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C A P Í T U L O 1 DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL U N I D A D E 1 FILOSOFIA ENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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1 DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL

UNIDADE 1

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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Explicação mítica sobre a natureza

Prometeu acorrentado (1620), pintura de Theodoor Rombouts. Na mitologia grega, Prometeu teria sido castigado pelos deuses por ter revelado aos humanos o segredo do fogo.

• Mitos são histórias sem um autor definido transmitidas oralmente.

• Narram a origem de tudo: a criação do Universo e do ser humano.

• Apoiam-se em explicações mágicas e sobrenaturais.

• Ensinam as pessoas de uma comunidade sobre a cultura de seu povo, sobre seus heróis e sobre seus valores.

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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Explicação racional da natureza• Não procura explicar os fenômenos da natureza por meio das ações dos deuses

e divindades.

• Busca compreender a natureza investigando a organização da própria natureza.

• Defende que a natureza contém regras próprias, que não dependem da vontade dos homens ou dos deuses.

• Afirma que o ser humano consegue compreender as regras da natureza se observá-la com atenção e refletir racionalmente sobre ela.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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Os primeiros filósofos e o nascimento da filosofia• Quem foram os primeiros filósofos? Foram os pré-socráticos ou naturalistas.

• Quando viveram? Entre o final do século VII a.C. e meados do século V a.C.

• Onde viveram? Nas colônias gregas, principalmente na Ásia Menor.

• O que faziam? Eles se afastaram das explicações míticas e se dedicaram a investigar a natureza de forma racional.

• O que queriam? Compreender a natureza.

Com a filosofia, as explicações deixaram de se basear nas narrativas míticas para se embasar na racionalidade

humana.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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A filosofia e a descoberta da natureza

• Os pré-socráticos tinham como centro de reflexão a physis, palavra grega traduzida como “natureza”.

• Partindo de suas investigações, a compreensão a respeito da natureza começou a ser alterada, aproximando-se de como a entendemos hoje.

• Os elementos sobrenaturais e místicos que caracterizavam os mitos dão espaço à ideia de que aquilo que nos cerca é natural e pode ser investigado.

• É o nascimento do pensamento científico.

Erupção do Vulcão Calbuco vista de Puerto Montt (Chile), em 2015. Por meio da razão, podemos investigar as causas dos fenômenos da natureza.

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CAPÍTULO 1

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2 OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS

UNIDADE 1

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS CAPÍTULO 2

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Os filósofos pré-socráticos

Cena do filme Minha vida de abobrinha (2016). Todos os componentes do filme foram feitos de massinha de modelar. Os filósofos pré --socráticos defendiam que existe um elemento na natureza que origina tudo o que há no mundo, tal como a massinha de modelar que compõe todo o filme.

• Os pré-socráticos foram filósofos que investigaram a natureza.

• Consideravam que todas as coisas e seres tinham uma origem em comum.

• Defendiam que o mundo era constituído de um elemento permanente do qual tudo se originava e para o qual tudo retornava, a physis (natureza).

• Buscavam conhecer a origem ou a natureza das coisas e dos seres, ou seja, queriam apreender a arkhé (palavra grega traduzida por “origem”, “princípio”).

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS CAPÍTULO 2

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As escolas pré-socráticas

Origem e participantes das escolas pré-socráticas

Escola Origem do nome Participantes

Escola jônica Localizava-se na região da Jônia (atual Turquia).

Tales, Anaximandro, Anaxímenes e Heráclito

Escola pitagóricaTinha o filósofo

Pitágoras como principal representante.

Pitágoras

Escola eleata Localizava-se na colônia grega de Eleia (sul da Itália). Parmênides e Zenão

PluralistaDefendia a existência

de vários princípios que originaram a natureza.

Empédocles, Anaxágoras, Leucipo e

Demócrito

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OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS CAPÍTULO 2

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Tales e Anaximandro

Principais ideias de Tales e Anaximandro

Tales(c. 640-548 a.C.), Mileto

Anaximandro(c. 610-547 a.C.), Mileto

A origem de tudo é a água.A origem de tudo é o

infinito (também chamado de ápeiron).

A água está em tudo, em diferentes proporções: há

coisas com pouca umidade e outras com muita umidade, o que promove a distinção

entre elas.

É do ápeiron que surgem os elementos primitivos: terra,

água, ar e fogo.

Os seres da natureza são diferentes entre si, mas

fazem parte de uma mesma unidade: a água.

Quando as coisas e os seres perecem, eles retornam para

o ápeiron, ou seja, voltam para sua origem.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS CAPÍTULO 2

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Anaxímenes e Pitágoras

Principais ideias de Anaxímenes e Pitágoras

Anaxímenes( c. 584-524 a.C.), Mileto

Pitágoras(c. 570-496 a.C.), Samos

A origem de tudo é o ar. A origem de tudo é o Um.

Pelo movimento do ar, as coisas foram geradas.

Os números são a essência da natureza: organizam o mundo e a realidade, proporcionando

harmonia.

O ar está em tudo, mas em diferentes quantidades. É essa diferença de proporção que faz

com que as coisas sejam distintas.

Os números surgiram de um princípio geral, de uma totalidade

que é o Um. Pela divisão dessa totalidade surgiu o número dois,

depois o três etc.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 1 A NATUREZA E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS CAPÍTULO 2

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3 HERÁCLITO E PARMÊNIDES

UNIDADE 2

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

HERÁCLITO E PARMÊNIDES CAPÍTULO 3

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A aparência e a essência das coisas• Muitas coisas na natureza parecem ser de uma maneira, mas, quando as investigamos,

percebemos que são diferentes.

• A baleia aparenta ser peixe, mas é mamífero.

• Alguns cachorros aparentam ser amistosos, mas são ferozes.

• Algumas pessoas aparentam ser de um jeito, mas, quando as conhecemos melhor, observamos que elas são diferentes.

A aparência pode não corresponder à essência das coisas.

Os filósofos Heráclito e Parmênides investigaram a natureza e buscaram

explicar a essência de todas as coisas que existem.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

HERÁCLITO E PARMÊNIDES CAPÍTULO 3

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Heráclito• Heráclito (c. 544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na região da Jônia.

• Para ele, a natureza está em constante movimento: tudo muda, nada permanece igual.

• Uma coisa pode se transformar em seu contrário: o ser é e não é ao mesmo. Assim, o novo fica velho, a vida se transforma em morte etc.

• O mundo é ordenado por uma razão (logos universal). É ela que determina o ritmo das mudanças e que garante a harmonia do Universo.

• A origem de tudo é o fogo: tudo surge do fogo e a ele retorna. Ele representa o movimento incessante da natureza.

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HERÁCLITO E PARMÊNIDES CAPÍTULO 3

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Parmênides• Parmênides (c. 544-450 a.C.) nasceu na cidade de Eleia.

• Afirmava que apenas a aparência das coisas se transforma. Já a essência é fixa, eterna e imutável.

• Se as coisas mudassem em sua essência, elas deixariam de ser o que são, porém uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo.

• A origem de tudo é o Ser: ele é o responsável pela realidade de todos os seres e coisas existentes. É eterno, uno e imutável.

• Para conhecermos o Ser e a essência das coisas, devemos deixar de lado os sentidos e usar nosso pensamento.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

HERÁCLITO E PARMÊNIDES CAPÍTULO 3

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Zenão• Zenão nasceu em 489 a.C. em Eleia; não se sabe quando ele morreu.

• Foi discípulo de Parmênides e defendeu as ideias de seu mestre.

• Afirmava que o Ser é eterno e imóvel e que a mudança é um engano dos sentidos.

• Criou sua argumentação utilizando-se de paradoxos. Os paradoxos serviam para provar que o movimento e a pluralidade são apenas ilusões de nossos sentidos: devemos compreender a realidade de forma racional.

Ilustração baseada no Paradoxo de Aquiles. Zenão argumenta que, se houvesse uma corrida entre Aquiles e uma tartaruga e fosse dada uma vantagem inicial para esta, Aquiles nunca a alcançaria. A

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

HERÁCLITO E PARMÊNIDES CAPÍTULO 3

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4 OS FILÓSOFOS PLURALISTAS

UNIDADE 2

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

OS FILÓSOFOS PLURALISTAS CAPÍTULO 4

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Os filósofos pluralistas• Ao observarmos o mundo, verificamos que ele é formado por uma multiplicidade

de características.

• Cada pessoa é diferente da outra: possuímos traços físicos e de personalidade que nos distinguem.

• A natureza também apresenta diversidade: há animais e plantas de variadas espécies, uns diferentes dos outros.

O ser humano e a natureza são caracterizados pela pluralidade, e os filósofos pluralistas buscaram

compreender o mundo a partir de sua multiplicidade.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

OS FILÓSOFOS PLURALISTAS CAPÍTULO 4

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Empédocles• Empédocles (c. 493-433 a.C.) nasceu em Agrigento, no sul da Itália.

• Para ele, tudo se origina dos quatro elementos: terra, água, ar e fogo.

• A diversidade da natureza é explicada pelas diferentes combinações desses quatro elementos: cada coisa possui todos eles, mas em diferentes proporções.

• Há duas forças que atuam no agrupamento ou na separação de tais elementos: amor (força que une) e ódio (força que separa).

A relação entre as forças de atração e de repulsão explica como, a partir da unidade, se

originaram o Universo, as coisas e os seres.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

OS FILÓSOFOS PLURALISTAS CAPÍTULO 4

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Anaxágoras• Anaxágoras (c. 499-428 a.C.) nasceu em

Clazômenas, na região da Jônia.

• Entendia que a natureza é formada pela mistura de elementos muito pequenos, invisíveis aos olhos, por ele chamados de sementes.

• A diferente proporção de sementes nos seres faz com que eles se diferenciem uns dos outros.

• Há uma Inteligência no Universo chamada nôus: ela une ou afasta as sementes. Portanto, o nôus é responsável por formar e organizar tudo o que existe.

Escultura de areia em praia de Antália (Turquia), 2017. Imagine que as minúsculas partículas que Anaxágoras chamou de sementes sejam grãos de areia. Quando elas se juntam, podem formar esculturas como a da foto.

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OS FILÓSOFOS PLURALISTAS CAPÍTULO 4

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Leucipo e Demócrito• Leucipo (c. 490-420 a.C.) e Demócrito (c. 460-370 a.C.) nasceram em Mileto.

• Defenderam que o Universo é composto de infinitas partículas invisíveis que não se dividem, os átomos.

• As coisas aparecem e desaparecem do mundo por meio do agrupamento e da dispersão dos átomos.

• A diferenciação dos seres ocorre pelos distintos agrupamentos de átomos: uma cobra e uma árvore são diferentes porque possuem agrupamentos diferentes de átomos.

• Não há uma força externa na natureza que ordene ou dê harmonia ao mundo: os átomos se movem no espaço de forma espontânea. Eles se chocam e se agrupam, fazendo com que os seres surjam ou desapareçam.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 2 A PERMANÊNCIA E A MUDANÇA DAS COISAS

OS FILÓSOFOS PLURALISTAS CAPÍTULO 4

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5 OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE

UNIDADE 3

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE CAPÍTULO 5

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Quem eram os sofistas?• Professores profissionais que atuavam em Atenas no século V a.C.

• Eram pagos por famílias ricas para ensinar algum ofício aos jovens ou para prepará-los na carreira pública.

• Cada sofista dominava certo conjunto de saberes e, em geral, tinha a habilidade de falar bem e persuadir.

• Entendiam a retórica como a arte humana de convencer os outros por meio da palavra e da argumentação. A retórica tinha função política nas assembleias atenienses.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE CAPÍTULO 5

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Os sofistas e a reflexão sobre o ser humano• Os sofistas não só aperfeiçoaram e ensinaram a retórica, mas também mudaram

o foco da reflexão filosófica, que antes se concentrava na natureza e agora se direcionava ao ser humano.

• Os filósofos naturalistas buscavam explicar os princípios gerais da physis. Já os sofistas refletiam sobre nossas vidas, criações e os tipos de sociedade.

• Os principais assuntos de que tratavam os sofistas eram: política, arte, retórica, religião, educação e linguagem.

• Observaram que as leis, normas, crenças, costumes e valores mudavam de acordo com os diferentes grupos humanos.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE CAPÍTULO 5

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As sociedades humanas são mutáveis

• Os sofistas observaram que as sociedades humanas apresentam diferentes valores.

• As sociedades humanas funcionariam por nómos, ou seja, por meio de normas estabelecidas por convenção social.

• Os indivíduos criaram as normas sociais, que podem ser transformadas.

• Os sofistas defendiam ser possível questionar e alterar pela razão as normas estabelecidas.

Celebração do Dia dos Mortos em Taxco (México). No México, essa data é comemorada com festas e alegria, para celebrar a memória das pessoas queridas que já morreram. Cada sociedade tem sua forma de pensar.

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE CAPÍTULO 5

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Principais sofistas

Ideias dos principais sofistas

Protágoras(c. 490-420 a.C.), Abdera

Górgias(c. 483-376 a.C.), Leontinos

Afirmava que “o homem é a medida de todas as coisas”.

Foi professor de retórica em Atenas, onde ganhou fama.

Para ele, o ser humano julga o que é certo e errado, útil ou

inútil, verdadeiro ou falso.

Defendia que em nenhuma situação as pessoas poderiam alcançar uma verdade absoluta

ou única.

Não existe verdade absoluta nas coisas humanas.

Por não existir nada de único ou verdadeiro, o mais importante

seria ter a capacidade de persuadir pelo discurso.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

OS SOFISTAS E A VIDA EM SOCIEDADE CAPÍTULO 5

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6 SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO

UNIDADE 3

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO CAPÍTULO 6

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A filosofia de Sócrates• Sócrates (c. 470-399 a.C.) nasceu em Atenas.

• Diferentemente do relativismo dos sofistas, ele acreditava na verdade universal: o bem, a justiça, o belo etc.

• É necessário conhecer essas verdades universais para alcançar a virtude. Só quem conhece o bem pode praticá-lo.

• A principal tarefa do filósofo é buscar a verdade, o que se faz por meio do diálogo.

• Defendia que os seres humanos deveriam se dedicar ao conhecimento e ao aperfeiçoamento da alma, o que os levaria à felicidade.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO CAPÍTULO 6

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O diálogo socrático

Etapas do diálogo

• Sócrates acreditava que o único modo de filosofar seria dialogando.

• O diálogo socrático era um meio de conhecer a verdade.

• Ironia: leva o interlocutor ao questionamento e à revisão de suas ideias preconcebidas, alcançando a percepção de que não se sabe aquilo que se julgava saber. O interlocutor então abandona seus preconceitos.

• Maiêutica: significa “arte de realizar partos”. Nessa etapa, Sócrates ajuda seu interlocutor a descobrir (ou “dar à luz”) ideias verdadeiras.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO CAPÍTULO 6

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O autoconhecimento• “Só sei que nada sei”: Sócrates dizia que não era sábio e que nada ensinava

aos outros.

• O diálogo socrático colabora com o nascimento das ideias no outro, que descobre a verdade por si mesmo.

• “Conhece-te a ti mesmo”: a verdade será encontrada por meio da investigação em nosso interior, durante o processo de autoconhecimento.

• Devemos questionar nossa vida e conduta, pois o autoconhecimento é mais importante que o conhecimento a respeito da natureza.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO CAPÍTULO 6

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Sócrates e a transformação da filosofia• Os naturalistas, primeiros filósofos, tinham na investigação da physis o centro

de suas preocupações.

• Já os sofistas preocupavam-se com os assuntos humanos, mas não apresentavam um método específico para isso.

• Sócrates mudou o rumo da filosofia ao propor o exame dos valores e da consciência humana por meio do diálogo e da reflexão conceitual.

A morte de Sócrates (1787), pintura de Jacques-Louis David. Na tela, Sócrates dialoga com vigor pouco antes de ingerir o veneno que o levaria à morte. O filósofo foi acusado de corromper a juventude de Atenas.

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FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 3 O SER HUMANO PARA OS SOFISTAS E SÓCRATES

SÓCRATES E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO CAPÍTULO 6

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7 PLATÃO E A REALIDADE ALÉM DA FÍSICA

UNIDADE 4

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 4 PLATÃO E ARISTÓTELES: EXPLICANDO A REALIDADE

PLATÃO E A REALIDADE ALÉM DA FÍSICA CAPÍTULO 7

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Platão e a segunda navegação• Platão (c. 429-347 a.C.) nasceu em Atenas.

• Afirmava que os filósofos naturalistas, anteriores a ele, realizaram uma primeira navegação: investigaram a natureza e buscaram nela um princípio que explicasse o Universo.

• De acordo com Platão, os naturalistas falharam em suas explicações, sendo necessário empreender uma segunda navegação para explicar a realidade.

Assim, Platão dividiu a realidade em sensível (que pode ser vista, tocada etc.) e inteligível

(que só pode ser conhecida pelo pensamento). O que existe no mundo visível é cópia das formas perfeitas da realidade inteligível.

Trata-se da Teoria das Ideias.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 4 PLATÃO E ARISTÓTELES: EXPLICANDO A REALIDADE

PLATÃO E A REALIDADE ALÉM DA FÍSICA CAPÍTULO 7

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A realidade visível e a realidade inteligível

Comparação entre as duas realidades

Realidade visível Realidade inteligível

Cópias imperfeitas: objetos sensíveis.

Modelos invisíveis: formas ou ideias.

Acessamos pelos sentidos. Acessamos pela inteligência.

O objeto sensível se transforma. A ideia é eterna.

Imperfeição e movimento. Unidade.

Múltipla.

Caracterizada pela perfeição e fixidez

das formas ou ideias inteligíveis.

Verdades aparentes. Verdades absolutas.

FILOSOFIAENCONTRO COM A UNIDADE 4 PLATÃO E ARISTÓTELES: EXPLICANDO A REALIDADE

PLATÃO E A REALIDADE ALÉM DA FÍSICA CAPÍTULO 7

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A Alegoria da Caverna• Platão criou a Alegoria da Caverna para explicar mais facilmente a existência

de duas realidades distintas.

• De acordo com essa alegoria, haveria prisioneiros em uma caverna, que, acorrentados por toda a vida, considerariam as sombras vistas na parede da caverna como sendo a verdadeira realidade.

• Alguns prisioneiros são libertados. Atordoados, investigam a caverna, mas não diferenciam o que é a realidade: se os objetos que agora veem ou se as sombras nas paredes.

• Fora da caverna, observam as sombras e reflexos dos objetos, além dos próprios objetos e seres vivos. Por fim, enxergam a luz do sol, que dá vida à realidade visível.

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O mundo das aparências e o mundo das essências

• Platão argumentava que, assim como os prisioneiros da caverna, aqueles que consideram verdadeira a realidade visível estão enganados.

• A divisão da realidade em visível (das aparências) e inteligível (das essências) é uma tentativa de solucionar o problema do uno e do múltiplo que ocupou os primeiros filósofos.

• No mundo visível predominaria o múltiplo, mas no inteligível as formas seriam fixas.

Na ilustração, o perfil vazio de um homem representa a “forma”. Cada indivíduo seria sua cópia. Para Platão, as coisas visíveis são cópias imperfeitas das formas ideais.EL

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8 ARISTÓTELES E AS CAUSAS DA REALIDADE

UNIDADE 4

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Os tipos de conhecimento para Aristóteles• Aristóteles (c. 384-322 a.C.) nasceu em Estagira, na Macedônia, e foi discípulo de

Platão. Apesar disso, criticou a Teoria das Formas de seu mestre.

• Para ele, as formas não são exteriores à realidade sensível: a essência é interna às próprias coisas sensíveis. Por isso, a observação e o raciocínio são meios de conhecê-las.

• Há diversos tipos ou graus de conhecimento da realidade. Os sentidos nos dão uma forma inicial de conhecimento, a partir da qual podemos atingir formas superiores de conhecer.

• Para Aristóteles, o conhecimento científico é fundamental porque investiga as causas dos fenômenos. Há diferentes tipos de causas.

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A teoria das quatro causas• Causa final: a finalidade ou objetivo do ser.

• Causa formal: a essência do ser.

• Causa material: a constituição física do ser.

• Causa eficiente: quem ou o que gerou o ser.

• A teoria das quatro causas ajuda a explicar o movimento da natureza, assim como as noções de ato (aquilo que o ser é atualmente) e potência (o desenvolvimento futuro do ser).

Assim, Aristóteles conseguia explicar como os movimentos

observados na natureza são gerados e se desenvolvem.

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A organização do conhecimento científico• Aristóteles procurou organizar todo o conhecimento científico, classificando as

ciências de acordo com os seres ou as coisas que elas investigam.

• As ciências teóricas se ocupam da investigação das causas dos seres e das coisas que existem independentemente do homem. Exemplos: filosofia, biologia e geografia.

• As ciências práticas têm por objeto a maneira como o ser humano deve agir ou as causas de nossas ações. Exemplos: política e ética.

• As ciências produtivas investigam as causas do que é fabricado. Exemplos: arquitetura e engenharia.

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A metafísica• A metafísica é a ciência mais importante do sistema de

Aristóteles, que estuda os princípios mais gerais de tudo o que existe. Por exemplo, a teoria das quatro causas.

• Aristóteles a chamou de filosofia primeira.

• A metafísica se relaciona com o estudo das divindades ou dos deuses, isto é, com a teologia.

Detalhe do afresco A escola de Atenas (1510-1511), pintura

de Rafael Sanzio. À esquerda, está representado Platão e, à

direita, Aristóteles.

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