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Coordenação: Ana Lúcia Tatsch (UNISINOS)
Pesquisador: Sérgio Wesner Viana (UNISINOS e IFRS)
Pesquisador Colaborador: Cláudio Farias (IFRS)
O caso do RS e do ASPIL
vitivinícola da Serra Gaúcha
Rio de Janeiro, 05 de julho de 2011
+APL vitivinícola da Serra Gaúcha
Cerca de 90% da produção nacional de vinhos está concentrada no RS, notadamente na Serra Gaúcha
Especialmente nos municípios deBento Gonçalves, Flores da Cunha, Farroupilha, Caxias do Sul, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, São Marcos e Antonio Prado
+A cultura/produção do vinho no RS pode ser dividida em 4 grandes momentos:
a) de 1875 a 1915 - produção de produtos da uva destinada ao consumo familiar e local;
b) a partir de 1915 - a inauguração da estrada de ferro permitiu o escoamento de produtos coloniais para as principais localidades do estado e do país;
c) as décadas de 60 e 70 foram marcadas pela entrada de empresas internacionais como Chandon, Maison Forestier, Martini, National Distillers, Chateau Lacave, Welch Foods (Suvalan), entre outras, na produção e comercialização de vinhos e sucos;
d) a partir dos anos 90, a tecnologia se disseminou, chegando até às pequenas vinícolas, que começaram a controlar as fermentações, a utilizar leveduras e enzimas e usar tanques de aço inoxidável, ampliando a qualidade e a competitividade das firmas gaúchas
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+Estrutura do APL
Quanto às empresas, três segmentos distintos:
Empresas com grande capacidade de produção, que atuam principalmente na produção de vinhos finos e espumantes grandes empresas de capital nacional
Pequenas vinícolas e cooperativas, porém responsáveis por mais de 50% da produção de vinhos do arranjo Grande parte se dedica à produção de vinhos comuns,
e apenas nos últimos anos têm iniciado a produção de vinhos finos
Pequenas cantinas familiares, que têm se especializado na produção de vinhos finos e conquistado nichos do mercado nacional
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Fomento: representação, promoção e apoio
Governo Estadual SEDAI: Apoio a SLPs/APLs Secretaria da Agricultura e Abastecimento do RS: EMATER
GTP – APL
+ Associação dos Produtores de Vinhos Finos do
Vale dos Vinhedos (APROVALE) congrega vinícolas que produzem vinhos finos
conta com 31 vinícolas associadas e 39 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, artesanatos, queijarias e outros
Associação dos Vinicultores de Garibaldi (AVIGA) que busca representar os produtores de Garibaldi
Central de Compras para os associados
União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA) Associação dos Produtores dos Altos Montes
(APROMONTES), Associação dos Produtores de Monte Belo (APROBELO), Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Associação dos Produtores de Vinhos de Montanha (ASPROVINHO), e Federação das Cooperativas Vinícolas (FECOVINHO) .....
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Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN)
importante papel na governança do APL 700 empresas participantes pertencentes aos
diversos elos da cadeia produtiva ações no sentido de ampliar a comercialização dos
vinhos nacionais no mercado interno, bem como fortalecer a imagem do vinho nacional nos mercados internacionais
em parceria com a APEX, lançou, em 2002, o consórcio “Wines From Brazil”, que conta com a participação de 38 vinícolas, sendo 34 delas localizadas no APL
ações de marketing através de outras campanhas institucionais, como: “Vinhos do Brasil, uma boa escolha” e "Abra e se abra. Abra sua cabeça, abra um vinho brasileiro"
+ Sebrae RS Sebrae Serra Gaúcha (Caxias do Sul e Bento Gonçalves)
tem importante papel no APL, ações desde 2005/2006
Programa Visão 2025: “diretrizes, metas e ações para o desenvolvimento do Setor Vitivinícola do RS”
Juntos para Competir com SENAR e FARSUL
Até 2009, os consultores do Sebrae atuaram em associações e com grupos de empresários.
Em 2010, há uma mudança na abordagem de atuação do Sebrae RS atuação junto às associações não é mais realizada e a figura do
consultor deixa de existir O foco são de fato as MPEs Nessa nova abordagem, foram construídas “trilhas de
capacitação”, nas quais os empresários participantes do APL capacitam-se em gestão.
+ Projeto Desenvolver a Fruticultura em Caxias do
Sul e Campestre da Serra duração de 2 anos objetivo geral aumentar a produção e comercialização
de frutas das propriedades rurais, através do desenvolvimento de ferramentas administrativas
Projeto Fortalecer o Setor Vitivinícola da Serra Gaúcha duração de 3 anos, tem como foco de ação a produção
de vinhos na Serra objetivos são: aumentar o volume de vendas e
promover a melhoria na qualidade dos produtos vitivinícolas
chamada pública, no formato de edital, para divulgar tal projeto e atrair as empresas para participar. Ao todo são 98 empresas participantes do projeto
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Ensinos, Pesquisa e Laboratórios
IFRS (Colégio de Viticultura e Enologia de Bento Gonçalves 1959 CEFET)
UCS
Embrapa Uva e Vinho
FEPAGRO
Laboratório de Referência Enológica (LAREN)
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Financiamento
A região conta com uma grande variedade de instituições
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal
BB Giro APL
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal linha de crédito: PROGER - Programa de Geração e Renda, com recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
No caso do APL de vinho, a linha mais utilizada é o PROGER turismo.
+Desafios, Oportunidades e Ações Agendas produtores: vinhos finos e espumantes, vinhos comuns, e produtores de uva
O setor vitivinícola tem sofrido com a pressão dos produtos importados Em 2010, foram importados 75 milhões de litros de vinhos
finos, o que representa 75% do comercializado no Brasil Mesmo com todo o investimento realizado visando
melhorar a qualidade nacional, a produção brasileira tem participação muito pequena no próprio mercado doméstico Isso se explica especialmente pelos preços dos vinhos importados
que são inferiores aos dos similares nacionais
+ Para a reversão desse quadro, não bastam os investimentos em
inovações tecnológicas, é também necessária uma política tributária mais adequada
O quesito qualidade hoje não interfere na hora do consumidor comprar um vinho nacional ou importado “nossos vinhos já estão com um padrão de qualidade muito
mais elevado que a dez anos atrás, porém o preço é um dos problemas que o setor ainda enfrenta”
O conjunto das tributações incidentes sobre o vinho brasileiro supera a 40% do preço ao consumidor, já nos principais países concorrentes - Argentina, Uruguai e Chile - este valor fica em torno de 20%
Cenário às empresas vinícolas brasileiras perda de capacidade competitiva, tanto para vender o produto nacional no exterior quanto para se manterem competitivas no próprio mercado interno
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Em que pese este cenário, o setor está investindo no aumento da qualidade dos vinhos e na promoção de indicações geográficas buscando a valorização do produto pelos valores territoriais e culturais
Inúmeras empresas (vitícolas e vinícolas) vêem investindo no incremento de seus negócios originais, indo para além da produção de uvas e vinhos agregando valor às suas marcas através de uma
série de produtos, tais como restaurantes, pousadas, hotéis, cosméticos etc.
Oportunidade do enoturismo serviços relativos
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Pesquisa tecnológica junto à produção da uva
Divulgação do vinho nacional
Falta de mão de obra
Capacitação enólogos produção familiar gestão empresarial serviços vinculados ao enoturismo
+sucos de uva
Em anos recentes, a agroindústria de suco conseguiu se destacar pela qualidade e singularidade do produto elaborado, conquistando também mercados internacionais exigentes
A demanda doméstica por suco de uva tem crescido Merenda escolar
Há atualmente um forte apelo, no mundo todo, pelo suco natural e orgânico; o que abre um importante nicho de atuação para as empresas do APL
+espumantes
Outro segmento que tem ganhado destaque é o de espumantes
Valorização da qualidade dos espumantes nacionais
A produção gaúcha tem sido completamente absorvida dada suas características e sua elevada qualidade
Em 2010, os espumantes brasileiros apresentaram aumento de 68,42% no volume exportado e 284,73% no valor dessas exportações