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S. JORGE - GENERAL DO POVO CARNAVAL PROIBIDO

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NESTE NÚMERO

S. JORGE - GENERAL DO POVOO santo guerreiro nas macumbas

CARNAVAL PROIBIDOA Aleluia no Club dos Gran-gestes

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SumárioREPORTAGENS EXCLUSIVAS

Quebra-quebra em Uberaba 4

0 Jurinho absolve (Por A. Marcanti 5/7

São Jorge, General do Povo (Por Solano

Trindade) 11/15Revelações do Continente Negro (Por Mar-

cos Carneiro de Mendonça) 16/17Carnaval Proibido (Por Humberto Alencar) .. 27/31Moda — inferno dos maridos (Por Milton

i Tierry) 32/34Estrondosa recepção aos campeões (Por Levy

Kleiman) 56/57

LITERATURA

Fé em Deus (Por Renato de Alencar)I 0 Pequeno Conto (Por Geo William)

', Semana Literária (Por Edmundo Lys) Aquilo que o vento não levou... (Conto de

Lourdes Judice)Noção do Tempo (Conto de Elizabeth Taylor)

SEÇÕES PERMANENTES

A Semana em RevistaA Personagem da Semana (Zezé Moreira) ..À Luz da Psicanálise (Pelo Dr. Luiz Fraga) ..Puxe pelo cérebro

{Passatempo (Por Renato Cartaxo)

| Correio da Revista

j A Revista há 50 anosTudo isto aconteceuA pergunta da semana (Por Sinimbu)

CERTAME FOTOGRÁFICO (Regulamento) ...

VARIEDADES

Um mistério a decifrar (Por Everard Young)

FOLHETINS

Aventuras do Capitão RobEspinhos do Amor „

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ROMANCE

A Insatisfeita (Por Irene Temple Bailey)

I

! Mo<felos (Por Ramon)inversa feminina ...i Figurinos ..

*ande gesto (Por Ieolete)«fc-Endna Cozinha ....

CBttH* (Por Leon Eliachar)CABICATÜHA

Barba:Êste

s de molho (Por Théo) mUndo e o outro (Por Darcy) .

NA CAPA:

Rita Hayworth(Foto Columbia)

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22/23

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MACÁRIO

era um pobre sertanejo, cujo sonho final de sua vida, desde a carta do A-B-C, lá nopovoado de Cumbuca, era o de vir morar no Rio. Quando ia ao cinema da cidade e via as be-

lezas sem igual da Guanabara, mais acesa ficava sua idéia, e dizia aos seus pais preocupados, queviver naquelas brenhas era trocar a vida pela morte. Os pais de Macário o consolavam: "Meu filho,o mundo é grande e Deus sabe o que faz. Esta terrinha já nos vem ae longe. Quando "deixarmos estavida é a você que cabe prosseguir nos trabalhos que recebemos dos outros da família. Para que sairdaqui? Quem não quer sofrer pouco, sofre muito. E a terra, meu filho, é o único patrão digno do homem.Mas o Macário era mesmo de cabeça dura. E, um dia, já pai de família, tomou a bênção de seuspais à luz vacilante da alvorada, e se botou a caminho do sul, arrastando consigo a mulher e a filha:rada de olhos assustados e consciência distante de sua compreensão. • .

"Fé em Deus, meu filho!" — Foram estas as palavras dos velhinhos, estátuas a chorar o filho e osnetos, numa aventura sem par na sua história. Não podiam compreender como se deixa o torrão quenos pertence, do qual se é dono e nele se pode mandar, para pedir arrirno em terra estranha, levandocomo base de conquista, economias que serão tragadas nos primeiros imprevistos. Macário não chorou.A emoção fechcu-lhe a veia do coração. Entalou. Cerrou os lábios como quem sofre a maior dor destemundo, a dor moral do filho que vê os pais a soluçar e não pode mudar-lhes o pranto em risos. Masera o seu sonho. O sonho de sua. infância, de sua juventude, de seu adultecer.

E veio bater no Rio. Seu dinheiro se foi. A mulher adoeceu. Os filhos choravam e perguntavam porvovô e por vovó. Uma família desgarrada em busca de ilusões, de miragens que o deserto da vida lhedesenhava com um pincel da imaginação febril. O Rio com todo o seu esplendor, já não parecia a Ma-cario a terra sedutora com que sonhava. Tudo lhe resultará adverso. Por misericórdia se refugiou emcasa de um amigo que o destino improvisara. Mas sendo gente pobre, era impossível a solução poresse lado. E no cérebro de Macário começou a avultar a idéia do suicídio. Voltar, nunca! Quando aesposa percebeu os seus intentos, pediu ao hospedeiro que a socorresse. Um telegrama urgente foi expe-dido à família do angustiado. E chegaram recursos para a sua volta. Macário tivera um sonho. Seupai lhe implorava humildemente: "Filho, eu estou para deixar o mundo. Volta e toma conta de nossasterrinhas e protege tua velha mãe". Macário meditou. Consultou a mulher. E decidiram regressar aositiozinho. Iriam por mar. O Ministério do Trabalho forneceu-lhe passagens até Salvador. Macário, olhan-do da proa do navio a majestade da imensa Guanabara, relembrava as palavras de seu pai: "Filho, „•terra é o único patrão digno do homem". E êle chorou, pela primeira vez.

RENATO DE ALENCAR

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QUEBRA-QUEBRA EM UBERABAGREVE ES E D I Ç Ã 0

I / MA quinzena atrás, as duas principais cidades do Triôn-I Ã gul° Mineiro — Uberaba e Uberlândia — viveram mo-*-^V mentos de agitação motivados pela greve dos motoristas,

que se insurgiram contra a criação de novos impostos que viriamaumentar o custo dos gêneros de primeira necessidade.

0 movimento leve inicio em Uberlândia, quando os motoristaslocais, em atitude pacífica, protestaram contra os postos fiscaisestabelecidos na entrada da cidade e contra os dispositivos dalei 760, que regula a Taxa Rodoviária do Estado. Também re-voltados, com os novos impostos decretados pelo governo mi-neiro, o comércio local aderiu à greve dos profissionais do vo-lante, não abrindo suas portas, o que paralisou completamente avida urbana.

Vinte e quatro horas depois, um calamitoso quebra-quebraocorreu em Uberaba pelos mesmos motivos que? originaram agreve dos motoristas e do comércio de Uberlândia. Encontran-

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PREJUÍZOS:120 Ml LHÕES

do-sc a cidade completamente desguarnecida, ja que ajmlocal fôra enviada à Uberlândia a fim de assegurar a j"»»da ordem, populares devastaram por completo a seaeae^as instalações da Delegacia Secional do Imposto defenm.Agências do lAPTEC e IAPC, da Superintendência dosjmFiscais do Estado e da Segunda Coletoria Estadual, aúimmque só os prejuízos sofridos pela União sobem ,a ""^de cruzeiros. .. , 7 '

Apôs serenados os ânimos, quando as duas ciaaatsvUnas voltaram à vida normal, procuraram-se as causas mprovocado o movimento. Entretanto, após acirrados aewAssembléia Legislativa Estadual, chegou-se a concluT^as ocorrências não foram provocadas apenas pelos cmwwmunistas da região mas não se poderia negar a Par"j'™s"vermelhos nos acontecimentos de Uberlândia e Uberaoa.*

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TVi, nôslo de abasfccimcnlc». à hora da liõia, ainda não se linha idéia de queos acontecimentos degenerassem em cenas de tumulto.

A adesão dos motoristas foi total <> a fila de veículos es**?tlmtint». ;?Jnão tardou em atingir dois quilômetros ae c«

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10 DEDO DA LEIA acusarão durou quarenta mi-mitos e foi feita pelo promotor pú-blico Lúcio Marques de Souza.

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O IUIZ-PRESIDENTE — A lei que vigia. O ACUSADO — Adão e o crime da maçã. O ADVOGADO — A lei também defende.

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AGUARDAVA-SE com ansiedade a sessão do primeiro júri popu-

lar que se reuniria para julgamento de um crime praticadocontra a economia popular, sendo réu o feirante Atalíbio Ferro,que vendeu o quilo de maçãs a 14 cruzeiros, sendo de CR$ 12,50o preço da tabela.

O leitor estará lembrado dos debates suscitados pela mensagemdo Governo ao Congresso Nacional, na qual podia a criação de júrispopulares para julgamento de crimes dessa natureza. Juristas sus-tentavam, de um lado, a constituicionalidade do projeto enviado peloGoverno; do outro, juristas sustenatvam o oposto: o projeto era ab-solutamente inconstitucional. Havia ainda a opinião pública e aimprensa, entendendo ao mesmo tempo que o Jurinho (como foi'logo apelidado) seria completamente inútil, além de moroso e dis-pendioso ou que nele estaria a salvação do povo escorchado pelaganância dos negociantes.

ESTREIA DO JÚRI POPULAR

CRIME : MAÇAS A CR$

RÉU : O FEIRANTE ATALÍBIO

811

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Fotos de ALBERTO FERREIRA

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JUIZ — Justiça se fêz.

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PROMOTOR — Perdi meu latim.¦¦.

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JURADO — Cumpri meu dever. RÉU — Maçã é pecado de Eva.

|j A? .opiniões•se dividiam, tanto em matéria legal como em matériafato. Mas o Jurinho veio, como queria o Governo. E no estreitoAA-a da 5* ^ara Criminal instalou-se, pela primeira vez, sob apresidência do titular da Vara, Dr. Décio Pio Borges, no dia 18de abril último.

dên^Sém°S qUe a sala é estreita> Pois destina-se ao serviço de au-curi°laS comu?s- Nesse dia estava repleta de autoridades jornalistas,deüo'SOS de tôdas as classes sociais. Ali se veria o Jurinho em ação,semIS ^Ue as formalidades da sessão de julgamento se cumpris-cm e a decisão fôSse anunciada.do rpíT.f1?1 as formalidades, como no júri criminal comum: leituraPelo 1 t acusaSao pelo promotor (Dr. Lúcio de Souza), defesados i,

17ono da causa (Dr. H. Castelo Branco), reunião secretaAlves í-8- (cidadaos Valdir de Souza, Lauro Sales Silva, Joãodecisã li[e;ra' Silvio Cardoso Becker, Flávio Nunes) e, finalmente,

A np' -FéU f0i absolvido P°r 3 votos contra 2.0 most

aÇà° foÍ branda» a defesa convincente. Os jurados — bemdelito im

°f resultado — não se convenceram da materialidade doimputado ao réu. O desapontamento assim com que muitos

"Sm

receberam a decisão, quando esperavam que o próprio povo punisse |sem contemplação os seus exploradores (e Atalibio era acusado défser um) não tem caráter irrevogável. Resta ver, nas futuras seáfsoes do Jurinho, o comportamento dos jurados diante de crimes cujà|contestação não seja possível.

O que não se discute é que a maioria dos presentes ao julga-mento recebeu com satisfação o resultado proclamado pelo JuizDécio Borges, que absolvia o acusado. Uma atmosfera sentimentalhavia se condensado a favor de Atalibio e só é para admirar que*dois jurados (os de voto condenatório) não se deixassem influenciar:por ela.

O primeiro julgamento do Jurinho, pela razão que fica apontada,;não chegou a constituir argumento definitivo a favor ou contra¦&Atalibio está na rua porque não foi reconhecido pelo. tribunal popu-lar de delito de que era acusado. Os novos Atalibios que compare-cerem à barra do tribunal é que darão testemunho da prestabilidadeda nova e custosa máquina de justiça introduzida em nossas práti-ças judiciárias.

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m-m, - •¦?:.;?¦ mm8

Ô pequeno conto

§ A CESTA liSENHOR FILLINGER

AKS,emana

E Por GEO WILLIAM

RA o sr. Josef Fillinéerum desses tipos comuns

If de "travei", de empregado publi-|vco que tem horário para todas

as manifestações da existênciaapagada e cinzenta. Hora cer-ia para levantar, para se bar-bear, vestir, dobrar a primeiraesquina, tomar o mesmíssimoônibus e entrar no grande es-

: critério onde sumia entre astprateleiras de documentos e es-crivaninhas. Depois, ao termi-nar o trabalho de mais um dia,refazia o mesmo percurso e che-gava à sua residência onde a

azedíssima consorte, a truculen-ta Marta, iniciava as reprimen-das, externava as queixas, ames- M"»«

quinhava-o, tudo isso como condimento às batatas, ao repolho,vâ sopa ou ao pão preto.

Fillinger não abria boca. Mastigava em silêncio, cabeça baixaffç e esperava que a sua Xantipe terminasse a leitura do jornal'fyda

noite para usufruir a única hora de calma em sua vida, eM isto depois de ter lavado e enxugado a louça e ouvir o ressonar§ a do "doce metade".

0 macumbeiroERA

um preto velho, já com seus setentae tantos janeiros. Descendia de africano

vindo no porão das galeras de velas pandaspor ês&es mares além até às costas do Bra-sil. Filho de escravos jogados às pedras doValongo, o grande sacerdote do culto de Ogunera tido na Gávea como um verdadeiro entesuperior. Tinha muitas "filhas", às quais aben-coava e dava conselhos. Mas, um dia, nãoquerendo obedecer aos avisos e às advertên-cias de seus orixás, o preto velho casou-se.Fci sua desgraça. A mulher o abandonou comfilhos menores, e êle, a partir desse dia e damorte da caçula, começou a sentir-se desgos-toso, fora do mundo, indiferente a tudo. Eraa decadência do terreiro, dantes tão vivo, tãoprestiqiado e cheio de gente que vinha pedira bênção, conselhcs e instruções para ostrabalhos". Mcrreu o grande santo da Gávea. Dizem que seus freqüentadores nãose encontravam, apenas, nas classes modestas, em gente dos morros e das fa-velas. Paia lá afluiam personagens das mais altas esferas do Rio e até de fora,Até diplomatas brasileiros e estrangeiros visitavam o negro macumbeiro. Al-guns, a titule de curiosidade, para colher dados para impressões; mas, em geral,cs seus admiradores acreditavam nos sortilégios do velho recebedor de espíritosde luz. E' infinita a credulidade humana. Em pleno século XX, com rádio, tele-visão, aviões a jato, a ciência desvendando os mistérios mais recônditos doscéus e da natureza infinitesimal, haver cultos africanos no Rio, com todo o seuritual, suas rezas e devoções! E com gente boa a nutrir a crendice.

cM$^

Chove no Ceará

A partir daquele ^Mdè:COiitêço^ semana, Fillinger foi yifrA?to todo* os dias, mMgçrmente, sair de casa sospesando uma

sa de vimespbaítãnte ampla, uma dessas bolsas que as mu-feres usamJpàra J^cdmpras no mercado. Os vizinhos não es-

ifitanharam pois que julgamm-no incumbido, pela esposa, aséraqyisições. Até riram e disseram: "O Fillinger arranjou mais

I uma tarefa..." Realmente a tarefa de Fillinger era grande eite/e, sempre silencioso, calmo, metódico como um pedulo, ia%e vinha com a bolsa de vimes.| As vizinhas, desde há dias que não mais eram incomodadas

pela irritante senhora Marta e davam graças a Deus não vê-laft'.-'pelas escadas, antes e depois das compras. Souberam, por teremm perguntado ao Fillinger, que a "esposa estava ligeiramente in-Èv}disposta''. Sendo que ninguém morria de amores para com ela,

ninguém também se deu o trabalho de ir saber pessoalmentese estava passando melhor.

Continuou o Josef Fillinger o seu vai-e-vem diário, sem inco-modar ninguém, cozendo-se as paredes para dar espaço aos mo-radores do prédio, humilde, maneiroso, tímido.

• "Na sexta-feira a cesta estava regorgitando de conteúdo quan-

do abandonou a sua residência. No mínimo levava as roupassujas à lavanderia. Quando desceu os últimos degraus da es-cadinha da entrada, escorregou e caiu fio comprido na calçada.A certa abriu-se e dela rolou a cabeça da senhora Marta, jáesvedeada, olhos esbugalhados, enormes, horridos e boca re-torcida! .

* Era a última peça que me faltava fazer desaparecer —

confessou Fillinger na Polícia. — Não sei o que foi.. . Sentiuma fraqueza nas pernas e caí. .. Não fôsse isso, jamais teri-am descoberto o meu crime... Matei-a e esquartejei-a com fa-cilidade até. Foi divertido de começo. .. Tinha a impressão deestar secionando uma vaca! A cabeça porém traíu-me e eusabia que Marta não. deixaria de me perseguir, mesmo depoisde morta! (IPA),

NOTICIAM os Jornais que, mais um cami-

nhãs cheio de retirantes, perdendo adireção, despenhou-se num barranco resul-tando do desastre vários mortos, dentre eles,algumas crianças. Até bem pouco tempo sócorria de suas terras, assoladas pelas secas,os cearenses, os riograndenses do norte, osparaibanos, os pernambucanos. Da Bahia parao sul, a corrente migratória não era muito sen-sível. e no Espírito Santo estancava a demo>

> grafia dinâmica. Mas, por mais estranho quepareça, tanto a Bahia, como o Espírito Santoe até o .próprio Estado do Rio, estão mandan-do gente às centenas, para o Rio e S. Paulo.Não é apenas a seca o motivo de tais êxodos.Há um desequilíbrio tremendo entre o traba-lho e o seu aproveitamento útil na realizaçãodc dinheiro. O sertanejo não emigra porquenão chove; êle está desassossegado. intranqüilo. desgostoso. com o sentido nosul do país. Telegramas publicados na imprensa carioca nos dão a agradávelnotícia de que está chovendo abundantemente no Ceará. Os rios da região nor-te daquele Estado já transbordam. O Acaraú impa de cheio de água. enquamoo Aracati-Açu ameaça paralisar os serviços do grande reservatório que o D«u

(Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) está construindo em ceno

trecho ds seu leito. Por sua ves o grande açude "General Sampaio e»ta «?

mando água de forma assustadora subindo ameaçadoramente o nível de ságuas. Mas o sertanejo do Ceará não cessa de fugir de seu torrão natal. «"

parentes,'deixa criações, deixa lavoura, deixa suas terras e vem em

^ I 4mf[ ' 1 Wj.

NOTICIARAM os jornais do Rio, que, na

Argentina, a partir do dia primeiro deabril (não era pilhéria) não mais seriam exi-bides em todo o território daquela República,os filmes curtos a que chamamos de "jornais

cinematográficos", excetuados os que proce-dem de países nos quais são exibidos os no-ticiários argentinos. Essa deliberação foi to-fnada pele sub-secretário das Informações, Sr.Raul Apold. A medida se baseou no fato deque aquele país recebe livremente noticiáriosde todas as procedências, não sendo corres-pondido na mesma forma por outros países.A falta de reciprocidade determinou o gestodo governo argentino, de maneira radical. NoBrasil também está em vigor uma lei que obri-ga à aquisição de, no mínimo, dez por centode nossos "noticiários"

pelas empresas exibi-doras estrangeiras que nos mandam os seus

Cine-jomais

JORNALDATELA

Apmtà

jornais E isso está causaando <Jamericana

aute-ausência absoluta em telas brasileiras, de jornais cinematográficos ^ ^O assunto exige mais cuidadoso exame por parte des nossos dirl? g0jj0Sis-ridades competentes para resolver o impasse. Os "jornais" brasileir Vuniafeli-tema que, de há muito, vimos usando, não nos recomendam, e será jnterffli-cidade aue não sejam exibidos no estrangeire Ou vemos na teia •$&<&náveis de "banquetes", "jantares", "almoços", com discursos long<»

^nhos, ou então os fumadores vão às praias cinematografar baniu?importância.

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tom (RevistaTurismoHoreu

DE quando em quando lemos nos Jornais:"O turismo na Holanda rendeu, êste

ano, tantos milhões de dólares". "O turismona Noruega bateu todos os recordes em rendi-mento". "A Suécia melhora o seu serviço deturismo". E por aí a iora. o turismo é enormefonte de renda para muitos países. E nós, noBrasil? Só vemos um turista durante os fes-tejos do Carnaval; mas o turista íica eniur-nado lá em seus beliches, em navios que maisparecem câmaras de cremação. O porto, noperíodo carnavalesco, pega logo de verdade,e dá pena vermos os europeus e norte-ameri-canos com ares de camarão assado, a abanar-se desesperadamente para atenuar o calor doverão carioca. Isso serve para atrair turis-tas? Êste ano chegaram alguns estrangeiros adesistir do Carnaval. Foram embora de avião

e em navios que faziam a linha normal. Não puderam ficar porque não haviaacomodações em hotéis na cidade. Para ficarem a bordo, morreriam queimados.E vcltaram para suas terras danados da vida. Mas, para melhorar o turismo emnooso país não faltam sonhadores com seus planos. E vamos ter, em breve,maio uma tentativa. Deus queira que surta efeito. Acabaram de fundar umanova empresa de turismo no Rio, para o Brasil. O seu programa é verdadeira-mente louvável. Nada de passeiozinhos ao Pão de Açúcar, ao Corcovado, aoAlto da Boa Vista. E' preciso levar o turista a S. Paulo, à cachoeira de PauloAfonso, ao nordeste, ao Amazonas, a Minas Gerais. Depois de tudo isso, cemvisitas a fazendas e caçadas em Mato Grosso, então um descanso reparadorem Quitandinha. Muito bem. Só falta saber quantos Ali Khan há neste mundo,para tal programa. ,

0 Judas O carioca espalhou por vários bairros dacidade, na manhã do último sábado de

Aleluia, uns bonecos de palha a que dão onome de Judas. Mas, desta vez, os Judas ti-nham outro batismo: Zezé Moreira. O motivoera apenas porque o técnico que levou nossosjogadores ao Chile, não conseguiu vitóriasbrilhantes e imediatas. Aquele zero a -zero-com os peruanos levou os torcedores .fio Rio;a achar que o treinador era o culpada....E pps:.saram a discutir em todos cs lugares sobre"a marcação por zona em relação ao sistemaclássico brasileiro de diagonal. Uma coisa as-

Sh*. l\ \ I I \\ s*m' p0's n°° somos especializados na mate-^Qj llO Tl*> j^7K r*a' ° P°kre Zezé Moreira apareceu enfor-

/// !f~/?» sT^ V/Jfí cado em postes e árvores por esses bairrosem fora, malhado pela molecagem desocupadae eufórica. Mas vieram outros jogos, os prin-cipais, os- definitivos, e o selecionado brasileiro se saiu galhardamente. Uma

surra tremenda nos uruguaios, campeões de mundo, e, finalmente, outra aindamais forte nos chilenos, que já se consideravam campeões do Pan-Americano.Zezé Moreira, segundo êle mesmo declarou a amigos, recebera mais de oito-centos telegramas e outras mensagens do Rio e outros "centros nervosos" doPais, contendo expressões que a decência manda silenciar. Na totalidade, ostorcedores se excediam em desaforos contra êle. Zezé Moreira não se entibioue manteve seu ponto de vista: o time ia jogar de acordo com o programa tra-çado. E a vitória veio de maneira sensacional. Agora perguntamos: quantos tele-gramas de felicitações recebeu o técnico? Para quem foram as palmas, os abra-Çcs, os parabéns ? Para jogadores. Mas se voltássemos derrotados?...

Paralisia infantil VÁRIAS cidades do interior paulista estão

atacadas do "virus" da paralisia infan-til. Sete crianças iá morreram e as famíliasestão alarmadas com o surto dessa terríveldoença inimiga das crianças. O Governo doEstado mobiliza todos os recursos de profila-xia e assistência de que pode dispor, a fimde dar combate ao insidioso mal. Funcionáriosdo Serviço Nacional da Malária são destaca-dos para pulverizar inseticidas nos lugares emque foram constatados maiores números decasos fatais, como sejam os municípios de Bi-rigui e Bilac. A Secretaria de Saúde mandoupara os jornais da capital uma nota acalman-do o povo, mas o "Diário de S. Paulo", comen-tando a mesma, não acha motivos para a ma-neira otimista de falar do titular do governo.

d O surto de paralisia infantil, ao invés de estarvelir °' cresce cada vez mais* lá nos municípios de Santópolis e Penápolis seas

*ja'am outros casos, parecendo que a área de infiltração do mal se alargaiótíU i ™l8, ° caso * Para alarmar, evidentemente, e que os respon-láe |-

° sa"de pública não se descuidem de atender aos reclamos do povo.demand d|fe,!do* P°rém, que a moléstia apareceu porque por ali passaram, eman<>a do interior paranaense, levas de emigrantes nordestinos.

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1 E U IA SEH&Ni.N

, ...¦ ¦ V'*lí'Hfr. !

UNCA se imaginou que, dentro de algum;tempo, viesse o "football association''í%

tcrnar-se no mais querido esporte brasileirÒ',..|jconferindo aos nossos jogadores títulos de cam-;|Éjpeões da bola perante a consciência do mundq|||inteiro. Mas, quem viu o que fêz o povo ç'çiS$HJ|rioca, a 25 de abril, cem a delegação naciònal||que fora ao Chile pára disputar o I Campeonato^Pan-Americano de Futebol, já não pode meris^discutir que 9 futebol atingiu em nosso país 'a^culminância dos jogos olímpicos da Grécia -fca dos Gladiadores era Rema. A vitória do Brâ-|sil em Santiago, embora sendo obra de equipeXlnuma articulação de vontades e de experiêrísp.cias, merece que seja simbolizada na pessoa dp,iitécnico Alfredo Moreira Júnior, ou Zezé Moreirçt,t|§como é geralmente conhecido. Êle, que sofreúís|fas diatribes de torcedores apressados, quando^o julgaram Judas no último sábado de Aleluia;X||êle, que chegou a receber mais de 800 mensqr.li

gens telegráficas com expressões desatinadas, pelo empate de mau agourpjf,com os peruanos, não se entibicu e manteve sua tática de marcação por zonq|j|Lcerto de que estaria no verdadeiro caminho da vitória. Zezé Moreira mostròju^JSque tem firmeza de convicções e que sabe o que quer. Manteve os seus cpt-ffmmandados sob suas instruções e não sentiu esmorecer o facho de entusiasiúC(||com que voou para os Andes. Outra pessoa que recebesse tanta maldição teria1/;esmorecido mais do que se sobre seu cerpo se derretessem as geleiras do Chilè^íE vieram os dois jogos decisivos. O Brasil transfigurou-se e já os telegramas''||tiveram outra redação. A vitória de Zezé Moreira estava garantida. O povo b"çê§j$rioca lhe tributou uma recepção empolgante, consagrando-o como um dos nos*X|sos mais perfeitos técnicos de futebol. Zezé Moreira nasceu em Miracema, Estad0:;ido Rio, a 16 de outubro de 1908. Ali mesmo começou a bater bola, e, no RioXIjogou como centro-médio, no Esporte Clube Brasil, passando-se depois parg-ò^fAmérica. Conquistcu vários títulos de campeão brasileiro e dó Rio. E' diplomado.|ípela Escola Nacional de Educação Física e Desportos, tendo sido assistente :cUj§jvários técnicos. Em 1948 dirigiu a equipe do Botafogo, laureando-se campeão!carioca de maneira brilhantíssima. Deixou as canchas em 1949, para voltar '-àijjffatividades desportivas em 1951.

Zezé Moreira

Ve r d a d e i r o sVenenos1

ar*j

Uma verdade que todos os médicos conhecem e confirmam:Dentro do estômago e intestinos há sempre impurezas e

substâncias infectadas, muitas vezes das mais perigosas, ver-dadeiros venenos, produzidos pelas fermentações tóxicas internas,|que pouco a pouco invadem o sangue e prejudicam todo o or-ganismo, causando peso e dôr de cabeça, eólicas e graves de*.sarranjos repentinos do ventre, irritação da mucosa do estômago,:inflamação intestinal, falta de energia para o trabalho, nervo-xsismo, tonturas, vertigens, ânsias e vontade de vomitar, biliosi-dade, arrotos, mau gosto na boca, indigestao, muita sede, azia,gases, falta de apetite, empachamentos, lingua suja, mau hálito*;certas coceiras e erupções na pele, mal-estar depois de comer,preguiça, abatimento, sonolência e moleza geral e muitas doen-ças graves e prolongadas, quando não se toma cuidado.

Para evitar e tratar estes males use Ventre-Livre, remédioserio e de inteira confiança, contra a prisão de ventre e suasconseqüências.

Ventre-Livre estimula, tonifica o estômago e intestinos eos limpa das impurezas, substancias infectadas e fermentaçõestóxicas, e assim evita é trata tão penosos sofrimentos.

Use Ventre-Livre* *

Lembre-se sempre:Ventre-Livre não é purgante

* *

Tenha sempre em casaVentre-Livre

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^MHWSÜl

DÉCIMA PÁGINA

$mn M todas as nações do mundo, nestes úl-vsjQl timos cinco anos, foram vistos, a atra-ívessar os espaços infinitos, estranhos obje-

Stos em forma de discos ou pires voadores.É; Todo mundo os tem visto: donas de casas,policiais, jornaleiros, homens de negócios, da-

ietilógrafos, aviadores, fazendeiros, enfim, ho-llmens e mulheres das mais variadas formasáxle vida e de idade.

Todos disseram como os seus olhos viramh-.is- estranhos corpos. Não mais, não menos.íMuitos deles, gente do povo, sem nenhum co-pthecimento de assuntos aéreos, nem tão pou-jjcsò com interesses, realmente, em tais assim-

os. Para eles tais fatos lá pelos céus são|lè; muita importância. Eles viram os mistério-

;Sos "discos" e ficaram maravilhados, e, na-

||uralmente os descreveram na sua linguagemsimples, dizendo como viram, aos seus ami-$gose parentes.f|*-E\ contudo, fato espantoso, que, ao lado

essa gente simples, regular número de téc-Uiiicos e pessoas responsáveis pelo seu saber,

llftambém tenham registrado tais aparições de"pires" voadores.

f?je Alguns desses técnicos são homens que atra-H vessaram os céus tanto na guerra como naipaz, homens que sabem perfeitamente que osprefeitos da luz e das nuvens podem muito•bem formar estranhas imagens.

• Esses homens experimentados cujo espírito? possui sensatez e base analítica, estiveramSe ainda estão Completamente perturbados sô-

'|||p>re o que viram e desejam conhecer.fu Tem-se procurado provar a concepção de¦uma teoria que possa explanar, perfeita e

^normalmente a existência desses imprudentesmistérios do céu.

Hoje estão todos os pesquisadores no mes-pino ponto de interrogação, tendo fracassado

| para dar uma resposta convincente e realao fenômeno.

Todos eles, como sucede com os leigos, nãopodem chegar a uma conclusão acerca do mis-

|\tério que vôa nos ares. Um desses técnicos,dando sua opinião a respeito dos "pires"¦ypadores ou como lhes queiram chamar, o dr.ÉValter Riedel, cientista germânico, é de pa-frecer que o ponto de propulsão desses discospode bem ser o planeta Marte.

Esse cientista vem estudando essa espécieie coisas há vários anos. Durante a última

ijuerra foi êle encarregado de estudar e de-^'.senvolver em Peenemunde os foguetes voado-

jres V2 que tanto destruíram a Inglaterra._Êle agora está trabalhando em SouthernCalifórnia, para a North American Aviation,Inc., fabricantes do avião Sabre Jet.¦A *

Viajar entre os planetas é o seu objetivo.pWbz alguns anos já que êle declarou que issoIVirá um dia. Por alguns anos vem êle re-ígistrando cuidadosamente notícias de apare-cimentos de "pires" voadores vindas de todasas partes o mundo.

Todos os seus estudos sobre tal aconteci-mento foram resumidos numa entrevista dada

o "Sunday Dispatch", cujas conclusões aquiproduzimos:"Cuidadoso estudo de todas os registros

<dêsses inexplicáveis objetos aéreos, mostra que,

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separando-se o joio do trigo, setenta porcento, mais ou menos, são frutos de ilusãode ótica, errada analogia com objetos conhe-cidos, sugestão histérica, obstinação, bem comoperfeita mistificação.

"Meu interesse se concentra nos restan-tes 30%, fruto de observadores que merecemfé. O número dessa seleção chega a 400 ob-servação, sobre um total de mais de 1.200testemunhos de gente que viu os objetos mis-teriosos.

"Na suposição de que esses 400 testemu-nhos tenham mesmo visto os corpos miste-riosos, não se poderá mais negar que há umafamília de seres aéreos de inexplicável pro-cedência, dispondo de extrema rapidez e ma-nobrabilidade no espaço, fruto de inteligên-cias aprimoradas.

"Pilotos do nosso mundo não poderiamresistir à velocidade de tais engenhos. Voarna velocidade de vários milhares de milhaspor hora nas densas e baixas camadas atmos-féricas, daria ao objeto voador uma tempera-tura a que nenhum corpo até hoje resistiria,não se conhecendo nenhum sistema de refri-geração capaz de neutralizar aquela influ-ência.

"Controles para tão longas distâncias ain-da nos são desconhecidos, mesmo já se pos-suindo o "slave-master", que é o aparelhocontrolador dos foguetes voadores. Os "pires"voadores, se vêm de outros mundos, devempossuir aparelhagem de controle ainda des-conhecida da humanidade.

"A origem de tais corpos voadores é devital interesse para todos nós.

"Ó mais curioso em tudo isso é a faltade aproximação entre tais corpos voadorese os aviões americanos, bem como a maisabsoluta falta de notícias sobre a queda dealgum desses misteriosos aparelhos ou suadescida em terra ou n'água, normalmente. Daía dificuldade de explicar-se o mistério. E essaprobabilidade é cada vez mais longínqua."Além disso, a aparição de tais aparelhossobre países europeus, também não pôde ser

O ARTIGO ESTRANGEIRO

explicado de jeito nenhum. Poderia tambémser compreendido que a aparição de tais co'sas tenha como origem laboratórios de nos-sos inimigos potenciais. Se a Rússia possuitais engenhos, todas as provas são de queStalin e seus seguidores estariam a mostrarainda maior atitude beligerante para com oOcidente. Mas, embora eu esteja certo de quea Rússia progrediu em experiência científicae técnica, creio que esses corpos voadores nãoprocedem de lá. Pensando-se que esses "pires"voadores, existem, na verdade, o mais ló-gico é que se presuma que eles vêm de umaorigem extra-terrestre. Em face da distân-cia extremamente grande que nos separa dosnossos irmãos do espaço, é mais razoávelque se julgue que eles provêm de algum pia-neta pertencente ao nosso sistema solar.

E' Marte, segundo o estado atual dos nos-sos conhecimentos, a fonte mais possível detais coisas. Aquele planeta ofereceria aosseus inteligentes habitantes céus limpos paraexperiências aéreas e favorável condição degravidade, pela baixa força de gravitação.

¦ "Servindo-se da lua como uma estação in-termediária, teriam estabelecido ali uma cs-pécie de catapulta para os seus vôos apare-cendo agora à nossa visão".

Eis a opinião de um sábio, que não deve-mos menosprezar. Trata-se de uma pessoaque se tem dedicado a estudos científicos doespaço sideral, com a possibilidade de umdia conquistá-lo.

E' fácil zombar de tal teoria como esta dodr. Riedal, quando se ignoram oê seus pro-fundos estudos e conhecimentos e a lógicade suas conclusões.

Êle não está só na teoria de que os dis-cos voadores não são lançados daqui mesmode nosso mundo. Felix W. A. Knoll que éengenheiro consultor da Northrop Aiscraft,também acredita que os "pires" voadores náosejam nossos, e dá as seguintes razões:

a) — Nenhum ser humano poderia supor-tar a incrível velocidade de tais aparelhos,nem há no mundo aparelhos que possam serassim manobrados.

b) -- Nenhum material atualmente conhe-cido do homem poderia servir de fuselagempara poder resistir a temperaturas como as

que agüenta os tais misteriosos voadores sô-bre nossa Terra.

c) _ o sistema de propulsão dos aviõesnão deixa nenhum traço na atmosfera nasmais elevadas altitudes, como é o caso dos

motores de combustão interna e de todosos tipos de aparelhos a jato.

d) — A fricção do ar em baixo altitudee em grande velocidade poderá aniquilar um

homem transformando-o num projétil com

seu avião.Riedal e Knoll são membros de uma asso-

ciação conhecida pelo nome de "Civilian

cer Investigation" que, recentemente en

em combinação com técnicos em a®r<*s ,tica a fim de rebuscarem provas fu

para desvendar o mistério. (Keystone).

, ¦ :-i--Í'

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v^reiro de Mariela é conhe--ida em todo o Estado do

Bio e Distrito Federal. Fica

situado em Caxias e há

guarda? à porta do barraco.nas noites de macumba.

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SÃO JORGE i ogum J GENERAL DO POVOTexto de SOLANO TRINDADE

Opovo do Rio de Janeiro, comemora festivamente os seus san-tos mais queridos: O mártir Sebastião a quem se confia a paz e asaúde, e que tem o nome de Oxóssi, entre os religiosos da macumba;o garoto do carneirinho branco, S. João que nos terreiros é Xangôo deus do fogo; os meninos Cosme e .Damião, Ibegi os amados dascrianças e doceiros; Nossa Senhora, as faceiras Oxum e Yemanjá dosnossos candomblés; Senhora Santana a aristocrática Namanburucu,mâe da rainha do mar na concepção africana.

S. Jorge porém, é o mais querido. E' o primeiro dos primeiros.Ele está para o carioca assim como o Senhor do Bomfim está parao baiano.

Fotos de AIBERTO FERREIRA

Em torno de S. Jorge há muita lenda e muita poesia. O sincre-tismo religioso tem cada vez mais enrequecido a imaginação popu-.lar em torno do guerreiro da lua, confundindo-o com Ogum, o deusda guerra dos africanos.Toda criança já viu S. Jorge na lua, montado no seu cavalo branco.A gente simples o vê, matando a serpente do mal, metido numafarda do exército.Aleijadinho, viu S. Jorge como um cavalheiro andante, quixotes-camente de lança na mão, mas de um olhar pacífico, sereno comode um poeta.

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A mulher de charuto que f;aparece na íoto, em frenteao "pegi" (altar), está toma*da de Ogun. A noite era d*8. Jorge e o Santo-Guerrelro¦• vê em vistoso quadro.

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O exército nacional o tem como um oficial,digno das continências militares.

A crença popular o considera um grandegeneral do povo brasileiro, vencedor da bata-lha do Humaitá, como canta este ponto:

"Ogum já jurou bandeiraLá no HumaitáOgum venceu demandaÊle é capitão generá".

Neste verso o cavaleiro aparece como OgumYara, e, o povo percebe arrogância nos seusgestos:

"Mamãe que cavaleiro é aqueleQue pisa com arrogância nesta

Mas êle éOgum YaraQue venceu demandaCom sua lança de guerra"

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Nos terreiros a sua biografia é cantada comdetalhes, falando da sua carreira militar,as suas promoções no exército:

"Ogum era meninoHoje êle é capitãoOgum foi praçaDa CavalariaSetenta anosNa infantariaOgum é militarGangolin gouguê".

Mas Ogum não é só um general brasileiro,é também general umbandista:

Ogum generá da UmbandaO' mamãe que mironga temOguinê ârêpêpêOgum ê arêpêpê.

Se encontramos Ogum dominando uma terracomo o nome de Ogum Yara, ligado portantoa rainha do mar, vemo-lo agora, como Ogum

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Ma: .té^MlfâiWÊm^

SÃO JORGE (KW) GENERALDO POVORompe Mato, um deus das matas, protegendoos caçadores e lenhadores:

Ogum êOgum Rompe matoAuêOgum MegêOgum Rompe MatoAuê.

Mas êle depois é apresentado como OgumBeira Mar, defendendo o pescador da faceirae perversa Yemanjá:

,. ."Beira mary.xy, Z.:mm.:Bi é Beira mar

Btün. mar'.;.-;¦ ..... ..üi~«»-íf sM**!* WB&2 tó ,¦¦¦¦¦¦ :.'-•

Eu quero verCom sua espadaMeu paiOgum Megê".

E' assim que S. Jorge é festejado nos ter-reiros cariocas e fluminenses:

Na Bahia Ogum é Santo Antônio, colegade Guarda de S. Jorge e S. Severino Ramos.

Em Duque de Caxias, as festas a S. Jorgecomeçaram no dia 22, com muitos fogos,danças e cantos afro-brasileiro e também comladainhas e procissões de tipo católigo.

Oa crentes de Ogum, vestidos, de verde ebraaco m dedicaram de corpo e alma, à co-...:•?••; (Cioottnua na pág 49.).,

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16

REVELAÇÕES DO CONTINENTE NEGRO - III mais

KRÍIGER NATIONAL PARK E MOCAMBiDURANTE

a guerra dos «Boers» a cidade de Pretória era capital do

Transvaal república que desapareceu com a vitória e predomínio da

frâBSÍ Tfrica do Sul. Lá o nosso pensamento de visitante se volta,

aes-Í logo pai os setores onde essa guerra deixou traços i™rredouro •

thiamos aue em Pretória Winston Churchill estivera vários meses, depois

at7ZoZo^m E»st-Lo„d„n, ,___*. fa*. reportage, P« J,»'Z

de Londres, muito moço ainda, mas já firme e decidido. NoJ***" *™^

serviu de prisão e de onde fugiu espetacularmen e para Lo^enf.^arq;o7'

escondido em um trem entre sacos de carvão, há em um dos saio dofc

magníficos mapas de todo o território do Transvaal, nos quais figuram

o principais pontos onde a grande luta se travou. Os mapas f^anv^dese-

nLdos na própria parede do edifício por oficiais ingleses, que ali também

luvSam píesol O prédio é hoje ocupado por uma -partição pubhca c^jos

funcionários estão longe de lhe dar a importância que nós lhe «^uimos

n^vendo mesmo como que uma preocupação de ^V^Sm eS£

maior significação. Seria estimular a popularidade de Mr. Churchill entre

ò" «afdcaaners'' - assim se denominam os cidadãos brancos da União

Sul-_fricana —, o que não lhes agrada nem interessa.

O viajante pôde encontrar em Pretória, muitas e variadas atrações sendo

uma de as conhecer as instalações da Iscor, organização que no setor in-

Ztrial siderúrgico da União corresponde à nossa Volta Redonda (Iscor,

Íen de South African Iron and Steel Industrial Corporation, Lmuted).

Por MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇJ-4

até oPar

que aparadisse,têm <

I Apesaque cmaisquandentão

Depois de visitá-la e de sermos ali fidalgamente recebidos por diretores guardchefes de serviço, seguimos de estrada de ferro para o Krüger Park, oul., Poucogrande objetivo da nossa excursão. l lcâ0i

Como durante o século XIX, apesar dos milhões e milhões de mosquitl ceremdaninhos e de moscas "Tsé-tsé", que se encontram pela África, os caçador! vidad'andavam destroçando os rebanhos de zebras, elefantes, leões, girafas c deras) Emhabitantes daquelas regiões, então inóspitas e desertas, o presidente Pau] pr0víinaimai"" ul,H~.-.—.- -¦--¦_¦ -• .

Krüger achou indispensável estabelecer zonas de reserva animal, onde a cau profisfosse proibida e os rebanhos protegidos, com o fim evidente de se refazeren de 50

A reserva animal que visitamos, denominada Krüger National Park, fiei Nana União Sul-Africana, pegado à fronteira da província portuguesa de %. de paçambique. Além desta reserva, há hoje em África muitas outras, send, do ncuma das mais importantes c talvez mais rica, a da "Gorongosa", existenj tomaino Distrito da Beira, daquela provincia portuguesa. Infelizmente, por falj parade tempo, não nos foi dado visitá-la.

Para muita gente, a visita ao Krüger Park é coisa que depende de adácia uma vez que se vai encontrar, como encontramos de perto e d visitai

_...*_¦ :«.-.,___. r_>M/xf no si» ifri/tn HUni. _*n__ «ff. t<

conheiFòi

seu jiliberdade todas as espécies de animais ferozes da Afnca. Dizer que nft,._ #.se corre' perigo, seria faltar à verdade. O visitante não deve deixar,;sitância

grave risco de vida, o veiculo em que se encontra, e n prova são os reil^ireití

rados avisos de proibição, nesse sentido. ,.,,., , , lcimenO território ocupado pelo parque é imenso, e esta todo ele cortado plfrènte

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Cm» tomada durante um» concentrado Indígena, em solo português da África, em local próximo do .ponto em que as «topas lusas doeoncenrovao •»«« ^J-,,-^ i„t£tM_m a vitoriosa arrancada contra o regalo Gugunhama.

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Otto

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mais de mil quilômetros de ótimas estradas de rodagem, que levam os visi-a uns doze acampamentos cercados, aos quais devem se recolher

té o anoitecer, para dormir- e tomar refeições.8

Para se surpreender os anhnais no parque, o melhor é sair do acampa_, _ .__ u v uvuuiua*

mento bem cedo, pela manhã, ou ao cair da tarde. Diga-se de passagem,flue apesar da proibição, de vez cm quando, os visitantes deixam o automóvelpara filmar ou fotografar animais considerados menos perigosos. Alguns.,..»« «Sn completa novidade para nós. Os "bluewildbest",

por exemplode cavalo c cabeça de boi, com chifres pequenos e rombudos_• _.« _.*_.. >têm corpo

h Apesarque os

sircil-

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uc mu.—. 7 ~~„ u._.>jo>va pcuuciuü aos leões,atacam sempre em grupos, sendo os daqueles animais sempre bem

mais numerosos do que os dos leões. Leão geralmente só anda sozinhoquando abandonado por velho e imprestável pelo seu bando, tornando-seentão traiçoeiro e perigoso. Como não tem mais forças para enfrentar caraa cara a presa, assalta-a de surpresa, pondo-se na tocaia. Nesse caso, osguardas passam a correr maior risco, e de vez em quando lá se vai um.Pouco tempo antes da nossa visita, um deles foi morto e comido por umleão. Aí os caçadores profissionais do parque, cuja função é a de exer-cerem o que poderíamos chamar policia preventiva, aumentam as suas ati-vidades e dão cabo da fera tresmalhada.

Em Lourenço Marques, no palácio de residência do Senhor governador daprovíncia, almoçamos com um desses caçadores. Na sua fé-de-oficio de caçadorprofissional, antes de entrar para o Krüger Park, já havia morto maisdc 500 leões.

Na nossa visita, fomos excepcionalmente felizes, pois vimos em poucos diasde parque, belos exemplares dos seus principais habitantes. A poucos metrosdo nosso carro, estiveram leões, girafas, zebras, bluewildbests, milhares detomates, kudos. hipopótamos, baboons e outros animais. Como se sabe.para muitos, os macacos baboons são os mais inteligentes animais que seconhece.

Foi pena não nos ser dado- presenciar o que ocorreu com um dos muitosvisitantes do Krüger Park. Quando êle em uma bela madrugada saia noseu jipão do acampamento, denominado "Skukuza", deparou a pouca dis-tância do mesmo com dezesseis leões que saiam de uma pequena mata àdireita da estrada. Parou imediatamente o veículo e aguardou os aconte-cimentos. Os dezesseis leões caminharam serenamente até se postarem emfrente do seu carro, bem no meio da estrada. Momentos depois, êle sentiuque no grupo havia um comandante. Era um leão de bela juba e rabonervoso, que o sacudia como os gatos fazem prelibando o dominio daprísa. A seguir, como obedecendo a um plano que iria se desdobrar a seusolhos, o visitante viu partirem pela direita, quatro leoas, e momentos depoispela esquerda, três leões. Bem mais adiante c um pouco para a direita,havia um grupo de bluewildbests, cujos componentes começaram a dar evi-dente mostra de nervosismo. Os restantes nove leões, comandados pelo seugrande chefe, conservaram-se na estrada, postos de alcatéia, aguardando osacontecimentos. Passado algum tempo, as quatro leoas atacaram a manadade bluewildbests, no sentido dos três leões que tinham ido se postar umpouco além e à esquerda do grupo que pretendiam dominar. Êste, perse-guido pelas leoas, fugiu na direção dos três leões e os sete, em conjunto,fechando o cerco, obrigaram-no a fugir na direção dos outros nove leõespostados defronte do automóvel, resultando dai o cerco geral com o fimde tonseguirem dominar algumas das vitimas que desejavam apanhar parajn

bom almoço. Diz o visitante que felizmente, ou infelizmente não lhefoi dado assistir a morte de qualquer dos animais que, por muito ágeis efortes, conseguiram escapar do assalto, com bons arranhões, atribuindo êled Insucesso do mesmo, ao fato de se encontrarem entre os nove elementos da«PPe estacionada na estrada, alguns de pouca idade c de pouca expe-ntncia.

Jjomo se pode sentir pela descrição do fato que acabamos de narrar, o

mo obedeceu nitidamente a um plano prestabelecido, e foi esse o obje-x principal da comunicação do visitante à agremiação lá existente, que sewwssa, sobretudo, por casos dessa natureza.no Krüger Park não vimos nem elefantes nem rinocerontes, em com-j*»MÇao,

em Moçambique, dias depois, o avião posto à nossa disposição paradoseír

K?*° do MaPut°. quase que roçava a ponta das asas nas orelhas'j 'ue» em grupo de mais de cem, ali se encontravam soltos evontade.

»s mal ^ rlt dorme-se em pequenas casas redondas, dispostas come

'o cas °CaSk^08 nosso8 indlos. e como nos Kraals dos indígenas africanos.

»me tr' °° por uma espécie de sape, ao qual superpõem uma rede de

>rtuguêsanÇad0, P8ra meIhor fixá-,Q- v«le acentuar que Kraal é a palavra1 "mesa" °ÍJrral deturpada pelos indígenas. Nos acampamentos come-se

Mi D ~Vendo fora fogôes para quem quiser fazer a sua própria^|

o Krüger Park, rumamos cm estrada de ferro para LourençoÍcòCpi

dC M°Çambi5ue» onde já tínhamos cômodo reservado noMiirz»

olana-H°tel. Ali, os turistas, afora linda piscina, têm à sua5>o cheq_adra8 dC lênis e bom campo de gô,fe-

esoec? ,m°8 aM Lourenço Marques, em grande parte para visitar o

[*»>érito amÍg° comandante Gabriel Teixeira, ex-comandante da Sagres,l^dor ^°Vernador

de Macau durante a última grande guerra, e atualKctr o»

B província» fo> para nós um prazer revê-lo, e ao mesmo tempo^Heglado ? ?eusa Prosperidade vem batendo com carinho à porta dessekiíenço i

° de tCrra Portu8"êsa, em África.' mariti

arques* a,ém de bela e progressista cidade, possui o melhor** grand

d° Africa 0riental. Dele se serve a União Sul-Africana para* «ultiva n

C parte dos seUs produtos, e a própria Moçambique para osT*fo essa í8rte

CCntral e 8Ul da ProvIncia-"tajuêíes t

famosa pelo seu valor e pelas lutas porfiadas que os' visitada8Unntaram C°m negro8 e brancos para conservá-la, foi por

"*0| Ponto no8so automóvel, pouco a pouco, Íamos vendo desfilar

Ornelas AL°nde a bravura da» tropas de Mouzinho de Albuquerque, Aires

*° C0«»temnl_ViedO CoutInho» e outros, haviam deixado traços indeléveis,^» Hanhi rememorávamos as epopéias de Marracuene, Chibuto,""""k

na def * Cha,mite» na» quais o sangue português correu abundan-

esa e conservação das terras que os seus ancestrais haviam(Cont. na pág. 48)

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my$*. ;èsPose de um guerreira africano em seu traje típico, tomado durante a concen-

tração, em Moçambique, possessão portuguesa no Continente Negro.

Com o magnífico serviço de drenagem realizado pelos portugueses, as ubérri-mas terras dos vales dos rios estSo sendo aproveitadas com êxito para a lavoura.

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Í1BÜM DE FAMÍLIAHENRIQUE DE RESENDE é um

dos poetas mineiros de maior pres-tigio e mais justo renome, entre osque datam de 1922. Bem enten-dido: antes de ser o modernistaque animou o belo e ruidoso mo-vimento da "Verde", de Catagua-ses, deslocando, por um tempo,para a cidade matense, o eixo dointeresse literário que parecia ar-mado entre Rio e São Paulo, foraêle uma das mais significativas es-tréias de nossa poesia, aparecendocomo um discípulo de Alfonsus,com o seu livro neo-simbolista,"Turris Ebúrnea", saudado com osmaiores elogios pela crítica e mar-cando o nome do poeta na estima

e na admiração do público. Em seguida, Enrique nos deuoutros livros, entre eles um singular e significativo Re-trato de Alfonsus", em que aprecia a vida e a obra dogrande mestre simbolista que foi o seu afetuoso padrinholiterário. Êsse livro, em que à ternura e à admiração sejunta a probidade do escritor, levantou algum debate ecausou certo mal-estar no mundo das letras, embora nãose encontrem nele motivos para alguns dos protestos quedeterminou. Depois disso, o poeta tem estado silenciosoé arredio, principalmente da vida literária, prometendo-nos um volume de poesias completas que ainda não apa-receu, embora esteja há tempos em preparo e prometidopara breve, o que certamente se dará, para renovar oêxito que a obra anterior do poeta de Cataguases obtevee que sua obra mais recente merece, por tantos títulos e,principalmente, porque seus versos nos colocam em pre-sença de uma legitima vocação lírica, das mais altas esubstanciosas que possuímos.

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NOTÍCIAS DE SÃO PAULOFoi inaugurada, no Clube dos Artistas e Amigos da Arte, uma

exposição de artes plásticas, em benefício do próprio Clube. Destaca-mos os trabalhos de Bonadei, de Carvalho, de Darcy Penteado, de Re-bolo Gonzalez, de Sérgio Miloiet, de Poty, de Yllen Kerr, de WalterLevy, de Clovis Garciano, de Zanini, etc. etc.

Cassiano Ricardo, José Geraldo Vieira e Tarsila do Amaral re-ceberam os prêmios a que fizeram jus por terem vencido o concur-so do "Jornal de Letras" para o maior poeta, maior escritor e maiorartista plástico de São Paulo, respectivamente. Os três bronzesforam oferecidos pela Secretária da Educação e Cultura da Munici-palidade. E estiveram presentes à solenidade, entre outros, os se-guintes intelectuais: Maria de Lourdes Teixeira, Rossini CamargoGuarnieri, Jamil Almansur Haddad, Luis Lopes Coelho, DomingosCarvalho da Silva, Geraldo Pinto Rodrigues, Luis Martins, AlcântaraSilveira, Reynaldo Bairão.

Domingos Carvalho da Silva está como secretário-geral doClube de Poesia de São Paulo; João Accioly, como tesoureiro; AndréCarneiro como diretor de intercâmbio e publicações.

"A Dama das Camélias" voltou a empolgar a platéia do TeatroBrasileiro de Comédia. Dentro de alguns dias, será montada nova-mente a famosa peça de Goldoni: "O Mentiroso". Enquanto isso,Adolfo Celi prepara a "Antígona" de Sófocles e a "Antígona" deJean -Anouilh, um dos próximos sucessos do T. B. C.

Será realizado, nesta capital, na primeira quinzena de julhode 1952, o Hl Congresso Paulista de Escritores. O referido Con-gresso será promovido pela Sociedade Paulista de Escritores, suces-sora da Associação Brasileira de Escritores (seção de São Paulo).

No Teatro Cultura Artística, Graça Melo e o seu teatro deequipe estão apresentando a peça "Le Cocu Magnifique", de Cromme-lynck, em tradução de R. Magalhães Júnior. Trata-se do eternotema do marido enganado e, segundo consta, de um espetáculo dignode ser visto.

G mágicoLAGO BURNETT

O traque negro não. Nem a gravatana expectativa de voar. Tambémnão a cartola vertical e exatae o lenço cúmplice infalível. Nem

o impecável sapato sola chatapropício a precisão que lhe convéme a rosa funcional vermelha e intactadespontando as palas. Antes sem

utensílios iguais, simples mecânicaanunciante do truque: os bolsos ocos,onde há laços azuis, verdes, vermelhos.

Sô. Em sua força intrínseca, titânica,inventando, por si, somente, aos poucos,flores, garrafas, serpentinas, coelhos.

(Inédito)

LETRAS MINEIRASAcha-se há dias na Capital mineira o poeta Agripa Vasconcelo:

que atualmente, chefia o serviço médieo-cirúrgico do Banco do Brasil, em Pernambuco. v

A presença entre nós do querido poeta mineiro, membro da Aca-demia Mineira de Letras, fêz com que intelectuais amigos de AgripaVasconcelos se reunissem, para prestar-lhe carinhosa homenagem.

Achavam-se presentes membros da Academia e outras figuras d!nossas letras nessa reunião cordialíssima, a que o homenageadjcompareceu em companhia de seus filhos e de outras pessoas otsua família.

Oferecendo a homenagem, falou o poeta Antônio Avelar que recor-dou sua antiga amizade com Agripa Vasconcelos e os triunfosquevêm assinalando a carreira do homem de letras e do homem«ciência. •.'':¦/;:,.- , 0.0

O acadêmico Mário Matos relembrou com sua admirável veminteressantes episódios da vida acadêmica de Agripa, no Rio, mlando sobre o sentido daquela reunião, exaltou a sua significawtão diferente das homenagens flue habitualmente se reahzam: aiuhomenageava o intelectual, ist| é, — assinalou o Sr. Mário ju»— um autêntico valor da inteligência mineira, numa festa,w»ceridade, a que todos compareciam porque se sentiam no oeveprestigiar a inteligência e a cultura, nesse dileto amigo.

Declamaram poemas na encantadora reunião: senhorita ujDutrVSra: Gaby Vasconcelos, irmã de Agripa VMCO"XVoreInrita Belkiss Vasconcelos, filha do homenageado, D. cena »Santos, esposa do poeta Da Costa Santos, Bahia Vasconcelos, *

^Moreira, deputado José Alcino, Ataliba Lago, Anselmo J»xpmCosta Santos, Nilo Aparecida Pinto, Antônio Avelar e Marconio Vasconcelos, filho de Agripa. ! ,

Agradecendo a homenagem, falou finalmente Agripa ,-- capi"que. exprimiu sua emoção em receber, em sua P^àí»enL ÍÍL de ímineira, aquela prova de amizade de antigos colripannem» ^ Jftrás. Em Recife, continuava presente entre os seus *""•» ^nas, pois o seu pensamento o liga permanentemente a. n

^E era com prazer que via a fraternidade dos intelectual . tfem torno daquela mesa. Essa fraternidade documenta u h fMinas o espirito literário ainda continua vivo e aJrd£,"e,presenta uma garantia para a grandeza de nossa terra.

.i ««**«• Nilo AptfEstá marcada para o dia 15 deste, à posse do ppew,a ^ y^

cida Pinto, recentemente eleito para a Academia Mineir^.^ ^na vaga do escritor e poeta Nolradino Lima. O novo a

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recebido, naquele cenáculo das letras de Minas, peloMatos. .. . :

eAr .. Àtaliba-WfAcaba de aparecer nas livrarias, o livro do poeta ^mhuma bela apresentação gráfica da Imprensa 9*1" «uniu «Jpara as Edições Mantiqueira. O poeta Ataliba ^P coin ei#volume vinte sonetos. Ataliba cultivou o parnasianisin ^ ^ção, que bem se vê nestes vinte sonetos de mociaaap,nidos em volume. *

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CINCOENTENÁRIO deMDAGYR DE ALMEIDA

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AS solenidades do 509 ani-

versário de nascimento dopoeta Moacyr de Almeida, pa-trono da cadeira n9 40, daAcademia Carioca de Letras,ocupada pelo acadêmico D.Martins de Oliveira, tiveraminício no mesmo dia de seunascimento, a 22 de Abril, comuma bela tarde de poesia, paraqual foram convidados poe-tas da Academia Brasileira deLetras, da Academia Carioca deLetras e contemporâneos c ami-Sos do autor de "Gritos Bár-baros".

Cerca de vinte poetas parti-ciparam dessa festa de arte,que foi presidida por OlegárioMariano, "Príncipe dos PoetasBrasileiros", entre outros, AnaAmélia Queiroz Carneiro deMendonça, Tasso da Silveira,D. Martins de Oliveira, Páduade Almeida, Povina Cavalcanti,Murilo de Araújo, Phocion Ser-pa, Pascoal Carlos Magno, Odí-lio Costa Filho, Virgílio Brí-Sido Filho, J. G. de AraújoJorge, Osório Dutra, Theoderickde Almeida, compondo um fio-rilégio em louvor do grandepoeta.

Seguir-se-ão, pelos mesesadiante, as conferências em di-versos institutos culturais sobretemas relativos à vida e à obrade Moacyr de Almeida, estandoinscritos nomes de Intelectuaiscomo os de Agripino Grieco, B.Magalhães Júnior. Astério detampos, Tasso da Silveira. Pho-«on Serpa, D. Martins de OU-veira, Pádua de Almeida. Hen-nque Láaden, Malba Tahan,Joaquim Ribeiro, Edmundo Mo-mz, Ruhey Wanderlev, MurilocDAr^o. Nóbrega da Cunhae irado Ribeiro, que tratarãoe tributar ao poeta morto as'•omenagens de que sua obrae merecedora.

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A SOMBRA DA LINHAGÓTICA

escCr?tn/1Srte suSestivo título oSn o LaWrie Rcid> de S.cS;aprcsenta uma série de»SdhSdroma.nceados sobre aiS^-l? aP?s-guerra: Tendosoalmenfp ' ele observou pes-

W&S$*:pe$te obra, que aPÓbE.^«Mliense oferece aolC0 em caprichada feitura.

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í i EMOÇÃO E HARMONIA'/# ÇTdltora Aurora inicia com este volume de prosa de Múcio Leão, "Emoção e

f/n Harmonia a sua Coleção Cultura Brasileira". É, sem dúvida, um bom co-, , meG°: l rata-se de uma coletânea de estudos breves, em que o autor põe emtoco fatos e figuras de varias épocas, páginas escritas com sabor da crônica, onde o es-critor, partindo de um ponto, tece variações em tomo de um tema, investigando-o e dandosempre, a respeito, novas luzes e novas interpretações.

O que mais cumpre salientar neste novo livro de Múcio Leão, entretanto, com o prazerda leitura que nos traz, quer quando estuda o caso de Ruben Dario, quer quando nos falade Pendes e de seu século, ou quando nos comunica com o mundo íntimo de Chateau-briand ou registra a morte de Balzac — o que cumpre salientar nesta obra, principal-mente, e o encontro do escritor-artista, capaz de reviver velhos assuntos e vultos sobre-maneira tratados, através de uma prosa fascinante, de um estilo simples e comunicativo,sem jamais perder a altitude, sem baixar a categoria que toda obra literária deve ter, ele-mentarmente, desde que já esta de muito superada aquela fase de primarismo revolucio-nário de nossas letras, quando a rapaziada de 22 instituiu a má íiteratura, o escrevererrado, o cassange e outros equívocos como a supina arte de escrever.Essa reação, à época, quando realmente parecia empobrecida a nossa prosa, graças aoestilismo e à vacuidade na literatura corrente (com as exceções naturais), hoje não seexplica senão por ignorância. Entretanto, apesar dos novos e novíssimos terem reagidomuito oportunamente contra aquele cacoete, ainda há quem insista nisso. E muita gente,diga-se, sobretudo entre nossos prosadores, descuidados, desataviados, soltos em uma li-teratura de má língua, mau estilo e arte péssima.A estirpe de escritores verdadeiros, a que pertence Múcio Leão, está quase desapare-cida em nossas letras. Dirão que essa será a marca de uma geração. Poderíamos citarinúmeros exemplos para negar o argumento, buscando-os mesmo entre os prosadores de22 e os continuadores da obra de 22, e poderíamos colher casos, ainda, entre os nossos

mais jovens prosistas. Dai o maior encantamento que nosvem do encontro deste livro, uma lição de literatura, mar-gem de seu fascinante interesse, nessa excursão entre fi-guras eternas e acontecimentos imorredouros, da arte, dasletras e da vida.

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INFLAÇÃO MONETÁRIA — O professor J. Ro-drigues Vale acaba de publicar mais um volumede subido interesse, "Aspectos da Inflação Mone-tária". Especialista em assuntos econômicos e fi-nanceiros, com algumas obras da maior importân-cia, na bibliografia nacional, o autor nos brindacom um livro da maior oportunidade, quando todosestamos falando, discutindo e sofrendo a crise in-flacionista. A clareza, a simplicidade mas, ao ladodisso, o interesse apaixonado do escritor pelo seuassunto, fazem deste livro (edição de A. CoelhoBranco F') uma leitura tanto esclarecedora comofascinante, para o conhecimento de assunto de talrelevância é tamanha complexidade.

TRÊS MOMENTOS DO EXISTENCIALISMO — Osr. E. Vítor Visconti, cuja reputação está firmadaatravés de obra bastante significativa, no campoda filosofia, vem de prestar excelente serviço aopúblico ledor e principalmente a quantos se in-teressam, mesmo por questão de moda, pelo exis-tencialismo, publicando este livro, onde focalizatrês fases da evolução das idéias e do pensamentoexistencialista, com Keerkegaard, com Jasper e, maisrecentemente, com Sartre. O estudo é bastante in-teressarite e representa, sem dúvida, contribuiçãoapreciável para o melhor conhecimento da matéria.(Pongctti, editores).

DOM QUIXOTE DE LA MANCHA — Eis um doslivros que toda a humanidade precisa ler e reler!Especialmente quando as gravuras são de GustavoDoré, como é o caso deste luxuoso volume apre-sentado pelas Edições Melhoramentos, a fim deque a juventude saboreie a sátira de Cervantes. Aadaptação, de José Pedretti "Neto, agrada perfeita-

mente, assim como é digna de entusiasmo a iniciativada editora, presenteando os paises de língua por-tuguêsa com este primoroso "Dom Quixote de IaMancha".

KON-TIKI E EU — Dos seis companheiros, querealizaram a façanha maravilhosa da "ExpediçãoKon-Tiki" (livro de quatro edições em oito meses!),merece destaque Erik Hesselberg, autor de "Kon-Tiki e eu", impressões artísticas e bem humoradase desenhos de irresistível graça. "Kon-Tiki ,e eu"é outra magnífica realização gráfica da Melhora-mentos.

MATEMÁTICA COMERCIAL — De Algacír MunhozMaeder, para a primeira série do Curso ComercialBásico, segundo as normas oficiais, é esta clara eproveitosa "Matemática Comercial" da Melhora-mentos. Noções completas da matéria, além deduas tabelas de 1 a 1.000: uma de quadrados eraizes quadradas; a outra de cubos e raízes cúbicas.

A FONTE MARAVILHOSA — Para os leitores in-fantis, a coleção "Encanto e Verdade", da Melhora-mentos, apresenta, em novo formato ilustrado, "Afonte maravilhosa", de'Tales C. de Andrade. E' ahistória do valor do trabalho.

GEOGRAFIA COMERCIAL — As três séries degeografia do Curso Comercial Básico têm um au-xiliar precioso na "Geografia Comercial", de MoisésGicovate, autor especialista nesta disciplina. AsEdições Melhoramentos fizeram um volume adequa-damente ilustrado, o que vem completar as pre-ciosas noções expostas com muita clareza e sensopedagógico.

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TRIUNFE

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A REVISTA DA SEMANA quer interessar os seus leitores fotógrafos emreportagens e, desta forma, se propõe selecionar, nas condições indicadas,

alguns entre os melhores trabalhes que lhe forem enviados. A seleção seráfeita por uma comissão de cinco pessoas idôneas e os trabalhos aprovadosserão publicados e remunerados como colaborações de qualidade excepcional.

Os pretendentes a tal gênero de colaboração só têm que observar escrúpulo-samente as condições do regulamento que damos a seguir, escolher seus as-suntos e fazer funcionar suas máquinas. O resto ficará a cargo da comissãojulgadora do mérito dos trabalhos apresentados.

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1. Qualquer leitor do Brasil ou do estrangeiro, profissional ou amador, podeparticipar desta competição, desde que observe o Regulamento e remeta seustrabalhos dentro do prazo de noventa dias, a começar em 26 de abril de 1952.Nos trabalhos expedidos por via postal se tomará em consideração, para efeitodo prazo, a data do carimbo da repartição postal expedidora.

2. A remuneração aos trabalhos classificados pela Comissão Julgadora seráde duas noturezas: a) remunerações-prêmio para reportagens fotográficas eb) remunerações para fotografias isoladas.

3. Considera-se reportagem fotográfica a série ou seqüência de fotos, rela-cionadas com um mesmo assunto que, acompanhadas de legendas breves,contém por si sós uma história. Por exemplo: a história de um embarque no

porto, com a seqüência das cenas de despedida no cais; do viajante na amu-rada do convés; dos lenços acenados pelos que ficam; do navio que se afasta;atitudes interessantes dos que vão e dos que ficam, etc.

4. Considera-se fotografia isolada toda aquela que satisfizer as exigênciasde técnica fotográfica e apresentar interesse jornalístico, realizando, sob'êsse3dois ângulos mencionados, uma unidade completa.

5. As remunerações para as melhores reportagens fotográficas são: 1. cias-sificada — Cr$ 10.000,00; 2* classificada — Cr$ 5.000,00; 3* classificada -

Cr$ 3.000,00; 4* classificada — Cr$ 2.000,00.

6. As remunerações para as melhores fotos isoladas serão: duas de mil

cruzeiros cada, para as primeiras classificações; e quatro no valor de qui-nhentos cruzeiros, para as classificações seguintes.

7. As fotografias enviadas pelos pretendentes à colaboração estabelecidaneste Regulamento não serão devolvidas e as classificadas, não premiadas,poderão em qualquer tempo ser publicadas, ficando o autor com direito a re-

numeração habitualmente paga pelos trabalhos de rotina.

8. Os nomes que compõem a' Comissão Julgadora serão revelados junta- ^

mente com os resultados do- Certame, em seguida ao julgamento.

9. O envio de trabalhos deve ser feito com observância das especificaçõesseguintes: a) o pretendente remeterá conjuntamente negativos e copias;cópias devem ser esmaltadas e tiradas no tamanho 13x18; c) cada copiser acompanhada de legenda explicativa, com a extensão exigida pesunto que se explica.

10. O material deve ser metido em sobrecarta, com pseudônimo do can

dato. Dentro da mesma sobrecarta deve ser incluído um envelope men^,

chado, sobre o qual se escreverá o pseudônimo e dentro do qual seindicações seguintes: nome, nacionalidade, idade e domicilio.

11. No julgamento serão considerados tanto os elementos técnicos •

composição, etc.) como os jornalísticos: movimento, ação, singulariaa ,

sidade, oportunidade, ineditismo do assunto, etc.

12. Qualquer omissão deste Regulamento será suprida pela própria ysão Julgadora que fará censtar o fato, e sua explicação, no laudo

julgamento. •¦ " * i.*1'.**»

"PFVT^TA DA SE*13.. Os pretendentes devem enviar seus trabalhos para: n-»w

, T Certame ro-MANA — Rua Visconde de Maranguape, 15 — Rio de Janeiro —• v» fl

tográfico". Convém escrever no envelope, com clareza, em lugarseguinte: "Pede-se nõo dobrar".

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Novela de IRENE TEMPLE BAILEY

Três semanas depois êle a pediu e. ficou de tal maneira convencido de queela lhe daria o "sim", que ficou inteira-mente absorvido pela decisão da moça.¦Entretanto Delilah ia procrastinando:

Talvez que me decida. Quero, po-rém,' dar-lhe minha resposta quando

•fôr à Inglaterra, agora na primaveraã.Mas eu quero uma esposa ime-

diatamente.Sinto muito, mas é impossível as-

sim ás carreiras.E quando .ela conta a Colin o que

..dissera ao pobre gentlsman desolado,j perguntou ao artista, quase chorosa:

Mas, per que diabo não lhe deiX o sim imediatamente? E' este gênero

- de casamento o com que sempre-sonhei.

Scnhcu mesmo?;..'¦' — Naturalmente.

Não. Nada de naturalmente. Vocêdeseja coisa muito diferente.

Por exemplo. ..Penso que você deve saber.

Com efeito, ela bem o sabia, e respi-ra profundamente. Em seguida se pu-seram a rir, dizendo Delilah:

Você terminará por fazer-me com-preender meus sentimentos e emoções,ccmo já me fêz compreender os meusvestidos.

Vccê é uma aluna muito boa.Nesse instante foi-lhes servido o chá.

Como Delilah houvesse entornado a xí-cara, Cclin lhe desejou felicidades.

E' supersticioso? — Pergunta-lhe.Não bastante para crer. no que

vccê me disse.E batendo os olhos, Colin sorriu e

continuou:A vida me trará o que eu dese-

TViRESL3IO DA PARTE JÁ PUBLICADA

SF AKY BALLARD, órfão de pai e mãe, vivia em grande casa acas-*" «nada cm compuuma de suas tias Francês e isabeiie. l'ara lazer

.«.-.__. iate as despesas, eia resolvera, a revelia das nas, alugar um aoscomouos a um seniior luucionario puünco, que vivia so. O casamento desua irmã Constánce, deixou Mary desalentada, iicando apenas com seuirmão i»arry, mais jovem que eia. Dentre os que pretendiam a mao deMarv havia úm moço rico de nome Portei- Bigeiow, mas que nao era cor-respondido por eia. U inquilino da casa, Boger Pooie, começou a apaixo-nai-se por xuary, em silencio, a uma lesta do «Dia de Urasas» eie apareceuna reunião intima, integrando a lesta como um dos convidados. JNessa, oca-siao declamou um poema e se tornou o centro de todas as atenções. Marjiicou encantada, mas não dava demonstração de estar apaixonada por ele.fcojrer sentia aumentar sua paixão paia com Mary, mas o diterença deidade era um entrave. Depois do Mual estava sozinho em seu aparta-mento. lendo, quando Mary pediu licença e entrou. Mary desejava serestenògrafa, trabalhar num dos Ministérios, e fora ouvir a sua opinião.Mas o inquilino achava que ela devia casar-se, dedicar-se ao lar e naoficaf arquivada numa repartição pública. Leila e Delüah foram com Porter,Marv e o general Diek assistir a um exercício de cavalaria e evoluções deartilharia, e Barry, aproveitando estar a sós com Leila, declara seu amor.Mas o amor entre ambos é coisa secreta. Barry, porem, revela-o a irmã,Marv e esta procura ouvir a opinião de Roger soure o assunto, itoger seoferece para ir buscar Barry, que está ausente de casa e do trabalho semter dito nada a ninguém. Mary não sabe como agradecer tanta gentilezade Koger, o qual vai «descobrir.» o fugitivo ao lado de Leila e do generalDick, seu pai, numa praia de banhos e lhe dá muitos conselhos úteis. Emsetembro todo mundo volta a Washington, inclusive a irmã de Mary comseu esposo, Gordon, que reconhece em Roger Poole um antigo colega decolégio. Roger confessa que se dedicara à vida religiosa, tendo dirigidouma igreja evangélica; mas depois abandonara as ordens. Roger achaque terá de confessar a Mary esse episódio de sua vida, o que faz atravésde uma longa carta. Depois de ler a carta de Roger, Mary foi a igreja,onde meditou durante largo tempo, resolvendo convidar Roger para tomarchá em sua companhia, mas eles dois, a sós. Mary conduziu a palestra nosentido de Roger voltar às suas funções como pastor de uma igreja. Masêle parecia resistir, embora estivesse adorando as sugestões e a força defé que a jovem possuía. O problema de Barry é discutido e Gordon pa-rece não aprovar os amores do rapaz com Leila, bem como nao via combons olhos qualquer tentativa de Roger para entrar na família, casando-secom Mary. Roger, que se ausentara, escreve uma carta a Mary. Em casade Mary a situação se inclina para separar Barry de Leila. Gordon pro-põe levá-lo para Londres, onde lhe daria emprego. Apesar de ter concor-dado com a sua viagem para a Europa, Barry ilude a vigilância e casa-se,secretamente, com Leila, mantendo o caso em segredo. Quando êle voltasse,então, tudo seria revelado e se uniriam. Leila estava repassada de paixão ecai, chorando, nos braços de seu pai, que não pode adivinhar o que estáacontecendo. Mary resolveu falar a Porter sobre a carta que recebera deRoger, e Porter ficou consternado diante da fugidia esperança que ali-mentava de casar-se com ela. Tia Francês e Porter foram os que mais semostraram indignados com os propósitos da moça de trabalhar como este-nógrafa no Ministério das Finanças, e Gordon não ocultava sua contra-riedade. Delilah levou Porter para tomar chá com ela e ali contou comoiniciara relações de amizade com o seu hoje amigo íntimo, Colin Quale,exímio desenhista de modas femininas. Durante o conhecimento que Porterfêz com Colin Quale, soube que o artista conhecera a Roger Poole e à es-posa do mesmo, mostrando-se muito interessado pela novidade. Nesseínterim Mary escreve longa carta a Poole, contando os episódios maisemocionantes. A carta de Mary, Roger respondeu com uma outra na qualfalava de seus trabalhos e dava informes acerca de sua prima Patty, deauem Marv pedira notícias. Porter estava ansiando por encontrar ummomento que lhe proporcionasse mostrar a Mary o retrato da mulher dePoole pintado por Colin Quale. Então mandou que Leila a convidasseoara darem um passeio de auto pela cidade. Porter deu várias voltas atéaue consultou a todas se desejavam fazer uma visitinha a Delilah. Tudoajustado êle a levou até lá. Mas sua intenção era a de mostrar o talretrato a' Marv. Mas Porter não teve coragem de revelar aquele segredo.A conversa pendeu para férias, enquanto todo mundo tomava refrescos ecomia bolinhos. Porter, não podendo suportar mais, confessa a Mary quea levara ao atelier dc Colin apenas para mostrar o retrato da mulher deRoeer Marv, porém, não se perturba. Mas, diante do que lhe disseraPorter seu espirito começa a vacilar. Chegou mesmo a pensar que acarreira de funcionária pública não lhe servia.

jar, porque eu farei com que assimseja.

Oh! Você crê nisso?Sim. Todas as coisas são possíveis

para as pessoas que acreditam serpossíveis.

Talvez que para os homens; maspara uma mulher! Veja Leila. Eu che-go a temer.. .

Você se engana. A vida se tor-nará feliz para ela.

Como sabe disso?A vida será boa para todos nós,

de uma maneira, ou de outra. Vocêteme quanto a Leila por causa de Bar-ry. Não há motivo para isso. Ora essa.

Sim, mas temo que não percebabem as coisas. Todo mundo já sabeque vão levá-la para onde está êle,por causa dela. E não vejo uma saídapara o problema: se êle não desposá-Ia, lhe esmagará o coração; se se ca-sam, ela terá da mesma maneira o co-ração despedaçado. Saia dessa enta-ladeia. '

Não há motivo para empregartanto "se". Haverá um jeito para tudo,não importa como venha a suceder.

Delilah se levanta e toma de umglobo de cristal.

Você não quer que esta bela fi-que em evidência, porque não se coa-duna com a nova mobília. Mas ela nosdiz coisas.... — Que coisas?

Vou mostrar-lhe.E colocou-a sobre a mesa, entre

eles.Ponha suas mãos em cada lado.

Colin agarreu o globo com os seusdedos flexíveis e lhe falou:

Não me venha com invenções!Ela começou a falar lentamente,

quando, ao mesmo tempo chega Por-ter acompanhado de Leila de Mary,em seu carro.

Agarrei estas duas criaturas aípela cidade; já andamos muito, minhacara senhora, estamos cansados. As-sim, quer dar-nos um pouco de chá?

Colin e Delilah, meio pálidos, a res-piração anelante, se levantaram e fo-ram receber os visitantes.

Colin, procurando consertar a pertur-bação, explica:

Ela estava a ponto de ler meufuturo,

Enquanto isso, Delilah dava ordempara vir mais chá quente.

Era um estranho assunto, aquele.Porter pilhéria:—¦ Algum "truc"?Colin responde como oe estivesse a

sonhar:Talvez, mas Delilah tem ares de

vidente quando me diz coisas bonitase prediz que eu ainda pintarei umaobra-prima e vou casar.

Leila, em pé junto à mesa, toco cemseus dedos hesitantes o globo decristal.

Você vê, realmente, as coisas,Delilah?

Sente-se aí e eu lhe provarei.Leila se impressiona.

Oh! Não!Porter insiste:

Seja esportiva, Leila!Leila se senta na mesma cadeira em

que Colin se sentara. Seus olhos es-

iavam ansiosos. Delilah, debruçadasobre a bola de cristal, olha para asuperfície curva. Há longo silêncio. Emseguida Delilah começa a tremer, co-mo se estivesse em transe. E afasta cglobo com um movimento brusco.

Não há nada a ver — diz elacom voz abafada — não vi mesme na-da, Leila.

Eu bem sabia que, com todos nósaqui a escutá-la, você não consegui-ria nada — diz Porter triunfante.

Mas Colin não foi da mesma opinião:— Penso que deveremos tomar nossochá antes que esfrie.

Estendeu as xícaras a Leila e a ser-viu de açúcar, limão e de doces. Nãocessou de falar com a sua maneirameio-cín.ica, meio-sincera, como se es-tivesse misturando as coisas no cursode suas idéias.

Quando, por fim, cs visitantes se fo-ram, êle se volteu imediatamente paraDelüah:

Que foi que houve? Que foi quevocê viu, realmente, na bola de cristal?

Delilah está trêmula.Eu vi Barry! Oh! Colin! Não

quero crer. Talvez seja unicamente mi-nha imaginação, pelo fato de eu ator-mentar-me com a situação de Leila; maseu vi perfeitamente Barry a me olharcom um rosto estranho, e todo branco,dentro da noite.

CAPÍTULO XXI

Em fevereiro 'Roger escreveu a Mary,em tom algo cerimonioso, para saberse a sua prima Patty poderia arran-jar um cômodo em casa de Mary a fimde assistir à posse do novo Presidenteda República. Dizia a carta:

"Ela está enormemente feliz com avitória dos democratas, mas, a des-peito de suas idéias avançadas, émui-to tímida, e não conhece ainda asgrandes cidades."Achb que resolverá muitas de suasdificuldades indo para essa mansão.Além disso desejo que a prima a co-nheça. Eu tinha pensado, primeiramen-te, em accmpanhá-la; mas não creioque possa ir. Têm precisão de mimaqui."

Roger não esclareceu por que nio-tivo era necessária a sua presença IaÊle pouco falava de si mesmo e deseu trabalho. E Mary se admirava.Seria que o seu entusiasmo o haviaabandonado? Seria êle um impulsivofacilmente desencorajável? Porter te-

ria razão, e o fracasse da vida de «o-

ger teria sido devido, não a forças ex-

teriores, mas à sua própria fraquezapessoal?

Respondeu-lhe Mary que se sentiriamuito feliz ao receber a prima Fatry,e a 1.° de março a velhota chegou.

Uma vez cada quatro anos, a cap-

tal se reveste com as gaias de tesw-

Durante anos pode haver parajjgrandes desfiles habituais na ca?»'

pois é um assunto de todos os dw

ouvirmos ao longo da avenida ec

de música e o pisar da ^ult^aafunerais de grandes homens, comdeiras em luto, estandartes ero c '

e a Música da Marinha que execu.."Marcha fúnebre" perto da carreta»

MààÊÊM

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23

tuória; há pelotões de cavalaria jovialqUe vêm de Fortmyer, para escoltaralguma celebridade; há desfiles paté-ticos de gente de preto pomposamenterevestida de insígnias de alguma-so-ciedade, que oferecem aos seus mem-bros falecidos o tributo de uma glóriapública que jamais conheceram emvida; há desfiles de circo e paradaseleitorais, bem como a de grandes es-colas, todo um desfilar de tropas e degente cem o que a humanidade advertede sua importância.

Mas a posse é uma manifestaçãoúnica e grandiosa. Todos trabalhampara o fim de assistir à mesma. Todoo tráfego é interrompido, toda a po-lícia da cidade é mobilizada para seuserviço, para proteger a solenidade, ametade dos detectives do país é con-vccada para a mesma. Toda a alta so-ciedade vem contemplar, instalada emtribunas na'cidade alta; todo o povovem olhar, ao longo dos passeios nacidade baixa. Trens superlotados des-pejam ondas de visitantes; populaçõesse arranjam como podem em hotéis epensões familiares, não se falando noshóspedes de casas particulares.

À cerimônia de 1913 se juntou umoutro elemento de interesse: a paradadas mulheres no dia que precedeu àposse do novo Presidente. Nessa oca-sião, o vermelho, branco e azul das an-tigas decorações foram avivadas peloamarelo, branco e vermelho das su-f racistas.

A prima Patty trazia um pequenolaço de fita amarela, quando Pcrter aencontra na estação.

Porter não estava disposto a acolherqualquer prima de Roger Poole de bra-ços abertos; mas conhecia seus deve-res a respeito da convidada de Mary.Ofereceu o seu carro e insistiu paraque Mary aceitasse e dele se servisse.

Quando Mary protestou, procurandodesculpar-se por não desejar dar-lheincômodo, Porter falou cem certa afli-çãoí

Pelo amor de Deus! Não me torneainda mais infeliz recusando-me o de-ver de fazer alguma coisa por você!Não me dá nenhum incômodo! Só te-rei prazer nisso!

A crima Patty, a despeito das pre-venções de Porter, apresenta-se commuita distinção. Entregou seu pequenovolume de viagem com um tal modoatencioso de tratamento, seus olhos ti-nham tal expressão de confiança e bon-dade, pareciam tante com os de umacriança, que Porter nada mais- pôdefazer que rir e ajudá-la com prazer,conduzindo a bagagem.

Miss Ballard está lá em nossocarro, no pátio da estação. Não quisque ela viesse aqui para dentro emmeio dessa multidão.

A prima Patty se comove.Esta multidão! Eu jamais vi coisaigual na minha vida! Nunca imaginei

que houvesse tanta gente no mundo.Veia o senhor; eu jamais saí paramuito longe de minha casa, e em tô-aas as estações eu vi essa multidão.Wuando cheguei aqui, fiquei no degrauao carro, atordoada, a olhar essa mas-*a que se movimentava em todas asseções. Pensei que ia desfalecer, maso chefe do trem me mostrou a porta°e saída, e foi então que vi o senhor,wm sua cabeça triunfante, deminandoa todos.Ela disse isso com tanta sinceridadeque.Pcrter tornou a rir.

rr_r Carew' ~ ói7- êle — eu quero«^ aue a senhora pensa.___

~Ue eu penso, o quê?"ue é minha cabeça triunfante.Uaro!•^us elhes negros brilharam,

vêu S6nhor é tão alto ^e eu podiaPintouP°I,CÍIrla do P°vo< e R°ger mom d^ravelmente- Mary Ballards~ra

?ue o senhor viria, certa-

mente, ao meu encontro. .. E agora es-teu mesmo em Washington?

A prima Patty queria perguntar: "Es-tou eu, realmente, no Paraíso?" Masnão teve mais esfusiante expressão.

Nunca esperei vir a esta cidade...A visitante continuava a explicar-se

enquanto Porter a guiava através damultidão.

Nunca imaginei que viesse aqui. Eagora, eis que a bela Mary Ballard deRoger prometeu mostrar-me tudo!

A bela Mary Ballard de Roger, naverdade!

Miss Ballard — diz Porter em tomfrio — vai tomar uma semana de li-cença a fim de mostrar-lhe toda acidade.

Sim, Roger já me havia ditp. E'Mary que está ali naquele belo carroa serrir? Oh! eu estava certa de queela era exatamente como Roger me des-creveu!

Com efeito ninguém poderia resistirà prima Patty. Tinha em sua encanta-dora voz, na sua personalidade cheiade vida qualquer coisa que a colocavaac ma de outras mulheres de sua idadee de sua origem.

Porter, para passar pelo Capitólio epela Biblioteca, deu uma volta consi-derável. Em seguida, desceu a Ave-nida toda decerada para o desfile daparada. Mas os olhos de Patty olharampara além das tribunas, lá para oslados da alta flecha do monumento quese percebia à distância, e quando pas-saram diante da Casa Branca, ela seacomoda melhor em seu assento esuspira:

Pensar que depois de tantos anes,é um homem culto, um gentleman quevai viver ali!

Há outros homens cultos e gen-tlemen, lembra Mary.

Não há dúvida, querida. Um repu-blicano não é mais que um... repu-blicano. E um democrata é um gen-tleman.

Os olhos de Mary dançavam.Prima Patty, — diz ela — posso

chamar-lhe assim? — Que fará vocêquando as mulheres puderem votar?Será que as mulheres que são repu-blicanas poderão ser "ladies"?

Oh! Você está zombando de mim!— respondeu desolada.

Mary acomodou a prima Patty numapartamento que era contíguo ao detia Isabelle, e as duas se mostrarammuito sorridentes, abraçaram-se à mo-da antiga e ficaram amigas imediata-mente.

Quando a prima Patty recebeu a suabagagem e instalou tedos cs seus per-tsnees muito interessantes, ela deixouaberta a porta de seu dormitório quecomunicava com o aparlamento de tiaIsabelle, a fim de que ambas pudes-sem tagarelar à vontade.

Mary me disse que hoje à noitevamos ao teatro com o Sr. Bigelow.Quero que tia Isabelle me diga quevestido deverei usar. Ccmo sabe, há'muito tempo vivo fora do mundo!

Mas você vive muito mais nomundo do que eu — lembrou-lha tiaIsabelle.

A prima Patty, em lindo robe dechambre sentou-se a uma cômoda ca-

' JP¦ wdeira de balanço a fim de discutir ocaso.

Que quer dizer?Mary me disse como as suàfi;;

idéias, Patty, são mais avançadas <$»fque as minhas. Você adotou teoricmodernas e as executa. E eu a invejo 5desde que ouvi falar de seus bolos d«|icasamento.

"E' um bom negócio, e euobtê-lo mesmo em casa. Eu jamais se-!ria capaz de ganhar a vida fora d<jV-5lar. Só posso desafiar os homens. .'.?|em teoria! Sou, porém, realmente, umcjyjmulher do Sul, e mulher em toda a éifêitensão da palavra, se amiga sabe jg|que quer isto dizer! — Diz ela a r||jovialmente. E' evidente que jbu ÀaMdisse isso a ninguém, nem mesmod<üRoger.

Nesse instante entra Mary vestida'!em encantador vestido branco, parqfo jantar. d||

Oh! — diz ela em tem de censura!— Vocês a.'nda não estão prontas?

Patty se levanta.Eu/desejava saber que-vestido!

levaria, e ficamos ambas a dar cÒnila línqua há uma hora sem que djà$jséssemos uma palavra sobre isso! '

v||Não se preocupe com isso, .^

diz Mary — pois não seremos mmpde quatro. . w

Mas eu me preocupo! Reger metj,ajudou a organizar meu guarda-roüptjt^jjÊle se lembra do mais simples vestidd;que você usou quando êle estava aqiiíM

Deveras? ?j|

(Cont. na pág. 48.)

B

Tradução de RENATO DE ALENCAR Ilustração de JERONYMO RIBEIRO

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' CC Vendo-se presos pela descida daquela grade de ferro que lhes tomavaww a passagem de vclta, Rob e Tony ouviram uma voz. Vinha do lado daparede. Seria o prisioneiro? Com esforço, eles procuraram forçar uma portade pedra. E o conseguiram. Apareceu, então, através dela a figura esquálida

de um homem de cabelos e barbas crescidas, vestindo trapos. Rob ilumina o am-biente com sua lâmpada. O prisioneiro está perplexo. "Vccê é Roy Robinson?" I Ej— pergunta Rob. "Sim. E quem são vocês?". Rob lhe explica tudo. mas lhe diz I v1também que estão prisioneiros do Mandarim, que fizera descer aquela grade. I con

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Cffi Marga e a favorita do Mandarim acompanham os passos deste quandoÜO êle deixa seu palácio. Vai o chinês ao templo e acende várias velas ali.Elas entram no templo e vêem um enorme ídolo com muitos braços. Marga le-vara alguns dos seus "coolies" de confiança e um deles explicou: "Aquele é

Kuan-Jim. o deus de muitos braços para a caridade". Mas a moça nao estar

muito interessada nesse deus e só olhava o Mandarim a trepar ídolo acra

até que. alcançando a boca da estátua, meteu-se por ela a dentro, aesap ?

cendo. O fato foi observado por um dos "coolies". que o transmitiu a ws*

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è: ^•&s^^^*^^m^^^^^M

5aido

r- rj Por uma escada que havia no interior da estátua, o Mandarim desceu. sioneiro. Fechcu novamente a pcrta falsa.O / No final da mesma havia uma espécie de assoalho com orifícios para ven-tilacão Mas era um alçapão. Ò Mandarim ergueu a tampa e disse com alegria:"Ah' Êu bem o imaginara! São espiões!" Êle viu Rob a conversar com o pri-

, — n ê es«8uma meia *%^0*»

atento, pois qualquer coisa poderia acontecer a seus homens. E e ffl0 calninh«

se passa e vê todo mundo embriagado com ópio! Marga segue o ^ j^vá-lo1,

do Mandarim e fala, aos seus amigos. Vai buscar uma coroa p

Êle usaa seus

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25

RESUMO DA PARTE JA PUBLICADA - O ^ ^.naufragara com ssu iate. salvando com o cão "Skíp". levados pare .erra por duas moças qu» ex-cuwionavam na .ancna I-anuam Rob manaaconstruir un. novo iate e segue com Marga e Willy. suas salvadoras, para umas aventuras nos mares daChina, dispostos a descobrir e salvar um reportar que caíra prisioneiro de pixatas chineses. Também eles foram aprisionados por juncos, mas Rob e as mo-ças fizeram camaradagem com um holandês de nome Tony, que se pasmou para o seu lado e os ajudou em vários conflitos com outro. piratas/Orientadospor Tony e ajudados por muitos chineses assalariados, deixaram a lancha num pÔrio sob a guarda de Willy e seguiram para um feudo cujo Mandarimmantinha prisioneiro o repórter. Tony levava boa quantidade de ópio e conhecia bem os costumes. No dia seguinte, depois de hospedados, Marga des-cobriu, casualmente, and* estava o jornalista e narrou tudo a Rob. Este e Tony vão investigar, mas caem numa armadilha.

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C Q Louco de raiva o Mandarim corre ao jardim. Havia ali uma alavanca sus-wv/ tentando uma porta d'água. Êle suspende e um jorro d'água corre por umconduto e vai inundar a cela onde estão os prisioneiros, arrebentando uma parteda parede para dar passagem à corrente líquida. "Aquele canalha nos pegcu

de jeito", exclama Tony. Era esta, naturalmente, a intenção daquele Mandarim.Rob grita: "Marga! Marga!" Mas ninguém lhe responde. A corrente d'água iaaumentando cada vez mais e a prisão se enchendo. Se Marga não chegasse..dentro de alguns segundos, eles três morreriam afogados, inapelàvelmente.

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'-llMarga foi bem sucedida na busca de uma corda e fei pedir ajuda aos seus

JVc aJni9os de viagem. Em companhia de um deles ela sobe rapidamente para

j_ «n__ . ,<?.°'°; ^° instante em que ela ia transpondo a boca, um dos marujosda um grito de alarma. E' que, dentre os braços do ídolo surge o«Io "Pandora"

Mandarim, ameaçador, com uma longa e afiada espada! Mas o chinês amigo nãoperde tempo e dá-lhe um tiro com o seu revólver. O Mandarim solta um grito eAfcai arrastando na queda vários braços do deus. Marga nota que na própriaboca do ídolo há uma armadilha. Ela ouve os gritos dos prisioneiros, mas...

\VflB __Bfl(flB^'!/______! BB___L______ r___h___ .dfl___ * **^^__ *^^_-_fl_-_fl ___¦ _B_B _r flfl _r • ^4V Wflfl ___P'*** • * ' AmMm] Hb__«_n fl_F4_ BB_____-fl_V^\\^__B_B BB_______PBr_5wo_y_--fl _-_'^\^_-_-_-_BflB____r BV

OU ®, Caso se explica. Por detrás da escada, no interior da cabeça do ídoloum mecanismo secreto que pode fechar a boca do deus. além de mo-T«-«»e os braçmaVa «. 0rc,Ços vedando a entrada. Marga estava vendo tudo isso e se alar-

as, quando o marujo alvejou o Mandarim, já ela estava salva. E foi

isso que a valeu. Mas era preciso também salvar o marujo. já agora tambémentre as armadilhas do Mandarim. Mas o salvador de Marga lhe disse que nãose importasse com êle e fosse salvar os que estavam prisioneiros. Marga desceuaté lá levando a corda. Os gritos se ouviam e ela não tinha mais tempo a perder.

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IlAQUILO QUE 0 VENTO NÃO LEVOU

governado apenas por dois sêres primitivos — animais raciònáis! Que paz! Um Mundosem guerras, sem fronteirassem bombas atômicas... Com-bales? Só entre os animais sei-vagens... Não. Adão, o pri-meiro Homem, já se dava aosprazeres das caçadas. Já exis-tia nele, em potencial, se bemque extravazando em inocentesmanifestações de tendênciascónquisladóràs', a fibra que seperpetuaria, através de séculos,e gerações; e chegaria, até nós,apuradissima .— a fibra des-truidora. Desde Adão até agora,a fibra prevaleceu, mascarando-se, ora, em "lutas" e "defesas"— defesa de honra, defesa deleis, defesa de fronteiras, de-fe.sn de idais — por mais pa-radoxal que isso pareça; ora,em simples e não mascaradasexteriorizações. .. Herança ma-cabra, sim senhores!...

Ah! Se Adão e Eva soubes-sem! Se eles soubessem avaliara responsabilidade que lhes

¦ ¦ ¦

wí Á muitos séculos, vagava no Espaço uma infinidade deentes sobrenaturais: gênios, ninfas, bruxas, gnomps...

s|t|/ V por vetes, cansados de perambular, baixavam a umÈàstro e passavam temporadas divertindo-se. Isso faziam aos bandosWe nunca a sós, pois uma lei punia com o exílio perpetuo aqueleWque se afastasse das colônias. Entre eles, viviam entes peque-miinos, dotados de grande inteligência, conhecedores dos segredosMú. Terra. Eram os Gnomos. Atraídos pelas riquezas e mara-milhas do nosso planeta, eniranharam-se, aos grupos, nas suasmmisteriosas profundezas e atingiram os seus mais íntimos re-

Mpisssos, lá fixando residência. Suas mulheres, as Gnômides, do-fiadas de rara beleza e péssimas qualidades, tornaram? se as guar-Adieis das minas de diamante lá existentes. Possuindo ambos donsA sobre naturais, tornavam-se invisíveis conseguindo penetrar noIâmago dos seres. ."-.' '1 Certa vez, uma jovem Gnômide, fugindo a monotonia das pro-

Jfundezas da Terra, veio à superfície gozar as carícias adoráveisWkdós raios solares. Aqui chegando, recordou-se, com pesar, que%tiflo devetia mais regressar à comunidade. Naquela época, era oWnosso planeta habitado apenas por um casal: Adão e Eva. Viviam$tíh paz e harmonia... Eva era um anjo dócil e meigo. Adão, oIcompanheiro ideal, solicito e dedicado. Eram felizes. Se não

conheciam a ambrosia e o néctar dos deuses, familiarizaram-seWem cedo com a maçã...

Admirou-se a invejosa Gnômide ao ver tanta felicidade: fazia-mfjie mal. Não era ela um duende solitário e vagabundo?! Nasceu-lhe%eritão o criminoso desejo de perturbar tamanha paz — assim dariai expansão às idéias mórbidas concebidas por seu cérebro disforme.m'Precisaria penetrar no coração de Eva. Como? Como, se ela"§à trazia trancado com a couraça da virtude? Quebraria, acaso,$ aquela couraça virgem em combates? E a Gnômide pensou...

pensou... e resolveu pôr em prática diabólico plano de amolgação.Pobre Eva! ...

i Adão, conforme sentença divina, ganhava o pao com o suor*do seu rosto... Embrenhava-se nas selvas, na luta pela subsis-

Ciência, e, ao cair da tarde, retornava ao lar, carregado de troféusI:Í>aTa presentear sua amada. A entrada da caverna, costumava en-iúcontrar Eva esmerando-se no preparo de novas tangas dos maismvariados fèitios e cores. E com que prazer ela o fazia!... ¦

Trago-te, hoje, uma pele linda. Farás tangas maravilhosas!'••¦ E assim viviam ambos, vida simples, em contato com a na-

Hureza Fora a luta pela subsistência, só uma coisa os preocupava:novoar o Mundo. Uma grande missão, é verdade! Mas. Que

A responsabilidade! Um Mundo vazio ou quase isso. Um Mundo

Conto de LOURDES JUDICE

fora confiada: povoar o Mundo!Se eles conhecessem um pou-qninho que fosse dessas com-plicadíssimas leis da heredita-Piedade! Se eles pudessem, aa"menos, vir presenciar os efei-tos, as conseqüências, a catas-trofe!. . . Talvez, mascarandomais uma vez o fatal instinto,rogassem a Deus a "destrui-

ção" desse Mundo, suplicando-Lhe que os colocasse, então, nomarco zero, a fim de que pu-dessem começar de novo!.:. ,

Voltemos à vida simples queviviam os dois. Voltemos à en-trada da caverna, onde Eva pre-parava suas tangas... E, Adão,a chegar da caçada com seus.lindos troféus:

Trago-te, hoje, uma pele linda, querida!...Eram felizes. Tão felizes, que a Gnômide não podia mais su-

portar tanta felicidade. Odiava aqueles dois seres humanos etraçara planos...

Uma tarde, estavam Adão e Eva a gozar as delicias de umasesteada, sob frondosa árvore, quando Eva percebeu, ali bempertinho, por trás de uma gruta, a onça domesticada que acom-panhava Adão a toda parte. Sob os reflexos do sol poente, o

pêlo do animal surgia apresentando tonalidades varias, e waadmirou-se de nunca, antes, ter nela reparado! h, enquanioaonça es preguiçava-se, manhosamente, ora enroscando-se, ora n-luxando a musculatura, Eva perdeu-se em devaneios leves, supei-ficiais, indecisos... Tão leves, tão superficiais, estavam a .tomboiando em seu pensamento! Foi então que a ünonuae enavucom sua astúcia. Conseguira captar-lhe o fio do Pensanm°„nresto seria fácil. E a Gnômide, sorrateiramente, sopravaouvido de Eva: <„ a*.

Nenhuma das inúmeras peles que tens, chega aos peswquela que ali vês... Repara, como brilha estranhamente, a cmondulação do flanco do animal! Imagina que belíssima wv ,e ¦' : y n'íí ífuras... t„. .. t-/niP9)M\

Pobre Eva! (Oh! Tentação! Por que te vestes lao linr^A'MEva continuava a cismar... E sentia que ,crescia, f«n™ Jjfljsl

ido. A principio, veladamente.asegm,lalmente, um desejo louco, inadiave^ {

exatamente aquela¦¦'•

hecendo naquela mg

algo até então desconhecialgo mais definido e, finalmentereprimivel, de possuir aquelaonça

O reslher ambiciosa e egoísta a sua lao lema nvuzamu, '^""~ ~yrt,

#joseus próprios interesses. Mas... Eva apresentou «^"ÍJ^^/ojÍiIsábios — insuflados pela Gnômide — e mostrou-se /a0 ".?• -¦*¦e melifluamente mulher, que a onça de estimação foi sauí,e Eva ganhou a pele!

Nem por isso, o prazer da vitóriatória — foi tão grande assquisto em si mesma, comobjeto conquistado...

Mulher, liem!?... ,', nro/UH-'rs coisas calaram também, P^^

do foi fácil. O companheiro, desconhecendo ""?»"? detíbiciosa e egoísta a sua tão lema Evazinha, teiüoaat^ ^

itdiloWiliçada¦' m''

üa vitoria - vitória «'"«^7^3mim. Geralmente, ama-se mais a ,os louros da Vitória, do que o pruy ,^

Adão sofreu e calou. Outrasdame nie, no seu coração. Quebrara-se « »-;-- . cque viviam. Dali por diante, o campo estaria aberwu^maquinações da Gnômide vadia

() doce encantamento>erto as cavu

Ela captara, também, os ^íiyi/osfl*

(Cont. na P«».54)

Ilustração de M. QUEIROZ

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Um emblema da lesta dos Gran-Ges-tes: a bela plástica de uma loura nomemento de um merecido repouso.

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SÁTIROS E NINFAS NUM

CARNAVAL PROIBIDOA DISSIDÊNCIA DOS "CAFAGESTES"MENTE OS "GRAN-GESTES" * LI LIA,TESTA: "NÃO SOMOS EXISTENCIALIPOSTO SEIS TODOS FAZIAM O QUETAÇÕES NEM PRECONCEITOS • ASLARIAS" DERAM A NOTA DIFERENTE

LÁRIAS" DERAM A NOTA

ORGANIZA VITORIOSA-A GURÍA LOIRA, PRO-

STAS * NA FESTA DODESEJAVAM SEM LI Ml-DUAS "MARIA CAN DE-* UMA FRANCESINHADIFERENTE

LÍLIA, a guria loira que mais tarde do-

minaria, por inteiro, o "grill" do cas-sino Atlântico, na festa de sábado de ale-luia, promovida pelos "Gran-gestes", dizia,ainda no Alvear, aos repórteres:

— A nossa festa de Carnaval foi deli-ciosa. Disseram que era uma festa exis-tencialista. Mas, nada disso. Somos umaturma unida e brincamos como se estives-semos cm família. Um não incomoda ooutro, a liberdade é comum a todos; porisso a festa é boa. Vocês vão ver como anossa turma sabe brincar.

Estávamos realmente curiosos para as-sistir ao baile de "Sátiros e Ninfas" na"boite", hoje fechada, do Posto Seis.

SILVÉRIO, O HISTORIADOR

Conversava Lília tendo ao redor os or-ganizadores do baile, que fazem do Alvear,na Av. Atlântica, o quartel-general das suasatividades. Mas Silvério, garção da casa,que há onze anos serve os fregueses dobar e que alguns dos "gran-gestes" teimamchamar de "Camarão", Silvério MorãoArcos é que sabe contar a história dessesdois clubes que dominam as preocupaçõesbrincalhonas da rapaziada de Copacabana.

— Eles organizaram aqui mesmo, no bar,há muitos anos, o "Clube dos Cafagestes".Gente boa, muitos deles hoje são pessoasinfluentes, outros já se foram deste mundo,

Texto de HUMBERTO ALENCARFotos de ALBERTO FERREIRA 1

como o saudoso Èdu (cuja morte inspiroua marchinha "Zum-Zum", que tanto su-cesso fêz na sua época). Amigos, aqui sereuniam diariamente e daí surgiu a idéiade organizarem esse clube volante. Asfestas faziam época. Depois, eles se mu-daram daqui e não sei para onde foram.Ficaram alguns. Estes, então, se organiza-ram no bloco que hoje vai dar essa festa.

DISSIDÊNCIA NOS "CAFAGESTES"

Com o correr dos tempos, quando a ra-paziada foi se tornando menos moça, es-boçou-se uma dissidência no Clube primi-tivo. E' que o Clube se tornou por de maisgrã-fino, ao ponto de mudar a sede do

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7 ? fra como no Carnaval, grande• bacuna... a festa logo esquentou e o samba dominou tudo..mesmo o índio e a lourinha que estavam

tristes.

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" Lilia. de tão animada, tomou o comando do saxofone.

Alvear para outro local. A minoria nao

concordou com isso c ficou fiel ao lema

de "brincar sem limitações", fazendo do

mesmo Alvear a sede do novo bloco que

se chamaria mais tarde os "Gran-gestes",

que é uma mistura de grã-finos e cafages-

tes... de brincadeira.Reúnem os "Gran-gestes" "sátiros" e

"ninfas", como eles próprios se denomi-

nam. E fazem a sua folia sem barulho, sem"esquentações", mas com vibração, um sem

se importar com o outro.

UM ACIDENTE MUDA 0 RUMO

A princípio as festas eram feitas longe

da cidade, em locais preferidos pelos queformavam quase a maioria dos "Gran-

gestes". Um dia, entretanto, ao voltar de

um destes bailes, um dos carros virou e

meia dúzia de "sátiros" foi parar no lios-

pitai. Lá ficou essa gente quase dois meses.Restabelecida, "sátiros" e "ninfas" come-moraram com um baile o acontecimento e

juraram que dali por diante ás festas si.

riam na cidade, em Copacabana mesmo.Os ponches e os vinhos, os "samba em

Berlim" c as "dinamites", a "uiskada" e os"cuba libre" poderiam levar outras tantos"sátiros" e "ninfas' aos hospitais e o me-lhor seria ficar mesmo nas imediaçõesda sede do clube.

DUAS FESTAS ANUAIS

Reúnem-se diariamente os "sátiros" e as"ninfas". Encontram-se na praia e sãoeles os guardas mais intransigentes da Co-

pacabana maravilhosa, por que vivem in-tensamente o seu mundo, as suas surprê-sas, as sugestões dos seus panoramas, ovivo do seu colorido dia e noite.

Ali estão eles, no Alvear, cotidianamente.Vez por outra se reúnem no apartamentode ura deles e a brincadeira, ao som daeletrola, entra pela madrugada. Oficial-mente, entretanto, organizam anualmentesomente duas festas. Uma, pelo Carnaval,outra, no sábado de aleluia.

COOPERATIVISMO NA BRINCADEIRA

Usam eles o sistema de convites. Custacada convite trezentos cruzeiros, com di- \reito a bebida. Os convites, porém, não %são vendidos a quem apareça. Necessárioé que o pretendente seja apresentado porum dos sátiros ou uma das ninfas. O apre-sentante será uma espécie de fiador dopretendente, responsabilizando-se por êle,garantindo ser o apresentado um bom m<%ço,que não é dado a brigas, cujo desejo éunicamente brincar. ,v

Os "Gran-gestes" não querem saber dpbrigas. Embora repilam com a força qual-quer agressão, não gostam de elementos ba-rulhentos. Silvério, aliás, nos disse queos "sátiros" são calmos, enquanto que os"cafagestes" eram "esquentados". Por qual-quer "dá cá aquela palha" estavam eleslutando.

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.e o entusiasmo contagiava mesmo oi brotinha^ ^;; gun

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29

CARNAVAL PROIBIDO#l-riri

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NADA DE EXISTENCIALISMOA•Quando chegamos ao "grill", acompanhados dos organizadores1 do baile, a festa ainda estava para começar. Eles próprios con-

duziam para o bar as caixas de bebidas e as ninfas cuidavamde orgnizar o salão. Tinham providenciado uma "jazz" que nãofizesse como a outra, a do Carnaval, que do meio para o fimnao articulava mais nenhuma nota musical.

"to-i E a festa começou e viveu até às cinco da madrugada, uma; festa sem limitações nem respeito a nenhum preconceito. Be- •*

bia-se o que tinha o bar. Dançava-se como se desejava e o que| desejava.

Uni "sátiro" esclareceu aos dois repórteres:

— A minha liberdade termina onde começa a do próximo.Por isso aqui não há brigas, quem quiser bebe até cair, quemnão quiser não bebe, um não se incomoda con), o oujro. Masisso não é existencialismo, pois nós tomamos ..banho, e somos <alegres. Veja você que isso aqui é bem diferente das "caves"

de Saini Gérmaine de Prés.

UMA FRANCESINHA ADERE AOS "GRAN-GESTES" 1 IW::

iririri

 francesinha, que fala mal o português mas já canta sambacomo ninguém, estava fantasiada a caráter. De braço dado acseu "sátiro", a princípio não queria saber da máquina foto-gráfica. Depois, aderiu por inteiro. Também depois, com ai-gumas horas de baile, todos aderiam, médicos, advogados, enge-

* nheiros, oficiais, comerciantes, todos faziam o que queriam eSI não tinham receio da indiscreção- das fotografias...

! Com linguagem arrevezada, a parisiense transmitiu ao repórter1 a sua alegria, dizendo que pereferia o "grill" do Atlântico naquela.noite aos cafés do Mestre Sartre...

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Do meio para o fim de tanta folia muitos estavam cansados (segundo plano)... mas outros não. m

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TUA LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A DO VIZINHO

*uma da madrugada a festa estava no auge. As "ninfas" eramcarregadas nos braços dos "sátiros", deitavam-se onde queriamwse deixavam ficar nos idílios de amor, à meia-luz, às mesas,°u ainda fugiam Para os colóquioe, aos cantos da "boite". Nin-™ dizia nada a ninguém, um não reclamava nado do outro.

Mo muito natural, tudo muito normal* para uma festa bra-su«ra... sem limitações... } , ';•

Lilia tocou saxofone, dirigiu a orquestra, Glória sapateou e senoThiCarregar Pel° se« "sátiro", Dulce deixou-se ficar deitada,bend b(;bendo ° seu "cuba libre", Rtíta ficou na mesa, be-

0 guaraná, tristonha, espiando, espiando com nostalgia...

AS DUAS QUE NAO BRINCARAMNo

nào c*T° d° Salã° duas "Maxias CahJdJ)|árias*V que não pulavam,

nhas vam' não se levantaram; para o cordBo. Diziam éoisl-vososTt3 a° ouvido dá outra, e riam baixinho, com tiqúes üèr-*mà r'

menos m°Ca do que a outra, guardava aquele ar?ieraac, inidade tão característico, mas a outra, bem feminina,||o vinh • lava mais» aconchegando-se à companheira. E bebiam

[fente °

I!vendo ° seu mundo*, dando ao baile uma nota dife-

teiS bém elas existem aqui, não é privilégio dos cafésnses.

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' ^eno da camisa de malandro estuva entusicvmada com o "broto" quea tomara no 3 braços.

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Lilia, uma gaúcha tão inteligente como encantadora, apresentou-se vestida de Imprensa e fês furor. Era uma imorennn Uva ««»«.

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moda, imperatriz absoluta, amável ditadora comdireitos também absoluto» sobre milhares de mu-

é também patrona de uma indústria rica e prós-fator de turismo, arte e o inferno destes pacatosque são os maridos. Também o Rio, como tantasmetrópoles, possui sua indústria da moda. Gran-

jòalheiros, costureiros, cbapeleiros, desenhistas, lu-criam e lançam a moda segundo os últimos pa-

emanados da meca da moda que é Paris. A cadaIo que atraca na praça Mauá, corresponde a resposta

> anciosas espectativas de milhares de cariocas elegantespor êle, serão satisfeitas em sua vaidade. Perfumes de

len Lelong, Patou, Chanel de todos os números, de5 que é o mais famoso. Vestidos de Jacks Fath, tãoicnos que cabem numa caixa de sapato porém mais

que um trator agrícola. Plumas de todas as avesUniverso. Jóias preparadas em laboratórios dos ai-

' nistas modernos, artistas que com qualquer cristalcapazes de prepararem gemas capazes de ofuscar ojso colar da infeliz rainha Maria Antonieta.

fada bolido de aço da Air France descarrega uma cargaté é esperada com mais expectativa do que as notícias

jionais — os figurinos: "L'Oficiel", "Vogue", "Be-

ipelo qual as crianças, que não podem ir à Paris,conhecimento das últimas tendências. Bíblia ai-

será tão lida e tão comentada,nbém no Rio os ditadores da moda indígena go-

de largo prestígio, tendo uma opinião sua o mesmo

.jr de uma bula papal no século XV, para estas en-

itadoras doidivanas que Shopenhauer classificou "de

Io animal de idéias curtas e cabelos longos". Mas como

„ atrazado o grande filósofo, a moda agora é de cabe-

Içurtos, tão curtos como os de um adolescente, segun-

Antoine de Paris.

DÁ IMPORTÂNCIA DE USAR-SE UMA CAPA DE PELES

EMBORA O TERMÔMETRO MARQUE 30° À SOMBRA

Reportagem de MILTON TERRYFotografias de ALBERTO FERBHRA

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Se o leitor tiver a sorte (ou azar?) de ser solteiro não conhecerá por felicidade sua, oscaprichos da moda. A importância no calen dário elegante (e na conta do banco) da esta-cão invernal. Da conveniência absoluta de u ma "renard argentée" ou de uma "vison sau-vage", que custa a bagatela de Cr$ 1.600.000,00 numa noite de junho no Teatro Municipal,embora o termômetro negue-se a reconhecer o inverno, marcando, implacavelmente, 30». Daabsoluta importância do uso dos pequenos cha péus nesta estação embora ainda no mês pas-sado eles parecessem "sombreros" mexicanos.

Ah! os chapéus, mais fácil será a teoria da reexata, e o momento exato que cada modelo tevolúveis. De manhã, palha; ao meio dia, feltes". Qual a elegante que não conhece Tavacher a cabeça mais vazia e de esvaziar osSuas opiniões, dogmas. Quando vires, leitor, aibelo rosto, pensa bem, no trabalho que muié tão deliciosamente levado à testa de uma cabenia; o pescador de pérolas do Japão; a humilpagaria aquela pequena jóia.

latividade üe Einstein de que saber a horará o seu lugar. Suas leis são caprichosas otro. Â tarde crinol; à noite, plumas e "aigre-res ou Wolf, seus chapéus são capazes de en-

bolsos mais cheios. Suas palavras são leis.guém com o belo chapéu emoldurando umtos homens tiveram para conseguir aquilo quecinha linda. O caçador de aves raras da Ocea-de artesã cujo ordenado de um mês talvez não

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O FIGURINO

Mas se o leitor fôr casado, penetrará entãoonde o comprimento das saias é capaz de cauatômica causa na O.N.U. Nomes tais como:Cristiam Dior, Mareei Rochas lhes serão facomo Voigt, Ortigão, Danúbio, Jair, nomes masentam o equivalente nacional. Gonstantemenalguma o farão tremer: — Imagine você, meum. modelo de Rochas que é um amor; eu

Um desfile de modas (sim também há distante no calendário feminino que nem uma reum salão ricamente decorado, com uma platapor 100 senhoras ávidas e palradeiras acomaguardam o desfile que por 3 meses regerá oo desfile, lindas beldades, ^lindamente vestidase atenciosa. Madame suspira e Monsieur tam

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fiiurinista Voigt. famoso nesse complicado mun-atali •'•Wncias, quando, surpreendido em seuuer' le*°cava o desenho de uma sua criação.

em um mundo completamente desconhecidosar mais polêmicas do que o uso da bombaBalanciaga, Schiaparelli, Garven, Jean Desses,

miliares. Conhecerá então respeitáveis cidadãosis fáceis do que os primeiros mais que repre-te ouvirá frases como esta que sem dúvidau bem, que a Cotinha mandou vir de Baristambém...

to por aqui), é um acontecimento tão impor-volução abalaria. Vejamos como é isto: Emforma elevada e coberta de veludo emolduradapanhadas por 100 cavalheiros estáticos e mudosguarda-roupa de madame. Eis que começadesfilam por entre a assistência agora muda

bém suspira. Alguns cavalheiros solitários to-mam nota: são os cronistas de modas. Fala-se francês, rescende Chanel. E o desfile con-tinua. Sorrisos, suspiros, comentários. Estesprazeres o leitor dificilmente conhecerá. Queme diz o leitor casado dos modelos vivos daCasa Canadá? (Cá p'ra nós, sem que mada-me nos ouça: "Umas Uvas".

Madame vai ao atelier do famoso Arnal-do Voigt, desenhista de modas exclusivo deum grupo de privilegiadas, para fazer umaencomenda dé um modelo "três chie" pára o"sweepstake"; Monsieur espera pacientementena. saleta. Após duas horas de conspiraçãovolta Madame com um sorriso vitorioso noslábios e diz ainda com o mesmo sorriso: —Que achas, meu bem, deste modelo? E seMonsieur tem a coragem de achar algumacoisa que não deve, necessita o quanto antesmatricular-se em um curso de reeducação es-tética (sob influência de Zodíaco) capaz defazer o primário celebro masculino entenderesta coisa tão deliciosamente simples que é— A Moda.

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Conto de ELIZABETH TAYLOR

/%UANDO eu era criança, a idade dasÍJ pessoas não tinham importância parav{ mim; mas a velhice em.si me impres-sionava. Não considerava as pessoas grari-des que eu conhecia do ponto de vista dajjgde todas me pareciam sem idade —e o tempo mesmo parecia não correr deano para ano. Os natais ficavam distantesum do outro, os aniversários ainda mais;apesar de que a passagem do tempo fosseincontestável por muitos indícios. Eu ia"saindo para fora" dos vestidos, segundoobservava minha mãe. Quando* andavapelos dez anos, passei a substituir muitaspreferências em meu coração e a aplicarrainha atenção a certas criaturas cuja per-sonalidade me afetava de modo perturbadore delicioso.

Embora os anos me fizessem rápida-mente maior, como se plenos de apressadoe crescente fervor, as estações perduravam..Os verões me embalavam em felicidade, in-findàvelmente. O inverno não trazia pro-messas de primavera. Mas quando estachegava, eu sentia que se instalara parasempre. Não receiava que uns poucos diasa furtassem de mim, e na verdade poucosdias eram muita coisa quando cada umdeles era interminável.

Nas férias de verão, quando íamos parao campo, a magia dos longos dias de agostose coloria e intensificava pela sedução daSra; Vivaldi. Meu primeiro pensamentoquando nos hospedávamos em Bucking-hàmshire era procurar um sinal da pre-sença dela — por exemplo, um grande cha-Réu de jardim pendurado à entrada ou li-Vros que eu já identificava. Se ela ia vera-near ali,, esclarecia, era para fazer provi-são de "rusticidade" (palavra que ao serpronunciada por ela punha um rubor deconstrangimento nas senhoras donas da pen-são, que a consideravam pejorativa); ve-raneava ali para ter uma folga das atraçõesüe Londres; e tinha sempre uni ar extre-mamente fatigado.

Lembro-me de muitas das roupas queusava, pois me pareciam diferentes e belas.Um enorme chapéu de pano grosso queunha era surpreendentemente forrado deianie dourado, o que iluminava estranha-mente seu rosto pálido. À noite, paneja-raentos bordados com contas de aço pen-Wm pesados e soltos de sua cintura, afãs-in!i 6 x batendoTse no corpo quando elawiava. Nao se contentava de chamar ape-2-a ?tenÇão (lo olhar, com suas écharpes^jantes, suas franjas e seus vidrilhos, mas

despertava ainda outros sentidos, com per-fumes de cravo e jasmim, com o fru-frudas saias de moiré e o chocalhar degrossas pulseiras de âmbar e marfim.Certa vez, quando nos achávamos sentadasno jardim, por uma tarde calma, ela aper-tou uma das mãos para deslizar por elaas pulseiras, experimentando-as no meubraço. Estavam quentes e eram pesadas,vivas como carne. Considerei' que a si-tuação seria agradável para recordar masachei-a insustentável na ocasião. Embara-cada, sentindo-me inadequada, rodei umpouco as pulseiras no meu braço; ela haviajá fechado os olhos.

Compreendo hoje que então ela não eramais muito jovem. Sua linda cabeleira,de um louro cinzento, ia ficando commenos louro e mais cinza; seu rosto muitoempoado tinha rugas. Mas naquela épocaeu não lhe atribuía nenhuma idade. Se-guia-a pela casa e pelo jardim, presa desua sedução, desejando eu também deixarnela a minha marca.

Uma noite, no salão, ela declamou, paraos hóspedes reunidos, a cena do balcãode Romeu e Julieta — as três partes —sentada na ponta do sofá, com seus co-lares de pérolas enfiados pelos dedos, seussapatos bronzeados de ponta fina muitounidos. Outra noite, na mesma sala, ligouo rádio e colocou os fones em meus ou-vidos (pedaços de esponja aliviavam apressão) e dc muito longe, através de umaatmosfera de tinidos, interferências e es-talos, ouvi Edith Sitwell recitando por ummegafone. A Sra. Vivaldi ressaltou paramim a qualidade histórica do momento.Ela me transmitiu a noção de que as oca-siões históricas são raras e de um certomodo se concatenam. Daí para cá, a vidatem sido para mim um momenlo históricoapós outro, mas daquela cena eu me re-cordo vivamente, na sala iluminada, comseus lindos objetos de porcelana. As duassenhoras donas da pensão pertenciam auma família que já tivera prestígio sociale conservavam relíquias Crown Derby queenchiam algumas prateleiras. 0 aparelhode rádio, com seus cabes e fios, ficava sôbreuma mesa de mosaico contra a qual meuirmão esbarrou um dia, quebrando-a. Amesa se desfez praticamente em pó e minhamãe chorou. A Sra. Vivaldi levou-a de-pois para passear no jardim. Fiqueiolhando-as enquanto iam se afastando sobas arcadas de roseiras, uma cabeça lourae outra negra, ambas muito altas. Achei

que pareciam verdadeiras senhoras de umlivro de Miss Braddon.

Uma tarde eu estava só na sala de jantarqaundo a Sra. Vivaldi chegou do jardimcom uma cesta de ervilhas de cheiro. Comose o calor subitamente lhe fosse insupor-tável, ela se sentou, muito rígida, numapoltrona, com a cesta ao lado, e fechouos olhos.

Na sala estava fresco e havia pouca luz,tendo sido descidas as persianas para quenão desbotasse o tapete já gasto. A casadava a impressão de uma concha funda;sua vida apagada e triste se escoara parao jardim, para o gramado de croquet, paraa sombra do pé de amora, onde vultosidosos se esparramavam em cadeiras es-preguiçadeiras, meio cobertos por jornais 1

Sabia que a Sra. Vivaldi não me, haviavisto. Eu estava lendo, sentada no chão,com o meu jeito desgracioso, o corpo eri-roscado e os cotovelos e o livro ampa-rados no assento de uma cadeira. Ali, nomeio dos pés dos móveis, eu parecia ape-nas mais um traste na sala com excesso

{Cont. na pág. 50).

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Ilustração de RENATO SOUZA

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sentamos nestas duas pairas, Papreciação do seu indiscutível bom g

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Não parece que J ¦ I

está contente ^llftif ^em ver-me, te_sffgiFrank. Pensei <? yque lhe daria ) 3im; Jbca surpresa. ^_Y. mas... j

Eu recorihecia miss De-lane por tê-la visto

na televisão'..

Não discutamos aqui. Doreen, esta e Ro- \ramos para o meu apor- <fl se™GrV Evan^ de )

lamento! fl quem lha tenho /jm\ íalaac: £Y*- -—' .

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Eu começava a reconhecer que meu pai tinha razão, e que.eu deveria ter íicado em casa. Agora eu via que miss Delanetinha todas as qualidades para dominar um homem. Erapequena minha chance de reconquistar Frank...

Desde que você não me disse ter mudado deendereço, nem me escrevia há uma semana,eu não estava certa de que minha visitalhe seria agradável!

For que não me disse que vinha Rosemary? Teria ido ^W

, ,-—- esperá-la e lhe conseguia acomodações! ~Y~Y^ \f

Sem dúvida, Rosemary, você tem parte ijnisso. Sem você não haveria .canções,

nem carreira. Isso iá eu disse aDoreen.

Eu sentia que meu coração revivia. Frank parecia continuar a

ser aquele a quem amava por toda a minha vida. O meu prome-tido que me jurara ser meu companheiro para sempre...

S»-__ .__rff_^nu- ^YY Rosemary e eu te- ] Você fará bem não decidir nada sem 1

1/ _£___^fl_ül FRANK / /_--' mos muita coisa a / mim, Frank! Eu desejo falar-lhe sobre I' ________l^_Kll_t»__^_1 r-Y~^-^ conversar e Á coisas importantes, pela manha! ^^m

i ->Mmáy%Y ^m /í/ívj ' /&___ ______

TW. mu,. \ Você d.Uo» de V^J D»- W - -£* j r^^T^"

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to prazer \ esj*ever< ParecenV>^ tala ca- / te. por mim... Mas j ^ ^ ^

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Frank se roudou para este hotel, a con-Eeiho meu, miss Evans. Estou amparandosua carreira, e preciso dele aqui onde po-dèrèmòs ter freqüentes entendimentos!À

E, francamente, não tem muitotempo de receber velhasamizades. Êle tem uma car-reira a seguir, a carreirade um grande com-

positor!

por tê-la em meus braços. Amanhãtudo...

Dormi melhor do que fizera •«J,em^"f™te!'aíéFrank veio falar-me pela manha e tomamos caie

juntos. Mas. na manhã seguinte...

Tenso que ambas temos que falar sobre certas J

cSasJace ata». Já é tempo de definir _

a situação.

YAcho °P°rtuno ^ue voce «^ Estou feliz

| Frank se roudou para este noiei. a w»t-_j / ,~-,-nda receber velhas J saiba, miss Delane, que êle acertaremos .u__.. -—vsr não escreveu aquelas canvY J YyY<JH. FR AN K, \yYyY^\

^^7/A\ do um grande com- J w Ld

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A SEREIA E O SABIDO

A(TEXAS CABNIVAL — Metro)

Metro tem suas fórmulas para os filmes musicais e temse dado muito bem: piadas, música, um bom cômico,

um canastrão, um ás da dança — e uma história «diferente».O cômico, no caso é Red Skelton, que, infelizmente, só temalguns momentos felizes, repetindo gags e situações de outrasfitas anteriores. O canastrão é Howard Keel, que canta sobqualquer pretexto e até mesmo sem pretexto algum. Ann Mil-ler é a sapateadora espetacular de quem já estávamos comsaudades; um número seu é um verdadeiro show — de dançae do pernas! O score musical é fraco e as piadas são comuns,com exceção de alguns gags bem inteligentes. E quase esque-

is de Esther Williams, que aparece num bailado, no sonho de HoAvard Keel, feito sob>cesso de superposição — mas de grande efeito. A piscina aparece aqui, como figuraativa, pois não há bailados aquáticos — o que coloca Esther completamente deslocada,dágua, amigos, ela quase morra afogada. Excetuando-se o que há de ruim, sempre

i alguma coisa que pode divertir. Aos pouco exigentes, claro.

FRANCIS NAS CORRIDAS

metro dc sabedoria

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(FKANCIS GÓES TO THE RACES — U-International)

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uerti é o mulo?

sátira é um dos bons caminhos da comédia e muito setem aproveitado disso o cinema. Mas Arthur Lubin não

envereda por esse caminho quando "explora «Prancis», essemulo que fala, como aliás fala a maioria dos mulos que estãono cinema. Com a diferença que Francis tem quatro pernas —aproveitando a piada da própria fita. Franciso esteve na guerraem «E o Mulo Falou», ao lado de Donald 0'Connor — e issoserviu para provar que 0'Connor é muito mais mulo que opróprio mulo. O «nonsense» é explorado, muito raras vezes,com felicidade; o mais são disparates mal aproveitados. Nãoé preciso dizer que Francis rouba todas as cenas e isso graças,

rande parte, à voz que lhe é emprestada por algum rádio-ator de renome do -rádio-o norte-americano. Podia-se perfeitamente satirizar os processos de jogo em corridasvalos, as «barbadas» que pc-rdem e os «azares» que ganham. Os palpiteiros misteriososoem fortunas dos crédulos. O motivo é excelente e daria um grande filme. O que restaespetáculo medíocre, mas que não chega completamente a ser insuportável.

FLECHAS DE VINGANÇA(APACHE DRUMS — U-International)

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Errou o alvo

UGO Fregonese, diretor argentino, dirigiu esse espetáculode índios nos Estados Unidos, com capital, maquinaria

e tecnicolor americanos. Os atores são Stephen McNally, Col-len Gray, Willard Parker, Arthur Shields e Armando Silvestre— nada havendo de especial que se destaque em suas atuações.A história é aquela de sempre que todos conhecem e algunsmesmo já sabem de cor. Sim, existe o cerco da choupana, a3flechas de fogo para justificar o título em português, os ho-mens que resistem até à morte. Nesse cerco, com os tamboresbatendo surdamente no silêncio da expectativa, Fregonese tiraalguns bons momentos — justiça se lhe faça. Sua câmara

lia as fisionomias de medo e de resignação do grupo de homens e mulheres que aguar-a morte a qualquer momento. Pelas aberturas lá do alto, um índio salta para dentro,>or outra, sendo 'fulminado

por um tiro certeiro ou, quando muito, após uma luta>ral sanguinária. Somente nesses momentos, Fregonese consegue manter um suspenselatéia — enquanto os tambores continuam batendo, batendo, batendo. Chega.

ESPADA CONTRA ESPADA(THE RELUCTANT WINDOW — U-International)

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O argumento desse filme parecia, de início, ser interessante— mas à medida que a narrativa prossegue a história vai

se tornando folhetinesca. Há um casamento em menos de umminuto, de uma moça com um desconhecido que lhe deixauma enorme fortuna como herança. Esse casamento repentinofoi provocado pelo irmão da vítima, que, já moribundo, disseque mataria o irmão caso não se casasse para deixar a herançaa outra pessoa, estranha à família. Um tanto complexo, ver-dade, mas no filme o diretor Bernard Knowies, apesar de me-díocre, faz o possível para tornar tudo claro. Claro apenaspara os espectadores, uma vez que os personagens parecemnas perdidas dentro de um cenário incompreensível. Há também uma luta de espada

yv& (é aqui que entra o título) e dá a vitória ao mocinho (como vocês já adivinharam)íca com a mocinha, com quem se casa. E desta vez é êle quem papa a herança. No¦o estão Jean Kent, Guy Rolph, Kathleen Byron, Paul Dupuis, Lana Morris e Julianas. Informação: filme inglês. Curiosidade: não vale a pena.

Dá para amolar

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FLASHES MUNDIAISFrança

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"Adoráveis criaturas" é o novo filme de ChristianJacque. No elenco, figuram cinco mulheres: Edwi-ge Geuillère, Danielle Darrieux, Martine Carol,Antonella Lualdi — que Jacque descobriu emRoma — e Renée Faure, que é sua própria es-posa. Apenas um varão: Daniel Gélin.

Sam Zimbalist viajou até Paris a fim de cônsul-tar as altas autoridades francesas sobre a filma-gem de "Mocambo", na África Equatorial Fran-cesa. Essa película seria iniciada no começo daprimavera. Seria também o próximo trabalhode Clark Gable.

Estados UnidosMaria Tallchief, primeira bailarina do Ballet daCidade de Nova York, compareceu diante das câ-maras para representar o papel da célebre Pav-lova na película da Metrc-Goldwyin-Mayer "TheOne Piece Bathing Suit".

Barry Sullivan e Dick Powell foram escolhidospara papéis-chaves em "Tribute to a Bad Man",filme estrelado por Lana Turner e Kirk Douglas.A película, ora em preparativos, é uma produ-ção de John Hcuseman e será dirigida por Yin-cente Minnelli.

Zsa Zsa Gabor regressou aos estúdios da M.G.M.a fim de começar os ensaios com Jean PierreAumont para o filme "Lili", que Charles Waltersdirigirá. Nessa nova produção de Edwin H. Knopftambém aparecerão Leslie Caron,' Mel Ferrer eKurt Kassnar.

m Eleonor Parker está-se tornando escritora — eilustradora — para uma série de livros infantis.A estrela, que concluiu recentemente de filmar"Scaramouche", onde aparece com Stewart Gran-ger está pasando seu tempo de folga fazendouma história ilustrada, usando animais em lugarde seres humanos. Miss Parker descobriu quesuas filhinhas (Susan e Sharon) vibram de entu-siasmo ante os personagens fictícios que elausará em seus livros, sem texto, para as criançasque ainda não sabem ler.

Quatro homens e uma pequena, que comporãotodo o elenco de "The Naked Spur" da M.G.M.,estão se preparando para passar maus bocados,de acordo com o produtor William H. Wright. Apelícula será rodada na próxima primavera in-teiramente em locação, nas agrestes High Sier-ras. O pessoal do "cast" e da parte técnica terãoque viver em barracas de lona durante a filma-gem, afastados milhas de qualquer edifício, atémesmo de uma cabana ou casa de fazenda. Ha-rold Jack Bloom e Sam Rolfe estão escrevendoo argumento, baseado numa história originalde sua própria autoria.

Alemanha

Gene Kelly e Pier Angeli foram filmados na man-são alpina de Hitler, em Berchtesgaden, na Ale-manha. Ao contrário do que informaram os jor-nais de que os edifícios haviam sido destruídos,os mesmos existem e estão sendo usados paracenas de "The Devil Makes Three". Kelly, MissAngeli, Richard Egan, os atores alemães ClausClausen e Michael Tellering, o diretor AndrewMarton e o produtor Richard Goldstone partiramde Munich para filmarem na célebre mansãomcntanhesa. Entretanto, segundo o acordo fir-mado entre as autoridades militares norte-ameri-canas e o governo alemão, as construções serãoem breve demolidas, para aproveitamento dematerial, conforme exige o programa de edifica-ções traçado para a Alemanha.

Inglaterra

m Robert Taylor canta pela primeira vez na tela,na produção tecnicolor da M.G.M., "Ivanhoe", emque êle desempenha o personagem-título. Taylorcanta "A Canção de Ivanhoe", composta porMiklos Rozsa, autor da partitura da película queíoi realizada na Inglaterra. A canção é baseadaem refrãos saxônicos e normandos do século XII.

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Argumento de F. Hugh Herbert e I. A. LDiamond + Produção de Robert Basslepara a 20th Century Fox £ Diretor

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EMBORA Míriam Halsworth c seu marid

Hugh estejam se divorciando, depois d20 anos de casados, eles cão ainda bons camaradas. Hugh, diretor de publicidade de unelegante hotel, guarda algumas de suas roupas em casa de Miriam e aparece lá pràticamente todos os dias sob o pretexto de vesuas preciosas plantas. O que levou Miriam irequerer divórcio contra o seu marido foser êste último um incorrigível jogador.

O divórcio só deveria ser pronunciado n;dia em que começa a nossa história e, a filhidos Halsworth, Barbara Denham, que cono seu marido Jerry, mora com sua mãe, fao possível para reconciliar seus pais. Barbarie Jerry têm uma filhinha de um ano de ida

Vinte anos depois

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inn2bella, o que faz de Míriam uma avó, uma avó, porém,sivamente atraente cujas formas são tão interessantes quanto

de sua filha-

Jerry e o assistente de Hugh o que faz com que as coisas se man-em bases muito íntimas.

fcham em família,»rbafa deseja continuar a viver com sua mãe indefinidamente,

scr isto muito conveniente para ela, uma vez que Míriam toma

bre Si o encargo de Annabella. Jerry, porém, deseja se mudar

o que possível e os dois estão sempre discutindo sobre este pontobem que, de maneira amigável.

, famoso industrial, Victor Macfar-

1(j, hospeda-sc no hotel de Hugh.'nüo

é somente um milionário

¦s também uni atraente solteirão,

ido visto por todos como o me-

| partido imaginável.lugh não fica muito impressiona-

Êle e Victor haviam crescido

itos e cortejado, mais tarde, asma moça — Miriam, tornando-

grandes rivais na conquista dalição desta última, até o dia eme, sem nenhuma explicação, Victorsaparecera subitamente, deixandolampolivre ao seu rival. A atitudeVictor foi sempre um enigma

ra Miriam. Hugh sabia o moti-desta retirada mas jamais lhe

atara. A corrente de chave quetraz sempre consigo e da qual

idem dois dados parece ser a chave do mistério. Victor não ha-de forma alguma esquecido Miriam e fica satisfeito com a no-

ia do que ela em breve estaria livre de Hugh. Nessa mesmate Hugh vai à casa de Miriam convidá-la para jantar. Em me-ria aos velhos tempos, Miriam aceita e eles estão quase de saídaindo Victor aparece, dizendo que viera na esperança de que Mi-

pudesse sair para jantar com êle.íiriam resolve o seu dilema convidando ambos para ficarem ema e jantarem com ela. Embora ela não tenha perdoado Victor

sua inexplicável fuga, Miriam não deseja ser indelicada...ando Barbara percebe o rumo que as coisas estão tomando, ficalado de ceu pai enquanto Jerry, que pensa que Victor seria umno partido para sua segra, toma o partido deste. Durante a vi-

Hugh tira Annabella de ceu berço e a traz para a sala. Se Vic-ficou surpreendido so saber que Miriam era uma avó, não o

lonstrou, pelo contrário, elogiou Miriam por ter encontrado orêdo da eterna juventude. Na manhã seguinte, o divórcio é pro-iciado. Victor resolve ficar1 na cidade até ter notícias de Washing-

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ton sobre a confirmação do senado a respeito de sua escolha paraum convênio monetário internacional — escolha esta em que êleestá empenhado, uma vez que é agora bastante rico para se permi-tir a tais atividades.

Victor cerca Miriam de tôdas as atenções possíveis, fazendo-lhe avida muito agradável. Eles são vistos juntos em toda parte. Hughpara matar o tempo passa suas horas de lazer com Joyce Manne-ring, um modelo que êle usava de vez em quando em sua publi-cidade. , :] p» ^

Hugh não fica cego ao que "se

está passando e previne Mariam deque Victor não deve ser levado asério, que êle está apenas se diver-tindo com as suafs emoções. Istoenfurece a Miriam que da começoa uma deliberada campanha parafazer Victor levá-la ao altar.

Para completa surprêea de Hugh,Victor pede Miriam em casamento t-com a cerimônia a se realizar den-tro de três dias. Na véspera do casa-mento, Victor recebe o tão anciosa-mente esperado chamado de Was-hington. Êle tem que partir imedia-t? mente e persuade Miriam a ir en-eontrá-lo em Washington, onde elespederão ser casados pelo amigo ín-timo de Victor, o Chefe de Justiçade Suprema Corte.

Miriam vai ao embarque de Victore somente então êle explica, por insistência desta, porque êle partiratão sübtamente naquele dia fatídico, cerca de vinte anos atrás. Mi-riam fica furiosa, não com Victor mas com Hugh, ao saber do quese passara. Ela telefona a Hugh e sem mais delongas o chama decriatura baixa e vil. Em sua fúria ala até o ameaça de destruir assuas queridas roseiras...

Esta ameaça não é uma coisa que o nosso amigo possa encararfriamente. Protegido pela escuridão da noite, êle vai acompanhadode dois homens roubar as suas preciosas plantas.

Por falta de sorte, o carro da polícia aparece neY-se momento. Jerrytelefona à Barbara pedindo que esta vá identificá-lo a fim de que êleseja posto em liberdade.

Na manhã seguinte, todos os jornais trazem estampada a notícia:— "ESPOSA PAGA FIANÇA PARA SEU EX-ESPÔSO QUANDOESTE FOI SURPREENDIDO ROUBANDO ROSEIRAS" e, mais adi-ante: — "A NOIVA DE MACFARLAND ENVOLVIDA NUM DRA-MA A MEIA-NOITE QUANDO SEU EX-MAREOO FOI PRESO".

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Um dia na vida de Paris C0nialguns personagens marcados ne;

destino e que encontrarão, étlo „> ""- « espe-rança, aquele a felicidüde

outros a morte. Tristes oU aí>^essas pequenas hislórias,

a maior parte das quais Sç en.trecruzam, são extremamente apaixn

nanles e oferecem uma visão ass(liatrativa da capital francesa.

Paris, a grande cidade, com sua fcbftde todos os instantes, sen ritmo impk

doso e também a pões/.de suas ruas, de suas praças, rf<

seu cais, de suas casas. Parique tornará mais atraente e nuih

verdadeira a emoção 'dàqneh

e daquelas dos quais conhecemos pouctos desejos e inquietudes.

PARIS ATRAVÉS DO CINEMAO QUE É A ÚLTIMA REALIZAÇÃO DE JULIEN DUVIVIER* A EXEMPLO DE LUCCIANO EMMER, EM "DOMENNICAD'AGÔSTO", O FAMOSO REALIZADOR DE "CARNET DEBAILE" FÊZ UM BELO FILME * A VOLTA DE BRIGITTE

Texto de JEAN DELMAR Fotos "França Filmes"

Paris, abril (por via aérea).

DARÁ

o cinema aos seus grandes homens essa graçaparticular às artes plásticas, que consiste em não

envelhecer, ou antes em abrilhantar-se cada vez mais namedida em que passam os anos? Estaríamos tentados apensá-lo, reconhecendo na última obra desse veterano

do filme francês, que é Julien Duvivier uma de suasrealizações mais impregnadas de poesia. Se pessoalmentepreferimos

"Pepé Le Moko" (1936), "SINFONIA DE UMACIDADE" (Sous le Ciei de Paris) nos parece superior àssuas obras entretanto marcantes que foram "Poon deCarotte" (1932), "La Bandera" (1935), "Un Carnet deBal" (1937), "La Fin du Jour" (1939), sem falar, natu-

ralmente, das decepcionantes películas rodadas depois poDuvivier nos Estados Unidos, na Inglaterra ou na FrançaUm comentário risonho, onde se reconhece o espírito dHenri Jeanson, e què François Périer diz com bastanlhumor, acompanha uma história cada vez menos anódine muito em breve trágica. O início é todo de um fitacôr de rosa. Precisamos de algum tempo para domina

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O MINUTO QUE NAO PASSA OS INSTANTES PERDIDOS QUAL SERÁ O FUTURO?

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nossa surpresa ao descobrirmos que um dos principais eh-cantos da obra reside nesse contraponto inesperado de umnarrador displicente com uma intriga dramática. Enquan-

to nos comovemos, nos enternecemos ou nos alarmamos,

um cavalheiro com ares de que não se deixa lograr contai sua maneira acontecimentos que a seus olhos nada en-cerram de sério. Assim, essa ironia, de que está conti-nuamente dublada uma história por vezes um pouco con-vencional, "ns dispensa de fazermos pessoalmente a cor-recão, em sã consciência esquecidos do folhetim e sentindoapenas o sabor do romance. Essa voz narradora que nãose espanta nem se perturba aos momentos mais chocantes,aos mais espantosos espetáculos, é a própria voz de Parissobrevivendo com indiferença, através dos séculos, a tan-tas venturas e tantos lutos indefinidamente recomeçados.Há. entretanto, graças às imagens, a feliz e não menosverdadeira segunda voz das recordações. E' talvez êsse ves-tígio do amor e do sofrimento dos homens que dá j.nossa cidade o seu encanto dorido, como se a leveza deseu céu e o cinza de suas pedras viessem pouco a poucosendo impregnados desse imponderável. Com a colabora-ção, pois, do maravilhoso fotógrafo Nicolas Hayer. contaJulien Duvivier, acima de tudo, a cidade de Paris. Nãoa dos postais para turistas. As imagens aqui são invul-gares, seja quanto aos ângulos (por exemplo, de baixopara cima. a partir do Sena), seja quanto aos recantos(o cais de Bercy e a Hallc dos vinhos não são lugarescomuns na iconografia parisiense). A capital não figuradesta vez como simples pano de fundo, à imitação de"Sans laisser d'adresse", nem tão pouco substituída por

um cenário a exemplo de "Les Portes de La Nuit". Urapoeta afronta-a face a face cm um combate que se as-semélha ao do amor, colocando-a no coração de umassunto que, sem ela, perderia a sua razão de existir.Ainda mesmo os raros personagens que se poderia conce-

43ber vivendo em outro lugar, perderiam com êsse deslo-camento a impalpável densidade que lhes imprime aquio seu caráter autêntico. E assim Paris se coloca ao cen-tro das diversas aventuras que nos são relatadas sem per-cebermos a princípio os que as aparenta umas às outras,ate o momento em que esses homens e essas mulheres des-conhecidos entre si, pertencentes a diferentes meios, cuja;vidas não pareciam passíveis de qualquer contato, en-trelaçam, de súbito, os seus destinos. Foi tudo obra doacaso, mas de um acaso muito parecido com a fata-hdade. Censurou-se o argumento por sua inverossimilhança.Dizia-se que não há. em Paris, todas as manhãs, um as-sassino a perambular sob as abóbadas da praça dos Vo>ges; que a ninguém acontece ganhar na loteria e daía pouco ver a morte interceptar-lhe os passos; que nãoé, obrigatoriamente, no momento em que toda a família oespera para uma festa de aniversário que um pobre tra-balhador perece de um tiro de revólver. Nada, porém,de tudo isso é impossível. O que pode constranger é amultiplicação de casos excepcionais. Estes se reproduzem,entretanto, quotidianamente o assaz numerosos. Nas vintee quatro horas de ura único dia parisiense (tempo realescolhido por Duvivier para traçar a sua narrativa), vêmao nosso encontro, no belo ou no horrível, matéria paravários filmes semelhantes ao seu. Os censores de SINFO-NIA DE UMA CIDADE ignoram a própria natureza daobra de arte, que é ligar em feixe as colheitas do acaso.E' um fato que o indivíduo a quem suceder um acidenteao cair da noite e aquele que desse acidente será respon-sável levaram até então, cada qual de seu lado, vidasautônomas, sem suspeitarem de que a inelutável curvado destino faria de suas vidas encruzilhada no justo mo-mento em que êsse encontro seria funesto. Nada impe-diria um artista de seguir essas duas existências desço-

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nhecidas entre si, acrescentando-ihes outras também dest?--[|nadas a morrer ou a viver mercê da influência boa *ouÊfmá de cada uma. Conhecendo o ponto de convergência*desses tensos fios do destino, Duvivier, antes de come-?çar seu relato, desmonta a complicada maquinaria daí?morte e do amor. Quer isto dizer que recua no tempo',e estaca num certo ponto a partir do qual escolhe onde prjn-Ccipiar a sua história. Daí pode-se dizer que não lhe,;resta senão seguir o fio condutor. Recusar-lhe êsse pos-ftulado é privar-se de belas emoções; basta-nos, ao contrí-'£rio, aceitá-lo para que tudo quanto vemos e ouvimos;nos pareça da mais pura credibilidade. E' um postulado1talvez inconcebível para o homem preso ao racionalísmo^do nosso tempo, mas não para o artista livre, criador que;.!não deve nada a ninguém. Da história de Julien DuviviérAé força admirar a rigorosa articulação que a sustentai]No momento mesmo em que, graças à sensibilidade e aò'crescimento das imagens, nos sentimos encantados por essa,-insubstituível arte plástica que é o cinema, redescobrimas:ó seu poder dialético, de cuja essência surgem para' )iinarrativa dramática novas possibilidades de expressão, |Unidade de lugar, unidade de tempo e, nascida de todas; iessas ações dispersas, a inesperada unidade de ação dçA;um acontecimento final que lhe dá uma razão de ser."Eis, pois, a tragédia quotidiana de Paris, tragédia que;também é comédia em seu intercalado permanente de lá-:Agrimas e risos, dualismo por vezes melodramático, é certo',|jmas que constitui uma das dimensões da poesia. Os alto-res são todos excelentes. Não citarei mais de dois, osmenos conhecidos e os mais se credenciam a uma pró-.xima celebridade: a encantadora Christiane Lénier, cujo'r|maravilhoso semblante desperta em nós a alma muito maisque os sentimentos, e sobretudo êsse ator admirável, -êssegrande ator francês de amanhã: Daniel Ivernel.

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•fÜDOPODE acontecer «m Paris, durante as vinte e quatro heras de um dia. Jalieu Duvivier conseguiu fixar bem o espírito dessa grande metrópole, «ura espe-toculo impressionante, pela sua cruesa. sinceridade e humanidade. Os dramas se entrecrusam. aqui. de forma natural e espontânea.I• -'ií

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Vânia mostra "poisson d'or", criação de Jacques Gríife: blusa de mous-

seline estampada em preto, verde e branco sobreposta a uma outra em

cetim de estampado idêntico, ao qual se acrescentou o tom amarelo-dou-

rado. Veja a leitora, no próximo número, a reportagem que daremos sobre

o desfile de modas da Casa Canadá, no qual colhemos este modelo

CONVERSA DE MULHER

oguarda-ctuvâealguns mistérios

Se fôr mulher, vai se chamar Domi-nique e eu mesmo lhe ensinarei a andarde guarda-chuva.

Assim se manifestava, em expectativa en-cantada, um dos meus amigos europeus,cuja esposa estava para dar à luz pelaprimeira vez.

Nascida a criança, uma menina, recebi avisita de outro amigo europeu, do mesmogrupo. Perguntou-me pelo jovem casal queaguardava a cegonha e eu lhe dei a no-tícia do nascimento, na véspera, de umagarota que prometia ser linda, adiantandocomo se chamaria.

Ah! Dominiquel Belo nome, que ficamuito bem a uma altiva e elegante mulher,dessas que sabem andar de guarda-chuva.

Fiquei impressionadíssima. Minha igno-ráncia a respeito de inúmeros assuntossempre me assombra. Não tinha a menoridéia de que o nome de Dominique susci-tasse infallvelmente em pelo menos duaspessoas diferentes a associação de guarda-chuva e elegância.

Como? — não pude , deixar de in-dagar. — Para que o guarda-chuva?

Porque Dominique deve ser umamulher que caminhe assim...

E o meu surpreendente amigo fêz umademonstração atravessando a sala numapose empinada e desdenhosa, com umbraço atirado para o lado e a mão na po-sição de um mestre de cerimônias que em-punhasse o antigo bastão do cargo. Es-tava ridículo, mas compreendi o que queriasignificar. Realmente, uma mulher de fatoelegante pode ganhar muito com o requinte,muito sutil, com que saiba sublinhar comum guarda-chuva a sua passagem.

(A minha aceitação do guarda-chuvacomo arma e prova de elegância não ira-pediu que ao sair o visitante eu corresseao Larousse a fim de procurar uma pos-sível explicação erudita para o corolárioDominique-guarda-chuva. Achei na letra"D": "Dominicaine, república", "domim-cal, do latim dominicalis, de dominus,, se•nhòr", "dominici", "Dominikowice", do-minion, palavra inglesa significando sobe-rania", finalmente "dominique": substan-tivo comum masculino, expressão com queos marinheiros franceses designam a caixade bordo; e mais "dominiques": ilha in-glêsa, homens, santos, arquiteto famoso eaté um romance de Eugène Fromentin --nada de mulher, nem elegância, nem muitomenos guarda-chuva. Para a minha igno-rância, em diversos assuntos, constato se-guidamente que não bastam dicionários,mesmo quando pacientemente Passo,írLarousse para o Webster e a EnciclopédiaBritânica. Enfim, recorri ainda, numa ui;tima tentativa, a guarda-chuva,

"parapimeno mesmo pai-dos-burros que eu .ma"""seava. Segundo a flor da sabedoria que"semeia por todos os ventos", o guaraa-chuva surgiu entre os chineses, egípcfos^assírios e era então reservado ao uso aosoberanos; depois reapareceu no secuiXVI, na França. Soberanos e França, vagasugestão de pose e elegância, mas nada qume elucidasse em definitivo sobre a relação entre o nome feminino de Dominiqe guarda-chuva. [.Cont. na pag- w

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A RÁDIO CANADÁALA PARA O BRASIL

Notícias — Música — Rádio-TeatroDiariamente das 21,00 às 22,00 horas

( hora do Rio de Janeiro )

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15,19 mes11,72 mes

19,75 metros.35,60 metros.

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Em cima: Enquanto observa Montreal, a maior cidade do Cana-dá, J. H. Oliveira da Rádio Canadá, descreve a cena aos ouvin-

|vtes brasileiros. Em baixo: Hall tio novo edifício da Rádio; Canadá em Montreal, moderno centro radiofônico canadense.

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A direita: Vista exterior do edifício daRádio Canadá, do qual o Canadá falaao mundo em catorze línguas.

|Ò. Serviço Internacional daRádio Canadá terá o maior^prazer em enviar aos ouvin-* tes um boletim de seus pro-

^gramas e o folheto ilustrado^"Canadá de Oceano a Ocea-^np". Para receber, grátis, es-sas publicações, é bastantepreencher o coupon a baixo.

pJmbaixada do CanadáAvenida Presidente Wilson,

tio de Janeiro.165

Dstaria de receber grátis, umexemplar de «Canadá de Oceano

|a. Oceano», e o boletim mensal,de programas da Rádio Canadá.

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í Nome )

( Rua e número ). 4.J--

( Cidade e Estado )

RÁDIO CANADÁ BOX 7000, MONTREAL

GRANDE GESTOO

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Sr. Walter Moreira Sales tem uma bela e novacasa e c seu jovem coração é grande. A casa,

projetada pele arquiteto Olavo Redig de Campos, éuma cbra-prima de bom-gôsto moderno e exercecompreensível atração sobre os componentes do nes-se círculo social; e do generoso coração de seu dono fpas damas da sociedade que se dedicam aos traba-lhes caritátivos nâo sé encabularrt de abusar. |

As senhoras que mais de perte cercam D. Alzira dVargas do Amaral Peixoto haviam solicitado à es- |posa do governador do Estado do Rio que aceitassec patrocínio de uma grandiosa festa em benefício daMaternidade de Petrópolis. Essa festa estava sendo |planejada com requintes e se deveria realizar, a pe-dide, na residência do Sr. Moreira Sales.

A preparação do acontecimento já ia adiantada. Seriam tantas as "patroriesses" que estas somariam a quase totalidade das representantes de nessas pri-meiras famílias e gue alguém já imaginara que, assim sende, sobravam poucasdamas a serem convidadas para c ccmparecimentc à festa.

Apesar da garantia de sucesso constituída pelos nomes das "patronesses"estava ainda sendo elaborada uma campanha de publicidade da grande nrcváde benemerência, havendo sido convidados colunistas e cronistas de destaquecs mais importantes órgãos da imprensa carioca. Os jornalistas em guesíão sereuniriam, por amável convite, num cocktail oferecido pela Sra. Márcic de MelloFranco Alves, cem a assistência imediata da Sra. Alberto de Araújo GuimarãesTendo aceito prazeirosamente a mobilização, já o Sr. Augusto Frederico Schmidtss pusera a postos para redigir um comovente apelo, o Sr. Gilberto Trbmpowskipreparara c lápis de extraerdinário ilustrador de medas, o Sr. Manuel Bernardez

Muller estudara um novo ângulo de "nensense" que

pudesse ser aplicado ao caso na seção que assina com0]\ o pseudônimo de Jacintc de Thormes, o Sr. Tcmaz

Ribeiro Colaço insensivelmente encadeara diversosJtTtfy«^/l^^JP»% trocadilhos e c Sr. Carlos Mafra de Laet dera corda

ao suave realejo literário de onde extrai as suas mo-duladas crônicas em ritme de javci.

Mas quando a questão foi posta em termos nítidosao Sr. Walter Moreira Sales este simplificou o pre-blema: doaria a quantia almejada, a ser obtida me-diante a venda provável des ingressos para a festa.Com essa atitude altamente filantrópica, o mais re-cente dos nossos embaixadores prestou um grandebem à infância dc país, e fêz jus à gratidão aeral.— 1SOLETE.

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0 guardâ-chuvâ... (Cont. da pág. anterior)

Depois que os duis estrangeiros atribuíram uma importância para mim tâü inespeu-da ao guarda-chuva, passei a dar outra atenção a esse objeto de inutilidade na mão deuma mulher chie, destinado a permanecer fechado, mesmo quando chove, que é quandoelas dão uma corridinha, sem tempo para abri-lo, do automóvel ao ponto a que st- dçsti-riam, ou são servil ou cavalheirescamente abrigadas por algum guarda-chuva masculino;funcional e não mero traste de enfeite. Hoje, para mim, o guarda-chuva feminino, emboiiinão empregado como proteção contra os chuviscos. serve para um teste com que st- proveou negue a elegância de qualquer mulher, já que basta vê-la ou mesmo imagina-la segit-rando-o para verificar se o faz com ttllüre ou gauchè/ie.

Por exemplo, tentemos acertar em quem ganharia um concurso de elegância numa provade guarda-chuva: a rainha Mary, Gloria Swànsón ou Marlene Dietrich, a novíssima rainhaElizabeth, a duquesa de Windsor ou alguma das nossas dez mulheres mais bem vestidas-''

Ah, mas agora recordo que conheci aquela que seria vencedora incontestável num cer-tame desse gênero. E muitos nesta capital a conheceram, sem dúvida, pelo menos de vista,já que não era figura de sociedade. Freqüentava indefectívclmente os concertos > vesper-tinos da cidade e era linda. Nascera na Polônia, de familia judia, fugira de maneira.ura-mática e inconcebível de sob a dominação alemã, aqui viera ter áventurosamente. vç$;pertou-me a curiosidade e indaguei a seu respeito. Disseram-me que conhecia literaturademais para a sua pouca idade, que amava as artes em geral e a música especialmente.Caracterizava-a um guarda-chuva de origem européia de que não se separava. Fazia grupocom uns poucos refugiados boêmios que vagavam até tarde pelas ruas e cafés em gran-des papos. Cansada, acontecia-lhe às vezes, depois das caminhadas da madni.caila.sentar-se vestida à beira do diva que lhe servia de ..leito no quarto modesto e logo-com preguiça, resolver se despir sumariamente e se enfiar assim mesmo com a combinaçãodo dia por sob as cobertas noturnas. Manhã alta, quando despertava, era comum encontwpor baixo do lençol o guarda-chuva esquecido ao puxar as roupas de c-anu P-irao.secobrir, o guarda-chuva que era um cetro para a sua elegância quando à tarde surgia.com o costume sóbrio no corpo esbelto, entre os freqüentadores do Municipal. )0^Lins do Rego tomou-lhe o nome, que não era Dominiquc, para a heroína de um ,seus romances. Hoje, apesar de sua beleza e de sua graça, ela, que não foi feliz aqu--acha-se de novo na Europa. Um jornalista brasileiro chegou a publicar a noticiaque seri3 lançada em grande estréia num teatro em Paris. Mas a verdade e quenão se de» e que com todo o garbo físico c dom para usar taileur e brandit o i;uarchuva, parece que não teve estrela c se apagou.

De onde me assalta um receio: ainda que para acentuar a elegância, não te me rao s-^mulheres, sempre tão pesquisadoras de supertição, ostentar o guarda-chuva, reconnesímbolo de azar?

E você, meu amigo papai novato da Dominique brasileira, é melhor que faça ,}bém concessões às teorias que atribuem fluidos maléficos a certas coisas: na0. snCj3nas mãos de sua garota, mesmo para confirmar a misteriosa tradiçío de ei g'que parece se ter associado ao nome senhoril, o objeto que Chamberlaia levou a 4e caracteriza os fracassados funcionários públicos.

P5 l3E"WSWp» ': '• I" ; ¦¦-.'.. 7, -í. ,,-MÍ

week- dena na cozinha a luz dah47

PSICANÁLISE

UMA RECEITAINAPROVEITÁVEL

(fcAMBÊM, não adianta lerf\l fome aos domingos à noite\-S no Bio, a não ser que setenha em casa um cuca benevo-lente, pois fora de casa não háonde comer bem. Sim, há, massé "ali"... e não vamos dizeronde é, pois não pretendemos fa-ter propaganda, nem muito menos'induzir

o' proprietário do negócioa cair na rotina carioca, de abai-xar a qualidade e elevar os pre-cos... Há, no entanto, vários pro-cessas de gozar o apetite insatis-jeito, como, por exemplo, tirar daestante o velho Ramalho Ortigãoe ler a sua suculenta crônica "Jan-lares e Jatuantes" (em Paris), de-pois do que só resta ao pobre mo-rador desta cidade conservar oburaco no estômago e sublimar osanseios digestivos em plano ima-ginativo. Hoje oferecemos aosnossos leitores uma modalidade semelhante de satisfazer as exi-gências de um justo "gurmetismo".

Trata-se da apresentação de uma receita dc um grande co-nnheiro da atualidade em Paris. Caso a receita, apesar de ho-nesta e minuciosamente dada, não possa mesmo ser seguida, ha-verá o derivativo de sonhar com ela.

Entre os inúmeros ótimos restaurantes de Paris conta-se o"Cabaret", dos irmãos Georges e Henri Rabu. 0 primeiro, que éo mais velho — tem 55 anos, o outro 53 — é homem de grandesiniciativas, já viajou por todo o mundo, profissionalmente ounâo, foi proprietário de diversas e ainda o é de muitas outrascasas em que nenhum esforço é poupado para que a comida sejaexcelente. Tem sofrido muito para levar a efeito esse propósito:eslêue três vezes na prisão (por ter servido manteiga com salmãodefumado, por ler escondido sardinhas, por ler posto creme deleite num molho) e foi advertido setenta e cinco vezes pelasautoridades competentes. O "Chef" do "Cabaret" é Jean Diers-itin, que se intitula "primeiro cozinheiro de França", e dequando: em quando lança grandes criações, como o fazem oscostureiros e os fabricantes de automóveis. Seu último- prato é"galinha à francesa", cuja receita passamos a dar, embora como receio já manifestado de que seja impossível executá-la sem(i assistência do próprio criador:

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I EVAR ao ferno a galinha nadandoJJ em "mirepoix". Agora, um parên-tese: consultemos o Larousse, o gran-ae Larousse. Aí encontramos Mirepoix«dade, diversos cidadãos Mirepoix efinalmente um molho assim batizadoem homenagem a um dos tais cida-aaos, que por sinal era um duque. Eisc;mo se prepara esse molho: derrete-se em fogo brando 350 gramas de tou-cmho Picadinho, juntamente com 250gramas também picadinhas de presun-0 magro e 500 gramas da vitela cor-aM em pequenos cubos, duas cebo-Qs cortadas em rodelas, alho, salsa,owo, tomilho, champignons (cegume-'«. deis cravos da índia: molha-se™ dois litros de bom caldo de carneum litro de vinho branco; depois dejeixar

ierver bem, continua-se a ferver.jfmente até que ° môlho seja redu-«o a metade; depois coa-se por panochar P'7 °Utro Parêntese para fe-jjw.

Muito bem, então a galinha foiaa ao forno nadando em môlhoco2ÍnSiPOÍX7 Deixem°s que ela aííaTmP' T !°go &*»> P^ duas ho-mon.p de VGZ em guando, junta-^'êsse\Um

"b0uquet qarni"- Ah,

to dc! fouquet garni"! Nesse pon-ccmo neXphcaco,es- tanto o cozinheiro>nlerrol£OPnetarÍO do restaurante seqtie! S* PQra Salientar que o "bou-coiro é

e.„caP«aL E não explicam«"leitos ,5?"" (bcuquet*' todos os bra-cs sabem c que é, "garni" éguar-

necido, composto). Deixemos que a ima-ginação dos mais bem dotados para aarte culinária componha o tal "bou-

quet". Depois, forra-so uma grandefôrma com presunto, guarnece-se comramos de espinafre em redor, aquece-se em banho-maria. Outro item daguarnição, isto é, do acompanhamen-to: fundos de alcachofra recheados de"quenelles" de vitela. Nove "parên-

tese: "quenelle", cuja tradução não co-nhecemos em português, é um bolinhode carne raspada e passada na penei-;a assim preparado: socar com o pi-

lão 550 gramas de raspas de vitelapsneiradas, com 250 gramas de pãode sopa de pão, bem seco; juntar meioôvò uma pitada de sal, 300 gramasde manteiga; fazer bolinhas do diâ-metro do dedo mínimo e cozinhá-las emágua fervendo. Tempo de cozimento:20 minutos. Fechemos o parêntese. Osfundos de alcachofra assim recheadossão regad:s de môlho béchamel, sal-picados de queijo e levados ao forno.O restante da guarnÍ7ão compõe-se dechampignons nos quais são introduzi-das oequenas trufas, nata de tomates(môlho muito fino de t: mates feito compedacinhos de presunto e de trufas). Orecheie da galinha: miolo de pão ligei-ramente gratinado e carne de salsi-chás. A galinha deve ficar ao centrodo prato de apresentação sobre umpedestal.

Bom apetite, leitores!

1CRENÇA £ DÚVIDA 7|

DR. LOU FRAGA

VIOLETA conta pouco mais de 20 anos. Morena dc olhos belos e inte-

ligentes, nasceu numa terra ensolarada do norte, vindo para o Riona antemanhã de sua adolescência. Casou-se cedo e tem uma filhinha queé o encanto do lar.

Violeta dedica-se aos estudos filosóficos é sua inteligência penetra fundonos conhecimentos da ciência universal.

Após algumas sessões de análise, nas quais a nossa observada portou-seà altura de sua inteligência e de acordo com a sua cultura, colhemos odiálogo seguinte:

VIOLETA: — Não creio em nada e sinto um grande desprezo peloshomens medíocres. Acho que esta descrença cresceu comigo. Uma reaçãoautomática, talvez.

MÉDICO : — A crença e o juizo não são a reação automática primitivaque caracteriza a fé ingênua e cega da criança.

Talvez, mas eu sempre tive juízo. Diga-me, nao era PascalVIOLETA;negar, crer, duvidar, são para nós o que correr è

UIQRjuizo éo pensamento

quem afirmava quepara o cavalo?

MÉDICO : — Sim, Pascal, realmente, o afirmou; mas oforma de atividade psicológica, que caracteriza a reflexão esuperior racional.

VIOLETA: — ... Tive sempre os meus atos mentais isolados dos hábitoscomuns, na infância...

MÉDICO : — Não podemos isolar os nossos atos mentais. Eles fazem umtodo, mesmo com os nossos atos orgânicos, nosso caráter e nosso tem-peramento.

VIOLETA: — Mas temos ns nossas paixões, não as temos?MÉDICO : — Elas não são senão a expressão de todas as nossas ten-

dências, isto é, de nossos hábitos. Influem, pois, fortemente, com o nossotemperamento e caráter, nos nossos juízos e nas nossas crenças.

VIOLETA: — Nossas crenças... só acredito na força da inteligência. E*por isso, talvez, que não tenho animais domésticos. O homem vale pelainteligência que possui.

MÉDICO : — Sem dúvida, êle é mais industrioso do que a abelha, maiscruel do que o tigre, mais astuto que a raposa, mais terrível, mais incons-tante, dissoluto e insaciável que todos os animais juntos... Lance, porém,os olhos em torno e verificará que todas as faculdades de que êle se gaba,estão ligadas à matéria nos brutos. A ave, que mede o seu vôo pela ciênciaadquirida ao alcance da espingarda, a andorinha que se precipita nas chamaspara salvar sua ninhada, a raposa, cujas estratégias sempre novas enganama matilha do caçador, revelam-lhe tesouros de imaginação, inteligência, amore juizo. Você se verá obrigada a reconhecer nos animais, como no homem,sentimentos inatos; a amizade, o ódio, os zelos, o reconhecimento, a vingança,se renovam neles em cada geração: o que sentimos, sentem eles; o quequeremos, também eles querem; somente eles têm estes sentimentos em maiorescala; porque os seus órgãos são mais perfeitos: é um animal universal,um ser que pensa, combina, lembra, reflete, deseja, raciocina, que seapaixona e quer.

VIOLETA: — E se matássemos tòdns estas paixões e faculdades, exceto aderradeira, o homem seria aniquilado?

MÉDICO : — Nào se aniquilaria senão uma planta e um animal; as fa-culdades inteligentes c pensadoras, que convém aos brutos e que tambémtemos, são aniquiladas. E o homem será só isso? A sua inteligência limita-seacaso a levantar diques, como o eastor, palácios, como a abelha, pirâmides,como as formigas, com o desenvolvimento que lhe permitem os seus órgãosmais aperfeiçoados? A alma consiste só nas necessidades do corpo? Osseus pensamentos estão ai nas percepções dos sentidos, nas vontades, naspaixões, nos furores dos seus zelos, nos seus amores terríveis, como os dotigre, *»u fiéis como os dos periquitos inseparáveis.

De certo que se o homem se compõe só das faculdades que tem comunscom os outros animais, o seu futuro está morto.

VIOLETA: — E como imaterializar umas sem imaterinlizar as outras, comodar estas à eternidade e aquelas ao nada? Abaixaremos a nossa personali-dade até os brutos, ou elevaremos estes até nós?

MÉDICO : — Nenhuma das duas. Sairemos deste lado reconcentrando-nosem nós mesmos; os atos interiores da consciência nos revelarão o ser culto,que vive em nós, que é "nós" e que se manifestará pela virtude.

Moralidade, razão, belo ideal, infinito, consciência, eis o homem separadoJa matéria e do tempo; eis as faculdades, que êle possui na torra: vocêachará a alma, e na alma a fonte moral do ser humano, isto é, a necessidadedoutra vida.

Destas modificações divinas você verá nascer a virtude, que é. o triunfoda alma sobre a matéria; o amor verdadeiro, que idealiza a eternidade; aidéia de ordem, que nasce da consciência e da razão; a relação dos efeitoscom as causas no infinito.

A inteligência, a memória, a vontade, todas us afeições c paixões, queconstituem a vida dos animais, podem morrer no homem; mus nem porisso o homem morrerá. A sua imortalidade é um direito, ainda mesmoque o homem não fosse separado dos brutos, senão pelo sentimento dadivindade.

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NOSSA PÁGINA DE TESTES — OS SF!S PONTOS DA CULTTTTLA

Nenhuma resposta certa . . Estado primitivo Homem-raocacoE*e 1 et 3 Cultura inífricr Selvagem^fi ^ cr B Cultura mpdia Ee«,.idfrnt»» ainasirrl^n "? íi 11 Cultura superior TTniveTe^-rrio^ 12 a !4 Genial üm sábirTodas a? qum?e O gônio 6<n peRHcn

QUANTOS ARTIGOS TE.M A ATUAL CONSTITUIÇÃO DO BRASIL:406?218?184?

OUAL O GRANDE BRASILEIRO QUE NASCEU NA FAZENDA*" N. S. DA AJUDA. PARADA DO POMBAL, TERRAS DE S.JOSÉ DEL-REI:

Tiràdérites?Felipe lios Santos'.'Pandiá Calógeras?

COMO SE CHAMAVA O PATRIOTA BRASILEIRO QUE ESCONDEU¦» TIRADENTES EM SUA CASA DA RUA GONÇALVES DIAS(ENTÃO DOS LATOEIROS) :

Major Viana da Silva?Domingos Fernandes Torneiro?Gonçalves Ledo?

^ EM QUE LUGAR FOI PRESO TIRADENTES:

I- No Rio?Em Ouro Preto?Em Niterói?

5 QUE IDADE TINHA TIRADENTES AO SER ENCARCERADO NAILHA DAS COBRAS:

Vinte e três anos?Trinta e cinco?Quarenta e um?

O TÍTULO DE "PA-

7

8

10

QUEM CONFERIU A JOSÍ: BONIFÁCIOTRIAHCA DA INDEPENDÊNCIA":

D. Pedro I?O historiador Rocha Pombo?Um pintor anônimo?

QUE QUER DIZER "CUCÚTtBITA":

—¦ A abóbora?-— O cocuruto dc nossas cabeças?

Uma pessoa corcunda?

QUAL O NOME QUE SE DÁ AO ATLETA LANÇADOR DE DISCOS:Discóbolo?Discente?Aténista?

QUE QUER DIZER "ENCHOMBRAR".:

—- Dar sombra?Enxugar mal a roupa?Encher de lama?

OUE NOME TEM UM OBJETO COM A FORMA DE FIGO:- Figadal?

Paquiformè?Ficifòrnic?

% T. COMO SE CHAMA A UMA CONSTELAÇÃO DE SETE ESTRELAS:Hiade?Píêiade?

Mi ria de?

11 QUE QUER DIZER "LATICOLO":

-— Cão que late muito?—- Animal ou pessoa cpie tem pescoço largo?Uni veneno africano?

A "LITOLOGIA" SE OCUPA DO ESTUDO DAS:13

14

15

Rochas?Das madeiras de lei?Da energia solar?

A -NÁUTICA" £ A ARTE E CIÊNCIA DE:

Fazer versos?Navegar?Cultivar o solo?

QUANDO UMA PESSOA í: VÍTIMA DE "OB-REPÇÃO, FOIPORQUE:

Teve uma rongestão cerebral?-— Caiu nuni "conto do vigário"?í— Interpretou mal um texto de lei?

A INSATISFEITA(Cont. da pág. 23)

Aquele olhar de que tanto Roger

çestava voltou a iluminar cs olhes deÜary:

E' verdade, prima Patty?Sim. Chsccu mesmo a fazer um

desenhe de seu vestido de velude, eeu, per ele, fiz um meu igual mudan-dc apenas algum enfeite.

Ccrreu cc seu quarto e írcuxe c ves-tido para mestrar a Mar/.

Ves'Vu-o e perguntou: Esiá bem? — E andou para lá

e para cá, parando diante do grandeesoeiho de tia Isabelie, olhando ascestas para ver se caía bem.

Está períeito. Quando eu pensoque êle se ismbreu. . .

prima Patty lhe langa um olharvivo,

Não é semente disso que ele serecerda — diz sucintamente.

Ac descerem para c jantar descobri-ram que Roger lhes havia enviadouma caixa com flores, violetas purpu-rinas para tia Isabelie e Patty, e vic-ieías brancas para Mary.

Que maravilha! — diz Mary de-bruçnda sobre a caixa perfumada —

Estou cer:a de que ninguém jamais mehavia enviado violetas brancas.

(Continua no próximo número)

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(líespostas nn página 31)

KRINGER NATIONAL...(Cont. na dág. 17)

descoberto e desbravado. Nessa re-giâo, a pequena cidade de João Beloe a sua deliciosa praia de Sepúlveda,formam um recanto que convida aorepouso e à meditação. Não mencio-nar, quando se rememora esses fastosgloriosos da colonização portuguesaem África, a figura impar do jorna-lista, investido no cargo de capitão-general e governador da província,Antônio Ennes, seria cometer uma dasmuitas injustiças que a cada passose cometem, injustiça, certamente, tam-bém feita à grande rainha D" Amélia,que o estimulara de toda a forma,no decorrer dessa gloriosa campanha,rainha que Portugal em peso revê-renciou ultimamente, ao ser enterradaem Lisboa, em fins de 1951.

Esgotado o prazo de nossa perma-nència em Moçambique, que se fossetriplicado ainda seria pouco, volta-mos a Johannesburgo, e dai seguimosde avião diretamente para a cidade deLivingstone, Rodésia do Norte, embusca de mais outro dos nossos obrjetivos: "Victoria Falls", as maravi-lhosas cataratas de Zambeze, que tor-naram para sempre célebre o seudescobridor.

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Mocidade, Saúde e Beleza:-OS IDEAIS DA MULHER

A mocidade, a saúde e a be-lcza são as armas poderosasda mulher. Constituem, porisso, o seu máximo e supremoideal. Grandes são, pois, osseus sofrimentos quando osmales próprios do seu sexo aatingem e roubam a sua saúde,esgotam a sua mocidade e ex-tinguem a sua beleza.

Toda mulher tem o direito co dever de defender e perpe-tuar a sua saúde, a sua moci-dade e a sua beleza. Para isso

precisa ela combater os malesde seus órgãos genitais.

De duas naturezas diferentessão esses males — os que origi-nam as regras abundantes ^

hemorragias e os que produ-zem a falta ou a diminuição das

regras. Para os primeiros: lie-

gulador Xavier N< 1 - P«ra £

segundos: Regulador Xau?lV2. O REGULADOR XAVIERé o remédio de confiança da

mulher.

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OUOOORAMTICICATUZANTI

SÃO JORGE (Ogun) Geenral...(C:nt. da pág. 15)

reagrafia e canto, para o guerrei-ro S. Jorge. Este ano, porém, naohouve a fartura de comidas e be-bidas dos anos anteriores.

Não vimos nenhuma matança ena casa de Mãe Jerônima não pre-senciamos o sangue dos animaiscorrendo ao pé do altar.

No dia 23 de abril, fizemos umavisita a casa da Mãe Marieta.Encontramos lá, uma embaixadrde sul-americanos, que fazia masra e coro com os ogans do terreircdo Parque Felicidade.

Negras moças e velhas, dansavam e cantavam animadamentenqurnto os tambores marcavano ritmo:"Meu pai é OgumVencedor de demandarâle veio de longeP'ra salvar filho de Umbanda''.

Deu meia noite, Os Exus che-garam. Meia noite pertence aoOrixá pertubador. Ou lhe prestamas saudações de estilo ou ExuCete Encruzilhada, Maria MassaTranca Rua, Bambogira, acabamcom o terreiro."Meia noite em pontoVivouGalo já cantouVivou".Mulheres e homens em transe, re-cebem todas as falanges do reinode Exu. Charuto na boca troncha,olhos abertos e parados, uma por-ção de demônios soltos, dançandocom uma perna só, como saci-perêrê, as vezes se arrastandocomo cobras, outras pulando decosta para o pegí.

Uma demoniaca coreografia sedesenvolve, sobre o ritmo dos ata-baques e dos cantos fortes de maisde cinqüenta bocas de negros,brancos e crentes macumbeiros:"Ê ExuPisa no tocoPisa no galho sóOlha pisa no tocoOlha pisa num galhoExu escorregaExu não caiOh gangaExu".

Mas Ogum volta com sua ea-pada, e avina aos Exus que já étarde c eles devem se retirar."E' sinal que está na horaVamos emboraMaria MassaVamos emboraBombogiraVamos emboraSete EncruzilhadaVamos emboraTranca RuaVamos emboraFi' sinal que tá na hora fVamos emboraExu êVamos embora".

Os Exus vão se retirando de uma um, de costas para porta darua. O último apanha a vela docentro do terreiro e saúda a S.Jorge Ogum.

E nós os Exus da imprensa,nos retiramos também do terrei-ro da Mãe Marieta.

Ao sairmos ouvimos a saúda-ção a Xangô, que vinha compri-mentar S. Jorge, e levamos nosouvidos uma música bonita e unsversos que não compreendemos.

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X. s. s\. . -vV_

LIDERGRAMA N 2

A Fumava

T3 Criaturas

Cl-.iit.' Supremo

T^v Constelação austral •

EPêlo que guaruccc ias pai-

pçbras ¦-->•.

F Encontres

Q. Vagaroso j

t_t Torcida de cundieiÇo

I Qualquer parte do esqúe-leto (pi.) ->

J Alvura; cãs

K Trejeito, geslo de es-cáriíco —>~

L Filho primogênito de Noé

-_>¦

¦jyyr Massolei, devastei

¦^r Entre nós

OOierecestes ;

T3 Inchar j

QQue se safaram .

-~>

RDar a extrema-unção

—,>

S Descobridor da lei daatração universal —->-

T Templo y

tt Usar livremente

tt Decidir-se por • ' .

TXT Siso, juízo

5 I 76 I 61 | 30 I 34 I IV |"~*F*w,p,,rn|^»-j _.* sã -7-— t~7r*r~~y •".-- "ii

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EXPLICAÇÃO — Para se achar a solução do LIDERGRAMA, escrevem-se as respostasaos conceitos-chavcs no quadro vertical que'se encontra á sua frente, cada letra.'cm-.umacasa. Depois transportam-se para o quadro de baixo as letras das palavras achadas, cole...cando-se cada uma delas na casa correspondente ao seu número. Lendo-se ' de. cima ...patabaixo as letras iniciais das palavras do quadro vertical veremos que se formou o nomede um autor e o título de uma de suas obras. No quadro .de baixo, uma ve? completo,lendo-se da esquerda para a direita, teremos um trecho da mesma obra. As casas pretasseparam as-palavras. • ¦.*•,' .¦¦¦• -í;_ ."¦ • . '••.'•*• i ••..'_

SOLUÇÃO DO LIDERGRAMA Nv i: — JOAQUIM MACEDO. A Moreninha —"Dizem,

pois, que quem bebe desta água não sái da nossa ilha sem amar, al^uém^dela.e torna, por força, em demanda do abjeto amado".

50

CORREIO DA REVISTA

Prezado Leitor.

Esta é a segunda carta e não será aúltima que lhe dirigimos. Precisamos con-versar porque há necessidade de explica-ções da nossa parte. Começamos hoje pelaque V. espera a respeito da capa.

Reparou? Claro que sim. De fato mu-damos e o fizemos para melhor, o quesempre é uma boa razão. Não acreditamosque V. preferisse a outra, por maior queseja o seu apego à tradição. Esta é mo-derna, mais viva e agradável^ A concepçãoe a execução do novo desenho são donosso companheiro Vítor Tapajós, dese-nhista e paginador de primeira água.

Há alterações também na paginação, queespera assim alcançar uma combinaçãomuito recomendável de leveza e sobrie-dade. Renato Cartaxo continua a apre-sentar o "Lidergrama", o novo passatempoque apaixona o mundo; gostaríamos de co-nhecer sua opinião a respeito dele. Au-menlamos a nossa reportagem nacional (noque vínhamos porfiando desde 15 diasatrás), de forma a trazer o leitor sempreinformado sôbre as atualidades. Continua-remos dedicando um especial cuidado àreportagem, sem nos esquecermos de aper-feiçoar as seções permanentes.

«Rio — Noite e Dia" era projeto hávárias semanas, que hoje se concretiza.Seja V. um leitor ào Rio ou do interiorhá de encontrar interesse nessa seção. Elalhe dará um resumo satisfatório da vidasocial e artística da capital da nação. Serátambém um roteiro.

E a conversa continuará no próximonúmero. -v

.4 DIREÇÃO

«São Vicente (Est de S. Paulo), 21 de abril de 1952.

Prezados Redatores da REVISTA DA SEMANA.

Li em vossa Revista (último número) uma criticasôbre o navio «Santarém», do Lóide Brasileiro, comreferência ao transporte de malas do Correio.

Fiquei bastante admirado, por vários motivos: 1»— O navio em referência é um velho navio «misto»do nosso Lcide; 2* — A quantidade de malas que de-sejavam embarcar era extremamente grande, segun-do diz a vossa Revista (5.000 malas!) é demais paraum só navio, uma vez que o mesmo não só transportamalas, mas cargas, bagagens e etc. Eu que trabalhoem Santos, na Agência do Lóide e estou diariamenteem contato cem o Correio, para o fim de harmonizare acertar o embarque de malas, sei quanto nos custaatender esses casos. Aqui tem havido embarques de1.000 e mais malas, mas acontece que as malas dehoje são verdadeiros sacos de cargas, pois a maioria

. consiste em reembolso postal (calçados, roupas, re-médios e uma infinidade de coisas). Basta dizrr queaté enxadas e pás se viu em malas que sé romperamao embarcai'.

Dessa forma quero, sem intuito de critica, explicaruma situação que conheço bem do perto.

Além disso o Comandante do «Santarém» é um con-terrâneo e sei que nâo se furtaria a conduzir malas.desde que fosse uma quantidade razoável, mas cincomil (é muito), não acha Sr. Redator?

Isso por ser navio de Turismo não importa, poiso» navios chamados «paquetes», ou sejo os de passa-freires, são os preferidos para condução de malas.

Espero que o pequeno artigo de crítica de vossa pre-zada Revista não passe de um mal entendido, poissendo o Lóide um ramo do Governo, os seus naviostêm que cooperar 100% nos transportes de malas docorreio e em outros assuntos ligados ao mesmo Go-vêrno.

NRo estou autorizado a esta deíesa, mas sinto-me¦forcado a vos escrever, pensando que o artigo emcausa possa passar sem um reparo da parte da nossaEmpresa. — Atenciosamente. — (as.) Jovino S. Ma-

% chado, Av. Capitáo-Mor Aguiar n. 424, S. Vicente.»

Francisco Pabolassi (São Paulo) — O endereço quepede é o seguinte: Post Office Box 191. Papanga Ca-nyon. Califórnia. U. S. A.

NOÇÃO DO TEMPO(Continuação da pág. 35)

de mobílias. Enquanto lia, ia comendobalas que tirava de um saco de papel jámuito amarrotado. Não poderia havernada de mais sereno, pensava, do queaquela tarde. O relógio andava no seu levetique-taque, as balas se dissolviam em mi-nha boca. O perfume das flores que a Sra.Vivaldi colhera começava a se misturarcom o cheiro adocicado das flores do jar-dim. Do gramado de croquet chegavamuma ou outra palavra irritadas — quasesempre "parceiro" em tom de exortaçãoou desculpa — e as batidas secas na bola.Os últimos cheiros do almoço se haviamdesvanecido, como o último ruído distanteda lavagem de louça. Só na sala com aSra. Vivaldi, eu gozava a modorrentatarde com todos os meus sentidos, embe-bida em pacíficos sentimentos de devoção.Gostava de estar ali enquanto ela dormia.Assim eu gozava a presença dela sem ternecessidade de fazer com que ela me apre-ciasse, o que era cansativo.*

Só a simples presença da Sra. Vivaldiera bastante, pois me lembro de me con-servar de costas para ela, apenas uma ouduas vezes voltando a cabeça para vê-la.O livro que eu lia tratava de um grandebando de crianças sem mãe. Eu não tinhanenhuma má-vontade contra as mães dascrianças dos livros, mas me afligia o riscode que morressem. Era mais garantidoquando a mãe já havia morrido antes dolivro começar, com a dor dessa falta jáamenizada, e eu sempre andava à cata dehistórias nessas condições.

De quando em quando eu levantava oolhar do livro e caía em devaneio. Pro-curava imaginar minha mãe, que saírapara passear, sozinha por entre os pés decereja que desciam pela encosta até aovale. Sua inquietação freqüentemente aarrastava para longas caminhadas, dema-siado longas para que eu as pudesse apre-ciar. Quando a acompanhava ia ficandosempre para trás, pensando no livro queestava lendo, e nas crianças órfãs. Por entreas cerejeiras estaria fazendo calor e umperfume forte pesaria no ar, com abelhaszumbindo nas flores e borboletas de umazul pálido esvoaçando por sôbre as chi-corias e os heliotrópios. Mas descobri quenão me era possível pensar em minha mãepasseando por lá, sozinha: era um quadroincompleto, que não me incluía. Para mima realidade estava ali naquela sala, comsuas venezianas abaixadas, seu quadro emponto de cruz representando um cavalheirodespedindo-se de sua dama. (Por trásdele um soldado despedia-se de maneiramenos afetada de uma criada). As cadeirasforradas de pelúcia, as urnas de Sèvrèsme eram tão familiares, de tanta presença,que jamais as poderia esquecer. Uma cenamarcante, que ficou gravada na minha ex-periência, e não poderia ser igualada, oudeslocada, ou alterada. Como um sonho,destacava-se, inviolável, para ser preser-vada. Então, subitamente, pensei que nãodeveria ter deixado minha mãe sair sò-zinha. Um pensamento subversivo, aquele,que sugeria, que as crianças pudessem ofe-recer alguma proteção às pessoas grandes.Não sabia contra que poderia protegê-la;talvez simplesmente de seu passeio soli-tário pela tarde. Constatei um indesejadosentimento de pesar. Até àquele instanteacreditara que o fato das pessoas se tor-narem adultas as colocasse acima da con-tingência humilhante de sugerir piedade.

Tentei voltar a me interessar pelo livro,reunir em volta de mim aquelas criançasnum círculo que me isolasse, mas em meuespírito perturbado surgiu a suspeita deque a Sra. Vivaldi não dormia. Uma vespaziguezagueava pela sala e escapou abrupta-mente, por acaso, pela janela. Não deixouatrás de si a mesma calma, mas inquieta-çao. Eu podia me ver — com os olhosda Sra. Vivaldi — curvada sôbre o livro,

(Continm* na pág. 34)

A VAIDADCOMUNICAÇÃO DOUTRINARIA DADA mSESSÃO PUBLICA DO CENTRO ESP|RiTa

REDENTOR EM JUNHO DE 1951

A vaidade, se não existisse, seria uni bompara a humanidade. Não nos referimos 'vaidade feminina provinda de adornos e aenfeites; referimo-nos àquela vaidade perniciosa que se fixa no espírito, de tal forma"que o torna orgulhoso e prepotente. O vaido'so só enxerga em si qualidades, julga-se in"teligente, só êle sabe, só êle entende, só èlêproduz e, completamente dominado pela vai-dade, não admite nem aceita observação nemconselhos de ninguém. Infelizmente, tem sidoa vaidade que tem concorrido para muitasinfelicidades no mundo, infelicidades nas fa-mílias, trazendo a desarmonia e o desentendi-mento, infelicidades nas sociedades comerciais"nas indústrias, em tudo, enfim, onde existamhomens e mulheres em pequeno ou grandenúmero, uns porque não querem ser obser-vados, porque se julgam competentes paratudo, outros porque náo admitem conselhose náo admitem e nem concebem que os ou-tros possuem mais inteligência do que eles.

Nas altas camadas sociais, e também entreo povo inculto, a vaidade prolifera. Não sãosó aqueles que possuem instrução, menta-lidade e dinheiro que são vaidosos, há tam-bém quem não possua nada disso e tem avaidade, a importância do ser mais do queo seu companheiro, de ser mais do que a suacompanheira. E' a vaidade o maior mal dahumanidade, porque ela não deixa que acriatura reconheça a sua ignorância, não dei-xa que ela se enxergue, não deixa que elase corrija, alije de si os vícios, porque nâoos reconhece, náo os pode corrigir.

Se todos fossem comedidos e sensatos, nãose julgariam nenhuns portentos, nenhumas in-teligências, nenhuma perfeições. Seriam todosbons, porque seriam compreensíveis, seriammais tolerantes, seriam enfim, criaturas maishumanas na forma e no fundo. Mesmo en-tre aqueles que freqüentam as nossas Casascom assiduidade há os que se deixam levarpela vaidade; não devendo, não, podendo terêrse defeito, porque quem conhece esta Dou-trina, quem está senhor dos seus Princípios,não pode ser vaidoso, não pode se julgar maisimportante do que os outros, nem tão poucoum ser perfeito.

Todos devem procurar aproximar-se da per-feição, mas para a tal chegar, é preciso quereconheçam que não são nenhumas perfeições,e assim, tornarem-se tolerantes, acessíveis,compreensíveis e humanos.

Mu'to temos falado sôbre este ponto emuito ainda falaremos, porque a humanida-de não quer esclarecer-se e ser modesta. En-quanto ela não se despojar dessa capa pesa-da da vaidade, ela não pode, absolutamente,corrigir-se, nem esclarecer-se.

Saibam ser almas superiores no sentir eno agir, saibam compreender as coisas comoas coisas são, não se entreguem à vaidade,não fiquem cegos e surdos pela vaidade,procurem examinar as suas consciências parpoderem fazer justiça a si próprios, e o ia-zendo, irão reconhecendo muitas falhas, mui"tos erros e nunca se julgarão ser importantes,que tudo sabem, que de tudo entendem.

Esclareçam-se, portanto, e sejam mais mo-derados e mais modestos.

LUIZ DE MATTOS

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ao. ii-5-1902

CRÔNICANTRAMOS no tempo do frio, esse frio lépido e balsâmico do Rio de Janeiro que

traz consigo, no mês de maio, as flores e as idéias, a florescência dos roseiraise dos cérebros. Na minha banca de trabalho, no gabinete onde veio visitar-me,

orfo alegre do grande amor que lhe tenho, não me canso de afagá-lo, sorvendo-o,frindó-lhe de par em par os pulmões, sorrindo-lhe, dizendo-lhe coisas lindas, infan-Mdades carinhosas, que êle compreende e retribui dando-me a força de trabalhar emduzirh Por que te demorasle tanto êste ano, estação mil vezes abençoada pelasnlhetas da idéia e do vocábulo? Não vês que, sem ti, todas as faculdades criadoraslafalecem e param, sufocadas, ar que jantes, reduzidas a torresmos? Não sabes que

lua volta é festejada com a mesma alacre superstição com que os europeus aguar-on! a revoada das andorinhas? Não sentes que tu és a única felicidade a que o pro-danado mental pode aspirar: a felicidade do espírito na plena e radiante expansão

suas faculdades?Homens das zonas temperadas, das zonas de onde irradia para o mundo o talento

wüizador, quanto pos invejo a benignidade privilegiada que convosco leve a natii-aal Não vos queima a mão, não vos adormece a canícula, não se vos retraem asüias ao abrigo da sólida espessura das paredes celulares. Cada um de vós, ao er-êr-se, ouve a imaginação a cantar-lhe, como um rouxinol, árias inspiradas, sempre

s. Os músculos dislendem-se, retezam-se, ductilizam-se numa flexibilidade de molast aço reluzentes e finamente temperadas. A pele lem a suavidade, a macieza, a ave-iada frescura de uma pétala de camélia. As articulações jogam, prontas e obe-lentes, como engrenagens de relojoaria. E feitas as abluções matinais, recebida noorpo a ducha espertinha e travessa, lodo um sistema de forças ignotas e confusas,

invencíveis, nos arremessa para a banca de trabalho. Só lá, só lá, podem viverm Príncipes da Grã-Venlura de que fala Eça de Queiroz, esses que servem de pro-mistas ao formoso e final quadro de "A Cidade e as Serras": "A tarde adoçava oí esplendor de eslio. Uma aragem trazia, como ofertados, perfumes das flores sil-tstres. As ramagens moviam, com um aceno de doce acolhimento, as suas falhasiws e reluzentes. Toda a passarinhada cantava, num alvoroço de alegria e de louvor.s águas correntes, sallaiiles, luzidias, despediam um brilho mais vivo, numa pressa«is animada. Vidraças distantes da casas amáveis, flamejavam com um fulgor de«ro. A serra lôda se ofertava, na sua beleza eterna e verdadeira. E, sempre adiante\ nossa fila, por entre a verdura, flutuava no ar a bandeira branca, que o Jacintoio largava, de dentro de seu cesto, com a haste bem segura na mão. Era a "ban-

fado Castelo", afirmara êle. E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos,raués da natureza campestre e mansa, — o meu Príncipe, atrigueirado nas soalhei-b c nos ventos da serra, a minha prima Joaninha, tão doce e risonha mãe, os doismeiros representantes da sua abençoada tribo, e eu — tão longe de amarguradasl,s«es e de falsas delícias, trilhando um solo eterno e de eterna solidez, com a almamente, e Deus contente de nós, serenamente e seguramente subíamos — para oJfefo da Gran Ventura!"

1 «s, em todo o caso, e já que o frio nos é tão esquivo, tratemos de gozar o maisIttvel das suas carícias fugitivas. E' preciso aproveitar em seis meses o que os ou-evam um ano inteiro a degustar, aos goles, voluptuosamente. Que remédio! NemyVre se faz o que se quer: faz-se o que se pode.

JACQUES BONHOMME

OS TEATROSÍJ?iSj| horas> Dias Brasa deve ler-seinciroW i que ü IJl',biit'o do Rio dentativn i e caPaz de acoroçoar umaIa a Si i Cerl° valor artístico. Decor-'ndos T i temPestuosa, seis dias tre-icnth nXÍi1."'11 impertinente e umidade:o reétó co .(k'u ao Recreio Drama-n(lo«AH ma|nificas> ouvindo e aplau-¦ tôdn _nonra co"i um entusiasmo além^sso ,Lexp(rctativa- Se excetuarmos oll»na ouir?clonal ,do

"Q"o Vadis", ne-l*s!fi1,eta ,dei1 à empresa os re-rmann n^ ,da obra-prima de Su-Çomnaríi, ! S,c alam,o no crédito quepa^ia adveio com a correta inter-

pretação dos artistas e a aprimorada mise-en-scéne de Eduardo Vitorino.

O que é bom, é bom mesmo e acabapor triunfar. "A Honra", estudo profun-damenle humano e verdadeiro, peça degrande alcance moral e social, além do re-sultado imediato que deu à empresa, fi-cará por muitos anos no repertório E'desses trabalhos que perduram, desafiandoa caducidade, porque os defeitos e iniqui-dades que estuda e verbera hão de per-durar ainda por largo tempo, dando ori-gem a milhares de volumes e a uma co-piosa literatura dramática.

À empresa que montou e representou"A Honra" entregou Cunha e Costa umacomédia original, de costumes portugueses,em um ato, com o título de "Natal na Al-deia". A peça é dedicada a Eduardo Vito-rino, a cena passa-se na Maia, arredoresdo Porto e os personagens da peça são osseguintes: Maria do Amparo e João, seumarido, os avòzinhos; Maria do Céu, Luísae Margarida, suas netas; Manuel, seu neto;Maria do Carmo, irmã de João; Rui, o en-jeitado; Maria de Jesus e Zé da Vinha,criados.

A peça, por gentileza de Dias Braga,Eduardo Vitorino e de todos os artistas,será desempenhada pelos melhores ele-mentos da companhia.

Machado Correia tem quase concluída atradução da "Vie de Boliéme",xdc Murgere Theodore Barriére, cm que a inteligenteLucília Péres interpretará :> protagonista,a doce e meiga Minii.

Da peça de Batista Coelho e Julião Ma-chado — "Os Vencidos" — ouvi ler o se-gundo ato que tem qualidades dramáticase literárias de primeira ordem. Deve serum sucesso teatral e uma jóia a acrescentarao repertório da empresa Dias Braga, aqual é destinada.

A companhia Tomba tem tido algumascasas magníficas. Em geral, desde que otempo melhorou, a concorrência aos tea-tros da capital tem sido satisfatória, pro-vando que, com temporal, a melhor peçanão resistirá no cartaz. A "Bohêmia" ob-teve um Casão; "D. Pedro de Mediria" amesma coisa; "Elisir d'Amore", outrotanto. Matinées muito concorridas também.

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leva sua cruz, com toda acompunção que o ato requer.Chama-se Felicity Elwes,com 25 anos de idade, mui-to religiosa. Mas não está,propriamente, a fazer peni-têriciás como nos tempos daidade média nos caminhosdas Cruzadas. Ela toma par-te numa procissão em memó-ria da Paixão de Cristo, naInglaterra. Esses atos de fi-nalidade religiosa estão hojemuito em moda naquele país,como que fazendo recordaraos homens que a doutrinade Cristo' deve ser mantida,piedosamente.

MissGréciaNão sabemos ainda se estalinda concorrente grega aotítulo de miss Grécia, che-gou a vencer o páreo lá emAtenas. Mas que todo inundoachou que merecia a láurea,isso é verdade. E ela estámesmo convicta de que não éapenas «a mais bela» de suapátria, e sim, poderá vir aser «a mais bela» do mundo.Para isso aguarda, apenas,sua viagem aos Estados Uni-dos, depois da consagraçãona Grécia. Não se trata prò-priamente, de um fato acon-tecido; mas que poderáacontecer, não se discute.

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çyudo istohGuerra à pingaSABIA

o leitor que, certo deputado,apresentou à Câmara um proje-

to de lei que manda proibir, terminan-temente, a fabricação de aguardenteno Brasil? Um jornalista foi procuraro Sr. Gileno di Carli, presidente doIA A (Instituto do Açúcar e do Alcóol)a fim de saber como encarava êle oassunto, tendo-lhe respondido o mes-mo titular que nada tinha a ver comisso. O caso era da alçada do Minis-tério da Fazenda! Aí está uma coisaesquisita: a fabricação de aguardenteé atribuição do Ministério da Fazenda.Naturalmente porque o selo é dessa Se-cretaria de Estado, com o que o Te-souro Público se enche todos os anos.Mexer com a cachaça é ferir profun-damente o Ministério da Fazenda, retirando-lhe milhões de cruzei-ros de renda. Logo, o Ministério da Fazenda deve olhar com o maiorcarinho a fabricação de cachaça. Deve ter mesmo certa "cachaça"

pela sua renda... Mas, há umas considerações do Sr. Gileno di Carli,que merecem atenção, pela justeza de que se revestem. E' o casoda importação de uísque. Se há projetos proibindo a fabricação dajiribita, por que não se proibe a importação de uísque? O meio nãoé proibir a fabricação, é educar as gerações que vão surgindo nosentido do anti-alcoolismo. Assunto pedagógico,

CampeonatoDE quê? De cachaça. Onde? Na

Paraíba. Dizem os telegramasvindos de João Pessoa, que o governa-dor José Américo está sendo tormen-tado por centenas de telegramas, men-sagens, cartas, apelos de toda espécie,no sentido de que não permita o IICampeonato Internacional de Cachaça,que terá como palco a cidade portuáriade Cabedelo. Não sabemos como irádecidir o autor de "A Paraíba e seusProblemas", e, se tiver de tirar novaedição da monumental obra, multo bempoderá incluir-lhe um capítulo sobre oassunto. Mas, francamente, não há mo-tivo para tanta celeuma. A cachaça ébebida nacional, e, segundo atestam ostécnicos, não fica atrás do uísque e doconhaque, do gim e do rum. O que humilha a cachaça e ser popular e poder ser bebida até em moedas mínimas. Ja se venoeum vintém de "branquinha", embora hoje não seja possível; impum bebedor amigo de tascas poderá pedir um tostão dela e o ven

dedor servi-lo. Ora, há em vários países campeonatos semelhantesde cerveja, de uísque, de qualquer outra bebida espirituosa que tir1

o juizo de quem bebe de mais. Se o Brasil quiser realizar o se

campeonato internacional de cachaça, que mal há nisso?

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0 Êxodo

DESTINO

Rio #

MINISTROS de Estado, legislado-

res, jornalistas, o próprio Pre-sidente da República, estão alarmadoscom o êxodo que se processa incessante-mente de populações do nordeste emdireção ao sul, servindo-se do S. Fran-cisco e da estrada Rio-Bahia. Segundoregistram as estatísticas, que em 1951,mais de duzentos mil nordestinos, entrecrianças e adultos de ambos os sexos,deixaram o nordeste brasileiro e vié-ram, rio acima, ou em caminhões pelaRio-Bahia, em busca das miragens demelhor vida no Rio, S. Paulo e Paraná.Diariamente rodam por essa grande es-trada, mais de 30 caminhões cheios degente, do norte para o sul. Já dizemos registros policiais que, em certas ei- homemdades do nordeste há mais de dez mulheres para caaa. ¦ c0o fenômeno de demografia dinânima prosseguir na mes" 0 interique o vemos agora, dentro de pouco tempo estaremos pioresdo nordeste completamente despovoado de homens, -^dades do sul, Rio e S. Paulo, com uma pletora de ele^abalho a ttnos excessivamente elevada e sem recursos para dar i

êrn0 atitos braços sem ofício. Não resta a menor dúvida: o g lver> etem diante dos olhos um dos mais sérios problemas a

^ me\o conseguirá, adotando uma política de fixação do homem

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Jí'conteceuEmbriagados A zona sul, apesar de suas vestes

de seção grã-fina do Distrito Fe-deral, possui considerável exército degente amalandrada, que passa a vida embotequins, em namoros libertinos atémesmo nos bancos da Avenida Atlânti-ca. Essa gente ginga de corpo e em-pretesse de alma. E' audaciosa e nãose dá a respeito, nem respeita ninguém.Qualquer fato que, entre pessoas edu-cadas séria até motivo para travarrelações de amizade, entre esses elemen-

1*1^/) tos dá motivo a conflitos, a descom-y' A^ posturas, a demonstrações de valentia./ Nem todos, porém, residem na zona.^^ Muita gente vem de outras partes damr Q.C. Cidade para engrossar a desordem entre

Leme e o Leblon. Mas acham no meiomais elegante do Rio o clima necessário para suas badernas e faltade compostura. Veja o leitor o que acaba de acontecer com doiscamaradas que se dão ao prazer de fazer farras em Copacabana,vindos de Frei Caneca e Engenho Novo. Andaram a beber e a fazermisérias por ali. Mas chegou a hora de voltar cada um para suacasa. Ambos vão a pé, altas horas da madrugada, atravessando otúnel novo, quando o fotógrafo teve a idéia louca de querer despir-se.0 bombeiro hidráulico, apesar de "cheio", procurou impedir o ato de-satinado do amigo. E os dois se atracaram em luta corporal.

Surram as esposas ^g* ADA terra tem seu uso, cada roca^^ tem seu fuso". Isso é um dita-

do popular, que deve ser conhecido eusado em todos os países do mundo.Mas, não sabemos se o leitor estavaciente de um costume bastante desa-gradável, pelo menos para as mulheres,em pleno vigor lá pela [ndia. Segundotelegrama publicado em nossos jornais,na cidade de Magherita, os maridostinham o hábito pouco delicado de darsurra em suas queridas esposas. Maso mundo evolve a passos largos, e as

'//// ir,y '(-~i mulheres de tais senhores se reuniramf/yy (Yj7 ^i em assembléia e discutiram o assun-

to, com o maior entusiasmo. Já esta-vam cansadas de apanhar. Uma mu-lher é um ser humano com os mesmos

direitos civis e divinos que enfeitam o homem. Esse negócio de ale-gar que o homem foi feito por Deus, e que a mulher só o foi dacintura para cima, é sofisma de Santo Agostinho. Todos somos fi-lhos do Pai Eterno, mesmo da cintura para baixo. Por isso, asmulheres de Margherita fundaram um Sindicato em cujos artigoshá um dispositivo que diz: "Devemos punir todo o marido que sur-re sua mulher". Também não admitirão insultos e outras indignida-des de seus esposos. Como vemos, esse uso de meter a ripa na mu-Hieré, lá em Margherita, uma coisa de amargar.

MINHA Vf-VÍ^v \\

Historietas A Câmara dos Deputados da Itáliaacaba de aprovar um projeto de

lei, segundo o qual deve ser estabeleci-da a censura prévia de todas as his-torietas cômicas e literatura infantilem geral. O projeto de lei estipula acriação de uma comissão especial detrês membros, — um sacerdote, umamãe de família e um pai — para queaprove tais historietas e livros que pos-sam ser postos a venda sem inconve-nientes para a educação das crianças.O projeto de lei foi apresentado emsetembro passado pela deputada MariaFederici, ex-professôra e filiada ao par-tido democrata cristão. A aprovaçãofoi conseguida por 275 votos a favor,

n- contra &4 negativos, devendo agora pas-muir S!nado' para a aprovação final. O assunto está despertando««interesse em todo o pais, e a própria imprensa acolhe a leiaos l-Sf—:* ° assu«to envolve uma grande indústria, pois, somenteíeima • Unidos há centenas de pessoas que vivem disso, isto é,toeolr^' desenhar e vender historietas de quadrinhos. Mas os peda-à Ü.Çi s?clolo8*os encaram essa maneira sintética de ensinar coisasmnnvi i gos enearam essa maneira sintética de ensinar coisassunt co,no veíc«l° perigoso para a criançada, desde que or«°iÍe.j:1 de terror, de assassínios, de assaltos, de amores sen-1,8 e iibulinoHos.

Dois cavalos marinhos

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nas representações do Windmill Theatre de Londres. Não se pode,de maneira alguma, mudar o gênero desses animais, pelo simples fatode tratar-se de duas «girls» assim fantasiadas. Seria uma irreverên-cia. O jeito é mesmo dizer que elas «são dois cavalinhos marinhos»,numa cena muito bonita da «Valsa Submarina», fantasia de arranjoartístico do maior efeito teatral. E muito tubarão desejaria estar na-quelas águas. Chamam-se Lorna Baylcss e Margaret Cooper.

Yatasto no Brasil

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O famoso cavalo uruguaio Yatasto, com destacadas atuações nas pis-tas argentinas, chegou a São Faulo a 23 de abril, viajando num clipperde carga da Pan American. Contando onze vitórias em outras tantasprovas que disputou, Yatasto viajou com um seguro de 10 milhões depesos (aproximadamente 8 milhões de cruzeiros) a fim dc tomarparte no Grande Prêmio São Paulo.

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/I Todo mundo já sabe,Ninguém mais ignora:Do mercado de massas,"AYMORÉ" é senhora...

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NOÇÃO DO TEMPO <C«nt. da pbB. se,

i o vestido amarrotado pelo meu. leio modo «li- sentar,: iptermihàvelmnniabrindo c fechando o saco de balas para escolher, hesitante, uma ba a Utboreá-hi. Sentia-me com.» intrusn, como si- nao mais osjc.natural «Y ^manecesse dentro de casa "f"^*'^.;-

%&%*' VlVakÜ csta™ Si íera necessário que eu me levantasse e llie talasse. "iua,

Ela tinha a cabeça apoiada na mao, .o cotpvç o branco fincado ,,„.bde pelúcia da poltrona. Contra o fundo .vermelho escuro ela tinha", ?muito branco c louro e eu notei suas longas veias azuis que se raniifie".,'nela parte de dentro do braço- »«|li i.i po ,:..;-:„ „.,,-.. «Io. VI flllC SIU1S ncstailas S(í sifTil.iv...« _..Enquanto me dirigia para ela, vi «pie suas pestanas se

r.nnserve.i-me Clll frchtinha

, ,- agitavam por cntr.,»« ,1p<1os entreabertos. Conservei-me em 1 rente a ela, segurando o sa™

alas mas ela não se mexeu. No entanto tinha uma tal certeza T aígffi?. acordada que.não conseguia^me ^IL?^JT^l^^^Xida que nau i"»^s1"" t". "v~" . ' . iw,«» v ueixa-la w

que esbocei com a mao um vago gesto, ela descobriu o ròstnnálpebras e abriu ligeiramente a boca, num movimento evtr!tinha

paraí cimento extre-bocejado. Sorriua cesta de florcs

a cabeça e aumentandoa minha timidez.pondo a ela."Então, ficou aí todo o tempo/estar horrível". Ei"OSFH0senn)reerèssaltâVa a'Tiiiiha" mocidade qni contraste com a idade delaEu gostaria de dizer: "A senhora estava l.nda , mas me sentia ¦ ¦

momento em

mmnente delicado para que se pudesse dizer que"Devo ter adormecido um pouco" — disse Olhoumira o relógio, depois para o meu saco de balas.1 _ «Como você e gentil!" -r murmurou, abanando ,„ B nm

Dei une passos para o lado, achando que estava me im.

xlo o tempo?" — perguntou. "E eu dormindo. Como deviagueu a mão para as trancas do cabelo, na nuca. "Sóser vistos dormindo". """ "" dade

dela.desajeitada

ovamparaimaginar

,uei obser-., . pelos ramos.

P-ira aue fazia ela tanta fita? — perguntei a mim mesma;. Sabia que nã0,-ôii.. n nena fingir, representar para crianças. A gente grande nao costuma?.?, âr ei i.l-ido diante de mis. ficava natural, as vezes de expressão revela-

oru Nfto còns tu^nios platéia digna Que. a Sra. Vivaldi se desse ao tra-m ò de simular por minha causa deu-me grande tristeza, c senso de ros-

Confiabilidade. E me queimavam as palavras que ou nao havia pronun-tí'5^^aí^s"òtóid# sob a bludeia por muito tempo. Até que ouvi minhamíe se aproximando pela estrada, de volta de seu passeio. Temia agora

K „„n niim-n mie seus passos se arrastassem, como acontecia as vezes, ouSífe ela susXass? Sai^medrosamente de trás do tronco

1 Mini,, 3 cantarolava baixinho, e quando me viu estendeu-me um ramodSSÍ«om as hastes aquecidas por sua mão. Sentou-se na

grania sob a árvore e, levantando osfiando neles com firmeza os grampos.daquela sala ab»f»^?" t (. suios dc terra um a um, e meus pensamestos ad^avam^ôbrc^ninSa mãe^omd as borboletas sobre a árvore. Minha

somKa b/cíinava-se para ela, como o meu amor.

,. ..iwiiriii Sorri tolamente e fui andando para o .jardim, abandonandonvíò As bolas pintadas tinham ficado pelo gramado. Os lilazes sujao caminho com suas flores caídas. A tarde continuava para todos, menoso .tdU,,''',."„1.Mn.ni.ií. n.-lo sabia como retomar o seu fio. Comecei aauT ida dltcríi1 í Sr" Vivaldi. Parei junto ao pé de budleia e fia,vindom as borboletas, bêbadas, sueando as flores, tropeçando

longos braços, alizou os cabelos, enDisse: "Então você afinal resolveu sair

(Cont. da pág. 26)AQUILO QUE O VENTO...

timentos de Eva. Sorlilégios diabólicos, insinuações, venenonnnderar-se-ia de lôda a sua alma!apoderar-se-ia'¦'Ílm'dia}':^ à sm fl"'S"±aZ™ 'SSrJt sTleu deus ao ,««/ diriges, diária^luas preces

' Entrei em li, captei tens. pensvnentos, tens Mk

mentos tua alma enfim, c nunca mais te deixarei.Zü'epUndido "habitai" e estarei sempre vicejanlecente Empregarei, então, em meus domínios, todas aseA^iMãúgiréi ainda, de ti mesma, tudo o que meCl.

Zrn dosaracti do teu Adão! Sabes meu nome! Mo!

Encontrei,e flores-

minhasaprouvet

Pobre-para desgraça

zinha! Chamo-me: VAIDADE

Anos depois, uma fada bondosa m^yB»^^sagem por nosso planeta travou co^mentocqm o^amiguinhos, já cansados de viver Api^mouK m^ (ambienta-se bem entre aqueles em cal™J£™nuieue pena àum sangue moço, quente e arisco, BW™™?d£"io^*primeira mulher. Tanta inexperiência e ingenuidmie ^j'vento, soltas! E líom-Senso ^fu^f"J°habiava a Mde condão, conseguiu expulsar o duende qwi im {de Eva. Mas a Gnômide, ao passar g«J?^^fStó 4:fmal fechada - enfraquecida ja P#wc0* „ em següid*,se escondeu, em desespero de causa ^«"™* ? de tal Watravés de suas veias e amalgamou-se a seu sangueneira que a fada Bom-Senso nada mais pode fazerfora espalhado com ciência...

HÒJè; 'passados 'tantos'

séculos,' a primeira^Emh1^ j.A -Ai „;—1„ fnmilr, mm n VP1ÜO 1UIO ICVOU «e«« ,¦ >HUJtA, passaaos iinuu» «n»»») " i„„n,i nem

Mas existe, ainda, (aquilo que o vento mo l\™°»™n% de viWa terrível Gnômide Vaidade, que continua, esiua it

dade, a viver do sangue dc outras Evas parumuito Adão!

RESPOSTAS AO TESTEi23

4r>fl78

218.Tiradentes.Domingos Fernandes Tor-neiro.No Rio.41.Um pintor anônimo.A abóbora.Discóbolo.

101112131415

a roupa-Enxugar malFiçiformç.Híade.. „„„oaAnimal oi pessoatem pescoço laigoEstudo dasCiência deCaiu num cííário.

que

rochas,navegar-

onto do vi-

h.

BB^trr--:,.'' ¦

¦ Par

""V ^lisy

¦ YTã. "

Crioçõo de DARCY

UTRO MANUAL PRÁTICODO RAJULADOR

J

Quando o patrão estiver fu-mando e não houver cinzeiro,poi- peito, di.ua:

0$

— «Um innmento. Deixe-me pôr,antes, a almofada de seda; bor-dada por minha esposa...»

n

— «Não. Este seu cão não podeser vira-lata. Deve inscrevê-lo• awJíennel Club...»_

— «Ponha a ciir/.inha do seucharuto aqui cm minha mão...Ela já esta suja, mesmo...»

Conquiste a simpatia da senho-ra do patrão e terá conquistado99% da situação:

12mw.

11

ia

Aproveite a morte da tia-avó daesposa do patrão (não havendoparente morto mais próxiiuuil

¦ms ip-.u-üsi-;

m~mm~z£u\Í305

an

il <^*T>v ! itliv:-

Lembre-se. A caranguejoia doseu patrão c velha mas é dele...

— «Mas que vestido lindo! Uraencanto... E' modelo especialde Dior, para a senhor?»

— «Basta ser parente do meuqueridíssimo para toda a minhafamília sentir profundamente»*

i<*sy-— %r

i ii '¦*. 'im¦—«Ora, os autos modernos! Nãoha nada como a linha clássicados cairos antigos. ..»

XCf

m*iAh, os filhos do patrão! Calma,presença de espirito e embota-mento da sensibilidade.....

* ,rkr 7 i-^yL^ d'Bi

Sim. Não perca a oportunidade.Se a filha do patrão está espe-rando o primogênito, depressa;

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A cadeira onde o patrão se sen-ta deve merecer mil cuidados...

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— «Fazendo «cosquinhas» no «li-tio», hein, inalandrinho? Tãoengraçadinho^ um amn.i:!»

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\^ \ /'flFv^s.

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— «Deixa disso, dona cegonha!Mas serei eu quem vai entregarV primeiro neto do patrão!...» .

*^a^<sss^rbjbmI mwa

Foi preciso a ação da Pohcia Civil Polida ££ciai, Fuzileiros NavaUparu conter u massa naunsia de cumprimentaros campeões pan-americanos. Em baixo: Ademir e sua esposa saindodo Aeroporto sol» a pro-tesão da Polícia; Casti-lho sendo abraçado PPiuseu companheiro do Flnminense, Orlando; e maisuma vez o goleiro titulardo selecionado saindo doGaleão entre as filas depoliciais.

i*i

•ESAR DA CONFUSÃO

do ESTRONDOSA RECEP-ÇÃO AOS CAMPEÕESTexto de LEVY KLEIMAN Fotos de AIBERTO FERREIRA

um absurdo perturbar-se o tráfego de uma cidade para bater palmas a jogadores de futebol ,¦ ¦ - lamentava seriamente um cidadão que viajava no mesmo elevador que o repórter num edifício

icentro da cidade. Eram 17 horas e a avenida Ric Branco, de'ponta a ponta, com milhares de pes-

ias dos dois lados aguardando a passagem dos campeões pan-americanos de futebol.*&a

natural a revolta do circunspecto cidadão, irritado porque deveria ter gasto mais tempooque o

anal para se locomover pelas ruas do Rio, mas esqueceu-se que pela primeira vez na historia es-

Iriiva do Brasil uma seleção brasileira de futebol conseguia conquistar no estrangeiro um campeonato

Irnacional contra uma série de fatores adversos. Para uns pode parecer uma conquista futil, banal,

B nenhum proveito coletivo, mas para milhares e milhares de brasileiros dos mais humildes aos mais

lerosos a conquista deste título de campeão vem dar às nessas cores esportivas uma honra que ha

Sos anos persegue, que esteve tão perto na Copa do Mundo de 50, e que so agora em Santiago do

ííe foi possível alcançar, a censagração internacional do futebol brasileiro, hoje tao admirado em

dos os países onde o ""associatien"

alcançcu grande desenvolvimento, pelo seu alio padrão técnico,

Pias seus valores individuais, assim como pelo senso criador des nesses jcgaacres.alearia que não foi pcssível expandir naquela tarde de 16 de julho de 1950, quando c Brasil, com

fíiulo de campeão mundial à mercê de um triunfo cu apenas um empate, perdeu surpreendentemente

ftTo Uruauai num destes caprichos que tornam o futebol um esperte tão emocionante que chega'a matar do coração os torcedores, o povo guardeu-a, avaramente, durante quase deis anes, para

Éoandir-se na censagração aos campeões pan-americanos ae futebol.

?>enaracado é que este é c terceiro campeonato que cs chilenos ja inventaram para ver se conseguem

i títSc de campeão sul-americano, ou então pan-americano. Todos cs três foram conquistados pelo

sil Em 48 a entidade de país andino organizou um torneio que reuniu cs principais clubes cam-

pmVamVaM mm Mmmmi^m^Ê f^MT ^fê-wffl m^P^m] mwi^mM^m^M^ÁrMimI ^fl K^^pfl» «^sÍ^ÍSp^bWp^p^M HMv^V

LmaVEl dmm m^rTm^m ^LP^vN LmSiY Á$mmw ^ma mw^^^mwmm AfrrmÊ

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57 "-^jfSA

de diversos países, e o Vasco, derrotando todos os campeões obteve, in-PxeS o título de campeão dos campeões da América do Sul, sob a direção deVf'°'

Costa. Em 1949 o Chile promoveu o Campeonato Sul-Americano da Juvenri Amadorista, e mais uma vez o Brasil logrou o titulo de campeão, com um

tu.e. acj0 cuja maioria de jogadores pertencia ao quadro de juvenis do Flu-

Se,eCnse várias vezes campeão carioca, equipe dirigida por Oto Viera. Agora

""rvle quis ir mais longe, idealizou o Campeonato Pan-Americano de Futebol, do°

1 participaram representando a América do Sul, Brasil, Chile, Uruguai et>U • a América Central, o Panamá, e a América do Norte, o México. Tudo indi-'

au° os chilenos seriam os vencedores. Ninguém fazia fé com o lime dorQ '1 principalmente depois que empatou de 0x0 com o Peru. Os chilenos der-

t am os campeões do mundo, os uruguaios, e bastava empatar apenasr°

os brasileiros para alcançarem, invictos, o título que tanto cobiçavam.M s o time brasileiro reagiu, venceu de 5x0 o Panamá, vingou-se do Uruguai

nhando de 4x2, e finalmente contra o Chile deu um passeio, vencendo de 3x0.0° andinos não esperavam tamanha demonstração de poder de reação e fibraa rapazes que representavam o Brasil, tanto que caíram no mesmo erro

m aue os nossos incidiram na Copa do Mundo: ccnsideravam-se campeões de

véspera, e o tiro saiu pela culatra.Cinco jogos que mexeram com os nervos dos torcedores através das pormeno-

rizadas irradiações do time de locutcres que transmitiu do belo Estádio Nacional,de Santiago de Chile, que preparam o ambiente para a ruidosa manifestaçãoaos seus campeões. __ ¦ v'¦

Foi organizado um belo programa de recepção aos cracks nacionais. O avião

chegaria ao Galeão às 15,30, e após o cortejo pelas principais artérias da cidade,avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, os campeões rumariam ao PalácioGuanabara onde seriam homenageados às 18 horas pelo Prefeito da Cidade.Acontece que o programa não pôde ser cumprido à risca, a passagem dos carrcscoincidiu com a hora do "rush" e somente alguns jogadores conseguiram chegaràs Laranjeiras depois das 21 horas, ficando completamente transtornado o tráfegono centro da cidade, prejudicando sensivelmente os que se locomoviam paraas suas residências em todos os quadrantes da metrópole. Justa a consagração

pública aos "cracks", mas a chegada do avião deveria ter sido retardada pelaConfederação Brasileira de Desportos para 24 horas mais tarde, ou seja, no sá-bado, quando devido à semana inglesa diminui o tráfego no horário vesper-tino. A vida da cidade não seria perturbada de modo violento, todos poderiamter ido aplaudir os campeões, e o programa de recepção seria cumprido à risca.Este o eterno mal das imprcvizações, o mesmo mal que quase ia vitimando o

selecionado nacional que foi disputar o torneio internacional com um ligeiroJ||exercício de conjunto na véspera do embarque.

A confusão foi tão grande que somente duas heras após a chegada do crvi3q||foi possível reunir os jogadores em plena Avenida Brasil para a devida orga-.||nização do cortejo, tal o assalto do povo na ânsia de abraçar os seus "astros"; aipreferidos. A manifestação atingiu ao auge quando os jogadores passaram pelaAvenida Rio Branco, e uma chuva de serpentinas, confete, papel picado, emprês^tou um colorido diferente à recepção. Em frente à Câmara Municipal os cam-peões foram saudados pelo presidente Mourão Filho em nome dos legisla^Jdores cariocas. O segundo discurso que ouviam. O primeiro, escutaram da bôeá^de Vargas Neto, presidente do Conselho Nacional de Desportos, em nome do-iGoverno Federal, mal desembarcaram no Galeão. Uma verdadeira maratòn^Srealizaram os campeões, que tiveram de ouvir muito discurso na Câmara Muní^lcipal, o que não estava no programa. Só às 22 horas chegaram os últimos jogct^ldores ac Palácio Guanabara. O povo invadiu o recinto da homenagem, e qJ|Prefeito João Carlos Vital falou aos trancos e barrancos. Só ouviram o seu dis~|curso Bigode, Castilho, Pinheiro, Didi, Ademir, Osvaldo e Arati, além do médicolPais Barreto, do técnico. Zezé Moreira, do massagista Mário Américo, e do diri^gente Castelo Branco. Os paulistas do selecionado, Brandãczinho, DjalmcâSantos, Baltasar, Pinga, Julinho, Cabeção e Rubens não resistiram às saudadesdos seus e rumaram, às primeiras horas da noite, via aérea, para a capitcd,|bandeirante. Outros "cracks", como Bauer, Rodrigues, Santos (do Botafogo), Ger||son, Ipajucan, Friaça, Eli e Ruarinho, sumiram na confusão do cortejo, prefe*rindo escutar as homenagens pelas irradiações.

Ademir foi um dos "cracks" mais visados pele contentamento popular. Cad<*£um quis ficar com uma lembrança do seu terno, até parecia astro de Hollwoodglsofrendo a sanha dos caçadores de preciosidades, e chegou em casa com OJroupa em frangalhos. Os caçadores de autógrafos perseguiram com os seusjcaderninhos os jogadores, até o Prefeito teve que apor a sua assinatura ao ladç*da dos "cracks". O Ministro da Educação fêz questão de cumprimentar um par?um os jogadores campeões, manifestande-lhes o seu júbilo e o do Presidente^da República pelo magnífico comportamento no certame de Santiago do Chilèí;

Uma grande demonstração de solidariedade foi o abraço que levaram ¦•<f|

Zezé Moreira os seus companheiros de profissão, os técnicos Flávio Costa, Déliò|Neves e Gentil Cardoso.

Foi a mais entusiástica recepção que uma delegação esportiva já teve no\Brasil, superando a que o público prestou em 1938 aos jogadores brasileiros qu|É|participaram da memorável Copa do Mundo conquistando um belo terceiro lugca§|

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r Os campeões tiveram que aparecer na sacada da Câmara Municipal para.«*"}-decer as manifestações e os guardas fizeram muita força para conter o povo

na estrondosa manifestação.

O Prefeito João Carlos Vital fêz questão de abraçar todos os campeões. EI-locumprimentando o técnico. Em baixo: no Palácio Guanabara, Zezé Moreira,

Bigode e Castilho sorriem.

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Que Estado poderá vir a concorrer

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PERNAMBUCO?

O algodão, segundo produto da economiapernambucana, caiu de 25 milhões de qui-los, produzidos em 1937, para 15 e 18 mi-lhões, obrigando as fábricas de tecidos aimportar 50% da matéria-prima a indus-trializar. O açúcar, princi-pai riqueza do Estado, atra- / ¦vessa situação difícil. Den- Hiíâtro porém de um ano ou

dois a energia de Paulo Afonso chegaráao Recife para movimentar as máquinase possibilitar um ritmo uniforme ao crês-cimento das indústrias estaduais. Servi-do por energia elétrica farta e barata, c

pela capacidade de iniciativae trabalho de seus filhos, oEstado do Pernambuco viráa concorrer com S. Paulo.

mÊÊÊ^£^vs.íp»SDu*riss^!^r

BAHIA? E. DO RIO?

A Bahia vive de ex-portar cacau e fumo.Mas é em suas terrasque o petróleo afirmaa melhor das profes-sas no Brasil c a re-

finaria de Mataripe que produz 2.500 barrisdiários, tendendo a crescer sempre, revelauma auspiciosa perspectiva para futuropróximo. Graças ao petróleo a vida econô-mica da Bahia pode em poucos anos sermodificada radicalmente e um surto in-dustrial pode sacudir a sugestiva paisa-gem do Recôncavo. A idade do petróleo,na Bahia, poderá transformar a, Boa Terra— é de todo possível — num concorrentedo Estado de São Paulo.

A Velha Província,hoje decaída do an-tigo prestígio e es-plendor, poderá re-nascer através deuma agricultura me-caiüzada, depoisde de saneadas as suaszonas insalubres, e das possibilidadesque lhe serão aberlas pela instalaçãode unia das nossas grandes refinarias depetróleo. Com efeito, o Estado do Rio nãoperdeu as esperanças de ver sediada emseu território unia das refinarias projeta-das. Conseguirá êle reerguer-se da deca-dência a que atingiu, despertar e aprovei-tar as energias amortecidas, ameaçar co-mo concorrente o Estado bandeirante?

PARANÁ? R. G. DO SUL?

O Paraná vai crescendo em progressoquase vertiginoso. Na esteira dos ca-íezais que hoje opulentam suas ferazesterras roxas levantam-se cidades (Lon-drina é um milagre em pleno sertão),montam-se serrarias (a madeira é alimesmo industralizada em grande es-cala), e o movimento dos caminhõesnas estradas mostra que o progressotem um vigor de adolescência. O climafavorece a imigração estrangeira e acolaboração de energias novas de todoo mundo. Poderá portanto o Paraná,em rápido desenvolvimento, concorrercom São Paulo?

Estado de pequena propriedade dosolo c de já numerosas indústrias, ser-vidas aquelas e estas pela técnica e otrabalho de imigrantes o seus filhos,o Rio Grande do Sul vai rapidamenteperdendo a antiga fisionomia campei-ra em favor duma expressão urbanaque sempre mais se afirma em PortoAlegre, Pelotas, e outras cidades maio-res. Seu desenvolvimento industrial, emritmo constante, deixa prever que aliterão sede, dentro de alguns anos, mui-tas grandes indústrias do Brasil. Seráentão o Rio Grande capaz de concorrercom o Estado de São Paulo?

ANO LI * NM9 * 10.5.52

Redator-Cheíe:

ALCEU MARINHO REGO

Redator-Chefe de Publicidade:J. M. COSTA JÚNIOR

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Paginação deVICTOR TAPAJÓS

Desenhos deALBERTO LIMA

Diretor:Gratuliano Brito

A decana das revistas nacionais. Premiada eom me-dalha de ouro na Exposição de Turim de 1911 e osGrandes Prêmios nas Exposições de Sevilha e Antuér- ppia, em 1939, e na Feira Intern. de S. Paulo em 1933.

ASSINATURAS PARA O BRASIL E AMÉRICAS

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Seis meses Cr$ 100,00

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CORRESPONDENTES — Na Bahia: J. Machado Cunha,

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Cia., Constituyente. 1746, Montevidéu. Na Argentina:"Interprensa", Florida, 299, tei. 32, Av. 9509, B. Aires.

Toda correspondência deve ser endereçada ao •

retor. O corpo de colaboradores da REVISTA

SEMANA está organizado. Só publicaremos colab*

ração solicitada pela redação. Não devolvemos

originais, mesmo quando não publicados. Os . .

lhos assinados são de responsabilidade dos autore.

Este número consta de 60 páginas

Propriedade da COMPANHIA EDITORAjgggjjjRua Viscond» de Maranguape. 15 — ««> °

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Redação: 22-4447 • Publicidade: 22-9570 * *«J *

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