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1 Taxas de câmbio em regime de ciclos permanentes Introdução O Dilema da contradição dialética do câmbio: a) Depreciação cambial -> diminuição da dívida pública, contenção da inflação interna, aumento das importações e do endividamento. b) Apreciação cambial -> aumento das exportações, redução do déficit de balanços de pagamentos e do déficit da balança comercial. Como encontrar o regime cambial perfeito para compatibilizar (a) e / ou (b)? Com diriam os discípulos e os seguidores do sistema filosófico dialético parecem-nos que se trata de uma daquelas contradições insuperáveis pela mais perfeita tentativa de aplicação da solução diante do dilema das contradições internas no sentido da busca pela síntese entre a tese e a sua correspondente antítese. Como nos ensina o método dialético, a sentença final deveria conter tanto os elementos da tese como os elementos da antítese, gerando uma nova tese, para assim reafirmar a sabedoria da Dialética de Hieráclito e Engels. “Tudo flui”, frase criada por Hieráclito que pode ter centenas de versões e de interpretações, como, por exemplo, “Nada se repete no universo”, ou, pela conhecida frase a ele atribuída “Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio: as águas mudaram, as pessoas mudaram”, pelo menos ficaram mais velhas, neste curto intervalo de tempo, milhões de suas células de seu corpo, ou morreram e se desprenderam nas águas do rio, novas células nasceram e novas experiências mudaram a sua percepção da realidade.

Taxas de Câmbio em Regime de Ciclos Permanentes

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Taxas de câmbio em regime de ciclos permanentes

Introdução

O Dilema da contradição dialética do câmbio:

a) Depreciação cambial -> diminuição da dívida pública, contenção da inflação interna, aumento das importações e do endividamento.

b) Apreciação cambial -> aumento das exportações, redução do déficit de balanços de pagamentos e do déficit da balança comercial.

Como encontrar o regime cambial perfeito para compatibilizar (a)e / ou (b)?

Com diriam os discípulos e os seguidores do sistema filosóficodialético parecem-nos que se trata de uma daquelas contradiçõesinsuperáveis pela mais perfeita tentativa de aplicação dasolução diante do dilema das contradições internas no sentido dabusca pela síntese entre a tese e a sua correspondente antítese.

Como nos ensina o método dialético, a sentença final deveriaconter tanto os elementos da tese como os elementos da antítese,gerando uma nova tese, para assim reafirmar a sabedoria daDialética de Hieráclito e Engels.

“Tudo flui”, frase criada por Hieráclito que pode ter centenasde versões e de interpretações, como, por exemplo, “Nada serepete no universo”, ou, pela conhecida frase a ele atribuída“Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio: as águas mudaram, aspessoas mudaram”, pelo menos ficaram mais velhas, neste curtointervalo de tempo, milhões de suas células de seu corpo, oumorreram e se desprenderam nas águas do rio, novas célulasnasceram e novas experiências mudaram a sua percepção darealidade.

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Esta frase profunda indica o aforismo de que nada é igual emtodo o universo, cada objeto é particular e não pode serreproduzido.

O devir, a mudança que acontece em todas ascoisas é sempre uma alternância entre contrários:coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisasúmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidadeacontece, então, não em uma das alternativas, postoque ambas são apenas parte de uma mesma realidade, massim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre osopostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemosdizer que é. "A doença faz da saúde algo agradável e bom"; ouseja, se não houvesse a doença, não haveria por quevalorizar-se a saúde, por exemplo. Ele ainda consideraque, nessa harmonia, os opostos coincidem da mesmaforma que o princípio e o fim, em um círculo; ou adescida e a subida, em um caminho, pois o mesmocaminho é de descida e de subida; o quente é o mesmoque o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou,dito de outra forma, o quente é o frio depois demudar, e o frio, o quente depois de mudar, como seambos, quente e frio, fossem "versões" diferentes damesma coisa).

Tudo é considerado como um grande fluxo pereneno qual nada permanece a mesma coisa pois tudo setransforma e está em contínua mutação. Por isso,Heráclito identifica a forma do Ser no Devir pelo qualtodas as coisas são sujeitas ao tempo e à sua relativatransformação.

Heráclito sustenta que só a mudança e omovimento são reais, e que a identidade das coisasiguais a si mesmas é ilusória: para Heráclito tudoflui (panta rei).

A doutrina da unidade dos contrários é talvez oaspecto mais original do pensamento filosófico deHeráclito. A lei secreta do mundo reside na relação deinterdependência entre dois conceitos opostos, em lutapermanente; mas, ao mesmo tempo, um não pode existirsem o outro. Nada existiria se não existisse, ao mesmotempo, o seu oposto. Assim, por exemplo, uma subidapode ser pensada como uma descida por quem está naparte de cima. Entre os contrários se cria uma espéciede luta constitutiva do logos indiviso.

Nessa dualidade, que na superfície é uma guerra(polemos), mas no fundo é harmonia entre os contrários,

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Heráclito viu aquilo que definia como o logos, a leiuniversal da Natureza.

E é a própria doutrina dos contrários que faz deHeráclito o fundador de uma lógica "antidialética",fundada na lei estética do devir da realidade.Antidialética porque tese e antítese (ser e não ser)são uma síntese contraditória e permanente narealidade, que só assim pode vir a ser, através dosseus dois aspectos existenciais ("no mesmo rio,entramos e não entramos"; "somos e não somos"); opostaà lógica aristotélica porque oposta ao seu princípioda não-contradição e do terceiro excluído.

A teoria de Heráclito é alternativa à ontologiade Parmênides, o filósofo da unidade e da identidadedo Ser, que ensina que é a contínua mudança aprincipal característica do não ser .

(Disponível em Wikipédia)

Como é possível esperar que gestão após gestão política,econômica e financeira, nada mude na economia, mesmo sob asmesmas políticas, sob os mesmos políticos e sob os mesmosagentes públicos se tudo passa, tudo muda com o passar mutante einclemente do tempo que flui?

A verdade é que de fato nada permanece constante porque o mundomuda, as pessoas mudam, os fatos mudam no universo e a percepçãodas mesmas pessoas muda com o tempo, porque o tempo também muda,apesar de que a nossa percepção de tempo pareça nos indicar ocontrário, está tudo datado no universo para grandes mudanças,algumas contando bilhões de anos, mas certamente as mudanças sedão aos saltos progressivos em todas as direções. As únicascoisas que nunca mudam no universo são as mudanças e aaleatoriedade em que as mudanças se dão.

Seria muito confortável se pudéssemos calibrar os eventos paraque as metas econômicas pudessem ser mantidas indefinidamente aolongo do tempo. Infelizmente isso é uma quimera filosófica.

O que fazer?

Simples: o método dialético nos ensina a administrar a únicacoisa que nunca muda no universo e que pode ser calibrado, que

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são as mudanças, já que o momento delas nunca pode serantecipado por imprevisível e aleatório.

Que tal induzir – digo, induzir e não produzir – as mudanças?

Esta é a solução proposta para a questão inicial deste problemada contradição interna existente entre a taxa de câmbiodepreciada que favoreça a dívida interna e o controle dainflação interna e ao mesmo tempo encontrar uma taxa de câmbioapreciada que beneficie às exportações e a balança comercialsuperavitária.

O grande avanço do planejamento central da economia em seusmarcos monetaristas e consequentemente calibrando o ajuste dasexpectativas macroeconômicas foi a adoção da estratégia contidano sistema de metas de inflação, nascida na economianeozelandesa em 1990 e adotada por mais de meia centena depaíses, criando assim um elevado grau de confiabilidade devido àtotal previsibilidade das expectativas de todos os agenteseconômicos, suspendendo o espaço especulativo e restringindomuito o espaço ocupado pelos jogadores da big global playersinternacionais que com sua enorme competência e poder detransferência eletrônica de créditos e de numerários jogavam coma imprevisibilidade dos bancos centrais acerca de suaspretensões e auxiliados pela políticas monetárias rígidas eteleológicas próprias que engessavam e continham em sua sementeo germe de sua própria destruição a armadilha mortal de açõesunidirecionais amarradas aos projetos de poder e de projeçõeseconômicas ambiciosas e extranacionais.

Como então desarmar esta “bomba” cambial-monetária quando ocontrole que o banco central possui diretamente nada pode fazerpara sincronizar as políticas monetárias de outros bancoscentrais?

A resposta novamente seria a característica trazida inspiradanas metas de inflação que é a previsibilidade monetária cambial.

Sabendo das metas cambiais antecipadamente e podendo prever econdicionar o comportamento dos agentes e dos atores políticos eeconômicos então a bomba estaria sem a espoleta para explodirjustamente no momento em que as velhas políticas rigidamente

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atreladas ao câmbio se esgotam nos encilhamentos colocados pelavia escolhida pelos bancos centrais que seriam:

A) Apontar para uma banda de flutuação controlada com umviés de apreciação cambial contínua ou constante cuja metaseria a acumulação de divisas com as exportações queterminaria fatalmente por estrangular os devedores nacionaise provocar a alta interna dos preços atrelados aos insumosimportados e aos numerários e empréstimos estrangeiros, porsinestesia gerando inflação.

B) Apontar para uma banda de flutuação controlada com umviés de depreciação cambial continuada ou constante cujameta seria a manutenção da queda da inflação internapropiciando a diminuição do estoque da dívida pela vantagemcambial, atraindo a entrada de capital e propiciando aatratividade do endividamento em moeda estrangeira, mas queterminaria pelo stress da produção interna e pelo aumento dodéficit comercial e de divisas estrangeiras acumuladas.

Assim fica muito fácil o trabalho destrutivo de predadoresinternacionais para especularem e atacarem a política cambial dobanco central do país que espera conduzir por prazo indefinidoalguma destas duas variantes da política cambial para apenasesperarem o momento crítico em que uma gigantesca e repentinadesvalorização / apreciação cambial, inevitável, inelutável eracionalmente esperada aconteçam, ou de modo administrado, oupela ação, catastrófica para o país, pelos especuladores.

Desta forma estas políticas levam inevitavelmente o governo aser estressado até provar que estavam erradas ambas as versõesde macropolítica econômica, antes disso as medidas heroicas sãotomadas, inimigos serão eleitos, a oposição prega justamente ooposto da política e da orientação econômica adotada, pareceenfim que apenas o governo continua errado e todos inclusive omercado estão com a razão.

Na verdade todos estão certos, inclusive o governo em sua crise,o que está errado é o tempo (timing) do governo: a medidagovernamental se justifica exceto que está no momento, ritmo,intensidade, duração equivocados.

Em algum lugar do passado e do futuro o governo acertaria comoum relógio parado que duas vezes no mesmo dia marca exatamente ahora certa, porque o tempo passa, mas o relógio continua

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imutável, como disse Hieráclito, tudo mudou inclusive o relógioparado no tempo.

Calibrar as ações no tempo, como o faz o sistema de metas deinflação.

Porque não estabelecer um sistema de metasde câmbio, aplicando-se o mesmo mecanismode previsibilidade, variando asapreciações e depreciações de câmbiociclicamente programadas antecipadamente?

O objetivo deste texto não é o de descobrir ou o de estabelecerum modelo estatístico para esta periodicidade de revezamentoentre as valorizações e as desvalorizações, mas estabelecerdefinitivamente que o procedimento adotado de se caminhar em umadas duas direções sem mudar o sentido da caminhada é a receitaverdadeira do caos cambial e inflacionário, destruindo todos osoutros bons mecanismos já implementados pela macropolítica dobanco central.

Governos se tornam presas fáceis da sua própria política cambialquando miram no combate à inflação, mas se esquecem de que oprocesso se dá no tempo determinado e limitado, tempo definidosujeito às leis do trade off, todas e quaisquer soluçõespolítica ou econômica tem custos e benefícios, e mais ainda,elas se alternam ao longo do tempo de duração das políticaseconômicas, por que o ambiente político e econômica é dinâmico,o que deu certo no passado, deu porque era em outro tempo,segundo um dos axiomas da teoria dos jogos “os jogos nunca serepetem, os jogadores criam expectativas e aprendem com os seus erros e comerros de seus adversários”.

Dentro desta nova filosofia das metas de câmbio, o cenário passaa ser desenhado pelo calendário do banco central, credoresexternos e internos saberão antecipadamente na medida de suasnecessidades e capacidades de planejarem as liquidações eendividamentos, os setores exportadores e os importadores terãoque adaptarem-se aos ciclos previsíveis de picos de exportações

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e de importações com toda a previsibilidade possível pelas suascondições de estabelecerem as suas logísticas.

Assim acabam-se as taxas de câmbios diversas ficando apenas ataxa e banda de flutuação previamente estabelecida com a datadeterminada de inversão da tendência de alta e de baixaalternadamente do nível cambial: valorizando e desvalorizandoperiodicamente e premeditadamente.

Alcançando o Equilíbrio

Em primeiro lugar, tomando da disciplina Dinâmica da Físicaemprestada nas definições de sistemas em equilíbrio, apenas paraargumentar, recordamos que existem quatro situações possíveis deequilíbrios:

• Equilíbrio instável;

• Equilíbrio estável;

• Equilíbrio dinâmico;

• Equilíbrio indiferente.

No sistema em equilíbrio instável à semelhança de um coneque se pode apoiá-lo de lado ou de base, nunca pelo vértice,para se obter determinados graus de liberdade em equilíbrio, masnão todos os graus de liberdade de movimentos possíveis.

No sistema em equilíbrio estável a semelhança de uma esferaperfeita onde qualquer posição permite encontrar-se o perfeitoequilíbrio em todos os graus de liberdade de movimentos, desdeque em um plano perfeitamente horizontal.

No sistema em equilíbrio dinâmico a semelhança de umabicicleta somente em movimento, giroscópico-pendular eprogressivo constante, se consegue manter o equilíbrio comcertos graus de liberdade de movimento.

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No sistema em equilíbrio indiferente o sistema sempreprocura adaptar-se às situações diversas independentemente daposição em que se encontra com todos os graus de liberdade demovimento, como encontrado em uma massa mole flexível, emqualquer tipo de plano de apoio.

A governabilidade econômica típica da tirania tecnocráticaé obtida por rupturas bruscas nos movimentos como no equilíbrioestável.

A governabilidade econômica típica do sistema acordado demetas previamente estabelecidas e democraticamente acordadas éobtida de modo dinâmico através de correções contínuas nagovernança, semelhantemente ao sistema em equilíbrio dinâmico.

O sistema não acordado de metas obtém a sua governabilidadeà semelhança de um sistema em equilíbrio instável, onde admiteapenas alguns graus de liberdade, porém existem algumas posiçõesde busca do equilíbrio impossíveis de se obter, como no vérticedo cone.

As Ondas em Kondratieff

Na economia, as ondas de Kondratiev (também chamadossuperciclos, grandes ondas, ondas longas, K-ondas ou o cicloeconômico de longo) são supostamente fenômenos do ciclo de ondascomo na moderna economia mundial. [1]

Averaging fifty and ranging from approximately forty to sixtyyears, the cycles consist of alternating periods between highsectoral and periods of relatively slow growth. Calculando amédia de cinqüenta e variando de cerca de quarenta a sessentaanos os ciclos consistem em períodos entre uma onda setorialalta alternando crescimento e períodos de onda de crescimentorelativamente lento. [2]

Unlike the short-term , the long wave of this theory is notcompletely accepted by current mainstream , although there isempirical support for it. [ ] Ao contrário da onda de curto prazodo ciclo de negócios, esta teoria da onda longa não écompletamente aceita pelo mainstream atual da economia, emboranão haja suporte empírico para ela.

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História do conceito

The Soviet economist (also written Kondratieff) wasthe first to bring these observations to internationalattention in his book The Major Economic Cycles (1925) alongsideother works written in the same decade. Two Dutcheconomists, and , had previously argued for the existenceof 50 to 60 year cycles in 1913. O economista soviéticoNikolai Kondratiev (Kondratieff, também escrito) foi o primeiroa trazer essas observações para a atenção internacional em seulivro Os Grandes Ciclos Econômicos (1925) ao lado de outras obrasescritas na mesma década. [3] [4] Dois economistas holandeses,Jacob van Gelderen e Samuel de Wolff haviam argumentadoanteriormente para a existência de ciclos com 50 a 60 anos em1913. However, the work of de Wolff and van Gelderen has onlyrecently been translated from to reach a wider audience. [ ]No entanto, o trabalho de Wolff e van Gelderen apenasrecentemente foi traduzido do holandês para atingir um públicomais amplo.

Kondratiev's ideas were not supported by the government.As idéias de Kondratiev não foram apoiadas na ex-UniãoSoviética. Subsequently he was sent to the and was executed in1938. [ 3 ] [ 4 ] Posteriormente, ele foi enviado para o gulag efoi executado em 1938. [3] [4]

In 1939, suggested naming the cycles "Kondratieff waves"in his honor. Em 1939, Joseph Schumpeter sugeriu nomear osciclos de Kondratieff "ondas" em sua honra.

Since the inception of the theory, various studies haveexpanded the range of possible cycles, finding longer or shortercycles in the data. Desde o início da teoria, vários estudos têmampliado o leque de possíveis ciclos, encontrando ciclos maislongos ou mais curtos nos dados. The scholar revived interestin long wave theory with his 1964 essay predicting the end ofthe long boom after five years and in his lectures in 1979. Omarxista estudioso Ernest Mandel reavivou o interesse na teoriade ondas longas com o seu ensaio 1964 prevendo o fim do longoboom de depois de cinco anos e em seus estudos Alfred Marshallse ateve dando palestras em 1979 nas quais reafirmou o mesmotema. However, in Mandel's theory, there are no long "cycles",

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only distinct epochs of faster and slower growth spanning 20–25years.

No entanto, em teoria, segundo Mandel, não há longos"ciclos", apenas épocas distintas de crescimento mais rápido emais lento que medem 20-25 anos.

The has increased an interest in the theories of longeconomical cycles as a potential explanation of its cause. Acrise financeira de fim de década de 2000 tem aumentado ointeresse nas teorias dos ciclos econômicos longos como umaexplicação potencial de sua causa. [5]

The historian wrote of the theory: "That good predictionshave proved possible on the basis of Kondratiev Long Waves—thisis not very common in economics—has convinced many historiansand even some economists that there is something in them, evenif we don't know what." O historiador Eric Hobsbawm escreveusobre a teoria: "Isso de boas previsões revelaram-se possívelcom base em Kondratiev das ondas longas - isso não é muito comumem economia, convenceu muitos historiadores e até mesmo algunseconomistas de que há algo neles, mesmo que não sei o que". [6]

Características do ciclo

Kondratiev identified three phases in the cycle: expansion, , recession. Kondratiev identificou três fases do ciclo:expansão, estagnação, recessão. More common today is thedivision into four periods with a turning point (collapse)between the first and second phases. Mais comum hoje é a divisãoem quatro períodos, com um ponto de viragem (colapso) entre aprimeira e a segundas fases. Writing in the 1920s, Kondratievproposed to apply the theory to the 19th century: Escrevendo em1920, Kondratiev propôs para aplicar a teoria do século 19:

1790–1849 with a turning point in 1815. 1790-1849,com um ponto de viragem em 1815.

1850–1896 with a turning point in 1873. 1850-1896,com um ponto de viragem em 1873.

Kondratiev supposed that, in 1896, a new cycle hadstarted. Kondratiev supunha que, em 1896, um novo ciclo começou.

The long cycle supposedly affects all sectors of aneconomy. O longo ciclo supostamente afeta todos os setores da

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economia. Kondratiev focused on and , seeing the ascendantphase as characterized by an increase in prices and low interestrates, while the other phase consists of a decrease in pricesand high interest rates. Kondratiev enfocava em preços e taxasde juros, vendo a fase ascendente, caracterizada por um aumentonos preços e taxas de juros baixas, enquanto a outra faseconsiste em uma redução nos preços e taxas de juros elevadas.Subsequent analysis concentrated on output. Análise subsequenteconcentrando na saída.

Declarações de ciclo

Teoria da inovação tecnológica

According to the innovation theory, these waves arise fromthe bunching of basic that launch that in turn create leadingindustrial or sectors. De acordo com a teoria da inovação,estas ondas surgem a partir da aglomeração de inovações básicasque iniciam revoluções tecnológicas que por sua vez criamlíderes industriais ou setores comerciais. Kondratiev's ideaswere taken up by in the 1930s. As idéias de Kondratiev foramusadas por Joseph Schumpeter em 1930 (obsolescência programada).The theory hypothesized the existence of very long-run andprice cycles, originally estimated to last 50–54 years.

A teoria sobre a hipótese da existência de ondas de muitode longo prazo macroeconômicas nos ciclos de juros e preços,estimados originalmente para durar 50-54 anos.

In recent decades there has been considerable progress inhistorical economics and the history of technology, and numerousinvestigations of the relationship between technologicalinnovation and economic cycles. Nas últimas décadas tem havidoum progresso considerável na economia histórica e da história datecnologia, e numerosas investigações sobre a relação entreinovação tecnológica e ciclos econômicos. Some of the worksinvolving long cycle research and technology include Mensch(1979), Tylecote (1991), The International Institute for AppliedSystems Analysis (IIASA) (Marchetti, Ayres), Freeman and Louçã(2001) and .

Alguns dos trabalhos que envolvem pesquisa e tecnologia delongo ciclo incluem Mensch (1979), Tylecote (1991). O Instituto

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Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (IIASA)(Marchetti, Ayres), Freeman e Louçã (2001) e Carlota Perez fazemo mesmo.

Perez (2002) places the phases on a or S curve, with thefollowing labels: beginning of a technological era as irruption ,the ascent as frenzy , the rapid build out as synergy and thecompletion as maturity . Perez (2002) coloca as fases em umalogística ou curva S, com os seguintes rótulos: início de uma eratecnológica como irrupção, a ascensão como frenesi, à rápidaconstrução como sinergia e a conclusão como maturidade [7]

Teoria demográfica

Because people have fairly typical spending patternsthrough their life cycle, such as schooling, marriage, first carpurchase, first home purchase, upgrade home purchase, maximumearnings period, maximum retirement savings and retirement,demographic anomalies such as baby booms and busts exert arather predictable influence on the economy over a long timeperiod. has written extensively on demographics and economiccycles. Porque as pessoas têm padrões de gastos bastante típicosatravés do seu ciclo de vida, tais como escolaridade, ocasamento, a primeira compra de carro, compra da casa, primeiro,atualizar compra de casa, o período máximo de ganhos, a máximaeconomia de aposentadoria e reforma, anomalias demográficas comobooms bebê e custos exercem uma influência bastante previsívelna economia ao longo de um longo período de tempo. Harry Denttem escrito extensivamente sobre a demografia e os cicloseconômicos. Tylecote (1991) devoted a chapter to demographicsand the long cycle. Tylecote (1991) dedicou um capítulo àdemografia e ciclo longo. [8]

A deflação da dívida

Main article: Debt deflation is a theory of , which holdsthat and are due to the overall level of debt shrinking(deflating): the is the cause of the . A deflação da dívida éuma teoria de ciclos econômicos que afirma que as recessões edepressões são devido ao nível geral de diminuição da dívida(deflação): o ciclo de crédito é a causa do ciclo econômico .

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The theory was developed by following the and the ensuing . A teoria foi desenvolvida por Irving Fisher após o WallStreet Bater de 1929 e a subsequente Grande Depressão. Debtdeflation was largely ignored in favor of the ideas of in ,but has enjoyed a resurgence of interest since the 1980s, bothin and in the school of , and has subsequently been developedby such Post-Keynesian economists as and . A deflação dadívida foi largamente ignorada em favor das ideias de JohnMaynard Keynes em economia keynesiana, mas tem desfrutado de umressurgimento do interesse desde a década de 1980, tanto nomainstream da economia bem como na heterodoxa escola deeconomia pós-keynesiana e, posteriormente, foi desenvolvido portais economistas pós-keynesianos como Hyman Minsky [9] e SteveKeen. [10]

Modificações modernas da teoria de Kondratiev

There are several modern timing versions of the cyclealthough most are based on either of two causes: one ontechnology and the other on the . Existem várias versõesmodernas de tempo do ciclo, embora a maioria fossem baseados emuma das duas causas: uma sobre tecnologia e outra no ciclo decrédito.

Additionally, there are several versions of the

technological cycles, and they are best interpreted usingdiffusion curves of leading industries. Além disso, existemvárias versões dos ciclos tecnológicos, e são melhorinterpretadas por meio de curvas de difusão das principaisindústrias. For example, railways only started in the 1830s,with steady growth for the next 45 years. Por exemplo, caminhosde ferro só começaram na década de 1830, com um crescimentoconstante para os próximos 45 anos. It was after Bessemer steelwas introduced that railroads had their highest growth rates;however, this period is usually labeled the "age of steel". Foidepois da criação do processo conversor do aço Bessemer que asferrovias tiveram suas maiores taxas de crescimento, no entanto,este período é geralmente rotulado de "idade de aço". Measuredby value added, the leading industry in the US from 1880 to 1920was machinery, followed by iron and steel. Medido pelo valor

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agregado, a indústria líder nos EUA 1880-1920 era de máquinas,seguido de ferro e aço. [11]

The technological cycles can be labeled as follows: Osciclos tecnológicos podem ser rotulados como se segue:

The Industrial Revolution—1771 A Revolução

Industrial-1771

The Age of Steam and Railways—1829 A idade do vapor e

Caminhos de Ferro-1829

The Age of Steel and Heavy Engineering—1875 The Age

of Steel e Heavy Engenharia-1875

The Age of Oil, Electricity, the Automobile and Mass

Production—1908 A Era do Petróleo, Eletricidade, Automóvel e

Mass Production-1908

The Age of Information and Telecommunications—1971 A

Era da Informação e Telecomunicações-1971

Any influence of technology during the cycle that began inthe Industrial Revolution pertains mainly to England. Qualquerinfluência da tecnologia durante o ciclo que começou com aRevolução Industrial se referencia, principalmente, para aInglaterra. The US was a commodity producer and was moreinfluenced by agricultural commodity prices. Os EUA era umprodutor de commodities e foi mais influenciado pelos preços dascommodities agrícolas. There was a commodity price cycle basedon increasing consumption causing tight supplies and risingprices. Houve um ciclo de preços de commodities com base noaumento do consumo causando oferta apertada e aumento dospreços. That allowed new land to the west to be purchased andafter four or five years to be cleared and be in production,driving down prices and causing a depression, as in 1819 and1839. By the 1850s the US was becoming industrialized. Issopermitiu que novas terras para o oeste pudessem ser compradas edepois de quatro ou cinco anos serem limpas e estarem emprodução, derrubando os preços e provocando uma depressão, como

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em 1819 e 1839. [12] Na década de 1850 os EUA estavam setornando industrializados. [13]

Outros pesquisadores

Several papers on the relationship between technology andthe economy were written by researchers at the (IIASA). Váriosartigos sobre a relação entre a tecnologia e a economia foramescritos por pesquisadores do Instituto Internacional paraAnálise de Sistemas Aplicados (IIASA). A concise version ofKondratiev cycles can be found in Robert Ayres (1989) in whichhe gives a historical overview of the relationships of the mostsignificant technologies. Cesare Marchetti published onKondretiev waves and on diffusion of innovations. ArnulfGrübler's book (1990) gives a detailed account of the diffusionof infrastructures including canals, railroads, highways andairlines, with findings that the principle infrastructures havemidpoints spaced in time corresponding to 55 year K wavelengths,with railroads and highways taking almost a century to complete.Uma versão concisa de ciclos de Kondratiev pode ser encontradaem Robert Ayres (1989), em que ele dá um panorama histórico dasrelações das tecnologias mais importantes. [14] Cesare Marchettipublicando sobre ondas Kondratiev e a difusão de inovações. [15][ 16]

O livro de Arnulf Grübler (1990) faz um relato detalhado dadifusão de infraestruturas, incluindo canais, ferrovias,rodovias e companhias aéreas, com os resultados demonstrando queo início das grandes obras de infraestruturas têm pontos médiosespaçadas no tempo correspondentemente aos comprimentos de ondaK 55 anos, como ferrovias e rodovias levando quase um séculopara serem concluídas. Grübler devotes a chapter to the longeconomic wave. Grübler dedica um capítulo à onda econômica pormuito tempo. [17] et al. (Korotayev et AL). recently employed and claimed that it confirmed the presence of Kondratiev wavesin the world GDP dynamics at an acceptable level of statisticalsignificance. Korotayev et al.

Recentemente empregada a análise espectral alegou queconfirmou a presença de ondas de Kondratiev na dinâmica do PIBmundial em um nível aceitável de significância estatística. [18][19] (Korotayev et AL). also detected shorter business cycles,

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dating the Kuznets to about 17 years and calling it the thirdharmonic of the Kondratiev, meaning that there are three Kuznetscycles per Kondratiev.

Também detectou ciclos de negócios menores, que datam doKuznets para cerca de 17 anos, e chamando-o terceiro harmônicodo Kondratiev, o que significa que existem três ciclos deKuznets por Kondratiev.

More recently the physicist and systems scientist advanceda causal model for the long wave phenomenon based on ageneration-learning model and a nonlinear dynamic behaviour ofinformation systems. In both works a complete theory ispresented containing not only the explanation for the existenceof K-Waves, but also and for the first time an explanation forthe timing of a K-Wave (≈60 years = two generations). Maisrecentemente, o físico e cientista de sistemas Tessaleno Devezasavançou num modelo causal para o fenômeno de onda longa baseadoem um modelo de geração-learning [20] e em um comportamentodinâmico não-linear de sistemas de informação. [21]

Em ambos os trabalhos uma teoria completa é apresentadacontendo não apenas a explicação para a existência de K-ondas,mas também, e pela primeira vez, uma explicação para atemporização de um K-ondas (≈ 60 anos = duas gerações).

A specific modification of the theory of Kondratieff cycleswas developed by . A modificação específica da teoria dosciclos de Kondratieff foi desenvolvida por Daniel Šmihula.Šmihula identified six long-waves within modern society and thecapitalist economy, each of which was initiated by a specifictechnological revolution:

Šmihula identificou seis longas-ondas dentro da sociedademoderna e da economia capitalista, cada uma das quais foiiniciada por uma revolução tecnológica específica: [22]

1. 1. (1600–1780) The wave of the Financial-

agricultural revolution (1600-1780) A onda da revolução

financeira agrícola

2. 2. (1780–1880) The wave of the Industrial

revolution (1780-1880) A onda da revolução industrial

3. 3. (1880–1940) The wave of the Technical

revolution (1880-1940) A onda da revolução técnica

17

4. 4. (1940–1985) The wave of the Scientific-

technical revolution (1940-1985) A onda da revolução técnico-

científica

5. 5. (1985–2015) The wave of the Information and

telecommunications revolution (1985-2015) A onda da revolução da

informação e telecomunicações

6. 6. (2015–2035?) The hypothetical wave of the post-

informational technological revolution (2015-2035?) A onda

hipotética da revolução tecnológica pós-informacional

Unlike Kondratieff and Schumpeter Šmihula believed thateach new cycle is shorter than its predecessor. Ao contrário deKondratieff e Schumpeter, Šmihula acreditava que cada novo cicloé mais curto do que o seu antecessor. The main stress is put ontechnological progress and new technologies as decisive factorsof any long-time economic development. A ênfase principal écolocada no progresso tecnológico e nas novas tecnologias comofatores decisivos de qualquer desenvolvimento econômico de longoprazo. Each of these waves has its innovation phase , which isdescribed as a technological revolution and an application phase inwhich the number of revolutionary innovations falls andattention focuses on exploiting and extending existinginnovations. Cada uma dessas ondas tem sua fase de inovação, queé descrito como uma revolução tecnológica e uma fase de aplicação emque o número de inovações revolucionárias cai e a atençãocentra-se na exploração e estendendo as inovações existentes. Assoon as an innovation or a series of innovations becomesavailable, it becomes more efficient to invest in its adoption,extension and use than in creating new innovations. Assim queuma inovação ou uma série de inovações torna-se disponível,torna-se mais eficiente para investir na sua adoção, extensão euso do que na criação de novas inovações. Each wave oftechnological innovations can be characterized by the area inwhich the most revolutionary changes took place ( "leadingsectors" ). Cada onda de inovações tecnológicas pode sercaracterizada por a área em que a maioria das mudançasrevolucionárias ocorreu ("principais setores").

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Every wave of innovations lasts approximately until theprofits from the new innovation or sector fall to the level ofother, older, more traditional sectors. Cada onda de inovaçõesdura aproximadamente até os lucros da inovação ou a queda dosetor ao nível de outros, mais velhos, os setores maistradicionais. It is a situation when the new technology, whichoriginally increased a capacity to utilize new sources fromnature, reached its limits and it is not possible to overcomethis limit without an application of another new . Esta é umasituação em que a nova tecnologia, que aumentou inicialmente umacapacidade para utilizar novas fontes de natureza, atingiu osseus limites e não é possível ultrapassar este limite, sem aaplicação de outra nova tecnologia.

For the end of an application phase of any wave there aretypical an economic crisis and . O fim de uma fase de aplicaçãode qualquer onda é típico de uma crise econômica e daestagnação. The is a result of the coming end of the "wave ofthe Information and telecommunications technologicalrevolution". A crise econômica de 2007-2010 é resultado da vindafinal da "onda da revolução tecnológica da informação etelecomunicações". Some authors have started to predict what thesixth wave might be, such as and Bianca Nogrady who forecastthat it will be driven by resource efficiency and . On theother hand, Šmihula himself considers the waves of technological during the modern age (after 1600 AD) only as a part of a muchlonger „chain“ of technological revolutions going back to thepre-modern era. It means he believes that we can find long (analogical to Kondratiev cycles in modern economy) dependent ontechnological revolutions even in the and the . Alguns autoresjá começaram a prever o que a sexta onda poderia ser, como JamesBradfield Moody e Bianca Nogrady que prevêm que ela seráimpulsionada pela eficiência de recursos de tecnologia limpa.[23]

Por outro lado, o próprio Šmihula considera as ondas dasinovações tecnológicas durante a época moderna (depois de 1600dC), apenas como parte de uma "cadeia" por muito mais tempo derevoluções tecnológicas que remontam à era pré-moderna. [24]Isso significa que ele acredita que podemos encontrar longosciclos econômicos (analógico para ciclos de Kondratiev na

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economia moderna) dependentes de revoluções tecnológicas, mesmona Idade Média e da era antiga.

A crítica de ciclos longos

Kondratiev waves associated with gains in IT and healthwith phase shift and overlap, Andreas JW Goldschmidt, 2004.Ondas de Kondratiev associadas com ganhos de TI, e de saúde, commudança de fase se sobrepõem, Andreas JW Goldschmidt, 2004.

Long wave theory is not accepted by most academiceconomists, but it is important for innovation-based,development, and . A teoria de onda longa não é aceita pelamaioria dos economistas acadêmicos, mas é importante parasistemas baseados em inovação, desenvolvimento e economiaevolucionária. Among economists who accept it, there has been nouniversal agreement about the start and the end years ofparticular waves. Entre os economistas que aceitam isso, nãohouve nenhum acordo universal sobre o início e os anos finais deondas particulares. This points to a major criticism of thetheory: that it amounts to seeing patterns in a mass ofstatistics that aren't really there. Isso aponta para uma grandecrítica da teoria: a de que isso equivale a ver padrões em umamassa de estatísticas que não estão realmente lá.

Moreover, there is a lack of agreement over the cause ofthis phenomenon. Além disso, há uma falta de acordo sobre acausa deste fenômeno. Health economist and biostatistician

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searched for patterns and showed in 2004 phase shift and overlapof the so-called Kondratjev cycles of IT and health (shown inthe figure). O Economista de ciclos da Saúde e bioestatísticoAndreas JW Goldschmidt procurou padrões e mostrou, em 2004,mudança de fase e sobreposição dos chamados ciclos Kondratiev deTI e de saúde (mostrado na figura). He says that historicalgrowth phases in combination with key technologies does notnecessarily imply the existence of regular cycles in general.Ele diz que as fases de crescimento históricos em combinação comtecnologias-chave não implicam necessariamente na existência deciclos regulares em geral. Goldschmidt is in the opinion thatdifferent fundamental innovations and their economic stimuli donot exclude each other, they mostly vary in length, and theirbenefit is not applicable to all participants in a "market“. Goldschmidt é da opinião de que diferentes inovaçõesfundamentais e seus estímulos econômicos não se excluemmutuamente, a maioria deles varia de comprimento, e seubenefício não é aplicável a todos os participantes de um"mercado". [25]

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Os ciclos virtuosos e os ciclos viciosos das taxas de câmbio

É sabido que a missão principal do governo é definir omundo político, econômico e social em dois grupos: os perdedorese os ganhadores, diz o velho aforisma da governabilidade egovernança.

Não precisa ser bem assim. Podemos dividir o tempo do jogoe acordadamente revezarmos os handicaps dos jogadores entre osganhadores e os perdedores.

No primeiro tempo do jogo jogam os importadores com o

câmbio devidamente depreciado, assim na primeira metade do

mandato, o governante teria espaço para acumular prestígio e

governabilidade política abrindo os portos para a entrada de

divisas e de produtos, baixar a inflação e a taxa de ansiedade,

e de preparar toda a sociedade para a segunda fase do jogo do

governo em que entrarão em campo os exportadores, com o câmbio

apreciado, então o Estado poderia queimar parte administrada da

gordura acumulada na primeira fase e ao mesmo tempo desarmar a

bomba de tempo construída durante a primeira fase de câmbio

depreciado, aliviando o stress cambial e dirimindo as

expectativas dos predadores que certamente terão que procurar

outra praça para brincarem de derrubar políticas econômicas

virtuais, rígidas e otimistamente ingênuas.

Pontos a ponderar sobre os ciclos permanentes de controle da taxa de câmbio

O processo de adoção de ciclos previamente acordados precisa terrespeitado alguns parâmetros:

a) Época da virada das fases;

1-1) da baixa para alta;

1-2) da alta para baixa.

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b) Autocompensações nas trocas de posições financeiras nasdatas limites de inversão de fases nos ciclos como, porexemplo, nas ações de corrida dos grandes agenteseconômicos e financeiros, incluindo as autoridadesmonetárias para tirarem o máximo proveito às vésperas dasinversões de direções das cotações do câmbio;

c) Autocompensação entre as variáveis macroeconômicas maisimportantes exceto o câmbio tais como contratos futurosmarcados, e contratos futuros com indexadores pós-fixados.

Os objetos da política cambial seriam totalmente alcançados:

a) formar reservas cambiais em níveis de segurança;

b) garantir liquidez em qualquer momento e circunstância;

c) conter volatilidades eventuais;

d) garantir os contratos de longo prazo prefixados e posfixados.

Macrovariáveis cambiais diretas e indiretas:

1- Crescimento econômico do PIB;2- Preço das commodities;3- Aversão ao risco de investidores e emprestadores;4- Aplicações externas de curto prazo;5- Reservas cambiais no Banco Central;6- Exportações;7- Importações;8- Demanda dos principais países desenvolvidos;9- Contratos futuros de exportadores pré-datados;10- Derivativos associados a contratos pré-datados;11- Fluxo de capital especulativo hot money;12- Contratos de câmbio para importação e exportação;13- Swaps atrelados a contratos financeiros, de serviços,

e de mercadorias;14- Operações de câmbio do Banco Central;15- Títulos de renda fixa;16- Títulos de renda atrelados a taxas posfixadas.17- Remessas de lucros para o exterior.18- Transferências unilaterais e cancelamento de

contratos internacionais.

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19- Guerras/ameaças em áreas críticas de fluxoestratégico de fatores internacionais de insumos vitais.

20- Investimentos de longo prazo em infraestrutura e emempresas de capital intensivo.

O modelo sugerido para as inversões cambiais seriam de doisciclos atrelados ao calendário político e ao calendárioeconômico:

Pequeno Ciclo (durante um mandato presidencial)

a) Uma desvalorização cambial de pequena extensão contínua eadministrada na primeira metade do mandato presidencialpara alavancar o otimismo e formar gorduras;

b) Uma valorização cambial de pequena extensão para enxugar ecalibrar as finanças públicas e trocar as posições entreos ganhadores da primeira fase do mandato com a posiçãodos perdedores da primeira fase do mandato presidencial,invertendo a posição dos dois lados;

Grande Ciclo (plano plurianual e transmandato presidencial) emprazos maiores do que o do pequeno ciclo, talvez maior que ummandato inteiro.

a) Uma desvalorização cambial corretora dos efeitosacumulados do pequeno ciclo, contínuos e administrados;ou:

b) Uma valorização cambial corretora dos efeitos acumuladosdo pequeno ciclo para enxugar e calibrar as finançaspúblicas e trocar as posições entre os ganhadores daprimeira fase do mandato com a posição dos perdedores daprimeira fase do mandato presidencial, invertendo aposição dos dois lados;

Tese: O objeto desta política realmente transforma toda a política cambial em uma política única de um tipo semelhante a um SWAP permanente e geradora de estabilidadecambial sem torná-la rígida e sujeita aos ditames dos especuladores e dos eventos internacionais não antecipados.

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”.. a relação entre repasse cambial e rigidez depreços tem sido pouco analisada na literaturaempírica, já que grande parte dos trabalhos é voltadapara a estimação do repasse da taxa de câmbio aospreços usando séries agregadas de inflação. Nessecontexto, não se pode levar em consideração asdiferenças nas dinâmicas de preços dos produtos e aconsequente heterogeneidade do repasse cambial entreos setores e produtos, nem se pode identificar ascaracterísticas específicas do repasse para ossetores. Por outro lado, os estudos que são baseadosem dados menos agregados ficam, em geral, restritos asetores ou produtos específicos. O escopo limitado deanálises setoriais não permite, obviamente, aextrapolação dos resultados para a toda a economia. Adisponibilidade de series de microdados e o avanço dacapacidade computacional para tratar essas series vêmpermitindo que a análise da dinâmica individual dospreços seja realizada. Dessa forma, a metodologiaadequada para uma investigação empírica voltada para oestudo dos fatores microeconômicos, dentre eles arigidez nominal de preços, que afetam a sensibilidadedos preços domésticos às variações no câmbio, quepossa ser generalizada para a economia como um todo,deve partir de uma base de dados que seja ao mesmotempo desagregada e abrangente. São bastante escassosna literatura estudos estruturados dessa forma,principalmente aqueles que busquem identificarevidências empíricas entre rigidez nominal de preços erepasse cambial.” (Dez de metas de Inflação. Banco Central. Disponível em WWW.bc.gov.br)

Os resultados apresentados neste trabalho mostram quehá grande heterogeneidade e uma relação negativamonótona entre repasse cambial e rigidez de preços dositens que compõem o IPC-Br. Para o tercil com menorrigidez, a média da magnitude do repasse cambial emdoze meses chega a ser se aproximadamente quinze vezessuperior à do quartil com maior rigidez. Ou seja,contatou-se empiricamente que o repasse cambial delongo prazo é cerca de quinze vezes maior paraprodutos classificados como aqueles com maiorfrequência de reajuste. Assim, nossos resultadoscorroboram estudos teóricos que modelam repassecambial incompleto para preços a partir da hipótese deque há rigidez de preços na economia. Em consonânciacom outro trabalho realizado para os EUA, nossosresultados também mostram uma relação empíricasistemática entre frequência de reajuste de preços e

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repasse cambial. Devido à heterogeneidade de dinâmicanas séries de preços, torna-se importante o estudo dorepasse cambial em nível desagregado,conforme argumentado no trabalho. Destaque-se que ograu de repasse cambial agregado, quando calculado apartir da agregação de estimações para produtosdesagregados em nível de itens, é de 9% para dozemeses e é pouco maior do que quando estimado com asérie agregada de inflação (8%).Referências: (Dez de metas de Inflação. Banco Central.Disponível em WWW.bc.gov.br) (apud) ALBUQUERQUE, C. R.; PORTUGAL, M. Pass-through from exchange rate to prices in Brazil: An analysis using time-varying parameters for the 1980-2002 period. Revista de Economia, Montevideo, v. 12, n. 1, p. 17-73, 2005.

Como enfrentar as corridas nas datas das mudanças de ciclo:Em primeiro lugar, com o calendário estabelecido antecipadamente, nenhum agente econômico teria informaçõesprivilegiadas para fazer estoque de expectativas. Eliminado o fator surpresa, os grandes jogadores poderiam bancar um represamento de divisas para desovar na virada forçando o Banco Central a desistir desta política.O Banco Central tem feito isso sinalizando quando quer conter estes movimentos especulativos, mas desta feita todos conhecem o enredo, ou seja: a) Todos os jogadores conhecem as estratégias dos

adversários;b) Todos os jogadores conhecem a sua posição no jogo;c) Todos os jogadores conhecem as regras do jogo;d) Não existe estratégia dominante;e) Não existe estratégia de Max-min.f) Este é um jogo que é do tipo de jogo de informação

completa.

A ideia da estratégia é de desestimular jogadas agressivas e ataques especulativos ao sistema econômico do Estado.

A vantagem desta política (conjunto de políticas econômicas) é evitar que haja uma divisão entre ganhadores e perdedores irreversíveis no curto prazo e ao longo prazo.

Não se trata de blindar a ação dos especuladores com ataques aosistema financeiro, certamente não, não mais permanece a

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porteira arrombada pelos jogadores internacionais, agora tem umporteiro, tem portaria, tem roleta de entrada, tem crachá e temconvite para entrada no jogo das trocas de moedas, com agendamarcada e entrevista agendada.

O princípio de Le Chatelier na Química

Muitas reações químicas são reversíveis, isto é, os produtostornam a formar os reagentes originais, sob condiçõesfavoráveis. Nos casos em que a velocidade da reação decombinação entre os reagentes é exatamente igual à da reação dedecomposição dos produtos para voltar a formar os reagentesiniciais, têm-se um estado de equilíbrio químico.

Em 1884 o cientista francês Henri Louis Le Chatelier enunciou umprincípio geral conhecido pelo nome Principio de fuga ante aforça, ou simplesmente, princípio de Le Chatelier, que defendiaa teoria de que quando se exerce uma ação num sistema emequilíbrio (variação de pressão, temperatura, concentração), osistema se desloca no sentido da reação que neutraliza estaação.

Nos sistemas que atingiram o equilíbrio químico, as reaçõesopostas ocorrem em velocidades iguais, portanto, qualquermudança que altere a velocidade de uma das reações causa aperturbação desse equilíbrio, assim, o Princípio de Le Chatelierpropicia um meio de prever a influência que os fatoresperturbadores têm sobre os sistemas em equilíbrio, sendo válidopara todos os tipos de equilíbrios dinâmicos, físicos, iônicos,bem como os químicos. Essas perturbações que desordenam oequilíbrio químico ocorrem devido a variações de concentração,de pressão e de temperatura, descritas a seguir.

1. Variação de concentração

Pelo Princípio de Le Chatelier, quando se aumenta a concentraçãode uma das substâncias, o equilíbrio se desloca no sentido dareação em que essa substância se transforma; e quando se diminuia concentração de uma dessas substâncias, o equilíbrio sedesloca no sentido da reação em que esta substância se forma.

Consideremos a hipótese de reação:

A + B → C + D

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Nesse caso, um aumento na concentração de A deslocará oequilíbrio para a direita. A e B serão consumidos cada vez maisrapidamente, formando-se maior quantidade de C e D. O equilíbrioem questão só se restabelecerá com uma menor concentração de B,o que deslocará o equilíbrio no sentido que reduz a perturbaçãoprovocada pelo aumento em concentração. O princípio de LeChatelier leva às mesmas previsões para as variações deconcentração.

2. Variação de pressão

Uma alteração na pressão só pode afetar sistemas em equilíbriocompostos por gases. De acordo com Chatelier, quando a pressãosobre um sistema em equilíbrio aumenta, a reação é impulsionadano sentido que alivia a pressão.

É importante ressaltar que o efeito da pressão sobre um sistemaem equilíbrio que envolve gases e líquidos ou sólidos somenteleva em consideração a variação do número de moléculas gasosas,pois o volume de um mol de substância gasosa é muito maior doque o volume de um mol de substância líquida ou sólida.

3. Variação de temperatura

As reações químicas podem ser exotérmicas, quando liberam calor,ou endotérmicas, quando absorvem calor. As reações reversíveissão exotérmicas num sentido e endotérmicas em outro, nos casosem que a temperatura aumenta num sistema em equilíbrio, este édeslocado no sentido em que há absorção de calor.

A adição de calor, segundo o princípio de Le Chatelier,deslocará o equilíbrio de modo que o calor seja absorvido, o quefavorece a reação endotérmica; inversamente, a retirada de calorfavorece a reação exotérmica.

Referências bibliográficas:

MOORE, Walter J. Traduzido por: JORDAN, Ivo. Físico-química.Edgard Blucher: São Paulo, 1976. 4ª edição.

PILLA, Luiz. Físico-química. Livros Técnicos e CientíficosEditora S.A.: Rio de Janeiro: 1979. 1ª edição.

Por analogia ao princípio de Le Chatelier podemos inferir quenovo estado de equilíbrio sempre pode ser alcançado após umaalteração na situação anterior de equilíbrio.

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O princípio de Le Chatelier pode ser entendido como a existênciade diferentes pontos de equilíbrios que podem ser alcançados emdiferentes situações, sem necessariamente reverter-se ao estadoinicial antes da reação tomar efeito.

Se a oferta e a demanda são perturbações opostas no mercado de livre concorrência, perfeita, para o equilíbrio se alcançado nãobastam as forças ocultas de mercado para restabelecer automaticamente o equilíbrio, cujo principal mecanismo foi construído na mística da mão invisível.

Quando um sistema de mercado livre recebe um choque de oferta ouum choque de demanda, no primeiro momento o sistema de mercado livre sai de sua posição de equilíbrio, momentaneamente. Isto é:ao receber um choque de oferta, supondo que não se sabe qual será a demanda que será recebida, pois a demanda somente ocorrerá no instante seguinte, (princípio da não-simultaneidade)o mercado é deslocado de seu ponto inicial de repouso, que pode ser o seu ponto de equilíbrio ou não, supondo que o sistema não tende a voltar sempre ao seu ponto de equilíbrio, (Isto não contraria o princípio da mão-invisível) equilíbrio entendido como preços iguais aos da curva de demanda.

Por outro lado, ao receber um choque de demanda o mercado é deslocado, da mesma forma que no choque de oferta, de seu ponto de repouso, que pode ser o ponto de equilíbrio ou não.

Para restabelecer-se o ponto de equilíbrio, em qualquer destes casos, podem ser observadas duas alternativas:

a) uma retração na perturbação (demanda ou oferta) até o retornoao ponto de equilíbrio;b) uma reação da perturbação oposta à perturbação em intensidadetal que o equilíbrio seja restabelecido, ou seja, se a perturbação que provocou o desequilíbrio foi de um choque de demanda, então a reação oposta a esta deverá ser um choque de oferta, e vice-versa

Hipostasia da lei da oferta-demanda e sua refutação

Uma análise da dinâmica deste quadro indica as seguintes

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circunstâncias necessárias para os caminhos prováveis para o restabelecimento do equilíbrio:

a) Sentida a perturbação do choque a reação poderia ser tal que o sistema seja induzido a um equilíbrio instável, onde o preço final flutue (oscile) em torno de um valor central, variando uniformemente para mais e para menos indefinidamente, sem jamaisestacionar no ponto central, o ponto médio, ou fazê-lo a longuíssimo prazo;b) Sentida a perturbação do choque a reação pode ser tal que anule imediatamente a perturbação, alcançando-se o equilíbrio. (mão-invisível, leilão de preços – prix-crié);c) Sentida a perturbação do choque a reação pode ser tal que o equilíbrio seja alcançado após uma única passagem pelo ponto de equilíbrio na direção oposta à do choque e posteriormente restabelecendo o equilíbrio na segunda tentativa.

Este conjunto-solução é conhecido como sistema amortecido. O caso (a) representa o subamortecimento; o caso (b) representa o superamortecimento; e o caso (c) representa o amortecimento crítico.

Considerando a perturbação do sistema de mercado livre como o resultado da ação arbitrária motivada pelo desejo de qualquer dos agentes do mercado livre, que pode ocorrer de modo aleatórioe intempestivo, a correspondente reação também pode acontecer demodo arbitrário e aleatório.

Assim, o mecanismo da mão-invisível é apenas um dos casos particulares das três possíveis soluções do problema do sistema amortecido, no caso, um superamortecimento. As outras soluções possíveis são os casos de subamortecimento e amortecimento crítico.

Quando um sistema de mercado entra em oscilação (subamortecimento) os danos à instabilidade do mercado são persistentes e duradouros, deixando os agentes econômicos desorientados devidos às fortes oscilações com mudanças rápidas de direção, e intensas, em escalas opostas de valores de preços e de expectativas de mercado.

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Modelo matemático do sistema amortecido

O sistema é perturbado pelas forças: F1, F2, F3.

F1 + F2 + F3 = -Ky – cÿ

O sistema amortecido é descrito por

Mÿ + cÿ + ky = 0

A equação característica correspondente é

l² + c/ml + k/m = 0

As raízes são

l1,2 = -c/2m ± 1/2m Ö(c² - 4mk)oua = c/2m e b = 1/2m Ö(c² - 4mk)Entãol1 = - a + b e l2 = - a + bCaso (a) subamortecimentoC2 < 4mk (raízes complexas conjugadas)

Caso (b) superamortecimento

C2 > 4mk (raízes reais distintas)

Caso (c) amortecimento crítico

C2 = 4mk (raízes duplas reais)

Soluções

Caso (a)

b = iw onde w = 1/2m Ö(c² - 4mk)

l1 = -a + iw

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l2 = -a - iw

A solução geral é:

Y(t) = e-at (A cos vt + B senvt) = Ce-at cos(vt - d)

Onde

C2 = A2 + B2 e tg d = 3/A

Caso (b)

Y(t) = C1e-(a -b)t + C2-(a + b)t

b2 = a2 – k/m < a2

Caso (c )

Y(t) = (C1t + C2t) e-at

Condições do problema

F1 – perturbação

F2 – reação

F3 – amortecimento

F3 = cÿ

F2 – reação proporcional à perturbação

F3 – Depende das externalidades, condições ambientais (controleslegais, sociais, políticos e da utilidades)

m – inércia do mercado (proporcional à quantidade de agentes no mercado, produtores e consumidores)

c – constante de amortecimento (constante de proporcionalidade dadas pelas condições de contorno no mercado particularmente

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examinado)

O meio-ambiente, as leis, a sociedade tendem a empurrar o sistema de mercado para a sua condição de equilíbrio mais estável, ou seja, as perturbações F1 e F2 interagem com o sistema de mercado e com o meio-ambiente, sistema entendido com um conjunto de variáveis que exclui a demanda e a oferta.

Conclusões

Como se demonstrou a fábula da mão-invisível é uma simplificaçãoarbitrária e reducionista (simplória) de um modelo de equilíbrioonde as ações opostas tendem a uma família de soluções (3) entreas quais o equilíbrio da mão-invisível constitui-se em uma solução particular verdadeira, apenas quando tratar-se de um dosresultados possíveis: o caso do superamortecimento, que equivaledizer que seria possível sempre acertar a solução do caso de sistema amortecido em uma única tentativa, na primeira passagem,onde todos os casos possíveis se resumissem ao superamortecimento. Pergunta-se: qual a probabilidade de isto acontecer?