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Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, 44 (3/4): 129-165 31.XII.2000 1 Departamento de Biologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória - ES, 29040-090, Brasil. 2 Endereço eletrônico: [email protected] 3 Endereço eletrônico: [email protected] Sistemática Das Espécies De Anisepyris Kieffer, 1905 (Hymenoptera, Bethylidae) Do Brasil Hélio Sá Santos 1,2 Celso Oliveira Azevedo 1,3 ABSTRACT. SYSTEMATICS OF THE SPECIES OF ANISEPYRIS KIEFFER, 1905 (HYMENOPTERA, BETHYLIDAE) FROM BRAZIL. The species of the genus Anisepyris Kieffer, 1905 from Brazil were studied based on 315 specimens. Eleven described species were considered and 19 new species were described and illustrated. A. cariniceps Evans, 1966, A. bifidus Evans, 1966, A. pallidicor- nis Evans, 1966 and A. trinitatis Evans, 1966 were recorded for the first time from Brazil. The males of A. eganellus (Westwo- od, 1874) A. brasiliensis Evans, 1966 were described. The genitalia and hypopygium of Anisepyris amazonicus (Westwood, 1874) were described and illustrated, and A. smithanus (Westwood, 1874) was redescribed. Identification keys to the Brazilian species and species group were included in Portuguese and in English as well. KEYWORDS. Anisepyris; Bethylidae; Brazil; Hymenoptera; Systematics. INTRODUÇÃO O gênero Anisepyris Kieffer, 1905 tem sido relativa- mente pouco estudado, sendo completamente desconhecida a sua biologia e ecologia. Desde a sua descrição poucos trabalhos têm sido publicados enfocando a sua sistemática e praticamente nada se tem feito em relação às espécies ocor- rentes na região brasileira. Até o presente trabalho, o gênero era composto por 63 espécies, das quais apenas 10 eram reconhecidas para a fauna brasileira (DE SANTIS, 1980; GORDH & MÓCZÁR, 1990). O gênero Anisepyris foi descrito a partir de uma fêmea de Epyris amazonicus (Westwood, 1874), sendo, posterior- mente, descritas outras espécies por KIEFFER (1905, 1906a, 1908, 1910), BRUES (1908) e EVANS (1959a, b, 1964, 1966, 1967, 1979). EVANS (1966) revisou as espécies do gênero, incluindo chaves de identificação para machos e fêmeas. DE SANTIS (1980) catalogou as espécies brasileiras e GORDH & MÓCZÁR (1990) todas as espécies. A distribuição do gênero está restrita ao continente ame- ricano (EVANS, 1966), ocorrendo desde os Estados Unidos até o sul do Brasil, incluindo algumas ilhas do Caribe. Até o momento, não há citação do gênero para o Paraguai, Uru- guai e Chile. As espécies de Anisepyris são prontamente reconhecidas dentre os gêneros de Epyrinae por terem olhos densamente pilosos e disco pronotal carenado anteriormente. O gênero inclui alguns dos maiores, mais brilhantes e coloridos beti- lídeos, com comprimento variando de 2,5 a 9,0 mm. São de cor preta ou escura, podendo apresentar colorido metálico verde ou azul; possuem o lobo mediano do clípeo angulado, arredondado ou truncado, com uma carena mediana conspí- cua (EVANS, 1966). O estudo dos caracteres da genitália, especialmente o formato do parâmero, da cúspide e do edeago, tem se mos- trado de grande importância para a sistemática do grupo, além dos caracteres relacionados à textura da superfície corporal, dentição da mandíbula, padrão de carenas do disco pronotal, fóveas da mesopleura e morfologia da cabeça. MATERIAL E MÉTODOS O material estudado é proveniente das instituições cita- das a seguir (curadores entre parênteses), cujas siglas se- guem, em sua maioria, ARNETT, SAMUELSON & HISHIDA (1993): CNCI - Canadian National Collection of Insects (J.T. Huber); DZUP - Departamento de Zoologia da Univer- sidade Federal do Paraná (K. Zanol); FIOC - Fundação Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (J.J. Oliveira); IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de Brasília (R.C. Mendonça); INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (C. Magalhães); MBML - Museu de Biologia Mello-Leitão (M. Zortéa); MNRJ - Museu Nacio- nal do Rio de Janeiro (T. Tibana); MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (T. D. Jesus); OSUC - Ohio State University (N. Jonhson); UFES - Universidade Federal do Espírito Santo (C. O. Azevedo). Terminologia A terminologia adotada foi baseada em EVANS (1964, 1966, 1982) e AZEVEDO (1999), hipopígio, ex- cluindo o espinho lateral, medida com a peça pressionada

Taxonomy of Anisepyris Kieffer (Hymenoptera, Bethylidae) from Brazilian Atlantic rain forest

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Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, 44 (3/4): 129-165 31.XII.2000

1 Departamento de Biologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória - ES, 29040-090, Brasil.2 Endereço eletrônico: [email protected] Endereço eletrônico: [email protected]

Sistemática Das Espécies De Anisepyris Kieffer, 1905(Hymenoptera, Bethylidae) Do Brasil

Hélio Sá Santos1,2

Celso Oliveira Azevedo1,3

ABSTRACT. SYSTEMATICS OF THE SPECIES OF ANISEPYRIS KIEFFER, 1905 (HYMENOPTERA, BETHYLIDAE) FROM BRAZIL. Thespecies of the genus Anisepyris Kieffer, 1905 from Brazil were studied based on 315 specimens. Eleven described species wereconsidered and 19 new species were described and illustrated. A. cariniceps Evans, 1966, A. bifidus Evans, 1966, A. pallidicor-nis Evans, 1966 and A. trinitatis Evans, 1966 were recorded for the first time from Brazil. The males of A. eganellus (Westwo-od, 1874) A. brasiliensis Evans, 1966 were described. The genitalia and hypopygium of Anisepyris amazonicus (Westwood,1874) were described and illustrated, and A. smithanus (Westwood, 1874) was redescribed. Identification keys to the Brazilianspecies and species group were included in Portuguese and in English as well.

KEYWORDS. Anisepyris; Bethylidae; Brazil; Hymenoptera; Systematics.

INTRODUÇÃO

O gênero Anisepyris Kieffer, 1905 tem sido relativa-mente pouco estudado, sendo completamente desconhecidaa sua biologia e ecologia. Desde a sua descrição poucostrabalhos têm sido publicados enfocando a sua sistemática epraticamente nada se tem feito em relação às espécies ocor-rentes na região brasileira. Até o presente trabalho, o gêneroera composto por 63 espécies, das quais apenas 10 eramreconhecidas para a fauna brasileira (DE SANTIS, 1980;GORDH & MÓCZÁR, 1990).

O gênero Anisepyris foi descrito a partir de uma fêmeade Epyris amazonicus (Westwood, 1874), sendo, posterior-mente, descritas outras espécies por KIEFFER (1905, 1906a,1908, 1910), BRUES (1908) e EVANS (1959a, b, 1964, 1966,1967, 1979). EVANS (1966) revisou as espécies do gênero,incluindo chaves de identificação para machos e fêmeas.DE SANTIS (1980) catalogou as espécies brasileiras eGORDH & MÓCZÁR (1990) todas as espécies.

A distribuição do gênero está restrita ao continente ame-ricano (EVANS, 1966), ocorrendo desde os Estados Unidosaté o sul do Brasil, incluindo algumas ilhas do Caribe. Até omomento, não há citação do gênero para o Paraguai, Uru-guai e Chile.

As espécies de Anisepyris são prontamente reconhecidasdentre os gêneros de Epyrinae por terem olhos densamentepilosos e disco pronotal carenado anteriormente. O gêneroinclui alguns dos maiores, mais brilhantes e coloridos beti-lídeos, com comprimento variando de 2,5 a 9,0 mm. São decor preta ou escura, podendo apresentar colorido metálicoverde ou azul; possuem o lobo mediano do clípeo angulado,

arredondado ou truncado, com uma carena mediana conspí-cua (EVANS, 1966).

O estudo dos caracteres da genitália, especialmente oformato do parâmero, da cúspide e do edeago, tem se mos-trado de grande importância para a sistemática do grupo,além dos caracteres relacionados à textura da superfíciecorporal, dentição da mandíbula, padrão de carenas do discopronotal, fóveas da mesopleura e morfologia da cabeça.

MATERIAL E MÉTODOS

O material estudado é proveniente das instituições cita-das a seguir (curadores entre parênteses), cujas siglas se-guem, em sua maioria, ARNETT, SAMUELSON & HISHIDA

(1993): CNCI - Canadian National Collection of Insects(J.T. Huber); DZUP - Departamento de Zoologia da Univer-sidade Federal do Paraná (K. Zanol); FIOC - FundaçãoInstituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (J.J. Oliveira);IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deBrasília (R.C. Mendonça); INPA - Instituto Nacional dePesquisas da Amazônia (C. Magalhães); MBML - Museu deBiologia Mello-Leitão (M. Zortéa); MNRJ - Museu Nacio-nal do Rio de Janeiro (T. Tibana); MPEG - Museu ParaenseEmílio Goeldi (T. D. Jesus); OSUC - Ohio State University(N. Jonhson); UFES - Universidade Federal do EspíritoSanto (C. O. Azevedo).

TerminologiaA terminologia adotada foi baseada em EVANS

(1964, 1966, 1982) e AZEVEDO (1999), hipopígio, ex-cluindo o espinho lateral, medida com a peça pressionada

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entre lâmina e lamínula; comprimento do hipopígio – dis-tância da base do espinho mediano ao ápice da margemoposta, medida com a peça pressionada entre lâmina e lamí-nula.

A textura da superfície corporal foi caracterizada combase no trabalho de EADY (1968) no que se refere a coriáceoe no de HARRIS (1979) para as demais texturas.

Lista de espécies

Grupo aeneus1. Anisepyris robustus sp. nov., ♂, Brasil (SP)2. Anisepyris jandirae sp. nov., ♂, Brasil (PR)3. Anisepyris punctatus sp. nov., ♂, Brasil (RJ, SP, PR)4. Anisepyris longimerus sp. nov., ♂, Brasil (ES, SP)

Grupo amazonicus5. Anisepyris amazonicus (Westwood, 1874), ♂, ♀, Brasil

(PA, MA, AM, AC, MT, ES)6. Anisepyris semiviridis sp. nov., ♂, ♀, Brasil (PA, AM.

AC)

Grupo columbianus7. Anisepyris nigripes Evans, 1966, ♂, ♀, Guiana, Brasil

(AP, PA, MA, AM, ES, SC), Equador8. Anisepyris carinatus sp. nov., ♂, Brasil (BA, MG, DF)

Grupo proteus9. Anisepyris alienus Evans, 1966, ♀, Brasil (RR, PI,

DF, SP, SC)10. Anisepyris bifidus Evans, 1966, ♂, Panamá, Equador,

Brasil (PA, AM, ES), Peru11. Anisepyris brasiliensis Evans, 1966, ♂, ♀, Brasil

(PE, MG)12. Anisepyris cariniceps Evans, 1966, ♂, Veneuela,

Brasil (MA)13. Anisepyris pallidicornis Evans, 1966, ♂, Brasil (DF),

Bolívia14. Anisepyris proteus Evans, 1966, ♂, Brasil (MG, DF,

RJ, SP, PR)15. Anisepyris trinitatis Evans, 1966, ♂, Trinidad, Guia-

na, Brasil (PA, MA, GO, MT)16. .Anisepyris pollicis sp. nov., ♂, Brasil (DF)17. Anisepyris strictus sp. nov., ♂, Brasil (AM)18. Anisepyris dentatus sp. nov., ♂, Brasil (PA)19. Anisepyris tuberosus sp. nov., ♂, Brasil (ES)20. Anisepyris rectus sp. nov., ♂, Brasil (DF, SP)21. Anisepyris basipilosus sp. nov., ♂, Brasil (ES)22. Anisepyris lobatus sp. nov., ♂, Brasil (ES)23. Anisepyris angulatus sp. nov., ♂, Brasil (MA, MT,

DF, ES, SP)24. Anisepyris interruptus sp. nov., ♂, Brasil (AM, SP)25. Anisepyris similis sp. nov., ♂, Brasil (PA, AM)26. Anisepyris bipartitus sp. nov., ♂, Brasil (PA, AM,

MT)27. Anisepyris breviramus sp. nov., ♂, Brasil (AM)28. Anisepyris indivisus sp. nov., ♂, Brasil (AC)

Grupo venustus29. Anisepyris eganellus (Westwood, 1874), ♂, ♀, Brasil

(PA, AM)30. Anisepyris smithanus (Westwood, 1874), ♂, ♀, Brasil

(PA, AC)

Grupo de espécies aeneus

As características apresentadas pelas espécies novasaqui estudadas corroboram essencialmente com aquelasfornecidas por EVANS (1966) para o estabelecimento dogrupo, com exceção do escrobo antenal completamente ouparcialmente carenado, carena lateral do disco pronotalalcançando cerca da metade do comprimento da margem dodisco e segmento antenal XI variando de 1,90-3,00x maislongo que espesso.

As espécies estudadas apresentaram cabeça e dorsotorácico pretos ou verde-oliva, com reflexos verde-escuros,azulados ou dourados; propódeo preto; Metasomo pretocom ápice castanho-claro ou castanho-escuro; palpos casta-nhos ou castanho-claros; mandíbula preta com dentes casta-nho-escuros, avermelhados ou pretos; antenas pretas, casta-nho-escuras ou castanhas; escapo antenal preto; coxas pre-tas; trocanteres castanhos ou castanho-claros; fêmures pre-tos, castanhos ou castanho-escuros; tíbias castanhas oucastanho-claras; tarsos castanhos ou castanho-claros; asasanteriores castanho-claras ou sub-hialinas; mesopleura pretacom reflexo esverdeado tênue.

O grupo aeneus era composto por 3 espécies distribuídaspelo Panamá, Estados Unidos e México. Neste estudo, 4espécies novas são acrescentadas e sua distribuição geográ-fica ampliada para o Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro,São Paulo e Paraná).

1. Anisepyris robustus sp. nov.(Figs. 1, 26, 51, 76, 101-103)

Etimologia. Latim robustus: robusto, vigoroso, bem acentuado, em refe-rência à largura do parâmero da genitália em vista lateral.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 5,86 mm;LFW 3,18 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-escuros e dourados muito tênues; asas anteriores sub-hialinas.

Cabeça (Fig. 1). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 76).Clípeo arredondado, com carena mediana alta e arqueadavista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 17:5:4:15; segmento III 0,54x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,15x; IV = 1,69x; XI =1,90x. Escrobo antenal não carenado. Fronte pouco coriá-cea, pontuações distintas, separadas 1-3x o o seu diâmetro;WH 1,13x LH; WF 0,62x WH; WF 1,28x HE; WOT 1,00xOOL. Vértice quase reto, cantos arredondados; carena oci-pital não visível em vista dorsal; VOL 0,38x HE.

Mesosomo (Fig. 26). Dorso torácico pouco coriáceo,

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pontuações inconspícuas e pouco mais espaçadas do que asda fronte; disco pronotal 2,18x mais largo que longo; carenatransversal anterior conspícua; carena lateral pouco distintae restrita ao ângulo anterior do disco. Disco propodeal 1,67xmais largo que longo, com cinco carenas discais distintas eduas estrias paralelas à carena mediana; declividade comestrias muito tênues e arqueadas. Mesopleura (Fig. 51) pou-co coriácea; fóvea inferior aberta na parte superior e inferiordos terços mediano e posterior. Tíbia mediana sem espinhosdorsais; fêmur anterior 2,42x mais longo que largo. Garratarsal trífida.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 101) 1,42x mais largo quelongo; genitália (Figs. 102, 103): parâmero muito largo,1,71x mais longo que largo; base muito estreitada; margemapical larga e arredondada; margem dorsal muito sinuosa;margens com pêlos, os apicais mais longos; cúspide comramo dorsal estreito, afilando suavemente em direção aoápice; ramo ventral digitiforme; dígito tão longo quanto acúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metade basaldilatada e em forma de coração; metade apical estreita,margem apical arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, São Paulo, Ibitinga,cultura de seringueira, 02.XI.1988, armadilha Möricke (UFES). Parátipos:29 machos, BRASIL, mesmos dados do holótipo, exceto 06.IX.1988-30.XI.1988 (UFES).

Variações. Carena lateral do disco pronotal prolongan-do-se até cerca da metade do comprimento da margem; facelateral do propódeo pouco estriada inferiormente; estriastransversais entre as carenas discais quase ausentes; fóveainferior da mesopleura fechada na parte inferior dos terçosmediano e posterior; asa castanho-claro ao redor da nervuraradial; parâmero com margem apical pouco aguda.

Observações. Espécie similar a Anisepyris aeneus, daqual difere por ter a pontuação do disco pronotal mais tê-nue; ausência de uma série de fóveas na margem posteriordo disco pronotal; parâmero curto, alargado, margem ante-rior larga, arredondada e base estreitada.

Distribuição. Brasil (São Paulo).

2. Anisepyris jandirae sp. nov.(Figs. 2, 27, 52, 77, 104-106)

Etimologia. Homenagem póstuma materna do primeiro autor.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 5,54 mm;LFW 1,82 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-escuros; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 2). Mandíbula com cinco dentes (Fig.77). Clípeo subangular, com carena mediana alta e poucoarqueada vista de perfil. Os quatro primeiros segmentosantenais numa proporção de 44:11:8:26; segmento III 1,37xmais longo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,91x; IV = 2,27x; XI =1,92x. Escrobo antenal com carena incompleta e prolongadamedianamente. Fronte larga e pouco coriácea; pontuaçõesdistintas e separadas 1-3x o seu diâmetro; WH 1,01x LH;WF 0,64x WH; WF 1,22x HE; WOT 0,96x OOL. Vérticereto, cantos arredondados; VOL 0,26x HE.

Mesosomo (Fig. 27). Dorso torácico pouco coriáceo,pontuações pequenas, distintas e mais espaçadas do que asda fronte; disco pronotal 2,27x mais largo que longo; mar-gem lateral não carenada e arredondada; margem posteriorcom uma série de fóveas. Disco propodeal 1,52x mais largoque longo, com cinco carenas discais distintas e duas estriasmais tênues paralelas à carena mediana; declividade comestrias oblíquas na metade superior. Mesopleura (Fig. 52)pouco coriácea, pontuações pequenas e espaçadas; fóveainferior aberta. Tíbia mediana sem espinhos dorsais; fêmuranterior 2,50x mais longo que largo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 104) 1,65x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 105, 106): parâmeros 2,81x maislongo que largo; margem ventral muito sinuosa e com umdente pré-basal; margem apical larga; margens e dente pré-basal pilosos; cúspide com ramo dorsal largo e estreitado noápice; ramo ventral digitiforme; dígito pouco mais longoque a cúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metadebasal dilatada; metade apical pouco alargada, ápice arre-dondado.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Paraná, Ponta Gros-sa, Vila Velha, Reserva Iapar, BR 376, 04.I.1988, levantamento Profaupar(DZUP). Parátipos: 3 machos, BRASIL, 2 machos, mesmos dados doholótipo, exceto 04-18.I.1988 (DZUP); 1 macho, Paraná, TelêmacoBorba, Reserva Samuel Klabin, 12.I.1987, armadilha Malaise, levanta-mento Profaupar (DZUP).

Variações. Clípeo pouco arqueado; WH 1,01-1,03x LH.Observações. Espécie similar a A. aeneus da qual difere

por ter mandíbula preta; pontuações do disco pronotal pe-quenas; margem ventral do parâmero com concavidadedistinta e duas cerdas conspícuas próximo à base; margemdorsal com pilosidade até próximo à base; cúspide comramo dorsal alargado em quase toda a extensão; e de A.robustus por ter mandíbula preta; escrobo antenal parcial-mente carenado; hipopígio com margem lateral retilínea;parâmero estreito, com margem dorsal reta, margem apicalpouco aguda, margem ventral com duas cerdas conspícuasna base; cúspide com ramo dorsal largo em quase toda aextensão.

Distribuição. Brasil (Paraná).

3. Anisepyris punctatus sp. nov.(Figs. 3, 28, 53, 78, 107-109)

Etimologia. Latim punctatus: pontuado, em referência às pontuaçõesintensas na fronte.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 5,50 mm;LFW 3,55 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-oliva; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 3). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 78).Clípeo angulado, com carena mediana alta e pouco arquea-da vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 29:7:5:18; segmento III 0,71x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,75x; IV = 2,17x; XI =3,00x. Escrobo antenal com carena tênue e incompleta.Fronte pouco coriácea, com pontuações densas, distintas eseparadas 0,5-1x o seu diâmetro; WH 1,05x LH; WF 0,62x

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WH; WF 1,16x HE; WOT 1,00x OOL. Vértice reto, cantosarredondados; carena ocipital não visível em vista dorsal;VOL 0,24x HE.

Mesosomo (Fig. 28). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas e espaçadas; disco pronotal 2,31xmais largo que longo; margem lateral não carenada; mar-gem posterior com uma série de fóveas pouco distintas.Disco propodeal 1,66x mais largo que longo, com cincocarenas discais distintas e duas estrias tênues e paralelas;declividade com estrias pouco oblíquas na metade superior.Mesopleura (Fig. 53) pouco coriácea, pontuações pequenase espaçadas; fóvea inferior aberta nos terços mediano eposterior. Tíbia mediana com série de espinhos dorsaisinconspícuos sobre a metade distal. Fêmur anterior 2,48xmais longo que largo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 107) 1,40x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 108,109): parâmero 3,38x mais lon-go que largo; metade basal estreitada e paralela; metadeapical alargada e com margem apical arredondada; margemapical pilosa; cúspide com ramo dorsal estreito e afilado emdireção ao ápice; ramo ventral digitiforme; dígito mais curtodo que a cúspide; edeago tão longo quanto a cúspide; meta-de basal dilatada e pouco oval; metade apical estreita, longae com margem anterior arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Paraná, TelêmacoBorba, Reserva Samuel Klabin, 12.I.1987, armadilha Malaise, levanta-mento Profaupar (DZUP). Parátipos: 4 machos, BRASIL, 1 macho, mes-mos dados do holótipo, exceto 23.II.1987 (DZUP); 1 macho, Rio de Janei-ro, Petrópolis, 29.I.1935 (MNRJ); 1 macho, São Paulo, Bálsamo, culturade seringueira, 01.IX.1988, armadilha Möricke (UFES); 1 macho, SãoPaulo, Ibitinga, cultura de seringueira, 05.X.1988, armadilha Möricke(UFES).

Variações. WH 1,02-1,06x LH; WF 0,62-0,63x WH;WF 1,17-1,24x HE; exemplar do Rio de Janeiro com clípeoum pouco menos subangular; os de São Paulo com pediceloe flagelômeros claros; o de Bálsamo (São Paulo) com care-na do escrobo muito tênue, quase imperceptível; cabeçamais coriácea; espinho mediano do hipopígio com ápicelargo e bifurcado; o do Rio de Janeiro e do Paraná com umasérie de fóveas distintas na margem posterior do disco pro-notal; margem posterior do disco propodeal menos estriada.

Observações. Espécie similar a A. basipilosus, da qualdifere por ter pontuações da fronte mais densas; disco pro-notal não carenado lateralmente; tíbia mediana com espi-nhos dorsais inconspícuos; hipopígio com espinho medianolongo; parâmero mais alongado e com base estreita; cúspidecom ramo dorsal estreitado.

Distribuição. Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná).

4. Anisepyris longimerus sp. nov.(Figs. 4, 29, 54, 79, 110-112)

Etimologia. Latim longus: comprido; Grego meros:porção, parte, em referência ao comprimento do parâmero.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 6,86 mm;LFW 4,41 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva;

mesopleura preta com reflexo esverdeado muito tênue; asasanteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 4). Mandíbula com cinco dentes, sendo oquarto e quinto parcialmente fundidos (Fig.79). Clípeoarredondado e com uma carena mediana alta e pouco arque-ada vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 36:8:7:21; segmento III 0,77x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,86x; IV = 2,21x; XI =2,90x. Escrobo antenal carenado. Fronte pouco coriácea,pontuações densas, distintas e separadas 0,5-1,00x o seudiâmetro; WH 1,11x LH; WF 0,61x WH; WF 1,20x HE;WOT 0,88x OOL. Vértice reto, cantos arredondados; carenaocipital não visível em vista dorsal; VOL 0,22x HE.

Mesosomo (Fig. 29). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas, distintas e espaçadas; disco pronotal2,32x mais largo que longo; margem lateral não carenada;margem posterior com uma série de fóveas. Disco propode-al curto, 1,77x mais largo que longo, com cinco carenasdiscais distintas e duas estrias paralelas à carena mediana;declividade com estrias transversais, as da metade superiortênues e pouco oblíquas. Mesopleura (Fig. 54) pouco coriá-cea; fóvea inferior aberta no terço mediano superior. Tíbiamediana com poucos espinhos dorsais quase imperceptíveis.Fêmur anterior 2,39x mais longo que largo. Garras tarsaistrífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 110) 1,45x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 111, 112): parâmero estreito, 3,64xmais longo que largo; margem apical obtusa; pilosidaderestrita ao ápice; cúspide com ramo dorsal largo, porémafilado no ápice; ramo ventral digitiforme; dígito tão longoquanto a cúspide; base com um dente distinto na margemdorsal; margem interna da volsela com uma projeção lobu-lar alongada e arqueada vista em latero-ventral; edeago tãolongo quanto o dígito; metade basal dilatada e pouco angu-lada próximo à base; margem basal arredondada; metadeapical estreita, longa e com margem apical arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Espí-rito Santo, Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas,12.XI.1996, varredura, H.S. Santos col. (UFES). Parátipos:23 machos, BRASIL, 1 macho, São Paulo, Bauru, UNESP,Cerrado, 10.VIII.1990 (UFES); 22 machos, mesma locali-dade do holótipo, 27.VII.1996-26.VIII.1997, varredura ouarmadilha Möricke, H.S. Santos, C. O. Azevedo e E. H.Freitas col. (UFES).

Variações. WH 1,06-1,10x LH; WF 0,62-0,64x WH;WF 1,20-1,28x HE; exemplar de São Paulo com clípeosubangular; escrobo antenal com carena inconspícua.

Observações. Espécie similar a A. jandirae, da qualdifere por ter mesopleura com reflexo esverdeado muitotênue; mandíbula com o terceiro dente mais curto do que osdemais; tíbia mediana com poucos espinhos dorsais incons-pícuos; parâmero com margens dorsal e ventral retilíneas,base estreita, pilosidade restrita à margem apical; cúspidecom ramo dorsal afilado em direção ao ápice; edeago commetade basal pouco angulada próximo à base.

Distribuição. Brasil (Espírito Santo, São Paulo).

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Grupo de espécies amazonicus

Uma das principais características do grupo de espéciesamazonicus é ter a fóvea inferior da mesopleura freqüente-mente completa, não dividida, ou a margem superior indis-tinta no terço mediano em alguns machos e fêmeas. Comeste estudo, acrescenta-se uma nova característica ao grupoque é ter a fóvea inferior da mesopleura dividida em duaspor uma carena vertical. As demais características apresen-tadas pelas espécies aqui estudadas corroboram com aquelasfornecidas por EVANS (1966) para o estabelecimento dogrupo.

As espécies estudadas apresentaram cabeça e dorsotorácico esverdeados; azulados; pretos com reflexos doura-dos ou verde-oliva com reflexos dourados; propódeo preto;Metasomo preto com ápice castanho; palpos castanho-claros; mandíbula preta com ápice e margem superior casta-nhos; antenas pretas; escapo antenal castanho ou preto comreflexo dorsal verde-azulado ou dourado; coxas pretas;trocanteres castanhos; fêmures pretos ou castanho-escuros;tíbias pretas ou castanhas; tarsos pretos ou castanhos; asasanteriores castanhas; mesopleura preta com reflexo douradotênue.

O grupo amazonicus era composto por 4 espécies distri-buídas dos Estados Unidos ao Brasil (Mato Grosso), exclu-indo o Caribe. Neste estudo, uma espécie nova é acrescen-tada e sua distribuição geográfica no Brasil é ampliada paraos Estados do Pará, Maranhão, Amazonas, Mato Grosso,Acre e Espírito Santo.

5. Anisepyris amazonicus (Westwood, 1874)(Figs. 5, 30, 55, 80, 113-115)

Epyris amazonicus WESTWOOD, 1874:161.Epyris eganus WESTWOOD, 1874:160.Anisepyris amazonicus: KIEFFER, 1905:248; KIEFFER, 1914:443; DE

SANTIS, 1980:329 (catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990:61 (catálogo).Anisepyris eganus: KIEFFER, 1907:10; KIEFFER, 1914:443.

A. amazonicus é registrada apenas para o Brasil. Suadistribuição é agora ampliada para outros estados brasilei-ros.

Variações. Machos: WH 0,94-1,00x LH; WF 1,04-1,12xHE; WOT 0,83-0,91x OOL; fóvea inferior da mesopleuraaberta no terço mediano superior em alguns espécimes.Hipopígio (Fig. 113) 1,40x mais largo que longo. Genitália(Figs. 114, 115): parâmero 5,00x mais longo que largo;ápice estreitado; margem interna pouco dilatada em vistaventral e não arqueada para dentro; margem ventral comcerdas finas em quase toda a extensão, as do ápice poucomais espessas e longas; cúspide com ramo dorsal estreitadono ápice; ramo ventral pouco mais longo que o ramo dorsale com duas cerdas na margem apical interna; edeago tãolongo quanto a cúspide e o dígito, metade basal dilatada eem forma de coração; metade apical longa e afilada, poucomais alargada em direção ao ápice e com a margem apicalarredondada. Fêmeas: WH 1,01-1,07x LH; WF 1,00-1,07xHE; WOT 0,62-0,77x OOL; fóvea inferior da mesopleuraaberta no terço mediano superior em alguns espécimes.

Material examinado. 10 machos, BRASIL. 3 machos, Pará, Tucuri,Rio Tocantins, v.1986-11.IV.1988, armadilha de intercepção, N. Degalliercol. (MPEG); 2 machos, Maranhão, 10.III.1987, armadilha Möricke(UFES); 1 macho, Mato Grosso, Sinop, ii.1956, varredura, O. Roffa col.(CNCI); 1 macho, Acre, Parque Nacional Serra do Divisor, Norte, 20-21.XI.1996, armadilha Malaise, E. F. Morato col. (UFES); 1 macho, Espí-rito Santo, Cariacica, Res. Biol. Duas Bocas, 26.XII.1996, varredura, H.S.Santos col. (UFES); 1 macho, mesma localidade, 16.X.1996, armadilhaMöricke, C. O. Azevedo e H.S. Santos col. (UFES); 1 macho, mesmalocalidade, 26.VIII.1997, varredura, C. O. Azevedo col.. BRASIL, 4 fême-as: 1 fêmea, Amazonas, Manaus, Res. Campina, km 60, 16.IV.1990, arma-dilha Malaise, B. Klein col. (UFES); 1 fêmea, Amazonas, Manaus, ReservaDucke, mata; 14.VIII.1990, armadilha Malaise, Vidal col. (UFES); 1fêmea, R. Arroyollos (Coleção Ducke), 27.IV.1903, Ducke. col. (UFES); 1fêmea, Espírito Santo, Cariacica, Res. Biol. Duas Bocas, 22.X.1996,armadilha Janela, C.O. Azevedo e H.S. Santos col. (UFES).

Distribuição. Brasil (Pará, Maranhão, Amazonas, Acre,Mato Grosso, Espírito Santo).

6. Anisepyris semiviridis sp. nov.(Figs. 6, 7, 31, 32, 56, 57, 81, 82, 116-118)

Etimologia. Latim semi: metade + viridis: verde, em referência à coloraçãoverde da cabeça, dorso torácico e mesopleura do holótipo.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 6,23 mm;

LFW 4,05 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva com

reflexos dourados; mesopleura com reflexo dourado muitotênue; asas anteriores castanho-claras, exceto ao redor danervura radial castanho.

Cabeça (Fig. 6). Mandíbula com cinco dentes, o terceiromenor do que os demais (Fig. 81). Clípeo arredondado, comuma ligeira projeção mediana aguda; carena mediana alta earqueada. Antena longa e fina, flagelômeros muito compri-midos. Os quatro primeiros segmentos antenais numa pro-porção de 34:8:2:37; segmento III 0,15x mais longo queespesso; relação comprimento/espessura dos segmentosantenais: III+IV = 5,44x; IV = 5,11x; XI = 3,91x. Escroboantenal com carena conspícua, prolongada medianamente epara atrás até próximo à margem interna do olho. Frontepouco coriácea, pontuações distintas, separadas 1-2x o seudiâmetro; WH 0,97x LH; WF 0,59x WH; WF 1,12x HE;WOT 0,84x OOL. Vértice reto, cantos arredondados. Care-na ocipital visível em vista dorsal; VOL 0,29x HE.

Mesosomo (Fig. 31). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas e mais espaçadas do que as da fronte;disco pronotal 2,03x mais largo que longo; carena transver-sal anterior distinta, margem lateral não carenada; margemposterior com uma série de fóveas. Disco propodeal 1,47xmais largo que longo, com cinco carenas discais distintas eduas estrias mais tênues paralelas à carena mediana; lateraldo propódeo com estrias longitudinais distintas; declividadeestriada, as do terço superior arqueadas para cima media-namente. Mesopleura (Fig. 56) com fóvea inferior fechada edividida em duas por uma carena vertical; fóvea superioralongada e alargada posteriormente, margem superior re-curvada para cima e separada da fóvea posterior por umaelevação oblonga. Tíbia mediana sem espinhos dorsais;fêmur anterior 2,32x mais longo que largo. Garras tarsaistrífidas, dente basal largo e angulado; o intermediário largo

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e agudo, pouco maior do que o basal, o distal mais fino,pontiagudo e maior.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 116) 1,29x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 117, 118): parâmero 2,60x maislongo que largo; afilado em direção ao ápice, as margenspouco sinuosas; pilosidade restrita ao ápice; margem basalpouco côncava em vista lateral; cúspide com o ramo dorsalsinuosamente afilado em direção ao ápice, ramo ventralalongado e ultrapassando o ramo dorsal; margem interna doápice com duas cerdas; margem interna da volsela comprojeção lobular distinta e alongada; edeago tão longoquanto o dígito e a cúspide; metade basal dilatada e emforma de coração; metade apical afilada, alargando-se emdireção ao ápice e com a margem apical arredondada.

Fêmea. comprimento 8,45 mm; LFW 4,64 mm.Coloração. Idêntica a do macho, exceto os fêmures ante-

rior e posterior mais escuros; antena com escapo e pedicelocastanhos; flagelômeros pretos dorsalmente e castanhosventralmente.

Cabeça (Fig. 7). Mandíbula com quatro dentes conspí-cuos (Fig. 82), o primeiro pouco pontiagudo e comprido,separado dos demais por um ressalto curvilíneo nítido quemargeia o segundo; segundo dente agudo; terceiro pequenoe arredondado; quarto dente muito grande, formando umamargem larga; terceiro e quarto dentes separados por umaincisão relativamente profunda. Clípeo curto e arredondado;carena mediana arqueada vista de perfil e espessa. Os quatroprimeiros segmentos antenais numa proporção de55:12:10:15; flagelômeros curtos; segmento III 0,88x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,00x; IV = 1,20x; XI =1,36x. Carena do escrobo antenal alcançando a margeminterna do olho. Fronte pouco coriácea, pontuações distintase separadas 1-2x o seu diâmetro; margem anterior côncavaentre os tórulos; superfície anterior com uma depressãoprofunda que se estende inconspicuamente até o ocelo ante-rior; WH 1,07x LH; WF 0,54x WH; WF 0,94x HE; WOT0,74x OOL; VOL 0,29x HE.

Mesosomo (Fig. 32). Dorso torácico pouco coriáceo,pontuações pequenas e muito mais espaçadas do que as dafronte; disco pronotal 1,80x mais largo que longo e commargem lateral arredondada; margem posterior com umasérie de fóveas. Disco propodeal 1,39x mais largo que lon-go, com cinco carenas discais distintas e duas estrias tênuesparalelas à carena mediana; lateral do propódeo estriada;declividade com estrias transversais pouco oblíquas. Meso-pleura (Fig. 57) como no macho. Tíbia mediana pouco espi-nhosa acima. Fêmur anterior 2,50x mais longo que largo.Garras trífidas como no macho.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Amazonas, Manaus,Reserva 1113, 20.III.1986, armadilha Malaise, B. Klein col. (INPA).Fêmea, BRASIL, Amazonas, Manaus, Reserva 1208, 01.X.1985, armadilhaMalaise, B. Klein col. (INPA). Parátipos: BRASIL, 4 machos: 2 machos,Pará, Tucurui, Rio Tocantins, v.1986-07.XII.1986, armadilha de intercep-ção, N. Degallier col. (MPEG); 1 macho, Pará, 12.IX.1900, Ducke col.(MPEG); 1 macho, Acre, Parque Nacional Serra do Divisor, Norte; 20-21.XI.1996, armadilha Malaise, E. F. Morato col. (UFES).

Observações. Espécie muito similar a A. amazonicus, daqual difere por ter a fóvea inferior da mesopleura dividida.

Distribuição. Brasil (Pará, Amazonas, Acre).

Grupo de espécies columbianus

O grupo de espécies columbianus apresenta característi-cas tais como a fóvea inferior da mesopleura dividida emduas por uma carena vertical. De acordo com EVANS (1966)podem ocorrer algumas variações e muitos machos da CostaRica e partes tropicais do México não apresentam a fóveainferior dividida, sendo apenas fechadas. Entretanto, numadas espécies descritas neste trabalho, a fóvea inferior damesopleura é aberta no terço mediano superior e com pon-tuações grandes e rasas. As demais características apresen-tadas pelas espécies aqui estudadas corroboram com aquelasfornecidas por EVANS (1966) para o estabelecimento dogrupo.

As espécies estudadas apresentaram cabeça e dorsotorácico pretos ou pretos com reflexos verde-escuros, azul-escuros ou dourado tênue; propódeo preto; Metasomo pretocom castanho; palpos castanho-claros; mandíbula preta comdentes castanhos; antenas pretas, castanho-escuras ou casta-nhas; escapo antenal preto ou castanho; coxas pretas oucastanhas; trocanteres castanho-claros; fêmures pretos oucastanhos; tíbias castanhas; tarsos castanhos ou castanho-claros; asas anteriores sub-hialinas, castanhas ao redor danervura radial; mesopleura preta.

O grupo columbianus era composto por 5 espéciesdistribuídas dos Estados Unidos ao Brasil (Santa Catarina),excluindo o Caribe. Neste estudo, uma espécie nova éacrescentada e sua distribuição geográfica no Brasil é am-pliada para os Estados do Amapá, Pará, Maranhão, Amazo-nas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e para o DistritoFederal.

7. Anisepyris nigripes Evans, 1966

Anisepyris nigripes EVANS, 1966:10, 15, 96, 98; DE SANTIS, 1980:329(catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990:66 (catálogo).A. nigripes era citada para a Guiana, Equador e Brasil,

sendo registrada agora para outras localidades brasileiras.Material examinado. 7 machos, BRASIL. 1 macho, Amapá, BR 14,

margem do Rio Matapi, 31.XI.1981, armadilha suspensa 15 m (MPEG); 2machos, Pará, Santana do Araguaia, 01-13.VIII.1992, D. Pimentel col.(MPEG); 2 machos, Maranhão, 18.X.1984, armadilha Möricke (UFES), 1macho, Maranhão, Imperatriz, Ribeirãozinho, 01-04.VIII.1989, armadilhaMalaise, F.F. Ramos col. (MPEG); 1 macho, Espírito Santo, Colatina,xii.1969; F.M. Oliveira col. (MZSP); 5 fêmeas BRASIL, 1 fêmea Amazo-nas, Manaus, Reserva Campina; 15.III.1990, armadilha Malaise, B. Kleincol. (INPA); 1 fêmea Amazonas, Manaus, Reserva Campina; 08-19.VI.1992, armadilha adesiva, Vidal col. (INPA); 3 fêmeas Maranhão,19.ix-18.X.1984, armadilha Möricke e varredura (UFES).

Variações. Macho. Clípeo com carena mediana quaseretilínea. Fêmeas: comprimento 4,04-4,61 mm; LFW 2,22-2,86 mm; cabeça e dorso torácico com reflexos verde-olivamuito tênues; mandíbula castanha; palpos castanho-palha;asa anterior hialina; WOT 1,00-1,09x OOL.

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Distribuição. Guiana, Brasil (Amapá, Pará, Maranhão,Amazonas, Espírito Santo, Santa Catarina) e Equador.

8. Anisepyris carinatus sp. nov.(Figs. 8, 33, 58, 83, 119-121)

Etimologia. Latim carinatus: disposto em forma de quilha, em referência àcarena do escrobo antenal muito desenvolvida e prolongada sobre amargem interna do olho.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 3,95 mm;

LFW 2,27 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexos

verde-escuros muito tênues; asas anteriores sub-hialinas.Cabeça (Fig. 8). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 83).

Clípeo arredondado, com uma carena mediana alta e arque-ada vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 31:4:1:26; segmento III 0,09x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 1,87x; IV = 0,07x; XI =2,37x. Escrobo antenal com carena conspícua prolongadamedianamente e para atrás sobre a margem interna do olhoaté seu topo. Fronte distintamente coriácea, com pontuaçõespouco nítidas; WH 1,00x LH; WF 0,58x WH; WF 1,00xHE; WOT 1,21x OOL. Vértice reto, cantos arredondados;carena ocipital não visível em vista dorsal; VOL 0,35x HE.

Mesosomo (Fig. 58). Dorso torácico brilhante, poucocoriáceo, com poucas pontuações pequenas e muito espaça-das; disco pronotal 2,26x mais largo que longo; carenastransversal anterior e lateral distintas; margem posteriorcom uma série de fóveas muito tênues. Disco propodeal1,62x mais largo que longo, com cinco carenas discais;lateral do propódeo estriada; declividade com estrias trans-versais distintas. Mesopleura (Fig. 33) pouco coriácea;fóvea inferior aberta no terço mediano e com pontuaçõesgrandes e rasas ao longo da margem interna. Tíbia medianasem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,94x mais longo quelargo. Garras tarsais bífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 119) 1,57x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 120, 121): parâmero largo, 1,91xmais longo que largo; ápice largo, arredondado e não arque-ado para dentro; pilosidade restrita ao ápice e à margemventral apical; cúspide com ramo dorsal afilando em direçãoao ápice; ramo ventral digitiforme; dígito mais curto do quea cúspide; edeago tão longo quanto o dígito, metade basaldilatada e angulada próximo à base; margem basal afilada;metade apical estreita e com margem apical quase reta.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Distrito Federal,Brasília, Reserva Ecológica do Roncador, campo limpo, 02.XII.1982,armadilha Janela, J. Dalmáceo col. (IBGE). Parátipos: 5 machos, BRASIL,2 machos, mesmos dados do holótipo, exceto vereda (IBGE); 1 macho,Bahia, Itaberaba, Faz. Riacho do Urussu, caatinga 30.XI-03.XII.1990,S.T.P. Amarante col. (MZSP); 1 macho, Bahia, Santa Rita de Cássia,17.VII.1991, S.T.P. Amarante & C.F. Martins col. (MZSP); 1 macho,Minas Gerais, Passos, III.1964, C.T. Elias col. (MZSP).

Variações. Fóvea inferior da mesopleura fechada e nãopontuada; série de fóveas da margem posterior do discopronotal mais distinta; pontuações da cabeça um pouco maisdistintas; vértice quase reto; segunda carena discal do pro-

pódeo mais convergente e alcançando a primeira distal-mente; parátipos com fóvea inferior da mesopleura menospontuada do que o holótipo.

Observações. Espécie similar a A. nigripes da qual dife-re por ter a fóvea inferior da mesopleura não dividida enotáulice um pouco menos desenvolvida.

Distribuição. Brasil (Bahia, Minas Gerais, Distrito Fede-ral).

Grupo de Espécies proteus

O grupo de espécies proteus é considerado o de maiorcomplexidade dentro do gênero em função, principalmente,do grau de variação dos caracteres e das semelhanças entreas espécies. Apesar da inclusão de 13 espécies novas aogrupo, suas características foram mantidas inalteradas emrelação a descrição de EVANS (1966), com exceção dosíndices de medidas dos caracteres, os quais têm apresentadovariações mais amplas do que aquelas estabelecidas origi-nalmente e utilizados para a caracterização das espécies.

As espécies estudadas apresentaram a cabeça preta;preta com reflexos verde-azulados; verde-oliva; verde-olivacom reflexos dourados; dorso torácico preto; preto comreflexo verde-azulado tênue; verde-oliva; propódeo preto;Metasomo preto; castanho-escuro ou preto com ápice casta-nho; palpos castanhos ou castanho-palhas; mandíbula preta;preta com ápice e margem superior castanhos; castanho-escura ou castanha; antenas pretas ou castanhas; escapoantenal preto ou castanho; coxas pretas ou castanho-escuras;trocanteres castanhos ou castanho-claros; fêmures pretos;castanho-escuros ou castanhos; tíbias e tarsos pretos; casta-nhos ou castanho-claros; asas anteriores castanho-claras,sub-hialinas ou hialinas.

O grupo proteus era composto por 30 espécies dis-tribuídas amplamente nas Américas do Sul e Central até oArizona e Texas. Neste estudo são acrescentadas 13 espéci-es novas, cuja distribuição geográfica no Brasil é ampliadapara Roraima, Pará, Maranhão, Amazonas, Piauí, Goiás,Mato Grosso, Acre, Minas Gerais e Espírito Santo.

9. Anisepyris alienus Evans, 1966

Anisepyris alienus EVANS, 1966: 8, 12, 64-65; DE SANTIS, 1980:329(catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990, 46:60 (catálogo).

A. alienus era registrada apenas para São Paulo e SantaCatarina (Brasil), sendo agora ampliada para outros estadosbrasileiros.

Material examinado. 9 fêmeas BRASIL. 1 fêmea Roraima, Surumu,ix.1966, M. Alvarenga & F.M. Oliveira col. (MZSP); 1 fêmea Piauí, 10Km N, Corrente, Fazenda Maracujá, 23-27.XI.1991, C.R.F. Brandão col.(MZSP); 6 fêmeas Distrito Federal, Brasília, BR 251, Km 0, campo sujo (2fêmeas), campo cerrado (2 fêmeas), campo limpo (1 fêmea), brejo (vereda)(1 fêmea), 01.VIII.1980-17.VII.1981, armadilha janela, J. Dalmáceo col.(IBGE); 1 fêmea São Paulo, Ibitinga, Fazenda Itaquerê, cerrado, 25.I.1964,K. Lenko col. (MZSP).

Variações. Clípeo arredondado; margem interna do olhocom carena incompleta ou ausente; WH 0,95-0,97 x LH;WF 0,95-0,98 x HE; WOT 1,06-1,26 x OOL.

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Distribuição. Brasil (Roraima, Piauí, Distrito Federal,São Paulo, Santa Catarina).

10. Anisepyris bifidus Evans, 1966

Anisepyris bifidus EVANS, 1966: 8, 13, 41-44; GORDH & MÓCZÁR,1990:60 (catálogo).

A. bifidus era conhecida somente para o Panamá, Equa-dor e Peru, sendo agora citada pela primeira vez para oBrasil.

Material examinado. 28 machos, BRASIL. 1 macho, Pará, Barcarena,19-30.IX.1990, armadilha de intercepção, N. Degallier col. (MPEG); 1macho, Amazonas, Manaus, Reserva 1208, 25.VI.1985, armadilha Malai-se, B. Klein col. (INPA); 3 machos, Amazonas, Manaus, Reserva Ducke,25-29.VII.1992, armadilha adesiva 2 m; I. Vidal & J. Vidal col. (INPA); 23machos, Espírito Santo, Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas,27.VII.1996-01.VIII.1997, varredura, H.S. Santos, C.O. Azevedo e E.H.Freitas col. (UFES).

Variações. Carena mediana do clípeo pouco arqueada;carena do escrobo antenal ausente ou inconspícua, prolon-gada sobre a área mediana ou ausente; WH 0,96-1,04 x LH;fronte coriácea; estrias que acompanham à carena medianado disco propodeal tênues ou ausentes; genitália com ramodorsal do parâmero muito curto; ramo dorsal com duascerdas longas.

Distribuição. Panamá, Equador, Brasil (Pará, Amazonas,Espírito Santo) e Peru.

11. Anisepyris brasiliensis Evans, 1966(Figs. 9, 34, 59, 84, 122-124)

Anisepyris brasiliensis EVANS, 1966: 8, 36-37; DE SANTIS, 1980:329(catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990:62 (catálogo).

A. brasiliensis era conhecida somente para Pernambuco(Brasil). Sua ocorrência é agora ampliada e o macho daespécie é descrito pela primeira vez.

Descrição. Macho; comprimento 4,84 mm; LFW 3,07mm.

Coloração. Cabeça preta com reflexo verde-azulado; tó-rax verde-oliva; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 9). Mandíbula com cinco dentes distintos(Fig. 84). Clípeo sub-angulado, com carena mediana arque-ada vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 28:5:2:20; segmento III 0,27x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,38x; IV = 2,15x; XI =3,14x. Escrobo antenal com carena distinta, prolongadamedianamente e para atrás sobre a margem interna do olho,até cerca da metade do comprimento ocular; margem exter-na e topo do olho com uma carena distinta. Fronte coriácea,pontuações grandes e separadas 1-4x o seu diâmetro; WH1,03 x LH; WF 0,61 x WH; WF 1,15x HE; WOT 1,05xOOL. Vértice reto, cantos arredondados; carena ocipitalparcialmente visível em vista dorsal; VOL 0,27x HE.

Mesosomo (Fig. 34). Dorso torácico coriáceo, pontua-ções pequenas e distintas; disco pronotal curto, 2,50x maislargo que longo; margem anterior distintamente carenada;carena lateral distinta; margem posterior com uma série defóveas. Disco propodeal 1,80x mais largo que longo, com

cinco carenas discais distintas e paralelas; disco com estriasdistintas e oblíquas entre a primeira e segunda carenas dis-cais; declividade com estrias transversais. Mesopleura (Fig.59) pouco coriácea; fóvea inferior fechada. Tíbia medianapouco espinhosa sobre a metade distal superior; fêmur ante-rior 2,40x mais longo que largo. Garras tarsais trífidas;dente basal largo e arredondado.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 122) 1,71x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 123, 124): parâmero alargado, 1,55xmais longo que largo; margem apical larga e arredondada;margens dorsal e ventral convexas, estreitando-se em dire-ção à base; pilosidade nas margens apical, ventral e parte dadorsal; cúspide com ramo dorsal largo e estreitando-se emdireção ao ápice; margem apical do ramo dorsal com diver-sas cerdas curtas e delicadas; ramo ventral digitiforme, combase alargada e com cinco cerdas medianas; ápice com trêscerdas; margem pré-apical com duas cerdas medianas dis-tintas; dígito tão longo quanto a cúspide; edeago tão longoquanto o dígito; metade basal dilatada e no formato aproxi-mado de um balão, base obtusa; metade apical estreita, commargem apical pouco arredondada.

Material examinado. 1 macho, BRASIL, Minas Gerais, Passos,iii.1964, C.T. Elias col. (MZSP); 2 fêmeas BRASIL, 1 fêmea Minas Ge-rais, Pouso Alegre, xii.1953, F.S. Pereira col. (MZSP); 1 fêmea, MinasGerais, Passos, vii.1963, C.T. Elias col. (MZSP).

Variações. WH 0,98-1,02x LH; WF 1,14-1,16x HE;WOT 0,91-0,92x OOL; carena lateral do disco pronotalmais tênue no terço mediano; disco propodeal 1,52-1,54xmais largo que longo.

Distribuição. Brasil (Pernambuco, Minas Gerais).

12. Anisepyris cariniceps Evans, 1966

Anisepyris cariniceps EVANS, 1966:13, 71-72; GORDH & MÓCZÁR,1990:63 (catálogo).

Comprimento 4,06 mm; LFW 2,50 mm.A. cariniceps era conhecida somente para a Venezuela,

sendo agora registrada pela primeira vez para o Brasil.Material examinado. 1 macho, BRASIL, Maranhão, P8; 20.IX.1984,

armadilha Möricke (UFES).

Variações. Relação comprimento/espessura dos seg-mentos antenais: III = 0,67x; III+IV = 2,40x; IV = 1,80x; XI= 2,14x; WH 0,94x LH; WF 0,59x WH; WF 1,09x HE;WOT 0,88x OOL; VOL 0,24x HE; disco pronotal 2,00xmais largo que longo; disco propodeal 1,34x mais largo quelongo, com 5 carenas discais.

Distribuição. Venezuela e Brasil (Maranhão).

13. Anisepyris pallidicornis Evans, 1966

Anisepyris pallidicornis EVANS, 1966:12, 70-71; GORDH & MÓCZÁR,1990:66 (catálogo).

Comprimento 4,49 mm; LFW 2,73 mm.A. pallidicornis era conhecida somente para a Bolívia,

sendo agora registrada, pela primeira vez, para o Brasil.Material examinado. 1 macho, BRASIL, Distrito Federal, Brasília,

Reserva Ecológica do Roncador, BR 251, Km 0, campo sujo, 07-14.XI.1980, armadilha janela, J. Dalmáceo col. (IBGE).

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Variações. Carena do escrobo antenal quase ausente.Relação comprimento/espessura dos segmentos antenais: III= 0,50x; III+IV = 2,30x; IV = 1,90x; XI = 2,29x; WH 1,02xLH; WF 0,61x WH; WF 1,20x HE; WOT 1,14x OOL; discopronotal com margem lateral angulada, 2,11x mais largoque longo; disco pronotal e mesoscuto com pontuaçõesmuito pequenas e definidas; disco propodeal 1,35x maislargo que longo.

Distribuição. Brasil (Distrito Federal) e Bolívia.

14. Anisepyris proteus Evans, 1966

Anisepyris proteus EVANS, 1966:8, 33-36; 1978:112-113; DE SANTIS,1980:329 (catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990, 46:67 (catálogo).

A. proteus era conhecida somente para o Paraná e SantaCatarina (Brasil), sendo agora citada para outros estadosbrasileiros.

Material examinado. 47 machos, BRASIL. 27 machos, Distrito Fede-ral, Brasília, Reserva Ecológica do Roncador, campo cerrado (13 machos),campo sujo (12 machos), campo limpo (2 machos), 21.XII.1978-23.XII.1982, armadilha janela, J. Dalmáceo col. (IBGE); 2 machos, MinasGerais, Prata, 01.VIII,1992, armadilha Möricke, S. Talamoni col. (UFES);1 macho, Rio de Janeiro, Petrópolis (Floresta), II.1935, R. Arlé col.(MNRJ); 7 machos, São Paulo, Ibitinga, cultura de seringueira, 19.X.1988-30.XI.1988, armadilha Möricke e luminosa (UFES); 3 machos, São Paulo,Bauru, UNESP, e/ou Estação Ecológica, cerrado, 14.XI.1990-15.XI.1992,armadilha Möricke, S.S. Ruiz col. (UFES); 1 macho, Paraná, Antonina,Reserva Sapitanduva, 01.XII.1986, armadilha Malaise, levantamentoProfaupar (DZUP); 6 machos, Paraná, Ponta Grossa, Vila Velha, ReservaIapar, BR 376; 11.I.1988-18.IV.1988, levantamento Profaupar (DZUP).

Variações. Fronte coriácea; carena lateral do pronototênue e inconspícua; série de fóveas da margem posterior dodisco pronotal mais tênues; disco propodeal com duas estri-as tênues paralelas à carena mediana; carenas paramedianasdo disco propodeal divergentes distalmente.Distribuição. Brasil (Minas Gerais, Distrito Federal, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná).

15. Anisepyris trinitatis Evans, 1966

Anisepyris trinitatis EVANS, 1966:8, 13, 40-41; GORDH & MÓCZÁR,1990:68 (catálogo).

A. trinitatis era conhecida somente para a Guiana e Tri-nidad, sendo agora citada pela primeira vez para o Brasil.

Material examinado. 8 machos, BRASIL. 2 machos, Pará, Barcarena,19-30.IX.1990, armadilha de intercepção, N. Degallier col. (MPEG); 4machos, Maranhão, 07.ii-18.X.1984, varredura e armadilha Möricke(UFES); 1 macho Goiás, Colinas do Sul, Serra da Mesa, cerrado, 14°01’S,48°12’W, 02-15.XII.1995, Silvestre, Dietz & Campaner col. (MZSP); 1macho, Mato Grosso, Rondonópolis, 02.IX.1990, M.T. Tavares col.(UFES).

Variações. Clípeo subangulado; carena mediana doclípeo pouco arqueada; pontuações da fronte de muito pe-quenas a médias; série de fóveas da margem posterior dodisco pronotal tênue ou ausente; estria paralela à carenamediana do disco propodeal de distinta a ausente; discopropodeal com declividade distintamente estriada sobre ametade inferior e obsoleta sobre a superior; genitália comramo dorsal do parâmero contendo 2, 3, 4 ou 6 cerdas lon-

gas; ramo ventral da cúspide com 5 cerdas distintas ao lon-go da margem interna.

Distribuição. Trinidad, Guiana, Brasil (Pará, Maranhão,Mato Grosso, Goiás).

16. Anisepyris pollicis sp. nov.(Figs. 10, 35, 60, 85, 125-127)

Etimologia. Latim pollicis: polegar, em alusão ao parâmero da genitália noformato de dedo polegar humano em vista lateral.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,36 mm;

LFW 2,77 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos; asas anterio-

res sub-hialinas.Cabeça (Fig. 10). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 85).

Clípeo pouco arredondado, com carena mediana baixa eretilínea vista de perfil. Os quatro primeiros segmentosantenais numa proporção de 24:5:3:15; segmento III 0,53xmais longo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,08x; IV = 1,67x; XI =1,36x. Escrobo antenal com carena tênue, quase imperceptí-vel e incompleta. Fronte pouco coriácea, pontuações distin-tas, separadas 2-3x o seu diâmetro; WH 1,06x LH; WF0,63x WH; WF 1,30x HE; WOT 0,95x OOL. Vértice poucoconvexo, cantos arredondados; carena ocipital não visívelem vista dorsal; VOL 0,32x HE.

Mesosomo (Fig. 35). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas e amplamente separadas; disco pro-notal 2,30x mais largo que longo; margem lateral com umacarena muito curta, menor que a metade do comprimento damargem; margem posterior com uma série de fóveas quaseimperceptíveis. Disco propodeal 1,45x mais largo que lon-go, com cinco carenas discais distintas e duas estrias tênuesparalelas à carena mediana; declividade com estrias trans-versais. Mesopleura (Fig. 60) pouco coriácea; fóvea inferioraberta na margem superior e inferior dos terços mediano eposterior. Tíbia mediana sem espinhos dorsais; fêmur ante-rior 2,47x mais longo que largo. Garras tarsais bífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 125) 1,51x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 126, 127): parâmero estreito, 4,28xmais longo que largo; margem apical arredondada; margemdorsal sinuosa; pilosidade restrita ao ápice e ao longo damargem dorsal; cúspide com ramo dorsal estreito, afilandosuavemente em direção ao ápice; ramo ventral digitiforme;dígito tão longo quanto a cúspide; edeago tão longo quantoo dígito; metade basal dilatada e em forma de coração; me-tade apical estreita e com margem apical obtusa.

Material examinado. Holótipo: macho; BRASIL, Dis-trito Federal, Brasília, Reserva Ecológica do Roncador, km0, BR 251; 07-14.XII.1979, armadilha Janela (IBGE). Pará-tipos: 5 machos, BRASIL, mesmos dados do holótipo, ex-ceto, 24.X.1980-22.XII.1983 (IBGE).

Variações. WH 1,04-1,06x LH; WF 0,60-0,63x WH;WF 1,22-1,26x HE; cabeça mais coriácea; clípeo triangular;carena ocipital pouco visível em vista dorsal; margem late-ral do disco pronotal angulado mas não carenado; margemposterior do disco pronotal sem série de fóveas; carenasdiscais tênues e fragmentadas, as paralelas à mediana au-

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sentes; disco propodeal com estrias transversais tênues;estrias da margem posterior ausentes.

Distribuição. Brasil (Distrito Federal).

17. Anisepyris strictus sp. nov.(Figs. 11, 36, 61, 86, 128-130)

Etimologia. Latim strictus: estreito, em referência ao estreitamento doparâmero da genitália (vista lateral).

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 5,54 mm;LFW 3,04 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva comreflexos dourados tênues; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 11). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 86).Clípeo subangular, com carena mediana alta e arqueadavista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 33:7:6:18; segmento III 0,70x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,80x; IV = 2,20x; XI =2,71x. Escrobo antenal com carena inconspícua. Frontepouco coriácea, pontuações distintas, separadas 1-2x o seudiâmetro; WH 1,06x LH; WF 0,61x WH; WF 1,06x HE;WOT 0,91x OOL. Vértice quase reto, cantos arredondados;carena ocipital não visível em vista dorsal; VOL 0,22x HE.

Mesosomo (Fig. 36). Dorso torácico pouco mais coriá-ceo que a fronte; pontuações pequenas e espaçadas; discopronotal 2,44x mais largo que longo; margem lateral care-nada; margem posterior com uma série de fóveas poucodefinidas. Disco propodeal 1,59x mais largo que longo; comcinco carenas discais distintas e duas estrias pouco maistênues, paralelas à carena mediana; declividade com estriastransversais distintas sobre a metade inferior; metade supe-rior com estrias quase imperceptíveis. Mesopleura (Fig. 61)pouco coriácea; fóvea inferior aberta no terço medianosuperior. Tíbia mediana com espinhos dorsais; fêmur ante-rior 2,24x mais longo que largo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 128) 1,48x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 129, 130): parâmero estreito, 4,33xmais longo que largo; margem apical arredondada; margensdorsal e ventral sinuosas; base tão larga quanto o ápice;pilosidade restrita à margem apical; cúspide com ramo dor-sal estreito e afilando em direção ao ápice; ramo ventraldigitiforme; dígito mais curto do que a cúspide; edeago tãolongo quanto a cúspide; metade basal dilatada e oval; meta-de apical estreita e com a margem apical obtusa.

Material examinado. Holótipo: macho; BRASIL, Amazonas, Manaus,Reserva 1113, 21.II.1985, armadilha Malaise, B. Klein col. (INPA). Paráti-pos: 3 machos, BRASIL; 1 macho, Amazonas, Manaus, Reserva Ducke,02-04.X.1991, armadilha adesiva, Vidal col. (INPA); 1 macho, mesmalocalidade, 08-15.IV.1992, armadilha adesiva 1m, J. Vidal & J. Vidal col.(INPA); 1 macho; mesmo dados do anterior, exceto, armadilha adesiva20m.

Variações. Clípeo arredondado; margem lateral do discopronotal com carena muito tênue; margem posterior dodisco com fóveas melhor definidas.

Distribuição. Brasil (Amazonas).

18. Anisepyris dentatus sp. nov.(Figs. 12, 37, 62, 87, 131-133)

Etimologia. Latim dentatus: que tem dentes, denteado, em referência à doisdentes conspícuos na margem interna da volsela.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 3,75 mm;LFW 2,32 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-oliva muito tênues; asas anteriores hialinas.

Cabeça (Fig. 12). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 87).Clípeo angulado e com carena mediana alta e arqueada vistade perfil. Os quatro primeiros segmentos antenais numaproporção de 29:7:5:21; segmento III 0,57x mais longo queespesso; relação comprimento/espessura dos segmentosantenais: III+IV = 3,57x; IV = 3,00x; XI = 2,83x. Escroboantenal com carena inconspícua, não alcançando a margeminterna do olho. Fronte pouco coriácea, pontuações muitopequenas e separadas 3-5x o seu diâmetro; WH 1,01x LH;WF 0,65x WH; WF 1,22x HE; WOT 0,80x OOL. Vérticequase reto, cantos arredondados; carena ocipital não visívelem vista dorsal; VOL 0,21x HE.

Mesosomo (Fig. 37). Dorso torácico coriáceo; pontua-ções quase imperceptíveis e muito espaçadas; disco pronotal2,33x mais largo que longo; margem lateral carenada; mar-gem posterior com uma série de fóveas pouco definidas.Disco propodeal 1,43x mais largo que longo, com cincocarenas discais distintas; declividade com estrias transver-sais distintas. Mesopleura (Fig. 62) pouco coriácea; fóveainferior aberta na margem superior. Tíbia mediana semespinhos dorsais; fêmur anterior 2,18x mais longo que lar-go. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 131) 1,58x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 132, 133): parâmero largo, 1,77xmais longo que largo; margem apical obtusa; margem dorsalpouco retilínea; margem ventral convexa; pilosidade namargem apical e parte da ventral; cúspide com ramo dorsalestreitado no ápice; ramo ventral digitiforme; dígito poucomais curto do que a cúspide; margem interna da volsela comdois dentes largos e distintos em vista ventral; edeago tãolongo quanto o dígito; metade basal dilatada e em forma decoração; metade apical estreita, alargada em direção aoápice, margem apical arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Pará, Tucurui, RioTocantins, Base 4, 27.x-09.XI.1985, armadilha de intercepção, N. Degalliercol. (MPEG). Parátipos: 8 machos, BRASIL, mesmos dados do holótipo,exceto 27.X.1985-23.xi-07.XII.1986 (MPEG).

Variações. Disco pronotal com porção posterior da mar-gem lateral não carenada; série de fóveas sobre a margemposterior do disco ausente.

Distribuição. Brasil (Pará).

19. Anisepyris tuberosus sp. nov.(Figs. 13, 38, 63, 88, 134-136)

Etimologia. Latim tuberosus: em que há proeminências, em referência auma proeminência curta na margem anterior do hipopígio.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 5,73 mm;LFW 3,54 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-oliva muito tênues; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 13). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 88).

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Clípeo subangular, com carena mediana alta e arqueadavista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 35:7:4:31; segmento III 0,33x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 1,10x; IV = 2,78x; XI =2,90x. Escrobo antenal com carena distinta prolongadamedianamente e para atrás até a margem interna do olho.Fronte coriácea, pontuações distintas, separadas 1-2x o seudiâmetro; WH 1,00x LH; WF 0,61x WH; WF 1,19x HE;WOT 0,85x OOL. Vértice quase reto, cantos arredondados;carena ocipital parcialmente visível em vista dorsal; VOL0,35x HE.

Mesosomo (Fig. 38). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas e espaçadas; disco pronotal 2,46xmais largo que longo; margem lateral carenada; margemposterior com uma série de fóveas. Disco propodeal 1,55xmais largo que longo, com cinco carenas discais distintas eduas estrias mais tênues, paralelas à carena mediana; decli-vidade com estrias transversais distintas, as da metade supe-rior arqueadas. Mesopleura (Fig. 63) pouco coriácea; fóveainferior aberta no terço mediano superior. Tíbia medianasem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,52x mais longo quelargo. Garras tarsais trífidas; o dente basal muito curto,largo e arredondado; o intermediário pontiagudo, maior queo precedente; o distal longo, pontiagudo e arqueado.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 134) 1,76x mais largo quelongo; margem anterior com uma protuberância curta pró-ximo a projeção lateral. Genitália (Figs. 135, 136): parâme-ro largo, 2,27x mais longo que largo; ápice largo e arredon-dado; margem dorsal pouco sinuosa; margem ventral con-vexa; base mais estreita do que o ápice; margens apical eventral pilosas; cúspide com ramo dorsal alargado; ápiceestreitado e oblongo; ramo ventral digitiforme e fino, poucomais curto do que o ramo dorsal; dígito tão longo quanto acúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metade basaldilatada e em forma de coração; metade apical estreita ecom margem apical arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Espírito Santo,Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas, 16.I.1997, varredura, H.S.Santos col. (UFES). Parátipos: 12 machos, BRASIL, mesmos dados doholótipo, exceto 26.VIII.1996-26.XII.1996, H.S. Santos col. ou C.O.Azevedo col. (UFES).

Variações. Clípeo arredondado; carena mediana doclípeo retilínea, vista de perfil; fronte com pontuações pe-quenas e pouco distintas; estrias do disco propodeal muitotênues ou ausentes; segunda carena discal não alcançando aprimeira; estrias entre as carenas discais escassas; meso-pleura coriácea.

Distribuição. Brasil (Espírito Santo).

20. Anisepyris rectus sp. nov.(Figs. 14, 39, 64, 89, 137-139)

Etimologia. Latim rectus: reto, em linha reta, em referência ao aspectoretilíneo do vértice.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,59 mm;LFW 2,95 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva; asasanteriores sub-hialinas.

Cabeça (Fig. 14). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 89).Clípeo angulado, com carena mediana alta e pouco arquea-da vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 25:6:4:15; segmento III 0,57x maislongo que espesso, relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,25x; IV = 1,75x; XI =2,11x. Escrobo antenal com carena muito tênue, não alcan-çando a margem interna do olho. Fronte coriácea, pontua-ções distintas, separadas 1-2x o seu diâmetro; WH 1,05xLH; WF 0,65x WH; WF 1,26x HE; WOT 1,20x OOL. Vér-tice reto, cantos arredondados; carena ocipital não visívelem vista dorsal; VOL 0,26x HE.

Mesosomo (Fig. 39). Dorso torácico coriáceo, compontuações distintas, pouco mais espaçadas que as da fron-te; disco pronotal 2,14x mais largo que longo; margemlateral carenada; margem posterior com uma série de fóve-as. Disco propodeal 1,72x mais largo que longo, com cincocarenas discais distintas e duas estrias muito tênues parale-las à carena mediana; declividade com estrias transversais.Mesopleura (Fig. 64) pouco coriácea, fóvea inferior abertana margem superior do terço posterior. Tíbia mediana semespinhos dorsais; fêmur anterior 2,33x mais longo que lar-go. Garras tarsais trífidas; dente basal curto, largo e arre-dondado; o mediano pontiagudo, maior que o precedente; odistal longo, pontiagudo e arqueado.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 137) 1,25x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 138, 139): parâmero 3,08x maislongo que largo; ápice largo e arredondado; margens dorsale ventral paralelas, exceto a metade basal da margem ven-tral, que é oblíqua; base estreita; pilosidade restrita à mar-gem apical; cúspide com ramo dorsal estreito e afilado emdireção ao ápice; ramo ventral digitiforme e estreito; dígitotão longo quanto a cúspide; edeago tão longo quanto o dí-gito; metade basal dilatada e oval; metade apical estreita,margem apical arredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Distrito Federal,Brasília, Reserva Ecológica do Roncador, km 0, BR 251, 12-17.IX.1979,armadilha Janela (IBGE). Parátipos: 7 machos, BRASIL, 3 machos, mes-mos dados do holótipo, exceto 07.XI.1980 -02.XII.1982 (IBGE); 1 macho,São Paulo, Bálsamo, cultura de seringueira, 17.IX.1987, armadilha Möri-cke (UFES); 2 machos, São Paulo, Ibitinga, cultura de seringueira, 16-30.XI.1988, armadilha Möricke (UFES); 1 macho, São Paulo, Pariquera-açu, cultura de chá, 30.IV.1986, armadilha Möricke (UFES).

Variações. Clípeo pouco arredondado; carena medianado clípeo menos arqueada; segunda carena discal curta enão alcançando a primeira; estria intermediária ausente;declividade com estrias inconspícua.

Distribuição. Brasil (Distrito Federal, São Paulo).

21. Anisepyris basipilosus sp. nov.(Figs. 15, 40, 65, 90, 140-142)

Etimologia. Latim basis: base + pilosus: coberto de pelos, peludo, emreferência a um tufo de pelos na base da volsela.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,04mm; LFW 2,32 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-azulados muito tênues; asas anteriores sub-hialinas.

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Cabeça (Fig. 15). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 90),o primeiro com dimensões iguais às do segundo e ambosapenas um pouco maiores do que os demais. Clípeo angula-do, com carena mediana alta e arqueada vista de perfil. Osquatro primeiros segmentos antenais numa proporção de19:5:3:13; segmento III 0,57x mais longo que espesso;relação comprimento/espessura dos segmentos antenais:III+IV = 3,00x; IV = 2,50x; XI = 2,50x. Escrobo antenalcom carena muito curta e quase imperceptível. Fronte poucocoriácea, pontuações muito pequenas e separadas 3-5x o seudiâmetro; WH 0,91x LH; WF 0,63x WH; WF 1,16x HE;WOT 0,94x OOL. Vértice pouco convexo, cantos arredon-dados; carena ocipital parcialmente visível em vista dorsal;VOL 0,30x HE.

Mesosomo (Fig. 40). Dorso torácico coriáceo, compontuações muito pequenas e espaçadas; disco pronotal2,11x mais largo que longo; margem lateral carenada, po-rém, mais tênue no terço posterior; margem posterior comuma série de fóveas pouco definidas. Disco propodeal 1,18xmais largo que longo, com cinco carenas discais distintas;declividade com estrias transversais. Mesopleura (Fig. 65)pouco coriácea; fóvea inferior aberta na margem superior.Tíbia mediana sem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,60xmais longo que largo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 140) 1,88x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 141, 142): parâmero alargado; 2,18xmais longo que largo; margem dorsal mais irregularmenteconvexa do que a ventral; margem apical estreita e obtusa;pilosidade restrita às margens apical e ventral; face internado parâmero com três cerdas longas na região intermediária;cúspide com ramo dorsal estreito e afilado no ápice; ramoventral digitiforme; dígito pouco mais curto do que a cúspi-de; margem interna da volsela com diversas cerdas curtas;edeago pouco menor do que o dígito; metade basal dilatadae em forma de coração; metade apical estreita, pouco con-vexa nas margens e com ápice arredondado.

Material examinado. Holótipo: macho; BRASIL, Espírito Santo,Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas, 26.XII.1996, varredura; H.S.Santos col. (UFES). Parátipos: 3 machos, BRASIL, mesmos dados doholótipo, 09.IX.1996-05.XII.1996, C.O. Azevedo col. (UFES).

Variações. Clípeo subangular; pontuações da fronteobscuras.

Observações. A genitália de A. basipilosus apresentacaracterísticas incomuns dentro do gênero como presençade 3 ou 4 cerdas na face interna do parâmero e um tufodenso de cerdas na margem basal interna da volsela.

Distribuição. Brasil (Espírito Santo).

22. Anisepyris lobatus sp. nov.(Figs. 16, 41, 66, 91, 143-145)

Etimologia. Grego lobatus: com lóbulo, em referência a uma proeminêncialobular curta e larga na margem interna da volsela.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 3,54 mm;LFW 2,41 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos; asas anterio-res sub-hialinas.

Cabeça (Fig. 16). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 91),o primeiro com dimensões iguais às do segundo e ambospouco maiores que os demais. Clípeo angulado, com proje-ção mediana aguda; carena mediana do clípeo alta e arquea-da vista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 17:5:3:13; segmento III 0,57x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 3,00x; IV = 2,50x; XI =2,28x. Escrobo antenal com carena muito curta e tênue.Fronte pouco coriácea, pontuações pequenas e separadas 2-4x o seu diâmetro; WH 1,00x LH; WF 0,63x WH; WF1,18x HE; WOT 0,84x OOL. Vértice reto, cantos arredon-dados; carena ocipital parcialmente visível em vista dorsal;VOL 0,22x HE.

Mesosomo (Fig. 41). Dorso torácico pouco coriáceo,pontuações quase imperceptíveis e espaçadas; disco prono-tal 2,50x mais largo que longo; margem lateral carenada;margem posterior com uma série de fóveas pouco definidas.Disco propodeal 1,31x mais largo que longo, com cincocarenas discais distintas; declividade com estrias transver-sais distintas. Mesopleura (Fig. 66) com escultura seme-lhante à da fronte; fóvea inferior aberta na margem superiore no terço posterior da margem inferior. Tíbia mediana semespinhos dorsais; fêmur anterior 2,20x mais longo que lar-go. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 143) 1,89x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 144, 145): parâmero alargado, 3,33xmais longo que largo; margem dorsal angulada próximo aoápice; margem ventral convexa; margem apical obtusa;pilosidade ocupando a margem apical e parte da ventral;cúspide com ramo dorsal largo e estreitado no ápice; ramoventral digitiforme; dígito pouco mais curto do que a cúspi-de; margem interna da volsela com uma projeção lobularcurta e larga; edeago pouco menor que o dígito; metadebasal dilatada e em forma de coração; metade apical estrei-ta, com margem lateral pouco convexa; margem apicalarredondada.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Espírito Santo,Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas, 25.II.1997, varredura, H.S.Santos col. (UFES). Parátipos: 4 machos, BRASIL, mesmos dados doholótipo, exceto 04.X.1996-26.VIII.1997, H.S. Santos ou C.O. Azevedocol. (UFES).

Variações. Fronte mais coriácea; série de fóveas damargem posterior do disco pronotal melhor definida.

Observações. Espécie muito similar a A. basipilosus, daqual difere por ter fóvea inferior da mesopleura aberta namargem inferior do terço posterior; pilosidade do parâmerorestrita à margem apical; dígito mais dilatado e metadedistal do edeago com margens paralelas.

Distribuição. Brasil (Espírito Santo).

23. Anisepyris angulatus sp. nov.(Figs. 17, 42, 67, 92, 146-148)

Etimologia. Latim angulatus: que tem ângulos, anguloso, em referência àangulação da margem basal do edeago.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 3,79 mm;LFW 2,34 mm.

Sistemática das espécies de Anisepyris 155

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Santos & Azevedo

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Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-oliva muito tênues; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça (Fig. 17). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 92),o primeiro com dimensões iguais às do segundo e ambosapenas um pouco maiores do que os demais. Clípeo angula-do, com carena mediana alta e arqueada vista de perfil. Osquatro primeiros segmentos antenais numa proporção de19:5:3:13; segmento III 0,50x mais longo que espesso;relação comprimento/espessura dos segmentos antenais:III+IV = 3,12x; IV = 2,50x; XI = 2,14x. Escrobo antenalcom carena muito tênue e curta. Fronte coriácea, pontuaçõesmuito pequenas e separadas 2-3x o seu diâmetro; WH 0,97xLH; WF 0,65x WH; WF 1,22x HE; WOT 0,95x OOL. Vér-tice reto, cantos arredondados. Carena ocipital parcialmentevisível em vista dorsal; VOL 0,28x HE.

Mesosomo (Fig. 42). Dorso torácico coriáceo com pon-tuações quase imperceptíveis; disco pronotal 2,32x maislargo que longo; margem lateral carenada; margem posteri-or com uma série de fóveas. Disco propodeal 1,50x maislargo que longo, com cinco carenas discais distintas e duasestrias mais tênues paralelas à carena mediana; declividadeestriada transversalmente. Mesopleura (Fig. 67) coriácea;fóvea inferior aberta na margem superior. Tíbia medianasem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,28x mais longo quelargo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 146) 1,82x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 147, 148): parâmero alargado, 1,82xmais longo que largo; margem apical larga e arredondada;margem ventral convexa; margens apical e ventral pilosas;cúspide com ramo dorsal alargado e estreitado no ápice;ramo ventral estreito e digitiforme; dígito tão longo quantoa cúspide; margem interna da volsela com uma projeçãolobular curta e alargada quando vista ventralmente; edeagotão longo quanto o dígito; metade basal dilatada e anguladapróximo à base; margem basal afilada; metade apical con-vexa, estreita e afilada em direção ao ápice.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, São Paulo, Ibitinga,cultura de seringueira, 21.IX.1988, armadilha Möricke (UFES). Parátipos:23 machos, BRASIL, 3 machos, Maranhão, 1 macho; 20.IX.1984, arma-dilha Möricke (UFES); 1 macho; 05.V.1987, armadilha Möricke (UFES); 1macho, São Luiz, Vila Maranhão, 29.IX.1992, armadilha Möricke, D.Rintena col. (INPA); 4 machos, Mato Grosso, Rondonópolis, cerrado,04.IX.1990-28.X.1991, armadilha Möricke, M.T. Tavares col. (UFES); 1macho, Distrito Federal, Brasília, 16.VII.1992, armadilha Möricke, C.O.Azevedo col. (UFES); 1 macho, Espírito Santo, Cariacica, Reserva Bioló-gica de Duas Bocas, 05.XII.1996, varredura, H.S. Santos col. (UFES); 14machos, São Paulo, 6 machos, Ibitinga, cultura de seringueira,21.IX.1988-26.VII.1989, armadilha Möricke (UFES); 1 macho, São Car-los, cerrado, 26.X.1989, armadilha de solo, N. W. Perioto col. (UFES); 7macho; Bauru, UNESP, cerrado, 28.VI.1990-06.VI.1991, S.S. Ruiz col.(UFES).

Variações. Clípeo angulado, baixo e retilíneo; escroboantenal não carenado; cabeça e dorso torácico mais coriá-ceos que o holótipo, pontuações quase imperceptíveis; tri-ângulo ocelar não tão estreito; ocelos um pouco menores;carena ocipital não visível em vista dorsal; série de fóveasda margem posterior do disco pronotal pouco definida;lateral do disco propodeal reticulada; margem posterior dafóvea superior da mesopleura curta, não continuada parabaixo sobre a fóvea inferior.

Observações. Espécie similar a A. basipilosus da qualdifere por ter o disco pronotal com duas estrias tênues pa-ralelas à carena mediana; metade basal do edeago maisangulada, ausência de cerdas na face interna do parâmero eausência do tufo de cerdas na margem interna da volsela; ede A. lobatus por ter fóvea inferior da mesopleura fechadana margem inferior e metade basal do edeago mais angula-da.

Distribuição. Brasil (Maranhão, Mato Grosso, DistritoFederal, Espírito Santo, São Paulo).

24. Anisepyris interruptus sp. nov.(Figs. 18, 43, 68, 93, 149-151)

Etimologia. Latim interruptus: interromper, em referência à fóvea inferiorda mesopleura interrompida por uma carena vertical.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 3,18 mm;

LFW 2,11 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos, com reflexos

verde-oliva muito tênues; asas anteriores hialinas.Cabeça (Fig. 18). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 93),

o primeiro com dimensões iguais as do segundo; ambosapenas um pouco maiores do que os demais. Clípeo angula-do, com carena mediana alta e arqueada vista de perfil. Osquatro primeiros segmentos antenais numa proporção de16:4:2:12; segmento III 0,43x mais longo que espesso;relação comprimento/espessura dos segmentos antenais:III+IV = 2,50x; IV = 2,12x; XI = 1,71x. Escrobo antenalnão carenado. Fronte e vértice distintamente coriáceos,pontuações quase imperceptíveis; WH 1,03x LH; WF 0,70xWH; WF 1,28x HE; WOT 1,06x OOL. Vértice um poucoconvexo, cantos arredondados; carena ocipital não visívelem vista dorsal; VOL 0,12x HE.

Mesosomo (Fig. 43). Dorso torácico distintamente cori-áceo, pontuações quase imperceptíveis; disco pronotalmuito curto, 2,75x mais largo que longo; distintamentecarenado anterior e lateralmente; série de fóveas da margemposterior ausente. Disco propodeal 1,37x mais largo quelongo, com cinco carenas discais distintas; declividade comestrias transversais distintas. Mesopleura (Fig. 68) coriácea;fóvea inferior dividida em duas por uma carena verticalestreita. Tíbia mediana pouco espinhosa acima; fêmur ante-rior 2,39x mais longo que largo. Garras tarsais trífidas;dente basal largo e triangular.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 149) 1,71x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 150, 151): parâmero alargado, 1,71xmais longo que largo; margem apical larga e arredondada;margem ventral convexa; base estreita; pilosidade ocupandoa margem apical e parte da ventral; cúspide curta; ramodorsal largo e estreitando em direção ao ápice; ramo ventralcurto e largo, com ligeiro estreitamento em direção ao ápi-ce; margem ventral do ramo ventral com duas cerdas desen-volvidas; margem ventral interna da genitália contínua àbase do ramo ventral da cúspide; dígito tão longo quanto acúspide; edeago menor que o dígito; metade basal dilatada eno formato aproximado de um coração; metade apical es-treita, com margem lateral convexa e ápice obtuso.

Sistemática das espécies de Anisepyris 157

Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, 44 (3/4), 2000

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Amazonas, Manaus,Reserva Campina, 08-19.VI.1992, armadilha adesiva, Vidal col. (INPA).Parátipos: 4 machos, mesmos dados do holótipo (INPA); 3 machos, Ama-zonas, Manaus, Reserva Ducke, 06-17.VII.1992 (INPA); 9 machos,BRASIL, 2 machos, São Paulo, cultura de seringueira, 19.X.1988, arma-dilha Möricke (UFES).

Variações. Vértice quase reto; carena mediana do clípeopouco arqueada ou reta; margem posterior do disco pronotalcom uma série de fóveas pouco definidas.

Distribuição. Brasil (Amazonas, São Paulo).

25. Anisepyris similis sp. nov.(Figs. 19, 44, 69, 94, 152-154)

Etimologia. Latim similis: semelhante, parecido, em referência à suasemelhança com A. interruptus sp. nov.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,08 mm;

LFW 2,54 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos; asas anterio-

res sub-hialinas.Cabeça (Fig. 19). Mandíbula com cinco dentes quase

iguais no tamanho, exceto o terceiro, mais curto (Fig. 94).Clípeo angulado, com uma carena mediana alta e arqueadavista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 20:5:3:12; segmento III 0,40x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,50x; IV = 2,12x; XI =1,71x. Escrobo antenal com carena muito tênue e curta,quase imperceptível e prolongada medianamente. Frontecoriácea, pontuações muito pequenas e inconspícuas; WH1,03x LH; WF 0,70x WH; WF 1,15x HE; WOT 1,06xOOL. Vértice quase reto, cantos arredondados; carena oci-pital não visível em vista dorsal; VOL 0,22x HE.

Mesosomo (Fig. 44). Dorso torácico coriáceo, pontua-ções muito pequenas e espaçadas; disco pronotal curto,2,75x mais largo que longo; distintamente carenado anteriore lateralmente; margem posterior do disco com uma série defóveas pequenas. Disco propodeal 1,37x mais largo quelongo, com cinco carenas discais distintas e duas estriasmais tênues paralelas à carena mediana; declividade comestrias transversais, sendo as do terço superior arqueadaspara cima medianamente. Mesopleura (Fig. 69) coriácea;fóvea inferior dividida em duas por uma carena verticalestreita; metade anterior irregularmente foveada. Tíbia nãoespinhosa dorsalmente; fêmur anterior 2,36x mais longo quelargo. Garras tarsais trífidas; dente basal largo e retangular.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 152) 1,57x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 153, 154): parâmero alargado, 2,30xmais longo que largo; margem apical larga e arredondada;margem dorsal retilínea; margem ventral sinuosa, estreitan-do-se em direção à base; pilosidade na margem apical e noterço distal da margem ventral; cúspide com ramo dorsallargo, estreitando-se em direção ao ápice; margem apicalobtusa; ramo ventral digitiforme; dígito tão longo quanto acúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metade basaldilatada e em forma de coração; metade apical com margensconvexas; margem apical obtusa.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Pará, Oriximiná,Alcoa, Mineração, Rio Trombetas, 07-25.X.1982, armadilha CDC Malaise,

Rafael, Binda & Vidal col. (INPA). Parátipos: 7 machos, BRASIL; 1macho; mesmos dados do holótipo (OSUC); 4 machos, Amazonas, Ma-naus, Reserva Ducke, 08.iv-17.VII.1992, armadilha Adesiva 1-10m, J.Vidal & J. Vidal col. (INPA); 2 machos, Amazonas, Manaus, ReservaCampina, 08-19.VI.1992, armadilha Adesiva, Vidal col. (INPA).

Variações. Terceiro dente da mandíbula tão longoquanto os demais; clípeo subangular, com carena medianapouco arqueada; carena do escrobo antenal mais desenvol-vida e mais longa, porém, não alcançando a margem internado olho; pontuações sobre a fronte um pouco mais distintas;notáulice não tão estreitada na extremidade proximal.

Observações. Espécie similar a A. interruptus sp. nov.da qual difere por ter vértice menos arredondado; clípeomais angulado; disco pronotal com série de fóvea na mar-gem posterior e basevolsela mais estreita.

Distribuição. Brasil (Pará, Amazonas).

26. Anisepyris bipartitus sp. nov.(Figs. 20, 45, 70, 95, 155-157)

Etimologia. Latim bipartitus: dividido em dois, bipartido, em referência àdivisão do parâmero em duas partes.Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,45 mm;

LFW 2,89 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva; asas

anteriores sub-hialinas.Cabeça (Fig. 20). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 95).

Clípeo angulado, com carena mediana alta e arqueada vistade perfil. Os quatro primeiros segmentos antenais numaproporção de 23:6:4:15; segmento III 0,75x mais longo queespesso; relação comprimento/espessura dos segmentosantenais: III+IV = 2,54x; IV = 2,09x; XI = 2,37x. Carena doescrobo antenal inconspícua e prolongada medianamente.Fronte pouco coriácea, pontuações distintas, separadas 1-3xo seu diâmetro; WH 1,05x LH; WF 0,61x WH; WF 1,11xHE; WOT 0,95x OOL. Vértice reto, cantos arredondados;carena ocipital tênue, parcialmente visível em vista dorsal;VOL 0,17x HE.

Mesosomo (Fig. 45). Dorso torácico coriáceo, pontua-ções pequenas e espaçadas; disco pronotal 2,63x mais largoque longo; carenado anterior e lateralmente; margem poste-rior com uma série de fóveas. Disco propodeal 1,52x maislargo que longo, com cinco carenas discais distintas e duasestrias muito tênues e incompletas paralelas à carena medi-ana. Mesopleura (Fig. 70) coriácea; fóvea inferior aberta namargem superior. Tíbia mediana sem espinhos dorsais;fêmur anterior 2,14x mais longo que largo. Garras tarsaistrífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 155) 1,69x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 156, 157): parâmero profundamentebifurcado, formando dois ramos estreitos; ramo dorsal 0,60xo comprimento do ramo ventral, com uma cerda apicalmuito longa; ramo ventral longo e com diversas cerdas noterço apical; cúspide com ramo dorsal pouco alargado, es-treitando-se em direção ao ápice; ramo ventral digitiforme;base da cúspide com duas cerdas; dígito tão longo quanto acúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metade basaldilatada e em forma de coração; metade apical estreita, com

Santos & Azevedo

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margem apical arredondada; margem interna da volsela comquatro cerdas.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Amazonas, Manaus,Reserva Ducke, 06-17.VII.1992, armadilha adesiva 10 m, J. Vidal & J.Vidal col. (INPA). Parátipos: 9 machos, BRASIL, 1 macho, Pará, Ourém,Fazenda Gavião Real, 30-31.V.1992, armadilha de luz, B. Mascarenhascol. (MPEG); 1 macho, Amazonas, AM010 (hmy) km 50 de Manaus,04.IX.1983, N.F. Johnson col. (OSUC); 2 machos, Amazonas, Manaus,Reserva 1208, 26.XI.1986-03.XII.1986, armadilha Malaise, B. Klein col.(INPA); 3 machos, Amazonas, Manaus, Reserva Ducke, 06-25.VII.1992,armadilha adesiva 1-2 m, J. Vidal & J. Vidal col. (INPA); 2 machos, MatoGrosso, Sinop, II.1956, varredura, O. Roffa col. (CNCI).

Variações. Terceiro dente da mandíbula mais curto queos demais; triângulo ocelar um pouco mais alargado; vérticecôncavo; carena ocipital não visível em vista dorsal; ramodorsal do parâmero dilatado no ápice e com 2-3 cerdasmuito longas e distintas; base da cúspide com 1 cerda.

Observações. Genitália similar à de A. bifidus, cujoparâmero é profundamente bifurcado, porém, sem a curva-tura acentuada da extremidade distal do ramo dorsal.

Distribuição. Brasil (Pará, Amazonas, Mato Grosso).

27. Anisepyris breviramus sp. nov.(Figs. 21, 46, 71, 96, 158-160)

Etimologia. Latim brevis: breve, curto + ramus: ramo, em referência aoramo dorsal do parâmero da genitália que é muito curto.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,32 mm;LFW 2,73 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-oliva; asasanteriores sub-hialinas.

Cabeça (Fig. 21). Mandíbula com cinco dentes (Fig. 96).Clípeo angulado, com carena alta e arqueada vista de perfil.Os quatro primeiros segmentos antenais numa proporção de25:6:4:14; segmento III 0,55x mais longo que espesso;relação comprimento/espessura dos segmentos antenais:III+IV = 2,80x; IV = 2,20x; XI = 2,67x. Escrobo antenalcom carena distinta, porém, não alcançando a margem in-terna do olho. Fronte coriácea, pontuações pequenas e sepa-radas 1-3x o seu diâmetro; WH 1,01x LH; WF 0,62x WH;WF 1,13x HE; WOT 0,85x OOL. Vértice quase reto, cantosarredondados; carena ocipital parcialmente visível em vistadorsal; VOL 0,20x HE.

Mesosomo (Fig. 46). Dorso torácico coriáceo, pontua-ções muito pequenas; disco pronotal 2,61x mais largo quelongo; carenado anterior e lateralmente; margem posteriorcom uma série de fóveas. Disco propodeal 1,70x mais largoque longo, com cinco carenas discais distintas e duas estriasmais tênues e incompletas paralelas à carena mediana. Me-sopleura (Fig. 71) coriácea; fóvea inferior aberta na margemsuperior do terço posterior. Tíbia mediana sem espinhosdorsais; fêmur anterior 2,23x mais longo que largo. Garrastarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 158) 1,16x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 159, 160): parâmero bifurcado; ramodorsal muito curto com duas cerdas muito longas no ápice;ramo ventral estreito e recurvado medianamente; ápiceagudo; pilosidade restrita à margem pré-apical; terço basallargo; cúspide com ramos dorsal e ventral estreitos e longos,largamente separados um do outro; dígito tão longo quanto

a cúspide; edeago tão longo quanto o dígito; metade basaldilatada e em forma de coração; metade apical estreita elonga, com margens laterais paralelas e ápice obtuso; mar-gem interna da volsela com sete cerdas curtas.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Amazonas, Manaus,Reserva Ducke, 06-17.VII.1992, armadilha adesiva 1 m, J. Vidal col.(INPA). Parátipos: 2 machos, mesmos dados do holótipo (INPA).

Observações. Espécie similar a A. bifidus, da qualdifere por ter base do parâmero alargada; ramo ventralmuito curto; metade distal do edeago com margens parale-las.

Distribuição. Brasil (Amazonas).

28. Anisepyris indivisus sp. nov.(Figs. 22, 47, 72, 97, 161-163)

Etimologia. Latim indivisus: indiviso, não dividido, em referência aoparâmero da genitália ser inteiro.

Descrição. Holótipo: macho; comprimento 4,70 mm;LFW 2,59 mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico pretos com reflexosverde-oliva escuros; asas anteriores castanho-claras.

Cabeça. (Fig. 22). Mandíbula com cinco dentes (Fig.97). Clípeo angulado, com carena mediana alta e arqueadavista de perfil. Os quatro primeiros segmentos antenaisnuma proporção de 22:5:3:13; segmento III 0,50x maislongo que espesso; relação comprimento/espessura dossegmentos antenais: III+IV = 2,55x; IV = 2,11x; XI =2,28x. Carena do escrobo antenal prolongada medianamentee para atrás até a margem interna do olho. Fronte coriácea,pontuações pequenas e separadas 1-3x o seu diâmetro; WH1,01x LH; WF 0,63x WH; WF 1,13x HE; WOT 0,85xOOL. Vértice reto, cantos arredondados; carena ocipitaltênue, parcialmente visível em vista dorsal; VOL 0,20x HE.

Mesosomo (Fig. 47). Dorso torácico mais coriáceo doque a fronte, pontuações pequenas e espaçadas; disco pro-notal 2,75x mais largo que longo; distintamente carenadoanterior e lateralmente; margem posterior com uma série defóveas pouco definidas. Disco propodeal 1,60x mais largoque longo, com cinco carenas discais distintas e duas estriasmais tênues paralelas à carena mediana. Mesopleura (Fig.72) coriácea; fóvea inferior aberta no terço mediano. Tíbiamediana sem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,35x maislongo que largo. Garras tarsais trífidas.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 161) 1,46x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 162, 163): parâmero 2,83x maislongo que largo; base e ápice estreitados; margem dorsalangulada no terço distal, com duas cerdas longas junto àangulação; margem ventral recurvada; pilosidade restrita àmargem apical; cúspide com ramo dorsal estreitado e afila-do em direção ao ápice; ramo ventral digitiforme; dígito tãolongo quanto a cúspide; edeago tão longo quanto o dígito;metade basal dilatada em forma de coração; metade apicalestreita e longa, pouco mais alargada em direção ao ápice;margem apical obtusa; margem interna da volsela com seiscerdas.

Material examinado. Holótipo: macho, BRASIL, Acre, Parque Nacio-nal Serra do Divisor, Norte-9, 20-21.XI.1996, armadilha Malaise, E.F.

Sistemática das espécies de Anisepyris 159

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Morato col. (UFES). Parátipos: 5 machos, mesmos dados do holótipo,(UFES, UFAC).

Variações. Disco propodeal com estrias transversais umpouco mais numerosas; fóvea inferior da mesopleura compequenas fóveas.

Observações. Embora não o tendo parâmero bifurcadocomo nas espécies A. bifidus, A. trinitatis, A. bipartitus e A.breviramus, é provável que A. indivisus seja mais similar aestas espécies do que a qualquer outra do grupo proteuscom parâmero inteiro. Nas espécies de parâmero bifurcado,as cerdas da margem apical do ramo dorsal são isoladas dasdiversas cerdas do ramo ventral em função da invaginação.Em A. indivisus, cujo parâmero não é bifurcado, observa-seque as cerdas sobre a angulação da margem dorsal encon-tram-se largamente isoladas das demais cerdas da margemapical.

Distribuição. Brasil (Acre).

Grupo de Espécies venustus

Neste estudo foram analisadas somente 2 espécies co-nhecidas, sendo um dos machos descrito pela primeira vez.Os caracteres apresentados pelos espécimes têm corrobora-do com aqueles fornecidos por EVANS (1966) para a defini-ção do grupo.

As espécies estudadas apresentam cabeça e dorso toráci-co verde-escuros com reflexos dourados; porção ventral dotórax verde-oliva e lateral preta ou verde-azulada; propódeopreto ou verde com reflexos dourados, lateral verde-azulada; Metasomo preto com ápice castanho; palpos casta-nhos-claros; mandíbula preta com ápice castanho; antenascastanho-claras; escapo antenal preto ou castanho; coxaspretas, castanhas, esverdeadas ou azuladas; trocanterescastanho-claros; fêmures pretos; tíbias e tarsos castanho-claros; asas anteriores castanhas ou sub-hialinas, escurecidaao redor da nervura radial; mesopleura verde-oliva comreflexos dourados.

O grupo venustus é composto por 3 espécies distri-buídas do México ao Brasil (Amazonas). Com este estudo,sua distribuição geográfica no Brasil é ampliada para osEstados do Pará e Acre.

29. Anisepyris eganellus (Westwood, 1874)(Figs, 23, 24, 48, 49, 73, 74, 98, 99, 164-166)

Epyris eganellus WESTWOOD, 1874:160.Rhabdepyris eganellus KIEFFER, 1906b, in ANDRÉ, 9:375.Anisepyris eganellus KIEFFER, 1907:10; 1914:443; EVANS, 1964:99; DE

SANTIS, 1980:329 (catálogo); GORDH & MÓCZÁR, 1990:64 (catálogo).

A. eganellus é conhecida somente pelo holótipo fêmeado Amazonas, Brasil. O macho é descrito aqui pela primeiravez.

Descrição. Macho; comprimento 6,27 mm; LFW 4,23 mm.Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-escuros com

reflexos dourados; lateral do protórax preta e porção ventralverde; mesopleura e pleurosterno verde-oliva com reflexosdourados; asas anteriores sub-hialinas, pouco escurecidas aoredor da nervura radial.

Cabeça (Figs. 23, 24). Mandíbula com cinco dentes (Fig.98), quarto e quinto parcialmente fundidos. Clípeo arredon-dado; carena mediana arqueada. Os quatro primeiros seg-mentos antenais numa proporção de 37:11:6:26; segmentoIII 0,50x mais longo que espesso; relação comprimen-to/espessura dos segmentos antenais: III+IV = 2,69x; IV =2,19x; XI = 3,33x. Escrobo antenal com carena conspícua,prolongada medianamente e para atrás até a margem internado olho, porém sem alcançá-la. Fronte pouco coriácea;pontuações pouco distintas, porém conspícuas, separadas 3-4x o seu diâmetro; WH 1,14x LH; WF 0,62x WH; WF1,19x HE; WOT 0,80x OOL. Vértice reto, cantos arredon-dadas; carena ocipital não visível em vista dorsal; VOL0,22x HE.

Mesosomo (Fig. 48). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações como na fronte, porém, mais espaçadas; discopronotal 2,30x mais largo que longo; carenas anterior elateral nítidas; margem posterior do disco com uma série defóveas inconspícua. Disco propodeal 1,84x mais largo quelongo, com cinco carenas nítidas; declividade com estriastransversais na porção inferior, as da porção superior muitotênues e arqueadas. Mesopleura (Fig. 73) pouco coriácea,com três fóveas grandes e outra menor anteriormente; fóveainferior dividida, porção anterior fechada e posterior aberta.Tíbia mediana sem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,26xmais longo que largo. Garras tarsais trífidas e desenvolvi-das.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 164) 1,86x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 165, 166): parâmero 3,47x maislongo que largo; margem ventral e dorsal um tanto parale-las; ápice arredondado; base estreitada e aguda; pilosidaderestrita ao ápice; cúspide com ramo dorsal largo e unifor-memente afilado em direção ao ápice; ápice com quatrocerdas; ramo ventral digitiforme, com cerdas esparsas aolongo da margem ventral; edeago alongado; metade anteriordilatada, estreitando-se em direção à base; metade posteriorafilada, com lados paralelos e pouco divergentes no ápice.

Material examinado. BRASIL: 1 macho, Pará, Boca do Cuminá-Miri,04-05.X.1969, Exp. Perm. Amaz. (MZSP); 3 fêmeas, Pará, Tefé, 11-15.VI.1906, Ducke col. (MPEG).

Variações. Vértice muito côncavo.Distribuição. Brasil (Pará, Amazonas).

30. Anisepyris smithanus (Westwood, 1874)(Figs. 25, 50, 75, 100, 167-169)

Epyris smithanus WESTWOOD, 1874:160?Epyris fabricii WESTWOOD, 1874:161Epyris smithiana DALLA TORRE, 1898, 5:554.?Anisepyris luteipes KIEFFER, 1905:97.Chlorepyris smithianus [sic]: KieFfer, 1913:108; 1914: 416.Anisepyris fabricii KIEFFER, 1914: 443.Anisepyris smithianus [sic]: EVANS, 1964:100; DE SANTIS, 1980:330(catálogo).Anisepyris smithanus EVANS, 1966:11, 15, 117-118; GORDH & MÓCZÁR,1990:68 (catálogo).

Segundo EVANS (1966), a fêmea desta espécie não temsido registrada desde a sua descrição original, embora sejapossível que a fêmea de A n i s e p y r i s a u r i c h a l c e u s(Westwood, 1874), a qual KIEFFER (1905, 1914) relatou para

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Trinidad, seja A. smithanus. O macho da espécie é aquiredescrito.

Redescrição. macho; comprimento 6,0 mm; LFW 3,86mm.

Coloração. Cabeça e dorso torácico verde-escuros comreflexos dourados; lateral e porção ventral do protórax ver-de-azulados; mesopleura e pleurosterno verdes com reflexosdourados; disco propodeal verde com reflexo dourado in-tenso; lateral do propódeo e declividade verde-azulados;coxa anterior azulada e posterior esverdeada; asas anteriorescastanhas, principalmente ao redor da nervura radial.

Cabeça (Fig. 25). Mandíbula com cinco dentes curtos(Fig. 100). Clípeo arredondado; carena mediana arqueada.Os quatro primeiros segmentos antenais numa proporção de30:10:5:23; segmento III 0,60x mais longo que espesso;relação comprimento/espessura dos segmentos antenais:III+IV = 2,29x; IV = 1,20x; XI = 1,36x. Carena do escroboantenal conspícua, prolongada medianamente e para atrásem direção à margem interna do olho até cerca da metadedo comprimento ocular; margem posterior da carena escro-bal com um sulco foveolado em toda a sua extensão. Frontepouco coriácea, pontuações distintas e separadas 1-2x o seudiâmetro; WH 1,14x LH; WF 0,54x WH; WF 1,22x HE;WOT 0,88x OOL. Vértice quase reto, cantos arredondados;carena ocipital não visível em vista dorsal; VOL 0,25x HE.

Mesosomo (Fig. 50). Dorso torácico pouco coriáceo;pontuações pequenas e mais amplamente espaçadas do queas da fronte; disco pronotal 2,37x mais largo que longo;carena transversal anterior distinta; carena lateral completae nítida. Disco propodeal 1,72x mais largo que longo, comcinco carenas discais conspícuas; declividade com estriastransversais distintas na metade inferior, metade superiorcom estrias irregulares. Mesopleura (Fig. 75) com três fóve-as grandes e um menor anterior arredondada; fóveas separa-das por carenas conspícuas; fóvea posterior com ângulosuperior elevado até uma protuberância rômbica. Tíbiamediana sem espinhos dorsais; fêmur anterior 2,43x maislongo que largo. Garras tarsais trífidas; dente basal longo eangulado; mediano largo, pontiagudo e maior do que osdemais; apical fino e pontiagudo.

Metasomo. Hipopígio (Fig. 167) 1,51x mais largo quelongo. Genitália (Figs. 168, 169): parâmero 3,27x maislongo que largo; margens ventral e dorsal quase paralelas;ápice arredondado; margem anterior estreitada próximo àbase; pilosidade restrita ao ápice e à margem apical anterior;base com uma dilatação oblonga em vista dorsal; cúspidecom ramos dorsal e ventral fundidos; base larga, estreitan-do-se em direção ao ápice; margem ventral da cúspide comtufo de cerdas no ápice, cinco cerdas na região intermediáriae um tufo de cerdas na base; edeago relativamente fino ealongado, ultrapassando o dígito; metade basal dilatada eoval; metade apical estreita, os lados paralelos e com oápice pouco divergente.

Material examinado. BRASIL: 1 fêmea, Pará, Rod. Peritoró, Bragan-ça, Cacoal, Km 13; 08-19.VI.1987, armadilha de intercepção, isca banana efezes, N. Degallier col. (MPEG). BRASIL: 4 machos, Acre, Parque Naci-onal Serra do Divisor, Norte, 9, 20-21.XI.1996, armadilha Malaise, E. F.Morato col. (UFES).

Distribuição. Brasil (Pará, Acre).

Chave para machos das espécies de Anisepyris do Brasil

1. Terceiro segmento antenal obscuro, quase imper-ceptível (Fig. 8), no máximo 0,10x mais longoque espesso; escrobo antenal com carena cons-pícua estendendo-se para atrás sobre a margeminterna do olho até próximo ao seu topo (grupocolumbianus) ................................................... 2

Terceiro segmento antenal distinto, pelo menos0,15x mais longo que espesso; escrobo antenalse carenado, não como acima .......................... 3

2(1). Disco pronotal distintamente coriáceo; fóvea inferi-or da mesopleura dividida por uma carena ver-tical estreita; edeago curto e largo; lobos davolsela curtos ........................ A. nigripes Evans

Disco pronotal pouco coriáceo; fóvea inferior damesopleura não dividida e aberta no terço me-diano superior (Fig.58); parâmero largo e arre-dondado no ápice, pilosidade restrita ao terçoapical (Fig. 120) .............. A. carinatus sp. nov.

3(1). Segmentos antenais III+IV no máximo 3,90 x maislongo que espesso ........................................... 5

Segmentos antenais III+IV pelo menos 4,00 xmais longo que espesso; espécies usualmentegrandes; cabeça e tórax com coloração metálica(grupo amazonicus) ......................................... 4

4(3). Fóvea inferior da mesopleura fechada e dividida poruma carena vertical (Figs. 56, 57); parâmerolongo, pilosidade restrita ao ápice (Fig. 117);margem interna da cúspide com duas cerdasapicais; margem interna da volsela com proje-ção lobular distinta e alongada (Fig. 118) ................................................. A. semiviridis sp. nov.

Fóvea inferior da mesopleura não dividida poruma carena vertical (Fig. 55); parâmero longo efino (Fig. 114); base do dígito com 3-4 cerdaspequenas ............... A. amazonicus (Westwood)

5(3). Segmentos antenais III+IV no máximo 2,91x maislongo que espesso; disco pronotal no máximo2,32x mais largo que longo, não carenado late-ralmente; se carenado, carena incompleta nametade posterior (grupo aeneus) ..................... 6

Segmentos antenais III+IV 2,08-3,90x mais lon-go que espesso; disco pronotal 1,88-3,23x maislargo que longo, carenado lateralmente .......... 9

6(5). Margem posterior do disco pronotal com uma sériede fóveas (Figs. 27-29); margem lateral do hi-popígio reta (Figs. 104, 107, 110); parâmeropelo menos 2,80x mais longo que largo .......... 7

Margem posterior do disco pronotal sem série defóveas (Fig. 26); margem lateral do hipopígiosinuosa (Fig. 101); parâmero muito largo, nomáximo 1,70x mais longo que largo (Fig. 102)........................................... A. robustus sp. nov.

Sistemática das espécies de Anisepyris 161

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7(6). Tíbia mediana sem espinhos dorsais na metadedistal; parâmero com um dente pré-basal e umaprofunda depressão na margem basal ventral(Fig. 105) .......................... A. jandirae sp. nov.

Tíbia mediana com espinhos dorsais inconspí-cuos sobre a metade distal; parâmero sem dentepré-basal ou depressão na margem basal ventral(Fig. 108) ......................................................... 8

8(7). Parâmero 3,38x mais longo que largo, base estrei-ta; pilosidade restrita aos dois terços apicais(Fig.108) ......................... A. punctatus sp. nov.

Parâmero 3,64x mais longo que largo, base alar-gada; pilosidade restrita ao ápice (Fig.111) .............................................. A. longimerus sp. nov.

9(5). Cabeça relativamente larga, WH cerca de 1,14x LH(grupo venustus) ............................................ 10

Cabeça aproximadamente tão longa quanto larga,WH 0,94-1,11x LH (grupo proteus) ............. 11

10(9). Pontuações da fronte separadas 3-4x o seu diâmetro;margem posterior do disco pronotal com umasérie de fóveas (Figs. 48, 49); disco propodealpreto; parâmero estreitado apicalmente (Fig.165); cúspide bifurcada; edeago com margemapical reta (Fig. 166) .A. eganellus (Westwood)

Pontuações da fronte separadas 1-2x o seu diâ-metro; margem posterior do disco pronotal semsérie de fóveas (Fig. 50); disco propodeal verdecom reflexo dourado; parâmero alargado noápice, cúspide com ramos dorsal e ventral fun-didos (Fig. 168); edeago com margem apicalarredondada (Fig. 169).......................................................................... A. smithanus (Westwood)

11(9). Fóvea inferior da mesopleura dividida por umacarena vertical (Figs. 68, 69) ........................... 12Fóvea inferior da mesopleura não dividida ...... 13

12(11). Escrobo antenal não carenado; tíbia mediana comespinhos dorsais inconspícuos; parâmero commargem ventral convexa; cúspide com ramoventral curto e largo (Fig. 150), a base contínuacom a margem ventral interna da genitália (Fig.151) .............................. A. interruptus sp. nov.

Escrobo antenal com carena inconspícua e curta,não alcançando a margem interna do olho; tíbiamediana sem espinhos dorsais; parâmero commargem ventral sinuosa; cúspide com ramoventral mais estreitado, digitiforme (Fig. 153),base não contínua com a margem ventral inter-na da genitália (Fig. 154) ..... A. similis sp. nov.

13(11). Fóvea inferior da mesopleura fechada (Fig. 59);parâmero largo, 1,55x mais longo que largo,margem dorsal distintamente angulada próximoà base (Fig. 123) .............. A. brasiliensis Evans

Fóvea inferior da mesopleura aberta na margemsuperior; genitália não como acima .............. 14

14(13). WF no máximo 0,64x WH; fóvea inferior da meso-pleura aberta na margem inferior; tíbia mediananão espinhosa dorsalmente ........................... 15

WF/WH variável; fóvea inferior da mesopleurafechada; tíbia mediana espinhosa ou não dor-salmente ........................................................ 16

15(14). Cabeça e tórax de cor variável; mandíbula comcinco dentes de comprimento aproximadamenteiguais (Fig. 91); WH no máximo 1,00x LH; WFno máximo 1,18x HE; segmento antenal III+IVpelo menos 2,67x mais longo que espesso; pa-râmero 3,33x mais longo que largo (Fig. 144);margem interna da volsela com projeção lobu-lar curta e larga (Fig. 145) .. A. lobatus sp. nov.

Cabeça e tórax pretos; primeiro dente da mandí-bula distintamente maior do que os demais(Fig. 85); WH pelo menos 1,04x LH; WF pelomenos 1,20x HE; segmento antenal III+IV nomáximo 2,56x mais longo que espesso; parâme-ro estreito, 4,28x mais longo que largo, mar-gens dorsal e ventral sinuosas e paralelas (Fig.126); margem interna da volsela sem projeçãolobular (Fig. 127) ............... A. pollicis sp. nov.

16(14). Disco pronotal não carenado lateralmente .......... 17Disco pronotal carenado lateralmente ou pelomenos na metade anterior ................................ 18

17(16). Margem posterior do disco pronotal sem série defóveas; parâmero estreito e clavado apicalmente........................................ A. pallidicornis Evans

Margem posterior do disco pronotal com uma sé-rie de fóveas conspícuas; parâmero não clavadoapicalmente .................. A. peruvianus (Kieffer)

18(16). Parâmero bifurcado, formando dois ramos estreitose distintos (Figs. 156, 159); ramo dorsal comuma ou mais cerdas longas no ápice ............. 19

Parâmero não bifurcado; cerdas do parâmero nãocomo acima ...................................................... 22

19(18). Parâmero com base larga, ramo dorsal curto e comduas cerdas longas (Fig.159) .................................................................... A. breviramus sp. nov.

Parâmero com base estreita, ramo dorsal longo,cerdas variáveis (Fig.. 156) .............................. 20

20(19). Fronte distintamente coriácea; ramo ventral doparâmero dilatado distalmente, ramo dorsalcom 2 ou mais cerdas longas no ápice; volselacom duas cerdas longas na base da cúspide ecinco curtas na base do dígito .... A. trinitatis Evans

Fronte pouco coriácea; ramo ventral do parâmeronão dilatado distalmente, ramo dorsal com 1-3cerdas longas no ápice .................................. 21

21(20). Extremidade apical do ramo ventral do parâmerorecurvada medianamente; margem interna davolsela com sete cerdas curtas e robustas................................................. A. bifidus Evans

Extremidade apical do ramo ventral do parâmeronão recurvada medianamente; margem internada volsela com quatro cerdas distintas (Figs.156, 157) ........................ A. bipartitus sp. nov.

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22(18). Escrobo antenal com carena conspícua, prolongadamedianamente e para atrás até a margem inter-na do olho (Fig. 13) ....................................... 23

Escrobo antenal com carena tênue ou ausente,não alcançando a margem interna do olho........................................................................ 24

23(22). Cabeça mais larga do que longa (Fig. 22), WH1,01-1,04x LH; quarto segmento antenal 2,11-2,50x mais longo que espesso; disco propodeal1,53-1,71x mais largo que longo; VOL 0,17-0,21x HE; parâmero afilado no ápice, margemdorsal angulada no terço distal e com duas cer-das longas sobre a angulação, pilosidade restritaao ápice (Fig. 162) .......... .A. indivisus sp. nov.

Cabeça aproximadamente tão longa quanto larga(Fig. 13), WH 0,94-1,00x LH; quarto segmentoantenal 2,50-2,91x mais longo que espesso;disco propodeal 1,29-1,55x mais largo que lon-go; VOL 0,23-0,35x HE; parâmero com ápicelargo e arredondado, pilosidade restrita às mar-gens apical e ventral (Fig. 135) ................................................................... A. tuberosus sp. nov.

24(22). Carena ocipital visível amplamente em visão dor-sal; parâmero largo e subtruncado no ápice;volsela com seis cerdas na base do dígito e cús-pide .................................... A. cariniceps Evans

Carena ocipital visível ou não em vista dorsal;genitália não como acima ................................ 25

25(24). Cabeça e dorso torácico verde-oliva; fronte compontuações distintas e separadas 3-5x o seu di-âmetro; parâmero estreito, 3,08-4,33x maislongo que largo ............................................. 26

Cabeça e dorso torácico pretos ou com reflexoverde-oliva muito tênues; fronte com pontua-ções pequenas ou obscuras, separadas 1-3x seupróprio diâmetro; parâmero alargado, 1,77-2,30x mais longo que largo ........................... 27

26(25). Segmento antenal III+IV 2,08-2,36x mais longoque espesso; WF 1,22-1,32x HE; disco pronotal2,14-2,27x mais largo que longo; tíbia medianasem espinhos dorsais; parâmero cerca de 3,08xmais longo do que largo (Fig. 138) ................................................................... A. rectus sp. nov.

Segmento antenal III+IV 2,55-2,80x mais longoque espesso; WF 1,05-1,13x HE; disco pronotal2,29-2,48x mais longo que largo; tíbia medianacom espinhos dorsais; parâmero estreito, cercade 4,33x mais longo que largo (Fig. 129) ....................................................... A. strictus sp. nov.

27(25). Cabeça 0,91-0,94x mais larga que longa; face in-terna do parâmero com 3-4 cerdas longas (Fig.141); base da volsela com um tufo de cerdascurtas e eretas (Fig. 142) .... A. basipilosus sp. nov.

Cabeça 0,95-1,07x mais larga que longa; parâme-ro e volsela não como acima ............................ 28

28(27). Fronte pouco a moderadamente coriácea; parâmerolargo e subtriangular (Fig.132) ..................... 29

Fronte coriácea a distintamente coriácea; parâme-ro menos alargado e mais alongado do queacima ............................................................. 30

29(28). Margem posterior do disco pronotal com uma sériede fóveas pouco definidas ou ausentes; parâme-ro largo e arredondado na margem proximalventral (Fig. 132); margem interna da volselacom dois dentes largos em vista ventral (Fig.133) ................................... A. dentatus sp. nov.

Margem posterior do disco pronotal com uma sé-rie de fóveas bem desenvolvidas; parâmero nãoangulado na margem proximal ventral; margeminterna da volsela com cerca de cinco cerdasrobustas ........................ A. bogotensis (Kieffer)

30(28). Disco propodeal 1,51-1,86x mais largo que longo;mesopleura brilhante, pouco coriácea; parâmeroalongado, alargado medianamente e com diver-sas cerdas ao redor ................. A. proteus Evans

Disco propodeal 1,08-1,54x mais largo que lon-go; mesopleura coriácea; genitália não comoacima ............................................................. 31

31(30). Fronte distintamente coriácea, pontuações obscu-ras; parâmero com ápice obtuso, pilosidaderestrita ao terço apical ......... A. delicatus Evans

Fronte coriácea, pontuações pequenas; parâmerocom ápice largo e arredondado, pilosidade nasmargens apical e ventral (Fig.147) .............................................................. A. angulatus sp. nov.

Key to males of Brazilian species of Anisepyris:

1. Antennal segment III obscure, nearly imperceptible(Fig. 8), at most 0.10x as long as thick; anten-nal scrobe with a conspicuous carina extendingbackward over the inner margin of the eye up toits top (columbianus group) ............................ 2

Antennal segment III distinct, at least 0.15x aslong as thick; antennal scrobe if carinate, not asabove ............................................................... 3

2(1). Pronotal disc distinctly coriaceous; lower meso-pleural fovea divided by a thin vertical carina;aedeagus short and wide; lobes of volsella short............................................... A. nigripes Evans

Pronotal disc weakly coriaceous; lower meso-pleural fovea not divided, open on the uppermedian third (Fig. 58); apex of paramere wideand rounded, pubescence restricted at apicalthird (Fig. 120) ................ A. carinatus sp. nov.

3(1). Antennal segments III+IV at most 3.9x as long asthick ................................................................. 5

Antennal segments III+IV at least 4.0x as long asthick; specimens usually large; head and thoraxwith metallic color (amazonicus group) ......... 4

4(3). Lower mesopleural fovea enclosed and divided bya vertical carina (Figs. 56, 57); paramere long,pubescence restricted to the apex (Fig. 117);inner margin of cuspis with two apical setae;

Sistemática das espécies de Anisepyris 163

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inner margin of volsella with a distinct andelongate lobular projection (Fig. 118) ...................................................... A. semiviridis sp. nov.

Lower mesopleural fovea not divided (Fig. 55);paramere long and thin; base of digitus with 3-4small setae (Figs. 114, 115) ........................................................... A. amazonicus (Westwood)

5(3). Antennal segments III+IV at most 2.91x as long asthick; pronotal disc at most 2.32x as wide aslong, not carinate laterally; if carinate, carinaincomplete at posterior half (aeneus group) ... 6

Antennal segments III+IV 2.08-3.90x as long asthick; pronotal disc 1.88-3.23x as wide as long,carinate laterally .............................................. 9

6(5). Posterior margin of pronotal disc with a series offoveae (Figs. 27-29); lateral margin of hypo-pigium straight (Figs. 104, 107, 110); paramereat least 2.8x as long as wide ............................ 7

Posterior margin of pronotal disc without the se-ries of foveae (Fig. 26); lateral margin of hypo-pigium sinuous (Fig. 101); paramere very wide,at most 1.7x as long as wide (Fig. 102) ........................................................ A. robustus sp. nov.

7(6). Median tibia without dorsal spines on the distalhalf; paramere with a pre-basal tooth and a deepdepression in the basal ventral margin (Fig.105) ................................... A. jandirae sp. nov.

Median tibia with inconspicuous dorsal spines onthe distal half; paramere without pre-basal tooth(Fig. 108) ......................................................... 8

8(7). Paramere 3.38x as long as wide, base narrow; pu-bescence restricted at the two apical third(Fig.108) ......................... A. punctatus sp. nov.

Paramere 3.64x as long as wide, base widened;pubescence restricted to the apex (Fig.111) .............................................. A. longimerus sp. nov.

9(5). Head relatively wide, WH about 1.14x LH (venus-tus group) ...................................................... 10

Head about as long as wide, WH 0.94-1.11x LH(proteus group) ................................................ 11

10(9). Punctures of frons separated by 3-4x their diame-ters; posterior margin of pronotal disc with aseries of foveae (Figs. 48, 49); propodeal discblack; paramere narrowed apically (Fig. 165);cuspis bifurcated; aedeagus with apical marginstraight (Fig. 166) ..... A. eganellus (Westwood)

Punctures of frons separated by 1-2x their di-ameters; posterior margin of pronotal discwithout series of foveae (Fig. 50); propodealdisc green with reflection aeneous; paramerewidened at apex, cuspis with dorsal and ventralrami joined (Fig. 168); aedeagus with marginapical rounded (Fig. 169) ..................................................................... A. smithanus (Westwood)

11(9). Lower mesopleural fovea divided by a verticalcarina (Figs. 68, 69) ......................................... 12Lower mesopleural fovea not divided ............. 13

12(11). Antennal scrobe not carinate; median tibia withinconspicuous dorsal spines; paramere withventral margin convex; cuspis with ventral ra-mus short and wide (Fig. 150), base joined tobasivolsella (Fig. 151) .. A. interruptus sp. nov.

Antennal scrobe with carina inconspicuous andshort, not reaching the inner margin of eye;median tibia without dorsal spines; paramerewith ventral margin sinuous; cuspis with ven-tral ramus narrower, digitiform (Fig. 153), basenot joined to basivolsella (Fig. 154) ................................................................ A. similis sp. nov.

13(11). Lower mesopleural fovea enclosed (Fig. 59);paramere wide, 1.55x as long as wide, dorsalmargin distinctly angled close to the base (Fig.123) ................................. A.. brasiliensis Evans

Lower mesopleural fovea open on the upper mar-gin; genitalia not as above ............................... 14

14(13). WF at most 0.64x WH; lower mesopleural foveaopen on the lower margin; median tibia not spi-nose dorsally ................................................. 15

WF/WH variable; lower mesopleural fovea en-closed; median tibia either spinose or not dor-sally ............................................................... 16

15(14). Head and thorax with variable color; mandible withfive teeth subequal in length (Fig. 91); WH atmost 1.0x LH; WF at most 1.18x HE; antennalsegments III+IV at least 2.67x as long as thick;paramere 3.33x as long as wide (Fig. 144); in-ner margin of volsella with lobular projectionshort and wide (Fig. 145) ... A. lobatus sp. nov.

Head and thorax black; first tooth of mandibledistinctly larger (Fig. 85); WH at least 1.04xLH; WF at least 1.20x HE; antennal segmentsIII+IV at most 2.56x as long as thick; paramerenarrow, 4.28x as long as wide, dorsal and ven-tral margins sinuous and parallel (Fig. 126); in-ner margin of volsella without lobular projec-tion (Fig. 127) ..................... A. pollicis sp. nov.

16(14). Pronotal disc not carinate laterally ...................... 17Pronotal disc carinate laterally or at least on theanterior half ...................................................... 18

17(16). Posterior margin of pronotal disc without series offoveae; paramere narrow and claviform apically........................................ A. pallidicornis Evans

Posterior margin of pronotal disc with a series offoveae conspicuous; paramere not claviformapically ........................ A. peruvianus (Kieffer)

18(16). Paramere bifurcated, with two rami narrow anddistinct (Figs. 156, 159); dorsal ramus with oneor more setae in the apex .............................. 19

Paramere not bifurcated, setae not as above .... 22

Santos & Azevedo

Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, 44 (3/4), 2000

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19(18). Paramere with base wide, dorsal ramus short andwith two long setae (Fig.159) .................................................................. A. breviramus sp. nov.

Paramere with base narrow, dorsal ramus long,setae variable ................................................... 20

20(19). Frons distinctly coriaceous; ventral ramus ofparamere dilated distally, dorsal ramus with 2or more long setae in the apex; volsella withtwo long setae in the base of cuspis and fiveshort setae in the base of digitus ....................................................................... A. trinitatis Evans

Frons weakly coriaceous; ventral ramus ofparamere not dilated distally, dorsal ramus with1-3 long setae in the apex .............................. 21

21(20). Apical tip of ventral ramus of paramere curvedmedially; inner margin of volsella with sevensetae short and thick ................ A. bifidus Evans

Apical tip of ventral ramus of paramere notcurved medially; inner margin of volsella withfour setae (Figs. 156, 157) ... .A. bipartitus sp. nov.

22(18). Antennal scrobe with carina conspicuous, elongatemedially backward up to the inner margin ofeye (Fig. 13) .................................................. 23

Carina of antennal scrobe weak or absent, notreaching the inner margin of eye ..................... 24

23(22). Head as wide as long (Fig. 22), WH 1.01-1.04xLH; VOL 0.17-0.21x HE; antennal segment IV2.11-2.50x as long as thick; propodeal disc1.53-1.71x as wide as long; paramere thin api-cally, dorsal margin angled on the distal thirdand with two long setae on the angle, pubes-cence restricted to the apex (Fig. 162) ......................................................... A. indivisus sp. nov.

Head nearly as long as wide (Fig. 13), WH 0.94-1.00x LH; VOL 0.23-0.35x HE; antennal seg-ment IV 2.50-2.91x as long as thick; propodealdisc 1.29-1.55x as wide as long; paramere withapex wide and rounded, pubescence restrictedto the apical and ventral margins (Fig. 135)......................................... A. tuberosus sp. nov.

24(22). Occipital carina visible in dorsal view; apex ofparamere wide and subtruncate; volsella withsix setae in the base of digitus and cuspis ...................................................... A. cariniceps Evans

Occipital carina either visible or not in dorsalview; genitalia not as above ............................. 25

25(24). Head and thoracic dorsum olive-green; frons withpunctures distinct and separated by 3-5x theirdiameters; paramere narrow, 3.08-4.33x as longas wide .......................................................... 26

Head and thoracic dorsum black or with olive-green reflections very weak; frons with smalland obscure punctures, separated by 1-3x theirdiameters; paramere widened, 1.77-2.30x aslong as wide .................................................. 27

26(25). Antennal segments III+IV 2.08-2.36x as long asthick; WF 1.22-1.32x HE; pronotal disc 2.14-

2.27x as wide as long; median tibia withoutdorsal spines; paramere wide, about 3.08x aswide as long (Fig. 138) ......... A. rectus sp. nov.

Antennal segments III+IV 2.55-2.80x as long asthick; WF 1.05-1.13x HE; pronotal disc 2,29-2,48x as long as wide; median tibia with dorsalspines; paramere narrow, about 4.33x as long aswide (Fig. 129) ................... A. strictus sp. nov.

27(25). Head 0.91-0.94x as wide as long; inner face ofparamere with 3-4 long setae (Fig. 141); basi-volsella with a tuft of short and straight setae(Fig. 142) ...................... A. basipilosus sp. nov.

Head 0.95-1.07x as wide as long; paramere andvolsella not as above ........................................ 28

28(27). Frons weakly to somewhat coriaceous; paramerewide and subtriangular (Fig.132) .................. 29

Frons coriaceous to distinctly coriaceous;paramere not so widened and more elongatethan above ..................................................... 30

29(28). Posterior margin of pronotal disc with a series offoveae ill-defined or absent; paramere wide androunded in the basal ventral margin (Fig. 132);inner margin of volsella with two teeth wide inventral view (Fig. 133) ..... A. dentatus sp. nov.

Posterior margin of pronotal disc with a series defoveae well-defined; paramere not angled in thebasal ventral margin; inner margin of volsellawith about five setae ..... A. bogotensis (Kieffer)

30(28). Propodeal disc 1.51-1.86x as wide as long; meso-pleuron brilliant, weakly coriaceous; paramereelongate, widened medially and with spacedsetae ....................................... A. proteus Evans

Propodeal disc 1.08-1.54x as wide as long;mesopleuron coriaceous; genitalia not as above........................................................................ 31

31(30). Frons distinctly coriaceous, punctures obscure;paramere with apex obtuse, pubescence re-stricted to the apical third .... A. delicatus Evans

Frons coriaceous, punctures small; paramere withapex wide and rounded, pubescence restrictedto the apical and ventral margins (Fig.147) ................................................ A. angulatus sp. nov.

Agradecimentos. Aos curadores das Coleções Entomológicas cita-dos no texto pelo empréstimo dos espécimes; aos colegas do setor deGenética do Departamento de Biologia da UFES pelo empréstimo dacâmara-clara; aos revisores anônimos deste artigo pelas críticas e suges-tões; ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo pelaoportunidade de coleta na Reserva Biológica de Duas Bocas.

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Recebido em 19.IV.2000; aceito em 07.XII.2000

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