

Subarbustos 40_80 cm alt.; ramos verdes a castanhos, densa a esparsamente predomiantemente

ferrugíneos, velutino-avermelhados ou dourados principalmente nas porções jovens, face externa das

estípulas, sépalas e brácteas, pecíolo raque foliar e da inflorescência e ovário. Estípulas 9_13×0,5

_0,7 cm

131

compr., lineares, membranáceas, persistentes. Folhas 2_7,1 cm compr., folíolos 3 a 6 pares,

1,5_3,1×0,7

_1,4 cm compr., obovais a oblongo-elípticos, ápice obtuso e mucronulado, margem plana,

membranáceos. Nectários 2_4 mm compr., ausentes apenas no último par de folíolos, fusiformes,

estipitados. Racemos 0,9_3,4 mm compr., terminais e axilares, 1

_4 flores umbeliformes. Brácteas

3_4×0,4

_0,6 mm, lanceoladas, verde-claras, persistente. Flores 1,5

_2 cm compr., assimétricas, corola

amarela; pedicelo 1_2,1 cm compr., com nectário 2

_3 mm, fusiforme, estipitado e basal; sépalas

11_27×9

_18 mm, obovais, ápice arredondado; pétalas 5

_5,2×2,6

_3 cm, oblongo-obovais, ápice

arredondado, truncado a levemente emarginado na posterior, base assimétrica a cuneada; estames abaxiais

3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 1,2_1,9 mm compr., anteras 1,7

_2,1 mm compr.

e bico ausente, os latero-abaxiais com filetes 0,8_0,9 cm compr., anteras 1,2

_2,3 mm compr. e bico

ausente, estames medianos 4, filetes 1_1,3 cm compr., anteras 1,6

_1,7 cm compr. e bico ausente,

estaminódios 1_1,2 mm compr.; ovário 16

_18×1,3

_1,5 mm, estilete 2

_3 mm compr., estigma truncado,

estípite 2_3 mm compr., óvulos 8

_10, unisseriados. Legumes 2

_3×0,3

_0,5 cm, lineares subquadrangulares,

retos, lomentáceos, indeiscentes, estípete 4_4,5 mm compr. Sementes 3

_3,8×2,9

_3 cm, retangulares,

castanho-escuras, lisas.

Espécie Americana com ocorrência no México, América Central, incluindo Antilhas e na América

do Sul (Brasil, Equador e Venezuela) segundo Irwin & Barneby (1982) crescendo em ambientes úmidos

perturbados, associados ao cerrado s. lat. e a florestas estacionais, e também como invasora em áreas

agricultáveis e pastagens. No Brasil, conforme Souza & Bortoluzzi (2013) é encontrada em todas as

regiões com exceção da Região Sul, em ambientes semelhantes ao de sua distribuição original. Neste

estudo mostrou-se representada por poucas coleções crescendo em floresta estacional de encosta ou

margem de estrada sobre solos argilosos e calcários.

Espécie prontamente reconhecida pelo caule, ramos e frutos usualmente tomentosos a velutino-

avermelhados ou dourados, folhas com nectários fusiformes, anteras sem bico e frutos lomentáceos.

Encontrada com flores e frutos de março a outubro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: Alvorada do Norte, Rodovia BR-020, 20 km de Alvorada do Norte,

10/X/1976, fl. G. Hatschbach 39108 (MBM, NY); Guarani, Fazenda Forquilha, 13º48`12``S,

46º31`41``W, 5/III/2001, fl., M. L. Fonseca, M. A. da Silva & E. Cardoso 2409 (CEN).

Material adicional examinado. Ceará: General Sampaio, RPPN Francy Nunes, Fazenda Natália,

29/IV/2007, fl., M. F. Moro, M. O. T. Menezes & S. S. G. Sousa (EAC 43225); Limoeiro do Norte,

Chapada do Apodi, 22/VII/2005, fl. fr., A. V. Vieira 37726 (EAC). São Paulo: Campinas, 2/IV/1948, fr., J.

Santoro s/n (ESA 1319). Pernambuco: Rio Branco, sem data, fl. fr., Vasconcellos Sobrinhos 208 (IAN)

Piauí: São João do Piauí, Fazenda Experimental Guimarães Duque, 2/III/1994, fl. fr., M. S. B.

Nascimento & J. H. Carvalho 420 (EAC).

132

25. Senna velutina (Vogel) H.S.Irwin & Barneby Mem. New York Bot. Gard. 35: 232. 1982.

Cassia velutina Vogel, Gen. Cass. Syn. 24. 1837.

Figs. 201-205

Nomes populares: amendoim-de-são-joão (GO), fedegoso (TO), mata-pasto (MT).

Arbustos 0,8_5 m alt., ramos castanhos, curto-tomentosos a velutino-ferrugíneos ou cinéreos,

incluindo as folhas, face externa das estípulas, brácteas, sépalas, pétalas e ovário. Estípulas 1_3×0,2

_1,5

cm lanceoladas a irregularmente reniformes, ápice agudo ou caudado. Folhas 4,6_23 cm compr., folíolos

(2)3 a 5(6) pares, folíolos 2,3_10,2×1,4

_4,4 cm, oblongos, raro ovais a obovais, ápice arredondado a

obtuso conspicuamente mucronulado, margem revoluta, cartáceos. Nectários 2_3,5 mm compr., em todos

os pares de folíolos, cônicos a ovoides. Racemos 6,5_24 cm compr., axilares e terminais com mais de 6

flores. Brácteas 9_12×2-4 cm, lanceoladas, ápice agudo, membranáceas, caducas. Flores 4,5

_5,5 cm

compr., assimétricas, corola amarelo-escuro; pedicelo 2_4 cm compr. com nectários de 1,2

_2 mm

subulados basais; sépalas 9_18×6

_12 mm, ovais, elípticas ou orbiculares, ápice arredondado, amareladas;

pétalas 2,1_3,6×1,6

_2,1 cm, largamente obovais, ápice arredondado a emarginado ou levemente truncado

na posterior; estames abaxiais 3, com anteras anisomórficas, o centro-abaxial com filetes 5_8 mm compr.,

anteras 9_12 mm compr. e bico 0,4

_0,9 mm compr., os latero-abaxiais com filetes 7

_14 mm compr.,

anteras 12_15 mm compr., bico 0,7-1,2 mm compr., com tricomas estrigilosos lateralmente, estames

medianos 4, filetes 3,1_4 mm compr., anteras 6

_9,2 mm compr. e bico 0,9

_1 mm compr., estaminódios 5

_7

mm compr.; ovário 12_20×1,1

_1,6 mm, estilete 4,3

_5,1 mm compr., estigma punctiforme, estípite 2

_5 mm

compr., óvulos 46_48, unisseriados. Legumes 8

_20×0,3

_0,5 cm, lineares-subquadrangulares, costados,

curvos, marrons ferruginosos, estípete 2_5 mm compr. Sementes 3

_5×2

_5 mm, oblongoides a romboides,

castanho-claro a escuro, faveoladas.

Espécie com distribuição na América do Sul (Brasil, Bolívia, Guiana, Paraguai e Venezuela),

conforme Irwin & Barneby (1982), associada a vegetações savânicas. No Brasil, ocorre em pelo menos

um Estado de todas as regiões com exceção da Região Sul (Irwin & Barneby 1982; Souza & Bortoluzzi

2013). Neste estudo foi encontrada em áreas abertas no cerrado s. str. e, em pastagens, ou ainda próximo a

beiras de estradas entre 200-1050 metros.

Relaciona-se morfologicamente a Senna corifolia conforme discutido nos comentários desta

última, e é reconhecida principalmente pelas partes vegetativas curto-tomentosas a velutino-ferrugíneas

ou cinéreas, flores com pétalas externamente ferrugíneas e folíolos papiráceos, de ápices conspicuamente

mucronados. Floresce de janeiro a julho e frutifica de março a novembro.

Material examinado. BRASIL. Goiás: 10 km ao Sul de Guará, ca. 550 m, 18/III/1968, fl., H.S. Irwin et al.

21333 (MO, NY, UB), Aragarças, ca. de 70 km a Sudeste, rodovia para Piranhas, 700 m, 23/VI/1966, fr.,

H.S. Irwin et al 17634 (MO, NY, UB); Barro Alto, Fazenda Buritizinho, 14º44`S, 49º03W, 6/VII/1992, fl.

fr., B. M. T. Walter et al. 1711 (CEN, NY); Caiapônia, 99 km ao Leste, 4/II/1959, fl., H.S. Irwin 2578 (NY,

133

SP); ib., estrada para Doverlândia, Fazenda Maracanã, 13/XI/1993, fr., C. Proença 1014 (UB); Caldas

Novas, Serra de Caldas Novas, 26/II/1976, fl., E. P. Heringer 13095 (MO, UB); ib., Pousada Rio Quente,

29/I/1978, fl., A. Krapovickas, C. L. Cristóbal & M. M. Arbo 33298 (NY); ib., Jardim Atlântica, Chácara

do Zuza, 14°04`S, 48°04`W, 6/IV/1988, fl., L. A. Skorupa & J. N. Silveira 312 (CEN, HUEFS, NY); ib.,

580 m, 27/IV/1993, fl., S. P. Cordovil et al. 0284 (CEN, NY); ib., Parque Estadual de Serra de Caldas

Novas, 21/III/2008, fl., J. O. V. Iglesias et al. 15 (ESA); Campinorte, 28/IV/2009, fl., D. Cardoso etl al.

2616 (HUEFS); Cavalcante, estrada para o Prata (Kalungas), 13º16`23.5``S, 47º39`40.7``W, 425 m,

14/IV/2004, fl., R. C. Mendoça et al. 5538 (EAC, UB); Mineiros, Parque Nacional das Emas, 17º49`-

18º28`S e 52º39`-53º10`W, 1/IV/1999, fl. fr., M. A. Batalha 3329 (ESA); ib., 6/IV/1999, fl. fr., M. A.

Batalha 3218 (ESA); Colinas do Sul, Rodovia Colinas do Sul à Serra da Mesa km 3-5, 19/II/2000, fl., G.

Hatschbach, A. Schinini & E. Barbosa 70390 (MBM); ib., estrada de Colinas do Sul para Minaçu, 484 m,

17/IV/2004, fl., R. C. Mendonça et al. 5598 (EAC); Corumbá de Goiás, 76 km ao Norte estrada para

Niquelândia, 700 m, 25/I/1968, est. H.S. Irwin 19194 (UB, NY); Cristalina, rodovia Belo Horizonte-

Brasília, km 565, 16/I/1965, fl., W. Handro 98 (SP); ib., margem esquerda do rio Arrependido,

16º13`14``S, 47º20`42``S, 850 m, 6/III/2002, fl., G. Pereira-Silva et al. 6044 (CEN); Formoso, Formoso

para Campinaçu, Alto da Serra Grande, 14/I/1972, fl., J. A. Rizzo 7443 (ESA, UFG); ib., Alto da Serra

Grande, 10/II/1972, fl., J. A. Rizzo 7636 (ESA, UFG); ib., 18/III/1972, fl., J. A. Rizzo et al. 7885 (ESA,

UFG); Formosa, estrada para Cachoeira do Itiquira, 13/V/1989, fr., B. A. S. Pereira 1371 (NY); ib.,

córrego Extrema ca. 42 km Nordeste de Formosa, 800 m, 20/IV/1996, fl, H.S. Irwin et al. 15134 (NY,

UB); ib., cerca de 38 km a Nordeste de Formosa, 800 m, 21/IV/1996, fr., H.S. Irwin et al. 15182 (MO,

NY, UB); ib., ca. 34 km ao Norte de Formosa na estrada para Flores de Goiás, 15° 14`27``S, 47°

28`10``W, 15/IV/2005, fr., L. P. de Queiroz et. al. 10297 (HUEFS); Goianésia, estrada de chão para a Vila

Propício, 18 km de Goinésia, 15º23`07``S, 48º57`58``W, 5/VI/1995, fr., M. L Fonseca et al. 275 (NY);

Goiânia, a margem direita da Rodovia Goiânia/São Paulo, Jardim Goiás, 14/IV/1968, fl., J. A. Rizzo & A.

Barbosa 395 (ESA, UFG); Ipameri, estrada de acesso a Fazenda das Pedras, 17°44`24``S, 48°29`07``W,

954 m, 11/IV/1996, fl., T. B. Cavalcanti 1937 (CEN, HUEFS, NY); Itajá, fragmento de floresta próximo à

saída da cidade em direção a Aporé, 22/III/2013, fl., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 872 (UFG); Jaraguá,

BR-153 Brasília-Belém imediações, 21/VIII/1978, fr., A. C. Allem & G. Vieira 2078 (CEN); ib., Serra do

Jaraguá, 14/IV/1984, fl., J. A. Rizzo 10410 (ESA, UFG); ib., 1 km a Oeste de Jaraguá, 18/VII/1984, fr., S.

A. Mori, J. Mitchell & L. A. M. Silva 16852 (NY); Jataí, RPPN Pousada das Araras, 18º26`22``S,

51º59`43``W, 620 m, III/2005, fl., L. F. Souza 2170 (HJ); Luziânia, ib., 20/III/1980, fl., E. P. Heringer

17770 (NY); 4/III/1981, fl. fr, E. P. Heringer 18122 (MO; NY); ib., BR-040, 12 km ao Sul, ca. 1000 m,

1/II/1990, fl., M. M. Arbo et al. 3351 (NY); Monte Alegre de Goiás, ca. 600 m, 11/III/1973, fl., W. R.

Anderson 6825 (MO, NY, UB); Montes Claros de Goiás, Fazenda Vereda. 15/V/2010. 15º54`04``S,

51º33`26``W, fr., M.R.V. Zanatta et al. 448 (UB); Mozarlândia, 18/VII/1977, fl., C. Pereira 330 (NY);

134

Niquelândia, entre Brasília e Niquelândia, 10/V/1963, fl., J. M. Pires, N. T. silva & R. Souza 9713 (NY);

ib., ca. de 15 km da CODEMIN, 14º13`25``S, 48º20`10``W, 27/II/1996, fl., M. L. Fonseca & B. S. Barros

756 (UFMT, NY); ib., ca. de 8 km ao Sul de Niquelândia, 750 m, 23/I/1972, est., H.S. Irwin et al. 34851

(NY, UB); ib., estrada vicinal GO-237, Niquelândia/Colinas do Sul, 14°09`S, 48°14`W, 420 m,

13/IV/1992, fr., B. M. T. Walter et. al. 1239 (CEN; HUEFS, NY); Niquelândia, 41 km de Colina de Goiás,

14º11`48```S, 40º06`07``W, 440 m, 6/VI/1998, fl., M. A. da Silva et al. 3777 (IBGE, NY); Nova Roma,

Fazenda Sitio Novo, saída em direção a balsa do rio Paranã ca. 1 km da cidade, 13º43`48``S,

46º51`52``W, 610 m, 1/III/2000, M. A. da Silva et al. 4313 (NY); Santo Antônio do Descoberto,

26/II/1980, fl., E. P. Heringer et al. 3491 (MO, NY); Quirinópolis, cerrado próximo a uma escolano km

173, em direção a Caçu, 22/III/2013, fl., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 874; ib., 875 (UFG); São Luíz

dos Montes Belos, entre São Luís dos Montes Belos e Rio Verde, 5/IV/1958, fl. fr., Andrade-Lima 3015

(IPA); Teresina de Goiás, estrada para Ourominas, 13º28`01``S, 47º08`45.0``W, 442 m, 15/IV/2004, fl.,

M. L. Fonseca et al. 5132 (EAC, UB); Uruaçu, 23/III/1976, fl., G. Hatschbach 38271 (NY); Vale do Rio

São Marcos, 12/I/1967, fl., A. P. Duarte 10159 (NY).

Material adicional examinado: BRASIL. Bahia: Ribeirão, estrada que liga Barreiras a Formosa do Rio

Preto, 21/XII/1980, fl., F. Chagas & silva 346 (NY); Distrito Federal: Brasília, fundos do palácio Buriti,

28/XII/1973, fl., E. P. Heringer 13051 (UB). Mato Grosso: Alto Paraguaí, 11 km de Alto Paraguaí,

4º33`S, 56º35``W, 20/V/1997, fr., V. C. Souza et al. 16719 (ESA); Barra do Garça, Vale do sonhos, ca.

15º40`S, 52º20`W, 26/VII/1972, est., J. A. Ratter, S. G. da Fonscêca & R. A. de Castro 2269 (UB); ib., ca.

35 km, 500 m, 4/V/1978, fr., W. R. Anderson 9703 (UB); Bauxi, Serra das Araras Vale da Camarinha sul

de Bauxi, 15º07`S, 56º44`W, 20/III/1996, fl., B. Dubs 2130 (UFMT); Cáceres, Chapada dos Guimarães

entrada do rio Manso, 10/III/1982, fl., A. D. de Queiroz 06 (UFMT); ib., Rodovia Cáceres-Caramujo BR-

174 km 15, 16º55`S, 57º47`W, 26/VIII/1984, fr. L. Coralin et al., 18725 (CEN); ib., 26/VIII/1984, fr., L.

Coradin et al. 6937 (CEN); Canarana, 13º58`12``S, 52º20`96``W, 318 m, fl., M. R. V. Zanatta & J. B.

Fernandes 234 (UB); Cuiabá, Chapada dos Guimarães, entrada da Rodovia rio Manso, 7/III/1982, fl., I. V.

dos Santos 05 (UFMT); ib., UHE Manso, VIII/1998, fr., S. Rodrigues 16 (UFMT); Entrada do rio

Mimoso, 7/III/1982, fl., D. de F. Batistista 08 (UFMT); ib., Vila Boa Esperança, 15/III/1979, fr., D. M. M.

Oliveira 02 (UFMT); ib., Comunidade Córrego do Médico, APA Arica-Açu, 8/V/2001, fl. fr., E. R.

Wobeto 81 (UFMT); Residencial Paiaguás, próximo ao DETRN, 6/V/2007, fl., A. L. Montes 02 (UFMT);

ib., Chapada dos Guimarães, 7/III/1982, fl., I. F. dos Santos 5 (UFMT); ib., C.P.A.I., 22/II/1982, fr., M. F.

Leão 02 (UFMT); km 14 Cuiába para Chapada, 15/II/1985, fl., A. T. Oliveira Filho 274 (UFMT); Nova

Xavantina; ca. 210 km de Nova Xavantina, 500 m, 28/V/1966, fr., H.S. Irwin et al. 16160; ib., 6 km ao

Sul de Nova Xavantina, 21/IX/1967, G. Arent et al. 6487 (UB); ib., ca. de 2 km a Oeste de Nova

Xavantina, 14º44`S, 52º20`W, 27/VII/1967, fr., J. A. Ratter & R. A. Cestro 177 (UB); ib.,14º38`S,

52º14`W, 14/VII/1968, fr., P. W. Richards 6422 (UB); ib., ca. de 10 km ao Sul de Nova Xavantina,

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14º44`S, 52º20`W, fl., J. A. Ratter et al. 4079 (UB); ib., ca. de 2 km Noroeste de Nova Xavantina, 400 m,

7/VII/1996, fl., H.S. Irwin et al. 16710 (UB); Poconé, Poconé para Porto Cercado, 16º19´S, 56º31`W, 110

m, 15/IV/1993, fl., M Schessl; ib., Rodovia Transpantneira, próximo ao Clube do Jofre, 9/V/1993, fl., A.

L. do Prado 5679 (UFMT); Rosário do Oeste, 3/IV/1980, fl., A. L. do Prado 65 (UFMT); Santo Antônio

do Laverger, Fazenda Experimental da UFMT, 15º46`S, 56º05`W, 4/VI/1996, fr., H. B. N. Borges (UFMT

23850); São José do Rio Claro, Fazenda Arinos, 13º51`S, 56º29`W, 14/VI/1997, fr., V.C.Souza 17976

(ESA); Sinop, estrada da BR-163, 12º11`85``S, 55º32`83``W, 19/VII/1997, fr. A. G. Nave et al. 1643

(ESA); Thapurah, estrada do Capixaba, cerca de 20 km N.E. de Tapurah, 12º37`S, 56º22ºS, 12/VI/1997,

fr. V.C.Souza 17870 (ESA, UB); Várzea Grande, 28/III/1982, fl., Z. L Ferraz 07 (UFMT); sem loc., Serra

Azul, 20/IV/1991, fl., Cris & Nanda 06 (UFG); ib., 22/IV/1991, fl., Cris & Nanda 18 (UFG). Mato

Grosso do Sul: Campo Grande, 2/II/1983, fl., A. Fernandes (EAC 11762); Campo Grande, cerrado na

saída em direção a Cuiabá, 21/III/2013, fl., J. P. Santos & L. L. C. Antunes 868 (UFG); Corumbá, Serra

do Amolar, Fazenda Mndioré, 1/IV/2003, fl. fr., M. C.V. Santos, E. C. Arruda & L. Rebellato 215

(UFMT); Três Lagoas, 20º55`S, 52º08`W, 16/VII/1993, fl., A. D. Caliente et al 931 (UB); Ribas do Rio

Pardo, km 154 da BR262, Fazenda Olho D´água, 6/XI/1996., est., E. L. Jacques et al 722-A (UB);

Ribeirão Cascalheira, 8 km da base de expedição, 12º54S`, 51º52``W, fl., J. A. Ratter & J. Bertolda 893

(UB). Rio de Janeiro: Sernambetiba, 20/III/1972, fl., P. Occhioni 4811 (UFMT); São Félix do Araguaia,

estrada entre a Vila de Pontinópolis e a Serra dos Magalhães, 11º33`39``S, 51º13`00``W, 21/III/1997, fl.

V. C. Souza et al., 14729 (ESA). Tocantins: Araguacema, rio Caiapó, 9º09`27``S, 49º39`38``W, 199 m,

21/III/2010, fl., M. L. Fonsceca et al. 6364 (UB); Conceição do Tocantins, rio Palmas, 12º17`18``S,

47º14`07``W, 379 m, 30/VI/2009, fr., F. C. A. Oliveira et al. 1437 (ESA); Cristalândia, Fazenda São

Sebastião, 10º33`58``S, 49º34`40``W, 184 m, 19/III/2010, fl., F. C. A. Oliveira et al. 1691 (UB);

Dianópolis, Povoado d eBoa Sorte, 1000 m, 25/IV/2007, fl., G. D. Vilela et al. 40 (UFG); Lagoa da

Confusão, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia, 19/III/1999, fl., M. A. da Silva et al. (EAC

28619); ib., 10º27`48``S, 50º28`52``W, 190 m, 19/III/1999, fl., M. A. da Silva et al. 3984 (NY, UFMT);

Palmas, Serra do Lagedo, 10º15`13``S, 48º5`45``W, 17/III/1994, fl., F. Bucci et al. 143 (UB); ib., Serra do

Lajedo, Altos do Cor. Ubim e Cedro, 26/V/1995, fr., A. E. Ramos & G. V. Barros 835 (UB); ib., Fazenda

Três Irmãos, 2/IV/1998, fl., R. S. Oliveira & J. A. N. Batista 309 (UB); ib., 12º47`42``S, 48º11`58``W,

280 m, 23/III/2007, fl., G. Pereira-Silva & G. A. Moreira 11478 (CEN); Paranã, estradada São Salvador

canteiro de obras, ca. de 18 km da cidade, 12º47`20``S, 48º 14`20``S, 280 m, III/VII/2002, fr., G. P. da

Silva et al. 6488 (CEN); Porto Nacional para Ponte Alta do Norte, 20 km de Ponte Alta do Norte, fl., J. A.

Rizzo 9657 (ESA); Santa Izabel, Ilha do Bananal, Parque Nacional do Araguaia, 26/VI/1979, fr., P. C da

Silva & D. Grifford 412 (UB); Santa Maria do Tocantins, 8º44`40``S, 48º05`28``W, 191 m, 29/III/2010,

fl., M. L. Fonseca et al. 6512 (ESA).

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Agradecimentos

A CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão da

bolsa de estudo ao primeiro autor, através do projeto “Padrões de diversidade de leguminosas nos Biomas

brasileiros: ligando taxonomia e moléculas para o entendimento da evolução da biota do Brasil”

coordenado pelo professor Luciano Paganucci de Queiroz da Universidade Estadual de Feira de Santana,

Bahia”, ao Cristiano Gualberto pela confecção das ilustrações e aos curadores dos herbários listados pela

agradável recepção e empréstimo de suas coleções para complementação deste estudo.

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