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Escola
Estadual Monsenhor Josemaría
Escrivá
Rua: Luiz Vicente Amadeu Gôngora Nº 95 - Jardim Pacaembu II – (43) 3339- 0999 - Londrina/PR
_________________________________________________________________________________
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2010
Londrina
2010
SUMÁRIO
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 04
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 05
1 MARCO SITUACIONAL ....................................................................................................... 07
1.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ................................................................................... 09
1.1.1 Apresentação .................................................................................................................. 09
1.1.2 História da Escola ........................................................................................................... 09
1.1.3 Oferta ............................................................................................................................. 11
1.2 ANÁLISE DADOS ESTATÍSTICOS ............................................................................................. 12
1.3 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR ......................................................................... 13
1.4 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E EQUIPE PEDAGÓGICA ............................ 14
1.5 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ...................................................................................................... 15
1.6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS .......................................................................................... 16
1.6.1 Espaço físico .................................................................................................................. 16
1.6.2 Equipamentos e recursos pedagógicos ............................................................................ 17
1.6.3 Diretoria/Secretaria/Equipe Pedagógica ............................................................................ 19
1.6.4 Material didático pedagógico ............................................................................................ 19
1.6.5 Material Educação Física ................................................................................................. 20
1.7 BIBLIOTECA ........................................................................................................................ 20
1.8 RELAÇÃO TEORIA X PRÁTICA ................................................................................................ 21
1.9 ORGANIZAÇÃO DA HORA/ATIVIDADE ....................................................................................... 23
1.10 MATRIZ CURRICULAR .......................................................................................................... 23
1.11 CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................................................................................... 24
2 MARCO CONCEITUAL ........................................................................................................ 25
2.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS .................................................................. 25
2.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................................................................................ 28
2.2.1 APMF ............................................................................................................................. 28
2.2.2 Conselho Escolar ............................................................................................................ 30
2.2.3 Grêmio estudantil ............................................................................................................ 31
2.2.4 Representantes de turma ................................................................................................ 31
2.2.5 Professores Conselheiros de turmas ................................................................................ 31
2.2.6 Conselho de Classe ........................................................................................................ 32
2.3 FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................................... 33
2.4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ............................................................................................. 33
2.4.1 Recuperação de estudos ................................................................................................. 38
2.4.2 Aprovação/reprovação ..................................................................................................... 39
2.4.3 Classificação .................................................................................................................. 40
2.4.4 Reclassificação ............................................................................................................... 40
3 MARCO OPERACIONAL ...................................................................................................... 41
3.1 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO – METAS 2009-2011 .................................................................. 41
3.1.1 Recursos humanos ......................................................................................................... 41
3.1.2 Recursos físicos .............................................................................................................. 43
3.1.3 Comunidade ................................................................................................................... 44
3.1.4 Parcerias ........................................................................................................................ 44
3.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................... 45
3.3 PLANO DE AÇÃO DO CORPO DOCENTE .................................................................................... 51
3.4 PLANOS DE AÇÃO MULTI E INTERDISCIPLINAR .......................................................................... 51
3.5 AVALIAÇÃO DO PPP ............................................................................................................. 52
4 LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS HUMANOS E FÍSICOS NO DECORRER DO ANO E
PROPOSTAS DE SOLUÇÕES PARA O ANO DE 2010 ............................................................ 53
4.1 ALUNADO ........................................................................................................................... 54
4.1.1 Análise do baixo rendimento escolar ................................................................................ 55
4.1.1.1 Propostas de intervenção .............................................................................................. 55
4.2 AGENTE EDUCACIONAL II – APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO ...................................................... 56
4.3 AGENTE EDUCACIONAL I – AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS .............................................................. 57
4.4 CASEIRO – POLICIAL MILITAR ................................................................................................ 58
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................59
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ............................................................................. 60
APÊNDICES ..........................................................................................................................166
Apêndice A - CALENDÁRIO ESCOLAR 2010 ......................................................................167
Apêndice B – PROGRAMA VIVA ESCOLA ............................................................................168
Apêndice B – PROGRAMA SALA DE APOIO ........................................................................179
Apêndice D – PLANOS DE AÇÃO MULTI E INTERDISCIPLINAR ...........................................180
4
JUSTIFICATIVA
A construção deste documento se justificou pela intenção de mostrar
a visão macro do que a nossa instituição de ensino pretende ou idealiza fazer, seus
objetivos, metas e estratégias permanentes, tanto no que se refere às suas
atividades pedagógicas, como às funções administrativas. Em nossa visão o projeto
político-pedagógico faz parte do planejamento e da gestão escolar. Para tanto a
questão principal do planejamento é expressar a capacidade de se transferir o
planejado para a ação. Assim sendo, compete ao projeto político-pedagógico a
operacionalização do planejamento escolar, em um movimento constante de
reflexão-ação-reflexão.
Logo, ele passa a ser uma direção, um rumo para as ações desta
escola. É uma ação intencional que foi definida coletivamente, com conseqüente
compromisso coletivo. Chama-se de político porque reflete as opções e escolhas de
caminhos e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e
transformador da sociedade em que vive. Chama-se de pedagógico porque
expressa as atividades pedagógicas e didáticas que levam a escola a alcançar os
seus objetivos educacionais.
5
INTRODUÇÃO
Excluem-se da escola as que não conseguem aprender, excluem -se do mercado de trabalho os que não têm capacidade de trabalho os que não
têm capacidade técnica porque antes não aprenderam a ler, escrever e contar e excluem-se, finalmente, do exerc ício da cidadania esses mesmos cidadãos, porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a
vida de uma sociedade livre, democrática e participativa.
Vicente Barreto
Atualmente, não é possível aceitar que tantos cidadãos não
possuam o domínio do código escrito da própria língua e de instrumentos básicos
para compreender seu tempo, sua história e sua cultura.
Esta instituição de ensino tem como meta a construção de uma
escola democrática que possibilite essencialmente a qualidade do ensino e da
aprendizagem, juntamente com a valorização do humano em sua integridade e
autonomia. Cabe a ela ensinar e garantir a aprendizagem dos conteúdos
indispensáveis para a vida em sociedade. A escola pública é uma Instituição
importante para a população, que tem nela o principal meio de acesso ao
conhecimento científico. Importante salientar que a escola não é o único meio onde
acontece o processo da educação, nem é o professor o único responsável por esse
processo.
A escola possui cultura própria, que engloba diferentes aspectos
como tradição, normas de comportamento, condizentes com seu meio sócio-cultural.
O enfoque do projeto educacional busca conciliar humanismo e tecnologia,
conhecimento e exercício da cidadania, formação ética e autonomia intelectual.
Para que esta Instituição de Ensino atenda de forma democrática
seu alunado, será necessário:
Práticas pedagógicas mais eficientes de forma a melhorar o
processo de ensino e aprendizagem, visando a qualidade;
Estudos sobre teorias educacionais que sustentem a prática de
ensino vigente;
Trabalho coletivo dos profissionais envolvidos, direta ou
indiretamente, na educação;
Respeito à comunidade escolar, suas diferenças e dificuldades;
6
Realimentação da proposta pedagógica de forma coletiva sempre
que necessário;
Viabilizar planos de ação que atendam às necessidades dos
alunos, e envolvam as famílias dos mesmos.
7
1 MARCO SITUACIONAL
No decorrer dos anos de funcionamento, da Escola Estadual
Monsenhor Josemaría Escrivá – Ensino Fundamental, foram realizadas pesquisas,
envolvendo toda a escola e comunidade e, diante dos dados coletados percebeu-se
à necessidade, a princípio, de uma nova proposta pedagógica para o ano de 2006, e
nos anos subseqüentes a realimentação da mesma objetivando um trabalho
pedagógico eficaz condizente com a realidade da comunidade escolar, no intuito de
minimizar o percentual de evasão e repetência do alunado por ela atendido.
Nos últimos resultados do IDEB, devido a inúmeros fatores a escola
entrou para o Projeto Superação no ano de 2005. Mas, no ano de 2007 verificou-se
um avanço neste índice em relação ao ano de 2005 que subiu de 2,5 para 4,1,
superando o índice projetado para 2013.
As ações pedagógicas desenvolvidas por esta Instituição de Ensino
para superar as dificuldades de aprendizagem sócio educativas, que justificam o
aumento da média, já em 2007; e que estava prevista, somente, para 2013 estão
elencadas abaixo:
Reuniões e palestras de orientação, no NRE, de professores
PDE/ mestrado voltadas para a direção e equipe pedagógica.
Reuniões com professores da escola para realimentação do
Regimento Interno Escolar e PPP.
Conscientização, junto aos alunos, sobre a importância da
Prova Brasil, com a realização, em sala, das provas dos anos
anteriores e também o correto preenchimento do gabarito.
Realização dos encaminhamentos, através da “FICA” em
relação aos abandonos ocorridos durante o ano letivo de 2007.
Visita, na escola, do professor PDE/mestrado para averiguar
a necessidade de trabalho diferenciado aos alunos com
dificuldades na aprendizagem e como está sendo realizado pela
equipe diretiva.
Reuniões pedagógicas com professores e funcionários da
escola para realimentação do Regimento Interno e PPP.
8
Orientação individualizada a professores para a hora-
atividade.
Participação em cursos de formação continuada; capacitação
e jornadas pedagógicas para professores, equipe pedagógica,
direção e funcionários.
Parceria com Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde
o departamento de psicologia fez orientação voltada para
professores: ”Como entender e melhorar a disciplina do aluno em
sala de aula”.
Parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL),
orientação voltada para professores: Curso sobre sexualidade.
Parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL),
onde o departamento de Educação/Núcleo de Avaliação fez
orientação voltada para professores: Estudo sobre avaliação.
Projeto sobre “Meio Ambiente” proposto pela SEED/ONG
Sala Verde.
Sala de Apoio – Contra turno.
Programa FICA – Acompanhamento a alunos faltosos.
Incentivo e utilização dos Recursos Tecnológicos existentes
na escola: laboratório de informática; TV Pendrive.
Adesão e participação do Programa “Viva Escola” no ano de
2010.
Envolvimento de alunos em projetos de esporte externos:
Projeto FUTURO: Basquete,
Parceria UNOPAR: Handebol
Participação Olimpíadas de Matemática
Participação Olimpíada de Língua Portuguesa
Proposta para desenvolver os seguintes projetos:
Estação Rádio
Passeios pedagógicos
Reativação do Jornal da Escola
Projeto de alunos monitores/monitorados
.
9
No entanto, ainda, há muito a avançar na questão do processo de
ensino-aprendizagem. Precisamos manter um grupo de profissionais fixos na escola,
para dar continuidade aos trabalhos de um ano para o outro e conhecer a realidade
de cada aluno, da comunidade. Observamos que a rotatividade de professores é
muito grande, pois a maioria não é lotada na escola e isso “quebra” o processo
educacional, alguns, simplesmente passam pela escola não se comprometendo com
o trabalho desenvolvido na mesma. Sentimos falta de um maior envolvimento do
grupo, os professores lotados no estabelecimento de ensino, também são
prejudicados, pois nunca tem parceiros para continuar os trabalhos de um ano para
o outro, ou para dialogar sobre este ou aquele aluno com o colega que foi docente,
do mesmo, no ano anterior. Além da mudança, significativa, do perfil do alunado que
estamos recebendo.
1.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.1.1 Apresentação
A Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá – Ensino
Fundamental, está localizada na Rua Luiz Vicente Amadeu Gôngora, 95 no Jardim
Pacaembu II, Região Norte do município de Londrina e, é mantida pelo Governo do
Estado do Paraná - Secretaria Estadual de Educação, e-mail institucional:
[email protected] , site: www.ldajosemariaescriva.seed.pr.gov.br
LEGISLAÇÃO: Autorização de Funcionamento do Estabelecimento:
Res. 4526/87 – DOE 07/12/87 Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso:
3244/89 de 21/12/89.
1.1.2 História da Escola
Esta Instituição de Ensino teve sua autorização de funcionamento
regulamentada pela Resolução Nº 4526/87 de 07/12/87 denominada Escola
Estadual do Conjunto Habitacional Milton Gavetti, sito a rua Augusto Balallai, 33.
Funcionando em dualidade administrativa com a Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro
10
de 1988 até o ano de 2001. A autorização de funcionamento possibilitou implantar
de forma gradativa as quatro últimas séries do Ensino Fundamental.
Através da Resolução Nº 3244/89 de 01/12/1989 realizou-se o
reconhecimento da Escola e do Ensino Fundamental das Séries Finais. A mesma
funcionou de 1988 a 1999 no período vespertino e noturno em dualidade com a
Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro - Ensino Fundamental das Séries Iniciais, 2000-
2001 funcionou, somente, no período vespertino e a partir de 2002, já na sede
própria, passou a funcionar no período matutino e vespertino.
As novas instalações foram construídas através de convênio com o
Governo Estadual e Secretaria Estadual de Educação/SEED, recursos do Proem
durante a administração do Excelentíssimo Senhor Jaime Lerner Governador do
Estado do Paraná e do Prefeito Municipal Senhor Nedson Luiz Micheleti. A mesma
foi instalada, na Rua Luiz Vicente Amadeu Gôngora, 95, Jardim Pacaembu II,
Londrina – Paraná e, pela Resolução N.º 511/2002 de 22/02/02 passou a
denominar-se Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá – Ensino Fundamental
de 5ª à 8ª série.
Gestão 1988/1990
Diretor: Carlos Roberto Zequim – Resolução N.º. 296/88 de
01/02/1988
Secretária: Toguhi Kimura – Portaria 803/89 de 18/04/1991
Gestão 1991/1992
Diretor: Carlos Roberto Zequim – Resolução N.º. 550/91 de
18/04/1991
Secretária: Toguhi Kimura – Portaria 550/91 de 18/04/1991
Gestão 1993/1994
Diretor: Carlos Roberto Zequim – Resolução N.º 3939/93 de
21/07/1993
Secretária: Toguhi Kimura – Portaria 550/91 de 18/04/1991
Gestão 1995/1996
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves – Resolução N.º 04620/95
11
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 268/94 de 11/03/1994
Gestão 1997/2000
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves – Resolução N.º 4300/97 de
27/12/1997
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 268/94 de 11/03/1994
Gestão 2001/2002
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves – Resolução N.º 033/01 de
24/01/2001 e n.º 3069/01 de 31/01/2002
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 268/94 de 11/03/1994
Gestão 2003/2005
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves – Resolução N.º 4254/03 de
25/11/2003
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 268/94 de 11/03/1994
Gestão 2006/2008
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves - Resolução N.º 3669/05 de
18/01/2005
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 00202/06 de 10/03/2006.
Gestão 2009/2011
Diretora: Luzia Maria de Jesus Alves - Resolução N.º 0590908 de
23/12/2008
Secretária: Deolinda Sversuti – Portaria 0191008 de 12/02/2008.
1.1.3 Oferta
A escola oferece Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. No período
matutino funcionam 7ª e 8ª séries e, no período vespertino funcionam 5ª e 6ª séries
totalizando atendimento a 519 alunos, de forma gratuita e laica no ano de 2009,
12
além de ofertar o Curso Básico em Espanhol – CELEM, e no ano de 2010 aderiu ao
Programa Mais Educação SECAD/MEC.
A escola desenvolve projetos em parceria com a Fundação de
Esportes, Projeto 2º Tempo, Projeto Futuro.
1.2 ANÁLISE DADOS ESTATÍSTICOS
DESEMPENHO ESCOLAR
Série Resultado 2005 2006 2007 2008 2009
5ª
Taxa aprovação 53,40% 69,50% 82,30% 80,40% 89,60%
Taxa reprovação 44,90% 30,40% 17,60% 18,80% 7,40%
Taxa abandono 1,50% 0,00% 0,00% 0,70% 2,90%
6ª
Taxa aprovação 57,60% 86,50% 80,30% 84,00% 100%
Taxa reprovação 39,40% 13,40% 19,60% 13,60% 0%
Taxa abandono 2,80% 0,00% 0,00% 2,20% 0%
7ª
Taxa aprovação 50,50% 74,70% 78,30% 68,20% 76,70%
Taxa reprovação 39,50% 23,10% 21,60% 30,80% 18,60%
Taxa abandono 9,80% 2,10% 0,00% 0,90% 4,60%
8ª
Taxa aprovação 53,00% 83,10% 74,00% 82,50% 92,20%
Taxa reprovação 42,10% 14,40% 24,60% 17,50% 6,40%
Taxa abandono 4,80% 2,40% 1,20% 0,00% 1,20%
Ao final do ano letivo de 2008, retomando o Conselho de Classe
Final do ano de 2007, verificou-se que nas 6ª e 8ª séries houve aumento no índice
de aprovação e redução na taxa de reprovação. Já nas 5ª e 7ª séries observou-se
redução na taxa de aprovação, aumento na taxa de reprovação e aumento na taxa
de abandono, o que evidencia que nestas séries a aprendizagem no ano de 2008
ficou um pouco comprometida. Talvez devido a núcleos familiares que, geralmente,
não acompanham o desenvolvimento de seus filhos, não os apoiando nas tarefas,
instituindo rotina de estudos e pela rotatividade do grupo de professores que não
conseguiram criar vínculo com estes a lunos, conhecê-los e, assim, planejar seu
trabalho de forma que o aluno venha antes do método. Segundo Sforni (2004), o
professor que conhece seu conteúdo, seu alunado, o canal de aprendizagem do
aluno, sua realidade consegue planejar suas aulas e mudar sua metodologia para
atender seu alunado de forma a integrar o conhecimento espontâneo ao
13
conhecimento científico e transformar a informação em conhecimento e, isso fará a
diferença no processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, nos
resultados das avaliações institucionais.
Em 2009 o resultado final apresentou redução, significativa, na taxa
de reprovação, aumento na taxa de aprovação e evidenciou um aumento na taxa de
abandono na 5ª, 7ª e 8ª séries, alunos fora da idade série, por motivos de
envolvimento com o tráfico de drogas, prostituição, trabalho, entre outros.
1.3 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Após levantamento realizado em 2009, obtivemos a seguinte
caracterização de nossa comunidade escolar: a escola atende a uma população que
possui condições financeiras e culturais divididas entre a classe média B (25%),
classe média C (45%) e classe de baixa renda (30%). Nossos alunos são
provenientes do Conjunto Habitacional Milton Gavetti, Jardim Pacaembu II e III,
Conjunto Novo Amparo, Conjunto Habitacional Farid Libos, Jardim Felicidade,
Jardim Tropical, Jardim Moema, Jardim Paraíso, Jardim Roma, Jardim Alpes I e II,
Jardim Itália, Jardim Santa Mônica na sua grande maioria. Dependem do programa
de assistencialismo do governo em torno de 21% de nossos alunos. É uma
comunidade exigente, mas a participação em projetos propostos como: palestras,
oficinas, grupos de debates, encontros, promoções, entre outros, segundo os
profissionais que atuam na escola, é limitada. Há certa, resistência da comunidade
em participar, valorizar as reuniões e ações oportunizadas pela escola. Talvez, pela
falta de segurança no entorno escolar, principalmente, nos dias de atividade aberta à
comunidade.
No ano de 2009 - 2010, com o fechamento de uma Escola Estadual
de um bairro próximo, recebemos alunos, aparentemente, sem limite; violentos;
agressivos; com impulsos destrutivos de oposição ou fuga; instabilidade afetiva e
emotiva; com valores subvertidos, o que alterou significativamente, a dinâmica e o
trabalho com a comunidade escolar.
Logo, na tentativa de minimizarmos os problemas advindos desta
nova realidade aderimos ao final do ano de 2009 ao “Programa Viva Escola” após
realização de pesquisa com a comunidade escolar foram desenvolvidos projetos nos
14
seguintes núcleos: científico-cultural com atividades - Literárias – “Projeto Rádio
Poeta na Escola”; atividades de investigação científica – “Projeto Laboratório de
Ciências” e atividade mídias com a “Oficina Jornal Escolar”. Este Programa está
normatizado pela Resolução Nº 3.683/2008 e Instrução Nº 010/2009 SUED/SEED.
Continuamos com o Programa Sala de Apoio direcionado a alunos da 5ª série,
trabalhando, especificamente, com a retomada de conteúdos de 1ª a 4ª série em
contraturno.
Nosso objetivo é que estes alunos, ao participar das oficinas, do
Programa Viva Escola, resgatem sua auto-estima, tenham responsabilidade sobre
suas ações, cumpram com os compromissos assumidos no projeto, não evadam da
escola, tenham resultados positivos no rendimento escolar e ampliem seus saberes
através das práticas curriculares.
Ainda, no primeiro semestre do ano de 2011, implantaremos o
Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, regulamentado pela Instrução Nº
02/10 – DAE/SUDE, que visa construir uma nova cultura escolar com relação a
prevenção de incêndios, situações de risco nas escolas e desastres naturais. Este
programa é de natureza pedagógica, e tem como objetivo preparar os profissionais
que atuam na escola e corpo discente a executar ações de: prevenção de incêndio;
noções de primeiros socorros; segurança pessoal até que os socorristas
especializados cheguem a Escola.
1.4 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E EQUIPE PEDAGÓGICA
Função Necessário Existente
Direção 01 01
Equipe Pedagógica 04 03
Secretária 01 01
Auxiliar de Biblioteca 02 00
Auxiliar Administrativo 04 03
Auxiliar de Serviços Gerais 08 06
Merendeira 02 00
Inspetor de Pátio 01 00
Porteiro 01 00
Vigia 01 00
Professores de Português 04 05
Professores de Matemática 04 06
Professores de Ciências 03 04
15
Professores de Geografia 03 04
Professores de História 04 03
Professores de Ed. Física 03 04
Professores de Ed. Artística 02 02
Professores de Inglês 03 04
Professores de Ens. Relig. 01 01 Professores Programas
Professores de Geografia 01 01
Professores de Ciências 01 01 Professores de Português 03 03 Professores de Matemática 01 01
Professores de Ed. Física 01 01
OBS.: 20 Professores QPM, dos quais 13 são lotados na Escola
03 Professores SCO2
17 Professores PSS
02 Professores readaptados
Em sua grande maioria os professores são QPMs, graduados nas
suas disciplinas e pós graduados em disciplinas ligadas à sua área. Num total de 42
professores que compõem o quadro da escola, alguns com carga horária total neste
estabelecimento, outros completando carga horária de padrão, o que nos dá uma
alta rotatividade anual de professores. Outros professores com contratos
diferenciados.
Os funcionários da secretaria, agente educacional II, são
concursados e lotados na escola, num total de 4. Outros funcionários num total 6,
realizam as atividades necessárias à manutenção da escola, mas três são
contratados pelo Paraná Educação e três PSS. Quanto a escolaridade dos mesmos,
2 possuem ensino superior completo, 2 ensino superior incompleto, 2 ensino médio
completo, 1 ensino médio incompleto, 2 ensino fundamental completo e 1 ensino
fundamental incompleto.
1.5 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
TURNO HORÁRIO MODALIDADE SÉRIE
Nº DE TURMAS
Nº DE PROFESSORES
Nº DE ALUNOS
Matutino 7h 30 min às
11h 55 min
Ensino Fundamental
7ª 04 13 141
8ª 04 09 118
Sala de Apoio 5ª 02 02 30
16
Espanhol 1º ano do Básico – Mat.
1ª 01 01 30
Programa Mais Educação – Mat.
5ª 6ª
02 02 40
Total 13 27 359
Vespertino
13h 20 min às
17 h 45 m
Ensino
Fundamental
5ª 04 16 137
6ª 04 13 128
Espanhol 2º ano do Básico – Vesp.
2º 01 01 15
Espanhol 1º ano
do Básico – Vesp.
1º 01 01 30
Programa Mais Educação – Vesp.
7ª 8ª
03 03 60
Total 13 34 370
1.6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
1.6.1 Espaço físico
A escola foi construída numa área total de 8.229,18 m2, sendo
destes 1521,33 m2 distribuídos em 3 (três) pavilhões, uma quadra de esportes sem
cobertura e casa do zelador.
O primeiro pavilhão é composto de 2 (duas) partes: a administrativa
onde se encontra a secretaria, a direção e a vice-direção, equipe pedagógica, sala
dos professores, sala de informática. Na outra parte está instalada a biblioteca e a
sala multiuso.
No segundo pavilhão encontram-se a cozinha e o pátio da merenda,
banheiros dos alunos e funcionários, duas salas de aulas e o laboratório de
Ciências.
No terceiro e último pavilhão estão distribuídos 06 (seis) salas de
aula e ao lado a casa do zelador e quadra de esportes.
Oferece o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries nos períodos
matutino e vespertino, contando para isso com:
08 salas de aula
Sala de Professores
Salas: Direção / Equipe Pedagógica / Secretaria
17
Laboratório Paraná Digital
Laboratório de ciências
1 sala de multiuso
1 biblioteca
Almoxarifado
Refeitório
Sanitários
Cozinha
Dispensa
Quadra Esportiva
Pátio
1.6.2 Equipamentos e recursos pedagógicos
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE
Cadeira estofada fixa sem braço 11
Cadeira giratória com braço 01
Cadeira para digitador 46
Mesa de leitura / biblioteca 10
Armário de aço 16 portas 02
Suporte para tv fixo 01
Suporte para tv (carrinho) 01
Tela para retroprojetor 01
Mesa para professor 11
Cadeira para digitador 46
Estante de aço com 7 prateleiras (biblioteca) 13
Mesa para reunião 02
Mesa para impressora 06
Mesa para micro computador 25
Armário aço 2 portas (sala de aula) 14
Arquivo aço 04 gavetas 06
Rack para TV – vídeo 02
Aparelho de Fac-simile – Proem 01
Mesa escrivaninha 3 gavetas novas 06
Mesa escrivaninha 3 gavetas 04
Cadeira tubular ass/enc Pol – Proem 66
Conjunto Escolar FDE (carteiras) 340
Banqueta estrura tubular Proem 41
Perfurador 02
18
Grampeador 04
Porta durex 01
Porta copos água 03
Espelho 01
Pratos
184
Colheres pequena 105
Colheres de sopa 40
Garfos 28
Facas de mesa 16
Colher de arroz 04
Colheres de pau 02
Conchas pequena 06
Concha grande 04
Escumadeira grande 03
Escumadeira pequena 02
Pegador de salada 01
Facas 03
Jarras de vidro 02
Jarras de plástico 03
Escorredor de macarrão 02
Tacho 01
Chaleira 01
Medidor graduado 02
Liqüidificador industrial/Proem 02
Canecas plásticas 30
Tábua de carne 02
Leiteira grande 02
Leiteira pequena 02
Assadeira retangular 03
Assadeira redonda 01
Bandeja grande 01
Bandeja pequena 02
Bandeja redonda 02
Garrafa térmica 04
Peneira de cozinha 01
Tapuer grande 02
Tapuer médio 02
Tapuer redondo 01
Bacias 08
Cilindro de gás 02
Botijões 02
Baldes 12
Tambores 12
Cesto de lixo 10
Mesa 02
19
Fogão a gás 06 bocas 01
Freezer 02
Escada 02
Extintor 08
Batedeira semi industrial 6 01
Liquidificador semi industrial 01
Geladeira Res. 270 litros 02
Máquina jato 01
Caçarola alumínio 39 l 01
Caldeirão alumínio 19 l 01
Caldeirão alumínio 45 l 01
Panela de pressão 10 l 03
Caçarola alumínio 9,5 l 01
Mesas de refeitório 08
Bancos de refeitório 16
Carteira com braço 40
Mesa do professor 10
Carteira de aluno 317
Cadeira biblioteca plástico 53
Cadeira de aluno 324
Quadro de exposição 08
Mesa quadrada biblioteca 10
Balcão 01
Bebedouro 01
Carriola 01
Cavadeira 01
Enxada 01
Tesoura de poda 01
1.6.3 Diretoria/Secretaria/Equipe Pedagógica
Microcomputador Pentium 800 Proem 05
Impressora jato de tinta 04
Impressora matricial 01
Aparelho de Fac-simile – Proem 01
Aparelho de telefone 01
Impressora a Laser 03
Computadores Paraná Digital 04
Raque – Servidora do Programa Paraná Digital 01
Armários de madeira 04
1.6.4 Material didático pedagógico
Torso humano M85 01
20
Torso humano anatômico ( menor) 01
Globo 02
Mapas 31
Bandeira do Brasil 01
Bandeira do Paraná 01
Bandeira de Londrina 01
Esqueleto 01
Kit química, Física e Biologia 01
Bússola 02
1.6.5 Material Educação Física
Bola de Futsal 05
Bola de Basquete 05
Bola de Vôlei 05
Bola Handebol 05
Bola de borracha 02
Colchonete 15
Tabuleiro de Xadrez 10
Bomba de ar manual 03
Mesa de tênis 02
Rede de tênis de mesa 02
Rede de futsal 01 par
Rede de vôlei 01
Bolinhas de tênis de mesa 14
Jogo de tangran 01
Rede Basquetebol 03 pares
Raquete de Ping-Pong 10
Calibrador 01
Bicos para bomba 05
Arcos 05
Cones 11
Raquete Frescobol 01 par
1.7 BIBLIOTECA
Nossa biblioteca tem espaço adequado, e comporta mesas para
estudos e pesquisas. O acervo atende as necessidades de nossos alunos de 5ª a 8ª
séries e ainda comporta outro acervo para pesquisas que vão além do conteúdo de
Ensino Fundamental. Os livros estão dispostos em prateleiras por disciplinas e
níveis.
21
Durante o ano recebemos doações, que são catalogadas e
classificadas para uso de pesquisas e ainda anualmente o MEC envia livros literários
de excelente qualidade, os quais são utilizados pelos alunos e professores.
Os horários de atendimento são:
Manhã – 8 h às 12 horas, um dia na semana.
Tarde – 14 h às 17 horas. No período vespertino temos um professor readaptado
na função, que atende a Biblioteca três tardes na semana.
1.8 RELAÇÃO TEORIA X PRÁTICA
Ao refletir sobre a relação Teoria X Prática na visão histórico-crítica,
o primeiro questionamento seria: Como construir um trabalho em que é necessário
conhecer muito bem o conteúdo a ser trabalhado, conhecer o alunado, seu
desenvolvimento cognitivo, sua realidade para que a aprendizagem aconteça. Se
não temos um grupo de professores que permaneçam na escola dando continuidade
aos trabalhos de um ano para o outro, ou seja, acompanhando realmente o
processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
A Pedagogia Histórico-Crítica dá ênfase aos objetivos, conteúdos,
procedimentos de ensino e avaliação, e, por considerá-los uma unidade, indica que
não devem ocorrer supremacia entre eles. Além do que o planejar e o replanejar
devem ser uma constante na prática educacional.
Mas, para dinamizar este planejar e replanejar constante e contínuo,
o ideal seria elaborar os planejamentos no coletivo, no intuito de enriquecermos as
propostas teóricas e, assim, ampliarmos as discussões sobre o currículo a ser
trabalhado.
Na construção dos planejamentos e planos de trabalho docente
seria interessante que os professores observassem a Proposta Político Pedagógica
da Escola, as Diretrizes Curriculares Estaduais de suas disciplinas, o Regimento
Escolar, a Deliberação 007/99 CEE, a Proposta Pedagógica Curricular, entre outros
documentos disponíveis na escola para dar suporte a elaboração do planejamento,
no intuito de, realmente, nortear seu trabalho com a comunidade escolar e sua
turma. Na Proposta Político Pedagógica ele encontrará a definição do perfil do aluno
22
que a escola pretende formar, e assim, não será incoerente com o que foi elaborado
coletivamente por todos os segmentos internos e externos da comunidade escolar.
Aliar teoria e prática numa filosofia histórico-crítica significa que o
professor precisa organizar seu trabalho, após estudo detalhado de todos os passos
do processo e compreender que todas as etapas são permeadas por discussões
coletivas. Assim, o docente tem que ter domínio do assunto a ser trabalhado, ou
seja, não é suficiente que ele domine as teorias que norteiam essa Pedagogia, mas,
que domine todo o processo histórico, econômico, educacional e social. E esse todo,
segundo Sforni (2009), relacionado ao conhecimento da realidade circundante do
aluno, a verificação do conhecimento real do aluno, o trabalho na zona proximal do
desenvolvimento, visando sempre à potencialidade do aluno, pois todos têm o seu
potencial, mesmo que em um primeiro momento apresentem limitações, cabendo ao
professor, enquanto mediador, explorar esse potencial, trabalhando na zona de
desenvolvimento proximal do aluno.
Assim seria possível ao professor chegar à prática social final que o
remeteria a uma nova prática social inicial, pois essa proposta de Saviani (2003), é
um processo contínuo, cíclico, que não se encerra.
Assim, concluí-se que uma Pedagogia Histórico-Crítica só terá êxitos
a partir do comprometimento dos educadores. Comprometimento que deve ocorrer
já nos cursos de formação inicial e que se estende ao longo de toda sua carreira
profissional, pois educador que não busca alternativas, desafios para o seu trabalho,
não poderá fazer parte de um grupo seleto que acredita e luta por uma educação
para a superação das injustiças sociais, e esse é um dos nossos entraves o
“comprometimento” de um grupo que se altera a cada ano, além da resistência, por
parte de alguns profissionais, em participar das capacitações quando não há
certificação.
A teoria é ideal, mas a prática é real e se distância da teoria,
infelizmente na nossa realidade, quando, alguns, profissionais, geralmente os que
estão de passagem pela escola, mesmo orientados alegam desconhecer nosso
sistema de avaliação, quando não entregam seus planos de trabalho docente após a
avaliação diagnóstica dos alunos, quando tentam ignorar o Projeto Político
Pedagógico da Escola, Regimento Escolar, Regimento Interno ou, na maioria, das
vezes observamos que este profissional por trabalhar em diversos estabelecimentos
23
de ensino, tem dificuldade em organizar, separar as diferentes e diversas
informações recebidas.
Logo, para que nossa relação teoria X prática se concretize da forma
como a idealizamos, precisaremos mudar nosso quadro de professores “itinerantes”,
na sua grande maioria, para professores fixos em nosso estabelecimento de ensino,
ação esta, que foge da nossa autonomia. Sentimos o quanto é prejudicial esta
rotatividade para os profissionais fixos na escola, que não conseguem criar um
grupo coeso que dê continuidade aos trabalhos iniciados de um ano para o outro,
bem como é prejudicial para a comunidade e os alunos que não têm sua realidade
conhecida e trabalhada de forma adequada.
1.9 ORGANIZAÇÃO DA HORA/ATIVIDADE
A hora atividade foi, dentro do possível, organizada em bloco como
orientação da SEED. O nosso problema se deve ao fato da maioria dos professores
completarem seu padrão na escola ou serem professores contratados, os mesmos
trabalham em diversas escolas e tivemos que adequar o horário e a hora atividade
para atendê-los.
1.10 MATRIZ CURRICULAR
Matriz Curricular - Ano Letivo 2009
Fonte: SAE
Estabelecimento: JOSEMARIA ESCRIVA, E E MONS - E FUND
Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE
Ano de Implantação: 2006 - SIMULTANEA
Módulo: 40 semanas
DISCIPLINAS COMPOSIÇÃO CURRICULAR
SÉRIE CARGA HORÁRIA SEMANAL
1 2 3 4 5 6 7 8
0301 CÊNCIAS BNC 3 3 3 4
0725 – ARTE BNC 2 2 2 2
0601 - EDUCACAO FISICA
BNC 3 3 3 3
7502 - ENSINO RELIGIOSO *
BNC 1 1
24
0401 – GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3
0501 – HISTORIA BNC 3 3 4 3
0106 - LINGUA
PORTUGUESA
BNC 4 4 4 4
0201 – MATEMATICA BNC 4 4 4 4
1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2
CARGA HORÁRIA TOTAL 24 24 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
*Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular.
BNC=BASE NACIONAL COMUM
Matriz Curricular - Ano Letivo 2009
Fonte: SAE
Estabelecimento: JOSEMARIA ESCRIVA, E E MONS - E FUND
Curso: ESPANHOL - BASICO Turno: Tarde
Ano de Implantação: 2009 - SIMULTANEA
Módulo: 40 semanas
DISCIPLINAS COMPOSIÇÃO
CURRICULAR
SÉRIE CARGA HORÁRIA SEMANAL
1 2 3 4 5 6 7 8
0288 - LINGUA ESPANHOLA-CELEM
BNC 4 4
CARGA HORÁRIA TOTAL 4 4
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
BNC=BASE NACIONAL COMUM
1.11 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar referente ao ano letivo de 2010 se encontra
nos apêndices desta proposta.
25
2 MARCO CONCEITUAL
2.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
Esta instituição de ensino tem como base filosófica a Pedagogia
Histórico-Crítica, fundamentada pelo materialismo histórico-dialético, presentes nos
pressupostos teóricos e metodológicos das Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná. Esta filosofia norteia um trabalho educacional que busca compreender a
relação sujeito-objeto, e apóia-se nas conclusões da ciência para explicar o mundo,
o homem e a vida através da matéria.
Segundo Pimenta (2008, p. 6):
A concepção que norteia o princ ípio materialista dialético, fundamentada pelo pensamento marxista interpreta a realidade, no contexto educacional
de forma concreta, pensada e compreendida em seus mais diversos e contraditórios aspectos. Assim, considera-se que a prática social, a ação do homem sobre a natureza, em seu processo de produção, é o critério
decisivo para reconhecer se um conhecimento é verdadeiro ou não, e que esta prática é à base de todo conhecimento.
A educação, neste olhar, fundamenta-se nos conhecimentos
científicos construídos pela humanidade. Considerando, ainda, que a transformação
da informação em conhecimento se dá na relação do homem com a natureza,
caracterizada pelo trabalho. Neste contexto, esta escola, é transmissora dos
conhecimentos produzidos historicamente, através da prática social. O aluno
aprende o processo de produção, bem como as tendências de sua transformação
histórica. O sujeito é condutor e transformador da realidade histórico-social onde
vive. Nesta proposta, professor e aluno são agentes sociais, e os conhecimentos
científicos são instrumentos que darão perspectiva para uma nova prática social.
Esta linha pedagógica esta preocupada com a transformação do
autoritarismo educacional para a afirmação da autonomia do educando e, assim, a
participação democrática de todos. Significando, ainda, igualdade ao se conquistar
autonomia e a reciprocidade de relações (LUCKESI, 1984 apud PIAGET, 1973).
Uma prática pedagógica que propõe uma interação entre conteúdo e
a realidade concreta, visando à transformação da sociedade através da ação-
compreensão-ação do educando, que enfoca nos conteúdos, como produção
histórico-social de todos os homens. Sendo assim, a prática docente se pautará na
26
busca da transformação, ou mudança democrática preocupada com todos os seres
humanos igualmente. E para tanto, devemos ter um currículo construído dentro de
um modelo social transformador, e isso implicaria em ensinar: Para quê? A quem? O
quê? E como?
Ensinar para formar sujeito crítico, que haja sua sobre sua realidade,
visando mudanças nas relações sociais; ensinar um aluno concreto e não um aluno
ideal, que pode pertencer a uma classe social A ou ser aquele que não tem recursos
nem para comprar um lápis, mas precisa ser instrumentalizado; ensinar o quê – o
conhecimento universal sistematizado, independente de sua história, para que lê
atue sobre sua realidade. Como – através de metodologias diversificadas que
permitam ao aluno ter acesso a esse saber. O aluno tem que vir antes do método e,
para isso o professor precisa partir do conhecimento espontâneo para o
conhecimento específico, ultrapassando o senso comum em direção a conceitos
mais elaborados.
Nesta linha de trabalho queremos propiciar ao nosso aluno uma
educação crítica, integrada a vida participativa, favorecendo a criatividade,
integrando família/escola/comunidade de forma participativa e efetiva, viabilizando o
debate público dos problemas sociais, econômicos, políticos, culturais, a fim de
analisá-los criticamente dentro e fora do ambiente escolar.
De acordo com Becker (1993)
A educação [...] deve ser uma pedagogia relacional, onde os dois sujeitos
são responsáveis pelo processo de ensino e da aprendizagem. O professor é um sujeito responsável por ensinar enquanto aprende com a bagagem do conhecimento cultural do aluno, e, o aluno é o sujeito responsável por
aprender, enquanto propicia conhecimento em interação com o professor e o grupo S S.
Visão esta, segundo Marcondes (2008), que leva o educando a
autonomia, a emancipação e a verdadeira aprendizagem.
Para verificar esta aprendizagem, segundo Giusta (1985), devemos
buscar uma avaliação fundamentada em que todo conhecimento provém da prática
social e a ela retorna e, a de que o conhecimento é um empreendimento coletivo,
não podendo ser produzido na solidão do sujeito, mesmo porque essa solidão é
impossível. Lembrando que para identificar a realidade do aluno “normal” ou aluno
incluso, faz-se necessário utilizar procedimentos adequados a cada caso, bem como
analisar os fatores que determinam o aprender e o não aprender, no contexto
27
escolar, possibilitando, assim, a identificação das dificuldades e fracassos, dos
sucessos, sustentando os encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações
necessárias, sejam elas de natureza administrativa, pedagógica ou estrutural.
Vygotsky (1999), coloca que todos têm possibilidades. Para ele o
professor sempre será o mediador, pois oferece estratégias para a organização e
orientação da atividade a ser desenvolvida, para que o outro desenvolva seu
potencial. Para este autor o processo de inclusão escolar teria como base a
aprendizagem do aluno e não o currículo, os conteúdos serão os mesmos, mas o
nível de exigência deve ser diferenciado (mais simples ou mais complexo). Inclusão
é oferecer oportunidades para que o aluno tenha condições de ensino-aprendizagem
igual aos demais. Igualdade de oportunidade de acordo com sua condição.
Passamos por um momento de mudança de paradigma, em que conhecer o que
afeta nosso aluno é o primeiro passo para criarmos estratégias que garantam a
aprendizagem de alunos no ensino regular com déficit intelectual (Síndrome de
Down); deficiência física (Paralisia cerebral); deficiência visual; deficiência auditiva;
deficiências múltiplas( Surdo-cegueira); transtorno global do desenvolvimento
(Autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Williams, Síndrome de Ret), altas
habilidades/superdotação, entre outros.
No ano de 2010 iniciamos um trabalho de investigação e avaliação
de alunos com altas habilidades/superdotação em parceria com o NAAHS e alunas
do 5º ano do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina, para
possíveis encaminhamentos e atendimento a este alunado.
Com relação à Lei Nº 10.639/03 iniciamos um trabalho de
sensibilização com o grupo de profissionais que atuam nesta Instituição de Ensino,
no intuito de que os mesmos compreendam que os valores civilizatórios afro-
brasileiros devem ser trabalhados dentro do ambiente escolar numa abordagem
disciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar tendo como interlocutora privilegiada a
comunidade escolar.
Queremos uma educação pautada na prática investigativa do
processo, bem como, meio de transformação da realidade sócioeducativa. Pois é
claro que a partir da observação, análise, reflexão crítica e dos registros sobre a
realidade/contexto dos alunos, por todos os profissionais envolvidos no processo
avaliativo poderemos estabelecer as necessidades, prioridades e as propostas de
28
ação/intervenção para os processos de ensino e de aprendizagem. Melhorando,
consequentemente, a ação docente do professor e a aprendizagem dos alunos.
Portanto, esta instituição de ensino fundamenta seu trabalho numa
prática onde o educando partilha seus conhecimentos espontâneos com o professor
e colegas; o professor teoriza cientificamente sobre os conhecimentos trazidos pelos
alunos, visando um processo coletivo de construção do conhecimento. Neste
processo de mediação e interação professor/aluno/comunidade a informação
transforma-se em conhecimento científico, e o aluno incorporado deste
conhecimento historicamente sistematizado agirá, provavelmente, como agente
transformador da sua realidade.
A Pedagogia Histórico-Crítica que norteia nosso trabalho é um
caminho para construção e reconstrução do conhecimento científico de forma
igualitária visando à libertação social, além de resgatar a função social da escola, no
sentido de responder às necessidades cognitivas e psico-sociais dos educando.
Garante aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos
autônomos, críticos e acima de tudo participativos, capazes de atuar com ética,
dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e, na qual esperam ver
atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.
Promove o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Tudo isso somado, sem, porém perder de vista a autonomia intelectual e moral dos
alunos, como finalidade básica da educação.
2.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA
2.2.1 APMF
A APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola
Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá – ensino Fundamental, encontra-se
registrada no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos e Registro de Pessoas
Jurídicas, existindo sob a inscrição nº 0005595/2, de 11/05/2004.
A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários da nossa instituição de ensino que
29
não tem caráter partidário, religioso, racial, nem fins lucrativos, constituído por prazo
indeterminado, seus dirigentes e conselheiros não são remunerados.
A Direção da APMF é composta de
Presidente
Vice-Presidente
1º Secretário
2º Secretário
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
1º Diretor Sócio- Cultural-Esportivo
2º Diretor Sócio-Cultural-Esportivo
A Assembléia Geral, constituída pela totalidade dos associados,
presidida pelo Presidente da APMF é convocada por este último no início do ano
letivo, e sempre que necessário são convocadas as Assembléias Gerais
Extraordinárias.
Os objetivos da APMF são:
I-Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-
escola-comunidade, enviando sugestões, em consonância com
a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e
equipe-pedagógica-administrativa.
II-Prestar assistências aos educandos, professores e
funcionários, assegurando-lhes melhores condições de
eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica
do estabelecimento de ensino.
III-Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada,
no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando
sempre à realidade dessa comunidade.
30
IV-Proporcionar condições ao educando, para participar de todo
o processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio
Estudantil com o apoio da APMF e Conselho Escolar.
V-Representar os reais interesses da comunidade escolar,
contribuindo dessa forma, para a melhoria da qualidade do
ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal.
VI-Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários, e de toda a comunidade, através de atividades
sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvindo o Conselho
Escolar.
VII-Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que
lhe forem repassados através de convênios, de acordo com as
prioridades estabelecidas em conjunto com o Conselho Escolar,
com registros em livro ata.
VIII-Colaborar com a manutenção e conservação do prédio
escolar e suas instalações, conscientizando sempre a
comunidade para a importância desta ação.
2.2.2 Conselho Escolar
O Conselho Escolar da Escola Estadual Monsenhor Josemaría
Escrivá – Ensino Fundamental foi constituído segundo as disposições da Resolução
N° 212/05 da SEED e no Parecer N° 032/07, homologado pelo Ato Administrativo N°
149/07 do Núcleo Regional de Educação de Londrina, que aprovou o Estatuto do
Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino.
O mesmo, é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, fiscal e avaliativa sobre a implementação do Projeto Político Pedagógico
da Escola e Regimento Escolar em conformidade com a legislação vigente e
orientações da mantenedora.
Este Conselho é constituído de acordo com o princípio da
representatividade, abrangendo toda a comunidade escolar, ou seja, pais ou
responsáveis, professores, funcionários administrativos, funcionários equipe auxiliar
operacional, direção escolar, equipe pedagógica, grêmio estudantil e representante
31
de movimentos sociais da comunidade, todos com direito a voz e voto. A eleição dos
Conselheiros é realizada em reunião convocada, especificamente, para este fim, e
seu mandato tem vigência de dois anos, com direito a uma única reeleição
consecutiva.
Ele é um fórum permanente de debates, sendo suas reuniões
ordinárias bimestrais, reuniões extraordinárias sempre que necessário conforme
previsto no próprio Regimento de tal Conselho.
2.2.3 Grêmio estudanti l
O Grêmio Estudantil também se apresenta como umas das
instâncias de vivência da gestão democrática no ambiente escolar.
Diante disto, na gestão 2009/2011 as ações necessárias à instituição
do Grêmio já começaram; foram realizadas reuniões com os alunos e repassadas as
orientações para que estes possam realizar o processo de implementação e
funcionamento.
2.2.4 Representantes de turma
A cada início de ano letivo realizam-se as escolhas dos
representantes de turmas pelos alunos de cada sala.
Este processo de escolha, possivelmente, faz com que o corpo
discente perceba-se parte integrante do ambiente escolar e responsável também
pela sua transformação e/ou melhoria. Possibilita a participação ativa ao posicionar-
se de maneira crítica e construtiva numa decisão coletiva como esta, dando
condições também para que sua percepção como sujeito político seja ampliada.
2.2.5 Professores conselheiros de turmas
Em complementação ao exercício integrador das relações sociais no
espaço escolar a Equipe Pedagógica juntamente com os alunos realiza a escolha do
Professor Conselheiro. Cada turma escolhe livremente um professor que irá
representá-los junto à Direção e Equipe Pedagógica.
32
2.2.6 Conselho de Classe
O Conselho de Classe, órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos tem como objetivo avaliar o processo
de ensino e aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos
adequados a cada caso.
A presidência do Conselho é exercida pelo Diretor, e conta com a
participação da Equipe Pedagógica, secretária da escola e grupo de docentes que
atuam na mesma turma.
As reuniões ordinárias ocorrem a cada bimestre (em datas previstas
no Calendário Escolar), e as extraordinárias sempre que um fato relevante assim
exigir.
O Conselho de Classe representa um momento de discussão e
análise pelo grupo acerca do processo educacional visando à superação da
realidade social fragmentada à medida que busca estratégias e elabora propostas
de intervenção que melhorem o processo de ensino aprendizagem e,
consequentemente, o trabalho pedagógico na escola.
É importante notar que o Conselho de Classe “guarda em si a
possibilidade de articular os diversos segmentos da escola e tem por objeto de
estudo o processo de ensino que é o eixo central em torno do qual desenvolve-se o
processo de trabalho” (DALBEN, 1995, p.16).
Os princípios que norteiam estas reuniões em nosso
Estabelecimento de Ensino são de igualdade para garantir participação colegiada,
em todos os segmentos da comunidade escolar, bem como dar condições para
acesso e permanência na escola; qualidade no sentido de evitar de todas as formas
as possíveis repetências e evasão, buscando a qualidade de ensino para todos;
gestão democrática ao repensarmos a estrutura de poder na escola na busca da
socialização; liberdade associada a autonomia no ato de aprender, ensinar,
pesquisar, divulgar a arte e o saber sistematizado, direcionados pela
intencionalidade definida no coletivo. Buscamos uma prática de reciprocidade,
solidariedade, autonomia e da participação coletiva sem perder de vista o ensino e
suas relações com a aprendizagem.
33
Quanto aos critérios e tomada de decisão partimos da análise de
que o ser humano é um ser em desenvolvimento e pode mudar pela mediação.
Acreditando que o educando vai aprender, vai mudar, transformar-se biológica e
psicologicamente. Logo, ele tem potencial, e mesmo não atingindo a média final 6,0
(seis vírgula zero) poderá ser promovido para a série seguinte ao apresentar
condições mínimas de acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem.
2.3 FORMAÇÃO CONTINUADA
O processo de formação continuada e a atualização dos saberes
oportunizam um conhecimento científico nas diversas áreas, bem como favorece
uma reflexão crítica, permanente, sobre a prática pedagógica.
Os dias destinados à formação continuada propiciadas pela Semana
Pedagógica nos meses de Fevereiro e Julho nos parecem, ainda, insuficientes. O
DEB itinerante, 2008, e o NRE itinerante, 2009, os Grupos de Estudos, Reuniões
Pedagógicas, a Escola de Pais em parceria com O Grupo Caravelas contribuíram e
contribuem, significativamente, para a formação dos profissionais que atuam em
nossa escola. Já a hora atividade tem sido um instrumento de superação das
lacunas por contribuir na construção da prática pedagógica e avaliação da
aprendizagem, servindo ainda como espaço de troca de experiência entre os
professores. Frente à tamanha importância e quantidade de trabalhos. A carga
horária deveria ser aumentada, o que facilitaria os encontros de profissionais da
mesma disciplina e o aprofundamento da reflexão conjunta sobre a função social da
escola.
2.4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados.
Segundo a Lei Nº 9394/96, Artigo 13:
Os docentes incumbir-se-ão de:
34
III – Zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV – Estabelecer estratégias e recuperação para alunos de menor rendimento
Portanto, em nossa prática a atividade avaliativa se inicia com a
avaliação diagnóstica que objetiva identificar possíveis problemas, ou seja, ela parte
de um diagnóstico de uma investigação. Durante seu processo ela
determina/informa se o aluno está assimilando gradativa e hierarquicamente os
conteúdos trabalhados, tendo assim uma função formativa. No final do processo ela
classifica os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento previstos, tendo em
vista a promoção. Basicamente, ela apresenta três funções de coletar dados
(diagnosticar), analisar e acompanhar os dados levantados (formativa) e a de atribuir
juízo de valor (somativa).
Mas, este processo de acordo com a Deliberação Nº 007/99 no Art.
6º, “[...] deverá ser contínua, permanente e cumulativa” (CEE, 1999). Numa visão
pedagógica histórico-critica, a política educativa do Estado do Paraná tem
trabalhado no sentido de alterar, até então, a prática avaliativa de pontual,
classificatória, autoritária para uma avaliação diagnóstica que permita compreender
o processo de construção do conhecimento vivido pelo aluno; bem como a
elaboração de intervenções pedagógicas para a melhoria do processo de ensino.
Isso exige de nossos professores um confronto permanente entre o fazer cotidiano
e as proposições que surgem do campo teórico, além do confronto com os
paradigmas e culturas avaliativas enraizadas.
Um dos nossos desafios é redimensionar a avaliação no nosso
contexto de trabalho pedagógico. É também, envolver todos os profissionais que
atuam em nossa escola num constante repensar, das realizações/ações efetivadas e
desenvolvidas em sala de aula e, analisar os mecanismos do sistema educacional
que não favorecem na prática a concretização da teoria vigente. A avaliação não é
um momento final do processo de ensino aprendizagem, ela é na verdade o início e
o meio de viabilização do mesmo.
Avaliar o aluno deixa de significar fazer um julgamento sobre a aprendizagem do aluno, para servir como momento capaz de revelar o que
o aluno já sabe os caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento demonstrado, seu processo de construção de conhecimentos, o que o aluno não sabe, o que pode vir a saber, o que é potencialmente revelado em seu
processo, suas possibilidades de avanço suas necessidades para que a
35
superação, sempre transitória, do não saber, possa ocorrer (ESTEBAN,
1997, p.53).
Nessa linha teórica e diante das exigências, do nosso
comprometimento como profissionais da educação, devemos promover uma
avaliação que privilegie o quanto o aluno é capaz de organizar e relacionar o
conhecimento assimilado e não ser testado no quanto ele sabe. Avaliarmos para
conhecer nosso aluno. Avaliarmos para determinar metas e critérios para o processo
de ensino-aprendizagem. Avaliarmos no sentido de diagnosticar as dificuldades
apresentadas e intervirmos. Avaliarmos para acompanhar o processo de construção
e assimilação do conhecimento. Avaliar visando o aperfeiçoamento do processo e
dos instrumentos para prestar contas à família e aos alunos sobre os avanços e
possíveis necessidades de atendimento diferenciado.
Sabemos que quando o aluno conhece o que dele se espera, ele é
capaz de comparar seu desempenho atual com o desejado e de se engajar em
ações adequadas para diminuir a distância. A contribuição do professor consiste em
mediar o processo de ensino-aprendizagem e, até mesmo, dizer-lhe o que fazer
para atingir o desempenho esperado.
Para isso, todos os envolvidos deverão ter a mesma compreensão
do padrão de qualidade do trabalho escolar. Deverão ser capazes de julgar a
qualidade do que está sendo produzido durante suas produções. Por último, devem
ser capazes de acompanhar adequadamente o desenvolvimento de seu trabalho.
Chamaremos esse estágio de auto-acompanhamento, para quando o aluno
alcançar e de feedback para o professor, que terá retorno imediato dos resultados
de avaliação.
A avaliação dos conteúdos será feita permanentemente. O professor
observando, isto é, prestando atenção ao que cada aluno está fazendo, como reage
aos estímulos, e o que atrai seu interesse, bem como flexibilizando e adaptando o
currículo e os instrumentos avaliativos aos alunos inclusos com laudo e avaliação no
contexto..
A avaliação terá caráter objetivo e manterá o seu foco na
transformação do conhecimento espontâneo em conhecimento cientifico conforme
especificam as Diretrizes Curriculares Estaduais, trabalhando com o Sistema de
Média Ponderada de Notas com peso Bimestral, procurando assegurar dessa forma
36
um total comprometimento do aluno nos quatro bimestres, pois esse sistema implica
que o aluno tenha de empenhar esforços contínuos em todos os bimestres, para ser
promovido para a série seguinte.
As avaliações serão contínuas, permanentes e cumulativas como
forma de acompanhar o desenvolvimento pedagógico. Para obtenção da média final
de resultados será uti lizada a seguinte fórmula:
M.A = ( 1º B X 2 ) + ( 2º B X 2 ) + ( 3º B X 3 ) + ( 4º B X 3 ) = 6,0
10
Para o ano de 2011 já foi aprovado pelo Conselho Escolar a
alteração da fórmula para:
M.A.= 1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0
4
Mas, esta alteração será regulamentada no Regimento Escolar,
passará pela análise e, possível, aprovação da Equipe do Núcleo Regional de
Educação de Londrina – Setor Estrutura. Informamos que a mudança na fórmula foi
solicitada pela comunidade escolar. Justificada pela dificuldade que os responsáveis
pelos alunos (familiares) tem em entender o processo de cálculo da média
ponderada.
Buscar-se-á um equilíbrio na avaliação do desempenho escolar do
aluno durante os bimestres do ano letivo, procurando também, por outro lado,
manter os aspectos qualitativos da aprendizagem e a consideração pela
multidisciplinaridade dos conteúdos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica de síntese e a elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação do ensino da Educação Física e Arte, deverá adotar
procedimentos próprios visando o desenvolvimento formativo e cultural do aluno,
levando em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua
participação nas atividades realizadas.
A avaliação deverá ser registrada em documentos próprios a fim de
serem asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.
37
Os resultados bimestrais serão comunicados aos alunos e seus
responsáveis através de boletins e os resultados finais através do Edital. Ficou
decidido pelo grupo de profissionais que atuam na escola, atendendo a Deliberação
07/99 CEE, que as notas bimestrais serão o resultado da análise do desempenho
global do aluno nas diferentes áreas do conhecimento numa escala de zero a dez. A
média bimestral será composta pela somatória de:
Atividades avaliativas diversificadas, flexíveis como: trabalhos,
pesquisas, seminários, relatórios, provas, testes, listas de
exercícios, produção textual, leitura, entre outras, totalizando
10,0 (dez vírgula zero) pontos, que deverão ser divididos, no
mínimo, em 02 (duas) atividades avaliativas. O peso de cada
atividade avaliativa fica a critério do docente, e deve estar
voltado para a intencionalidade dos conteúdos e não para os
instrumentos;
A reavaliação dos conteúdos será trabalhada no decorrer do
processo. Esta reavaliação deverá ser refeita em vários
momentos, no intuito de recuperar conteúdo e nota do total de
10,0 (dez vírgula zero) pontos avaliados nos instrumentos
anteriores, ou seja, se o aluno foi avaliado num total de 10,0
(dez vírgula zero) pontos ele tem direito segundo a Deliberação
07/99 - CEE a ser reavaliado em 10,0 (dez vírgula zero) pontos,
prevalecendo o maior resultado das avaliações descritas.
Esclarecendo que a retomada dos conteúdos (recuperação
concomitante de estudos) é contínua, permanente, mediata ao processo de ensino
aprendizagem. À medida que o professor detectar que o aluno não se apropriou de
determinado conteúdo ele deve retomar o mesmo, diversificar a prática
metodológica e reavaliar, inserindo questões no próximo instrumento avaliativo, ou
realizando atividades diversificadas que lhe dê um feedback da construção,
apropriação e assimilação do conhecimento pelos alunos. É um constante ir e vir,
reforçando o que apareceu como positivo e corrigindo o que foi negativo. Isso
permite adaptar o plano de trabalho docente e todos seus elementos às
38
características do alunado, no que se refere a sua situação pessoal como aos seus
conhecimentos.
2.4.1 Recuperação de estudos
Nas atuais práticas avaliativas os instrumentos de avaliação são vias
para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser
retomados no processo de recuperação de estudos e, para avançar em práticas
avaliativas vinculadas ao conhecimento, precisamos realizar esta recuperação, não
como uma mera repetição de conteúdos e nem ser considerado como um retrocesso
de aprendizagem; a mesma, deve ser concebida como forma de oportunizar ao
aluno “experiências educativas alternativas”, com o intuito de promover a
evolução do educando de forma que o leve a refletir e o desafie a avançar em seu
conhecimento.
A retomada dos conteúdos (recuperação concomitante de estudos)
deve ser contínua, permanente, mediata ao processo de ensino aprendizagem. Ao
docente ao detectar que o aluno não se apropriou de determinado conteúdo deve
retomar o mesmo, diversificar a prática metodológica e reavaliar, inserindo questões
no próximo instrumento avaliativo, ou realizando atividades diversificadas que lhe dê
um feedback da construção, apropriação e assimilação do conhecimento pelos
alunos. A recuperação de estudos é um fazer e refazer, no intuito de reforçar o que
foi positivo e corrigir o que foi negativo, permitindo-nos adaptar o plano de trabalho
docente e todos seus elementos às características do alunado, no que se refere a
sua situação pessoal como aos seus conhecimentos.
Segundo o parecer nº05/97-CNE, a “verificação do rendimento” não
deve servir para alimentar a “cultura da reprovação”, visto que, segundo este mesmo
parecer, alunos que “mesmo com estudos paralelos de recuperação ainda
permanecem com dificuldades, a escola poderá voltar a oferecê-los depois de
concluído o ano ou o período letivo regular [...] deste modo, a insuficiência relevada
na aprendizagem pode ser objeto de correção, pelos processos de recuperação a
serem previstos no regimento escolar”. O que nunca poderá ser recuperado é a
freqüência escolar que o aluno deve ter no mínimo 75% .
39
Portanto, é necessário que o trabalho pedagógico, na nossa escola,
insira sobre o trabalho do professor no sentido de orientá-lo quanto a refletir e se
apropriar de novas práticas avaliativas, propiciando ao grupo momentos de estudos
sobre o tema, instigando os professores a fundamentação e desenvolvimento de
novas práticas avaliativas, coerentes com a realidade escolar, como também temos
a intenção de continuar com atendimento nas salas de apoio para 5ª série e, de
retomar o projeto de monitoria que já aconteceu na escola e teve resultados
positivos, mas foi interrompido pela falta de Professores Pedagogos, lotados e fixos
na escola, que pudessem dinamizar o processo.
A proposta é que alunos da 8ª série “adotem” outros alunos em
dificuldade de aprendizagem em alguma disciplina. A, princípio, far-se-á, junto ao
grupo de professores nas reuniões de conselho de Classe, um levantamento dos
alunos que precisam de alguma intervenção no processo de ensino aprendizagem.
Depois do levantamento, passar-se-á a fase de execução, em que, cada monitor(a),
ajudará de 2 a 3 alunos em horários de contra turno e em dias a ser estipulados pela
equipe pedagógica e acompanhados
Com isso prepara-se o aluno da última série a rever conteúdos já
trabalhados; proporciona-se um senso de responsabilidade; atitude de
companheirismo e fortalecimento da auto-imagem, estima e motivação tanto de
quem ensina e de quem aprende, além de trabalharmos, segundo Vygotsky (2003),
na linha de desenvolvimento proximal do aluno, onde um sujeito aprende, consegue
solucionar problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes.
2.4.2 Aprovação/reprovação
Após a apuração dos resultados finais da média final maior ou igual
a 6,0 (seis vírgula zero), com freqüência mínima de 75% do total das horas letivas,
serão definidas as situações de aprovação ou retenção dos alunos.
Será considerada ainda, para efeito de promoção ou retenção, caso
o aluno fique retido por nota, a análise do Conselho de Classe final que deliberara
sobre o processo de ensino aprendizagem deste aluno, analisando a igualdade de
condições para o acesso e permanência dele na escola; a qualidade do processo de
40
ensino aprendizagem do mesmo no decorrer do ano letivo, e se ele tem, segundo o
Conselho, condições de acompanhar a série seguinte.
Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registrará no
histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.
2.4.3 Classificação
O processo de classificação é um procedimento adotado pelo
estabelecimento de ensino para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com sua idade, desenvolvimento e experiência adquiridos por meios formais ou
informais. Este processo encontra-se regulamentada no Regimento Escolar da
Escola – Seção V – Art. 69 e Art. 70 e normatizado pela Instrução Nº 02/08 –
SUED/SEED.
2.4.4 Reclassificação
O processo de reclassificação é normatizado pela Instrução
020/2008 – SUED/SEED e regulamentado no Regimento Escolar na Seção VI – Art.
71 – 78, deste estabelecimento de ensino. Ele é um processo pedagógico
concretizado através da avaliação como verificação da possibilidade de avanço em
qualquer série/ano/disciplina(s), considerando as normas curriculares, encaminha o
aluno à etapa de estudo compatível com a experiência e desempenho escolar
demonstrado, independente de seu Histórico Escolar.
41
3 MARCO OPERACIONAL
3.1 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO - METAS 2009-2011
3.1.1 Recursos humanos
O foco principal de uma instituição escolar é o ALUNO ( corpo
discente), e para que obtenhamos um resultado positivo, envolveremos todos os
professores , profissionais desta Escola, através do Conselho de Classe, Conselho
Escolar, A.P.M.F., Grêmio Estudantil, comunidade numa ação conjunta permanente
e crescente através de um Projeto Político Pedagógico vivo, contínuo e coletivo
levando o aluno a descobrir qual é o seu verdadeiro papel enquanto cidadão .
Ações: “Curto e médio prazo e ao longo de toda gestão”.
Enfatizar a aprendizagem e o sucesso do educando, com a finalidade de diminuir
os índices de reprovação e de abandonos escolar, aumentando as ta xas de
promoção e aprovação.
Dar estímulo e valorizar o trabalho coletivo através do envolvimento de toda a
equipe escolar.
Permitir a participação ativa de pessoas da própria comunidade ou de fora dela (os
antigos alunos que conseguiram posições de destaque na cidade ou em outras
localidades).
Promover e estimular a prática da correspondência inter-escolar com troca de
experiências entre docentes e discentes.
Oportunizar visitas em dias letivos em que a Escola estará aberta à comunidade
através da Feira de Ciências, Semana Esportiva Cultural e Social, Fera com Ciência
e Olimpíadas de Matemática e Português,etc.
Introduzir novos conteúdos e novos métodos inclusive novos conteúdos
interdisciplinares do qual só poderá ser alcançado através da utilização de métodos
participativos, com uma pedagogia “centrada no aluno”, partilhando e apoiando-se
nos conhecimentos e nas relações dos alunos.
42
A introdução desses novos métodos, ou seja, novos conteúdos
deverá ser a ocasião de um trabalho articulado com outros setores da comunidade
como, por exemplo: UEL, UNOPAR, UNIFIL, etc. e outras entidades públicas (da
saúde, agricultura, saneamento, copel, indústrias, etc.)
Introduzir dispositivos inovadores recomendando a reorganização das estruturas
da Escola, através do seu Regimento Interno, de modo a poder tornar mais flexível a
atividade das classes e dos professores.
Oportunizar junto a professores, funcionários, e alunos da Escola a promoção de
Grupo de Estudos, palestras debates que levem a todos a uma melhor formação de
caráter e aprimoramento intelectual dos mesmos.
Aprimorar a avaliação qualitativa de aprendizagem com caráter diagnóstico.
Promover o enriquecimento do processo de ensino/aprendizagem através dos
novos recursos pedagógicos e das TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação) existentes na Escola: TV Pen drive/DVD, Pen Drive, uso do
Laboratório de Informática pelos professores na Hora Atividade, acesso a
programação da TV Paulo Freire, utilização dos retro projetores, máquina de xérox e
digital, esqueleto humano, torso humano, mapas, Laboratório de Ciência, Biblioteca,
etc.
Introdução de práticas extraídas do ensino recíproco, com busca de possíveis
formas de ajuda por um monitor de sala: monitoria.
Propiciar a montagem de equipe de conservação das instalações escolares
(alunos encarregados de manutenção da limpeza através da fiscalização) e pais que
ocupam com a manutenção.
Resgatar a participação da comunidade como centro de apoio pedagógico (ajuda a
autoprodução, equipamentos e materiais).
Integração escola - empresas.
Ligação com Escolas vizinhas, com a utilização em comum de materiais.
Apelo a voluntários e parceiros na comunidade a qual a escola está inserida com o
objetivo de desenvolver projetos pedagógicos tais como: a veiculação de um Jornal
Estudantil, Montagem da Estação de Rádio;
Participação nas orientações dos assessores do CRTE quando da sua visita na
escola.
43
Incentivo ao desenvolvimento de projetos oferecidos pela SEED: OAC, Folhas,
Viva Escola, PDE, GTR, capacitações, grupos de Estudos, Formação Continuada,
Jornadas pedagógicas, entre outros.
Melhoria no sistema de limpeza geral da escola através de um escalonamento de
funcionários pertencentes ao quadro de serviços gerais.
3.1.2 Recursos físicos
Ações: “Curto, médio e longo prazo”.
Cobertura da Quadra de Esportes já existente em nossa escola;
Fechamento do Pátio da Merenda,
Calçamento de parte do pátio interno,
Reforma de todo o sistema de iluminação do pátio interno da escola, inclusive os
pára-raios que se encontram danificados,
Reforma da fachada da escola,
Ampliação e atualização do acervo bibliográfico e matérias de apoio, através de
recebimento de verbas repassados à A.P.M.F., ou através de campanhas e doações
de livros de particulares e empresas em geral .
Aquisição de materiais que promovam a integração entra alunos /alunos e
alunos/professores , como por exemplo: jogos de xadrez , dama, trilha e mesa de
Ping-Pong, entre outros.
Auto produção de recursos didáticos (cartazes, mapas) e de pequenos acervos de
animais e assinatura de jornais e ou revistas que possam enriquecer e apoiar
nossos docentes na preparação de suas aulas, assegurando melhor aprendizagem
aos nossos educandos.
Aumento do acervo de material pedagógico que venha contemplar todas as
disciplinas.
Aquisição de armários para a organização da Biblioteca dos professores,
Aquisição de materiais e equipamentos necessários para o funcionamento diário e
efetivo do Laboratório de Ciências,
Aquisição de enceradeira de lavar salas de aula inclusive utensílios de copa,
cozinha e jardinagem.
44
3.1.3 Comunidade
Proporcionar uma gestão participativa na Escola através da
motivação, do funcionamento da A.P.M.F., Conselho Escolar, Conselho de Classe e
criação de um conselho de discentes e Grêmio Estudantil, assegurando, dessa
maneira, a participação de todos os segmentos com responsabilidade para a
construção de uma Escola Democrática , eficiente,participativa e de boa qualidade ,
voltada para a Excelência da educação para todos.
Ações pretendidas ao longo da gestão:
Ampliar a participação, a todas as instâncias, nas decisões sobre educação.
Desenvolver um trabalho conjunto com a Associação de Bairro de acordo com os
anseios da comunidade.
Objetivar a melhoria do funcionamento da escola, criando-se um bom ambiente
interno e externo (comunidade).
Proporcionar oportunidade de participação, associando-se aos pais e à
comunidade da região (bairro) na gestão e na vida da escola. Visando um trabalho
transparente da administração do gestor da escola.
Assinatura de acordo de cooperação uma ou mais empresas privadas local.
(parcerias locais)
Aderir a Programas que venham a ampliar o atendimento a comunidade escolar,
como por exemplo, “Mais Educação”.
3.1.4 Parcerias
“Ao longo da gestão”
Executar projetos de recreação (rua de recreio), passeios, semana esportivo-
cultural, teatros, filmes educativos, Feira de Ciências, jogos escolares, concursos,
etc.
45
Realizar convênios no campo psicológico, fonoaudiológico e de assistente social
através de parcerias com a Universidade Estadual de Londrina, UNOPAR, UNIFIL
entre outras instituições.
Acompanhamento aos eventos organizados pela Secretaria de Educação,
repassando-os e incentivando a comunidade escolar a participar sempre que
possível e necessário.
3.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O trabalho da Equipe Pedagógica, à luz de uma concepção
progressista da educação, tem clara que a nossa função é a de mediar o trabalho
pedagógico escolar, agindo em todos os espaços de contradição para a
transformação da prática escolar.
Logo, em nosso trabalho devemos ter como princípios a:
Gestão democrática e participativa;
Trabalho coletivo;
Ética profissional;
Educação pública, gratuita e de qualidade;
Comprometimento político-pedagógico.
Além do que, a organização do nosso trabalho deve envolver:
Construção e implementação do Projeto Político-Pedagógico da Escola;
escolar;
Organização da prática pedagógica;
la e Comunidade;
Avaliação do Trabalho Pedagógico;
Implementação do currículo, planejamento e a avaliação escolar.
Ações para construção e implementação do Projeto Político
Pedagógico da Escola:
Elaborar o plano de ação da equipe pedagógica, no início do ano letivo;
46
Coordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto político-
pedagógico, durante o ano letivo.
Criar condições para a participação dos profissionais da escola e comunidade na
construção do projeto político pedagógico, no início do ano letivo.
Ações para organização do trabalho pedagógico no coletivo da
escola: espaço e tempo escolar:
Organizar turmas, calendário letivo, distribuição das aulas e disciplinas, horário
semanal de aulas, disciplinas e recreio, no início do ano letivo.
Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de recuperação de
estudos, durante o ano letivo.
Organizar a hora atividade do professor para estudo, planejamento e reflexão do
processo de ensino e aprendizagem, no início do ano letivo.
Ações para organização da prática pedagógica:
Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas
educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Diretrizes
Curriculares Estaduais, durante o ano letivo;
Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e
transposição didática em consonância com os objetivos expressos no P.P.P, durante
o ano letivo.
Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento às
dificuldades de aprendizagem, durante o ano letivo.
Levantar e informar ao coletivo de profissionais da escola e comunidade os dados
do aproveitamento escolar, durante o ano letivo.
Incentivar e assessorar o professor na seleção de recursos didáticos para o ensino
e aprendizagem dos conteúdos escolares, durante o ano letivo.
Participar da organização e atualização do acervo de livros e periódicos da
biblioteca da escola, durante o ano letivo.
Desenvolver processos de gestão colegiada entre os profissionais da equipe
pedagógica, durante o ano letivo.
Planejar e organizar espaços e tempos da escola, junto com os professores, para
projetos de recuperação de estudos;
47
Incentivar e acompanhar os professores ao fazer uso do laboratório de informática;
Propiciar momentos para que os professores possam trocar experiências,
vivências e conhecimentos;
Incentivar e dar suporte técnico pedagógico na elaboração de projetos
interdisciplinares;
Possibilitar e organizar a hora atividade do professor para estudo, planejamento e
reflexão do processo de ensino e aprendizagem condizente com a realidade da
comunidade escolar;
Incentivar, assessorar e propiciar recursos para elaboração de projetos de
intervenção na realidade da escola para a melhoria do processo educativo;
Planejar o ensino e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos
professores;
Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento às
dificuldades de aprendizagem;
Planejar em conjunto com o coletivo da escola a intervenção aos problemas
levantados em pré- conselho e conselho de classe;
Coordenar a escolha e aquisição de materiais e equipamentos de uso didático-
pedagógicos junto aos professores de cada disciplina;
Incentivar e assessorar o professor na seleção de recursos didáticos para o ensino
aprendizagem dos conteúdos escolares;
Elaborar o projeto de formação continuada dos profissionais da escola para o
aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos
sistemáticos e oficinas;
Disponibilizar materiais de pesquisa do interesse de cada disciplina;
Desenvolver processo contínuo pessoal e profissional de fundamentação teórica;
pesquisar e fornecer subsídios teórico-metodológicos para o estudo e atender
necessidades do trabalho pedagógico dos professores;
Organizar reuniões de estudo para a reflexão e aprofundamento de temas relativos
ao trabalho pedagógico da escola e de cada disciplina.
Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de avaliação
do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos educacionais previstos
no P.P.P.
48
Organizar e coordenar estudos com temas como: conselhos de classe de forma a
garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico;
Trabalhar com os professores a questão da inclusão, flexibilização e adaptação
curricular dos alunos inclusos;
Discutir e implementar com os professores metodologias e práticas pedagógicas
para alunos inclusos;
Identificar junto aos professores os alunos que devem ser avaliados no contexto.
Propiciar metodologias e práticas avaliativas diferenciadas, no intuito de atingir os
objetivos propostos em cada disciplina;
Agendar com os pais e professores, pequenas, reuniões de caráter formativo e
informativo a respeito do filho/aluno.
Ações para formação continuada dos profissionais da escola:
Elaborar o projeto de formação continuada dos profissionais da escola para o
aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos
sistemáticos e oficinas, de acordo com a SEED.
Desenvolver processo contínuo pessoal e profissional de fundamentação teórica,
na hora atividade;
Pesquisar e fornecer subsídios teóricos metodológicos para o estudo e atender
necessidades do trabalho pedagógico, no decorrer do ano letivo;
Organizar reuniões de estudo para a reflexão e aprofundamento de temas relativos
ao trabalho pedagógico da escola, a cada bimestre;
Coordenar grupos de estudo, no decorrer do ano letivo de acordo com cronograma
da SEED.
Ações entre relação escola e comunidade:
Desenvolver projetos de interação escola-comunidade ampliando espaço de
participação da comunidade nas decisões pedagógicas da escola.
Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar.
os alunos nos diversos momentos e órgãos
colegiados da escola.
49
Elaborar estratégias para a superação de todas as formas de discriminação,
preconceito e exclusão social e de compromisso ético e político com todas as
categorias e classes sociais.
Fazer cumprir os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o
Estatuto da criança e do adolescente, como fundamentos da prática educativa.
Repensar a natureza da relação dos pais com a escola.
Promover reuniões de caráter formativo e informativo;
Desestimular a cultura da não-participação dos pais;
Distinguir presença de participação;
Distinguir colaboração de participação;
Trazer palestras que ajudem os pais ou responsáveis a compreenderem seus
filhos tais como: educação sexual, drogas na adolescência, relação pai e filho na
adolescência...
Quebrar a tradição de chamar os pais somente para reprimir a atuação de seus
filhos;
Ações na avaliação do trabalho pedagógico:
Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo
coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.
Avaliar o trabalho pedagógico pelos profissionais da escola e comunidade.
Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de avaliação
do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos educacionais previstos
no P.P.P.
Coordenar, acompanhar e assessorar professores e alunos no Programa “Mais
Educação”.
Para que a escola cumpra sua função social, a equipe pedagógica
tem que cumprir sua função com profissionalismo e comprometimento político-
pedagógico. Este é nosso plano de trabalho a ser desenvolvido no decorrer do ano
letivo de 2010 e, como todo plano, planejamento sofrerá ajustes de acordo com a
necessidade dos professores e alunos que compõem a realidade da instituição de
ensino na qual atuamos.
50
3.3 PLANO DE AÇÃO DO CORPO DOCENTE
A partir do conhecimento do alunado atendido pela escola, da
análise e observação de cada uma das turmas com as quais deveremos trabalhar
durante o ano letivo, temos de traçar planos de ação que viabilizem o trabalho de
construção da aprendizagem previamente planejado, de forma a garantir o
progresso individual de cada aluno e do coletivo das salas de aula.
A investigação diagnóstica realizada inicialmente nos permite, num
primeiro momento, visualizar o grau de conhecimento dos alunos. E, a partir daí,
realizar uma seleção de conteúdos condizentes com a realidade.
Devemos definir a metodologia a ser utilizada também após a
análise e observação das turmas, considerando a interação entre os alunos nas
salas de aula, e interação do professor com a turma e do grau de interesse dos
alunos pela disciplina.
Outro ponto importante na definição de ações é a escolha do tipo de
avaliação empregada em cada um dos momentos. A partir dela é que podemos
identificar nossos erros ou acertos, verificar os resultados de cada um dos alunos ou
do grupo e, então, redirecionarmos o nosso trabalho.
As dificuldades encontradas em sala de aula devem ser discutidas
permanentemente entre os professore e equipe pedagógica na tentativa de
solucioná-las de forma a preservar o ambiente favorável à aprendizagem em sala de
aula. As questões disciplinares, por exemplo, merecem ações e atitudes firmes por
parte de todos os envolvidos no ensino/aprendizagem. Nesse sentido é importante
que se desenvolva um trabalho mais específico com os alunos ou turma. Inclusive a
tentativa de um envolvimento maior dos pais ou responsáveis com as atividades
diárias de seus filhos.
As ações docentes necessárias para um bom resultado de
aprendizagem dos alunos devem ser planejadas e discutidas de forma permanente
entre o grupo de professores, a equipe pedagógica e direção do estabelecimento,
possibilitando à escola não só uma uniformidade de ações, mas também o
fortalecimento das suas decisões.
51
3.4 Planos de Ação Multi e Interdisciplinar
Nossa Instituição de Ensino atende um alunado que necessita de
estímulos para ter nos estudos a esperança de um futuro melhor. Logo, viu-se a
necessidade de oferecer atividades extraclasse através de planos de ação que criem
estratégias para motivar o processo de ensino-aprendizagem numa abordagem que
articule as disciplinas cujos, conceitos, teorias e práticas enriqueçam a compreensão
desse conteúdo.
Atualmente vivemos em uma sociedade paternalista que facilita a
vida das crianças e adolescentes, tornando-os desmotivados, diante da
aprendizagem, pois esta requer empenho, envolvimento e experiência. A escola,
então, deve criar estratégias para tornar os estudos mais interessantes e atrativos,
para que não haja um número significativo de reprovação e evasão.
Inserida nesta realidade a Escola Monsenhor Josemaría Escrivá,
propõe para ano letivo, estratégias, onde os planos de ação ganham espaço e os
conteúdos desenvolvidos em sala de aula também sejam trabalhados de forma
diferenciada no espaço escolar, no intuito de despertar no educando maior interesse
pelo processo de ensino-aprendizagem.
Estes planos se encontram no apêndice deste documento. Segue
planejamento da programação anual de atividades extracurriculares:
Mês de Fevereiro
Avaliação diagnóstica para construção do Plano de Trabalho Docente.
Mês de Março
Início Programa Viva Escola;
Trabalho de prevenção e conscientização da Gripe A H1N1;
Início do Programa Sala de Apoio.
Mês de Abril
Implementação Programa PEP
Conscientização da importância do Grêmio Estudantil
Semana do Combate a Dengue
Implantação Escola de Pais – Projeto PDE
Mês de Maio
Atividade Ecumênica e lembrança para o dia das Mães
52
Mês de Junho
1ª fase OBMEP
Mês de Julho
Olimpíada de Língua Portuguesa
Mês de Agosto
Semana do Estudante – Palestras
Dia da Família na Escola
Mês de Setembro
2ª fase OBMEP
Semana da Pátria – Oficinas;
Mês de Outubro
A importância da criança na sociedade – direitos e deveres
Mês de Novembro
Consciência Negra
Semana Esportiva, Cultural e Social
Mês de Dezembro
Formatura
3.5 AVALIAÇÃO DO PPP
Avaliar significa emitir um juízo de valor sobre a realidade que se
questiona, seja a propósito das exigências de uma ação que se projetou realizar
sobre ela, seja a propósito das suas consequências. Entretanto para se avaliar,
exige-se ter critérios claros que orientem a leitura dos aspectos a serem avaliados.
Logo, ao realizarmos uma avaliação crítica de nosso PPP
precisamos refletir sobre: a) Qual a relação da nossa prática de ensino com a
cultura? E com a realidade descrita em nosso PPP?; b)Qual o sentido de certas
práticas no nosso ensino? Elas estão condizentes com a teoria da Pedagogia
Histórico-Crítica?; c) Até que ponto levamos em consideração na nossa sala de aula
a realidade onde o aluno vai atuar?; d) Como efetivamente equilibrar o pedagógico e
o político nas práticas escolares?
As respostas são complexas e podem se constituir numa referência
para enriquecer a prática e a ela retornar. É um ir e vir, processo longo numa
53
reconstrução permanente do currículo, podendo revelar contradições que,
provavelmente, conduzirão a novos caminhos e descobertas advindas de muito
esforço e persistência.
Para tanto, no decorrer do ano letivo esta instituição de ensino
promoverá ações para diagnosticar e alterar o que for necessário em seu PPP,
através de coleta de dados em: reuniões de pais ( bimestralmente, ou quando a
necessidade assim o exigir); reuniões ordinárias do Conselho Escolar; reuniões
ordinárias da A.P.M.F. (Associação de Pais e Mestres e Funcionários); reuniões de
avaliação semestral com a equipe pedagógica, professores, equipe-administrativa e
equipe auxiliar operacional; anualmente se aplicará um questionário avaliativo de
sondagem com toda a comunidade escolar interna como também a externa ( pais
de alunos).
Portanto, os resultados que obtivermos através dos instrumentos
avaliativos, nos servirão como indicadores para a reorientação da nossa prática
educacional e realimentação do nosso PPP, Regimento Escolar e Regimento
interno.
Através de uma avaliação bem elaborada teremos condições de
redirecionar nossas ações e atitudes procurando sempre qual é o melhor caminho
para se promover as transformações.
4 LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS HUMANOS E FÍSICOS NO DECORRER
DO ANO E PROPOSTAS DE SOLUÇÕES PARA O ANO DE 2010
A nossa maior limitação é preparar nosso aluno para a vida, a
dificuldade em interligar os conceitos e conteúdos para que ele consiga emancipar-
ser no seu meio e ser agente de mudança. Por sermos oriundos de um processo de
formação fragmentada sentimos dificuldade em trabalhar na inter e
multidisciplinaridade. A falta de um quadro de profissionais lotados no
estabelecimento de ensino gera alta rotatividade de profissionais que apenas
passam pela escola e não se comprometem com o trabalho ora desenvolvido, tais
como: processo de avaliação, recuperação de estudos, conhecer os alunos e a
realidade que os circunda. Os profissionais lotados na escola sentem dificuldade em
dar continuidade às ações conjuntas com os professores itinerantes que acabam
54
não interagindo e integrando os trabalhos. Estes profissionais ficam, geralmente, na
superficialidade, não se comprometendo com nossas propostas e filosofias de
formação, devido, geralmente, a sua situação de trabalho.
Talvez a realização de concursos públicos periódicos para suprir o
quadro de professores seria uma forma concreta estabilização desse quadro. Este
seria o caminho para evitar que os professores se obrigassem a dar aulas em
inúmeras escolas, enfrentando “n” problemas, seja a metodologia de trabalhos
diferentes, locomoção, horários incompatíveis, insegurança de mercado de trabalho,
etc.
Este ano com a mudança no perfil do alunado muitos profissionais,
aparentemente, se desestruturaram e o número de atestados médicos teve aumento
significativo. A falta de profissionais da parte administrativa, também, prejudicou a
organização da escola. Não temos profissional para atender a Biblioteca no período
matutino e vespertino, já que uma professora readaptada que nos auxiliava se
aposentou e outro professor readaptado saiu para o Programa PDE.
4.1 ALUNADO
Análise da Caracterização de Desempenho Escolar.
Em relação ao alunado podemos fazer as seguintes observações:
Falta de assistência dos pais, que a via de regra só vêem seus filhos à noite, dado
ao horário de trabalho, com isso refletindo os problemas no ambiente escolar;
Inversão de valores;
Procura de assistencialismo, tornando a escola local de guarda de crianças e
adolescentes, enquanto os pais trabalham;
Abandono da escola assim que aparece uma oportunidade de emprego;
Falta de recursos financeiros que possibilite a aquisição de material escolar
mínimo;
Baixo nível sócio-cultural e financeiro dos pais, com acentuados problemas de
integração social;
Claros desvios na formação educacional e social dos nossos educandos
evidenciados pela apatia, desinteresse e agressividade;
Ausência de lazer e religiosidade.
55
Os itens acima citados cooperam para o elevado índice de repetência e evasão
escolar.
4.1.1 Análise do baixo rendimento escolar
Acreditamos que a situação de baixo rendimento escolar, evasão e repetência não
é específico de nossa Escola e sim está ligada a toda uma conjuntura econômica e
política que existe em todo País.
Cremos que o quadro de crise social, desajustamento, insatisfação, instabilidade,
desemprego, distribuição desigual e injusta de renda, incerteza econômica e crise de
valores no qual está inserido a sociedade, repercute diretamente, tanto no
desempenho do quadro docente como discente da Escola.
Tendo em vista a realidade faremos propostas a nível mais específico e imediato,
levando em consideração vários aspectos, tais como: as limitações no que se refere
à carga horária de trabalho, falta de valorização profissional dos professores por
parte das autoridades competentes, falta de recursos pedagógicos, baixa
remuneração, falta de apoio da comunidade, etc.
4.1.1.1 Propostas de intervenção
Manter o trabalho de orientação com os alunos e pais de alunos, cujo
comportamento e atitudes não forem coerentes com um bom rendimento escolar.
Contato constante com os alunos referidos no item anterior quer seja em grupo,
quer seja individualmente.
Valorização do professor através de programas periódicos de qualidade,
motivação e melhoria de vida. E ainda, oportunizar aos professores cursos de
capacitação, treinamento, grupo de estudo os quais os levam ao aperfeiçoamento
voltado para uma obtenção de resultados firmes, claros e objetivos.
Oportunizar aos professores encontros, não só locais, mas regionais e ou setoriais
a promoção de troca de experiências.
Liberdade de inovação e as mudanças educacionais quando se fizer necessário a
nível local, com o diretor transformando-se num agente de desenvolvimento.
56
Continuar reiterando a necessidade desta Escola de receber de sua entidade
mantenedora material esportivo, material de laboratório de ciências (KIT), obras
literárias especificadas para o 1º Grau ( 5ª a 8ª série).
Reavaliar a atuação do conselho de Classe, propondo algumas alterações como:
realizar conselhos participativos com todas as turmas que apresentarem problemas
de aprendizagem ou disciplinares.
Com relação a formação dos jovens, a Escola tem como objetivos a médio e longo
prazo:
“Levá-los a aprender a desenvolver uma curiosidade insaciável, assim como
estimular a “fome” de aprender não só para “ ganhar a vida “, mas para enriquecer
suas vidas em todos os aspectos.
Conscientizá-los a fazer frente aos novos problemas, analisar e solucionar os
problemas.
Levá-los a aprender a extrair informações com o objetivo de capacitá-los na
resolução de problemas futuros.
Melhoria de qualidade de vida em relação à: saúde física e mental.
Oportunizar atendimento eficaz para aqueles alunos com dificuldade de
aprendizagem. Ex: avaliação no contexto e devidos encaminhamentos.
4.2 AGENTE EDUCACIONAL II – APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Manter todo o serviço de escrituração escolar e correspondência em dia.
Auxiliar em eventos e promoções da escola.
Organizar e manter em dia a coletânea de Leis, regulamentos, ordens de serviço,
circulares, resoluções, etc.
Atender o educando quando este procurar os serviços administrativos.
Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados.
Participar de forma efetiva de cursos e reuniões.
Comunicar todas as irregularidades que venham ocorrer na secretaria à Direção.
Cooperar na formação do educando, ensinando-os a respeitar os colegas,
professores e funcionários da escola.
Participar nas decisões e elaboração de projeto.
57
4.3 AGENTE EDUCACIONAL I – AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS
Executar os serviços de limpeza em geral e conservação do prédio.
Auxiliar nos eventos e promoções da escola.
Participar nas decisões e elaboração de projetos da escola.
Auxiliar na mudança de móveis e equipamentos.
Verificar, ao final do expediente, a eventual existência de aparelhos ligados, luzes
acesas, portas, janelas e torneiras abertas.
Executar ou providenciar serviços de manutenção geral, trocando lâmpadas ou
efetuando pequenos reparos e requisitando, junto a Direção, pessoas habilitadas
para reparos que exijam conhecimentos específicos.
Informar à Direção a necessidade de aquisição de material de consumo e limpeza,
para evitar a descontinuidade do processo de higienização e manutenção do prédio
e suas instalações.
Zelar pela conversação e segurança das dependências do Estabelecimento,
juntamente com os alunos.
Receber alunos no início dos períodos.
Comunicar à Direção qualquer anormalidade verificada.
Participar das reuniões administrativas e programas de capacitação, quando
convocado ou designado.
Executar outras tarefas afins.
Trabalhar de forma a estimular o aluno para a conservação da limpeza da escola,
criando hábitos de higiene e boas maneiras.
Auxiliar nos eventos e promoções da escola.
Preparar refeições e lanches de acordo com o cardápio pré- estabelecido, segundo
técnicas de culinária, cocção e higiene.
Receber, conferir e controlar os gêneros necessários ao preparo das refeições e
lanches.
Informar o Diretor do Estabelecimento de Ensino da necessidade de reposição de
estoque.
Distribuir entre as pessoas que auxiliam, as tarefas de preparo dos alimentos.
Zelar e controlar as refeições e lanches a serem servidos.
Zelar pelo cumprimento dos horários.
58
Zelar pela conservação e acondicionamento adequado dos alimentos, observando
os prazos de validade.
Manter a higienização e limpeza das áreas da cozinha, refeitórios e dos
equipamentos e utensílios.
Auxiliar na elaboração do cardápio, quando solicitado.
Efetuar a compra de alimentos, quando solicitado.
Participar de reuniões administrativas e programas de capacitação, quando
convocado ou designado.
Participar das decisões e elaboração dos projetos da escola.
Utilizar equipamentos de proteção individual, quando necessário.
Participar na formação do educando em relação aos hábitos de higiene e boas
maneiras.
4.4 CASEIRO – POLICIAL MILITAR
Efetuar rondas periódicas de inspeção, com vistas a zelar pela segurança do
Estabelecimento de Ensino.
Impedir a entrada, no prédio ou área adjacente, de pessoas estranhas e sem
autorização, como medida de segurança.
Comunicar a chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante seu plantão,
para que sejam tomadas as devidas providências.
Zelar pelo prédio e suas instalações, precedendo aos reparos que se fizerem
necessários e levando ao conhecimento de seu superior, qualquer fato que dependa
de serviços especializados para reparo e manutenção.
Efetuar tarefas correlatas à sua função.
59
REFERÊNCIAS
BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. Porto
Alegre: Paixão de Aprender, 1993. CEE/SEED. Deliberação nº 07/99. Curitiba, 1999.
CNE/CEB. Resolução nº 02/01. Brasília, 2001.
CEE/SEED. Deliberação nº 08/05. Curitiba, 2005.
DERMEVAL, Saviani. Pedagogia Histórico-Crítica. 8. ed. Campinas, SP: Autores
Associados, 2003. ESTEBAN, M. Tereza (org.). AVALIAÇÃO: uma prática em busca de novos
sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
GIUSTA, A. da S. Concepções de aprendizagem e Práticas Pedagógicas. In: Educação Revista Belo Horizonte, 1985.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação educacional escolar; para além do autoritarismo. Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, ABT, 13(61):6-26,
nov./dez., 1984. MARCONDES, Martha Aparecida Santana (Org.). Temas transversais e currículo.
Brasília: Líber Livro Editora, 2008. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: LDBEN- Lei nº 9.394/96.
Brasília, 1996. MEC. História da Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Lei nº 11.645/08. Brasília, 2008.
PIMENTA, Viviane Ziemmer Magalhães. Da compreensão filosófica a compreensão didática da pedagogia histórico-crítica. Cadernos Pedagógicos GTR, PDE 2007. Londrina: UEL, 2008.
SEED, Diretrizes Curriculares Estaduais. Curitiba, 2009.
SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. 1ª edição. Araraquara: JM Editora,
2004.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento
dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
60
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
61
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE LEM - ENSINO
FUNDAMENTAL
1. JUSTIFICATIVA
De acordo com as Diretrizes Curriculares, o ensino de LEM
apresenta elevado potencial para o desenvolvimento da consciência e cidadania do
jovem adolescente. Com esta visão, a língua é considerada como algo a mais do
que um instrumento neutro de dar nomes aos fenômenos percebidos à nossa volta;
a língua passa a ser vista como um fenômeno cultural que determina possibilidades
de percepção de mundo, e sendo assim, a língua é percebida como discurso e não
apenas estrutura. É relevante, então, destacar alguns aspectos relacionados com o
desenvolvimento da cidadania através do ensino de LEM, como a inclusão social, o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o processo de
construção de identidades sociais transformadoras.
O ensino de LEM possibilita a inclusão social, já que objetiva
capacitar o aluno a se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos
em situações significativas e relevantes para entender, assim, diferenças regionais e
individuais. O contato com outro idioma, outra cultura pode proporcionar -lhe mais
facilidade em se posicionar socialmente, percebendo sua importância no contexto
em que vive.
O processo de ensino-aprendizagem de LEM ajuda a ampliar a
concepção do que é uma língua e suas potencialidades na interação humana. A
comparação entre a língua materna e uma LEM permite a ampliação de horizontes,
alem de expandir capacidades interpretativas e cognitivas do aluno. Ao ser exposto
às diferentes manifestações da língua na sociedade, o aluno pode chegar a uma
compreensão das implicações políticas e ideológicas que se encontram na língua.
Ao aprender uma LEM, o aluno deve se perceber como parte
integrante da sociedade e participante ativo do mundo em que vive. Ao ampliar suas
possibilidades de entendimento, o aluno pode atuar sobre sentidos e reconstruir sua
identidade como agente social e transformador do ambiente em que vive. O
aprendizado de LEM proporciona ao aluno a oportunidade de reconhecer diferentes
culturas e formas de expressão e compreender que os significados são construídos
social e historicamente, e assim, passíveis de transformação. Desta maneira, o
62
aluno pode constatar a diversidade cultural sem perder sua identidade local, mesmo
que esta seja transformada por tal contato.
Enfim, o ensino e aprendizagem de LEM precisa proporcionar
espaço para o desenvolvimento de atitudes cidadãs e isso ocorre quando a língua é
tomada como algo mais do que apenas um meio para se atingir fins comunicativos,
não apresentando restrições às suas possibilidades, como experiência de
identificação social e cultural. Para tanto, torna-se essencial que este trabalho seja
feito com diversidade textual pois é através dela que o indivíduo poderá ter um
contato real com a língua. Torna-se necessário, desta forma, apresentar ao aluno
textos representativos de vários segmentos sociais para que não ocorra uma
separação entre o que é vivido fora e dentro das salas de aula. A LEM ( língua
inglesa, no caso) está presente em diversos momentos da vida do aluno como em
propagandas, revistas, internet etc. E além das situações vivenciadas pelos alunos
aqui no Brasil é relevante trazer também para escola a cultura dos países que
utilizam a língua inglesa como língua materna, pois a língua e cultura de um povo
possuem fortes ligações entre si, ao ponto de influenciarem-se mutuamente. Tudo
isso sem esquecer a posição de língua franca internacional que o inglês detém hoje
em dia.
Os materiais pesquisados apontam como sendo ideal para os
estabelecimentos estaduais priorizarem a habilidade de leitura, não de textos
artificiais, mas de textos autênticos retirados de jornais, revistas, livros etc., para que
não seja proposto ao educando um aprendizado cujo foco seja memorizar
construções vagas, formuladas especificamente para fins didáticos.
O trabalho com textos inclui também as músicas, que podem ser
exploradas com afinco pelos educadores, já que se trata de um material de extremo
interesse por parte dos alunos.
O desenvolvimento do trabalho com o texto precisa conduzir o aluno
à percepção e à compreensão da unidade temática apresentada, de forma
progressiva e contínua. Nas séries iniciais pode-se trabalhar com slogans e
propagandas, já nas séries finais é possível trabalhar com artigos e notícias.
É possível, ainda, trabalhar com textos literários, mas não como
pretexto para abordagens gramaticais, pois desta forma pode-se minimizar o
interesse do aluno, podendo chegar a eliminá-lo por completo. Deve-se, portanto,
63
confeccionar um roteiro de leitura seguido de discussão, pesquisa de dados sobre o
autor, leitura de diferentes textos do mesmo autor etc. Ainda com relação à leitura de
textos literários, é preciso que professor e alunos percebam que este tipo de texto
não é criado para ensinar a estrutura da língua, mas sim para ser lido e apreciado.
O trabalho com a expressão oral deve ser feito paralelamente ao
trabalho de compreensão auditiva. O educador deverá proporcionar diálogos, nos
quais o aluno possa ouvir, criar, e falar. A progressão a ser observada na escrita
deve ser diferenciada na oralidade, considerando-se cada série.
1.1 OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE LEM NO ENSINO FUNDAMENTAL
Ter desenvolvido estratégias de leitura que o capacitem a:
Reconhecer diversos tipos de texto em língua inglesa;
Ler manchetes, slogans, propagandas, tirinhas, piadas, artigos e noticias curtas;
Identificar as unidades temáticas desses textos;
Enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas;
Vivenciar situações extra-classe de cruzamento inter-cultural que exijam
conhecimento de estruturas básicas da língua inglesa, bem como o domínio de
vocabulário, também no nível básico;
Conhecer a cultura dos países que utilizam a língua inglesa como um meio de
perceber diferenças e, a partir desta percepção, definir sua própria identidade;
Reconhecer a importância da sua língua materna e seu papel social (através do
confronto das duas línguas e culturas);
Perceber a importância do conhecimento da Língua Inglesa, que se posiciona
como língua franca no contexto atual;
Construir pequenos diálogos (situações básicas como: apresentar-se, comprar
objetos, perguntar horas, pedir informações etc.);
Escrever pequenos textos (também de situações rotineiras);
Estabelecer relações entre leitura/escrita – audição/escrita – oralidade/escrita;
Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o povo;
64
1.2 CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante → Discurso → Texto (oralidade, leitura, escrita)
O estudo da LEM está estruturado a partir do discurso. De
acordo com Antunes (2007, pág.130), o texto, verbal ou não verbal como unidade de
linguagem será o ponto de partida para o trabalho em sala de aula. É o texto, na sua
diversidade, que nos dá a possibilidade de usar uma língua, além de proporcionar
várias formas de exploração das atividades discursivas.
É relevante observar que os materiais pesquisados apontam como
sendo ideal que os conteúdos sejam listados a partir da proposta apresentada na
fundamentação teórica, isto é, não se devem priorizar as estruturas gramaticais em
detrimento das situações reais às quais os educandos devem ser expostos.
E foi buscando oferecer este conhecimento contextualizado da
língua inglesa, que elaboramos a proposta de conteúdo didático abaixo descrita.
Não se pretende, com isso, descartar o estudo das estruturas gramaticais como
tempos verbais, adjetivos, advérbios etc. e sim, sugerir que este trabalho seja feito
dentro das situações descritas como conteúdos principais. Em outras palavras,
substituímos o que era trabalhado como pretexto para ser trabalhado como tema
central das aulas de LEM. E o que era trabalhado como tema central deve, então,
ser trabalhado como „pretexto‟.
Conteúdo 5ª série
Apresentar-se, apresentar o outro; (Verb to be, Pronouns)
Pedir e dar informações básicas a respeito de si e dos outros (nome, idade,
nacionalidade etc.); (Verb to be, Pronouns, Nationalities, How old)
Descrever uma pessoa: física e psicologicamente; (Present continuous, Adjectives)
Comprar objetos; (How much, How many, Verb there to be - present)
Expressar vontades, sentimentos; (Simple present)
Localizar objetos no espaço: em cima, embaixo, ao lado, em frente etc.;
(Prepositions)
Perguntar sobre as preferências do outro; (Verb to prefer, Possessive adjectives)
65
Localizar-se numa cidade ou estrada de um país estrangeiro; (Directions,
Imperative)
Fazer leitura de mapas, guias turísticos, placas etc. (Prepositions, Maps)
Conteúdo 6ª série
Conhecer vocabulário de alimentos e necessários durante uma refeição como:
solicitar que seja servido etc.; (Simple Present, Quantifiers)
Pedir um favor, ajuda; (Can, Could)
Dar ordens; (Imperative)
Pedir permissão para fazer algo: abrir a porta...; (May, Can, Could)
Pedir informações; (Wh-questions, Simple Present)
Pedir a opinião de alguém; (Wh-questions)
Fazer convites a alguém; (Going to-future, Would)
Fazer perguntas sobre fatos passados; (Simple Past, Regular Verbs)
Expressar opiniões sobre acontecimentos; (I think, In my opinion, Possessive
Pronouns/ Adjectives, Past Continuous)
Conteúdos 7ª série
Fazer entrevistas sobre assuntos variados; (Wh- questions, Would, Tag Questions)
Elaborar planos para o futuro; (Going to future, Will)
Comprar alimentos e objetos; (Vocabulary- places in town, There to be – past,
Countable- uncountable nouns)
Fazer comparações; (Comparatives, Superlatives)
Narrar fatos num passado remoto; (Simple Past- Regular and Irregular Verbs)
Expressar a noção de hipótese; (If Clauses)
Expressar proibição e dever; (Have to, Must, Mustn‟t)
Conteúdos 8ª série
Narrar fatos no passado utilizando imperfeito e pretérito; (Past Tenses)
66
Relatar fatos históricos; (Relative Clauses)
Desenvolver a noção de hipótese; (If Clauses)
Falar ao telefone: pedir e dar informações gerais; (Wh-questions, Present Perfect)
Persuadir um amigo a fazer algo; (Review Verb Tenses, Tag Questions)
Defender um ponto de vista sobre algo; (Why x Because, Review Verb Tenses)
Fazer leitura de imagens; (Reflexive Pronouns)
Participar de discussões de assuntos abordados em textos, figuras etc.;
(Vocabulary- professions, Verbs Tense Review)
Interagir em um diálogo, estabelecendo seqüência às suas falas; (sequence
Adverbs).
1.3 METODOLOGIA
Os conteúdos selecionados a serem trabalhados serão diferenciados
de acordo com o grau de conhecimento do aluno, conforme já estabelecido no item
Conteúdos. O texto, escrito, oral ou visual – unidade de comunicação – será o ponto
de partida da aula de língua estrangeira. A problemática contida no texto deverá
despertar o interesse os alunos, que ao desenvolverem as atividades propostas
deverão refletir, criticar, ampliar seus conhecimentos lingüísticos, perceber as
implicações sociais, históricas e ideológicas.
Serão apresentados aos alunos textos de diferentes gêneros
textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., fazendo
ressaltar as suas diferenças estruturais e funcionais e sua autoria. Os alunos
deverão perceber as diferentes formas lingüísticas, sua flexibilidade, dependendo do
contexto e da situação em que a prática social acontece.
Os alunos terão contato com diferentes discursos através de
diferentes textos e linguagens: oral (oralidade), escrita, visual. Deverão, na medida
do possível, compreendê-los e expressarem suas idéias em língua estrangeira.
Também farão atividades escritas, em situações reais, relacionadas aos textos
estudados, ou seja, de forma significativa.
67
Os textos deverão contemplar o aspecto literário, proporcionando
aos alunos subsídios que os façam refletir sobre os textos e os percebam como uma
prática social de um determinado grupo em um determinado contexto sócio-cultural
particular.
Os textos trarão temas atuais e articulados com as demais
disciplinas do currículo de forma a dar significado real e relacionar sempre os vários
conhecimentos. Dessa forma o aluno poderá observar a variação lingüística na
língua estrangeira e materna, a relação da literatura com a história, os costumes
alimentares ou o vestuário de uma comunidade com sua localização geográfica, etc.
Filmes, jogos, músicas e atividade lúdicas deverão complementar os
estudos realizados com textos, visando não só o aspecto cultural como também
tornar a aprendizagem atrativa e agradável.
1.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação como parte integrante do processo de aprendizagem
e colaboradora da construção de saberes, servirá, principalmente, como verificação
da aprendizagem do aluno, assim como, também da metodologia empregada e dos
planejamentos elaborados, para que sejam alterados ou readaptados conforme a
necessidade.
Serão empregadas variadas formas de avaliação: oral, escrita,
seminários. De acordo com o estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional de 1996, a avaliação será contínua e cumulativa.
Deve-se ressaltar a importância da observação durante todo o
processo de aprendizagem, durante cada um dos momentos, além da atribuição de
valores às atividades realizadas:
Observação da participação e do desempenho dos alunos durante a execução de
todas as atividades realizadas em sala de aula;
Observação da criatividade no momento da execução da atividade;
Observação da interação, participação e produção durante os trabalhos em grupos;
Observação do progresso individual do aluno, considerando seu potencial.
68
A recuperação paralela dos conteúdos não apreendidos ou com
falhas no seu desenvolvimento será feita sempre que houver necessidade, com
atribuição de valores substitutivos.
REFERÊNCIAS
PARANÁ – SEED, Diretrizes Curriculares para Educação Básica de LEM.
Curitiba, 2009.
69
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO
FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física tem uma preponderância no
desenvolvimento geral do ser humano, através dos seus conteúdos estruturantes e
elementos articulados consegue trabalhar boa parte das dimensões presentes no
ser humano. Deve seguir uma proposta que democratize, humanize, com práticas
pedagógicas diversificadas capaz de ampliar a “visão” biológica para um trabalho
que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.
Nesse sentido nos fundamentamos na concepção crítico-superadora
que se baseia nos pressupostos da pedagogia histórico-crítica e estipula como
objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: esporte,
ginástica, dança, lutas e os jogos. O conceito de Cultura Corporal tem como suporte
a idéia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado
historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em saber
escolar. Esse conhecimento é sistematizado em ciclos e tratado de forma
historicizada e espiralada. Isto é, partindo do pressuposto de que o aluno possui um
conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e neste caso
também da Educação Física, garantir o acesso às variadas formas de
conhecimentos produzidos pela humanidade, levando os alunos a estabelecerem
nexos com a realidade, elevando-os a um grau de conhecimento sincrético.
Portanto entende-se a Educação Física como única área de
conhecimento da cultura corporal de movimento, introduzindo e integrando,
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir aos jogos, esportes, das danças, das lutas e das
ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade
de vida.
70
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Nessa Proposta Curricular, os Conteúdos Estruturantes são
entendidos como os conhecimentos de grande amplitude que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Os conteúdos estruturantes de Educação Física são o esporte, a
dança, a ginástica, as lutas, os jogos e brincadeiras. Estes conteúdos devem ser
abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de
ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento
sistematizado, que devem ser considerados no processo de ensino/aprendizagem.
A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal
deve, ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer
os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando
as particularidades de cada comunidade.
Para melhor especificar os Conteúdos Estruturantes propostos para
essa instituição de ensino destaca-se o enfoque que será dado a cada um deles
tomando por base as Diretrizes Curriculares para o Ensino de Educação Física da
Secretaria de Educação do Paraná:
A)Esporte: A Educação Física não deve limitar-se ao fazer corporal, isto é, ao
aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas, destrezas motoras,
táticas de jogo e regras. Ao trabalhar esporte, devemos considerar os determinantes
histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, tendo
em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal. Portanto, o esporte é
entendido como uma atividade teórico/prática e um fenômeno social que, em suas
várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para
o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações
sociais.
B) Dança: A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o
corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se
concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais),
danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras. Devemos
aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus
71
significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada
modalidade de dança, seja contemplada. A dança pode se constituir numa rica
experiência corporal, a qual possibilita compreender o contexto em que estamos
inseridos. É a partir das experiências vividas na escola que temos a oportunidade de
questionar e intervir podendo superar os modelos pré-estabelecidos, ampliando a
sensibilidade no modo de perceber o mundo (Diretrizes Curriculares para Educação
Básica Educação Física, 2009).
C) Ginástica: entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de
reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse conteúdo deve
ser as diferentes formas de representação das ginásticas. Espera-se que os alunos
tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a busca exacerbada pelo
culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos que atualmente se
fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica. Ampliando
esse olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma gama de
possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais
circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica. Contudo, sem
negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência e o
aprendizado de outras formas de movimento.
D) Lutas: as lutas devem fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar
conhecimentos que permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o
lugar onde as lutas foram ou são praticadas. Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se
importante esclarecer aos alunos as suas funções, inclusive apresentando as
transformações pelas quais passaram ao longo dos anos. De fato, as lutas se
distanciaram, em grande parte, da sua finalidade inicial ligada às técnicas de ataque
e defesa, com o intuito de autoproteção e combates militares, no entanto, ainda hoje
se caracterizam como uma relevante manifestação da cultura corporal. O
desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal, a
aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como,
por exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento
da filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo
outro, pois sem ele a atividade não se realizará. As lutas, assim como os demais
72
conteúdos, devem ser abordadas de maneira reflexiva, direcionada a propósitos
mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e potencialidades
físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e vivenciar essa manifestação
corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que possível,
estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir desse conhecimento
proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude autônoma, decidir pela sua
prática ou não fora do ambiente escolar.
E) Jogos e Brincadeiras: os jogos e as brincadeiras são pensados de maneira
complementar, mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como
Conteúdo Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que
ampliam a percepção e a interpretação da realidade. No caso do jogo, ao
respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover entre a liberdade e
os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu aspecto lúdico, o
jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as possibilidade de
flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de Educação Física
podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de um sujeito a
outros. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos e as
brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola
valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam
determinada sociedade.
2.1 ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm
sido tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas
corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
Elementos Articuladores.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos
paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física
na escola.
Entendemos como elementos articuladores:
73
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultura Corporal e Mídia.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS ELENCADOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL.
A)Conteúdos Básicos.
oEsportes Coletivos e Individuais.
oJogos e Brincadeiras Populares.
oJogos Cooperativos.
oDanças Criativas.
oGinástica Circense.
oLutas de Aproximação.
B)Abordagem Teórico-Metodológicas.
oPesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem,
sua evolução, seu contexto atual.
oPropor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações
às regras.
oAbordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.
oPossibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com
e sem materiais alternativos.
oPesquisar e discutir a origem e histórico das danças.
oContextualizar a dança.
74
oVivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
oAprender e vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos,
rolamento, parada de mão, roda).
oConstrução e experimentação de materiais utilizados nas diferentes
modalidades ginásticas.
oPesquisar a Cultura do Circo.
oEstimular a ampliação da Consciência Corporal.
oPesquisar a origem e histórico das lutas.
oVivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados às lutas.
oExperimentar a vivência de jogos de oposição.
C)Avaliação.
oEspera-se que o aluno conheça dos esportes: o surgimento de cada esporte
com suas primeiras regras; sua relação com jogos populares; seus
movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
oConhecr o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como se apropriar efetivamente das
diferentes formas de jogar.
oConhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos,
entre outros) das diferentes danças.
oConhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais
circenses.
oAprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: Saltar; Equilibrar;
Rolar/Girar; Trepar; Balançar/Embalar; Malabares.
oConhecer os aspectos históricos, fi losóficos, as características das
diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos
característicos.
oReconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
75
6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
A)Conteúdos Básicos.
oEsportes Coletivos e Individuais.
oJogos de tabuleiro.
oJogos cooperativos.
oDanças folclóricas.
oGinástica circense.
oLutas de aproximação
B)Abordagem Teórico Metodológica.
oEstudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os
mesmos, no decorrer da história.
oAprender as regras e os elementos básicos do esporte.
oVivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
oCompreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido
da competição esportiva.
oEnsinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e
brincadeiras.
oReflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.
oEstudar os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
oExperimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos.
oCriação e adaptação de coreografias.
oEstudar os aspectos históricos e culturais da ginástica geral.
oAprender sobre as posturas e elementos ginásticos.
oPesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
oPesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira,
assim como suas mudanças no decorrer da história.
oVivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos
característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
76
C)Avaliação.
oEspera-se que o aluno conheça dos esportes: o surgimento de cada esporte
com suas primeiras regras; sua relação com jogos populares; seus
movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
oConhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como se apropriar efetivamente das
diferentes formas de jogar.
oReconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
oConhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos,
entre outros) das diferentes danças.
oConhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais
circenses.
oAprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: Saltar; Equilibrar;
Rolar/Girar; Trepar; Balançar/Embalar; Malabares.
oConhecer os aspectos históricos, fi losóficos, as características das
diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos
característicos.
oReconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
A)Conteúdos Básicos.
oEsportes Coletivos e Radicais.
oJogos e brincadeiras populares.
oJogos de tabuleiro.
oJogos cooperativos.
oDanças criativas.
oGinástica Artística.
oGinástica rítmica.
oGinástica geral.
oLutas com instrumento mediador.
77
B)Abordagem Teórico-Metodológica.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
oEstudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal,
como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os
benefícios e os malefícios do mesmo à saúde.
oAnalisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
oVivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
oDiscutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e
brinquedos.
oOrganização de Festivais.
oElaboração de estratégias de jogo.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
oAnálise dos elementos e técnicas de dança.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
oVivência prática das posturas e elementos ginásticos.
oManuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
oEstudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,
pensando suas mudanças ao longo dos anos.
oVivência de movimentos acrobáticos.
oVivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à
projeção e imobilização.
C)Avaliação.
oEntender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de
lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e
saúde.
oCompreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.
oReconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.
oDesenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos,
adaptados ou criados sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
78
oConhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.
oManusear os diferentes elementos da GR como: corda; fita; bola; maças; arco.
oReconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir de atividades
diferenciadas como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
oConhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
formas de lutas.
oConhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
A)Conteúdos Básicos.
oEsportes Coletivos e Radicais.
oJogos de tabuleiro.
oJogos cooperativos.
oDanças criativas.
oGinástica rítmica.
oGinástica geral.
oLutas com instrumento mediador.
B)Abordagem Teórico-Metodológica.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços.
oOrganização de festivais esportivos.
oAnálise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
oPesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
oVivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
oElaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.
oOrganização e criação de gincanas e RPG (Role -Playing Game, Jogo de
Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e
imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo
aventuras e superando desafios.
oDiferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
oRecorte histórico delimitando tempos e espaços na dança.
79
oOrganização de festivais de dança.
oElementos e técnicas constituintes da dança.
oEstudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
oConstrução de coreografias.
oPesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).
oAnálise sobre o modismo relacionado à ginástica.
oVivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
oAnalisar a interferência de recursos ergo gênicos (doping).
oPesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas.
C)Avaliação.
oApropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e
confecção de diferentes tipos de tabelas.
oReconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
oReconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e
R.P.G.
oDiferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes
elementos: Visão do jogo; Objetivo; O outro; Relação; Resultado; Conseqüência;
Motivação.
oReconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e
seu contexto histórico.
oConhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de
origem africana.
oCriar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes
criações coreográficas realizadas pelos alunos.
oConhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.
oCompreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos
presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo
perfeito.
oConhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
formas de lutas.
80
REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:
Autores Associados, 2004.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,
1992.
______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.
______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4
ed. Campinas: Papirus, 1994.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
ESCOBAR, Micheli Ortega. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, n. 08, Florianópolis: Ijuí, 1995, p. 91-100.
FALCÃO, José Luiz C. Capoeira. In: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1.
3.ed. Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da
préescola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo:
Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação Básica - Educação Física. Curitiba, 2009.
81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE GEOGRAFIA –
ENSINO FUNDAMENTAL
1.JUSTIFICATIVA
O ensino de geografia no ensino fundamental é de vital importância
pois os conceitos como lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade e
espaço, ou seja de todo o contexto que permeia o saber geográfico te que ser
elucidados de forma consciente e eficaz para que os alunos começam a entender e
diagnosticar de forma preliminar a sociedade que na qual está inserida, fazendo que
entenda que são pessoas atuantes para a modificação da mesma.
No ensino de geografia no ensino fundamental é importante que o
professor e juntamente com seus alunos consigam unir os diferentes saberes de
outras matérias numa intensa complementação, e que os conteúdos estruturantes
proposto pela Secretaria de Estado da Educação para no ensino de 5º a 8º do
ensino fundamental, que são, “A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO”, “DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO”,
“DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO”,
“DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO”, sejam trabalhadas
de forma unidas onde que uma complemente de forma consistente a outra e não
somente em “janelas” onde que nessa metodologia uma não se relaciona com a
outra.
O professor que ministra a aula de geografia tem a responsabilidade
de formar não apenas pessoas que o mercado quer, mas sim alunos cidadãos, ou
seja, pessoas conscientes e alertadas das atuais dificuldades que existem nos
tempos atuais, para que assim são se tornem pessoas alienadas do atual sistema
vigente, sistema este, que tem como objetivo o lucro, e para conquistar se utiliza de
vários artifícios como, por exemplo, a exploração de pessoas como força de
trabalho, sendo que um dos meios para alcançar é a “alienação” acarretando a
“dominação”. Neste contexto que a Geografia se torna imprescindível, pois pode
desempenhar um grande papel de conscientização e assim dificultar ou ate mesmo
aniquilar as “manobras” utilizadas no sistema atual.
82
O objetivo da geografia é propiciar meios necessários para que os
alunos pensem e analisem nessas situações existentes na atualidade. Situações
estas que estão pautadas na historicidades por décadas de exploração, mostrando
que é um problema estrutural e que nunca foi resolvido, pois preenchem os anseios
de uma elite que infelizmente é muito poderosa e articuladora, que não quer ter
pessoas conscientes e críticas, mas sim preferem pessoas alienadas, pois assim é
mais fácil ter domínio. Por sua vez na construção do conhecimento tem que mostrar
aos alunos que eles fazem parte da realidade, aumentando seu senso crítico e uma
maior consciência. De acordo com Callai (1995, p. 61):
A construção do conhecimento se dá a partir da realidade que se vive, fazendo que o aluno cresça, percebendo-se como cidadão, sendo crítico e capaz de olhar coisas novas ao invés de só reparti o que esta pronto (...) Exige-se a construção de um conhecimento que leve a compreender a sociedade produzindo o seu espaço e sua história, que permita entender o homem do local que se vive o aluno, como um homem que é universal, contextualizado no momento histórico que se vive.
O ensino de geografia, mesmo dentro desse contexto sócio -
econômico e de renovação da ciência geográfica, possui um arcabouço teórico -
metodológico - pedagógico e conceitual, que a potencializa à contribuir na
construção da cidadania. Relembrando, cidadão será aqui compreendido na
concepção de Damiani.
O conhecimento geográfico tem que ultrapassar os muros das
escolas, só assim é que se terá a possibilidade de potencializar o ensino de
geografia para levar os alunos a participarem da realidade na qual estão inseridos.
Este é um ponto de grande relevância, entretanto, sabe-se que a geografia como as
outras disciplinas encontra-se em meio a grandes problemas na estrutura escolar.
O ensino de geografia extrapolando os muros das escolas será a
principal referência de que a renovação do ensino e seus aspectos pedagógicos -
didáticos estão se efetivando. A participação do alunado nos problemas da escola e
da comunidade são indícios de que está existindo o desenvolvimento do senso
crítico deles e, também é uma referência de que os problemas ligados ao ensino
estão sendo superados.
Dentre os conceitos da ciência geográfica - região, território, etc.,
que podem ser utilizados para incitar um ensino voltado para a realidade do alunado.
83
Esta categoria de análise quando bem trabalhado no terceiro ciclo da educação
fundamental propiciará aos alunos perceberem que eles tem uma identidade com a
sua casa, com o seu bairro, enfim, com a sua cidade. Lugar para a geografia
demonstra a identidade que o indivíduo construiu em um certo local. Desta maneira,
em geografia, lugar e local são concepções diferentes. É essa identidade com o
lugar desenvolvida pelos alunos, que acreditamos potencializá-lo a ter uma relação
com o espaço vivido, ou seja, o alunado passará a desenvolver ações no lugar.
Desta forma, é que o ensino de geografia pode auxiliar na construção da cidadania.
Cavalcanti (1998, p.12), confirma essa relação, pois, para ele “(...) a construção e
reconstrução do conhecimento geográfico pelo aluno ocorre na escola mas também
fora dela.” Cavalcanti ( 1998,p.10 ),vai mais além quando relaciona educação e os
problemas na sociedade:
[...] o equacionamento dos problemas pela sociedade brasileira passa pela educação básica, pela formação da cidadania e pela participação social crítica dos cidadãos, com o controle democrático da esfera pública.
As discussões sobre o lugar que ressurgem atualmente na ciência
geográfica nos mostra a relevância de se trabalhar com essa categoria de análise no
ensino de geografia. Não obstante, ressalta-se mais uma vez que trabalhar com o
conceito de lugar ou qualquer outro nas escolas, não é reproduzir o conhecimento
acadêmico, pois, o ensino deve ir além, no sentido de reelaborá-lo, adequá-lo à
realidade do aluno e ao seu meio.
O lugar, dessa forma, encaixa-se perfeitamente com as propostas
pedagógicas trabalhadas atualmente, as quais consideram que a prática educativa
deve partir da realidade do aluno, para que possam reconstruir o conhecimento -
neste caso o da geografia - a partir das construções prévias que trazem do meio em
que vivem. Os trabalhos que se respaldam em Vigotsky, refletem essa tendência.
As discussões que envolvem a afirmação de uma homogeneização
dos espaços com a globalização, só ajudam a reforçar a importância do lugar. Isso,
porque na verdade não acontece a homogeneização do espaço ou a globalização de
todo o espaço. O que pode ocorrer, é a globalização de lugares no sentido de se
conectarem a outros através de um segmento. O econômico é o mais exemplificado
nessa lógica. Entretanto, todos os elementos - o cultural, o social, e até mesmo o
84
econômico, etc. - que compõem o lugar não se realizam em todos os lugares da
mesma forma. Essa heterogeneidade entre os lugares é o que confirma a não
existência da homogeneização e/ou a globalização de todos os elementos em todos
os lugares. Agora, ressalta-se que a globalização existe e que manifesta-se através
de um ou de outro elemento, nunca de todos e em todos os lugares.
Neste momento, no qual ocorre a renovação da ciência geográfica e
do ensino de geografia e, uma preocupação do Estado com a educação que está em
parte atrelado ao sistema capitalista que precisa se reproduzir, o lugar e os outros
temas - regionalismo, região, espaço urbano,etc.- da geografia reafirmam-se como
de fundamental importância para a compreensão da realidade, principalmente
quando trabalhados com seriedade nas escolas. Esta seriedade se refletirá em uma
educação que não terá fins utilitaristas e funcionalistas, mas, que promoverá a
contrução de valores ético, culturais e sociais, os quais respeitem a diversidade de
ações, de opiniões e dos lugares. Desta forma, os interesses dos grandes
empresários e das corporações para com a educação, não se concretizarão nos
moldes que o sistema exige que seja. Vesentini (2000, p.16), afirma que “o sistema
escolar, portanto, foi e ainda é funcional e até estratégico para a reprodução da
sociedade capitalista ou moderna”. Em seguida, Vesentini (2000, p.17) também
ressalta que “o ensino é funcional para o capitalismo moderno, mas
contraditoriamente, ele também é um agente de mudanças sociais e conquista
democrática”.
O ensino de geografia nesse contexto tem um campo extremamente
favorável, não para auxiliar o sistema em sua reprodução, mas para aplicar uma
educação que se mostre libertadora. É necessário que a Geografia em tempos
atuais, forme alunos que tenha capacidade de criticar, não através da crítica pela
crítica, mas sim, por uma critica pensada, aquela que o aluno vê uma certa realidade
e por sim próprio pode refletir e analisar com o propósito de identificar sua origem,
os motivos e a sua consequência. Isso, somente ocorre com a visão de mundo, ou
seja, fazer a construção do conhecimento através da realidade que o aluno está,
mostrando que ele é parte integrante do mundo.
85
2 OBJETIVOS
Conhecer e entender a finalidade do estudo geográfico, e o papel dessa
ciência na formação do aluno cidadão.
Entender a localização espacial e a representação do globo terrestre por
meio de mapas e linguagem cartográfica.
Compreender as diferentes linguagens na leitura da paisagens, como
também, identificando as relações, problemas e contradição
Conhecer o mundo atual em sua diversidade, identificando a espacialidade
e com temporalidade dos fenômenos geográficos favorecendo a
compreensão de como se constroem as paisagens e territórios.
Compreender os fenômenos ocorridos em nossa sociedades e o processo
das novas ordens mundiais.
Conhecer a dinâmica do espaço geográfico e a interação homem –
natureza.
3 CONTEÚDOS DA 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão Política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e
produção;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre campo e a cidadania na sociedade capitalista;
86
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
4 CONTEÚDOS DA 6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
4.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão Política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
4.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
Movimentos migratórios e suas motivações;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
urbanização;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
87
5 CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
5.1CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão Política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
5.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
a formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
O comércio em suas implicações socioespaciais;
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade culturai;
formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
6 CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
6.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão Política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
88
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
6.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supracioanis e o papel do Estado;
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisaggem e a
(re)organização do espaço geográfico;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
7 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS
A metodologia de ensino proposta deve permitir que os alunos se
apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de
produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da
Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a
realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos
propostos.
O processo de apropriação e construção dos conceitos
fundamentais do conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional
própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos
conteúdos com a avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar
89
o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento
científico no sentido de superar o senso comum.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será
trabalhado, o professor deve criar uma situação problema, instigante e provocativa,
com o intuito de mobilizar o aluno para o conhecimento. Por isso, deve se constituir
de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne
sujeito do seu processo de aprendizagem.
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento
em sala de aula é a contextualização do conteúdo. Contextualizar o conteúdo é
relacioná-lo à realidade vivida do aluno e situá-lo historicamente e nas relações
políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas
diversas escalas geográficas. Sempre que possível o professor deverá estabelecer
relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder
a especificidade da Geografia.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de
forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para
que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
O estudo será realizado através de livros textos e aulas explicativas,
evoluindo para os textos mais complexos, os conteúdos são enfocados de forma
prática, facilitando sua compreensão. Utilizando para alcançar este fim materiais
como:
Mapas
Atlas
Recursos áudio visuais (filmes ou trechos, imagens, fotografias)
Aulas de campo
Pesquisas
TV Pen Drive
Todas as tecnologias disponíveis na escola.
90
8 AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação deve ser diagnostica e continuada, para que seja
respeitadas as diferenças de ensino/aprendizagem, responsabilidade e também o
aprendido pelo educando.
A avaliação deve superar estas barreiras para melhor refletir a
realidade do educando e verificar sua aprendizagem.
A recuperação paralela deve também ser continuada para não haver
defasagem entre os educandos e quando houver a necessidade retomar aos
conteúdos, para alcançar o êxito na aprendizagem.
A avaliação deve ser tanto cumulativa quanto formativa, para isto
deve-se ter várias formas de avaliação como:
Leitura e interpretação de texto
Produção de texto
Participação em aula
Tarefas individuais e - coletivas (maquetes, - Relatórios e aulas de campo)
Avaliação processual (escrita e oral)
Diária, continua e cumulativa.
Pesquisas em casa e na biblioteca.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) a avaliação do processo de ensino-aprendizagem deve ser formativa,
diagnóstica e processual. Respeitando o prenúncio da lei, cada escola da rede
estadual de ensino, ao construir seu Proje to Político Pedagógico, deve explicitar
detalhadamente a concepção de avaliação que orientará a prática dos professores.
A avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos
quanto nortear o trabalho do professor. Para isso, deve se constituir numa contínua
ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm
diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a
intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos
para que todos os alunos aprendam e participem das aulas.
91
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do
que a definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades
desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos
conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.
As diretrizes destacam como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor
deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as
relações espaço temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço
nas diversas escalas geográficas.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como: interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos,
imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de
campo; apresentação e discussão de temas em seminários; construção,
representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela
permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação
reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do
aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da
seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para
o redimensionamento do trabalho pedagógico.
Valoriza-se então a noção de que o aluno possa, durante e ao final
do percurso, avaliar a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de
transformá-la, onde quer que esteja.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. A. de, Rigolim, T. B. GEOGRAFIA. São Paulo: Ed. Ática. 2005
ANDRADE, M. C. de. GEOGRAFIA – CIÊNCIA DA SOCIEDADE. São Paulo: Atlas .
1987
92
ARAUJO, Regina. CONSTRUINDO A GEOGRAFIA . Org. GUIMARÃES, Raul
Borges e RIBEIRO, Wagner da Costa. São Paulo: Moderna, 1999.
BRASIL. LDB – 9394/96 de 20/12/1996. Brasília, 1997.
CASTELLAR, Sonia, MAESTRO, Valter. GEOGRAFIA. 2ª ED..São Paulo: Quinteto,
2002.
GARCIA, H. C., GARAVELO, T. M.. GEOGRAFIA DE OLHO NO MUNDO DO TRABALHO. São Paulo: Scipione, 2005.
MOREIRA, Igor. O ESPAÇO GEOGRAFICO – GEOGRAFIA GERAL E DO
BRASIL. São Paulo: Ed. Ática, 2001
_______, CONTRUINDO O ESPAÇO.Obra em 4 vol. . de 5ª a 8ª séries. São Paulo:
Ática, 2000. PARANÁ. DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA: para o ensino
fundamental. Curitiba: SEED, 2006.
Projeto Araribá: Geografia/ obra coletiva. 1 ed- São Paulo: Moderna, 2006.
SENE, E. de, MOREIRA, J. C.. GEOGRAFIA GERAL E BRASIL. São Paulo:
Scipione, 1998.
93
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE HISTÓRIA ENSINO
FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A contribuição da disciplina de Historia na visão das correntes
historiográficas fundamentadas nas diretrizes curriculares, na formação e
transformação no modo de agir, pensar e relacionar-se dos indivíduos onde
verdades prontas e definitivas não tem lugar, fundamenta-se no resgate das
diversas falas dos personagens históricos, possibilitando ao aluno fazer relações
entre o universo particular e coletivo, o local e o global no intuito de perceber os
ritmos de construção da nossa sociedade e seu papel de sujeito histórico e a
possibilidade de transformar a realidade em uma sociedade participativa.
Ao se apropriar dessas produções e concepções, o ensino de
historia contribuirá para a formação de uma consciência histórica critica nos alunos.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relação de poder:
Relação de Trabalho: Relação de Cultura. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série
A experiência humana no tempo;
A memória local, a memória da humanidade; o tempo, o processo histórico;
Origem humana;
Vestígios humanos e documentos/fontes históricas;
As formas de periodização dos eventos e períodos históricos;
Sociedades comunitárias;
Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;
Arqueologia do Brasil;
Povos indígenas no Brasil e Paraná;
Primeiras civilizações na África, Ásia, Europa e América;
94
Base do pensamento Ocidental: Grécia e Roma.
6ª série
As relações de propriedade;
A propriedade coletiva, a propriedade publica, propriedade privada, a terra;
A constituição do espaço publico da antiguidade na polis grega e na sociedade
romana;
A reforma agrária na sociedade romana;
A sociedade coletiva nas sociedades pré-colombianas;
A sociedade da antiguidade oriental;
A ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu;
A constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedade africana);
As transformações no feudalismo europeu;
O renascimento comercial e urbano na Europa;
Relação campo X cidade;
As feiras medievais;
Relações comercias Europa x oriente;
Peste negra e revolta camponesas;
Manifestações culturais na América Latina, África e Ásia;
As cidades e o tropeirismo no Paraná.
7ª série
História das relações da humanidade com o trabalho;
O iluminismo e o liberalismo econômico;
Consolidação do capitalismo na Europa: Revolução Industrial e movimentos sócias;
Trabalho escravo, servil e assalariado;
Ética moral capitalista;
Processo de independência das Américas;
Declaração dos direitos do homem e do cidadão;
Relação do contexto político europeu e a transferência da corte portuguesa para o
Brasil;
95
Processo de independência do Brasil;
Trabalho nas sociedades indígenas,patriarcal e escravista;
Desvalorização do trabalho no Brasil colônia e império;
O latifúndio no Paraná e Brasil.
8ª série
Formação das instituições sociais, políticas, econômicas, religiosas, culturais e
civis;
Surgimentos dos bancos,escolas e universidades medievais;
Organização de poder entre os povos africanos;
Formação das organizações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente;
Surgimento das empresas e transnacionais;
Imperialismo no século XIX;
A constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem-estar social;
Formação dos blocos econômicos;
Guerras mundiais; revolução socialista no século XX;
Guerras de independência das nações africanas e asiáticas;
Movimentos camponeses latinos americanos e asiáticos;
Formação dos sindicatos no Brasil;
Quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial;
Instituição da Republica no Brasil, as ditaduras e a democracia;
Poderes no Estado Brasileiro: Executivo, Legislativo e Judiciário;
Constituição do MERCOSUL;
Movimentos republicanos e abolicionistas no Brasil Imperial;
Brasil nas guerras mundiais;
Movimentos pela redemocratização do Brasil: carestia, feminista, etnoraciais e
estudanti l.
3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A História tem como objetivo de estudo os processos históricos
relativos as relações humanas no tempo.
96
A produção de conhecimento histórico, realizada pelos historiadores
possuem um método especifico baseado na explicação e interpretação de fatos do
passado com referência ao presente
A problematizacão construída a partir de documentos e da
experiência do historiador produz uma narrativa histórica que tem como desafio
contemplar a diversidade das experiências sociais e culturais e políticos dos sujeitos
e suas relações. Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de
investigação e sistematização de analise sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações, gera-se inúmeras possibilidades de
reflexão e superação de uma visão unilateral dos atos históricos que se fazem mais
abrangentes. Essa concepção de historia apropriada no tratamento dos conteúdos
didáticos, permite a constituição da consciência histórica e a habilidade de expressa-
la por meio de narrativas históricas, formulando suas idéias com autonomia.
4 AVALIAÇÃO
Propõe para o ensino de Historia uma avaliação que possibilite tanto
ao professor quanto ao aluno, um instrumento para diagnosticar a que nível e em
que profundidade os conteúdos planejados foram efetivamente compreendidos e
relacionados pelos alunos.
Ocupa-se também em perceber se os alunos atentam a seus papeis
de sujeitos históricos e possíveis participações na formação da cultura local,as
relações antagônicas e intercambiáveis entre o mundo do campo e urbano ; e as
relações econômicas, sociais e culturais decorrentes desse processo no mundo do
trabalho e seus diferentes sistemas produtivos; alem da participação política ativa
seja por meios institucionais ou ligados a movimento sociais.
Desse modo, a avaliação deve servir ao professor como um
instrumento de auto-critica para sua metodologia e como referencia quanto a
orientação de seu planejamento.
97
REFERÊNCIAS
BRASÍLIA, MEC – FNDE. Projeto Araribá: História/obra coletiva. São Paulo:
Moderna, 2006.
COTRIM,Gilberto História Global do Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva 2005.
PARANÁ, SEED (org) Livro Didático Público - História. Curitiba, 2008.
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básica da Disciplina de História. Curitiba, 2009.
98
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DA MATEMÁTICA –
ENSINO FUNDAMENTAL
1 JUSTIFICATIVA
Segundo Machado (1994), em todos os lugares do mundo,
independentemente de raças, credos ou sistemas políticos, desde os anos iniciais
de escolaridade, a Matemática faz parte dos currículos escolares, ao lado da língua
pátria, como uma disciplina básica. É praticamente um consenso o fato de que seu
ensino é indispensável e sem ele é como se a alfabetização não se tivesse
completado.
A Matemática é a ciência que estuda todas as possíveis relações e
interdependências quantitativas entre grandezas, comportando um vasto campo de
teorias, modelos e procedimentos de análise, metodologias próprias de pesquisa,
formas de coletar e interpretar dados. Tem um valor formativo, que ajuda a
estruturar o pensamento e o raciocínio lógico-dedutivo, valorizando também o papel
instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas
tarefas específicas.
Teve suas origens atreladas às necessidades da vida cotidiana de
contar, calcular, medir, organizar o espaço e as formas. Ao longo da história e de
acordo com as suas necessidades, sejam elas de natureza social, econômica,
afetiva, cultural, etc, desenvolveu-se a Matemática, e continua se desenvolvendo,
desde a atividade prática, entre os egípcios e os babilônios, seguido, na Grécia por
uma fase de grande sistematização. Entre os hindus e árabes houve uma outra
característica no desenvolvimento dessa ciência, pois conseguiram interessantes
resultados, em especial na Álgebra.
Esta área do conhecimento é um poderoso instrumento para o
conhecimento do mundo e o domínio da natureza.
O conhecimento matemático tem como características principais: a
abstração, precisão, rigor lógico, caráter irrefutável e aplicações práticas.
No Ensino Fundamental, o papel da Matemática em linhas gerais é:
desenvolver capacidades intelectuais, auxiliar na estruturação do pensamento, na
agilização do raciocínio dedutivo do aluno, através da sua aplicação à problemas,
99
situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à
construção de conhecimento em outras áreas curriculares.
A escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade que, por
sua vez, apresenta-se constituída por classes sociais com interesses próprios, no
entanto a escola é apenas um dos contextos educativos propiciadores da formação
humana. O ensino de Matemática, assim como todo ensino, contribui, ou intenciona
contribuir, para as transformações sociais e necessita contribuir para o crescimento
econômico e tecnológico do país. Este crescimento tem levado a uma crescente
demanda por engenheiros , profissionais que conduzem os processos de expansão
nas empresas dos mais variados ramos de atuação. No entanto, a demanda por
engenheiros não acompanha a oferta deste tipo de profissional no mercado.
Levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (Andifes), mostra que, de cada grupo de 800 alunos
matriculados no Ensino Fundamental, apenas um escolhe algum curso de
engenharia como profissão, dados que demonstram a grande necessidade de
propagar e estimular o aprendizado da Matemática.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Revisão dos processos operatórios das operações básicas.
Elaboração e resolução de situações problemas.
Numeração e Sistemas de Numeração:
A história dos números e a história da matemática;
Sistema de numeração romano;
Sistema decimal posicional.
Números Naturais
Reta numérica
Sucessor e antecessor;
100
Adição e subtração;
Multiplicação e divisão.
Potenciação e raiz quadrada.
Expressões numéricas;
Múltiplos e divisores;
Números primos;
Fatoração;
Cálculo do MMC
Números Racionais
Noções de frações;
Termos de uma fração;
Frações de um inteiro e de uma quantidade;
Frações equivalentes
Simplificação de frações.
Operações com frações
Números Decimais
Décimos, centésimos e milésimos;
Representação de frações decimais na forma decimal;
Adição de números decimais;
Subtração de números decimais;
Multiplicação de números decimais;
Divisão de números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento
Medida padrão;
Multiplicação e divisão.
Potenciação e raiz quadrada.
Expressões numéricas;
Múltiplos e divisores;
Números primos;
101
Fatoração;
Cálculo do MMC
Números Racionais
Noções de frações;
Termos de uma fração;
Frações de um inteiro e de uma quantidade;
frações equivalentes
Simplificação de frações.
Operações com frações
Números Decimais
Décimos, centésimos e milésimos;
Representação de frações decimais na forma decimal;
Adição de números decimais;
Subtração de números decimais;
Multiplicação de números decimais;
Divisão de números decimais.
Perímetro de figuras planas.
Sistema monetário
Medidas de tempo
Hora, minuto e segundo
Ano, mês e dia
Sistema monetário
Medidas de comprimento
Medida padrão;
Medidas de massa
Miligrama, grama e quilograma
102
Medidas de comprimento
Múltiplos e submúltiplos do metro;
Perímetro de figuras planas.
Sistema monetário
Sistema brasileiro
GEOMETRIAS
Geometria plana
Figuras planas.
Ponto e reta;
Área e perímetro
Medidas de área
Área de figuras planas
Geometria espacial
Volume
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráficos e Tabelas;
Porcentagem.
6ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Revisão dos processos operatórios das operações básicas.
Elaboração e resolução de situações problemas.
Números inteiros e racionais
O uso dos números positivos e dos negativos no dia- a- dia;
Representação geométrica ( Z e Q);
Números opostos ou simétricos;
Módulo de um número;
103
Comparação de números positivos e negativos;
Operações com números inteiros e racionais: adição, subtração, multiplicação,
divisão, potenciação, raiz quadrada e expressões numéricas;
Frações de um inteiro e de uma quantidade;
Representação na forma fracionária e na forma decimal;
Operações com números na forma decimal;
Equação do 1º grau;
Problemas do 1º grau com uma variável.
Razão e proporção;
Regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de temperatura
Ângulos
GEOMETRIAS
Geometria Plana
Geometria espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa estatística
Média aritmética
Juros simples
7ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Revisão dos processos operatórios das operações básicas.
Elaboração e resolução de situações problemas.
Revisão das operações com números inteiros e racionais.
Conjuntos Numéricos
Números naturais
104
Números inteiros;
Números racionais e irracionais;
Números reais;
Potenciação
Expoentes inteiros;
Propriedades das potências;
Potência e multiplicação de base 10;
Notação científica;
Raiz quadrada
Números quadrados perfeitos
Raiz quadrada exata e aproximada de um número racional
Cálculo algébrico
Expressões algébricas
Valor numérico de uma expressão algébrica
Monômios
Elementos de um monômio
Monômios semelhantes
Operações com monômios
Polinômios
Conceito de polinômio
Escrita de polinômios na forma reduzida
Operações com polinômios
Grau de um polinômio
Fatoração de polinômios
Cálculo do MMC de polinômios
105
Produtos notáveis
- Quadrado da soma e da diferença de dois termos
- Produto da soma pela diferença de dois termos
Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas
Medidas de ângulos
GEOMETRIAS
Círculo e circunferência:
Conceitos e elementos do círculo e da circunferência
Valor aproximado do π
Sistema de coordenadas cartesianas
Figuras geométricas planas
Geometria plana e espacial
Polígonos
Retas e ângulos;
Ângulos formados por duas retas paralelas com uma transversal
Soma dos ângulos internos de um triângulo;
Ângulos de um triângulo isósceles;
Ângulos de um triângulo eqüilátero;
Ângulos de um polígono;
Ângulos dos polígonos regulares
GRANDEZAS E MEDIDAS
Cálculo do comprimento e do raio da circunferência
Área e perímetro
Medidas de comprimento, de área e de volume
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
População e amostra
Gráficos e tabelas
106
8ª SÉRIE
NÚMEROS/ALGEBRA
Revisão dos processos operatórios das operações básicas.
Revisão dos conceitos e processos operatórios das frações.
Elaboração e resolução de situações problemas.
Potenciação com expoente natural, zero e negativo e suas propriedades.
Operações com potenciação.
Radiciação e suas propriedades.
Expressões com radiciação.
Simplificação de radicais.
Operações de radicais.
Racionalização.
Equações do 2º grau
Problemas de equação do 2º grau.
Equações irracionais
Equações biquadradas
Teorema de Tales.
Teorema de Pitágoras.
Regra de três composta
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas padrão.
Perímetro de polígonos.
Área de figuras planas.
Volume do cubo.
Área e perímetro
Medida de superfície
Relações métricas nos triângulos retângulos.
Trigonometria do triângulo retângulo
GEOMETRIA
107
Geometria plana
Figuras planas
Congruência e semelhança de figuras
Geometria espacial
Volume
FUNÇÕES
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
População e amostra
Noções de probabilidade e análise combinatória
Juros compostos
3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem dos conteúdos será feita de forma articulada, de
maneira que seja enfatizada a interligação entre os vários conceitos. Além de
evidenciar a importância dos conhecimentos aprendidos nas séries anteriores. E
assim possibilitar ao aluno o reconhecimento da inter-relação entre os vários
campos da Matemática e desta com as outras áreas do conhecimento.
As tendências metodológicas da Educação Matemática (resolução
de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática,
história da matemática e investigações matemáticas), também serão aplicadas de
forma mesclada para complementarem-se umas às outras, de acordo com as
possibilidades de cada tema abordado. Principalmente pela importância que estas
metodologias têm como ferramentas, para contextualizar o aprendizado da
Matemática.
As atividades lúdicas, jogos e desafios que serão trabalhados
durante o ano, constituirão formas de propor aos alunos problemas atrativos para
um trabalho de formação de atitudes, de como enfrentar desafios, lançar-se à busca
108
de soluções e de criar estratégias e outras possibilidades para concretizar as
resoluções. Pois isto estará também incentivando o gosto pela Matemática e a
tomada de consciência da importância da ciência matemática na vida cotidiana.
Sendo assim, os conteúdos selecionados serão trabalhados através
de:
Aula expositiva dialogada
Resolução de atividades individuais e em grupos
Resolução e discussão de problemas
Correção de tarefas
Resolução de desafios em duplas e individuais
Atividades complementares – uso de calculadora, cartazes, transferidor, compasso,
régua e papel dobradura
Uso de transparências para apresentação de atividades
Uso de livros didáticos e paradidáticos
Dinâmicas de grupos
Desafios
Jogos
Uso de instrumentos para medir e construir ângulos (transferidor e régua)
Seminários e relatórios
Utilização de encartes para cálculo de porcentagem
Pesquisa em jornal a respeito de índices e gráficos
Tv Multimídia.
Pesquisas feitas em revistas, jornais, encartes, etc.
Aula dialogada estimulando os alunos a falarem sobre o assunto dando respostas
completas às perguntas feitas no encaminhamento do conteúdo e dos exercícios;
Utilização de malha quadriculada para facilitar a compreensão dos conteúdos.
Incentivo ao cálculo mental;
Exploração de situações-problema através de situações reais e resolução de
exercícios;
Jogos.
109
4 Critérios de Avaliação
A avaliação será considerada como um recurso a serviço do
desenvolvimento do aluno e também indicadora de novos parâmetros, como parte
integrante do processo educativo e colaboradora da construção de saberes, portanto
será diagnóstica, contínua, somativa e utilizará recursos diversificados no
desenvolvimento das atividades em sala de aula, propondo momentos individuais e
em grupos, envolvendo resoluções de tarefas e problemas, possibilitando a
descrição oral do processo utilizado para suas afirmações.
Conterá provas escritas e orais, pesquisas, trabalhos individuais e
em grupos; descrição oral e registros escritos; tarefas, participação nas atividades
realizadas em sala, e toda observação através da qual seja possível detectar
avanços na aprendizagem do aluno; inclusive de seu progresso em argumentar
matematicamente e da evolução de suas estratégias na resolução das atividades.
Haverá a Recuperação Paralela através da retomada de conteúdos
não assimilados, tanto dentro de períodos previstos como a qualquer momento em
que for detectada sua necessidade, inclusive mediante apresentação de novas
atividades sobre o conteúdo, de forma participativa, almejando levar o aluno a
tornar-se responsável e interessado pelo que deve aprender.
REFERÊNCIAS
A Matemática interativa na internet – http://www.matemática.br
ANDRINI, Álvaro – Novo Praticando Matemática – São Paulo : Editora do Brasil,
2002. CAVACANTE, Luiz G....[et al.] – Para saber a Matemática, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série-
2.ed. - São Paulo : Saraiva,2006.
Coleção Vivendo a Matemática. São Paulo, Scipione,1995 DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática . São Paulo:
Editora Ática, 1999 2aed., 2003, 176 p.
Educacional - http:www.educacional.com.br GIOVANNI, J.R et al. Matemática, Pensar e Descobrir. 7ª série. São Paulo: FTD.
1996.
110
_______, José Ruy – A Conquista da Matemática Nova – São Paulo : FTD, 1998 http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia?idNoticia=2324, acesso em 16.06.09
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e Realidade - 7ª
e 8ª séries. São Paulo: Atual, 2005.
Matemática Fácil – http://zmais.com.br Ministério da Educação – http://www.mec.gov.br
Nova Escola on-line – http://revistaescola.abril.com.br
O Site do Professor de Matemática – http://calculando.com.br
Revista do Professor de Matemática, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática
Revista Nova Escola – São Paulo, Fundação Victor Civita
SEED - Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba, 2009.
Site do Professor de Matemática – http://calculando.com.br
111
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa começou a fazer parte do currículo
escolar apenas no século XIX. Mas, a preocupação com a formação dos professores
iniciou-se apenas na década de 30 do século XX. Até então, o ensino caracterizava-
se por ser elitizado, ornamental, retórico e priorizar a formação da classe dirigente.
Com a democratização do ensino, em 1967, surgiram vários problemas: a
diversidade entrou em choque com a aparente homogeneização presente no âmbito
escolar e, assim, diferenças quanto ao falar, às variedades lingüísticas e ao uso real
da língua acabaram criando embates com a realidade do ensino de Língua
Portuguesa na escola.
Além disso, ocorreu a quantitividade em detrito à qualidade escolar,
já que o público escolar, oriundo da grande massa, enfrenta, entre outros problemas,
a falta de investimento educacional, que, quase sempre, não corresponde com a
demanda. Em relação ao professor houve desprestígio em sua profissão: seu salário
foi rebaixado, sua carga horária semanal aumentada, suas condições de trabalho
tornaram-se precárias, uma vez que os cursos de Letras passaram a receber alunos
da camada menos letrada da sociedade.
Como conseqüência disso, tem-se, ainda, muitos professores
apoiando-se no livro didático, o que lhe tira a autonomia, criticidade, reflexão sobre o
conteúdo e a necessidade de preocupação com seu aprimoramento e formação, já
que a responsabilidade de ensinar é do livro didático, que dita valores, ideologias e,
quase sempre, está distante da realidade do aluno. Todos esses problemas geram
outros como a evasão escolar, a repetência e a abertura indiscriminada de
faculdades particulares.
Diante da diversidade presente no ambiente escolar, fez-se
necessário repensar propostas que atendessem a necessidade dos alunos. Assim,
na década de 70, tem-se a pedagogia tecnicista, que no ensino de Língua
Portuguesa valoriza o pragmatismo e o utilitarismo da língua, a gramática deixa de
ser o enfoque principal dando espaço às teorias da comunicação, ainda que na
112
prática predominava o normativismo. Nesse contexto, a literatura perdeu seu
prestígio, pois passou a ser vista de modo fragmentado, foi valorizada sua função
referencial ao invés da poética e, o enfoque baseia-se na historiografia ou em
abordagens estruturalistas, que não levam o aluno a um reflexão crítica ─ uma
situação que perdura até hoje em muitos livros didáticos adotados na escola.. Já os
estudos lingüísticos privilegiavam a memorização.
A necessidade de superar o ensino normativista, a historiografia, o
estruturalismo na literatura e a preocupação com a recepção do leitor encontram
amparo em teóricos contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida, Barthes e
Jauss. Além desses, no Brasil há discussões sobre o texto na sala de aula, essas
envolvem autores como João Wanderley Geraldi, Sírio Possenti, Percival Leme Brito
que denunciam e combatem o ensino cristalizado de Língua Portuguesa. Na
literatura, busca-se uma concepção dialógica e social da linguagem apoiando-se nas
concepções de Bakhtin.
Embora haja a preocupação com mudança, essa ainda esbarra-se
na concretização em sala de aula. Tem sido falha, pois o trabalho com a gramática
tradicional, o ensino fragmentado da literatura ou da gramática através de frases, a
falta de uso real das linguagens têm se mostrado arraigado no ensino de Língua
Portuguesa. Diante disso, faz-se necessário repensar a fundamentação teórica dos
professores, para que se adequem às rápidas mudanças ocorridas no corpo social.
Portanto, o ensino de Língua Portuguesa deve visar a uma
concepção interacionista da linguagem, isto é, essa deve ser vista dentro de um
processo histórico, dinâmico e como ação entre sujeitos. Conforme explica Faraco, a
concepção dialógica implica que:
Qualquer material lingüístico (ou de qualquer outra materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do discurso, tenha sido transformado num enunciado, tenha fixado a posição de um sujeito social. Só assim é possível responder (em sentido amplo e não apenas empírico no termo), isto é fazer réplicas ao dito, confrontar posições, dar acolhida fervorosa á palavra do outro, confirmá-la ou rejeitá-la, buscar-lhe sentido profundo, ampliá-la. Em suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de sentido de determinada espécie, isto é, relações que gerem significado responsivamente a partir do encontro de posições avaliativas. (apud, PARANÁ (B), p. 13-14, 2006).
113
Se a língua tem uma função social, uma vez que é a partir dela que
o sujeito constrói e é construído, é preciso enxergá-la numa concepção dialógica. Na
escola o dialogismo envolve tanto professores, alunos, como o contexto social e a
gama de gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. Logo, é a língua, em
situação real que deve estar presente em sala de aula. Para tanto, exige-se do
professor fundamentação teórica, constantes atualizações e um comportamento
capaz de fazer a diferença e de ampliar o horizonte de expectativas dos alunos.
Exige-se uma postura de convicção em novos sonhos, novas realidades e na própria
capacidade de conduzir uma transformação no ensino de Língua Portuguesa. Logo,
é acreditar na possibilidade de formar alunos críticos e sair de uma pedagogia
cristalizada na escola. É acreditar em si mesmo e em sua inesgotável capacidade de
trabalho.
Para tanto, faz-se necessário formar e informar o aluno para que o
mesmo seja capaz de:
Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo adequá -la a cada
contexto e interlocutor; verificar a intencionalidade dos discursos;
Produzir situações discursivas dentro de uma prática social, verificando
interlocutores, finalidades, assunto, gênero e contexto;
Refletir sobre os gêneros textuais lidos, ouvidos, bem como o emprego gramatical;
Aprimorar a criticidade através de textos literários, colocando-se numa posição
dialógica com o mesmo.
O ensino da Língua Portuguesa deve englobar a oralidade, leitura,
escrita e análise textual, de modo que na oralidade o aluno possa:
Perceber o uso da linguagem em situações cotidianas;
Compreender discursos alheios e posicionar-se diante deles de forma clara, coesa
e coerente;
Conhecer as variedades lingüísticas e seus usos em determinados contextos
sociais;
Na leitura:
114
Colocar-se criticamente diante do texto; perceber a variedade textual; perceber-se
nos textos e esses como uma ação no mundo;.
Apreender a idéia básica do texto e fazer co-relações; ler e interpretar textos
temáticos e figurativos; ler e identificar tema, época, contexto social/histórico e fazer
relações com momento presente e outros contextos sociais e históricos; ter atitude
crítica responsiva diante dos textos estudados; familiarizar-se com diversos gêneros
textuais;
Na escrita:
Relacionar-se com a diversidade de gêneros; produzi-los observando o
interlocutor, contexto, finalidade. Expor na escrita com clareza, concisão, coesão,
coerência, adequando a linguagem às diversas situações; reconhecer as diferentes
organizações textuais;
Refletir sobre o texto escrito através da revisão, reestruturação e reescrita do
texto.
Na análise linguistica:
Observar os aspectos discursivos, estruturais e gramaticais; os diversos usos e
funções da língua; compreender a organização textual através dos elementos
gramaticais e suas funções no texto, a organização da idéias e temas, a coerência e
coesão; relacionar temas aos textos verbais e não-verbais;
2 CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
Os conteúdos estruturantes considerados fundamentais para o
ensino de Língua Portuguesa consistem na leitura e produção de gêneros diversos,
análise discursiva e oralidade. Esses devem adequar-se à maturidade dos alunos da
série, observando suas experiências e conhecimentos, ampliando a complexidade
conforme necessidade e a realidade escolar.
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE
115
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura,
escrita,
oralidade e análise linguística serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou
seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de
complexidade adequado
a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste
documento.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios
dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências
sobre o texto;
• Encaminhe discussões
sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o
contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da
delimitação do tema, do
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte
de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a ideia principal
do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com
clareza;
• Elabore/reelabore extos de acordo com o
encaminhamento do professor, atendendo:
− às situações de
produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
− à continuidade
temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e
informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente
116
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do
gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação
de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância
interlocutor, do gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e o gênero
proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos
argumentos/
das ideias, dos elementos que compõem
o gênero (por exemplo: se for uma narrativa
de aventura, observar se
há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se
o texto remete a uma aventura,
etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e
coesa, se há continuidade temática, se atende
à finalidade, se a linguagem está
adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a
uma reflexão dos elementos
discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize
recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• Compreenda argumentos
no discurso do outro;
• Explane diferentes textos,
utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
• Respeite os turnos de fala.
117
verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentetividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e
outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Fonte. PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa.
Curitiba, 2009.
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os
gêneros discursivos conforme suas esferas
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de texto de diferentes gêneros,
ampliando também o léxico;
• Considere os conhecimentos prévio
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
118
sociais de circulação. Caberá ao professor
fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado
a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Aceitabilidade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas travessão, negrito), figuras de linguagem.
dos alunos;
• Formule
questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema intenções;
• Contextualize a produção: suporte/fonte,
interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais
diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens,
mapas,e
outros;
• Relacione o tema com o contexto atual, com as
diferentes possibilidade de sentido (ambiguidade) e com outros textos;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da
delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos
argumentos/das ideias, dos elementos que
compõem o gênero (por
• Amplie seu horizonte de
expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do
autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a
partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias
com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência,
informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo,
etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
119
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e
indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas
travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação,
pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas:
exemplo: se for uma narrativa de
enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo,
espaço, se o texto remete a um mistério, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada
ao contexto
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos
pelos alunos;
• Proponha reflexões sobre os argumentos
utilizados nas exposições orais dos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero
oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas
linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se
dos recursos extralinguísticos, como
entonação, pausas, expressão facial e outros.
• Apresente suas ideias com clareza;
• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
120
coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
• Selecione discursos de outros para análise dos
recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagem,
entre outros.
Fonte. PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba, 2009.
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura,
escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de
gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou
seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado
a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste
documento
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios
dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências
sobre o texto;
• Encaminhe discussões e
reflexões sobre: tema, finalidade,
intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize de informações explícitas e implícitas no
texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do
autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem
ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de
121
LEITURA
Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem
com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o
contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor;
• Promova a percepção de recursos uti lizados para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da
delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e o gênero
propostos;
• Acompanhe a produção
do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no
texto;
• Conheça e utilize os recursos para determinar
causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e
informal;
• Utilize recursos textuais como coesão e coerência,
informatividade,
etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc;
• Empregue palavras e/ou
expressões no sentido conotativo;
• Entenda o papel sintático
e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto;
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos,
122
texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do
gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes
na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
atende à finalidade, se a linguagem está adequada
ao contexto;
• Estimule o uso de figuras de linguagem no
texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias,
dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma
notícia, observar se o fato relatado é relevante, se
apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do
suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade,
etc.).
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos
elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos
pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade,
textuais, estruturais e normativos, bem como os
recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus
argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas
em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos,
relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente
expressões faciais corporais e
gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros
123
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o escrito.
situacionalidade e finalidade do texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos
de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso
formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como
entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
• Propicie análise e comparação dos recursos
veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV,
emissoras de rádio, etc., a fim de
perceber a ideologia dos discursos dessas esferas;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
elementos extralinguísticos.
Analise recursos da oralidade em
cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, entre outros.
Fonte. PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba, 2009.
124
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os
gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de
gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou
seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos
que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões
e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia ;
• Proporcione análises para
estabelecer a referência textual;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o
contexto atual;
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto e das
partículas conectivas;
• Localize informações explícitas e implícitas no
texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte
de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;
• Identifique a ideia
principal do texto;
• Analise as intenções do
autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a
partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que
125
• Discurso ideológico presente no texto;;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Oportunize a socialização
das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/
reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo,
que é próprio de cada gênero;
• Incentive a percepção dos recursos uti lizados
para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Conduza leituras para a compreensão das
partículas conectivas.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do
interlocutor, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
estabelecem a progressão referencial;
• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo,
preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou
expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
126
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito, etc.
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de
formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
• Conteúdo temático ;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do
texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o
gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e
coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam
ironia e humor;figuras de linguagem no texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do
texto;
• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias,
dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma
crônica, verificar se a temática está relacionada
ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o
local, o tempo em que a história acontece, etc.);
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente
argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais
e gestuais, pausas e entonação nas exposições
orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da
oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem entre outros.
127
interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
• Adequação do
discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguística (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade finalidade do texto;
• Proponha reflexões
sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre
a utilização dos recursos de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero
oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas
linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se
dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões
facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem
entre outros.
Fonte. PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba, 2009.
128
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Uma metodologia dialética, pautada numa constante interação entre
aluno e professor, objetivando a transformação do meio. Nesse sentido ela sempre
será inacabada, construída diariamente e buscando sempre interligar a teoria à
prática.
O ensino aprendizagem visto como um processo contínuo, não pode
ser ancorado num ato estanque, pronto e acabado, pois, sendo o aluno um ser
dinâmico, o ensino também deve ser como tal respeitando as individualidades e os
diferentes ritmos de apreensão.
A metodologia deve estar centrada em quatro bases: pensar, sentir,
trocar e fazer (de modo crítico, criativo, significativo, solidário e prazeroso).
Lançar desafios aos alunos exigindo maior empenho e dedicação às
resoluções dos problemas levantados, não permitindo que o aluno se limite a dar
uma resposta apenas no senso comum.
Incentivar o educando a buscar respostas para os “porquês” e para
que” por meio de questionamentos, pesquisas e intercâmbios (professor mediador),
possibilitando ao educando condições de fazer, ser e a conviver (aluno sujeito da
aprendizagem).
Na oralidade serão observadas a entonação e as variantes lingüísticas em
atividades como: debates, discussões, seminários, troca de informações., opiniões,
representação teatral, relatos de experiência, entrevistas; análise de linguagens
televisivas e discursos públicos;
Na leitura privilegiar-se-á uma atitude responsiva diante do contato com gêneros
diversos como notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, repor tagens,
propagandas, charges, romances, contos, além de textos gráficos, não -verbais e
midiáticos.
Na escrita, o aluno deve atentar-se ao contexto, interlocutor, nível de linguagem e
ao gênero. A partir de leituras de textos diversos ele poderá produzir tipologias
diferenciadas como textos argumentativos verbais e/ou não-verbais, crônicas,
informativos...
129
Além disso, promover reflexões sobre valores humanos,
comportamentos éticos, formação de caráter e partir de situações concretas,
experiências vividas dentro e fora da sala e na resolução dos problemas surgidos.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento de compreensão do nível de
aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades
desenvolvidas. Esta ação deve ser continua, pois dará subsídios ao professor para
que o mesmo possa perceber os avanços e as dificuldades dos alunos, assim
posicionando-o a rever suas práticas e quais novos caminhos deverá seguir.
No processo de avaliação contínua o professor faz as adaptações
conforme o nível de aprendizagem dos alunos, retomando assim os conteúdos e as
ações. A avaliação formativa aponta o melhor caminho para garantir a aprendizagem
que é enfatizada ao determinar os meios para atender os diferentes ritmos e
processos da evolução cognitiva do aluno numa retomada constante, apontando
caminhos a serem seguidos pelo professor.
A avaliação deve ser móvel, contínua e diagnóstica, possibilitando
intervenções e reflexões do aluno em relações ao texto e também do professor, no
que tange à sua prática pedagógica. Deve ainda, englobar todos os aspectos dos
conteúdos estruturantes: leitura, escrita, oralidade e análise discursiva, levando o
aluno à autonomia.
O professor de Língua Portuguesa não é apenas professor de uma
língua, mas de linguagem. Então não deve se restringir do verbal, devendo reportar-
se a todos os tipos de linguagens como sons, músicas, imagens, etc. (Textos
verbais e sintéticos).
A avaliação com a função interativa, dialógica ou discursiva da
linguagem precisa ser analisada sob novos parâmetros, dando ao professor pistas
concretas do caminho que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente das
atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita. Sendo a avaliação formativa a que
mais se presta ao processo de ensino e aprendizagem da língua. Nessa perspectiva,
a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do
130
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações, bem como subsidiar o aluno
para que ele se posicione como avaliador de textos orais com os quais convivem.
A avaliação da leitura levará em consideração as estratégias que os
estudantes empregaram no decorrer da leitura. A compreensão do texto lido, o
sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. É necessário,
que o aluno-leitor entre em contatos com os diversos tipos de textos, produzidos por
pessoas diferentes, com diferentes visões de mundo e opiniões, a fim de que ele
perceba com clareza que textos não apresentam verdades absolutas, mesmo
porque um único texto admite tantas leituras quantas forem as pessoas que o lerem.
Considerando que a escrita é um dos aspectos da língua, os
elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados
em uma pratica reflexiva e contextualizado, que possibilite a eles a compreensão
desses elementos no interior do texto.
Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se aqui como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto para que ele
adquira sua autonomia.
Em literatura, a avaliação não foge da função formativa, pressupõe,
então, uma clara articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos,
a articulação que se deve estar clara não só para o professor, mas também para o
conjunto da turma, lembrando que um dos métodos de nossa ação pedagógica é
viabilizar a autonomia de quem aprende, garantindo, entre outros fatores, pela
interiorização de parâmetros de monitoração das próprias ações.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), GERALDI, João Wanderley, CITELLI, Beatriz (coords). Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo. Cortez, 2000.
Coleção Aprender e ensinar em textos, v.1.
CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), CITELLI, Adilson (coord.). Outras linguagens na escola publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática. São Paulo. Cortez, 2000. Coleção Aprender e ensinar em textos, v.6.
131
ENGUITA, Mariano F.. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo.
Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 40. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
GIROUX, Henry A. Atos impuros. A prática dos estudos culturais. Trad. Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2003.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva, Guaraeira Lopes Louro. 9.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor:aspectos cognitivos da leitura. 7 ed. Campinas,
SP:Pontes,2000.
KLEIMAN, Ângela; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos
projetos da exscola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.
KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3.ed. São Paulo: contexto, 1991.
KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo:
Contexto, 1990.
LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MIGLIOZZI, Luiz Carlos. A Mortificação do Ser: Uma investigação das paixões no
universo escolar. 2002. 266 p. Tese (Doutorado em Letras) USP, São Paulo.
MISKOLCI, Richard. Um corpo estranho na sala de aula. In: ABRAMOWICZ, Anete; SILVÉRIO, Valter Roberto (orgs). Afirmando diferenças: Montando o quebra-cabeça da diversidade na escola . Campinas: Papirus, 2005. (Coleção Papirus Educação).
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba, 2009.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4.ed. Campinas: Mercado das Letras, 1996.
132
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE CIÊNCIAS- ENSINO
FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ciências configura-se como uma área de conhecimentos que integra
diversas outras, como biologia, física, química, geociências e astronomia. Discutidos
sob diversos enfoques nas diversas séries do Ensino Fundamental, os conceitos
importantes para cada área permite uma ampliação da compreensão dos fenômenos
naturais.
O conhecimento científico tem o mérito de ampliar a capacidade de
compreensão e atuação do indivíduo no mundo. Por isso, o ensino de ciências deve
oferecer os alunos oportunidades de reflexão e ação e formá-los para reivindicá-los
por amadurecimento próprio.
O ensino de ciências pode alcançar esse objetivo se estiver
vinculado a situações cotidianas, nas quais os alunos sejam convidados a
posicionar-se diante de fatos e fenômenos novos. Desta forma, o estudante aprende
a problematizar situações diversas.
A influencia cada vez maior da ciência e da tecnologia em nossas
vidas e a rapidez com que surgem as inovações nesses campos vêm despertando
um intenso debates em toda a sociedade. Não há como negar que os avanços
tecnológicos, principalmente na área de Ciências, foram notáveis nos últimos
tempos. Conseqüentemente, a quantidade de conhecimento produzida foi
surpreendente.
Em contrapartida, a poluição, a destruição dos ecossistemas e a
perda da biodiversidade, os danos causados pelo fumo, pelo álcool e por outros
tóxicos, a alimentação desequilibrada por alguns dos inúmeros problemas que
afetam a população. Para que essas questões sejam adequadamente
compreendidas, é necessário algum conhecimento de ciências.
O ensino de ciências constitui, portanto, um meio importante de
preparar os estudantes para os desafios que surgem em uma sociedade preocupada
em integrar, mais e mais, as descobertas cientificas ao bem-estar dos indivíduos.
Por isso todos os estudantes, quaisquer que sejam suas aspirações, seus interesses
133
e suas atividades futuras, devem ter a oportunidade de adquirir um conhecimento
básico das ciências naturais que lhes permita não só compreender e acompanhar as
rápidas transformações tecnológicas como também participar de forma esclarecida e
responsável de decisões que dizem respeito a toda a sociedade.
Conteúdos
5ª série
Conteúdos
estruturante
Conteúdo
Básico
Conteúdo específico
Astronomia
Universo
Sistema Solar Movimentos
celestes
Astros
-Astros luminosos e iluminados - Planetas, satélites, cometas, asteróides,
estrelas - Movimentos de rotação, translação e revolução
- Fases da Lua - Sistema Solar
- Tecnologia aeroespacial e aeronáutica
Matéria
Constituição da matéria
- Definição de matéria - Propriedades da matéria
Solo - O solo (composição, tipos) - Minerais e vida cotidiana - Erosão
Água
- Estados físicos e mudanças de estados físicos da água
- Ciclo da água - A água bem precioso
- Contaminação da água
Ar
- Propriedades do ar
- Utilidades do ar - Composição do ar
- Previsão do tempo
Sistemas biológicos
Energia
Níveis de organização celular
- Características gerais do ser vivo
Formas de
energia
- Fontes de energia natural e artificial
134
Transmissão de energia
- Transmissão de energia
Biodiversidade Ecologia - Ecossistemas - Fatores vivos e não-vivos presentes no ambiente
- Produtores e consumidores - Fotossíntese
- Decompositores - Cadeia alimentar e teia alimentar
6ª série
Conteúdos estruturante
Conteúdo Básico
Conteúdo específico
Astronomia Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Terra primitiva
- Comparação dos movimentos aparentes
no céu - Eclipses - Estações do ano
- Constelações - Planeta Terra primitivo
- Atmosfera primitiva
Matéria Constituição da matéria
- Propriedades da matéria
Sistemas biológicos Célula
- Membrana plasmática - citoplasma - Organelas citoplasmáticas
- Núcleo - Divisão celular (mitose e meiose)
Morfologia e
fisiologia dos seres vivos
- Seres unicelulares, pluricelulares e
acelulares - Características dos seres vivos
Biodiversidade Origem da
vida
- Teorias da origem da vida
- Evolução dos seres vivos
Organização
dos seres vivos
- Biodiversidade e classificação
- Níveis de organização dos seres vivos
135
Sistemática - Vírus - Reino Monera
- Reino Protista - Reino Fungi
- Reino Animal *Animais invertebrados (poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermo)
* Animais vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos)
- Reino Vegetal (algas pluricelulares, briófitas, pteridófitas,
gimnospermas, angiospermas)
Energia Energia e
matérias Distribuição da vida na biosfera
7ª série
Conteúdos
estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo específico
Astronomia Origem e evolução do Universo
Origem do universo
Teorias e evolução história
sobre a origem do universo
Galáxia, nebulosas, buracos
negros, escala do universo
Matéria Constituição da matéria
Conceito de Matéria
Constituição da matéria
Sistemas biológicos
Organização Geral
dos seres vivos
Célula
Níveis de organização no corpo humano
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Funções vitais
Alimentação e digestão
Respiração, circulação e excreção.
Funções de relação: sistema locomotor, sensorial e saúde.
Funções de coordenação: sistema nervoso, endócrino.
Sistema genital
Reprodução humana
Mecanismo de
herança Núcleo das células
Mendelismo
Cruzamento genético
136
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
Evolução do ser vivo
Ecologia
O ambiente e o homem
Degradação ambiental
O ambiente urbano
8ª série
Conteúdos estruturante Conteúdo Básico Conteúdo específico
Astronomia Astros Sistema Solar
Astros
Gravitação universal Aeroespacial e aeronáutica.
Órbitas dos planetas
Gravitação universal
Matéria Propriedades da matéria A natureza e seus
materiais:
Densidade.
Fases da matéria
Misturas e soluções.
Fenômenos Físicos e Químicos.
Elementos químicos:
Modelo atômico.
Propriedades dos Átomos.
Energia dos prótons, neutros e elétrons.
Classificação periódica em metais, não metais, semi-metais e gases
nobres.
Ligações químicas
Sistemas biológicos Mecanismos de herança
genética Núcleo das células
Mendelismo
Herança dos grupos
sangüíneos
O sexo na espécie
humana
Herança ligada ao
sexo
137
Energia Formas de energia
Unidades de Medidas:
Deslocamento.
Leis de Newton.
Massa e gravidade.
Energia e movimento
Troca de calor.
Calor e temperatura.
Conservação de energia
Fontes de transformações.
Conservação de energia.
Biodiversidade Interações ecológicas Cadeia e Teia alimentar
Relações Ecológicas
METODOLOGIA
O ensino de Ciências propõe uma prática pedagógica que leve a
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico.
O conteúdo específico de Ciências deve estabelecer relações
interdisciplinares e que sejam abordados à partir dos contextos tecnológico, social,
cultural, ético e político que os envolve.
O professor deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos para assegurar a interatividade no processo ensino-
aprendizagem.
Esses recursos didáticos devem ser utilizados de forma que o aluno
reflita quanto aos objetivos, tomando medidas práticas para que tenha não apenas
quantidades, mas também qualidades de conteúdos modificando, assim, suas
práticas.
A aplicação do conteúdo teórico deve utilizar o conhecimento prévio
do aluno e através da associação do conhecimento científico, levá-lo a
transformação da sua prática anterior.
Portanto, diante da importância da organização do Plano de
Trabalho Docente e da exigência de várias estratégias a serem utilizadas em sala de
aula, entende-se que a opção de uma delas, tão somente, não contribui para um
trabalho de qualidade. Dessa forma, é importante que o professor tenha autonomia
138
para fazer uso de diferentes recursos e estratégias para que o ensino de Ciências
resulte na interação entre estudantes, professores e o conhecimento escolar.
AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino aprendizagem deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do alunado, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação deve propiciar um momento de interação e construção
de significados no qual o estudante aprende. O professor precisa refletir e planejar
quais instrumentos podem ser utilizados, no intuito, de superar o modelo da
avaliação classificatória e excludente.
Faz-se necessário, então, respeitar o estudante como ser humano
inserido no contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento
científico escolar, devendo valorizar os conhecimentos espontâneos, construídos no
cotidiano, nas atividades experimentais ou à partir de diferentes estratégias que
envolva recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
Portanto, a avaliação será contínua, formativa, diagnóstica,
cumulativa. Avaliando o aluno no todo, não tendo como objetivo apenas atribuir uma
nota ou valor numérico.
Avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo de ensino
aprendizagem do estudante para que o mesmo compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para a sua vida.
REFERÊNCIAS
BIZZO, Nélio. Ciências Fácil ou Difícil? São Paulo : Ática, 2000.
CAMPOS, C. C.; NIGRO, G. Rogério. Didática de Ciências: o ensino-aprendizagem
como investigação. São Paulo : FTD, 1999.
GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo :
FTD, 2002.
139
GOWDAK, Demétrio, Neide S. de Mattos, Valmir de França. Ciências: o universo e
o homem, 8.ª série – São Paulo: FTD, 1994.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências. Curitiba, 2009.
140
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE ARTE- ENSINO
FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Arte sempre esteve presente em cada uma das épocas da história
da humanidade. Parte integrante da civi lização, a arte é presente quando ainda não
se fazia uso da linguagem textual. Nas pinturas das cavernas, nas edificações, nos
templos, nas esculturas, a arte sempre esteve presente e representar uma
linguagem universal, catalogando períodos, culturas e manifestações. A arte foi, é e
sempre será a expressão maior das origens e da história de um povo. Através de
obras de arte de grandes mestres, de origens diversas em diferentes épocas,
tomamos conhecimento da evolução de cada povo, bem como de sua cultura,
costumes, religiões e também de sua política, constantemente retratadas em obras
deixadas por grandes mestres.
Desta forma a dimensão artística pode contribuir significativamente
para a humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de
alienação e repressão a qual os sentidos humanos foram submetidos. A arte
concentra, em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos,
possibilitando um dialogo entre as disciplinas escolares e a ações que favoreçam
uma unidade no trabalho pedagógico.
O desenvolvimento do ser humano é um processo lento e complexo
que envolve uma infinidade de saberes. Estes saberes são construídos a partir de
experiências significativas vivenciadas pelo sujeito no decorrer da sua vida. A
escola, a exemplo de outras instituições, exerce importante papel nesse processo,
pois é através dela que o educando, ao vivenciar experiências significativas, constrói
saberes, re-significa o mundo e se humaniza. Com isso entende-se que a escola é o
principal e talvez o único espaço para a sistematização dos conhecimentos
cotidianos populares e científicos.
Conteúdos 5ª série
ÁREA MÚSICA
141
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
COMPOSIÇÃO:
Ritmo, Melodia, Escalas: Diatônica, pentatônica, cromática, improvisação.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Grego Romanos, Oriental, Ocidental, Africano.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagens, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.
COMPOSIÇÃO:
Enredo roteiro, Espaço cênico adversos. Técnicas de jogos teatrais. Teatro direto e
indireto, improvisação, manipulação, mascara. Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Grego Romano, Teatro Oriental, Teatro Medieval, Renascimento.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento corporal, Tempo, Espaço.
COMPOSIÇÃO:
142
Kinosfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos articulares, Fluxo (livre e
Interrompido).
Rápido e Lento. Formação (alto, médio e baixo). Deslocamento (direto e indireto).
Dimensões (pequeno e grande). Técnica, improvisação. Gênero: Circular.
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz.
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional, figurativa, Geométrica, Simetria,
Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura...
Gêneros: Cenas da Mitologia
MOVIMENTOS E PERÌODOS
Greco-romana, Africana, Oriental, Pré-Histórica.
Conteúdos 6ª série
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura, Duração, Timbre, Densidade.
COMPOSIÇÃO:
Ritmo, Melodia, Escalas, Gêneros Folcléricos, Indigenas, Populares e Étnicos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista. Improvisação.
143
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Música Popular, e Étnica (Ocidental e Orienteal).
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem, expressões corporaes, vocaes, gestuais e faciais, e ação e espaço.
COMPOSIÇÃO
Representação, Leitura dramática, cenografia. Técnicas de jogos teatrais, mímica,
improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e Arena, Caracterização,
movimentos.
Períodos: Comédia dell"arte, Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense. Teatro
Africano.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento corporal. Tempo. Espaço.
COMPOSIÇÃO:
Ponto de apoio, Rotação, Coreografia, Salto e Queda. Peso (Leve e Pesado).
Fluxo (livre, interrompido). Lento Rápido e moderado. Níveis ( Alto, médio e baixo).
Formação duração, Gênero:Folclórico, popular e étnica.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Dança popular. Brasileira, Paranaense. Africana. Indígena.
144
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS :
Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz..
COMPOSIÇÃO:
Proporção, Tridimensional, Figuras e fundos abstrata, Perspectiva
Técnica: Pintura, Escultura, Modelagem, Gravura...
Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza-morta.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Arte indígena, Arte popular, brasileira e paranaense, Renascimento, Barroco.
Conteúdos 7ª série
ÁREA ARTES VISUAIS
Conteúdos Estruturantes
Elementos Formais, composição, movimentos e períodos.
Conteúdos Específicos:
Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz.
Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visuais, Estilização, Deformação, Técnicas:
desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Movimentos e Períodos:
Arte no Séc. XX; Impressionismo, Expressionismo, Cubismo, Abstracionismo e
Pop art,
Indústria Cultural, Arte Contemporânea.
ÁREA MÚSICA
145
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
COMPOSIÇÃO:
Ritmo, Melodia, Harmonia, Tonal, modal e a, fusão de ambos. Técnicas: vocal,
instrumental e mista.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem: expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e Espaço.
COMPOSIÇÃO:
Representação no Cinema e Mídias, Texto dramático, Maquiagem, Sonoplastia,
Roteiro, Técnicas: jogos, teatrais, sombra, adaptação cênica...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS:
Movimento Corporal, Tempo, Espaço, Giro, Rolamento, Saltos.
COMPOSIÇÃO:
146
Aceleração e desaceleração, Direções (frente, atrás, direita e esquerda)
Improvisação, Coreografia, Sonoplastia, Gênero: Indústria, Cultural e espetáculo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Hip Hop, Musicais, Expressionismo, Indústria Cultural,
Dança Moderna.
Conteúdos 8ª série
ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade.
COMPOSIÇÃO;.
Densidade, Ritmo, Melodia, Harmonia, Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Gêneros: popular, folclórico e étnico.
MOVIMENTOS E PERIODOS:
Música Engajada, Música Popular, Brasileira, Música Contemporânea.
ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS:
Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional, Tridimensional, Figura-fundo, Ritmo Visual.
Técnica: Pintura, desenho, grafite, urbana, cenas do cotidiano...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Vanguardas; Dadaísmo, Surrealismo, Arte Latino-Americano, Muralismo, Hip Hop;
grafitagem.
147
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, Ação Espaço.
COMPOSIÇÃO:
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,Teatro-Fórum...Dramaturgia
Cenografia, Sonoplastia, Iluminação, Figurino.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo,
Vanguardas.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
Movimento, Corporal, Tempo e Espaço.
COMPOSIÇÃO:
Kinesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos,
Extensão (perto e, longe), Coreografia, Deslocamento, Gênero: Performance, e
moderna,
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Vanguardas, Dança Moderna, Dança, Contemporânea.
148
METODOLOGIA
Uma obra de arte deve ser entendida como forma pela qual o artista
perceba o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova
realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimento deve ser o ponto
de partida para que a releitura de uma obra componha a pratica, que inclui a
experiência do aluno e a aprendizagem do aluno pelos elementos percebidos por ele
na obra de arte. Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e
do seu entorno, nesta seleção podemos considerar artistas, produções artísticas e
bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal.
Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos
conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento as pratica e a fruição artística esteja presente em todos os momentos
da pratica pedagógica, em todas as séries da educação básica com aulas
expositivas, uso da TV pendrive, com apresentações de textos , imagens e vídeos.
Leituras de imagens e releitura usando; composições com colagens de revistas e
materiais diversos, desenhos e pinturas, composições plásticas bi e tridimensionais.
AVALIAÇÃO
A fim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo é
importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivencia e um capital cultural
próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola. Por tanto, o
conhecimento que o aluno acumula deve ser deve ser socializado entre os colegas
e, ao mesmo tempo, constitui-se como referencia propor abordagens diferenciadas.
São necessários vários instrumentos de avaliação tais como: trabalhos artísticos
realizados em sala individualmente ou em grupo; participação, freqüência,
pontualidade, organização e compromisso com a disciplina. Pesquisas
bibliográficas, avaliações de provas subjetivas e objetivas, recuperação de
conteúdos concomitantes com o processo ensino aprendizagem.
149
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte . Curitiba: SEED-PR, 2006.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. São Paulo. Àtica. 2005.
150
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO RELIGIOSO- ENSINO
FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como
se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações
entre as culturas e os espaços por elas produzidas, em suas marcas de
religiosidade.
Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em
oportunizar ao aluno condições para o mesmo superar desigualdades étnico-
religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão
e, por conseqüência, à liberdade individual e política.
A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda
e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e
sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral um modo
adequado de agir e pensar de forma excludente, ela impede o exercício da
autonomia de escolha, de contestação a até mesmo de criação de novos valores.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o
respeito à diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na
sociedade, em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na
diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o
sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os
quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:
Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas
construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.
promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se
tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada
cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa.
Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em
consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo
desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural
151
dos grupos sociais e seu relacionamento com o sagrado.
Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito
constitucional de liberdade de crença e expressão.
2 CONTEÚDOS
2.1 Conteúdos Estruturantes
Paisagem Religiosas
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
2.2 Conteúdos Básicos
5ª SÉRIE/ 6º ANO
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos sagrados orais ou escritos
Símbolos religiosos
6ª SÉRIE/ 7º ANO
Temporalidade Sagrada
Festas religiosas
Ritos
Vida e morte
3 METODOLOGIA
A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar
das ações que subsidiarão esse trabalho onde poderão fomentar o respeito às
diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos
alunos.
152
Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser
tratados interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a
contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes
disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos
campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-
aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada expressão do Sagrado do
ponto de vista laico, não religioso.
Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se
os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-
cultural, conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes
culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas. As aulas serão
dialogadas partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos
prévios.
Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se
necessário o processo de pesquisa para que a diversidade de produções seja
realmente oportunizada.
4 AVALIAÇÃO
A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota,
assim, não se constitui como objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa
para o aluno. Porém, faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao
professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno,
identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para
compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno
expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções
religiosas diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o fenômeno religioso
como um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos
adequados ao referir-se às diferentes manifestações religiosas.
Através desta avaliação o professor terá elementos pra planejar as
intervenções no processo de ensino-aprendizagem retomando lacunas identificadas
e dimensionando os níveis de aprofundamento.
153
REFERÊNCIAS
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1997. CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas
paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123.
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil.
Curitiba: Chanpagnat, 2004. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo:
Paulinas, 1989.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998. PARANÁ, SEED – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2009.
154
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE ESPANHOL - CELEM
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Com o estreitamento das relações político-econômicas entre os
países da América do Sul, iniciou-se no Brasil um processo progressivo de
reimplantação e oferta de língua espanhola nas nossas escolas e universidades, no
intuito de que o aluno seja capaz de ouvir, ler, falar e escrever em espanhol de
forma adequada, utilizando o idioma como instrumento de análise na nova ordem
global. Espera-se, de acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna, que o aluno desenvolva “consciência crítica a respeito do papel das
línguas na sociedade”(DCE, 2008, p. 31).
De acordo com a Diretriz Curricular Estadual a aula de Língua
Estrangeira moderna deve constituir:
Um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive (DCE, 2008, p.53).
Logo, o ensino desta disciplina em nossas escolas traz para o aluno,
enquanto indivíduo social, a possibilidade de compreender as diversas relações que
se estabelecem a partir do uso das linguagens. Do ponto de vista didático e
pedagógico, a Língua Estrangeira faz-se presente no ensino visando evidenciar o
caráter de formação crítico-reflexiva do educando de modo que o mesmo tenha
subsídios que o auxiliem na compreensão das relações no contexto global, isto é, as
relações de poder, de consumo, de cultura, de política, entre outras, que são
produzidas e articuladas através da Língua Estrangeira enquanto elemento de
comunicação.
Para isso, propõe-se um trabalho no qual o professor abordará os
vários gêneros textuais, através de atividades:
Diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la (DCE, 2008, p. 33).
155
A Língua Estrangeira possibilita à percepção de possibilidades de
construção de significados, a elaboração de procedimentos interpretativos, a
construção de sentidos do e no mundo, e desenvolve habilidades para lidar com
situações de cruzamentos interculturais.
Bakhtin (1988, p.95) afirma que “a palavra está sempre carregada de
um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial”. A língua então se apresenta
como relação social, os sentidos assumidos pela palavra são múltiplos, não
existindo palavras vazias. Assim, o ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira dar-
se-á, como uma interação contínua entre professor e aluno, proporcionando a
oportunidade de contato com a cultura da língua através de textos, exercícios orais
abrangendo leitura, escrita, fala e compreensão auditiva.
Para Bakhtin (1992), esta proposta de ensino se concretiza no
trabalho com textos, na comunicação com os mesmos, conferindo-lhes sentidos, o
que implicará envolver a análise e a crítica, a forma de olhar o texto escrito, fazer
relação entre textos questionando e desafiando os valores, atitudes e crenças
subjacentes a ele, bem como quem, onde, como, por que, para que e para quem o
produziu.
Assim, objetiva-se com este trabalho trazer um conhecimento de
mundo que permita ao aluno elaborar e reelaborar o modo de ver a realidade, a
partir do conhecimento prévio sobre os assuntos abordados, além de desenvolver a
comunicação lingüística, textual, discursiva e sociocultural através de textos,
produzindo-os e compreendendo-os nas mais diversas situações que envolvam a
comunicação.
No entanto:
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limite ao exercício de uma mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo (DCE, 2008, p.57).
Portanto, é importante nesse processo de ensino aprendizagem da
LEM oportunizar ao aluno atividades que possibilitem, ao mesmo, compreender e
expressar-se respeitando a gramática, os elementos culturais, interpretação, leitura
e produção (oral, escrita e visual) de diferentes gêneros textuais.
156
2 CONTEÚDOS
Para se efetivar o processo de ensino-aprendizagem de Língua
Estrangeira Moderna, as reflexões e discussões pertinentes aos conteúdos
encontram-se pautadas no conteúdo estruturante e conteúdos básicos, propostos
pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para LEM.
Esta disciplina concebe como conteúdo estruturante o Discurso
como prática social e também caracteriza os gêneros como conteúdos básicos
abordados dentro das práticas discursivas, explorando as práticas da oralidade,
leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais.
Para Marcuschi (2001, p. 83):
O trabalho com oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva. [...] Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à discriminação lingüística, bem como suas formas de disseminação.
Este trabalho objetiva expor os alunos a textos orais de diferentes
discursos, aprendendo a expressar idéias em Língua estrangeira mesmo que de
forma limitada, o aluno precisa familiarizar-se com os sons específicos da língua que
está aprendendo, bem como explorar os gêneros textuais próprios da oralidade
como, por exemplo, a publicidade, imprensa, política, cientifica, literária/ artística,
cotidiana, midiática entre outras.
Na prática da leitura a utilização dos gêneros textuais, torna a
aquisição do conhecimento mais significativo, à medida que o aluno reconhece e
reflete a sua realidade social, podendo rejeitar ou reconstruir as idéias contidas nos
textos a ele apresentados.
Quanto à prática da escrita, segundo a Diretriz Curricular Estadual
(2008), deve ser significativa, ou seja, “vista como uma atividade sociointeracional”
(p. 66), focando-se na adequação comunicativo-discursiva do texto. Esta prática
requer conhecimentos prévios que resultam das inúmeras experiências vivenciadas
pelo sujeito, ela oportuniza a reflexão sobre os mecanismos lingüísticos que
envolvem o processo da escrita.
157
A seguir serão apresentados os conteúdos básicos da disciplina de
Espanhol disponibilizados nas Diretrizes Curriculares Estaduais de LEM (2008):
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE: o discurso como prática social no
desenvolvimento da leitura, oralidade e escrita.
2.2 Conteúdos básicos
1º Ano
Leitura
Identificação do tema, do argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição
de produção. Recurso veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal. Materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos.....) para
interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos e as
relações dialógicas.
Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade.
Localizar informações explícitas no texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações
de outras culturas e de outros grupos sociais.
Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes
países.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos.
158
Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização de pequenos diálogos.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal).
Apresentar clareza nas idéias.
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
lingüísticas.
Clareza de idéias.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Re-estrutura e re-escrita textual.
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Análise lingüística
Coesão e coerência.
Funções dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas.
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: de gêneros selecionados para
utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como uso da pontuação, o uso do
artigo, dos substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e
outras categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
2º Ano – Espanhol Leitura
Identificação do tema, do argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo.
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição
de produção. Recurso veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
159
Linguagem não verbal, materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos e as
relações dialógicas.
Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade.
Localizar informações explícitas do que leu.
Emitir opiniões respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações
de outras culturas e de outros grupos sociais.
Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes
países.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização de pequenos diálogos.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal).
Apresentar clareza nas idéias.
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
lingüísticas.
Clareza de idéias.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Re-estrutura e re-escrita textual.
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas.
160
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto
com outros textos.
Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula.
Leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um
mesmo tema e das abordagens de tais publicações.
Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e
morfológicas da língua estrangeira estudada com a língua materna.
Percepção do conteúdo vinculado, literatura, cinema, receitas gastronômicas,
letras de música, intencionalidade, valor estético e condições de produção.
Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão
textual, encadeamento de idéias e coerência do texto.
Conhecimentos lingüísticos: ortografias, fonética e fonologia, elementos
gramaticais: discurso direto e indireto, interjeições, verbos de “cambio” e expressões
idiomáticas.
3 METODOLOGIA
Tendo em vista a abordagem de ensino pelo conteúdo estruturante –
discurso como prática social, ou mais especificamente na oralidade, leitura e
escrita o que implica em trabalhar com diversos gêneros discursivos, propõe-se aos
alunos um trabalho com a língua a partir de temas referentes a questões sociais
emergentes, utilizando-se de textos que abordem assuntos relevantes e presentes
na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial. Logo, “o ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade
da linguagem em uso” (DCE, 2008, p.63). As questões lingüísticas, as sócio-
pragmáticas, culturais e discursivas, a leitura, a escrita e a oralidade serão
abordadas a partir dos conteúdos estruturantes.
Segundo a Diretriz Curricular de Língua Estrangeira Moderna (2008,
p. 42):
Caberá ao professor trabalhar o texto em seu contexto social de produção e selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua. Isso não quer dizer fazer uso do texto apenas para ensinar
161
gramática, mas tê-lo como conteúdo a ser explorado para, a partir dele, produzir outros textos.
No entanto, não se deve esquecer que os conhecimentos
lingüísticos são fundamentais, uma vez que esses conhecimentos darão suporte
para que o aluno interaja com os textos. É necessário que o aluno conheça o
vocabulário, a ordem em que as palavras se organizam no enunciado para que se
dê o primeiro passo para sua interação com o texto. É fundamental auxiliar os
alunos a entenderem que é preciso levar em conta que, para entender um
enunciado em particular, é necessário ter em mente o quê, para quem, onde,
quando e por quê.
Para que haja interação e tais aspectos sejam considerados e
vivenciados em sala de aula, pretende-se apresentar aos alunos diferentes gêneros
textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc .,
ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o
caráter do público a que se destina. Com esse trabalho objetiva-se trazer um
conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a
realidade, a partir do seu conhecimento prévio dos assuntos abordados.
Quanto à oralidade, pretende-se expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, incentivando-os a expressarem suas idéias
em língua estrangeira dentro de suas limitações.
A escrita será vista como uma atividade sócio-interacional por
meio de situações reais de uso e os textos literários deverão conter atividades que
colaborem para a reflexão sobre os mesmos e levem os alunos a perceberem os
textos como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto
sócio-cultural particular.
O estudo da gramática estará subordinado ao conhecimento
discursivo, propiciando reflexões gramaticais que sejam decorrentes de
necessidades específicas dos alunos, afim de que nas suas produções
expressem/construam sentidos com os textos.
Para isso, propõe-se um trabalho com vários gêneros discursivos,
em atividades diversificadas, como: análise lingüística, intertextualidade, aspectos
como coesão e coerência, elementos composicionais do gênero , finalidade, tema do
texto, aceitabilidade do texto, informatividade. O professor como mediador do
162
processo de ensino-aprendizagem abordará os temas através de textos diversos
que valorizem o conhecimento de mundo, experiências e vivências dos alunos, além
de organizá-los didaticamente partindo do gênero textual como conteúdo básico da
disciplina de LEM, ou seja, a didática da leitura, na qual o aluno será instigado a
caracterizar o gênero de estudo e reconhecê-lo na sociedade tendo a principio a
necessidade de interação através da escrita ou oralidade, bem como conhecer e
discutir as propriedades discursivas: temáticas, estilísticas; análise lingüística:
recursos gramaticais, composicionais do gênero selecionado. Quanto à didática da
produção escrita o professor poderá planejar a produção e coletar informações
para a primeira versão da escrita do texto, revisando e reescrevendo o texto
produzido em conjunto e, na produção final procurar aproximar os gêneros que
circulam na sociedade. Na didática da divulgação ao público, aluno e professor
poderão escolher e indicar o meio para circulação do gênero produzido fora da sala
de aula na escola.
As atividades serão propostas aos mesmos por meio de pesquisa
bibliográfica, internet, entrevistas, discussões a respeito dos temas abordados,
produções textuais, entre outros, e deverão ser desenvolvidas em três etapas: pré-
leitura, leitura e pós leitura. Também será oportuno explorar ao máximo os
recursos tecnológicos, audiovisuais disponíveis em cada escola.
Portanto, entende-se que, no processo ensino-aprendizagem de
uma língua estrangeira, cabe ao professor criar condições para que o aluno reflita
sobre a importância de se aprender outra língua e que o conhecimento de outra
cultura colabora para a elaboração da consciência da própria identidade. Espera-se,
com isso, que os alunos tornem-se leitores críticos, percebam-se como sujeitos
históricos e socialmente constituídos, capazes de transformarem sua realidade e o
meio no qual estão inseridos.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de LEM está relacionada à
concepção de língua e aos objetivos do seu ensino favorecendo a coerência entre
avaliação, concepção de língua e objetivos de ensino e o processo de ensino-
aprendizagem. Para cumprir seu verdadeiro significado, a avaliação assume a
163
função de subsidiar a sua construção, deixando de ser utilizada como um recurso de
autoridade do professor, que decide sobre os destinos do educando, mas assumindo
o papel de auxiliar em seu crescimento. Entretanto, a participação dos alunos no
decorrer de sua aprendizagem e avaliação, a negociação sobre o que seria mais
representativo do percurso percorrido e a consciência sobre as etapas do seu
caminhar, representam ganhos inegáveis ao trabalho docente.
O aluno envolvido no processo de avaliação, sendo construtor
do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como:
fornecimento de um retorno sobre o seu desempenho, entendimento do “erro”
através de explicações identificando a dificuldade, planejando e propondo outros
encaminhamentos que visem superar suas dificuldades.
Além das considerações aqui apresentadas que evidenciam a
avaliação processual, é importante considerar na prática pedagógica que não
podemos dar uma única avaliação, a mesma será diagnóstica, formativa, contínua,
cumulativa, permanente e, será realizada através de trabalhos orais/escritos, testes,
seminários, atividades diversificadas, debates, avaliação da aprendizagem escrita
referente aos conteúdos básicos da disciplina de LEM, avaliação da aprendizagem
oral de conhecimento da forma estândard da língua de estudo, bem como o
conhecimento e a valorização das variantes lingüísticas a partir dos conteúdos
básicos da disciplina de LEM, atividades extraclasse entre outros.
De acordo com a Proposta Político Pedagógica de nossa instituição
de ensino a avaliação deverá ser realizada bimestralmente numa ação provocativa,
que desafie o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular e reformular
hipóteses, encaminhando-se a um saber enriquecido. O professor deverá manter um
diálogo franco e maduro com os alunos, para uma reflexão conjunta sobre o objeto
do conhecimento. Isto exige um aprofundamento pedagógico e uma teoria de
conhecimento nas diferentes áreas do saber. O professor deverá acompanhar as
ações dos educandos e estar sempre junto para observar, registrar resultados,
favorecer o “vir a ser”, desenvolvendo ações educativas que possibilitem novas
descobertas.
A avaliação desta forma, visa a inclusão e a análise do aluno como
um todo e não o enfoque quantitativo classificatório.
164
Na avaliação do aproveitamento dos alunos do CELEM, deverão
preponderar os aspectos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a
multidisciplinaridade dos conteúdos, registradas de forma qualitativa e entregue ao
aluno Bimestralmente.
As atividades de avaliação serão diversificadas, em classe e
extraclasse, a partir das quais o professor realizará os registros sistematizados, que
orientarão o planejamento e indicarão se os objetivos foram alcançados.
Os instrumentos de observação serão elaborados conforme a
necessidade, respeitando a garantia de autonomia da escola, e subsidiarão
bimestralmente a comunicação aos pais ou responsáveis pelo aluno. Estas
informações serão apresentadas através de boletins bimestrais, onde serão
disponibilizadas as notas e faltas dos alunos.
Para o momento da entrega de boletins, os pais serão convocados a
comparecer à escola, para que além de recebê-lo, possa também ter acesso a ficha
individual do aluno, com informações adicionais, referentes ao seu desempenho em
sala de aula, e também para que possa conversar com o professor de seu filho.
Ao final de cada ano letivo, será analisado pelo coletivo da escola, o
aproveitamento do aluno, sendo considerado aprovado o aluno freqüência mínima
de 75% do total da carga horária, e média anual igual ou superior a 6,0, resultante
da média ponderada dos bimestres, nas respectivas disciplinas como se segue:
M.A.= (1º B X 2) + (2º B X 2) + (3º B X 3) + (4º B X 3) = 6,0
10
Para o ano de 2011 haverá alteração na fórmula de média
ponderada para média aritmética, conforme explicitado no capítulo, específico, da
avaliação neste documento.
O aluno que, após todas as Práticas Pedagógicas adequadas à
Proposta Curricular do Ensino do CELEM, não alcançar a média e freqüência
mínimas, será analisado através de um Conselho de Classe Final, que avaliará toda
a situação escolar do aluno, verificando os motivos que o levaram a este resultado, e
a partir destas informações decidirá se o aluno estará apto para freqüentar a série
seguinte.
165
Se a escola tem assumido seu papel político e ético no processo
educativo, como então conceber o processo de avaliação como algo apenas
quantitativo?
Com base nesta “nova” cara da escola, o processo de avaliação
também precisa ser reestruturado. Não é mais concebível uma prática avaliativa
marcada pela ênfase dada à atribuição de notas.
Conforme descrito na LDB (1996), Art. 24. Inciso V,
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
O sistema de avaliação adotado pela escola deve permitir ao
professor analisar, rever e tomar decisões sobre os encaminhamentos, os conteúdos
trabalhados, de forma a possibilitar a adequação necessária para atingir os marcos e
metas propostas.
A Recuperação de Estudos, em conformidade com esta Lei,
constituirá um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar as
dificuldades dos alunos, e ocorrerá concomitantemente ao período letivo.
O professor, a cada conteúdo trabalhado, procedendo à avaliação e
constatando a não apropriação dos conteúdos por parte de alunos, deverá promover
uma nova oportunidade de aprendizagem enfocando a dificuldade apontada pelos
alunos a partir de instrumentos avaliativos (provas, trabalhos em grupo ou individual,
pesquisas, etc.) buscando metodologias diferenciadas a fim de que esses alunos
possam passar por esse processo com êxito.
Para tanto, conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-
pragmáticos são elementos indispensáveis, integrados e deverão estar presentes
em todas as atividades das aulas de língua estrangeira.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9394de 20 d dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec,1998.
166
_______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BRONCKART, Jean Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um
interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 2003. Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/conteudos_basico
s/lem.pdf. Acesso em 24 set 2008.
Ensino de língua Estrangeira: revisitando fins educacionais. Anais XI EPLE, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra S/A, 2001.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MARCUSCHI, L. A. Oralidade e o ensino de Língua: uma Questão Pouco “Falada”. In: DIONÍSIO, A. P. ; BEZERRA, M. A. O livro didático de português: múltiplos
olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais: língua estrangeira moderna.
Curitiba, 2009
SCHNEWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim et al. Gêneros orais e escritos na escola.
Campinas: mercado das Letras, 2004.
VYGOTSKY, L. S. Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
167
APÊNDICES
168
APÊNDICE A - CALENDÁRIO ESCOLAR E DO CELEM– 2010
169
Apêndice B – PROGRAMA VIVA ESCOLA
1 OFICINA JORNAL ESCOLAR
1.1 Justificativa
O jornal tem quatro séculos de existência e é o mais antigo meio de
comunicação que continua a ser usado por milhões de pessoas. Também não se
pode negar sua considerável influência obre a formação cultural e política da
sociedade e a variedade de assuntos que ele aborda. Daí a implicação de criar um
jornal escolar. Através desse trabalho, não só estaremos despertando o senso
crítico do aluno, como também a interação com as outras disciplinas, com a
participação de todos os alunos, comunidade e professores da escola.
O domínio da língua oral e escrita é fundamental para participação
social efetiva. Por meio dela a pessoa se comunica e tem acesso à informação,
expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz
conhecimento.
Cabe, portanto, a nós enquanto escola, viabilizar o acesso do aluno
ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar, produzi-los e a interpretá-
los. Isso inclui os textos de diferentes disciplinas com as quais o aluno se defronta
no cotidiano escolar. Portanto o jornal escolar funcionará como um meio facilitador
que viabilizará o uso de diversas mídias existentes em nosso meio.
1.2 Conteúdos
Informações cotidianas, semanais ou quinzenais sobre:
Valorização da escola
Qualidade de vida
Prevenção à drogadição
Meio ambiente
Copa do mundo
Sexualidade
Formação ética
170
.Outros
1.3 Objetivos
Levar os alunos participantes da oficina de Jornal Escolar a
desenvolver a habilidade para a elaboração de um meio de circulação de
informações passível de atingir um grande volume de pessoas.
Tornar os educandos responsáveis pela veracidade e pertinência
das informações e opiniões expressas nesse instrumento de mídia, bem como pela
repercussão das mesmas.
Oportunizar aos alunos participantes a aquisição de conhecimentos
úteis ao seu desenvolvimento sócio-cultural, político, ético e científico estimulando a
formação crítica, a reflexão e a elaboração de conceitos que sirvam de referencial
para a percepção da realidade.
Incentivar os alunos a uma melhora da produção textual,
trabalhando os diversos tipos de notícia.
Estimular o desenvolvimento do senso crítico frente ao que é
apresentado pelos meios de comunicação.
Intensificar os laços entre escola e comunidade.
Levar para a sala de aula discussões sobre temas sociais atuais.
Ler e analisar a grande variedade de textos.
1.4 Encaminhamentos Metodológicos
A metodologia utilizada para desenvolver este projeto consistirá
inicialmente em apresentar os objetivos do projeto aos alunos inscritos no projeto,
bem como esclarecer dúvidas que possam surgir. Este projeto será desenvolvido
entre os meses de fevereiro à novembro será dividido da seguinte forma:
Aulas de exposição de referências teóricas por parte dos professores,
Oficinas com o manuseio de meios de pesquisa, de informações, jornais on line,
jornais impressos, revistas, periódicos e informativos,
Produção de textos informativos por parte dos alunos.
171
1.5 Infra Estrutura
Este projeto Jornal Escolar será desenvolvido nas dependências da
Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá - Sala de Informática.
1.6 Resultados Esperados
Espera-se que ao final deste Projeto os alunos compreendam a
importância do do Jornal no seu ambiente, que aprendam a desenvolver habilidades
de pesquisa, investigação, criticidade bem como na estimulação de ações
pertinentes ao projeto que será desenvolvido.
1.7 Critérios de participação
Participarão do projeto alunos de 7ª e 8ª série que se interessarem
pela temática, os mesmos farão a inscrição e, posteriormente, serão entrevistados,
sendo verificada a disponibilidade para participação no horário vespertino.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial 2003. BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel
Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
________. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. BRAIT, Beth. PCNs, gêneros e ensino de língua: faces discursivas da textualidade. In: ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os
PCN. São Paulo: Mercado de Letras, 2000, p.20.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUACAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ (DCEs).
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. NEVES, Maria Helena Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na
Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.
172
2 PROJETO RÁDIO NA ESCOLA
2.1 Justificativa
É sabido que o rádio tem sido escolhido com freqüência como um
recurso privilegiado no processo educativo. Algo que pode parecer até fora de moda,
diante do avanço das tecnologias digitais que trouxeram o computador e a Internet
par dentro da Escola. A paixão pelo rádio se explica pela descoberta de que a
linguagem tem sido capaz de facilitar o ideal de muitos educadores de construir um
processo educativo a partir do lugar onde os estudantes se encontram.
O rádio vem se convertendo num ativo recurso tecnológico, capaz
de resgatar e valorizar a voz dos membros da comunidade e suas formas de
articular o pensamento e expressar emoções, independentemente das condições
sociais, econômicas e culturais dos sujeitos (professores, jovens aprendizes,
agentes culturais, etc.) envolvidos no processo de formação.
Sob esta perspectiva e diante do desafio de inserir o rádio no âmbito
escolar esta Instituição escolheu esta oficina com o intuito, justamente, de incentivar
a linguagem radiofônica em sua prática educativa por acreditar que este será um
grande recurso de comunicação de grande valia, além de buscar o desenvolvimento
de produções literárias dos alunos aliadas a esta mídia.
2.2 Conteúdos
Aspectos históricos, socioculturais e tecnológicos do Rádio e a Educação
Categorias de Rádios.
O Rádio como prática educativa
O Rádio na Escola
Projetos
Ecologia Sonora: abordagem necessária
Categorias de Rádio
Literatura no Rádio
173
2.3 Objetivos
Discutir o papel do rádio e sua integração com outros meios tecnológicos em
âmbito escolar.
Compreender o panorama da radiodifusão na relação com a educação,
Identificar projetos educativos e educomunicativos que uti lizem a linguagem
radiofônica em seus aspectos históricos, socioculturais e tecnológicos,
Vivenciar os conceitos de ecologia sonora e percepção sonora.
Trabalhar com textos de gêneros dramáticos;
Traduzir em palavras as emoções, frustrações e emoções humanas na cadência
dos acontecimentos..
2.4 Encaminhamentos Metodológicos
Metodologia utilizada para desenvolver este projeto consistirá
inicialmente em apresentar os objetivos do projeto aos alunos inscritos no projeto,
bem como esclarecer dúvidas que possam surgir. Este projeto será desenvolvido
entre os meses de fevereiro à novembro será dividido da seguinte forma:
A)Aspectos históricos, socioculturais e tecnológicos do Rádio e a
Educação;
B) Categorias de Rádios;
C) O Rádio como prática educativa;
D) O Rádio na Escola;
E) .Projetos
F) Ecologia Sonora: abordagem necessária
G) Categorias de Rádio
H) Entrevista, pesquisa de campo
I) Transcrição e análise dos dados coletados, análise do som
j) Trabalhar a oralidade despertando o aluno a questão da variação
linguística.
174
2.5 Infraestrutura
Este projeto rádio escola será desenvolvido nas dependências da
Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivã - Sala de Informática
Sala de aula mais materiais como: papel sulfite, rádio reprodutor de
CDs, MP3 e entrada de USB, cola branca, fita adesiva larga, transparente e fita
crepe.
2.6 Resultados Esperados
Espera-se que ao final deste Projeto os alunos compreendam a
importância do Rádio no seu ambiente, bem como a importãncia dos genêros
textuais e sua especificidade. Aprendendo a resgatar valores e a valorizar os meios
de comunicação existentes, através da pesquisa, investigação, reflexão, criticidade,
criatividade e produção. Enfim, reconhecer o significado da palavra através da
sensação, percepção e não só através de símbolos visuais.
2.7 Critérios de Participação
Participarão do projeto alunos de 7ª e 8ª série que se interessarem
pela temática, os mesmos farão a inscrição e, posteriormente, serão entrevistados,
sendo verificada a disponibilidade para participação das oficinas no horário
vespertino.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial 2003.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
________. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. BRAIT, Beth. PCNs, gêneros e ensino de língua: faces discursivas da textualidade.
In: ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCN. São Paulo: Mercado de Letras, 2000, p.20.
175
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba, 2009. FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua
organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
NEVES, Maria Helena Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.
176
3. PROJETO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS
3.1 Justificativa
Em virtude da rapidez do avanço das tecnologias e o grande número
de informações que hoje todos nos sofremos, faz se necessário dinamizar a prática
escolar. Para tanto no caso específico da disciplina de ciências, oportunizar através
do projeto “laboratório de ciências” aos nossos educandos, a oportunidade de
permanecer, diariamente, por mais tempo em contato com o ambiente escolar
aplicando na prática a teoria estudada durante as aulas. Desta forma permitirá um
aprendizado mais contextualizado e atraente onde levará o educando a
compreender os aspectos biológicos e sociais do ser humano e do meio ambiente
no qual está inserido, na expectativa de que o mesmo construa uma consciência
crítica quanto ao compromisso do ser humano na preservação da natureza e no
desenvolvimento sustentável do planeta.
3.2 Conteúdos
Fenômenos da natureza
Reciclagem de materiais (sustentabilidade)
Biodiversidade
Energia
Matéria
3.3 Objetivos
Levar o aluno a ter o conhecimento científico para ampliar a
capacidade de compreensão e atuação do indivíduo no mundo.
Conhecer os fenômenos da natureza, estudar as suas consequências,
desenvolvendo hábitos mais saudáveis e conscientes em relação ao seu meio
ambiente.
Reconhecer a importância da organização dos procedimentos
experimentais como etapa significativa do trabalho da pesquisa científica;
177
Manusear os instrumentos laboratoriais adequadamente;
Construir materiais que evidenciem a teoria/ prática de acordo com a
aplicação cotidiana;
Desenvolver o espírito de tolerância e de convivência com pessoas que
tenham opiniões divergentes (equipe);
Desenvolver a capacidade e buscar informações em diferentes meios
de armazenagem de dados.
3.4 Encaminhamentos Metodológicos
O conteúdo específico de Ciências deve estabelecer relações
interdisciplinares e que sejam abordados à partir dos contextos tecnológico, social,
cultural, ético e político que os envolve.
O professor deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos para assegurar a interatividade no processo ensino-
aprendizagem.
Esses recursos didáticos devem ser utilizados de forma que o aluno
reflita quanto aos objetivos, tomando medidas práticas para que tenha não apenas
quantidades, mas também qualidades de conteúdos modificando, assim, suas
práticas.
A aplicação do conteúdo teórico deve utilizar o conhecimento prévio
do aluno e através da associação do conhecimento científico, levá-lo a
transformação da sua prática anterior.
Portanto, pretende-se utilizar o Laboratório de ciências como espaço
contínuo de construção e aprendizagem do conhecimento, através do manuseio dos
equipamentos para experimentos possíveis, e também utilizar outros meios que
venham a contribuir para um resultado mais completo como o laboratório de
informática , pesquisa de campo e outros meios possíveis.
3.5 Infraestrutura
Laboratório de ciências
Recursos materiais: sistema muscular
178
Estação meteorológica
Microscópio
Balança de bancada
Lupas
Binóculos
Relógio de sol
Apontador a laser
Quadro de giz
Papel sulfite
Laboratório de informática
3.6 Resultados Esperados
Tornar o aluno capaz de realizar experimentos básicos no
laboratório.
Criar um pensamento pesquisador.
Aplicar seus conhecimentos no dia a dia tornando-se um agente
transformador, consciente e responsável pelo futuro do planeta.
Enfim, que o aluno compreenda o mundo em que vive, o uso de
novas tecnologias, e em sua maneira de planejar, definir metas e resolver em grupos
situações – problemas com a utilização de estratégias e métodos.
3.7 Critérios de Participação
Participarão do projeto alunos de 7ª e 8ª série que se interessarem
pela temática. Os mesmos farão a inscrição e, posteriormente, serão entrevistados,
sendo verificada a disponibilidade para participação das oficinas no horário
vespertino.
REFERÊNCIAS
GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo . Ciências Novo Pensar, Edição Renovada: Projeto Araribá Componentes Curriculares. Editora Moderna.
179
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências
para o Ensino Fundamental. 2008.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências, Ensino Fundamental. ED. Positivo.
OBS: Este “Plano de Trabalho” é flexível. Será adaptado conforme necessidades, no
decorrer do ano letivo (2010).
180
Apêndice C – PROGRAMA SALA DE APOIO
Este estabelecimento de ensino aderiu ao programa denominado
“Sala de Apoio à Aprendizagem”, de acordo com a resolução 371/2008, art. 1º, da
Secretaria da Educação do Estado do Paraná, para atender alunos de 5ª série
do Ensino Fundamental que apresentam dificuldades de aprendizagem com o
objetivo de diminuir os índices de reprovação e evasão nesta série.
O objetivo principal da salas de apoio é o enfrentamento das
dificuldades apresentadas pelos alunos, com relação à aprendizagem de Língua
Portuguesa (oralidade, leitura, escrita) e Matemática (formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares). A instrução nº 022/2008-
SUED/SEED aborda a função de cada profissional responsável pelo funcionamento
das Salas de Apoio. Aos professores regentes compete o trabalho de diagnosticar
as dificuldades dos alunos e encaminhá-los, enquanto aos professores da sala
de apoio compete elaborar e desenvolver o plano de trabalho, além de
registrar os documentos relativos aos alunos, participar de conselho de classe e
ajudar a decidir sobre a permanência ou não do aluno na sala de apoio.
Os documentos que instruíram e regulamentaram a criação das
Salas de Apoio à Aprendizagem foram a LDBEN Nº 9.394/96, com o princípio
de flexibilidade, referente à função do sistema de ensino de criar condições
favoráveis para que o direito do aluno à aprendizagem seja garantido, o
Parecer CNE Nº 04/98, a deliberação Nº 007/99 -CEE e a Resolução
Secretarial Nº 371/2008. Segundo a instrução Nº 022/2008 existem alguns critérios
para a abertura e organização das Salas de Apoio: destinam-se às disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática, são oferecidas na proporção de uma sala de
apoio para cada duas turmas de 5ª série, quatro horas semanais por disciplina,
uma hora atividade para o professor e sua oferta deverá ser para no máximo 15
alunos, no turno contrário ao qual os alunos estão matriculados.
181
APÊNDICE D - PLANOS DE AÇÃO INTER E MULTIDISCIPLINAR
1 INCLUSÃO, RESGATE E VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRICANA E AFRO-
BRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR
1.1 JUSTIFICATIVA
No contexto atual, é inegável que as disciplinas presentes na grade
curricular da escola cumpram seu papel na construção da cidadania, através da
interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento. Sendo assim, o presente
projeto vem contribuir para que a escola; enquanto instituição pública; inclua
mecanismos e práticas pedagógicas que visem atender os elementos necessários
quanto ao cumprimento da Lei 10.639 de 09/01/2003, que vem ressarcir os
descendentes de africanos negros dos danos psicológicos, materiais, sociais,
políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista, bem como o combate ao
racismo e toda a ação discriminatória.
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA
A questão da problematização é um processo constante que dificulta
a universalização do ensino quanto a falta de determinados temas (conteúdos) no
currículo escolar.
Após um levantamento criterioso sobre as relações étnicos-raciais
nos estabelecimentos de ensino, detectou-se um conjunto de fatores indicativos que
levam ao desencadeamento dessa problematização. Pode-se evidenciar alguns
deles numa ordem sistêmica, como a vinculação do racismo, preconceito e
discriminação no contexto histórico, social e econômico, a falta de universidades
especializadas na formação de profissionais, levando a ausência de um perfil claro e
objetivo do mesmo, o si lêncio teórico identificado na insuficiência de material
didático e de metodologia, desvinculação do tema entre as disciplinas, construção e
uso de estereótipos presentes no processo de socialização dos alunos reproduzido
na escola.
Este conjunto de dilemas multifacetados, leva-nos a refletir sobre o
acontecimento de um grande fator de risco social e pede-nos urgência na
182
construção e estruturação de critérios coletivos e individuais, que norteiem uma
prática social geradora de uma culturalização igualitária e mais humana.
1.3 OBJETIVOS
Os principais objetivos que se espera alcançar com a realização
deste plano de ação são:
Valorizar o ponto de vista dos grupos sociais para a
compreensão dos processos culturais envolvidos na formação da
população brasileira;
Levantar, analisar e valorizar a contribuição das diversas
heranças étnicas culturais como mecanismo de resistência ante
as políticas explicitas de homogeneização da população havidas
no passado;
Obter os mecanismos indispensáveis para o conhecimento de
um Brasil fortemente marcado pela cultura africana, na
expectativa da mentalidade preconceituosa;
Conhecer a história e a geografia da África;
Reconhecer a constante presença da marca africana na
literatura, na música, na criatividade, na forma de viver, de
pensar, de andar, de dançar, de falar e de festejar a vida;
Conhecer a história do Brasil contada sobre a perspectiva do
negro, com exemplos na política, na economia e na sociedade
em geral;
Repensar, criar e selecionar material didático que estimule o
espírito crítico, adotando uma postura progressista que valorize e
contemple as relações étnico-raciais;
Estimular o senso da equidade, desde a educação infantil para a
formação de indivíduos éticos e críticos.
1.4 EMBASAMENTO TEÓRICO
O propósito do nosso trabalho vem de encontro com o texto da
autora Ana Lúcia Lopes, quando se refere que não é a escolha dos textos que pode
183
escorregar pela via do preconceito, mas, sobretudo, na abordagem, na escolha de
materiais, no cuidado com a construção dos argumentos, no grau de conhecimento
sobre o assunto ensinado, na resistência às situações cotidianas em que o
preconceito se expressa; tanto na sala de aula como nos outros espaços e
momentos escolares.
Existe a urgente necessidade de um processo de humanização nas
práticas pedagógicas. As formas de relacionamento e de resolução de problemas
estão muito "frias", mecânicas e desumanizadas. O resgate da humanização nas
práticas é fundamental para uma educação escolar progressista e transformadora.
Consideramos, a partir das leituras do material de Educação
Africanidades Brasil, que a prática docente deve ser formadora, ética e norteada da
serenidade dos seus agentes. Para tanto, como registro no Projeto Político
Pedagógico da escola, faz-se necessária respeitar a individualidade de cada um e
selecionar material didático que estimule o senso crítico do educando.
Precisa, o Brasil, país multi-étnico e pluricultural, de organizações
escolares em que todos se vejam incluídos, em que lhes seja garantido o direito de
aprender e de aplicar conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao
grupo étnico/racial a que pertencem e adotar costumes, idéias e comportamentos
que lhes são adversos. Estes, certamente, serão indicadores da qualidade da
educação que estará sendo oferecida pelos estabelecimentos de ensino de
diferentes níveis.”(DCEs, 2009, p. 18).
Cabe, portanto à escola, propiciar situações e ambiente que
favoreçam e contemple a interatividade entre as várias culturas, para o
enriquecimento no processo ensino-aprendizagem.
1.5 METODOLOGIA
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares para a Educação
das Relações Étnico-Raciais para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira;
ministrada em todo o currículo escolar propõe que as atividades não sejam
trabalhadas em momentos comemorativos de forma fragmentada, e sim, inserida ao
conteúdo curricular de todas as disciplinas com aspectos de total igualdade,
respeitando e valorizando a pluralidade dos povos que formam nossa matriz
colonizadora.
184
A interdisciplinaridade se dará na Escola Estadual Monsenhor
Josemaría Escrivá – Ensino Fundamental e vem sugerir como proposta pedagógica
as seguintes práticas:
Língua Portuguesa: contemplará autores, escritores,
compositores e pintores da nossa literatura que fazem menção à
negros, mulatos e brancos, visando a exclusão de estereótipos
étnico-raciais e resgatando a valorização do ser humano;
Matemática: pesquisas, coleta de dados e informações
estatísticas de fatos relevantes envolvendo fatores econômicos e
sociais do continente africano;
História: pesquisa da origem dos afro-descendentes e sua
contribuição sócio-cultural;
Geografia: localização e posição geográfica e aspectos
geopolíticos;
Ciências: características físicas do ser humano;
Língua Inglesa: influência da colonização inglesa e americana
(língua e costumes);
Educação Física: contribuição africana no esporte e na dança;
Arte: influência da cultura negra na arte e expressão;
Ensino Religioso: valorização da equidade entre raças (história
da religião).
1.6 RECURSOS
Livros Didáticos;
Fitas de Vídeos;
Internet;
Biblioteca.
185
1.7 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é um processo constante e deve ser
feito a partir da observação do desempenho, interesse e da participação do aluno
nas atividades propostas, mediante critérios pré-estabelecidos pelo professor.
Neste momento, torna-se então mais relevantes às individualidades
e interações sociais desenvolvidas, do que propriamente a correção classificatória.
Será, portanto, usado os seguintes critérios:
Estimular o senso da equidade, desde a educação infantil para a
formação de indivíduos éticos e críticos;
Empenho na execução das atividades (dentro e fora da sala de
aula);
Auto-avaliação a partir de critérios estabelecidos coletivamente;
Avaliação dissertativa, ressaltando a reflexão crítica;
Produção de texto verbal e extra verbal referente ao tema;
Auto-avaliação das reflexões/discussões;
Após elencarmos uma proposta curricular suscetível a discussões,
reflexões e mudanças a serem inseridas na realimentação oportuna no Projeto
Político Pedagógico, propõe-se que haja uma interação satisfatória entre a equipe
pedagógica, corpo docente, discente e comunidade escolar no processo ensino-
aprendizagem.
1.8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
O desenvolvimento do projeto se dará no decorrer do ano leti vo, e
sua socialização acontecerá no mês de novembro.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2009.
DVD TV ESCOLA - Secretaria da Educação à distância. Salto para o futuro - disco
49. Repertório Afro-brasileiro na escola, parte I.
186
DVD TV ESCOLA - Secretaria da Educação à distância. Salto para o futuro - disco
50. Repertório Afro-brasileiro na escola, parte II. HOLANDA, Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. Livraria José Olímpio
Editora. 17ª edição. Rio de Janeiro, 1984.
SEGUNDA CONFERENCIA NACIONAL INFANTO – JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE, VIVENDO A DIVERSIDADE NA ESCOLA. Ministério da Educação e
Ministério do Meio Ambiente, Brasília - DF, 2005.
187
2 PRODUÇÃO DE CRÔNICAS DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR
JOSEMARÍA ESCRIVÁ - COLHENDO CRÔNICAS NO INVERNO PRIMAVERA
A Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá considerando a
necessidade de estimular e de criar maior aceso à área literária, junto com a
oportunidade de divulgar e despertar novos valores poéticos, bem como reconhecer
os valores já existentes, resolve promover, a Produção de um Livro de Crônicas.
2.1Justificativa
Cientes da importância fundamental da literatura na formação do
cidadão moderno, atuante e informado, estamos realizando a terceira edição do
concurso de Poesia da Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivá.
2.2 Objetivo
O concurso de poesia da Escola Estadual Monsenhor Josemaría
Escrivá apresenta como objetivo manter viva, entre os jovens, a chama da
transcendência e da investigação existencial provocada pelo exercício da poesia.
Acreditamos que a compreensão do contexto universal se dá de forma mais
completa para quem possui vivência ampla com a literatura.
2.3 Categorias
Juvenil: para alunos regularmente matriculados nas 8ªs séries do
ensino fundamental.
Resultado: Os trabalhos produzidos serão avaliados pela docente
de Língua Portuguesa das 8ªs séries e, após re facção pelos alunos, as produções
serão encaminhadas para encadernação.
2.4 Das Condições Gerais
Critérios de avaliação: obediência à Língua Portuguesa,
originalidade, criatividade e imagens.
188
3 SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO - CONSTRUINDO PIPAS E EMPINANDO COM
SEGURANÇA
3.1 Justificativa
A ideia não é proibir o uso de pipas, mas aproveitá-la para trabalhar
as disciplinas de arte e matemática, estética e pensamento espacial. O ato de
construir a pipa, objetiva que o adolescente exercite a criatividade, a técnica de
construir estruturas simétricas e desenvolva conceitos matemáticos que estão
presentes nessa atividade.
O estudo da geometria que esteve abandonado por anos, torna -se
atraente e mais significativo, ao ser estudado através desse brinquedo.
Sabemos que não é possível esgotar o conteúdo geométrico
somente construindo as pipas, mas esse trabalho auxi lia o aluno a desenvolver as
ideias conceituadas na geometria, amenizando a dicotomia teoria/prática, tão
presente no ensino da matemática.
Trabalhando também a segurança no ato empinar pipas, sem a
utilização do cerol, pois este pode ser fatal.
3.2 Objetivos
Propiciar o aprofundamento de alguns conteúdos de geometria, tendo por base a
construção de pipas.
Explorar os conteúdos de geometria na construção de pipas.
Trabalhar com as medidas necessárias para a construção de pipas.
Empinar pipas com segurança e refletir sobre as conseqüências do uso do cerol.
3.4 Metodologia
Os conteúdos serão trabalhados segundo uma perspectiva
histórica, sem deixar de trabalhar a lógica de sua elaboração.
Finalmente serão confeccionadas pipas como forma de colocar na
prática tudo o que foi aprendido na teoria.
189
3.5 Cronograma
Geralmente a Semana da Pátria é escolhida para se confeccionar as
pipas por todas as turmas dos dois períodos da escola.
3.6 Resultados esperados
Além do conteúdo da geometria, estímulo à criatividade; esperamos
conscientizar nossos alunos quanto ao perigo de se usar cerol nas linhas de pipas.
Demonstrar que se pode brincar de forma prazerosa sem colocar em risco a vida
deles e também das outras pessoas.
190
4 SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO - MEIO AMBIENTE E A LITERATURA
4.1 Justificativa
Preocupados com a atual situação mundial em que vivemos
relacionado com o meio ambiente, resolvemos desenvolver esse projeto para
conscientizar nossos alunos da importância e necessidade de se preservar o meio
ambiente começando pela água.
4.2 Objetivos
Conscientizar nossos alunos da importância e necessidade de
preservar a natureza através dos cuidados da água.
Despertar e estimular a consciência dos alunos sobre a importância
da água como um bem público universal.
4.3 Metodologia
Debates com os alunos através de grupo de estudo sobre o tema
“água”; Filme mostrando o atual momento em que vive o meio ambiente/água;
concurso de redações, poemas e desenhos..
4.4 Cronograma das atividades
Outubro– Conscientização teórica – debates. Produção das
redações.
4.5 Resultados Esperados
Despertar o gosto pela leitura e escrita através de temas que dizem
respeito a natureza; despertar nos alunos a vontade de se envolver nas questões
ambientais e seus bairros; transformá-los em cidadãos críticos, defensores e
participativos em relação às questões ambientais.
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5 PLANOS DE AÇÃO DISCIPLINARES
5.1 Objetivo Geral
“Minimizar problemas disciplinares”.
Reforçando os comportamentos adequados, ao invés de só chamar
a atenção para os inadequados, mostraremos aos alunos que eles têm direitos, mas
que estes devem ser conquistados.
5.2 Objetivos específicos
Estabelecer um elo de integração entre professor x aluno x famílias.
Valorizar a importância da educação na formação do educando.
5.3 Metodologia
Trabalhar a individualidade do aluno dentro da sua problemática.
Oportunizar um relacionamento amigável entre professor e aluno.
Promover atividades extra-classe(jogos, chás, shows, promoções)
envolvendo família, alunos e professores.
Solicitar a presença da família, individualmente ou em reuniões para as
tomadas de decisões.
5.4 Avaliação
Verificar a frequência e o desempenho do aluno diariamente.
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6 PLANO DE AÇÃO II – Parcerias / Trabalho Voluntário
A importância do trabalho coletivo e da parceria como condição para
o desenvolvimento da educação e expressão da cidadania se evidencia na
observação da dinamização das escolas e melhoria da qualidade de seu ensino.
Com as parcerias e trabalho voluntário, o que se busca é a
mobilização em torno da educação, pelo oferecimento de tempo e talento, que se
constituem em valor muito maior do que o dinheiro que algumas vezes é também
oferecido, para o desenvolvimento de programas especiais.
Enquanto Escola, o que buscamos como formas de parcerias e de
trabalho voluntário pode assim se dividir:
Com membros da comunidade, mediante :
atuação como orientadores de aprendizagem dos alunos, em
matemática, ciências e leitura;
Auxílio em tarefas diversas da escola;
Tutora de alunos, para auxi liá-los em suas dificuldades
específicas de aprendizagem
Com as famílias, mediante:
maior atenção e acompanhamento à escolaridade dos alunos;
maior participação nas atividades da escola;
apoio à realização de atividades diversas ;
acompanhando e assessorando o trabalho escolar dos alunos,
em casa;
trocando idéias com os professores, a respeito do
desenvolvimento de seus filhos, de modo a que sejam conhecidas as
realidades familiar e escolar, por ambas as partes;
trazendo suas competências profissionais específicas para a
resolução de problemas escolares;
ajudando a atender a entrada dos alunos na escola;
supervisionando o recreio escolar;
apoiando a realização de atividades extra-classe;
193
ajudando na preparação da merenda escolar – a variação de
tempero torna o alimento mais atraente para os alunos;
auxiliando na organização e desenvolvimento de programas de
parceria;
participando em trabalho de reforço de aprendizagem, no turno
contrário.
Com Empresas e Organizações não governamentais, mediante:
doação de equipamentos de que a empresa possa dispor;
doação do tempo de trabalho de seus funcionários, como
mentores ou tutores de alunos, capacitadores de profissionais
ou assessores em projetos especiais;
doação de dinheiro para projetos especiais;
liberação de horas de trabalho do funcionário, para que possa
assistir a reuniões na escola
Com Clubes de Serviço, mediante:
Mobilização de seus membros para apoiarem as ações educacionais;
Com Igrejas, mediante:
O atendimento a alunos com dificuldades especiais, sem
contudo passar-lhes mensagem da sua doutrina religiosa;
A mobilização de seus fiéis, para apoiarem a escola e nela
trabalharem como voluntários;
Com Escolas Particulares e Faculdades e Universidades, mediante:
O atendimento a alunos com dificuldades de aprendizagem em
período de contra turno;
Apoio a atividades extra-classe;
O atendimento a alunos com dificuldades psicopedagógicas,
deficiências especiais como: D.A . , D.V, D.M.
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Adote um aluno com dificuldade: Alunos de escolas particulares
serão convidados a adotarem um aluno da rede estadual, para
darem aulas de reforço.
6.1 Avaliação
Sempre se deve avaliar o antes e o depois, a fim de se poder
identificar os benefícios da parceria e do trabalho voluntário.
A avaliação será um trabalho contínuo, de modo a identificar
resultados parciais, cuja divulgação ajuda a reforçar o processo e motivar os
envolvidos.
6.2 Considerações Finais
O entendimento de que a escola, para ser eficaz deve construir sua
autonomia no seu processo de decisão, em sua gestão como um todo, e pelo seu
compromisso com a efetivação de um currículo escolar rico de experiências para
seus alunos. Em vista disso, o desenvolvimento de parcerias com empresas, o
trabalho voluntário e a participação dos pais tornam-se uma condição sine qua non
para a democratização da escola e melhoria da qualidade do ensino.
“Mais importante que quantidade é o compromisso e a permanência
dos voluntários no alcance das metas propostas. A continuidade de um programa de
voluntariado depende das estratégias de reconhecimento e da contínua avaliação e
monitoramento das metas e objetivos do programa como um todo”.
195
7 PLANO DE AÇÃO I (relacionado com a comunidade):“Estimular a
Participação dos Pais na Vida Escolar dos Filhos”
7.1 Justificativa
Devido a problemas de indisciplina, desmotivação/desinteresse e
evasão e como consequência o baixo rendimento escolar, pretende -se verificar a
influência da família no processo ensino/aprendizagem do adolescente.
É sabido que a família é responsável pela educação informal
abrangendo os aspectos afetivo cognitivo e social. Dependendo da experiência
vivenciada em cada um dos aspectos acima citados resultará a educação formal
(escola).
Portanto, esta proposta visa estimular a participação dos pais na
vida escolar de seus filhos.
7.2 Objetivo geral
Buscar o envolvimento dos pais através de palestras com
psicólogos e professores ligados à saúde e educação, promovendo troca de
experiências e debates propiciando melhor entendimento sobre o desenvolvimento
dos filhos e a importância da escola a vida dos mesmos.
7.3 Metodologia
Constituição do “Clube dos Pais” uma tentativa de aproximar os pais
constituindo um grupo onde haverá discussão de vários temas, sugeridos pelos
próprios pais de acordo com suas necessidades.
Chamada individual dos pais para conscientização sobre a vida escolar
dos filhos, se não puderem vir a reunião de entrega coletiva de notas.
Visitas às classes para conscientização dos alunos a respeito dos seus
direitos em relação à atenção que merecem dos pais, induzindo-os a
insistirem na presença na escola, quando chamados.
196
Reunião com todos os elementos da comunidade escolar, todos os
funcionários, para se envolverem na observação e educação dos alunos,
auxiliando-os na prevenção dos possíveis problemas e em seguida
encaminhá-los à orientação quando ocorrerem.
Promoção de eventos festivos, culturais e esportivos para um melhor
entrosamento entre pais e a escola.
Valorizar a participação dos pais através do elogio, relação mais afetiva
com os mesmos.
197
8 GINCANA SÓCIO-CULTURAL E ESPORTIVA
8.1 Justificativa
Constitui-se como uma importante ocasião para que os alunos
tenham espaço e oportunidade para o desenvolvimento de atividades culturais,
artísticas e desportivas, possibilitando, com isso, capacitar o aluno no sentido de
descobrir e cultivar valores éticos e construtivos, exercitar o papel de liderança,
cultivar o respeito nas atividades desportivas, liberar e motivar a criatividade,
promover a integração e o relacionamento interpessoal entre direção, professores,
equipe pedagógica, funcionários, alunos, pais e comunidade.
8.2 Critério de Eficácia
Excelente oportunidade de exercitar as relações interpessoais e
entre todos os envolvidos na comunidade escolar.
8.3 Resultado
Positivo, pois esta ação dá abertura para participação e
envolvimento de toda comunidade escolar.
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9 PLANO DE AÇÃO MONITORIA/TUTORIA
9.1Justificativa
O plano de ação monitoria tem como objetivo principal, melhorar o
desempenho dos alunos através da interação entre os pares, no compartilhamento
de experiências, vivências cultural, lingüísticas e de conteúdo. Bem como,
possibilitar e promover a aprendizagem coorporativa, interdependência positiva entre
os membros da equipe, ou seja, alunos e professores, valorizando as contribuições
individuais e coletivas, entre outros aspectos do processo de ensino -aprendizagem.
9.2 Resultado
Acreditamos que numa sociedade democrática e sustentável,
ensinar e aprender com o outro, compartilhar e construir conhecimento será não
apenas uma boa maneira de aprender, mas também algo para o qual a escola terá
que preparar. Função nem sempre fácil, porém positiva.
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10 PLANO DE AÇÃO “A ESCOLA QUE QUEREMOS E VALORIZAMOS”
10.1 JUSTIFICATIVA
Trabalhar as questões de resgate de valores e respeito a cultura
com nossos alunos pode trazer resultados positivos, uma vez em que passam a
considerar as diferenças como algo presente e que não deve levar à exclusão.
Pois, educador e alunos devem ter valorizados seus conhecimentos
anteriores a respeito de pertencimento e valores humanos, buscando embasamento
em outras áreas como a sociologia e a antropologia. Para isso, o uso de recursos
como filmes, livros, danças e artes plásticas, produção textual que tragam
referências ao tema proposto, aumentariam a possibilidade da ampliação do foco
sobre a pluralidade das culturas em sala de aula e o respeito e valorização das
mesmas.
Portanto, professores e alunos, do período matutino e vespertino da
Escola Estadual Monsenhor Josemaría Escrivã – Ensino Fundamental passariam,
assim, a construir a partir dos estudos sobre valores e o respeito às diferentes
culturas, um novo currículo, “vivo”, embasado numa nova concepção de educação,
pautada no respeito e promoção da igualdade étnica, cultural e racial no espaço
escolar.
10.2 OBJETIVO GERAL
Trabalhar as questões relacionadas a cidadania dentro da
comunidade escolar e despertar no aluno o cuidado pelo ambiente escolar,
reconhecendo a escola como “a sua escola”, no intuito de promover a reflexão sobre
as diferentes etnias e características comuns ou não entre os variados grupos
humanos que povoam a nossa comunidade escolar.
10.2.1 Objetivos Específicos
Buscar alternativas de trabalho junto à comunidade escolar (alunos, pais,
professores e demais profissionais) para que se sensibilizem da necessidade
200
de resgatar valores de convivência harmônica e o retorno da valorização da
escola (normas, regras, cuidado e valorização dos espaços), e as relações
interpessoais que acontecem neste espaço, que refletirão em seu entorno
social.
10.3 METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos propostos pelo projeto optamos por
organizar primeiramente as atividades multidisciplinares em que os professores das
diversas áreas do conhecimento organizarão, juntamente com suas turmas, as
atividades a serem desenvolvidas. O projeto iniciará com um momento de
conscientização dos alunos sobre o espaço escolar, investigando o que os agrada e
os desagrada no espaço escolar.
Num segundo momento realizaremos um plebiscito sobre itens do
regimento interno como o uso de boné, por exemplo, sempre valorizando a
consciência, a criticidade e a cidadania, pois este é um momento único de tomada
de decisão que interferirá e até poderá alterar o regimento interno, ou seja, o aluno
ajudará a reelaborar tal regimento de forma democrática.
O cuidado com a escola também, estará permeando todo o
desenvolvimento do projeto, desde o mutirão para a limpeza, até o respeito e
cuidado com os trabalhos expostos.
Cada turma junto com um ou dois professores ficarão responsáveis
por uma sala, cuidando e decorando-a de modo que a sala fique com a “cara” da
disciplina que ela é ambiente.
Os corredores e o pátio será responsabilidade de todos. Os espaços
da escola poderão ser divididos por turma ou série, cada turma cuidará de seu
espaço no pátio, podendo inclusive trazer flores, plantas para melhorar estes
espaços.
Reorganização dos murais para divulgação: de obras literárias,
jornal escolar, espaço destinado à diversidade cultural, exposição de poesias,
frases, desenhos, entre outros.
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REFERÊNCIAS
ANJOS, Rafael Sanzio Araújo dos. Estrutura espacial do imperialismo, a independência política no século XX e o contexto geopolítico contemporâneo. Educação Africanidades Brasil. Texto p. 71
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROENÇA, M. C. e MANIQUE, A P. Didática da História. Lisboa: Texto
Editora.(1994)