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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI DOUGLAS LOPES GUILHEM TECNOLOGIA DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL NAS CONSTRUÇÕES DE GASODUTO São Paulo 2006

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI TECNOLOGIA DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL NAS CONSTRUÇÕES DE GASODUTO

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

DOUGLAS LOPES GUILHEM

TECNOLOGIA DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL NAS CONSTRUÇÕES DE GASODUTO

São Paulo 2006

DOUGLAS LOPES GUILHEM

TECNOLOGIA DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL NAS CONSTRUÇÕES DE GASODUTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

Orientador: Prof. Dr. Willson Shoji Iyomasa

São Paulo 2006

DOUGLAS LOPES GUILHEM

TECNOLOGIA DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL NAS CONSTRUÇÕES DE GASODUTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi

Trabalho____________ em: ____ de_______________ de 2006. Prof. Dr. Willson Shoji Iyomasa_______________________ Nome do Orientador Prof. Dra. Gisleine Coelho de Campos_______________________ Nome do professor da banca Comentários:_____________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

AGRADECIMENTOS

Agradeço,

Primeiramente agradeço a Deus pela vida, saúde e paz durante o curso e

todos os acontecimentos em minha vida,

As pessoas que muito me incentivaram a voltar a estudar e contribuíram para

que eu pudesse chegar até aqui, mesmo aqueles que não estão presente na minha

vida neste momento.

A Odair Lopes Guilhem, meu pai, e a Gisele Lopes Guilhem e Débora de

Cássia Lopes Guilhem, minhas irmãs, que de uma maneira ou outra me ajudaram,

incentivaram e cobraram meus esforços par poder chegar ate aqui.

A todos meus familiares e amigos que se fosse citar nesta página seria

insuficiente.

Ao meu orientador Prof. Dr. Willson Shoji Iyomasa que ajudou de todas as

maneiras possíveis, orientou, incentivou e sempre se mostrou disposto a ajudar com

extremo desprendimento, qualidades que realmente sempre se esperam de um bom

orientador,

A todos os professores, colegas e amigos que de alguma forma me

ajudaram, e participaram de mais esta etapa que cumpro da minha vida,

RESUMO Até pouco tempo atrás todos os gasodutos eram construídos pelo método de vala a céu aberto, método este que gera transtornos devido ao seu método executivo para a abertura de valas em vias de grande movimento de veículos. Devido ao transtorno causado pelo método destrutivo, fez-se necessário desenvolver uma nova técnica de construção de gasoduto. Na década de 90 a perfuração direcional horizontal, este conhecido popularmente como método não destrutivo, passou a ser utilizada em grande escala pela companhia de gás de São Paulo (COMGAS), principalmente com a implementação do uso do polietileno de alta densidade (PEAD), um material bastante flexível, viabilizando o seu uso no método não destrutivo. Apesar de esse método apresentar vantagens sobre o destrutivo, nem sempre será o melhor método construtivo. Este trabalho comparou três projetos distintos para construção de gasoduto: A primeira obra localizada em uma área rural em um acostamento de uma rodovia, onde não existia interferência alguma de outras concessionárias. A Segunda obra localizada em uma área urbana onde havia a necessidade de se cruzar um córrego canalizado e onde há dificuldade em transpassá-lo por via aérea. Esta inviabilizava o projeto, não deixando outra alternativa a não ser o método não destrutivo para realização de obra, com uma perfuração direcional horizontal sob o leito do córrego. A terceira obra também em uma área urbana, em um local de grande movimentação de veículos e várias interferências no subsolo, onde o risco pelo método de perfuração direcional é muito grande, restando como alternativa para execução da obra o método de vala a céu aberto Concluí-se com esses estudos de caso que a perfuração direcional horizontal, método não destrutivo, comparado com o método de vala a céu aberto, nem sempre será a melhor escolha, cada caso deverá ser analisado individualmente levando em consideração suas peculiaridades. Palavra Chave: Perfuração Direcional Horizontal. Método Destrutivo. Gasoduto. COMGAS

ABSTRACT Until recently, gas pipelines were built using the open-air trench method, which was usually a reason for disarray due to its executive manner to open trenches in highways where traffic is extremely heavy. Because of disarrays caused by such a destructive method, developing a new gas pipeline construction technique was made necessary. In the nineties, horizontal directional drilling, commonly known as non-destructive method, was eventually widely used by the Sao Paulo Gas Company (COMGAS), especially after the implementation of the use of high density polyethylene (HDPE), which is a very pliable material, thus making it feasible its non-destructive method. Although the non-destructive method is relatively advantageous over the destructive one, it will not always be the best constructive method. This paper has compared three different gas pipelines construction projects: The first worksite, located in a rural area at the shoulder of a road, without any disturbance whatsoever by other concessionaires. The second worksite, located in urban area where it was necessary to cross a channeled stream, as it would too difficult to go over it by air. This made the project unfeasible, not remaining any alternative other than the non-destructive method, in order to carry out the work, using horizontal directional drilling under the stream bed. The third work was located in urban area as well, where heavy traffic and subsoil difficulties were also present, therefore involving much hazard in case directional drilling was used. The remaining option to carry out the work was the open-air trench method. That being the case, we reached the conclusion that horizontal directional drilling, a non-destructive method, as compared to the open-air trench method, will not always be the best option; hence, analysis must be made on a case-by-case individualized basis, by taking its peculiarities into account. Keywords: Horizontal Directional Drilling. Destructive Method. Gas Pipeline. COMGAS.

LISTA DE FIGURAS FIGURA - 5. 1 DISTANCIA DO MATERIAL ESCAVADO__________________________________________ 23 FIGURA - 5. 2 VALAS E TAPUMES.______________________________________________________ 24 FIGURA - 5. 3 DISTÂNCIA PARA APOIO DA ESCADA.__________________________________________ 26 FIGURA - 5. 4 PASSARELA ___________________________________________________________ 27 FIGURA - 5. 5DISTANCIAM DA PARA UTILIZAÇÃO DE ESCAVAÇÃO MECÂNICA.________________________ 29 FIGURA - 5. 6 PÁ DE PERFURAÇÃO, (VERMEER 2006) _______________________________________ 31 FIGURA - 5. 7 RECEPTOR, (COMGÀS 2006). _____________________________________________ 31 FIGURA - 5. 8 MÉTODO DE INSPEÇÃO VISUAL, (COMGÁS 2006) _______________________________ 35 FIGURA - 5. 9 EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL. __________________________________ 38 FIGURA - 5. 10 EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL. _________________________________ 38 FIGURA - 5. 11 FERRAMENTAS PARA ROCHA. _____________________________________________ 39 FIGURA - 5. 12 BARRAS DE PERFURAÇÃO. _______________________________________________ 39 FIGURA - 5. 13 SISTEMA MISTURADOR DE FLUIDO.__________________________________________ 40 FIGURA - 5. 14 SISTEMAS MODULARES DE MISTURA.________________________________________ 40 FIGURA - 5. 15 SOFTWARE PLANEJAMENTO DE FURO DIRECIONADO. ____________________________ 41 FIGURA - 5. 16 FIELDCALC - SOFTWARE DE CAMPO. ________________________________________ 41 FIGURA - 5. 17 GEORADAR __________________________________________________________ 43 FIGURA 6. 1 SPT1 DETALHE DO CANTEIRO / EXECUÇÃO. _____________________________________ 52 FIGURA 6. 2 SPT1 2AMOSTRAGEM ____________________________________________________ 52 FIGURA 6. 3 SPT1 3 RECOMPOSIÇÃO DO SOLO. ___________________________________________ 52 FIGURA 6. 4 STP2 1 DETALHE DO CANTEIRO / EXECUÇÃO.____________________________________ 52 FIGURA 6. 5 SPT2 2 AMOSTRAGEM.____________________________________________________ 52 FIGURA 6. 6 SPT2 3 RECOMPOSIÇÃO DO SOLO.___________________________________________ 52 FIGURA 6. 7 SPT 3 1 DETALHE DO CANTEIRO / EXECUÇÃO. ___________________________________ 52 FIGURA 6. 8 SPT 3 2 AMOSTRAGEM. ___________________________________________________ 53 FIGURA 6. 9 SPT 3 3RECOMPOSIÇÃO DO SOLO. ___________________________________________ 53 FIGURA 6. 10 SPT 4 1DETALHE DO CANTEIRO / EXECUÇÃO.___________________________________ 53 FIGURA 6. 11 SPT 4 2AMOSTRAGEM.___________________________________________________ 53 FIGURA 6. 12 SPT 4 3RECOMPOSIÇÃO DO SOLO. __________________________________________ 53 FIGURA 6. 13 SPT 5 1 DETALHE DO CANTEIRO / EXECUÇÃO. __________________________________ 53 FIGURA 6. 14 SPT 5 2AMOSTRAGEM.___________________________________________________ 53 FIGURA 6. 15 SPT 5 3RECOMPOSIÇÃO DO SOLO. __________________________________________ 53 FIGURA 6. 16 DETALHE DA BV DO CÓRREGO. ______________________ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 6. 17 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO (ENGEVIX 2006____________________________________ 55 FIGURA 6. 18 SONDAGEM SP 1(WYDE 2006) ____________________________________________ 58 FIGURA 6. 19 SONDAGEM SP 2 (WYDE 2006) ____________________________________________ 58 FIGURA 6. 20 AV PRESIDENTE WILSON. _________________________________________________ 59 FIGURA 6. 21 LOCALIZAÇÃO__________________________________________________________ 59 FIGURA 6. 22 VALA AV : PRESIDENTE.WILSON ____________________________________________ 63 FIGURA 6. 23 VALA AV : PRESIDENTE.WILSON ____________________________________________ 63 FIGURA 6. 24 PASSARELA SOB AV : PRESIDENTE.WILSON ____________________________________ 63

LISTA DE TABELAS TABELA-5. 1 SIGLAS E CORES CORRESPONDENTES. ________________________________________ 21 TABELA-5. 2 PROFUNDIDADE DAS VALAS. ________________________________________________ 25 TABELA-5. 3 PRESSÃO PROFUNDIDADE. _________________________________________________ 27 TABELA 6. 1 CARACTERÍSTICAS DO GASODUTO PROJETADO ___________________________________ 47 TABELA 6. 2 CARACTERÍSTICA DO LOCAL. ________________________________________________ 49 TABELA 6. 3 ESPESSURA PADRÃO COMGAS._____________________________________________ 49 TABELA 6. 4 ESPESSURA ESPECIAL.____________________________________________________ 50 TABELA 6. 5 DISTANCIA MÍNIMAS DE AFASTAMENTO. ________________________________________ 50 TABELA 6. 6 CARACTERÍSTICA DA TUBULAÇÃO. ____________________________________________ 55 TABELA 6. 7 ESPESSURA PADRÃO COMGAS.______________________ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. TABELA 6. 8 ESPESSURA ESPECIAL._____________________________ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. TABELA 6. 9 DISTANCIAS MÍNIMAS DE AFASTAMENTO. _______________________________________ 57 TABELA 6. 10 TABELA ORIENTATIVA DE PROFUNDIDADE MÍNIMA. ________________________________ 57 TABELA 6. 11 ESPECIFICAÇÃO DE REDE._________________________________________________ 60 TABELA 6. 12 ESPECIFICAÇÃO DE REDE._________________________________________________ 61 TABELA 6. 13 LEVANTAMENTO DE CAMPO. _______________________________________________ 61 TABELA 6. 14 REDE EXISTENTE. _______________________________________________________ 62

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABGE Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental ABPE Associação Brasileira de Polietileno

ABRATT Associação Brasileira de Tecnologia Não-Destrutiva APA Áreas de Proteção Ambiental APO Água Potável

CESP Companhia Energética de São Paulo CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CPTM Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos ELE Energia Elétrica EPS Esgotos Pluviais ou Sanitários GAP Gás de Alta Pressão (>4 bar) GPB Gás de Baixa Pressão HDD Horizontal Directional Drilling ISTT International Society for Prenchless Technology MND Método não destrutivo MRS Minimum Required Swength TEL Telefone/Fibra Qtieaí TV a Cabo

UPGN Unidades de Processamento de Gás Natural USP Universidade de São Paulo

GLOSSÁRIO

Pull-back Capacidade de “puxar”; força de tração

Filões

Substantivo masculino, Geologia. Massa mineral ou rochosa que preenche uma fenda ou diáclase de uma formação rochosa; veio metálico (nos minerais)

Prospectar

Verbo intransitivo Fazer sondagens para descobrir filões ou jazigos de minério

Método Destrutivo (MD)

Método Não Destrutivo (MND)

Vala a Céu Aberto Transeunte Que passa; que transita a pé por algum lugar; passante;

pedestre.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 11

2. OBJETIVOS................................................................................................................................. 12

2.1 Objetivo geral .................................................................................................................................. 12 2.2 Objetivo específico .......................................................................................................................... 13 3. MÉTODO DE TRABALHO .......................................................................................................... 14

4. JUSTIFICATIVA........................................................................................................................... 15

5. EVOLUÇÃO DO TRABALHO...................................................................................................... 16

5.1. Gás canalizado............................................................................................................................... 16 5.2. Histórico da COMGÁS. .................................................................................................................. 16 5.3. Gás natural ..................................................................................................................................... 17 5.4. Métodos e materiais para construção de gasoduto ....................................................................... 18 5.4.1. Método destrutivo (valas a céu aberto)___________________________________________ 19 5.4.2. Aspectos de segurança_______________________________________________________ 19 5.4.3. Descrição _________________________________________________________________ 21 5.4.4. Avaliação e destino do material removido_________________________________________ 22 5.4.5. Avaliação quanto à drenagem local _____________________________________________ 23 5.4.6. Largura das Valas___________________________________________________________ 24 5.4.6.1. Observações gerais ________________________________________________________ 25 5.4.6.2. Estabelecimento da profundidade mínima da vala ________________________________ 26 5.4.7. Interferências ______________________________________________________________ 29 5.5. Método perfuração direcional......................................................................................................... 30 5.5.1. Historia do metodo de perfuração direcional_______________________________________ 32 5.5.2. Associação brasileira de tecnologia não-destrutiva (ABRATT)_________________________ 34 5.5.3. Procedimento de execução do furo direcional na construção de gasoduto._______________ 34 5.5.3.1. Detectando-se as interferências ______________________________________________ 34 5.5.4. Planejamento da perfuração___________________________________________________ 35 5.5.5. Instrumentos essenciais equipamentos e materiais de auxílio _________________________ 36 5.5.6. A base: “pull back” __________________________________________________________ 37 5.5.7. Equipamentos ______________________________________________________________ 38 5.5.7.1. Máquinas MND ___________________________________________________________ 38 5.5.7.2. Ferramentas para Perfuração em Rocha________________________________________ 39 5.5.7.3. Barras de Perfuração_______________________________________________________ 39 5.5.7.4. Sistema misturador de fluido _________________________________________________ 40 5.5.7.5. Sistema modular de mistura _________________________________________________ 40 5.5.7.6. Software Planejamento de Furo Direcionado_____________________________________ 41 5.5.7.7. Software de Campo ________________________________________________________ 41 5.5.7.8. Georadar ________________________________________________________________ 42 5.5.7.9. Perfuratrizes______________________________________________________________ 43 5.5.8. Lama bentonitica____________________________________________________________ 43 5.5.9. Aplicação do metodo paso a paso ______________________________________________ 44 5.5.9.1. - Planejamento do furo______________________________________________________ 44 5.5.9.2. Abertura da vala de trabalho _________________________________________________ 44 5.5.9.3. Preparo da base___________________________________________________________ 44 5.5.9.4. Montagem do equipamento de perfuração ______________________________________ 44 5.5.9.5. Perfuração do furo Piloto ____________________________________________________ 45 5.5.9.6. Alargamento e desobstrução do furo ___________________________________________ 45 5.5.9.7. Instalação do tubo _________________________________________________________ 45 5.5.9.8. Ponto de chegada _________________________________________________________ 45 6. ESTUDO DE CASO .................................................................................................................... 46

6.1. Remanejamento de rede de distribuição de gás natural no município de Pindamonhangaba ..... 46 6.1.1. Traçado Projetado Trecho A1 __________________________________________________ 46 6.1.2. Traçado Projetado Trecho B1: _________________________________________________ 47 6.1.3. Características do Gasoduto Projetado___________________________________________ 47 6.1.4. Interligação com a rede existente _______________________________________________ 47

6.1.5. Rede existente em aço carbono Ø6”. ____________________________________________ 48 6.1.6. Rede existente em aço carbono Ø10”____________________________________________ 48 6.1.7. Cruzamento com Outras Tubulações ____________________________________________ 48 6.1.8. Cruzamento com Linhas de Transmissão em Alta Tensão____________________________ 48 6.1.9. Levantamentos de Campo para Resistividade Elétrica do Solo ________________________ 48 6.1.10. Características do Local_____________________________________________________ 48 6.1.11. Informações adicionais _____________________________________________________ 49 6.1.12. Afastamento mínimo _______________________________________________________ 50 6.1.13. Profundidade de Valas______________________________________________________ 50 6.1.14. Métodos de Construção _____________________________________________________ 51 6.1.15. Sondagem _______________________________________________________________ 51 6.1.16. Croquis e tabelas de resultados_______________________________________________ 54 6.2. - Remanejamento Avenida Piraporinha no município de Diadema ............................................... 54 6.3. Remanejamento Avenida Presidente Willson São Paulo – SP. .................................................... 59 6.3.1. Escopo dos trabalhos ________________________________________________________ 59 6.3.2. Levantamento de campo______________________________________________________ 61 6.3.3. Sondagem de interferências.___________________________________________________ 62 6.3.4. Croqui orientativo com localização das interferências _______________________________ 62 6.3.5. Escolha do método construtivo _________________________________________________ 62 7. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MÉTODO DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL

HORIZONTAL.............................................................................................................................. 65

7.1. Vantagens ...................................................................................................................................... 65 7.2. Desvantagens ................................................................................................................................ 65 8. CONCLUSÕES............................................................................................................................ 67

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................... 69

ANEXO.................................................................................................................................................. 72

11

1. INTRODUÇÃO

Em áreas urbanizadas, até pouco tempo atrás, os dutos condutores de gás natural,

em sua maioria, eram montados por meio da técnica de valas a céu aberto.

Gradativamente tal técnica tem sido substituída por outra, nomeada “perfuração

horizontal direcionada” (conhecida internacionalmente como HDD – Horizontal

Directional Drilling) que garante, a redução de impactos que normalmente são

causados ao meio ambiente pelo método tradicional aqui chamado de método

destrutivo (MD).

Dentre os vários pontos abordados atentou-se para aspectos considerados

importantes, como conhecer as várias tecnologias associadas ao método não

destrutivo, bem como suas vantagens e desvantagens ao ser escolhido e aplicado

no setor da engenharia civil.

A diferenciação entre as várias tecnologias envolvidas na construção de gasoduto

utilizada pela COMGÁS, em comunhão à análise do estudo de caso concreto

inerente à instalação de gasoduto. Há que se falar na ênfase e na importância

específica que a presente pesquisa apontou no que tange à construção de gasoduto

(nome dado ao condutor de gás natural).

Há que se registrar, também, explicando a escolha do tema, na necessidade que o

mercado de engenharia tem, assim como qualquer outro, em ser atualizado e

apresentado às novas tecnologias lançadas por seus conhecedores, com estudo dos

recentes desenvolvimentos técnicos, identificação das potencialidades e limitações

de toda e qualquer tecnologia nova apresentada como possível solução. Das várias

alternativas, há que se observar sempre uma solução equilibrada.

12

2. OBJETIVOS

Este estudo tem como um dos objetivos oferecer oportunidade ao aluno em

desenvolver uma pesquisa tecnológica como complemento às disciplinas do curso

de graduação de Engenharia Civil.

O tema a ser pesquisado está relacionado à perfuração horizontal direcionada

(Horizontal Directional Drilling - HDD), técnica que vem substituindo gradativamente

as valas abertas nas montagens de redes subterrâneas de dutos em áreas

urbanizadas ou para a transposição de Áreas de Proteção Ambiental (APA). Em

princípio, o uso dessa tecnologia vem crescendo devido à redução de impactos ao

meio ambiente e pela rapidez na instalação das tubulações, embora,

aparentemente, o custo seja ainda mais elevado.

Essa pesquisa visa atingir dois objetivos: o geral, que tem por finalidade discutir e

compreender as tecnologias relativas às perfurações direcionais; e o específico, que

busca discutir detalhes dessa tecnologia, como vantagens e desvantagens para

instalações de redes de gás.

2.1 Objetivo geral

A presente pesquisa tecnológica tem como objetivo geral discutir e compreender as

tecnologias existentes sobre perfuração direcional, conhecido no meio técnico

internacional por Horizontal Directional Drilling (HDD), desenvolvido há alguns anos

na cadeia industrial do petróleo, na aplicação de obras de engenharia civil.

Essa tecnologia vem sendo utilizada para a transposição de rios, lagos, áreas de

proteção ambiental, áreas urbanizadas, entre outras funções, em particular, as

perfurações direcionadas de pequeno diâmetro, utilizadas para instalação de dutos

residenciais de gás, cabos elétricos, cabos telefônicos, etc.

Atualmente a técnica de HDD vêm sendo utilizada, indiscriminadamente, nas

grandes cidades e, em alguns casos, essas perfurações têm provocado acidentes,

como danos e rupturas de redes urbanas pré-existentes.

13

2.2 Objetivo específico

Os objetivos específicos deste estudo são:

→ → Discutir as diferenças tecnológicas entre o método de vala a céu aberto e a

perfuração direcional horizontal empregadas na construção de gasodutos

→ Discutir detalhes da tecnologia de perfuração direcional para a instalação de

gasoduto, primordialmente no que tange a vantagens e desvantagens.

→ Analisar qual a melhor técnica a ser empregada na construção de gasoduto.

Para atingir esses objetivos específicos foi realizado estudo de três casos prático

para instalação de gasoduto.

14

3. MÉTODO DE TRABALHO

Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi adotado o seguinte método de trabalho:

→ Pesquisa bibliográfica: levantamento de dados e informações em publicações

científicas, artigos técnicos, revistas, etc.

→ Pesquisa na rede internet: coleta de informações tecnológicas em sites de

fabricantes de equipamentos, empresas perfuradoras, artigos em associações, etc.

→ Visitas técnicas: visita às empresas perfuradoras, com o objetivo de extrair e

coletar dados sobre os equipamentos utilizados na perfuração direcional.

→ Organização dos dados: organização e análise direcionada dos dados

bibliográficos para o presente estudo.

→ Estudo de caso: acompanhar e obter informações tecnológicas de três casos

práticos para inserção de gasodutos praticados pela companhia de gás de São

Paulo (COMGAS).

→ Análise das informações: análise de todas as informações coletadas para avaliar

as vantagens e desvantagens das perfurações direcionadas.

→ Elaboração do texto: elaboração do texto final para constituir em Trabalho de

Conclusão do Curso de Engenharia Civil.

15

4. JUSTIFICATIVA

A tecnologia de perfuração direcional vem obtendo melhorias constantes para

emprego na construção civil, em especial, na instalação de redes de dutos em

substituição às valas a céu aberto.

Justifica-se o desenvolvimento do presente estudo pela necessidade em

compreender essa nova tecnologia lançada no mercado da engenharia civil,

reconhecer os recentes desenvolvimentos técnicos nas perfurações direcionadas, e

identificar as potencialidades e limitações dessa tecnologia.

Diante da novidade e da peculiaridade que o sistema de furo direcional oferece

quando torna as execuções rápidas e não destrutivas, torna-se praticamente

essencial o aprofundamento quanto ao estudo de seu funcionamento, aplicação,

resultados e viabilidade.

A pesquisa é indicada para apreciação principalmente por aqueles profissionais e

estudantes da Engenharia que almejam descobrir novos caminhos, métodos e

detalhes para otimizar e modernizar construções civis.

Que o esforço aqui empregado e sua conclusão final resultem num início importante

para a abertura de imensuráveis caminhos que ocorram no aperfeiçoamento e

aprimoramento da inigualável área da Engenharia e à crescente importância de sua

existência.

Contribuir com dados para as futuras pesquisas sobre o tema aqui proposto.

16

5. EVOLUÇÃO DO TRABALHO.

Este tópico visa indicar os caminhos de estudo perseguidos para os resultados

adquiridos na tese instituída nesta exposição de pesquisa. Analisa sucintamente o

funcionamento dos métodos destrutivo (vala a céu aberto) e a perfuração horizontal

direcionada que possibilita a construção de gasoduto, os equipamentos que os

auxiliam e as vantagens e desvantagens que proporcionam para as obras, num

quadro comparativo.

5.1. Gás canalizado

O uso primitivo do gás canalizado no Brasil foi observado na área de iuminação

pública, com cinqüenta anos de atraso em relação à Londres, onde o primeiro uso

deu-se em 1807. Sua chegada aqui no país influiu imediata e essencialmente nos

costumes populares, uma vez que possibilitou às pessoas andarem durante a noite,

o que antes não era possível, com a iluminação noturna restrita apenas aos grandes

palacetes. Os primeiros utensílios domésticos, como fogões e aquecedores de água

a gás, surgiram a partir de 1901, quase um século depois de terem sido lançados na

Europa.

Em São Paulo o gás canalizado chegou em 1872 com a criação da San Paulo Gás

Company, atual Comgás, (COMGÁS,2006).

5.2. Histórico da COMGÁS.

Em 28 de agosto de 1872, a companhia inglesa San Paulo Gas Company recebeu a

autorização do Império através do decreto nº 5071 para o início de suas atividades,

que tinham por objetivo explorar a concessão dos serviços públicos de iluminação

em São Paulo, (COMGÁS, 2006).

A primeira mudança administrativa e gerencial da empresa ocorreu em 1912,

quando a canadense Light assumiu o controle acionário. (COMGÁS, 2006).

Já em 1959, a empresa foi nacionalizada, passando a se chamar Companhia

17

Paulista de Serviços de Gás, Em 1968, a empresa passou a ser do município,

recebendo finalmente o nome de Comgás. Por meio da lei municipal nº 7199, foi

constituída a sociedade anônima Companhia Municipal de Gás ( COMGÁS, 2006).

Nova alteração do nome da empresa ocorreu em 1974, de Comgás para Companhia

de Gás de São Paulo. (COMGÁS, 2006).

Dez anos depois, em 1984, o controle acionário da Comgás foi transferido para a

estatal Companhia Energética de São Paulo (CESP). (COMGÁS, 2006).

Em sua longa trajetória, a companhia utilizou os mais diversos tipos de combinações

elementares para a produção de combustíveis, dentre elas a mais importante deve

ser mencionada, formada por carvão e nafta. Para distribuir o gás pela cidade de

São Paulo, por todos estes anos, foram assentados vários quilômetros de redes de

distribuição em ferro fundido, aproximadamente 250 km delas em media pressão

(5psig) e aproximadamente 800 km em baixa pressão (250mmca) (COMGÁS, 2006).

No final da década de 1980, iniciou-se a substituição do gás manufaturado de nafta

pelo gás natural, proveniente das bacias de Campos, no Rio de Janeiro e Merluza,

em Santos, (COMGÁS, 2006).

5.3. Gás natural

É composto principalmente por Metano (de 78% a 82% em volume). Também

considerado como “a energia do futuro”, o Gás Natural é encontrado em jazidas

(formações porosas, abaixo da superfície terrestre), seja no continente ("Onshore")

ou na plataforma continental ("Offshore"), muitas vezes associado com petróleo

líquido, (GÁS NET, 2005).

Quando produzido juntamente com o petróleo (subproduto do processo de refino) é

chamado gás associado - comum, por exemplo, nos poços da Bacia de Campos.

Existe também o Gás Natural não associado, encontrado em jazidas sem petróleo,

como no Campo de Juruá, na Amazônia, (GÁS NET, 2005).

São características do Gás Natural sua densidade inferior à do ar, o baixo Ponto

18

de vaporização e o limite de inflamabilidade superior ao de outros gases

combustíveis quando em contato com o ar, (GÁS NET, 2005).

Sua liquefação produz uma mistura de alta densidade energética, que permite a

estocagem, o transporte e sua posterior transformação.

Uma vez extraído, o Gás Natural necessita de tratamento para adequar-se ao

consumo. É enviado por gasodutos a Unidades de Processamento de Gás Natural,

(UPGN) para retirada de frações condensáveis, como a fração do Gás Liquefeito de

Petróleo - GLP (mistura dos gases propano e butano), ou a fração da gasolina

natural. Nas UPGNs (unidades de processamento de gás natural), as impurezas

também são retiradas, o que deixa o combustível limpo e pronto para o uso, (GÁS

NET, 2005).

O gás natural é um energético discreto, pois seus sistemas de distribuição e

armazenagem são normalmente subterrâneos. Mesmo no consumidor final, as

canalizações de distribuição são singelas, podendo inclusive ser subterrâneas. A

alimentação via rede elimina reservatórios e tanques e, mesmo quando estes se

fazem necessários, podem ser subterrâneos.

O gás é inodoro e invisível. Seu transporte e distribuição são feitos por canalizações

subterrâneas; o transporte líquido de massa é feito por navios e os terminais

metaneiros são muito concentrados, com tanques enterrados e as armazenagens

subterrâneas encontradas a mais de 500 metros de profundidade.

Por outro lado, sua intensidade energética é muito elevada, o que faz com que um

gasoduto de transporte de médio porte, como gasoduto Brasil Bolívia (GASBOL),

equivalha a quase 10 usinas Angra II, e 16 linhas de transmissão alta tensão (380

kW), (GÁS NET, 2005).

5.4. Métodos e materiais para construção de gasoduto

No início do século quando a distribuição de gás foi canalizada em São Paulo, os

dutos eram feitos de ferro fundido, como ponto e bolsa, e eram utilizados como

método de construção a vala a céu aberto.

19

Por volta da década de 60 com a chegada do aço que passou se a ser utilizado nas

novas construções de gasoduto.

Houve também o desenvolvimento da tecnologia do plástico, material este artificial,

geralmente formado pelo encadeamento (polimerização) de substâncias orgânicas

simples que possuem a capacidade de serem moldadas (plasticidade). O

Termoplástico possui como característica a possibilidade de ser fundido, moldado e

remoldado a cada ciclo de temperatura e pressão, se degradar a sua estrutura

molecular. Além do termoplástico, o polietileno de alta densidade (PEAD), começou

a ser utilizado por volta de 1986, como duto de canalização de gás,

(COMGÁS,2006).

5.4.1. Método destrutivo (valas a céu aberto)

Trata-se de um método de assentamento de tubulação no solo através de

escavação, seja manual ou mecânica.

5.4.2. Aspectos de segurança

A fim de assegurar a continuidade da obra e a integridade física dos trabalhadores

envolvidos deve-se, obrigatoriamente, antes da execução dos serviços de Abertura

de Valas e Escoramento, efetuar avaliação do local quanto aos aspectos de Saúde,

Segurança e Meio Ambiente.

Observada cuidadosamente toda a área que possa sofrer alguma influência com a

abertura da vala, deverão ser retiradas desta área as pessoas não autorizadas, bem

como equipamentos, materiais ou quaisquer objetos que possam ser danificados

durante as operações.

Os locais onde se desenvolverão os trabalhos de escavação deverão ser mantidos

sempre arrumados, evitando-se sujeira ou materiais e equipamentos espalhados

que possam causar acidentes.

Toda a área aonde os trabalhos irão se desenvolver deverá estar isolada e

sinalizada.

20

Havendo cabos de energia elétrica nas proximidades da vala que possam resultar

em danos no desenvolvimento dos trabalhos, estes deverão ser desligados ou, na

impossibilidade deste desligamento, atentar-se somente para a execução dos

serviços mediante a presença de um representante legal da concessionária ou sua

autorização expressa.

Os acessos que permitem a entrada, circulação e saída de trabalhadores, veículos e

equipamentos nas áreas de escavação, deverão ser amplos, com desobstrução e

sinalização de advertência permanente.

O tráfego próximo às escavações deverá ser desviado ou, na impossibilidade do

desvio, deverá ser efetuada sinalização para reduzir a velocidade dos veículos.

Em vias que tenham mão dupla de direção, o trecho aonde irá se desenvolver os

trabalhos deverão se restringir a apenas uma; para tanto, deverão ser colocadas

duas pessoas portando bandeiras vermelhas, uma no início e outra no final do

trecho restrito, com a finalidade de orientar o tráfego de veículos.

Quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução

dos trabalhos, deverão ser rigidamente escorados os postes, árvores, muros,

edificações vizinhas, etc.

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) mínimos a serem utilizados são:

Capacete com aba frontal.

Luvas de raspa de couro.

Óculos de segurança.

Botina de couro com biqueira de aço.

Bota de borracha, para trabalhos em área úmida.

Roupa apropriada, tipo macacão; colete refletivo.

21

5.4.3. Descrição

A vala a ser aberta deverá ser demarcada seguindo-se rigorosamente o projeto

executivo. Este deverá conter os cadastros das concessionárias como água,

telefone, fibra ótica, etc; (exceção feita para as obras de emergência ou de pequeno

porte que não tenham projeto).

No entanto, para todo e qualquer caso, devem ser observados os itens abaixo;

→ Deverá ser verificada a existência de sinalização na área de outras

concessionárias.

→ Deverá atentar-se especialmente à verificação no local, através de informações

quanto à existência de galerias, tubulações de drenagem ou instalações elétricas

subterrâneas.

→ Deverá ser utilizado um localizador de cabos para confirmar a posição de cabos

ou outras instalações metálicas subterrâneas, as quais devem ser marcadas no

pavimento, se existirem.

→ Confirmação através de sondagem no local, além de identificar e materializar

estas interferências com tinta látex conforme a simbologia da tabela 5.1.

Tabela-5. 1 Siglas e cores correspondentes.

SIGLA COR

GPB Amarelo

GAP Amarelo

EPS Azul Claro

APO Verde

TEL Vermelho

ELE Laranja

Fonte: COMGAS 2000

22

5.4.4. Avaliação e destino do material removido

→ Durante a escavação, somente o inspetor civil habilitado deverá efetuar a

segregação entre o material que poderá retornar à vala e o material a ser

descartado.

→ Deverão ser tomados todos os cuidados para que o material retirado da vala seja

disposto de tal modo a não prejudicar o tráfego neste local.

→ O material a ser descartado deverá ser encaminhado imediatamente ao bota-fora

licenciado por órgão ambiental, ou a locais que satisfaçam aos proprietários e

ocupantes do local ou à fiscalização da obra.

→ No caso de obras realizadas em regiões urbanas, este transporte deverá ser

efetuado de modo a não provocar sujeira nas vias urbanas pela queda do material

transportado, obedecendo às legislações locais.

→ O material reaproveitável, quando permitido pela legislação local, deverá ser

depositado junto à lateral da vala a uma distância superior à metade de sua

profundidade (Figura 5.1), medida da borda do talude de escavação até a lateral da

vala. Esta distância de segurança também deverá ser respeitada por equipamentos

que estiverem sendo utilizados e, todas as máquinas que não estiverem em uso

(como rompedores, compactadores etc.) os quais deverão ser mantidos além desta

distância.

→ Mesmo em condições de utilização no reaterro, poderá haver necessidade da

retirada deste material de locais como plataformas de ferrovias/rodovias, áreas

urbanas e industriais, quando houver exigência do órgão responsável ou

proprietário.

23

Figura - 5. 1 Distancia do material escavado

A extensão máxima da vala a ser mantida aberta será definida pela fiscalização da

COMGÁS, entre outros, de acordo com:

→ O prescrito nas autorizações para o local.

→ As condições do local.

→ Concessionárias envolvidas.

→ Quantidade de equipamentos disponíveis para a sinalização.

Há que se considerar ainda que, em áreas habitadas ou nas suas proximidades, o

tempo entre a abertura da vala e a preparação da tubulação que irá ser assentada

deverá ser o mínimo possível, para que assim não se cause prejuízos aos

moradores do local ou próximo.

5.4.5. Avaliação quanto à drenagem local

→ Os cursos d'água que originalmente escoarem em direção à vala deverão ser

desviados e canalizados. Caso não seja possível, deverão ser executadas as obras

que se fizerem necessárias para evitar o arraste do material.

→ Deverão ser construídas canaletas para escoamento das águas pluviais, a fim de

evitar danos que possam ser provocados pela infiltração destas águas na vala.

24

→ Em locais com declividade acentuada, deverá ser evitado que o material

proveniente das escavações role a jusante.

→ A vala e os tapumes não deverão interferir na drenagem natural do terreno. Caso

isto ocorra, deverão ser tomadas medidas como as mostradas nas Figuras 5.2 e

5.2A.

As escavações, em todas as suas etapas, deverão ser preservadas secas, visando-

se com isto não só a preservação higiênica ambiental como também garantir a

estabilidade de suas paredes.

Onde se fizerem necessários deverão ser executados serviços de drenagem e

rebaixamento de lençol freático.

5.4.6. Largura das Valas

A vala será aberta com largura determinada conforme a situação e o tipo de

acabamento, em conjunto com a Fiscalização, tomando-se como referência os

seguintes valores:

Figura - 5. 2A Valas e tapumes.

Figura - 5. 2 Valas e Tapumes.

. DEPÓSITO DEPÓSITO Calçada

25

Tabela-5. 2 Profundidade das Valas. Diâmetro

Nominal

(POL)

Largura mínima de vala para profundidades menores que 1,5

m e de acordo com o tipo de acabamento existente [ mm ]

Terra Rocha Brejo Asfalto Paralelo Especiais Até 2 400 400 400 400 550 4 a 6 500 600 800 500 650 8 a 10 800 900 1100 600 700 12a14 1000 1100 1300 700 800

16 a 24 1100 1200 1400 900 1000

Conforme

acordado

coma

FiscalizaçãoNotas:

* No caso de cruzamentos com outras infraestruturas, a profundidade deverá ser

suficiente para permitir a cobertura definida e o espaçamento mínimo de 300 mm entre as

geraterizes mais próximas.

* Para valas com profundidade entre 1,5 e 3,0 m acrescentar 20% e, para profundidade

entre 3,0 e 5,0 m acrescentar 50% aos valores acima.

* Estes valores não se aplicam para os casos de atendimento a emergências. FONTE: COMGAS 2000

5.4.6.1. Observações gerais

Nas transições entre diferentes profundidades de vala, a concordância do fundo da

vala deverá ser compatível com o curvamento natural do tubo ou com o raio do tubo

curvado, não se permitindo desta maneira preenchimento de espaços nas valas sob

curvatura de tubos, no plano vertical.

Quaisquer correções necessárias nas valas para assegurar um perfeito ajuste no

fundo deverão ser realizadas por nivelamento dela em jusante e montante.

As escavações com profundidade superior a 1,25 m deverão dispor de escadas ou

rampas colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de

emergência, a saída rápida dos trabalhadores.

As escadas sem guarda corpo deverão ser firmemente apoiadas nos plano superior

e inferior, ultrapassando, no mínimo, 0,90 m o plano de acesso O fundo da vala

deverá ser uniformemente nivelado nas profundidades desejadas, devendo

26

ser isento de pedras soltas e outros objetos que possam danificar o tubo e seu

revestimento; considerando ainda que, todas as raízes deverão ser cortadas até se

nivelarem com os lados e o fundo da vala.

Deverá ser verificada a solidez do local do plano inferior, onde a escada será

apoiada e a distância entre a escada e a parede da vala, a fim de garantir que a

escada esteja sendo apoiada em um ângulo estável, conforme Figura 5.3.

5.4.6.2. Estabelecimento da profundidade mínima da vala

A profundidade mínima da vala deve estar de acordo com a tubulação a ser

assentada, sendo que deverá ser a maior entre as abaixo estabelecidas:

→ Legislações locais.

→ Projeto.

→ A norma COMGÁS NT41-Assentamento de Tubulações.

→ Esta norma, a qual segue a tabela abaixo.

Figura - 5. 3 Distância para apoio da escada.

27

Tabela-5. 3 Pressão Profundidade. Pressão [bar] Profundidade mínima a partir da geratriz superior

mm Menor ou igual a 4 610 (notai)Maior que 4 920 Nota 1: quando forem utilizados tubos de ponta e bolsa, a profundidade

será a partir da geratriz superior da bolsa. Fonte COMGÁS (2000)

Quando existir uma interferência que não permita a instalação do tubo nas

profundidades mínimas exigidas anteriormente mencionadas, adotar, em conjunto

com o Gestor do Contrato, medidas de proteção da mesma, conforme normas da

Comgás.

→ Deverão ser construídas e mantidas as passarelas provisórias transversais à vala

que se fizerem necessárias para a circulação de pessoas, com a finalidade de

possibilitar acesso a residências, construções, etc.

→ Estas passarelas deverão ter largura mínima de 0,60 m, ser resistentes, ter

guarda-corpo e rodapé em ambos os lados, conforme Figura 5.4.

Figura - 5. 4 Passarela

→ Proteção Temporária de Valas de pequenas escavações, como alguns ramais e,

no caso de pequenas escavações, que necessitem permanecer abertos, a vala

deverá ser totalmente vedada com tampas de madeira ou aço, com dimensões

28

e resistência suficiente para seu total cobrimento.

→ Poderá ser feito, também, isolamento lateral.

→ Quando houver necessidade de se garantir a continuidade do tráfego, bem como

o acesso de veículos a garagens, estabelecimentos comerciais e industriais, postos

de combustíveis, etc., deverão ser utilizadas chapas de aço.

→ Toda a passagem de tubulação por vias públicas carroçáveis, travessias de

estradas de rodagem, vias expressas e seus acessos, requerem bloqueio temporário

do leito das mesmas. Para evitar transtorno ao tráfego adotar a seguinte rotina:

1º - Obter junto aos órgãos responsáveis autorização para bloqueio parcial ou total

da via carroçáveis pelo tempo estritamente necessário para executar a obra,

sugerindo alternativas para o desvio do tráfego.

2º - Havendo necessidade de o tráfego cruzar a vala, a mesma deve ser executada

da como descrito as seguir:

Escoramento total da vala qualquer que seja a sua profundidade.

- Calcular a espessura da chapa a ser utilizada como cobertura da vala, com base

nos valores observados quanto à largura da vala e da carga que estará passando

sobre a mesma, a qual não poderá ter espessura inferior a 3/4", podendo inclusive

ser necessário o uso de reforços por baixo da mesma, os quais devem ser

analisados pelo responsável.

- As chapas de aço deverão possuir dimensões suficientes para ultrapassar, onde

possível, cada lado da vala em pelo menos 0,60 m, de forma a garantir o apoio

necessário no solo, diminuindo os riscos de sobrecarga nas bordas da vala.

- A largura das chapas deverá ser suficiente para oferecer, pelo menos, 0,25 m

desde as rodas dos veículos até a extremidade da chapa ( 0,50 m a mais que a

medida entre eixos dos veículos).

- As chapas de aço instaladas deverão ser fixadas com pregos (cabeça-de-cão, por

exemplo), ou parafusos, devendo ser preenchido o espaço entre a chapa e o solo,

com concreto asfáltico ou asfalto frio (ruptura rápida) visando uma

29

melhor aderência.

Nos casos especiais, tais como curvas, rampas, etc., a espessura da chapa deverá

ser aumentada a critério da Fiscalização da COMGÁS.

Quando houver possibilidade, instalar placas de sinalização proibindo

estacionamento sobre a chapa de aço de cobertura da vala.

5.4.7. Interferências

As interferências apresentadas no projeto deverão ser confirmadas no local,

descobertas e isoladas, a fim de se evitar acidentes com as utilidades enterradas,

quando da abertura mecanizada destas valas.

A abertura deverá ser feita manualmente quando houver dúvidas quanto à

localização de alguma instalação ou, mesmo com a perfeita localização destas, a

uma distância inferior a 0,50 m (50 cm ) de qualquer interferência: somente após a

mesma ter sido perfeitamente localizada poderá ser utilizada escavação mecânica.

Figura - 5. 5Distanciam da para utilização de escavação mecânica.

Caso esta interferência seja uma tubulação de gás, não deverá ser utilizada

nenhuma ferramenta elétrica ou pneumática, caso esta tubulação não esteja

totalmente isolada;

Distância mínima de 50 cm

30

Atender ao prescrito na norma NT3 - Afastamentos Mínimos de Segurança.

→ Deverá ser mantida uma distância mínima de 0,30 m entre a tubulação da

COMGÁS e qualquer interferência. Quando esta distância mínima não puder ser

mantida, o gestor da COMGÁS deverá ser comunicado para que sejam tomadas as

providências necessárias.

→ Em trabalhos a menos de 10 m de uma estação redutora de pressão, ou

instalação controladora, ou dentro de uma estação de armazenagem, cuidados

especiais deverão ser tomados para não danificar as linhas de impulsos para o

equipamento controlador.

→ Deverá ser comunicada imediatamente à autoridade e o órgão competente sobre

a ocorrência de qualquer incidente que implique dano ou risco de comprometimento

da qualidade da fauna, flora, água, solo, ar, ou comunidades vizinhas, para que

possam ser tomadas as medidas cabíveis de contenção e correção; a mesma

atitude deverá ser tomada se, durante as escavações, forem encontrados restos de

ossadas humanas, artefatos cerâmicos, sítios arqueológicos ou quaisquer vestígios

relacionados a civilizações antigas.

5.5. Método perfuração direcional.

Trata-se de uma tecnologia de travessia subterrânea, cuja aplicação se inicia da

superfície sob a qual está sendo executada, e direciona-se à “navegação” por entre

as interferências existentes. A perfuratriz rotativa executa por meio de sistema

direcional o furo guia, com uma broca em forma de pá, com inclinação de 10°a

30°conforme figura 5.6, que escava o solo com a ajuda de um jato de lama

bentonítica em alta pressão. Durante a perfuração é efetuado o monitoramento

através de um transmissor em freqüência modulada, instalado dentro da pá ou broca

de perfuração (figura 5.6), que transmite informações da cravação a um receptor na

superfície conforme figura 5.7.

A pá de perfuração permite o direcionamento com eventuais correções no percurso,

caso ocorram obstáculos ou interferências.

31

Após a conclusão do Furo Guia, retira-se a broca e instalam-se alargadores cônicos

que serão inseridos no micro túnel, que irá expandir o furo até que atinja 1,5 vezes o

diâmetro externo do Tubo a ser instalado .Após este processo o Tubo será puxado

para dentro do Micro túnel em sentido inverso ao da Perfuração.

Figura - 5. 6 Pá de Perfuração, (Vermeer 2006)

Figura - 5. 7 Receptor, (COMGÀS 2006).

Esse método é ideal para obras em cidades de grande porte, onde o sistema viário

já não suporta mais qualquer estreitamento do leito carroçável, podendo ser

considerado um sistema muito viável em nível de limpeza, quando comparado ao de

escavação através das valas a céu aberto.

Pode-se mencionar ainda fatores que envolvem economia, rapidez na execução das

travessias e redução do risco de acidentes, que são proporcionados por

32

tal tecnologia de perfuração. Vale ressaltar as grandes perspectivas abertas à

engenharia de projetos para a descoberta de soluções técnicas antes inviáveis

5.5.1. Historia do metodo de perfuração direcional

A utilização do método de perfuração direcional horizontal, conhecida popularmente

por método não-destrutivo (MND) no Brasil teve sua estréia em 1972 em São Paulo

pela antiga empresa de telecomunicações (Telesp), que lançou mão do método para

instalar cabos no subsolo da cidade. Desde essa época pouco se estudou e quase

nada se executou dessa tecnologia que pode reduzir impactos ao meio ambiente em

obras para instalação de redes subterrâneas de maneira prática, viável e

ecologicamente correta.

O método voltou a ganhar destaque com a abertura da economia brasileira, no início

da década de 90, em função dos projetos de rotas ópticas urbanas e de longa

distância, em rodovias e ferrovias; e, mais recentemente, com a necessidade de

ampliação rápida da atual rede que requer a utilização de máquinas de alta

tecnologia.

Desenvolvida na Alemanha há 50 anos, a tecnologia, inicialmente praticada somente

na área de telecomunicações, atualmente está chamando a atenção dos

empresários para o uso em outros vários setores da economia.

Além de São Paulo, o método já é conhecido em outros estados, conforme a revista

tem construção em sua edição abril 200, revelam os números que as empresas

movimentam, neste segmento, anualmente, entre US$30 e 40 milhões. Grandes

construtoras do setor de telecomunicações (rotas ópticas) respondem por cerca de

95% dos contratos.(REVISTA TEM CONSTRUÇÃO - Abril 2000).

Segundo Sérgio Palazzo, presidente da ABRATT, a tecnologia perfuração horizontal

direcionada não é nova. Basta olhar para o metrô de São Paulo, feito há 30 anos,

em sua maior parte com esse método. Todos os túneis que se possa imaginar foram

construídos empregando tecnologia de perfuração horizontal direcionada. O que

ocorreu é que essa tecnologia, amplamente conhecida no mundo, agora começa a

enveredar aqui no Brasil pelos caminhos da infra-estrutura, na área de

abastecimento de água e energia elétrica, saneamento e, como

33

observa-se anteriormente, telecomunicações. Trouxe junto um problema muito sério.

Geralmente, quando se constrói um túnel, ele passa no meio do mato, ou através de

um complexo de serra, ao contrário do metrô, que pode ser cavado em um nível

mais baixo, a uma profundidade segura. Quando se passar para as áreas de infra-

estrutura, começa a interferência no sistema viário e nas redes já instaladas no

subsolo e com problemas pertinentes a segurança, que envolvem a cadeia

produtiva.

Somente nas áreas de extensões de telecomunicações, o setor emprega mais de 50

mil pessoas. Ao incluir outros segmentos, este número chega a 150 mil. Contudo, no

Brasil somente 5% das perfurações são feitas com tecnologia de perfuração

horizontal direcionada, número que pode chegar a 50%. Enquanto isso, nos Estados

Unidos 80% das obras adotam esse processo (ABRATT, 2006).

Estudos realizados pela ABRATT comprovam que o alto custo da tecnologia ainda é

pequeno em função do custo social que ela oferece. Atualmente, as perfurações, em

função da profundidade, diâmetro, região, entre outros fatores, ainda custam um

pouco mais que os procedimentos convencionais com aberturas de valas (ABRATT,

2006).

Por outro lado, nas obras de maior profundidade, as novas tecnologias são muito

mais baratas que as usuais. É ressaltada, ainda, a diferença que faz o custo social

do transtorno causado à cadeia produtiva pela abertura de uma vala.

No subsolo paulistano se escondem milhares de quilômetros de fios, cabos, dutos e

galerias. São 22.800 km de redes de água, 17.265 km de galerias de esgoto, 3.000

km de galerias de águas pluviais e 2.000 km de dutos de gás. Os fios telefônicos e

elétricos, cabos de fibra óptica e cabos de TV se estendem por mais 50.000 km É

um universo praticamente desconhecido, pois há muitos anos a cidade não dispõe

de um mapeamento adequado do próprio subsolo (ABRATT, 2006).

Mas os problemas não prosperam em vista de tamanha ser a viabilidade do método

aqui sustentado como ideal. A Universidade de São Paulo (USP) adquiriu os

equipamentos e montou o procedimento completo de execução da tecnologia não-

destrutiva na área de energia dentro da própria Cidade Universitária. Tudo que

estava em postes foi enterrado usando o método de perfuração

34

horizontal direcionada, as vezes combinado com o destrutivo (vala a céu aberto),

união que pode ser viável, dependendo das circunstâncias. (ABRATT 2006)

5.5.2. Associação brasileira de tecnologia não-destrutiva (ABRATT)

Essa entidade visa promover e divulgar pesquisas e estudos técnicos sobre as

atividades não-destrutivas utilizadas em obras de engenharia de infra-estrutura.

Suas atividades se iniciaram em 1999, a partir do esforço de empresas ligadas a

este setor interessadas em regulamentar esta atividade no Brasil. A ABRATT é

filiada à ISTT - International Society for Prenchless Technology, de origem inglesa,

que congrega associações similares em todo o mundo.

5.5.3. Procedimento de execução do furo direcional na construção de gasoduto.

Este procedimetno estabelece os parâmetros para instalação de dutos de polietileno

e dutos de aço carbono pela técnica de Furo Direcional também denominado

método não destrutivo (MND).

5.5.3.1. Detectando-se as interferências

Para detectar as interferências alguns métodos de alcance podem ser utilizados,

dentre eles vale mencionar:

1. O método eletrônico, o mais moderno método instrumental, utiliza localizadores

acionados por baterias, com um sistema de interpretação computadorizada de

dados que permite a análise das cotas, dimensões, tipos de materiais, etc.

2. Outro método é o Geo-Radar (ver figura 5.10), que funciona com a emissão de

ondas eletromagnéticas, permitindo a checagem dos cadastros com as imagens

captadas a partir da locação física, sendo o primeiro passo definitivo na

demarcação.

3. Método de inspeção visual a partir dos poços de visita — permite a identificação

de tipos, direções e cotas das redes instaladas, servindo de complementação

35

indispensável ao processo de localização e planejamento do furo, conforme figura

5.8.

Figura - 5. 8 Método de inspeção visual, (COMGÁS 2006)

4. Por fim, resta a inspeção invasiva — quando todos os outros recursos já

houverem sido tentados — que nada mais é do que, a escavação profunda até o

alcance visual da suposta interferência.

5.5.4. Planejamento da perfuração

Após o estudo do terreno (solo e rocha), e uma vez detectadas as interferências,

(tubulações de outras concessionárias), o próximo passo é o planejamento da

perfuração.

Para isso, a maioria dos fornecedores de localizadores já aplica a informática,

processando as informações. Há também no mercado planejador de perfuração ou

programas que, executando teoricamente o processo, fornecem ao empreiteiro ou

projetista do furo uma atualização teórica para auxilio na decisão de execução.

Nessa fase de execução é imprescindível a utilização de todos os recursos de

segurança no trabalho, em particular, sinalização, aparelhos, vestimentas e serviços

de emergência (primeiros socorros). O local da execução deve estar totalmente

sinalizado para o tráfego e para o transeunte (principalmente o curioso), num

trabalho, se possível, conjunto com as companhias de trânsito. Placas indicativas,

alertadoras, cones, fitas e mesmo funcionários responsáveis pela área são pré-

garantias da segurança total. Já a utilização das vestimentas deve estender-se a

todos que ocupem a área de perfuração — a energização de uma área em função

36

da intercepção, por exemplo, pode alcançar mais de 200 m² - assim como deve ser

evitado o uso de ferramentas inadequadas, posições ergonômicas incorretas e a

movimentação de materiais pesados, entre outras medidas.

Para perfurações em subsolos congestionados, como o dos grandes centros

urbanos, também é recomendável algumas prevenções: exposição das tubulações

cujo afastamento do furo piloto ou de retomo esteja dentro do limite máximo

admissível. Caso o risco de insucesso seja evidente, a perfuração lenta é sempre o

melhor procedimento, cabendo ao “planejador do furo” determiná-la.

A velocidade da perfuração é determinante, ainda, em áreas com possíveis

interferências não localizadas — tubulações ou redes desconhecidas. Essa

velocidade é que permitirá a percepção de indicadores daquelas interferências,

sejam eles o aumento da pressão hidráulica sem o correspondente avanço, os sons

que chegam ao operador pela coluna de barras ou, finalmente os sistemas de

alarme, estes últimos, sinais da aproximação de redes elétricas.

5.5.5. Instrumentos essenciais, equipamentos e materiais de auxílio

A perfuração direcional trabalha com duas categorias de equipamentos de

localização: os de localização da cabeça de perfuração e os de localização de

interferências.

Mesmo em condições ideais de manutenção, esses equipamentos têm limitações,

quer de sua própria configuração, quer do meio em que estejam operando; e,

podem, por vezes, ser incapazes de localizar uma interferência ou de apontar com

precisão a localização exata da cabeça de perfuração da máquina.

Os equipamentos de localização de interferências podem ser subdivididos conforme

sua capacidade de penetração ou profundidade (localizadores) e conforme os tipos

de produtos a serem identificados (radares geológicos), estes últimos são velhos

conhecidos em trabalhos de geologia e exploração na área mineral e de petróleo.

Já os materiais complementares são fluidos e aditivos que facilitam o trabalho de

“penetração”, funcionando como lubrificantes, tanto no caminho de ida, quanto no de

volta. No caso das travessias executadas por perfuração direcional, os mais usados

37

são a bentonita e os polímeros.

Além dos materiais complementares, são componentes do método de perfuração

direcional não destrutiva os materiais aplicados, ou produtos que serão instalados no

furo, como os dutos, que podem ser de PVC, PEAD, ferro fundido, aço ou cabos de

comunicação e cuja interferência na segurança do trabalho deve-se exclusivamente

a sua flexibilidade.

Materiais rígidos, como os tubos de aço e ferro fundido, exigem um planejamento do

furo com “arcos” de raios muito grandes, já que seus limites de curvatura são muito

restritos. E uma situação em que a segurança da perfuração depende muito mais

dos processos que dos produtos.

No caso dos tubos de PEAD (Polietileno de alta densidade), sua utilização baseia-se

em sua flexibilidade de adaptação às variações do traçado perfurado o que,

dependendo do fabricante, nem sempre acontece. Considerando que as

perfuratrizes, por exemplo, devem ser avaliadas por seu “pull-back”( capacidade de

“puxar”) e que uma tubulação presa numa curva pode ultrapassar, em muito, em

termos de resistência, a capacidade da máquina ou que um travamento pode

significar um alongamento do duto até que se perceba sua ocorrência —

geralmente, quando a barra sai de um lado, mas o duto não entra do outro — é fácil

imaginar como um tubo inadequado pode comprometer a segurança, daí a

imposição de um planejamento e execução perfeitos.

5.5.6. A base: “pull back”

No Brasil, há disponibilidade de máquinas com “pull-back” entre 2 t e 50 t. Para

capacidades acima de 100 t, as máquinas, no geral, têm sido importadas, em regime

temporário, para a execução de trabalhos específicos. Também podem ser

encontrados equipamentos de Microtunneling e as TBM, em dois grupos específicos

(de 1 a 2 m de diâmetro) e as perfuratrizes de túneis. No caso da perfuração

direcional não-destrutiva, a avaliação do equipamento passa, antes das clássicas

perguntas sobre seu alcance e diâmetro máximos, por seu “pull-back”, tudo o que

ela levou para a outra extremidade, mais o que ela pretende trazer, mais o atrito e o

esforço de alargamento do furo base. Não havendo, ainda, uma fórmula acadêmica

38

capaz de realizar, on-line e com precisão, o cálculo de todas essas variáveis, o

fundamental é determinar o “pull back” da máquina e, para as variáveis, adotar um

coeficiente de segurança (ABRATT, 2006)

5.5.7. Equipamentos

Especificamente em relação ao maquinário da empresa Vermeer que inclusive

nomeia suas máquinas com o próprio nome mais numeração, cujas HDDs da família

Navigator são concebidas para atingir maior força de perfuração a partir do torque

das máquinas, menciona-se que o fluído utilizado nelas ajuda no processo, limpando

a cabeça de corte, porem seu uso indiscriminado pode criar problemas, como

erosões decorrentes da percolação do líquido no solo. A linha de equipamento da

marca conta com diversos modelos, para perfurações em locais com pouco espaço

e travessias mais extensas. O carro chefe, entretanto, é o modelo D16, de 16 mil lbf

(libras/força) de pull-back ou o equivalente a 73,55 KN.

A empresa também comercializa o sistema Atlas, conjunto de softwares idealizado

para o planejamento do furo, bastando inserir os dados de cadastro e de inspeções

realizadas no campo para o cálculo da rota, evitando ângulos que possam romper as

barras ou comprometer a perfuração.

5.5.7.1. Máquinas MND

Linha NAVIGATOR de MND da Vermeer ideal para a execução de redes

subterrâneas – gás, eletricidade, água, telecomunicações ou recuperação do solo –

sem escavação ou valetamento

Figura - 5. 9 Equipamento de Perfuração

direcional.

Figura - 5. 10 Equipamento de Perfuração

direcional.

39

5.5.7.2. Ferramentas para Perfuração em Rocha

A linha Rockfire da Vermeer oferece a tecnologia mais atualizada de perfuração de

rocha. Utilizando um compressor independente e uma espuma especial, em lugar do

fluido de perfuração, essas cabeças de perfuração permitem o trabalho em

escavações de rocha mais difíceis que possa encontrar.

Figura - 5. 11 Ferramentas para Rocha.

5.5.7.3. Barras de Perfuração

Hastes FIRESTICK e FIRESTICK II são fabricadas com o aço-liga exclusivo I-135,

forjadas e tratadas termicamente, medidas com tolerâncias precisas e inspecionadas

rigorosamente para assegurar um produto final de alta qualidade. Essas permitem

um alto torque em perfurações de grande diâmetro, que permitem uma alta vazão de

fluido de perfuração.

As roscas da FIRESTICK são usinadas com precisão e possuem um projeto que

possibilita a montagem e desmontagem rápida e assegura uma vida maior do

acoplamento. Atualmente, há mais de 600.000 acoplamentos.

Figura - 5. 12 Barras de Perfuração.

40

5.5.7.4. Sistema misturador de fluido

Os sistemas Vermeer de mistura de fluido inicialmente misturam os aditivos dos

fluidos de perfuração, e em seguida, jatos de rolagem posicionados

estrategicamente rolam o conteúdo dos tanques para completar o processo de

mistura, com isso reduz o tempo de produção.

Figura - 5. 13 Sistema misturador de Fluido.

5.5.7.5. Sistema modular de mistura

Os sistemas modulares de mistura têm a finalidade de propiciar a mistura rápida de

grandes volumes de fluido de perfuração, para aplicações em PHD de grande

diâmetro ou longa distância, inclusive projetos que requeiram transmissores de

localização.

Figura - 5. 14 Sistemas Modulares de Mistura.

41

5.5.7.6. Software Planejamento de Furo Direcionado

O software ATLAS BORE PLANNER de planejamento e mapeamento permite a

visualização gráfica da seção geológica – geotécnica da obra, ajudando a equipe a

vê-la do começo ao fim.

Figura - 5. 15 Software Planejamento de Furo Direcionado.

5.5.7.7. Software de Campo

Para cálculos mais rápidos de MND no campo, o sistema Fieldcalc faz com que os

usuários possam calcular a distância de recuo, traçar trajetórias ponto a ponto,

estimar o tempo de alargamento e os volumes de perfuração e configurar o diâmetro

externo de conjuntos de dutos.

Figura - 5. 16 Fieldcalc - Software de Campo.

42

5.5.7.8. Georadar

As técnicas de georadar são muito expeditas, não destrutivas e não invasivas que

permitem investigar o subsolo com elevada resolução e a pequena profundidade. A

prospecção arqueológica se beneficia da utilização destas técnicas que

proporcionam imagens bidimensionais e tridimensionais da área a prospectar em

condições e com resultados que não são proporcionados por outras técnicas

geofísicas (magnética e resistividade elétrica).

O georadar, ou GDR, é multifreqüencial e multicanal, explica Jamile Dehaini,

geofísica da Ingenieria Dei Sistemi (IDS) (Geotrack, 2006).

Como qualquer radar, o equipamento emite sinais, que penetram no solo ou nas

estruturas do edifício, retornando, como um eco, ao encontrar obstáculos e

formando imagens de acordo com a resposta. Podem ser usadas 3 freqüências

(600, 400 e 200 MHz) simultâneas e 6 antenas diferentes

Tudo isso para criar uma imagem tridimensional do solo, onde é possível visualizar

não só os obstáculos mais próximos da superfície, como também o que está por trás

deles. Antes de ser feita uma varredura, toda a cartografia do lugar é colocada num

software, no computador, de modo que cada objeto ou estrutura que aparece na

imagem fique bem localizado. "O rastreamento de sua posição é constante", observa

Jamile (geotrack,2006).

Isso dá alta precisão à leitura, que ainda pode ser complementada com as imagens

de um radar de 100 MHz, para profundidades maiores. Nos solos arenosos ou em

determinados tipos de rocha, os sinais penetram cerca de 10 metros. Nos solos

argilosos, como o de São Paulo, a penetração dos sinais é muito menor e a

expectativa é de atingir até 3 metros.

O produto final se parece muito com a imagem de uma tomografia, com os

diferentes objetos ou estruturas coloridos artificialmente, para melhor visualização.

43

Figura - 5. 17 Georadar

5.5.7.9. Perfuratrizes

São comercializadas no Brasil as perfuratrizes 6010 e 6030, equipadas com sistema

automático de alimentação e retirada de barras e cujos componentes ficam

concentrados em um único local, o que facilita sua manutenção com a abertura de

apenas um capô. A 6010 tem 10 mil lbf de pull-back (classe de 5 t) e a 6030 atinge

30 mil lbf de capacidade (o equivalente a 13 t). Os equipamentos são compactos e

leves, o que facilita seu transporte com baixo investimento da empresa prestadora

de serviço.

5.5.8. Lama bentonítica

A bentonita-mineral é material extraído da natureza, originário de cinzas vulcânicas,

que proporciona lubrificação e estabilização nos solos onde é aplicada. Como é a

capacidade de mistura instantânea o que difere uma bentonita de outra, em termos

de qualidade, as importadas têm se revelado melhores que as nacionais.

Os polímeros são compostos sintéticos de alto peso molecular, que, quando atraídos

pela argila, evitam sua dilatação. Impedem, por exemplo, o travamento da

ferramenta em trabalhos realizados na presença de areia. Ao prevenir o travamento,

garante-se a segurança da operação, não só por eliminar o risco de acidentes

causados pela quebra brusca da trava ou das máquinas, como pela continuidade e

conclusão da obra.

44

5.5.9. Aplicação do método

Para a aplicação desse método se faz necessário uma seqüência de execução

descrita abaixo.

5.5.9.1. - Planejamento do furo

A partir do levantamento fotográfico e do cadastro de interferências, é elaborado o

plano de navegação da perfuração a ser executada, levando-se em conta as

profundidades necessárias e a flexibilidade da tubulação a ser instalada.

5.5.9.2. Abertura da vala de trabalho

Deverá ser aberta uma vala, ou alargar um PV, no ponto de troca da tubulação.

A vala de introdução ou a de chegada da tubulação deve ter tamanho suficiente para

caber o equipamento, e ter profundidade igual à do tubo a ser instalado, devendo ser

escorada e esgotada, se necessário, para permitir o trabalho do pessoal e

equipamentos.

5.5.9.3. Preparo da base

A base será feita em brita, com estacas de madeira, no fundo e paredes da vala de

trabalho.

5.5.9.4. Montagem do equipamento de perfuração

O equipamento consiste em uma perfuratriz rotativa que perfura o solo utilizando

rotação, injeção de água e/ou ar comprimido. Sua montagem inclui ancoragem no

terreno de base,alinhamento e inclinação desejada para o início da perfuração.

O equipamento consiste em uma solda rotativa que perfura o solo utilizando rotação,

injeção de ar comprimido e água. Sua montagem inclui ancoragem nas paredes do

poço de trabalho, alinhamento e nivelamento da base.

45

5.5.9.5. Perfuração do furo Piloto

Acionando o equipamento, a perfuratriz executa um furo piloto, guiado por um

emissor de ondas eletromagnéticas que informa constantemente a posição,

inclinação e direcionamento da cabeça de perfuração.

5.5.9.6. Alargamento e desobstrução do furo

O alargamento consiste na passagem progressiva de ferramentas de diâmetros

maiores a cada operação até atingir o suficiente para a instalação do tubo,

removendo e compactando o material (solo) de forma a desobstruir completamente

o furo.

5.5.9.7. Instalação do tubo

Com o furo preparado, executa-se a solda das barras do PEAD ou aço. A sonda faz

a instalação do tubo por tração.

5.5.9.8. Ponto de chegada

No ponto de chegada (BV ou vala) será instalada a cabeça de puxamento da

tubulação a ser instalada, juntamente na haste a ser introduzida pelo equipamento.

Coloca-se um guincho hidrostático especial que guiará o equipamento, exercendo

uma força de tração.

46

6. ESTUDO DE CASO

Enfatizou-se em três casos efetivos, em que foi realizada a instalação do gasoduto

promovido por uma grande distribuidora de gás natural do Estado de São Paulo,

Analisar, por fim, o melhor método a ser utilizado em construções dessa categoria.

O caso constitui-se de operação onde foram realizadas as construções dos

“gasodutos de distribuição” em tubo de Aço, cada caso com suas respectivas

pressões de operação, e extensões.

Havendo de se atentar, no entanto, anteriormente à escolha final, qual método seria

utilizado (considerando a possibilidade de escolher o uso simultâneo destes), para

as características especiais do local onde a obra seria realizada.

6.1.Remanejamento de rede de distribuição de gás natural no município de Pindamonhangaba

Este empreendimento é relativo ao remanejamento da rede de distribuição de gás

natural existente, localizada no município de Pindamonhangaba, na Rodovia

Vereador Abel Fabrício Dias (SP-062), pela COMGÁS (Companhia de Gás de São

Paulo), visando ao atendimento de consumidores na sua área de abrangência.

6.1.1. Traçado Projetado Trecho A1

O gasoduto projetado em aço carbono (Ø6”) tem seu início na interligação com a

rede existente (Ø6” – AC) em uma rotatória da Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias

(SP-062), na altura do Km 155 + 767m, seguindo por cerca de 13 metros com a

instalação de uma válvula de bloqueio (Ø6”-AC) longitudinalmente a via. Esta

extensão será interligada ao gasoduto projetado (Ø10”-AC) que se estenderá

longitudinalmente a rodovia, sentido Moreira César, por cerca de 1059 metros até

interligar-se a rede existente (Ø10” – AC), na altura do Km 156 + 752m. Com este

procedimento, o gasoduto existente no canteiro central da rodovia será abandonado.

47

6.1.2. Traçado Projetado Trecho B1:

O gasoduto projetado em aço carbono (Ø4”) tem seu início na interligação com o

gasoduto projetado (Ø10”-AC- Trecho A1-FL.04/05), na altura do km 156+486m da

Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias (SP-062), e cruza a rodovia percorrendo cerca

de 20 metros até interligar-se com trecho do ramal que deverá permanecer para

atendimento ao Auto Posto Guerreiro.

6.1.3. Características do Gasoduto Projetado

Para construção desse gasoduto será necessário o assentamento de tubulação em

aço carbono de acordo com a norma de projeto de construção de gasoduto (ASME –

B31.8) e norma de especificação de materiais (API 5L). As extensões projetadas,

conforme tabela 6.1.

Tabela 6. 1 Características do gasoduto projetado

Rede Existente Tubulação em Aço Ø6”, Pressão de Operação LL7 (100psig) Tubulação em Aço Ø10”, Pressão de Operação LL7 (100psig)

Extensão projetada 1059,00 m - Aço 10” de diâmetro 13,00 m - Aço 6” de diâmetro

Extensão de ramais 20,00 m - Aço 4” de diâmetro

Pressão de projeto (pp) LL7 (100 psig)

Pressão máxima de operação (po)

LL7 (100 psig)

Conjunto p/ válvula de bloqueio 01 unidades – Aço Ø6” – classe 150# FONTE: Engevix 2006

6.1.4. Interligação com a rede existente

A nova rede deverá ser interligada com a rede existente para possibilitar o

comissionamento1

1 Comissionamento: É o ato de colocar gás na rede, integrando a mesma como um ativo da companhia.

48

6.1.5. Rede existente em aço carbono Ø6”.

A interligação com esta rede existente será feita com uma conexão p/ bloqueio c/

desvio de 6 polegadas, mantendo posteriormente o diâmetro da tubulação de 6

polegadas.

6.1.6. Rede existente em aço carbono Ø10”

A interligação com esta rede existente será feita utilizando uma Conexão p/ Bloqueio

c/ desvio de 10 polegadas, mantendo posteriormente o diâmetro da tubulação de 10

polegadas.

6.1.7. Cruzamento com Outras Tubulações

Durante os levantamentos de campo necessários para execução deste projeto não

foram detectadas outras tubulações que necessitassem de um estudo específico,

como rede elétrica que pudesse originar correntes de interferência que viessem a

influenciar no sistema de proteção catódica.

6.1.8. Cruzamento com Linhas de Transmissão em Alta Tensão

Durante os levantamentos de campo não foram detectados trechos de paralelismo

ou cruzamento ao longo deste gasoduto.

6.1.9. Levantamentos de Campo para Resistividade Elétrica do Solo

Em função da pequena extensão deste gasoduto, e por tratar-se de um

remanejamento, e ainda conforme a NT 34, não foram efetuados os levantamentos

da resistividade elétrica do solo.

6.1.10. Características do Local

Foram levantadas as características do local conforme tabela 6.2.

49

Tabela 6. 2 Característica do local. tipo de tráfego ( ) local ( ) médio (X) intenso ( ) muito intenso

interdição ( ) total (X) parcial

leito carroçável (X) terra ( ) asfalto ( ) concreto ( ) paralelepípedo

estado de conservação ( ) bom (X) regular ( ) ruim

guias de concreto ( ) existente (X) inexistente

sarjeta de concreto ( ) existente (X) inexistente

estado de conservação ( ) bom ( ) regular ( ) ruim

passeio ( ) cimento ( ) ladrilho ( ) calçadão

estado de conservação ( ) bom ( ) regular ( ) ruim

outros dados ( ) feira ( ) travessia de fundo de vale ( ) desvio

interferências físicas a serem evitadas em frente aos números

( ) árvores ( ) poste ( ) bocas de lobo ( ) cabines telefônicas ( ) bancas de jornal FONTE: Engivix,2006

6.1.11. Informações adicionais

Para construção de gasodutos em aço carbono os tubos devem respeitar a norma

API 5L grau B X 42 e espessura padrão, conforme tabela 6.3 e espessura especial

conforme tabela 6.4.

Tabela 6. 3 Espessura padrão COMGAS.

Diâmetro da tubulação de gás Pressão na rede

Até 6 ’’ De 8 ’’ a 12 ’’ Acima de 12 ’’

4 bar (60 #)

7 bar (100 #) 1,5 m 3,0 m 4,5 m

17 bar (250 #)

37 bar (523 #) 3,0 m 6,0 m 9,0 m

FONTE: COMGAS 2000

50

Tabela 6. 4 Espessura Especial.

Diâmetro da tubulação de gás Pressão na rede

Até 6 ’’ De 8 ’’ a 12 ’’ Acima de 12 ’’

4 bar (60 #)

7 bar (100 #) 1,5 m 3,0 m 3,0 m

17 bar (250 #)

37 bar (523 #) 3,0 m 3,0 m 3,0 m

FONTE: COMGAS 2000

6.1.12. Afastamento mínimo

Em relação a instalações subterrâneas, serão observadas as seguintes distâncias

mínimas de afastamento, conforme tabela 6.5:

Tabela 6. 5 Distancia mínimas de afastamento. Tipo de

instalação

Diâmetro da tubulação de gás

Até 6 ’’ De 8 ’’ a 12 ’’ Acima de 12 ’’

Linhas de alta tensão

0,5 m 1,0 m 1,0 m

Qualquer instalação subterrânea

0,3 m 0,4 m 0,4 m

FONTE: Engevix 2006

6.1.13. Profundidade de Valas

Como padrão, será adotado a seguinte profundidade mínima da geratriz superior da

tubulação:

Tubulação assentada longitudinalmente em faixa de rodovias = 1,50 m.

51

6.1.14. Métodos de Construção

Como padrão de construção seria utilizado o Método Destrutivo (MD) com vala

aberta. Em função de dificuldades construtivas (valas muito profundas, tráfego

intenso, terreno instável, etc.) e com a autorização prévia da COMGÁS, a

empreiteira substitui o Método Destrutivo indicado no projeto pelo método de

perfuração horizontal direcionada, com estrita observância aos procedimentos

descritos na revisão bibliográfica no item 5.5.3.

A obra será sinalizada, utilizando-se placas de advertência. Nos casos de corte do

pavimento, será realizado com a utilização de disco de corte e o concreto asfáltico

será retirado com o uso de retro-escavadeira.

Para a abertura das valas serão observados os procedimentos descritos na Norma

COMGÁS NT-20, como foi sita do na revisão bibliográfica no item 5.4.1. Se o solo

retirado for reaproveitável será depositado ao lado da vala para ser utilizado no

reaterro das valas. Caso seja considerado inadequado será encaminhado ao bota-

fora autorizado.

Os reparos do pavimento serão realizados conforme procedimentos descritos na

Norma COMGÁS NT-47

6.1.15. Sondagem

Para implantar a tubulação na Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias (SP-062), foram

efetuadas sondagens em cinco pontos (SP-01, SP-02, SP-03, SP-04 e SP-05), os

quais atingiram profundidade de 4,45m, viabilizando o assentamento da tubulação

através do método de perfuração direcionada.

52

Figura 6. 1 SPT1 Detalhe do canteiro / execução.

Figura 6. 2 SPT1 2Amostragem

Figura 6. 3 SPT1 3 Recomposição do solo.

Figura 6. 4 STP2 1 Detalhe do canteiro / execução.

Figura 6. 5 SPT2 2 Amostragem.

Figura 6. 6 SPT2 3 Recomposição do solo.

Figura 6. 7 SPT 3 1 Detalhe do canteiro /

execução.

53

Figura 6. 8 SPT 3 2 Amostragem.

Figura 6. 9 SPT 3 3Recomposição do solo.

Figura 6. 10 SPT 4 1Detalhe do canteiro / execução.

Figura 6. 11 SPT 4 2Amostragem.

Figura 6. 12 SPT 4 3Recomposição do solo.

Figura 6. 13 SPT 5 1 Detalhe do canteiro / execução.

Figura 6. 14 SPT 5 2Amostragem.

Figura 6. 15 SPT 5 3Recomposição do solo.

54

6.1.16. Croquis e tabelas de resultados

Foram efetuados relatórios de sondagem a percussão onde é mostrado o perfil

geológico da região em que será assentada a rede. Este ensaio tem uma

importância fundamental na viabilidade da escolha do método de construção.

Foram realizadas 5 sondagens no trecho conforme demonstrado no anexoI.

6.2.- Remanejamento Avenida Piraporinha no município de Diadema

O remanejamento foi feito com uma rede de AÇO de Ø6” LL4, na Av. Piraporinha,

onde foi desativada a rede que passa a uma profundidade de 0,30 cm sob o córrego

canalizado, e será construída uma nova rede pelo método não destrutivo (HDD)

passando a uma profundidade de 2,50m abaixo do seu leito. Serão retiradas 2

(duas) válvulas em espaço confinado e instalada 1(uma) nova válvula nos padrões

Comgás. Este serviço foi executado para manter a segurança de operação da rede

da COMGÁS.

Figura 6. 16 Detalhe da BV do córrego. Figura 6. 17 Detalhe do córrego canalizado.

55

A obra consiste na instalação de um gasoduto para transporte de gás natural, de

propriedade da Companhia de Gás de São Paulo (COMGAS), a ser construído em

aço no diâmetro e comprimento conforme especificação da tabela 6.6.

Tabela 6. 6 Característica da tubulação.

Diâmetro Comprimento

6 polegadas 173 metros

TOTAL 173 metros FONTE: Engevix 2006

Este gasoduto terá sua origem em um outro gasoduto já existente, no Município de

Diadema, na Av. Piraporinha com Av. Dr. Ulisses Guimarães, destinando-se

somente a um trecho em remanejamento, para transposição do córrego e a

eliminação de duas válvulas de espaço confinado.

Figura 6. 18 Localização do Projeto (Engevix 2006)

56

Todos os materiais resultantes da desativação da rede, inclusive as válvulas, serão

removidos e transportados em local a ser definido pela Comgás. Após a retirada dos

equipamentos das caixas de válvulas, as mesmas serão compactadas, e será

executado o seu acabamento superficial, descaracterizando, desta forma, o espaço

confinado.

6.2.1. Método de construção

Na escolha do método, foi levada em conta a característica do projeto, onde a

construção de um gasoduto aéreo sob o córrego inviabilizava o projeto, devido o alto

custo e a inclusão no plano de manutenção de travessias aéreas. Por outro lado a

construção pelo método destrutivo (Céu Aberto), tem o agravante de se ter a

necessidade o desvio do leito do córrego para a abertura da vala e assentamento da

tubulação.

Tendo em vista as dificuldades listadas à cima o método mais adequado para a

realização do projeto foi o método de perfuração direcional horizontal (HDD), onde a

perfuração foi conduzida sob o leito do córrego com profundidade aproximada de

2,5m, abaixo de seu leito

6.2.2. Informações adicionais

Para construção de gasodutos em aço carbono os tubos devem respeitar a norma

API 5L grau B X 42 e espessura padrão, conforme tabela 6.3 e espessura especial

conforme tabela 6.4.

6.2.3. Afastamento mínimo

Em relação a instalações subterrâneas, serão observadas as seguintes distâncias

mínimas de afastamento, conforme tabela 6.9:

57

Tabela 6. 7 Distancias mínimas de afastamento. Tipo de

instalação

Diâmetro da tubulação de gás

Até 6 ’’ De 8 ’’ a 12 ’’ Acima de 12 ’’

Linhas de alta tensão

0,5 m 1,0 m 1,0 m

Qualquer instalação subterrânea

0,3 m 0,4 m 0,4 m

FONTE: Engevix (2006)

6.2.4. Profundidade de Valas

Como padrão, será adotado a seguinte profundidade mínima da geratriz superior da

tubulação:

Tubulação assentada longitudinalmente em faixa de rodovias = 1,50 m.

Tabela 6. 8 Tabela orientativa de profundidade mínima.

Condição Profundidade Mínima

Tubo de PEAD em logradouros municipais asfaltados e/ou com pavimentação com fita de sinalização. 0,61 m

Tubo de PEAD em logradouros municipais em terra ou sem pavimentação 0,92 m

Tubo de PEAD instalado pelo método não destrutivo 0,92 m

Tubo de aço em logradouros municipais 0,92 m

Áreas com atividades agrícolas ou sujeitas à erosão 1,20 m

Ocupação longitudinal de faixa de rodovias 1,50 m

Travessias sob rodovias, ferrovias, rios e córregos 2,50 m

FONTE: Engevix 2006.

58

6.2.5. Relatório de sondagem

Este relatório apresenta as sondagens geotécnicas à percussão, que constitui o

projeto de rede de distribuição de Gás Natural – Município de Diadema - SP.

Foram executados 02 furos de sondagem a percussão.

A amarração por triangulação com pontos fixos dos furos de sondagem é

apresentada em anexo II que constam dos perfis individuais de

sondagem.localização da execução das sondagens conforme figura 6.19 e 6.20.

Figura 6. 19 Sondagem SP 1(WYDE 2006)

Figura 6. 20 Sondagem SP 2 (WYDE 2006)

59

6.3.Remanejamento Avenida Presidente Willson São Paulo – SP.

Este empreendimento é relativo a construção de uma nova tubulação para realizar

uma interligação entre a o RETAP (reservatório de alta pressão) existente,

localizado a Avenida Presidente Wilson (Moóca - Município de São Paulo) e o

reservatório B da COMGÁS (Companhia de Gás de São Paulo), e uma interligação a

uma rede já existente na própria avenida.

Figura 6. 21 Av Presidente Wilson. Figura 6. 22 Localização

6.3.1. Escopo dos trabalhos

As interligações das redes construídas foram executadas da seguinte forma:

Foi construída a rede LT17- ∅10” em aço e a rede LL4 - 250 mm PE (polietileno)

entre a Av. Presidente Wilson e a Rua Serra de Paracaina.

Foi Interligada somente a rede de ∅10” aço LT17 com by-pass na rede de ∅14” aço

e com execução do corte da rede de ∅12” aço.

6.3.1.1. Descrição dos trabalhos na pressão de LT17 (1º Parte)

Utilizando o método destrutivo isto é abrindo uma vala em toda a extensão

necessária, foi construída uma rede de10 polegadas de diâmetro ao longo da av.

Presidente Wilson, para interligar o Retap de 12”polegadas de diâmetro na

proximidades da Portaria 1 da COMGÁS na av. Presidente Wilson com o

Reservatório B de 14” polegadas no cruzamento da av. Presidente Wilson com a rua

Serra de Paracaina.

60

6.3.1.2. Especificações da Rede

De acordo com o projeto foram especificadas as seguintes características conforme

tabela 6.11.

Tabela 6. 9 Especificação de rede. Extensão de rede 355 m de 10” de diâmetro Válvulas de bloqueio ----------------------------- Ramais ----------------------------- VGB´s ----------------------------- Classe de pressão Alta - tipo LT17 PP - pressão de projeto 1.700 kPa (17 bar) - 250 psig PO - máxima pressão de operação 1.700 kPa (17 bar) - 250 psig Pressão de teste = 1,5 x pp 2.550 kPa (25,5 bar) - 375 psig Pressão de operação 1.700 kPa (17 bar) - 250 psig

Fonte: Engevix (2006)

6.3.1.3. Parte Descrição dos trabalhos na pressão de LL4 (2º Parte)

Como na etapa anterior, esta também utilizará o método de inserção da tubulação

através da abertura de valas em toda a extensão necessária. Nesta etapa foi

construída uma rede de 10” polegadas, ao longo da av. Presidente Wilson, que

interliga a rede existente de LL4 12”in - AÇO nas proximidades da Portaria 1 da

COMGÁS na av. Presidente Wilson com a rede existente de LL4 10” no cruzamento

da av. Presidente Wilson com a rua Serra de Paracaina.

6.3.1.4. Especificações da Rede

De acordo com o projeto foram especificadas as seguintes características conforme

tabela 6.12.

61

Tabela 6. 10 Especificação de rede.

Fonte: Engevix (2006).

6.3.2. Levantamento de campo

Para ajuda na definição houve a necessidade de um levantamento em campo das

características do local conforme tabela 6.13.

Tabela 6. 11 Levantamento de campo. Tipo de tráfego ( ) local ( ) médio ( ) intenso (X) muito intenso

Interdição ( ) total (X) parcial

Leito carroçável ( ) terra (X) asfalto ( ) concreto ( ) paralelepípedo

Estado de conservação ( ) bom (X) regular ( ) ruim ( )

Guias (X) concreto ( ) granito ( ) inexistente

Sarjeta (X) concreto ( ) inexistente

Estado de conservação ( ) bom (X) regular ( ) ruim ( )

Passeio (X) cimentado ( ) ladrilho (X) calçadão

Estado de conservação ( ) bom (X) regular ( ) ruim ( )

Outros dados ( ) feira ( ) travessia de fundo de vale ( ) desvio

interferências físicas a serem evitadas

( ) árvores ( ) postes ( ) bocas de lobo ( ) cabines telefônicas ( ) bancas de

jornal

Fonte: Engevix (2006).

Extensão de rede 358 m de 250 mm de diâmetro

Válvulas de bloqueio -----------------------------

Ramais -----------------------------

VGB´s -----------------------------

classe de pressão média - tipo LL4

PP - pressão de projeto 380 kPa (4 bar) - 55 psig

PO - máxima pressão de operação 380 kPa (4 bar) - 55 psig

Pressão de teste = 1,5 x pp 570 kPa (6 bar) - 82,5 psig

Pressão de operação 380 kPa (4 bar) - 55 psig

62

Tabela 6. 12 Rede existente. Rede Existente

Diâmetro = 12” Material = aço Pressão = LT17

Diâmetro = 12” Material = aço Pressão = LT17

Diâmetro = 14” Material = aço Pressão = LL4

Diâmetro = 10” Material = aço Pressão = LL4 Fonte: Engevix (2006).

6.3.3. Sondagem de interferências.

Foram mapeadas as redes de esgoto, águas pluviais, telefonia, gás e água, através

de abertura de caixas de passagem, poços de visita e detecção eletromagnética, e

os diâmetros das tubulações foram definidos por meio de sondagens manuais com

cavadeira.

Os pontos obtidos durante o mapeamento foram codificados e amarrados para o seu

adequado posicionamento em planta.

6.3.4. Croqui orientativo com localização das interferências

Todas as interferências encontradas foram identificadas e cadastradas conforme

desenho orientativo em anexo.

6.3.5. Escolha do método construtivo

- Apesar de ser uma via de tráfego intenso, ela apresenta como característica uma

largura em toda a sua extensão satisfatória para interdição parcial sem causar

grandes prejuízos ao tráfego local.

- Através de levantamentos dos cadastros fornecidos por outras concessionárias, e

investigação feita em campo constatou-se um grande número de interferências tais

como redes elétricas, redes de água e esgoto, e cabeamento de telefonia.

63

O estudo de interferências teve uma grande contribuição para definição do método a

ser empregado na construção do gasoduto. A quantidade elevada de interferências

inviabiliza o método de perfuração direcional onde, o risco de danificar outras redes

de outras concessionárias.

Tendo em vista as dificuldades pelo método de perfuração direcional optou-se pelo

método destrutivo (vala a céu aberto), apesar deste método causar um desconforto

ao trânsito local. Como solução para solucionar o esse desconforto a autorização

para realização por este método foi concedida apenas no horário noturno, para não

impactar no trânsito local.

Figura 6. 23 Vala Av : Presidente.Wilson

Figura 6. 24 Vala Av : Presidente.Wilson

Figura 6. 25 Passarela sob Av : Presidente.Wilson

64

A obra foi totalmente sinalizada conforme procedimento de Segurança, Saúde e

Meio Ambiente 5011, utilizando-se placas de advertência. Foi mantido um corredor

exclusivo para a passagem dos pedestres. A demarcação da vala foi feita ao longo

do percurso. Realizou –se o corte do pavimento com a utilização de disco de corte e

todo o concreto asfáltico foi retirado através de retro-escavadeira.

A abertura das valas seguiu o procedimento de Segurança, Saúde e Meio Ambiente

5009 e Norma Técnica 20. Todo o solo retirado da vala, e que seria reaproveitável

ficou depositado ao lado da vala para ser utilizado no reaterro das mesmas. Todo o

solo considerado inadequado seria encaminhado ao bota-fora autorizado, o que

nesta obra não houve necessidade.

65

7. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MÉTODO DE PERFURAÇÃO DIRECIONAL HORIZONTAL.

7.1.Vantagens

A opção por esse tipo de Método geralmente é feita em função de sua agilidade,

versatilidade e facilidade de movimentação em um ambiente onde o principal

obstáculo foi o trânsito local. O sistema evita interrupções no tráfego urbano e reduz

o tempo de instalação das redes, antecipando as receitas das operadoras.

O diretor da Silcon Drilling, Liberal Ramos Júnior, lembra que, além dos anéis

urbanos, o sistema encontra larga aplicação em obras de redes de longa distância,

com ênfase na travessia de rios, rodovias e ferrovias.

Os novos sistemas não-destrutivos oferecem condições de realizar uma obra de

tubulações, sem danificar o ambiente ou prejudicar a rotina urbana da cidade.

7.2.Desvantagens

Para empresas especializadas em serviços de travessia não-destrutiva, a atuação

nesse setor requer mais do que algumas perfuratrizes direcionais, como o

conhecimento do fluído, por exemplo, que é um dos fatores fundamentais, pois seu

uso com vazão e composição mal dimensionadas pode ocasionar problemas graves

e até mesmo a perda do furo. A empresa precisa dispor de pessoal especializado e

com conhecimento na área de fluídos de perfuração, bem como veículos de apoio e

uma série de equipamentos de suporte.

Problema sério, mas ao mesmo tempo estimulador que é a formação e

requalificação de mão-de-obra. Como os equipamentos são novos, não dá para

trazer alguém de outro setor e queimar etapas. Estamos começando tudo do zero.

Os próprios fabricantes mantêm cursos de treinamento e a Abratt tem um projeto

para implantar cursos de aprimoramento para os seus associados.

66

ROCHA ??

Professor aqui não sei o que escrever. O Sr. teria alguma sugestão?

Temos o navegador, uma função que não existia, que é o indivíduo que monitora o

andamento da máquina de perfuração direcional não-destrutiva. Já o localizador de

interferência é o profissional especializado em explorar o subsolo. Os perfuradores

operam a máquina que deu nome ao cargo. A essa equipe somam-se ainda os

encarregados e os engenheiros, que também estão começando do zero, que nunca

trabalharam com esse maquinário, nem tiveram uma cadeira na universidade onde

pudessem estudar a tecnologia do não-destrutivo.

A ausência de dados confiáveis sobre as instalações existentes no subsolo de São

Paulo acarreta uma redução de 10% a 20% no faturamento das empresas que

realizam trabalhos de perfuração. E as perdas não são somente financeiras.

Trabalhos que poderiam ser feitos em horas acabam levando até dias, o que impede

o melhor aproveitamento da mão-de-obra para outras atividades. Nesses casos, em

que o método utilizado é o da “tentativa e erro”, as chances de ocorrer um acidente

com os dutos, cabos e instalações podem chegar a 80%.

Atualmente, as empresas que fazem perfurações na cidade acabam assumindo todo

o risco do negócio, porque não têm acesso aos dados de todas as concessionárias

que possuem instalações naquele determinado trecho. Com isso, precisam recorrer

a softwares que simulam a operação e equipamentos eletrônicos e magnéticos que,

embora auxiliem o trabalho, ainda apresentam uma série de restrições e falhas.

67

8. CONCLUSÕES

O processo de decisão para escolha das técnicas mais apropriadas para realização

de cada obra é uma tarefa bastante complexa.

São inúmeras as variáveis que influenciam na decisão, como as características do

projeto, perfil geológico da região, tráfego de veículos, instabilidade do terreno,

interferências (tubulações de outras concessionárias), custo financeiro, custo social,

entre outras.

O método de vala a céu aberto conhecido como MD (Método Destrutivo), gera

transtornos devido à necessidade de se ocupar um grande espaço físico para o

canteiro de obra; à utilização de equipamentos de grande porte, como retro

escavadeiras, por exemplo, ter um local de descarte (bota-fora) para o material

retirado da vala, devidamente licenciado por órgão ambiental; ter de projetar e

executar o escoramento da vala e providenciar o desvio do tráfego próximo às

escavações o que dependendo da região gera congestionamento.

O método de Perfuração Direcional Horizontal conhecida popularmente como

método não destrutivo (MND), e internacionalmente de HDD – Horizontal Directional,

trata-se de uma tecnologia de travessia subterrânea, direcionada entre as

interferências existentes. A perfuratriz rotativa executa por meio de sistema

direcional o furo guia, com a ajuda de um jato de lama bentonítica em alta pressão.

Durante a perfuração é efetuado o monitoramento através de um transmissor em

freqüência modulada, instalado dentro da pá ou broca de perfuração, que transmite

informações da cravação a um receptor na superfície. Vale ressaltar que, para a

perfeita execução do método deve-se levar em conta as peculiaridades exigidas pelo

mesmo, como detectar as interferências, o planejamento da perfuração, a escolha

do equipamento certo, de acordo com o “pull-back” (Capacidade de puxar) e a

configuração da Lama bentonita.

Pode-se dizer que essa tecnologia reduz impactos ao meio ambiente em obras para

instalação de redes subterrâneas de maneira prática, viável e ecologicamente

correta. Pode-se mencionar ainda fatores que envolvem economia, rapidez na

execução das travessias e redução do risco de acidentes, que são proporcionados

68

por tal tecnologia de perfuração.

Para o melhor entendimento e diferenciação das técnicas citadas, este trabalho

comparou três projetos em obras distintas para construção de gasoduto.

A primeira obra, localizada em uma área rural em um acostamento de uma rodovia,

tratava-se de uma interligação a uma rede já existente. Em função de dificuldades

construtivas (valas muito profundas, tráfego intenso, terreno instável) e por meio dos

levantamentos de cadastro e sondagens observou-se que não existia interferência

alguma de outras concessionárias. Diante destas características determinou-se que

o método construtivo seria o de perfuração direcional horizontal (MND), gerando um

custo menor e prazo para execução reduzido.

A segunda obra, localizada em uma área urbana, apresentava além das dificuldades

de tráfego de veículos, a necessidade de cruzar um córrego canalizado. E havia

dificuldade em transpassá-lo por via aérea, inviabilizando o projeto. Sendo assim

não restou alternativa construtiva a não ser o método de perfuração direcional

horizontal (MND) para realização da obra sob o leito do córrego.

A terceira obra, também em uma área urbana, por ser um local de grande

movimentação de veículos, apresentava várias interferências no subsolo, tornando o

risco pelo método de perfuração direcional muito grande e inviável para a sua

execução. Sendo assim, o método utilizado para a execução da obra foi o de vala a

céu aberto.

O método de Perfuração Direcional Horizontal tem suas vantagens sobre o

destrutivo, como agilidade no processo construtivo; reduz impactos ao meio

ambiente; evita interrupções no tráfego urbano; reduz o tempo de instalação das

redes e é aplicado na travessia de rios, rodovias e ferrovias. Apesar destas

vantagens, nem sempre será o melhor método construtivo, pois como o estudo de

caso mostrou, há obras que ainda tem se que abdicar da tecnologia, praticidade

para utilizarmos o método destrutivo (MD)

Concluí-se com isso que, a perfuração direcional horizontal, comparado com o

método de vala a céu aberto nem sempre será a melhor escolha, cada caso deverá

ser analisado individualmente levando em consideração as suas peculiaridades.

69

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12712: informação e

documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 1993.

______. NBR 5874: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 1997.

______. NBR 8414: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 1998.

______.NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto

ABPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE POLIETILENO. ABPE.e 001: informação e documentação:

referências: elaboração. São Paulo, 1998a.

______. ABPE. e 002: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento escrito: apresentação. São Paulo, 1998b.

______. ABPE. e 004: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

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______. ABPE. m 004: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento escrito: apresentação. São Paulo, 1998d.

______. ABPE. m 008: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento escrito: apresentação. São Paulo, 1998e.

COMGAS - COMPANIA DE GAS DE SÃO PAULO

______. NT-3 – Afastamentos Mínimos De Segurança COMGÁS 2006.

______.NR 18 - Condições e M. Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção COMGÁS 2006.

______.NT-19 – Instalação De Tubos De Aço E Pe Por Perfuração Direcionada Do Solo COMGÁS

2006.

______.NT-20 – Abertura E Escoramento De Valas COMGÁS 2006.

______. NT-24 – Limpeza E Secagem Da Rede E Ramais COMGÁS 2006.

______. NT-30 – Sinalização E Identificação Da Rede De Distribuição COMGÁS 2006.

______. NT31 - Trabalho em Espaço Confinado (COMGÁS 2006.

______. NT-34 – Elaboração De Projetos Executivos COMGÁS 2006.

______. NT-26 – Proteção Catódica COMGÁS 2006.

______. NT-47 – Recomposição/Reaterro/Pavimentação De Valas COMGÁS 2006.

______. PG 9 - Segurança no Controle de Operações COMGÁS 2006.

______. PG30 - Construção - Gerenciamento Ambiental COMGÁS 2006.

______.PSSMA 5002 - Solda e Corte a Quente COMGÁS 2006.

______. PSSMA 501 1 – Sinalização COMGÁS 2006.

______. PSSMA 5021 - Permissão de Trabalho COMGÁS 2006.

70

______. IT8- Trabalho Próximo a Linhas de Transmissão e/ou Subestações; COMGÁS 2006.

______. FW 29- Lista de Verificação - Abertura de Vala (comgás)

REVISTAS

Gazeta mercantil

Gazeta Mercantil - Terça-Feira, 21 De Novembro De 2000 Mapeamento De Subsolo Poderá Ser

Unificado

Gazeta Mercantil, 21 de novembro de 2000 Associação propõe cadastro de instalações no subsolo

M& t revista manutenção e tecnologia

M&T - Revista Manutenção & Tecnologia - Fevereiro 2000 / Março 2000 Perfuração Direcional Não

Destrutiva

Revista construção

Revista Construção - Agosto 2000 Entrevista: Sérgio Augusto Palazzo

Revista O Empreiteiro

O Empreiteiro - Setembro 2000 Desafios Provocam A Engenharia

Revista Oesp Construção

Revista Oesp Construção - Novembro / Dezembro 99 Tecnologia é a saída para a “confusão” no

subsolo

Revista rede telecom

Revista Rede Telecom - Novembro 2000

Revista tem construção

Revista Tem Construção - Abril 2000 Cresce No Brasil Conceito de Tecnologia não Destrutiva

Internet:

www.abrat.org.br

ABRAT.artigos disponível em< http://www.abratt.org.br/> acesso em 24.agos.2006

ABRAT.mural disponível em< http://www.abratt.org.br/> acesso em 24.agos.2006

ABRAT.artigos disponível em< http://www.abratt.org.br/clipping1.htm/> acesso em 24.agos.2006

ABRAT disponível em< http://72.14.203.104/search?q=cache:yfZ9HP1sX-

QJ:www.abratt.org.br/clipping1.htm+normas+tecnicas+furo+direcional&hl=pt-

BR&gl=br&ct=clnk&cd=4&lr=lang_pt/> acesso em 24.agos.2006

ABRAT disponível em< http://www.abratt.org.br/mural.htm/> acesso em 24.agos.2006

71

ABRAT disponível em< http://www.abratt.org.br/clipping1.htm/> acesso em 24.agos.2006

AMBIENTEBRASIL. energia gás natural, Disponível

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./energia/index.html >. Acesso em 23 mar.

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www.comgas.com.br

Comgás histórico Disponível

em:<http://www.comgas.com.br/templates/empresa_historico.aspx?page=593&idiom=1 acesso em

24.agos.2006

www.ctgas.com.br

Centro de tecnologias do gás Disponível em <

http://www.ctgas.com.br/template02.asp?parametro=7661 acesso em 28.agos.2006

www.gasnet.com.br

Gasnet. Disponível em: http://www.gasnet.com.br 2006/03/07/

www.geotrack.com.br

Disponível em < http://www.geotrack.com.br/pnov041.htm acesso em 28 agos 2006.

www.polidrill.com.br/

Polidril Disponível em < http://www.polidrill.com.br/equipamentos/index.asp acesso em 28 agos 2006.

www.qualidadeengenharia.com.br/

Qualidade engenharia.mnd.disponivel em http://www.qualidadeengenharia.com.br/metodo.htm>

acesso em 24.agos.2006

www.teleco.com.br

Teleco informações em telecomunicações Disponível

em:<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialroptica/default.asp acesso em 28.agos.2006

72

ANEXO

AVANÇODO FURO

E GEOLÓ- E DAREVESTI -

MENTO

4 1 2 2 TC15 15 15

5 2 2 31,80

15 15 15 SECO

10 3 4 615 15 15

4 5 715 15 15 TH 4,45

PERFIL

GICO

NUMERO

DE

GOLPES DATA

N. A.

12

50 40 30 20 10 0

RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO

S. P. T.

Escala :

PERFIL INDIVIDUAL DE RECONHECIMENTO DO SUB-SOLO

Relatório nº : Desenhista : Folha :

20 / 01 / 2006

6450 / 2006 PAULO 1 : 100

Arq. Fernando Mazzeo Grande - Crea 5060477021

Resp. Técnico :

1 / 1Data :

Cliente : ENGEVIX ENGENHARIA S/A SONDAGEM A PERCUSSÃOSP - 01

Obra : COMGAS - TU - 108.05.382 COTA = 553,80

Local : RODOVIA SP- 062 - PINDAMONHANGABA - SP TÉRMINO - 19 / 01 / 06DATA DE INÍCIO - 19 / 01 / 06

Tel. ( 16 ) 3322- 3588

Rua Angelo Rafael Vicente, 820 - Araraquara - Sp

SONDAF- SONDAGENS E POÇOS ARTESIANOS LTDA

LIMITE DE SONDAGEM DETERMINADO P/ CLIENTE

PROF.

CAMADA

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL

AREIA FINA ARGILOSA, FOFA, CINZA CLARO.

AREIA FINA SILTO- ARGILOSA, POUCO COMPACTA

A MEDIANAMENTE COMPACTA, CINZA CLARO.

FIM DO FURO

4

3

2

1

AVANÇODO FURO

E GEOLÓ- E DAREVESTI -

MENTO

4 2 2 2 TC15 15 15

4 2 2 215 15 15 SECO

6 2 3 315 15 15

7 3 3 415 15 15 TH 4,45

Cliente : ENGEVIX ENGENHARIA S/A SONDAGEM A PERCUSSÃOSP - 02

Obra : COMGAS - TU - 108.05.382 COTA = 553,60

Local : RODOVIA SP- 062 - PINDAMONHANGABA - SP DATA DE INÍCIO - 19 / 01 / 06 TÉRMINO - 19 / 01 / 06

RESISTÊNCIA A NUMERO N. A. PERFIL PROF.

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIALPENETRAÇÃO

S. P. T. DE

50 40 30 20 10 0GOLPES DATA GICO CAMADA

AREIA FINA SILTO-ARGILOSA, FOFA A POUCO COM-

PACTA, CINZA CLARO.

FIM DO FURO

LIMITE DE SONDAGEM DETERMINADO P/ CLIENTE

PERFIL INDIVIDUAL DE RECONHECIMENTO DO SUB-SOLO

Relatório nº : Desenhista : Escala : Folha :

6450 / 2006 PAULO 1 : 100 1 / 1 SONDAF- SONDAGENS E POÇOS ARTESIANOS LTDAResp. Técnico : Data : Rua Angelo Rafael Vicente, 820 - Araraquara - Sp

20 / 01 / 2006Tel. ( 16 ) 3322- 3588

Arq. Fernando Mazzeo Grande - Crea 5060477021

4

3

2

1

AVANÇODO FURO

E GEOLÓ- E DAREVESTI -

MENTO

2 1 1 1 TC15 15 15

2 1 145 30 15 SECO

4 2 2 2 2,9015 15 15

6 3 3 315 15 15 TH 4,45

Cliente : ENGEVIX ENGENHARIA S/A SONDAGEM A PERCUSSÃOSP - 03

Obra : COMGAS - TU - 108.05.382 COTA = 553,20

Local : RODOVIA SP- 062 - PINDAMONHANGABA - SP DATA DE INÍCIO - 19 / 01 / 06 TÉRMINO - 19 / 01 / 06

RESISTÊNCIA A NUMERO N. A. PERFIL PROF.

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIALPENETRAÇÃO

S. P. T. DE

50 40 30 20 10 0GOLPES DATA GICO CAMADA

AREIA FINA ARGILOSA, FOFA, CINZA.

ARGILA SILTO- ARENOSA, MOLE A MÉDIA, CINZA.

FIM DO FURO

LIMITE DE SONDAGEM DETERMINADO P/ CLIENTE

PERFIL INDIVIDUAL DE RECONHECIMENTO DO SUB-SOLO

Relatório nº : Desenhista : Escala : Folha :

6450 / 2006 PAULO 1 : 100 1 / 1 SONDAF- SONDAGENS E POÇOS ARTESIANOS LTDAResp. Técnico : Data : Rua Angelo Rafael Vicente, 820 - Araraquara - Sp

20 / 01 / 2006Tel. ( 16 ) 3322- 3588

Arq. Fernando Mazzeo Grande - Crea 5060477021

4

3

2

1

AVANÇODO FURO

E GEOLÓ- E DAREVESTI -

MENTO

2 1 1 1 TC15 15 15

4 1 2 215 15 15 SECO

4 2 2 215 15 15

6 2 3 315 15 15 TH 4,45

Cliente : ENGEVIX ENGENHARIA S/A SONDAGEM A PERCUSSÃOSP - 04

Obra : COMGAS - TU - 108.05.382 COTA = 554,50

Local : RODOVIA SP- 062 - PINDAMONHANGABA - SP DATA DE INÍCIO - 19 / 01 / 06 TÉRMINO - 19 / 01 / 06

RESISTÊNCIA A NUMERO N. A. PERFIL PROF.

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIALPENETRAÇÃO

S. P. T. DE

50 40 30 20 10 0GOLPES DATA GICO CAMADA

AREIA FINA ARGILOSA, FOFA A POUCO COMPACTA,

CINZA E AMARELADA.

FIM DO FURO

LIMITE DE SONDAGEM DETERMINADO P/ CLIENTE

PERFIL INDIVIDUAL DE RECONHECIMENTO DO SUB-SOLO

Relatório nº : Desenhista : Escala : Folha :

6450 / 2006 PAULO 1 : 100 1 / 1 SONDAF- SONDAGENS E POÇOS ARTESIANOS LTDAResp. Técnico : Data : Rua Angelo Rafael Vicente, 820 - Araraquara - Sp

20 / 01 / 2006Tel. ( 16 ) 3322- 3588

Arq. Fernando Mazzeo Grande - Crea 5060477021

4

3

2

1

AVANÇODO FURO

E GEOLÓ- E DAREVESTI -

MENTO

3 1 1 2 TC15 15 15

4 2 2 215 15 15

2 1 1 12,80

15 15 15 3,40

3 1 1 2 1915 15 15 01 TH 4,45

Cliente : ENGEVIX ENGENHARIA S/A SONDAGEM A PERCUSSÃOSP - 05

Obra : COMGAS - TU - 108.05.382 COTA = 551,50

Local : RODOVIA SP- 062 - PINDAMONHANGABA - SP DATA DE INÍCIO - 19 / 01 / 06 TÉRMINO - 19 / 01 / 06

RESISTÊNCIA A NUMERO N. A. PERFIL PROF.

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIALPENETRAÇÃO

S. P. T. DE

50 40 30 20 10 0GOLPES DATA GICO CAMADA

AREIA FINA ARGILOSA, FOFA, AMARELA E CINZA.

AREIA FINA E MÉDIA SILTO- ARGILOSA, FOFA, CINZA

E AMARELADA.

FIM DO FURO

LIMITE DE SONDAGEM DETERMINADO P/ CLIENTE

PERFIL INDIVIDUAL DE RECONHECIMENTO DO SUB-SOLO

Relatório nº : Desenhista : Escala : Folha :

6450 / 2006 PAULO 1 : 100 1 / 1 SONDAF- SONDAGENS E POÇOS ARTESIANOS LTDAResp. Técnico : Data : Rua Angelo Rafael Vicente, 820 - Araraquara - Sp

20 / 01 / 2006Tel. ( 16 ) 3322- 3588

Arq. Fernando Mazzeo Grande - Crea 5060477021

4

3

2

1

Anexo II RELATÓRIO DE SONDAGEM DA AV PIRAPORINHA – DIADEMA -SP

1. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

SP 01 - Execução do furo de sondagem SP 01 – Recomposição do pavimento

SP 02 - Execução do furo de sondagem

SP 02 – Recomposição do pavimento

2. PERFIS INDIVIDUAIS

WYDE

WYDE