44
R$ 5,00 Balneário Camboriú • Ano 27 • Edição 1334 • www.pagina3.com.br AGO/2017

µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

R$ 5,00

Balneário Camboriú • Ano 27 • Edição 1334 • www.pagina3.com.br

AGO/2017

Page 2: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 2editorial

A temporada está aí, tem que correr de novoFaltam poucas semanas para novembro, quando começa a temporada de verão em Balneário Camboriú com a chegada dos estudantes estrangeiros, e dali em diante o movimento é crescente.

Este ano tem antecipação, porque entre 21 de novembro e 3 de janeiro chegarão seis navios de cruzeiro, trazendo à cida-de cerca de 20.000 visitantes.

Não estamos prontos, seja por carências históricas ou decorrentes de um gover-no novo, que passou seis meses tentan-do arrumar uma casa encontrada em lastimáveis condições administrativas.

Falta asfaltar diversas das principais vias tomadas por buracos.

É necessária uma solução rápida para o estacionamento rotativo e já se percebe que licitar não dá mais tempo, a prefei-tura terá que improvisar com os recur-sos que dispõe.

Água e esgoto parecem sob controle, a Emasa tem uma administração focada que elege prioridades com o verdadeiro espírito público.

Segurança, apesar do esforço das polí-cias, é um fator de grave preocupação porque a verdade que alguns não acei-tam admitir é que as pessoas estão sen-do assaltadas nas ruas à luz do sol.

Precisamos de mais policiais militares e civis, com a sociedade pressionando uma administração em Florianópolis que há duas décadas parece não enten-der que turismo de nenhuma espécie combina com bandidagem.

É provável que haja planos, porém se eles existem são desconhecidos em relação à festa de Réveillon; recepção de navios de cruzeiro e atividades artísticas e cultu-rais na temporada.

Essas coisas deveriam estar prontas, planejadas, contratadas, no entanto o serviço público parece ter dificuldades em fazer o dever de casa como fazem as empresas privadas. Todos os anos se repetem os atropelos, as soluções mal re-solvidas, a correria de última hora.

Nesse tempo de agora até o verão o pre-feito anuncia uma reforma na sua as-sessoria, coisa que já deveria ter feito, porque não adianta adiar o que é inevi-tável. Quanto mais tarde ocorrerem as substituições, mais difícil será para os novos colaboradores darem respostas às necessidades do verão, precisam de tem-po para se adaptar.

Há anos a prefeitura vive de muito oba--oba e pouco planejamento. Quem se der ao trabalho de olhar o calendário de eventos da secretaria de Turismo verá que a referência ao Réveillon é uma foto, sem maiores informações -e que janeiro e fevereiro não existem na agenda.

Como é possível que a festa de final do ano, a que mais atrai visitantes, tenha divulgação tão medíocre e que o alto ve-rão seja ignorado?

Temos que correr para nos preparar, mas também precisamos mudar os métodos. Cidades turísticas exigem planejamento em médio e longo prazo e não em cima da hora como mais uma vez ocorre.

Artigos assinados e colunas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

| e x p e d i e n t e

Balneário Camboriú, agosto de 2017Ano 27, no 1334Diretor de redação / Jornalista responsável: Waldemar Cezar Neto CNPJ: 04.097.083/0001-30Redação: Rua 2448, 360, Centro, Balneário Camboriú, SC. Fone: 47 3367-3333e-mail: [email protected] | site: www.pagina3.com.brO Página3 Impresso ficará nas bancas nos próximos 30 dias

Capa: Com a criação de Fabiane Diniz, a capa do Página 3 é uma homenagem ao BC Festival (página 29), com fotos de Luciana Altmann (Novos Pontos de Encontro), Marcelo Fernandes (Arte nas ruas), e outras duas fotos de divulgação.

o que você vai ler nessa edição

George Varela fala sobre os desafios no comando da cultura municipal

Ouro da superação, Suelen Marcheski de Oliveira, medalha nos 100m rasos no Mundial

ENTREVISTA

ESPORTE

22

39-10 - Estacionamento rotativo deve sair até o final do ano- 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27- O Pharol, três décadas de destaque na gastronomia da praia-36- CDL comemora 40 anos de história em Balneário Camboriú

COLUNISTASRubens Spernau (8), Waldemar Cezar Neto (9), Daniele Sisnandes (12), Marisa Zanoni (15), Jamil Albuquerque (17), Jonas Ramos (31), Enéas Athanázio (30), Marlise Schneider Cezar (32), Caroline Cezar (33), Fabiana Loos (34), Fabiane Diniz (35), Augusto César Diegoli (37)

A nova onda da gastronomia localESPECIAL3

Prefeito disse que vai mexer na equipe

MUDANÇAS 8Em apenas um mês seis mil visitantesPARQUE ECOLÓGICO16

Balneário Camboriú lidera na quantidade de empresas por habitante

economia37

Page 3: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 3

47 3367.1718 www.gomesjunior.com.br

Por Daniele Sisnandes

Comida saudável e inspirada nas raízes

A chef Gaby Antezana, 30 anos, é uma apaixonada pela panificação e repassa para suas criações muito da sua bagagem de vida.

A mãe da vira-lata Glitter se formou em Gastronomia na Univali em 2007 e logo após formada teve a chance de trabalhar com o chef João Leme, foi estagiária do Rôti,

em São Paulo e de lá foi con-vidada para a cozinha do La Table, de Balneário.

Porém o seu coração batia mesmo era pela panificação e ela sentia falta de produtos artesanais aqui na cidade. “Era tudo industrializado e isso partiu meu coração”, co-menta a chef.

Gaby se encantou com a co-zinha muito cedo. “Fiz meu primeiro brownie aos oito anos, escondida e sozinha. Minha mãe quase teve um treco quando viu, mas logo começou a incentivar meu gosto pela culinária! Até que na hora de escolher uma profissão, optei pela gastro-nomia e vejo que não podia ter sido escolha mais perfei-ta”, comemora.Com mãe boliviana e pai uruguaio, Gaby nasceu em São Paulo, foi criada no inte-rior e está há 13 anos em Bal-neário Camboriú. Ela chegou a morar na Austrália, onde trabalhou com eventos. Neste meio tempo ela teve que dar atenção à saúde quando recebeu um alerta de um médico. Sua imuni-dade estava sempre baixa e ela vivia doente e fez mu-danças na alimentação, na prática de atividades físicas e no trabalho.Logo, essas escolhas se refle-tiram no que ela cozinhava.

Quando voltou para o Bra-sil ela não quis trabalhar na área até abrir o próprio negócio e há três anos criou a Queen’s Bakery, que por enquanto, oferece produtos saudáveis sob encomenda. Isso porque a ideia vem dan-do tão certo que Gaby já se prepara para abrir em bre-ve seu ateliê e café na Rua 902, n° 975, terceiro andar da Gestalt coworking.

“O local vai ser bem acon-chegante e acolhedor, espe-cial para quem quer desfru-tar momentos sozinho ou na companhia de amigos e fa-mília. Tudo vai ser artesanal e bem fresquinho”, antecipa.

Ela comemora a aceitação dos produtos e o crescimen-to do público que está em busca de coisas gostosas e diferentes. “Eu procuro manter sempre a criativi-dade! Não gosto de copiar. Sempre busco inspirações, mas não deixo meu toque pessoal de lado jamais... a graça da gastronomia é essa:

criar! Existem infinitas pos-sibilidades e combinações de sabores e aromas dentro de uma cozinha”, enfatiza.

• Prato assinatura“A receita que mais me re-presenta é a que consagrou meu título como cozinheira chef na faculdade: Pão de Maracujá e Quinoa com sal-sa de Abacate com adobo. Essa receita eu desenvolvi para minha banca, o objeti-vo era representar minhas origens e paixões”, conta.

O maracujá por ser brasi-leira, a quinoa pela origem boliviana da mãe, adobo um tempero do Uruguai, terra do pai. “Eu cresci nessa mis-tura de temperos e sabores. Transformar tudo isso num pão é a tradução da minha essência e minha maior pai-xão na cozinha: panificação! Ah, eu cresci comendo aba-cate na salada, ficava hor-rorizada na casa dos meus amigos ao verem comendo com açúcar”, se diverte.

A região de Balneário Camboriú tem se transformado nos últimos anos em um polo gastronômico, que já formou mais de 1,6mil chefs. Por aqui a cultura da gastronomia vem sendo cultivada com o suporte de instituições de ensino, e já dá sinais de sucesso, com os clientes aprendendo a valorizar produtos e marcas. Muito disso se deve ao olhar atento dos empresários e ao espaço conquistado por cozinheiros de uma nova geração que está fazendo a diferença. Como resultado, mais restaurantes além de modismos se consolidam a cada dia, abrindo um mercado para chefs formados (ou não) por aqui e até para profissionais de fora. A reportagem fez um pequeno apanhado desse universo repleto de sabores, confira.

Div

ulga

ção

A nova onda da gastronomia local

Page 4: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 4

O Chaplin Restaurante está há 25 anos na praia, em um dos pontos mais tradicionais de Balneário Camboriú sob regên-cia da família Moro, capitaneada por Julinho Moro. Porém é a filha, Gabriela, que toma conta da gestão e faz o crivo de tudo que vai ou não para a mesa dos clientes tanto no Restau-rante como no Chaplin Bar.

Gabriela Moro tem 31 anos, é natural de Blumenau e está aqui há 29 anos. Ela começou a auxiliar os pais no restau-rante com apenas 11 anos e desde então passou por todos os setores, da cozinha, bar, caixa, salão e administrativo. Agora está focada na área de gestão, mas tudo que é criado na cozinha passa por sua su-pervisão.

Formada há 10 anos em Gas-tronomia e em Administra-ção pela Univali, Gabriela chegou a fazer um estágio

na cozinha de produção e em eventos no Fasano, em São Paulo. Depois disso focou no negócio da família. Ela revela que no começo sen-tiu certa resistência de alguns funcionários muito antigos, entretanto hoje o processo é natural. Montou cardápios, desenvolveu receitas e proce-dimentos de cozinha e bar.“Trocamos ideias entre che-fs, pesquisamos, testamos os pratos e vamos acertando o paladar. Hoje temos uma equipe muito competente e

interessada, que é respon-sável por trazer novidades e melhorias. Então, provamos, ajustamos e eu autorizo a in-clusão no cardápio...hoje tudo é muito organizado”, comen-ta.A chef administradora lem-bra que o segredo para o equi-líbrio é trabalhar em parceria. Ela cita que sempre conside-rou a experiência de outros profissionais do Chaplin, como Alex Fernandes, que atuou sete anos como chef no Chaplin Bar e hoje é responsá-vel pela logística de insumos usados nas casas. Também

destaca a atuação do chef do Restaurante, Luciano Ramos, que é segundo Gabriela, “uma pessoa muito dedicada no que faz”.Apesar de adorar novidades, Gabriela lembra que o Cha-plin Restaurante é mais tra-dicional, já no Bar há mais abertura para explorar a cria-tividade.E falando em novidades, o Chaplin Bar reabriu no dia 31 de agosto. Investindo mais do que nunca no conceito “bo-teco, mas com muita classe”, o Bar completa 12 anos com

mudanças na arquitetura, de-coração até o cardápio, além de uma linha de drinques produzida com exclusivida-de, que homenageia o lendá-rio artista Charles Chaplin.

• Tem que terQualidade dos produtos, do preparo e do sabor. “Hoje con-seguimos produzir os nossos próprios pães e sobremesas na casa, foi um objetivo de longo prazo alcançado esse ano e considero um ganho para a nossa culinária, o que faz com que se torne mais ar-tesanal”, comemora.

• PratosGabriela não gosta de assinar os pratos porque ela conside-ra que são criações feitas em equipe. Contudo cita o mignon ao molho de vinho tinto com risoto de aspargos do Chaplin Restaurante, e o queridinho do Chaplin Bar, Parmegiana no palito que já conquistou mui-tos cliente de boteco.

Da cozinha à gestão, Gabriela Moro dá o tom ao Chaplin

As meninas e os hambúrgueresCamboriú estava acostumada ao tradicional x-sa-lada quando há cerca de dois anos levou um baque com a chegada do container da Hamburgueria das Meninas à Rua São Marcos, São Francisco de Assis (Barranco). À frente da proposta focada em hambúrgueres artesanais estão a jornalista Már-cia Bina e a designer Daniella Amaral. Em 2014 Márcia foi atropelada por um motorista embriagado e no ano seguinte as duas perderam o emprego na área de comunicação. Em vez de la-mentar, elas transformaram os fatos em oportu-nidades e começaram a fazer hambúrgueres para fora.A ideia surgiu na ver-dade na última Copa. Dani não gostava de futebol e se encarre-gou de fazer ham-búrgueres para cer-ca de 30 amigos, que adoraram a receita. Elas começaram a fazer os lanches na churrasqueira de casa e saíam pes-soalmente para en-tregar.Hoje, o container já é referência de opção gastro-nômica na cidade vizinha, atraindo até clientes de fora. A receita do sucesso engloba vários fatores como “atendimento olho no olho” e super descon-traído via redes sociais, além das receitas autorais.

A chef da hamburgueria é a Dani. Ela aprendeu a cozinhar em casa olhando a mãe e pes-quisando muito na internet, provando sabores em viagens e testando com amigos. Hoje, ela investe em cursos pontuais e, pretende, cursar gastronomia no ano que vem.

• AssinaturaAs meninas revelam que vivem

em pesquisa por novas re-ceitas. Já são mais de 20 tipos no menu, sendo o único fico o “Das Meninas”, que é o campeão de ven-das. Mas o controle de qualidade é rigoroso, elas testam em casa, convidam clientes que estiverem no container para provar e algumas vezes o produto nem chega a vir a pú-blico, se elas não ficam satisfeitas com o resultado.

• Tem que terO que elas fazem questão de manter é a quali-dade dos insumos, para isso trabalham com um açougue parceiro e elas mesmas fazem seu pró-prio blend diariamente, alguns com ingredientes como linguiça Blumenau, costela e até pinhão.

Os nomes dos burguers também são um dife-rencial. Eles homenageiam mulheres ou perso-nagens com características marcantes como Elis Regina, Frida Khalo e Anita Garibaldi e também recebem muitas sugestões de “novas meninas”.“Realmente, acreditamos que cozinhar como se fosse para nossa família e amigos continua sendo o grande segredo. A gente preza por um produto que seja o mais saudável possível, não fritamos o hambúrguer, usamos pão de fermentação na-tural e a ideia de um “hambúrguer mais limpo”, sem muito molho ou produtos industrializados. A gente ama hambúrguer e o que fazemos”, su-blinha Márcia.

Fotos Divulgação

Page 5: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 5

Não são só os santos de casa que vêm fazendo a diferença por aqui. O Restaurante Drummond, que abriu no final do ano passado na Praia Brava, por exemplo, traz para a linha de frente o chef Diego Mello, 32 anos. Professor de gastronomia em Curitiba, músico e um entusiasta da arte da cozinha, Die-go não pensou duas vezes ao conhecer a proposta dos sócios Rodrigo D’Aquino e Áiron Piram, donos do Drummond.

Experiente no mercado de consultoria e ex-dono de res-taurante, Diego sabia que precisava olhar na frente, conhecer fornecedores, a sa-zonalidade e principalmente entoar a identidade própria do local. “É exatamente isso que estamos fazendo no Drummond. Trazendo o con-temporâneo sem esquecer do clássico. Pois é essa a de-manda que percebemos na região”, aponta.

O chef executivo do Drum-mond defende que o cliente não pode ser visto como um mero comensal pagante, ele merece uma experiência. “Os

clientes precisam se sentir parte, eles são os nossos con-vidados e amigos. E ninguém faz comida ruim para seus convidados”, lembra.Ele credita o sucesso que o restaurante vem tendo a uma equipe dedicada. “Nenhum chef trabalha sozinho. Até porque se chama chef e chef tem que ter equipe pra lide-rar”, enfatiza.No Drummond, Diego inves-tiu em um menu variado com couvert, petiscos, entradas, massas, risotos, frutos do mar, carnes, menu kids e sobreme-sas, além de extensas cartas de vinhos e drinks. Aos sábados, o

destaque fica por conta da fei-joada e ao meio dia há ainda a opção de pratos executivos. O menu do chef varia toda semana, trazendo entrada, prato principal e sobremesa por R$ 59.

•A trajetóriaDiego é paranaense e filho de juiz. Tinha gosto pela música, porém como vinha de uma fa-mília de juristas, cursava Di-reito e trabalhava no escritó-rio de advocacia da família, a carreira na área parecia certa.

Ele já gostava de cozinhar e tudo mudou quando conhe-ceu um chef de cozinha clien-te do escritório. “O maluco me falou sobre ser cozinheiro. Foi naquela hora eu pensei: ‘Ca-ralho! Como que eu não pen-sei nisso antes?’. Ele largou o escritório e a música e foi fazer um curso de cozinheiro no Senac.A aceitação dos pais foi difí-cil. “O filho caçula largar no nono período de Direito na PUC, com metade da mono-grafia pronta, com emprego garantido em um dos melho-

res escritórios da cidade, pra virar cozinheiro, não foi nada fácil”, avalia. Formado ele atuou em res-taurantes como o Scavollo, e na Austrália, no Pata Negra e no Brisbane Hotel. De volta ao Brasil, passou pelas cozinhas do Vin Bistro e C La Vie, onde os proprietários o manda-ram para São Paulo fazer um treinamento no La Brasserie de Erick Jacquin, hoje jurado do Masterchef. “Lá o bicho pegou, exigência máxima, técnicas perfeitas”. Algumas receitas, como o aclamado steak tartar de Jacquin tam-bém foram agregadas ao menu do Drummond.Diego tem na bagagem ain-da experiência em outros restaurantes curitibanos e em iniciativas próprias como a empresa de jantares Meu Chef Gastronomia e o restau-rante Carnarolli, que ele ven-deu após desentendimentos societários.Também foi apresentador de um programa sobre gastro-nomia e professor na pós de Chef Internacional da Univer-sidade Positivo e no curso de Beersommelier, onde leciona até hoje.

Erick Cordeiro, 31, é outro exemplo de profissional que cresceu dentro de um restaurante. De ajudante de gar-çom na adolescência, ele passou por todos os setores de um restaurante e hoje é proprietário e sushiman chef do Koi Sushi, terceiro melhor restaurante avaliado do Tripadvisor.

O empresário conta que tudo que sabe aprendeu na prática, nunca fez cursos. Depois da experiência “dentro de casa”, Erick passou um tempo na Europa, onde atuou na cozinha de di-versos restaurantes.

Foi no novo mundo que o brasilei-ro descobriu a magia da culinária oriental. Gostou tanto que assim que surgiu uma oportunidade ele entrou para o mundo do sushi. Trabalhou

em alguns restaurantes de Lisboa e acompanhava de longe o crescimento do mercado no Brasil.

Resolveu que era a hora de voltar e ini-ciar o projeto do Koi. Mas logo de cara ele viu que as coisas eram um pouco diferentes. A começar pelo peixe. Aqui o salmão era o preferido e não o atum, como lá fora. Ele refez o cardápio e conquistou uma clientela fiel.

Erick acredita que isso é resultado da qualidade do produto e também do serviço. “Bom atendimento, rapidez e agilidade na confecção dos pratos, acredito que esse seja o nosso diferen-cial, temos a mesma equipe há anos, então quando o cliente vai ao nosso restaurante ele praticamente se sente em casa”, opina.

• Tem que ter“Principalmente a qualidade, tenho uma boa relação com meus fornece-dores, para sempre trazer os melhores produtos para nosso restaurante, o segredo do sushi é o arroz e o peixe, tendo os dois, você conseguirá manter a qualidade dos seus pratos sempre”, enfatiza..

• AssinaturaEntre as exclusividades do Koi estão três destaques: a trilogia de niguiris que surpreende pela explosão de sa-bores, o kimuchi de salmão (condi-mentado) e o último como o próprio nome diz, a entrada do chef (barqui-nha crocante com salmão temperado a moda do chef e ovas massago).

Diego Mello, gastronomia e bossa no coração da Brava

Os segredos de um dos preferidos do público

47 3366.4444 / 99967.4444www.mazzottiimoveis.com

CRECI 2634-J

Eduarda Vespa

Divulgação

Page 6: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 6

Apesar de jovem, o chef Marlus Fa-bricio Saiki, 25, é um dos nomes que despontam na gastronomia da re-gião com pratos inventivos, gastro-nomia molecular e belas apresenta-ções. É ele quem comanda a cozinha contemporânea do Zephyr Seafood & Nikkei, em anexo à Marina Itajaí. Curitibano, pai do Theo, de um ano e quatro meses, Marlus é casado com Jheniffer Onesco, como ele mesmo define, a melhor esposa que o mun-do poderia lhe dar.Mas não é apenas a família que pul-sa em seu coração. Os primeiros pas-sos na gastronomia oriental foram dados aos 16 anos, em um restau-rante de Curitiba, por indicação de um primo. Foi aí que descobriu uma grande paixão.Ele buscou capacitação com profis-sionais que traziam técnicas direta-mente do Japão, através da Nagoya Sushi School, cujo proprietário é An-dre Kawai. “Sensei André trouxe conhecimento teórico e prático, o Sensei Hirotoshi Ogawa (diretor da AJSA – All Japan Sushi Association, é uma associação japonesa de sushi), nos ajudou a ex-pandir as técnicas e cuidados com a manipulação dos alimentos”, subli-nha.Em Itajaí, Marlus atuou no desenvol-vimento da proposta do Zephyr des-de o princípio, ajudando a montar mobiliário, layout e cardápio. “Sinto

um orgu-lho muito grande de t r a ba l h a r aqui, sinto que aqui é minha casa, meu canto, meu laborató-rio e um sonho que está se reali-zando”, afirma.

O chef quis ousar na criação do menu e vem conseguindo conquis-

tar clientes que estão justamente em busca de novos sabores.

“Me baseio muito nos itens da região, aproveitando bastante os frutos do mar, tem ótimos peixes aqui! Temos como parceiros a Peixaria Quinta do Mar, localizada em Balneário Camboriú, a qualidade em questão de prestação de serviços e insumos é fantástica! Tenho também como parceiro o Cassiano, proprietário da Bottarga Gold, conhecida inter-nacionalmente, ambos me ajudam muito a compor o menu”, enfatiza o chef Marlus.

Ele destaca a importância da pro-fissionalização para ampliar sua

atuação na c o z i n h a . M a r l u s conta que o ano pas-sado foi muito im-portante para sua carreira, pois foi c e r t i -f icado em tes-

te de profi-ciência que o aprovou a fazer sushi tanto no Japão quanto em outros países.

“Essa foi uma das provas mais im-portantes da minha profissão”, re-

velou. Também no ano passado fi-cou em 6º lugar na Copa Brasil Best Sushiman. Em 2017 trouxe de um breve estágio no Maido (considerado o 8º melhor restaurante do mundo) na capital do Peru, inspiração para desempenhar a culinária nikkei (fusão da culinária japonesa com a peruana).

• Tem que terEle faz questão de manter em seus pratos: a autenticidade, a inovação, a criatividade, o sabor, o aroma, o frescor dos insumos. “E muito amor, com amor a comida sai mais gosto-sa, né? Vale ressaltar as técnicas que sempre procuro usar a base japone-sa”, enfatiza.

• Pratos assinatura-Ceviche Nazca (ceviche de polvo com blend de pimenta peruana e pi-menta coreana, cebola, alho poró, pi-menta dedo de moça e salsão, finali-zado com broto de coentro e chips de batata doce).-Menu confiance (somente com re-serva antecipada). São servidos 10 pratos especiais que não existem no cardápio com entradas, sushis, sashimis, quentes e sobremesa.- Combinado do chef, é como se fos-se um menu confiance compacto. 30 peças criadas na hora com o que existe de mais fresco no dia.’

Culinária japonesa e peruana transformada em arteDivulgação

Page 7: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 7

Nos últimos anos a mídia tem enfatiza-do a profissão dos chefs, mas há 18 anos esse era um mercado desafiador. Mes-mo assim, em 1999, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) deu início ao cur-so de Gastronomia, que já formou uma média de 1.640 chefs e é responsável por muito do que se vê da nova geração de cozinheiros da região.Para a coordenadora do curso, Silvia Re-gina Cabral, são inúmeros os desafios. O curso ostenta o conceito máximo do MEC e para isso investe no corpo docen-te com professores mestres e doutores, além de cinco cozinhas e um restaurante bistrô para que os alunos vivenciem tan-to a teoria quanto a prática do mercado.A Univali também é a única do Brasil que possui programa de mestrado e douto-rado em Turismo, com linhas de pesqui-sa na área da gastronomia. “Mantemos ainda, um excelente relacionamento com o mercado, desde o envolvimento deste nas atividades dos projetos desen-volvidos no curso aos eventos sejam eles científicos, ou sociais”, afirma Silvia.Ela admite que a inserção dos egressos tem requalificado o mercado local e re-

gional, seja nos cardápios como na pro-dução. Outro diferencial da Univali é a extensão que amplia o olhar do profis-sional para áreas relacionadas à gestão, marketing e qualificação de recursos humanos.O curso de cozinheiro Chef Internacio-nal e Patissier tem duração de quatro semestres, já o segundo bloco, para con-quistar o título de bacharel em gastrono-mia, dura mais três semestres.

A Faculdade Avantis é a mais nova alternativa de educação superior em gastronomia na re-gião. O curso lançado no final de 2016 está focado em aulas práti-cas e vivência na cozinha.São quatro semestres com disci-plinas desde higiene e cuidado com os alimentos, microbiolo-gia, cozinhas clássicas, panifica-ção até ética e sociologia.“Acreditamos que os Chefs estão cada vez mais ganhando desta-que e sendo valorizados, nosso papel é formar Chefs que se des-taquem no mercado de trabalho pela competência e criativida-de”, comenta a coordenadora, Fabile Schlickmann.Como o curso ainda está no se-gundo semestre, são muitos os desafios, especialmente a divul-gação neste período inicial.A Avantis abre novas turmas to-dos os semestres. “A Faculdade Avantis busca inovar e abranger as mais diversas áreas de atu-ação de profissionais, possibi-

litando ao público um leque de opções no momento de sua esco-lha profissional. O Curso de Tec-nologia em Gastronomia possui papel fundamental na formação de chefs que buscam qualidade corroborando agilidade em sua formação acadêmica”, conclui a coordenadora Fabile.

Em 18 anos, Univali já formou mais de 1,6 mil chefs

Avantis lança curso deTecnologia em Gastronomia

Divulgação Divulgação

Page 8: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

8Balneário Camboriú, agosto de 2017

Novos desafiosNeste último dia 16, numa reunião que contou com a pre-

sença de todos os secretários, do vice-prefeito “Paulinho” e da prefeita “Paulinha”, ocorreu meu desligamento da prefeitura de Bombinhas. Em meio a muita emoção, foi um momento único em minha vida, onde a alegria das conquistas uniu-se a tristeza da partida, e as lágrimas foram o reflexo destes senti-mentos.

Sou morador temporário da cidade de Bombinhas desde o início da década de 90, mas minha paixão foi à primeira vista, cerca de dez anos antes. Município jovem, de beleza ímpar, ca-recia de um governo transformador e que estivesse à altura da sua importância no cenário turístico nacional e internacional. Fazer parte de um governo com este propósito foi minha mo-tivação e desafio.

Com um orçamento cerca de dez vezes menor que Balneário Camboriú, área territorial similar e infraestrutura abandona-da, as perspectivas de sucesso eram mais que desafiadoras. Mas a determinação na busca da superação das dificuldades, aliada a capacidade de gestão da dupla Paulinha e Paulinho (parece dupla sertaneja), com singular liderança sobre sua equipe, composta de pessoas dispostas a fazer história, fize-ram e fazem a diferença.

Passados quase cinco anos de governo, as transformações são visíveis e inquestionáveis. Pavimentações, drenagem, obras turísticas, unidades de saúde e a maior escola pública municipal de ensino fundamental em construção no Estado, com 12 mil metros quadrados. E tudo isto com a marca de ser a melhor gestão fiscal do Estado, e a terceira do país.

Quero agradecer aos queridos e valorosos parceiros de gover-no, em especial a prefeita Paulinha, pela oportunidade de ter participado da equipe. Este tempo de convívio me fez aprender e não perder a crença na classe política. Conseguimos, sob a sua batuta, conjugar o verbo trabalhar na primeira pessoa do plural unidos pelo propósito singular de fazer o melhor, com a consciência de que a perfeição inexiste.

Antes mesmo de me desligar da prefeitura de Bombinhas, os boatos de um eventual ingresso na equipe de governo do prefeito Fabrício eram intensos. Nunca houve qualquer con-versa neste sentido. Como disse numa reunião do diretório do PSDB, sou um torcedor do governo, pela cidade e pelas pessoas que o compõe. Não me vejo jogando em seu time, até porque meu preparo físico não recomenda... Meu novo desafio é na iniciativa privada.

colunistaRubens Spernau ([email protected])

A prefeitura realizou um proces-so de licitação para a compra de 436 vagas em creches particu-lares da cidade, porém, só con-seguiu preencher 271 delas. Por isso deve lançar neste mês um novo edital.A nova secretária de Educação, Rosângela Percegona Borba, ex-plica que o objetivo agora é com-pletar esse lastro de 165 vagas. “Acreditamos que escolas que não haviam se inscrito no pro-cesso anterior possam vir a de-monstrar interesse, tendo em vista que os contratos estão acontecendo e porque viemos estudando essa alternativa das vagas há algum tempo”, afirma.Um dos requisitos para firmar contrato é a regularidade fiscal dessas unidades e isso também

pode ter influenciado em um resultado aquém do esperado, apesar de essas 436 vagas terem sido mapeadas previamente com apoio da Associação das Micro e Pequenas Empresas (AMPE).O município tem uma média de mil crianças de 0 a 3 anos na fila de espera por vagas em creches. Não há filas entre 4 e 5 anos.Das vagas já garantidas no pri-meiro edital 77 são de berçário 1, 95 de berçário 2, 74 de maternal e 25 de maternal 2. Foram apro-vadas as seguintes escolas: Ofi-cina da Infância; Conexão Baby; Aster; Crescer Feliz; Liceu Catari-nense; Bambinata e SEI.A secretária enfatiza no entanto,

que a prioridade será sempre a vaga pública. A distribuição das vagas vai respeitar a ordem de inscrição no Fila Única, que pode ser acompanhado com transpa-rência pelo portal do município.

ConstruçãoAlém da compra de vagas, a pre-feitura também está investindo na construção de um novo nú-cleo no Bairro dos Municípios, ao lado do CAIC. No local fun-cionava um posto de saúde, mas como a estrutura foi transferida para um prédio inaugurado em abril, a administração determi-nou uma reforma completa para criar 140 vagas, para crianças de zero a cinco anos.

Prefeitura vai abrir novo edital de compra

Fabrício fará mudanças na equipeO prefeito antecipou ao Página 3 na última terça-feira (29) que pretende fazer mudanças na equipe ainda neste ano mas não citou nomes.Ele comentou que alguns cola-boradores, mesmo com orça-mento reduzido em suas áreas, conseguem dar respostas posi-tivas e outros não.

O prefeito não citou nomes e nem a data em que as mudan-ças ocorrerão, mas é provável que seja em breve.

Nos oito meses de governo uma série de mudanças ocorreram no primeiro escalão. Dos 18 cargos principais, que incluem secretários e gestores, cinco fo-ram substituídos: o presidente da Compur, João Luiz Deman-tova; a gestora do Fundo Muni-cipal de Saúde, Ionice Amaral; o secretário de articulação Ary Souza; o secretário de compras Edson Linhares Cruz e a secre-tária da Educação Denize Leite.

Veja um resumo• ArticulaçãoPermanece sem secretário.

• ComprasReassumiu Fernando Marchio-ri que começou o governo na função e saiu para reforçar o apoio ao gabinete do prefeito.

• Fundo de saúdeA função está sendo acumulada pelo secretário Jorge Teixeira que já manifestou desagrado com essa situação, devido à car-ga de trabalho e às responsabili-dades legais envolvidas, ele quer reforço na equipe de apoio.

• Compur

Assumiu Miriam Késia Labs de Lima que tem sólido currículo em Direito; gerenciamento na área de saúde e área prisional, mas no entanto pouca familia-ridade com a função original daquela autarquia que é urba-nização. A Compur está des-virtuada, no governo anterior cuidou de estacionamento ro-tativo e passarela da Barra, em ambos os casos com péssimos resultados.

• Educação

Rosângela Percegona Borba, gaúcha, 52 anos, casada e com dois filhos ostenta um currícu-lo robusto. Pós-graduada em Pedagogia, em Metodologia de Ensino e com MBA em Gestão de Pessoas, e autora de coleções de livros didáticos. Depois que aposentou-se no Paraná mudou para Balneário, há três anos. Fazia palestras em viagens pelo Brasil até ser convidada a refor-çar o time do governo Fabrício, no começo do ano, onde atuou como diretora do Projeto Ofi-cinas e depois acumulou outro cargo, diretora geral da Educa-ção. Estes dois cargos também não foram preenchidos ainda.

Fotos Divulgação

Divulgação PMBC

Vagas em creches

Page 9: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 9

30 anos de praia

Dias atrás um empresário me contou que seu projeto para construir um hotel, um edifício e uma marina seca nas vizinhanças do novo Centro de Eventos de Balne-ário Camboriú está parado na Câmara de Vereadores há um ano. Contou tam-bém que planeja criar ali uma reserva particular de preservação do patrimônio natural com 200.000 m2 que seria a maior do Estado.DificuldadesPenso que o poder público tem que dar respostas rápidas aos empreendedores, pode fazer ou não pode. Descabido é demorar um ano para responder.

Dificuldades 2A Câmara de Vereadores estaria en-frentando problemas com seu pessoal concursado. Insatisfeitos com o salário e supostamente fazendo uma operação tartaruga, o que geraria atrasos na tra-mitação dos projetos.

Dificuldades 3O serviço público não segue a lógica empresarial, vai pendurando gente e onerando a sociedade. Onde tem muita gente pendurada e o bolo é finito, todos acabam ganhando uma fatia menor.

Dificuldades 4Incluindo os 19 vereadores, a Câmara paga salários a 167 pessoas das quais apenas 37 são concursadas.

Dificuldades 5Até o ano passado parte desses con-cursados ganhavam cerca de 50% do seu salário-base participando de comissões especiais criadas pela di-reção do Legislativo. Isso acabou e a insatisfação aflorou.

Dificuldades 6Quem fez concurso para uma carreira pública sabia que o salário era aquele, portanto não é defensável perante a so-ciedade querer aumentá-lo através de penduricalhos.

Dificuldades 7A receita da Câmara em 2017 está pre-vista em R$ 17 milhões dos quais R$ 11,4 milhões serão gastos com salários.

Dificuldades 8Na outra banda, o Executivo, tenho conversado com pessoas que integram o governo e que estão arrancando os cabelos devido à morosidade da coisa pública.

Dificuldades 9Não sei qual a opinião em geral, mas nos ambientes que frequento as pesso-as se queixam que o governo municipal não decola, estamos entrando no qua-drimestre final do ano, nos aproximan-do da temporada e a coisa vai em ritmo mais lento do que o desejado por esses eleitores.

Dificuldades 10De vez em quando escuto queixas que este governo está trabalhando com o orçamento definido pelo anterior. Ar-gumento vazio, isto é praxe no primeiro

ano e o prefeito pode remanejar até 25% do total orçamentário.

Dificuldades 11Grande dificuldade -e não sei porque o prefeito não fala disso claramente- é que não tem dinheiro. A prefeitura pas-sou oito anos inchando, acumulando custos fixos e agora o cobrador das con-tas bateu à porta.

Dificuldades 12Também não fazem o que precisa ser feito. Cortar despesas de funcionamen-to, reduzir vantagens futuras ao fun-cionalismo, enxugar a folha, reajustar a Planta de Valores etc.

Dificuldades 13Dentro de quatro meses vem o reajus-te dos funcionários que, imagino, não aceitarão na boa 3% ou 3,5% que é mais ou menos o INPC do período. Salários da prefeitura são uma arapuca, porque o triênio garante a todos 3,33% ao ano automaticamente, portanto trata-se de um modelo fadado à falência.

Dificuldades 14Também acredito que o Fabrício precisa mexer onde já deveria ter mexido, subs-tituir pessoas que não mostraram com-petência para as funções onde foram colocadas. Ele vem anunciando uma re-forma administrativa, trocou algumas

peças, mas para o meu gosto a fila no RH seria maior e imediata.

Dificuldades 15Sempre que se olha para esse governo, por obrigação com a verdade, tem que olhar também para o anterior. Desde 2014, quando o Gaeco bateu na prefei-tura, a coisa degringolou de vez, por-tanto falar em herança deixada para Fabrício não é exagero.

Dificuldades 16O problema é que os eleitores votaram nesse governo também para resolver os problemas que o outro deixou, portanto a alegação de herança tem prazo de va-lidade, depois cansa.

Por fimNão cabe a mim elogiar governos, meu papel como jornalista é sempre o con-trário e já sei que vou colher caras feias. Digo apenas que a franqueza pode ajudar mais o gestor do que os elogios, esses que o prefeito recebe de meia em meia hora.

E finalmenteO grande patrimônio da atual gestão é o comportamento ético e transparente. Só que isso não deveria ser qualidade e sim obrigação. Mas, no Brasil de hoje, passou a ser virtude.

colunistaWaldemar Cezar Neto([email protected])

Foram 235 dias de espera para ver essa cena novamente em Bal-neário Camboriú. O prefeito Fabrício Oliveira colheu críticas, mas preservou o aspecto ético do seu governo ao se recusar com-prar de um fornecedor que o Ministério Público denunciou por corrupção, exatamente na prefeitura de Balneário Camboriú.

Wal

dem

ar C

ezar

Neto

Page 10: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

10Balneário Camboriú, agosto de 2017

A prefeitura de Balneário Camboriú pretende licitar ainda neste ano a con-cessão do estacionamento rotativo pago nas principais vias da cidade.A área de abrangência prevista é o perímetro entre avenida Brasil, avenida do Estado e Ter-ceira avenida.

Desde o começo de abril a administração vem anunciando o projeto, mas ainda não enviou para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o modelo da licitação.

O TCE pode demorar até dois meses para apro-var ou pedir mudanças no edital licitatório e isso, aliado à demora na definição do projeto, pode in-viabilizar o funcionamento até a temporada.

Nesse caso, uma medida paliativa seria implan-tar o rotativo sem cobrança, mas com multa para quem excedesse o prazo máximo de uso.

Uma primeira versão do projeto foi refugada pelo prefeito Fabrício Oliveira que pediu altera-ções à equipe técnica.

A segunda versão é questionada pelo Observa-tório Social, devido a erros na planilha de com-posição de custos e ao preço por hora (R$ 2,50) que aquele órgão de controle externo mantido pela sociedade, considera elevado.

Provavelmente o prefeito decida pelo sistema mais moderno, que não inclui parquímetros, a

compra de créditos seria feita por telefone celu-lar ou postos de venda distribuídos pelo comér-cio da cidade.

Este é o sistema usado em diversas cidades im-portantes, inclusive a capital paulista.

O projeto prevê cerca de 2.800 vagas rotativas; sendo 140 para idosos, 56 para deficientes e 200 para motocicletas. Haveria uma reserva técnica de mil vagas adicionais.

O horário de funcionamento seria das 9h às 20h, de segunda-feira a sábado, incluindo do-mingos e feriados na alta temporada.

As vagas teriam, progressivamente, sensor de presença integrado ao controle eletrônico, com tolerância para o usuário comprar o tíquete.

Não está decidido se a fiscalização seria feita por monitores ou agentes de trânsito, mas o sis-tema possibilitaria fiscalização online e emis-são de eventuais multas também online.

As caçambas pagariam diária e os veículos de carga a tarifa normal quando usarem o espaço fora dos horários reservados para o propósito.

Haveria vagas com custo maior e menor, de acordo com a demanda em cada local.

Uma medida importante, solicitada pela secre-taria do Planejamento, é eliminar as vagas a 15 metros das esquinas, fator que hoje atrapalha o trânsito da cidade.

Sem a rotatividade em vigor, motoristas pre-cisam contar com a sorte para conseguir uma vaga ou então para encontrar um estaciona-mento que não faça cobranças indevidas.Isso porque três anos depois de ser sancionada, a lei que de-termina a cobrança fracionada nos estacionamentos particu-lares da cidade ainda é desres-peitada e continua sendo ques-tionada na Justiça.

A lei que obriga os estaciona-mentos a cobrarem em parce-las de 10 minutos foi proposta pelo vereador Nilson Probst (PMDB) e sancionada em 2014, pelo ex-prefeito Edson Renato Dias. Desde então ela suscitou uma série de questionamentos e ainda há quem a ignore.

O município garante que vem fiscalizando, apesar de alguns estacionamentos escancara-rem o contrário nas placas de preços.

O diretor do Procon, Jean Car-lo Lopes, afirma que o órgão de defesa do consumidor fiscali-zou e depois autuou alguns es-

tabelecimentos mês passado.

Segundo Lopes, o grande pro-blema é o Balneário Shopping, que não concorda com a co-brança, apesar das autuações do Procon. E foi justamente a Associação Brasileira de Sho-pping Centers (Abrasce) que ingressou com ação na Justiça alegando a inconstitucionali-dade da lei. Em maio, o Tribu-nal de Justiça julgou improce-dente a ação.

Conforme a lei, a multa para quem desrespeitar é de 12 UFM, que pode dobrar em caso de reincidência. Quem quiser denunciar irregulares pode acionar o Procon pelo te-lefone 151.

A reportagem tentou ouvir a direção do Balneário Shop-ping, mas até o fechamento da edição não houve retorno.

Prefeitura quer licitar neste ano o estacionamento rotativo

Particulares ainda desrespeitam lei do fracionamento

Fotos Daniele Sisnandes

Cel

so P

eixo

to

Page 11: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

11Balneário Camboriú, agosto de 2017

As obras do Centro de Eventos de Balneário avançam e a promessa é que o em-preendimento esteja pronto no final deste ano. No entanto, já se discute até a possibilidade de ampliação da estrutura, antes mesmo de o empreendimento começar a funcionar.

O Página 3 alerta para o mau-dimensionamento do empre-endimento desde a fase de projeto.

Quando assumiu a secretaria de Turismo do Estado, Leonel Pavan, atentou para isso e deter-minou mudanças que incluíam a derrubada de divisórias de alvenaria entre salões, porém parece que não foi o bastante.

Não falta dinheiro para con-cluir o projeto em andamento, contudo já se pensa em uma possível ampliação a partir de 2018, caso necessário. Pavan argumenta que a estrutura tem previsão de extensão.

O secretário disse ao Página 3 que a vinda do ministro do Tu-rismo, Marx Beltrão, ocorrida no final de agosto, seria impor-tante para dar motivação do governo continuar investindo no Centro de Eventos.

AndamentoO Estado está dando anda-mento aos trâmites para con-cluir e realizar a concessão da gestão do Centro de Eventos. A empresa vencedora será res-ponsável pelos agendamentos e daí haverá uma leitura me-lhor sobre a demanda que o empreendimento terá.

Pavan adiantou que o gover-no vem sendo indagado sobre a agenda, mas as convenções não devem acontecer antes de 2019, por causa do planejamen-to desses grandes eventos. O único praticamente certo é o congresso nacional dos conta-bilistas, marcado para 2020.No entanto, eventos menores poderão ser realizados a par-tir do momento que a empresa vencedora estiver apta a abrir as portas do empreendimento, o que deve acontecer ainda em 2018, com espetáculos, shows e até jogos oficiais.A única etapa que falta para

lançar a licitação de concessão de gestão é a conclusão de um estudo de viabilidade econô-mica. O Estado também está providenciando a atualização do estudo de tráfego, incluindo as mudanças feitas na região

pela Autopista, porém o secre-tário alerta para uma preocu-pação. “Teremos dificuldades caso a ponte do lado oeste não fique pronta. É uma obra real-mente necessária para a mobi-lidade”, enfatiza.

Governo já fala em ampliar Centro de Eventos

Ve r e a d or e s e s t ã o d e ol hoOs vereadores criaram uma comissão parla-mentar especial (CPE) para fiscalizar as obras do Centro de Eventos. O presidente, vereador Lucas Gotardo (PSB) enfatiza que é importante enten-der os prazos já que a obra envolve um investi-mento alto de recursos públicos. “É necessário nos certificarmos de que estão planejadas adequa-damente obras no entorno do Centro de Eventos que atendam a demanda de mobilidade urbana para a região sul da cidade. Pre-cisamos saber exatamente quanto já foi investido e quanto mais ainda teremos de investir até que esse empreendimento seja con-cluído”, lembra.

Prefeitura ainda não definiu como será o receptivo dos cruzeirosFalta menos de três meses para os navios começarem a fazer parte da rotina do principal cartão postal da cidade: a praia central. Não serão um ou dois navios, serão 17 escalas garantidas (e mais três no aguardo de confirmação)

Quando o primeiro navio fun-deou na praia, em abril deste ano, o receptivo foi especial. Reuniu de fanfarra a uma série de atrações pela orla, ambulan-tes e artesãos. Apesar desta ser a maior novidade para o turis-mo de alta temporada dos últi-mos tempos, até o fechamento desta edição a prefeitura não havia definido como vai rece-ber esses transatlânticos que começam a chegar no dia 21 de novembro.

O secretário de Turismo, Miro

Teixeira, justifica que o muni-cípio não quer competir com a gastronomia e o comércio local. “A cidade por si só é uma atração”, pontuou.O secretário garantiu que a prefeitura vai tratar de ques-tões de mobilidade, transporte, acessibilidade e organização do trânsito, além de segurança e posto de informações turísti-cas. “Mas não queremos trans-formar a Barra Sul em uma 25 de março”, enfatizou.Também citou que existe uma

questão de custo da estrutura de receptivo. Na abertura to-dos se apresentaram volunta-riamente, porém agora haveria cachês.Segundo Miro, como o atraca-douro é particular, a respon-sabilidade pelo receptivo seria da empresa. Ele ressaltou a preocupação de empenhar re-cursos públicos em uma “ação privada”.Miro falou que já viajou bastan-te em cruzeiros pelo país e no exterior e que a chegada é algo

normal, “a pessoa desce e vai buscar informação turística”.Para o presidente da Fundação Cultural, George Varela, Bal-neário tem que levar carisma, gentileza e divulgar os diferen-ciais da parada. “A cidade tem tudo pra ser o melhor atracadouro no país. Já andei em outros, não tem ou-tra cidade como a nossa...nas outras cidades, se coloca caça níquel, gente querendo vender de tudo um pouco. Aqui o pes-soal botou o pé na terra e está a 50m de uma ciclofaixa, pode conhecer a cidade de bike, isso é raro”, defendeu Varela.

A economiaO ministro do Turismo, Marx Beltrão, esteve em Balneário no final de agosto e ficou im-pressionado com a infraestru-tura e o número de escalas que a cidade já atraiu.

“Um investimento como este realizado pelo Grupo Tedesco fomenta o turismo de todo o Estado e, na minha visão, o go-verno tem a obrigação de dar as mãos e apoiar o empresário no quer for possível para que ele possa continuar investin-do”, declarou o ministro.A expectativa é que a chegada dos cruzeiros movimente con-sideravelmente a economia. Conforme estudo da Funda-ção Getúlio Vargas, cada pas-sageiro chega a gastar mais de R$ 450 em cada parada, o que representa cifras milionárias ao fim do verão.

As escalasEm novembro chegadas con-firmadas dias 21 e 27. Em dezembro, dias 2, 17 e 27. Em janeiro, dias 3, 12, 20 e 28. Em fevereiro, dias 5, 14 e 23. Em março, dias 3, 18, 25 e 30. Em abril, dia 7.

Prefeito Fabrício Oliveira com o ministro Marx Beltrão e o empresário Júlio Tedesco

Cel

so P

eixo

toDivulgação

Page 12: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

12Balneário Camboriú, agosto de 2017

Reformas da vidaEstamos em obra aqui em casa e por isso acabei deixando para es-crever esta coluna aos 45 do segundo tempo. Não é por falta de amor. É que reforma em tempos de crise quer dizer mão na massa, então qualquer ‘tempo vago’ é tomado por tintas e pincéis. No fim das con-tas, esta rotina doida acabou se transformando em inspiração. Obra em casa é amplamente terapêutico e pode ser uma grande lição para levarmos para a vida. Seja no silêncio da concentração em se fazer algo como pintar um rodapé sem avacalhar com o piso novinho ou entender que às vezes contratar uma pessoa conhecida para fazer algo que ela não sabe, vai lhe custar o dobro do serviço.Mas o que eu quero dizer puxando esse assunto é que a analogia da reforma não se limita ao sentido literal da coisa. Ela vale para uma pa-rede, um corte de cabelo, uma meta de vida ou uma equipe de trabalho. Construir algo não é fácil, mas reconstruir é doloroso. Os caminhos são tortuosos e possivelmente vão aparecer imprevistos. Há conflitos e opiniões divergentes, no entanto, tenho certeza que a transformação vale cada lágrima ou gota de suor. Isso porque no meio de uma reforma você se depara com tantas coisas boas que merecem uma segunda chance, objetos, materiais, pessoas, sentimentos. Recuperar engrandece e o mundo agradece.Por isso, quando mergulhamos em uma reforma não podemos espe-rar sair ilesos ou tapear e achar que ninguém vai perceber. Uma refor-ma meia boca não é uma reforma de verdade, é um engodo que nem para nós serve, quiçá para quem olha de fora.Voltando ao exemplo material, aqui em casa percebemos isso duas vezes. Nos dois casos tivemos que refazer sozinhos trabalhos que já tinham sido pagos. Isso pode acontecer no dia a dia de quem mantém um relacionamento ruim por comodidade ou não desliga um funcio-nário que trabalha contra a empresa para não se indispor. A relação é a mesma, só muda o contexto.Sair da zona de conforto é um dos maiores medos do ser humano. É uma questão de instinto, é inconsciente. Só que romper esse bloqueio pode ser igualmente gratificante. Basta olhar ao redor e ver um Brasil de empreendedores mesmo com tantas dificuldades, uma geração de mulheres que não aceita sofrer calada apesar dos bolsonazis ou o jornalismo que continua não se curvando aos censores de plantão. Há esperança por todos os lados. Sair da zona de conforto e fazer diferente com amor é o que mais esta-mos precisando nesses tempos de cólera.Seja reformar alguma coisa, um conceito ou até reformar a si mes-mo...não interessa qual for o objetivo, o que importa é a ação, apren-der as lições da travessia e estar disposto a evoluir junto. Vamos em frente, com fé que vale a pena.

colunistaDaniele Sisnandes ([email protected])

Desde 2008 quando chegou a Balneário Camboriú, a Escola de Cães Guia Helen Keller en-tregou 23 cães. A meta é entre-gar 30 por ano até 2021. Este objetivo está no Plano Es-tratégico que o presidente Ênio Gomes (foto) carrega junto dele o tempo todo. Mas para alcan-çar o propósito, a escola que se mantém com doações, even-tos e voluntários (com exceção dos treinadores) é preciso que mais empresários participem do Programa de Responsa-bilidade Social, lançado em novembro e ainda com pou-cas adesões. A escola tem um custo mensal em torno de R$ 30 mil. “No Brasil faltam políti-cas públicas, temos apenas 150 cães-guia, enquanto que nos EUA tem 10 mil”, disse Gomes. Um cão-guia pronto custa em torno de R$ 60 mil e precisa de dois anos para estar apto. O deficiente visual recebe gratui-tamente o cão. A Escola Helen Keller faz parte

da Federação Internacional de Cães-Guia, sediada nos EUA e até novembro receberá a certifi-cação. Será a única na América Latina a receber o certificado, que possibilitará ampliar parce-rias, como a ocorrida ano passa-do, quando uma escola de Nova Iorque mandou quatro fêmeas para cá. “O Uruguai está insti-tuindo uma escola e nós man-damos uma fêmea e estamos preparando mais uma para mandar”, comemorou Gomes.Em fevereiro a escola Helen Keller registrou o nascimento de sete filhotes (primeira ni-nhada do ano), todos em socia-lização. Em junho, a segunda ninhada veio com nove, ainda em processo de seleção de so-cializadores. “Até setembro queremos iniciar a socializa-ção”, disse Gomes anunciando que ainda há vagas.

As etapas

São quatro etapas para prepa-rar um cão-guia: Reprodução; Socialização; Treinamento e Adaptação.“A socialização é uma das mais importantes, porque eles estão preparando os olhos para uma pessoa cega”, disse Gomes. Demora em média 1,5 ano. O socializador recebe total apoio da escola, desde a alimentação do animal até os cuidados ve-terinários. Ele precisa levar o cão para todos os ambientes internos e externos e fica re-cebendo orientações o tempo todo. Os técnicos visitam com frequência a residência do so-cializador”, orientou Gomes. Quando termina esta etapa, os cães voltam para a escola

e ficam cinco meses com os treinadores, onde começam a se definir as características do animal. Feito isso, os can-didatos são chamados para uma avaliação e então começa a identificação das caracterís-ticas da pessoa que precisa se adequar ao cão. Estas pessoas ficam de 35 a 45 dias na escola, para primeira convivência. A Helen Keller atende pessoas de todo o país. Hoje mais de dois mil deficientes (a partir de 18 anos) esperam um cão. “Mesmo passadas todas as etapas, continuamos acompa-nhando. O ‘pós’ é o nosso dife-rencial, porque é uma respon-sabilidade que assumimos e que nunca perdemos de vista”, afirmou Gomes.Na foto de abertura, a fachada da es-cola, a ninhada ‘B’ de abril desse ano e a deficiente Kátia e o cão Atchim em adaptação.

INFORMAÇÕES: www.caoguia.org.br ou pelo telefone 47-99712-0986.

Marlise Schneider Cezar

A escola que prepara os olhos para quem não consegue ver

...que a cada 5 segundos uma pessoa se torna cega no mundo?...que no Brasil tem 6,5 milhões de deficientes visuais e destes 528.624 não enxergam nada, os demais tem baixa visão?...que em Santa Catarina vivem 14.727 cegos e 174.550 com grande dificuldade de enxergar?...que em Balneário Camboriú tem 76 cegos ou baixa visão; Camboriú 62 e Itajaí 268?

Page 13: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

13Balneário Camboriú, agosto de 2017

Page 14: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Localizada junto à Praça da Cultura, era até poucos meses, um espaço ocioso, com meia dúzia de barracas, ao lado da praça

Higino Pio, totalmente deserta. As pessoas cos-tumavam dizer que ‘ali nada se cria’ ou ‘ali tem um sapo enterrado’. Hoje virou ponto turístico. Tem uma centena de feirantes cadastrados (e uma fila de espera de mais 60), que vendem arte-sanato, hortifruti, pães, doces, salgados, geléias, empanadas, queijos, tapiocas e linguiças, san-duíches naturais, brechó, livros e discos, selos e moedas, brinquedos, roupas artesanais, bijoute-rias etc. Tem um espaço musical para artistas se apresentar e até para o público dançar. O espaço na Praça da Cultura apertou e a Fundação Cul-tural autorizou a ‘continuação’ da feira livre na praça Higino Pio. Dois espaços sem movimento que hoje estão ‘bombando’ aos sábados.

Depois da bem sucedida Festa do Bom Sucesso, que durante três dias de julho movimentou o coração da Barra, o presidente da Fundação Cultural George Varela já pensa em uma ocupa-ção permanente daquele espaço no entorno da Praça do Pescador. “Estamos desenhando uma

ideia de levar a feira da Praça da Cultura, pelo menos um domingo por mês até a praça da Barra. Esta-mos conversando com os feirantes sobre isso. Da mesma forma como aos sábados virou uma atração na praça da Cultura e agora também na Higino Pio, atraindo até ônibus de excursão, vai acontecer a mesma coisa na Barra”, disse. Ele atribui o sucesso da feirinha livre à variedade de produtos de quali-dade e serviços ali ofertados, o público gosta disso.

São locais bonitos, agradáveis, tem espaço para andar de bi-cicleta, skate, patins, parquinho, areia ou uma simples ca-minhada para admirar as belezas naturais à volta ou tomar

um chimarrão e encontrar amigos, cenário cada vez mais comum, principalmente na Barra Sul. É essencial manter os locais limpos e seguros. O Pontal Norte precisa receber reformas e melhorias, já anunciadas pela prefeitura.

Depois que a ciclofaixa da avenida Atlântica foi implanta-da, no governo anterior, aconteceu uma ocupação urbana ‘automática’ daquele espaço. Quem gosta de andar sobre

rodas ganhou um novo espaço, frente ao mar. Em seguida a As-sociação de Ciclistas de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC) sugeriu a Atlântica Ativa, fechando parte da beira mar ao trânsi-to, nos últimos domingos do mês. Com a demanda crescente, a Atlântica Ativa acontece agora todos os domingos, desde julho, deixando a parte da avenida em meia pista. “Estamos revezando da Tamandaré até a Barra Sul e da Tamandaré até a Barra Norte, vamos analisando os prós e contras, com usuários e comerciantes”, disse o presidente da ACBC Henrique Wendhausen. Alguns donos de restaurante acham que o movimento deles diminuiu, mas Hen-rique não concorda. “A ocupação na orla aumentou muito e isso beneficia o comércio. Mas eles também precisam ajudar, chamar atenção para seu estabelecimento, seja ofertando uma promoção no cardápio ou colocando música ao vivo, algo para chamar aten-ção, isso vai movimentar”, sugere.

Novos pontos de encontros pela cidade

Divulgação/Fundação Cultural

Divulgação/ACBC

ATLÂNTICA ATIVA

FEIRINHA LIVRE MOLHES NOS PORTAIS

PRAÇA DO PESCADOR

George Varela

A ocupação dos espaços urbanos é um forte apelo no Mapa Temático que projeta uma Balneário Camboriú cheia de novidades até 2030. Esta ocupa-ção está por toda parte, significa abrir espaço para o pedestre, ele é o alvo maior do novo projeto. Várias ideias direcionam para esse tipo de ocupa-ção, uma exigência implícita nestes tempos modernos e apressados. Mas enquanto as ideias do Balneário 2030 ainda estão no papel, na prática já é possível acompanhar mudanças. Em vários pontos da cidade, com incenti-vo ou interferência direta do governo, muitos espaços urbanos vão ganhan-do força e movimento. Nesta reportagem queremos mostrar alguns deles: G

eorg

e Var

ela

Page 15: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

15Balneário Camboriú, agosto de 2017

Ar puro. Trilhas. Natureza. Um lugar para descansar o corpo e a mente. Ficou fechado meio ano para melhorar suas condições e foi reaberto no último dia 29. Ainda não é um local conhecido do grande público, mas o atual secretário do Meio Ambiente Ike Gevaerd tem essa ideia fixa,

de ocupar aquele espaço urbano não só por moradores, mas quer atrair turistas até lá, porque atrações não faltam. De terça a sexta funciona das 13h às 17h, mas nos fins de semana, abre às 10h e fecha às 17h. Durante a temporada, a ideia é ampliar ainda mais o horário de visitação.

O Morro do Careca tem uma das vistas mais exuberantes da cidade, o que está atraindo cada vez mais moradores e tu-

ristas. Ele dá acesso à praia do Coco, à praia das Conchas e ainda permite um descanso no topo, admirando Balneário Camboriú ou Itajaí. Outra atração são os voos de parapente, todos os dias, a partir das 12h.

“A comunidade está cada vez mais presente, são famílias inteiras utilizando aquele espaço para apreciar a vista, tomar chimarrão, ver o pôr do sol, fazer piquenique, enfim ocupando aquele espaço”.

A constatação é do presidente da Associação de Voo Livre Morro do Careca (AMCA), Dualcei Silva. Ele frequenta o Morro do Careca há mais de duas décadas e acha que está na hora de aproveitar esse momento e investir para aprimorar o local, des-pertar a consciência ecológica que ele merece.

“Os visitantes que já presenciaram o nascer do sol, o pôr-do-sol, o voo livre, atividades esporti-vas das mais variadas, sabem que estamos no caminho certo”, emendou, referindo-se ao pro-jeto que a associação desenvolveu nesse sentido.

O projeto pede investimentos para acessibilida-de, mirantes, o primeiro museu de voo livre do país, palco para apresentações culturais e ainda o desenvolvimento de um projeto ambiental para envolver a cidade para preservar aquele espaço e mantê-lo público.

A execução do projeto de acessibilidade e os in-vestimentos no local dependem da sinalização e contribuição da prefeitura. Já o projeto ambiental está em pleno andamento, na rede municipal de ensino. No mês passado cerca de 300 crianças vi-sitaram o local e viram de perto a importância de preservar aquele espaço.

“Um dos maiores desafios, devido o crescimento de visitantes, é o acesso ao topo. Todos querem subir de carro, mas o trânsito na via de acesso fica insuportável. Estamos construindo junto a parceiros a possibilidade de dispor um terreno nas proximidades que funcione como estacio-namento e oferecer um transporte para que faça esse translado até o topo para evitar agressão ao meio-ambiente”, colocou Dualcei.

Rua 1500, nº 1020Fone: (47) 3363.2369

Balneário Camboriú[email protected]

Div

ulga

ção

MOLHES NOS PORTAIS

MORRO DO CARECA

PARQUE ECOLÓGICOcolunistaMarisa Zanoni Fernandes ([email protected])

“O exilio do leproso e a prisão da peste”: o projetoA educação nos últimos tempos tem sido alvo de ataques de toda or-dem: como se não bastasse ser cotidianamente culpabilidade pelas mazelas sociais, pela violência dos jovens, pelo baixo desempenho escolar, muitos (sem ter estudado o campo educacional), se acham no direito de dizer o que ela deve ensinar e como deve ensinar.

Como professora há 30 anos, não me recordo de ver outra profissão ter com tanta frequência a interferência dos “especialistas” em meter o bedelho na vida da escola e de seus profissionais.

A autoridade pedagógica, tão necessária para a realização do traba-lho docente de qualidade, é atacada com assombroso desrespeito por muitos cidadãos e, sobretudo, reforçada pela mediocridade de verea-dores que usam o espaço e o dinheiro público, não só para se promo-verem eleitoralmente, mas para enganar os menos atentos com legis-lações que promovem o exílio do professor como se ele fosse leproso, alguém do mal que além das câmeras que vigiam seus atos, agora pretendem vigiar suas posições, impondo-lhes a mordaça.

O projeto de lei que institui o programa “escola sem partido” – se transveste da tarefa de salvaguardar a família e os bons costumes, livrar as crianças da doutrinação - é um sinal, entre tantos, do movi-mento conservador e neofacista que tem no seu âmago a posição po-lítica clara: atacar a democracia e a escola como espaço estruturante da cidadania.

O referido projeto além de ferir a Constituição Brasileira - Artigo 5º, inciso IV que diz “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”; o capítulo que trata da educação, Artigo 206, que de-termina que “o ensino será ministrado com base nos seguintes prin-cípios, entre outros os da liberdade de aprender, de ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e pri-vadas - coloca os professores e os gestores escolares no banco de réus. Promove um ambiente de desconfiança e confronto entre professores, alunos e famílias estimulando-os a se instituírem como delatores. Incita um movimento coercitivo, de controle disciplinar marcando o exilio do leproso e a prisão da peste” (Vigiar e Punir - FOUCAUT) e fazendo funcionar os mecanismos homogeneizantes, dogmáticos em que todos já conhecem as consequências: a tirania!

Atrás dos dispositivos disciplinares desta lei, se lê o terror que assola a sociedade da intolerância, do ódio, da hierarquização de ideias. É preciso retirar as máscaras e este é o oficio de PROFESSOR.

Page 16: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

16Balneário Camboriú, agosto de 2017 16Balneário Camboriú, agosto de 2017

Até que enfim Parque Ecológicoterá seu plano de manejoO Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, antigo Parque Ecológi-co Rio Camboriú, faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Está completando 24 anos sem Plano de Manejo, contrariando todas as re-gras ambientais. Mas no dia 29 de julho, quando os portões foram reabertos ao público, depois de meio ano de refor-mas e melhorias, o prefeito Fabrício Oli-veira assinou a tão esperada autorização

para contratação do Plano de Manejo. O secretário do Meio Ambiente, Ike Ge-vaerd, que viu aquele parque nascer em 1993, comemorou. “Ele é o plano diretor do parque, vai definir as áreas de uso público (porque tem áreas intangíveis, de preserva-ção permanente) e também as áreas para pesquisa, os reais limites do parque e um completo diagnóstico da fauna e da flora”.Técnicos da Univali, especialistas no as-

sunto, estão sendo contratados para confecção do plano, porque já possuem muitos estudos feitos na região que se-rão utilizados, o que representa também economia no custo do plano.“Feito isso, estaremos prontos para nos habilitar a receber as compensações fi-nanceiras, provenientes de licenciamentos ambientais feitos no municipio, que hoje são feitas pela Fatma”, explicou Gevaerd.

A principal novidade na reabertura do Parque Ecológico é a instalação de 28 esculturas de diferentes artistas do Acervo do Instituto Jorge Schroeder, esculpidas em mármore Cor-teccia, de uma mineradora de Camboriú, que exporta sua produção integralmente para a Itália.O escultor Jorge Schroeder, presidente do Instituto que leva seu nome, disse que há muito tempo vinha pensando nessa possibilidade, mas nem a prefeitura, nem a Fundação Cul-tural via Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e nem a empresa que chegou a ser procurada, em anos passados, aceitaram a sugestão. “Além do local ser lindo e muito bem cuidado, tem acesso gratuito à comunidade e a arte precisa disto, estar em conta-to com as pessoas”, disse o escultor que mora em Balneário.Assim que o novo governo assumiu, Schroeder procu-rou o secretário do Meio Ambiente, Ike Gevaerd, que gostou do projeto e tudo foi adequado às normais le-gais de concessão de espaço público. “As esculturas per-manecerão por dois anos, renováveis por mais dois, se houver aprovação do prefeito em exercício na oca-sião. A ideia é que permaneçam definitivamente”, disse. Elas foram confeccionadas por 26 artistas que participaram de eventos promovidos pelo Instituto nos dois últimos anos.Segundo Schroeder há possibilidade de ampliação, com a realização de mais eventos. “Um deles em estudo é para con-templar o Labirinto do parque com obras de arte com o tema Lendas Catarinenses. “Para isso, precisamos do apoio do po-der público, porque o Instituto é sem fins lucrativos”, disse o escultor.O idealizador Jorge Schroeder(C) e colegas escultores fazem um brinde na inauguração do Parque das Esculturas

Parque das Esculturas, encontro da arte com o verde

Foto Denis Gleisch

Page 17: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

17Balneário Camboriú, agosto de 2017

Mais novas atrações estão a caminho. São elas:• Implantação de um orquidário com gestão compartilhada com orquidófilos (em andamento);• Entrega à comunidade do novo laboratório de fitoterapia dentro dos padrões exigidos pela

Vigilância Sanitária e com os equipamentos adequados (em 30 dias);• Estudo de projetos para implantação de um Centro de Visitantes, onde haverá um pequeno

museu, um auditório e um local para administração do projeto de educação ambiental Terra Limpa que a secretaria do Meio Ambiente desenvolve em parceria com a secretaria da Educa-ção;

• Revitalização do Ambiarte, de reciclagem de papel, que o meio ambiente e a educação munici-pal realizam em conjunto (projeto está pronto).

VisitaçãoHorários - De terça-feira a sexta-feira, das 13h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 17h. Segun-das-feiras fechado para manutenção.

Localização - Fica no final da Rua Angelina, no Bairro dos Municípios.

Observação - Não é permitida a entrada de animais domésticos, porque é uma unidade de con-servação. Segundo o secretário Ike Gevaerd a prefeitura estuda a abertura de um dog park nas proximidades do Parque Ecológico.

Seis mil visitantes em 30 dias

A reabertura do Parque Ecológico com-pletou um mês esta semana (29/8). Nestes 30 dias passaram por lá seis mil visitantes. Entre as melhorias que o parque recebeu as mais elogiadas pelos visitantes foram a revitalização dos canteiros de mudas de chás (foto acima), a reforma dos sani-tários, com banheiro para cadeirantes (foto ao lado), a construção da Estação de Tratamento de Efluentes compacta e a limpeza e demarcação das trilhas.

Mar

lise S

. Cez

ar

O livro mais vendido do mundoO livro ‘Quem pensa enriquece’, de Napoleon Hill, apareceu em rede nacional, na novela Pega-Pega da Globo, no dia 16 de agosto, nas mãos do renomado ator Marcos Caruso! Este livro é o livro de negócios mais lido do mundo, segundo o programa ‘Conta Corrente’, da Globo News, de fevereiro de 2014. Naquele programa eles fizeram uma pesquisa so-bre os livros mais lidos do mundo e o primeiro livro de negócios que aparece nessa lista, foi desse renomado autor, que é também o autor mais lido do mundo em negócios.

MINHA HISTÓRIA COM ESTE LIVRO Cheguei em Balneário Camboriú, vindo do interior do oeste de SC, com nove para 10 anos de idade. Vendia picolé na praia, engraxava sapatos na rodoviária, vendia lenha de casa em casa e carregava pa-cotes do caixa do supermercado até os carros, para ganhar gorjeta. Dessa forma eu também ajudava no sustento da família. Segundo a orientação da igreja que nossa família frequentava, as crianças não podiam jogar bola nem ver televisão. À praia poderiam ir somente para trabalhar. Para se divertir, era pecado. Dessa forma, restou-me apenas a leitura como alternativa de lazer. No bairro de periferia onde morávamos havia uma biblioteca pública que ficava a duas ruas da minha casa. Ela foi o meu playground.

Ponto de virada Aos 14 anos, uma leitura em especial teve um efeito significativo na minha vida e foi para mim o início de um novo momento. No outono de 1978 eu tive contato, pela primeira vez, com o livro ‘Quem pensa enriquece’. Esse livro me ajudou a curar uma das minhas feridas mor-tais, que era o medo da pobreza. Foi uma leitura de enorme ajuda para mim. Fez-me decidir de uma vez por todas como eu realizaria meus objetivos. Ele unificou o meu pensamento e me deu um caminho direto e claro para alcançar o que eu desejava. Aprendi no livro que mais de 90% das pessoas ricas não nasceram ricas. E que o fato de terem nas-cidos pobres tornou-se para elas uma vantagem competitiva ao longo de suas vidas, pois descobriram que problemas não matam. O livro me fez entender que eu não era pobre. Eu apenas não tinha dinheiro no momento. E isso foi libertador! Enchi-me de esperança e ao sair na rua no dia seguinte, meu ânimo era outro, meu olhar para o mundo tornou-se outro. Passei a cumprimentar as pessoas e fiz um planeja-mento que transformou minha vida de forma surpreendente.

Longe de casa Quem me conhece hoje, não reconhece o menino que saiu de Monte Carlo para conhecer Napoleon Hill numa biblioteca pública de Bal-neário Camboriú. Tornei-me professor universitário, palestrante internacional, ouvidor convidado da ONU. Meus livros já foram pu-blicados em três continentes. Quando falo de minha vida, não o faço por vaidade. Acredite! É porque sei que a minha história tem sim, um valor pedagógico. Aliás, como a vida de qualquer pessoa. Conto mi-nha história para dizer que tenho plena convicção de que eu não teria realizado nenhum de meus sonhos se não tivesse me dedicado ao de-senvolvimento contínuo. Ainda hoje, eu me pergunto frequentemente o que eu tenho de fazer a mais para atingir as metas que tenho fixadas, a visão que construí, e materializar os sonhos que me energizam. Por isso, desde aquele outono, em 1978, continuo estudando e pesquisando esta obra maravilhosa. O resultado da leitura do livro ‘A Lei do Triunfo’ foi tão impactante para mim que assumi o compromisso pessoal de ajudar a disseminar esta filosofia no Brasil. Hoje, junto com uma equipe de profissionais de alto nível, participo da construção de uma das maiores Escolas de Negócios para líderes do país, que é o grupo MASTER MIND. Somos a instituição oficialmente credenciada pela The Napoleon Hill Foun-dation para realizar cursos sobre a metodologia de Napoleon Hill no Brasil e em todos os países de língua portuguesa. É uma grande honra sermos herdeiros e guardiões do legado de Napoleon Hill.E você ?Quais são os livros que te influenciaram ?

colunistaJamil Albuquerque ([email protected])

Ivan Raupp

Page 18: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

18Balneário Camboriú, agosto de 2017

lágeno e elastina, que deixam a pele mais bonita e saudável e reduzem as rugas com apli-cação de agulhas especiais, muito finas que, ao serem manipuladas na profundida-de (das rugas) vão ativando a circulação e preenchendo com tecido”, descreveu.

O procedimento Antes da aplicação é feita uma limpeza profunda na pele e uma leve esfoliação. “Após aplicação das agulhas coloco muito de leve uma camada de pó de pérolas, que é um regenerador de tecido. O laser também pode ser usado para ativar ou potencializar o tratamento. Se o cliente quiser, pode ser feito uma drenagem linfática para ativar a circulação, antes da aplicação das agulhas”, orientou Isabel.

O resultadoDepende do tipo de pele, pro-fundidade das marcas, flaci-dez, ‘mas é perceptível já na primeira aplicação’, diz Isabel. O recomendado são 10 sessões (uma por semana). A aplica-ção demora média de 1 hora. E retornar de ano em ano para mais três, quatro sessões anu-ais. O tratamento é bem pro-curado por homens também, porque tem um bom resultado sem mudar a aparência como um botox ou cirurgia. “O resultado é um rejuvenes-cimento de 5 a 10 anos em pe-les envelhecidas acima de 50 anos”, afirmou Isabel.

O custoIsabel diz que é relativamente barato em relação a qualquer

outro procedimento estético, principalmente porque pode ser pago por sessão. Informações: watsap 47 99777 0720

Cosméticos Engana-se quem acha que pro-dutos naturais são sem graça. O importador Fábio Cemim, da My Vip Store, traz produtos de diversas marcas gringas que são desejados tanto por clientes finais como por profissionais da beleza. A marca americana Color Pop é uma delas e oferece batons com cartela variada, até mesmo líquidos matte, além de ser cruelty-free. Fábio conta que no começo é necessário explicar esses diferenciais, mas com o tempo o cliente acaba se tornando um consumidor mais consciente.

A acupuntura estética pode combater ou prevenir as temí-veis rugas, problemas de acne, gorduras localizadas, flacidez, celulites, estrias, queloides e até olheiras. É uma alternativa eficaz, praticamente indolor e não tem efeitos colaterais.Pós graduada em Acupuntura Estética em 2008, no Rio de Janeiro, a gaúcha Isabel Heck trouxe a técnica para Balneário Camboriú dois anos depois.

“Que eu saiba por aqui fui pio-neira”, disse.

A acupuntura estética foi des-coberta através de resultados obtidos em tratamentos de si-nusite, de dor de cabeça, enxa-queca etc, quando observou-se que as rugas e marcas ao redor diminuíam progressivamente.

“Dali vieram os estudos para desenvolver tratamentos es-téticos, como ativação de co-

Acupuntura facial acaba com as rugas?Sempre lembrada para tratar doenças e aliviar dores, esta técnica também pode ser uma grande aliada da beleza.

Arqu

ivo P

esso

al

O RZ Studio é um desses exemplos. O salão acaba de abrir as portas, na Rua 1500, em frente à padaria Trigo’s, trazendo opções de produtos orgânicos e veganos, alisa-mento sem formol, tinturas ecológicas, sem amônia e sem PPD (química forte que pode causar alergias).Essas possibilidades atendem, por exemplo, às necessidades das mulheres grávidas ou que estão amamentando, pois não são nocivos.No rol de possibilidades há ain-da tratamentos a base de argilas e óleos naturais. “É um diferen-cial, estamos plantando uma se-mente por acreditar nessa filo-sofia, esses são os nossos ideais e a procura está aumentando por ser algo novo no mercado”, defende a equipe liderada por Rodrigo Zimmermann.

Produtos naturais ganham espaço no mercado da belezaA cada dia cresce o número de pessoas que se preo-cupa com o que consome, inclusive na área da beleza. O mercado está atento a essa demanda com salões especializados e produtos naturais.

O espaço vegano e salão de beleza Détria está há cinco anos na cidade, na Rua 100, número 52. A Elisete Antônio dos Santos, dona da loja, conta que está contente com a aceitação da proposta tanto pelo público local, como pelas pessoas de fora que descobrem o lugar. Além dos serviços de salão com tratamentos faciais, hidratações capilares e esco-va orgânica, a Détria investe na comercialização de produtos naturais.Ela comenta que há produtos como por exemplo shampoo sem parabeno e sem co-rante que a pessoa pode comprar até em caso de necessidade devido uma alergia.Elisete, que é vegana, lembra que a natureza sempre nos deu o que precisamos, o que estamos fazendo agora buscando os produtos naturais é uma forma de resgate.

Além de salão

Entrega em casaPara quem quer ir além, o ateliê Rituais do Bem, localizado em itajaí, elabora cosméticos artesanais 100% naturais. É a naturóloga Dany Pimentel que desenvolve as fórmulas e os cosméticos livres de derivados de petróleo, parabenos, corantes, con-servantes e fragrâncias sintéticas. Nada no ateliê passa por testes em animais e todos os produtos são veganos, ou seja, não contêm nenhuma subs-tância de origem animal.No site www.rituaisdobem.com.br estão os produtos e preços. A própria Dany entrega em domicílio e atende Itajaí e região.

Div

ulga

ção

Foto

s Div

ulga

ção

Page 19: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

19Balneário Camboriú, agosto de 2017

É inaceitável que uma unidade de saúde referência no tratamento do câncer como o Cepon esteja prestes a cancelar atendimentos por falta de recursos.

Os mais de 15 mil pacientes de todo o Estado que precisam do serviço não podem ser penalizados pela crise instalada.

Senhor governador, onde está a prioridade na saúde tão citada em seus discursos?

Até quando, governador?

Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina. Médico filiado é Sindicato fortalecido.

100

100

100

100

100

100

Mamar no peitopode definir o futuro do bebê

O Agosto Dourado serviu para reforçar a importância do leite materno para o desenvolvimento dos bebês. Os benefícios desta escolha são muito maiores que o preconceito e a desinformação que ainda ronda o assunto.

Mitos VerdadesNão existe leite fraco. Até as mães desnutridas são capazes de produzir um leite de qua-lidade.

A pegada do bebê no seio influencia na produção. É im-portante que o bebê abocanhe corretamente a aréola.

Não existe tempo de mama-da. O bebê é quem decide quanto tempo vai durar.

É possível estimular a produ-ção do leite com contato pele a pele na primeira hora após o parto.

Pomadas não são indicadas, pois afinam o tecido do bico do peito e da aréola. O pró-prio leite tem ação cicatri-zante.

O leite pode empedrar. A mãe deve fazer massagem em movimentos circulares na mama e colocar o bebê para mamar.

Crianças prematuras ou com baixo peso podem mamar no peito. Se não conseguir sugar, pode ser por colheres ou co-pinhos.

Na geladeira, o leite materno pode ser armazenado até 12 horas. No freezer, pode durar até 15 dias.

Amamentar não deixa os seios flácidos

O aleitamento ajuda na perda de peso.

Fonte: Fiozcruz

Con-forme a

Organização Mundial da Saúde, o

leite materno deve ser o único alimento do bebê até os seis meses. Já uma pesquisa da Universidade Federal de Pelo-tas indica que o leite materno até os dois anos ajuda a redu-zir o risco de doenças crônicas na vida adulta. Frente à corre-ria dos dias e à praticidade das prateleiras, amamentar por tanto tempo se torna um de-safio, mas o esforço tem seus méritos.De acordo com a nutricionis-ta, Débora Guimarães, o leite humano é mais rico em car-boidratos e gorduras do que o leite de vaca e contém níveis adequados de proteínas e ou-tros nutrientes para o bebê. Ele ajuda ainda a fortalecer o sistema imunológico da crian-ça e previne contra doenças não-transmissíveis como dia-betes, hipertensão, obesidade e câncer.Na alimentação com mama-deira e outros leites há o risco de contaminação, já com o lei-te materno isso não acontece porque ele é estéril. Há estudos que indicam até o impacto positivo no QI, capaci-dade de concentração e escola-ridade no futuro, sem contar o importante contato com a mãe na fase oral.A nutricionista lembra que o

e mo c ion a l p ó s - p a r t o é um dos fatores que

dificulta a des-cida natural do

leite. As mães devem persistir

nas tentativas e manter-se abertas a

orientações dos pro-fissionais.

Esse preparo para a desci-da do leite não é fácil, a come-

çar pelo seu nome: ‘apojadura’, que pode levar até cinco dias após o parto. No entanto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), refe-rência no incentivo ao aleita-mento, ajuda a derrubar mitos com informações e destaca que o colostro, esse leite mais grosso dos primeiros dias, pode ser comparado a uma vacina, pois traz uma série de anticorpos.O Hospital e Maternidade Ruth Cardoso, por exemplo, tem até uma comissão de incentivo ao aleitamento materno. “O hos-pital tem a responsabilidade social com essa causa”, comen-tou a enfermeira Tatiane Assis. Lá as orientações são cons-tantes, especialmente para as mães de primeira viagem.

DificuldadesA nutricionista Débora Gui-marães lembra que o estresse é um inimigo para a amamenta-ção. “Os hormônios do estresse inibem o hormônio que libe-ra o leite e, portanto, mesmo produzindo o leite, as mães também podem não conseguir amamentar”, afirma.Se depois de tentar de tudo a mãe não conseguiu amamen-tar pode tentar os bancos de leite e em último caso a alimen-tação artificial, através das fór-mulas lácteas, que devem ser prescritas por um médico.Agora se não há impeditivo, es-timular a amamentação é es-

sencial e a nutricionista indica que há alternativas para burlar as dificuldades.“Sem julgamentos, pois cada caso deve ser avaliado e orien-tado, sou nutricionista, mas também sou mãe, aprendi a não julgar como profissional e sim entendê-las, mas é muito difícil encontrar uma mulher que não possa dar de mamar de forma alguma, podendo ser até retirado e oferecido no copinho, por exemplo”, declara Débora.

Outros alimentosA partir dos seis meses o bebê pode começar a ter contato com outros alimentos. A cha-mada ‘alimentação participati-va’ vem sendo muito discutida, como uma excelente proposta de promoção da saúde e edu-cação alimentar, porque não faz a criança simplesmente ingerir, estimula a experimen-tação.“A criança interage direta-mente, segurando, mordendo, sugando sua própria alimen-tação”, explica a nutricionis-ta. Depois desse contato, se a criança ainda tiver fome, deve ser amamentada.

DoaçãoJá para quem tem excesso de

leite e quer ajudar quem pre-cisa, a região possui banco no Hospital Marieta Konder Bor-nhausen. As retiradas são fei-tas em domicílio nas cidades de Itajaí, Balneário e Cambo-riú, com hora agendada.De acordo com o hospital, todas as doações passam por um processo de seleção, clas-

sificação, pasteurização e controle de qualidade por tes-tes realizados em laboratório.O banco de leite tem certi-ficação ouro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e serve para alimentar os bebês da Unidade Neonatal do Ma-rieta. Informações pelo 3249-9400.

Div

ulga

ção

Page 20: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Impressões da SuíçaPor Hélvion Ribeiro

• Não confie totalmente no celular. Só levei celular, porque má-quina fotográfica grande pesa, a gente tem que cuidar para não perder ou bater nos outros. Não me arrependi.

• A bagagem vai em função da meteorologia, no caso 15k (podia ser 32) por pessoa. Na volta o total deu 45k (compras).

• Não tínhamos roteiro ou hotéis reservados exceto a primeira semana em Roma e 10 dias na Suíça. Nos outros lugares, sem-pre viajando de trem, chegamos na estação das cidades e se fosse interessante, a gente descia, deixava a bagagem no malei-ro da estação e procurava um hotel. Todas as estações de trem, são no centro das cidades. O tempo mais longo para achar um hotel, foi em Berna, 2 horas! Havia congressos na cidade que estava cheia.

• Nos 54 dias de viagem entre Itália e Suíça choveu um dia e três foram nublados. Todos os dias restantes sol, em céu límpido das 7 da manhã às 9 da noite. Temperatura média 15-25C., ex-ceto duas noites suíças, muito quente, e sem ar condicionado, que eles praticamente não tem, porque lá é frio”.

“Penso em alguns cuidados básicos para viajar. Ir em boa companhia, no caso minha mulher, que é uma grande companheira. Viajamos do final da primave-ra até o começo do verão, 54 dias, entre 10 maio e 5 de julho deste ano, porque queríamos uma estação de pouca chuva, pouco frio e pouco calor. É bom es-tudar aonde quer ir, e também ajuda ouvir opiniões dos amigos. Calçado confortável (essencial) se pre-tende caminhar bastante. É nossa opção. E mais:

20Balneário Camboriú, agosto de 2017

QUANTO CUSTA?

“O preço de qualquer hotel, é mais ou menos 20% mais barato que pelo Booking ou similar. Mas acho que viajar sem reservas, serve só para quem tem bastante tempo disponível. Hoje tem este jeito mais barato de hospedagem que é o Airbnb, em que você fica na casa de alguém. É o futuro, mas não o nosso estilo. Tem também os albergues, bastante usados. A nossa hospedagem mais barata foi em Roma, 55E diá-ria para casal. Hospedagem mais cara diária de 274E, em Berna (a cidade mais bonita e mais cara) hotel 4 estrelas. Nos outros lugares pagamos em hotéis 3 es-trelas, média de 140E por noite, às vezes sem café, que está desaparecendo”.

OS PASSEIOS

“Fomos para desmistificar a Suíça e também para ver sua beleza natural, a arquitetura das vilas e cidades e a paisagem humana. Se fosse cara demais, a gente voltaria para Itália. Na Suíça, por 25 dias, acertamos bem a questão de transporte pela compra do Swiss Travel Pass - 420Euros por pessoa, para por 15 dias, poder viajar para qualquer lugar do país, em segunda classe, por trem, ônibus ou barco e podendo ver qual-quer um dos 480 museus estatais (a grande maioria). Foi ótimo. Você chega em qualquer estação, decide onde quer ir na hora ou qualquer outro dia, consulta o balcão de informações que lhe dá impresso os ho-rários dos trens - da partida e da chegada! Funciona perfeito como o relógio suíço. Na Suíça recebem Euro em todos os lugares, mas o troco vem em francos

suíços, que tem valor mais baixo. Lá não é o melhor lugar para ver museus. Arte é na Itália. O principal da Suíça é a natureza e a beleza das cidades e vilas. Não tive muita sorte nos vinhos que escolhi, mas a beer, era muito boa. O que tem de parreiras de uva e oliveira é impressionante”.

A GASTRONOMIA

“Nos hotéis funciona a lei da oferta e da procura. Su-biu a demanda, sobe o preço. A Suíça, onde o imposto é muito alto, é muito mais cara do que a Itália ou Ale-manha. Principalmente os restaurantes. Se a gente co-mia mais ou menos bem na Itália por 30E o casal, sem bebida, na Suíça o mesmo custa 90E. Mas a qualquer hora se vê milhares de pessoas comendo sanduíches ou pizza na rua, em pé, sentados em qualquer lugar, calçadas, muros. Isto jovens, crianças, adultos ou ido-sos. Também tem pouca carne de gado. É muito porco e galinha. O caminho é mesmo comprar alimentos e bebidas nos mercados. Até hoje não encontramos co-mida com a qualidade, preço (apesar de tudo) e quan-tidade, como no Brasil. Lá, restaurante mesmo, foi raro”!

AS PESSOAS

“Surpreendeu o número de pessoas fumando na Su-íça. A juventude é muito bonita, como a nossa, e se veste do mesmo jeito. Se vê poucas pessoas obesas. As mulheres mais idosas, cuidam muito menos dos ca-belos do que as nossas, não costumam tingir e usam roupa de cor neutra. Muita, muita gente viajando so-

zinho (a). Muitos adultos e idosos de mochila nas cos-tas, de bicicleta ou a pé e até de muletas. Milhares de pessoas fazendo trilha em todos os lugares”.

OS HABITANTES

“A Suíça é pequena tipo Santa Catarina. Lá tem 8 milhões de pessoas. São ricos e organizados. Poucos turistas. Mas o pessoal do país curte muito viajar. As pessoas são educadas, cordiais, mas sem afetação. Não se vê muito exibicionismo, nem nossa tensão constante. Eles passam a impressão de que estão de bem com a vida. Não vimos vendedores na rua ou pe-dintes. O país é muito equilibrado. O salário mínimo é de 9 mil reais. Por outro lado não existem salários muito altos. Não há pobreza. Percebe-se imensa preo-cupação com a ecologia e com a natureza”.

O casal imitando Freddie Mercure. Em Montreux

Zurich, a maior cidade suíça.

Foto

s Arq

uivo

Pes

soal

Page 21: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

21Balneário Camboriú, agosto de 2017

.

.

.

www.wja.com.br

As cidades encantam

Hélvion e Ieda Ribeiro moram em Balneário Camboriú.

“A maior cidade Zurick, é tipo Curitiba, mas mais bonita. Ali se vê alguns policiais. Nas outras cidades ou vilas não se vê policiais, guardas de trânsito, seguranças, nada. As cidades são pequenas tipo as nossas do Vale do Itajaí. Se você fica no centro do país, pode em 2 horas de trem estar em qualquer extremo. Viajar sem malas é tranquilo, porque os trens são muito confortáveis. Muita gente leva comida e bebida para o trem. Levam também malas e bicicletas. Patinete é muitíssimo comum para qualquer idade. Qualquer cidadezinha como Ilhota, tem quase 50 trilhos de trem. O suíço se dedica demais ao esporte. Muitos clubes, quadras, pra-ças esportivas ou esportes ao ar livre. Os campos de esqui estão fechados nesta época. Deu pra ver que esquiar é um esporte caro, porque chegar nas montanhas, exige roupa e transporte especial.O povo é na imensa maioria claro, e há poucos imigrantes. Mui-tos portugueses trabalham nos hotéis. Muitas pousadas são to-cadas pela família. Há dificuldade na mão de obra de serviços.Davos, Basel e Zurich, não são tão espetaculares, mas dezenas das cidades e vilas que conhecemos são formidáveis. Algumas cidades belíssimas não me saem da cabeça: Berna, St. Moritz, Zermatt, Spiez, Interlaken, Lucerna, Disentis, Montreux, Cons-tance (na divisa) Brig.Outra coisa, ninguém te engana. O que é seu, é seu, o que é dos outros é dos outros. Também não foi possível perceber o gigantesco sistema bancário que todos sabem que exis-te lá. Zurich tem uma área de prédios de vidro, mas bem menor que a de Balneário Camboriú. Não vimos nenhuma cidade que tenha tantos prédios e tão altos como a nossa. Ver casas, vilas e cidades de mais de 500 anos é muito comum. No campo se usa muito o que tem no local. Muitas casas de pedra e madeira, sem pintura, só com verniz ou óleo na cor da madeira. Eletricidade, sistema hidráulico, aquecimen-to e vedação das aberturas é perfeito. Toda a eletrificação nas cidades grandes ou pequenas é subterrânea. Nota-se muito pouco barulho. Nos mercados sempre existem algumas caixas, que a pessoa contabiliza e paga sozinha.Pensei que tinha visto favelas, mas eram áreas de 600 a 700 pequenos lotes agrupados, de 6x8m, com uma barraca ou um trailer, onde eles passam o dia ou o fim de semana na beira do lago, e fazem uma pequena horta, onde adultos e crianças plantam. A área rural, é toda mecanizada, são pequenos tra-tores, com campos plantados de feno e vaquinhas com sino no pescoço. O passado e o futuro convivendo”.E

Não há uma língua suíça. Lá dois terços fala alemão, o resto fala francês na região perto da França e o italiano,

perto da Itália, mas todo mundo fala o inglês básico

Numa cidadezinha me avisaram que se colocasse uma garrafa de vidro no lixo orgânico, e fosse descoberto, haveria uma multa de 800 Euros

A única decepção foi com a maior cachoeira da Europa, no Reno,

Rheinfalls, com apenas 23m. de queda. Foz do Iguaçú dá de 10 a 1. O tempo passou muito rápido,

neste período nasceu nossa quarta netinha - prematura – coração

dividido e o gerente do banco com muitas saudades de nós

Uma coisa estupenda é o sistema de transporte. Se tem morro, tem túnel. Se tem precipício, tem elevado. Se a montanha é íngreme, tem bondinho. A

malha ferroviária é gigantesca. O transporte mais usado são as pernas, depois o trem, o carro e patinete. Poucas motos. Sem falar nas milhões de bicicletas.

O pedestre é rei. Pára trem de cidade, pára carro, pára ciclista, pára tudo. Mas pára longe do pedestre, tanto na faixa como fora dela. Perguntei a um militar fardado no trem, o que acontecia se alguém atropelasse um pedestre e fosse considerado culpado. Ele respondeu: Tem que pagar a conta do hospital e se

houver sequela, tem que indenizar. Taí o porque do cuidado.

.

Estacionamento bikes, Zurich

Bern, a capital

Paisagem rural

Imperia, poderosa prostituta, o rei e o papa nas mãos.

Lago Constance

Disentis, 2100 habitantes

Jovens no lago de Zurich

Hotel em Montreux

A belíssima Luzerna

Page 22: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Quando uma pessoa da iniciativa privada assume uma função pública ela estranha, porque é muito diferente. Aconteceu contigo também?A maior diferença é o tempo de gestação para as coisas acontecerem, seguir todos os processos, os protocolos e aguardar as decisões dos editais, do depto de compras...etc. Isso torna a atividade do setor público um dos mais eficazes tratamentos para ansiedade, tolerância e paciên-cia. É uma experiência interessante, está me ensinando a encontrar um equilíbrio entre esses dois mundos corpora-tivos. A principal surpresa é que por mais que eu sou um morador daqui há 45 anos e achava que conhecia alguma coisa da cidade e cidadania, foi um choque perceber que eu era um completo ignorante como cidadão.

Em que sentido?No sentido de como as coisas funcionam, sentido em qual que é a atribuição ao governo, sentido de que começou a ir, comecei a compreender e como a população também precisa entender como funciona o mecanismo, porque se não passa a existir uma atribuição e um uso deturpado do sistema. Percebi que nesses sete meses, talvez 60% da ocupação dos servidores públicos é pra resolver problemas que não tem importância nenhuma.

Quer dizer, gastam tempo em bobagem...Nós como cidadãos, não aproveitamos a principal atri-buição que é a do governo e em contrapartida o governo também não se desperta de qual é a principal finalidade dele. Deveria ser equilibrado mas tem as intenções políti-cas, tem as atribuições de gestão, administração do mu-nicípio, acaba criando uma tendência ficar mais no lado da preocupação política. E isso é muito ruim, porque a

preocupação política não deveria ser o propósito principal da administração pública, deveria ser administrar. E pra administrar, você tem que fazer com que as pessoas en-tendam qual que é o papel dessa administração, senão a própria população fica pressionando pra ter assistencialis-mo ou para ter privilégio individual. A maioria do cidadão procura muitas vezes as secretarias, os orgãos públicos para resolver o seu problema individual. Raramente você encontra alguém que chega lá com um propósito coletivo (...). A partir do momento que o prefeito atual abdicou de algumas escolhas políticas e colocou algumas escolhas téc-nicas lá dentro, isso já foi uma tendência a mudar. De uma forma muito devagar, mas já é um movimento positivo. Tive o privilégio de ter a confiança do prefeito para assu-mir a pasta da cultura, que teoricamente é uma das pastas mais leves de se conduzir.

Mas só teoricamente, porque mexer com cultura não é uma coisa fácil.Ela é mais leve com relação a responsabilidade da opinião pública, não é uma questão de vida ou morte e em contra-partida percebi que historicamente falando de cultura x relação governos, a cultura é o último da fila nas pastas. O próprio governo não dá importância a isso, não entende que a cultura pode permear todas as atividades de governo (...).

Nestes sete meses parece que a cultura já ganhou uma outra conotação na cidade, você sente isso? Sinto e tenho também ouvido muito isso. E o que percebi, é que as pessoas estão sentindo um movimento, uma vibra-ção diferente. Já tentei me perguntar o porque disso. É ób-vio que a mudança de gestão e um perfil diferente, porque não é político já é um ponto…tive oportunidade de compor

a equipe que eu gostaria, não indicando pessoas de fora, até usando as que já tavam lá (...).

A presença da cultura dando respostas se tornou uma marca da equipe, sempre presentes nas redes sociais, explicando, esclarecendo a população,. isso é novo…O governo não pode omitir nenhum tipo de informação, porque a omissão faz parte do jogo político. Muitos já te questionam querendo que você fale a resposta que querem ouvir e se a resposta não é a que querem ouvir, você co-meça a ser o patinho feio da história e ninguém tá falando nenhuma inverdade. Gente que vai lá pedir apoio, por-que eu preciso comprar uma passagem…Desculpa, mas a gente hoje não tem instrumento legal pra poder te pagar uma passagem. “Como assim? Sempre foi feito”. Não tem, eu não posso chegar da noite pro dia e se eu banco uma passagem pra ti, vou ter que bancar pra outro... Se eu não tenho critério de isonomia, eu não posso fazer. Desculpa, pode ser amigo, pode ser o que for, né… então quando você começa a responder isso... já conquistei alguns inimigos. Um queria participar de um show à força, querendo ga-nhar um cachê exorbitante perto do trabalho que ele apre-senta... e ele me mandou mensagens super desaforadas, dizendo que quem que eu achava que eu era? Que eu tava julgando o trabalho dele e eu disse, eu não tô julgando, te-mos um edital de credenciamento, que uma dupla custa R$ 1200, R$ 1500… Tá lá é o padrão (...).

É um jeito de mostrar que as coisas mudaram. A grande conquista dos primeiros sete meses é você come-çar a naturalmente afastar os ratos, e isso é muito legal, porque daqui a pouco você dá o lugar às pessoas de bem (...).

George Varela, 46, catarinense de Blumenau, mora em Bal-neário Camboriú desde 1971, não tem formação acadêmica ‘mas estudei no João Goulart, Ivo Silveira, Maria da Glória e no Armando César Ghislandi’, assumiu no começo deste ano, um novo desafio em sua bem sucedida carreira como empresário e designer, quando aceitou convite do prefeito Fabrício Oliveira para administrar a Fundação Cultural. Ca-sado com Meri Dalcegio Varela, dois filhos, Georgia, 21 e João Pedro, 18, curte fotografia e estrada, além de trabalhar, que ele inclui entre suas atividades de lazer.

Para comer, adora farofa de ovo, carne de panela (receita da mãe Glaci), arroz com lingüiça, salmão, côngrio, sardi-nha, tainha, camarão. ‘Ah, bananinha com massa de pastel e uma garrafa de laranjinha tem sabor de nostalgia’. É em-polgado com a nova função, humilde quando diz que está sempre aprendendo e confiante quando fala que pretende dar um novo rumo à cultura municipal.

Se criar cultura só como atrativo, ela morre na casca

George VarelaentrevistaPresidente da Fundação Cultural de BC

Por Marlise Schneider Cezar & Daniele Sisnandes

Balneário Camboriú, agosto de 2017 22

Foto Waldemar Cezar Neto

Page 23: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Políticas públicas mais claras podem ser o instrumento que falta.A questão das políticas públicas precisa ser reconstruída. Tem muita coisa boa, mas as coisas vem viciadas, porque uma das dificuldades da tua primeira pergunta “qual foi o choque de sair da iniciativa privada para iniciativa pú-blica?’, é que na pública a tua decisão tem que passar por várias fases, comissão disso, daquilo, conselho disso, da-quilo… Se essas pessoas trabalham de boa fé e tem conhe-cimento, tem muita contribuição para dar, mas ao mes-mo tempo tem muita perda. Porque nas comissões já há dissidência e lá elas são formadas por pessoas que muitas vezes tem interesses pessoais e que acabam levantando a voz justamente para quê?... Para defender os seus interes-ses (...). Aí você tem políticas públicas que foram feitas no nosso plano municipal de cultura, em 2013, 2014 e você vê lá que boa parte não tem mais serventia. Algumas coisas são boas, algumas coisas são pertinentes mas, fazer um plano é praticamente fazer uma profecia né?

Você pensa em reformar esse plano municipal?Não, na verdade a gente tem que obedecer algumas regras. Ele vai passar por uma revisão agora, isso é um pouco en-gessado. Mas por um lado é bom, porque senão vira uma casa da mãe joana. Percebi pelo feedback que tive, é que no começo tivemos algumas reuniões pelo conselho que fo-ram mais conturbadas. Mas eram pessoas que tinham ma-nifestações mais políticas às vezes e queriam beneficiar a cultura, só que acabavam criando discussões que não dei-xavam contribuição e agora, o que se percebe que estão na mesma sala representantes de várias câmaras setoriais, de entidades civis, e ao mesmo tempo as discussões parecem que se tornaram mais positivas (...). Então, quando a gente fala da vibração da cultura na cidade, eu acho que é resul-tado de tudo isso. Uma que realmente as pessoas que che-gam querendo trazer viés político não vão ter vez, mesmo que seja do governo (...). Então começa nessa credibilidade, nessa movimentação dentro da Fundação, porque quando cheguei, encontrei uma repartição pública, com funcioná-rios fazendo hora e a partir do momento em que começou a ter demanda, e aí começou a ter uma relação também de liderança ou de trabalho em equipe... praticamente se você for na Fundação não tem funcionário público mais lá. O pessoal fica o final de semana todo envolvido quando precisa.

O primeiro ato prático foi fechar a Galeria de Artes anexa ao Teatro Municipal. Em que pé tá aquilo lá?Vamos abrir nos próximos dias, está faltando só o piso agora. Infelizmente como várias obras públicas, ela é cons-truída pelo maior preço possível com a pior qualidade pos-sível e lá não foi diferente. Os registros que a gente tem, é de que logo após a inauguração há 3 anos já teve problemas de goteiras, sem falar de alguns acabamentos de péssima qualidade e péssimo gosto (...).

A Galeria está junto de outro ‘pepino’, que é o teatro...Aquele mezanino foi mal projetado. A gente tem dois pro-blemas lá. Um é a régua da iluminação que atrapalha a vi-são e o outro é a inclinação das poltronas, que tem uma área aqui e ali, que praticamente você não consegue assis-tir o espetáculo. Aquilo não tem como desmontar, o que tem é no segundo momento fazer uma repaginação das

A grande conquista dos primeiros sete meses é você começar naturalmente a afastar os ratos““ ””

Se criar cultura só como atrativo, ela morre na casca

23Balneário Camboriú, agosto de 2017

poltronas, fazer um levantamento e estamos orçando para corrigir, melhorar estes problemas.

Uma mudança que todo mundo está vendo é a feirinha livre bombando...qual é o segredo? Acho que em primeiro lugar foi a Fundação assumir aqui-lo, porque ela tinha a jurisdição sobre aquilo, mas ela foi terceirizada e entregue aos poucos remanescentes que ficavam na feira. Ali existia uma relação quase de proprie-dade de algumas pessoas e não funcionava (...).

Até o nome era uma confusão...É, cada um falava de um jeito, a Praça da Bíblia, Praça do Artesanato, Praça do Índio, a Praça da Lagoa...e Praça da Cultura foi a última coisa que ouvi, só que pra nós era um nome muito mais sonoro, com potencial para trabalhar. Começamos a orientar todo mundo...ali é Praça da Cul-tura. Segundo ponto, nas primeiras semanas passei meio cedo, 6h da manhã, pra ver o horário que eles não estavam. Haviam entre oito a 12 barracas que ficavam ali como se fosse uma formação medieval de guerra. Faziam um qua-drado, que tinha um ponto que era privilegiado e os outros não. E então era todo mundo se cuidando para o outro não ganhar mais, ou tipo, pra eu ficar no lugar melhor. Que é um pensamento de sobrevivência, mas não está certo. A gente fez o reordenamento. Só que ela avançava pouqui-nho. Meu sonho é que ela chegasse até o final do ano, pelo menos até a Alvin Bauer, porque a hora que preenchesse aquele espaço, daria pra trabalhar a sinalização. E eles re-clamando, “tô pensando em ir embora, não vou ficar aqui e tal’. Aí comecei a perceber que precisava atrair novos, começamos a convidar pessoas que tinham um potencial maior de atração e de qualidade do produto. E a gastrono-mia fazia parte disso, porque feira nenhuma se sustenta sem (...).

Agora tem liderança no controle, aí funciona.Fizemos parceria muito bacana com a Vigilância Sanitária que nos orientou, secretaria de Administração também, o nosso diretor William Goulart, que era administrativo

jurídico. Temporariamente fizemos o novo decreto que o prefeito assinou e passamos a ter um instrumento para poder legislar sobre as feiras em espaços públicos. Aí co-meçou a crescer exponencialmente aquilo (...).

Ela já ultrapassou a Alvin Bauer muito antes do que tu imaginava e chegou na Higino Pio, sempre vazia…A Higino Pio precisa de reforma, vamos chegar lá. E na úl-tima de julho, a gente já conseguiu o impensável, uma feira que ocupasse a avenida da Lagoa inteira. Hoje já estamos na Higinio Pio, tem uma fila de espera de 60. Nós estamos com 100 feirantes na Praça da Cultura. E a parte norte da avenida da Lagoa já começou a ser ocupada também.

Agora falta dar vida à Feira do Artesanato, aquela das casinhas...todo aquele burburinho em volta e aquele corredor sempre vazio…Acho que aquela entrada ali inibe. Porque todo mundo acaba se sentindo bem onde tem fluxo e aquilo parece um corredor polonês. Hoje esse é o nosso maior dilema ali. São 38 lojas. Estamos ensaiando reduzir, até porque temos di-ficuldade pra encher aquelas salas, porque é compromisso todo dia. Se é compromisso todo dia, só o artesanato não sustenta isso. Até tive uma reunião com eles falando que não vamos criar falsas expectativas porque o artesanato, o consumo de bens, está caindo (...). Falei que eles tem que tornar seus produtos mais atraentes, temos muito a evo-luir, tanto nas artes visuais quanto no artesanato. Só que são 38, a nossa intenção é que aos poucos quem realmente não tem resultado que se convide a sair, pra liberar o lado de lá, a nossa intenção é trabalhar com serviços gastronô-micos constantes, suco, cervejaria artesanal, geleinha...

Levar as pessoas lá pra dentro...Preencher aquele espaço de mesas e fazer uma cobertura. Então você vai ter 19 lojas de artesanato com um padrão e você pode ocupar aquele espaço para tomar um chá, um café da tarde, o pessoal descer dos prédios. Você pode per-ceber que as pessoas estão fugindo do rótulo do espaço comercial, ninguém mais quer (...).

Page 24: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Vai ficar definida uma grande área de artesanato, artes, cultura, música, gastronomia e sobretudo, convivência...Sim, o projeto pra lá é fazer um ligação quase com a Ta-mandaré, como se fosse um grande boulevard. Mas isso vai demorar quatro, cinco anos. Então por hora a gente re-solve esse dilema, coloca lá cobertura, mesinhas no meio, serviço de gastronomia e aí vai ficar todo mundo feliz.

Você também falou de um projeto para colorir a cidade com a arte do grafite. Ainda está de pé?Sim, de vento em popa. Acho que foi uma das coisas que mais caminhou, mesmo com poucos recursos. Enfim, a gente tá vendo agora como botar no registro de preços tin-tas de grafite, acho que isso vai ser inédito na Fundação Cultural. Conseguir comprar pra poder fomentar os pai-néis da cidade. Já tem vários lugares mapeados que a gen-te tem intenção de poder manifestar a arte do grafite nos muros e em volta deles. Tem a beirada da ponte lá na Vila Real, tem as duas laterais da ponte. Tem alguns muros aqui que você vê que estão completamente descuidados, são de extensões grandes e que merecem uma manifestação as-sim. A gente já fez a revitalização do painel da Praça da Cultura. Tem um projeto de trabalhar com pai-nel, com mural artístico nas laterais do teatro, e já temos um orçamento, só estamos vendo a viabilidade, já convidamos um artista. Estou com os contatos do Cobra e dos Gême-os, que são nomes internacionais de muralismo. A ideia é conseguir trazer pelo menos um deles pra cá, talvez ano que vem.

Mesmo com o dinheiro de certa forma limitado, dá pra fazer um monte de coisas...Dá pra fazer e isso que a gente ain-da não conseguiu articular com a iniciativa privada e tem uma aber-tura. Deixa aquecer um pouquinho a economia e com a credibilidade que o prefeito tem hoje perante o empresa-riado, e a Fundação também fazendo um trabalho bacana, a Fundação de Esportes também, a do Turismo também, eu acho que vai dar pra conseguir fazer com que as pesso-as entendam que isso não é doação, isso é um investimen-to na cidade. Um mural do Cobra, a estimativa é que custe R$ 300 mil. Aí vão falar, vocês são loucos pagar tudo isso pra um cara pintar... tem que olhar só o atrativo que isso traz pro turismo...

A Festa do Bonsucesso na Barra é outro exemplo que mesmo sem gastar muito dá pra fazer...A Barra merece ser valorizada como parte de Balneário Camboriú. Vamos romper um pouco esses paradigmas, ah não, show de grande expressão tem que ser no Pontal Norte ou na Tamandaré. Legal, sempre vai ser, mas e se levar um evento pra Praça da Barra? A gente quebra o ví-cio, né? Eu acho que essa foi a grande contribuição, então o investimento acabou sendo baixo se considerar o retorno que deu. Estamos colocando isso no próximo calendário, então não vai mudar. Outra mudança: por que comemorar só dia 20 se temos o mês inteiro de férias? Já temos o Bal-neário Saboroso o mês inteiro, temos peça de teatro, com-petições, por si só o mês de julho já atrai. Se você vai em julho para Campos do Jordão, a cidade tá efervescente. As maiores marcas do país estão lá. A KIA manda robô, vem do Japão um robô gigante fazendo transformers, a BMW faz carros de neon na praça. São marcas mundiais de car-ros, de bens de consumo de alto valor agregado e não tem como andar por lá, todo mundo vai sabendo que julho é o mês mais caro de todos(...). Então em julho vamos tra-

zer eventos para rua, podemos celebrar o mês inteiro. É só uma mudança de conceito. Aliás esse ano tudo o que a gente está fa-zendo, tá sendo 80 ou 90% con-ceito e esforço e o resto que é investimento.

O que tem pela frente na sua área agora?Nosso objetivo é o calendário do ano que vem. Até lá nós teremos que cumprir algumas coisas que são muito difíceis de rom-per uma tradição, independen-te se ela foi jogada do jeito A ou B, uma delas é a Semana Farro-pilha, que tem um investimen-to alto e vamos realizar com investimento bem menor esse

ano, e ano que vem ela será repaginada e provavelmente mudar de lugar (...). Existem outros eventos que estão para acontecer, hoje a gente está com a agenda do teatro quase fechada…

Com relação a LIC, o que vai mudar?Ainda vamos ter que manter ela sendo lançada num ano para executar no outro. Mas o nosso objetivo é que acerte o ano do exercício até o final da gestão (...). O edital quere-mos lançar até dezembro.

Além do Cinerama, o que mais tem de grandes eventos até o final do ano?O Festival de Fotografias que aconteceu agora, o Festival de Música, Festival de Cinema…

O Festival de Música vai permanecer nos moldes que vinha sendo feito?Talvez vai ter algumas alterações. A ideia era que a gente conseguisse fazer um festival de músicas de Santa Catari-na autorais, mas é meio que um revive assim, reunir o Ex-presso, toda aquela velha guarda, o Engenho, Dazaranha… pegar pessoas daqui, que tem músicas, que criam músicas o Escova do Estação... e fazer um mega festival de música...

Até hoje a cultura foi subvalorizada como potencial para atrair turistas...Acho que o potencial é enorme, mas ele tem que ser ver-dadeiro. Não posso criar cultura para turista ver. Vamos fazer a cultura para nós. Para que a gente se alimente dela e pra que a gente produza para ela...

Para que quem vem nos visitar admire... Se criar cultura só como atrativo, ela morre na casca. Pri-meiro que BC é uma cidade multicultural, vamos parar de querer puxar pra uma vertente só, essa cidade é multicul-tural e pronto. A mistura de pessoas, de manifestações ar-tísticas que a cidade tem, elas são pequenas, mas elas são completamente diferentes e valiosas (...). A própria cultura gastronômica, aqui ela não é valorizada como tal...mas com a faculdade de gastronomia, melhorou muito (...). Va-mos fazer com que cada esquina tenha uma manifestação. Vamos assumir que Balneário é multicultural e vamos jun-tar tudo que temos e começar a dar holofotes pra isso.

Você ficou com pouco tempo para sua empresa, para pas-seios de moto, cuidar da cultura municipal é uma espécie de realização pessoal?A realização pessoal se realizou primeiro em me tirar da ig-norância como cidadão, primeira grande surpresa. Segun-do, que eu tenho um estômago de avestruz, pra poder en-golir um monte de coisas que discordo e isso é um desafio constante de exercício de paciência, de tolerância, de não julgar, porque muitas vezes fiz um prejulgamento, porque fui informado por outras pessoas e aí aprendi a ouvir me-nos as outras pessoas (...). Muitas vezes no poder público o que você pode entregar é atenção e uma boa vontade em não trancar as coisas (...). Tem o fato de eu ter acesso a um monte de coisas que eu não conhecia e que eu adoro. Os ateliês de artesanato, participar dos bastidores do teatro, observar aquilo e isso acaba sendo compensador, porque sempre adorei informação. Então hoje estou num parque de diversões de informação artística e cultural, que é o que eu sempre gostei. Então nesse ponto estou realizado.

Escritórios em: Balneário Camboriú, SC • Itapoá, SC • Paranaguá, PR • Porto Alegre, RS

24Balneário Camboriú, agosto de 2017

BC é multicultural, vamos juntar tudo que temos e dar holofotes para isso.““

““

Estou num parque de diversões de

informação artística e cultural, que é o que

sempre gostei

““””

Page 25: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

25Balneário Camboriú, agosto de 2017

Page 26: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

26Balneário Camboriú, agosto de 2017

Page 27: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 27

Ceviche de camarãoIngredientes*500 gr de camarão fresco sem casca

*1 cebola roxa pequena cor-tada em tiras finas

*300 ml azeite de oliva

*Pimenta calabresa

*Tempero verde picado

*Coentro picado

*Páprica picante

*100 gr de pimenta bi-quinho

*Sal a gostoModo de PreparoDar um choque de 30 se-gundos no camarão na água fervendo temperada, escorrer bem e deixar es-friar, na sequência acres-centar todos os ingredien-tes inclusive o azeite de oliva e corrigir o sal.

Sugestão para servir: na fo-lha de endívia ou com pão italiano.

três décadas de destaque na gastronomia de Balneário

CULI

NÁRI

A

O Pharol:O restaurante O Pharol é um dos personagens mais marcantes da cena gastronômica de Balneário Camboriú devido à clientela fiel, à qualidade da sua comida e aos 30 anos de atividades.

Aos 18 anos de idade seu proprietário, Ébio Moreira de Oliveira, veio de Pato Bran-co (PR) para trabalhar numa lanchonete. Depois foi para O Pharol, onde aprendeu tudo sobre o ramo de alimentação.Em 1992 o dono do restaurante faleceu e Ébio se tornou sócio dos herdeiros. O res-taurante progrediu, anexou a Churrasca-ria Zequinha na Barra Sul e sua capacida-de pulou de 200 para 600 lugares.Há três anos foi necessário mudar, após o terreno na Barra Sul trocar de dono para a construção de um edificio.O Pharol veio para o Centro, ocupando uma grande área no lendário Edificio Im-peratriz, bem no meio da “muvuca” turís-tica, o que ampliou a clientela.No entanto, quando o edificio na Barra Sul estiver pronto Ébio pretende voltar para lá, provavelmente com um segundo restau-rante.

A legislação municipal, sabiamente, prevê que se num terreno onde existia um res-taurante for construído um edifício, deve ter uma área reservada para a atividade original.

Na verdade Ébio tem outro empreendi-mento no ramo, o restaurante flutuante ancorado no molhe da Barra Sul. É uma atração e a vista para os frequentadores um privilégio.

O cardápio do restaurante O Pharol é ec-lético, porque segundo seu proprietário, não é possível oferecer apenas frutos do mar. “Um grande atrativo para o turista é a variedade e qualidade da gastronomia da nossa cidade, há excelentes restaurantes”, comentou.

“O cliente não sai daqui sem ser atendido temos até comida japonesa nos finais de semana e no verão todos os dias”, reforça Ébio sem esquecer de mencionar a feijo-

ada aos sábados que é uma das melhores que se pode comer em Balneário.

O acerto da diversificação resulta em vendas, os dois pratos mais pedidos no O Pharol são rodízio de frutos do mar e filé mignon.

A expectativa do empresário é otimista, considera a cidade linda, bem cuidada e com um futuro econômico promissor de-vido ao Centro de Eventos e à recepção de quase duas dezenas de navios de cruzei-ros, desejos antigos da comunidade que se realizarão já neste ano.

Já ao final da entrevista Ébio -que preten-de adicionar toques da culinária peruana ao cardápio- perguntou ao repórter se já havia provado ceviche de camarão. “É de-licioso”, pontuou. Diante da surpresa, for-neceu a receita que segue ao lado para os leitores testarem em casa.

Por Waldemar Cezar Neto • ([email protected])

Hébio com os filhos, Agatha Cristina e Júnior

Page 28: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

28Balneário Camboriú, agosto de 2017

Page 29: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

29Balneário Camboriú, agosto de 2017

BC Foto Festival espalhou arte e cultura pela cidade

Os lambe-lambes foram um marco do festival e da cultura na cidade, que nunca recebeu uma exposição fotográfica em tão larga escala e com essa interação social. A arte conti-nua espalhada pelas paredes da cidade. Ajude a manter preservada essa arte de rua.

Colagem fez os tapumes mais culturais da cidade

Araquém Alcântara deu uma aula de fotografia e natureza

A terceira edição do BC Foto Festival aconteceu de 24 a 27 de agosto no Teatro Municipal, SESC e Galeria Municipal de Arte, além das exposições em pontos alternados da cidade, como a praça da Barra, BC Shopping e Passeio San Miguel. Organizado pelos fotógrafos Flávio Fernandes, Marcelo Fernandes e Celso Peixoto, o BC Foto Festival teve apoio da prefeitura e pretende manter-se no calendário cultural da cidade em 2018. Palestras, oficinas, intervenções urbanas e feira de livros fizeram parte da programação. Confira os destaques.

Olhares Urbanos, exposição a céu aberto

Palestras com grandes nomes

Cerca de 140 lambe-lambes foram colados em Balneário Cambo-riú, formando uma grande exposição coletiva a céu aberto. As ima-gens foram selecionadas na Convocatória “Olhares Urbanos”, que teve cerca de 600 fotografias inscritas. Lambe-lambe é o “apelido” de cartazes criativos, muito utilizados na arte urbana.A colagem aconteceu uma semana antes do festival, no dia 19 de agosto, numa intervenção coletiva sob a supervisão do fotógrafo Nilo Biazzetto Netto, de Curitiba. “Essa exposição é feita com uma impressão gráfica no papel couchê e uma mistura de cola branca e água. Ela dura aproximadamente um ano”, comentou o especia-lista, que também ministrou a palestra “A Fotografia e o Poder de Transformação” durante o Festival.Há painéis com lambe-lambes nos muros da Estação de Tratamen-to da Emasa, na Avenida das Flores, Avenida da Lagoa, esquina com a Alvin Bauer e no Atelier Casa Linhares, no Bairro da Barra.

Mais de 1200 pessoas passaram pelas palestras, oferecidas gra-tuitamente no Teatro Municipal, com grandes nomes da fotografia brasileira. Araquém Alcântara, Nilo Biazzetto Neto, Kazuo Oku-bo, Rosely Nakagawa e Ronaldo Entler abordaram diferentes te-mas e trouxeram muitas histórias para o público presente. Além das palestras aconteceram oficinas e aulões de especialização.

Julia Peixoto

Denis Kerber

Melissa Loretto

D esde sua fundação, em 1993, o SindiCont Litoral busca a valorização, integração e a qualificação da

classe contábil em nossa região. Nestes 25 anos de luta, diversos cursos, eventos e reuniões foram realizadas para aumentar a representatividade da categoria. Com a atual diretoria, conseguimos trazer para Balneário Camboriú dois importantes eventos, a XXX Contesc - Convenção da Contabilidade do Estado de Santa Catarina que será rea-lizada em setembro deste ano e a 21ª edição do Congresso Brasileiro de Contabilidade, que ocorrerá na cidade em 2020. E é você, contabilista que queremos agradecer, pois juntos somos mais fortes.

Silvio Ribeiro Presidente SindiCont Litoral

Page 30: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 30

CASAMENTO POR AMOR

Afazendada para as bandas da Picada do Canoas, onde geria com mão de ferro os campos inçados de guamirim e cara-guatá, semeados de cupins bem altos, de pequena proprie-dade herdada dos pais, Nhã-nhã Botina assim se tornou conhecida pelos resmungos que emitia quando concorda-va com alguma coisa: nhãnhã, nhãnhã! Apesar da vida pobre que levava, impava-se de orgu-lho e humana vaidade por uma razão que enchia sua alma: a filha mais velha, moça sem grandes atrativos, estava ca-sada com Osmânio das Neves, um dos homens mais ricos da região, cujos teres constavam de terras, pinheiros, gado, di-nheirama posta a juros e... he-ranças sem fim. É que se dizia, ainda que pelas costas, que ele não conseguia empobrecer e quando os maus negócios in-dicavam que ficaria à míngua, morria algum parente e uma bolada de herança vinha sem esforço às suas mãos. Verda-de ou lenda, o fato é que vivia em constantes trapalhadas, limitando-se a mal adminis-trar suas coisas e jamais tra-balhava. Dedicava à sogra um tratamento especial, regado a mimos e gentilezas, inclusive porque sabia com quem lidava.Nhãnhã, enquanto isso, des-frutava da fama de má e desin-formada. Corriam histórias a seu respeito, umas cabeludas, outras engraçadas. Dizia-se que, numa roda onde se fala-va sobre a África, ela teria per-guntado a um dos presentes: “Doutor, elefante cóme gente?” Por outro lado, quando alguém desagradava pessoa da famí-lia, seu conselho se repetia: “Mande matá, meu fio! Mande matá!” Diante disso, a distân-

cia se recomendava e vizinhos precavidos evitavam maiores contatos com a matrona.Mas vai que um dia a filha ado-eceu, os tratamentos foram inúteis, e Osmânio se viu viúvo. Nhãnhã sentiu fundo o duro golpe, não só pela perda da fi-lha mas também pela fortuna que se afastava. Gemeu tris-tezas, repetiu recriminações, talvez até chorasse em algum canto. Mas o tempo foi passan-do e chegou a solerte notícia de que o ex-genro estava de na-moricos com moça bonita, de família rival e muito rica. Nhã-nhã ferveu: como se atrevia o miserável, como poderia fazer aquilo? Ruminou em silêncio e decidiu intimar o ex-genro à sua presença. Ressabiado, ele compareceu e tiveram secreta conferência a portas fechadas. Desde esse fatídico dia, ele co-meçou a sofrer perseguições e até foi vítima de tocaia quando cruzava a Picada do Canoas, lugar onde eram frequentes, escapando das balas por puro milagre dos céus.. Percebeu ali o dedo de Nhãnhã, odienta e vingativa, e mesmo redobran-do cuidados aprazou novo en-contro com ela. Foi então que correu a notícia de seu noivado com a outra filha da fazendei-ra, a mais nova, e com ela aca-bou se casando numa festa de arromba que teve a presença de todo o vizindário e Nhãnhã se exibindo em trajes de luxo, impávida e faceira. Tudo se ar-ranjou em família, a paz voltou a reinar.Terminada a festa, um dos pre-sentes comentou:

colunistaEnéas Athanázio([email protected])

O tempo sinaliza todos os acontecimentos vivenciados pelo homem: sua evolução histórica, suas conquistas, suas emoções. Ainda assim, pouco se sabe sobre o que seja o tempo. Será ele uma abstração? Até mesmo Santo Agostinho confessou não saber.Mas os que sofrem de saudade, sabem.Julho de 2010 e julho de 2015 assinalam duas frações de tempo geradoras de profunda saudade. Na primei-ra data, o escritor Hoyêdo de Gouvêa Lins, membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e de outras instituições culturais, completou seu tempo terreno. Autor de reconhecida produção li-terária, deixou dezoito livros publicados, englobando contos, ensaios, biografias e uma novela.Na segunda data, despediu-se o notável pensador Al-cides Abreu, também emérito do Instituto Histórico e de outras agremiações. Da sua importante produção intelectual, centrada em documentos técnicos, avulta o Plano de Metas do Governo Celso Ramos.Ambos catarinenses: Hoyêdo, ilhéu, ali do Largo 13 de Maio; Alcides, de Bom Retiro, na borda do planalto, em direção a Lages. Amigos de longa data, desde o ano de 1948, quando, trabalhando juntos na Diretoria de Economia e Cooperativismo, percorreram as diversas regiões do Estado, conhecendo o seu potencial econô-mico e social, promovendo o sistema de cooperativas.Ambos, egressos da Faculdade de Direito de Santa

Catarina, exerceram o cargo de Secretário de Estado, ocupando, em momentos diferentes, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no Governo do Dr. Co-lombo Machado Salles. Juntos testemunharam episó-dios, compartilharam projetos, conjugaram afinida-des, empenhados em fazer da arte literária o elevado instrumento das suas atividades profissionais.A ciência e a religião comungam a tese de que o tem-po terreno é ínfimo em relação ao tempo cósmico. O escritor Hoyêdo e o professor Alcides Abreu, sábios na fruição do seu tempo terreno, compartilham agora a incomensurável dimensão do tempo cósmico, e deles sentimos profunda saudade.Zenilda Nunes Lins - Escritora e professora

Dois amigos e o Tempo

Esse foi um verdadeiro casamento por amor!”

E completou:

“Por amor ao próprio couro!

“Por Zenilda Nunes Lins

Alcides (à esquerda) e Hoyêdo, em 1996.

Div

ulga

ção

Page 31: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 31

Mala DIRETA

Parece até certo ponto incompreensível que se assista nos meios sociais as forças de segurança da nossa

cidade se degladiando. De um lado a Polícia Militar que a duras penas cumpre o seu papel na defesa da

comunidade e sua gente de bem, e de outro a Guarda Municipal que há muito ampliou suas atribuições e age quase que diretamente no cambate à criminalidade. O

cidadão que na outra ponta é quem paga toda essa gen-te, não entende como ao invés de agirem unidos e em

prol daqueles que são seus verdadeiros patrões, o povo, agem isoladamente como se o objetivo de ambos não

fosse o mesmo. A convivência da PM com a Polícia Civil historicamente já é complicada, e se as autoridades

responsáveis não agirem de forma enérgica essa falta de sinergia vai se ampliar para a GM. Com a palavra

as autoridades.

ALIADOS

colunistaJ. Junior

([email protected])

Aos poucos a cidade começa a sair do marasmo dos meses de maio, junho e parte de agosto e começa a dar sinais,

pelo menos nos fins de semana, de que os turistas estão aparecendo. Os restaurantes já começam a mostrar uma pequena recuperação, e a velha tese de que quem chegou até aqui, se

arrasta, mas chega à temporada vivo, já é realidade. A torcida agora fica por conta da recuperação da economia e da vinda de turistas do cone sul. Pra quem vive aqui há quase 36 anos essa

expectativa já faz parte do cotidiano. É cruzar os dedos.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Contrução Civil Ltda.

• O segmento de luxo parece que está dando uma boa contribuição para amenizar a crise. A Mercedes-Benz, representada por aqui pelo Grupo DVA, está na liderança do segmento premium de automóveis, com um market share no primeiro semestre de 49%. A revelação é do gerente de vendas da concessionária, Evandro Varaschin que, animado, aposta num segundo semestre ainda mais promissor. Dica da nossa sócia Maristela Amorim.

• Duas policiais militares pararam no mesmo posto de combustível que todos os dias tomamos café com os amigos, mal fizeram o pedido e já tiveram que sair às pressas para atender uma ocorrência. Ossos do ofício de uma profissão que requer muita dedicação e uma boa dose de adrenalina.

• Leitor me pediu pra perguntar se a reforma das calçadas na Atlântica, reposição do petit pave, vai ficar pra quando sair o alargamento da faixa de areia. Diz ele que tem lugares na Barra Sul que estão se esfarelando. Com a palavra os homens que dirigem e planejam essa cidade.

• Liguei pra Semam pra saber se o carro de som que passava na minha rua anunciando conserto de panelas de pressão entre outras coisas, não era proibido por lei. O fiscal que me atendeu me disse que se for com um som dentro dos níveis permitidos não tem problema. Pensei que a lei aprovada no governo Harold Schultz que baniu das ruas aquela barulheira produzida pelo Cassiano som e cia, estava em vigor.

• A cidade toda está em liquidação e a hora é propícia pra quem quer encontrar bons produtos a preços bem convidativos. Além de bons descontos ainda é possível parcelar boa parte das compras, sem pagar nenhum centavo de juros. Ou seja, às vezes é em épocas de crises na economia que se fazem bons negócios. É a tal da lei da oferta e da procura. Aproveitem.

• As senhoras da Pia União de Santo Antônio promovem um chá beneficente dia 14/9, a partir das 15h. Uma variedade de guloseimas preparadas por elas como cucas, tortas, salgados, café e chá entre outras coisas, podem ser consumidos no local adquirindo um cartão de R$ 40. Vale comparecer e ajudar as obras sociais da Paróquia de Santa Inês. Dica da minha querida sogra Ivete Loureiro.

• O Chaplin Bar na Atlântica passou por reformas e reabriu na quinta feira (31). Ficou show. Eu e os meus parceiros de sextas-feiras Sérgio Pelissari e Paulinho Thomé aguardávamos ansiosos sua reabertura. Afinal, estamos plantados ali desde sua abertura.

• Congresso Brasileiro de Direito Imobiliário e Notarial agitou a Univali dias 30 e 31 de agosto. A estrela do evento foi o professor e escritor Sylvio Capanema.

20 anos - Dr.Wislen Roberto Braga,

a esposa Beth e as filhas Laís e Roberta com o cantor

Armandinho, na festa que comemorou duas décadas

do Hospital de Olhos em Balneário Camboriú, no

mês de julho.

Lu JP

Page 32: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

colunistaMarlise Schneider Cezar([email protected])

Muita gente fala que esse ne-gócio de ‘volta ao passado’ é uma ruím, o que passou...

passou. Eu penso diferente. Curto re-ver o que foi bom ou ainda é bom. Fize-mos um bate-volta, tipo vapt-vupt de quatro dias para os pampas, mais pre-cisamente, Bom Retiro do Sul, onde nasci, Estrela e Porto Alegre, onde passei boa parte da juventude e praias do Imbé, Tramandaí e Pinhal, que eu achava ‘o máximo’ quando ainda não conhecia as praias catarinenses.

Fomos abraçar a tia Nilda Schneider que fez 94 anos, matei a saudade da terrinha, de muitas pessoas impor-tantes na minha vida, reencontros, desencontros e despedidas, uma mis-tura de sentimentos, é preciso saber administrar em tão pouco tempo. Prometi pra todos que faria o ‘registro’ destes encontros. Aqui está!

Entre tantas alegrias, também depa-rei com situações tristes, de doenças e de perdas. Também tive uma consta-

tação, me falavam e eu não acreditava, mas agora eu vi: a decadência da mi-nha querida Porto Alegre. Andei pela Cidade Baixa onde morei, estudei, me formei, namorei e fiquei abalada com o que encontrei, ruas sujas, pixação por tudo, grades nas lojas, nas casas, nos apartamentos, cidade deserta à noite. O viaduto da Borges (de Medei-ros) por onde passei milhares de ve-zes, está ‘tomado’ de mendigos, cheio de barracos de papelão...as pessoas não passam mais a pé...Depois pas-

sei no Bairro Floresta, onde morava a vó Rosa, outro choque, ruas escuras e sujas. O Parque da Redenção? “Nem pensar em passar por ele”, disse mi-nha amiga, quando eu relembrava que atravessava ele todos os dias, para che-gar à faculdade de jornalismo. Cená-rio desanimador. É a crise? Acho que não. É o volume de pixação, degra-dação. Pintar pro outro pixar? Como uma cidade se torna decadente? Es-tou triste e procurando responder pra mim mesma, mas tá difícil!

Pelo túnel do tempo...

32Balneário Camboriú, agosto de 2017

Fotos Arquivo Pessoal

Com minha irmã Verinha, em frente ao colégio Martin Luther, em Estrela. Lá estudei o giná-sio e o ensino médio. Tudo igual, até as cores...

O ‘Túnel Verde’, principal atração da praia do Pinhal, continua espetacular.

Namorando na bar-ragem do rio Taquari, em B.Retiro, onde o pessoal pesca, faz pi-quenique, acampa, é uma atração turística.Com a prima Vânia

Sauer, na praia do Imbé.

Com minha amiga de in-fância Mercedes e a mãe dela, Ira Terme, em Estrela.

Marzinho com Lena e sua filha Lu Tisser, em POA. “Ajudei a criar esse menino”, diz Lena.

Com o primo Sandro Sauer, na praia do Imbé.

As tias matriarcas Nilda (94) e Janete (88), filhos, gen-ros, noras, netos, bisnetos, sobrinhos e olha que ficou faltando bastante gente ainda! Um dia de intensas lembranças e belas histórias de vida! Bom demais!

Com Vera Lampert, amiga desde a infância, em Estrela.

Com Érica Dhein, inseparáveis na adolescência, em Estrela.

Com os primos David e Walmia Benini, ele cria-dor das mais belas orquídeas que já vi, em Estrela.

A horta orgânica do primo David que alimenta toda a família e a vizinhança também, em Estrela.

Page 33: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 33

colunistaCaroline Cezar([email protected])

Não me lembro quando nem por que começamos a compostar lixo em casa. Quando a gente mora lá fora essa prática acaba sendo natural. Quando se brinca muito na rua, tem sempre um lugar pra largar a casca da tangerina. Como vem bicho quando a casca fica exposta -ca-chorro, gato, mosca- enterramos, cobrimos com folha. Afinal, tem que fazer alguma coisa com esse tanto de folha do quintal.E vai formando um montinho, que vira um montão, de onde volta e meia brota alguma coisa. Mamoeiro. Abacateiro. Tomateiro. Maracujazeiro. E a gente come de novo.Não lembro de ter um lixo misturado dentro de casa. Lembro sempre da sacola com plásticos, que no fim do dia, vai pro galão grande. A gente vai pouco no mer-cado, mas todo dia tem plástico pra botar lá. Limpo e seco pra não juntar bicho. Quando a gente mora lá fora vê mais bicho. Não tem como juntar ali um resto de beterraba, uma casca de ovo. Se olhar bem se vê uma beleza nesse res-to. Tão colorido, tão vivo e potente. Caroção de abacate cheio de broto, se ralar vira remédio. Semente de abó-bora, dez minutos de forno e uma pitada de sal, vira delicioso salgadinho, vermífugo. Casca de banana, que dá pra fazer milanesa, caponata, farofa. Talos e

mais talos que trazem energia pura às saladas e sucos. Folhas. Tá muito mais pra comida que pra lixo. A gen-te que não sabe, até começar a olhar direito. Vem da prática e da atenção. Vem de reconhecer o alimento. Ir mais perto da terra.

Não lembro quando isso começou, mas lembro quan-tas pessoas já participaram do ciclo da casa. Quantas crianças perguntaram onde pôr o lixo. Quantas ensi-naram às outras o lugar de destinar. Isso traz proximi-dade, intimidade com os ciclos. Isso traz observação.

Não lembro de onde isso começou, mas sei que essa pergunta surgiu com a prática do coletivo, na horta co-

munitária do bairro, onde a compostagem vem sendo discutida. Surgiu quando o vizinho que separa desde sempre, me disse:É simples, nem precisa explicar. E quando o outro vizinho se surpreendeu com o flo-rescimento natural da montanha de restos.Nossa, nem precisou plantar!Surgiu de olhar ao redor e perceber que com 15 vizi-nhos, havia 16 pontos de vista. De que o simples pra um, é complexo pra outro. De que a prática de ter que achar uma solução, simplesmente porque não passa caminhão no meio da floresta; é diferente da prática de apertar um botão de desaparecimento de sacolas fedorentas na cidade, porque esse mau cheiro vai pra longe. Vai pra onde? Diversos tipos de compostagem. Técnicas. Formatos. Diferentes fins. Toneladas de lixo ou baldinhos casei-ros. Envolvimento comunitário e observação indivi-dual. Prática. Em todas as técnicas se percebe o enten-dimento do ciclo da vida. Do ciclo das coisas. Da vida das coisas, que se refaz e se refaz, às nossas vistas. De como esquecemos que as coisas tem ciclos. E como es-quecemos que também somos coisas.Tem sido uma experiência incrível olhar pra isso com mais profundidade. De perceber quanto calor tem no processo. E como essa mistura compõe um mosaico, rico e vivo.

EX PRESSÃO

Acompanhe todas as obras em:178obras.com.br

R$ 4,4 BILHÕES INVESTIDOS.São 178 obras em todo o estadopara Santa Catarina ir mais longe.

AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE DA SC-486, ENTRE BRUSQUE E A BR-101 VALE VALE

IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DA SC-108, ACESSO DE BLUMENAU

Os catarinenses estão ganhando mais qualidade de vida com a ampliação, recuperação e pavimentação de quase 30% da malha viária do estado. São obras que atraem investimentos, melhoram a competitividade de Santa Catarina e trazem mais mobilidade para as pessoas.

Page 34: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 34

Julia Baruffi assina edição limitada para Laci Baruffi

Além de criar a edição limitada, Julia Ba-ruffi é formada em Administração com especialidade em Pesquisa e Comunica-ção de Moda e coordena o marketing da

marca catarinense Laci Baruffi.

colunistaFabiana Langaro Loos([email protected])

Inspirada em seu jeito de ser e no estilo urbano casual, Julia Baruffi criou sua primeira coleção de acessórios para a Laci Baruffi, marca catarinense especializada em acessórios de couro, presente no mercado há mais de 25 anos, com sede em Ibirama.A coleção cápsula assinada por Julia é moderna, mini-malista e promete agregar jovialidade à marca sem dei-xar de lado o valor de moda atemporal. A ideia surgiu quando os pitacos da Julia se tornaram mais frequentes no processo criativo da marca, coor-denado por sua mãe, a designer Laci Baruffi. Assim, foi criada a “Edição Limitada Julia Baruffi”, uma linha de acessórios composta por bolsas, carteiras, mochilas e cintos em couro, além de um modelo de shopper bag em tecido sustentável com duas estampas diferentes.Todos os produtos foram criados por Julia Baruffi e fabri-cados em couros de três tonalidades: preto, nude e rosa es-curo, sendo que o nude e o rosa escuro foram elaborados exclusivamente para essa coleção limitada, assim como os acabamentos de metal em níquel preto, completamente diferentes dos acabamentos das demais coleções.Recentemente, essa edição limitada teve lançamento oficial na loja Laci Baruffi do Beiramar Shopping, em Florianópolis. Mas a coleção completa já se encontra dis-ponível em todas as lojas Laci Baruffi, entre elas, a loja de

Balneário Camboriú, localizada no Balneário Shopping.Para conhecer mais sobre a marca e todos seus produtos, basta acessar o site www.lacibaruffi.com.br. Eu sou suspeita para falar porque desde que conheci a Júlia e a Laci, foi amor à primeira vista, acabei virando fã incondicional das duas, como pessoas e como profis-sionais. Além disso, acho muito bom ver e divulgar uma marca essencialmente catarinense, com produtos feitos com carinho, criatividade, profissionalismo e amor.

Fabricadas com elementos diferenciados, as bolsas e acessórios compõem uma cole-ção cápsula exclusiva. O cenário escolhido para fotografar os produtos foi a Fabi Loos Arts – galeria e atelier, localizada na Rua 3800, 250, na nossa terrinha.

Foto

s Jol

ynne

Kw

ak

FABU

LAN

DO

Page 35: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 35

Mundo ativado por voz

O Google liberou para todos os dispositivos Android o seu ‘novo’ assistente de voz, até ju-nho desse ano o assistente em português funcionava apenas para alguns poucos privilegia-dos, com aparelhos de última geração.

Originalmente ele foi chama-do de ‘Google Now’, e agora foi renomeado para ‘Google Assistente’. No iPhone os usu-ários já usam o ‘Siri’ há algum tempo, mas sem nenhuma grande revolução tecnológica temporal.

No mercado você ainda encon-tra outros assistentes como o Alexa/Echo da Amazon e o Cortana do Windows.

E o que muda com essa inser-ção do Google Assistente nos dispositivos mais comuns?

Como teoria geral os assisten-

tes querem facilitar o uso dos dispositivos, e não consigo imaginar nada mais amigável do que comando de voz. Isso na teoria, porque na prática a história é outra.

Por duas semanas tenho tes-tado o Google Assistente, e algumas coisas funcionam, por exemplo: criar lembretes, agendar compromissos, defi-nir alarmes, abrir aplicativo, tirar dúvidas com o Google.

Mas ainda não é natural, al-gumas interações precisam de palavras chaves para ativar o assistente, e se você não lem-bra de uma dessas palavras, fica sem poder usar.

A Amazon procura, com o seu Alexa, transformar essa inte-ração em algo mais coloquial, sem lombadas, e com base em inteligência artificial.

Às vezes, dependendo do sota-que, o assistente não entende o que foi dito, e eu pelo menos fico muito intimidada. Tem que cuidar pra não desanimar.

Tudo bem que com as novas versões a intepretação do que é dito já melhorou muito. É sim, melhorou, mas ainda não é o ideal.

A ideia é boa? Sim, é boa, tanto que me fez ativar meu assis-tente pra saber se ele tem uma utilidade real, e com a minha curta experiência, posso dizer que ainda não. É coisa pra se usar 10 minutos na semana.

Existem outros assistentes de voz, que são os assistentes de casa, como o Google Home, que promete facilitar as ativi-dades do dia a dia como jogar um programa na TV, colocar pra tocar uma lista de música

no rádio, ligar as luzes de casa, ligar a cafeteira, o microondas, amenidades da vida cotidiana.

E aí já pode pensar em como lidar com os software malicio-sos que ainda não identificam voz, e aceitam o comando de qualquer um. Até para as coi-sas mais simples isso pode ser uma incomodação.

Imagino chegar em casa e pedir educadamente, -abre a porta aí Google, e ele respon-der.. -Oi? Quem é? Eu não. E assim acabar pra fora de casa.

A tentativa é vender uma casa toda automatizada por voz, coisa que no smartphone ainda não está funcionando direito, imagino pedir pra fechar a garagem e ele não fazer, logo os assistentes so-frerão a ira das pessoas. Sou entusiasta dessa tecnologia, mas não estão boas para se-rem colocadas em prática.

Bom, há 20 anos a gente es-cuta que a geladeira vai avisar quando o leite acabou, já tem? Não tem.

colunistaFabiane Diniz ([email protected]) PUXANDO REDE

“Mande mensagem para todos da minha lista, diga que o dia está lindo”

Page 36: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 36AGORA Balneário

Comemoração reuniu empresários e autoridades

no Cristo Luz

Uma festa para 350 pessoas, entre autoridades, empresários, lojistas associados e imprensa marcou o aniversário de 40 anos de fundação da CDL de Balneário Camboriú. A noite foi também de homenagens aos ex-presidentes da entidade e empresários que se destacaram nestes 40 anos. Durante o evento, foi realizado o pré-lançamento do livro que contará a história do comércio local, ainda em fase de produção. Confira alguns clicks da festa.

40 empresários que se destacaram nestas quatro décadas foram homenageados

Ivan Tauffer (presidente da FCDL-SC) e Eliane Colla, presidente da CDL de BC

Luciene Vieira e o pai Luiz Aquino Vieira

Edla Sens e Ivan Tauffer

Equipe Rádio MeninaCarlos Humberto, Edson de Moraes, Eliane Colla e Nelson Oliveira

Eliane Colla com o prefeito Fabrício Fabrício Oliveira

Empresárias da CDL Mulher

Empreendedores da Aleci Calçados

CDL em festa: quatro décadas de muita históriaEntidade mais antiga de Balneário segue comemorando o ano todoDesde que foi fundada, em 1977, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) marcou forte presença no desenvolvimento de Balneário. Sem perder de vista a defesa dos interesses do comércio, a CDL sempre foi aliada do poder público em todas as questões que visavam o crescimento da economia e o desenvolvimento da cidade. É a entidade de classe mais an-tiga. Também foi a primeira a construir sua própria sede. Entre tantas bandeiras que abraçou, a primeira foi a ne-cessidade pela expansão do saneamento básico na década de 80; campanhas intensas pela regularização do comér-cio, combatendo feiras livres e ambulantes; a duplicação da BR-101 na década de 90; a participação na Intersindical, associação que agrupou todas as entidades organizadas em busca de melhorias; a campa-nha para construção do Ba-talhão da Polícia Militar, e no momento o acompanhamento

da construção do Centro de Eventos, que sempre foi uma bandeira da CDL. Em conjun-to com o Sincomércio, a CDL lutou para que o comércio pu-desse abrir aos domingos e fe-riados, característica única do setor no estado e no país.

Todas estas conquistas foram lembradas nos pronunciamen-tos da presidente Eliane Colla e do prefeito Fabrício Oliveira, na festa que comemorou os 40

anos, no último dia 26, no Cris-to Luz, onde se reuniram mais de 300 convidados.

Na ocasião, a atual diretoria homenageou os ex-presidentes e as 40 empresas associadas que mais se destacaram nestas quatro décadas, ou por tempo de associada ou por outros as-pectos, como inovação, empre-endedorismo etc.

Durante a festa também foi realizado o pré-lançamento do

livro que contará a história do comércio local, ainda em fase de produção.

“O jantar foi apenas uma das ações que marcarão esta data tão significativa para o nosso comércio. Uma programação de palestras, lançamentos e ações especiais a serem de-senvolvidas ao longo de um ano também faz parte deste importante momento para o setor”, disse Eliane Colla.

1 - Jaime Zaguini (08/77-08/81)2 - Adolfo Karrer (08/81-09/83)3 - José Felício (09/83-08/85)4 - Haroldo Lehmann (08/85-07/86)5 - Antonio Naschweng (07/86-05/88)6 - Leonidas Mallon (06/88-06/89)7 - Haroldo Lehmann (06/89-05/93)8 - Aquino Vieira (05/93-05/95)9 - Anésio Fenner (05/95-07/97)10 - Anésio Fenner (07/97-07/99)11- Silvano Silva (07/99-06/2000)12-José Felício Pereira (06/2000-05/2003)13- Hélio Dagnoni (2003-2005)14- Hélio Dagnoni (2005-2007)15-Altamir Teixeira (2007-2012)16-José Roberto Cruz (2012-2015)17-Eliane Colla (2016- ... )

Ex-Presidentes

Fotos Simone Macedo

Atual diretoria com os ex-presidentes homenageados

Page 37: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 37

Geração de empregos O Brasil gerou em julho, 35.900 novos empregos com carteira assinada. Santa Catarina teve saldo positivo de 128 empregos gerados em julho e acumula um saldo positivo no ano de 22,4 mil novas vagas abertas, sendo a in-dústria a principal empregadora, mais de 20 mil empregos no pe-ríodo. Balneário Camboriú teve novamente em julho números negativos: 172 vagas fechadas. No acumulado do ano 1.654 pessoas perderam emprego, sendo 1.104 no comércio, 985 no setor de ser-viços. A construção civil abriu 292 vagas este ano.

Direito e saúdeO juiz federal Clênio Schulze, da 1ª Vara Federal de Brusque, coordena dia 28 de setembro o Encontro Internacional de Direi-to à Saúde, que integra a progra-mação do 5o Congresso Brasilei-ro Médico e Jurídico, em Vitória (ES).

No vermelhoA Teka acumulou prejuízo de R$ 89,5 milhões no primeiro semes-tre do ano. No mesmo período de 2016, a operação já havia ficado no vermelho em R$ 75,2 milhões. Foram justamente os resultados operacionais ruins que levaram a Justiça a afastar, em julho, mem-bros dos conselhos fiscal e admi-nistrativo da quase centenária indústria têxtil blumenauense.

CredoresA operadora de telefonia Oi, empresa em recuperação judi-cial, com 55 mil credores, abriu um centro de atendimento para cadastramento de credores na avenida Madre Benvenuta, 2080 em Florianópolis. A maioria é de pequenos e microempresários que têm a receber da companhia valores de até R$ 50 mil.

NovíssimoA MSC Cruzeiros comemorou na última semana a primeira flutu-ação do navio Seaview, em cons-trução na Itália. O novíssimo

gigante, de 323m, entra em ope-ração em junho de 2018, na costa do Mediterrâneo, e de lá seguirá para o Brasil, para o tour de ve-rão. Balneário Camboriú e Porto Belo já foram incluídas no roteiro para a temporada 2018-2019.

Staedler em JoinvilleRepresentantes da multinacio-nal alemã Staedtler, fabricante de materiais escolares, com pre-sença em mais de 20 países e 180 anos de tradição, avaliam a pos-sibilidade de uma unidade em Joinville. O prefeito Udo Dohler diz que são boas as expectativas.

Negócios com o ExércitoA indústria catarinense poderá fornecer uma série de produtos ao Exército. As principais de-mandas da instituição militar fo-ram apresentadas na reunião do Comitê da Indústria de Defesa, da Fiesc. O orçamento é de pouco mais de R$ 1 bilhão. O Exército compra alimentos, uniforme, meias, camisetas, casacas, calça-dos, mobiliário e equipamentos para cozinha industrial (liquidi-ficador, câmara frigorífica, ba-lança, forno elétrico), vacinas e outros produtos de veterinária, combustível e munição. O Exér-cito deve gastar R$ 700 milhões só em alimentos ou itens ligados à estrutura alimentar. E com uni-forme, a estimativa é de compras de R$ 140 milhões. Lembrando que a Buettner, em Brusque, foi fornecedora para o Exército Bra-sileiro durante muitos anos de toalhas felpudas de rosto e ba-nho, e ainda de colchas de cama. Tudo na cor verde-oliva.

Centro de eventosO Centro de Convenções de Bal-neário, em construção no Parque Cyro Gevaerd, ficará pronto até o final do ano. Vai ocupar 33,5 mil m2, terá o maior vão livre do sul do Brasil (96m) e capacidade para atender a encontros com até 3,2 mil pessoas, podendo o espaço ser subdividido em até 28 salas. O local disponibilizará 875 vagas de estacionamento.

colunista Augusto Cesar Diegoli ([email protected])Balneário lidera na quantidade

de empresas por habitantesA população de Balneário Camboriú é a mais empreendedora dentre as 10 cidades com maior quantidade de empresas em Santa Catarina.A líder na quantidade de empresas é Floria-nópolis, com 83.742 registradas, mas quando comparadas as populações, Balneário com 27.429 estabelecimentos, lidera o empreende-dorismo.O ranking, preparado pelo Página 3 com da-dos do portal “Empresômetro”, da prefeitura municipal e do IBGE, mostra Balneário com 0,21 empresas por habitante, seguida por Flo-riánópolis (0,17); Lages (0,16); Itajaí (0,15); São José (0,14); Blumenau (0,13); Joinville, Chape-có e Palhoça (0,12) e Criciúma (0,11).Segundo a secretaria da Fazenda de Balne-ário, em 2016 foram abertas na cidade 1.790 empresas e encerradas 442.Neste ano foram criadas na cidade 920 em-presas e encerradas 398. Outras 1.230 estão com pedido de viabilidade em andamento. Esses números contemplam empresas de to-dos os portes e profissionais autônomos.Além de atividades para construção civil e corretagem, as outras principais atividades são condomínios (571); comércio de roupas e acessórios (567); lanchonetes (399); restaurantes (380); cabeleireiras (182); hotéis (108); estética

(107); cosméticos e perfumaria (102); cabelei-reiros (98); bares (80); manicure (67); animais e artigos para animais (39) e padarias (69).Os números são aproximados. Agentes da pre-feitura já visitaram neste ano 9.324 empresas.

FaturamentoO diretor de arrecadação de tributos da pre-feitura, Rui Kennedy Bitencourt, forneceu ao Página 3 uma planilha apontando os setores que mais arrecadam na cidade, dentre os que estão sujeitos ao pagamento de ICMS.O comércio varejista lidera a lista, com R$ 830 milhões de Valor Adicionado (VA) no ano de 2015. O VA é a diferença entre as notas fiscais de entrada (compras) e de saída (vendas).Outros setores com números expressivos são comércio por atacado (exceto veículos, R$ 192 milhões); alimentação (168 milhões); teleco-municações (178 milhões) e eletricidade, gás e outras facilidades (167 milhões).A lista não inclui setores expressivos que são isentos de ICMS como serviços em geral e construção civil.O controle da prefeitura sobre emissão de no-tas fiscais mostra que construção civil, saúde e hospedagem lideram a arrecadação do im-posto sobre serviços.

Bistek vai abrir 130 vagas em BCNo último mês clientes e par-ceiros do Supermercado Spe-ciale ficaram surpresos quan-do de uma hora para outra a loja da Quarta Avenida ama-nheceu fechada. Poucos dias depois a empresa Bistek con-firmou que vai instalar uma unidade naquela estrutura.

As reformas estão em anda-mento, mas de acordo com Wagner Michel Figueredo Ghislandi, do Marketing do Bistek, ainda não há data de-finida para a abertura da loja.

Mesmo assim a empresa já realiza o processo de seleção de funcionários. Serão aber-tos 130 empregos diretos. Há vagas para: analista de RH e DP, nutricionista, cozinheira, operador de caixa, repositor, embalador, zelador, preven-ção, líder de padaria/mercea-ria/açougue/frios e atendente de adega.Interessados podem enviar currículos para [email protected]

Brava Sushi inaugura estrutura remodelada

O Brava Sushi, primeiro do país a servir na areia da praia, aca-ba de inaugurar estrutura remodelada. A matriz, localizada no canto norte da praia, ganhou ares refinados, sem perder o despojamento.Os sócios Rodrigo Issler e Andrey Bernard Arl apresentaram as mudanças a convidados no dia 21 de agosto e prometem em breve novidades também no cardápio, aliando à gastronomia de um país próximo. Issler contou que a pesquisa de mercado durou 12 meses e está contente com o que vem pela frente.O restaurante inaugurou na Brava há sete anos, depois abriu unidades em Blumenau e na Barra Sul de BC. Agora a matriz oferecerá também espaço kids, algo novo para o mercado dos sushis.“Desde o primeiro dia de trabalho primamos pela qualidade e não quantidade, o que a gente pode e consegue prospectar de qualidade. Escolhemos um alimento difícil de trabalhar mas ao mesmo tempo muito prazeroso”, comemorou Rodrigo.

Divulgação NighteCia

Page 38: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

38Balneário Camboriú, agosto de 2017

Page 39: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

39Balneário Camboriú, agosto de 2017

Com uma semana de vida, Suelen foi diagnos-ticada com meningite e hidrocefalia. Com 90 dias fez implante de válvula no cérebro. Tem uma pequena deficiência no andar e esse foi um dos motivos que motivou os pais a mudar para Balneário Camboriú. “Em Ijuí tem muitas lom-

badas, ela tropeçava muito e eu conhecia Bal-neário, sabia que era uma cidade plana”, conta Marlene, a mãe, companheira de todas as horas.

A família mudou em 2007 e Suelen começou a fazer fisioterapia na Apae. Por indicação de amigos, conheceu a Afadefi em 2011, começou a praticar atletismo e no ano seguinte, competiu pela primeira vez, nos ParaJesc, em São Miguel do Oeste. “Nossa situação estava muito compli-cada e decidimos retornar ao sul, mas ela queria antes participar de uma competição. O pai dela ficou empacotando a mudança e eu viajei com ela para os ParaJesc”, lembrou Marlene.

Suelen surpreendeu geral, disparou nos 100m, nos 300m e na prova de pelota, ganhou tudo e ali mesmo foi convocada para a seleção catarinense que disputaria a etapa nacional dos ParaJesc em São Paulo. “O pessoal falou que ela seria atleta de nivel nacional”, disse a mãe, aconselhada pela Afadefi a ficar em Balneário. Foi preciso conven-cer o pai e a mudança para o sul foi desfeita. Sue-len surpreendeu de novo na sua primeira com-petição nacional, ainda em 2012: ganhou ouro nas três provas dos ParaJesc.

Desde então ela está na seleção brasileira de ju-niores. Conquistou ouro nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos da Argentina, em 2013. Em 2015 disputou seu primeiro Mundial, em Toronto, fez dois quintos lugares. Em 2015 e 2016 ela ficou em 1° lugar no ranking brasileiro nas provas de 100m, 200m e 400m na classe T37. Fato que ocorre desde o ano de 2013.

A velocista Suelen Marcheski de Oliveira, 19, continua comemorando a maior conquista de sua carreira que começou há cinco anos em Balne-

ário Camboriú: a medalha de ouro nos 100m rasos, com o tempo de 14́4, no Campeonato Mundial de Jovens Paratletas, realizado no

começo de agosto, na cidade suíça de Nottwill. Ela também bateu seu próprio recorde brasileiro. Foi

uma comemoração tripla, porque um dia antes ela conquistou a prata nos 200m rasos, outra das suas especialidades.

“Estou comemorando até hoje, porque a corrida é a minha vida, gosto, amo o que faço”, declarou a campeã mundial em visita ao Página 3.

Suelen, atleta da Afadefi/FMEBC, foi a única catarinense convocada para a se-leção brasileira e agora que completou 19 anos, subiu para a categoria ‘adulta’ onde chega com projetos ‘audaciosos’, o principal deles, a Paraolimpíada.

O ouro da superação

História de vida

Através do esporte vieram mui-tas conquistas para a vida de Suelen e dos pais. A primeira delas, a superação. A mãe lem-bra até hoje como ficou surpresa quando ela começou a andar so-zinha. “Não precisava mais se-gurar minha mão para andar”, diz ela. O pai continua levando Suelen aos treinos todos os dias, mas nas viagens ela aprendeu a se virar sozinha. “Ganhou a inde-pendência dela e nós crescemos muito como pessoa nessa cami-nhada”, afirmou Marlene.Com o esporte Suelen fez mui-tos amigos e conheceu sete pa-íses (Chile, França, Porto Rico, Argentina, Canadá, Estados Unidos e Suíça) e muitas cida-

des brasileiras. Ano passado Suelen foi selecio-nada para participar de uma campanha global de combate à meningite em ensaio realizado pela fotógrafa australiana Anne Guedes, em Nova Iorque. Ela se-lecionou jovens que superaram a meningite de várias partes do mundo. “Foi uma experiência marcante, gostei muito”, disse.“O esporte trouxe muitas coisas boas para nós. Treino seis dias por semana com o técnico Caí-que, estudo no Ceja, de tarde e penso o tempo todo em com-petir”, contou a orgulhosa cam-peã, exibindo suas medalhas do Mundial. Ela recebe Bolsa Atleta e uma ajuda via Confederação Brasileira.

M A I S C O N Q U I S T A S

39Balneário Camboriú, agosto de 2017

Anne Guedes

Waldemar Cezar Neto

Divu

lgaç

ão/C

BAt

Marlene, mãe, amiga e grande incentivadora de Suelen

Page 40: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 4040Balneário Camboriú, agosto de 2017

Joguinhos Abertos de Santa CatarinaA 30a edição, de 22 a 29 de julho em Caçador, rendeu para Balneário Camboriú, 16 meda-lhas, 57 pontos e o 7o lugar na classificação geral. Joinville fez 144 pontos e conquistou o hexa, Blumenau foi vice com 143 e Itajaí, troféu de bronze, 95 pontos. O superintendente da FMEBC. Alessandro Kuehnen (Teco) disse que houve crescimento se comparar com a edição anterior. “Ano passado, tivemos os mesmos 57

pontos, porém melhoramos na quantidade de medalhas de 14 para 16 e de troféus, 4 em 2016 para 6 em 2017. Estamos focados em eventos da Fesporte, Jasti, Olesc, Joguinhos, Parajasc e Jasc, porque é neles que nossos atletas terão uma chance maior de conseguirem classifica-ção e futuramente ter resultados para pleitear bolsa atleta em 2018”, disse o chefe dos espor-tes municipais.

Medalhas douradas (5)Duas eram esperadas e foram confirmadas: o handebol feminino que comemorou o tetra e o vôlei de praia masculino, que garantiu o tro-féu de tricampeão. Ambos consecutivos. Mas foi no atletismo que surgiram as maiores (e boas) surpresas. A equipe ainda não parou de comemorar as duas medalhas de ouro de Marcos Berlanda e a terceira de Carlos Lusian.

Leize Bianchini, técnica - “Em quatro anos de Jogui-nhos estivemos sempre nas finais. Em 2014 ganhamos; em 2015 ficamos em segun-do; em 2016 ganhamos com o Joshua e em 2017 ganhamos com o Joshua de novo. Então ele é bicampeão e Balneário é tricampeão. É uma conquis-ta muito importante, quatro finais consecutivas, estar en-tre os melhores quatro anos seguidos, é manter o municí-pio no topo, o que não é nada fácil, estamos muito felizes com tudo isso”.A dupla tricampeã: Joshua Carvalho de Araújo, 18 e João Victor Pinheiro, 16 come-çaram no vôlei de praia há quatro anos. Joshua é mais experiente, foi campeão nos Joguinhos do ano passado,

mas formando dupla com Edward que não tinha mais idade para competir nesta edição. Este é o terceiro título esse ano, foi ouro no Estadual de São José, prata no Estadual em Navegantes e bicampeão dos Joguinhos. “Sabia que não seria fácil conquistar o título mas com muita dedicação, foco e garra no fim deu tudo certo e agradeço a todos que contribuíram para que isso acontecesse”, disse Joshua.Pinheiro formou dupla com Joshua para disputar os Jo-guinhos. Ele foi estreante nessa competição e está mui-to feliz com o primeiro pódio nos Joguinhos. “Agradeço as pessoas que confiaram em meu potencial, fiquei muito emocionado com a conquis-ta”, declarou.

Os medalhistas de ouroMarcos Berlanda, 18 anos, ouro nos 100m (11́ 06) e 200m rasos (22́ 74), está no atletismo há quatro anos. Antes disso, logo que chegou de Tocantins, começou a jogar basquete, mas seu professor (Leomar) suge-riu que tentasse atletismo. Deu certo. Em pouco tempo come-çou a destacar-se em competi-ções, ano passado foi ouro na Olesc e prata nos Joguinhos e conseguiu classificação no Brasileiro para o Mundial Es-colar na Turquia. Hoje é con-

siderado o melhor velocista da categoria, por aqui já o cha-mam de ‘Bolt’. Acadêmico de Educação Física na Avantis, treina cerca de três horas/dia (menos aos domingos) e agora vai intensificar os preparativos para os JASC. “Essa conquista nos Joguinhos na minha ca-tegoria é a mais importante até aqui. Mas quando a gente começa a competir já vai pen-sando pra frente, em Brasilei-ro, Sul-americano, Mundial e Olimpíadas”, disse o velocista.

Carlos Lusian, 18 anos, ouro no salto com vara (3,80m) não foi surpreendi-do com a conquista, estava em busca dela. Ele pratica

atletismo há cinco anos, mas nos dois primeiros fazia corridas de fun-do, 3 mil, 3 mil com

obstáculos, 5 mil, mas não era o que

queria, a vontade sempre foi saltar.

“Sempre insisti com meu ex-técni-co, mas ele me via como fundista, até que decidimos expe-

rimentar salto com vara, aí não parei mais”, dis-se Lusian. Nestes três anos, foi duas vezes vice-campeão brasileiro interclubes/interse-leções, de menores; campeão brasileiro escolar e vice-cam-peão brasileiro escolar, que o classificou pra o Mundial da Turquia ano passado. “Foi nessa seletiva que fiz meu melhor resultado até hoje, 4,20m”, contou. Estudante do terceirão, Lusian vai fazer fazer faculdade e seguir trei-nando. “Nunca vou deixar de ser atleta, até alcançar o nivel máximo, que é disputar uma Olimpíada”, disse.

ATLETISMO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO13

Leize, Joshua, Pinheiro e Christiane (auxiliar técnica)

Marcos Berlanda e Carlos Lusian exibindo seus ouros

Fotos Divulgação FMEBC

Diogo Gamboa, técnico - “O Marcos repetiu o feito do ano passado na Olesc, onde venceu as mesmas provas. Ele vem mostrando sua grande fase, é hoje o melhor velocista do Estado nas categorias de base e a vitó-ria do Lusian manteve a hegemonia de Balneário no salto com vara nos últimos anos em Olesc e Joguinhos. No conjunto, foram três ouros, três pratas, um bronze no pódio e mais 11 participações. Nossa equipe mas-culina conquistou o 4o lugar geral com apenas 12 atletas (8 em zona de pontuação), ganhamos de cidades como Itajaí e Blumenau que levaram um número muito maior de atletas. Mais uma conquista do município, subindo de forma contínua os degraus, rumo ao topo da modalidade. Toda equipe técnica agradece pelo apoio e torcida de todos na FME, diretores, motoristas, cozinheiras e toda turma que ficou em Balneário mandando todo pensamento positivo”.

Page 41: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 41

Gerson Cabral, técnico - “Ficamos felizes, quatro anos consecutivos não é fácil, acho que é inédito para Balneário. Na final derrotamos Blumenau, em jogo muito parelho, vencemos por 22x21, um gol só, comemoramos muito. É um grupo que trabalhamos há bastante tempo, esse ano acres-centamos mais algumas jogadoras e das 16 só uma estoura a idade para ano que vem. Vamos tentar manter o conjunto e montar uma nova es-tratégia para buscar o penta. Este ano a equipe disputa o segundo turno e finais da Liga SC ju-venil, Campeonato Estadual juvenil, JESC Esta-dual 15 a 17 anos, Brasileiro Escolar e integrarão a equipe adulta dos JASC. Agradeço muito a FME-

BC que dá toda estrutura em termos de material, manutenção das equipes, para que possamos manter esse time competitivo no topo do hande-bol catarinense”. As medalhistas tetracampeãs: Alessandra Inês, Amanda Guimarães, Ariane Maxs da Sil-va, Beatriz de Carvalho Machado, Diana Fer-nandes, Giovana Di Domenico, Isabel Augusta Grunfeldt, Isabela Bandeira, Joanna Salgado, Lauani Brum, Laura Gamba, Maria Carolina Martins, Maria Paula Alves, Nathália Silva Fontana, Paula Finkler, Rutielle Jaqueline da Silva e Suelem Brehmer Benvenutti.

O diretor técnico da FMEBC, Roberto Ferreira fez sua estreia como chefe de delegação e voltou surpreso, afinal adminis-trar uma delegação com 160 pessoas, dos quais 140 são atletas até 17 anos, não é tão simples assim. “Fiquei surpreso com a disciplina, mas logo na chegada tivemos uma conversa bem séria, colocando que eles estavam lá para rendimento, para sonhar com títulos, se concentrar, pensar em coisas boas, energia positiva, porque isso funciona”, contou Robertinho.Sobre o rendimento, ele acha que poderia ter sido melhor, mas logo no primeiro dia, uma perda importante, pode ter influenciado na contagem final. “Nosso atleta de decatlo, Lucas Buba correu os 100m e ganhou, mas teve uma contra-tura na parte posterior da coxa e ficou impossibilitado de fazer as outras nove provas. Ele era o nosso melhor atleta, com certeza perdemos pontos e posi-ções, mas isso faz parte do jogo, acontece e agora é preparar as próximas competições, Olesc e JASC”, comentou o diretor. Para estas competições, ele pretende levar massagista e nutricionista, para melho-rar a performance. Acompanharam quatro cozinheiras e cinco moto-ristas. “A correria é uma constante, porque tem competições simultâneas em locais diferentes, então eles precisam se alimentar em horários diferentes. Mas deu tudo certo, pre-ciso agradecer a diretora de esportes comunitários da FME Mariana Dalvesco e toda a equipe que trabalhou para que tudo saísse bem com nossa repre-sentação”, disse o diretor.

41Balneário Camboriú, agosto de 2017

HANDEBOL FEMININO1

MEDALHAS DE PRATA 5Atletismo - Larissa Nunes - 3 mil marcha atlética

Atletismo - Yago Alves - 5 mil metros rasos

Atletismo - Carlos Lusian/Felipe Cassiel de Almeida/João Paulo Alves/Marcos Berlanda - Revezamento 4x100

Xadrez - Vinicius Ikeda - Equipe (Pensado)

Vôlei - Bruno Roesi/Lucas Scholl/Matheus Paulo/Caylan Rick/João Vitor Bonanoni/Lucas Alves/Alan Miniski/Gabriel Araujo/Eclésio Guedes/Victor Souza da Costa/Vitor Murilo Schreiber/William Hostins/Igor Vargas/Henrique Vander-linde.

MEDALHAS DE BRONZE6Atletismo - Larissa Nunes - 3 mil com obstáculos

Karatê - Djuly Kymerly de Campos - Kumitê até 60k

Xadrez - Vinicius Ikeda - Blitz Individual Tabuleiro 4

Futsal - Ana Luiza Almeida/Rafaella Costa/Gabrielly Stumer/Thamiris dos Santos/Valdineia Gomes/Fabricia Soares/Talita Cavalheiro/Jaqueline Nunes/Nathalie Brunn/Vanessa Emily de Almeida/Danielly Borges/Antonio Eduarda Benites/Paola Barcelos

Vôlei - Alana Alves dos Santos/Amanda Guimarães/Daniela Cristina Brum/Emily Del-fino dos Santos/Erica Vieira/Franciele Passos/Heloisa Catinni/Heloise Paranna/Ingrid Garcia/Jessica Feldmann/Marcella dos Santos/Maria Eduarda Nunes/Samara Risso e Stephany Raitz.

Judô - Alexssandra Gilo da Silva - peso até 70k

Disciplina dos atletas surpreendeu

Page 42: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

editais jurídicos

Trianon Empreendimentos Imobiliários Ltda. torna público que requereu a Fundação do Meio Ambiente-FATMA a Licença Am-biental Prévia-LAP com dispensa de Licença Ambiental de Ins-talação-LAI para o empreendimento Charmant Residence, que será instalado na Rua 1901 n. 262, Bairro Centro, município de Balneário Camboriú/SC.

Foi determinado o Relatório Ambiental Prévio – RAP elaborado pela empresa BIOMAX AMBIENTAL LTDA.

Rua Felipe Schmidt, 485, Centro, 88010-001 Florianópolis – SC Fone: +55 48 3216 1700Email: [email protected]: www.fatma.sc.gov.br

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTALLicença Ambiental Prévia -LAP com dispensa de

Licença Ambiental de Instalação - LAI

Edital de convocação para Assembleia de Fundação da Associação ELITE FIGHTERSConvido as pessoas interessadas para a Assembleia de Funda-ção da Associação ELITE FIGHTERS para comparecerem no dia 16 de setembro de 2017, às 17h, à Rua Chapecó, no 115, Bairro Municípios, Balneário Camboriú, Santa Catarina, para participarem da mesma, na ocasião em que será discutido e votado o projeto de estatuto social. Na ocasião serão eleitos os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Diretoria.

Balneário Camboriú, 2 de Agosto de 2017.

Comissão Organizadora

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PROPRIETÁRIOS DE IMOVEIS NA PRAIA DO ESTALEIRO(AME) BALNEARIO CAMBORIU – SC.EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PROPRIETARIOS DE IMOVEIS NA PRAIA DO ESTALEIRO(AME) BALNEARIO CAMBORIU – SC, por seu presidente da Comissão Eleitoral, no uso de suas atribuições estatutárias conforme art 44º , vem tornar público para CONVOCAR todos os moradores e proprietários de imóveis da Praia do Estaleiro para ELEIÇÃO GERAL DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL DA AME BIÊNIO 2017 – 2019, a se realizar no dia 12 de novembro de 2017, das 09:00 as 16:00, na sede da AME, sito a Avenida Rodesindo Pavan nº 8000, Praia do Estaleiro – Balneario Camboriu/SC. O prazo para registro das chapas concorrentes, conf. art 39 do Estatuto será de 30 dias contados a partir da publicação deste edital. Os registro deverão ser feitos no seguinte endereço apartir das 13 horas: Avenida Rodesindo Pavan nr 8000 bairro Praia do Estaleiro, Balneá-rio Camboriu/SC. Estão aptos a participar das chapas, maiores de 18 anos, morador do bairro a mais de dois anos e que apresentem os seguintes documentos: Requerimento de inscrição (2 vias) contendo os nomes completos dos candidatos e seus respectivos cargos; Certidão Negativa de Antecedentes Criminais (original e atualizado); Comprovante de residência, Xerox de RG e CPF. Todo procedimento eleitoral estará à disposição de qualquer interessado, mediante Regimento elaborado pela comissão. Atenciosamente ITAMAR CORACI XAVIER DE LIZ -PRESIDENTE DA COMISSÃO ELEITORAL

Não está claro se ele fazia se-gurança privada no estabe-lecimento ou se havia ido ao local para fazer compras.A morte do policial acirrou o receio das forças de seguran-ça de que o episódio faça par-te de um “salve”, um aviso de ataques a policiais, juízes e promotores, que vinha sendo anunciado nos últimos dias.No ano passado, quando uma organização criminosa lançou um “salve”, a resposta da Polícia Militar foi fulmi-nante, com vários bandidos

mortos em confrontos.

O homicídio no Tabuleiro uniu policiais militares, civis e guardas municipais de Bal-neário Camboriú no combate ao inimigo em comum.

Essas forças vinham travan-do divergências que provoca-ram reuniões do prefeito Fa-brício Oliveira com os chefes da segurança na Capital.

Independente do “salve” a criminalidade na região exi-ge respostas das autorida-des, nos últimos dias houve

cinco assaltos à mão armada, com os bandidos levando os veículos das vítimas.

No primeiro semestre deste ano Balneário teve aumento de 37,7% na quantidade de furtos e roubos, chegando à marca de 2.179 ou 15 por dia.

A escalada de violência choca a sociedade. A página ao lado (43) mostra que as notícias mais lidas no Página 3 On-line no mês de agosto foram relativas a crimes.

Sargento PM é morto e aguça a escalada de violênciaO sargento da reserva da PM catarinense Edson Abílio Alves foi morto a tiros na quarta-feira (30) à noite em frente a uma padaria no Tabuleiro.

42Balneário Camboriú, agosto de 2017

Arq

uivo

Pes

soal

Page 43: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 43

Notícias mais lidas no mês de agostoDesde que focou o trabalho no jornalismo digital, o Página 3 vem batendo seus próprios recordes de leitura, e em agosto não foi diferente. No último mês as notícias de polícia e da cidade foram as que mais movimentaram o portal, confira a seguir o que foi mais clicado.

1 - Pai e filho baleados Os assaltos à mão armada estão se tornan-do rotina na cidade. No dia 18 de agosto, co-meço da manhã, pai e filho foram baleados após reagirem a um roubo na garagem de casa, no Bairro das Nações. Os dois foram socorridos e ninguém foi preso até o mo-mento. Na mesma semana, outra família tinha sido assaltada da mesma forma, no Centro, porém sem feridos.

2 - Eventos climáticosMotivou muitos comentários positivos a ação da prefeitura que anunciou simulados para avaliar o poder de resposta em caso de eventos climáticos. No dia 11 de setem-bro acontece um simulado no Bairro dos Municípios, com diversas forças ligadas à Segurança, Saúde, Inclusão Social e outras pastas.

3 - Faleceu Joel Pires

O empresário Joel Rogério Pires, 78 anos, faleceu no final de agosto em decorrência de complicações da idade. Ele chegou em Balneário Camboriú em 1959 e se tornou um dos empresários mais marcantes da história da cidade, criando uma rede de

empresas a partir de uma pequena farmá-cia. Como foi vereador na segunda legisla-tura, o velório aconteceu na Câmara de Ve-readores.

4 - Os navios confirmadosAté o fechamento desta edição estavam confirmadas 17 escalas de navios de cruzei-ro em Balneário Camboriú na temporada 2017/2018. Todas as escalas serão opera-das pelas empresas MSC e Pullmantur, respectivamente com os navios Preziosa e Sovereign. Outras três escalas, da operado-ra Costa estão no aguardo da liberação da Marinha.

5 - GM x Polícia MilitarA relação entre Polícia Militar e Guarda Mu-nicipal voltou a estremecer em agosto, após um guarda ser preso por PMs por porte ile-gal de arma de fogo, enquanto fazia serviço de segurança no supermercado Angeloni. A situação gerou reações em frente a uma delegacia e o caso foi novamente parar nos ouvidos do comando. Dias depois guardas foram abordados por PMs enquanto con-fraternizavam em um bar.

6 - Parque para cães

Gerou polêmica o anúncio de um parque para cães na parte norte da Avenida Bra-sil. Moradores se dividiram sobre a pro-posta, porque próximo ao local fica um parquinho de crianças. A ideia é estender esse tipo de iniciativa para outros pontos públicos da cidade.

7 - Escola sem PartidoO vereador Leonardo Piruka (PP) apresen-tou o projeto de lei “Programa Escola sem Partido”, que impõe comportamentos aos professores em salas de aula - essencial-mente não se manifestar sobre ideologias pessoais, religiosas, partidárias ou morais, correndo o risco de serem demitidos. Se-gundo os críticos, a proposta é inspirada numa visão ditatorial gestada pela família Bolsonaro. Nas redes, o tema polemizou.

8 - Surpresas na EducaçãoA mudança no comando da secretaria da Educação chamou atenção dos leitores. Com a saída da professora Denize Leite, assumiu no começo do mês Rosângela Per-cegona Borba. Ela tinha sido nomeada di-retora geral poucos dias antes. Denize não divulgou o motivo de sua saída.

9 - Mãe assaltadaNo fim do mês uma moradora foi amea-çada por dois bandidos enquanto colocava os filhos pequenos no carro. O Audi Q3 foi levado. As imagens de um sistema de vi-gilância mostraram a mãe, desesperada, correndo para longe com os meninos. As imagens causaram indignação dos inter-nautas.

10 - Prisões da GMTambém repercutiram as várias matérias sobre ações da Guarda Municipal. Foram diversas prisões de foragidos e de suspeitos de assaltos.

as notícias mais lidas do www.pagina3.com.br

1 - Dedo na Moleira2 - Viagens e Turismo3 - Sonia Tetto

Marcos Vinicios Pagelkopf

Colunas mais lidas

As dicas de viagem do colunista Marcos Vinícios Pagelkopf figu-ram entre os assuntos mais clicados do mês. Na foto, aventureiras no Vale Europeu fazendo uma pausa para o lanche.

4 - CineramaBC5 - Fabular é preciso!

Page 44: µ¼ ίÁP » ÁίÝP,P~¼ÁPP,P ¯ ÁP 134 P,Pæææ.Ì ©¯¼ . Á». Π· - 11- Receptivo dos cruzeiros ainda não foi definido-27-O Pharol, três décadas de destaque na

Balneário Camboriú, agosto de 2017 44